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O Peregrino Cristão, por Jonathan Edwards

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O PEREGRINO CRISTÃO OU

A VIDA DO VERDADEIRO CRISTÃO:

UMA VIAGEM PARA O CÉU

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Traduzido do original em Inglês

The Christian Pilgrim or “The True Christian's Life a Journey Towards Heaven

By Jonathan Edwards

Via: GraceGems.org

Tradução por Amanda Ramalho

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Janeiro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão

do website GraceGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-

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desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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O Peregrino Cristão

ou

A Vida do Verdadeiro Cristão: uma viagem para o Céu Um sermão por Jonathan Edwards

“E confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

As pessoas que dizem tais coisas mostram que eles estão procurando

um país próprio.” (Hebreus 11:13-14)

O apóstolo está aqui estabelecendo as excelências da graça na fé, pelos efeitos gloriosos

e resultado feliz disto nos santos do Antigo Testamento. Ele havia falado na parte anterior

do capítulo particularmente de Abel, Enoque, Noé, Abraão e Sara, Isaque e Jacó. Tendo

enumerado essas instâncias, ele toma conhecimento de que “todos estes morreram na fé,

sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, crendo-as e abraçando-as,

confessaram que eram estrangeiros...” [Hebreus 11:13]. Nestas palavras, o apóstolo parece

ter um respeito mais particular a Abraão e Sara, e a seus parentes, que vieram com eles

de Harã, e de Ur dos caldeus, como aparece no versículo 15, onde o apóstolo diz, “E se,

na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar”.

Duas coisas podem ser observadas aqui:

1. Que estes santos confessaram de si mesmos: que eram estrangeiros e peregrinos na

terra. Assim, temos um relato particular a respeito de Abraão: “Estrangeiro e peregrino sou

entre vós” [Gênesis 23:4]. E isso parece ter sido o sentimento geral dos patriarcas, pelo que

Jacó diz a Faraó. “E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são

cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida, e não chegaram

aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias das suas peregrinações” [Gênesis 47:9].

“Porque sou um estrangeiro contigo e peregrino, como todos os meus pais” [Salmos 39:12].

2. A inferência que o apóstolo tira daqui: que eles procuravam outro país como sua casa.

“Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria” [Hebreus 11:14].

Confessando que eram estrangeiros, eles claramente declararam que este não é o seu

país, que este não é o lugar onde eles estão em casa. E ao confessarem ser peregrinos,

declararam claramente que esta não é a sua morada definitiva, mas que eles pertencem a

algum outro país, o qual eles buscavam, e para o qual eles estavam viajando.

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SEÇÃO 1 — Que esta vida seja assim gasta, como sendo apenas uma jornada ou peregri-

nação em direção ao Céu. Aqui eu observo:

1. Que não devemos descansar neste mundo e em seus prazeres, mas devemos desejar

o Céu. Devemos “buscar primeiro o reino de Deus” [Mateus 6:33]. Devemos acima de todas

as coisas desejar uma felicidade celestial: estar com Deus, e habitar com Jesus Cristo. Em-

bora rodeado de prazeres exteriores, e estabelecidos em famílias com amigos desejáveis

e relacionamentos; embora tenhamos companheiros cuja amizade é agradável, e filhos, em

quem vemos muitas qualidades promissoras, embora vivamos com bons vizinhos, e seja-

mos geralmente amados onde conhecidos, ainda assim não devemos ter o nosso descanso

nestas coisas como nossa porção. Devemos estar tão longe de descansar nessas coisas,

a ponto de desejar deixar todas elas, no tempo devido de Deus. Devemos possuir, gozar e

usá-los sem nenhum outro fim, mas estarmos prontos para deixá-los, sempre que somos

chamados para isso, e para trocá-los de bom grado e alegremente pelo o Céu. Um viajante

não tem o hábito de descansar com o que ele encontra na estrada, ainda que seja confor-

tável e agradável. Se ele passa por lugares agradáveis, prados floridos, ou bosques som-

brios; ele não tem a sua satisfação nessas coisas, mas apenas tem uma visão transitória

delas enquanto ele segue sozinho. Ele não está seduzido pelas aparências finas a ponto

de adiar a ideia de prosseguir. Não, mas o fim de sua viagem está em sua mente. Se ele

se encontra com acomodações confortáveis em um hotel, ele não entretém pensamentos

de se estabelecer ali. Ele considera que estas coisas não são suas, mas que ele é um estra-

nho ali, e quando ele tiver revigorado a si mesmo, ou permanecido por uma noite, ele

seguirá adiante. E é agradável para ele pensar que um tanto do caminho já ficou para trás.

