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PHILIPPE LACOUE-LABARTHE JEAN-LUC NANCY El absoluto literario Teoría de la literatura del romanticismo alemán Traducido por Cecilia González y Laura Carugati

Nancy y Labarthe El Absoluto Literario

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    P H I L I P P E L A C O U E - L A B A R T H E

    J E A N - L U C N A N C Y

    El absoluto literario

    Te ora de la literatura del rom anticism o alemn

    Traducido por Cecilia Gonzlez y Laura Carugati

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    P H I L I P P E L A C O U E - L A B A R T H E

    J E A N - L U C N A N C Y

    El absoluto literario

    T eo ra de la l i teratura del rom anticism o alemn

    T r a d u c c i n d e

    C e c i l i a G o n z l e z y L a u r a C a r u g a t i

    m ^ A CADENCIA

    E D I T O R A

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    L a c o u e - L a b a r t h e , P h i l i p p e

    E l a b s o l u t o l i t e r a r i o : t e o r a d e l a l i t e r a tu r a d e l r o m a n t i c i s m o

    a l e m n / P h i l i p p e L a c o u e - L a b a r t h e y J e a n - L u c N a n c y . -

    l a e d . - B u e n o s A i r e s : E t e r n a C a d e n c i a E d i t o r a , 2 0 1 2 .

    S 4 4 p . ; 2 2 x 1 4 c m .

    T r a d u c i d o p o r : C e c i l i a G o n z l e z y L a u r a S . C a r u g a t i

    I S B N 9 7 8 - 9 8 7 - 1 6 7 3 - 6 4 - 3

    1 , E n s a y o . 2 . E s t u d i o s L i t e r a r i o s . 1. N a n c y , J e a n - L u c I I .

    G o n z l e z , C e c i l i a , t r a d . I I I . L a u r a S . C a r u g a t i , t r a d . I V . T i t u l o

    C D D 8 0 7

    Cet ouvrag e , publ i d ans l e cad re d u Prog ramme d ' Ai d e l a Publ i cat i on

    V i c t o r i a O c a m p o , b n f i c i e d u s o u ti e n d e C u l t u r e s f r a n c e , o p r a t e u r d u M i n i s t r e F r a n a i s

    d e s A f f a i r e s E t r a n g r e s e t E u r o p e n n e s , d u M i n i s t r e F r a n a i s d e l a C u l t u r e

    e t d e la C o m m u n i c a t i o n e t d u S e r v i c e de C o o p r a t i o n e t d ' A c t i o n C u l t u r e l l e

    d e l ' Ambassad e d e F rance en Arg ent i ne .

    E s t a obra , publ i cad a en e l marco d e l Prog rama d e Ay ud a a l a Publ i cac i n

    V i c t o r i a O c a m p o , c u e n t a c o n e a p o y o d e C u l t u r e s f r a n c e , o p e r a d o r d e l M i n i s t e r i o F r a n c s

    d e A s u n t o s E x t r a n j e r o s y E u r o p e o s , d e l M i n i s t e r i o F r a n c s d e la C u l t u r a

    y d e l a C o m u n i c a c i n y d e l S e r v i c i o d e C o o p e r a c i n y d e A c c i n C u l t u r a l

    d e la E m b a j a d a d e F r a n c i a e n A r g e n t i n a .

    T t u l o o r i g i n a i :

    /_ ( ^ V J-^'Absolu

    littraire. Thorie

    de la

    littrature du romantisme

    allemand

    o 1 9 7 8 , E d i t i o n s d u S e u i l

    o 2 0 1 2 , E t e r n a C a d e n c i a E d i t o r a S . R . L .

    o 2 0 1 2 , C e c i l i a G o n z l e z y L a u r a C a r u g a t i , d e l a t r a d u c c i n

    _ P r i m e r a e d i c i n : j u l i o d e 2 0 1 2

    P u b l i c a d o p o r

    ETERNA CADENCIA EDITORA

    H o n d u r a s 5 5 8 2 ( C 1 4 1 4 B N D ) B u e n o s A i r es

    e d i t o r i a l @ e t e r n a c a d e n c i a . c o m

    w w w . e t e r n a c a d e n c i a . c o m

    I S B N 9 7 8 - 9 8 7 - 1 6 7 3 - 6 4 - 3

    H e c h o e l d e p s i t o q u e m a r c a la l e y 1 1 . 7 2 3

    I m p r e s o e n A r g e n t in a / / n W m

    Argentina

    Q u e d a p r o h i b i d a l a r e p r o d u c c i n t o t a l o p a r c i a l d e e s t a o b r a

    p o r c u a l q u i e r m e d i o o p r o c e d i m i e n t o , s ea m e c n i c o o e l e c t r n i c o ,

    s i n l a a u t o r i z a c i n p o r e s c r i t o d e lo s t i t u l a r e s d e l c o p y r i g h t .

    mailto:[email protected]://www.eternacadencia.com/http://www.eternacadencia.com/mailto:[email protected]
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    N D I C E

    No ta de las traductora s 11

    Prlogo. E l abs oluto l i terario 15

    B ibl iograf a 43

    Indicac iones cronolgicas 4 7

    Sumarios de

    Athenaeum

    5 0

    O B E R T U R A 5 3

    1. E l s istema sujeto 5 5

    2 .

    El programa sistemtico ms antiguo

    del idealismo alemn 7 4

    E L F R A G M E N T O 7 7

    1. La exige ncia fragm entaria 79

    2 .

    Fragm entos crticos,

    Fr iedrich Schlegel 11 2

    3 . Fragmentos de Athenaeum, Fr ied rich Schlegel 13 2

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    L A I D E A 2 2 5

    1. La rel igin en los l mite s del arte 2 2 7

    2 .

    Ideas,

    F r i ed r i c h S c h l eg e l 2 6 1

    3

    . Sobre lafilosofa (a Do rothea),

    F r i ed r i c h S c h l eg e l 2 8 0

    4 .

    Profesin de e epicrea de Heinz W iderporst,

    S c h e l l i n g 3 0 7

    E L P O E M A 3 2 1

    1 . Un arte s in no m br e 3 2 3

    2 .

    Conv ersacin sobre la poesa,

    F r i ed r i c h S c h l eg e l 3 5 8

    Epocas del arte pot ico

    [D ichtkunst]

    3 6 4

    D iscur so sobre la mi to log a 3 8 6

    Ca rta sobre la novela 3 9 8

    Ensayo sobre el di ferente est i lo en las obras

    temp ranas y tardas de G oethe 4 1 0

    3. Lecciones sobre la literatura y el arte. La doctrina del arte

    A u g u st W i l h e l m S c h le g e l 4 2 2

    Poes a 431

    Sob re e l l enguaje 4 4 0

    L A C R T I C A 4 5 7

    1 . La form acin del carcter 4 5 9

    2 .

    Filosofa del arte

    ( introduccin), Sch el l in g 4 9 0

    3 .

    Sobre la esencia de la crtica,

    Fr iedrich Schlegel 5 0 5

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    C L A U S U R A 5 1 7

    1 . E l equvoco rom nt ico 5 1 9

    2 . Son eto

    El Ateneo,

    Fr iedrich Schlegel 5 2 9

    3

    . Dilogos

    1 y 2 , No val is 5 3 1

    Glosar io 5 3 7

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    N O T A D E L A S T R A D U C T O R A S

    Phil ippe L acoue -Labarthe y Jean-Lu c Nancy proponen en su obra

    una traduc cin propia anotada y comentada de varios textos de los

    rom nticos tempranos alemanes m s representativos. En la presente

    edicin hemos traducido dichos escritos directamente del alemn

    para luego cotejarlo s y adaptarlos a la versin propuesta por los au-

    tores del hb ro. Se m antiene en tonces el Glosario en el que La coue-

    Labarthe y Nancy explican sus propias decisiones de traduccin

    as como tambin la mayor parte de las notas a pie de pgina que

    acompaan su versin de los textos alemanes. Solo hemos excluido

    aquellas notas que, por remitir a observaciones lingsticas espec-

    ficas de la trad uc cin francesa, carecan de inters para el lector de

    lengua castellana. Las citas de otros autores alemanes o de escritos

    no publicados en el presente volumen han sido traducidas directa-

    mente del francs.

    Le agradecemos a Dardo Scavino la revisin de la traduccin,

    sus sugerencias y observaciones.

    C.G. y L.C.

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    ^. a J

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    Helenismo y romanticismo

    Si yo pudiera, Genova, partirme en mil pedazos

    En tu puerto romp er jun to a las olas.

    Brotar en lo alto con tus naranjas de oro,

    Arquearm e con audacia en tus colum nas de m rm ol;

    Hroe, si pudiera ir corriend o a la tropa de tus h ijas,

    Qu itarles el velo de los enardecidos ojos.

    Disfrutar cada cliz colmado de nctar,

    Beber de cada uno y no quedarme con ninguno

    Basta de la lejana nostalgia del nebuloso sueo

    La imagen de m rm ol de la diosa de Citer

    Se disfrutar no en el espejo, mas abrazn dola

    As so. - Ah emerga de la espuma m arina,

    La diosa m isma fundida en el perfume de rosas.

    En el perfume resonaba: "Yo form o, yo transfiguro"

    Z A C H A R I A S W E R N E R

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    P R L O G O

    El absoluto l i terario

    "Hay clasificaciones que en tanto clasificaciones son suficientem en-

    te malas, pero que, sin embargo, dominan a naciones y pocas": no

    seremos n osotros los primero s en observa r' que esta frase inic ial del

    fragmento 55 de

    Athenaeum

    parece hab er sido escrita para aplicar-

    se, tanto y ta l vez ms que a otras, a esa clasificacin en cu yo nom -

    bre se recorta la rbrica del

    rom anticismo

    en la historia y en la teora

    de la literatura. Por lo menos resulta indiscutible la "m ed iocrid ad "

    -o la inconsistencia- de dicha clasificacin cuando se aplica de

    modo pa rt icular al mo me nto inic ial e iniciador del "rom antic is-

    m o", que en todo caso los alemanes se toman el cuidado de d istin-

    guir, a difere ncia de los franceses, ba jo la denom inacin de "p rim er

    rom antic ismo " o romantic ismo temprano

    {Frhromantik).

    A este "prim er r om anticism o", que constituye tam bin el "ro-

    manticismo"/>n>nero - aq u el qu e determ ina no solo la posibilidad

    ' Es lo que hacan R . Ul lm ann y H. Gotth ard en la conclusin de su l ibro

    Geschichte des Begriffes "romantisch inDeutschland {Historia del concepto "rom nti-

    co en Alemania),

    Ber lin E. Ebering, 19 27 , al cual haremos algunas referencias en

    este prlogo.

