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LABOREM EXEPCENS

Una lectura desde Caritas

CORINTIOS XIII R E V I S T A D E T E O L O G Í A Y

P A S T O R A L D E L A C A R I D A D

Núm. 22 Abril/Junio 1982

T o d o s los a r t í cu los pub l i cados en la Rev i s t a " C o r i n t i o s X I I I " han sido escr i tos e x p r e s a m e n t e para la m i s m a , y n o pueden ser r eproduc idos to ta l ni pa r c i a lmen te sin c i t a r su p r o c e d e n c i a .

L a Rev i s t a " C o r i n t i o s X I I I " n o se iden t i f i ca necesar ia ­m e n t e c o n los j u i c i o s de los au tores que c o l a b o r a n en e l la .

C O R I N T I O S X I I I

REVISTA DE TEOLOGIA Y PASTORAL DE LA CA­

RIDAD

Núm. 22 Abril/Junio 1982

DIRECCIÓN Y ADMINIS­TRACIÓN: CARITAS ESPA­ÑOLA. San Bernardo, 99 bis Madrid-8. Aptdo. 10095 Tfno. 445 53 00

EDITOR: CARITAS ESPA­ÑOLA

COMITÉ DE DIRECCIÓN:

Joaquín Losada (Director)

S. Ambrosio R. Franco F. Ibáñez J.M. Oses R. Rincón A. Torres Queiruga

Felipe Duque (Consejero Delegado)

IMPRIME: Servicios de Repro­grafia de Caritas Española

DEPOSITO LEGAL: M-7206-1977

ISSN 0210-1858

SUSCRIPCIÓN: España: 1.000 Ptas. Precio de este ejemplar: 300 Ptas.

S U M A R I O

Introducción I

"Memoria" de Ricardo Alberai XIII

JOSE MARIA OSES "Actualidad de la doctrina social de la Iglesia" 1

DEMETRIO VELASCO "Claves de interpretación de la encíclica Laborem exercens" 17

FERNANDO URBINA "Laborem exercens: una lectura desde la Iglesia española" 31

JOAQUÍN GARCÍA ROCA "Nuevas perspectivas para la marginación" 51

JOSE MARIA GUIX F E R R E R E S "Juan Pablo II y el trabajo". De la Rerum novarum a la Laborem exercens . . 65

FRANCISCO SALINAS "El problema del empleo". Acción de Caritas 113

Bibliografía 143

Escriben en este número 155

I N T R O D U C C I Ó N

L a i m p o r t a n c i a de la e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s ' 5 en eí

c o n j u n t o de la doc t r ina socia l de la Iglesia y el relieve a lcanzado

en la op in ión púb l i ca y en las fuerzas soc ia les , m o t i v a que C O ­

R I N T I O S X I I I o f rezca u n a l ec tu r a y un c o m e n t a r i o desde la

mis ión y tareas de Car i tas .

N o p r e t e n d e m o s h a c e r un es tud io exhaus t ivo de la e n c í ­

c l i c a . Nos l im i t amos a aquel los a spec tos más c e r c a n o s a la

re f lex ión de la T e o l o g í a y Pas tora l de la Car idad .

E n la p re sen tac ión del n ú m e r o 2 1 , ded icado a la visi ta

pas to ra l de J u a n P a b l o I I a E s p a ñ a , e s c r i b í a m o s : " E l pensa­

m i e n t o social del Papa e n c u e n t r a u n a i n t r o d u c c i ó n en las

páginas del p ro fe so r M o r e n o Gu t i é r r ez . C O R I N T I O S X I I I

dedicará un n ú m e r o especia l a la ' L a b o r e m e x e r c e n s ' . Po r eso

nos h a pa rec ido suf ic iente dejar c o n s t a n c i a a q u í de q u e , pa ra

J u a n Pab lo I I , el a m o r mise r i co rd ioso de D ios ex ige . . . ' la p ro ­

m o c i ó n y el desarrol lo integral de t o d o s ( los h o m b r e s ) ' " .

En es ta perspec t iva se c o m p r e n d e que la i n t e n c i ó n del

p resen te n ú m e r o sea p o n e r de relieve la d imens ión socia l de la

car idad y de su min i s t e r io , que es Car i tas .

II

I

Hay tres claves en la e n c í c l i c a que indican el p u n t o de c o n ­fluencia en t re la car idad y el t r aba jo h u m a n o . E n p r i m e r lugar , el c a r á c t e r de " Ig les ia de los p o b r e s " de la c o m u n i d a d ec les ia l . S igue la neces idad de ' V e r i f i c a c i ó n ' ' de tal c o n d i c i ó n . Y , p o r ú l t i m o , " l a v io lac ión de la dignidad del t r aba jo h u m a n o " (c f r . L E 8 ) .

E s t o s tres e j e s , c o h e r e n t e m e n t e t r abados , s ignif ican y rea­l izan la fuerza y el d inamismo del a m o r c r i s t i ano . E n e f e c t o , desde la doc t r i na del Magis te r io se asume y c o n f i r m a lo que en la r e f l ex ión t eo lóg ico-pas to ra l es y a " lugar c o m ú n " : la Iglesia e n c u e n t r a su qu ic io en su f idel idad a J e s u c r i s t o , que en t a n t o será a u t é n t i c a , en c u a n t o es té ver i f icada en y c o n la sol idar idad c o n los p o b r e s . Este es su "servicio": su amor liberador h a c i a el h o m b r e : su p rop ia mi s ión .

A h o r a b i en : " l a v io lac ión de la dignidad del t r aba jo hu­m a n o " , que genera en la soc iedad ac tua l un " n u e v o t ipo de p o b r e s " — alguien ha h a b l a d o de los "nuevos mend igos"—, es el nuevo ros t ro de la in jus t ic ia y m a r g i n a c i ó n . Quie re dec i r que " e l se rv ic io , el a m o r ec les ia l , n o será ta l , y p o r t a n t o n o veri­f icará la imagen de ' Igles ia de los p o b r e s ' , si n o a f ron ta y da respues ta al c l a m o r de los 'nuevos p o b r e s ' : . . . que se e n c u e n t r a n ba jo diversas fo rmas , aparecen en diversos lugares y en diversos m o m e n t o s , ( y ) apa recen en m u c h o s casos como resultado de la violación de la dignidad del trabajo humano" ( L E 8 ) .

E n es te p r o c e s o del a m o r , la sol idar idad a c t ú a c o m o v e h í c u l o y rea l izac ión de la f ra ternidad c r i s t i ana . Es su cor re la ­c i ó n y ver i f icac ión en el a c o n t e c e r h i s t ó r i c o . Es el c a m i n o

III

ex i s t enc ia l e h i s tó r i co que e n c a r n a y h a c e real idad la mi s ión l ibe radora y fraternal de la Igles ia : " L a a c c i ó n de la Iglesia en t e r renos c o m o los de la p r o m o c i ó n h u m a n a , del desar ro l lo , de la j u s t i c i a , de los de rechos de la pe rsona . . . n o neces i t a re­curr i r a s is temas o ideo log ías para amar, defender y colaborar en la liberación del hombre: en el c e n t r o del m e n s a j e , del cual es depos i ta r ía y p regone ra , e l la e n c u e n t r a inspi rac ión para actuar en favor de la fraternidad, de la j u s t i c i a , de la p a z " ( J u a n Pab lo I I . Inaugurac ión de la C o n f e r e n c i a de P u e b l a , 2 8 - 1 - 1 9 7 9 ) .

A su vez , la sol idar idad h a de verif icarse " a l l í donde lo requiere la degradac ión soc ia l del su je to del t r a b a j o , la e x p l o t a ­c i ó n de los t rabajadores y las c r ec i en t e s zonas de miser ia e inc luso de h a m b r e " ( L E 8 ) .

E l análisis de las causas y e f e c t o s de es ta v io lac ión y degra­d ac ión , causada po r cons idera r al h o m b r e " c o m o un instru­m e n t o de p r o d u c c i ó n " ( L E 7 ) en t o d o el p r o c e s o del t r aba jo h u m a n o , será un c o m p o n e n t e esencia l del n ú c l e o y d inamismo del servic io c r i s t i ano .

D e es te m o d o y c o m o expres ión de t o d o s los m o m e n t o s de la ver i f icac ión del a m o r , n a c e n en la Iglesia y en la soc i edad "nuevos movimientos de solidaridad de los h o m b r e s del t r aba jo y de solidaridad con los h o m b r e s del t r a b a j o " ( L E 8 ) , imagen a u t é n t i c a de la " Ig les ia de los p o b r e s " .

E s t a e s t ruc tu ra y d i n a m i s m o del servicio y del a m o r cris­t i anos , se hará p resen te en aque l los sec to res de p o b r e z a y margi-n a c i ó n que genera h o y la v io lac ión de un d e r e c h o fundamenta l del h o m b r e , c o m o es el t r aba jo y la dignidad del m i s m o . A el los se ref iere la e n c í c l i c a en el c a p í t u l o I V .

IV

I I

T a l vez p a r e z c a superf luo insist ir en es ta d imens ión soc ia l

del a m o r c r i s t i ano . N o es as í . L a e x p e r i e n c i a de Car i tas , a l o

largo de los años , c o n s t a t a c ó m o t o d a v í a hay c o m u n i d a d e s cris­

t ianas para las cuales hab la r de car idad socia l es , al m e n o s ,

s o s p e c h o s o . S e m e z c l a un t e m o r de u n a o r i en t ac ión " p o l í t i c o -

p a r t i d i s t a " de la a c c i ó n de Car i tas . S e olvida algo fundamenta l

y p resen te en el n ú c l e o m i s m o de la d o c t r i n a de la Iglesia: " S i

la Iglesia se h a c e p resen te en la de fensa o en la p r o m o c i ó n de

la dignidad del h o m b r e , l o h a c e en la l í n e a de su mi s ión , q u e ,

aun s iendo de c a r á c t e r re l igioso y n o soc ia l o p o l í t i c o , n o puede

m e n o s de cons ide ra r al h o m b r e en la in tegr idad de su ser . . . N o

es , pues , p o r o p o r t u n i s m o ni p o r afán de n o v e d a d que la Igle­

sia, ' e x p e r t a en h u m a n i d a d ' (Pab lo V I . D i scu r so a la O N U ,

5 - X - 1 9 6 5 ) , es de fensora de los de rechos h u m a n o s . Es p o r un

a u t é n t i c o compromiso evangélico, el cua l , c o m o suced ió c o n

Cr i s to , es c o m p r o m i s o c o n los más n e c e s i t a d o s " ( J u a n Pa­

b l o I I . Inaugurac ión de la C o n f e r e n c i a de Pueb la , 2 8 - 1 - 1 9 7 9 ) .

E n es ta l í n e a se h a m o v i d o la " d o c t r i n a de C a r i t a s " , espe­

c i a l m e n t e en la ú l t i m a década . S i dir igimos u n a mi rada se rena a

las conc lu s iones de las Asambleas de es te p e r í o d o , ve r emos , en

su esfuerzo p o r prec isar la iden t idad de Car i tas , u n a l í n e a cons ­

t a n t e : la p resenc ia e i n t e r a c c i ó n m u t u a en la a c c i ó n car i ta t iva

de la as i s tenc ia y la p r o m o c i ó n h u m a n a in tegra l .

" L a car idad debe expresarse —se a f i rma en la X X X Asam­

b l e a Nacional— en a c c ione s as is tencia les y tareas de p r o m o c i ó n

y de l ibe rac ión integral del h o m b r e , que n e c e s a r i a m e n t e im­

p l ican la t r ans fo rmac ión de las es t ruc turas s o c i o - e c o n ó m i c a s

i n j u s t a s " .

