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pedro-pereira-neto
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Fotografia & Cinema
Fotografia
Séc. 5-4 A.C. - Descrição do princípio da câmara escura pelos filósofos Mo Ti (China) e Aristóteles (Grécia) (Fotografia Estenopeica ou sem lente)
� princípio recuperado por Leonardo da Vinci, no século XV� invento desenvolvido por Giambattista Della Porta (Físico),
no século XVI� Séc. XVI – Utilização do princípio da câmara escura para
projecção com fins de reprodução artística de imagens (desenho ou pintura)
Sécs. XVI-XVIII – experiências com reacção química dos sais de prata quando expostos a luz solar
Projecção
� 1826 - Joseph Niépce (litógrafo) cria a Heliografia, gravação de imagem numa liga de estanho, quando pesquisava um método para copiar desenho nas pedras de litografia
� exposição de até oito horas� não pode usar papel como suporte: o resultado era demasiado claro� é convocado para a vida militar dado o interesse estratégico do seu
invento
� 1839 - Louis Daguerre (pintor), discípulo de Niépce, cria a Daguerreotipia, gravação da imagem em placas de zinco com sais de prata e emulsão de iodo, revelada após exposição a vapor de mercúrio
� exposição de até 30 minutos� não permitia cópias� suporte frágil� responde a procura de retratos pela classe média (demasiado caro para
as restantes), promovida durante a Revolução Industrial, uma procura que não era suficientemente satisfeita pela pintura
� pressiona o desenvolvimento da Química
Sécs. XVIII-XIX: os precursores da fotogravura
� 1841 - William Talbot cria a Calotipia, método de desenho fotogénico associado às Ciências da Natureza
� requer tempos de exposição superior� produz negativos em suporte mais suave que as placas de
estanho: papel impregnado de iodeto de prata (positivo obtido por contacto)
� 1841-1851: � luz vermelha não danifica negativos (Claudet)� transformação das emulsões (Goddard) reduz exposição
para 3 minutos, e pouco depois para 30 segundos� lentes mais rápidas (Petzval) e caixa fotográfica mais
portátil (Voigtländer)� invenção do papel de albumina (clara de ovo, que
amarelece) (Blanquart-Evrard)
Sécs. XVIII-XIX: os precursores da fotografia contemporânea (1)
Sécs. XVIII-XIX: os precursores da fotografia contemporânea (2)
� 1851 – Frederick Archer, discípulo de Talbot, cria a Ambrotipia (negativos em placas de vidro húmidas e aperfeiçoamento do processo de revelação através de uma emulsão de colódio húmido, substituída por colódio seco em 1864)
� mais barato� material frágil� permite cópias em papel� tempos de exposição baixos� tem de ser preparado e revelado imediatamente (obriga a ter
estúdio portátil)
� 1854 - Disdéri cria a fotografia Carte de Visite� economia (só usa uma placa para oito imagens)� baixo custo� popularidade
� 1871, Richard Maddox substitui o colódio por placas secas com gelatina, sendo as emulsões lavadas com água a partir de 1874
� 1887 – Goodwin cria a película de Nitro-celulóide� inflamável, de deterioração rápida
� 1888 – Eastman comercializa a Kodak n°1, primeira câmara de utilização leiga, de massas, transformando a fotografia numa prática acessível e, sobretudo, personalizada (quer o resultado, quer o próprio objecto máquina)
� 1907 – O Autochrome Lumière é o primeiro processo de revelação fotográfica de cor
� 1923 - Edgerton cria o flash e o estroboscópio
� 1939 – Criação da película Agfacolor, a primeira película “moderna” a cor
� 1948 - Edwin H. Land introduz a primeira câmara Polaroid
Sécs. XIX-XX: a fotografia moderna
Cinema
Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registo do movimento (o desenho e a pintura foram as primeiras formas).
O jogo de sombras do teatro oriental de marionetas é considerado um dos mais remotos precursores do cinema.