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    de que exista un "romanticismo" en generai, sino tambin el curso

    que iba a tomar, a partir del mom ento rom ntico, la historia litera-

    ria (y la histor ia a secas)-, a este "prim er ro m an ticism o", entonces,

    est dedicado el presente lib ro. Y en estas pocas pginas intro du cto-

    rias, como en todas las que siguen, encon trarem os ms de una oca-

    sin de constatar hasta qu punto la denom inacin "ro m an ticism o"

    resulta poco adecuada para este objeto. Tal como se lo suele entender

    - o no en ten de r-, el nom bre carece de precisin. Por lo que evoca en

    tanto categora esttica (y que m uy frecuentem ente se resum e a una

    evocacin -si cabe expresarlo as- de la evocacin, de la sentimen-

    talidad rutilante o de la nostalgia brumosa de las lejanas), tanto

    com o por lo que aspira a per m itir pensar en cuanto categora h ist-

    rica (en una doble oposicin al clasicismo y al realismo o el natura-

    lismo). Este nombre resulta menos apropiado aun teniendo en cuen-

    ta que los rom nticos del "prim er rom anticism o" nunca lo utilizaron

    para referirse a s mismos (y cuando tengamos que no m bra rlos de

    este modo, lo ha rem os en virtud de la costum bre establecida y no

    sin irona). Es falso, finalmente, de modo muy general, por su pre-

    tensin de designar -poca, escuela, estilo o concepcin- algo que

    pertenecera en primer lugar y simplemente a un cierto

    pasado.

    Cad a u na de estas afirmaciones ser justificada en su m om en to.

    Porqu e no pretendem os, mu y por el contrario , que resul ten ev i -

    dentes, o que los "rom n tico s" n o hayan sido los prim eros en al i -

    mentar el equvoco sobre el "romanticismo", en ciertos aspectos.

    Ha hecho falta una larga historia, sin duda, para que se volviera

    posible, y al mism o tiempo urgente, mostrar algo de distancia y de

    vigilancia en este asunto. Pero si la m alinterpre tacin que enc ierra

    la palabra "ro m an ticis m o" es bastante general (a excepcin de los

    trabajos sobre los que nos basaremos y que no son todos tan recien-

    tes), sin duda es ms profunda y tenaz en Francia que en otros lu-

    gares, y por una simple razn de desconocimiento. Si bien es cier-

    to que se conocen los nombres de los hermanos Schlegel y que

    circula un cierto nmero de citas de sus textos (la mayor parte de

    las veces tomadas de los "frag m ento s", cuyas citas sueltas refuerz an

    el equvoco del desconocimiento), la inexistencia de traducciones

    16

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    il francs de los textos ms importantes del "prim er rom an ticism o"

    es una de las lagunas m s apabullantes entre las que, casi por tradi-

    cin, distinguen a la cultu ra y la edicin nacionales^.

    Ahora bien, se trata en el "prim er rom anticism o" -e s decir, en

    el

    rom anticismo de Jena,

    por darle esta denominacin toponm ica so-

    bre cuya motivacin volveremos-, de lo que podemos designar, al

    menos en una primera aproximacin, como

    romanticismo terico,

    y,

    ms precisamente, de lo que habrem os de considerar com o la inau-

    guracin del proyecto

    terico

    en la literatura. Dicho de otro modo,

    la inauguracin de un proyecto cuya importancia creciente en el

    trabajo terico moderno conocemos sobradamente hoy, casi dos-

    cientos aos ms tarde, y que dista de limitarse al plano de la lite-

    ratura. No es neces ario ir mu y lejos para encon trar las hu ellas de la

    herencia - m u c h o ms que una "herencia" , en real idad - de la que

    estamos h abla nd o. Se las puede encontrar en la tapa m ism a de este

    l ibro: l lamar

    Potique

    a una cole cci n (y un a revista)\ a qu o tra

    cosa equivale sino a volver a poner en juego, ms all de que lo hi-

    cieran V alry y algunos otros, el trmin o y una parte del con cepto

    que resuma, en 1802, el programa de

    Lecciones sobre el arte y la lite-

    ratura

    de Augi-xst Wilhelm Schlegel (lecciones que no hacan ms

    que exponer una potica general surgida en el Crculo de Jena unos

    aos antes)? Si, teniendo esto en cuenta, la "laguna" francesa resul-

    ta an ms extraa, no cabr sorprenderse de que parezca deseable

    empezar a colmarla aqu.

    Y es cierto que no harem os m s que comenzar, yend o directa-

    mente a los textos y a los temas que es lcito considerar esenciales.

    ^Ya enSobre Alemania, texto del que volverem os a hablar, madam e de Stal

    iniciaba la parte dedicada a "la literatura y las artes" con el captulo: "Por qu

    los franceses no hacen justicia a la literatura alemana?"...

    ^

    N . de T.:L'absolu littrairefue publicado por dition s du Seuil en la clebre

    coleccin "Potique", dirigida por Gerard Genette y Tzvetan Todorov, quienes

    tambin fueron editores de la revista trimestral de mismo no mb re, publicada por

    dicha editorial a partir de 19 70 .

    Cfr., ms adelante, la seccin III.

    17

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    Pero solo a ellos. No se agotar el exam en, pero al m enos tal vez sea

    posible discernir a qu nos conduce. Siempre que nos entendamos

    sobre lo que pueden ser los objetivos de un trabajo de este tipo. No

    se trata, digmoslo enseguida, de una empresa de archivistas: poco

    nos interesa la reconstitucin de un episodio antiguo con el cual

    solo m antuv iramo s, para decirlo con N ietzsche (que no dejaba, en

    este sentido, de perpetuar el roma nticismo ), las relaciones propias

    de una historia monumental o ant icuarla. Nuestro objet ivo no

    apunta en abso luto a con struir una h istoria, sea cual fuere, del ro-

    m anticism o. B ien mirado, se tratara en todo caso - y sobre esto vol-

    veremos luego- de una historia

    en

    el roman ticism o, en primer lugar.

    Pero tampoco proyectamos exh ibir y predicar

    modelo

    romntico al-

    guno, a la manera de lo que, en lneas generales, ha podido suceder

    con el surrea lismo (o, en me nor m edida, en el caso de Alb ert Bgu in

    y de algunos otros^). El romanticismo no nos conduce a nada que

    d cabida a la im itacin o de lo que haya que "insp irarse", y esto es

    as porque -co m o v erem os- nos "cond uce" en primer lugar a noso-

    tros mismos. Lo que no quiere decir, finalmente, que nos propon-

    gamos una pura y simple identificacin con el rom anticism o y en

    el rom an ticismo , o que tengamos la intencin de ponern os a no-

    sotros mism os

    en abyme

    dentro del romanticismo. Los romnticos

    nos han enseado de sobra hasta qu punto han sido los primeros

    en romantizar el romantic ismo, y hasta qu punto, en general ,

    han

    especulado

    -do tn do la de toda su m ode rnida d- sobre la f igu-

    ra y el funcionamiento del abismo l i terario que la novela inglesa

    del siglo

    X V I I I ,

    entre otras, les proporcionaba.

    D e lo que se tratara, entonces, es de no "c ol m ar " esa laguna, a

    menos que se evite todo tipo de

    saturacin.

    Y de mo do tal qu e se per-

    ciba, por el contrario -siempre que resulte posible despegarse de

    l -, el gran equvoco que envuelve al trmino "rom an ticism o".

    ' Siem pre se ha tratado, en casos semejantes, del rom antic ism o fantstico,

    que com o veremos es, en lo esencial, exterior y ms bien posterior al ro m anticis-

    mo de Jena.

    18

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    Ten iend o en cuenta estas condiciones, se entender que n o pu-

    i l ramos contentarnos con apelar a los textos de los romnticos

    citndolos para apoyar un anlisis que pretendiera dominarlos y

    comprenderlos cuando ni siquiera haban sido ledos. Inversamen-

    te, quedaba excluida la opcin de reproducir los textos "en bruto",

    sin ms trm ites, y perpetuar as el equvoco. Po r eso, este libro ha

    intentado adoptar un funciona m iento algo inusitado, p roponien-

    do una lectura alternada de los principales textos del romanticis-

    mo terico y de algunos esbozos de un trabajo sobre esos mismos

    textos que no qu isiera limitarse ni a su mero registro n i a su mera

    teorizacin.

    De qu se trata, entonces, en el romanticismo terico, en eso

    que hab rem os de caracterizar com o la institucin

    terica Aci gnero

    literario

    (o si se quiere de la literatu ra

    misma,

    de

    la

    l iteratura en tan-

    to absoluto)? Plantea r esto equivale a preguntarse de qu se trata en

    el clebre fragmento 116 de

    Athenaeum ,

    que contiene todo el "con -

    cep to" de la "poesa rom ntica ", o en

    Conversacin sobre la poesa,

    que

    contiene la definicin de la novela'' com o "lib ro rom n tico". E s ne-

    cesario ir a los textos, en tonces.

    Pero no h ay que ha cerlo sin haber comen zado a disipar, ya des-

    de fuera de ellos, el equvoco o la ilusin que esos textos tomados

    tal cual perpetan e incluso, como veremos, mantienen hasta cierto

    punto de manera deliberada. Es decir que no hay que empezar a

    leerlos imag inand o qu e se sabe de antem ano a qu corresponde, si

    no el trmino "romntico", por lo menos su posicin en estos tex-

    tos. Podemos con ceb ir ese saber de dos maneras, bastante diferentes

    una de otra: o bien atribuyndole al trmino el lugar de una heren-

    cia transm itida y decantada a lo largo de todo el siglo xv i ii , o b ien,

    por el contrario, el de una innovacin absolutamente original. Pero

    ' ' N. de T.: E l trm ino francs para novela es "ro m an ". A partir de aqu, los

    autores explotan, en mayo r o menor grado, la proximidad entre "ro m an " y "ro-

    mantisme".

    19

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    la "ver da d" no se enc uen tra e ntre estas dos posiciones: est en otro

    lado. La palabra y el concepto de "romntico" han sido, efectiva-

    mente,

    transmitidos

    a los "rom n ticos " y su originalidad no rad ica

    en haber inventado el "romanticismo", sino, por el contrario, en

    primer lugar, en haber recubierto con este trmino su propia im-

    potencia para nombrar y concebir lo que estaban inventando y, en

    segundo lugar, en disimular (en todo caso, es lo que puede sospe-

    charse con respecto a Friedrich Schlegel) un "proyecto" que exce-

    da, desde todo p un to de vista, lo que el trm ino les tra nsm ita.

    Recordemos, entonces, muy brevemente, un cierto nmero de

    datos conoc idos sobre la historia de eso a lo que ha estado v incu la-

    do el destino de la palabra

    romntico.

    Se sabe que las lenguas

    roman-

    ces fueron lenguas vulgares, concebidas com o derivados del vulgar

    romano

    opuesto al latn de los letrados. Que las literaturas

    romances

    fueron las literatu ras de esas lenguas y que sus formas y gneros fu e-

    ron muy tempranamente l lamados

    roman t, roman ze, roman cero.

    Cuando el trmino

    romntico

    aparece, en el siglo X V I I por lo esen-

    cial, y en Alem ania y en Inglaterra primero

    [romantisch, roman tici,

    conlleva en la mayor parte de los casos una desvalorizacin, e in-

    cluso una condena moral , con respecto a lo que se cree necesario

    echar, ju nto con este tipo de literatura , a las tinieblas de la preh is-

    toria de los Tiempos modernos: los prodigios maravillosos, la caba-

    l lera inverosmil , los sentimientos exaltados. Por decirlo nueva-

    mente, despus de tantos otros, la novela

    Don Quijote

    expone la

    condicin originaria del "romntico" . Solo con el nacimiento de

    una fi losofa del entusiasmo (Shaftesbury), por un lado, y de una

    prim era form a de crtica literaria (en particular los suizos: Bodm er,

    Breitinger), por otro, el trmino va a empezar a adquirir una acep-

    cin ya sea descriptiva, ya francamente positiva. Su historia resulta

    as inseparable de lo que representan, respectivamente, en toda la

    historia terica de los siglos x v ii y xv i ii , la filosofa en su cuestio-

    ' Cfr. Walter Benjamin, Der Begriff der Kunstkritik..p. 93 . (Las referen cias

    de esta obra se indic an ms adelante).