V

" E n el e j e r c i c io de su a c c i ó n car i t a t ivo-soc ia l , Car i tas debe

anal izar , denunc ia r y ac tua r an te las s i tuac iones de p o b r e z a , de

in jus t ic ia , de marg inac ión y v io lac iones de los de rechos hu­

m a n o s " ( C o n c l . I , 3 y 5 ) .

¿ N o e n c o n t r a m o s a q u í resonanc ias del n ú m . 8 de la " L a -

b o r e m e x e r c e n s " ? U n a re lec tu ra del mensa je y c o m p r o m i s o

de Car i tas , c o m p a r a d a c o n la ap remian te l l amada de J u a n

P a b l o I I a la Iglesia para que ver i f ique su c o n d i c i ó n de " Ig les ia

de los p o b r e s " , converge en que , desde nues t ra s i tuac ión ,

Cari tas es u n a de esas formas h is tór icas c o n c r e t a s de real izar el

servic io y el a m o r c o m o " n u e v o m o v i m i e n t o de sol idar idad

de los h o m b r e s del t r aba jo y de sol idar idad c o n los h o m b r e s

del t r a b a j o " .

A h í es tán para con f i rmar lo la a u t o c o n c i e n c i a de Cari tas

en es te s en t ido y los p rogramas y a c c i o n e s c o n c r e t a s que viene

rea l izando en favor de los parados en todas las diócesis espa­

ño las , n o s o l a m e n t e a niveles as is tenciales s ino e spec i a lmen te

encaminadas a a t aca r las causas que p r o v o c a n ese e s t ado de

p o b r e z a y m a r g i n a c i ó n .

S e e x p l i c a de este m o d o p o r q u é los ob i spos españo les ,

c u a n d o abordan los c o m p l e j o s y graves p r o b l e m a s socia les que

aque jan a nues t ra soc i edad , en t re las ins t i tuc iones eclesiales a

las que dirigen la mi rada para a f ron ta r los , des taquen especial­

m e n t e a Cari tas c o m o c a u c e válido para dar respues ta a los

m i s m o s .

A s í lo h i c i e ron en el d o c u m e n t o de la C o n f e r e n c i a Epis ­

copa l sobre " E l grave p r o b l e m a del p a r o " : " . . . t o d o s los espa­

ñoles c o n s t i t u i m o s u n a gran famil ia . D e n o s o t r o s se espera , en

es tos m o m e n t o s de crisis , un a u t é n t i c o esfuerzo c o l e c t i v o de

sol idar idad fraterna. . .

VI

P o r e s o , al t i e m p o que n o s p r o n u n c i a m o s , q u e r e m o s

c o n t r i b u i r p o r nues t r a pa r te c o n algo más que es ta e x h o r t a c i ó n .

Nos proponemos, ante todo, entregar nuestra aportación

económica personal al 1 fondo de lucha contra el paro' que

Caritas Española t iene y a in ic i ado c o n es te fin.

Pedimos encarecidamente a Caritas q u e , en el c o n j u n t o de

a t e n c i o n e s a las que debe h a c e r f ren te , o to rgue pr ior idad al

t e m a del p a r o " ( E x h o r t a c i ó n c o l e c t i v a de la C o n f e r e n c i a Epis ­

copa l E s p a ñ o l a , 2 7 - X I - 1 9 8 1 ) .

L a c o m u n i d a d c r i s t iana avanza en la va lorac ión de Car i tas

c o m o f e r m e n t o de car idad socia l y c o m p r o m i s o c o n los h o m ­

bres en c a d a s i tuac ión h i s tó r i ca . S i g n o de el lo es —además de

las Cari tas D i o c e s a n a s que y a c a m i n a n p o r estas veredas— la

X X X I I S e m a n a S o c i a l de E s p a ñ a , c e l eb rada en B a d a j o z ( 1 8 - 2 1

de M a r z o de 1 9 8 2 ) b a j o el l e m a de " E l p a r o , un r e t o a la so­

c i edad a c t u a l " , c u a n d o , e x p r e s a n d o el c o m ú n sent i r de la

var iedad de c o m u n i d a d e s cr is t ianas que t o m a r o n par te en la

m i s m a , c o n c l u y e :

Las " . . . so luc iones de u rgenc ia só lo son m o r a l m e n t e defen­

dibles c u a n d o van a c o m p a ñ a d a s de adecuadas po l í t i c a s de

e m p l e o que hagan pos ib le a m e d i o y a largo p lazo la c r e a c i ó n

de nuevos pues tos de t r a b a j o . E l l o ex ige serias re formas en el

s i s t ema capi ta l i s ta vigente y en el rég imen de la Segur idad

S o c i a l , el e s t í m u l o del aho r ro y de la i nve r s ión" ( C o n c l . 9 ) .

" E n es ta d i r ecc ión c o n s i d e r a m o s fac tores pos i t ivos :

— L a p r o s e c u c i ó n y p o t e n c i a c i ó n de los programas de

l u c h a c o n t r a el pa ro que v ienen desar ro l lándose en las diócesis

españolas , principalmente a través de Caritas" ( C o n c l . 1 0 ) .

VII

E s t a a p o r t a c i ó n de las S e m a n a s Soc ia l e s es algo más que

u n a dec la rac ión de p r inc ip ios . R e s p o n d e a u n a " v e r i f i c a c i ó n "

p o r par te del c o l e c t i v o c r i s t i ano que r e f l e x i o n a b a y b u s c a b a

vías de so luc ión al p r o b l e m a del p a r o . Es u n a va lo rac ión en la

que se c o n s t a t a que el ser y el ac tua r de Car i tas , y p o r t a n t o el

servic io de la car idad en la Iglesia , c o m p o r t a u n a carga de j u s ­

t ic ia socia l capaz de dar respues ta a los más graves p r o b l e m a s

de v io lac ión de los de rechos h u m a n o s en nues t ro t i e m p o .

E n u n a p l a t a f o r m a c o m o la de las S e m a n a s S o c i a l e s , c u y a

mis ión es difundir y apl icar a los p r o b l e m a s c o n c r e t o s de la

soc i edad españo la la doc t r i na social de la Iglesia , el h e c h o de

r e c o n o c e r a Cari tas c o m o p r o m o t o r a de " f a c t o r e s p o s i t i v o s "

para c o l a b o r a r en la so luc ión del p r o b l e m a del p a r o , s ignif ica

n o só lo el grado de difusión y p e n e t r a c i ó n del a m o r socia l en

su s en t ido más p r o f u n d o , s ino p r i nc ipa lmen te que Car i tas cons ­

t i t uye un c a u c e válido para " v e r i f i c a r " el mensa je l ibe rador de

la d o c t r i n a social de la Iglesia .

I I I

L a c o n c l u s i ó n a la que se l lega desde las c o n e x i o n e s de

Cari tas c o n la e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s " , es ev iden te : es te

d o c u m e n t o pon t i f i c i o es un ac i ca t e y un e s t í m u l o , a la vez que

u n a can t e r a doc t r ina l y pas to ra l , pa ra las tareas l iberadoras del

servic io de la car idad en la Iglesia .

Conv iene insistir en es te p u n t o . U n a vez pa sado el p r imer

i m p a c t o que supuso la p u b l i c a c i ó n de la e n c í c l i c a , n o es s e c r e t o

que el uso —y sobre t o d o el es fuerzo de verif icación— en las

Vili

c o m u n i d a d e s eclesia les y en la soc i edad más b ien h a s ido e s c a s o .

¿ S e repet i rá u n a vez más el t r is te e s p e c t á c u l o , que c o n fre­

c u e n c i a h e m o s o f rec ido los c r i s t i anos , de posee r u n a d o c t r i n a

soc ia l c o n garra, p e r o inef icaz p o r la fal ta de c o m p r o m i s o de

aquel los que la p red ican y debieran vivirla? ¿ A c a s o la h e m o s

e n c u a d e r n a d o en piel —ya h a ocu r r i do c o n o t r a e n c í c l i c a

del m i s m o cor t e" la " P o p u l o r u m progress io"—, para c o l o c a r l a

en los anaqueles de nues t ras b i b l i o t e c a s ?

L o s analistas de la Iglesia e spaño la apun tan q u e , h o y d í a ,

la imagen que p re sen t a de la d imens ión socia l de la fe es tá

" a la b a j a " en los p r o y e c t o s y p lan i f i cac iones pas to ra les . Las

c o n s e c u e n c i a s de es te f e n ó m e n o se h a c e n sent i r en la vi tal idad

m i s m a de la Iglesia y en sus cauces de evangel izac ión . ¿ N o es tá

rep legada sobre s í m i s m a ? T a l vez , si se re lanzasen c o n va l en t í a

"nuevos m o v i m i e n t o s de sol idar idad c o n los pobres y margi­

n a d o s " , la Iglesia r e c o b r a r í a su vigor. N o o lv idemos la h i s tor ia :

las grandes re formas eclesia les han t en ido su ra íz en la vuel ta a

las b ienaven turanzas , encarnadas en los grandes m o v i m i e n t o s

eclesia les de c o m p r o m i s o c o n el a m o r y la p o b r e z a . L a gran

señal para J u a n fue: " L o s pob re s son evange l i zados" (Mt 1 1 ,

1-6).

Cari tas quiere es tar en es ta l í n e a . Y a a p u n t a m o s anter ior­

m e n t e c ó m o se esfuerza en ser " v e r i f i c a c i ó n " de la e n c í c l i c a ,

en t a n t o que es " m o v i m i e n t o de sol idar idad de los h o m b r e s del

t r aba jo y de sol idar idad c o n los h o m b r e s del t r a b a j o " .

T a m b i é n de jamos c l a ro que la e s t ruc tu ra y d i n a m i s m o del

a m o r t razado en la e n c í c l i c a , se despl iega y p r o y e c t a a o t ras

fo rmas de p o b r e z a y marg inac ión , que son f ru to , en ú l t i m a

ins t anc ia , de la v io lac ión y degradac ión del t r aba jo h u m a n o .

IX

E l Papa h a c e re fe renc ia especia l al t r aba jo ag r í co l a , y de­

n u n c i a " s i t uac iones o b j e t i v a m e n t e i n j u s t a s " ( L E 2 1 ) ; a la

p e r s o n a minusvál ida —"suje to c o n t odos los de rechos"—, y

p r o c l a m a que " s e r í a r ad ica lmen te ind igno del h o m b r e y nega­

c i ó n de la c o m ú n human idad admi t i r en la vida de la soc iedad ,

y p o r cons igu ien te en el t r aba jo , ú n i c a m e n t e a los m i e m b r o s

p l e n a m e n t e func iona les , p o r q u e , o b r a n d o as í , se c a e r í a en una

grave forma de discriminación, la de los fuertes y sanos c o n t r a

los débi les y e n f e r m o s " ( L E 2 2 ) ; al p r o b l e m a de la emig rac ión ,

en pel igro de encon t r a r se "en desventaja en el á m b i t o de los

de rechos c o n c e r n i e n t e s al t r aba jo . . . (y de) ser e x p l o t a d a u n a

s i tuac ión de c o a c c i ó n en la que se e n c u e n t r a el e m i g r a d o "

( L E 2 3 ) .

