Manual PCIF Revisado - 2010.pdf

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  • CORPO DE BOMBEIROS DA PMPR

    MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS

    O Corpo de Bombeiros da PMPR

    autoriza a reproduo total ou

    parcial, desde que citada a fonte.

    3 Edio

    Revisada e Ampliada

    Curitiba, PR, abril de 2010

  • Comandante do Corpo de Bombeiros da PMPR

    Cel. QOBM Geraldo Domaneschi

    Chefe do Estado do Corpo de Bombeiros da PMPR

    Cel. QOBM Hercules William Donadello

    Chefe da 3 Seo do Estado Maior/CCB

    Ten-Cel. QOBM Carlos Ferreira Nascimento

    Chefe do Centro de En sino e Instruo do CB

    Cap. QOBM Gerson Gross

    Equipe de Elaborao

    Major QOBM Edemilson de Barros

    Major QOBM Paulo Henrique de Souza

    Major QOBM Fernando Raimundo Schunig

    Cap. QOBM Ivan Ricardo Fernandes

    Reviso Ortogrfica

    Naemi Rosana Habermann Avila

    Organizao

    Major QOBM Edemilson de Barros

    [email protected]

    mailto:[email protected]
  • Aos nossos grandes mestres!

    Cel. BMRR Rene Raul Wengeroth Silva

    Ten-Cel. BMRR Joo Carlos Pinkner

    In Memorian

  • PREFCIO

    Este Manual de Preveno e Combate a Incndios Florestais uma

    atualizao dos antigos alfarrbios que foram elaborados para suprir a

    necessidade surgida logo aps os incndios florestais no Paran em 1963, sendo

    uma obra direcionada a todos os bombeiros que j atuaram em fogo de

    vegetao.

    Os primeiros mementos na rea de incndio florestal foram de autoria do

    falecido Coronel QOBM Ren Raul Wengeroth Silva, que foi um estudioso de

    assuntos de bombeiro de u m modo geral, sempre buscando com isso a melhoria

    da instruo e principalmente a padronizao de condutas operacionais.

    Destaco tambm nesta rea de incndios florestais a importante

    colaborao do falecido Tenente Coronel Joo Carlos Pinkner, pioneiro j untamente

    com outros Oficiais do Corpo de Bombeiros do Paran pela implantao e

    divulgao dos Cursos de Combate a Incndio Florestal no Estado do Paran e

    para outras corporaes da Federao.

    A evoluo nesta rea tcnica possibilitou a ida de Oficia is Bombeiros

    Militares para os Estados Unidos da Amrica, tanto que em 1993 fomos eu e o

    / Department of Agriculture do Governo Americano, de onde trouxemos

    conhecimentos para a aplicao na doutrina de combate a incndios florestais no

    Estado.

    Na sequ ncia foram ministrados vrios cursos nesta rea aos integrantes da

    nossa Corporao e das Coirms, sempre trazen do novos conhecimentos e

    consequ entemente o aperfeioamento profissional digno de ser estendido a

    diversos segmentos ligados a o setor florestal.

    Em sntese, este trabalho um compndio de literatura, de conhecimentos

    prticos e o mais importante, de muita paixo pela preveno e combate a

    incndios florestais.

    Congratulo -me com o Major Barros, um exemplo de bombeiro na

    Corporao, pela sua iniciativa e dedicao esperando que este manual, bem

    elaborado e organizado, sirva a todos, sendo uma forma de colaborao na

    preservao do meio ambiente para as futuras gera es.

    Marcos Antonio Jahnke, Maj. QOBM, Corpo de Bombeiros do Paran

  • leo sobre tela de Alfredo Andersen (1860/1935 )

    Retrata um incndio florestal no Estado do Paran

    Fonte: Acervo do Palcio Iguau Sede do Governo do Estado do Paran

  • INTRODUO

    No ano de 1963 o Estado do Paran foi assolado por um dos maiores

    incndios florestais que se tem notcia. Chamou -se naquela poca tal evento de

    Foram queimados aproximadamente 2.000.000 ha entre

    plantaes, florestas e campos, tendo ainda o trgico saldo de 73 mortes, cerca

    de 4.000 residncias queimadas, desabrigando 5.700 famlias.

    Por ser um assunto novo na poca , as aes de combate foram

    extr emamente dificultadas, tendo em vista a escassez de pessoal especializado e

    recursos necessrios.

    A partir deste fato , vislumb rou -se a necessidade de organizar, no Estado do

    Paran, uma estrutura para o combate a incndios florestais, com homens

    treinados , material e equipamento especializado.

    Foram desenvolvidos estu dos viabilizando a implantao de um Curso que

    cont emplasse o assunto em questo e o Corpo de Bombeiros da PMPR formava

    ento, no ano de 1967, a primeira turma no Curso de Preveno e Combate a

    Incndios Florestais.

    A formao e doutrina foi baseada no sistema do United States Forest

    Service, graas ao empenho e dedicao do ento Tenente Ren Raul Wengenroth

    Silva, que com a ajuda do Sargento Richard Pedro Bahr e de Celso Schoeniger

    traduziram manuais norte americanos, adaptando -os e elaborando assim o

    Manual de Preveno e Combate a Incndios Florestais, que possibilitou ao Corpo

    de Bombeiros do Estado do Paran assumir a vanguarda de tal atividade,

    formando combatentes em diversos Estados da Unio, bem como participando de

    diversas operaes em outros Estados, como na Fora Tarefa que integrou as

    equipes na ajuda ao combate a incndios florestais no Estado de Roraima em

    1998.

    Atualmente o Corpo de Bombeiros do Paran j formou na at ividade de

    preveno e combate a incndios florestais mais de 1000 combatentes e

    prevencionistas oriundo s de vrios Estados do Brasil, contribuindo desta forma,

    par a a manuteno de nossas matas, florestas e na preservao do meio

    ambiente.

    CURITIBA, PR, ABRIL DE 2010

  • SUMARIO

    1 TEORIA BSICA FLORESTAL .............................................................. 16

    1.1 FOGO.................................................................................................. 16

    1.1.1 Combustvel ....................................................................................... . 16

    1.1.1.1 Classificao dos combustveis............................................ 16

    1.1.2 Comburente ........................................................................................ 17

    1.1.3 Calor................................................................................................... 17

    1.1.3.1 Unidades de calor ................................................................ 17

    1.1.3.2 Calor de combusto............................................................. 17

    1.1.3.3 Absoro de calor................................................................ 17

    1.1.3.4 Mtodos de transmisso de calor......................................... 18

    1.1.4 Temperatura....................................................................................... 20

    1.1.4.1 Ponto de fulgor .................................................................... 20

    1.1.4.2 Ponto de combusto............................................................ 20

    1.1.4.3 Ponto de ignio.................................................................. 20

    1.1.5 Tetraedro do fogo............................................................................... 20

    1.2 ESTUDO GERAL DA COMBUSTO......................................................... 21

    1.2.1 Fases da combusto ........................................................................... 21

    1.2.1.1 Pr-aquecimento.................................................................. 22

    1.2.1.2 Destilao ou Consumo dos Gases....................................... 22

    1.2.1.3 Incandesc ncia ou Consumo de Carvo................................ 22

    1.2.2 Classificao d as combust es.......... ................................................... 22

    1.2.2.1 Vivas................................................................................... 22

    1.2.2.2 Lentas.................................................................................. 22

    1.2.2.3 Espontneas ......................................................................... 22

    1.2. 3 Elementos resultantes da combusto.................................................. 25

    1.2. 3.1 Fumaa................................................................................ 25

    1.2.3 .2 Chama................................................................................. 26

    1.2.3 .3 Gases.................................................................................. 26

    1.3 INCNDIO........................................................................................... 27

    1.3.1 Causas de incndios ........................................................................... 27

    1.3.1.1 Quanto origem.................................................................. 27

    1.3.1.2 Causas primrias de incndios ............................................. 28

    1.3.1.3 Causas secundrias de incndios......................................... 28

    1.3.2 Classificao dos incndios................................................................ 28

    1.3.2.1 Quanto s propores.......................................................... 28

    1.3.2.2 Quanto propagao........................................................... 28

    1.3.2.3 Quanto aos locais ................................................................. 28

    1.3.3 Processos de extino........................................................................ 30

    1.3.3.1 Retirada do material combustvel......................................... 30

    1.3.3.2 Resfriamento....................................................................... 30

    1.3.3.3 Abafamento......................................................................... 30

    1.3.4 Agentes Extintores ............................................................................. 30

    1.3.4.1 gua.................................................................................... 30

    1.3.4.2 Retardantes qumicos ........................................................... 31

    1.3.4.3 Terra do solo....................................................................... 32

    2 FATORES DE PROPAGAO DE INCNDIOS FLORESTAIS ....................... 34

    2.1 FATORES DO MEIO AMBIENTE.............................................................. 34

    2.1.1 Combustveis ...................................................................................... 34

  • 2.1.1.1 Umidade do combustvel ...................................................... 35

    2.1.1.2 Arranjo vertical do combustvel............................................ 36

    2.1.1.3 Carga do combustvel........................................................... 37

    2.1.1.4 Compactao do combustvel............................................... 37

    2.1.1.5 Tamanho e forma do combustvel........................................ 37

    2.1.1.6 Continuidade do combustvel............................................... 38

    2.1.1.7 Propriedades qumicas do combustvel................................. 38

    2.1.2 Fatores Climticos .............................................................................. 38

    2.1.2.1 Velocidade e direo do vento .............................................. 38

    2.1.2.2 Umidade relativa do ar......................................................... 39

    2.1.2.3 Precipitao......................................................................... 40

    2.1.2.4 Temperatura........................................................................ 41

    2.1.2.5 Estabilidade Atmosfrica...................................................... 41

    2.1.3 Topografia .... ...................................................................................... 42

    2.1.3.1 Inclinao............................................................................. 42

    2.1.3.2 Exposio ............................................................................ 43

    2.1.3.3 Elevao............................................................................... 43

    2.2 PARTES DE UM INCNDIO FLORESTAL....................................... ........... 43

    2.3 PROPAGAO DE INCNDIOS FLORESTAIS........................................... 44

    2.3.1 Propagao pelo vento ....................................................................... 44

    2.3.2 Propagao pela ao das correntes de conveco ............................. 44

    3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIOS

    FLORESTAIS.......................................................................................