Semelhantemente devemos desejar o Céu mais do que os confortos e prazeres desta vida.

O apóstolo menciona isso como uma consideração encorajadora, confortável para os

Cristãos, que eles se aproximam de sua felicidade. “A nossa salvação está agora mais perto

de nós do que quando aceitamos a fé” [Romanos 13:11]. Nossos corações devem estar

desprendidos destas coisas, como o de um homem em uma viagem; que possamos tão

alegremente partir delas, sempre que Deus chamar. “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o

tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as

tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgas-

sem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se

dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” [1 Coríntios 7:29-31]. Estas

coisas são apenas emprestadas a nós por um pouco de tempo, para servirem por um

momento, mas devemos colocar nossos corações no Céu, como nossa herança para

sempre.

2. Devemos buscar o Céu, viajando no caminho que leva até lá. Este é o caminho da

santidade. Devemos escolher e desejar viajar para lá desta forma e não de outra; e nos

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separar de todos os apetites carnais que, como pesos, tenderão a nos atrapalhar. “Deixe-

mos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência

a carreira que nos está proposta” [Hebreus 12:1]. Não importando quão prazerosa a grati-

ficação de qualquer apetite possa ser, temos de colocá-lo de lado, se for um obstáculo ou

uma pedra de tropeço no caminho para o Céu. Devemos viajar no caminho da obediência

a todos os mandamentos de Deus, até mesmo do difícil, como também do fácil, renunciando

a todas as nossas inclinações e interesses pecaminosos. O caminho para o Céu é ascen-

dente, devemos nos contentar em viajar montanha acima, ainda que seja difícil e cansativo,

e contrário ao viés natural de nossa carne. Devemos seguir a Cristo, o caminho em que Ele

viajou era o caminho certo para o Céu. Nós devemos tomar a nossa cruz e segui-lO, em

mansidão e humildade de coração, em obediência e amor, diligência para fazer o bem, e

paciência sob as aflições. O caminho para o Céu é uma vida celestial, uma imitação

daqueles que estão no Céu, em suas santas alegrias, amando, adorando, servindo e

louvando a Deus e ao Cordeiro. Mesmo que pudéssemos ir para o Céu com a satisfação

de nossos desejos, devemos preferir um caminho de santidade e conformidade e as regras

espirituais de abnegação do Evangelho.

3. Devemos viajar neste caminho de maneira laboriosa. As viagens longas são percorridas

com trabalho e fadiga, especialmente se por meio de um deserto. Pessoas em tal caso

esperam não nada além de sofrer dificuldades e cansaço. Assim, devemos viajar neste

caminho de santidade, remindo o nosso tempo e força, para superar as dificuldades e os

obstáculos que estão no caminho. A terra que devemos atravessar é um deserto, há muitas

montanhas, pedras e lugares ásperos que devemos passar por cima, e portanto, há uma

necessidade de que devemos despender a nossa força.

4. Nossas vidas inteiras deveriam ser gastas em viajar nesta estrada. Devemos começar

cedo. Isso deve ser a primeira preocupação, quando as pessoas se tornam capazes de

agir. Quando estabelecido pela primeira vez no mundo, eles deveriam começar esta jorna-

da. E nós devemos viajar com diligência. Este deve ser o esforço de cada dia. Nós deveria-

mos com frequência pensar no final de nossa jornada, e fazer disso nosso trabalho diário:

viajar no caminho que conduz a esse fim. Aquele que está em uma jornada, está frequen-

temente pensando no lugar destinado, e é o seu cuidado diário e interesse prosseguir bem,

