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Ano XIII nº 629 - Vale do Paraíba/SP, 15 de outubro de 2011

Outdoor colocado na Av. Peixoto de Castro financiado por cidadãos contrários ao aumento de dez para dezessete cadeiras na Câmara Municipal de Lorena.

Quero ser prefeito de Lorena

Nesta edição, o POP traz a última rodada de perguntas aos pré-candidatos ao cargo de prefeito de Lorena. Da mesma forma como foi feito nas entrevistas anteriores, todos os que se declararam pré-candidatos receberam as mesmas perguntas, no mesmo horário, encaminhadas em uma mesma mensagem eletrônica. Todos foram informados não haver limite de texto e, eventualmente a única revisão seria gramatical. A próxima entrevista será em março de 2012, já no ano eleitoral, quando resoluções do TSE deverão regulamentar a forma como deverão ser feitas. Até lá, o POP seguirá dentro dos estritos limites da legislção eleitoral, manter seus leitores informados. páginas 4 e 5

Há quarenta anos ele faz o bem,um exemplo de determinação e garraA luta de um homem que passou por muitas dificuldades, mas não desisitiu e seguiu em frente página 7

Benedicto Galvão de Souza, o “Dito da Santa Casa”

População reage e manda instalar outdoor

Coelho (PT) Fábio Marcondes (PSDB) Dr. Martinho (PSB) Regina Marietta Bartelega (PMDB) Sylvio Ballerini (PP)

Vane

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Frei

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Ministério Público não vai investigar denúncias de grupo da Internet página 3

ACIAL trabalha em prol das crianças Associação oferece serviço de trenzinho para diversão de alunos da cidade página 8

Coluna “Cinema em

casa” homenageia

os professoresO colunista Joel B. Ramos comenta filmes que retratam arte de educar pág.6

Gazeta do ValeDiretor e Jornalista ResponsávelLuciano Augusto de Meira Leite - MTB/SP:34.952Registrado no CRCPJCLCNPJ: 04.319.396/0001-95Inscrição Municipal 21072Rua Dom Bosco, 124, apto. 3Lorena - SP - CEP 12600-100contato@popdovale.com.brwww.popdovale.com.br

EXPEDIENTE

página 2 - Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 cidades

Tá na fitapor Plínio Figueira

Então tá!por Regina Paula da Rocha Faria

Vox populipor Pe. Rivelino Nogueira

Fernando Romeiro

É comum se ouvir a expressão: “A voz do povo é a voz de Deus”. A origem disso remonta à região do Peloponeso, na Grécia, onde existia um templo dedicado ao deus Hermes. As pessoas que para lá se dirigiam estavam à procura de um conselho e o procedimento era o seguinte: o consulente formu-lava a pergunta ao deus Hermes e tampava as orelhas com as mãos, só destampando os ouvidos quando se encontrava fora do recinto. Daí ele devia ficar atento às primeiras palavras que ouvisse, pronunciadas pelos transeuntes, pois estas seriam a tão esperada resposta divina. Desta forma, a pergunta formulada a um deus era respondida pelo povo.

O consulente precisava interpretar a informação ouvida, para então poder aplicá-la em sua vida. Esse método pouco rigoroso não afastava a possibilidade do consulente ser influen-ciado por suas próprias idéias e convicções.

Pode parecer uma idiotice, mas oráculos ainda são muito procurados, como o I-Ching, a leitura da borra de café, o Tarô e tantos outros.

Os oráculos servem para abrandar o espírito curioso do homem, principalmente daquele que encontra no acaso a respos-ta para suas dúvidas, satisfazendo-se na crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos.

Passados séculos, a expressão “A voz do povo é a voz de Deus” ganhou outra conotação, a de que a vontade de Deus se manifesta através da escolha do povo. Se considerarmos que ao povão não chegam os benefícios da boa escola, da boa educação e da formação integral da cidadania, esta expressão é uma balela que apenas tenta justificar os caminhos tortuosos escolhidos pela maioria. O povo é facilmente iludido por promessas e em se tratando de política, elege pessoas que deveriam estar no rol dos desonestos e aproveitadores. Lembro-me de uma pessoa que votou no Collor por que ele era o mais bonito, esquecendo-se que a eleição para presidente não é concurso de beleza.

Não se pode negar que a massa, infelizmente, ainda vende o seu voto e coloca no poder o político que encara o cargo como uma oportunidade de obter vantagem e enriquecer.

Particularmente, acho a expressão um disparate e acredito que a manifestação divina é algo raríssimo e que, na nossa vida, devemos contar é com nossa vontade e nosso trabalho. Além do que, segundo Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”.

Como fica?Nossa praça continua abandonada, sem grama, poucos bancos, iluminação fraca e a fonte só funciona quando que-rem. Até quando vamos enfrentar esse quadro desolador?Encontro de ex- alunosNeste sábado e domingo teremos o grande encontro de ex-alunos de Dom Bosco, no Colégio São Joaquim. No sábado a partir das 20h haverá um evento musical, home-nagens aos ex-presidentes, Coral Maria Nazareth, Jonas e Matheus e o ex-aluno Allison com teclado e música. Também teremos confraternização da Turma de 1961.No domingo a partir das 08h30 recepção, café da manhã, confraternização, missa festiva dos ex-alunos. Às 12h almoço musical de confraternização.A expectativa é de 300 participantes.Só empateO Verdão grudou nos empates e, está muito difícil chegar numa vitória. Na próxima semana o Carreirinha deverá rumar pra S.Paulo para demitir o Felipão.Mulher MaravilhaChegando no pedaço a Mulher Maravilha, que deverá fazer milagres para salvar a população que está estressada com atendimento do Pronto Socorro.Vila ValetasOs moradores da Vila Brito estão preocupados com o descaso da Prefeitura, existem valetas aos montes, Posto de Saúde fechado há mais de um ano, ruas esburacadas. Com a chegada das chuvas, como vai ficar a Vila Brito?A pracinha está na fase finalA Associação Amigos dos Esportes de Kirebam está de parabéns pela sua atuação logo de início com a realização da tarde esportiva Amigos do Eudes no dia 8 de outubro. Também no mesmo patamar o Instituto Mahatma.Mais dinheiro no bolsoOs aposentados do INSS que ganham mais de um salário mínimo receberam neste mês, o ajuste referente a uma diferença existente há mais de cinco anos. Ficou pra frente o valor total da diferença, que em breve será paga.Encerrou o prazoAgora quem ficou pré-candidato ficou, quem não ficou, não fica mais, porque encerrou o prazo de filiação partidária. A dança dos pretendentes foi violenta com um trota troca que confundiu mais o eleitor.Zé BobinhoEu ia votar num candidato agora não vou mais, ele mudou para um partido que eu não gosto muito. Como para ve-reador tem muitos candidatos, vou ficar atento e escolher um melhor.Pittbul vem aíDo jeito que andam as coisas, talvez nem um pittbul com toda sua força não consiga engrenar as finanças da Pre-feitura. Um mês já foi, passa muito rápido.Via expressaQue candidato a prefeito vai incluir no seu Plano de Gover-no a construção da Via Expressa para desafogar o transito do centro da cidade.O importante é que ele demonstre como irá buscar recursos para atingir o objetivo.Restaurante do HipólitoAgora com uma cobertura na parte da frente propiciando proteção aos clientes proteção dos raios solares. Ficou muito bom e está dando resultado.

