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A revista do Grupo LET Recursos Humanos News ENTREVISTA Leila Felício (Globosat) – “Qualidade de vida no trabalho é imprescindível para ambiente inovador” – Pág. 3 ESPECIAL Marcus Vinícius Freire (Chefe da Missão Olímpica) revela bastidores de Pequim 2008 – Pág. 12 LIDERANÇA JOVEM NAS DECISÕES Uma tendência organizacional – Pág. 6 Da esquerda para a direita: Eduardo Saggioro, (Visaggio) Rodrigo Caserta, (TOTVS Consulting) Jayme Chataque, (Cargill Brazil Foods) Mariana Nejaim, (Souza Cruz) João Alberto Abreu, (Shell Brasil) Beatriz Fortunato, (grande instituição do mercado financeiro) LET´S TALK O chat do Grupo LET para esclarecer questões de RH e mercado de trabalho – Pág. 11 N 0 11 | Setembro / Outubro | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com

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A revista do Grupo LET Recursos Humanos

NewsENTREVISTALeila Felício (Globosat) – “Qualidade de vida no trabalho é imprescindível para ambiente inovador” – Pág. 3

ESPECIALMarcus Vinícius Freire (Chefe da Missão Olímpica) revela bastidores de Pequim 2008 – Pág. 12

LIDERANÇA JOVEM NAS DECISÕESUma tendência organizacional – Pág. 6

Da esquerda para a direita:Eduardo Saggioro, (Visaggio)

Rodrigo Caserta, (TOTVS Consulting)Jayme Chataque, (Cargill Brazil Foods)

Mariana Nejaim, (Souza Cruz)João Alberto Abreu, (Shell Brasil)

Beatriz Fortunato, (grande instituição do mercado fi nanceiro)

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N0 11 | Setembro / Outubro | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com

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Caros leitores,

Nesta edição abri-mos espaço a al-

guns jovens que são exemplos para um mercado de trabalho em constante transi-ção. Há um pouco de tudo: o empreendedor com seu próprio ne-gócio, o líder que faz carreira no exterior, o talento em empresa

que dá oportunidades, entre outros. Todos tomam decisões que infl uenciam o rumo de seus negócios! A importância de inspirar pelo exemplo tem sido no-tória em um mercado repleto de gestores caçando raros talentos.

Gestores e profi ssionais que também devem se espelhar no exemplo deixado por Luiz Carlos Cam-pos, profi ssional de RH que nunca deixou de inspirar corações e mentes por este Brasil. Nesta página, um depoimento marcante de Luiz Augusto Costa Leite sobre o saudoso ser humano que nos deixou há exa-tos três anos – um amigo para sempre!

Sangue novo e inovação não se fazem sem qua-lidade de vida. Por isso, honramo-nos em publicar a entrevista de Leila Felício, Diretora de Recursos Hu-manos da Globosat, ocasião rara, como ela mesma reconhece. Leila nos revela detalhes interessantes do programa de qualidade de vida da empresa líder em seu mercado.

Não acabou. Um banho de cultura chinesa e bas-tidores interessantes direto de Pequim, onde acon-teceu a última edição dos Jogos Olímpicos, nos são trazidos pelo Personagem da edição, Marcus Vinícius Freire, ex-jogador da geração de prata do vôlei (1984) e Chefe da Missão Olímpica Brasileira Pequim 2008 pelo COB. Temos ainda cirurgia ocular, os diferen-ciais de uma boa gestão empresarial de saúde e di-cas de livros. É só folhear e aproveitar!

Boa leituraJoaquim Lauria

Diretor Executivo do Grupo LET

“Jovens decidindo – o mercado precisa cada vez mais deles”

Foto: Alexandre Peconick

INSTITUCIONAL

EDITORIAL PAPO COM O LEITOR

2 | Setembro / Outubro | 2008

HOMENAGEM

Luiz Carlos Campos unia como poucos o ser huma-

no ao profi ssional, mostrando como fazer a diferença no dia a dia com simplicidade, objeti-vidade, verdade e bondade. No mês de setembro, em que lem-bramos os três anos da falta que ele faz não apenas à área de RH, NEWSLET convida Luiz Augusto Costa Leite, Coordenador do Comitê de Criação do CONARH, a deixar aqui um depoimento especial para lembrá-lo:

“O Luiz tinha um compromisso com a vida, muito além das orga-nizações, acreditava que era necessário esforço para conquistar essa vida. Conseguia se movimentar com desenvoltura pelas diferentes es-feras culturais e intelectuais. Nunca via um assunto ou tema apenas por uma faceta, mas por um olhar abrangente. Era um articulador em sua essência. Ia até as últimas conseqüências para fazer valer sua ati-tude de contribuição, sempre dando a todos os que estavam próximos espaço para refl etir e rever posições. De pequenos gestos sempre tira-va grandes lições que o ajudavam a conviver melhor com os outros.

Mas era uma pessoa fortemente voltada para atingir resultados. E um desses grandes resultados foi o de trazer para o Brasil em 2004 o 10º Congresso Mundial de Recursos Humanos. Trata-se de um marco na história dos eventos de aprendizagem coletiva no Brasil e um dos melhores congressos realizados na história. O Luiz conseguiu fazer aqui uma representação do pensamento de gestão de pessoas do mundo inteiro, com profi ssionais vindos, por exemplo, dos EUA e da Índia - quando este país não era o ícone atual. Foi o primeiro congres-so em gestão de pessoas que abordou a área da Sustentabilidade, gerando surpresa para muitos. O Luiz já antevia o que iria acontecer com este tema e não temia reações à sua ação inovadora.

Ele cativava as pessoas porque elas se viam refl etidas nele; porque aquilo que ele melhor mostrava era o que as pessoas queriam ver de melhor para elas. Não é fácil ser um líder, porque você tem que levar ao grupo uma posição pessoal e o Luiz fazia isso mostrando que líder não é fazer com que os outros te sigam, mas servir aos outros. Ele transformava idéias em valores.”

LUIZ CARLOS CAMPOS

“O homem que transformava idéias em valores”(ex- Presidente da ABRH

Rio e ABRH Nacional)

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ENTREVISTA ESPECIAL

Um vôo de asa delta, um mer-gulho em uma ilha ou uma ca-minhada com um grupo de 50

funcionários para sair da rotina do dia a dia e buscar desafi os que gerem am-biente inovador no trabalho. Estas são algumas das facetas interessantes dos programas de qualidade de vida desen-volvidos pela equipe de Recursos Hu-manos da Globosat muito bem orienta-da por sua Diretora, Leila Felício.