L o s p rogramas de Cari tas r e sponden y enca jan pe r fec ta ­

m e n t e c o m o " j u s t a r e a c c i ó n s o c i a l " ( L E 8 ) f rente a las margina-

c iones señaladas p o r la e n c í c l i c a . El t r aba jo que se l leva a c a b o

en el m u n d o rural , e spec i a lmen te en las l lamadas "bo l sa s de

p o b r e z a " de la geograf ía e spaño la ; las c ampañas y obras en

favor de los minusvál idos ; la c o l a b o r a c i ó n c o n aquel los orga­

n i smos eclesiales y civiles que se o c u p a n de los p r o b l e m a s de

la e m i g r a c i ó n , son otras tan tas formas c o n c r e t a s de "veri­

f i cac ión so l ida r i a" del mensa je de la " L a b o r e m e x e r c e n s " .

T o d o es te es fuerzo , sin duda a lcanza o t r a m e t a de n o p o c a

i m p o r t a n c i a . U n a adecuada c o m p r e n s i ó n de la iden t idad de

Cari tas l leva cons igo u n a imagen an te la o p i n i ó n p ú b l i c a c o h e ­

ren te y a t r a y e n t e .

V a l e la p e n a aludir a u n a e x p e r i e n c i a . E n la A s a m b l e a de

Cari tas de u n a diócesis e spaño la , al e x p o n e r la T e o l o g í a de la

Car idad y de Car i tas , un t e ó l o g o " s o r p r e n d i d o " y a la vez

" a d m i r a d o " de los c o n t e n i d o s socia les de la l a b o r de Car i tas , m e

X

d e c í a en t o n o n o e x e n t o de e s c e p t i c i s m o : " M u c h o ' tenéis* que

t raba jar para c a m b i a r la imagen de Caritas" ( c o n a c e n t o en

l a í ) .

U n a p r imera r e f l ex ión que m e vino a la m e n t e : m u c h o

t e n e m o s que t raba jar t o d o s para c a m b i a r la imagen de la fe ,

c o m p r o m i s o c o n D i o s y c o n los h o m b r e s , reduc ida c o n fre­

c u e n c i a a un " s i s t e m a de verdades abs t r ac t a s , sin i nc idenc ia

en la v ida" . I d é n t i c a m e n t e , en re lac ión c o n la car idad , enco r -

se tada a m e n u d o en una m e r a " b e n e f i c e n c i a " , en m e d i o de

u n m u n d o que espera el c o m p r o m i s o sol idar io de u n a Iglesia

para la que " l o s gozos y las esperanzas , las t r is tezas y las angus­

t ias , sob re t o d o de los p o b r e s y de c u a n t o s sufren, son a la vez

gozos y esperanzas , t r is tezas y angust ias de los d i sc ípu los de

C r i s t o " ( G S 1 ) .

Pe ro mi r e f l ex ión fue más ade lan te . ¿ N o la te en la anéc ­

d o t a un s e n t i m i e n t o bas t an t e e x t e n d i d o de que aún nos queda

m u c h o p o r h a c e r en la m i s m a c o m u n i d a d ecles ia l para o f r ece r

u n a imagen de la p r á c t i c a de la car idad j u s t a y c o h e r e n t e ?

Car i tas es c o n s c i e n t e del p r o b l e m a . Po r eso p r o m u e v e la

difusión de la T e o l o g í a de la Car idad a t o d o s los niveles . Y se

c o m p r e n d e n las c o n c l u s i o n e s de la X X X A s a m b l e a Nac iona l :

"Car i t as E s p a ñ o l a debe p r o m o v e r y f o m e n t a r la T e o l o g í a

y Pas tora l de la C a r i d a d " ( I , 1 ) .

" L a s Cari tas deben in tens i f icar su ta rea de divulgación

de la T e o l o g í a y Pastora l de la Car idad c o n u n a pedagog ía que

faci l i te su c o m p r e n s i ó n " ( I , 2 ) .

XI

I V

L o s t rabajos del p resen te n ú m e r o , si b ien d i r e c t a m e n t e n o

h a c e n re fe renc ia a las c o n e x i o n e s dé Cari tas c o n la e n c í c l i c a ,

o f recen las pistas y perspect ivas para u n a l ec tu r a adecuada

desde la cua l , c u a n t o s es tán impl icados en las tareas "de la j u s ­

t i c ia o , aún m á s , del a m o r s o c i a l " (c f r . " R e d e m p t o r h o m i n i s "

1 6 ) , puedan e x t r a e r las c o n s e c u e n c i a s para sus p rogramas .

J o s é M a r í a Oses , duran te a ñ o s de legado ep i scopa l de Ca­

ritas Españo l a , nos of rece un denso es tud io sobre el s en t ido y

valor de la d o c t r i n a socia l de la Iglesia .

D e m e t r i o V e l a s c o , del S e c r e t a r i a d o S o c i a l D i o c e s a n o de

B i l b a o , p re sen ta las claves de l e c t u r a de la e n c í c l i c a .

F e r n a n d o Urb ina , d i r ec to r de "Pas to ra l M i s i o n e r a " , anal iza

el d o c u m e n t o pon t i f i c i o desde la i nc idenc i a del m i s m o en la

Iglesia española .

J o a q u í n G a r c í a R o c a , de " Ig les ia V i v a " , a b o r d a el t e m a de

la marg inac ión .

M o n s . G u i x Fe r re res , responsab le de Cari tas E s p a ñ o l a en

n o m b r e de la C o m i s i ó n Ep i scopa l de Pas tora l S o c i a l , s i s tema­

t iza la visión del t r aba jo h u m a n o en el p e n s a m i e n t o de J u a n

P a b l o I I .

F r a n c i s c o Sa l inas , de los Serv ic ios T é c n i c o s de Cari tas

E s p a ñ o l a y d i r ec to r de la revista " D o c u m e n t a c i ó n S o c i a l " ,

a m o d o de " e x p e r i e n c i a s so l ida r i as" e x p o n e u n a s ín tes is de las

a cc iones de Cari tas en su l u c h a c o n t r a el p a r o .

XII

E x p r e s a m e n t e h e m o s de jado pa ra es te n ú m e r o " h a c e r m e ­

m o r i a " de nues t ro c o l a b o r a d o r , y a fa l l ec ido , R i c a r d o A lbe rd i .

Car i tas E s p a ñ o l a y m u y s ingula rmente " C o r i n t i o s X I I I " s i empre

tendrán u n a deuda c o n R i c a r d o : la del r e cue rdo p e r m a n e n t e

agradec ido . S u m e n t e c la ra , su fino sen t ido evangé l ico , su

pas ión p o r la j u s t i c i a y su l ucha p o r u n a car idad soc ia l , s iempre

es tuv ie ron p ron tas para responder a las l lamadas a la co l abo ra ­

c i ó n c o n Car i tas . " C o r i n t i o s X I I I " , las J o r n a d a s de T e o l o g í a

de la Car idad , saben m u c h o de e s t o . F a l t a u n a c o l a b o r a c i ó n en

es te c o m e n t a r i o a la " L a b o r e m e x e r c e n s " : el a r t í c u l o que

hub iese e sc r i to R i c a r d o Albe rd i . E l fue u n o de los que p r o y e c ­

ta ron es ta p u b l i c a c i ó n .

N o p r e t e n d e m o s h a c e r u n a s e m b l a n z a de R i c a r d o c o m o él

se m e r e c e r í a . Cons ide r amos o p o r t u n o pub l i ca r la h o m i l í a de

M o n s . S e t i é n , su ob i spo y a m i g o , y t a m b i é n c o l a b o r a d o r de

Car i tas E s p a ñ o l a y de " C o r i n t i o s X I I I " , p r o n u n c i a d a en los

funerales de R i c a r d o .

S e a és te n u e s t r o h o m e n a j e a la m e m o r i a de R i c a r d o Albe rd i .

F i n a l m e n t e , qu is ié ramos des tacar que es te n ú m e r o fo rma

u n a un idad c o n el an te r io r , ded icado a la visi ta pas tora l del

Papa a E s p a ñ a . Quie re ser u n a a p o r t a c i ó n más de Cari tas Espa­

ñ o l a a la p reparac ión de la Iglesia e spaño la , pa ra que sea f ecunda

la p resenc ia del Papa en t re n o s o t r o s .

Felipe Duque

X I I I

" M E M O R I A " D E R I C A R D O A L B E R D I

C o m o h o m e n a j e a R i c a r d o Albe rd i , p u b l i c a m o s

la h o m i l í a de M o n s . S e t i é n , o b i s p o de S a n S e b a s t i á n ,

en la c e l e b r a c i ó n de los funerales de n u e s t r o c o l a b o ­

rador y m i e m b r o del c o m i t é de d i r ecc ión de " C o ­

r in t ios X I I I " ( f 1 6 de f eb re ro de 1 9 8 2 ) .

Muy queridos concelebrantes, queridos hermanos y fami­

liares de don Ricardo, y queridos amigos todos:

Ha muerto un hombre entero, un sacerdote entregado, un

amigo leal y un hermano entrañable. Cuando humanamente

creíamos que era más necesaria su presencia entre nosotros,

cuando más ansiábamos el trabajo que él estaba haciendo y el

que iba a hacer en el futuro, don Ricardo ha muerto.

Aunque espontáneamente brota la queja en nuestro co­

razón: ¡Señor, qué difíciles nos pones las cosas!, sin embargo,

no cabe otra salida que aceptar tus caminos. Tú sabes lo que

haces. Y lo sabes queriendo más que nosotros a esta Iglesia

a la que queremos servir. Tú quieres que tengamos la experien­

cia vivida, y no sólo creída, de lo que es nuestra debilidad y

XIV

que esy desde esa nuestra debilidad, desde donde quieres que

aparezca la fuerza de tu Evangelio. Un Evangelio que se com­

place en los humildes y en los pequeños, y también un Evan­

gelio que tiene que ser anunciado por una Iglesia que tiene que

fiarse más de Ti que de sus propias fuerzas.

Y, porque nos ves y nos sentimos pequeños, es por lo que

nos haces comprender que no podemos permitirnos el lujo y el

desgaste de no estar unidos en el momento de trabajar juntos,

sometiendo al juicio de la fe y a las exigencias de nuestro minis­

terio sacerdotal y apostólico las divisiones que puedan existir

entre nosotros.

1 . L a esperanza del c r e y e n t e

Amigo Ricardo, creo que puedo decir que conocía un poco

la profundidad de tu corazón. Creo que puedo decir qué es lo

que en última instancia te movía y, por esto, puedo decir de ti

que has sido un profundo c r e y e n t e . Conocí las críticas y las cen­

suras que hacías a los hombres de la Iglesia, pero sé que nunca

te sentiste lejos de ella. Sé que experimentaste más que nadie la

debilidad de la fe ante los poderes y los poderosos violentos de

este mundo, pero sé que nada te era más necesaria que tu fe.

Sé cómo te rebelabas ante las pretensiones de cualquiera que

pretendiese ofrecer soluciones que sólo desde la fe, según tú

creías, podían encontrar una salida válida. Por esto, en medio

de tus trabajos, de tus largas horas de estudio, de tus innume­

rables charlas, escritos y conferencias, sé que lo único que te

preocupaba era presentar la necesidad de la salida de la fe y,

a la vez, la urgencia por comprender una fe que ofreciera

salidas, que inquietara, que fuera verdadera y no alienante.

XV

Y, porque sé que eras un creyente de verdad, sé que ahora

nues t r a esperanza sobre ti no es otra que la que brota de esa

misma fe. Detrás y por encima de tu trabajo, detrás y por

encima de tus virtudes, de tu oración sencilla y constante, nues­

tra esperanza sobre ti es la que viene de tu fe en tu Dios, de la

fe del Dios que es un Padre bueno que te dará la vida, la vida

de Jesús Resucitado, que celebramos también hoy en esta Euca­

ristía, que nos recuerda al Justo que murió por su justicia, pero

cuyo sacrificio fue recibido por el Padre para la salvación de

todos.