Iniciamos o mês de outubro relembrando que para a Igreja este é um mês em que todos os católicos devem rezar e pedir pelas missões. E então, você deve estar se perguntando: “o que são missões?” As missões relembram o que Jesus disse aos apóstolos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”(Mc, 16,16) e os missio-nários católicos cumprem o que diz o evangelho. Você pode ser um missionário, mas para isso é preciso viver o “Primeiro Amor”, que é um encontro pessoal e total com Deus, onde Ele mostra seu amor incondicional, seu amor Ágape.

O cristão que vive plenamente em Deus e que viveu este amor o leva para que outros possam conhecê-lo. O desejo de levar esse amor nas missões ultrapassa fronteiras, ruas, cidades e países. No ano passado Bento XVI disse que diante da sociedade que experi-menta tantas formas de solidão e de indiferença, os cristãos precisam cultivar os “grandes ideais que transformam a história e, sem falsas ilusões ou medos inúteis, comprometer-se a fazer do planeta a casa de todos os povos”.

Por isto não devemos temer pelo o que iremos encontrar, em Mateus 10,16, Jesus disse: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” e mesmo encontrando os lobos devemos tratá-los com mansidão. Somos chamados a ser filhos amados no seu Filho, o Amado, e a reconhecer-nos irmãos n’Ele, Dom de Salvação para a humanidade dividida por discórdias e pecado, e Revelador do verdadeiro rosto daquele Deus que “tanto amou o mundo que deu o Filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” como está em Jo 3, 16.

“Não são os que tem saúde que precisam de médico, mas os doentes”, disse Jesus em Mateus 9,10-14. Como os peregrinos gregos de dois mil anos atrás, também os homens de nosso tempo, pedem aos crentes não apenas para “falar” de Jesus, mas “fazer ver” Jesus, fazer resplandecer o Rosto do Redentor em todos os cantos da terra, frente às gerações do novo milênio e, especialmente, frente aos jovens de todos os continentes, destinatários privilegiados e sujeitos do anúncio evangélico. Eles devem perceber que os cristãos carregam a palavra de Cristo porque Ele é a Verdade, porque encontraram n’Ele o sentido, a verdade para a própria vida.

Essa consideração aponta para o mandato missionário que rece-beram todos os batizados e toda a Igreja, mas que não pode se realizar de modo credível sem uma profunda conversão pessoal, comunitária e pastoral. Essa consciência se alimenta através do trabalho dos Sa-cerdotes Fidei Donum, dos consagrados, dos catequistas, dos Leigos missionários, em uma busca constante de promover a comunhão eclesial, de modo que também o fenômeno da “interculturalidade” possa se integrar em um modelo de unidade, no qual o Evangelho seja fermento de liberdade e progresso, fonte de fraternidade, de humildade e de paz (cf. Ad gentes, 8). A Igreja, de fato, “em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (Lumen gentium)

O missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e descorçoado, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.

Missionários não vivem sem Amor, caridade e comunhão com Deus

O jogo político dos parti-dos para a eleição 2012 chegou ao final de sua primeira fase. De acordo com a legislação eleitoral, somente serão candidatos na pró-xima eleição, eleitores filiados em partidos políticos até 07 de outubro de 2011.

O momento agora é de pre-paração de pré-candidatos para se tornarem opções realmente vi-áveis. Falta praticamente um ano para refletir, estudar, planejar e consultar a população para a ela-boração de propostas inteligentes e de interesse comum. Precisam ser elaboradas propostas inova-doras, concretas e criativas, para que o orçamento não continue sendo desperdiçado.

Espera-se principalmente dos pré-candidato (a)s a prefeito (a), um planejamento com uma política de corte nos gastos e um choque de gestão, minimizando sensivelmente os desperdícios dos gastos públicos. Há necessi-dade urgente de profissionais de verdade, tecnicamente falando, na direção das secretarias mu-nicipais. Lorena precisa voltar à crescer, pois são muitos anos de atraso, onde não se pode perder mais tempo.

A cidade mingua já por um bom tempo e não é necessário um Salvador da Pátria e nem mesmo a volta do Messias. Basta ter no comando, alguém com sensibili-dade de administrar com firmeza, transparência, sem “rabo preso” e respeito pela gente.

Precisa-se priorizar a atra-ção de novos investimentos e empreendimentos para gerar emprego e receita. Diminuir o número absurdo de secretarias e cargos de confiança. Ter alguém de plantão para bater na porta dos governos estadual e federal, em busca de recursos e programas voltado aos municípios. Pois quantos investimentos Lorena já perdeu por falta de organização e vontade dos ocupantes de impor-tantes pastas na administração?

Há necessidade de ter um (a) administrador (a) que real-mente encare os problemas de frente. Apesar das dificuldades, não maquiar as enormes cicatri-zes na máquina pública. Chega de empurrar a sujeira por de baixo do tapete.

E agora?

Faz muito tempo que Lo-rena não recebe investimentos em habitação. E para quem não sabe, a cidade cansou de perder algumas centenas de casa de pro-jetos da CDHU, por atraso com a documentação. Além da demora para entregar a documentação, o terreno escolhido pela Prefeitura, não tinha nem se quer escritura.

Falar de saúde então é brin-cadeira! A forma que o Pronto Socorro é tratado pelas adminis-trações não tem cabimento. Não sei por que, mas eles acham que terceirizando a administração resolve. Bom, basta saber o que realmente resolve com as tercei-rizações. Por que não deixar a administração do Pronto Socorro com a própria Santa Casa?

