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SERIE TERRA E AGUA DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAgAO AGRONOMICA COMUNICACAO No.50 Levantamento de Pastagens e Solos de Chokwè J. Timberlake C. Jordao G. Serno 1986 Maputo, Mocambique

Levantamento de Pastagens e Solos de Chokwè · 5.2. Situacao 6. DISCUSSÏÖ E CONCLUSOES 6.1. Vegetacao e solos 6.2. Pastoreio 6.3. Recursos alimentares dentro da area irrigada 6.4

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  • SERIE TERRA E AGUA

    DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAgAO AGRONOMICA

    C O M U N I C A C A O No.50

    Levantamento de Pastagens e Solos

    de Chokwè

    J. Timberlake

    C. Jordao

    G. Serno

    1986 Maputo, Mocambique

  • ISRIC LIBRARY

    Wagemngen, Th» Netherlands

    "

    Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe i depository for endangered documents and to make the accrued i information available for consultation, following Fair Use ; Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the materials within the archives where the identification of the ' Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the ' originators. For questions please contact [email protected] indicating the item reference number concerned.

    3.2. Desericao das unidades de solo

    3.3. Algumas observaeóes sobre o desenvolvimento das planicies

    4. VEGETACio/PASTOS

    4.1. Metodologia

    4.2. Unidades de vegetacao

    5. PONTOS DE ABEBERAMENTO

    5.1. Metodologia

    5.2. Situacao

    6. DISCUSSÏÖ E CONCLUSOES

    6.1. Vegetacao e solos

    6.2. Pastoreio

    6.3. Recursos alimentares dentro da area irrigada

    6.4. Pontos de abeberamento

    6.5. Producao pecuaria

    7. RECOMEKDA96ES

    REFERENCIAS

    ANEXO 1. Descricao das unidades de solos identificadas

    ANEXO 2. Dados analfticbs das amostras de solos

    ANEXO 3. Pichas de registo do levantamento dos pontos de abebe-

    ramento

    MAPA 1. Mapa de solos, nfvel de reconhecimento. Distrito de Cho-

    kué, Provincia de Gaza. Escala 1:75 000.

    MAPA 2. Mapa dos tipos de pastagem e pontos de abeberamento

    no distrito de Chokué. Provincia de Gaza. Escala 1:75 000

    Indice

    1. INTRODÜCAO

    2. AREA DE ESTUDO

    3. SOLOS

    3.1. Metodologia

    /5

  • - ii -

    AGRADECTMENTOS

    Agradece-se a JoSo Mos ca (Director, Gabinete de Coordenac,ao

    das Empresas Agrarias do Chokué), Naia Braganqa (Director-Adjunto,

    GCEAC - Pecaaria), Francisco Alberto (Director, Gapecom Chokué*) e

    Fernando Sambo (Director, Estaqao Agraria Guija') pelo apoio pres-

    tado. Mario Rui Marques, Mario Calane da Silva, Estevao Chacha

    (INIA, Maputo), J. Cumaió (D.D.A., Chokué') e E. Massinguite (Gape.

    com, Chokué) assistiram no trabalho de campo.

  • - iïi -

    STJHgRIO

    Este trabalho de reconhecimento de pastagens e solos cobre

    1830 km do Dis tri to do Chokué* no Snl da Provincia de Gaza. A area

    tem -om grande efectivo pecuario, urn extenso sistema de regadio e

    um sector de agricultura familiar cada vez mais intensivo. 0 gado

    tem um papel nruito importante na economia rural da regiao princi-

    palmente através dos animais de traccao para as lavouras, 0 traba-

    lho tinha como objectivo o reconhecimento preliminar dos recursos

    naturais disponfveis para producao animal (vegetacao/pastagens, so

    los, pontos de abeberamento da época seca) de forma a facilitar o

    planeamento do aso da terra e recomendar varias medidas que devem

    ser tomadas para o meihor uso dos recursos ezistentes.

    0 reconhecimento foi realizado com base em fotografia aérea

    e levantamentos de vegetacao/pastagens e solos , o que permitiu a

    definicao e desericao de unidades e a sua mapificacao. Os pontos

    de abeberamanto foram identificados através da fotografia aér&a e

    posteriormente visitados para registo de maiores detalhes.Foram i-

    dentificadas 4 unidades de vegetacao/pastagens, 12 unidades de so-

    lo e 70 pontos de abeberamento semi-permanentes.

    A conclusao mais importante é que os recursos das pastagens

    na area de estudo, sao suficientes para suportar o efectivo pecué>

    rio ezistente mas que actualmente o gado esti excessivamente con- .

    centrado no perlmetro do regadio, Isto conduz a sobrepastoreio lo-

    calizado e a perdas de animais por fome durante a estacao seca.Con

    tudo hé areas extensas presentemehte nao utilizadas e com boas pas

    tagens. ïïma meihor distribuicao dos pontos de abeberamento na esta

    cao seca permitiria o uso destas étreas e de dreas mais distantes e

    reduziria as perdas. 0 sistema de regadio produz uma grande quanti

    dade de resfduo8 agricolas prdprios para alimentacao animal que po

    deriam ser meihor utilizados. A intensificacao da agricultttra e a

    importancia cada vez maior da traccao animal requer um maior deta-

    lhe no planeamento do uso da terra, maior assistencia a producao

    pecua'ria do sector familiar e certa intensificacao desta producao.

  • 1. INTRODUCAO

    i

    O distrito do Chokué' é essencialmente agrfcola9 conhecido eg,

    «o o celeiro de Maputo, Possui o maior sistema de regadio do Pais,

    o Sistema de Regadio Eduardo MondlaneJ a cultura principal é o ar-

    roz e nas areas fora da influência do regadio encontram-se exten-

    sas areas de pastagem e uma agricultura muit o afectada pela baixa

    e variaVel pluviosidade caracterfstica da regiao. 0 Chokué teve

    sempre uma grande densidade populacional e urn consideravel efecti-

    vo pecuario, mas nos ïiltimos anos estes numeros aumentaram devido

    a situaqao de guerra nos distri tos vizinhos. Em 1985» aptfs a reor-

    ganizacaó da estrutura'agraria da regiao, o Complexo Agró-Industri

    al do Limpopo da" lugar a varias empresas agrfcolas e pecuarias que

    operam dentro do sistema do regadio e jcerca de 9000 ha de area ir-

    rigada foram distribufdos ao sector familiar resultando destas

    transfoxmacoes uma pxoduc,ao agrfcola mais intensiva no distrito.

    Grande parte das 21 555 famflias do distrito, (Snijders &

    Touber 1984) esta" envolvida na agricultura, sendo que 13 000 tem

    machamba no sistema de regadio. As principais culturas do sector

    familiar no sistema de regadio sao, (i) milho na estacao quente se.

    guido de milho na estacao fria, (ii) arroz na estaqao quente segu^.

    do de milho na estacao fria e, (iii) arroz na estacao quente se-

    guido de pousio. S

  • -3

    truic,ao de culturas pelo gado e a destruiqao das margens dos ca-

    nais de irrigacao quando o gado vem beber. A principal causa des-

    te s problemas é a excessiva concentracao de gado em certas areas

    devido aos seguintes factores:

    a) em anos recentes a situagao de inseguranc.a das popula-

    cSes dos distritos vizinhos levou ao movlmento do gado

    para o distrito do Chokué.

    b) receio de pastorear o gado em areas menos povoadas e a

    alguma distancia das aldeias devido a roubos de gado.

    o) ma" localizaqao das aldeias comunais que, muitas vezes,

    tem mais gado do que a area a volta pode suportar.

    d) fraoa distribuiqa'o dos pontos de abeberamento o que leva

    o gado a caminhar longas distancias entre a area de pas-

    tore io, o ponto de abeberamento e o curral para pernoi-

    ta.

    0 numero total de bovinos do distrito apresenta-se nos qua-

    dros 1 e 2 ppdendo observar-se a importancla do efectivo no sector

    familiar. 0 quadro 3 mostra o aumento de gado bovino desde 1967.

    A actual carga animal do distrito é 4»9 ha/cabeca (ou aproximada-

    mente 6,8 ha/ü.A. ') usando os numeros do arrolamento de 1986, con.

    tudo 4 provavel que haja mais gado devido è, migracao de areas inse.

    guras como Magude, Massingir, Guijd e Chieualacuala. A distribui-

    cao de gado dentro do distrito nSo é homogénea, estando os animale

    concentrados è, volta das aldeias,

    Devido a importancia do gado para os camponeses do Chokué,

    aos problemas pecuarios da area, ao aumento da intensificacao do

    'ïïnidade Animal (ü.A.) = urn animal adultp de 450 kg, que corres.

    ponde aprozimadamente a 1,4 cabecas numa manada normal.

  • - 4 -

    uso da :erra e consequentemente a necessidade de um meihor e msis

    racionaL uso dos recursos alimentares para alimentac,ao aniaal9 o

    Departamento de Avaliaoao dos Recursos Terra e £gua do IKIA0 ini~

    ciou um reconhecimento da maior parte do distrido oom o objectivo

    de obter um mapa do potencial das pastagens e solos e da disponi»

    bilidade de égua para pecuaria, Os trabalhos foram realizados com

    o apoio do Gabinete de Coordenacao das Empresas Agrarias do Choku®%

    Gapécom (Empresa de comercializacao de gado e peles) e Direcqao

    Distrital de Agricultura, consistindo num reconhecimento da vege-

    tacgao e dos solos e num reconhecimento dos pontos de abeberamento0

    A metodologla e resultados de cada um dos reconhecimentos apresen,

    tam-se nas secc,5es4 , 5 e 5 respectivamente e nos mapas 1 e 2» Os

    resultados sao disoutidos na secc,ao 6S com base na actual situagao

    pecuariaa nas possibllldades ezlstentes para a melhorar, apresentagx,

    do-se, por fim, v£rias recomendacoes.

  • - 5 -

    Quadro 1 . Efectivo de bovinos, no distrî to de Chokué,

    por tanque carracicida e Aldeia Comunal, 1986

    LOCALIDADE BOIS VACAS VITEL. REST. TOTAL

    T # C . BOMBOFO (MALAU) l) A.C. Nuachicoluane A.C. Changulene A.C. Mauene A.C. Duvane A.C. Lionde

    1531 387 484 384 77

    2633 576 655 1096 128

    1670 229 263 375 59

    2385 501 630 921 151

    8219 1693 2032 2776 415

    SUB TOTAL T . C . CUMBA A.C. Cumba

    2863

    610

    5088

    851

    2596

    412

    4588

    891

    15135

    2764

    T'. C . ESTIVANE A.C. Ma ehua* A.C. Kachinho* A.C. 25 de Setembro* A.C. Chate * 50X A.C. Manjangue A.C. Maluluane

    554 624 248 372 229

    354 1523 258 677 449 158

    255 486 126 282 267 50

    759 893 266 618 390 110

    1922 3526 898 1949 1335 318

    SUB TOTAL 2027 3419 1466 3036 9948

    H . € . CHOKWE

    Cidade de Chokue (incl. Instituitóes) A.C. Kachel A.C. Matuba A.C. Muzumuia

    232 193 269 131

    437 420 536 251

    224 165 214 97

    429 438 648 335

    1322 1216 1667 814

    SUB TOTAL 825 1644 700 1850 5019

    Manjecuane (corredor) T # C . CHALUCUANE

    154 309 163 308 934

    A.C. Chalucuane* A.C. Zuza*

    215 500

    390 347

    179 200

    418 340

    . 1202 1387

    SUB TOTAL 715 737 379 758 2589

    3T# C # INCHOBANE

    A.C. Inchobane/Malhazine A.C. Chiguidela A.C. 1Q de Maio A.C. Hacunene

    168 74 89 75

    483 134 117 122

    180 53 65 42

    424 201 210 141

    1255 462 481 380

    SUB TOTAL 567 1171 462 1373 3573

    T, C . MUIANGA

    A.C. Muianga A.C. Massavasse A.C. Chilembene

    268 38 293

    374 75 709

    175 19

    274

    414 94 721

    1231 226 1997

    SUB TOTAL T . C . CHAQUELANE (MAZIVILA)