e aproveitar o seu tempo para ficar mais perto do fim de sua jornada. Assim o Céu deve

estar continuamente em nossos pensamentos, e a entrada imediata ou passagem para ele,

ou seja, a morte, deve estar presente conosco. Devemos perseverar neste caminho, en-

quanto vivemos. “Corramos com paciência a carreira que nos está proposta”. Embora a

estrada seja difícil e trabalhosa, é preciso aguentar com paciência, e permanecer contente

ao suportar dificuldades. Apesar da viagem ser longa, ainda assim não podemos parar de

repente; mas suportar até que chegamos ao lugar que buscamos. Também não devemos

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desanimar com o comprimento e as dificuldades do caminho, como os filhos de Israel fize-

ram, desejando voltar para trás. Todo nosso pensamento e objetivo devem seguir avante

até chegarmos.

5. Devemos estar crescendo continuamente em santidade, e, nesse aspecto chegando

cada vez mais perto do Céu. Devemos estar nos esforçando para chegarmos mais perto

do Céu, sendo mais celestiais, nos tornando mais e mais como os habitantes do Céu, em

relação à santidade e conformidade com Deus; e o conhecimento de Deus e de Cristo, em

uma visão clara da glória de Deus, da beleza de Cristo e da excelência das coisas Divinas,

nos leva a chegarmos mais perto da visão beatífica. Devemos trabalhar para estar cres-

cendo continuamente no amor Divino — que esta possa ser uma chama crescente em nos-

sos corações, até que eles sejam consumidos totalmente nesta chama —, em obediência

e em uma vida celestial; para que possamos fazer a vontade de Deus na terra como os

anjos fazem no Céu; em conforto e alegria espiritual; em comunhão sensível com Deus e

Jesus Cristo, nosso caminho deve ser como “a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais

até ser dia perfeito”. Devemos ter fome e sede de justiça, por crescimento da justiça. “Dese-

jai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para

que por ele vades crescendo” [1 Pedro 2:2]. A perfeição dos Céus deve ser a nossa marca.

“Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para

as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de

Deus em Cristo Jesus” [Filipenses 3:13-14].

6. Todas as outras preocupações da vida devem ser inteiramente subordinadas a esta.

Quando um homem está em uma jornada, todos os passos que ele toma são subordinados

ao objetivo de chegar ao fim de sua jornada. E se ele traz dinheiro ou provisões consigo, é

para supri-lo em sua jornada. Então devemos subordinar totalmente todos os outros interes-

ses e todos os nossos prazeres temporais, devido estarmos viajando para o Céu. Quando

qualquer coisa que temos torna-se uma obstrução e obstáculo para nós, devemos abandoná-

la imediatamente. O uso de nossos prazeres mundanos e posses devem ser com tal visão

e de tal maneira a nos fazer avançar em nosso caminho para o Céu. Assim, devemos comer

e beber e vestir-nos, e melhorar a conversa e divertimento com os amigos. E em tudo quan-

to pretendermos, qualquer projeto em que estivermos envolvidos, devemos perguntar a nós

mesmos se este projeto ou plano nos fará avançar no nosso caminho para o Céu? E se

não, devemos abandonar este nosso plano.

SEÇÃO 2 — Por que a vida do Cristão é uma viagem, ou peregrinação?

1. Este mundo não é o nosso lugar permanente. Nossa permanência aqui é muito curta. Os

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dias do homem sobre a terra são como a sombra. Nunca foi o planejado por Deus que este

mundo fosse a nossa casa. Deus também não nos deu essas acomodações temporárias

para esse fim. Se Deus nos deu amplas propriedades, e filhos ou outros amigos agradáveis,

não é com tal desígnio, a saber, que estejamos acomodados aqui, como se fosse uma

morada estabelecida; mas com um desígnio de que devemos usá-los para o presente, e,

em seguida, deixá-los em breve tempo. Quando somos chamados para qualquer negócio

secular, ou encarregados do cuidado de uma família, se nós empregamos nossas vidas

para qualquer outra finalidade que não for uma viagem para o Céu, todo o nosso trabalho

será perdido. Se passamos a vida em busca de felicidade terrena: como riquezas ou praze-