    47

    3.1 BOMBAS.............................................................................................. 47

    3.2 FERRAMENTAS E APARELHOS............................................................... 48

    3.2.1 Faco com bainha ............................................................................... 48

    3.2.2 Foice................................................................................................... 48

    3.2.3 Machado lenhador (Pulaski)......................... ........................................ 48

    3.2.4 Enxada................................................................................................ 49

    3.2.5 Rastelo ................................................................................................ 49

    3.2.6 Mcleod................................................................................................ 49

    3.2.7 Ps e cortadeiras ................................................................................. 49

    3.2.8 Queimador para incndio controlado.................................................. 49

    3.2.9 Motosserra........................................................... ............................... 50

    3.2.10 Roadeira............................................................................................ 50

    3.2.11 Abafador ............................................................................................. 51

    3.2.12 Mangue iras e esguichos...................................................................... 51

    3.2.13 Bomba Costal e Mochila Costal ............................................................ 51

    3.2.14 Manuteno das ferramentas.............................................................. 52

    3.3 MATERIAL DE ILUMINAO................................................................. 53

    3.3.1 Lanterna de mo................................................................................. 53

    3.3.2 Lanterna de cabea............................................................................. 54

    3.3.3 Gerador de energia ............................................................................. 54

    3.3.4 Extenses e lmpadas......................................................................... 55

    3.4 EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIADUAL (EPI)......................... ........ 55

    3.4.1 Capacete ............................................................................................. 55

    3.4.2 Protetor auricular. ............................................................................... 56

    3.4.3 Protetor de vista .................................................................................. 56

    3.4.4 Leno em algodo. .............................................................................. 56

    3.4.5 Balaclava.. ........................................................................................... 56

  • 3.4.6 Luva de vaqueta. ................................................................................. 57

    3.4.7 Bota.. ........................................ .......................................................... 57

    3.4.8 Polainas em couro. .............................................................................. 57

    3.4.9 Roupa resistente a chama..... .............................................................. 57

    3.5 VECULOS DE COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS.............................. 58

    3.5.1 Veculos pesados. ............................................................................... 59

    3.6 COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS COM AERONAVES........................ 59

    3.6.1 Emprego de avies.. ............................................................................ 60

    3.6.2 Emprego de helicpteros. ................................................................. .. 61

    3.6.2.1 Segurana nas operaes com helicpteros.......................... 63

    3.7 MATERIAIS ESPECIAIS DE COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS............. 66

    3.7.1 Kit - para inc ndios florestais. ....................... .......................... 66

    3.7.2 Extintor de exploso........ ................................................................... 67

    4. ORGANIZAO DE PESSOAL . ............................................................ 69

    4.1 GUARNIES DE INCNDIOS FLORESTAIS............................................. 69

    4.1.1 Guarnio de Combate a Incndio Florestal (GCIF)............................... 69

    4.1.2 Guarnio de Queima (GQ).................................................................. 69

    4.1.3 Guarnio de Tombamento (GT).......................................................... 70

    4.2 SOCORRO DE INCNDIOS FLORESTAIS...................................... ........... 70

    4.3 PRONTIDO DE INCNDIOS FLORESTAIS.............................................. 70

    4.3.1 Prontido Reduzida ............................................................................. 70

    4.3.2 Prontido Padro ................................................................................. 70

    4.3.3 Prontido Ampliada ............................................................................. 70

    5. TCNICAS E TTICAS DE COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS ....... 74

    5.1 DETECO.......................................................................................... 74

    5.2 COMUNICAO................................................................................... 75

    5.3 MOBILIZAO................... .................................................................. 75

    5.4 CHEGADA AO LOCAL........................................................................... 75

    5.5 ESTUDO DA SITUAO........................................................................ 75

    5.6 COMBATE AO INCNDIO...................................................................... 77

    5.6.1 Ataque Direto.............................................................. ....................... 77

    5.6.2 Ataque Indireto................................................................................... 78

    5.6.2.1 Aceiro Progressivo............................................................... 78

    5.6.2.2 Aceiro por Setor................................................................... 79

    5.6.2.3 Princpios de Construo de Aceiros..................................... 79

    5.6.3 Tcnicas de Queimadas.................................................................. ..... 80

    5.7 RESCALDO.......................................................................................... 80

    5.8 COMBATE INICIAL................................................................................ 80

    5.8.1 Caractersticas do Combate Inicial....................................................... 81

    5.8.2 Informaes iniciais............................................................................ 81

    5.8.3 Localizando o incndio ....................................................................... 81

    5.8.4 Anlise de comportamento do fogo.................................................... 81

    5.8.5 Procedimentos no deslocamento.................................................. ....... 81

    5.8.6 Chegada na rea do incndio.............................................................. 81

    5.8.7 Avaliaes do Combate Inicial............................................................. 83

    5.8.8 Informaes iniciais a serem repassad as............................................. 84

    5.9 COMBATE A GRANDES INCNDIOS....................................................... 84

    5.9.1 O Sistema de Comando d e Incidentes................................................. 87

    5.9.1.1 Princpios do SCI.................................................................. 87

  • 5.9.1.2 Estrutura e funes do SCI................................................... 87

    5.9.1.3 Instalaes do SCI ................................................................ 87

    5.9.1.4 Gerenciamento de recursos.................................................. 87

    5.9.1.5 Situao do Incidente........................................................... 88

    5.9.1.6 Comunicaes no Incidente.................................................. 88

    5.9.2 Caractersticas de um grande incndio florestal.................................. 89

    5.9.2.1 Transio entre o combate inicial e o combate a um grande

    incndio florestal.................................................................

    89

    5.9.2.2 Assuno do comando...... ................................................... 90

    6. PREVENO CONTRA INCNDIOS FLORESTAIS ................................ 99

    6.1 PROTEO CONTRA INCNDIOS FLORESTAIS....................................... 99

    6.2 PREVENO CONTRA INCNDIOS FLORESTAIS..................................... 99

    6.2.1 Remoo e controle de riscos e causas de incndios florestais

    ocasionados pelo homem ...................................................................

    99

    6.2.1.1 Classificao do risco florestal............................................. 99

    6.2.1. 2 Origem do incndio florestal.. .............................................. 99

    6.2.1. 3 Riscos e causas.... ................................................................ 100

    6.2.2 Preveno da propagao do fogo....................................................... 101

    6.2.2.1 Construo de aceiros de segurana .................................... 102

    6.2.2 .2 Cortinas de segurana.......................................................... 103

    6.2.2 .3 Construo de audes.......................................................... 103

    6.2.3 Tcnicas de queimadas ....................................................................... 103

    6.2.3.1 Queima contra o vento......................................................... 103

    6.2.3 .2 Queima a favor do vento...................................................... 104

    6.2.3 .3 Queima de flancos............................................................... 104

    6.2.3.4 Queima em manchas............................................................ 104

    6.2.3 .5 Queima central ..................................................................... 104

    6.2.3 .6 Queima em V (Chevron)....................................................... 105

    6.2.4 Deteco e aviso de incndio ........................................................ ...... 105

    6.2.5 Plano de proteo florestal.................................................................. 105

    6.2.5 .1 Objetivos de um plano de proteo florestal........................ 105

    6.2.6 Vigilncia florestal .............................................................................. 106

    6.3 ASPECTOS LEGAIS................................................................................ 109

    6.3.1 Cdigo Florestal............................................. ..................................... 110

    6.3.2 Decreto Lei 97.637............................................................................. 111

    6.3.3 Decreto Lei 6.515............................................................................... 112

    6.3.4 Decreto Estadual 4.223....................................................................... 115

    6.3. 5 Decreto Estadual 6.416....................................................................... 116

    7. METEOROLOGIA APLICADA A INCNDIOS FLORESTAIS.................... 118

    7.1 CONDIES METEOROLGICAS........................................................... 118

    7.1.1 Temperatura....................................................................................... 118

    7.1.2 Umidade.... ......................................................................................... 119

    7.1.2.1 Presso de vapor......... ......................................................... 119

    7.1.2 .2 Umidade absoluta.......... ...................................................... 119