Sé que tu dolorosa enfermedad fue tu última ofrenda,

ofrenda de una vida entregada a los demás. Sé que desde tu

enfermedad nos acompañabas y, ¿por qué no decirlo?, me

acompañabas personalmente cuando yo tenía algo que hacer

y tú lo único que podías hacer era sufrir. Con la misma con­

fianza hemos puesto tu vida en Dios, que te salvará porque te

dará la VIDA.

2 . L a l e c c i ó n del c r e y e n t e

Queridos amigos, queridos sacerdotes, queridos cristianos:

no podemos dejar que se nos vaya Ricardo sin recoger el men­

saje que puede ser para nosotros toda la trayectoria de su vida.

El nos habló mucho, nos dijo cosas hermosas, nos las dijo por

medio de su palabra, pero no son ésas las que yo quiero recordar

ahora. Nos dijo mucho más por su vida. Y eso sí que yo quiero

recogerlo:

— Nos habló del va lor ac tua l del Evange l i o , de un Evan­

gelio no desfigurado por nuestros intereses económicos, polí­

ticos o de cualquier otra naturaleza. Un Evangelio puesto en

XVI

confrontación con los hombres, con las ideologías, con los pro­

blemas de hoy. Un Evangelio que había que estudiarlo, como

lo estudiaba él, tanto como hay que estudiar, y él la estudiaba,

la realidad de nuestro mundo. Un Evangelio que sólo los limpios

y los sencillos de corazón pueden comprender. Por eso, bien­

aventurados los limpios de corazón y bienaventurado también

tú, porque quisiste mostrarnos la fuerza del Evangelio.

— Su vida fue también una p e r m a n e n t e l u c h a p o r la

verdad y la j u s t i c i a , sin aceptar nunca las componendas fáciles,

las complicidades del quedar bien o del dar gusto a quienes

te oían, porque preferías quedar solo antes de traicionar lo que

tú creías que era la verdad. Y sufriste soledad, rechazo y aun

persecución; por esto, tú nos dices que es verdad "bienaventu­

rados los que tienen hambre y sed de justicia" y también "los

que padecen por ella". ¡Cuántos amigos perdiste! Y lo sé por

experiencia, porque preferiste la lealtad a la verdad más que

la amistad de quienes no te comprendían.

— Y nos dio la gran lección de amar al h o m b r e c o n c r e t o

con un corazón grande, sensible al sufrimiento de la persona

concreta y no sólo ante los desórdenes estructurales. Sufrir por

cada hombre pisoteado, sea cuales fuesen las justificaciones que

a tales acciones se quisieran buscar. Sé la fuerza con la que

denunciabas la "ética de una falsa eficacia" a costa del hombre.

Por esto, quisiste decirnos que son "bienaventurados los pací­

ficos", porque son esos los que con su mansedumbre poseerán

la tierra y harán la paz.

Hermanos sacerdotes, amigos: en medio de nuestra pena,

digamos con el corazón lleno de paz: descansa, Ricardo, en paz;

descansa en Dios; acompáñanos desde arriba con tus mismas

inquietudes. Y sigue desde allí, como quisiste aquí en la tierra,

XVII

haciendo creyentes comprometidos por la verdad y por la jus­ticia. Y esperamos que volveremos a vernos; nos volveremos a ver donde el ser justos no será motivo de persecución, sino de un gozo permanente en la amistad y en la paz.

J o s é M a r í a O b i s p o de S a n S e b a s t i á n

ACTUALIDAD DE LA DOCTRINA SOCIAL DE LA IGLESIA

P o r J o s é M a r í a Osés G a n u z a

C o n la " L a b o r e m e x e r c e n s " , J u a n Pab lo I I h a desempol ­

vado la doc t r i na socia l de la Iglesia ; desde la " P o p u l o r u m pro-

g re s s io" p a r e c í a c o m o si la enseñanza soc ia l de la Iglesia hub ie r a

e n t r a d o en un G u a d i a n a del que m u c h o s se e m p e ñ a b a n en que

n u n c a sal iese. A unos m o l e s t a que el mensa j e c r i s t i ano a suma los

p r o b l e m a s mater ia les —¿mater ia les?— de la e c o n o m í a y de la

p o l í t i c a , e m p e c i n a d o s en una visión dual is ta del h o m b r e y del

m u n d o , re legando lo mate r i a l a las t in ieblas de " l o h u m a n o " ,

mien t ra s reservan para la Iglesia " l o s o b r e n a t u r a l " . E s t e m o d o

de c o n c e b i r lo c r i s t i ano es c o m o d í s i m o para los que d o m i n a n

los poderes e c o n ó m i c o s , socia les y p o l í t i c o s ; a s í se l iberan de

un m o l e s t o e n e m i g o que les c u e s t i o n a su s i tuac ión y pueden ,

sin p rob l emas de c o n c i e n c i a , dedicarse a los valores espi r i tuales ,

a la sa lvación del a lma ; mien t ras desmora l izan los p r o b l e m a s

de la vida real , pueden entregarse a el los c o n r e c t i t u d de in ten­

c ión y opres ión del p r ó j i m o . E s t a a c t i t u d es c o n s t a n t e en u n a

par te n u m e r o s a de c a t ó l i c o s .

2

A o t ros m o l e s t a la doc t r i na soc ia l de la Iglesia, p o r el

l ado c o n t r a r i o . A par t i r de la década de los 7 0 surge una c o n t e s ­

t ac ión p e r m a n e n t e a la doc t r i na socia l de la Iglesia , desde una

de t e rminada izquierda que asume sin c r í t i c a el c o n c e p t o de la

i deo log í a m a r x i s t a y lo apl ica a esa enseñanza ; la acusan de ser

exp re s ión de la i d e o l o g í a d o m i n a n t e , c o n lo cual la descal i f ican

y descal i f ican a t o d o aquel que t enga la ingenuidad de af i rmar

la vigencia de tal d o c t r i n a ; la ú n i c a o p c i ó n válida es la in terpre­

t ac ión del análisis m a r x i s t a de la l u c h a de c lases , según el cua l ,

t odos los valores vienen de t e rminados en ú l t ima ins tanc ia p o r

los m o d o s de p r o d u c c i ó n , cuyas c o n t r a d i c c i o n e s se mani f i e s tan ,

a nivel p s i c o l ó g i c o , en l ucha de c lases . S o r p r e n d e que , mien t ras

los defensores de tal pos tu ra se esfuerzan p o r in te rpre ta r la

t e o r í a m a r x i s t a c o n la a p o r t a c i ó n de sus c o m e n t a r i s t a s , a lgunos

c o n t e m p l a n la d o c t r i n a socia l de la Iglesia desde un ac ien t i -

f i smo pedes t re inexp l i cab le en h o m b r e s de ta l la in t e l ec tua l .

V a y a un e j e m p l o : " L a a l te rna t iva al cap i t a l i smo que el mar­

x i s m o p r o y e c t a , es u n a soc iedad sin c lases , en la que el l ibre

desarrol lo de cada u n o será la c o n d i c i ó n del l ibre desarro l lo

de t o d o s . A es te p r o y e c t o o p o n e el c r i s t i an i smo , an te t o d o ,

la defensa de la p rop iedad privada c o m o d e r e c h o n a t u r a l "

(Iglesia V i v a 5 2 / 5 3 ( 1 9 7 4 ) 3 3 6 ) . L a c i t a es e x p o n e n t e de un

m o d o de c o n c e b i r y r echazar la d o c t r i n a socia l de la Iglesia

c o m o un t o d o conse rvador que só lo sirve para diferir y obs t acu ­

l izar la r evo luc ión . Y e s t o es tá d i cho tres años después del

d o c u m e n t o " L a j u s t i c i a en el m u n d o " , al cua l n o veo fácil

acusar lo de ser expres ión de la i d e o l o g í a d o m i n a n t e . E n t r e

ambas pos turas , de h e c h o , hay una marg inac ión de la doc t r i na

soc ia l de la Iglesia , en la m a y o r í a de los c a t ó l i c o s ocupados y

p r e o c u p a d o s p o r tareas pas tora les , l i túrgicas y c a t e q u é t i c a s , que

pa recen reduc i r la evangel ización al a n u n c i o de la Pa labra y a la

c e l e b r a c i ó n de la F e .

3

J u a n P a b l o I I , c o n su e n c í c l i c a , viene a m o s t r a r que el men­saje de la B i b l i a es capaz de i luminar las real idades c o n c r e t a s , las que conf iguran la h i s tor ia y p o r las que pasa la salvación si é s ta es —y lo es— h i s tó r i ca . Oja lá que es ta e n c í c l i c a n o co r r a la suer te de algunos o t ros d o c u m e n t o s impor t an t e s , c o m o la " O c t o g é ­s ima adven i ens" que ha pasado sin i nc idenc i a alguna en la m a y o r par te de las comun idades de fe .

L a i m p o r t a n c i a pr inc ipa l de la " L a b o r e m e x e r c e n s " la p o n d r í a en el esfuerzo p o r mos t r a r la d imens ión socia l de la fe c o n una l ec tu ra h i s tó r i ca de las a f i rmac iones b í b l i c a s .

L a gran l imi t ac ión del magis te r io socia l de la Iglesia, desde L e ó n X I I I has ta P í o X I I inc lu ido , es t r iba en la fal ta de impu l so b í b l i c o ; p o r más que h a y a un a c e r c a m i e n t o progres ivo a los pro­b l emas soc ia les , las coo rdenadas t eo lóg icas siguen ancladas en una visión dual is ta , con la que es impos ib le asumir " los signos de los t i e m p o s " ; la m e d i a c i ó n de la Pa labra es la e sco lá s t i ca , capaz de cod i f i ca r todas las verdades y de resolver c o n silo­gismos todas las d i f icu l tades ; se da c o m o supues ta la división en t re na tura l y sobrena tu ra l , en t re m a t e r i a y e sp í r i tu , en t re los valores natura les y los sobrena tu ra le s ; en es ta visión t e o l ó g i c a se avanza en las c o n s e c u e n c i a s deducidas de los p r inc ip ios , p e r o el m o d e l o n o var ía . L a Iglesia c ree t ener so luc ión pa ra t o d o s los males del m u n d o , en función del orden sobrena tu ra l , que es lo ú n i c o i m p o r t a n t e .

Es un e r ror cons ide ra r la doc t r i na socia l de la Iglesia (y algunos d o c u m e n t o s del magis te r io dan pie para e l lo ) c o m o un c o n j u n t o de pr inc ip ios y no rmas socia les a m o d o de t raduc­c ión del plan de Dios sobre el m u n d o , c o m o si hub iese un orden natura l y un de recho natural e s t ab lec idos de una vez para s iempre y c u y a expres ión fuera la d o c t r i n a soc ia l .

