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Nicolau de Almeida – Quinta do Monte Xisto · Durante décadas, olho u para a vinha e para os vinhos de acordo com o que aprendeu em Bordéus, actuan-do com base na técnica e no

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mafaldaalmeida
Rectangle
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PRICE$80,  Buy Now

VARIETYPortuguese Red

APPELLATIONDouro, Portugal

WINERYQuinta do Monte Xisto

ALCOHOLN/A

BOTTLE SIZE750 ml

CATEGORYRed

Print a Shelf Talker Label

This wine is produced from a quinta owned by João Nicolau d'Almeida, a major�gure in the development of Douro grape varieties and Douro wines. The wineis still young and �rm, with concentrated tannins as well as rich blackberryfruits. It is a dense wine, with layered tannins and acidity supporting the ripefruits. Drink from 2019.

Quinta do Monte Xisto 2014 Red (Douro)

91POINTS

Cellar Selection

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IMPORTERMundoVino–The Winebow Group

DATE PUBLISHED2/1/2017

USER AVG RATINGNot rated yet [Add Your Review]

J. Portugal Ramos 2014 Marquês de Borba Reserva Red (Alentejo)

ROGER VOSS

@vossroger

European Editor, Reviews wines from Portugal and France

Roger Voss covers Bordeaux, Burgundy, Champagne, the Loire and South-WestFrance as well as Portugal. His passion is matching food with wine, bringingthe pleasures of the table to wine lovers. He has written six books on wine andfood, and was previously national correspondent on wine for the London DailyTelegraph. He is based in the Bordeaux region.

Email: [email protected]

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92QUINTA DO MONTE

XISTODouro 2014

This full-bodied red has concentrationand finesse, with crushed blackberry,

blueberry and plum notes woventogether by mineral, mocha and spicebox details. Supple tannins frame theslate-infused finish. Touriga Nacional,

Touriga Franca and Sousão. Drink nowthrough 2022. 500 cases made. (Apr 30,

2017)

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Viagens e Turismo

Pág: 10

Cores: Preto e Branco

Área: 17,70 x 24,00 cm²

Corte: 1 de 11ID: 71824683 20-10-2017

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Viagens e Turismo

Pág: 11

Cores: Cor

Área: 17,70 x 24,00 cm²

Corte: 2 de 11ID: 71824683 20-10-2017

É assunto sagrado, o legado parti-lhado entre duas gerações, vertido ou não em vinhos de orientação diferente,inovaçãoeprofundidade. Fazer vinho é assunto cultural, familiar e técnico, e a transmissão é quase sempre espiritual, sem palavras nem testamentos. Os próprios não sabem explicar, mas não dispensam o que receberam e recebem, e nós adoramos vê-los trabalhar em conjunto. Reunimos um conjunto notável de casos que falam por si. Afinal, nós também não queremos meter a colher!

TEXTO DE FERNANDE MELO FOTOGRAFIA DE JORGE SIMÃO

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Viagens e Turismo

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 17,70 x 24,00 cm²

Corte: 3 de 11ID: 71824683 20-10-2017

JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA E MATEUS NICOLAU DALMEIDA FILHO DE PEIXE QUER NADAR

Não é fácil ser filho de João Nicolau de Almeida, fundador do Douro moderno, para quem, por sua vez, não é fácil ser filho de Fernando Nicolau de Almeida, criador do Barca Velha. No entanto, encontrou uma fórmula de equilíbrio estável, que é_ estar sempre em projetos novos.

Mateus Nicolau de Al-meida vive em Foz Coa, ao lado do Mon-te Xisto - proprieda-de do pai e dos irmãos desde 1993 -, como au-

têntico vigneron. já que se ocupa da vi-nha e do vinho em exclusivo e em todas as etapas. O Monte Xisto é o projeto no qual estão envolvidos o pai de Mateus, a sua irmã e o seu irmão. É preciso aqui dizer que soão Nicolau de Almeida -pai de Mateus - encabeçou o famoso estu-do que conduziu à definição das cas-tas principais do Douro, tal como as co-nhecemos hoje. Perguntamos a Mateus o que está agora a fazer, e bingo!, crioua sua própria empresa, empenhou-se no projeto Trans Douro Express, que pas-sa por mostrar os vinhos do Baixo Cor-go, Cima Corgo e Douro Superior de for-ma excelsa - de novo apreocupação pa-trimonial e cultural - e está a trabalhar

o rabigato em micro-terroirs, para lhes perceber melhor as nuances - o bichi-nho de inovar . e conhecer melhor. Filho de peixe quer mesmo é nadar.