    599 1158 468 1229 3454

    A.C. Mazivila A.C. Ngonzo

    252 562

    552 1405

    161 560

    544 1239

    1509 3766

    SUB TOTAL 819 1957 721 1778 5275

    Gado de Corte E.E. (Carcavelos) Empresa de Leite, Guidiza E.Z. Mazimuchopes Medeiros - Bugo (privado)* SOX

    SUB TOTAL

    105

    105

    2109 255 699 158

    3221

    2410 157 270 50

    2887

    1548 188 854 110

    2700

    6067 600 1928 318 8913

    TOTAL 9284 19555 10254 18511 57604

    ïtmtés: Gapeeom, IREMA *Gada> fora da area de estudo "OTJ. C.= Tanque carracicida

  • - 6

    Quadro 2. Arrolamento de bovinos, Distrito do Chokué, 1986.

    os d>s os S.*Ï Sector touros bois Ya?ti v a c a s nov. nov. vit. vit. TOTAL

    Fontes: Gapecom, E. Z. de Mazimuchopes

    *0

    Quadro 5. Evolucao do efectivo bovino, Chokué, 1971 =1986(1)

    Ano de cabecas <

    1971 30960

    1976 37600

    1982 44226

    1983 46191

    1984 48907

    1985 48553

    1986 55676

    Sec. Pamiliar 3225 9179 - 16316 5943 6625 3581 3781 48650

    Sec. Estatal + Instituicóês 321 156 232 2849 974 1262 1447 1395 8636 S. Privado 10 158 37 63 28 22 318

    TOTAL 3556 9335 232 19323 6954 7950 5056 5198 57604

    (1) Excluindo E. Z. de Mazimuchopes

  • 7

    2. AREA DE ESTUDO

    O distrito do Chokué, na Jrovfncia de Gaza, s.itua-se a Sul

    do Rio Limpopo, a cerca de 100 km da sua foz, e cobre uma area de

    2 706 km2 (dados da DINAGECA).

    p A area de estudo de 1 830 km é parte deste distrito, esten

    dendo-se do Rio Limpopo a Este, ao Rio Mazimuchopes a Oeste, da

    estrada de Massingir a Norte a Planfcie Ngonzo e Lagoa Chinanga a

    Sul.

    Para além do Sistema de Regadio. Eduardo Mondlane (34 000 ha)

    a area de estudo inclui: a Empresa Estatal de Gado de Corte que

    compreende varios blocos, a maioria situados ao lado da linha f ér.

    rea para Magude, na parte central da area de estudo; a Empresa Eé,

    tatal de Leite, Guidiza, a Sudoeste de Nwachicoluane; o Centro Pe.

    cuario de Mapapa; a Estacao Zootécnica de Mazimuchopes ao longo

    do Rio Mazimuchopes a Sul; e urn cxiador privado na zona de Buco a

    Norte.

    0 clima é semi-drido seco, caracterizado por grandes varia-

    c3es na pluviosidade, no ano e entre os anos, por conseguinte uma

    agricultura de sequeiro sujeita a grandes riscos. A média pluvio-

    mtftrica anual é de 623 mm, principalmente entre Novembro e Marco

    (dados de 30 anos), e mostra um claro deelfnio de Sudoeste para

    Noroeste. A temperatura média anual é 23,6 C (mdzim^ 30,5 C, mf,

    nima 16,7 °C), nao ha* risco de geadas e a evapotransp ir acao poten,

    cial anual é de 1 413 mm.

    A geologia da area de estudo. é caracterizada por espessos

    deptfsitos sediment^rios marinhos do Pleistocénio, sendo esta con

    formaclo chamada "mananga". Estes sedimentos estao muitas vezes

    cobertos por dep(5sitos recentes coluviais e aluviais (Töuber &

    Noort 1985).

  • - 8 -

    Os depdsitos marinhos tem textura franco-arenosa com altos

    nfveis de areia grossa, e topograficamente encontram-se em é°

    reae relativamente altas e levemente onduladas, Mas extensas

    depressoes praticamente planas (planfcies) entre estes depdsi=

    tos marinhos encontra-se material coluvial mais recente ou depdsi,

    tos lacunares com textura de argilo-arenosa a argilosa.

    Ao longo do Rio Limpopo, nas curvas e meandros do rio, foram

    depositados sedimentos estratificados fluviais recentes. A distri

    buic,ao destes depdsitos fluviais ê tfpica, com diquès naturais

    mais ëlevados e depdsitos arenosos mais prdzimo do rio e depres»

    soes pantanosas de sedimentos argilosos mais afastadas.

    A Sudeste da area interior encontram-se dunas do Pleistocd-

    nio (Boletim Geoldgico 1963).

    A distribuicao dos tipos de solos ê fortemente influenciada

    pela geologia e geomorfologia da a"rea.

  • - 9. -

    3. SOLOS

    Pï.ra complementar o levantamento sobre a vegetacao, foi le-

    vado a ct.bo urn levantamento de solos a nfvel de reconheclmento da

    area de estudo. 0 objectivo era o de fornecer dados sobre as ca-

    racterfsl;icas e distribuicao dos principais tipos de solos da

    area. Is-;o foi por forma a estabelecer as posafveis relacSes en-

    tre os varios tlpos de solos e unidades de vegetacao e espeeies.

    :)evidb ao limitado; tempo disponfvel decidiu-se que oerla

    suficiente urn levantamento geral do tipo inventario com uma rede

    de baixa densldade de -observacoes de solo. 0 trabalho*de campo

    fol levado a cabo em estreita cooperacao com a equipe do levanta-

    mento da vegetac&o.

    3.1. Me-fodplQffia

    Tendo em vista os objectivos do estudo acima mencionado,

    foi decidido elaborar urn mapa de solos de reconheclmento fisio-

    gr&fico baseado na fotointerpretacao aérea e urn numero limitado

    de observacoes.

    A escala de 1:75.000 do mapa final de solos foi seleccio-

    nada na base de urn compromisso entre a vontade de apresentar os

    dados a uma escala de 1:50.000 com unidades do mapa claramente

    visfveis para os ut ent es; nao acostumados a leitura de mapas e a

    necessidade de apresentar o mapa a uma escala de pelo menos

    1:100.000 mas preferlvelmente a uma escala mais pequena de acordo

    com o rnlaero limitado de observacoes.

    Antes do infcio do trabalho de campo foi preparado urn ma-

    pa de fotointerpretacao, baseado em fotografias aéreas a escala

    de 1:40.000 tiradas em 1973» estando representadas neste mapa as

    principais unidades fisiogrdficas.

  • - 10 -

    Durante o perfodo de 16.9.86 a 22.9,86, foram feitas um to-

    tal de 89 observapöes de sondagens do solo atê uma profundidade

    de 1,20 m.

    As sondagens foram escolhidas em locais conslderados re-

    pre sentativos para as varias unidades fiaiogra'ficas e quanto mals

    possivel escolhidas perto das observapöes da vegetapao 1evadas a

    cabo anteriormente.

    Em todos os locais de observacao foram registadas as se-

    guintes caracteristicas:

    - fisiografia

    •• deolive

    - classe de drenagem

    - actual utilizapao da terra

    - textura do solo

    - cor do solo e mosqueamento

    - consistência do solo

    - presenpa de Ca CO.

    - conductividade eléctrlca (indicativa de salinidade)

    - profundidade do lenpol freitico

    Infèlizmente o medidor de CE funcionou mal aptfs um dia e

    portanto aSmente existem disponfveis um numero limitado de leitu-

    ras de CE,

    Foram recolhidas um total de 76 amostras de solos para ana>

    lises padrao no laboratório do INIA (para as analises - os métodos

    utilizados, ver Vesterhout e Bovee, 1985), Apc5s o trabalho de cam-

    po o mapa preliminar de fotointerpretapao foi ajustado e um mapa

    final foi preparado a uma escala de 1:73,000,

    Os limites dos solos representados no mapa de solos a es-

    cala 1:75.000 na area dó SIREM0 (Sistema de Regadio Eduardo Mon-

    dlane) e partes da legenda estao baseados no mapa de solos a es-

    cala 1:50,000 levado a cabo por Touber e Noort (1985). A legen-

    da deste mapa foi simplificada.

  • - 11 -

    Deve ser mencionado que a densidade de observapao do estu-

    do ê muito baixa e nao foi po8sivel delinear a extensao de

    algumas unldades com precisao (nomeadamente as unldades B1t E1 e E3).

    3.2. Descricao das unldades de solo

    A seguinte descricao das unidades de solo ê baseada nos

    dados colhidoa durante o trabalho de eampo em Setembro de 1986,

    mas devido as semelhanpas nas caracterlsticas dos solos e a inclu-

    sao da area do SIREMO no presente mapa, as unidades sao fundamen-

    talmente baseadas nas descrlcoes de solos conforme Touber e Noort

    (1985). As descripoes dos solos do terrapo sub recente fluvial do

    Rio Limpopo (unidades FL, Pm, Fp) sao completamente baseadas em

    Touber e Noort visto que esta area nao foi coberta no levantamen-

    to de Setembro de 1986. A de ser i pao completa das unidades carto-

    grafadas sao fornecidas no Anexo 1.0 Anexo 2 fornece os dados

    analfticos das amostras de solo recolhidas.

    Os solos na a*rea podem ser divididos em quatro grupos prin-

    cipais, baaeados na geologia-geomorfologia,

    Estes sao:

    - o s so los das dunas inter. iores (unidades D) - o s so lo s dos sedimentos marinhos do Ple i s toceno

    nas i r e a s e levadas , ^reas das terras a l t a s ( u n i -

    dades E)

    - o s s o l o s dos sedimento3 marinhos do Ple is toceno

    nas depressoes ou p lanfc i e s (unidades B)

    - os so los dos sedimentos f l u v i a i s recentes do

    Rio Limpopo (unidades F)

    3 . 2 . 1 . Os s o l o s das dunas lwtflrior«a

    Os s o l o s deste grupo consistem de so los profundos, are -

    nosos , excessivamente drenados >, muito l ige iraaente ondulados -

    a sudësté da drea de estudo ( unidades D1 e D2 ) .

    Es te s so lo s tem urn solo de superf fc ie pobremente desenvolv i -

    do de cor castanho - acizentado (10 YR 5/2) com uma espesaura de

  • - 12 -

    20-40 cm, sobrepondo-se a um subsolo cinzento claro (10YR 7/2).Estes

    solos tem uma fertilidade natural baixa e uma capacidade de reten-

    pao de agua baixa. Sao geralmente nao-salinos e nao-sddicos. 0 nf-

    vel do lencol de dgua esta! a uma profundidade de 10 m ou mais, mas

    na unidade D2, no sopé do declive, o lenpol de a"gua pode ser encon-

    trado localmente a uma profundidade aproximada de 1 m.

    3.2.2. Solos d?fl Ĥ jmftTitna marlnhos (unidades E1 - E3)

    0 segundo grupo de solos (unidades E1 - E3) encontra-se em

    dreaa; desenvolvidas em sediment os marinhos do Pleistoceno, quase

    planas a suavemente onduladas, também denominadas de terrapos

    marinhos. Estas unidades cobrem largas £reas especialmente nas

    partes situadas mais a Norte da a"rea de estudo.

    Os solos consistem de uma camada superior de areia ou areia

    franco , pobremente eatruturada , nao ca'lca'ria, de 30 - 40 cm de

    e spessura, com uma cor muito cinzento escuro a castanho eseuro

    (10 YR 3/1 - 3/3) sobrepondo-se a um subsolo de franco arenoso a

    fraaoo argilo arenoso.

    Este subsolo é muito duro e compaoto até uma profundidade

    de 60 - 80 cm, onde a compactacao é inferior e o solo geralmente

    torna-se calcario com frequentes concrepoes de Ca Co3 (1 - 2 cm ó),

    A compao£dade é geralmente relacionada com um elevado co n teil do de

    sódio.