O momento agora é de reflexão e planejamento. Vamos torcer para que tanto os partidos políticos e, seus pré-candidatos, se preparem com propostas con-cretas e que possam ser debatidas e re-estudadas. Tomara que te-nham a humildade de aproveitar os estudos já realizados por profissionais acadêmicos e estu-diosos locais, na elaboração de propostas realmente com o perfil de nossas necessidades.

Será que Lorena ainda tem jeito? Eu acredito e você?

Luiz Fernando Romeiro Reis é apresentador do Progra-ma Fernando Romeiro Até Você, que vai ao ar todos os sábados às 11h, pela Rádio Cultura AM 1460 ou pela Internet no www.radiocultura1460.com.br

A atual administração de Lorena comandada por Marcelo Bustamante, começa da mesma forma que a anterior comandada pelo ex-prefeito Paulo Neme.

Atitudes, contratos suspeitos, por exemplo, contratos como o da Nutriplus com a Educação, suspenso por determi-nação judicial.

Na área da saúde vem agora a novidade. A Prefeitura que em meio há muitas denúncias e falta de pagamento, havia encerrado o contrato que mantinha com a empresa SOLLUS, assina um novo contrato, nos mesmos moldes que o anterior, agora com uma empresa de nome GASE para administrar a Saúde na cidade.

Suspeito, estranho, claro que sim. Quem explica o por que da contratação, o por que da mudança de idéia e voltar a terceirizar, qual será o valor contratado, que depois será aditado majorando os valores.

Por que escolher uma empresa que mantém relações com fornecedores não muito ortodoxos, para dizer o mínimo, da Pre-feitura de Taubaté cujo prefeito andou na mídia recentemente?

Será que alguém da atual administração que já trabalhou para um deputado de Taubaté não seria o negociador deste contrato?

Cabe ao prefeito e a sua esposa, que diz que ainda é verea-dora e está temporariamente afastada, virem a público explicar. Afinal ambos são médicos e já foram Secretários da Saúde. Os meios de comunicação estão ai, e só explicarem. Cabe também a Câmara Municipal investigar tal contrato.

Então é isso, Lorena foi tomada pelo mau cheiro. Já não chega o odor fétido que vem do lixão circulante pelos corredo-res do Poder, agora também temos gases. E o pior é que todo mundo sabe o que acontece depois de uma crise de gases, uma grande diarréia e, as consequências que ela traz. Todos sabem o resultado.

Espero que nós, a população de Lorena, não sejamos atin-gidos por mais esta diarréia. Espero também que não sejamos usados como papel higiênico mais uma vez. Nos últimos anos nossos políticos tem produzido grandes cag.., desculpem, diar-réias na cabeça do povo e da cidade. Esta com certeza é mais uma. Explique prefeito, cobre população.

Pobre, roubada e sofrida Lorena.Humberto Diniz é advogado e policial aposentado.

A prefeitura cheira mau. Tem GASES

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política Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 - página 3

Contrapontopor Luciano Meira

Começando malComo pode? Dois espertos tentaram levar R$ 40 mil. Um deles foi exonerado, mas o pior, é que está quebrado e não vai poder nem andar de ônibus.Cada coisa em seu lugarSerá mesmo que um cara que usa botox, pinta o cabelo, anda envolvido num monte de bandalheiras, pode falar em processar alguém? Se for homem faça, mas mesmo assim continuo querendo saber quem é que tem o rabo preso com o Secretário de Trânsito de Lorena? Talvez o Jair Pintor que comprou aquela motocicleta saiba.Natal antecipadoA direção do PMDB de Lorena deverá pedir o mandato do vereador Galão Aquino, agora no PTB. Com isso o suplente do partido deverá ter seu Natal antecipado, pelo menos o peru da ceia estará garantido, dizem que o pessoal por lá anda enjoado de Chester.Pagando micoTem político de Canas disposto a fazer greve de fome no terreno onde será construída a Termoelétrica depois que o CONSEMA aprovou o parecer da CETESB.Final de feiraApós haver tido um pequeno problema de saúde na última sexta-feira, o ex-prefeito Aloísio Vieira (PSC) aproveitou o final de semana para fazer um bucólico passeio pela região do bairro dos Macacos, mas dizem que também por ali, assim como já havia acontecido recentemente na zona rural de Lorena, ele conheceu na marra o gosto do chão.Já tá no lucroApós haver anunciado a pré-candidatura da Angela Már-cia (PMDB), o inoxidável Zé Tico encomendou e recebeu dois galões de tinta no Palácio do Silk em São Paulo. As cores escolhidas foram o vermelho e o azul, só resta saber agora quem foi que pagou?Na surdinaLonge do mar revolto que se transformou o período de filiação partidária nos últimos dias do prazo, o PT refor-çou sua chapa para a disputa de 2012. Entre os novos surgem os pré-candidatos, Dr. Willy, Gigi, Julio Del Tio e Luiz do Despachante. Entre os antigos companheiros, Carlinhos Palhares também declarou ser pré-candidato ao cargo de vereador.Agora nós sabemosApós informarmos na semana passada que o Zé Barbosa andava a mil por hora com sua pré-candidatura, mas não sabíamos aonde ele havia se filiado, fomos informados que ele está no DEM.Não precisa nem fazer forçaUma Prefeitura que contrata uma empresa chamada GASE já entregou a piada pronta, não é mesmo?Segredo de três só matando doisEsperar junho do ano que vem para lançar a esposa que foi filiada na oposição desistindo da própria candidatura, é mais que traição. O POP sabe, e como diria o Cid Mo-reira, estamos de olho!Tia Helen na passarelaNossa querida professora, tia Helen Brito (PCdoB), diz estar pensando na possibilidade de candidatar-se a uma vaga na Câmara Municipal de Lorena. Recentemente ela descubriu uma nova habilidade como uma das líderes do movimento dos indignados com a situação da cidade.

O Promotor de Justiça da 2ª Vara de Lorena, Dr. Carlos Eduardo Brechani, encaminhou ofício ao presi-dente da Câmara Municipal, vereador Élcio Vieira Junior (PV), onde afirma que não mandou instaurar nenhum procedimento investigatório referente as denúncias feitas pelo grupo de discussão na Internet “Observatório da Ética e da Moralidade”.

O grupo que havia pro-tocolado um ofício junto a Promotoria, pedia a averigua-ção das diversas denúncias que foram feitas durante o auge da disputa política que cidade esteve envolvida nos dias que antecederam a cas-sação do ex-prefeito Paulo Neme (PTB). Entre elas, a exibição de filmagens onde supostamente o prefeito rece-bia dinheiro de empresários, pedofilia e desvio de verbas. Por outro lado, o ex-prefeito também foi à mídia e fez acu-sações contra os vereadores.