Estar à frente da Diretoria de RH da líder em TV por assinatura no Brasil não é mais novidade para a psicóloga Leila Felício. Os projetos a desenvol-ver, os prazos a cumprir e conciliar interesses da Globosat e de seus fun-cionários são parte do dia-a-dia dessa carioca mãe de dois fi lhos.

As relações humanas no trabalho exercem fascínio sobre esta profi s-sional cuja experiência sempre este-ve ligada ao RH de empresas, como ISOPE, Caraíba Metais, Petróleo Ipi-ranga, Globopar e TV Globo, além de ter integrado a equipe da Secretaria de Administração Pública (Escolinha de Arte do Brasil). Nesta última, rea-lizava trabalho de recuperação e ca-pacitação com crianças autistas para, nas suas palavras, “entender toda a diversidade do ser humano”.

Desde o seu início na Globosat, em 1994, buscou criar um ambiente de trabalho inovador. A prática de rea-lizar programas de qualidade de vida faz parte deste tipo de ambiente.

Apesar da agenda repleta de com-promissos, Leila dedicou um tempo para dividir com os leitores de NEWS-

LET as práticas que vem desenvol-vendo na Globosat.

NEWSLET – Como a Globosat incen-tiva a promoção da saúde?

Leila Felício – É importante que a em-presa ofereça oportunidades para que as pessoas observem suas necessida-des físicas e repensem a sua saúde em geral. Por este motivo, realizamos even-tos de promoção de saúde e preven-ção de doenças. Temos a Semana da Saúde, que acontece duas vezes por ano, abordando os seguintes temas: terapias alternativas e avaliações mé-dicas, tais como: avaliação da função pulmonar; avaliação oftalmológica; car-diológica; teste de glicose; colesterol e várias outras ações preventivas. Duas vezes por ano realizamos as Ações de Saúde cujos temas, nos últimos dois anos, têm sido a orientação nutricional, estímulo à adoção de bons hábitos ali-mentares e o controle do estresse.

NEWSLET – O conteúdo dos pro-gramas de qualidade de vida tam-bém contemplam ações que propor-cionem ao funcionário uma saudável saída da rotina?

Leila Felício – Sim, um grande exem-plo é o “Mexa-se!”, o programa de combate ao sedentarismo. Ele procura incentivar a prática de atividades físi-cas e despertar o interesse por meio de ações desafi antes, como um vôo de asa delta, um mergulho em uma ilha ou uma caminhada radical com um grupo de funcionários, saindo fora da rotina de academia. São atividades outdoor, que acompanham esta tendência de fazer exercícios ao ar livre, geralmente praticadas por grupos de 50 a 100 pes-soas que se inscrevem pela intranet da empresa. Este tipo de atividade estimu-la o nosso público, que é muito jovem e gosta de desafi os. E um dos melhores desafi os é vencer a inércia, se mexer e cuidar da saúde! O Serviço Médico

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ENTREVISTA

LEILA FELÍCIODiretora de RH da Globosat

“Programas de Qualidade de Vida bem estruturados retém talentos”

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ESPECIAL

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ENTREVISTA

LEILA FELÍCIODiretora de RH da Globosat

“Programas de Qualidade de Vida bem estruturados retém talentos”

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acompanha de perto esta saída da inércia, para avaliar se o funcionário tem condições de participar com segu-rança de determinadas atividades.

NEWSLET – Que outros benefícios o Serviço Médico da Globosat disponi-biliza aos funcionários?

Leila Felício - O Serviço Médico também realiza consultas e exames, oferecendo programas diferenciados, como medicina homeopática, acom-panhamento nutricional individual, além de referendar os convênios que fi rmamos com diversos profi ssionais de saúde, como psicoterapeutas (Programa de Apoio Emocional), clí-nicas que oferecem apoio ao funcio-nário que deseja parar de fumar e muito mais. Para complementar estas ações, temos também um restaurante com opções saudáveis e supervisio-nado por uma nutricionista que está sempre pesquisando para aprimorar a alimentação oferecida aos nossos profi ssionais. Ela trabalha em parce-ria com o serviço médico.

NEWSLET – E vocês encaram a er-gonomia no trabalho como um as-pecto que impacta nos resultados?

Leila Felício – Sim. Contratamos uma equipe especializada, composta por fi sioterapeutas, para implementar a ginástica laboral em alguns setores da empresa. Esta equipe também rea-liza a análise ergonômica do posto de trabalho do funcionário, orientando como ele deve se sentar, as pausas que deve fazer, o melhor local para o computador, etc. – durante esta res-posta a entrevistada fez uma pausa para mostrar à NEWSLET uma aula de ginástica laboral que acontecia na-quele momento. Passamos mais tem-po no escritório do que em casa, daí a importância do profi ssional ter as melhores condições de trabalho pos-síveis, para que ele possa ter o seu melhor desempenho.

NEWSLET – Você acredita que este modelo de atuação do RH da Globosat reduz o absenteísmo na empresa?

Leila Felício – Acreditamos que, com o nosso modelo de atuação, as pessoas vêem que o RH é um parceiro na busca por alternativas, indicando sempre os melhores profi ssionais e reforçando a importância para que ele cuide de sua saúde e, conseqüentemente, amplie a sua qualidade de vida. Até porque sa-bemos que, se a pessoa não está bem da cabeça, fi ca doente e os resultados caem. Se em determinada área muita gente estiver indo ao posto médico, temos que procurar o gestor daquela área, pois pode ser um sinal de que algo deve ser melhorado.

NEWSLET – E como é fazer RH em TV a cabo? É diferente da TV comum?

Leila Felicio – Gente é gente em qualquer lugar. O que as difere é como essas pessoas podem se expressar na empresa e na Globosat há espaço saudável para a expressão pessoal. É exatamente a possibilidade de partici-par, se envolver e ter um espaço de criação. Quem atua em TV tem que ter total autonomia para trabalhar, é da natureza da função. Somos pou-cos fazendo muita coisa. Acreditamos ser esse o nosso diferencial, o que se refl ete no nosso baixo turnover em re-lação ao mercado.

ENTREVISTA

NEWSLET – E como o RH faz o pla-nejamento para a aquisição de novos produtos e eventos relacionados à qualidade de vida?

Leila Felicio – O Serviço médico, atra-vés do PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), avalia quais são as queixas mais freqüentes no exame periódico e, a partir daí, são elaboradas as ações para dar dicas e orientações para solucionarmos os problemas encontrados. Por exemplo, se percebermos um grande número de reclamações de doenças músculo-es-queléticas, poderemos trazer profi ssio-nais desta área para fazer um trabalho neste sentido com os funcionários. Se foi detectado que os níveis de estresse estão elevados, podemos oferecer as terapias alternativas. Esta análise nos ajuda a ter o melhor planejamento das ações de saúde, gerando um ambiente de trabalho mais saudável. Qualidade de vida é um dos focos do RH.