    2 0

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    19/537

    namiento o su asuncin de la "razn" moderna, y la problemtica

    de una critic a d el gusto o, de ma nera m s am plia, de una esttica.

    Durante el siglo xviii , la palabra se carga de un valor esttico

    y un valor h ist rico a la vez: en el la se ren en, sim plem ente, los

    datos prim itivos que acabamos de evocar (y a estos mism os orge-

    nes hace alusin, dentro de

    Conversacin sobre la poesa, Carta sobre

    la novela)

    para vincularlos, en Alemania, al concepto de lo

    gtico

    en

    tanto opuesto h ist rico y geogrfico de lo

    antiguo,

    y constituir as

    el concepto histrico de "poema rom ntico "

    {romantisches Gedicht),

    que empieza a calificar a un gnero potico cuando, por ejemplo,

    en 17 84 , W eilan d (un autor en todo sentido mu y alejado de los ro-

    mnticos) compone

    Idris y Znide, poema romn tico.

    Lo romnt ico

    en tanto gnero es lo que pretende tomar co m o modelos c onju ntos

    -opuestos a los modelos de los "clsicos", y a otros modelos alter-

    nativos a estos, elegidos en funcin de las circu ns tan cia s- tanto la

    gesta heroica "gtica", y a travs de ella el gnero pico (en el que

    encontram os u na vez ms a W ieland con su

    Obern,

    por ejemplo),

    como la "cortesa" de los trovadores. Pero es tambin el gnero, o

    el espritu, para el cual empieza a convertirse en modelo el drama

    shakespeareano, con todas sus diferencias con respecto a la tragedia

    antigua o a lo antiguo.

    Con el gnero cobra forma, si cabe la expresin, todo un clima.

    Romntico es, sobre todo si proviene de higlaterra, el paisaje frente

    al cual se experimenta el sentimiento de la naturaleza, o el de la

    grandeza pica de antao, o bien un o y otro mezclados co m o unas

    ruinas en m edio de una naturaleza salvaje. Pero rom ntica es tam -

    bin la sensib ilidad capaz de responder a ese espectculo, e im aginar

    o mejor an recrear -d e

    phantasieren-

    lo que evoca. Esta sensib ili-

    dad literaria, por mom entos ms bien "nov elesca"

    [romanesque],

    por

    m om entos ms bien "po tica", genera, a finales del siglo x v i l i y so-

    bre todo en Alem ania, lo que sin duda sera lcito considerar com o

    un o de los prime ros efectos del funcionam iento propiam ente mo-

    derno, y "espectacular", de la moda: "romntico" es la palabra que

    ha y que escribir, el gnero que un o tiene que darle a su l ibro. E n

    torno a 1795, en resumidas cuentas, la l i teratura romntica es lo

    21

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    que hoy l lamaramos, con algunos "medios de com un icacin " en

    ms, una "l i teratura comercial" . No mucho ms que eso. Y el pri-

    mer ro m an ticism o no se constituye com o una prolongacin de esta

    moda; como se ver en

    Carta sobre la novela,

    propondr ms bien

    una lectura

    irnica

    de las obras de lo que podra llam arse, exp lotan-

    do la casi total tautologa, el roma nticism o nove lesco'.

    E l prim er rom anticismo encarna, por el contrario, el surgimien-

    to de unacrisisde la que el romanticismo novelesco, aun presentan-

    do algunos de sus sntoma s, hab ra constituido m s bien la oc ulta-

    cin. En el derroche de "romantizacin" -pero tambin en el uso

    sobriamente categorial de lo "romntico" como forma o como su-

    jeto literar io pa rtic ula r- (y pueden en contrarse uno u otro rasgo en

    el movimiento de los aos 1870-1880 l lamado

    Sturm und Drang,

    "tempestad e mpetu", y por consiguiente en flerder, en el primer

    Go ethe y en el prim er Sc hiller), todo hab a podido aparentar suce-

    der como la man ifestacin, al fin y al cabo simple y natura l, de una

    nueva literatura. Es d ecir tambin, aunque ms no fuera en reaccin

    contra la

    Au fklrung,

    com o una mera progresin o maduracin, cu-

    yas innov aciones no cuestionaban, en el fondo, la conc iencia gene-

    ral del

    progreso,

    econmico, social, poltico y moral.

    En muchos aspectos, el primer romanticismo corresponde, por

    el con trario , a la crisis profunda -e con m ica, social, poltica y m o-

    r a l- de los ltimo s aos del siglo x v ii i' . No es este el lugar apropiado

    " N. de T.: Los autores se refieren aqu al juego de palabras intraducibie de

    la expresin "romantisme romanesque". Derivado de "novela"

    {roman),

    el trmino

    "rom anesqu e" tiene una acepcin usual: "novelesco", "aventurero ", y una acepcin

    especficamente literaria: novelesco es lo relativo al gnero literario de la novela.

    ' Para un estudio histrico de esta crisis y de su relacin directa con el ro-

    manticismo de Jena, vase la obra de H. Brunschwig, Sociedad y Romanticismo en

    Prusia en el siglo xvl,

    reedicin aumentada (Pars, Flammarion, 1973) de

    La g-

    nesis

    de la mentalidad romn tica, Pars, PUF, 1947, en particular p. 228 y ss. y 239

    y ss. Los an lisis de este libro son tiles, aun si no com partim os todas sus inte r-

    pretaciones.

    2 2

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    para estudiarla, pero no por elio resulta m enos ind ispensable recor-

    dar que la Ale m an ia de ese perodo - q u e a causa de la crisis econ -

    mica experimenta disturbios sociales profundos que desembocan

    en incesantes revueltas- se encuentra, esquematizando la situacin

    en funcin del punto de vista que debemos adoptar, sumergida en

    una trip le crisis: la crisis social y m ora l de una bu rguesa que acce-

    de a la cultura (que consume el romanticismo novelesco, como

    aquellos intend entes lectores de Jean Pau l de los que habla F. S chle -

    gel)

    pero que ya empieza a tener dificultades para enco ntrar emp leos

    para aquellos de sus hijos que tradicionalmente destinaba al plpi-

    to o a la ctedra (a menos que los hijos mismos dejaran de querer

    acceder a esos empleos, en par ticular el de pastor'"); la crisis po hti-

    ca de la Rev oluc in francesa, modelo inqu ietante para unos, fasci-

    nante para otros, y cuya ambigedad se volver an ms percep tible

    con la ocupacin de los franceses; la crtica kantiana, por fin, inin-

    teligible para unos, l iberadora pero destructora para otros, y que

    pareca llam ar u rgenteme nte a que se la retomara de man era crtica.

    Los personajes que veremos reunirse en Jena participan del modo

    ms direc to en esta triple crisis. Su proyecto, por consiguiente, no

    ser un proyecto literario, y no abrir una crisis

    en

    la literatura, sino

    una crisis y una crtica generales (social, moral, religiosa, poltica:

    todos estos aspectos se encu entran en los

    Fragmentos)

    de las cuales la

    literatura o la teora literaria sern el lugar privilegiado de expre-

    sin. Las razones de tal privilegio -q u e abre hasta hoy toda la h is-

    toria de las relaciones que la literatura pretende mantener con la

    sociedad y con la poltica- se manifestarn en todo lo que sigue y

    princ ipalm ente , en la lectura de los textos m ismos. Pero se leeran

    mal esos textos si se olvidara, al comenzar, que el romanticismo te-

    rico de Jena se define com o la cuestin

    crtica

    de la literatu ra en toda

    Por u na u otra de estas razones, casi todos los rom nticos de Jena deban

    conoc er perodos d ifciles, y en particular durante los aos deAthenaeum. Lo que

    no im pide que sus lderes, y F. Schlegel en prim er lugar, terminara n teniend o

    una brillante carrera.

    23

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    la amplitud de la sobredeterminacin histrica y conceptual que

    acaba de ser evocada. O incluso, tal vez, com o la form ulac in ms

    acabadamente crtica (tomando en cuenta todos los valores y lmi-

    tes del trm ino) de

    la

    crisis de la historia m odern a.

    Es por eso que los "r om n ticos " no se dieron este nom bre a s

    mismo s, como tampoco preconizaron el retorno o la inven cin de

    un gnero ms, ni erigieron en doctrina una preferencia esttica

    ms. La ambicin literaria, sea cual sea la forma que tome, proce-

    de siempre en el los de la ambicin de una funcin social indita

    del escritor -de ese escritor que para ellos todava es un personaje

    por venir, y de la manera ms concreta, en lo que se refiere al

    ofi-

    cio, como puede leerse en el fragmento 20 de Athenaeum- y, po r

    consiguiente, de sus miras a otra sociedad. La "poesa ro m n tica "

    de la que trataremos incesantemente en este libro siempre ha que-

    rido significar lo que significa -no exenta de irona, pero tampoco

    de ambigedad- en estas palabras de Dorothea Schlegel : "Puesto

    que es decididam ente con trario al orden burgus y est a bsoluta-

    mente prohibido introducir la poesa romntica en la vida, ms

    vale ha cer que la prop ia vida pase a travs de la poesa rom n tica;

    ninguna polica y ninguna insti tucin educativa puede oponerse

    a e l l o " " .

    Los romnticos de Jena no ut i l izaron este nombre para l la-

    marse a s mismos. A lo sumo Novalis habr creado el trmino der

    Romantiker,

    que un fragm ento pstumo define de la siguiente m a-

    nera: "La vida es algo semejante a los colores, los sonidos y la fuer-

    za. El r om n tico estudia la vida como el pintor, el m sico, el me-

    c nic o estud ian colores , sonidos y fuerza"^^. La

    Romantik,

    en otros

    varios fragmen tos pstumos, es el t tulo de una "c ien cia " anloga

    a la

    Poetik,

    a la

    Physik

    o a la

    M ystik.

    Pero habrem os de constatar n u-

    " Car ta a sus liijos, citada en U ilm an n y Go tthar d, ob. cit., p. 61.

    Fragmento 1073 del "Borrador general" de la edicin crtica; no figura

    en las Obras completas en francs (cfr. ms adelante nuestra Bibliografa).

    2 4

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    merosas veces que este es, precisamente, uno de los rasgos por los

    cuales Novalis se aparta del romanticismo de Jena.

    Fueron sus adversarios -desd e 17 98 se pu blican panfletos con-

    tra ell os - quienes les dieron este nom bre y luego sus h istoriadores

    y sus crticos, que asentarn la existencia de una "escu ela rom nti-

    ca", aunqu e nun ca dejaron de distinguir cuidadosam ente las suce-

    sivas etapas de la "escu ela", posteriores a 18 05 , del mo m ento inicial,

    que designamos com o el mom ento de la crisis.