4

E l magis te r io de la Iglesia , en u n a c o n c e p c i ó n p reconc i l i a r

en la que la j e r a r q u í a se a n t e p o n e al Pueb lo de D i o s , se s ien te

l l amado a deci r su pa labra c o m o la ún i ca válida para los pro­

b lemas del m u n d o , sin c o n c i e n c i a de q u e , a veces , es o c u l t a c i ó n

ideo lóg ica de la Pa labra ; b a s t a r í a r eco r re r a lguna e n c í c l i c a para

c o m p r o b a r es ta p e n o s a a f i rmac ión ; a s í es tá l a t en t e c o m o algo

ind iscu t ib le —y p o r e so m i s m o m u c h o más peligroso— que el

o rden socia l y sus es t ruc turas son f u n d a m e n t a l m e n t e buenas ,

queridas p o r D i o s . D u r a n t e demas iados años , la c o n c e p c i ó n de

las clases soc ia les , de la p rop iedad privada, de la l imosna , se h a

r epe t ido sin revisión c r í t i c a . Po r o t r a pa r t e , una sobreva lo rac ión

del magis te r io ord inar io de la Iglesia q u i t a b a l ibe r t ad para la

c r í t i c a púb l i ca de su enseñanza . P e r o , pese a todas las defi­

c i enc ia s , es inadmis ib le la ignoranc ia del c o n j u n t o de la ense­

ñanza socia l de la Iglesia , en la que , p o r e n c i m a de t o d o , espe­

c i a l m e n t e a par t i r del d o c u m e n t o en el 5 0 aniversar io de la

" R e r u m n o v a r u m " — " B e n i g n i t a s e t humani tas"— y más aún

desde el rad iomensa je de Navidad de 1 9 4 2 —"Con sempre"—,

des t aca la defensa del h o m b r e y de sus de r echos . L a t ragedia

n o h a e s t ado t a n t o en el debe de la doc t r i na soc ia l de la Iglesia

c o m o en el de los ob i spos y profesores de universidades y semi­

nar ios , p o r la i r re levancia que le han dado en los cuadros de

e s tud io . L o s fieles la d e s c o n o c e n p o r q u e n o se les ha p r ed i cado ,

y n o se ha p red icado p o r q u e n o se h a enseñado a los sacerdo tes

en el seminar io . L a C o m i s i ó n Ep i scopa l de A p o s t o l a d o S o c i a l

h i zo un análisis de los programas de es tud io de los seminar ios

de E s p a ñ a y só lo en dos o c u p a b a es ta enseñanza un lugar acep­

t ab l e . D e s c o n c i e r t a la fal ta de in s t rumen ta l i zac ión in t e l ec tua l

de a lgunos ( ? ) educadores de la fe pa ra a f ron ta r las real idades

soc ia les vitales en la vida de los h o m b r e s . E l l o e x p l i c a suf ic ien te­

m e n t e el que , c o n una d o c t r i n a tan i n e q u í v o c a sobre los de­

r echos de los h o m b r e s , se sopor tase sin angust ia de c o n c i e n c i a

5

la d ic tadura has t a la década de los 7 0 . L o s t e s t i m o n i o s con t r a ­

rios fueron p o c o s y a is lados, d i scordantes de la c a d e n c i a general

de la Iglesia.

L a d o c t r i n a socia l n o se ha c o n c e b i d o c o m o d imens ión

socia l inhe ren te a la fe , s ino c o m o una enseñanza marginal al

mensa j e , só lo in te resan te para los sensibi l izados p o r la " c u e s t i ó n

s o c i a l " , n o c o m o d imens ión esencia l de la His to r ia de la Salva­

c i ó n .

Nuevos h o r i z o n t e s

E l V a t i c a n o I I ha des t acado c o n f i rmeza es ta d imens ión

socia l de la His to r ia de la S a l v a c i ó n ; a su luz , la doc t r i na soc ia l

de la Iglesia e n c u e n t r a un nuevo h o r i z o n t e ; p o d e m o s e n t e n d e r

p o r doc t r i na socia l de la Iglesia " las enseñanzas y valores que

c o n c r e t a el magis te r io de la Iglesia c o n t e m p l a n d o la soc i edad

a la luz del Evange l io , para que la c o m u n i d a d c r i s t iana , un ida

c o n los demás h o m b r e s , t rabaje para la l ibe rac ión integral de

los h o m b r e s " .

Al volverse la Iglesia dec id idamen te hac i a la His to r ia de

la Sa lvac ión o f rece una fundamen tac ión m u c h o más t e o l ó g i c a

a la doc t r i na social de la Iglesia, inse r tándo la en el c o r a z ó n

m i s m o de la fe . L a re lac ión ent re fe y c o m p r o m i s o soc io -

p o l í t i c o n o hay que buscar la en un " d e r e c h o n a t u r a l " , s ino

en la fe en el D ios que se nos revela en J e s ú s ; el m e j o r impu l so

para c o m p r e n d e r la d imens ión socia l de la fe p rov iene de la

i n t e rp re t ac ión b í b l i c a del A n t i g u o y Nuevo T e s t a m e n t o .

L a r ecuperac ión del J e s ú s h i s t ó r i co ha c o n t r i b u i d o en

gran med ida a p o t e n c i a r la t o m a de c o n c i e n c i a de la d imens ión

6

socia l de la fe . ¿ C ó m o es pos ib le anunc ia r h o y la resur recc ión

de J e s ú s sin m o s t r a r su fuerza l ibe radora t e s t i m o n i a d a p o r los

c r e y e n t e s ? Mien t ras ex i s t i ó la un idad rel igiosa fue pos ib le pro­

c l a m a r la fe en J e s ú s , su m u e r t e y r e su r recc ión , sin i nc idenc i a

en la vida soc ia l . L a s o c i o l o g í a del c o n o c i m i e n t o e x p l i c a sufi­

c i e n t e m e n t e c ó m o en una cu l tu ra , c u y o s valores y c reenc ias han

s ido s o c i a l m e n t e l eg i t imados , és tos se in te r ior izan sin c r í t i c a

a lguna; p e r o , c u a n d o esa cu l tu ra se en f ren ta c o n un p lura l i smo

c r í t i c o , un mensa je só lo es vál ido, só lo se anunc i a verdadera­

m e n t e , si la vida del mensa j e ro lo rubr ica . P o r e s o , dice el t e r ce r

S í n o d o : " S i el mensa je c r i s t i ano sobre el a m o r y la j u s t i c i a n o

man i f i e s t a su e f i cac ia en la a c c i ó n p o r la j u s t i c i a en el m u n d o ,

m u y d i f í c i lmen te o b t e n d r á c red ib i l idad en t re los h o m b r e s de

nues t ro t i e m p o " . Af i rmar que en J e s ú s se han c u m p l i d o las pro­

mesas de paz y de j u s t i c i a , es c r e í b l e en t a n t o en c u a n t o los cre­

y e n t e s t e s t imon ian c o n su vida esa paz y j u s t i c i a . Af i rmar que

Dios da de c o m e r al h a m b r i e n t o y deja v a c í o al p o d e r o s o , ex ige

que los c r e y e n t e s se c o m p r o m e t a n en la l ucha p o r un m u n d o

en el que n o h a y a ni p o b r e s ni r i co s ; p o r q u e en un m u n d o de

b ienes escasos só lo es pos ib le que h a y a ricos y pob re s p o r la

in jus t ic ia , p o r la negac ión del h o m b r e . Af i rmar la r e su r recc ión ,

es af i rmar la vida c o n t r a la m u e r t e , el a m o r c o n t r a el o d i o , la

f ra ternidad c o n t r a la in jus t ic ia , la l i be rac ión c o n t r a el p e c a d o .

L a Iglesia t i ene que anunc ia r el Evange l io , que es l ibe rac ión

de todas las esc lavi tudes . E s t o es fundamen ta l ; negar lo , redu­

c i r l o , se r ía lo m i s m o que negar o reduc i r la fuerza r e d e n t o r a

de la r e su r recc ión , se r í a sus t raer a lguna real idad al s e ñ o r í o de

Cr i s t o . Pueden pa rece r pa labras , pe ro en ellas se exp re sa el

m o d o de e n t e n d e r la fe en J e s u c r i s t o . " E l V e r b o de D i o s , p o r

quien t o d o fue h e c h o , se e n c a r n ó pa ra q u e , H o m b r e p e r f e c t o ,

salvara a t odos y recap i tu la ra todas las cosas . E l S e ñ o r es el fin

de la h i s tor ia h u m a n a , p u n t o de conve rgenc i a hac i a el cual

7

t i enden los deseos de la h i s to r ia y de la c iv i l i zac ión , c e n t r o de

la h u m a n i d a d , gozo del c o r a z ó n h u m a n o y p l en i tud en todas

sus a s p i r a c i o n e s " ( " G a u d i u m e t s p e s " ) .

L a gracia y el p e c a d o traspasan la densidad de la c r e a c i ó n

c o m o traspasa, y p o r q u e t raspasa, el c o r a z ó n del h o m b r e ; h o m ­

bre y m u n d o son inseparables : el h o m b r e h a c e al m u n d o y el

m u n d o hace al h o m b r e , que n o es m e r o resu l tado de las rela­

c iones soc ia les , pe ro éstas y t o d o el e n t r a m a d o de es t ruc turas

e ins t i tuc iones socia les conf iguran la pe r sona . L a real idad socia l

queda con tag i ada o b j e t i v a m e n t e del e g o í s m o y de la grandeza

del h o m b r e ; és te p r o y e c t a sobre el m u n d o su p rop io ser, con ­

v i r t i éndolo en para í so o en des ie r to , y , a su vez , n a c e s i tuado en

ese m u n d o en el cual es tá a c t u a n d o la larga h i s to r ia de las gene­

r ac iones . L a sol idar idad de los h o m b r e s para el b i en y para el

m a l , es real idad inev i tab le . Las c ienc ias h u m a n a s c o n s t i t u y e n un

m e d i o fo rmidab le para p o t e n c i a r los o jos de la f e , a la h o r a de

descubr i r en el m u n d o los c a m i n o s de l ibe rac ión y de opres ión .

E l análisis s o c i o l ó g i c o y el e c o n ó m i c o demues t ran que se da u n a

opres ión ob je t iva de unas clases c o n t r a o t ras , de unos pueb los

c o n t r a o t ro s , p roduc ida p o r es t ruc turas y s is temas en los que se

cos i f i can los abusos de los más p o d e r o s o s .

" E l Evange l io anunc ia y p r o c l a m a la l ibe r tad de los h i jos

de D i o s , r echaza todas las esclavi tudes que derivan en ú l t i m a

ins tanc ia del p e c a d o " ( G . S . 4 1 ) . C o h e r e n t e m e n t e c o n la ense­

ñanza del V a t i c a n o I I , el magis te r io de la Iglesia p u b l i c ó el docu­

m e n t o " L a j u s t i c i a en el m u n d o " ; es u n a l e c t u r a l imp ia del m e n ­

saje evangél ico y una l ec tu ra evangél ica del m u n d o ; p o r e s o ,

c r e o que es el d o c u m e n t o más l u m i n o s o de la Iglesia sob re el

m o d o de c o n c e b i r su p rop ia p resenc ia en el m u n d o y m a r c a el

s en t ido que debe t ene r la d o c t r i n a social de la Iglesia .

8

" E s c u c h a n d o el c l a m o r de qu ienes sufren violencias y se ven opr imidos p o r s is temas y m e c a n i s m o s in jus tos , y escu­c h a n d o t a m b i é n los in te r rogan tes de un m u n d o que c o n su pervers idad c o n t r a d i c e el plan del Creador , t e n e m o s c o n c i e n c i a u n á n i m e de la v o c a c i ó n de la Iglesia a es tar p resen te en el c o ­razón del m u n d o p red i cando la B u e n a Nueva a los p o b r e s , la l i be rac ión a los op r imidos y la a legr ía a los a f l ig idos" .