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"Atividades outdoor estimulam nosso público que gosta

de desafi os e um dos melhores é vencer a

inércia cuidando da saúde"

Foto: Divulgação/Globosat

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Palestras de promoção e prevenção de saúde, ma-peamento da saúde dos funcionários e dependen-

tes da empresa, montagem de progra-mas de qualidade de vida e sistema on line de acompanhamento de saúde são alguns dos principais diferenciais oferecidos pela Joll Gestão em Saúde Empresarial a organizações dos mais diversos setores. Criada pelo saudo-so Luiz Carlos Campos (ex-Presiden-te da ABRH-Rio e ABRH Nacional) em 1995 a Joll - parceira do Grupo LET - é dirigida pelos seus três fi lhos e sócios Rodrigo, Helena e Christiano Campos (da esquerda para direita na foto).

Atendendo empresas de todo o país com pacotes customizados – hoje são mais de 100 clientes e algo em torno de “30 mil vidas” – a Joll oferece muito mais do que gestão do plano de saúde. “Como exemplo, um dos gran-des problemas hoje com funcionários de empresa é que alguns remédios ou são caros ou pouco se encontram em farmácias. O programa de medi-camentos que oferecemos soluciona isso”, informa Rodrigo Campos.

Outra questão a ser resolvida é a falta ou excesso de informações equi-vocadas sobre as novas regras nos planos de saúde, ou a respeito do que as empresas podem ou não oferecer aos seus colaboradores. “Um homem

solteiro de 30 anos não pode se sub-meter a uma vasectomia devido a uma lei da família; faz parte do nosso negócio orientar gestores e funcioná-rios sobre as leis que impactam nos planos de saúde”, esclarece um dos diretores da Joll.

Com a gestão de pessoas cada vez mais ocupada por inúmeras tarefas, di-minui a noção do gestor sobre as exa-tas necessidades de seu quadro fun-cional. “Por isso quando entramos em uma empresa oferecemos de imediato um diagnóstico completo e não cobra-mos nada por ele”, destaca Rodrigo que também enfatiza os valores: ética, transparência, honestidade, inovação e foco no cliente como marcas do tra-balho de Luiz Carlos Campos que con-tinuam intensas na Joll. São segredos para a fi delização de clientes.

“Por meio da conscientização das pessoas, sabemos que podemos re-duzir a utilização do plano, minimizan-do as chances de reajuste na apólice, promovendo a qualidade de vida”. Gi-nástica laboral, criação e administra-ção de ambulatórios médicos, seguro de vida, previdência privada e suporte na contratação de empresas de medi-cina do trabalho também estão entre os produtos e serviços que são ofere-cidos às empresas.

Para a Joll o RH da empresa tem muitas atividades que sobrecarregam

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PARCEIROS LET

o setor e consequentemente elevam o estresse. “Não deixamos que o cliente faça nada em serviços de saúde, isso acaba desafogando os gestores das empresas”, revela Helena Campos, Diretora-Sócia.

Embora só venda contratos à pessoas jurídicas, a Joll tem amplo respeito por cada um daqueles que vestem a camisa de seus clientes. Há uma central de atendimento não so-mente para o RH, mas para qualquer funcionário da empresa que pode falar diretamente com a equipe de atendimento da Joll. “Ninguém fi ca sem atendimento”, assegura Helena Campos.

E quando uma empresa concorren-te se aproxima dos serviços da Joll em termos de abrangência, seus pro-fi ssionais garantem já estar se anteci-pando a uma tendência futura, lançan-do algum serviço ou novo formato de atendimento. “Nosso objetivo é estar sempre um passo a frente na gestão de saúde”, fi naliza Rodrigo.

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SINÔNIMO

DE RESPEITO

À SAÚDE

EMPRESARIAL

DIA A DIA

www.joll.com.br

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Ofantástico desenvolvimen-to tecnológico e o cresci-mento de uma “geração plugada” infl acionaram os

perfi s profi ssionais gerando problemas na capacitação e caça por talentos. Re-sultado: jovens formados por grandes escolas e universidades assumem po-sições de direção e decisão em empre-sas ou mesmo em negócios próprios. Eles hoje são a cereja do bolo.

Apresentamos seis exemplos des-se novo profi ssional com sede de fl e-xibilidade, inovação e sustentabilida-de. Para a Profª Alice Ferruccio, que trabalha com 1000 estudantes por ano na UFRJ e IME em gestão do conhe-cimento e orientação de carreira, o jo-vem tem à sua disposição mais ferra-

mentas tecnológicas disponíveis para lhe ajudar a tomar decisões; “mas poucos são os que as usam acerta-damente, pois precisam fazer imersão em si mesmos antes de alcançar todo o potencial”, explica.

Em geral jovens com alto poder de decisão sabem tudo (ou quase tudo) de confecção de banco de dados, sistema integrado de gestão, planeja-mento estratégico, entre outros. Mas são seres humanos que lutam para equilibrar vida pessoal e profi ssional ao expor uma natureza multifuncional como células de seu talento.

Aos 30 anos, casado e residindo em Plymouth (próximo a Minneapolis – norte dos EUA), Jayme Chataque é Consultor de Desenvolvimento de Ne-

gócios da plataforma de negócios da Cargill Foods Brazil, que fornece in-gredientes alimentícios para grandes indústrias como a Coca-Cola. Atua em projetos de crescimento, estratégias, fusões & aquisições e dá suporte às empresas na defi nição de negócios.

Desde cedo acreditou em todas as oportunidades. Graduado em En-genharia de Produção (UFRJ) e com MBA em Gerência de Projetos (FGV), Jayme veio de uma família de classe média igual a muitas outras. A mãe o educou sem o suporte do marido desde quando o Jayme era criança e lutou com difi culdade para pagar os estudos do fi lho. Um boa conjugação entre o network por meio da Fundação Estudar e a sólida formação acadêmi-

Profi ssionais entre 25 e 38 anos que decidem o rumo dos negócios

UMA AULA DE GESTÃO JOVEM

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InovaçãoMariana Nejaim, Gerente de Remuneração, recebe

constante estímulo da Souza Cruz para refl etir e inovar

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ca do Instituto de Empresa de Madrid (Espanha) permitiram a Jayme várias oportunidades de entrevistas para tra-balho, sendo curiosamente, a última delas, a da Cargill no Brasil. “Aprendi que nunca podemos fechar portas, por mais desconhecido que possa ser o negócio”, lembra Jayme, que nunca tinha ouvido falar da Cargill dentro do agribusiness.