    A cor da camada compactada é castanho acizentado escuro a

    castanho amarelado (10.YR 4/2 - 10 YR 4/4). A cor torna-se geral-

    mente distintamente castanho dliva'ceo claro (2,5 ï 5/3 - 5/6), a

    cor séndo mais clara com meihor dr^nagem, no subsolo profundo.

    0 limite;entre a camada arenosa superior e as camadas subjacentes

    mais pesadas 4 abrupto e limita a penetracao das rafzes as sim como

    a infiltrapao da £gua, originando £gua estagnada nas a"reas nivela-

    das .

  • - 13 -

    O horizonte superior arenoso pode atingir uma profundida-

    de até 80 cm, em alguns lugares no Sul da area de estudo, possi-

    velmente relacionado com a proximidade das dunas de areia. Esta

    camada arenosa tem uma baixa fertilidade natural e uma baixa ca-

    pacldade de retencao de £gua. Touber rëlata a presenpa de uma ca-

    mada eluyiada entre o horizonte a arenoso e o subsolo compactado.

    Este horizonte éluviado era menos visivel na area coberta durante

    o trabalho de campo em Setembro de 1986.

    0 subsolo é nao salino - moderadamente salino e é geralmen-

    te s

  • - 14 -

    3.2.3. Solos dos sedimentos marinhos. depressoes (unidades B1 - B4)

    0 terceiro grupo consiste de solos das baixas, .planas

    - quase planas "planfcies ou depressoes*'(unidades B1, B2, B3).

    Estes solos tem uma teztura argilosa - argila, e argilo arenosa,

    sao texturas dominantea nas unidades B1t B2 e B4 com texturas de

    franco argilo arenoso e franco arenoso dominantes na unidade B3.

    A unidade B3, representando uma fase inicial de desenvolvimento

    das depressoes, apresenta mais variacoes nas texturas tanto den-

    tro do perfil e na distribuicao espacial, oomparada com as unida=

    des B1 e B2.

    0 solo de superffcie de 20 - 30 cm de espessura das

    unidades B2,B3 e B4 tem uma cor fortemente cinzento escuro acastanho

    escuro (10 YB 3/1 - 3/3) e esta" subjacente a um subsolo mosqueado

    nao calcdrio cinzento escuro a cinzento (10 YR 4/1 - 5/1). A uma

    profundidade de * 100 - 120 cm encontra-se geralmente o caracte-

    riatico subsolo calcario castanho olivaoeo claro como nas unidades

    E1 - E3 apesar de com uma cor amarelada ligeiramente menos pro-

    nunciada devido a drenagem mais pobre.

    Os solos nas depressoes sao imperfeitamente a pobremente

    drenadoe e podem ser inundados durante vaxias semanas, possivel-

    mente meses, durante e ap

  • - 15 -

    O solo consiste de perfis argilosos um tanto ou quanto

    homogéneos, muito cinzento escuro a preto (10YR 3/1 - 2/1),

    geralmente nfio calca"rio, a uma profundidade de 100-200 cm sobre-

    pondo-se ao castanho oliviceo claro (2,5 Y 5/4)» franco argilo

    arenoso subsolo. Fodem ser por vezes encontradas a superffcie

    nódulos de Ca Co3, especialmente nos pequenos sulcos, caracteris-

    ticas dos microrelevos "gilgai". As depressoes do microrelevo 2 tem uma profundidade de 20 - 50 cm e uma superffcie de 2 - 30 m .

    Na parte mais. a Norte da unidade B1, que ê completamente fechada,

    foram observadas depressoes até uma profundidade de 2 m e até*

    100 m , sugerindo drenagem subterranea através do subsolo calcario.

    Estes solos: sao imperféitamente drenados, sao localmente

    moderadamente salinos no subsolo e sao sóMicos. Eles tem uma fer-

    til idade moderada - elevada mas sao deficientes em f

  • - 16 -

    3.3 • ftJiPflV"11-* observapoes sobre o desenvolvimento das pouco cro°

    fundas. amplas depressoes (planfcies) (unidades B)

    Com base na distribuipao geogr£fica e caracteristicas do

    perfil do solo supoe-se que urn desenvolvimento ocorre através da

    erosao progressiva do solo a partir das unidades E1 e E2 ( terra-

    pos; marinhos de terra e.levada) que s£o gradualmente desgastados atra-

    vés das fases de transipao formadas pelas unidades de depressao

    B3 e B4, as unidades de depressao B1 e B2 (depressoes B1 - B4 tam-

    b&n denominadas planfcieo) como a fase final. A erosao é provavel-

    mente acelerada pela presenpa de urn horizonte natrico rico em eó-

    dio em grande parte dos solos das terras altas do terrapo marinho

    (unidades E1 - E3). Este horizonte a uma profundidade de i 40 - 80

    cm tem uma baixa permeabilidade, deste modo originando facilmente

    saturapao dttrante fortes chuvas das camadas sobrejacentes que se

    tornam sujeitas a erosao. As partfculas do tipo argila em particu-

    lar, sao trans-oortadas para baixo e acumulam-se nas depressoes

    pouco profundas. As depressoes (unidades B1-B4) estao a um nivex

    ± , 1 — 2 metros abaixo do nivel dos solos das terras altas.

    Como se pode ver no mapa de solos na parte Norte da £rea

    de estudo, sao poucas as depressoes estreitas e principalmente

    com forma linear. Para Sul - Sudeste, elas aumentam gradualmente

    em tamanho e numero e nas partes mais a Sul elas ocupam grandes

    ireas com kilómetros de largura. Nao se sabe se esta diferenpa

    ê provocada pela preeipitapao mais elevada no Sul ou por um decli-

    ve global ligeiramente mais baixo originando acamulapao e enchimen-

    tp das depressoes: mais do que transporte de produtos de erosao.

    Uma permeabilidade ligeiramente mais baixa do subsolo natrico na

    parte mais a Sul da area de estudo devido a um contetfdo mais ele-

    vado de s

  • - 17 -

    4. VEGETAcfo/PASTOS

    O reconhecimento da vegetacao/pastos tinha como objectivo

    identificar e descrever as principais unidades de vegetacao da are.

    a de estudo, com particular ènfase no potencial pascfcola. Seguiu-

    -se a metodologia que o INIA usa para avaliacao de recursos natu-

    rais, compatfvel e complementar com o reconhecimento de solos. Co-

    mo a vegetacao natural da area do regadio foi destrufda e ha* ape-

    nas pequenas areas de pastoreio permanente, nao se faz nenhuma des.

    er i cao da vegetaqao dentro do sisterna de regadio.

    4*1. Metodologia

    Efectuaram-se observaqSes da vegetacao em 100 pontos diferen,

    tes considerados representativos dos varios tipos de vegetacao, se.

    leccionados atravé"s da fotograf ia aérea a escala 1:40 000, de 1973.

    As observacSes consistiam no registo de arvores, arbustos e gramf-

    neas presentes numa area de 0,3 ha e varios apontamentos sobre a

    sua contribuicjao no total da cobertura vegetal para além de obser-

    vacoes ecológicas sumarias. Evitaram-se areas cultlvadas ou seria-

    mente perturbadas. Nao se inclufram areas dentro do sistema de re-

    gadio. 0 trabalho de campo foi executado em Abril e Julho de 1986

    e durou duas semanas. E* de referir que algumas das zonas apresenta

    vam sé'rios efeitos do per f o do seco que se fez sentir bastante cedo.

    Os dados da vegetacao foram colocados numa matzê (espécie nu

    ma coluna, numero de observacao noutra) em micro-computador e as

    duas colunas rearranjadas, üsando-se urn programa desenvolvido pelo

    INIA, de modo que especies que tendem a estar associadas e observa,

    coes com composicao semelhante, sao colocadas em conjunto. Apds v

  • - 18 -

    •a-

    Por esta razao, através da fotografia aérea, areas de aluviao/co-

    luviao em planfcies (unidades cartogr£ficas de solos B2, B3) que

    aparentavam ter uma cobertura substancial de cLrvores ou arbustos,

    foram cxclufdas da vegetaca\3 tipo D (pastagem aberta) e incorpora,

    das na de tipo C ( savana de Acacia). As areas de chanate foram

    cartografadas usando apontamentos de campo uma vez que nao se fez

    o reconhecimento na drea com este tipo de vegetacao.

    As capacidades potenciais de carga animal foram calcuiadas

    usando o mapa de potencial de produtividade das pastagens e o mo-

    delo de Timberlake e Reddy (1986), Os varios pressupostos feitos

    na determinacao da capacidade de carga apresentam-se no quadro 4f

    bem como os valores calculados.

    4.2. Unidades de vegetac&o

    Determinaram-se 4 unidades principais de vegetacao corres-

    pondendo satisfatoriamente aos principais tipos de solos. A sua

    composicao botanica, os solos correspondentes e o uso da terra, e

    outras variantes descrevem-se a seguir. Apresentam-se também da-

    dos sobre a*rea total de cada unidade, sua adaptabilidade para pas,

    tagem e capacidade de carga animal.

    A0 BOSQ.ÏÏE ABERTO RIBEIRINHO

    Este tipo ê caracterizado por irvores grandes e numerosas de

    Ficus svcamorus. Trichilia emetica (mafurra), Acacia albida e

    Scierocarva caffra (canho). Encontra-se em solos aluviais ligei-

    ros, bem drenados (eutric Fluvisols), mas inclui alguns solos ar

    gilosos pesados caracterizados por Acacia albida e Parkinsonia acu-

    leata. A vegetacêlo herba'cea consiste principalmente de

    ürochloa mosambicensis. Panicum maximum e Cvnodon dactvlon. com

    Setarla incrassata e Ischaemun afrum nos solos argilosos pretos.

    Estas a"reas estao quase todas perturbadas sendo usadas pe-

    lo sector familiar como machambas de sequeiro9 devido a alta fer,

    ^ilidade do solo e f£cil cultivo.

  • - 19 -

    Este tipo de vegetacao tem uma capacidade de carga animal

    razoavelmente alta, estimada em 1,5 ha/cabe

  • - 20 -

    Este tipo de vegetacao cobre 22 690 ha e encontra-se prin-

    cipalmente a Sul do Hokué' e Mapapa e continua atë Mazivila e Ma-

    cia. Encontram-se manchas isoladas a Oeste de Mapapa e a volta de

    Carcavelos.

    C.-SAVANA OU BOSQÜE DE ACACIA

    0 tipo de vegetacao varia de savana a bosque , caracteriza.

    da por Acacia welwitschii (micaia) e/ou Euclea undulata. Pequenas

    arvores ou arbustos das espécies Acacia senegal. Ormocarpum tri-

    chocarpum.. Albizia petersiana. Euphorbia SP.. Albizia anthelmin-

    tica e Acacia nilotica. com Acacia xanthophloea. encontram-se tam

    bém nas areas mais hiimidas.

    Encontram-se frequentemente termit^rias com vegetacSo carac,

    terfstica constitufda por Azima tetracantha. Ca&aba termitaria.

    Capparis to.mentosa. Salvadora persica e Salvadora angustifolia.

    entre outras. 0 coberto herba"ceo ê caracterizado por:

    Dactvloctenium geminatum e Sporobolus nitens. com Themeda triandra.

    Nos solos leves encontra-se Bigitaria eriantha. nas areas mais

    perturbadas ïïrochloa mosambicensis e nas areas mais hümidas

    Eriochloa stapfiana e Panicum co1oratum. Em algumas £reas com

    Themeda abunda Eragrostis cf. rigidior.

    Este tipo de vegetacao é o mais comum na area de estudo e ê

    bastante variada. Algumas areas, p. e., imediatamente a Südoeste

    de Chokué" e na Estacao Zooté'cnica de Mazimuchopes, saó matas densas

    ou florestas com a prèdominancia de Acacia welwitschii e Acacia

    nilotica.. que ê devida provavelmente a invasad arbustiva.