    En lo referente al

    romanticismo -o

    ms exactam ente a lo

    romn-

    tico,

    porque el

    ismo

    nun ca se le encu en tra -, los actores de esta cri-

    sis hicieron dos usos. El primero y ms frecuente es el uso

    clsico

    en su poca (verem os luego que esto dista de ser una p aradoja), el

    de W ieland , G oeth e o Sch il ler: se trata de una categora l i teraria

    entre otras, ni siquiera la categora suprema, como lo muestra, por

    ejemplo, el fragmento 19 de

    Liceo,

    que coloca lo

    lrico

    por encima

    de lo romntico.

    En cuan to a su uso "prop io" del trmino, con stituye el progra-

    ma

    propiamen te indefinido

    de los textos que tenem os qu e leer, y que

    hay que acom paa r con la irona de esta carta que Fried rich escribe

    a August: "No puedo m andarte m i explicacin de la palab ra "ro-

    mntico" porque suma.. . 125 pginas".

    I I

    Semejante definicin irnica -o la irona de semejante ausencia

    de de fin ici n- m erecera, en el fondo, ser erigida en smbo lo. E n

    ella reside todo el "proyecto" romntico: todo el "proyecto" romn-

    tico, es decir, ese breve, intenso y fulgurante

    momento de escritura

    (apenas dos aos, unos centenares de pginas) que inaugura por s

    solo toda un a poca, pero que se agota al no poder captar su esencia

    y su alcance, y que no habr enco ntrado finalmente ms d efinicin

    que un lugar (Jena) y una revista

    {Athenaeum).

    Llam em os a este romanticismo el A thenaeum .

    25

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    Sus iniciadores, com o todos sabemos, son los herm anos Schleg el:

    August W ilh elm y Fried rich. Son fillogos. Ya se han dado a conocer

    a travs de sus investigaciones clsicas. Los textos que ha n pu blicad o

    {Cartas sobre la poesa, la mtrica de la lengua,

    uno.

    Estudio sobre la poesa

    griega,

    el otro) dan prueba de ello, tanto com o las revistas en las que

    colaboran

    {Las Horas

    de Goe the y Sch iller o

    Liceo de las Bellas Artes

    de

    Reicha rt). Ambos son mu y jvenes y desde los aos 1 79 5 y 17 96 , en

    suma, todo les augura ya una excelente carrera universitaria.

    Por m uch os aspectos, sin embargo, no son sim plemen te "futuros

    un iversitarios", ni puros fillogos. U no y otro tienen, en prim er lugar

    (y el segundo, sin dudas, ms que el primero), la am bicin m anifiesta

    de serescritores.No frecuentan W eim ar por casualidad. En segundo lu-

    gar, se ha n interesado de cerca por el m ovim iento que, en un a etapa

    "poskantiana" ya, empieza

    a

    atravesar la filosofa aleman a y dar n aci-

    m ien to a l idealismo especulativo: escuchan las clases de Fich te, leen a

    Ritter, buscan toma r contacto con Schelling, discuten a Jacobi. E l se-

    gundo, Friedrich, se hace am igo de Schleierma cher en Berln. T ienen

    fama de ser polticam ente "avanzados" (lo que quiere decir "revolucio-

    narios", "rep ub licano s" o "jac obin os", en esa poca): la am ante del ma-

    yor - y ninfa Egeria del m en or- . Caroline M ichaelis, esposa de Bhm er,

    estuvo en la crcel en Mayence, por confabulacin subversiva o, por lo

    menos, por simpata con las tropas (francesas)

    de

    ocupacin. Pero, antes

    que nada, estn insertos en todo un m edio "litera rio " y mu ndano ber-

    lins (los salones "jud os" de Ravel Lev in o de Doroth ea Mendelsson-

    V eit, futura esposa de Fried rich) que los conv ierte, segn el m ode lo

    francs imperan te en la poca, en perfectos " intelec m ales", si es cierto

    que este personaje ya ha nacido y sem ultiplica por toda Euro pa desde

    el Pars de los Encicloped istas, en esta segunda mitad del siglo x v i i i .

    Este es el med io, por otra parte, en que se va a constitu ir e l A the-

    na eu m '^ E s decir, para empezar, el grupo, ese crcu lo estrecho, re-

    " Para una historia detallada de la formacin del grupo y la ftmd acin de la

    revista, vase Ayra ult,Gnesis del romanticismo alemn, t. III, Primera parte, pp. 11

    a 95 . (Las referencias de la obra se dan m s adelante).

    26

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    lativam ente cerrado sobre s m ismo, fundado, por lo m enos en sus

    com ienzos, en la fraternizacin intelectual y en la am istad, en el

    deseo de una actividad colectiva, una cierta vida "comunitaria"

    tam bin . No se trata en lo ms m nim o de un "c om it ed itoria l" (y

    por otra parte, la revista mism a perm anecer b ajo la direccin casi

    exclusiva de los dos herma nos); tampo co es un sim ple crc ulo de

    amigos (estn las mujeres, hay relaciones amorosas o erticas, un

    .sentido bastante desarrollado de la "experimentacin" moral que

    los har soar, por ejemp lo, con el "m atr im on io de a cua tro"' ' ' ) o

    un " ce n cu lo" de intelectuales. Ms bien una especie de "c lula ",

    marginal (si no totalmente clandestina), equiparable al ncleo de

    una organizacin llamad a a desarrollarse en form a de "re d" y m o-

    delo de una prctica nueva de vida. Friedrich, el ms adepto a esta

    form a de com unida d, de la que ser el verdadero a nim ado r, se ver

    finalmente tentad o de ha blar de ella com o de una sociedad secre-

    ta. Acariciar, en todo caso, la utopa de una "al ianza" o de una

    "l iga" de los artistas de la cual el Athenaeum habra constituido

    el embrin y que podra haberse organizado a la manera de las

    sectas ms o menos "masnicas" , cuya importancia en la divul-

    gacin de las ideas y la lucha po lt ica en la Alem ania contem po-

    rnea a la Re vo luci n es conocida. En m uchos aspectos, el Athe-

    naeum sigue preso de los modelos heredados de la

    Aufklrung;

    pero aun as anticipa de manera muy evidente las estructuras co-

    lectivas que se darn, en el siglo que se abre con l y hasta nuestros

    das, intelectu ales y artistas. Se trata, de he cho , y no es exagerado

    decirlo, del primer grupo de "vanguardia" de la historia. Dentro

    de lo que se denom ina en nuestra poca "v angu ardia" (y que no re-

    cubre, en efecto, com o no lo haca el Athenaeu m, el antiguo con-

    cepto de "escuela") , no constatamos en ninguna parte, en todo

    N. de T.: Siguiendo el original, utilizaremos bastardillas para referirnos al

    no m bre de la revista, y caracteres romano s para referirnos al grupo.

    " C fr. J.-J. Anstett, introdu ccin a la edicin francesa deLucindede Friedrich

    Sch legel (cuyas referencias se encon trarn ms adelante).

    2 7

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    caso, el m eno r desvo o diferen cia en relacin con esta form a in-

    augurada hace ya casi doscientos aos. El Athenaeum es nuestro

    lugar de nacimiento.

    Ah ora bien, el rigor exige que hagamos d istinciones den tro del

    grupo mismo. En sentido restringido, est formado por no ms de

    una decena de personas: el tro inicial (August, Friedrich, Caroline)

    -transformado en cuarteto con la entrada de Dorothea-, Schleier-

    macher, Noval is (a quien conocan desde comienzos de 1792) ,

    Tieck, Schelling' ' . Hlsen, como mucho. Pero hay que precisar que

    Schelling intervendr relativamente tarde, que nunca escribir en

    la revista y que una de sus principales "m otiv acio ne s" ser, de todos

    mo dos. Ca ro line (con quien se casar poco tiem po despus de la di-

    solucin del grupo, en 1803). Calculando de manera amplia, en

    cambio, y teniendo en cuenta tambin lo que fue -es decir, una

    suerte de polo de atraccin, tan to en Jena como en Be rl n -, el grupo

    ser algo relativamente ms importante: en torno a l se gravita, se

    pasa por l, se frecuen tan los mismos lugares, se vien e a visitar a un o

    u otro de los dos herman os. La herm ana de Tiec k, Soph ie, introdu -

    ce en l a su m arido, el lingista Bern hard i ; estar W acke nro der,

    dura nte los iltim os meses de su vida; la poeta Soph ie Mere au m an-

    tendr estrechas relaciones con Friedrich ante de casarse con Bre n-

    tano, quien, por su parte, com partir asimism o la vida del grupo en

    vsperas de su disolu cin ; tam bin se ver pa rticipar en l a su her -

    mana, B ettina (futura esposa de von Arnim ); Steffens form ar parte

    de la aven tura de Dresde y Jean Paul viajar de Be rln. L uego estn

    tam bin las cartas, m uch as cartas, entre los m iem bro s del grupo,

    entre Berl n, W eim ar y Jena; con Fichte como con Baader o Ritter,

    una enorme correspondencia en la que, por lo menos en lo que con-

    cierne a algunos de ellos, por ejemplo C aro line , qued a con signa do

    lo mejor del romantic ismo.

    Con excepcin de Schleiermacher, volvern a reunirse todos en Jena en el

    otoo de 1799 y sern los protagonistas, por otra parte, de la Conversacin sobre

    la poesa (cfr. infra, seccin III).

    28

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    Pero lo e sencial sigue siendo la revista. Apenas seis nm eros en

    dos aos de existencia (es verdad que, desde entonces, ha habido

    otros casos), un "nivel" no siempre homogneo, una cierta arrogan-

    cia en el tono (de rigor a partir de entonces, como se sabe), la leve

    insolencia de las "vanguardias"*'' . Pero un "m odo de func iona m ien-

    to", tambin, que corta deliberadamente con todo lo que se le podra

    oponer o con lo que se lo podra comparar y que define su entera

    potencia de mode lo para el futuro. Est fundada en la "fr atern iza-

    cin". El liminar dice: "la fraternizacin de los conocimientos y las

    aptitudes". Y la fraternizacin significa, en ltima instancia, la es-

    critura colectiva: "No somos simplemente los directores sino tam-

    bin los autores de esta revista (...). Solo aceptamos con tribu cion es

    extranjeras cuando creemos poder asumirlas como n ue stras. . . " . Y

    como dice Ayrault despus de haber citado estas lneas, "la afirma-

    cin adquiere todo su peso al encabezar un nmero que contiene,

    firmada por Novalis, la continuacin de los aforismos

    Granos de

    polen'^'. Es evidente que la cosa no funciona sin un cierto "mono-

    l i t ism o" y una suerte de prctica dictatorial -pr inc ipa lm en te atri-

    bu ible, por otra parte, a Fried rich (suea con que su he rm an o y l

    se conviertan en los "crticos-dictadores" de Alemania): ya estamos

    ante el bien conocido fenm eno "pap al" y no mu y lejos de ver pre-

    cisarse el guin "cl s ico " a partir de entonces, si se nos perm ite la

    expresin, de las anexiones, rupturas estrepitosas, exclusiones y

    excomuniones, peleas y reconciliaciones espectaculares, etc. En re-

    sum en, todo lo qu e constituye la poltica (porque est claro que es

    una po ltica, y m uy p recisa) de este tipo de organ ismo. Co n su de-

    bilidad original, por otra parte -inne ga ble a rribismo y p alinod ias-:

    seis aos apenas para con vertirse al catolicism o, un poco m s de

    diez para cenar con Metternich. Pero a decir verdad, no es tan sim-

    ple (incluso en lo que concierne a la poltica de los romnticos, tan

    O , cuando la cosa tiene xito, el verdadero escndalo. Esto es lo que suce-

    di con la publicacin deLucinde, por ejemplo.