    7.1.2 .3 Razo da mistura.. ............................................................... 119

    7.1.2 .4 Umidade relativa...... ............................................................ 119

    7.1.2 .5 Medidas de umidade. ........................................................... 120

    7.1.2 .6 Umidade dos combustveis.. ................................................. 120

    7.1.3 Vento .................................................................................................. 121

  • 7.1.3.1 Tipos e caractersticas de ventos.......................................... 121

    7.1.4 Nuvens ............................................................................................... 122

    7.1.5 Precipitao........................................................................................ 123

    7.1.5.1 Medidas de precipitao ....................................................... 124

    7.1.6 Presso Atmosfrica............................................................................ 124

    7.1.7 Estabilidade Atmosfrica ..................................................................... 125

    7.1.7.1 Levantamento orogrfico...................................................... 126

    7.2 CLCULO DE RISCO DE INCNDIO....................................................... 126

    7.2.1 Clculo do ndice de perigo empregando frmulas.............................. 127

    7.2.1.1 Frmula de Angstron. ........................................................... 127

    7.2.1 .2 Frmula de Monte Alegre. .................................................... 127

    7.2.1 .3 Frmula de Monte Alegra alterada ........................................ 128

    7.3 NDICES DE DESCONFORTO HUMANO.................................................. 129

    8. PERCIA APLICADA A INCNDIOS FLORESTAIS .................................. 132

    8.1 DETERMINAO DA ORIGEM DO INCNDIO......................................... 132

    8.2 PRINCPIOS DA PROPAGAO DO FOGO.............................................. 132

    8.2.1 Vento .................................................................................................. 132

    8.2.2 Declividade......................................................................................... 132

    8.2.3 Combustveis...................... ................................................................ 133

    8.2.4 Barreiras............................................................................................. 133

    8.3 INDICADORES DA DIREO DO FOGO................................................. 133

    8.3.1 Indicadores nos talos das gramneas................................................... 133

    8.3.2 Indicadores de combustveis protetores.............................................. 133

    8.3.3 Indicadores de queima em forma de cava............................................ 134

    8.3.4 Padro de carbonizao...................................................................... 134

    8.3.4.1 ................................................................. 135

    8.3.4 .2 135

    8.3.4 .3 Manchas.............................................................................. 135

    8.3.4 .4 Fuligem................................................................................ 135

    8.4 DETERMINAO DA CAUSA DO INCNDIO........................................... 136

    8.4.1 Categoria das causas de incndio ........................................................ 137

    8.4.2 Eliminao das causas......................................................................... 137

    8.5 MTODOS DE INVESTIGAO.............................................................. 138

    8.6 INDICADORES DE FONTE DE IGNIO.................................................. 138

    8.6.1 Relmpagos................................................................................. ....... 138

    8.6.2 Dispositivos incendirios.................................................................... 139

    8.6.3 Incndios causados pela ao humana em fontes de ignio bvias.... 139

    8.6.4 Incndios causados pela ao humana e cujas fontes de ignio no

    so bvias...........................................................................................

    139

    8.7 MATERIAIS PARA PERCIA..................................................................... 142

    8.7.1 Objetos demarcadores ........................................................................ 142

    8.7.2 Rgua................................................................................................. 143

    8.7.3 m..................................................................................................... 143

    8.7.4 Cmera............................................................................................... 143

    8.7.5 Materiais escritos............ .................................................................... 143

    8.7.6 Trena de ao....................................................................................... 143

    8.7.7 Bssola.......................................................... ..................................... 143

    8.7.8 GPS..................................................................................................... 143

    8.8 AES NECESSRIAS........................................................................... 143

    8.8.1 A caminho do incndio....................................................................... 143

  • 8.8.2 Chegando ao local do incndio........................................................... 144

    9. TCNICAS DE ORIENTAO E NAVEGAO ...................................... 148

    9.1 MAPAS................................................................................................ 148

    9.1.1 Mapas topogrficos............................................................................. 148

    9.1.2 Sistema UTM....................................................................................... 148

    9.1.3 Escala................................................................................................. 148

    9.1.4 Como ler uma carta topogrfica.......................................................... 149

    9.1.5 Curvas de nvel................................................................................... 150

    9.2 BSSOLA............................................................................................. 150

    9.2.1 Declinao magntica......................................................................... 150

    9.2.2 Componentes de uma bssola ............................................................ 151

    9.2.3 Azimute.............................................................................................. 152

    9.2.3.1 Azimutes sobre o mapa ........................................................ 152

    9.2.3 .2 Azimutes no campo.............................. ............................... 154

    9.3 GPS..................................................................................................... 154

    9.3.1 Waypoints 155

    9.3.2 GO TO ................................................................. 155

    9.3.3 MOB 155

    9.3.4 Consideraes importantes ................................................................. 156

    9.3.5 Empregando rotas no GPS................................................................... 156

    9.3.6 Uso do GPS em um incndio florestal.......................................... ........ 156

    9.3.6.1 Empregando uma carta topogrfica...................................... 156

    9.3.6.2 Empregando uma aeronave.................................................. 157

    9.4 PERCURSO DE CAMINHADAS................................................................ 15 7

    10. SOCORROS DE URGNCIA NOS INCNDIOS FLORESTAIS .................. 160

    10.1 ATENDIMENTO INICIAL VTIMA DE TRAUMA...................................... 160

    10.1.1 Controle da cena................................................................................. 160

    10.1.1.1 Segurana do local............................................................... 160

    10.1.1.2 Mecanismo de trauma .......................................................... 160

    10.1.1.3 Abordagem da vtima........................................................... 160

    10.2 RESSUSCITAO CRDIO-PULMONAR.................................................. 161

    10.2.1 RCP em adultos................................................................................... 162

    10.2.1.1 Abertura de vias areas........................................................ 162

    10.2.1.2 Ventilao ............................................................................ 162

    10.2.1.3 Compresso torcica............................................................ 162

    10.3 FERIMENTOS....................................................................................... 164

    10.3.1 Atendimento a vtimas de ferimentos..................................................

    10.4 FRATURAS E LUXAES............................................ .......................... 165

    10.4.1 Classificao das fraturas................................................................... 165

    10.4. 2 Sinais e Sintomas............. ................................................................... 166

    10.4.3 Atendimento a vtimas de fraturas...................................................... 166

    10.4. 4 Luxaes............................................................................................ 166

    10.4.4.1 Sinais e sintomas ................................................................. 166

    10.4.4.2 Cuidados de emergncia...................................................... 166

    10.5 QUEIMADURAS............................................................................. ....... 166

    10.5.1 Anatomia da pele................................................................................ 166

    10.5.1.1 Epiderme............................................................................. 167

    10.5.1.2 Derme .................................................................................. 167

    10.5.1.3 Tecido subcutneo............................................................... 167

  • 10.5.2 Classificao das queimaduras ............................................................ 167

    10.5.2.1 Quanto s causas................................................................. 167

    10.5.2. 2 Quanto profundidade. ....................................................... 167

    10.5.2. 3 Quanto extenso ............................................................... 167

    10.5.2. 4 Quanto localizao. ........................................................... 167

    10.5.2. 5 Quanto gravidade .............................................................. 168

    10.5.3 Atendimento ao queimado.................................................................. 168

    10.6 ACIDENTES COM ANIMAIS PEONHENTOS........................................... 168

    10.6.1 Ofdios................................................................................................ 169

    10.6.1.1 Gnero Bothropos................................................................ 170

    10. 6.1.2 Gnero Crotalus... ................................................................ 170

    10. 6.1.3 Gnero Micrurus.. ................................................................ 171

    10.6.2 Aranhas .............................................................................................. 172

    10.6.2.1 Aranha Marron..................................................................... 172

    10. 6.2. 2 Aranha Armadeira. ............................................................... 172

    10.6.3 Escorpies.......................................................................................... 172

    10.6.4 Insetos ................................................................................................ 173

    FATORES DE CONVERSO .............................................................................. 175

    EVOLUO DOS INCNDIOS FLORESTAIS NO ESTADO DO PARAN ............. 177

    FLUXOGRAMA DE DESPACHO E ATENDIMENTO DE OCORRNCIA DE

    INCNDIO FLORESTAL ....................................................................................

    178

    REFERNCIAS..................................................................................................

    179

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    15

    01

    SEM EXCEES: SEGURANA EM PRIMEIRO LUGAR!

    TEORIA BSICA FLORESTAL

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    16

    1. TEORIA BSICA FLORESTAL

    1.1 FOGO

    o desenvolvimento de luz e

    calor produzidos simultaneamente pela

    combusto de certos corpos.

    Para fins de aplicaes prticas,

    foi idealizada uma representao para o

    fogo, sendo ele o resultante de um

    elemento geomtrico de trs lados

    (Tringulo do Fogo), que se obteria

    quando se reunissem trs elementos

    componentes que so o combustvel, o

    comburente (oxignio) e calor, cada um

    com uma denominao especial.

    ]

    FIGURA 1 Tringulo do fogo

    FONTE: Acervo de Major QOBM Edemilson de Barros

    Em qualquer incndio florestal

    necessrio haver combustvel para

    queimar, oxignio para manter as

    chamas e calor para iniciar e manter o

    processo de queima. Se retirarmos

    qualquer um destes elementos, ou

    mesmo reduzi -los a certos nveis, o

    processo da combusto invivel.