res sensuais; crédito e estima dos homens; alegrar-nos com os nossos filhos, e na perspec-

tiva de vê-los bem educados e bem estabelecidos, etc. todas estas coisas serão de pouca

significância para nós. A morte acabará com todas as nossas esperanças, e colocará um

fim nestes prazeres. “Os lugares que nos conheciam, não nos conhecerão mais” e “o olho

que nos viu, não nos verá mais”. Devemos ser levados para sempre de todas essas coisas,

e é incerto quando isto acontecerá: pode ser logo depois que somos colocados na posse

delas, e então, onde estarão todas as nossas ocupações mundanas e prazeres, quando

formos colocados na silenciosa sepultura?

2. Todo o mundo futuro foi projetado para ser a nossa morada estabelecida e eterna. Lá foi

pretendido que nós fôssemos estabelecidos; e apenas o Céu é uma habitação permanente

e uma herança duradoura. O estado atual é curto e transitório; mas o nosso estado no outro

mundo é eterno. E assim que chegarmos ali, não haverá alterações. Nosso estado no mun-

do futuro, portanto, sendo eterno, é de muito maior importância do que o nosso estado aqui,

de modo que todas as nossas preocupações neste mundo estão totalmente subordinadas

a isto.

3. Céu é aquele único lugar onde nosso mais elevado fim, e mais elevado bem, devem ser

obtidos. Deus nos fez para Si mesmo. “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as

coisas” [Romanos 11:36]. Assim, então, podemos alcançar nosso mais elevado propósito,

quando somos levados a Deus, mas isso é por ser levado para o Céu, para o trono de Deus,

o lugar de Sua presença especial. Há apenas uma união muito imperfeita com Deus a ser

tida no mundo atual, um conhecimento muito imperfeito dEle no meio de muita escuridão;

uma conformidade muito imperfeita a Deus, misturada com abundância de escórias. Aqui

podemos servir e glorificar a Deus, mas de uma forma muito imperfeita; nosso serviço está

misturado com o pecado, que desonra a Deus. Mas quando chegarmos ao Céu, (se formos

de fato) seremos levados a uma união perfeita com Deus, e teremos uma visão mais clara

dEle. Lá seremos totalmente conformados com Deus, sem qualquer pecado remanescente,

pois “assim como é o veremos” [1 João 3:2]. Devemos, então, servir a Deus perfeitamente;

e glorificá-lO sobremaneira, até o máximo dos poderes e capacidade da nossa natureza.

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Então vamos perfeitamente entregar a nós mesmos a Deus; nossos corações serão ofertas

puras e santas, apresentados em uma chama do amor Divino. Deus é o maior bem da cria-

tura racional, e o desfrutar dEle é a única felicidade com que nossas almas podem ser

satisfeitas. Logo, ir para o Céu, para totalmente desfrutar de Deus, é infinitamente melhor

do que as acomodações mais agradáveis aqui. Pais e mães, maridos, esposas ou filhos,

ou a companhia de amigos terrenos, são apenas sombras; mas o gozo de Deus é a

substância. Esses são apenas raios; mas Deus é o sol. Estes são apenas córregos; mas

Deus é a fonte. Estes são apenas gotas; mas Deus é o oceano. Por isso nos convém gastar

esta vida apenas como uma jornada para o Céu, como nos convém buscar o nosso mais

elevado propósito e bem, o pleno trabalho de nosso viver, ao qual devemos subordinar to-

das as outras preocupações da vida. Por que devemos trabalhar, ou pôr em nosso coração,

qualquer outra coisa além do que é nosso próprio fim e verdadeira felicidade?

4. Nosso estado presente, e tudo o que pertence a ele, é designado por Aquele que fez

todas as coisas, para serem totalmente subservientes para o mundo vindouro. Este mundo

foi feito como um lugar de preparação para outro. A vida mortal do homem foi-lhe concedida,

para que pudesse estar preparado para seu estado permanente. E tudo o que Deus nos

deu aqui é dado para essa finalidade. O sol brilha e a chuva cai sobre nós, a terra produz

o seu fruto para nós, para esse fim. Assuntos civis, eclesiásticas e da família, e todos os

nossos interesses pessoais, são projetados e ordenados em subordinação ao mundo

futuro, pelo criador e ordenador de todas as coisas. Por isso, então, eles devem ser subordi-

nados por nós.