Logo na entrevista de seleção Jay-me se confessou seduzido pelo plano agressivo de crescimento da Cargill Foods, unidade de negócio da Car-gill no Brasil. Logo ao assumir, ainda em São Paulo, mergulhou no desafi o de reestruturar o processo de gestão de vendas. “Em geral, te olham espe-rando pouco; este é o momento de o jovem se expor ao risco para provar sua capacidade ou se antecipar aos problemas apresentando soluções: levante o dedo e diga: quero fazer!, mesmo que represente risco acima da média”, sugere. Para Jayme, o bra-sileiro que deseja se expor a uma cul-tura diferente pode se haver bem no exterior. “Basta se conhecer e estar feliz no trabalho”, acredita o consul-tor da Cargill que defi ne a capacidade de ter equilíbrio emocional para lidar com equipes em alto nível de estres-se como um de seus maiores talen-tos. Do Brasil, Jayme sente saudade

da família, das baladas e dos jogos do Fluminense no Maracanã.

Vida pessoal e trabalho para Edu-ardo Saggioro, carioca, 29 anos, são “umbilicais”. Embora saia com ami-gos e tenha seu tempo de lazer ele admite não tirar férias há quatro anos. Mas esta foi sua escolha e assegura estar feliz. Em 2003, ao lado de quatro sócios – todos à época entre 23 e 25 anos, colegas de Engenharia de Pro-dução - abriram a empresa Visagio, que presta serviço em consultoria e implantação de tecnologias de gestão

de negócios. Hoje a Visagio tem cer-ca de 120 colaboradores e a inovação constante atrai clientes não apenas do Brasil, mas de países como Itália, Suíça, França e Canadá.

“Geramos empregos de altíssima qualidade para profi ssionais empre-endedores por natureza, com talen-to para aprender, ter e reter rede de contatos qualitativa e fazer algo muito além do comum”, informa Eduardo que tem também Mestrado na Poli-técnica de Turim (Itália) e domina com fl uência quatro línguas estrangeiras.

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Vencendo “lá fora”Adaptado aos arredores de Minneapolis – EUA (foto), Jayme Chataque toma decisões estratégicas aos negócios da Cargill Foods

AscensãoEduardo Saggioro, um dos Diretores da Visaggio: força jovem no ascendente mercado da Engenharia

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A visão de negócios desses jovens vai mais além. Eles investem em ca-pacitação do conhecimento dos co-laboradores dando-lhes mais de 100 horas de treinamento e trazendo pro-fi ssionais para palestras que incluam temas como “motivação” e “lideran-ça”. Os sócios da Visagio buscam co-nhecimentos novos sobre suas áreas de atuação o tempo todo e uma delas é o aprimoramento na gestão de pes-soas tendo a virtude de saber ouvir pessoas com mais experiência. “Ge-rações não se excluem, se comple-mentam em meio a oportunidades”, avalia o líder da Visagio.

Para aqueles que querem empre-ender um negócio, o líder jovem su-gere que inicialmente seja feito um mapeamento de mercado, avaliando possibilidades de lucro e prejuízo, bem como prazos para se alcançar metas. “Deve-se também saber medir quais são suas forças e fraquezas en-quanto pessoa e enquanto empresa”, ressalta Saggioro.

Ele explica que o mercado de En-genharia demanda muitos jovens porque se precisa de profi ssionais com muita energia e bagagem técni-ca para lidar com recursos em abun-dância em todo o Brasil. Mas como a Visagio vende consultoria em gestão com profi ssionais pouco experientes? Para Saggioro, há uma saída: mostrar logo a que veio. “Faça o trabalho se preocupando mais com os resultados que ele vai gerar para o seu cliente do que com o quanto você vai ganhar. E não descanse até gerar esses resul-tados! Imagem se constrói em cima disso! Ganhos pessoais são conse-qüências.”, alerta.

Outro tipo de jovem que toma de-cisões é o que faz parte de uma em-presa com tradição no mercado. “Há empresas com alto índice de jovens nas funções decisórias, mas com

gestores experientes lhes dando su-porte”, ressalta Alice Ferruccio, que é Diretora do Grupo Gestão do Co-nhecimento da ABRH-RJ. É o caso de Mariana Nejaim, carioca, 25 anos, sol-teira e graduada em Psicologia. Em dezembro do ano passado ela assu-miu e Gerência de Remuneração da Souza Cruz.

Entre suas responsabilidades, além do gerenciamento dos modelos de remuneração e benefícios, está o de-senvolvimento de ciclos de pesquisas salariais, cujos resultados têm impacto nas negociações sindicais para defi ni-ções de aumentos salariais que refl e-tem em toda a empresa. O trabalho de Mariana em planejar como a empresa vai lidar com todos os impactos fi nan-ceiros é compartilhado com uma ge-rência sênior da área.

“Tenho na Souza Cruz oportunida-des de desenvolvimento e participa-ção; entregam-me uma alta carga de responsabilidade muito cedo, o que gera desafi os interessantes e raros

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Da esquerda para a direita a equipe da TOTVS: Fabiane Meireles, Rodrigo Caserta, Thaís Silva e Tarcísio Adamek

A Consultora, Profª e Psicóloga, Alice Ferruccio

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em outras organizações”, afi rma Ma-riana, que começou na empresa como estagiária em Treinamento no ano de 2004 e ingressou no quadro gerencial por meio do programa de trainee.

Um passo chave na formação des-ta profi ssional foi o intercâmbio que ela realizou na Universidade de Notre Dame, em Southbend (Indiana – EUA). “Um grande ponto nesta experiência internacional foi o de poder olhar a Psicologia pelo viés organizacional”, aponta Mariana. Assim como Jayme e Eduardo, Mariana também teve a vital experiência de atuar por uma empre-sa jr., aprendendo ali a amadurecer sua capacidade de tomar decisões.

E mesmo após o amadurecimento, a Souza Cruz proporcionou à Mariana aprimorar competências como lide-rança, gestão de confl itos, inovação e gestão de projetos. “Somos estimula-dos a refl etir sobre isso o tempo todo”, confi rma a Gerente de Remuneração, que em momentos de crise ressalta a importância de se compartilhar idéias entre líderes e liderados, abrindo o jogo sempre. Mariana revela que não se sente tão jovem e adora trabalhar. “O que me facilita muito conciliar tra-balho com vida pessoal é o suporte que a empresa dá em qualidade de vida; assim quando estou trabalhando não perco praia ou viagem, mas ganho algo que tenho prazer”, confessa.