O fundador e adminis-trador do grupo, professor Humberto Felipe da Silva, juntamente com o também ad-ministrador do grupo, o pro-fessor José Lourenço Junior elaboraram um documento, que foi transformado em um abaixo assinado virtual, onde as pessoas que desejassem poderiam assinar de forma digital, informando seu nome, cidade e número do documen-to de identidade. O abaixo assinado foi entregue ao Pro-motor com mais de duzentas assinaturas.

O assunto foi matéria nesse POP na edição 624 de 10/09/11, quando os adminis-tradores do grupo entregaram o abaixo assinado em mãos ao

Ministério Público não vai investigar denúncias de grupo da InternetPromotor de Justiça entendeu não haver indícios concretos de irregularidadesLuciano MeiraLorena

promotor.Na sessão da Câmara de

segunda-feira (10) o presiden-te leu o ofício na abertura dos trabalhos comentando a deci-são do promotor e o posicio-namento do grupo: “Acredito que as pessoas têm o direito de se manifestar e de participar da vida política da cidade, mas daí a fazer acusações sem provas, isso não está correto. O abaixo assinado não traz nenhuma acusação específica, nada de concreto, portanto não há o que investigar. Mas, mesmo sem trazer nenhuma acusação, mandei instaurar uma Sindicância na Câmara Municipal para que tudo seja esclarecido, determinei a revi-são de todos os contratos e pa-gamentos feitos pela Câmara, se houver algo errado, o que eu não acredito, até porque o Tribunal de Contas tem aprovado as nossas contas, os responsáveis serão punidos exemplarmente”.

O vereador falou ainda da possibilidade de ingressar com uma ação judicial para exigir a retratação dos que as-sinaram o documento: “O fato do grupo de discussão estar na Internet não impossibilita que seja feita uma ação judicial, estou estudando o caso com os advogados da Câmara e ainda veremos o que poderá ser feito”, disse o presidente.

O administrador do gru-po professor José Lourenço Junior, disse: “Não tenho como comentar sobre o que

se passou na última sessão da Câmara. Eu lá não estive e nem ouvi a transmissão. Então, limito-me a falar sobre a petição pública entregue ao promotor que, por sua vez, a encaminhou à Câmara Muni-cipal. Trata-se do exercício da cidadania e do direito que qualquer brasileiro tem de apresentar aos órgãos de governo ou a quaisquer auto-ridades petições do interesse geral e, bem assim, o direito de serem informados sobre o resultado da respectiva apre-ciação.

Eu fui um dos que, pes-soalmente, entregaram a pe-tição ao promotor. Atencioso tanto quanto extremamente cauteloso, o representante do Ministério Público explicou--nos que estava ciente de todas as questões e acerca das várias das ações já em curso. Reportou-nos as amarras a que se impõe aquele órgão

público e, independentemente das providências já tomadas, disse-nos que o documento seria por ele enviado ao Tri-bunal de Contas, à Prefeitura e Câmara Municipal, e o fez.

Espero que o apelo des-tes lorenenses seja atendido. O mundo mudou. Nosso País mudou. Nossa cidade mudou. Os brasileiros, no 12 de outu-bro, em quase todas capitais e em muitas cidades, saíram as ruas pela “marcha contra a corrupção”. Prepara-se agora um movimento ainda maior em 15 de novembro. O maior problema de uma nação talvez seja o sentimento de impuni-dade.

Tomara que diante do clamor popular possamos esclarecer e elucidar as acu-sações de ambas as partes. E que a nossa cidade possa mostrar para todos que o que tem de melhor é a sua gente”. Concluiu o professor.

José Lourenço Junior Élcio Vieira Junior

página 4 - Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 política/cidades

Quero ser prefeito de LorenaNesta edição, o POP traz a última rodada de perguntas aos pré-candidatos ao cargo de prefeito de Lorena. Da mesma forma como foi feito nas entrevistas anteriores, todos os que se declararam pré-candidatos receberam as mesmas perguntas, no mesmo horário, encaminhadas em uma mesma mensagem eletrônica. Todos foram informados não haver limite de texto e, eventualmente a única revisão seria gramatical. A próxima entrevista será em março de 2012, já no ano eleitoral, quando resoluções do TSE deverão regulamentar a forma como deverão ser feitas. Até lá, o POP seguirá dentro dos estritos limites da legislção eleitoral, manter seus leitores informados.

1 - O que você acha do aumento do número de vereadores?Há uma coisa importante que precisa ser esclarecida: o vereador é um “funcionário do povo”. Ele é contratado para cumprir com uma tarefa, dentro de um prazo determinado: representar os interesses da sociedade, cuidando daquilo que é de todos, fisca-lizando os gastos públicos, elaborando e votando projetos de lei que beneficiem a população, cobrando e reivindicando as obras e serviços necessários para garantir os direitos dos cidadãos. Por que a maioria da população é contra o aumento do número de vereadores? Porque, infelizmente, os que deveriam trabalhar pela sociedade não estão cumprindo com suas obrigações. Eu já fui vereador e digo, sinceramente, muitos “faziam de conta” que trabalhavam. A sua presença só era sentida na sessão de Câmara. Se todos realmente trabalhassem pela comunidade e, mesmo assim, houvesse necessidade de maior representação, aí sim se justificaria aumentar mais um ou dois vereadores. Não é o que está acontecendo atualmente. Eu já fui vereador numa Câmara com 17 vereadores (1993 a 1996) e numa Câmara com 10 vereadores (2005 a 2008). Neste momento de crise política e ética que estamos vivendo em Lorena, só posso entender esse aumento de vagas como uma tentativa de sobrevivência política por parte de alguns dos atuais vereadores. Caberá ao povo saber escolher os seus próximos representantes.2 - Você é a favor da redução do duodécimo de 7% para 5%?A Câmara, nestes últimos anos, já realizou diversas obras internas de ampliação e adequação dos seus ambientes para melhor servir a comunidade. Todos os anos, temos notícia de que a presidência da Câmara, no final do ano, devolve aos co-fres municipais a sobra de recursos repassados pela Prefeitura no chamado duodécimo. O duodécimo, nada mais é do que o recurso mensal repassado pelo Executivo para que a Câmara possa pagar os vereadores, os seus assessores, os funcionários de carreira do Legislativo, os custos de manutenção e a realização de alguma pequena obra necessária.Portanto, a redução do duodécimo é necessária. A Prefeitura precisa poder planejar o uso desse recurso e não ficar esperando se no final do ano a Câmara irá devolvê-lo ou gastá-lo em coisas não prioritárias para o município.3 - Sendo favorável a redução do duodécimo, como você irá negociar a redução com a Câmara?Em primeiro lugar, acredito que a sociedade saberá eleger pessoas de “bem”, comprometidas com a ética e o respeito aos cidadãos lorenenses, retirando da política todos aqueles que denigrem a imagem de Lorena, transformando a política em verdadeiro “negócio” pessoal. Feito isso, teremos na Câmara e na Prefeitura, representantes que saberão olhar para os inte-resses maiores da sociedade. Como já apontei nas entrevistas anteriores, estabeleceremos um processo de discussão sobre a utilização dos recursos orçamentários, chamado “Orçamento Participativo”. Diante das necessidades, urgências e prioridades, todos os vereadores entenderão que a Câmara também precisa fazer a sua parte, reduzindo o duodécimo.4 - Qual sua opinião sobre o salário de R$ 32 mil que, caso eleito você irá receber como prefeito?ABSURDO!... Salário maior que o da presidenta do Brasil!... Eu lembro muito bem quando o Lula era presidente e os depu-tados federais e senadores discutiam o aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do próprio salário, ele não aceitou o aumento que queriam dar para ele. O salário do presidente ficou abaixo dos outros salários. Ele falou: “estou aqui para servir à nação e não para me servir dela”.Parece que em Lorena não aprenderam a lição. Mas o povo está vendo e saberá na hora certa fazer as suas escolhas, separando o joio do trigo, quem está do seu lado e quem está contra ele.5 - Você concordaria em reduzir seu próprio salário?Seria o meu primeiro ato de governo, assinando uma declaração pública de devolução de dois terços desse salário para os cofres municipais. Creio que um salário de R$ 10 mil já é um ótimo salário para aquele que responde pela administração pública municipal e vai dedicar a totalidade do seu tempo para servir a sociedade, buscando garantir os direitos de cidadania do povo lorenense.