SEÇÃO 3 — A instrução conferida pela consideração de que a vida é uma jornada, ou

peregrinação, em direção ao Céu.

1. Esta doutrina pode nos ensinar a moderação em nosso luto pela perda de queridos ami-

gos, que, enquanto viveram, otimizaram suas vidas para os propósitos corretos, se é que

eles viveram uma vida santa, então suas vidas eram uma jornada para o Céu. E por que

deveríamos ser imoderados no luto, quando eles chegaram ao final de sua jornada? A

morte, apesar de parecer para nós um aspecto terrível, é para eles uma grande bênção.

Seu fim é feliz, e melhor do que o seu início. “O dia da sua morte é melhor para eles do que

o dia de seu nascimento” [Eclesiastes 7:1]. Enquanto viviam, eles desejavam o Céu, e o

escolhiam antes do que este mundo, ou qualquer um dos seus prazeres. Eles sinceramente

o desejavam, então por que devemos lamentar que tenham obtido isso? Agora eles chega-

ram à casa de seu Pai. Eles têm milhares de vezes mais confortos agora que eles chegaram

em casa, do que eles tiveram em sua jornada. Neste mundo presente eles passaram por

muito trabalho e labuta, como por um deserto. Houve muitas dificuldades no caminho; mon-

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tanhas e lugares ásperos. Foi trabalhoso e cansativo percorrer o caminho, e eles tiveram

muitos dias e noites cansativas. Mas agora eles chegaram ao seu descanso eterno “e ouvi

uma voz do Céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora

morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas

obras os seguem” [Apocalipse 14:13]. Eles olham para trás, para as dificuldades e tristezas,

e perigos da vida, regozijando-se de terem superado todos eles. Estamos prontos para

encarar a morte como sua calamidade, e para lamentar, que aqueles que eram tão queridos

por nós, estejam numa cova escura carcomidos por corrupção e vermes, tirados de seus

queridos filhos, prazeres e etc. em circunstâncias terríveis, porém isso se dá por causa de

nossa fraqueza — eles estão em uma condição feliz, inconcebivelmente abençoados. Eles

não choram, mas se regozijam-se com extrema alegria: suas bocas estão cheias de can-

ções alegres, e bebem em rios de prazer. Eles não encontram nenhuma tristeza pelo fato

de trocaram suas alegrias terrenas, e a companhia dos mortais, pelo Céu. Sua vida aqui na

terra, embora nas melhores circunstâncias, foi marcada muitas adversidades e aflições,

mas agora todas estas chegaram ao fim. “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede;

nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono

os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de

seus olhos toda a lágrima” [Apocalipse 7:16-17]. É verdade que não mais os veremos neste

mundo, mas devemos considerar que estamos viajando em direção à mesma paz, e por

que devemos entristecer nossos corações porque eles têm chegado lá antes de nós?

Estamos seguindo após eles, e esperamos, assim que chegarmos ao final de nossa jorna-

da, estarmos com eles de novo, em melhores circunstâncias. Um grau de luto por parentes

próximos quando falecidos não é incompatível com o Cristianismo, mas muito conforme

com ele, pois enquanto somos de carne e sangue, temos propensões e afeições animais.

Mas temos justa razão para que nosso luto deva ser misturado com alegria. “Não quero,

porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entriste-

çais, como os demais, que não têm esperança” [1 Tessalonicenses 4:13]. Por isso não de-

vemos sofrer como os gentios, que não tinham conhecimento de uma felicidade futura. Isso

aparece pelo seguinte versículo: “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,

assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”. [1 Tessaloni-

censes 4:14].