    1.1.1 Combustvel

    Os combustveis em sua maioria

    so co mpostos orgnicos, verificando -se

    em sua molcula normalmente tomos

    de carbono e de hidrognio. o

    elemento que serve de campo de

    propagao do FOGO.

    1.1.1.1 Classificao dos c ombustveis

    Os combustveis so assim

    classificados:

    a. Quanto ao estado fsico:

    Slidos : estes combustvei s para

    entrarem em combusto, te m que

    passar do estado slido para o gasoso.

    So os comumente en contrados no

    ambiente floresta l. Ex: grama, arbustos,

    rvores.

    Gasosos: So diversos gases inflamveis.

    O perigo destes gases reside

    principalmente na possibilidade de

    vazamento dos mesmos, podendo

    formar com o ar atmosfrico, misturas

    explosivas que facilmen te atingem uma

    fonte de ignio. Ex: g s liquefeito de

    petrleo (GLP).

    Lquidos : Raramente encontrados nos

    incndios florestais, exceto quando

    atingem depsitos de estocagem destes

    produtos. Ex: lcool, gasolina etc.

    b. Quanto v olatilidade

    Volteis : Na temperatura ambiente

    despren dem vapores capazes de

    inflamar;

    No Volteis : Necessitam de

    aquecimento para inflamar.

    c. Quanto p ropagao do fogo

    Leves: Compem -se de grupo de folhas

    secas, folhas mortas, arbustos, vegetais

    oleosos (cedro). So combustveis de

    fcil propagao e muitas vezes servem

    de base para co mbusto em

    com bustveis pesados;

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    17

    Pesados: So combus tveis de

    propagao lenta. Po r exemplo: grandes

    troncos, rvores de grande porte.

    1.1.2 Comburente

    o gs que serve para produzir e

    manter a combusto por meio da sua

    combinao com os gases provenientes

    do aquecimento dos combustveis. O

    comburente mais abundante o

    Oxignio (O 2) que encontrado a 21%

    na atmosfera. Experincias mostraram

    que se reduzirmos a porcentagem de

    oxignio abaixo de 15% no teremos o

    processo da combusto.

    1.1.3 Calor

    uma forma de energia. Nos

    incnd ios florestais, normalmente a

    originado das maneiras mais diversas,

    tais como: brasas, pontas de cigarros,

    queima de lixo, resduos de

    escapamen to de veculos, etc. A

    temperatura de ignio dos

    combustveis florestais est entre 260 a

    400 C.

    1.1.3.1 Unidades de c alor

    a. Quilo -caloria (Kcal)

    a quantidade de calor que deve

    ser fornecida a um quilograma de gua

    para elevar a sua temperatura de um

    grau Celsius.

    b. Caloria ( cal)

    a quantidade de ca lor que deve

    ser fornecida a um grama de gua para

    elevar a sua temperatura de um grau

    Celsius.

    c. BTU (British Thermal Unit)

    a quantidade de calor que

    precisa ser fornecida a uma libra de

    gua para elevar sua temperatura de um

    grau Fahrenheit .

    1.1.3.2 Calor de combusto

    Definimos c alor de combusto

    como sendo a qu antidade de calor

    liberada por unidade de massa ou por

    unidade de volume, quando se queima

    completamente uma substncia. Os

    calores de combusto dos combustveis

    slidos e lquidos so normalmente

    expressos em Kcal ou BTU/libra.

    O calor de c ombusto de algumas

    substncias apresentado na tabela a

    seguir:

    SUBSTNCIA CALOR DE COMBUSTO

    Madeira 4500 kcal/kg

    Gs de carvo 5400 Kcal/m3

    Gs Natural 9000 a 22500 Kcal/m3

    Carvo 7000 a 9500 Kcal/m3

    lcool Etlico 7000 Kcal/kg

    leo Combustvel 10.000 kcal/kg

    1.1 .3.3 Absoro de calor

    A gua capaz de realizar este

    fenmeno. Sabemos que a gua, para

    elevar sua temperatura de um grau,

    precisa de uma un idade de calor

    chama da uando a

    temperatura da gua atingi r 100C, sua

    massa absorveu certo nmero de

    calorias. Suponhamos que um litro de

    gua a 10C de temperatura, para atingir

    100C de temperatura, precisar de 90

    Kcal. Para um litro de gua atingir, do

    ponto de ebulio ao ponto de vapor,

    sua massa absorve mais 540 Kcal.

    Portanto, o litro de gua utilizado para

    extinguir o fogo absorver, do estado

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    18

    lquido ao estado de vapor, 540+90=630

    calorias.

    Conclui -se que, para absorve r

    todo o calor contido num quilograma de

    um corpo qualquer em combusto,

    sero precisos tantos quilogramas de

    gua quantos o nmero 630 couber no

    nmero de calorias desprendidas por tal

    corpo.

    Exerccio de fixao 1:

    leo combustvel 10.000

    Kcal/Kg. Q uanto de gua ser necessrio

    para absorver o calor de leo

    combustvel?

    10.000 = 15,8 l

    630

    O resultado refere -se a

    quantidade para absoro de um litro de

    leo combustvel.

    Exerccio de fixao 2:

    Incndio em reflorestamento de

    pinus , com 100 toneladas de madeira.

    Total: 100.000 kg de madeira

    Calor de Combusto: 4500 cal/kg

    100.000 * 4 500= 4 50.000.000 cal

    450.000.000 cal = 715 .000 litros

    630

    Portanto seriam necessrios perto de

    715 .000 litros de gua para a extino

    de tal incndio admitindo -se que toda a

    gua se vaporize.

    1.1.3.4 Mtodos de t ransmisso de calor

    Uma fonte de calor

    suficientemente forte uma das

    condies necessrias para a ocorrncia

    e a continuidade da combusto para os

    combustveis prximos , a fim de que o

    incndio possa avanar ou se propagar.

    Essa transferncia de calor pode ocorrer

    por conduo, radiao e conveco.

    a. Conduo

    a transferncia de calor por

    contato direto com a fonte aquecida d e

    calor. Quando uma substncia

    aquecida ela absorve calor e sua

    atividade molecular interna aumenta. O

    aumento da atividade molecular

    acompanhado de um aumento de

    temperatura. A capacidade de conduzir

    calor varia bastante entre diferentes

    substncias. Os materiais combustveis

    flores tais so maus condutores de calor,

    da a pequena importncia da conduo

    na propagao dos incndios florestais.

    b. Radiao

    a transferncia do calor pelo

    espao, por meio de ondas ou raios, em

    todas as direes, velocidade da luz.

    Radiao o nico meio de transferncia

    de calor que no requer uma substncia

    intermediria entre a fonte de calor e a

    substncia receptora, podendo

    processar -se inclusive no vcuo, como

    por exemplo o aquecimento da terra

    pelo sol.

    FIGURA 2 Ao da radiao.

    Autor : Sd. QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    19

    c. Conveco

    a transferncia de calor por

    meio do movimento circular ascendente

    de massas de ar aquecidas. O ar

    aquecido diminui sua d ensidade,

    tornando -se mais leve e tendendo a

    subir. Segundo o princpio da conveco,

    o fogo pode criar condies de

    turbulncia aspirando oxignio pelos

    lados e lanando para cima o ar

    aquecido. Esse processo responsvel

    pelo b arulho que se ouve em grandes

    incndios que se movimentam

    rapidamente.

    FIGURA 3 Ao da conveco.

    Autor : Sd QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

    Todos os trs mtodos de

    transferncia de calor conduo,

    radiao e conveco - geralmente esto

    atuando simultaneamente em um

    incndio florestal. No entanto o grau de

    importncia de cada mtodo varia de

    acordo com a situao. No incio de um

    incndio, o calor de uma fagulha pode

    ser transferido para o combustvel por

    qualquer um dos mtodos, ou por uma

    combinao dos mesmos. Ocorrida a

    ignio, o calor de qualquer um dos

    combustveis deve ser transferido para o

    interior das peas individuais de

    combust vel (pedaos de madeira) por

    conduo para que a combusto

    continue. Para que o fogo se propague,

    o calor deve ser transferido para o

    combustvel que ainda no queimou e

    essa transferncia feita principalmente

    por radiao ou conveco. Se no

    existe ven to e o terreno plano, a

    coluna de conveco praticamente

    vertical. Nesse caso a transferncia de

    calor para o combustvel frente do

    fogo insignificante e a radiao torna -

    se o mais importante mtodo de

    transmisso do calor que sustenta a

    combusto. A presena de vento e uma

    topografia acidentada favorecem o

    movimento convectivo e ento a

    conveco passa a ser o processo

    dominante na propagao,

    principalmente dos grandes incndios.

    d. Deslocamento de corpos i nflamados

    O combustvel florestal ao

    queimar pode lanar frente da linha de

    fogo , fagulhas ou material florestal em

    brasa. Tal fenmeno ocorre

    principalmente em funo da ao do

    vento. Regies de extensas florestas,

    reflorestamentos e campos so mais

    suscetveis a tais fenmenos.

    FIGURA 4 Deslocamento de corpos .