A questão de compatibilizar trabalho com vida pessoal depende da empre-sa, mas também muito do profi ssional. Foi o que aconteceu com Rodrigo Ca-serta, 32 anos, carioca, casado, pai de dois fi lhos e atual Consultor Executivo da Totvs Consulting (do Grupo Totvs) – cargo de diretoria. Para fi car perto da família, ele trocou há seis meses o Rio de Janeiro por São Paulo. A Totvs Con-sulting trabalha nas dimensões de es-tratégia, processos, pessoas, tecnolo-gia e gestão para diversos segmentos

de negócio. “Hoje me preocupo mais com o lado pessoal, pois sem felicida-de em casa não haverá no trabalho; da mesma forma ajo com colaboradores da minha equipe, porque se não for assim a relação deles com a empresa não será duradoura”, analisa Rodrigo, engenheiro de produção que tem MBA em Finanças pelo IBMEC e atua há 11 anos em consultoria.

Na concepção deste consultor, ta-lento se aprimora com o somatório de um ambiente intelectualmente estimu-lante, sede de informações, objetivos e disciplina. “Antes de ingressar em uma oportunidade nova procuro estar an-tenado com a demanda a curto prazo dos clientes, além do objeto do proje-to”, esclarece Rodrigo que estuda ao mesmo tempo evolução das pessoas, processos organizacionais e tecno-logias. “Como as pessoas absorvem, usam e interagem deve ser um foco constante para mim”, sintetiza.

A atitude proativa de Rodrigo lhe trouxe desde cedo a confi ança dos profi ssionais que estão há mais tem-po do que ele no mercado. Seu pri-meiro desafi o de liderança foi supe-rado aos 24 anos ao conduzir uma equipe de sete pessoas em um proje-to de deadline apertado e alto nível de

estresse. “Envolvi a todos, motivando e aproveitando os mais experientes como coachs informais do projeto”, lembra. Para Rodrigo um dos segre-dos do sucesso é realizar uma boa gestão do conhecimento não apenas atualizando informações técnicas, mas, sobretudo, aprendendo novas formas de se moldar em termos de atitudes, palavras e gestos nas situa-ções mais distintas possíveis.

E para permanecer muito tempo em uma empresa esta gestão requer inovação e/ou um job rotation. João Alberto Abreu, de 38 anos, há 15 na Shell Brasil, é o Diretor de Operações e Vendas. Pela empresa já esteve em Londres, São Paulo e Buenos Aires ocupando sempre cargos que con-tribuíram em sua formação global. “Sempre tive novos projetos e desa-fi os que aprimoram competências e o contato multicultural da Shell também nos dá suporte à geração de novas idéias”, conta João Alberto, que é baiano, casado e pai de dois fi lhos.

João Alberto tem sob sua respon-sabilidade uma rede de postos de combustível que vai do Rio de Janeiro até a região Norte do Brasil, passan-do por diversos estados. Ele gerencia uma equipe de vendas tomando deci-

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MulticulturalJoão Alberto Abreu, Diretor de Operações e Vendas, também aprimora suas competências por meio do network com as diferentes culturas das pessoas da Shell Brasil

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sões diárias que exigem muita sensi-bilidade e visão sistêmica.

Mais do que aliar valores pessoais aos da empresa durante o job rota-tion, João Alberto incluiu outros dois ingredientes em sua receita de ascen-são: “Juventude e energia não adian-tam; se você não tiver muita paixão e autoconfi ança, a vitória não vem”, alerta. E para que nem tudo dependa da empresa, João Alberto também amplia seus horizontes por meio da leitura. Atualmente está lendo “Execu-ção”, de Larry Bossidy e Ram Charan e “A Estratégia do Oceano Azul”, de de W. Chan Kim e Renée Mauborgne. “Este último nos indica como explorar novas chances de negócio que ainda não foram descobertas pela concor-rência”, informa o executivo jovem da Shell.

Manter-se equilibrada por meio do auto-conhecimento também é uma prática comum para Beatriz Fortu-nato, carioca, 28 anos, casada, cuja rotina inclui a administração de R$ 4 bilhões em ações aplicados. Esta Gestora de Recursos de um dos prin-

cipais bancos americanos com negó-cios no Brasil, faz psicanálise. “Com a psicanálise me entendo melhor e pos-so mapear com precisão como atingir e superar limites profi ssionais, o que na área fi nanceira é uma necessida-de”, afi rma Beatriz, que diz só andar de táxi para poder dar conta de todos os e-mails que recebe via celular.

Graduada em Engenharia de Pro-dução, ela já acumula oito anos de experiência no mercado fi nanceiro, mesmo período em que dialoga com CEOS de grandes empresas – fazen-do parte do Conselho de algumas - e participa da alocação de dinheiro re-ferentes a grandes negócios.

Beatriz conta que sempre foi muito estudiosa e que o excelente C.R. (co-efi ciente de rendimento acumulado), bem como ter vindo de uma grande instituição (UFRJ) pesou muito em seu primeiro processo seletivo de re-levância. “Para mercado fi nanceiro o histórico acadêmico de uma pessoa pode me dizer mais do que 30 minutos de um bate papo com ela”, aposta a executiva, que não descarta exceções. Outras competências destacadas por ela são a disposição do jovem ao risco e à ousadia aliado à sua capacidade de se comunicar em inglês muito próximo à forma como você se expressa em português. “Dessa forma você extrai melhores resultados em seus negó-cios”, indica Beatriz que no momento desenvolve um trabalho em grupo que facilita a crítica e minimiza erros.

Acompanhando há 22 anos as transformações da “geração plugada”, a Profª Alice Ferruccio considera que mesmo com talento alguns jovens ain-da não estão amadurecidos em suas escolhas em função do turbilhão de novas funções e especializações no mercado. “Eles precisam investir no lado comportamental, pois alguns estão em uma área/função, mas pre-

1 – Mergulhe em si mesmo e entenda o que você quer e precisa para ser feliz.

2 – Pesquise o mercado e elabore duas listas: de empresas e de atividades que casam com seus valores.

3 – Exclua dessa busca a neura do tem-po: “eu tenho que conseguir isso em no máximo um ano”.

4 – Tenha em mente que a ansiedade ex-cessiva é sua inimiga número um.

5 – Esteja disponível para trabalhar em qualquer lugar (bairro, cidade, estado ou país).

6 – Sempre que puder conheça novas culturas e com isso aprimore sua capa-cidade de adaptação.

7 – Aprimore seu conhecimento com lei-turas, cursos, palestras e similares.

8 – De vez em quando faça uma pausa e medite, caminhe ou simplesmente fi que em silêncio.

9 – Programe parte do seu tempo para relacionamentos saudáveis, família, fi -lhos e amigos.

10 - Procure um ambiente de trabalho com o qual se identifi que, onde você não seja apenas mais um.