    ' ' Cfr. Ayrault, Gnesis... III, p. 42.

    2 9

  • 7/13/2019 Nancy y Labarthe El Absoluto Literario

    28/537

    criticada en Francia por reaccionaria -porque era hostil a Napolen,

    sin duda-, pero de la que habra, an hoy, mucho que aprender).

    No es tan simp le, porque es precisamente este modo de Rm ciona-

    m iento lo que genera toda la "exp eriencia" de la escritura rom n-

    tica (la utiliza cin de todos los gneros, el recurso al "fra gm en to",

    el cuestionamiento de la propiedad l i teraria y la autoridad, jus-

    tamente, incluso la prueba del anonimato) y funda esa "prctica

    terica" de grupo (conversaciones incesantes, sesiones de trabajo

    instituidas y reguladas, lectura c olectiva, viajes "cu ltur ale s", etc.),

    la nica capaz de explicar el prodigioso trabajo realizado en esos

    dos breves aos, la invencin constante, la rapidez del trayecto

    recorrido, la radicalidad de la "apertura terica" consumada, sin

    precedentes, de hecho.

    Esto no va a durar, por supuesto: el Athenaeum no resiste se-

    mejante "derroche" (nada ni nadie podra resist i r lo) . No es que

    se agota sino que se disloca por s mismo. Los disensos internos,

    los celos, los desacuerdos tericos (veremos las huellas directa-

    m ente en los textos) t ienen una gran parte de respon sabil idad en

    esto, es innegable. Pero lo importante es ms bien que todo haya

    sido dicho e intentado , mu y rpidam ente, en la urgen cia, "sa lva-

    jemente", como se dice hoy en da, un poco como si cada uno de

    ellos (hasta Schell ing, que sin embargo ya era universitario) tu-

    viera conciencia de que no haba futuro o de que el mundo (y no

    solam ente las Letras) estaba camb iando de poca o girando sobre

    s mismo, abriendo sin duda una perspectiva i l imitada, pero sin

    ofrecer nada en lo inmediato que estuviera a la altura del acon-

    tecimiento presentido y acogido sin reservas (aunque todava era

    innombrable, s in rostro , pura "cosa" tratando de nacer y esfor-

    zndose por ver el da).

    Por eso, aunque ya haya presentado todos los rasgos de una "ca-

    pil la" moderna, el Athena eum no puede ser considerado com o un

    verdadero "movimiento" . Es que e l Athenaeum no se er ige en

    ruptura: no aspira en modo alguno a la tabla rasa o a la instaura-

    cin de lo nvievo. Se distingue, muy por el contrario, como una

    30

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    voluntad de "retorno"' crtico a lo existente (lo que explica su re-

    lacin con G oeth e, por ejemplo). No por casualidad tiene su origen

    en la filologa y la crtica.

    Su preocupacin esencial , al comienzo -aquella en torno a la

    cual, en el ao 17 94 , todo va a girar y "cua jarse" de golp e-, es la An-

    tigedad, la poesa de la Antigedad. Se busca oscuramente en

    el pr im er tra ba jo de los Schleg el (y por consiguiente en lo que ser

    el eje mismo del Athenaeum) una nueva visin de la Antigedad.

    Veremos adems hasta qu punto W incke lma nn ser para ellos una

    referencia constante. No porque traten de mantenerse simplemente

    en su hu ella o de exp lotarlo, sino porque es a pa rtir de lo que l ha

    conseguido deslindar que puede abordarse un traba jo terico p ro-

    fundo sobre los griegos. Y sabemos lo que se descubre all repenti-

    namente: un hiato an desapercibido entre el "clasicismo" griego,

    las trazas de una prehistoria salvaje y de una religin aterradora

    -el rostro oculto, nocturno, misterioso y mstico de la "serenidad"

    griega, un arte equvoco mu y cerca an de la locura y el desenfre-

    no " org istico" (una palabra a la que los Schlegel se aficionan )-. La

    Gre cia trgica, en suma. Com o H lderlin en la misma poca - p er o

    de manera diferente, aunque Schell ing asegure el paso, y de una

    ma nera "dia lectiz an te" que tendr, de Hegel al joven Nietzsche, el

    porv enir que co no cem os- , lo que inven tan los Schlegel es, en re-

    sumen y poco importa bajo qu nombre, la oposicin de lo apol-

    neo y lo dionisiaco. Y lo que instauran al m ismo tiempo, porqu e

    aunq ue solo sea confusam ente disponen ya de la "m at riz ", es la fi-

    losofa de la historia, como lo seala Heidegger con razn. A decir

    verdad, ser menos rigurosa (menos dialctica) en los Schlegel que

    " N. de T.; El t rm ino " repr ise" tiene una acepcin mu sical que se pierde en

    la traduccin al espaol. Es importante, sin embargo, tener en cuenta que, en este

    sentido, la palabra significa "vuelta", "repeticin" o tambin "estribillo". Hemos

    optado por el trmino "retorno", que por un lado traduce la accin de retomar

    algo, de volver a ello, y al mism o tiempo guarda una relacin con el "ri to rn ell o"

    musical.

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    en el idealismo propiam ente dicho. Ms simple en muc hos aspec-

    tos , y prxima al modelo "rousseauniano" (prdida del origen,

    mediacin necesaria de la racionalidad, reconcil iacin futura de

    la humanidad dividida) , se vuelve ms compleja , s in embargo,

    gracias a una cierta atencin, y un cierto gusto, acordados a los

    fenm enos de decadencia (el alejandrinismo ), y a una gran prec i-

    sin en el anlisis de los movimientos de disolucin y de pasaje

    -mecnico , f s i co u orgnico- de una poca a o t ra . Roma, por

    ejemplo, constituir un gran modelo. Y a lo que se apuntar con

    todo esto, rasgo distintivo de lo que se llam ar e ntonces e l ro m an-

    ticismo, no es a otra cosa que a lo

    clsico,

    las chances y la pos ibili-

    dad de lo clsico en la modernidad.

    E l reto rno c rt ico se acompaa, en efecto, de un m otivo cons-

    tructivo: se trata, tal es el horizon te constante del proyecto, de ha cer

    (o de rehacer, en versin moderna) la gran obra clsica que le falta

    a la poca, a pesar de Goeth e. Ms precisame nte, dado que una pro -

    blemtica crtica de la

    imitacin

    hab r sido (como en todo el perodo

    de finales de siglo) el lugar de em ergencia de la filosofa de la h isto-

    ria, se trata de hace r ms o mejor que la Antigedad: sobrepasar y

    com pletar a la vez la Antigedad en lo que esta tiene de ina cabad o

    o no cum plido, en lo que no ha conseguido consu ma r del ideal cl-

    sico que vislum bra ba. Lo qu e supone en suma op erar la sntesis de

    lo Antiguo y lo M ode rno o, si se prefiere, anticipan do la palabra he-

    geliana (pero no n ecesariam ente el concepto), superar

    -aufheben-

    la

    oposicin de lo Antiguo y lo M odern o'^ Y que una lgica seme jan-

    te anim e el proy ecto rom ntico n o significa en lo ms m n im o que

    los rom nticos se limiten a "aplic ar" un esquema derivado de la fi-

    losofa poskantiana. Es ms bien conjuntamente con el idealismo

    nacien te (en el idealismo y fuera de l, al m ismo tiempo) que d entro

    de su campo propio (la filologa, la crtica, la historia del arte), el

    " Esta anticipacin de Hegel por los rom nticos ha sido bien carac terizada

    por Peter Szondi,Poesa y potica del idealismo alem n (las referencias se encu entran

    ms adelante).

    3 2

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    rom anticism o se atribuye una tarea anloga, que es la de un acaba-

    miento, en el sentido ms fuerte del trmino. Se trata de terminar

    con la par ticin y la divisin, la separacin con stitutiva de la his-

    toria; se trata de construir, producir, efectuar aquello mismo que,

    en los orgenes de la historia, ya se pensaba como una "edad de o ro "

    perdida y por siempre inaccesible. Y que la dialctica se inventa

    tanto en la filosofa del arte del romanticismo como en la fsica es-

    peculativa, se justifica tal vez por el hec ho de que la tarea de reco n-

    ciliar a Kant con Platn se distingue despus de todo bastante mal

    de la empresa que apunta a conjugar fo m er o con Go ethe .

    Por eso el romanticismo implica algo indito, la

    produccin

    de

    algo indito. El nombre de ese algo, a decir verdad, los romnticos

    lo ignoran: h ab lan ya de poesa, ya de obra, ya de novela, ya d e.. .

    rom anticismo . Term inarn, de todos modos, por llama rlo - m a l que

    b i e n -

    literatura.

    Por lo menos el trmino, que no inventan, ser to-

    mad o de ellos por la posteridad (su posteridad, inclus o la m s in -

    m ediata) para ser aplicado a un concepto que an ho y tal vez resul-

    ta indefinible, pero que el los se dedicaron encarnizadamente a

    delim itar. Y al que, en todo caso, hab rn apuntado exp lcitame nte

    en las especies de un gnero nuevo, ms all de las pa rticione s de la

    po tica cls ica (o m ode rna) y capaz de resolver las divisiones origi-

    narias ("genricas") de lo escrito. Ms all de las particiones y de

    toda de-finicin, este gnero se ha programado en el rom an ticism o

    c o m o elgnero dela literatura: la gene ricidad, si se acepta esta ex-

    presin, y la generatividad de la literatura, captndose y producin-

    dose a s mismas en una Obra indita, infinitamente indita. Lo ab-

    soluto,

    por con siguiente, de la literatura. Pero tam bin lo

    ab-suelto,

    su separacin en la perfecta clausu ra sobre s (sobre su propia orga-

    nicidad), segn la clebre imagen del erizo que se encuentra en el

    fragmento 206 de

    Athenaeum.

    Por lo mismo, sin embargo, la apuesta revela ser an ms con-

    siderable. El absoluto de la literatura no es tanto la poesa (que in-

    venta tambin su concepto moderno en el fragmento 116 de

    Athe-

    naeum)como lapoiesie, a pa rtir de un recurso a la etimologa que los

    romnticos no dejarn de hacer. La poiesie, es decir, la produccin.

    33

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    El pensamiento del "gnero literario" concierne entonces menos a

    la p roduccin

    de

    la cosa literaria que a

    la

    produccin, absolutamen-

    te hablando. La poesa romntica pretende penetrar la esencia de la

    poiesie; la cosa literaria produce en ella la verdad de la produccin

    en s, y por consiguiente -como verificaremos incesantemente aqu-

    de la prod uccin

    de s,

    de la autopoiesie. Y si es verdad - c o m o esta-

    blecer pronto Hegel ,

    enteramente contra

    e l rom an t ic i sm o- que la

    autoprod uccin form a la instancia ltima y la clausura del absolu-

    to especulativo, hay que reconocer en el pensamiento romntico no

    solo el abso luto de la literatura, sino la literatu ra en tanto absoluto.