    Autor : Sd QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    20

    Devemos considerar ainda que o

    incndio florestal quando assume

    propores maiores cria condies

    prprias, principalmente correntes de ar

    em funo da conveco. Ex: fagulhas,

    quedas de rvores e animais se

    deslocando pela floresta com o pelo em

    chamas.

    e. Correntes ou descargas eltricas

    Ocorrem principalmente devido a

    incidncia de raios. J foram registrados

    casos no Estado do Paran de incndios

    florestais que tiveram orig em em funo

    de descargas atmosfricas. Outro ponto

    que se deve considerar so as torres de

    alta tenso, pois pode haver

    rompimento de cabos energizados que

    ao cair na vegetao podem dar incio

    aos incndios.

    1.1.4 Temperatura

    A idia sobre a temperatura tem

    sua origem na sensao que nos diz que

    um corpo est frio ou quente. Todos os

    corpos combustveis para entrarem em

    combusto, necessitam atingir

    determinadas temperaturas:

    1.1.4.1 Ponto de fulgor

    a temperatura mnima na qual

    os corpos combustveis comeam a

    desprender vapores que se incendeiam

    em contato com uma fonte externa de

    calor, entretanto a combusto no se

    mantm, devido a insuficincia na

    quantidade de vapores emanados dos

    combustveis.

    1.1.4.2 Ponto de c ombusto

    a temperatura mnima na qual

    os gases desprendidos dos corpos

    combustveis, ao entrar em contato com

    a fonte externa de calor, entram em

    combusto e continuam a queimar.

    1.1.4.3 Ponto de i gnio

    a temperatura mnima na qual

    os gases desprendidos dos corpos

    combustveis entram em combusto,

    apenas pelo contato com oxignio do ar,

    independente de qualquer fonte de calor

    externa.

    1.1. 5 Tetraedro do Fogo

    O fenmeno qumico da

    Combusto uma reao que se

    processa em cadeia, que aps a partida

    inicial, mantida pelo calor produzido

    durante o processamento da reao.

    Assim , na combusto do Carbono para

    formao do CO2, temos a seguinte

    reao.

    C + 02

    CO2

    + 92,2 Kcal/Mol

    A cadeia de reaes formada

    durante a combusto propicia a

    formao de produtos intermedirios

    instv eis, principalmente radicais livres

    prontos para combinar -se com outros

    elementos, dando origem a novos

    radicais ou finalmen te a corpos estveis.

    Portanto , na rea de combusto sempre

    teremos a presena de radicais livres.

    A estes radicais livres cabe a

    responsabilidade da trans ferncia de

    energia necessria transformao da

    energia qumica em calorfica,

    decompondo as molculas ainda

    intactas e desta maneira provocando a

    propagao do fogo em uma cadeia de

    reao.

    Exemplif icaremos abaixo, a

    combusto do Hidrognio no ar:

    2H2

    +O2

    +En. 4H(Rad)+2O(Rad)

    Duas molculas de Hidrognio,

    reagem com uma molcula de oxignio

    ativadas por uma fonte de energia

    trmica e produz quatro molculas

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    21

    radicais ativos de H e dois radicais ativos

    de O. Cada radical de H combina -se com

    uma molcula de O produzindo um

    radical ativo de hi droxila (OH) , mais um

    radical ativo de O:

    H(Rad)+O2 OH(Rad)+O(Rad)

    Cada radical ativo de O reage com

    uma molcula de H produzindo outro

    radical ativo de hidroxila mais um

    radical ativo de hidrognio.

    O(Rad)+H2 OH(Rad)+H(Rad)

    Cada radical ativo de hidroxila

    reage com uma molcula de H

    produzindo o produto final estvel

    (gua) e mais um radical ativo de

    hidrognio.

    OH (Rad) + H2 H2O + H

    FIGURA 5 Tetraedro do fogo.

    FONTE: Manual de combate a incndios Corpo de

    Bombeiros da PMPR/CEI.

    Assim sucessivamente se forma a

    cadeia de combusto produzindo sua

    prpria energia de ativao (calor)

    enquanto houve r suprimento de

    combustvel (hidrognio).

    Como consequ ncia do a cima

    exposto, aparece mais um elemento

    essencial do fogo: a REAO EM

    CADEIA .

    A figura 5, representa o estudo

    da combusto como um quadrado (ou

    tetraedro), tendo em sua base o

    combustvel, em suas laterais o

    Comburente (Oxignio) e o Calor (Fonte

    de Ig nio) e n a aresta superior a Reao

    em cadeia.

    1.2 ESTUDO GERAL DA COMBUSTO

    A combusto uma reao

    qumica muito frequ ente na natureza .

    um processo que se realiza sob

    temperatura elevada (temperatura de

    ignio), entre o comburente (oxignio

    do ar) e os tomos, principalmente de

    carbono e hidrognio de certas

    substncias que pelo fato de se

    prestarem bem a esse processo, so

    chamados de combustveis.

    Pelo exposto, resumiremos

    diz endo que a combusto uma

    combina o acompanhada de calor e

    frequ entemente de luz.

    Assim sendo, o fenmeno

    combusto pode ser por exemplo: o fato

    de o carvo arder no ar ambiente, ou o

    tungstnio a rder em atmosfera de cloro,

    porm as combustes mais freq uentes e

    mais antigas conhecidas, so as

    oxidaes, ou seja, a reao do

    combustvel quando aquecido

    temperatura de ignio com o oxignio.

    1.2.1 Fases da Combusto

    Quando um combustvel

    submetido ao do calor, ocorre um

    aumento de temperatura que

    decorrente do movimento de acelerao

    das molculas do material. Com o

    acrscimo da quantidade de calor,

    algumas dessas molculas se

    desprendem e formam vapor ou gs, e

    se a quantidade de calor for suficiente, o

    vapor poder se transformar em

    chamas, i niciando -se o processo da

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    22

    combusto. No ambiente florestal

    observamos trs fases distintas:

    1.2.1.1 Pr-aquecimento

    Nesta fase , o material combustvel

    secado, aquecido e parcialmente

    destilado, porm no existem chamas. O

    aquecendo o combustvel at a

    temperatura de ignio,

    aproximadamente entre 260 e 400C

    para a maioria do material flor estal.

    1.2.1.2 Destilao ou Combusto dos

    Gases

    Os gases destilados do

    combustvel se acendem e se queimam,

    produzindo chamas e altas

    temperaturas, que podem atingir

    1250C ou um pouco mais. Nesse

    estgio do processo de combusto os

    gases esto queimand o, mas o

    combustvel propriamente dito ainda

    no est incandescente. Olhando -se

    atentamente um pedao de madeira que

    est queimando, por exemplo um

    fsforo aceso, observa -se que as chamas

    no esto ligadas diretamente

    superfcie da madeira, mas separadas

    dela por uma fina camada de vapor ou

    gs. Isto ocorre porque combustveis

    slidos no queimam diretamente ,

    necessitando primeiro serem

    decompostos ou pirolisados pela ao

    do calor, em vrios gases uns

    inflamveis e outros no.

    1.2.1.3 Incandescncia ou Consumo do

    Carvo

    Nesta fase o combustvel (carvo)

    consumido, restando apenas cinzas. O

    calor gerado intenso, mas

    praticamente no existem chamas nem

    fumaa. A quantidade de calor liberada

    nesta fase depende do tipo de

    combustvel mas de um modo geral

    pode -se dizer que 30 a 40% do calor de

    combusto da madeira est no seu

    contedo de carbono. Embora haja certa

    superposio entre elas, as tr s fases da

    combusto podem ser perfeitamente

    observadas em um incndio florestal. A

    primeira a zona na qu al folhas e

    gramneas se enrolam e se crestam, a

    medida que so pr -aquecidas, pelo

    calor das chamas que se aproximam. Em

    seguida vem a zona de combusto dos

    gases, onde se destacam as chamas.

    Aps a passagem das chamas

    vem a terceira e menos distinta das

    zonas, a do consumo de carvo.

    1.2.2 Classificao das Combustes

    1.2.2.1 Vivas

    So as que se processam com

    certa rapidez, produzindo calor e

    desenvolvimento de luz ou

    incandescncia.

    1.2.2.2 Lentas

    so combustes em que o

    desenvolvimento de calor pequeno e

    no se faz notar; por exemplo:

    combusto no interior do organismo dos

    seres organizados.

    1.2.2.3 Espontnea s

    Chama-se combusto espontnea

    o fato de alguns corpos terem como

    propriedade caracterstica, a

    possib ilidade de se combinarem com o

    oxignio do ar ou de outro portador

    (agentes oxidantes) com que estejam em

    contato, ocasionando uma reao

    exotr mica, isto , com desprendimento

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    23

    de calor, o qu e favorece sua combusto,

    sem o concurso de uma fonte externa de

    calor, centelha ou outra causa de

    incndio.

    A combusto espontnea, inicia -

    se normalmente por uma lenta reao

    qumica (oxidao) que gera algum calor

    e este processo vai se acelerando at

    tomar lugar uma rpida oxidao. Com

    exceo de alguns corpos sujeitos a uma

    rpida oxidao, o p rocesso de

    combusto espontnea lento e a

    ign io pode ocorrer aps dias ou

    mesmo semanas, durante os quais a

    temperatura se elevou lentamente. Pode

    ocorrer sem efeitos perigosos, desde

    que o calor gerado v se dissipando

    medida que for sendo produzido e desse

    modo no chega a atingir o ponto de

    ignio do corpo em que ocorrer.