Retém as memórias mais doces de um dosprimeiros vinhos provados.«Os vinhos que o meu avó fazia. havia um clarete, um outro de marca conhecida, S. Marcos, e o Constantino.» Continua a ser cultor do trabalho dos antigos. «Ain-da no outro dia comprei um reserva de S. Marcos 1977 que estava uma maravi-lha.» Representa um pouco a transição da geração com que o pai aprendeu e a sua própria. Há que ver que, no tempo do pai «vinha o químico com a missão de evitar que o vinho tivesse defeitos». nem existia o termo «enólogo». isto nu-ma altura em que os defeitos no vinho eram abundantes. Coube ao pai, como enólogo - não já como «o químico» -transportar os vinhos para a zona das virtudes. «E foi isso que sinto ter rece-

bido diretamente do meu pai, o que é muito bom.» Foi também ele para Fran-ça, onde andou cinco anos «nem sem-pre só concentrado no vinho», diz com um sorriso. «O meu percurso académi-co não foi brilhante, mas absorvi uma parte cientifica importante e convivi em Bordéus corri os melhores técnicos do mundo.» Não criou complexos por isso, antes decidiu andar para a frente, e aí a Influência familiar - lado pater-no e materno, este com Afonso Cabral, grande estudioso, na árvore genealógi-ca - falou com voz própria.

«Gosto muito de falar e provar com o meu pai, e ele gosta e aprova do que faço, sempre que renuncio a repetir.» E é aqui que a porca torce o rabo, por-que Mateus vive um pouco inconforma-do com a rigidez das regras do vinho do porto e com a dificuldade do pequeno produtor em entrar no circuito. «Era fantástico se o vinho do porto pudesse ser mais vivo e moderno.» Deixamo-lo imerso nas suas questões da cinética da fermentação e do que gosta de chamar a «onda paleolitica». pelas cubas gigan-tes escavadas em granito.

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Viagens e Turismo

Pág: 28

Cores: Cor

Área: 25,70 x 31,00 cm²

Corte: 1 de 1ID: 71843630 21-10-2017 | Fugas

João Nicolau de Almeida está a mudar e o vinho também

a João Nicolau de Almeida, ex-direc-

tor geral da Ramos Pinto, agora a go-

zar a reforma, anda perplexo com a

sua própria reconversão vitivinícola.

Durante décadas, olhou para a vinha

e para os vinhos de acordo com o

que aprendeu em Bordéus, actuan-

do com base na técnica e no conheci-

mento académico adquiridos. Hoje,

no projecto Quinta do Monte Xisto,

um vinho que produz com a famí-

lia, está nos antípodas dessa visão

mais “industrialista”, agindo como

um agricultor de antigamente, de

forma empírica e baseado na expe-

riência e no respeito pela natureza.

Quinta do Monte Xisto Tinto 2015Vila Nova de Foz CôaCastas: Touriga Nacional, Touriga Francesa e SousãoGraduação: 13,5% volRegião: DouroPreço: 65€

O criador de vinhos como o Duas

Quintas não teve nenhuma epifania.

Foi mudando quase por inércia, ar-

rastado pelas ideias “loucas” dos fi -

lhos, em especial de Mateus Nicolau

de Almeida, o ex-Muxagat que vive

já há alguns anos no Douro Supe-

rior. Mateus também estudou em

Bordéus e diz ter fi cado horroriza-

do com a obsessão dos viticultores

locais pelos tratamentos químicos

das vinhas. A sua adesão a práticas

agrícolas mais amigas do ambiente

começou aí e, quando, em 2005, o

pai iniciou a plantação da Quinta do

Monte Xisto, no alto de uma encos-

ta situada na margem esquerda do

Douro, perto da foz do rio Côa, já

era um entusiasta da biodinâmica

e da agricultura biológica. Os pri-

meiros anos não foram fáceis. Parte

da vinha demorou um pouco mais a

enraizar e Mateus também foi perce-

bendo que os mandamentos da bio-

dinâmica não podem ser aplicados

de forma igual em todos os lugares

base de cactos e de outros produtos

naturais, poda de forma tradicional

e usa mais mão-de-obra do que má-

quinas. Os resultados começam ago-

ra a aparecer e notam-se no vigor e

saúde da vinha e também na pureza

e profundidade dos vinhos.

Não é uma agricultura barata,

mas, hoje, João Nicolau de Almei-

da não a trocava por nada. “É uma

coisa bestial”, diz. Há algo de natu-

ral e humano nesta sua nova forma

de encarar a terra. Ninguém quer

morrer num chão impuro e todos

nós, a dada altura da nossa vida,

sentimos a necessidade de voltar a

desfrutar da essência da natureza

e a comungar com ela. Pode pare-

cer poesia, mas é isso mesmo, poe-

sia e emoção telúrica, que se sente

em João Nicolau de Almeida e nos

três fi lhos: Mateus, João (enólogo

da Quinta do Pessegueiro) e Mafal-

da (é a responsável pelo marketing

no projecto da família). A mesma

poesia que usam para descrever o

DR

O novo Quinta do Monte Xisto Tinto 2015 está diferente. E para melhor. É um vinho mais contido, fino e elegante

Pedro Garciasnovo Quinta do Monte Xisto Tinto

2015, apresentado na semana passa-

da: “Imaginemos que as diferentes

notas de um piano correspondem

aos diferentes sabores do vinho. A

Quinta do Monte Xisto é um piano.