DICAS PARA

“TURBINAR SEU UP

GRADE PROFISSIONAL”

10 | Setembro / Outubro | 2008

CAPA - MERCADO

feriam estar em outra ou de repente descobrem uma especialidade que lhes parece mais interessante”. Por outro lado, a Profª conta que parte das universidades brasileiras está desen-volvendo ferramentas de gestão em disciplinas que focam o SER HUMANO tanto quanto o SER PROFISSIONAL. “As empresas já recebem profi ssionais que não apenas tiraram boas notas, mas já sabem onde o conteúdo daqui-lo que aprenderam será usado”, atesta a consultora. Fato que também explica o aumento do número de jovens mu-dando o rumo das organizações.

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Auto-conhecimentoA psicanálise dá

suporte à Beatriz Fortunato para a

superação de limites

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Mesmo com vasta in-formação em sites e revistas, são comuns dúvidas sobre merca-

do de trabalho, currículos, posicio-namentos em entrevistas, carreira, folha de pagamento, como ser um líder moderno e muito mais. Esclare-cer temas como estes em uma sala bate-papo on line é uma solução efi caz que o Grupo LET Recursos Humanos encontrou para aproximar ainda mais o candidato da vaga e o cliente de seus profi ssionais.

A partir de dezembro o Site de Gru-po LET (www.grupolet.com) inaugura o LET´s TALK, um chat quinzenal, na segunda e na quarta 2ª feira de cada mês, entre 15h e 17h. Um grupo de até 30 pessoas poderá interagir (per-guntar, pedir, sugerir) com um convi-dado especial – profi ssional do Grupo LET ou do mercado.

A divulgação dos temas, convida-dos e inscrições será feita pelo Site de Grupo LET com a devida antece-dência. As inscrições serão gratuitas e se encerram 20 minutos antes de se

iniciar cada sessão do chat. O partici-pante irá inserir nome completo, ida-de, e-mail para contato e nick (apeli-do) a ser usado na sala. As perguntas serão fi ltradas por um moderador que as passará ao convidado. Perguntas e respostas serão exibidas para todos os que estiverem na sala. Ao fi nal do chat, todo o conteúdo fi cará dispo-nível em uma área do Site do Grupo LET. Não haverá limite de perguntas por cada participante.

Clientes e colaboradores do Grupo LET se manifestam motivados com os benefícios a serem gerados pelo LET´s TALK. “Parabenizo a iniciativa inovadora do Grupo LET em termos de consultoria de RH, isso indica que vocês estão antenados com as demandas de mercado que busca a cada dia facilitar a interatividade de profi ssionais com ferramentas de alta tecnologia. O LET´s TALK irá trazer a vocês um número bem maior de can-didatos uma vez que hoje aumenta o número de usuários de Internet muito mais que o de computadores”, felicita Marcele Almeida Berbert, Coordena-

dora de RH da Globo.com. Já Adriana Calliari, Analista de RH do Grupo LET, considera que o chat irá proporcionar um feedback altamente necessário dos candidatos em processo seletivo que ela não tinha no dia a dia. “Sem dúvida, vai aprimorar nossa qualidade de atendimento”, aposta. As Analistas de RH do Grupo LET têm percebido que uma série de candidatos não pos-sui informações mínimas em relação às posturas exigidas pelo mercado de trabalho. “O esclarecimento on line facilitará nosso trabalho na hora da escolha do candidato mais adequa-do ao perfi l exigido pelas empresas”, acredita Silvia Souza, Coordenadora de RH do Grupo LET.

Julio César Mauro, Comercial do Grupo LET, assegura que sua área também tem muito a ganhar com o novo produto de Comunicação, pois “trata-se de mais um valor agregado que permite aos nossos clientes um controle maior sobre a interatividade com muitos de seus consumidores diretos”, avalia.

É esperar, teclar e conferir!

Grupo LET inaugura chat para atender grande público

E aí, ??

Setembro / Outubro | 2008 | 11

SERVIÇOS LET - BATE PAPO ON LINE

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Ex-jogador da histórica “Ge-ração de Prata do Vôlei (Los Angeles – 1984)”, Marcus Vinícius Freire revela ter

encerrado, após os Jogos Olímpicos de Pequim, seu ciclo como voluntário no cargo de Chefe da Missão Olímpi-ca Brasileira, cargo que recebeu do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em função do talento para associar virtu-des de atleta com as de profi ssional de marketing esportivo.

“Preciso abrir espaço para outros”, explica este gaúcho de Bento Gonçal-ves, que aos 45 anos acumula três Jo-gos Olímpicos e três Pan-Americanos como responsável pelo gerenciamen-to técnico dos esportes e atletas den-tro de vilas olímpicas.

Graduado em Economia, com MBA em Seguros e em Marketing, sua tra-jetória executiva traz passagens bri-lhantes pela Aon – 2ª maior corretora de seguros do mundo – e bancos Bo-avista e BCN. “Gosto de formar pesso-as”, diz Marcus, Sócio - CEO da Dream

Factory Sports, empresa promotora da Maratona da Cidade do Rio, entre ou-tros eventos, referindo-se ao seu su-cessor já visando os Jogos de Londres 2012. Nesta entrevista ele conta basti-dores interessantes de Pequim 2008.

NEWSLET – Quais foram os grandes desafi os do Chefe da Missão Olímpi-ca em terras chinesas?

Marcus Vinícius – O primeiro come-çou quatro anos antes dos Jogos na fase de cinco viagens preparatórias que fi z aos pontos de competições na China. Fui construindo relaciona-mentos; primeiro com as autoridades locais, o embaixador e o cônsul. De-pois com o comitê organizador dos Jogos, conhecendo bem a pessoa que iria cuidar de segurança, a dos transportes, a das delegações e a da alimentação. Tudo para negociar situ-ações ideais aos atletas. Quando você se prepara com antecedência, vence difi culdades passo a passo antes dos

Jogos. Chegamos à Pequim já sabe-dores das soluções.

NEWSLET - Quais foram os hábitos locais que você passou à delegação antes do embarque para a China?

Marcus Vinícius – O que choca, de imediato, é a culinária. Eles comem cobras, ouriço, baratas, escorpião, cachorro e muito mais! Na educação, não que sejamos mais bem educados do que os chineses; mas é a forma de-les entenderem a rotina que espanta. Fila para eles não existe, seja em ban-co, cinema ou aeroporto. A explicação é simples: tem tanta gente lá que se eles fossem fazer fi la só o tempo de espera não lhes permitiria mais nada o dia inteiro. Não por maldade, eles furam fi la. Quem chegar primeiro leva! Mais: eles cospem na rua e falam ao mesmo tempo em que comem. São coisas que você não pode estranhar porque faz parte de outra forma de se enxergar o mundo. Claro que houve

Marcus Vinícius Freire (Chefe da Missão Olímpica Pequim 2008)

“Gestor de 477 brasileiros diferenciados no outro lado do mundo”

12 | Julho / Agosto | 2008

PERSONAGEM

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oalMarcus Vinícius Freire e a

campeã olímpica do salto em distância Maurren Maggi

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“aculturamento ocidental” antes dos jogos, com cartazes pedindo que eles “dessem espaço aos estrangeiros”. Pedi aos atletas que não se estressas-sem com atitudes como estas citadas.