    Euclea undulata , Acacia Senegal , Albizia petersiana. Euphor-

    bia sp. e Aloë spp. parecem particularmente associadas, possivel-

    mente devido aos altos nfveis de ccLlcio nos solos calcareos da ca

    mada superficial. Themeda encontra-se em areas mais abertas, nao

    ihunddVeis, nos limites das planfcies de pastagens.

    Na parte Noroesté da zona de èstudó (Buco) e ao longo do Rio

    M&zimuchopes até Cumba, encontram-se manchas de Colophospermum

  • 21

    mopane (chanate). Estas aVvores/arbustos quando ocorrem, aparecem

    em grandes formacoës e pensa-se que a sua distribuicao na area tem

    alguma relacao com os sedimentos argilo-arenosos do Pleistocénio

    (Carta Geoltfgica, 1963). 0 gado pode utilizar as folhas desta £rvp_

    re na estacao seca. i

    Os solos do tipo de vegetacto da savana de acicias sSo prin,

    clpalmente franco-arenosos (calcaric Cambisols, Sodic Planosols e

    eutrie Solonetz) e estao sujeitos a compactaqao superficial. Gramf_

    neas tais como Suorobolus nitens. Aristida barbicollis e

    Dactvloct̂ TiiyTn ga&minatum encontram-se normalmente nestas condi-

    coes de superffcies compacta'das, e tem uma producao relativamente

    baixa. Normalmente as queimadas nao sao problema. Os solos mais

    cultivados sao os das zonas mais altas, mais f£ceis de trabalhar,

    (muitas vezes identifieaVeis pela presenpa de Sclerocarya caffra).

    e os solos mais férteis e hifmidos nos limites das planfcies. Mui-

    tas £reas de cultivo mais antigo sao caracterizadas pela presenca

    da axvore/arbusto Lonchocarnus capassa e pela gramfnea ürochloa

    mosambicensis.

    A capacidade de carga animal deste extenso e variado tipo de

    vegetacao depende particularmente da densidade de aVvores e arbus-

    tos. As espécies de gramfneas presentes sao também um factor im-

    portante , Na savana de micaia estima-se em 3-6 ha/cabeca e

    nas ireas de arbustos densos 9 ha/cabeca. Nas areas com chanate

    calculou-se até 6 ha/cabeca.

    Este é o principal tipo de vegetacSLo a Oeste da estrada Ma-

    cia-Chokué', que esta" extensivamente intersectado por depressoes cp_

    bertas por gramfneas (vegetacao tipo D). A étrea. total foi calcula-

    da em 85 000 ha,

    D. PASTAGEM ABERTA

    Uma pastagem aberta, com escassas e ocasionais irvores ou arbus

    tos e estrato herbiceo de Echinochloa colona. Eriochloa stapfiana.

  • - 22 -

    Pan i r u m o.n 1 r>T»p-trnnTit Eragrostis cf. inamoena e Cyperus spp.. peque-

    nas a"rvores de A. nilotica e manchas de A. xanthophloea. Geralmen-

    te nao se encontram termitarias. As depressoes (planfcies) ficam

    inundadas durante algumas semanas a meses, e a composicao da pasta,

    gem reflecte a dimensao da inundacao. Nas areas inundadas durante

    mais tempo encontram-se Echinochloa e Cvperus e nas a'reas que rmn-

    ca sao inundadas Cvnodon dactylon e Digitaria eriantha. Nos solos

    argilosos encohtram-se Setaria incrassata e Ischaemum af rum. Algu.

    mas dreas locaiizadas dentro do regadio tem a camada superficial

    do solo salina, tais como a volta de Conhane e Lagoa C^inanga, ie

    sao caracterizadas por Sporobolus spicatus. S. ioclados e pela er—

    va suculenta Salicornia sp.

    Os solos variam de Vertissolos argilosos pretos a Cambisso-

    xos coin propricuöucS VcrviCoS,

    Este tipo de vegetacao ê a principal pastagem seja para o ga.

    do do sector comercial seja para o sector familiar. Durante parte

    da estacao das chuvas, as planfcies nao sao usadas para pastoreio

    devido a inundacao mas na estacao seca encontram-se grandes mana-

    das nas extensas planfcies tais como a de Ngonzo a Sul. A capacida,

    da de carga anima! é estimada a volta de 1 a 2 ha/cabeca em média,

    ao longo do ano, variando de 1 ha/cabeqa nas planfcies com solos

    mais humidos a 2 ha/cabeca nas encostas nao inundaVeis dominadas

    por Themeda. Estimou-se em 3 ha/cabeca nas dreas dominadas por

    Dactyloctenium. Uma vez que o pastoreio nao se faz durante certo

    periodo do ano, a capacidade de carga animal pode chegar a 0,6 ha/

    /cafeeca em média, durante 6 meses de uso.

    Certas éreas sao queimadas em alguns anos, quando se verifi-

    ca o aparecimento de espécies nao palataVeis para o gado. 0 sobre-

    pastoreio nao parece ser urn problema. A maioria dos pontos de abe-

    beramento estSo localizados neste tipo de vegetacêCo, embora algu-

    mas £reas extensas estejam ainda subutilizadas, na estacao seca,

    devido a distancia a que se encontra a agua.

    Esta vegetacao distribui-se de Korte a Sul mas predomina a Sule

    Provavelmente parte dos solos do regadio tinham esta vegetacao. A

    extensao actual é de 29 430 ha.

  • 23

    Quadro 4* Capacidade de carga animal caiculada por unidades de vegetacao

    Unidades Produtividade % de % de Consumo Ha/ Ha/cab. de prim£ria cobertura utili animal cabeca utiliza

    Vegetacao Kg MS/ha/ano de arvores e arbustos

    zacao 9

    Kg MS/ cabeca

    dos na area de

    (D (2) (3) estudo

    Bosque aberto ribeiri-nho 6000 10 50 2740 1,01 1.5 4000 10 50 2740 1,52 1.5

    Savana de folhas largas

    .arbustos esparsos 2200 20 50 2740 3,56

    .invasao arbustiva den- 6,0 sa 2200 40 50 2740 7,12 Savana de Acacia

    .arbustos esparsos 2500 20 50 2740 5,13

    .invasao arbustiva mé- =* dia 2500 *> 4 ° 50-

    2740 6,26 5,0 .invasao arbustiva den- *> 4 ° 5,0 sa 2500 50 50 2740 8,77 .Ghanate 2400 40 50 2500(4) 5,95 Paatagem aberta •

    «Themeda 5000 0 50 2740 1,83 .Dactyloctenium 2000 0 50 2740 2,74 .planfcie 6000 0 50 2740 0,91 1,0 .planfcie (6 meses de uso) 6000 0 40 1370 0,57

    (1) 75% de probabilidade, trabalho de Timberlake & Reddy 1986

    (2) Consumo de urn animal Landim de 350Kg para aumentos dé tOOgr de peso vlvo/dia

    (3) Cabeca = 1 animal adul-to de 350 Kg

    (4) 0 restante sao pas tos arbóreos ';

    < ' -,

  • - 24 -

    5. PONTOS DE ABEBERAMENTO

    A distribuicao e a capacidade dos pontos de abeberamento na

    estacao seca é urn importante factor na determinacao da distribui-

    cao do gado e utilizacfio das pastagens. Na area do Chokué o gado

    tem de viajar muitas vezes mais de 10 km por dia para ir beber e

    em mui tos locais pensa-se que a fraca distribuicao da £gua é urn fac.

    tor limitante para a producao pecu£ria.

    0 levantamento dos pontos de abeberamento existentes foi fei.

    to com o objèctivo de determinar e localizar a disponibilidade

    de £gua para o gado até ao firn da estacao seca, visto ser este o

    perfodo mais erftico do ano. Devido ao extenso e permanente siste-

    ma de canais de rega, e a natureza semi-permanente do Rio Limpopo,

    estes locais de abeberamento nao foram considerados em detalhe. Em

    bora o gado tenha tendència a beber apenas em alguns locais ao Ion,

    go do canal, pode-se considerar que o faz ao longo de toda a sua

    extensao.

    5.1. Metodologia

    Todos os pontos onde a £gua parecia acumular-se, fossem natu.

    rais ou construfdos, foram assinalados nas fotografias aéreas a es_

    cala 1:40 000 de 1973. Originalmente todos os 161 pontos identifi-

    cados seriam inspeccionados entre Setembro e Outubro de 1986, pre-

    enchendo-se a folha de inquérito (Anexo 3) para cada urn deles. Ve-

    rificpu-se ser excessivamente moroso e considerou-se ser desneces-

    s£rio. Atravé's de informacao recolhida localmente localizaram-se

    cerca dé 70 pontos, utilizados na estacao seca, Cainda com &gua nejs.

    ta altura do ano (excluindo os canais de rega e o prdprio Rio), In.

    formacao diversa do ponto de abeberamento, tipo, ano de construĉ So,

    utilizacao, erosao do solo, sobrepastoreio, proveniência do gado,

    ajreas do pastoreio, etc.,foi recolhida, onde possfvel, atravé's de

    informadores locais.

    Todos os pontos de abeberamento foram cartografados (Mapa 2)

    de acordo com a sua natureza (natural, construfdo, com £gua, sem

  • 25

    agua). Também foram assinalados neste mapa tanques carracicidas,

    corredores de vacinacao, furos e pocos.

    5.2. Sojjuac&o

    Excluindo os canais de rega e o Rio Limpopo, foram regista-

    do , na £rea de estudo, cerca de ?0 pontos de abeberamento da esta,

    cao seca. Através da fotografia aéré'a, notam-se outros 90 pontos,

    sem £gua na altura do levantamento, embora contendo £gua por algu-

    mas semanas ou meses aptfs a é*poca das chuvas. Os principais pontos

    de abeberamento apresentam-se no quadro 5 acompanhados de uma esti,

    mativa,baseada na distribuicao do efëctivo(quadro 1) ,dos animais

    que os utilizam.

    Apresentam-se seguidamente os 9 grupos em que se dividiram os

    pontos de abeberamento.

    A. LAGOS

    Existem 2 lagos na area em estudo, Lagoa Cocotiva e Lagoa Chi..

    nanga, associados com o Rio Limpopo e o Sistema de Regadio. Sao la-

    gos antigos deixados pela recessao do leito do rio e, presèntemente,

    a L. Chinanga reeebe bastante agua de drenagemtligeiramente salina,

    do regadio. Fora da area em estudo, para Sul, esta1 a L. Chu£li. As

    bordaduras destes lagos sao usadas pelo gado para abeberamento mas

    sem grande importancia estratégica jé. que estao pr

  • K^ de Ordem

    - 26 -

    Quadro 5. Principais pontos de abeberamento na estacao seca

    Localizacao Tipo/ Estimativa de Origem utilizacaa da £gua (n- de cabecas)

    Observacoes

    1

    2

    3

    4

    5 6

    7 8

    9

    10

    11

    12

    13

    Buco B/r

    L. Cocotiva L/r

    Manjangue E/g (c?)

    1- Bairro Chokué E/c

    Cumba R/r

    Duvane R/r

    Manjicuane/Chokué C/c

    Chauene(Manuel Ro

    drigues) B/p

    Titite/Nwachicoluane B/c

    Macaiene/ " B/p

    Plantacao/ " C/c

    E.Z. de Mazimuchopes R/r

    " C/c

    20 R. Limpopo/Chilembene R+c/rc

    B- barragem / r©pre sa L- lago E- excavacao da estrada R- ri© C- canal de rega p- poco

    350

    1400

    1800

    2500

    2800

    3000

    2000

    4000

    3000

    2000

    4000

    3000

    6000

    14 Coquavela "LM/c 6000

    15 Carcavelos C/c 4000

    16 Mawene/Mazivila EL/g 5000

    17 Mapapa EL/gc 3000

    18 Pukwine, Makanye P/g 600

    19 Lagoa Chinanga L/Cg 8000

    3000

    Barragem grande para rega e gado. Privada.