2. Se a nossa vida deveria ser apenas uma jornada para o Céu; quão mal cultivam as suas

vidas, aqueles que a gastam viajando para o inferno! Alguns homens passam a vida inteira,

desde a sua infância até o dia da morte, descendo o amplo caminho para a destruição. Eles

não só se aproximam para o inferno quanto ao tempo, mas a cada dia apressam-se para a

destruição, eles são mais semelhantes aos habitantes do mundo infernal. Enquanto outros

avançam no caminho estreito e apertado para a vida, e laboriosamente viajam até o monte

em direção a Sião, contra as inclinações e tendência da carne; estes correm com pés

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velozes para a morte eterna, este é o emprego de todos os deveres, com todos os homens

ímpios; e todo o dia deles é gasto nisto. Assim que eles acordam de manhã, eles partem

de novo no caminho para o inferno, e gastar seu tempo nele. Eles começam nos primeiros

dias. “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando

mentiras” [Salmos 58:3] Eles se apegam a elas com perseverança. Muitos deles que

chegam à velhice, nunca estão cansados delas; apesar de chegarem aos cem anos de ida-

de, eles não vão deixar de viajar no caminho para o inferno até que eles cheguem lá. E to-

das as preocupações da vida estão subordinadas a este empreendimento. Um homem mau

é um servo do pecado, seus poderes e faculdades estão empregados no serviço do pecado,

e na aptidão para o inferno. E todas as suas posses são assim usadas por ele, para ser

subserviente ao mesmo propósito. Homens gastam seu tempo entesourando ira para o dia

da ira. Assim fazem todas as pessoas impuras, que vivem em práticas lascivas em segredo,

todas as pessoas mal-intencionadas; todas as pessoas profanas, que negligenciam os

deveres da Religião. Assim fazem todas as pessoas injustas; e aqueles que são fraudulen-

tos e opressivos em suas transações. Assim fazem todos os caluniadores e os maldizentes,

todas as pessoas avarentas, que põe seus corações principalmente nas riquezas deste

mundo. Assim fazem frequentadores de bares; e frequentadores das más companhias; e

muitos outros tipos que poderiam ser mencionados. Assim, a maior parte da humanidade

se apressa no amplo caminho para a destruição; que é, como também já foi, preenchido

com a multidão que está indo no mesmo caminho conformemente. E eles estão todos os

dias indo para o inferno neste largo caminho aos milhares. Multidões estão continuamente

fluindo para dentro do grande lago de fogo e enxofre, como um poderoso rio que constan-

temente esvazia suas águas no oceano.

3. Assim, quando as pessoas são convertidas, eles já começam seu trabalho, e partem no

caminho que devem prosseguir. Eles nunca até então, fizeram alguma coisa nesse trabalho

no qual toda a sua vida deve ser gasta. Pessoas antes da conversão nunca dão um passo

nessa direção. Assim um homem é posto inicialmente em sua jornada, quando ele é trazido

para casa a Cristo; e tão longe ele está de ter feito o seu trabalho, que o seu cuidado e

labuta em seu trabalho Cristão é então iniciado; no qual ele deve passar o restante de sua

vida. As pessoas agem mal, quando elas são convertidas e obtiveram uma esperança de

estarem em boas condições, ao não se esforçarem com tanto fervor como faziam antes,

enquanto estavam despertadas. Eles devem, daqui em diante e enquanto viverem, ser tão

sérios e diligentes, tão vigilantes e cuidadosos como nunca; sim, devem aumentar cada vez

mais. Não é uma desculpa justa, que agora eles obtiveram a conversão. Não deveríamos

ser tão diligentes para que possamos servir e glorificar a Deus, enquanto que nós mesmos

podemos ser felizes? E se temos obtido graça, devemos lutar mais para que possamos

alcançar os outros graus que estão adiante, como fizemos para obter esse pequeno grau

alcançado. O apóstolo nos diz que ele esqueceu o que estava atrás, e avançou para o que

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estava à frente. Sim, aqueles que são convertidos, têm agora mais uma razão para lutar

por graça; pois eles têm visto algo da sua excelência. Um homem que uma vez provou as

bênçãos de Canaã, tem mais um motivo para marchar em sua direção do que tinha anterior-

mente. E aqueles que são convertidos, devem se esforçar para “fazer firme sua vocação e

eleição”. Nem todos aqueles que são convertidos têm certeza absoluta disso; e aqueles

que tem certeza, não sabem se sempre haverão de possuir certeza, e assim continuar

buscando e servindo a Deus com a máxima diligência é o caminho para ter certeza, e para

tê-la mantida.