    El romanticismo es la inauguracin del absoluto literario.

    No se trata, una vez ms, de la imagen ordinaria que nos hace-

    mos del rom an ticism o. M adam e de Stal, a su ma nera, lo ha ba pre-

    sentido con certeza. A pesar de su resistencia un poco limitada (y

    m uy francesa) a lo terico, haba com prend ido al menos que lo nue-

    vo, en la Alem ania de 1 80 0, no era la "liter atu ra" , sino la crtica o,

    como tambin lo dice, la "teora literaria"^. Exista, por supuesto,

    una " l i teratura romnt ica" -y e l la era la l t ima en ignorar lo - ,

    como exist a una "sensibi l idad romntica" que impregnaba ya

    prct icamente Europa entera. En torno al Athenaeum (o dentro

    del Athenaeum mismo), haba escritores y poetas; y los Schlegel,

    por ejemplo, saban reconocer pertinentemente en las novelas de

    T iec k o de Jean P aul, en los cuentos de W acke nrod er y los poemas

    de Soph ie M ereau, las obras modernas (o romn ticas) que podan

    tratar en un plano de igualdad con las de Diderot o con la novela

    inglesa. Pero saban tam bin que todava no eran "e so" que busca-

    ban. Eran lo fantstico, o lo sentimental; no eran la fantasa ni la

    reflexin. Eran obras capaces de "jugar consigo mismas"; no eran

    obras que comprendieran su propia teora. Goethe no distaba de

    encarnar el gran ideal (como histricamente podan haberlo hecho

    Cfr . Sobre Alemania, Pars, Garn ier-Flam m arion, 19 68 , vol. III ., Parte 3,

    cap. IX, p. 162.

    3 4

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    Dante, Shakespeare y Cervantes , la " tr inidad" del Athenaeum),

    pero presentaba bastantes carencias en materia de filosofa y an

    no estaba totalm en te a la altura de la poca. No ha ba, en resum en,

    ms que signos de lo que esperaban b ajo el no m bre de ro m anticis-

    mo, o de lo que intenta ban forjar bajo ese nom bre^'. Lo que exp li-

    ca, por lo dems, su posicin crtica con respecto a Weimar tanto

    com o a Be rln, al ideal clsico como a la literatura fantstica. Jena

    quera ser su

    relevo.

    Lo que eq uivale a decir, de hech o - y esto es lo que mada me de

    Stal no entiende, ahora s, en lo ms mn im o (condenando casi has-

    ta nue stros das a la U niversidad francesa, y al resto con ella, a la

    ignorancia que conocemos)-, que el romanticismo no es ni "litera-

    tura" (son ellos los que inventan el concepto) ni tampoco una mera

    "te or a" de la l i teratura (antigua y moderna), sino

    la teora misma

    como literatura

    o, lo que equivale a lo m ismo, la literatura produ cin-

    dose y producien do su propia teora. El absoluto litera rio es, tam-

    bin , y tal vez antes que nada, esta

    operacin literaria

    absoluta.

    Jena seguir siendo, en el fondo, el lugar donde se dijo: la teora

    m isma de la nov ela debe ser una novela. Exigencia, en la que nues-

    tra "m od ern ida d" est atascada an, que se expresa un a o antes de

    la fund acin de la revista, en el fragm ento 11 5 de

    Liceo,

    y que cons-

    tituir todo el programa del Athenaeum:

    T od a l a h i s t or i a d e l a p oe s a mod e rna e s u n come nt a r i o cont i nu o a l

    b r e v e t e x t o d e l a f i l o s o f a : t o d o a r t e d e b e d e v e n i r c i e n c i a y t o d a

    ciencia arte. La poesa y la f i losofa deben estar unidas.

    Au nqu e solo sea por esta razn, nos ha parecido ind ispensable (lo

    que quiere decir, adems,urgente)emprend er un trabajo especfica-

    mente filosfico sobre el romanticismo. No en razn de ese gusto,

    vagamente actual, por la tecnicidad terica; tampoco en virtud de

    vaya uno a saber qu clase de "deformacin profesiona l". Sino co mo

    Esto es lo que har F riedrich Schlegel, como veremos, con Lucinde.

    35

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    consecuencia - de be ra resultar claro, ah or a- de una necesidad in-

    here nte a la cosa mism a. Con esto queremos decir, tam bin, a la li-

    teratura. Porque no data de ayer, ni siquiera de Jena -aunque sea

    Jena la que nos haya enseado a pe nsa rlo-, el he ch o de que la lite-

    ratu ra vea su des tino ligado a ese "brev e tex to de la filosofa" en el

    que, desde Platn y A ristteles por lo menos, se postula y exige la

    unin entre la poesa y la filosofa. Madam e de Stal, por citarla una

    ltim a vez (pero hay que reconocer, con todo, que es un m odelo de

    falta de inteligencia crtica en lo que respecta a este punto), se pre-

    guntaba, llena de perplejidad ante el trabajo de los Schlegel, si Ho-

    mero, Dante o Shakespeare "haban tenido necesidad de esa meta-

    fsica para ser grandes escritores" y se autorizaba esta pobre

    pregunta - p or qu e vaya y pase aun con respecto a Ho m ero, con el

    cual los Schlegel n o saben, por otro lado, muy b ien qu ha cer; pero

    los otros dos.. . - para moderar su entusiasmo ante "esos sistemas

    filosficos aplicados a la lite ra tu ra "". En m ucho s aspectos, y a pesar

    de todo, no nos hem os m ovido de all. Y aqu est la prueba, podra

    decirse: cuntos, aun entre los mejor intencionados, repiten en la

    actualidad Jena sin hab er podido leer sus textos?

    Pero la elecci n de un abo rdaje filosfico de estos textos (se en-

    contrar una justificacin ms precisa en nuestra "Obertura"^') no

    significa en absoluto que nos hayamos ocupado de la "filosofa de

    los rom n ticos". Existe, lo sabemos, e incluso se la conoce m ejor en

    Francia, mirndolo bien, que la "teora literaria". Hemos tenido que

    presuponerla, tambin, evidentemente, en cada uno de nuestros in-

    tentos de anlisis. Pero el objeto de nuestro tra bajo reside e xclus i-

    ^^

    Sobre Alemania, ibd.

    " N. de T.: A diferencia del espaol, que distingue "ap ertu ra" (acto de dar

    principio) de "ob ertu ra" (pieza de msica instrum ental con que se da princip io

    a una pera, oratorio u otra composicin lrica), el francs utiliza una sola pala-

    bra, "ouverture", que engloba ambas acepciones. Hemos decidido, entonces, uti-

    lizar el trmino "ob ertu ra" para el ttulo del primer captulo del libro y para to-

    das las referencias que a l se hagan. Traducimos, en cambio, "apertura" cuando

    prima la nocin de comienzo.

    36

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    vamente en la

    cuestin de la literatura.

    Y se ver, por lo d ems, sufi-

    cientemente, aunque ms no sea al leer la totalidad de los

    fragmentos, la cantidad de m otivos diversos (cientficos y polticos,

    sobre todo, pero adems estticos -pensamos en la msica, en par-

    ticu lar -) que hem os tenido que abandonar o resignarnos a no sea-

    lar. Lo que explica nuestra seleccin de textos y nuestro plan.

    En lo referente a los textos -ap art e del "E l ms antiguo p rogra-

    ma sistemtico del idealismo alemn" cuya publicacin nos pareca

    imponerse, en la "Obe rtur a", para circunscribir el m om ento pros-

    pectivo^'' de la cuestin de la litera tu ra - necesitbam os dirigirnos

    a los textos tericos ms destacados del perodo de

    Athenaeum

    -ape-

    nas si excedemos los aos 17 97 o 1 79 8 -1 8 00 , encuadrados en fun-

    cin de lo que los caracteriza muy rigurosamente-. En realidad,

    hem os ajustado nuestra seleccin al itinerario propio del Fried rich

    que hemos seguido desde sus primeras tentativas en el fragmento

    (los

    Fragmentos crticos

    de

    Liceo)

    hasta la form ulacin del concep to

    mismo de "cr t ica" {Esencia de la crtica),es decir, de 1 79 7 a 18 04 .

    Se encontra rn aqu doce textos -u n o de los cuales, por cierto,

    es m uy breve (es el soneto de Fried rich t itulado "E l A the na eu m "

    que figuraba, junto con dos o tres ms, en el ltimo nmero de la

    rev ista)-. D e estos doce textos, diez se pu blican ntegram ente, con

    la nica e xcepcin , entonces, de los dos textos pstumos pub licados

    a partir de notas manuscritas que datan de 18 01 y 18 02 :

    Lecciones

    sobre el arte y la literatura

    de August Schlegel y

    Filosofa del arte

    de

    Sch ell ing. Su v olum en nos impeda proceder de otra man era, por

    otra parte. Pero en lo que respecta a los restantes, nos ha parecido

    indispensable ma ntener el principio de la pub licacin ntegra, en

    particular -y no lo decimos por aficin a la paradoja- tratndose de

    fragmen tos, de los cuales se ha vuelto hab itual pu blica r "seleccio-

    ne s" ms o me nos felices y coherentes, pero que hemo s considerado

    necesario restituir en su totalidad original.

    N. del T.: E l t rm ino u tilizado es un neologismo , "avan t-cou p", que se en-

    tiende por oposicin a "aprs-coup" ("retrospectivo").

    3 7

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    Entre estos textos, cinco han sido tomados de la propia revista

    Athenaeum:

    se trata, por supuesto, de los

    Fragmentos,

    pero tambin

    de las Ideas, el texto Sobre la filosofa (ms conocido bajo el nom bre

    de

    Carta a Dorothea),

    la muy famosa

    Conversacin sobre la poesa

    y,

    por ltim o, el soneto que antes m encionb am os. E xcep to este lti-

    mo, se trata en realidad de los textos ms impo rtantes qu e ha p ub li-

    cado la revista^', y no es casual, adems, que todos sean, al menos

    parcialm ente, de Fried rich Schlegel. Parcialmente o no, porque los

    Fragmentos

    -e se vrt ice extrem o de la escri tura rom ntica al que

    tanta importancia acordaba Friedrich- const i tuyen un conjunto

    colectivo y annimo que debemos a los hermanos Schlegel , a sus

    esposas, a Novalis y a Sch leierm ach er reunidos y que, aun que lle-

    van innegablemente la marca de Friedrich, constituyen hasta tal

    pu nto la obra de todos que la crtica histr ica tropieza, en un cen-

    tenar de fragmentos, con inextricables problemas de atribucin.