    Recessao do rio Limpopo.Area de machambas

    Consumo de pessoas e do gado

    Construfda para parar o uso do canal pelo gado. Tambem usada para lavagens.

    Lagoas semi-permanentes do rio

    Lagoas semi-permanentes do rio

    Dique ó.Margem em destiruicao

    Usada principalmente pela E. E Gado de Corte.

    Alimentada pelo canal. Também usada pela populacao.

    Com infrastruturas. Exclusiva-mente para a E.E. Gado de Cort

    Canal de drenagem.

    Lagoas semi-permanentes do rio

    Parte do canal de drenagem. lm portante para o sector familiar

    Descarga do canal de drenagem. Muita pastagem isrigada.

    Canaisde drenagem.Prinoipalaen-te para Ejs) de G. Corte e Le~it~ I Excava9ao transformada em lago" Também usada para pe.sca.

    Excavacao transformada em lagoJ Também'usada pela populacao.

    Po cos na baixa arenosa. Agua n a salina, elevada manualmente. |

    Grande lago natural formado pe-Ja recessao do rio Limpopo e • aguas de drenagem do Regadio. | Ligeiramente salina.

    Rio e canais de rega è. volta da bolsa de Chilembene.

    r- rio c- canal de rega p- planfcie g- cCgua subterranea

    I I I

  • •? 27

    O Rio Mazimuchopes, que constltuio iimite Oeste da area em e,s_

    tudo, nao é permanente mas, em aigumas partes do seu ieito, podem

    encontrar-se uma série de lagoas permanentes. Estas sao usadas quer

    pelas populacoes quer peio gado. Além disto, no tempo colonial, fo-

    ram construfdas v£rias represas, principalmente para rega. Presente,

    mente a utilizacao destas £guas permanentes é limitado por proble-

    mas de seguranca.

    C. CANAIS DE REGA

    Os canais sao a mais importante fonte de abeberamento do gado,

    directa ou indirectamente, na época seca.

    Existe urn extenso sistema de rega e drenagem ligado ao Rega-

    dio Eduardo Mondlane e Bolsa de Chilembene, partindo da Aldeia da

    Barragem até a Lagoa Chinanga e Nwachicoluane. 0 gado vai beber em

    muitos pontos ao longo dos canais, embora isto nao seja autorizado,

    destruindo aigumas vezes os taludes.

    0 canal principal, que liga a Lagoa Cocotiva a Lionde, é de

    grande importancia para o gado, constitufndo a unica fonte de £gu-

    a da zona. 0 canal de rega/drenagem em Guidiza e Carcavelos é a ü"-

    nica fonte de 4gua para o gado da Empresa de Leite e Gado de Corte.

    A extensa vala de drenagem que passa por Nwachicoluane é também

    muito importante para a Empresa de Gado de Corte e para o' sector

    familiar, além de beneficiar muitos hectares de pastagem natural

    "regada".

    Aigumas represas sSo alimentadas pelos canais de rega tais

    como as ao longo da linha férrea perto de Nwachicoluane e as da Es-

    tacao Zootécnica de Mazimuchopes. Perto do tanque carracicida de Ma,

    zivila passa uma pequena vala que também é usada pelo gado.

  • - 28

    D. PEQUENAS BARRAGENS

    Sao barragens de terra construfdas no estreitamento de uma

    planïcie de modo a armazenar agua para rega e para abeberamento de

    gado. As dimensoes variam desde 100 a 300 m de comprimento, e até

    5 m de altura. Apenas se verificaram 7 durante o levantamento, 3

    das quais no Rio Mazimuchopes. Uma das restantes 4 (Chiaque) é de-

    masiado pequena e apenas uma delas (Fanfafa) tinha agua. Uma das

    vantagens das barragens maiores é a de manter o solo, a montante,

    hümido durante todo o ano em varios hectares, produzindo pasto vi-

    coso e nutritivo. Na area inundada encontram-se plantas tais como

    Echinochloa pyramidalis (Capim de Limpopo) e Ipornoea aquatica. que

    constituent pastos nutritivos para bovinos e sufnos.

    E. REPRESAS

    Sao escavacoes relativamente pequenas, normalmente rectangula.

    res, com 30 a 100 m de lado e até 3 m de profundidade. Poram todas

    construfdas para reter aguas de escorrimento superficial, durante a

    época das chuvas, das planfcies onde estao situadas,. sendo utiliza-

    das pelo gado, e algumas pelo homem, durante a época seca. Observa-

    ram~se 40, na area em estudo, 14 das quais tinham agua, mas ,em ge-

    ral, apenas pequenas quantidades. A maioria parece ter sido constru

    fda nos anos 60 e princfpios dos anos 70 por criadores ou pelo pre-

    cursor do Regadio. Hoje muitas delas estao relativamente assoreadas

    (com até 1,3 m de depdsitos) nao conseguindo reter agua durante to-

    da a época seca, mesmo em anos de chuva normal. A capacidade média 3 3

    é, hoje, de 7 000 nr mas era, provavelmente, de 12 500 m , aquando da sua construcao. Devido a falta de Ĉgua nas aldeias vizinhas, a populacao local utiliza a cLgua de duas delas (Bonbofe e Majecuane)

    exclusivamente para beber, pelo que estao vedadas com arame farpa-

    do. Algumas represas estao rodeadas de pequenos canais de modo a

    aumentar a drea de captacao. 'A. volta das represas nao se verifica

    grande erosao do solo, mas, como o acessó do gado nao é controlado,

    a taxa de assoreamento e sta" a aumentar.

  • - 29 -

    F. ESCAVACOES PARA ATERRO DAS ESTRADAS

    A maioria teve a sua origem entre os anos 50 e 70 quando fo-

    ram construfdas as principais estradas (Macla - Chokué - Aldeia de

    Barragem - Massingir). Frequenteménte as escavacoes tinham 3 m e

    algumas em situacao tal que recolhiam as dguas super f iciais das

    eaüradas ou de uma outra maior zona de captacao. Devido è. area de

    captacao ser muito pequena, a maioria das escavacoes nao contem é.-

    gua na época seca, com excepcao das que se encontram na periferia

    do regadio pois que recebem £gua dos canais. De entre estas, as que

    se encontram perto do canal principal em Manjangue, 3~ Bairro, e ao

    longo da estrada de Chokué a Conhan ., e as opostas a Mapapa e perto

    de Mazivila, sao importantes pontos de abeberamento para o gado.

    Algumas pequenas escavacoes, feitas no vale de um pequeno rio

    a Es te de Mapapa para extracao de barro, contem pequenas quantida-

    des de £gua na época seca, mas a éLrea nao tem muito gado.

    G. FÏÏROS

    Os furos retiram 4gua de uma profundidade de 60-100 m, sendo

    geralmente levemente salina mas ainda tolerada pelo gado (Quadro 6).

    A maioria esta* associada a tanques carracicidas fornecendo £gua pa-

    ra banhos e abeberamento , mas quase todos estao inutilizados devi-

    do a assoreamento ou a falta de acess

  • - 30 -

    Quadro 6. Composicao da agua do furo do Centro de

    Pecu£ria de Mapapa, profundidade 85 m.

    meq/l mg/l

    CO, carbonatos

    HCO, bicarbonatos

    Cl cloretos

    SO. sulfatos 4

    SUB-TOTAL

    C£lcio

    Magnésio

    S

  • 32 -

    6.2. Pastoreio

    As planfcies de pastagem aberta sao as principais a'reas de

    pastoreio mas nao podem ser usadas intensivamente durante alguns me.

    ses, na época das chuvas, devido ao alagamento. Nesta época a quan.

    tidade de pasto da savana de acécias é suficiente para o razoavel

    crescimento e producao animal. As planfcies sao usadas mais inten-

    sivamente na Ipooa seca quando nao tem £gua.

    Os pas tos da a*rea em estudo sao "do ces" e geraimente de mui-

    to boa qualidade. A produtividade e capacidade de carga animal sSo

    boas. Na vegetacao do tipo savana de aca'cias encontram-sé mui tas

    espécies lenhosas dé folhas comestfveis, p.e. Acacia spp.. Grewia'

    spp.. Colophospermum mopane.oue apresentam potenciais para produ-

    cao de caprinos e fomecem uma reserva rica em pro te f na para o ga-

    do na época seca.

    Uma proporqao relativamente grande das pastagens disponfveis

    estao, presentemente, subutllizadas por varias razttes (i.e. seguran.

    ca, distancia do curral e £gua) e outras a'reas , perto de localida-

    des estao sobreutilizadas, algumas severamente. A utilizacao das

    pastagens na £rea em estudo nao é portanto uniforme, e n£o 4 consis.

    tente com a distribuicao dos recursos. A area total dos varios ti-

    po s de vegetacao, e as suas capacidades de carga estimadas, apresen,

    tam-se no quadro 7.

    Desta tabela pdde-se concluir que a maior unidade de vegetacao

    é a floresta ou savana de aca'cias (tipo C) mas a mais importante pa,

    ra o gado é a pastagem aberta (tipo D) que tem uma capacidade de

    carga potencial de 29 43>0 cabecas - mais de metade do total distri-

    tal.

    A capacidade de carga animal, por hectare,do bosque ribei-

    rinhov\(tipo A) foi- reduzida de 1,5 ha/cabeca para 3,0 ha/oabeca $&

    que grande parte des te tipo de unidade é usado em cultura. A £rea

    da savana da acacia disponfvel para o gado foi reduzida de 830 para 2

    755 km no ca'lculo da capacidade de carga animal des te tipo de vege,

    tacao jé. que £reas substanciais estao sob cultura tradicional de se

    q.ue3ro.

  • - 31 -

    6. DISCUSSAO E CONCLUSÖES

    6.1. Vegetacao e solos

    Este levantamento mos.tra uma estredta relacao entre a vegeta-

    cao, o tipo de solo e a drenagem. Os solos mal drenadps (solos B1 e

    B2 e par te de B3 e B4) apresentam uma pastagem aberta com poucas £r.

    vores ou arbustos, e as espécies de gramfneas presentes nas planf-

    cies dependem da duracao do alagamento. Por exemplo, Themeda trian-

    dra e Dactvloctenimn ffpig f •fta.frp nao ocorrem em zonas que sof ram ala-

    gamento por mals do que alguns dias. Os solos franco-arenosos (so-

    los E2 e E3 e par te s de E3 e B3) apresentam uma savana rde acécias

    a. qual parece estar multas vezes assoclada também a elevados nfveis

    de c£lcio nos solos. Solos arenosos profundos (D1 e D2) apresentam

    uma savana de arvores de folha larga.

    Os dados nao foram suficientes para subdividir os grupos de

    vegetacao embora fosse oitil para a savana de ac£cias (tlpo c) e pa-

    ra a pastagem aberta (tipo D) que cobrem a maior paxte da area e

    fornecem a maioria do pasto. A composicaó da pastagem aberta varia

    bastante influenciando a capacidade de carga animal e a época de

    pastoreip. A densidade de espécies lenhosas na savana de acdcias a-

    fecta. bastante a producao de pasto, e portanto a capacidade de car-

    ga, mas isto apenas seria possfvel de cartografar se houvesse foto-

    graf ias recentes da aVea (apenas ezistem para o Regadio).

    A vegetacao èm geral é determinada basicamente pela textura

    do solo (agua disponfvel para as piantas) e pela duracao do alaga-

    mento (Busceptibilidade de certas espécies ao alagamento e profun-

    didade de enraizamento). 0 efeito da fertilldade do solo ê menos de.

    terminante, embora o alto pH e o nfvel de salinidade, condicionem,

    sem düVida, a distribuiqao de certas piantas. Na drea em estudo nao

    se considera o clima como factor de diferenciacao.