NEWSLET – Conte histórias curiosas da vila olímpica...

Marcus Vinícius – Havia um restau-rante gratuito, com cinco mil pesso-as sentadas ao mesmo tempo, sem limite de consumo e funcionando 24 horas por dia com comida ocidental, asiática, mediterrânea, muçulmana, judaica e fast food. A correria dos mais jovens era impressionante, uma loucura! Na nossa equipe havia um atleta do judô que tinha uma supe-ralimentação, comia de 45 em 45 minutos. Outro fato interessante foi a visita do Presidente da República à delegação. Independente de quem seja ele, a fi gura que ele representa transmite motivação. Os atletas se sentem prestigiados e fortalecidos. O Pelé também arrastou uma multidão na vila; curiosa a sua popularidade em uma terra que não é do futebol.

NEWSLET – Pelé e Lula reforçaram a candidatura Rio 2016. Pelo que você viu estamos fortes rumo ao ineditis-mo de sediar os Jogos Olímpicos?

Marcus Vinícius – Senti que o Rio tem uma candidatura fortíssima com um gancho muito consistente dos Jogos realmente transformarem a ci-dade. Para Chicago, Tóquio e Madrid (adversárias do Rio) os Jogos não mu-dariam a realidade de suas cidades. Vi nas pessoas que lá estiveram uma ten-dência marcante de aceitação do Rio.

NEWSLET – Em suas palavras, que experiência você passou aos atletas e voluntários olímpicos?

Marcus Vinícius – Em uma primeira conversa com o staff técnico disse: “Vocês não estão convidados para a festa; vieram para trabalhar e o tra-balho de vocês é decisivo para que esses caras e essas moças possam mostrar o melhor de si!”. E para os atletas: “São 17 dias em que vocês podem virar o jogo da vida, da água para o vinho; isso aconteceu comigo, basta estar focado, esqueçam a festa e o networking e se concentrem na competição”.

NEWSLET – Citando o Cesar Ciello Filho, campeão olímpico, você que estava ali ao lado, sentia que ele ga-nharia o ouro, que estava mentalmen-te forte para isso?

Marcus Vinícius – O César me impressionou desde o início. As câ-meras de TV não mostravam aqui no Brasil, mas antes da competição ele foi à beira d água umas dez vezes e “fazia a piscina”, simulando movi-mento a movimento. Ele era de falar pouco. Estava certo. O César sabia também com quem ele tinha que fa-lar, em qual momento e o quê.

NEWSLET - Por que em alguns mo-mentos decisivos de competições olímpicas parece faltar equilíbrio emocional a alguns brasileiros? É isso mesmo?

Marcus Vinícius – A maioria das confederações de esportes no Brasil tem psicólogo e faz trabalho intenso nesse sentido. No calor da competição acho que não faltou equilíbrio emocio-nal. Eu inverto a questão: acho que falta ao cidadão brasileiro uma análise da difi culdade que é chegar aos Jo-gos Olímpicos. Não se pode analisar competição olímpica com mentalidade de futebol. A diferença entre ganhar

o ouro e nem ganhar medalha passa por detalhes imponderáveis e pelo alto nível de outros atletas que estiveram melhores em uma fração de segundo ou em uma decisão de um árbitro.

NEWSLET – Fazer do Brasil uma po-tência olímpica é realmente um desa-fi o complicado?

Marcus Vinícius – É uma difi cul-dade criarmos cultura de massa para esportes que distribuem muitas meda-lhas e que quase não são praticados aqui; modalidades com pouca história no Brasil, que a TV não quer mostrar e as empresas não querem investir... E depois, se você investe, mostra, traz pessoas, mas o Brasil não ganha, aí não cria cultura por aqui.

NEWSLET - Qual foi seu maior aprendizado em marketing nestes Jogos Olímpicos?

Marcus Vinícius – Hoje há uma ten-dência consolidada das grandes em-presas se ligarem e associarem sua marca a conceitos de trabalho de equi-pe, liderança e motivação por meio de mega-eventos esportivos. E eles investem fortemente em campanhas de comunicação. Fizeram campanhas maravilhosas antes dos Jogos.

NEWSLET – E qual foi a grande lição dos Jogos de Pequim 2008 para a vida dos atletas?

Marcus Vinícius – Ensinou-os a como ter uma adaptação rápida aos hábitos e cultura completamen-te diferentes. Aprenderam lições de disciplina incríveis dos chineses, que seguem à risca leis e padrões. Tenho quase que a certeza de que em menos de 10 anos a China vai ser a dona do mundo.

Julho / Agosto | 2008 | 13

PERSONGEM

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Poder voltar a enxergar com nitidez de longe traz além de felicidade pessoal um ganho considerável de auto-estima

e motivação para empreender novos projetos. Em geral, de cada 100 pesso-as que usam óculos apenas uns cinco não se incomodam com isso. A liberda-de de ver nítido sem óculos proporcio-nada pela cirurgia de correção ocular a laser oferece a sensação de aumento do horizonte. “Constato a sensível perda de timidez em pacientes que se escondiam atrás de um alto grau de miopia e que após a cirurgia se sentem iguais a quem nunca precisou dos óculos”, conta o Dr. Edigezir Barbosa Gomes, um dos oftal-mologistas responsáveis por ter introdu-zido as cirurgias de correção de miopia e astigmatismo (há 25 anos) e também dos seus procedimentos a laser no Bra-sil (estes há pouco mais de 10 anos).

Uma cirurgia que pode corrigir até altos graus de miopia como 9.0 ou 10.0 é praticamente indolor, leva entre 10 e 15 minutos. O paciente já vai para casa enxergando com nitidez e pode voltar a trabalhar no dia seguinte, embora se recomende dois dias de descanso. O custo da cirurgia na Clínica Harley Stre-et (www.harleystreet.com.br) é de R$ 1300 por cada vista operada. O paciente senta-se em uma cadeira que se parece com a de um dentista. Por meio do lasik, equipamento que levanta uma camada da córnea, o Dr. Edigezir aplica o exci-mer laser que muda a curvatura da cór-

nea facilitando a recuperação da nitidez da imagem.