1 – O que você acha do aumento do número de vereadores?Já manifestei por várias vezes que, a Câmara Municipal de Lorena tem que ter número impar de vereadores. Na minha opinião pessoal 13 vereadores seria uma quantidade satisfatória, mas 17 é um número exagerado.2 – Você é a favor da redução do duodécimo de 7% para 5%?Sim, comprometer 7% do orçamento da cidade com o Poder Legislativo é demais, pois na saúde o limite legal é de 15 a 18% do orçamento, para ficar em um único exemplo.3 – Sendo favorável a redução do duodécimo, como você irá negociar a redução com a Câmara?Com a palavra o atual Presidente da Câmara e os Vereadores, que tem o Poder Constitucional de fazer a redução ainda esse ano.4 – Qual sua opinião sobre o salário de R$ 32 mil que, caso eleito você irá receber como prefeito?É um salário incompatível com a realidade de Lorena, e superior aos salários de mercado da iniciativa privada na região.5 – Você concordaria em reduzir seu próprio salário?Com a palavra novamente o Presidente da Câmara Municipal, pré candidato a prefeito que tem o poder para alterar a Lei Orgânica do Município que vincula o salário do Prefeito e dos Vereadores a 40% do salário de um Deputado Estadual.Caso ele não tenha vontade política para essa mudança, cabe a sociedade lorenense através de um Projeto de Lei Popular (recholhendo assinaturas dos eleitores da cidade) protocolar na Câmara a proposta de redução do percentual do salário do Deputado Estadual.

1 - O que você acha do aumento do número de vereadores?Embora como vereador tenha participado e votado no aumento do número de vereadores, acredito que faltou uma maior dis-cussão sobre o assunto.Infelizmente, estamos trabalhando de maneira errada com os projetos de Leis, sendo encaminhados em caráter de urgência (principalmente os do Executivo).2 - Você é a favor da redução do duodécimo de 7% para 5%?Sim.3 - Sendo favorável a redução do duodécimo, como você irá negociar a redução com a Câmara?Sou favorável a diminuição do repasse de 7% para 5%. Pre-cisamos de uma consciência política para atravessar esta crise financeira e moral que se abate sobre a nossa cidade.O futuro prefeito e os futuros vereadores precisarão diminuir gastos e com a diminuição do repasse para a câmara municipal poderíamos investir em melhorias para a cidade, principalmente na saúde.4 - Qual sua opinião sobre o salário de R$ 32 mil que, caso eleito você irá receber como prefeito?Os subsídios dos senadores, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores são excessivos. E em rela-ção ao salário dos médicos, professores, policiais e bombeiros são desproporcionais. Em Lorena os funcionários municipais estão com seus salários muito desvalorizados, o que provoca desestímulo e conflitos na administração.Isso tudo precisa ser revisto. Nos dias de hoje temos visto greves por melhores salários em quase todos os segmentos: bancários, funcionários dos correios, motoristas de ônibus, etc.Em resumo: políticos ganham muito e os demais trabalhadores ganhando pouco. Isto precisa ser mudado.5 - Você concordaria em reduzir seu próprio salário?Existe sim a possibilidade, mas acredito que o que mais corrói as finanças em nosso país não são os salários e sim favorecimentos ilícitos, obras super faturadas, desvios de verbas e corrupção. O que atrasa o desenvolvimento de Lorena é a corrupção, milhões de reais foram perdidos nesta administração com contratações de firmas terceirizadas e pessoas desonestas. Minha luta contra os corruptos terá a ajuda de toda a população que sofre com o descaso que advêm de tantos desmandos.

Coelho (PT) Fábio Marcondes (PSDB)

Dr. Martinho (PSB)

cidades Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 - página 5

Quero ser prefeito de LorenaNesta edição, o POP traz a última rodada de perguntas aos pré-candidatos ao cargo de prefeito de Lorena. Da mesma forma como foi feito nas entrevistas anteriores, todos os que se declararam pré-candidatos receberam as mesmas perguntas, no mesmo horário, encaminhadas em uma mesma mensagem eletrônica. Todos foram informados não haver limite de texto e, eventualmente a única revisão seria gramatical. A próxima entrevista será em março de 2012, já no ano eleitoral, quando resoluções do TSE deverão regulamentar a forma como deverão ser feitas. Até lá, o POP seguirá dentro dos estritos limites da legislção eleitoral, manter seus leitores informados.