  • - 33 -

    Quadro 7. Areas dos tipos de vegetacao e aatimativa da capacidade de carga animal

    Tipo dé"" Yegetacao

    Area

    Km2

    Capacidade de

    carga animal

    Capacidade Total

    1000 cabecas

    Bosque ribeirinho 61,0 3,0 (1) 2,03

    Savana de folhas 1argas 226,9 6,0 5,78 Savana de Acacia 849,9

    (754r9) (2) 5,0 15,10

    Pastagem aberta 294,3 1,0 29,43 Sisterna de fiegadio 370,7 - 15,70 (4)

    Floresta plantada t2,4 '- -

    Superffcies de a"gua 8,3 - -

    Areas urbanas 6,8 • —

    TOTAL 1830,3 « M 6.6,04

    (1) Assumindo que s

  • -34 -

    Os valores totais da capacidade de carga animal no quadro 7

    mostram que a area em estudo (excluindo a area do Regadio) pode com

    portar 50 340 cabecas, a média potencial de carga animal de 2,87 ha/

    /cabeca. 0 arrolamento do gado mostra que existem em todo o distri-

    to 57 604 cabecas, mas, se excluirmos o efectivo que se encontra fo.

    ra da area em estudo (Quadro 1), obtem-se um total de 47 500 cabe-

    cas. Isto é um pouco menos do que os valores estimados e também nao

    inclui a substancial area de pastagem, resfduos e subprodutos, dis-

    ponfveis na area do Regadio,

    As queimadas nao parecém ser um problema de maior.embora al-

    gumas planfcies^ejam queimadas na época seca. A humidade do solo

    assegura um r£pido recrescimento das gramfneas que o gado conside-

    ra muito palatavel.

    A invas&o arbustiva é um problema na savana de ac£cias poden-

    do ver-se exemplos entre Chokué e o Rio Coquene e na E. Z. Mazimucho.

    pes. A principal espécie é a Acacia welwitschii que pode reduzir a

    capacidade de carga de 50 a 70%. Devido ao seu tronco fino e baixas

    ramadas, a destronca manual para producao de carvao nao é muito a-

    tractiva. Nas areas com menor densidade arbustiva e com suficiente

    capim seco, a queimada poder4 resultar. sas zonas mais densas o

    corte mecanico ou processos qufmicos sao os ilnicos métodos possf-

    veis mas o custo ê elevado tendo em conta o retorno sob a forma de

    producao animal extra.

    6.3. Recursos alimentares dentro da area irrigada

    Os recursos forrageiros dentro da area do Regadio sao imensos,

    embora a sua quantificacao seja preliminar, e sao suficientes para

    suportar muitos animais especialmente durante a estacao seca. A uti,

    lizacao actualmente de palha de milho de Agosto a Outubro é intensi

    va mas,a utilizacao de palha de arroz é minima.Contudo o gado apro-

    veita e arroz e infestantes que nascem apds a colheita.

    Partindo de uma série de pressupostos pode-se calcular o nu-

    mero de animais que o Regadio pode comportar (Quadro 8). Note-se

    que muito gado vive quase exclusivamente do pastoreio e residuos ye.

    getais do Regadio» especialmente na estacao seca no Chokué, Matuba,

  • _ 3 5 -

    Muianga, Massavasse e Chilembene. Snijders & Touber sugerem que ape_

    nas sao utilizados 24000 ha,quer em regadio quer em sequeiro, do tp_

    tal de 37 000 ha do Sistema de Regadio. Isto significa que 13 000 ha

    nao sao utilizados o que parece ser um numero bastante elevado. Urn

    valor mais razoaVel parece ser de 5 000 ha, nos solos férteis, e

    2 000 ha, nos solos salinos (p.e. a volta de Cbnhane)-. Öa*lculos

    aproximadós (Quadro 8) sugerem que esta area pode suportar 3 400 ca_

    be^as. Existem ainda os resfduos agricolas ; dos 9 000 ha cultiva-

    dos pelo sector familiar, talvez 7 000 ha tenham pelo menos oma pro.

    ducao anual de miiho com um rendimento medio de 6 t/ha de palha

    (ILACO 1981). Considerando uma eficiencia de utiiizacao de 80%, esta

    palha ê suficieste para 12 300 cabecas de gado, com um nfvel medio

    de protefna bruta ao longo do ano de 6%. Na pr£tica, porque ha" mui-

    tos mais animais, a utiiizacao fica limitada a alguns meses. A palha

    de arroz nao é palatavel para o gado mas ap

  • - 36 -

    temperatura ambiente nas considera-se normalmente 40 l/dia/animal a,

    dulto.

    Como foi mencionado anteriormente, durante a estacao seca o

    Regadio ê a fonte mais importante de £gua para o gado, directa ou in.

    directamente. A £rea em estudo é caracterizada nao por falta de a"gu.a.

    mas por mi distribuicao dos pontos de abeberamento da estacao se-

    ca, a maioria dos quais concentrada numa zona e muitas vezes a con-

    sideraVel distancia das £reas de pastoreio.

    Na area entre o Rio Mazimuchopes e o canal principal de rega,

    da Aldèia de Barragem até Lionde, a situacao é particularmente gra-

    ve. Nao ha" font es de &gua para além do canal e de alguns lugares ao

    longo do Rio Mazimuchopes, a distancias de 13 e 26 km. 0 gado desta

    £rea bebe diariamente no canal do outro lado das aldeias, e retorne,

    atxarés das aldeias, para as étreas de pastagem, alguns quildmetros

    adiante, tendo portanto de percorrer consideraVel distancia diaria-

    mente, originando erosao dos solos e reduzindo o tempo de pastoreio.

    Devido ao sistema tradicional de pastar o gado durante o dia

    e ficar no curral a noite, na aldeia, agravado pelo receio dos ban.

    dos armados nas zonas interiores, o gado normalmente nao pastoreia

    a mais de 5 » 6 km das aldeias. Assim, algumas planfcies mais afas-

    tadas, tais como as associadas ao Rio Uantimbe atr£s do tanque car.

    racicida de Bombofe, estao relativamente subpastoreadas. Ironicamen.

    te sta fonte de pasto na época seca esta" disponfvel enquanto a pou-

    cos quilómetros o gado morre de f ome. Esta situacao agravóu-se re-

    centemente com a concentracao das aldeias comunais ao longo da perf_

    feria do Regadio.

    Nas £reas de maior potencial de pastagem, a Sul da linha fér-

    rea para Magude, as ilnicas fontes de £gua para o gado (além dos ca-

    nais) sao pequenas barragens e represas , oonstruidas ha" 15 ou

    30 anos atr£s, que tem recebido pouca manutencao nos liltimos anos

    (normalmente devem ser re-escavadas com certa periodicidade).

    rjv •

  • -37 -

    tempo consumidos em levar os anlmais ao cana], para abeberamento, e

    regresso, através da aldeia, para as pastagens distantes ser£ redu-=

    zido. A utilizacao regular destas pastagens, presentemente subutili.

    zadas, reduziria a inseguranca que, por vezes, a elas est4 associa-

    da.

    Dentro do Regadio estao disponfveis grandes quantidades de pa

    lha que, na sua maioria, sao queimadas. A palha de miiho é geralmen

    te bem utilizada pelos animais que sao conduzidos aos campos apds a

    colheita. A palha de arroz nao é particuiarmente palatavel nem nu-

    tritiva, para os bovinos, mas é barata e existem técnicas simples

    para o seu tratamento. Este aumenta a aceitacao por parte dos ani-

    mais, o consumo de Nitrogénio e aumenta a eficiència da digestao, A

    palatabilldade e o valor nutritivo da palha de miiho é aumentada pe.

    la adicao de uma leguminosa, p. e. consociando miiho com feijao.

    A regiao do Chokué tem eievado potencial para a producao de

    forragens contudo, os agricultores preferem produzir culturas ali-

    mentares para autoconsumo ou venda, em detrimento dos alimentos pa-

    ra o gado. Dado o presente baixo nfvel alimentar de'muitos bois de

    traccao, no inéio da época das lavouras, alguns dos agricultores

    mais evolufdos poderao vir a considerar vantajoso ter um pequeno

    campo de forragens, dentro do Regadio ou até fora dele, para meihor

    alimentarem os seus bois. Um trabalho realizado pelo INIA (Wood-

    House et al 1986) mostra que hé. viabilidade para a producao de

    Melilotus alba ap

  • — 3e—

    observar no i£ltimo semestre de 1986, o gado das E.E. Gado de Corte,

    Empresa de Leite e E.Z. de Mazimuchopes tiveram falta de alimentos

    num ano que foi particularmente seco. Algum deste gado utilizava

    pastagens do sector familiar provocando falta de alimentos para os

    animais deste sector. 2 possfvel que isto tenha enfraquecido este

    gado de modo a que nao tivessem energia suficiente para lavrar toda

    a area de culturas da época seguinte.

    Esta competiqao poderia ser redüzida se o sector comercial

    mantivesse cargas animais em proporcao com as areas de pastagens.

    Na E.E. de Gado de Corte as £reas estao particularmente sobrepasto-

    readas e a reducao do ntdnero de animais possibilitaria reduqao da

    taxa de mortalidade e uma maior produtividade por cabeca. Outra for.

    ma de reducao da competicao seria a de os sectores estatal e priva-

    do terem garantida a aquisiqao de forragens e/ou palha de arroz tra.

    tada. As Em pre sas Estatais tem acesso ficil a palha e a ureia e sao

    capazes de manejar este tipo de alimento.

    Muitos dos pontos de abeberamento do gado estao localizados

    em empresas estatais ou privadas e a recusa do acessto a estes pon-

    tos do gado familiar aumenta as perdas de produqao. A competicao

    entre gado e culturas no sector familiar, que em sequeiro apenas se

    manifesta na época das chuvas mas que no Regadio existe todo o ano,

    poderia ser resolvido com vedaqoes facilitando o pastoreio que se

    vai tornando cada vez mais diffcil para as criancas em idade esco-

    lar.

    As pressoes sobre o uso da terra em geral estao a aumentar na

    irea, devido tanto ao aumentö popuiacional ( animal e humano) e sua

    concentracao como as possibilidades de cultura intensiva no Regadio.

    A planificacao do uso da terra, e a producao pecudria, devem tornar

    em cónsideracao estes aspectos.

  • -39 -

    Podem ser construfdos mais pontos de abeberamento deste tipo

    em certas areas particularmente a Norte da linha flrrea, nas planfcie

    ïïanatembe e Linare. Estes sistemas de captacao de agua sao relativa,

    mente simples e baratos de construir e os custos de manutencao sao

    baizos. Se bem construfdos e mantidos, permanecem com £gua durante

    a estaqao seca ezcepto em anos excepcionalmente secos, Deve-se ter

    especial atencao i. sua localizaca'o nas linhas de £gua das planfcies

    e em zonas de subsolo impermeavel.

    Outras fontes de agua que se podiam considerar sao os furos e

    uma nova rede de £gua. Os furos que se tem construfdo tem normalmen.

    te nfveis ligexramente salinos na agua e o custo de funcionamento

    das bombas e de manutencao sao bastante altos. 0 seu uso pode consi.

    derar-se para tanques carracicidas ou Empresas desde que as infraes,

    truturas para funcionamento e manutencao existam localmente.

    A nova rede de £gua poderia ser feita de dois aio dos diferen-

    tes, Uma bomba central no Chokué para extrair agua do Rio .uimpopo

    ou do canal principal e bomb£-la para urn deposito elevado de maior

    capacidade. Daqui a agua seria distribufda por urn sistema de tubos

    plésticos de pequeno diametro, por gravidade, para as principais &-

    reas de pastagem, numa distancia de 10 a 15 km. 0 sistema requer ai.

    to investimento. 0 outro sistema possfvel é prolongar os canais do

    Regadio, para Oeste, de modo a fornecer agua por gravidade as prin-

    cipais areas de pastagem. Este sistema funciona bem em Nwachicolua-

    ne onde o canal continua até a E. Z. de Mazimuchopes. No estudo des.

    tas possibilidades é necessario efectuar urn levantamento topogra'fi-

    co.