Nasceu da articulação de várias inovações tecnológicas:� fotografia� 1826 - persistência retiniana, (fração de segundo em que a imagem
permanece na retina), descoberto por Peter Roger� jogos ópticos
� 1820-1835 - Thaumatrópio (William Fitton)� 1829 - Fenacistoscópio (Joseph-Antoine Plateau), o primeiro a medir o
tempo da persistência retiniana (para que uma série de imagens fixas dêem a ilusão de movimento, é necessário que se sucedam à razão de dez por segundo)
� 1834 - Zootropo (William Horner)� 1877 - Praxinoscópio (Émile Reynaud)
� Acompanhamento de música ao vivo, efeitos especiais, narração, ou leitura individual de diálogos escritos entre cenas
Bases do Cinema
Séc. XIX: Os precursores do Cinema
� 1860 – o princípio da lanterna mágica, criada por Athanasius Kirchner, no século XVII
� baseia-se no processo inverso da câmara escura� caixa cilíndrica iluminada a vela, que projecta as imagens desenhadas em
uma lâmina de vidro� 1878 - Edward Muybridge realiza uma demonstração da Cronofotografia, ilustrada por um cavalo em movimento (princípio igualmente pesquisado por Étienne-Jules Marey)
� colocou 12 (e depois 24) câmaras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos, possibilitando a decomposição do movimento
� 1891 - Thomas Edison patenteia o Kinetoscópio� utilização comercial pouco ambiciosa (peepshows)
� 1895 - Auguste and Louis Lumière criam o Cinematógrafo� realizam uma série de estudos sobre os processos fotográficos� o nome do seu aparelho passou a identificar, em todas as línguas, a nova
arte (ciné, cinema, kino etc.)� aparelho portátil três-em-um (máquina de filmar, de revelar e projectar)� primeira exibição pública paga de filmes� filmes de pequena duração, essencialmente de natureza documental (o
primeiro género cinematográfico da História)
� 1896 - Georges Méliès (ilusionista) começa a exibir filmes� pioneiro em alguns efeitos especiais� considerado o pai da arte do cinema
� 1903 - Edwin S. Porter (cameraman de Thomas Edison) usou pela primeira vez a técnica de edição de imagens
� duas imagens diferentes mas que ocorreram simultaneamente (a visão de uma mulher sendo resgatada por um bombeiro e a mesma cena pelos olhos do bombeiro)
� o "cross-cutting" (imagens simultâneas em diferentes lugares)
� Maior oferta de filmes transforma a oferta de espaços de visionamento: aumenta o número de Nickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava 1 nickel por bilhete� Aumenta a duração dos filmes: de uma duração média de 10-15 minutos à primeiro longa metragem da história do cinema (o filme australiano "The Story of the Kelly Gang", com 70 minutos, de 1906)� Popularização vs Elitismo: em 1907, os irmãos Lafitte criaram os filmes de arte na França, com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema (as quais consideravam o cinema como medium para classes menos educadas)� Europa vs EUA: antes da I Guerra Mundial, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas no seu decurso a indústria europeia de cinema é arrasada.
Séc. XX: o Cinema antes da I Guerra Mundial
Séc. XX: a emergência de Hollywood
Condições que favorecem o fluxo de produtores para Hollywood:
� boas condições climatéricas� local sem actividade económica particular, disponível para
acolher empreendedores� diferentes paisagens� concentração empresarial
� Edison tenta tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo
� são fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount) e, mais tarde, a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer)
� convergência de meios técnicos e humanos� Charles Chaplin cria a United Artists, com Douglas Fairbanks,
Mary Pickford e David Griffith, para desafiar o poder dos grandes estúdios
Séc. XX: o pós-Guerra e a resposta europeia a Hollywood
A partir de 1945, com o fim da II Guerra, há um renascimento das produções nacionais – os chamados cinemas novos:
� movimento Impressionista francês, também conhecido por cinema avant-garde, ou de autor
� Abel Gance filma "J’Accuse"� Jean Epstein filma "A queda da casa de Usher"
� movimento Expressionista alemão� Robert Wiene filma "Das Cabinet des Dr. Caligari"� Friedrich Murnau filma "Nosferatu" e "Phantom"� Fritz Lang filma “Metrópolis”
� movimento surrealista espanhol� Luis Buñel filma "Un Perro andaluz"
� Serguei Eisenstein filma "The Battleship Potemkin"� Instituindo uma nova técnica de montagem, chamada
montagem intelectual ou dialéctica
A transição para o som� 1889 - primeiras experiências de sonorização feitas por Thomas Edison� 1896 - Grafonoscópio de Auguste Baron� 1900 - Cronógrafo de Henri Joly� 1907 - Lee de Forest cria um aparelho de gravação magnética em
película, que permite a reprodução simultânea de imagens e sons� 1926 – a Warner Brothers compra a patente de Forest, e introduz o sistema
de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco)� 1927 – a Warner lança "The Jazz Singer", um musical que pela primeira vez
na história do cinema possuia alguns diálogos e trechos cantados sincronizados, aliados a partes totalmente sem som
� 1928 – a Warner lança "The Lights of New York" o primeiro filme com som totalmente sincronizado
� 1929 – a MGM lança “O Beijo”, o último filme mudo da história de Hollywood (com excepção de duas jóias raras de Chaplin, “Luzes da Cidade” e “Tempos Modernos”)
� 1929 – é criado o Óscar da Academia
No final de 1929, a maioria do cinema de Hollywood já era falada, suscitando uma multiplicação dos géneros cinematográficos
No resto do mundo, por razões económicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente.
� A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram de propaganda de guerra� Sistemas de quotas de produção nacional introduzido no Reino Unido� 1947 - o Comité de Segurança dos Estados Unidos faz a primeira lista negra de Hollywood, acusando 10 realizadores e escritores de promover propaganda comunista� Na Itália nasce o Neo-realismo
� reacção ao cinema fascista de Mussolini� buscava a máxima naturalidade, com actores não profissionais,
iluminação natural� com conteúdo de forte crítica social
� 1950 - surge em França o movimento nouvelle vague donde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Incompreendidos")
Séc. XX: politização do Cinema pós- II Guerra Mundial
Nos anos 60 o sistema Hollywood começou a entrar em declínio. Muitas produções passaram a ser feitas em Pinewood Studios (Inglaterra) e Cinecittà (Itália) ficando fora de Hollywood
O cinema americano passou a tomar novos rumos com a produção independente, de orçamento reduzido e de autor