Na encosta virada a norte extraímos

os sons mais agudos: a acidez, a fres-

cura, a fi nesse, a alegria, a juventu-

de. Na outra encosta, virada a sul,

são extraídos os sons mais graves: o

volume, o corpo, a estrutura, potên-

cia, intensidade de fruto. Aos tons

agudos da mão esquerda e aos gra-

ves da mão direita são adicionadas

as notas intermédias, os sustenidos,

os bemóis, equivalentes às diferen-

tes altitudes a norte e a sul e que em

pequenas quantidades vão imprimir

ao vinho complexidade, sensualida-

de e uma multiplicidade de agradá-

veis surpresas. O fi nal é forte, solto e

expressivamente agradável.”

O vinho é um lote de Touriga

Nacional (60%), Touriga Francesa

(35%) e Sousão (5%). As uvas foram

vinifi cadas em lagar com pisa a pé,

fermentando de forma espontâ-

nea, e o vinho estagiou depois 18

meses em pipas de 600 litros. Esta

é a quinta colheita de Monte Xisto e,

em comparação com a inaugural, de

2011, percebe-se um ajustamento no

volume alcoólico, bem mais contido

no 2015. É um registo mais fi no e

fresco. O primeiro Monte Xisto era

um Douro clássico, mais concentra-

do, extraído e maduro. Este mos-

tra outro refi namento e elegância.

Não impressiona pela exuberância

da fruta, nem pelo volume e vigor

tânico, mas está lá tudo, de uma

forma sóbria e agradabilíssima. É

um vinho cheio de pureza, vivaci-

dade e profundidade que já começa

a refl ectir a forma orgânica como

a vinha é trabalhada. Sendo ainda

demasiado jovem, já mostra um

acabamento primoroso, mas me-

recia ter fi cado mais algum tempo

na penumbra da adega. Esse tempo

iria acrescentar-lhe ainda mais com-

plexidade e tornar mais evidente a

sua riqueza e qualidade. O problema

é que só os grandes produtores se

podem dar ao luxo de dar anos de

cave aos vinhos. O Quinta do Monte

Xisto é quase um vinho de garagem.

A quinta tem 40 hectares, mas ape-

nas dez são vinha. E as produções

são baixas, o que explica que só te-

nham sido cheias seis mil garrafas

e que o preço recomendado seja de

65 euros.

e, pior, que esta corrente tinha “vira-

do um negócio”. Hoje, pratica uma

viticultura que é um misto de bio-

lógica e biodinâmica. Tem galinhas

e ovelhas, faz estrume de giestas e

protectores da vinha e fungicidas à

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QUINTA DO MONTE D’OIRO, RESERVA