    6.5. Producao pecuaria

    Embora nao tenham sido colhidos dados especialmente sobre pro.

    Aucao pecuiria, algumas observacÖes podem- ser feitas.

  • - 40 -

    0 distrito depende grandemente da traccao animal para as lavou,

    ras, quer dentro do Regadio quer fora dele,mas a disponibilidade de

    juntas é agora urn factor limitante, o que pode ser verificado pelo

    numero de vacas de trabalho, pelo numero de juntas alugadas e pelo

    seu elevado preco.

    Para obter animais de trabalho é necessario ter uma manada em

    reproducao; a proporcao de juntas numa manada ê considerada normal-

    mente entre 17 e 20%. 0 arrolamento de 1986 só diz que 18,9% dos bo.

    vinos sao bois de trabalho num total de 9 179 bois. Um estudo da Fa,

    culdade de Veterinaria (Fac. Vet. 1986) mostra que 76% dos animais

    de trabalho sao bois é 24% sao vacas,. touros e animais jovens.Estes da

    dos significam que entre 25,2% (arrolamento de 1986) e 27% (Fac.

    Vet. 1986) dos bovinos do sector familiar sao usados para trabalho,

    num total de 12 240 ou 15 053, respectivamente. o que &£. um nttoero

    mfnimo de 6 120 juntas de bois a trabalhar.

    Especialmente na area a Norte do Chokué, muitos animais estao

    em baixa condicao ffsica no firn da estacao seca. Alguns morrem nos

    pontos de abeberamento porque nao tem energia suficiente para saf-

    rem do matope depois de beberem. Sem dxivida que a maior limitante

    para a producao de gado no Chokué é a alimentacao. As doencas nao

    sao consideradas representativas. Mas, como j£ se referiu, os recur,

    sos alimentares sao suficientes, o que se passa é* que alguns nao

    sao plenamente utilizados (p. e. os resfduos agrfcolas) e a distri-

    bui cao do gado pelas pastagens nao é racional.

    T£ necessario planificar o uso da terra, adaptando os recursos

    existentes, definidos e quantificados, as necessidades (producao pe_

    cuëLria). üma vez que as aldeias a Norte do Chokué permanecerao, e

    com a alta densidade de gado que os camponeses necessitam para ob-

    ter os bois de trabalho e a sua seguranca econ

  • _ 41 ö

    7 . RECÓMENDACOES

    Ppdein fazeir-se quatro recómendacoes ge ra i s ;

    A. Déve auinèntar-se e d i s t r i b u i r melhór os pontos de abeberamen

    to de forma a assegurar uma melhór u t i l i zacao da pastagea è-•

    xistente e reduziir os actuais problemas de: mortalidade do

    gado devido S. fome, sobrepastoreio e erosao do solo, etc.

    B. Deve utilizar-se meihor os recürsos forrageiros existentes

    dehtro do Regadio, especialmente a palha de arroz que é pre-

    sent emente quase toda queimada.

    C. 0 futuro desenvolvimento da £rea do Chokué, p.e. novas aldex-

    as, novas a"reas agrfcolas, aumento do Regadio,deve ser prece-

    didp por urn pormenorizado plano de utilizac&o da terra, tendo

    em consideracao a grande importancia da pecuâ ria para a popu-

    lacao e para o sistema de producao existente.

    D# Os servicos técnicos^de apoio deverao interferir mais na pro-

    ducao pecuaVia tradicional, e deve ser feita maior investiga-

    cao dos sistemas e maneio na pecucLria tradicional.

    Como recómendacoes especfficas para posteriores accoes temos:

    A-provisionamento de a>ua

    Devem construir-se represas nos seguintes locais (assinalados

    no mapa 1) de forma a assegurar uma meihor utilizacao das pa,s_

    tagens na época seca:

    A. Planfcie Ricusse F. Rio Uantimbe- Duvane

    B. Planfcie Manjangue G. Rio Uantimbe- Panfafa

    C. Rio Coquene-Matuba H. Lagoa Linare

    D. Rio Coquene- 3~ Bairro I. Planfcie Chiaque-Macavele

    E. Rio Jantimbe-Cumba J. Planfcie «£hiaque-Cocovelo

  • - 42 -

    7. Devem ser construfdas instalacoes para abeberamento do gado

    perto do canal principale e alimentadas por ele» para evitar

    que o gado destrua as paredes do canal. Podera* também ser

    considerada a inatalacao de vedacoes. As principais localiza-

    coes serao: ' Matuba

    Manjicuana, Chokué (ponto 7)

    Lionde

    Hokué

    '. Devem ser melhoradas as condicoes de abastecimento de £gua as

    aldeias ja" que as populacoes estao a utilizar os mesmos pon-

    tos de £gua para beber, para lavagens e para o gado . Al-

    guns aldeoes utilizam a a"gua suja das re pre sas, e pessoas u-

    sando £gua das valas de drenagem correm riscos de intoxicacao

    4. 0 programa de manutencao das represas deve ser reactivado com

    re-escavacöes de dois em dois anos, e este programa deve pos-

    suir maquinaria pesada e pessoal suficiente.

    Rftcursos ai, im e ut ar es

    5. Deve ser programada a utilizacao imediata da palha de arroz

    na alimentaqao animal. Isto incluira* transporte para fora do

    Regadio, conservacao, aprovisionamento de melacos e/ou ureia

    para melhorar a aceitacao pelo gado.

    Services pecuâ rios

    6. As infraestruturas para pecudria, especialmenta tanques carra.

    cicidas, devem estar de acordo com a distribuicao do gado. De.

    vem ser construfdos tanques em Manjangue e Machel para substi

    tuir o do Chokué, cujo uso nao deve ser contfnuo ja" que con-

    duz a destruicao de estiada e obstrucao do tr£fego, erosao do

    solo e grahdes distancias percorridas.

  • - 43 -

    7. Os services de apoio técnico devem dar mais atenc%ao, para aju-

    dar e meihorar, ao sistema tradicional de maneio do gado. Po-

    der-se-a intervir, embora requerendo mais investigacao, no me.

    ihoramento do stock Landim, no suplemento alimentar a noite

    no curral, introduca'o de forrageiras ricas em pro te f na tais

    como Leucaena. medicamentacao contra vermes, e maneio dos

    bois.

    8. A gestao nas Empresas Estatais de Pecudria deve ser meihorada

    em particular as necessidades de armazenamento devem refectir

    a capacidade de carga animal e deve-se assegurar o suplemento

    alimentar para a época seca usando palha de arroz tratada ou

    forragens tais como a Leucaena.

    Planeamento da utilizacao da terra

    9. De modo a reduzir os conflitos entre a agricultura tradicio-

    nal, producao pecu£ria tradicional e agricultura em regadio,

    deve ser feito ura plano detalhado de utilizacao da terra na

    zona de sequeiro. Isto asseguraria também um uso mais racio-

    nal dos recursos existentes.

    10. Deve ser feito um levantamento serai-detalhado dos solos nas

    zonas de sequeiro e deve-se colher dados sobre a duracao do a,

    lagamento nas pknfcies que sao as principais areas de pastagem.

    11, As planicies devem ser subdivididas na base das espécies de gra

    mineas e feitos estudos mais cuidadosos sobre capacidade de carga,

    12, Devido as. recentes alteracoes nas infraestruturas e utilizacao

    da terra,aao necess^rias novas fotografias aéreas da regiao de

    sequeiro do Distrito do Chokué'.

    In̂ yestiffagao

    13» Deve ser feita investigaqao quanto ao meihor modo de utilizar

    a palhade arroz na alimentacao animal, incluindo métodos de

    armazenamento, tratamento com ureia e valo.r alimentar.

  • - 44 -

    14. Deve ser feita investigacao quanto a adaptabilidade e metodos

    de introducSo de forragens para alimentacfio suplementar, pQe.

    cCreas de Leucaena, Cajanus, Sesbania, leguminosas de aproveita-

    mento multiplo, tanto fora como dentro do Regadio.

    15. Deve ser conduzida investigaqao quanto ao sistema de utiliza.

    cao de palha de milho na alimentac&o animal com o objectivo

    de reduzir problemas relacionados com o uso de gado dentro do

    Regadio. Deve-se investigar metodos de melhorar este alimento

    p. e.f através de priticas culturais, tratamentos, etc.

    16. Deve ser investigado o maneio tradicional do gado, incluindo

    tamanho e composicao da manada, pr^ticas de pastoreio, uso de

    palhas, eausas de quebra de produtividade e mortalidade, im-

    portancia do gado de trabalho na economia familiar, e a rela-

    cao entre agricultura no Regadio e em sequeiro.

  • REFERENCIAS

    - 45 "

    Boletim dos Servicos de Geologia e Minas, 1963. Carta Geolégica de

    Mocanbique No 31 (Mapülanguene, Vila Alferes Chamusca, Chibuto,

    Joao Belo, Macia). Lourenco Marques.

    Faculdade Veterinaria, 1986. Relat

  • - 46 -

    ANEXO 1 DESCRICAO DAS UNIDADES DE SOLO CARTOGRAFADAS

    Unidades D1t D2

    Area : 515 Km2

    Geologia :

    Sedimentos eólicos, arenosos, das dunas interiores,

    Pleistocene.

    Morfologla. relevo :

    Unidade D1 consiste de uma area elevada, muito suavemente

    ondulada, com declives de '\%i unidade D2 consiste de um declive na

    transipao entre as dunas interiores e o terraca marinho.

    Lencol de agua :

    Unidade D1 mais do que 10 m ; unidade D2 localmente dentro

    de 1 m de profindidade.

    Drenagem :

    Excessiva/ excepto no sopé" do declive onde a drenagem ê

    imperfeita.

    Solos :

    Solos profundos, excessivamente drenados, arenosos, com um

    solo superficial (horizonte A) muito fracamente desenvolvido.

    Morfologla do perfil :

    Cor do solo de superficie : castanho acinzentado (10 YR 5/2,

    seco) e muito castanho acinzentado escuro (10 YR 3/2, molhado);

    cor do subsolo : cinzento claro ('10 YR 7/2, seco) e castanho acinzentado

    ( 10 YR 5/2, molhado).

    Textura : arenoso do solo superficial, assim como do subsolo.

    Estrutura : no solo superficial virtualmente sem estrutura ou

    müitö fracamente anisöforme subangular.

    No subsolo: poroso macico, fracamente coerente,

    "Consistencia : quase solto a solto quando seco no solo super-

    ficial e no subsolo; nao plastico, nao pegajoso quando molhado.Identico

    no subsolo.

    Porosidade : muito porosö em todo o perfil.

  • - 47 -

    Aspectos oufmicos

    pH (H 20) solo de superf ic ie : 5,5 - 7,0 -(moderadamen-te £c ido-neutro) .

    pH (H 20) subso^o: 5,0 - 7»5 (moderadamente 4cido - f r a -camente a lca l ino)

    CEC solo de superffcie: 1 - 5 m.e.q./lOO gr de solo (mui-to baixo)

    CEC subaolo: 0,5 - 3 m.e.q./lOO gr de solo (muito baixo) Saturacao de base: 50 - 90% (medio - elevada) Matéria organica do solo de superffcie: 0,5 - 1,5% (baixa) Matéria org&nica do subsolo: 0,5% (muito baixa) P assimilaVel: 5 PPto, (muito baixo) localmente mais a l to N do solo de superficie e subsolo: 0,1% (muito baixo) Ca permutaVel: 0 , 1 - 2 m.e .q , / l00 gr solo (muito baixo-médio) Mg permutaVel solo de superffcie : 0,2 - 2 m.e.q./lOO gr

    solo (baixo a muito a l to ) K permutaVel do solo de superffcie: 0,1 - 0,5 m.e.q./lOO gr

    solo (médio-muito a l to ) K permutaVel do subsolo: 0,05 - 0,2 m.e.q./lOO gr solo

    (muito baixo-al to) Na permutaVel solo de superffc ie : 0,1 - 0,4 m.e.q./lOO gr

    solo (baixo) Na permutaVel subaolo: 0,1 - 0,5 m.e.q./lOO gr solo (baixo) Relapao Ca/Mg permutavel: 1 - 4 (demasiado baixo) Relapao Mg/K permutavel: 6 - 1 5 (demasiado elevado)

    ca l ca r io s . Os solos em geral sao nao sa l inos , nao scfdicos e nao

    Aspectos de fertilidade :

    Solos com uma baixa fertilidade devido a baixo conteudo

    de N e P, baixa contetfdo de matéria organica, baixa capacidade de reten-

    pa"o de £gua. 0 conteiido de K é medio - muito elevado no solo de superfi-

    cie mas devido a valores relativemente elevados de Mg em relapao a K,

    K pode ser deficiënte.