1 - O que você acha do número de Vereadores?O número de vereadores é estabelecido pela Constituição Federal, que no caso de Lorena determina até dezessete vagas, sendo a Câmara Municipal o órgão competente para esse estabelecimento, a qual determinou o limite máximo.Entendo que quanto maior o número de vereadores, melhor será a representação do povo e consequentemente a fiscalização, atribuição principal dos Vereadores.2 - Você é a favor da redução do duodécimo de 7% para 5%?Sim, desde que constitucional.Essa verba é para cobrir todas as despesas da Câmara, inclusive sub-sídios dos Vereadores. Dessa forma, como a Constituição determina até 7%, entendo que o repasse deva ser o suficiente para atender as reais necessidades da Câmara, até esse limite.Lembro que, Vereador não é carreira ou profissão, porém, há de ter condições plenas de trabalho, para que exerça sua função com com-petência, isenção, independência e honestidade.3 - Sendo favorável à redução do duodécimo, como você irá ne-gociar a redução com a Câmara?Como dito acima, tem que ser encontrado o razoável, o necessário, não se trata de negociação, até porque, farei de tudo para quando da discussão das três leis orçamentárias, a população se faça presente, opine, questione, sugira, cobre, exija esclarecimentos. Em suma, participação efetiva de todos os munícipes.4 - Qual sua opinião sobre o salário de R$ 32 mil que, caso eleito você irá receber como prefeito?Creio que o salário de R$ 32.000,00 é um absurdo, totalmente in-compatível nas atuais condições em que se encontra o Município de Lorena, à vista sobretudo de suas dificuldades orçamentárias e do número de seus habitantes.Se esse vencimento para o futuro prefeito de Lorena for votado e aprovado, qualquer cidadão poderá imediatamente derruba-lo junto ao Poder Judiciário, mediante Ação Popular. É um despautério tal salário e Lorena sem dúvida ficará muito mal na imprensa e em todo o Brasil.5 - Você concordaria em reduzir seu próprio salário?Certamente, serei a primeira a não concordar com esse imoral e astro-nômico valor e proporei imediatamente a sua diminuição.

1 - O que você acha do aumento do número de vereadores?Eu acho que o atual número de vereadores da Câmara Muni-cipal de Lorena é suficiente para bem para bem representar a população lorenense. Uma boa gestão está diretamente ligada ao bom desempenho dos integrantes do Legislativo e não na

Regina Marietta Bartelega (PMDB)

Sylvio Ballerini (PP)

quantidade dos mesmos.2 - Você é a favor da redução do duodécimo de 7% para 5%?Eu sou a favor da redução, todavia esse novo índice deverá ser precedido de uma ampla discussão com o Legislativo, inclu-sive com a participação popular, a fim de definir o percentual adequado para o bom funcionamento da Câmara Municipal. Esta discussão deverá ser implementada nos demais repasses do município.3 - Sendo favorável a redução do duodécimo, como você irá negociar a redução com a Câmara?Como já foi dito anteriormente, criarei um canal para viabilizar uma ampla discussão com o Legislativo, incluindo a participa-ção popular, para definir com transparência e responsabilidade o novo índice a ser repassado.4 - Qual sua opinião sobre o salário de R$ 32 mil que, caso eleito você irá receber como prefeito?Considero este valor completamente imoral, fora da realidade lorenense, pois supera os valores salariais do Governador de São Paulo e até mesmo do Presidente da República.5 - Você concordaria em reduzir seu próprio salário?Concordo, pois, de acordo com as respostas anteriores, não po-deria pensar de outra maneira. Tenho certeza de que os futuros integrantes do Legislativo a serem eleitos no próximo pleito, não medirão esforços no sentido de encontrar um valor que se adéque à nossa realidade.

Nota do editor:Também foram enviadas as perguntas para o prefeito Marcelo Bustamante (PTB) e para o presidente da Câmara Élcio Vieira Junior (PV).Tentamos contato com a assessoria do prefeito mas não fomos atendidos.O presidente da Câmara informou que estava fora da cidade, a trabalho e, que infelizmente não poderia responder.

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por Joel B. Ramos

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O mês de outubro traz algumas datas comemorativas de grande importância e uma, em especial, merece grande destaque: dia 15, o Dia do Professor (a)!

Pois é! Uma profissão que é essencial para o desen-volvimento humano. Já serviu de inspiração para poetas, es-critores e cineastas. Uma tre-menda crise ronda o processo educativo em várias partes do mundo - não é exclusiva do sistema educacional bra-sileiro. Basta abrir os jornais ou outras mídias e perceber que o “problema educação” é globalizado e está longe de ser solucionado.

A crise da educação me-rece ser analisada e entendida, tarefa que exige tempo. Tal façanha não será feita aqui e agora! O que interessa, no presente momento, é ver de que forma o tema educação é tratado em muitos filmes! Já faz um bom tempo que exce-lentes produções colocam em foco a vida dos professores e seus alunos e toda problemá-tica surgida nesta relação. A grande lição que fica: o ato de aprendizagem é uma estrada de mão dupla, onde aluno e professor aprendem o tempo todo!

Entre tantos títulos, an-tigos e recentes, alguns mere-cem ser citados:

“Sementes da Violên-cia”: anos 50, Estados Uni-dos, Richard Dadier é o novo professor da escola secundá-ria North Manual, num bairro degradado da cidade: tensões raciais, violência, gangs e apatia fazem parte do dia a dia. E os temas deste filme ainda ressoam nos dias de hoje. Um filme impetuoso, pertinente e ousado demais para época (produção de 1955). Abre com a música: “Rock Around the Clock”, considerado o primeiro tema musical rock’n’roll num filme de grande audiência. Obs.: numa interpretação estelar, o jovem ator Sidney Poitier, no papel de aluno problemático.

“A Primavera de uma Solteirona”: anos 30, Escócia,

Professores (as) nos Filmes!

a professora Jean Brodie, em Edinburgo, ignora o currículo escolar e ensina seus próprios conceitos de vida às suas alunas, inclusive com idéias fascistas. Nem todas as alunas aceitam a professora.

“Ao Mestre com Ca-rinho”: anos 60, Inglaterra, um jovem professor enfren-ta alunos indisciplinados e desordeiros. O engenheiro desempregado Mark Tha-ckeray resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. Ele conseguirá dar “conta do recado”? Obs.: o ator Sidney Poitier vive o professor!

“If”: anos 60, Ingla-terra, numa escola privada, os alunos são ensinados a conformarem-se aos seus su-periores e a nunca desafiarem a autoridade da direção ou dos estudantes mais velhos que controlam os alunos. Porém, um grupo de alunos vai se rebelar. Produção de 1968, ano emblemático nas causas estudantis em todo o mundo.