QUINTA DO VALE MEÃO

QUINTA DO CRASTO, VINHA DA PONTE

CASA DE SAIMA, PINOT NOIR

ENCONTRO 1

HERDADE DA CALADA, BARON DE B., RESERVA

QM, NATURE, ALVARINHO

QUINTA DA TOURIGA-CHÃ

QUINTA DA GAIVOSA, VINHA DO LORDELO

1836 COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, GRANDE RESERVA

MARQUESA DE ALORNA, GRANDE RESERVA

PAI HORÁCIO, GRANDE RESERVA

QUINTA DO MONTE XISTO

CORTES DE CIMA, RESERVA

QUINTA VALE D. MARIA, VINHA DA FRANCISCA

QUINTA VALE D. MARIA, VINHA DO RIO

QUINTA DE ARCOSSÓ, BASTARDO

QUINTA DA PELLADA, 49

CASA DA PASSARELLA, O FUGITIVO, VINHAS CENTENÁRIAS

QUINTA DO PESSEGUEIRO

QUINTA DO VALLADO, VINHA DA COROA

HERDADE DOS GROUS, MOON HARVESTED

GURU

ABANDONADO

QUINTA DE SOALHEIRO, ALVARINHO, RESERVA

QUINTA DA INVEJOSA, VINHAS VELHAS, RESERVA

PALÁCIO DA BACALHÔA

PASSADOURO, RESERVA

PINTAS

PRETA, GRANDE RESERVA

CHRYSEIA

QUINTA DA LEDA

QM, VINHAS VELHAS, ALVARINHO

HERDADE DOS GROUS, RESERVA

CLAVIS AUREA, RESERVA

CASAL STA MARIA, SAUVIGNON BLANC

H.O., TOURIGA NACIONAL

OPÇÃO, ALVARINHO

HERDADE DO SOBROSO, CELLAR SELECTION, ANTÃO VAZ & ALVARINHO

VALLE PRADINHOS

QUINTA DE ARCOSSÓ, GRANDE RESERVA

JOÃO PORTUGAL RAMOS, ALVARINHO

QUINTA DO PILOTO, RESERVA

QUINTA DE PANCAS, GRANDE RESERVA

DUORUM, OLD VINES, RESERVA

CASA DE SAIMA, GARRAFEIRA

MR, PREMIUM

PORRAIS, RABIGATO, RESERVA

MORGADO DE STA CATHERINA, ARINTO, RESERVA

DIALOG SECRETUM

CONDE DE VIMIOSO, RESERVA

QUINTA DO GRADIL, RESERVA

QUINTA DA GAIVOSA

QUINTA DO TAMARIZ, ARINTO, RESERVA

ESSÊNCIA DO PESO

R DE ROMANEIRA

DONA MATILDE, RESERVA

JOÃO PORTUGAL RAMOS, LOUREIRO

QUINTA DO PILOTO, RESERVA

QUINTA DO SOBREIRÓ DE CIMA, RESERVA

1836 COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, GRANDE RESEVA

QUINTA DOS ABIBES, SUBLIME

SCALA COELI, RESERVA

DUAS QUINTAS, RESERVA

QUINTA DA PELLADA, PRIMUS

QUINTA DO VALLADO, FIELD BLEND, RESERVA

J

HORÁCIO SIMÕES, CASTELÃO, GRANDE RESERVA

CASAL DA COELHEIRA, PRIVATE COLLECTION

TITULAR, RESERVA

QUINTA VALLE DE PASSOS, GRANDE RESERVA

TAPADA DE COELHEIROS

VILLA OLIVEIRA, VINHA DAS PEDRAS ALTAS

MURGANHEIRA, RESERVA

MARQUÊS DOS VALES, GRACE VINEYARD

JOSÉ DE SOUSA MAYOR

MENINO ANTÓNIO, ALICANTE BOUSCHET

DOMINGOS SOARES FRANCO, COLECÇÃO PRIVADA, MOSCATEL ROXO

FAGOTE, VINHAS VELHAS, GRANDE RESERVA

OPÇÃO, AVESSO, ESTÁGIO EM BARRICAS

CASA DE SANTAR, VINHA DOS AMORES, ENCRUZADO

QUINTA DO CRASTO, TINTA RORIZ

MALHADINHA

HERDADE DA CALADA, BARON DE B., RESERVA

HERDADE GRANDE, RESERVA

CASAL DA COELHEIRA, PRIVATE COLLECTION

PALÁCIO DOS TÁVORAS

HOWARD’S FOLLY, RESERVA

VILLA OLIVEIRA, ENCRUZADO

QUINTA DO PERDIGÃO, ENCRUZADO

SOALHEIRO, PRIMEIRAS VINHAS, ALVARINHO

SCALA COELI

MARIAS DA MALHADINHA

BREJINHO DA COSTA, EXCLUSIVE, CABERNET SAUVIGON

QUINTA DO VESÚVIO

OPÇÃO, AVESSO

PASSADOURO

PAULO LAUREANO, VINHAS VELHAS, PRIVATE SELECTION

QUINTA DA MIMOSA

HERDADE MONTE DA CAL, SATURNINO, GRANDE RESERVA

QUINTA DO CARDO, SÍRIA, RESERVA

HERDADE GRANDE, 70 AML, SPECIAL EDITION

HERDADE DE GÂMBIA, RESERVA

QUINTA DA PELLADA

HERDADE GRANDE, GERAÇÕES, COLHEITA SELECCIONADA

BERARDO, RESERVA FAMILIAR

DONA JOANA, GRANDE ESCOLHA

MARQUESA DE ALORNA, GRANDE RESERVA

HERDADE DE SÃO MIGUEL, RESERVA

HERDADE DA FARIZOA, GRANDE RESERVA

CASA DA PASSARELA, O FUGITIVO

CARTUXA, RESERVA

DOMINGOS SOARES FRANCO, COLECÇÃO PRIVADA, SAUVIGNON BLANC

DONA MARIA, GRANDE RESERVA

COUDEL MOR, RESERVA

HOWARD’S FOLLY, SONHADOR

CONDE D’ERVIDEIRA, PRIVATE SELECTION

FONTE DO OURO, TOURIGA NACIONAL, RESERVA ESPECIAL

COELHEIROS, CHARDONNAY

COMENDADOR COSTA, ENCRUZADO, RESERVA

CONVENTO DO PARAÍSO, CABERNET SAUVIGNON

CONDE DE VIMIOSO, RESERVA

INEVITÁVEL

CARDEIRA, RESERVA

REGIONAL LISBOA

DOC DOURO

DOC DOURO

DOC BAIRRADA

DOC BAIRRADA

DOC ALENTEJO

DOC VINHO VERDE

DOC DOURO

DOC DOURO

DOC TEJO

DOC TEJO

DOC DOURO

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REGIONAL ALENTEJANO

DOC DOURO

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DOC TRÁS-OS-MONTES

DOC DÃO

DOC DÃO

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REGIONAL ALENTEJANO