    Classificapao de solo da FAO :

    Arenosoi

  • - 48 -

    ïïnidade E1

    2 Area t 25 Km

    Geologia :

    Sedimentos marinhos do Pleistoceno, salinos e sódicos

    com uma textura média - grossa.

    Morfologia. relevo 8

    Ligeiramente ondulado, declive 1 - 2 %; ëCreas elevadas,

    partes a mais altas dos sedimentos marinhos.

    Lencol de a"gua :

    Mais do que tres metros de profundidade.

    Solos t Solo de superficie pobremente desenvolvido, sobrejacente

    um horizonte eluviado tanto com textura grossa/areia - arenoso franco;

    a uma profundidade de 40 - 80 cm abruptamente sobrejacente uma

    horizonte textura - B rica em sddio , muito duro e compacto» com

    textura franco arenoso a franco - argilo - arenoso; sobrejacente

    a uma profundidade de 100 - 120 cm material de origem calcarea

    com textura franco - argilo - arenoso.

    Morfologia do -berfil:

    Cor do solo de superficie: castanho (10 YR 5/3» seco)| cas-

    tanho aciieentado escuro (10 YR 3/2, molhado).

    Cor do horizonte eluviado: castanho amarelado (10 YR 5/4,

    seco), castanho (10 YR 5/3» molhado).

    Cor da camada compacta: (textura - B) castanho amarelado

    (10 YR 5/4, seco) castanho aciieentado escuro (10 YR 4/2,

    molhado).

    Cor do subsolo profundo (matéria ma©): castanho oliviceo

    claro (2,5 YR 5/3» seco); castanho acieentado escuro (

    (10 YR 4/2, molhado) frequentemente com algum mosqueado

    preto ou concrecoes de manganéaio.

  • -49 -

    Textura do solo de superficie e horizonte eluviado :

    arenoso e franco arenoso.As particulas de argila foram lixiviadas a partir

    do horizonte eluvial e foram parcialmente acumuladas no horizonte B

    textural subjacente ( o horizonte compactada ) e sao parcialmente

    transportadas pela dgua num movimento lateral.

    Textura dos horizontes B e C : franco arenoso a franco

    arglio arenoso, localmente argilo arenoso,A areia grossa na fraccao de

    terra atinge geralmente 50 %.

    Estrutura do solo èe superficie : quase sem estrutura ou

    fracamente anlsoforme subangular, medio,

    Estrutura do horizonte eluviado : massico poroso, moderada-

    mente forte coerente.

    Estrutura do horizonte compacto : em forma de colunas, > i > ' i i i ' ' t • i • ' ' ' i •• • s

    grande, forte, desintegrando em anisoforme angular, medio, forte a

    moderado,

    Consistencia do solo de superficie : solto quando seco,

    solto - friavel quando humido, nao pegajoso e nao plastico quando molhado.

    Horizonte eluviado : duro quando seco, frfavel - solto quando humido,

    nao pegajoso, nao plastico quando molhado.

    Horizonte compacto (horizonte B) : extremamente duro quando seco; muito

    firme quando humido; pegajoso e ligeiramente plastico quando molhado.

    Materia mae : duro quando seco» firme quando humido; pegajoso e

    pla*stico quando molhado.

    Porosidade do solo de superficie t poros finos comuns.

    Horizonte eluviado : poros finos comuns.

    Horizonte compactado : poucos poros muito finos.

    Mat ér ia mae : poucos poros muito finos ; o subsolo co n tem concreco'es

    de mangané'sio e concrecoes de CaC03.

  • - 50 -

    Aspect?*» gnfmiffna

    pH (H 20) solo de superffcie e horizonte eluviado:

    5,0 - 6,5 (moderadamente £cido - fracamente £cido)

    pH (H 20) horizonte compacto: 6,0 - 7#5 (fracamente

    a*cido - fracamente alcalino).

    pH (H 20) matéria maej 7,5 - 8,5 (fracamente alcalino

    - moderadamente alcalino)

    CEC solo de superffcie e horizonte eluviadot 5 ~ 7

    m.e.q./l00 gr solo (muito baixo)

    CEC horizonte compacto: 10-15 m.e,q./l00 gr solo

    (medio)

    CEC matéria mae: 20 - 30 m.e.q./l00 gr aolo

    Saturacao de base do solo de superffcie e horizonte

    eluviado: 60 - 100% (elevado)

    Saturapao d? base do subsolo: 60 - 100% (elevado)

    Matéria organica do solo de superffcie: 1,0% (mui-

    to baixo)

    Matéria organica subsolo: 1,0% (muito baixo)

    Sobre os outros parametros existem poucos dados

    disponfveis.

    No solo de superffcie o equilibrio entre os catioes é

    normal (Ca, Mg, K); no horizonte eluviado o conteiido de Mg 6 mais

    elevado que Ca, possivelmente provocando deficiencias em Ca ou K.

    No horizonte compacto existe urn forte domfnio de Mg

    sobre Ca, K e Na. 0 subsolo profundo é salino e sódico, o con-

    teildo de Mg é muito elevado.

    Asnectos de fertilidade

    A fertilidade do solo de superffcie é baixa. 0 con-

    teiido de matéria organica é baixo, f

  • -•51

    ClasBifieacao de solo da FAO

    0 horizonte compaoto B, natrico; o horlzonte eluvlado

    (E) que 6 parclalmente claro em cor e a abrupta mudanpa textural

    entre horizontes E e B sao caracteriatlcas de diagnóstico de um

    Solodlc Planosol, parclalmente fase aalina, de acordo com Touber e

    Noort (1985)» Estes solos aparentam ocorrer mals frequentemente

    na area do SIREMO do que na a"rea coberta durante o trabalho de cam-

    po em Setembro de 1986, Neste caso, onde a camada arenosa tem mais

    de 125 cm de espessura os solos sao classiflcados como Cambic Are-

    nosols (fase sodica e salina),

  • - 52 -

    UNIDADE E2 e E5

    Areat 540 Km2

    Geologiat

    Sedimentos marinhos do Pleistoceno, salinos e srfdicos

    de textura média.

    Morfologla. relevo t

    Ligeiramente ondulados, declives 1 - 2%, Areas geralmen-te relativamente elevadas.

    Lenool de *guai

    Mai® do que 3 m (em lugares mais do que 10 m de profun-JIJ j _ j _ \ aiaaaej.

    Solos:

    Solo de superffcie (horizonte A) pobremente desenvolvido

    a moderadamente bem desenvolvido, aobrejacente @m lugares a urn ho=

    rizonte eluviado (E), ambos: de textura arenosa a arenosa franco

    a 10 - 40 cm de profundidade abruptamente sobrejacente a uma tex-

    tura natrico- horizonte B, extremamente compacto e duro, com uma

    textura franco arenosa a franco argilo arenosa, a profundidades

    de 70 - 90 cm sobrejacente ao horizonte C calcario (matéria mae)

    de textura franco argilo arenoso.

    Possivelmente na area do SIREM0 representada no mapa por

    Touber e Noort (1985) nesta unidade o horizonte eluviado esteja em

    geral mais claramente desenvolvido do que nas £reas fora dele.

    Os solos deata unidade sao comparaveis aos da unidade E1,

    excepto pelo facto de que estes solos tem a transipao a partir de

    camadas superiores arenosas para urn subsolo compacto a profundida-

    des de 20 - 40 cm em vez de 40 - 80 cm como na unidade E1.

    Onde os perfis sofreram a aceao da erosao, o solo de su-

    perffcie arenoso e a camada eluviada eatao virtualmente ou comple-

    tamente ausentes e o horizonte compacto e sta" a superffcie. Neste

  • 53

    caso o subsolo calca'reo esté. geralmente a profundidades de 30 = 40 cme Esrtes solos que sofreram a accao da erosao ocorrem sdmente localmen-

    te„ . .

    Os solos da unidade E3 sao semelhantes aqueles da E.2,mas

    tem uma .eor castanha forte (7,5 YR 5/6? 7S5 "ÏR 5/8), e possivel»

    mente uma ligeiramente melhor drenagem e mais baixo conteiïdo de sd-

    dio no subsolo0

    Ver unidade E1

    pH (H 20) solo de sniperffcie (horizontes k)l

    5,8 = 7,8 (moderadamente £cido - fracamente alcalino)

    pH (H 20) de horizonte compacto (horizonte B)S

    6»5 = 7,0 (fracamente £cido - neutro)0

    pH (H 20) matéria mae (horizonte C)s 890 - 9,5 (modera-

    damente ~ fortemente alcalino).

    CEC solo de superffcie: 4 ~ 7 m.e.q./lOO gr solo (mui-

    to baixo •= baixo)

    CEC camada compacta: 10 - 20 m9e.q./l00 gr solo (medio)

    CEC matéria maej 20 - 45 moeeq./l00 gr solo (medio - ele-

    vado).

    Matéria organica solo de superffcies 0,5 " 2,0% (muito

    baixo - medio)0

    Matéria organica subsolos 0,5%, diminuindo com a profun-

    didade (muito baixo)„

    P assimilaVel do solo de superffcies 2' - 10 ppm. local-

    mente mais (muito baixa - baixa)

    P assimilaVel subsolos 5 ppm. (muito baixo)

    N total do solo de superficiej 0,1 - 0,1% (baixo - mui-

    to baixo)

    N total subsolo% 0,1% (muito baixo)

    Ca permutaVel solo de supérficieg 1 = 5 moeoqo/l00 gr

    solo, localmènte maia (baixo - elevado)

  • - 54 -

    Ca permutaVel subsolo: 3 - 30 m.e.q./lOO gr solo, aumen-

    tando para baixo (baixo - medio)

    Mg permutaVel solo de superffcie: 1 - 2 m.e.q./lOO gr solo

    (muito elevado)

    Mg permutaVel subsolo: 4 ~ 8 m.e.q./lOO gr solo (muito ele-

    vado)

    K permutaVel de solo de superficie: 0,3 - 1,4 m.e.q./lOO gr

    solo (muito elevado)

    K pearmutaVel subaolo: 0,3 - 1,5 m.e.q./lOOgr sola, local-

    mente mais (mé'dio - elevado)

    Na permutaVel de solo de superficie: 0,1 - 0,6 m.e.q./l00gr

    de solo (baixo - medio)

    Na peannutaVel subsolo: 1 - 1 8 m.e.q./lOO gr solo, aumeo.-

    tando com a profundidade (muito elevado)

    Relacao Ca/Mg solo de superficie: 0,5 4 (baixo)

    Relac&o Ca/Mg subsolo: 0,5 ~ 3 (baixo)

    Relacao Mg/K solo de superficie: 1,5 ~ 3 (normal)

    Relacao Mg/K subsolo: 5 - 15 (elevado)

    Salinidade solo de superficie: nao salino

    Salinidade do subsolo : em geral o horizonte compacto é

    ligeiramente salino e a matéria mae ê fracamente - moderadamente

    salina.

    Sodicidade : o solo de superficie 4 nao stfdicp ; o subsolo 4

    ligeiramente - moderadamente ou localmente fortemente scJdico.

    Asnectos de fertilldade :

    Estes solos tem uma baixa CEC e baixo conteifdo de matéria

    organica no solo de euperficie.O Frfsforo 4 deficiënte; Nitroglni