L a esperanza y el impulso que an iman p r o f u n d a m e n t e al m u n d o n o son a jenos al d i n a m i s m o del Evange l io , que p o r vi r tud del Esp í r i t u S a n t o l ibera a los h o m b r e s del p e c a d o per­sonal y de sus c o n s e c u e n c i a s en la vida soc ia l .

L a i n c e r t i d u m b r e de la h i s to r ia y el do lo roso surgir de fuerzas convergen tes en el c a m i n o a scenden t e de la c o m u n i d a d h u m a n a , nos h a c e n pensar en la His tor ia Sagrada , en la que D ios m i s m o se h a reve lado , dándonos a c o n o c e r su plan de l ibe rac ión y de salvación en su rea l izac ión progresiva, y que se c u m p l i ó de una vez para s iempre en la Pascua de Cr i s to . La acción en favor de la justicia y la participación en la transformación del mundo, se nos presenta como una dimensión constitutiva de la predica­ción del Evangelio, es decir, la misión de la Iglesia para la re­dención del género humano y la liberación de toda situación opresiva" ( " L a j u s t i c i a en el m u n d o " ) . L a " L a b o r e m e x e r c e n s " e m p a l m a t í m i d a m e n t e c o n este d o c u m e n t o .

N o bas ta la B i b l i a

E l a m o r al p r ó j i m o n o se puede separar de los cond i c iona ­m i e n t o s h i s tó r i cos —sociales, e c o n ó m i c o s y po l í t i cos—, so p e n a de conver t i r lo en u n a i d e o l o g í a f ác i lmen te ap rovechab le p o r los pode rosos de t u rno . E n el e n t r a m a d o o b j e t i v o del m u n d o y de

9

sus es t ruc turas , la Iglesia debe discernir lo que h a y de p e c a d o o de gracia y luchar para que desaparezca c u a n t o en el m u n d o hay de c o n d e n a c i ó n y opres ión . El c o m p r o m i s o en el m u n d o b r o t a para la Iglesia desde su m i s m a iden t idad .

L a l ibe rac ión del h o m b r e , los avances de la j u s t i c i a soc ia l , neces i t an de med iac iones y programas e c o n ó m i c o s y p o l í t i c o s , para los que la B ib l i a n o da so luc ión a lguna; o f rece valores e ideales que deben ser enca rnados en las c i rcuns tanc ias h i s tó ­ricas. El Evange l io exp re sa el s en t ido que el h o m b r e debe dar a su e x i s t e n c i a ; of rece un m o d e l o : J e s ú s de Naza re t ; pe ro n o da so luc iones .

A n t e s he d icho que la fal ta de a l i en to b í b l i c o h a s ido la causa de q u e , p o r u n a pa r t e , h a y a apa rec ido marginal la d imen­sión socia l de la fe y , p o r o t ra , el que se h a y a dado c o m o doc­t r ina cr i s t iana lo que era p r o d u c t o cul tura l e i d e o l ó g i c o . L a Iglesia e n c u e n t r a en la R e v e l a c i ó n el sen t ido de la l i be rac ión del m u n d o y la neces idad de c o m p r o m e t e r s e para que todas las cosas se o r i en ten según el plan de D i o s , que n o es o t r o s ino el que t o d a la c r e a c i ó n vaya dirigida o b j e t i v a m e n t e al desar ro l lo integral de t odos los h o m b r e s ; en la Esc r i t u r a descubre t a m b i é n a lgunos valores i r renunc iab les : el a m o r a t odos los h o m b r e s , la j u s t i c i a y la equ idad c o n c r e t a d a s en la defensa del débi l , el a m o r a Dios y al p r ó j i m o , y la l ibe rac ión de todas las opre­s iones c o m o ver i f icación de es te a m o r . E s t o es vál ido s i empre . Pe ro es tos pr inc ip ios y valores son i n o p e r a n t e s ; deben tradu­cirse h i s t ó r i c a m e n t e en n o r m a s y o r i en t ac iones m u c h o más ce rcanas a la rea l idad; deben c o n c r e t a r s e en u n a mora l socia l válida para impulsar la ac t iv idad de los h o m b r e s , especial­m e n t e la de la m i s m a Iglesia , hac i a u n a p l a sm ac ión real de la j u s t i c i a soc ia l .

1 0

Si la enseñanza de la Iglesia se quedara en pr inc ip ios gene­

rales , ha r í a un a n u n c i o ah i s tó r i co del mensa je ap to para legi­

t imar ac t i tudes con t r apues t a s , desde un pa t e rna l i smo con t i ­

n u a d o r de la in jus t ic ia ha s t a un rad ica l i smo capaz de sacr i f icar ,

en aras de la e f i cac ia , valores fundamenta les .

L a enseñanza de la Iglesia debe t ene r un c o n t e n i d o m a t e ­

rial ope ra t ivo , si h a de ser verdadera mora l soc ia l ; n o puede

cons i s t i r en un c o n j u n t o de enunc iados esencia l is tas e i n t e m p o ­

rales , ni en u n a rac iona l i zac ión de la a c c i ó n c o n c r e t a , s ino que

debe ser luz , fuerza, impu l so , para o r i en ta r la a c c i ó n sin llegar

a o f rece r opc iones c o n c r e t a s . N o h a y orden soc ia l a lguno que

pueda ser p r e sen t ado c o m o t r aducc ión del Evange l io . E s t a

mora l socia l es lo que la Iglesia nece s i t a y lo que l l a m a m o s

d o c t r i n a soc ia l .

La doctrina social de la Iglesia debe responder a los signos

de los tiempos

E n u n a c o n c e p c i ó n de la Iglesia c o m o soc iedad , c o m o n o t a

des tacada , la j e r a r q u í a t iende a t ene r un papel a b s o r b e n t e ,

t i ende a arrogarse la función de ser la ú n i c a voz válida en la

Iglesia , sin la c o n f r o n t a c i ó n y ayuda del r e s to de la c o m u n i d a d ,

l o cua l es causa de que tales enseñanzas , a veces , ca rezcan de

inc idenc i a en los p u n t o s vitales de los p r o b l e m a s que a tenazan

a los h o m b r e s . C u a n d o eso sucede , a c o n t e c e que la o r i en t ac ión

de la Iglesia , su enseñanza , p o r n o responder a las neces idades

reales de un m o m e n t o h i s t ó r i c o , puede frenar el paso l ibe rador

de la His tor ia ; y n o vale apelar a la b u e n a vo lun tad o al desco­

n o c i m i e n t o de la rea l idad. R e c o r d e m o s dos e j emplos que

pueden i luminar más que c ien páginas de d iscurso : el l ibera­

l i smo y el soc i a l i smo .

11

E n el siglo X V I I I , en u n a soc iedad s o m e t i d a al ab so lu t i smo soc ia l , p o l í t i c o y re l ig ioso , i r rumpen c o n fuerza l ibe radora la I lus t rac ión y el l i be ra l i smo . E n esos "s ignos de los t i e m p o s " h a y impulsos que p re t enden salvar al h o m b r e , devolverle su gran­deza , p o r más que h a y a t a m b i é n algunas s o m b r a s . L a Igles ia , en vez de ser la pa r t e ra de ese m o v i m i e n t o l ibe rador , en el que de algún m o d o se mani f ies ta el paso de D i o s p o r la His to r ia , se o p o n e c o n todas sus b a t e r í a s ; en vez de fecundar lo c o n el espí ­ritu del Evange l io y as í pur i f icar lo de t o d a ganga, lo conv ie r t e en e n e m i g o . Has ta en sus p l a n t e a m i e n t o s doc t r ina le s , la Iglesia r e t r o c e d e de la c o n c e p c i ó n d e m o c r á t i c a de la au tor idad de Suá rez y V i t o r i a al conse rvadur i smo de la " D i u t u r n u m i l l u d " y de " N o t r e charge a p o s t o l i q u e " , de L e ó n X I I I y P í o X , respec­t i v a m e n t e . Se rá Pab lo V I quien r e c o n o z c a p ú b l i c a m e n t e los ca lo res c r i s t ianos de la R e v o l u c i ó n f rancesa .

El l ibe ra l i smo e c o n ó m i c o y p o l í t i c o y la R e v o l u c i ó n indus­trial p r o v o c a n , en el siglo X I X , en E u r o p a , la apar ic ión del pro­l e t a r i ado ; su e x t r e m a miser ia es c o n s e c u e n c i a de un orden soc ia l en el que c a m p e a la ley del más fuer te , a p o y a d o p o r el m i s m o E s t a d o : salarios de h a m b r e , j o r n a d a s de t r aba jo ago tadoras , viviendas inhumanas . . . A n t e tal s i tuac ión , surge c o m o respues ta el m o v i m i e n t o soc ia l i s ta , a sumiendo la real idad más vital del m o v i m i e n t o o b r e r o . E n ese impulso l ibe rador hay m u c h a s s o m b r a s , pe ro h a y i n m e n s a m e n t e más luces ; su o b j e t i v o funda­m e n t a l es luchar p o r un orden socia l en el que n o h a y a ni e x p l o ­tadores ni e x p l o t a d o s , en el que se superen todas las al iena­c iones del h o m b r e y r ecupere su verdadero ser h u m a n o , su dig­n idad . Por desgracia, t a m p o c o supo la Iglesia l ee r los signos de los t i e m p o s ; su ac t i t ud fue de dura y f ronta l c o n d e n a ; y , mien ­tras los obre ros respi raban c o n c i e n c i a de j u s t i c i a y sol idar idad, la Iglesia les h a b l a b a de res ignac ión , de p rop iedad , de o rden , de l i m o s n a . Para c u a n d o aparece la " R e r u m n o v a r u m " , el soc ia­l i smo lleva m e d i o siglo c o m b a t i e n d o al c a p i t a l i s m o .

1 2

E s t o s e j emplos mues t ran c ó m o la Iglesia debe ser sensible

a los suf r imientos del m u n d o y darles respues ta desde el Evan­

ge l io . A s í mos t r a r á que son verdad sus palabras c u a n d o af i rma

que " lo s gozos y las esperanzas , las t r is tezas y las angustias de

los h o m b r e s de nues t ro t i e m p o , sobre t o d o de los pob re s y de

c u a n t o s sufren, son a la vez gozos y esperanzas , t r is tezas y

angustias de los d i sc ípu los de C r i s t o " ( G . S . 1 ) .

L a c o n c i e n c i a de su iden t idad man i f e s t ada en el V a t i ­

c a n o I I señala el c a m i n o a seguir p o r la d o c t r i n a socia l de la

Iglesia . S u a u t o c o n c i e n c i a c o m o P u e b l o de D i o s y c o m o sacra­

mento universal de salvación o f r ece un h o r i z o n t e y unas ex igen­

cias insospechadas para el c u m p l i m i e n t o de su mis ión —la

evangel ización—, en la med ida que su vida responda a esa

c o n c e p c i ó n .