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DOC VINHO VERDE

DOC PALMELA

REG. PEN. DE SETÚBAL

DOC DOURO

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REGIONAL ALENTEJANO

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DOC VINHO VERDE

REGIONAL ALENTEJANO

DOC TEJO

REGIONAL LISBOA

DOC DOURO

REGIONAL MINHO

DOC ALENTEJO

REG. TRANSMONTANO

DOC TRÁS-OS-MONTES

DOC VINHO VERDE

DOC PALMELA

REGIONAL LISBOA

DOC DOURO

DOC BAIRRADA

REGIONAL ALENTEJANO

DOC DOURO

DOC BUCELAS

REGIONAL ALGARVE

REGIONAL TEJO

REGIONAL LISBOA

DOC DOURO

DOC VERDES

DOC ALENTEJO

DOURO DOC

DOC DOURO

DOC VINHO VERDE

DOC PALMELA

DOC TRÁS-OS-MONTES

DOC TEJO

DOC BAIRRADA

REGIONAL ALENTEJANO

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REGIONAL ALENTEJANO

REG. PEN. DE SETÚBAL

REGIONAL TEJO

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DOC TRÁS-OS-MONTES

REGIONAL ALENTEJANO

DOC DÃO

DOC TÁVORA VAROSA

REGIONAL ALGARVE

REGIONAL ALENTEJANO

REGIONAL ALENTEJANO

REG. PEN. DE SETÚBAL

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REGIONAL ALENTEJANO

DOC ALENTEJO

REGIONAL ALENTEJANO

REGIONAL TEJO

DOC TRÁS-OS-MONTES

REGIONAL ALENTEJANO

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DOC VINHO VERDE

REGIONAL ALENTEJANO

REGIONAL ALENTEJANO

REG. PEN. DE SETÚBAL

DOC DOURO

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DOC ALENTEJO

DOC PALMELA

REGIONAL ALENTEJANO

DOC BEIRA INTERIOR

REGIONAL ALENTEJANO

REG. PEN. DE SETÚBAL

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REG. PEN. DE SETÚBAL

REGIONAL ALENTEJANO

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REG. PEN. DE SETÚBAL

REGIONAL ALENTEJANO

DOTEJO DOC

REGIONAL ALENTEJANO

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REG. PEN. DE SETÚBAL

REGIONAL ALGARVE

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PTS VINHO REGIÃO TIPO ANO

ACERCA DA LISTAUma selecção de vinhos pode obedecer a critérios tão diversos como a focalização nas marcas mais prestigiadas, a representação proporcional dos produtores de um país ou de uma região, a relação qualidade-preço ou a melhor roupagem das garrafas. A minha selecção seguiu a metodologia usada em todos os concursos internacionais homologados pela OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho: a prova cega. Usei a classificação centesimal da OIV, com máximos de 15 pontos para a avaliação da Visão, 30 pontos para a bondade do Aroma, 44 pontos para as sensações do Gosto e uma apreciação global do vinho com baliza de 11 pontos.

As sessões de prova dos mais de 750 vinhos representativos da gama alta da produção nacional realizaram-se em Outubro e Novembro passados, na sala de provas da CVRPS, em Palmela. O TOP 124 é uma primeira janela que abro sobre os vinhos que obtiveram mais de 90 pontos. A nota precisa será divulgada com a publicação do GUIA COPO & ALMA MELHORES VINHOS 2018, na noite de Natal, em w-anibal.com. No Guia irão figurar mais de 350 vinhos de qualidade superior.

Esta lista é o reflexo de uma única apreciação de todos os vinhos que se candidataram a esta prova, num determinado momento, de um único provador, que agradece todo o apoio empenhado do Presidente, da Direcção e da equipa técnica da CVRPS que organizou, serviu, monitorizou e descodificou todas as sessões de prova.

Aqui à Beira – Consultoria & Design

Rua Jorge de Sena, 1 - Escritório 7 | 1750-129 LISBOA

Tlf: (+351) 218 244 821 | Tlm.. (+351) 960478884

Web: www.aquiabeira.com | E.mail: [email protected]

por Aníbal Coutinho [email protected]

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QUINTA NOVA | PAULO LAUREANO | HERDADE DE COELHEIROS | PÊRA-MANCA | QUINTA DOS ABIBES CONCLAVE 3

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS 1836 | GRAN CRUZ | QUINTA VALE DO CESTO | CALÉM | VALADOS DE MELGAÇO | ANSELMO MENDES

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MAIS DE 200 VINHOS

GRANDESTINTOS

DE PORTUGAL

VINHOpelo

QUINTA DO MONTE XISTOJoão Nicolau de Almeida“nas nossas veias já corre

não sangue, mas vinho”