“Fazendo História”: anos 2000, Inglaterra, oito estudantes turbulentos, mas talentosos, esperam conse-guir entrar em uma das mais prestigiosas universidades da Inglaterra. Nessa busca, eles são ajudados por dois professores.

“Adorável professor”: anos 60, Estados Unidos, o jovem compositor Glenn Holland decide dar aulas de música. Os alunos estão longe das expectativas de Glenn e para cativá-los, traz para a sala de aula o então maldito rock’n roll.

“Sociedade dos Poetas

mortos”: anos 50, Estados Unidos, a chegada de um carismático professor de in-glês para lecionar num rígi-do colégio para rapazes vai mudar radicalmente a rotina do currículo tradicional e arcaico. O professor oferece métodos pouco convencio-nais de ensino. Com humor e sabedoria ele inspira seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a viverem vidas ex-traordinárias.

“Mentes Perigosas”: anos 90, Estados Unidos, oficial da marinha (Michelle Pfeiffer) abandona carreira militar para realizar o antigo sonho de ser professora de inglês. Mas o grupo de alunos rebeldes que tem pela frente logo na primeira escola em que leciona será capaz de colocar à prova todo seu treinamento e experiência adquiridos na caserna.

“Entre os Muros da Es-cola”: anos 2000, França, este drama mostra bem o choque de culturas que se formou na França, a partir dos conflitos entre alunos e também um professor bem intencionado.

Feliz Dia do Professor! Que nunca falte carinho, dignidade e respeito no tra-tamento dado aos profes-sores, salários compatíveis e condições mínimas para que o exercício profissional seja realizado a contento: parabéns Professores (as) e claro, obrigado, sem vocês esta matéria não poderia ser escrita! Obs.: nem todos os filmes estão disponíveis para locação/compra (o caso de Sementes e Primavera, infe-lizmente).

Dimensão Livre completa dois anos na Rádio Cultura

O gerente Alencar e o radialista José Carlos Dorotéia.Ao fundo o operador Paulinho e o repórter Paride Zanini

Dimensão Livre, o progra-ma de maior audiência no rádio em Lorena completou com muita festa nesta quinta-feira (13), dois anos no ar.

Comandado pelo expe-riente radialista José Carlos

Dorotéia, o programa traz infor-mação e entretenimento para os lorenenses de segunda à sexta--feira das 09h às 11h, pela Rádio Cultura de Lorena AM 1460.

Além do radialista a equi-pe responsável pelo sucesso, é

formada pelo Alencar que geren-cia a rádio, Paulinho na técnica e o também experiente repórter Paride Zanini, responsável pelas matérias mais quentes das nossas manhãs e, também pelos muitos ouvintes que participam ao vivo.

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cidades Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 - página 7

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Benedicto Galvão de Sou-za, 66 anos de dedicação, força e superação de barreiras. Destes, 40 dedicados ao trabalho na área de saúde. Dificilmente alguém desconhece o “Dito da Santa Casa”. Mudando-se para Lorena em 1969, diretamente da roça, firmou raízes na cidade e con-quistou a amizade de boa parte dos moradores que aqui residem.

Em entrevista ao “POP”, falou de suas dificuldades, vitó-rias, aflições e alegrias. Sentado

Há quarenta anos ele faz o bem, um exemplo de determinação e garraA luta de um homem que passou por muitas dificuldades, mas não desisitiu e seguiu em frenteVanessa FreitasLorenaFreelancer para o POP

no sofá vermelho, do antigo con-sultório do Dr. Neil Canettieri, em frente ao ponto de taxi “Conde de Moreira Lima”, bem próximo ao local onde passou boa parte de sua vida, este virtuoso senhor mostrou com seu discurso que se deve ter “coragem de seguir seu coração e intuição, eles já sabem o que você realmente quer se tornar, o resto é secundário”, Steve Jobs.Como foi sua vinda a Lorena?Estou aqui há 42 anos. Cheguei, junto de minha mãe, ambos en-fermos. Um casal de primos nos trouxe. Conheci a Santa Casa como paciente. Nunca imaginei

que um dia trabalharia lá, tão pouco que permaneceria tanto tempo. Precisávamos vir a ci-dade, pois na roça onde morá-vamos não havia condições de medicamentos adequados. Fiquei morando no internato da Santa Casa durante uns dois anos.Como começou a trabalhar na Santa Casa?Na época eu estava desem-pregado. Então, após minha recuperação, fiquei ajudando na parte de serviços gerais da Santa Casa. As irmãs, coor-denadoras do hospital, viram isso e fizeram a proposta de ser contratado e me mudar para Lorena. Fui para casa, conversei com minha mãe e como ela já estava viúva e só, pois só havia eu de filho soltei-ro, decidimos vir para cá. Foi meu primeiro serviço registrado em 1º de abril de 1970. Como naquela época a exigência de experiência e diploma não era tão grande, comecei a ajudar com os pacientes. As irmãs explicavam os procedimentos. Só depois fiz o curso. Ajudava a dar banho nos velhinhos, dar remédio. Apenas atendimentos básicos.Quais foram às dificuldades enfrentadas antes de sua vin-da?Muitas. Na roça, vivíamos do que plantávamos ou da troca de mercadorias. As dificuldades lá eram muito grandes. Depois que meu pai faleceu, só piorou. Precisei vender um pedaço de terra que me pertencia para um fazendeiro e me mudei para Lagoinha com minha mãe, onde arrumei meu primeiro emprego na Prefeitura da cidade. Fiquei lá durante seis meses, fazendo ser-viços gerais. Mas com a mudança de administração, acabei ficando desempregado novamente e fa-zendo serviços avulsos.Como foi sua permanência na Santa Casa?Aposentei com 25 anos de tra-balho. Porém, as irmãs me dei-