L a j e r a r q u í a t iene su func ión e s p e c í f i c a , p e r o n o puede

real izar su p rop io min i s t e r io al margen del res to de los demás

m i e m b r o s . L a evange l izac ión , mis ión esencia l de la Iglesia ,

c o r r e s p o n d e a t o d a la c o m u n i d a d c o m o P u e b l o de D i o s . Y

t a n t o m e j o r la cumpl i r á c u a n t o cada m i e m b r o viva au tén t i ca ­

m e n t e su p rop ia func ión . L a to t a l idad de la mis ión h a s ido

e n c o m e n d a d a a t o d a la c o m u n i d a d , la mis ión de J e s ú s : anunc ia r

c o n verdad, vá l idamen te , el R e i n o de D i o s . Y es te a n u n c i o debe

t ene r , c o m o la His tor ia de la S a l v a c i ó n , u n a e n c a r n a c i ó n h is tó­

r ica en los h o m b r e s y en los p u e b l o s . E l c u m p l i m i e n t o de es ta

mis ión ex ige un r e p l a n t e a m i e n t o de la enseñanza socia l de la

Iglesia; el c o m p r o m i s o p o r la l i be rac ión integral del h o m b r e se

e n c a r n a en c i rcuns tanc ias y p r o b l e m a s c o n c r e t o s , c o n fre­

c u e n c i a diversos en el t i e m p o y en el e s p a c i o , para los cuales

puede ser i nope ran t e una d o c t r i n a c o n p re t end ida validez uni­

versal . C u a n t o más ampl ia p r e t e n d a ser , t a n t o más r e c o r t a su

13

capac idad para or ien ta r la so luc ión de los p r o b l e m a s , que , p o r

su p rop ia na tu ra leza , son c o n c r e t o s .

L a c o m u n i d a d ha de c o m p r o m e t e r s e en la rea l izac ión de

la j u s t i c i a ; y e s to es p r o p i o , n o exc lu s ivamen te p e r o s í preferen­

t e m e n t e , de los seglares. E l los son quienes pueden c o n o c e r los

p r o b l e m a s socia les c o n un m í n i m o de ser iedad. E l c o n o c i m i e n t o

n o bas ta , son necesar ios unos valores desde los que se j u z g a el

o rden socia l y se o r i en ta hac i a m e t a s más h u m a n a s . P o r es ta

r azón , el magis te r io n o puede dar so luc iones a esca la universal .

" I n c u m b e a las comun idades cr is t ianas anal izar c o n ob je t iv idad

la s i tuac ión prop ia de su pa í s , e sc la rece r la m e d i a n t e la luz del

Evange l io , deducir pr inc ip ios de r e f l ex ión , n o r m a s de j u i c i o

y d i rec t r ices de acc ión según las enseñanzas socia les de la

Iglesia . . .

A estas c o m u n i d a d e s cr is t ianas t o c a discerni r , c o n la ayuda

del Esp í r i t u S a n t o , en c o m u n i ó n c o n los Ob i spos r e sponsab les ,

en d iá logo c o n los demás h e r m a n o s c r i s t ianos y t odos los h o m ­

bres de b u e n a vo lun tad , las opc iones y los c o m p r o m i s o s que

c o n v i e n e asumir para realizar las t r ans fo rmac iones soc ia les ,

p o l í t i c a s y e c o n ó m i c a s que se cons ide ren de u rgen te neces idad

en c a d a c a s o " ( " O c t o g é s i m a a d v e n i e n s " 4 ) .

L o s valores y no rmas l iberadoras se gestan en la con f ron ­

t ac ión de la real idad c o n el Evange l io y c o n la d o c t r i n a que la

Iglesia va adqu i r i endo j u n t o c o n el r es to de la h u m a n i d a d . D e

ese m o d o se descubre u n a mora l socia l que después el magis­

t e r io la puede y debe e x p o n e r c o m o o r i en t ado ra y , f recuen te ­

m e n t e , de ob l igado c u m p l i m i e n t o para los c r i s t i anos .

El c o m p r o m i s o de la c o m u n i d a d c o n el m u n d o de los que

sufren, es el m e j o r c a m i n o para que la Iglesia ace rque los valores

1 4

e t e rnos del Evangel io a la rea l idad; n o es lo m i s m o decir que el

c r i s t i ano ha de aunar al p r ó j i m o , que af i rmar que en nues t ro

t i e m p o el c o m p r o m i s o p o l í t i c o es ine ludib le si ese a m o r ha de

ser algo más que pa labras ; n o es lo m i s m o deci r que h a y que

c u m p l i r la j u s t i c i a , que af i rmar que en la va lorac ión socia l y

e c o n ó m i c a del t r aba jo debe t ene r más i m p o r t a n c i a el t r aba jador

que su r e n d i m i e n t o .

A su vez, la e x p o s i c i ó n c lara y f irme del magis te r io forzará

el c o m p r o m i s o de los c r i s t i anos . Para que es ta doc t r i na t enga

validez debe ser e l aborada c o n la apo r t ac ión de t odos aquel los

que pueden o f rece r su c o n o c i m i e n t o y e x p e r i e n c i a . C u a n t o más

en so l i ta r io fo rmule la j e r a r q u í a la enseñanza soc ia l , más pel igro

c o r r e de ser inef icaz o de cae r en c o n t r a d i c c i ó n . A s í n o suce­

de r í a que , en t r e las valiosas apo r t ac iones de la " L a b o r e m

e x e r c e n s " , e n c o n t r e m o s , j u n t o a la a f i rmac ión de que el salar io

es p u n t o cen t ra l de la é t i c a soc ia l , unos c r i te r ios de va lo rac ión

m u y p o r detrás de los que apor t a la " M a t e r e t M a g i s t r a " .

L a d o c t r i n a soc ia l , c o m o toda enseñanza de la Iglesia , t i ene

una finalidad pas to ra l ; el magis te r io t iene la función pr imordia l

de ayudar a los fieles a vivir el Evange l io . E s t o s , más que cer­

tezas y seguridades, esperan de sus pas tores luz, fuerza y test i­

m o n i o . E l ca r i sma del magis te r io n o se e j e rce c u a n d o se e x p o n e

u n a doc t r ina , s ino c u a n d o se p r o c l a m a a u t é n t i c a m e n t e . Es n e c e ­

sario que la au tor idad que p r o c l a m a una doc t r i na aparezca

p l e n a m e n t e c o n v e n c i d a , s i endo c o h e r e n t e c o n e l la , c o n h e c h o s

y pa labras . L a au to r idad eclesial debe ser m u c h o más l íde r , test i ­

m o n i o , que maes t r a de ce r t ezas . E s t o n o es pos tu l ado p o r pura

razón de e f i c i enc i a ; responde a ex igenc ias más hondas . E l

ca r i sma del magis te r io es par te de la mis ión p r o f é t i c a de la

j e r a r q u í a , y el min i s te r io p r o f é t i c o só lo se e je rce au tén t i ca -

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m e n t e si se t e s t i mon i a c o n la vida; de o t r o m o d o , la verdad sigue s iendo verdad, p e r o n o es verdadero su a n u n c i o p r o f é t i c o .

C o m o he d i cho a lguna vez: " L a v ivencia del Evange l io en las c o n d i c i o n e s reales de los h o m b r e s , es el c a m i n o para que la Iglesia sea signo de sa lvac ión ; y as í , v iviendo su p rop io ser , su p rop ia iden t idad , expresa rá vá l idamente las ex igenc ias socia les de la fe en c a d a e t apa de su peregr inar al l ado de los h o m b r e s . L a expres ión rac ional de estas ex igenc ias socia les de la fe , es lo que los cr i s t ianos e n t e n d e m o s p o r doc t r i na socia l de la Iglesia ; tan p e r m a n e n t e c o m o el ser del h o m b r e y el de la Ig les ia ; tan relat iva c o m o la h i s to r ic idad del h o m b r e y la h i s to ­r ic idad de la s a lvac ión" .

CUTES DE INTERPRETACIÓN DE LA ENCICLICA

LABOREA! EXERCENS

Por D e m e t r i o V e l a s c o

V a ha t ranscurr ido más de m e d i o año desde la pub l i cac ión

de la e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s " , y en es te m e d i o a ñ o h e m o s

asis t ido a esa d ramát i ca aventura del p u e b l o p o l a c o q u e , de

p ro t agon i s t a h e r o i c o t rente al Levia tán del poder , ha ido convir ­

t i éndose en la l a m e n t a d a v í c t i m a del " r ea l i smo p o l í t i c o " que

d i cho p o d e r e j e rc i t a . Y m e n c i o n o este f e n ó m e n o po rque n o

han s ido p o c o s los comen ta r i s t a s de la e n c í c l i c a que han que­

r ido in te rpre ta r la desde la ó p t i c a c o y u n t u r a ] de un papa p o l a c o ,

que desde la cá t ed ra universal hab la en a p o y o de la l i be rac ión

de su pueb lo y de todos los pueb los . S e r í a una lás t ima que

t a m b i é n la e n c í c l i c a fuera v í c t i m a de la consp i r ac ión del silen­

c i o , que s iempre o rques t a el duro pr inc ip io de la real idad

p o l í t i c a m e n t e l e í d o c u a n d o de acal lar voces c r í t i ca s se t ra ta .

Sin e m b a r g o , c r e o que la e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s " es

un d o c u m e n t o de tal t r a scendenc ia y or iginal idad, que n o puede

ser med ia t i zado po r s i tuac iones coyun tu ra l e s de cua lqu ie r t ipo

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que éstas sean. A mi en t ende r , nos e n c o n t r a m o s c o n un t e x t o que se sabe en un c o n t e x t o a n t r o p o l ó g i c o , s o c i o p o l í t i c o y cul tura l de a l cance mundia l , y c o n una perspec t iva h i s tó r i ca tan ampl ia c o m o lo es la del m u n d o desar ro l lado , el del occ i ­den te capi ta l i s ta y el de los pa íses l l amados socia l i s tas , al que i n t e n t a c o m p r e n d e r y valorar desde la ó p t i c a c r i s t iana . Hablar , pues , de las claves de in t e rp re tac ión de la e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s " , nos ex ige remi t i rnos al m a r c o re ferenc ia! en el que el t e x t o c o b r a su verdadera s ignif icat ividad.

Del hito de las efemérides a la teología cristiana del trabajo

L a " L a b o r e m e x e r c e n s " es u n o de esos t e x t o s que se escr iben c o n ocas ión de la e femér ides de o t ros grandes docu­m e n t o s del magis te r io de la Iglesia dedicados a la " c u e s t i ó n s o c i a l " , y se conv ie r t e él m i s m o en un h i t o , y , sin duda alguna, n o el m e n o s re levante para la re f lex ión del c r e y e n t e sobre el h o m b r e ac tua l en u n o de los a spec tos en que m e j o r " s e revela t o d a la r iqueza y a la vez t o d a la fatiga de la e x i s t e n c i a h u m a n a sobre la T i e r r a " ( L E 1 ) , c o m o es el del t raba jo h u m a n o . " C e l e ­b r a m o s el noven ta aniversario de la e n c í c l i c a Rerum Xovarum en vísperas de nuevos ade lan tos en las c o n d i c i o n e s t e c n o l ó g i c a s , e c o n ó m i c a s y po l í t i ca s que , según m u c h o s e x p e r t o s , influirán en el m u n d o del t r aba jo y de la p r o d u c c i ó n n o m e n o s de c u a n t o lo h izo la revoluc ión industrial del siglo pasado. . . No cor res ­ponde a la Iglesia anal izar c i e n t í f i c a m e n t e las pos ib les c o n s e ­cuenc ias de tales c a m b i o s en la conv ivenc ia h u m a n a . Pe ro la Iglesia cons ide ra deber s u y o recordar s iempre la dignidad y los de rechos de los h o m b r e s del t r a b a j o , denunc ia r las s i tuac iones en las que se violan d ichos de r echos , y c o n t r i b u i r a o r i en ta r e s t o s c a m b i o s para que se real ice un a u t é n t i c o progreso del h o m b r e y de la s o c i e d a d " ( L E 1 ) .