QUINTA DA GAIVOSAComemora 25 anos

com fabulosa prova vertical

A MADEIRA E A BLANDY’SHerança de vinhos velhos

A aposta no segmentopremium e a certeza de

um futuro muito positivo

JOÃO PORTUGAL RAMOSHá 25 anos a produzir vinhos

em várias regiões de Portugal

MUST HAVE FOR CHRISTMASAs melhores sugestões

para brindes inesquecíveis

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GRANDE ENTREVISTA

JOÃO NICOLAU DE ALMEIDAQUINTA DO MONTE XISTO

É com muita piada que João Nicolau de Almeida

diz que nas veias da família já não corre sangue, mas

vinho. E com 12 ou 13 graus. “E nas dos meus

filhos, com uns 16 graus.”

Veja o vídeo no canal Youtube Paixão Pelo Vinho

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Quando chegamos para a entrevista com João Nicolau de Almeida, no reno-vado espaço Cais Novo, no Porto, já es-tava praticamente tudo preparado. Dois cadeirões vermelhos virados para a ja-nela com uma soberba vista sobre o rio Douro, três caixas de vinho a estrategi-camente servirem de mesa de apoio, e ele. Não o entrevistado, mas o vinho. O Quinta de Monte Xisto 2015 que, afi-nal, era o grande protagonista do dia, já que ia ser oficialmente apresentado a um lote de convidados. Não havia, por isso, melhor altura para entrevistar um dos responsáveis pela sua conceção. João Nicolau de Almeida não precisa de apresentações, basta dizer que foi diretor-geral da Ramos Pinto e criou o vinho Duas Quintas. Acho que já chega. Hoje, está reformado. Mas é uma estra-nha forma... de reforma, já que o mer-cado o vê mais do que ativo, agora no projeto Quinta do Monte Xisto. “É uma

espécie de reforma. Reformei a minha vida. Continuo no vinho, mas de outra forma”, disse à Paixão Pelo Vinho.Desta nova aventura do enólogo é no-tória a envolvência de toda a família. A mulher Graça, os filhos Mateus e João e a filha Mafalda, fazem todos parte do projeto, uma espécie de “vontade da continuação da família Nicolau de Al-meida no vinho, onde estamos desde 1832”. Uma caminhada reforçada pelo pai de João Nicolau de Almeida que ca-sou com uma Ramos Pinto, o que criou um “blend” de duas casas e de onde saíram sete filhos. “Como era eu a estar mais chegado aos vinhos, achei que te-ria esta missão de continuar”. E é isso precisamente que João Nico-lau de Almeida diz sentir. Um espírito de missão, nunca de obrigação. “É mais uma força interior que me dizia que não podíamos parar por aqui. Há toda uma parte humana que tinha de conti-

nuar. Após a venda da Ramos Pinto aos franceses do grupo Roederer, em 1990, poderia ter cessado a ligação da família ao vinho”. Mas não. Hoje, dois dos filhos são enólogos, o João e o Mateus. A ter-ceira descendente, Mafalda, também dá os seus conselhos e opiniões. “A minha mulher, Graça Eça de Queiroz Nicolau de Almeida também descende uma fa-mília de vinhos. Portanto...”.... Portanto o complicado seria fugir a tudo isto. Ao vinho, à vinha e à tradição. Aliás, é com muita piada que João Ni-colau de Almeida diz que nas veias da família já não corre sangue, mas vinho. E com 12 ou 13 graus. “E nas dos meus filhos, com uns 16 graus. É uma coisa natural, desde pequeno que ouço falar de vinho, das vindimas... isto não foi um acaso, foi uma normalidade”.Assim, o Quinta do Monte Xisto é um projeto em que os cinco participam dire-tamente. “Cada um tem os seus afazeres, as

João Nicolau de AlmeidaUm regresso às origens

> texto Susana Marvão > fotografia Carlos Figueiredo

João Nicolau de Almeida é um nome incontornável na história do vinho e da vinha no nosso país. Dizem que está reformado. Sim, da casa Ramos Pinto. Mas, de resto, está bem no ativo. Juntamente com a mulher Graça, os filhos Mateus e João e a filha Mafalda, deu corpo e alma ao projeto Quinta do Monte Xisto. Que já deu o seu

fruto, em forma de garrafa. De vinho. O Quinta de Monte Xisto 2015 foi distinguido na prova “Grandes tintos de Portugal”, obtendo o Prémio Paixão Pelo Vinho Excelência.

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suas empresas, mas o núcleo da famí-lia passou para aqui”. Todo este envol-vimento foi, do ponto de vista familiar e humano “muito interessante”, disse o entrevistado. “Conhecemo-nos mais agora do que antes. Temos uma filoso-fia parecida”.