xaram ficar mais 14 anos, então totalizei 39 anos de serviço. Fui demitido em 7 de maio de 2009. Mesmo com a saída das irmãs, continuei ainda por mais quatro anos com os empresários que hoje administram a Santa Casa.Quais foram suas dificuldades na questão dos estudos?Enquanto estive na roça, fiz o 1º e 2º ano do primário. O 4º conclui em 1967, no grupo escolar Padre Chico. Já o 1º ano do ginásio fiz em Lagoinha em 1968. Fiz auxiliar de enfermagem, no co-légio Santa Teresa de Lorena me formando em 1972.Como se encontra sua família hoje?Infelizmente perdi meu pai, minha mãe, meu irmão e minha cunhada. Como sou solteiro e não tenho filhos, restaram-me meus 10 sobrinhos. Nove deles estão em Taubaté e um em São Paulo. Fui o caçula em uma família de 9, mas só crescemos eu e meu irmão. Se todos fossem vivos, seriam cinco mulheres e quatro homens.Porque continuar em Lorena?Decidi ficar porque me senti bem acolhido pela cidade. Construí minha vida aqui. Quando co-mecei a trabalhar na Santa Casa já na área de saúde e deixei os serviços gerais, fiquei com o Dr. Neil, ortopedista, quando criaram a sala de gesso. O doutor foi o fundador da ortopedia e da fisioterapia na Santa Casa. Ele se tornou um amigão para mim até hoje. Sempre me apoiou.Qual era o procedimento?O gesso já vinha pronto. Eu apenas aplicava no paciente. Desenrolava a atadura, molhava e essa é a técnica utilizada.Como está sua vida hoje?Vivo apenas da aposentadoria. Já me ofereceram serviço, mas eu não aceitei. Agora estou cuidan-do mais da minha saúde.Como você vê a vida?Tem seus altos e baixos, mo-mentos bons e ruins. Sempre me

deparei com dificuldades. Morei na roça, numa época difícil, mas nem por isso deixo de lembrar das coisas boas que passei por lá. De algumas coisas eu tenho saudade. Hoje, aos 66 anos, sinto que fiz minha parte. Estou satisfeito de ter chegado onde cheguei, de consciência limpa. Minha famí-lia era religiosa, então sempre busquei forças em Deus. O que eu pude fazer para meu irmão, minha mãe e minha família eu fiz.Entre a roça e a cidade:Tenho saudade da roça, mas hoje já me acostumei com a cidade. Se eu tivesse condições, gostaria de

ter uma chácara. Mas gosto do contato com a cidade. Sem falar que a roça hoje está bem mais perigosa, não tem muito policia-mento. Procuro me adequar ao local que estou. Tento acompa-nhar toda essa modernidade dos dias de hoje.Você fez muitas amizades aqui?Graças a Deus, sim.Até hoje e perguntam se estou de férias da Santa Casa, pois todos estavam acostumados a me ver por lá.O entendimento com os pacientes era ótimo. Fiz muitas amizades no hospital também.

O diploma e Dito ao fundo

Vanessa Freitas

página 8 - Ediçao 629 - 15 de outubro de 2011 cidades

Tradicionalmente, outu-bro é conhecido por “mês das crianças”. Período em que lojas ficam repletas de brinquedos, ruas de balões coloridos e pais desesperados por encontrar o pre-sente ideal para seus filhos. Em comemoração a data, algumas organizações elaboram atividades que proporcionam momentos descontraídos para o público infantil. Dentre elas, a ACIAL (Associação Comercial Industrial Autônomos e Liberais de Lorena) desenvolve há aproximadamente 15 anos um projeto que alegra o dia de alunos lorenenses. Trata-se de um passeio de trenzinho pelas ruas da cidade. “Foi uma solici-tação das próprias instituições. Beneficiamos escolas associadas e municipais com este evento desde que adquirimos o veículo”,

ACIAL trabalha em prol das crianças Associação oferece serviço de trenzinho para diversão de alunos da cidadeVanessa FreitasLorenaFreelancer para o POP

explicou a gerente da associação, Arminda Souza.

A iniciativa acontece por meio de uma programação que determina o dia, horário e qual es-cola deverá participar do passeio.

Na última segunda-feira foi a vez da “EMEI Professora Car-melita Vieira de Oliveira Braga”, do bairro Santo Antônio. Mais de 170 crianças puderam prestigiar e desfrutar do momento marcante.

De acordo com a diretora da escola, Cláudia Bertolla, trata--se de uma oportunidade única. “Buscamos oferecer diversas ati-vidades na semana da criança. Na segunda-feira tivemos o passeio, sorvete e merenda”, disse.

Além desta ação, a es-cola dispõe uma programação diversificada. “Cada dia é uma novidade diferente. Realizamos uma festinha na terça-feira, com a presença dos palhaços ‘Patati e Patatá’, quando todos ganharam um DVD da dupla. Na quinta-

-feira foi a vez de uma tarde de filmes com direito a pipoca e refrigerante. Sexta-feira é dia de gincana”, disse.

Cláudia ressalta a impor-tância do projeto da ACIAL para cada criança. “Eles aguardam, ansiosamente, o passeio durante o ano todo. Muitas das crianças são carentes e com o passeio podem participar de uma ocasião impor-tante sorrindo e se divertindo. É a melhor doação do mundo”.

Para que não haja proble-mas, a diretora contou que efetua a reserva do veículo no começo de cada ano. “Faço tudo antecipa-damente para não correr o risco de perder a chance de participar. Encaminho um ofício e fechamos um contrato. Uma via fica com a secretaria de Transportes, que

possui e conduz o trator que puxa o trem, uma com a ACIAL, que nos oferece o transporte e uma conosco”.

O trajeto do passeio é do ponto onde a escola se localiza, até o centro da cidade, na praça. O condutor toma cuidado para não passar no viaduto garantindo, ainda mais, segurança de todos.

Ao todo, 13 escolas da cidade foram agraciadas com o passeio, além do S.O.S (Serviços de Obras Sociais). A instituição, sem fins lucrativos, participou no último dia 7com inúmeras crianças.

Segundo Arminda, neste sábado haverá distribuição de bolas, doces, pipoca e sorvete na Praça Dr. Arnolfo de Azevedo, Centro. Crianças no trenzinho

Para comemorar o dia das crianças, a líder comunitária Cá-tia do Memorial há quatro anos realiza uma grande festa dentro do Projeto Criança Feliz e, este ano ela contou com a ajuda do empresário Fábio Marcondes que aproveitou a oportunidade para comemorar o aniversário de um ano do Posto 7 de setembro, também no bairro da Cruz.

Na festa as crianças pude-ram assistir ao show da equipe de

Show de motociclismo e muita diversão na festa das crianças no bairro da Cruz

Luciano MeiraLorena

No centro da foto o empresário JC, Fábio Marcondes, Cátia do Memorial e Giovani da equipe Brasilmotorshow

motociclistas Brasil Moto Show, além de participar de diversas brincadeiras, aproveitar o cachor-ro quente e refrigerante com o já tradicional bolo.

Cátia disse estar muito sa-tisfeita com a grande participação das crianças na festa. “A cada ano cresce o número de crianças, e isso é o que me motiva continu-ar com esta festa e, quero aqui aproveitar a oportunidade para agradecer a todos que colaboram para a realização dela”, disse a líder comunitária.

Motociclista realiza manobra