Nos primeiros dias do pós-operatório é bom evitar locais muito quentes com exposição ao sol forte. Não se recomen-da praia nem piscina. A água no mar, no entanto, é até benéfi ca se estiver límpi-da, em função do iodo, substância com alto poder de cicatrização. Não há con-tra-indicação para a cirurgia do tipo “faz mal para hipertensos ou diabéticos”. O único porém fi ca por conta de quem ti-ver conjuntivite ou doenças na córnea. Neste caso é melhor tratá-las em primei-ro lugar. E se após a primeira cirurgia o paciente não tiver “zerado” sua miopia pode-se apenas um mês mais tarde reo-perar a mesma vista sem qualquer risco para a saúde ocular.

O grau de segurança da cirurgia a la-ser evoluiu muito nos últimos anos em função da diversifi cação dos tipos de laser e também pelo grau de precisão que o feixe atinge dentro do olho huma-no. Há um tipo de laser cujo mecanis-mo acompanha o movimento do olho durante a cirurgia impedindo perdas na incisão do feixe de luz. Atualmente o equipamento wavefront (onda frontal) estuda simultaneamente os desvios que os raios sofrem entre 160 a 180 pontos diferentes em uma circunferên-cia de 6 mm do globo ocular. “Mesmo com todos os avanços nada substitui o cuidado que o paciente deve ter com a própria vista em casa ou no trabalho”, aponta o Dr. Edigezir.

14 | Setembro / Outubro | 2008

SAÚDE

O BEM-ESTAR DOS OLHOS

1. Dores de cabeça constantes são indí-cios de problemas de vista. Se a dor es-tiver acima dos olhos, manifestar-se pela manhã, atenuando-se no decorrer do dia, pode ser um glaucoma crônico. A con-sulta ao oftalmologista é imperiosa.

2. Sentir sono quando se lê qualquer coisa, em qualquer ambiente e a qual-quer hora do dia certamente aponta para um problema de vista.

3. Se você já está na faixa dos 40 anos e tem histórico de diabetes e hiperten-são na família procure realizar exames além de consultar o oftalmologista (e também endocrinologista e cardiolo-gista) para regular a pressão dos olhos e buscar tratamento que evite o glau-coma. Visão dupla ou embaçada, por exemplo, pode ser indício de diabetes.

4. Um véu que aparece de tempos em tempos diante dos olhos ou cegueira diante de luz forte indica o início de uma catarata – quanto mais cedo for feita a cirurgia de catarata (fácil e segu-ra), maiores serão as chances de recu-peração da visão.

5. Lave sempre os olhos com água corren-te para evitar contaminações oriundas de poeira e evite usar colírios em excesso.

VEJA AQUI ALGUMAS DICAS PARA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS E SAÚDE OCULAR:

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Dr. Edigezir Barbosa Gomes

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Setembro / Outubro | 2008 | 15

LIVROS

“Gestão do Conhecimento no Brasil

Casos, Experiências e práticas de Em-

presas Públicas”

MARIA TEREZINHA ANGELONI

Editora Qualitymark

A importância da Gestão do Conhe-

cimento (GC) comprova-se pelas expe-

riências em empresas públicas e priva-

das e as diversas formas de aplicação

efi ciente. Aqui estão exemplos bem-su-

cedidos de implementação da GC, de-

monstrando sua inter-relação com pro-

cessos como planejamento, estratégia,

tecnologia da informação, treinamento,

entre outros.

DICAS News LETNão se direciona apenas a líderes por-

que têm altos cargos, mas também a

operários e funcionários comuns. Des-

creve uma visão global da carreira, iden-

tifi cando líderes concorrentes e aliados,

oferecendo suporte para que você pas-

se a entender melhor as pessoas que o

cercam, evitando confl itos profi ssionais

e pessoais.

“Criando o Hábito da Excelência

Compreendendo a Força da Cultura na

Formação da Excelência em SMS”

JOÃO RICARDO BARUSSO LAFRAIA,

CARMEN PIRES MIGUELES E

GUSTAVO COSTA DE SOUZA

Editora Qualitymark

Os autores utilizam casos reais de

empresas nas suas buscas pela exce-

lência em gestão da qualidade, segu-

rança, meio ambiente e saúde (ou SMS).

Argumentam que a excelência para ser

atingida requer indivíduos autônomos

e empoderados que compartilhem os

valores da excelência e que, sobretudo,

internalizem as normas como princípios

para a ação empreendedora. RAPIDINHA

“8 Tipos de Líderes que Todo

Líder Deveria Conhecer

A nova psicologia em liderança de

sabedoria e de prifi ling que ninguém lhe

ensina em Harvard”

DEL PE

Editora Qualitymark

Texto ideal para aquele não pretende

ser apenas mais um entre os líderes. Perguntamos à autora: Por que

Gestão do Conhecimento vem ganhan-

do tamanha força nas empresas?

Com a evolução da Sociedade Indus-

trial para a Sociedade da Informação e

do Conhecimento, as organizações en-

contram-se inseridas em um mercado

em rápida e constante evolução, no qual

o ciclo de vida dos produtos é cada vez

menor. Para assegurar a sobrevivência

nesse ambiente e manter a competitivi-

dade, um novo modelo de gestão volta-

do a criação, compartilhamento, armaze-

namento, uso e reuso do conhecimento

deve ser implementado. Portanto, gerir o

conhecimento passa a ser um dos desa-

fi os das organizações contemporâneas.

EXPEDIENTE

Grupo LET Recursos Humanos

Membro Ofi cial

MatrizCentro Empresarial Barra Shopping - Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 308-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ – tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102 / Site: http://www.grupolet.com

Escritório São Paulo - Rua James Watt 84, 2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São Paulo (SP) – Brasil - Tel: (11) 5506-4299 / 5505-2509 / 5506-0639

Escritório Curitiba - Avenida Winston Chur-chill 2.370 sala 406, 4º andar - Pinheirinho - Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) – Brasil - Tel: (41) 3268-1007

Diretor Executivo: Joaquim Lauria

Diretor Adjunto: Kryssiam LauriaComercial: Julio César MauroE-mail: [email protected]

Revista

Publicação bimestral – Setembro / Outubro 2008Ano 2 – Nº 11 – Tiragem 1.500 exemplares

Jornalista responsável (redação e edição): Alexandre Peconick (ComunicaçãoGrupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail [email protected]ção e Arte: Murilo Lins ([email protected]) Envie para nós suas sugestões, idéias e críticas pelo e-mail [email protected] e leia as respostas no site www.grupolet.com

Impressão: Walprint Gráfi ca e Editora Ltda.Endereço: Rua Frei Jaboatão 295, Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ E-mail: [email protected]: (21) 2209-1717

News

Montagem com fotos: Alexandre Peconick, Site Sxc.hu e arquivo pessoal dos personagens

Foto

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Maria Terezinha Angeloni

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