    Fuera de esos cinco textos tomados de

    Athenaeum,

    se podrn leer

    -adem s de

    S ystemprogram

    de 1795 , tambin de un anonimato com-

    p le jo - otros dos textos de Friedrich que ya han sido m encionados

    (los

    Fragmentos

    de

    Liceo

    y

    Esencia de la crtica,

    lo que lleva a seis el

    nmero de textos de Friedrich), un texto de August (trozos de sus

    cursos de 18 01 ), dos (o tres) textos de Schelling -se g n que se le atri-

    buya o no la redaccin de

    S ystemprogram

    (un poema satrico y espe-

    culativo, Con fesin de e epicrea de Heinz W iderporst, y la introduc-

    cin a su curso de 1 80 2) y, por ltim o, un texto de Nov alis, es decir,

    los dos primeros de los cinco

    Dilogos

    que este destinaba a

    Athe-

    naeum,

    pero que nunca aparecieron en la revista.

    Un dob le prob lem a se planteaba, por otra parte, con respecto a

    Schell ing y a Novalis: existen numerosas traducciones francesas,

    entre las cuales una (casi) completa de Novalis. Es cierto que estas

    traducciones son discutibles a veces y que seguimos esperando una

    edicin seria de Schelling. Uno y otro son, no obstante, accesibles

    ho y en da (o van a serlo), y circulan am pliam ente en Francia, por

    ^ Cfr. ms adelante, "Sumariosde Athenaeum'.

    38

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    otra parte, bajo la rbrica del "rom anticism o alem n". Ah ora bien,

    y este es el segundo problema con el que nos hem os visto con fron-

    tados, nos ha parecido por muchos aspectos que tanto uno como el

    otro han permanecido en una posicin relativamente marginal en

    relacin con lo que constitua para nosotros lo propio del romanti-

    cismo. De mo do que, com o lo explicaremos llegado el mom ento, n o

    son solamen te las "con tinge ncias " de la edicin francesa las que nos

    han determinado a reducir, de manera desigual, la parte a la que,

    podra pensarse, tienen derecho.

    En cuanto al plan adoptado, es de los ms simples. Nos hemos

    fijado el objetivo de restituir, tanto como sea posible, la evolucin

    interna del rom anticism o y describir (lo que no convierte en m odo

    alguno este libro en una "novela") los "aos de aprendizaje" del ro-

    m anticism o. Esto exp lica que una cierta progresin con ceptual ra-

    zonada pretenda coincidir, con algunas mnimas diferencias, con la

    cronologa del Athenaeum.

    As, partiendo de la cuestin del fragmento com o gnero (o com o

    "gnero"), es decir, del prim er m om ento de la cuestin de la literatura

    (seccin I: E l fragmen to), hemos dado el "pas o" especu lativo que sus-

    cita necesariamente la cuestin misma (seccin II: La idea), antes de

    abordar por s mism a y en ella misma esta cuestin (seccin III: El poe-

    ma) y alcanzar entonces el m omento propiamente rom ntico de la re-

    flexin o de la "literatu ra al cuadrado" (seccin IV : La c rtica).

    III

    Los lectores sospecharn, sin embargo, que nuestras razones para em -

    prender y presentar este trabajo no son de orden puram ente "arqueo-

    lgico " - n i siquiera, como hem os dicho, his tr ico- , sino que se rela-

    cionan de m anera p recisa con nuestros actuales intereses y situacin.

    No porque tengamos en vista algn t ipo de "actual idad del

    rom an ticism o". Sabem os, por lo dems, lo que vale hab itualm en-

    te este t ipo de programa: un aplastamiento puro y simple de la

    39

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    38/537

    histo ria, la dudosa eternizacin de lo que se pretende "ac tua lizar ",

    el oculta m ien to (caren te de inocen cia) de los rasgos especficos del

    presente. Por el contrario, lo que nos interesa en el romanticismo

    es que pertene zcam os an a la poca que l inic i y que esta perte-

    nen cia, que nos d efine (mediante el inev itable desfase de la rep eti-

    cin), sea pre cisam ente lo que no cesa de denegar nuestro tiem po.

    Existe h oy un verdadero

    inconsciente

    romntico, identificable en la

    mayor parte de los grandes motivos de nuestra "modernidad". Y

    no es uno de los menores efectos del carcter indefinible del ro-

    manticismo el de haber permitido a dicha modernidad uti l izarlo

    como un contrapunto sin ver, o para no ver, que no era capaz de

    m uc ho ms que de volver una y otra vez a sus descu brim ientos.

    Haca falta toda la lucidez de un Benjamn para sospechar que en

    la impre cisin de los Schlegel haba una trampa y para co m pren-

    der que la trampa h aba fun cionado perfectamen te.

    Y que, por otra parte, funciona todava cuando nu estro tiemp o

    emprende la tarea de verificar la "actualidad del romanticismo".

    Lo que se hac e (siguiendo la lt ima moda) a partir del mo tivo de

    un "romantic ismo" esencialmente rebelde al imperial ismo de la

    Razn y del Estado, al total i tarismo del Cogito y del Sistema; de

    un romanticismo de revuelta libertaria y literaria, l iteraria porque

    es libertaria, y cuya insurreccin el arte encarnara. Es cierto que

    este motivo no es simplemente falso. Pero no est lejos de serlo si

    se descuida su reverso (o su anv erso.. .), porqu e el Abs oluto litera-

    rio agrava y radicaliza el pensam iento de la totalidad y del Sujeto,

    infinitiza

    este pensa m iento, y es por eso, precisamen te, que m an tie-

    ne el equvoco. No porque el propio roma nticismo no haya co me n-

    zado la desestabilizacin de ese Absoluto, y no haya contribuido,

    a su pesar, a minar su Obra. Pero es importante discernir con pre-

    cisin los signos de esta delgada y compleja fisura y, por consi-

    guiente, saber leer los signos, primero, de una lectura romntica,

    y no novelesca, del rom anticism o.

    Del romanticismo, en efecto, no se conoce hoy -o no se quiere

    conocer- ms que lo que nos ha l legado indirectamente, ya sea a

    40

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    travs de la tradicin inglesa (de Coleridge, que haba ledo muy

    bien a los romnticos, a Joyce, que lo saba todo, y sieinpre ms de

    lo que se cree), ya sea a travs de Sch op enh aue r y de Nietzs che (que

    callaron lo que conservaban de ellos), ya sea, por ltimo -pero la

    va es an m s indirecta, y justificad am ente -, a travs de Hegel y de

    M allarm (o incluso a travs de eso que, en Fran cia, se adorn co n

    el ttulo especficamente romntico de "simbolismo"). Ahora bien,

    en todos los casos (o casi), puede decirse qu e no se pe rcib e lo esen-

    cial o que, inclu so cu and o aparece, se lo repite de m ane ra despecti-

    va y con total desconocimiento de causa, cuando no hay ocultacin

    deliberada o deformacin.

    Ese "ese ncial", sin embargo, nos concierne directamente. Es in-

    cluso lo qu e define la edad en que estamos com o edad

    crtica

    por ex-

    celencia, es decir, la "edad" (ya va llegando, con todo, a los dos si-

    glos) en la cual la literatura -o cualquiera sea el nombre que se le

    d - se dedica a la bsqueda exclusiva de su propia identidad, arras-

    trando tras de s incluso a toda o parte de la filosofa y de algunas

    ciencias (aquellas que se llamarn

    humanas,

    curiosamente), y abrien-

    do el espacio de lo que llamam os ho y, con un a palabra a la que los

    romnticos aficionaban particularmente, la "teora".

    Lo que explica que no sea demasiado difcil, en efecto, derivar

    ese elem ento cuyo lugar de nac imie nto se reconoce, de paso, en los

    textos que siguen y que de limita an nuestro horizo nte: de la idea

    de una form alizac in posible de la literatura (o de todas las produ c-

    ciones culturales en general) a la utilizacin del modelo lingstico

    (y de un m odelo que descansa en el prin cipio de la autoestructura-

    cin del lenguaje); de la analtica de las obras fundada en la hip te-

    sis del autoengendramiento a la agravacin de una problemtica

    del sujeto que se autoriza una despedida definitiva manifestada a

    todo subjetivismo (de la inspiracin, por ejemplo, o de lo inefable,

    o de la func in del autor, etc.); de esta prob lem tica del sujeto (par-

    lante, escribiente) a una teora general del sujeto histrico y social;

    de la creenc ia en la inscripcin en la obra de sus condiciones de pro-

    duc cin o de fabrica cin a la tesis de una d isolucin, en el ab ismo

    del sujeto, de todo proceso de pro du ccin , de todo lo que rige, en

    41

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    suma, a la vez la literatura com o auto-c rtica y la crtica com o lite-

    ratura, somos efectivamente nosotros los que estamos implicados,

    es nuestra imagen -en el espejo del absoluto literario- la que se nos

    devuelve. Y esta rotunda verdad la que se nos asesta: no hemos sa-

    lido de la poca del Su jeto. x

    Es evidente qu e no hacemos esta constatacin por el placer que

    nos procurara reconocernos en el romanticismo, sino, por el con-

    trario, para me dir lo que funciona, de hecho, com o una autntica

    denegacin, y preservarnos a la vez de una fascinacin y una tenta-

    cin. Porqu e todos nosotros estamos, tantos como somos, h abitad os

    por la fragm entacin , la novela absoluta, el anon imato, la prctica

    colectiva, la revista y el m anifiesto. Todo s nos vem os amen azados

    -corolario obligado- por las autoridades indiscutibles, las pequeas

    dictaduras, las discusiones simples y brutales capaces de interrum-

    pir por dcadas el cuestionamiento. Todos tenemos conciencia, an

    y siempre, de laCrisisy estamos todos conv encidos de que es necesa-

    rio "interv en ir" y que el ms mnim o texto es inmediatamente "ope-

    ratorio"; pensamos todos que lo poltico pasa, como si esto fuera una

    evidencia, por lo literario (o lo terico): el romanticismo es nuestra

    ingenuidad.

    No quiere decir que sea nuestro error. Sino que es nece-

    sario discernir la necesidad, de la compulsin repetitiva. Pero hay,

    en este libro, una exigencia. No quisiramos llamar "cr tica ", justa-

    m ente, a esta exigencia. A lo sumo querramo s decirla "vig ilan te".

    Sabemos p ertinentem ente que no es m uy factible despedirse del ro-

    m an ticism o (no es posible despedir una ingenuidad). Pero s se pue-

    de, no es tarea sobrehum ana, m ostrar un m nim o de lucidez. En es-

    tos tiempos que corren, ya sera mucho.

    42

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    B I B L I O G R A F A

    E D I C I O N E S U T I L IZ A D A S D E L O S T E X T O S R O M N T I C O S

    (Schel l ing?)

    (Elprograma ms antiguo del idealismo alemn): Schelling

    Briefe und Dokumente,

    ed. Horst Fuhrmann. Bonn, Bouvier,

    1 9 6 2 (cfr. nota del captulo "E l sistema sujeto").

    F. Schlegel,

    Fragmentos

    crticos:

    Kritische Friedrich Schlegel

    Ausgabe,ed.

    Ernst Behler unter Mitwirkung v. Jean-Jacques Anstett und

    Hans Eichner, Paderborn-Darmstadt-Zrich, 1958 sq.

    Textos de

    Athenaeum :

    adems de las ediciones de las obras de F. Schle-

    gel, cotejamos permanentemente con e l texto de la edicin original

    de la revista (Biblioteca N acional y U niversitaria de Estrasburgo).