    As condies abaixo favorecem

    um aquecimento perigoso de muitas

    substnci as, principalmente as sujeitas

    combusto espontnea.

    a. Presena da umidade

    Em certos casos, este fator,

    dentro de determinados limites, pode

    favorecer o aquecimento, como por

    exemplo o carvo de lenha.

    O carvo de lenha tambm

    sujeito combusto espontnea. O

    fabricado com lenha pes ada e em

    retortas mais sujeito do que aquele

    feito com madeira leve e em fornos. A

    combusto espontnea ocorre mais

    facilmente no carvo recente do que no

    velho, o material mais triturado oferece

    maior perigo.

    Este tipo de combusto tambm

    pode ocorrer em produtos vegetais

    sujeitos a fermentao por bactrias ou

    enzimas. Nesta hiptese o aquecimento

    dar -se- em do is ou mais estgios: o

    primeiro at 70 ou 80 C, provocado

    pela fermentao ou outra ao

    microbiana, pois, acima desta

    temperatura cessam todas as atividades

    vitais dos microorganismos e enzimas.

    O aumento de temperatura no segundo

    estgio atribudo a u ma oxidao

    qumica que faculta ao corpo alcanar

    seu ponto de ignio.

    A madeira quando sujeita a uma

    prolongada ao de temperatura no

    muito alta, pode queimar

    espontaneamente, devido a formao de

    carbono poroso ou carvo na superfcie

    exposta da mesm a.

    b. Pirlise

    A pirlise definida como sendo

    a decomposio qumica de uma

    substncia, pela ao do calor. Ela

    avana em trs estgios, como segue:

    Certos gases, inclusive o vapor

    decomposio da madeira (usada

    como exemplo). O componente

    combustvel destes gases aumenta

    durante os primeiros estgios da

    pirlise. Primeiro, a superfcie da

    madeira atacada. Com aumento da

    temperatura a reao se move mais

    a fundo na madeira.

    A evoluo gasosa continua e, se

    disponvel a mnima energia de

    ignio, os gases entram em ignio,

    quando o limite de inflamab ilidade

    mais baixo atingido. Na

    temperatura em que a ignio

    ocorre, o processo qumico geral se

    altera de endotrmico para

    exotrmico e a reao se torna auto

    sustentadora.

    Nesta temperatura de ignio, os

    gases liberados so, em primeiro

    lugar, muito ricos em CO2

    e vapor

    entar a chama por

    muito tempo. E ntretanto, o calor da

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    24

    chama inicia uma reao piroltica

    secundria em srie e ocorre a

    combusto em fulgor total (chama)

    na fase de destilao gasosa dos

    vapores.

    A evoluo do gs pode ser

    superfcie da madeira e excluir o ar,

    evitando -se assim, o retardamento da

    penetr ao de calor, consequentemente

    se retardado a efetivao da temperatura

    de ignio nas partes mais profundas da

    madeira. A medida que a temperatura

    aumenta, a superfcie chamuscada

    comea a fulgurar e o ar envolvente

    suporta a combusto.

    Quando se inicia a pirlise,

    devemos considerar se um equilbrio

    negativo de calor gerado ou no pela

    reao. Se o calor liberado

    concentrado e suficiente para manter o

    andamento da reao de oxidao, e se

    mais calor est sendo gerado do que

    aquele que se perde pel a con duo,

    conveco e radiao, ocorre um

    equilbrio de calor positivo . Se, no

    entanto, todo ou a maioria do calor

    gerado perdido (como sucede com um

    palito de fsforo em vento forte), ocorre

    um equilbrio de calor negativo e o fogo

    apaga -se.

    Ao mesmo tempo, uma condio

    (alimentao de retorno) pode existir.

    Feedback o uso de algum calor gerado

    para preparar a queima de pores

    vizinhas do material inflamvel,

    causando a pirlise daquele material. Se

    o processo de alimenta o neste sentido

    for inadequado, o fogo extingue -se.

    Somando -se ao calor gerado

    durante o processo da pirlise a

    concentrao do agente oxidante, outro

    fato que determina se a ignio se faz

    notar, e a combusto pode ou no

    ocorrer. Para a maioria dos materiais,

    parece haver um mnimo de

    concentrao de agentes oxidantes sob

    os quais a c ombusto no ocorrer.

    Excees: os combustveis slidos

    (nitratos de celulose) que contm

    oxignio em suas molculas

    constituintes. O oxignio nas molculas

    pode ser liberado pelo calor, embora o

    suprimento de ar seja mnimo ou

    inexistente.

    No necessrio haver presena

    de ar para que ocorra uma reao de

    pirlise. Exemplo disso o mnimo de ar

    presente na s fornalhas de cozimento,

    em que a madeira reduzida carvo

    vegetal e coque. Outro exemplo o

    tolueno aquecido em um recipiente

    ventilado que exposto ao fogo.

    Em resumo, a cincia de proteo

    contra o fogo fundamenta -se nos

    seguintes princpios:

    Um agente oxidante, um material

    combustvel e uma fonte energtica

    so essenciais combusto.

    O material combustvel deve ser

    aquecido sua temperatura de ignio

    antes de queimar.

    A combusto continuar at que :

    O material combust vel se extinga ou

    seja removido.

    A con centrao de agentes oxidantes

    seja reduzida abaixo da concentrao

    necessria a alimentar a combusto .

    O material combustvel seja resfriado

    abaix o de sua temperatura de ignio.

    Haja inibio de chamas,

    quimicamente .

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    25

    1.2. 3 Elementos Resultantes da

    Combusto

    1.2.3 .1 . Fumaa

    So partculas do material

    combustvel em suspenso, inflamados

    ou no (resduos da combusto)

    juntamente com outras substncias que

    podero ser: poeiras, cinzas, gases, etc.

    A cor da fumaa, ou seja, sua

    maior ou menor transparncia, serve de

    orientao prtica na identificao do

    material combustvel que est

    queimando.

    FIGURA 6 Fumaa resultante de I.F.

    FONTE: Acervo do Corpo de Bombeiros/PMPR.

    a. Identificao da Fumaa

    A capacidade de identificar rpida

    e apropriamente a fumaa, poder

    auxiliar o comandante da operao de

    combate a incndio a decidir que atitude

    tomar. Poderemos tratar com trs tipos

    de fumaa: Legitima, Falsa e Ilegtima.

    Fumaa Legtima : Tem autoriz a-

    o legal ou permiss o e esto sob

    controle. Elas v m de fontes tais como

    locomotivas, serrarias, ranchos, queima

    de detritos, operaes ou acampa -

    mentos, e devem ser frequ entemente

    registradas no mapa do incidente. Tais

    tipos de fumaa te m um padro definido

    quanto hora do dia em que aparecem,

    volume e cor da fumaa e durao do

    tempo em que permanecem visveis.

    Fumaa Falsa : Se faz passar por

    fumaa sob certas condies de luz ou

    de tempo atmosfrico , tais como

    despenhadeiros, roched os distantes,

    clareiras de mato ou arbustos, pequenas

    reas de mata seca, poeira de carros,

    elementos vivos e colunas de nevoeiro

    ou nuvens. As fumaas falsas devem ser

    assinaladas no mapa do incidente.

    Quando em dvida quanto a uma

    possvel fumaa falsa, assinale -a como

    Fumaa Ilegtima : Quaisquer

    fumaa s no autorizadas por Lei ou

    Permisso, ou quaisquer fogos sem

    controle. Assinale todas as fumaas

    b. Descrio da Fumaa

    A sua descrio de volume, tipo e

    cor da fumaa, ser uma indicao da

    grandeza, intensidade do fogo e do

    material em combusto.

    TIPO DESCRIO

    Fino Fumaa em pequena extenso .

    Pesada Fumaa em maior

    intensidade .

    Crescente Grande volume de fumaa

    erguendo -se vertical mente,

    pode ndo espalhar ou t er um

    efeito de agitao no alto .

    Vaga Fumaa que seguida por

    correntes de ar e d um

    grande efeito de

    propagao .

    Espalhada Fumaa distendida sobre

    grandes reas .

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    26

    A cor da fumaa indica o tipo de

    material em combusto:

    COR TIPO DO MATERIAL

    Branca Grama, ervas .

    Cinza

    Avermelhada

    Arbustos leves.

    Negra Arbustos pes ados,

    carvalho, toras resinosas .

    Amarela Geralmente pinho e

    ervas.

    FIGURA 7 Fumaa branca .

    FONTE: Acervo de Andr Vilas Boas.

    1.2. 3.2 Chama

    a parte visvel da combusto . A

    cor da chama muitas vezes poder

    indicar o material em combusto.

    FIGURA 8 Chama resultante de I.F.

    FONTE: Acervo de Major QOBM Edemilson de Barros

    No combate aos incndios

    florestais as equipes de ataque direto e

    ataque indireto utilizam a base das

    chamas como uma referncia de ataque

    ao fogo.