O ANTES E O DEPOISHoje, os métodos são garantidamen-te diferentes dos praticados quando João Nicolau de Almeida começou a sua aventura por esta indústria. Mas são precisamente estas diferenças que dão ao enólogo uma vontade de con-tinuar. “Em 1970 fui para a Universidade de Bordéus estudar e aprendi uma for-ma de fazer vinho. Aprendi, digamos, a ciência do vinho, que em Portugal não existia. Terei sido senão o primeiro, dos primeiros enólogos a vir para cá com este curso. E quando cheguei, vi o es-tado em que estávamos: muito atra-sados relativamente aos franceses de Bordéus”. Mas hoje, pelo contrário, a nova gera-

ção tem acesso a tudo e de forma mais facilitada. “Na minha altura, era a ciência a entrar no vinho. Eram a mecanização, os pesticidas, os herbicidas, as fermen-tações automáticas, as leveduras, todo esse processo científico que introduzi na vinha e no vinho. Na geração dos meus filhos, já foi diferente. Na verdade, no início, comecei a impor os meus co-nhecimentos, eu tinha experiência, as castas que tinha estudado, a mecaniza-ção... mas de repente apercebi-me que a coisa não era bem assim”. No fundo, João Nicolau de Almeida ad-mite que não estava a entender o ob-jetivo dos descendentes, isto apesar de também eles terem ido estudar para Bordéus. “Quando vieram, em 2003, começamos a pensar como haveríamos de fazer a vinha na Quinta do Monte Xisto”. 

A PAIXÃO PELO QUINTADO MONTE XISTO Pode muito bem ter sido amor à pri-meira vista. João Nicolau de Almeida

foi ao terreno, tirou uma fotografia e ficou preso com os dois pés ao Xisto. Ao monte. “Porque está situado numa zona do rio que não corre de nascente a poente, mas de sul para norte. Portanto, neste monte tinha o norte e sul na mes-ma quinta. Além de que tinha diferentes altitudes. Ou seja, as condições perfei-tas. Estava tudo ali”.Depois de comprar o espaço e de o deixar no tal banho Maria, em 2003, já em família, dos 40 hectares, 10 foram transformados em vinha. Ao início, o progenitor não entendia porque apenas 10 hectares seriam de vinha, mas os fi-lhos insistiram que queriam “fazer uma vinha de alta costura. Uma vinha à mão, cepa por cepa, parcela por parcela. In-troduziram infusões de plantas naturais para pulverizar a vinha. Ou seja, a nossa vinha iria ser totalmente biológica, bio-dinâmica”. Ou seja, radicalmente diferente das téc-nicas aprendidas e implementação por João Nicolau de Almeida. Aliás, gerou--se um conflito de gerações, admite.

A Quinta do Monte Xisto é um projeto em

que os cinco familiares participam diretamente.

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“Mas a certa altura comecei a perceber a tal nova mensagem que eles traziam. E comecei a achar muito interessante e envolvi-me nesta nova maneira de ver as coisas. E isto foi um incentivo mui-to grande para eu continuar, já que me aproximei muito mais da natureza. E es-tou todo orgulhoso em ter uma vinha que nunca viu um pesticida, livre de produtos sintéticos”.

MATEUS, O RESPEITADOR DA VINHAPodia ter escolhido ser outra coisa. Mas não o fez. É enólogo e abraçou o pro-jeto Quinta do Monte Xisto juntamente com os pais e os irmãos. No entanto, Mateus – de resto como os restantes elementos da família – mantêm as suas atividades paralelas. “Acho importante mantermos os nossos projetos indivi-duais”. Hoje, enólogo tem projeto que ostenta o seu próprio nome, em Foz Côa, onde produz vários vinhos, no-meadamente os Trans Douro Express. São três vinhos, um de cada sub-região do Douro “para mostrar o quanto o cli-

ma influencia o vinho. O consumidor precisa saber isso. Que há três Douros muito distintos”.Na Quinta do Monte Xisto, Mateus ad-mite que o futuro vai ser composto “de pequenos passos, sustentados”. Sobre-tudo, garantiu-nos, só vai ser feito o que a vinha pedir. “Não vamos exigir à vinha o que nós queremos. Vamos so-bretudo respeitar a vinha. É ela que vai ditar as regras, evoluindo obviamente para outros vinhos e para o aumento de produção”. Num horizonte de dois anos parece estar um Vinho do Porto branco seco.