    Schelling,

    Confesin defe epicrea de Heinz Widerporst:

    texto en

    Deuts-

    che Literatur, Reihe Romantik,

    ed. Prof Paul Kluckhohn, vol . 9,

    Satiren und Parodien,

    Leipzig, P. Reklam, 1935.

    A.W . Schlegel ,

    Lecciones sobre el arte y la literatura:

    August W ilhe lm

    Schlegel,

    K ritische Schriften und Briefe,

    ed. Edgar Lohner, vol. IL,

    Die Kunstlehre,

    Stuttgart , W. Kohlhammer, 1963 (tambin he-

    mos con sultado la prim era edicin de este texto por J. Min or en

    Deu tsche Literturdenkm ale des 18 und 19. Jahrhunderts,

    Heilbronn,

    Henninger, 1884, vol. 17).

    Schelling,Filosofia del arte:Friedrich W ilhelm Joseph Schelling, Phi-

    losophie der Kunst,

    W issenscha ftliche Buchgesejjfl lschaft, D arm -

    stadt, 1966 (reproduccin fotomecnica de la edicin de 1859).

    43

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    F. Schlegel ,

    La esencia de la crtica-,

    texto establecido a pa rtir de la

    edicin original

    en

    Friedrich Schlegel,

    Schriften und Fragmente,

    ed. Ernst Behler, Stuttgart, A. Krner, 1956.

    Novalis,

    Dilogos

    1 y 2: N ovalis,

    Schriften, ed.

    K l u c k h o h n u n d

    Samu el, Suttgart, Koh lham m er, 19 60 , vol . II .

    O B R A S D E R E F E R E N C I A

    (Nos l im itam os deliberadam ente a indicar aqu las obras que nos

    ha resultado indispen sable utilizar duran te este trabajo. No nos ha

    parecido til , entonces, presentar la abundante b ibliografa alema-

    na sobre el rom anticism o, que exigira, por s sola, un traba jo c rti-

    co completo).

    Indicamos, en primer lugar, las dos obras directa y exclusiva-

    mente dedicadas al romanticismo de Jena y sin las cuales, en mu-

    chos aspectos, nuestro trabajo no h ub iera sido posible:

    - l a m o n u m en t a l

    Gnesis del romanticismo alemn

    de Roger

    Ayraul t , Par s , Aubier-Montaigne, 4 vo lmenes , 1961-1976 . La

    existencia de este trabajo, por su construccin y su informacin,

    perm ite relativizar lo que hem os tenido que afirmar en cuan to al

    desconocim iento del rom anticismo en Francia;

    - la tesis de W alter B enjam in,

    Der Begriff der Kunstkritik in der

    deutschen Rom antik {El concep to de la crtica de arte en el roman ticismo

    alemn).

    Defendida en 1919 y publicada en 1920 (Bern, Francke),

    esta tesis, que no dej de producir un efecto "revolucionario" en

    los estudios tradicionales sobre el romanticismo, constituye un pri-

    m er anlisis fun dam enta l de los conceptos de arte, literatura y c r-

    tica en el romanticismo de Jena, cuya naturaleza filosfica Benja-

    m n n un ca pierde de vista. El texto fue reeditado en Su hrk am p,

    Frankfrut am Main, en 1973. Una traduccin de este trabajo se

    encuentra en preparacin en la coleccin "La filosofa en efecto",

    Flammarion, Pars.

    44

  • 7/13/2019 Nancy y Labarthe El Absoluto Literario

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    Por diversas razones segn los casos, que irn apareciendo en el

    transcurso de las referencias, hemos u tilizado tam bin, los siguien-

    tes trabajos':

    Antoine Berm an,

    Cartas a Fouad -el-Etr sobre el roman ticismo alemn,

    publicadas en la revista

    la Dlirante,

    n 3, Pars, 1968.

    Maurice Blanchot , L'Athenaeum,texto publicado enL'Entretien infi-

    ni,

    Pars, Ga ll im ard, 19 69 .

    Grard Gen ette,Mimologiques, Pars, Editions du Seuil, 1976.

    Martin Heidegger,

    Schelling,

    curso de 1 963 publicado en A lemania

    en 1971, traducido al francs por J . -F. Courtine, Pars, Gall i -

    mard, 1977.

    Novalis,

    Obras

    completas,establecidas y traducidas por Arm el Gu erne,

    Pars, Gallimard, 1975 (no sepuede dejar de sealar que, adem s

    del carcter discutible de la traduccin, estas "Obras" tienen el

    defecto de n o ser completas, y de no sea lar todas las lagu nas...).

    El romanticismo alemn,

    estudios publicados ba jo la direc cin de Al-

    bert Bguin, editados en 1949 en "Cahiers du Sud", y reedita-

    dos en 1966 (Pars, "Biblioteca 10/18").

    Friedrich Schlegel,Lucinde, introduccin, traduccin y comentario

    de J.-J. An stett (reedicin, Pars, Au bier-F lam m arion , 19 71 ).

    Peter Szondi,

    Poesa y potica del idealismo alemn,

    compilacin tra-

    ducida bajo la direccin de Jean Bollack, Pars, Editions de Mi-

    nuit , 1975.

    Tzvetan Todorov,

    Teoras del

    smbolo,Pars, Editions du Seuil, 19 77 .

    Hemos tenido que referirnos, para concluir, a los estudios pu-

    blicados por nosotros mismos en el nmero especial "Literatura y

    filosofa mezcladas", dirigido por Philippe Lacoue-Labarthe en la

    revista

    Potique,

    n 21, 1975.

    ' Las referencias de las obras que no se utilizan ms que puntu alm ente se

    indican en cada caso por me dio de una no ta.

    4 5

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    (No nos resulta posible sino mencionar una referencia anticipa-

    da a la tradu ccin del

    Curso preparatorio de esttica

    de Jean -Pau l, rea-

    l izada por Anne-Marie Lang y Jean-Luc Nancy; este documento

    sobre el "despus" o de "al lado" del romanticismo aparecer en

    Lausana, en las ediciones de la Edad de H om bre).

    A B R E V I A T U R A S U T I L I Z A D A S

    Las referencias de las obras arriba m encionadas se indicarn segn

    el siguiente cdigo:

    Ayrault ,

    Gnesis...:

    Ay rau lt, seguido del n m ero del tom o (I, II, III,

    IV) y de la pgina.

    Ben jamin,

    Der Begriff...:

    Ben jamin,

    KK,

    seguido de la paginacin.

    Berman,

    Cartas...:

    Berman,

    Cartas,

    seguido de la pa ginac in.

    Blanchot ,

    L'Athenaeum:

    Blanchot ,

    El,

    seguido de la paginacin.

    Genette,

    Mimolgicas:

    Genette,

    M .,

    seguido de la paginacin.

    Heidegger,

    Schelling:

    H eidegger,

    Schelling,

    seguido de la pag inaci n.

    Novalis,

    Obras...:

    Guerne,

    OC,

    seguido del n m ero d el tomo (I, II)

    y de la pgina.

    El romanticismo alemn: RA,

    Bguin, seguido de la paginacin.

    Szondi,

    Poesa...:

    Szondi,

    PP,

    seguido de la p agina cin.

    Todorov, Tuonai. . . .-Todorov,

    TS,

    seguido de la pag inacin .

    Nmero especial de

    Potique: Potique

    21, seguido de la paginacin.

    46

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    I N D I C A C I O N E S C R O N O L G I C A S

    (Solo se trata aqu de perm itir una "co ntextu alizacin " sumaria del

    breve rom an ticism o de Jena por medio de algunas fechas de la h is-

    toria filosfica y literaria en cuyo transcurso interviene).

    A N T E S D E 1 7 9 0

    1755 W i n c k e l m an n ,

    Pensamientos sobre la imitacin de las obras

    griegas.

    1759-65 Lessing,

    Cartas sobre la literatura.

    1761 Schi l ler ,

    Los bandidos.

    1766 Lessing,

    Lacoonte.

    1767-68 Lessing,

    Dramaturgia de Hamburgo.

    17 22 He m sterhuis, primeros textos, en francs (traducidos al

    alemn a partir de 1782). Herder,

    El origen del lenguaje.

    1 7 7 4

    Goc ie, W erther

    1780 Lessing,

    La educacin del gnero hum ano.

    1781 Kant ,

    Crtica de la razn pura.

    Voss, traduccin de la

    Odisea

    (y de

    \2 .Iladacn

    1793).

    1 7 8 2 Pu blicacin pstuma de la primera parte de

    Confesiones

    de

    Rousseau (la continuacin aparecer en 1789).

    1784 Herder ,

    Ideas sobre lafilosofa de la H istoria

    (inicio).

    47

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    1785 Mori tz ,

    Sobre la imitacinformad ora de lo bello.

    1790 K an t ,

    Critica del juicio.

    Goethe,

    Metamorfosis de las plantas.

    Moritz,

    Mitologia.

    D E 1 7 9 0 A 1 7 9 8 ^

    1792 Schi l l er ,

    Sobre el arte trgico.

    17 93 Adelung empieza el

    Diccionario gramatical y crtico del alto

    alemn.

    Kant,

    La religin en los lmites de la simple razn.

    1794 F i c h t e ,

    La doctrina de la ciencia

    (primer estado).

    17 9 5 G oeth e y Sch il ler fundan la revista Las horas. Jean Paul,

    Hesperus.

    Schelling,

    Del yo como principio de lafilosofa.

    Schi-

    ller,

    Sobre la educacin esttica del hom bre, Sobre la poesa in-

    genua y sentimental.

    Tieck,

    William Lovell.

    Chamfort ,

    Pen-

    samientos, mximas y ancdotas

    (publicacin pstuma). A.W.

    Schlegel,

    Valor delestudiode los griegos

    (texto no p ublicado ).

    17 96 W ackenroder (y Tieck) ,

    Efusiones de un monje amigo de las

    artes. Y)cio t, Jacques, el fatalista. Goethe, Wilhelm Meister

    (primera parte).

    17 9

    7

    Schell ing, Filosofa de la naturaleza. Tieck, El rubio Eckbert

    Hlderl in,

    Hiperin I.

    F. Schlegel,

    Fragmentos crticos

    (en la

    revista Liceo).

    D E 1 7 98 A 1 8 0 0 ( D U R A N T E LA E X I S T E N C I A D E A T H E N A E U M )

    17 9 8 Baader,

    Sobre el cuadrado dePitgorasen la naturaleza.

    Ritter,

    Sobre el galvanismo.

    1799 Goethe,

    Propileos.

    Herder,

    Metacrtica.

    Wackenroder,

    Fan-

    tasas sobre el arte.

    H lderl in,

    Hiperin

    II . Schleiermacher,

    Discursos sobre la religin.

    Novalis,

    Europa o la cristiandad.

    F. Schlegel,

    Lucinde.

    18 00 Jean Paul ,

    Titan

    (achev en 1803). Schell ing,

    Sistema del

    idealismo trascendental.

    48

  • 7/13/2019 Nancy y Labarthe El Absoluto Literario

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    DE

    1800

    A

    i 8 i o

    1801 Schel l ing, Exposicin de mi sistema;curso sobre la filosofa

    del arte. A.W . Schlegel,

    Lecciones sobre el arte y la literatura.

    18 02 Hegel y Schell ing fundan el Diario crtico defilosofa. N o-

    valis,

    Henri de Ofterdingen