    1.2.3 .3 Gases

    Os gases produzidos pela reao

    do combustvel com comburente,

    dependem do corpo combustvel.

    a. Gs Carbnico (CO2

    )

    Por ocasio da combusto o

    carbono do combustvel combina -se com

    oxignio do ar na proporo de dois

    tomos de oxignio para um de

    carbono, dando como resultado o gs

    carbnico, que produto da combusto

    completa.

    b. Monxido de Carbono (CO)

    Em determinadas circunstncias,

    principalmente em ambientes

    confinados, quando a combusto se

    realiza em lugares com pouca

    ventilao, a quantidade de oxignio

    disponvel, embora suficiente para

    alimentar combusto, no para

    fornecer dois tomos para cada de

    carbono. A combusto se realiza com

    unio apenas de um tomo de oxignio

    para um de carbono, formando o

    monxido de carbono que um gs

    caracterstico das combustes

    incompletas.

    Neste caso, por no estarem

    satisfeitas todas as valncias do

    carbono, este instvel e vido por

    oxignio. Dada esta ltima

    parti cularidade, apresenta dois riscos

    que so particularmente de

    periculosidade extrema. explosivo e

    altamente txico. Se for respirado,

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    27

    mesmo em baixas concentraes, vai

    retirar o oxignio contido no sangue,

    levando o indivduo morte. Quando

    misturado co m ar atmosfrico em

    determinadas propores (12,5%) , forma

    uma mistura explosiva. comum a

    confuso que se faz entre o CO e o CO2

    .

    O CO2

    no txico, nem

    explosivo. um gs inerte, por isso no

    alimenta combusto e mesmo

    ut ilizado como agente extinto r. U m

    ambiente rico em CO altamente txico.

    1.3 INCNDIO

    Aps o estudo da combusto

    passaremos a estudar o incndio.

    Inicialmente, isso parecer uma

    redundncia, pois quem fala em

    incndio, geralmente fala de fogo. Em

    princpio, isso verdade, porm uma

    verdade que no resiste ao argumento

    de que o fogo foi primeiro elemento

    que o homem lanou mo para dar incio

    a sua evoluo como ser humano

    inteligente, mas tambm verdade ter

    sido ele um dos primeiros elementos a

    causar a destruio daquilo que ele

    produzia. Assim sendo, podemos definir

    incndio como toda e qualquer

    destruio ocasionada pelo fogo, de

    bens materiais, mveis e imveis, alm

    de danos fsicos ou morais aos seres

    humanos.

    Toda e qualquer destruio pelo fogo,

    que se processa fora do desejo e do

    controle do humano, com prejuzos

    considerveis e no previstos, tem a

    denominao de incndio.

    Consideramos incndios aqueles

    eventos que causem prejuzos e que

    fujam do controle humano. Por exemplo

    queima de combustveis em uma usina

    termo -eltrica no pode ser considerada

    como incndio, em contrapartida o fogo

    que destri um reflorestamento ,

    causando prejuzos morais e materiais

    considerado como incndio. Desta

    forma, chegamos a uma definio de

    incndio.

    INCNDIO TODA E QUALQUER

    DESTRUIO OCASIONADA PELO

    FOGO, QUE PROVOQUE DANOS

    MORAIS E MATERIAIS DE MONTA.

    INCNDIO FLORESTAL O TERMO

    USADO PARA DEFINIR UM FOGO

    INCONTROLADO QUE SE PROPAGA

    LIVREMENTE E CONSOME DIVERSOS

    TIPOS DE MATERIAL COMBUSTVEL

    EXISTENTES EM UMA FLORESTA.

    Apesar de no ser muito

    apropriado o termo incndio florestal

    muitas vezes generalizado para definir

    incndios em outros tipos de vegetao

    tais como: capoeiras, campos e

    pradarias.

    1.3.1 Causas de i ncndios

    Causa de incndio o conjunto

    de aes materiais, humanas e naturais

    que possam produzir ou transmitir o

    fogo, causando o incndi o. As causas de

    incndios te m a seguinte classificao:

    1.3 .1.1 Quanto origem

    a. Natural

    Independe da vontade ou ao do

    homem. Ex.: descargas atmosfricas

    (raios).

    b. Dolosa

    Caracteriza -se pela inteno e

    consumao do fato , constituindo o

    crime. Enquadram -se nesta classificao

    os incndios causados por incendirios.

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    28

    c. Culposa

    Ocorrem por imprudncia,

    impercia ou negligncia. Ex.: Incndio

    decorrente de uma queimada de lavoura

    ou queimada controlada.

    d. Acidental

    o fator que produz uma causa

    independente da vontade humana, sem

    haver culpa ou dolo.

    1.3 .1.2 Causas primrias de incndios

    a. Natureza Fsica

    Originados por um fenmeno

    fsico. Ex.: atrito, irradiao, conveco e

    conduo do calor.

    b. Natureza Qumica

    Originados por fenmeno

    qumico. Ex.: r eaes qumicas que

    liberem calor.

    c. Natureza Biolgica

    Originados por fenmenos

    biolgicos. So normalmente reaes

    onde intervm a ao de seres vivos

    inferior es, geralmente bactrias. Ex.:

    fermentao.

    1.3.1.3 Causas secundrias de incndios

    Caracterizam -se por corpos

    incendiados que podero produzir novos

    incndios.

    1.3.2. Classificao dos Incndios

    1.3 .2.1 Quanto s propores

    No Estado do Paran os incndios

    seguem a classificao preconizada pela

    1 Edio do Manual de Combate a

    Incndios Florestais, sendo:

    Princpios de Incndios ;

    Pequenos Incndios ;

    Mdios Incndios ;

    Grandes Incndios ;

    Incndios Extraordinrios .

    O professo r Ronaldo Viana

    Soares, em sua o bra Proteo Florestal

    2. Ed. 1971 A, estabeleceu uma diviso

    em classes de incndio, conforme a rea

    atingida em hectares (ha) :

    CLASSE A: < 1ha

    CLASSE B: 1-10 ha

    CLASSE C: 10-100 ha

    CLASSE D: 100-1000 ha

    CLASSE E: > 1000 ha

    1.3 .2.2 Quanto propagao

    Incndio com fogo rasteiro ;

    Incndio com fogo de copa ;

    Incndio com fogo total .

    1.3 .2.3 Quanto aos locais

    Terrenos particulares ;

    Plantaes ;

    Reservas Florestais ;

    Bosques ;

    Campos.

    A classificao mais adequada

    para definir os tipos de incndios se

    baseia no grau de envolvimento de cada

    estrato do combustvel florestal desde

    o solo mineral at o topo das rvores -

    no processo da combusto.

    Neste caso os incndios so

    classificados em subterrneos,

    superficiais e d e copa.

    a. Incndios subterrneos

    Os incndios subterrneos

    propagam -se pelas camadas de hmus

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    29

    ou turfa existentes sobre o solo mineral

    e abaixo do piso da floresta. Esses

    combustveis so de textura fina,

    relativamente compactados e isolados

    da atmosf era.

    Os incndios subterrneos

    ocorrem geralmente em florestas que

    apresentam grande acumulao de

    hmus e em reas alagadias, tais como

    brejos ou pntanos, que quando secas

    formam espessas camadas de turfa

    abaixo da superfcie.

    FIGURA 9 Incndio subterrneo.

    Autor : Sd QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

    Normalmente os incndios

    subterrneos so precedidos por

    incndios superficiais. Devido ao pouco

    oxignio disponvel na zona de

    combusto, nos incndios subterrneos

    o fogo se propaga lentamente, sem

    chamas e com pouca fumaa.

    A intensidade do calor e o poder

    de destruio destes incndios so

    bastante altos.

    b. Incndios Superficiais

    Os incndios superficiais

    propagam -se na superfcie do piso da

    floresta, queimando os restos vegetais

    no decompostos, tais como folhas e

    galhos cados, gramneas, arbust os,

    enfim , todo material combustvel at

    cerca de 1,8 0 metros de altura . Esses

    materiais, principalmente durante

    perodos de seca, so bastante

    inflamveis e por isto os incndios

    superficiais apresentam propagao

    relativamente rpida, abundncia de

    chama s e muito calor. Entretanto

    quando comparados com outros tipos,

    os incndios superficiais no so muito

    difceis de combater, a no ser em

    condies extremamente favorveis

    propagao dos mesmos.

    FIGURA 10 Incndio de superfcie

    Autor : Sd QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

    c. Incndios de copa

    Os incndios de copa

    caracterizam -se pela propagao do

    fogo pelas copas das rvores,

    independentemente do fogo superficial.

    Geralmente considera -se incndio de

    copa aquele que ocorre em combustveis

    acima de 1,80 metros de altura. Com

    exceo de casos excepcionais, como

    alguns incndios causados por raios,

    todos os incn dios de copa originam -se

    de incndios superficiais. Este o mais

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    30

    espetacular dos tipos de incndios

    florestais. Propaga -se rapidamente,

    liberando grande quantidade de calor e

    tornando o combate extremamente

    difcil.