SEÇÃO 4 — Uma exortação.

Viva assim a vida presente, de modo que possa ser apenas um caminho para o Céu.

Trabalhe para obter tal disposição de espírito que você possa escolher o Céu por herança

e casa; e possa sinceramente esperar por isso, e estar disposto a trocar o mundo, e todos

os seus prazeres, pelo Céu. Trabalhe para ter o seu coração tão enlaçado pelo Céu, e os

prazeres celestiais, que você possa se alegrar quando Deus te chamar para deixar os seus

melhores amigos e conforto terrestres pelo Céu, para desfrutar de Deus e Cristo. Convença-

se a viajar no caminho que leva ao Céu, em santidade, abnegação, mortificação e obediên-

cia a todos os mandamentos de Deus, seguindo o exemplo de Cristo, em forma de uma

vida celestial, ou imitação dos santos e anjos no Céu. Que seja o seu trabalho diário, desde

a manhã até a noite, e persevere nele até o fim, não deixe nada parar, desencorajar ou tirar

você deste caminho. E deixe todas as outras preocupações serem subordinadas a isso.

Considere as razões que foram mencionadas sobre o porquê você deve assim passar a

sua vida; que este mundo não é o seu lugar de permanência, que o mundo futuro deve ser

a sua morada eterna; e que os prazeres e preocupações deste mundo são dados inteira-

mente em subordinação para mundo por vir. E considere mais pelo motivo:

1. Quão digno é o Céu para que a sua vida seja totalmente gasta como uma viagem em

direção a ele. Para que melhor propósito você pode gastar a sua vida, se você respeita o

seu dever ou o seu interesse? Que final melhor você pode propor para sua viagem do que

obter o Céu? Você é colocado neste mundo, com uma escolha que lhe é dada, você pode

viajar no caminho que você quiser; e um caminho leva para o Céu. Agora, você pode

direcionar o seu curso melhor do que este caminho? Todos os homens têm algum objetivo

ou outro na vida. Alguns procuram, principalmente, as coisas do mundo; eles passam seus

dias em tais atividades; mas não é o Céu, onde há plenitude de alegria para sempre, muito

mais digno de ser procurado por você? Como você pode melhor empregar sua força, usar

seus meios e passar os seus dias do que viajando na estrada que leva ao gozo eterno de

Deus; à Sua presença gloriosa; à nova Jerusalém celestial, ao monte Sião onde todos os

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seus desejos serão preenchidos, e não há jamais perigo de perder a sua felicidade? Ne-

nhum homem está em casa neste mundo, se ele escolher o Céu ou não; aqui ele nada é

senão uma pessoa transitória. Que outro lugar você poderia escolher por sua casa que

seria melhor do que o Céu?

2. Esta é a maneira da morte ser confortável para nós. Para gastarmos nossas vidas, de

modo a ser apenas uma jornada para o Céu, é o caminho para ser livre da escravidão, e

ter a perspectiva e premeditação da morte confortável. Será que o viajante pensa no fim de

sua jornada com medo e terror? É terrível para ele pensar que ele está prestes a chegar ao

final de sua jornada? Estiveram os filhos de Israel pesarosos, depois de quarenta anos de

viagem no deserto, quando eles estavam prestes a chegar à Canaã? Esta é a maneira de

participarmos deste mundo sem sofrimento. Será que o viajante lamenta quando ele chega

em casa, para deixar seu bastão e carga de provisões que ele possuía para sustentá-lo

pelo caminho?

3. Nada mais de sua vida será agradável pensar quando você estiver para morrer, do que

tê-la gastado desta maneira. Se você não passou nada em sua vida dessa maneira, toda a

sua vida será terrível ao você pensar, a não ser que você morra em alguma grande ilusão.