JOÃO, O POTENCIALGUARDA FLORESTALJoão, tal como Mateus, mantém a sua atividade na Quinta do Pessegueiro, para além de abraçar o projeto Quinta do Monte Xisto. “Penso que é importan-te podermo-nos exprimir também fora da família. É complementar e acredito que muito saudável”. João não quis ser astronauta, nem

polícia ou bombeiro, mas admite que quando mais novo a profissão de guar-da florestal o fascinava. “A principal ra-zão pela segui a enologia foi o Douro. Não há como lhe fugir. Íamos para lá desde miúdos e apegamo-nos à terra. Eu queria voltar ao Douro, trabalhar, ver crescer”.Tal como o irmão, reforça a mensagem de que os vinhos são para serem ex-plorados aos poucos e a terra para se respeitada. “Temos vários vinhos pen-sados, mas vamos fazê-lo de forma sustentada”.Quanto à nova geração que cada vez mais quer voltar à terra, e sobre o facto de ser, ou não, “moda”, João responde com humor: “Se estivermos a falar de Foz Côa, de moda não em muito! Mas precisamos de sentir a terra, senão não faz sentido nenhum. E nós sentimos a terra”.

MAFALDA, A COMUNICADORANão seguiu a área de ciências. Aliás, “estava completamente fora de ques-tão” esta opção. Sempre foi letra, artes e comunicação pelo que a enologia es-tava fora de questão. Mas Mafalda sabia. Sabia que ia lidar com isto toda a sua vida. “Fui influenciada pelos dois lados da família, era inevitável estar ligada ao vinho”. Também Mafalda não tem qual-quer dúvida que a infância abraçada ao Douro é algo que, independentemente da área de estudo, fica impregnado nas gentes. “Foi fundamental na criação da nossa personalidade”. Acabou por se-guir teatro e produção de espetáculos, mas... o Douro voltou. E do Douro não se escapa. “Eu sabia que tinha de voltar para lá”.Mafalda mora há dez anos em Foz Côa, o que considera uma forma “de retribuir o que aquela região me deu”. Para além da Quinta do Monte Xisto, fundou a Miles Away, dinamizando projetos de desen-volvimento regional e de promoção do património dos Vales do Douro e Côa.

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MAIS DE 200 VINHOS

GRANDESTINTOS

DE PORTUGAL

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PROVA DE VINHOS

<10 Defeituoso | 10-11,9 Fraco | 12-13,9 Médio | 14-15,9 Bom | 16-17,9 Muito bom | 18-20 Excelente

18,5 QUINTA DO MONTE XISTODOC TINTO 2015

€ 65,00 13,5% vol.ENOLOGIA JOÃO E MATEUS NICOLAU DE ALMEIDA

CASTAS TOURIGA NACIONAL, TOURIGA FRANCESA, SOUSÃO

COR Rubi concentrado, limpo.

AROMA Fabuloso; muito elegante, fresco e balsâmico, frutado, jovem.

SABOR Tem tudo para mostrar, e muito ainda para ser! Taninos ricos, excelente frescura, estrutura equilibrada, termina prolongado e sedutor.

JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA & FILHOST. +351 938 749 528

18,5 QUINTA NOVA REFERÊNCIADOC TINTO GRANDE RESERVA 2015

€ 55,00 14% vol.ENOLOGIAJORGE ALVES E SÓNIA PEREIRA

CASTAS TINTA RORIZ, VINHAS VELHAS

COR Púrpura, limpo.

AROMA Intenso, grandioso, vai crescendo, mostra fruta preta, especiarias, tostados.

SABOR Poderoso, com excelente frescura, equilibrado e envolvente, deixa um final persistente e robusto.

QUINTA NOVA DE NOSSA SRA. DO CARMOT. +351 227 475 400

DOURO

DOURO

18,5 € 16,00QUINTA DA PONTE PEDRINHA

DOC TINTO RESERVA 2011

14% vol.

ENOLOGIAPATRÍCIA CARVALHO

CASTASTOURIGA NACIONAL, ALFROCHEIRO,TINTA RORIZ E VINHAS VELHAS

COR

Granada, intenso, limpo.

AROMA

Exuberante, apelativo; revela notas frutadas, frutos vermelhos em compota, cacau e especiarias.

SABOR

Taninos poderosos e já aveludados, frescura a grande nível, muito bom! Complexo e ainda a crescer na garrafa, termina prolongado e vibrante.

MARIA DE LOURDES MENDES OLIVA NUNES OSÓRIO T. +351 238 485 000F. +351 238 485 [email protected]

Quinta da Ponte Pedrinha

DÃO

18,5 PRETA CUVÉE DAVID BOOTHREG TINTO GRANDE RESERVA 2014

€ 49,50 15% vol.ENOLOGIAANTÓNIO MACANITA

CASTASALICANTE BOUSCHET, ARAGONEZ, BAGA

COR Rubi concentrado com reflexos violáceos, limpo.

AROMA Fantástico! Muito concentrado, a precisar de tempo, depois revela frutos pretos maduros, frutos do bosque, flores do monte, tostados e especiarias.

SABOR Frescura em grande plano, balsâmico, com taninos envolventes e ricos, mantém a fruta, com destaque para amoras e mirtilos, encorpado, deixa um final prolongado e promissor.

FITA PRETA VINHOS T. +351 213 147 297F. +351 918 051 [email protected]

FitaPreta Vinhos

ALENTEJANO