    FIGURA 11 Incndio de copa

    Autor : Sd QPM 2-0 Antonio Marcos de Lima Andrade

    1.3 .3 Processos de Extino

    Quando estudamos o fogo,

    conclumos que a combusto ocorrer

    sempre, quando em propores

    convenientes, reunindo -se combustvel,

    comburente e ener gia para ignio. A

    recproca verdadeira. Sempre que

    eliminamos um ou mais dos fatores, o

    fogo se extinguir.

    1.3.3.1 Retirada do material c ombustvel

    Caracteriza -se este processo de

    extino pela retirada do material

    combustvel impedindo deste modo que

    o fogo continue. E ste proces so, embora

    econmico ideal (no requer qualquer

    tipo de agente extintor). Este processo

    muito utilizado no setor florestal por

    meio da construo de aceiros,

    geralmente aplicado em conjunto com

    outros processos.

    1.3.3.3 Resfriamento

    Este processo cons iste na reduo

    ou eliminao da energia produt ora da

    reao em cadeia (calor). B aixando a

    temperatura, no ocorrer a evoluo e

    a continuao do fogo , pois foi baixado

    o ponto de ignio do combustv el

    (absoro do calor).

    1.3.3.4 Abafamento

    Este processo consiste em

    impedir que o comburente, oxignio

    contido no ar atmosfrico, permanea

    em contato com o combustvel em

    porcentagens suficientes para a

    combusto. O oxignio do ar

    atmosfrico se encontra na proporo

    de 21% (vinte e um por cento), no

    entanto, o teor mnimo do oxignio para

    existi r combusto, gira em torno de 16 %

    (dezesseis por cento). Este processo

    largamente usado no combate a

    incndios florestai s, quer usando terra

    ou com abafadores.

    1.3.4 Agentes Extintores

    So substncias destin adas

    extino dos incndios, onde

    normalmente utiliza -se a gua, espuma,

    p qumico seco ou CO2

    .

    Nos incndios florestais so

    utilizados os seguintes agentes

    extintores:

    GUA

    AGENTES QUMICOS

    TERRA DO SOLO

    1.3.4.1 gua

    A gua o agente extintor mais

    usado na extino dos incndios devido

    a sua alta capacidade de absorver calor.

    Quando eficientemente aplicada, a gua

  • MANUAL DE PREVENO E COMBATE A INCNDIOS FLORESTAIS CB/PMPR

    31

    o meio mais econmico de se

    combater um incndio.

    No combate aos incndios

    florestais, o problema com o obter

    gua em quantidade suficiente e como

    us-la da maneira mais eficiente

    possvel. Em incndios superficiais de

    baixa ou mdia intensidade, quando as

    condies permitem o trabalho de

    bombeamento, a gua o meio mais

    rpido e prtico para extinguir o fogo.

    Em incndios superfic iais de

    maior intensidade, distantes de

    estradas , a aplicao da gua torna -se

    cara, somente podendo ser feita com o

    auxlio de mangueiras ou combate

    areo. Porm, mesmo quando existem

    limitaes e sem seu uso direto nos

    grandes incndios, a gua essencial na

    operao de rescaldo.

    Como a gua um elemento

    muito importante na extino do fogo,

    mas as vezes difcil de conseguir e

    transportar, ela deve ser usada com

    muito cuidado para se obter a maior

    eficincia possvel. O calor de

    combusto do material florestal cerca

    de 4000 kcal/kg, enquanto o calor

    latente de evaporao da gua cerca

    de 500 kcal/kg. Por isso a gua no

    deve ser aplicada diretamente sobre as

    chamas, onde o calor mais intenso,

    mas sim na base das chamas, com a

    finalidade de resfriar o material

    combustvel que ainda no est

    queimando.

    A capacidade de combate a

    incndios florestais com a utilizao da

    gua pode ser melhorada com a

    utilizao de aditivos que a tornam mais

    viscosa e com maiores propriedades d e

    aderncia ao combustvel, como

    veremos a seguir .

    1.3.4.2 Agentes qumicos

    A gua, como agente de extino

    do fogo, pode ser mais eficiente ainda

    com a adio de agentes qumicos que

    so substncias que reduzem a

    inflamabilidade da vegetao.

    Segundo POULAIN (1970), os

    retardantes qumicos melhoram as

    propriedades extintoras da gua por

    torn -la mais viscosa e aderente

    vegetao, por reduzir a evaporao da

    gua aplicada sobre a vegetao e por

    efeitos inibidores diretos sobre a

    combusto.

    O efeito dos agentes , entretanto ,

    independente da umidade, isto ,

    mesmo depois de seco o material

    combustvel tratado com os agentes

    qumicos continua com sua capacidade

    de inflamabilidade reduzida. Uma chuva

    removendo o retardante qumico,

    reduzindo ou mesmo eliminando seu

    efeito protetor.

    Os agentes qumicos mais

    utilizados so formados a base de

    fosfato diamnico, fosfato

    monoamnico, sulfato de amnia e

    borato de clcio e sdio.

    Alm dos agentes que se

    adicionam gua , existem tambm os

    retardantes em p (normalmente

    avermelhados) que so utilizados em

    alguns pases lanados de aeronaves

    com grande capacidade para transporte

    de carga.

    Tal agente em contato com o fogo

    gera reaes que inibem sua progresso

    pela diminui o da taxa de oxignio,

    causando at mesmo a extino

    completa dos incndios.

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    32

    1.3.4.3 Terra do Solo

    A terra do solo pode tambm ser

    utilizada como agente extintor em

    incndios florestais, sendo lanada na

    base das chamas. Desta forma ela age

    por abafamento e por resfriamento, pois

    contm umidade.

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    33

    02

    SEM EXCEES: SEGURANA EM PRIMEIRO LUGAR!

    FATORES DE PROPAGAO

    DE INCNDIOS FLORESTAIS

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    34

    2. FATORES DE PROPAGAO DE

    INCNDIOS FLORESTAIS

    O comportamento do fogo pode

    ser definido pel a maneira como o

    combustvel tem sua ignio, chamas se

    desenvolvem e incndios florestais se

    propagam e exib em outros fenmenos.

    A supresso de um incndio

    florestal est baseada na perfeita

    assimilao dos fatores que influenciam

    o comportamento do fogo, pois pode -se

    precisar quais os esforos e medidas a

    serem tomadas, quais os meios mais

    indicados para o eficiente combate de

    cada tipo de incndio, bem como pode -

    se prever os riscos que os combatentes

    vo encontrar e as formas de san -los.

    2.1 FATORES DO MEIO AMBIENTE

    FIGURA 12 Fatores de influncia dos

    incndios florestais .

    FONTE: Acervo do Corpo de Bombeiros/PMPR.

    As condies locais, influncias e

    modificaes externas determinam o

    comportamento dos incndios. Os trs

    componentes fundamentais que alteram

    o comportamento do fogo so:

    COMBUSTVEL

    CLIMA

    TOPOGRAFIA DO TERRENO

    Tais componentes interagindo

    entre si na ocorrncia de um incndio,

    determinam as caractersticas do

    comportamento do fogo em um dado

    momento.

    Observando os sete fatores

    listados abaixo dos combustveis, vemos

    que a umidade est em primeiro,

    justamente po r ser o fator determinante

    no combate de um incndio florestal.

    Abaixo do clima vemos a velocidade e

    direo do vento como os fatores

    crticos propagao dos incndios

    florestais. Topografia o mais constante

    dos fatores que fazem parte do meio

    ambiente do fogo. A inclinao do

    terreno o tpico significativo, pois

    pode causar profundos efeitos no

    comportamento do fogo.

    2.1.1 Combustveis

    Combustvel qualquer material

    orgnico vivo ou morto, no solo, abaixo

    do solo ou no ar, capaz de entrar em

    ignio e queimar. Combustveis so

    encontrados em uma infinita

    combinao de tipo, quantidade,

    tamanho, forma, posio e arranjo no

    ambiente florestal. O combustvel

    amplamente encontrado no ambiente

    florestal, desde grama esparsa e

    material morto conferas de grande

    densidade e d evido a sua composio

    complexa possu alto ndice de

    inflamabilidade.

    Os combustveis em sua essncia

    so constitudos pela vegetao

    predominante em uma determinada

    rea. O Estado do Paran c onta com

    apenas 2,5% da superfcie brasileira ,

    porm , detm em seu territrio a grande

    maioria das principais unidades

    fitogeogrficas que ocorrem no pas.

    Originalmente 83% de sua

    superfcie eram cobertos por florestas.

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    35

    Estas florestas pertencem a trs t ipos

    principais, cada um com suas

    peculiaridades estruturais e florsticas: a

    Floresta Ombrfila Densa (no Litoral e

    Serra do Mar), a Floresta Ombrfila

    Mista ou Floresta de Araucria (no

    leste e sul da Regio Planaltina) e a

    Floresta Estacional Semi -Decidual (no

    oeste e norte do Estado). Estes trs tipos

    de Florestas so legalmente

    reconhecidos, no Brasil, como

    Segundo Maack (1968 ), a

    vegetao nos 17% restantes da rea do

    Estado originalmente era compos ta por

    formaes no -florestais, entre estas

    esto os campos, encontrados nas

    regi es de Ponta Grossa e Guarapuava,

    os cerrados, encontrados em fragmento s

    como na regio de Jaguariaiva, a

    vegetao pioneira de influncia marinha