Você verá, então, que toda a sua vida que foi gasta de outra forma está perdida. Você verá

então a vaidade de todos os outros objetivos que você propôs para si mesmo. O

pensamento do que você aqui possuía e gozava não será agradável, a menos que você

possa pensar também que os tenha subordinado à esta finalidade.

4. Considere-se que aqueles que estão dispostos a viverem suas como uma viagem para

o Céu, podem obter o Céu. O Céu, ainda que alto e glorioso, é atingível para tais criaturas

inúteis pobres como nós somos. Podemos alcançar essa região gloriosa que é a morada

dos anjos, sim, a morada do Filho de Deus; e onde está a presença da glória do grande

Jeová. E podemos tê-lo livremente, sem dinheiro e sem preço, se estamos dispostos a

viajar no caminho que conduz a ele, e se nos convertermos do curso deste caminho em

que vivemos, podemos e teremos o Céu como o nosso lugar de descanso eterno.

5. Seja considerado que se nossas vidas não forem uma viagem para o Céu, elas serão

uma viagem para o inferno. Toda a humanidade, depois de haver estado aqui por um pouco,

irá para um dos dois grandes destinos de todos os que partem deste mundo, a saber, um

é o Céu, para onde um pequeno número, em comparação, viaja; e o outro é o inferno, para

onde vai a maior parte da humanidade. Este ou aquele deve ser o resultado de nosso curso

neste mundo.

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SEÇÃO 5 — Concluirei, dando algumas indicações:

1. Trabalhe para ter uma noção da vaidade deste mundo por conta da pouca satisfação que

há para ser apreciada aqui; sua curta permanência e inutilidade para nos auxiliar quando

mais necessitamos de ajuda, em um leito de morte. Todos os homens, que vivem qualquer

tempo considerável no mundo, podem ver o suficiente para convencê-los de sua vaidade,

se eles se derem ao trabalho de refletir. Sejam persuadidos, portanto, de exercer considera-

ção, quando você ver e ouvir ao longo do tempo sobre a morte de outros. Trabalhe para

transformar seus pensamentos deste modo. Veja a vaidade do mundo sob essa lente.

2. Trabalhe para estar bastante familiarizado com o Céu. Se você não está familiarizado

com ele, você não será capaz de gastar a sua vida como uma viagem para lá. Você não

será sensível de seu valor, nem esperará muito por ele. A menos que você esteja muito

familiarizado em sua mente com este bem maior, será muito mais difícil para você ter o co-

ração desprendido destas coisas e usá-las apenas em subordinação a quaisquer outras

coisas, e estar pronto para partir delas por causa daquele bem maior. Trabalhe, portanto,

para obter um senso perceptivo de um mundo celestial, para obter uma firme convicção de

sua realidade e estar muito familiarizado com ele em seus pensamentos.

3. Busque o Céu somente por Jesus Cristo. Cristo nos diz que Ele é o caminho, e a verdade,

e a vida. Ele nos diz que Ele é a porta das ovelhas. “Eu sou a porta; se alguém entrar por

mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” [João 10:9]. Se, portanto, aprimo-

rarmos nossa vida como uma viagem para o Céu, devemos fazê-lo através dEle, e não por

nossa própria justiça; esperando obtê-lo apenas por causa dEle, olhando para Ele, depen-

dendo dEle, que o tem adquirido para nós por Seu mérito. E somente dEle esperemos por

força para caminhar em santidade, o caminho que conduz ao Céu.

4. Que os Cristãos ajudem uns aos outros nesta jornada. Há muitas maneiras em que os

Cristãos podem ajudar muito uns aos outros em seu caminho para o Céu, como por con-

ferência religiosa e etc. Portanto, permita que sejam exortados a ir por esse caminho como

se fosse em companhia, conversando juntos e ajudando uns aos outros. A companhia é

muito desejável em uma viagem, mas em nenhuma outra tanto quanto nesta. Deixe-os irem

unidos e não caírem pelo caminho, o que seria para embaraçar um ao outro; mas usem

todos os meios possíveis para ajudarem uns aos outros, monte acima. Isso garantiria uma

viagem mais bem sucedida e uma reunião mais alegre na casa de seu Pai na glória.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! — C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria

2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.