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E s t a tarea eclesial la va a h a c e r el papa " s a c a n d o del

p a t r i m o n i o del e v a n g e l i o " aque l lo que h o y se p rec i sa para una

b u e n a c o m p r e n s i ó n del t r aba jo h u m a n o y para una praxis c o h e ­

ren te r e spec to al m i s m o .

E s , pues , el t e ó l o g o , en es te ca so el t e ó l o g o m o r a l , el que , a

la luz de la Pa labra revelada y desde el h o r i z o n t e de la fe , anal iza

la s i tuac ión ac tua l re fe ren te al t r aba jo y saca las c o n s e c u e n c i a s

é t icas pe r t inen te s . ¿ C ó m o enca rna r el mensa je c r i s t i ano en un

" m u n d o " que g l o b a l m e n t e cons ide rado es desigual e in jus to y

que es tá en pel igro de quebra r la paz p r o v o c a n d o la au todes-

t r u c c i ó n ?

El h e c h o de que el papa responda que es el t r aba jo " q u i z á

la clave esencia l de t o d a la cues t ión socia l y de u n a progresiva

h u m a n i z a c i ó n de la vida h u m a n a " , es , a mi e n t e n d e r , una de sus

a f i rmac iones más lúcidas p o r lo que r e spec ta a la c o m p r e n s i ó n

de las med iac iones soc ioana l í t i c a s de la fe en el m u n d o ac tua l .

(De la fe y de t o d o p r o y e c t o h u m a n i z a d o r que apun te a la

l iberac ión integral del h o m b r e ) . L a neces idad de un nuevo orden

e c o n ó m i c o in t e rnac iona l y de una nueva d i s t r ibuc ión del tra­

b a j o n o son só lo ni f u n d a m e n t a l m e n t e unas ex igenc ias de

c a r á c t e r t é c n i c o u organizat ivo del orden e c o n ó m i c o y social

e x i s t e n t e s , s ino que expresan la c o n v i c c i ó n de que , só lo devol­

v iendo al t raba jo h u m a n o la dignidad y el valor que perd ió y a

desde la génesis de nues t ra soc iedad e c o n ó m i c a o c c i d e n t a l , se

p o d r á pensar en un nuevo m o d e l o de soc iedad a la m e d i d a

del h o m b r e . U n m u n d o en el que el h o m b r e es degradado y

e x p l o t a d o c o m o su je to del t r a b a j o ; un m u n d o en el que el

valor e c o n ó m i c o es el valor p r ior i ta r io al que se subord ina

t o d o lo demás ; un m u n d o , en suma , en el que el verdadero

evangel io es la lógica del m e r c a d o , neces i t a c o n urgenc ia el

a l i en to de un nuevo esp í r i tu que lo vaya c a m b i a n d o p o c o

a p o c o .

2 0

N o es, pues , un m é t o d o rac iona l i s ta , a b s t r a c t o , esencia-

l is ta , el que apl ica el papa en la e n c í c l i c a . N o par te en su re­

flexión de unos pr incipios dogmá t i cos o de " d e r e c h o na tu r a l " ,

en c o n f o r m i d a d c o n los cuales se deducen u n a serie de cons ide­

rac iones y c o n s e c u e n c i a s . N o es su def in ic ión de un m o d e l o

ideal de soc iedad el que le lleva a descal i f icar los m o d e l o s

ex i s t en t e s p o r ma los o de f ec tuosos .

Par te , más b i en , de ese h o r i z o n t e u t ó p i c o que es su preo­

c u p a c i ó n p o r el " h o m b r e r e d i m i d o " ; desde él i n t en t a subrayar

t o d o aquel lo que mani f i e s ta una " a n t r o p o l o g í a del h o m b r e

c a í d o " . Es un análisis de las nuevas c o n d i c i o n e s obje t ivas en las

que el h o m b r e m o d e r n o t iene que e je rce r su v o c a c i ó n de su je to

del t r aba jo , en c o n f o r m i d a d c o n el plan divino y a seña lado en el

Génes i s , el que i lumina y p o n e de relieve los obs t ácu los c u y a

superac ión conv ie r t e la andadura h u m a n a en una tarea é t i c a .

Y es desde la a f i rmac ión p e r m a n e n t e de es te h o r i z o n t e u t ó p i c o ,

en el que el h o m b r e t ra ta de ser su j e to , desde donde en t r a en

diá logo c r í t i c o c o n aquel las ins tanc ias , ins t i tuc iones o s is temas

que lo dif icul tan o imp iden .

Nos ha l l amos , pues , frente a un t e x t o que t iene una gran

c o h e r e n c i a y lógica in te rnas , aunque a veces la r ica sensibi l idad

del human i s t a se mani f i e s ta c o n una c o m p l e j i d a d de ma t i ce s

y t emas que hacen algo d i f icu l tosa su l ec tu ra . En cua lqu ie r ca so

su r iqueza es e n o r m e y es ob l igada u n a re i terada l ec tu ra , de la

que n o debe e x i m i r n o s ningún c o m e n t a r i o .

La clave del sujeto humano

Si es verdad que una s o m e r a l ec tu ra de la e n c í c l i c a bas t a

para cap t a r u n a sensibi l idad en r iquec ida c o n la apo r t ac ión mar-

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x i s t a , p o r lo que se refiere a la va lo rac ión de la re lac ión en t r e t e o r í a y prax is ( d e t e r m i n a c i ó n soc ia l de las ideas , en especia l los n ú m e r o s dedicados a la m a t r i z * e c o n o m i s t a y mate r ia l i s t a de o c c i d e n t e ) y en el m i s m o t r a t a m i e n t o del t r aba jo , en t re o t ros t emas , es de subrayar el c o n s t a n t e e c o que la l e c t u r a del t e x t o susci ta del p e n s a m i e n t o persona l i s ta y de la f i losof ía de los valores , e t c . Es de t o d o s c o n o c i d a la f o r m a c i ó n h u m a n i s t a del papa y , sobre t o d o , su c o n s t a n t e p r e o c u p a c i ó n p o r los t emas r e l ac ionados c o n la dignidad de la p e r s o n a h u m a n a . F e r n a n d o U r b i n a nos hab la , al r e s p e c t o , de un l ib ro de K . W o j t y l a , que se t i tu la " L a Persona en A c c i ó n " , y en él y a se hal lan las ideas nuc lea res de sus e n c í c l i c a s . E n es te l i b ro se asumen las apor ta ­c iones de la m o d e r n a f e n o m e n o l o g í a y del pe r sona l i smo desde u n a perspec t iva a r i s to t é l i co - tomis t a (ver Sa l T e r r a e , ene ro 1 9 8 2 ) .

Desde este ho r i zon t e cu l tura l , el papa e x p l í c i t a y argu­m e n t a la a f i rmación cen t ra l de la a n t r o p o l o g í a b í b l i c a : " E l h o m b r e . . . ' imagen de D i o s ' es u n a pe r sona , es dec i r , un ser sub­j e t i v o capaz de obra r de m a n e r a p rog ramada y rac iona l , capaz de decidir a c e r c a de s í y que t i ende a realizarse a s í m i s m o " ( L E 6 ) .

R e f o r m u l a r h o y as í la imagen b í b l i c a de la p e r s o n a hu­m a n a , t iene al m e n o s una dob le c o n s e c u e n c i a , que el papa sub­raya en el segundo y fundamenta l c a p í t u l o de la e n c í c l i c a t i tu­l ado " E l t r aba jo y el h o m b r e " . E n p r imer lugar, reaf i rmar que el h o m b r e es el su je to del t r a b a j o , inc luso en es te m o m e n t o en que la t é c n i c a ( t r aba jo o b j e t i v o ) adquiere un papel p reponde ­ran te . En es te s en t ido , el papa advier te an te el pe l igro de que la t é c n i c a " s u p l a n t e " al h o m b r e , re legándole a u n a s i tuac ión de esc lavo . Es un desaf ío al t a lan te é t i c o del h o m b r e m o d e r n o , el n o arrodil larse an te una nueva m e t a m o r f o s i s del "deus e x m a c h i n a " , e s t a vez la " m a c h i n a est d e u s " . E l nuevo ros t ro de

2 2

la negac ión y del p e c a d o h u m a n o s se r ía es te o lvido cu lpab le po r el que el h o m b r e diviniza la ob ra de sus propias m a n o s .

En segundo lugar, se supera c o m o a n a c r ó n i c a una imagen del h o m b r e desnatura l izado por las med ia t i zac iones e h ipo t ecas del m u n d o ant iguo y de la é p o c a m o d e r n a . " L a edad antigua i n t rodu jo en t re los h o m b r e s una prop ia y t í p i c a d i fe renc iac ión en g remios , según el t ipo de t rabajo que rea l izaban. El t r aba jo que ex ig í a de parte del t raba jador el uso de sus fuerzas f ís icas , el t r aba jo de los múscu los y m a n o s , era cons ide rado indigno de los h o m b r e s libres y po r e l lo era e j e c u t a d o p o r los e s c l a v o s " ( L E 6 ) . "Pa ra algunos fautores de tales ideas, el t raba jo se e n t e n d í a y se t r a taba c o m o una espec ie de ' m e r c a n c í a ' , que el t r aba jador —especia lmente el o b r e r o de la i n d u s t r i a - vende al empresa r io , que es a la vez poseedo r del cap i ta l , o sea , del c o n j u n t o de los in s t rumen tos de t rabajo y de los medios que hacen pos ib le la p r o d u c c i ó n . Este m o d o de en t ende r el t raba jo se d i fundió , de m o d o par t icu la r , en la p r imera mi t ad del si­glo X I X " ( L E 7 ) . Quizá sea este n ú m e r o 7, ded icado a la forma l iberal de en tende r el t r aba jo , el que nos i n t roduce en lo que a mi en t ende r es la apo r t ac ión más rica y original de la e n c í ­c l i ca " L a b o r e m e x e r c e n s " . " A pesar de t odo el papa se refiere a las mejoras logradas por las fuerzas socia les en l u c h a - , el peligro de cons idera r el t raba jo c o m o una m e r c a n c í a 'sui gene-ris ' , o c o m o una a n ó n i m a 4 fuerza ' necesar ia para la p roduc­c ión (se hab la inc luso de ' fue rza - t r aba jo ' ) , existe siempre, espec i a lmen te c u a n d o toda la visual de la p r o b l e m á t i c a e c o n ó ­m i c a es té ca rac te r i zada p o r las premisas del e c o n o m i s m o ma te ­r i a l i s t a" ( L E 7 ) . Y me re fe r ía a la apo r t ac ión más or iginal , en el s en t ido de que va a ser es ta clave del e c o n o m i s m o y del mater ia­l i smo la que va a es tar en el origen de la insuf ic ienc ia radical de t o d o p r o y e c t o de c a m b i o y de t o d a " a l t e r n a t i v a " socia l al sis­t e m a capi ta l i s ta l iberal . J u z g o que es un gran ac i e r t o el remi t i r ,

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t a n t o al cap i t a l i smo l iberal c o m o al soc ia l i smo co lec t iv i s t a , a es ta matr iz e c o n o m i c i s t a , y a que a m b o s s is temas sufren las mismas c o n s e c u e n c i a s derivadas de los espe j i smos del " h o m o e c o n o m i c u s " , que c ree en la capac idad s o c i o g e n é t i c a m e n t e b e n e f a c t o r a de la rac iona l idad e c o n ó m i c a m o d e r n a , sin cues­t ionar en su raíz el r e d u c c i o n i s m o deshuman izado r que tal ó p t i c a c o m p o r t a .

Y , si es ev idente que el cap i t a l i smo l iberal es pr ior i ta r ia y cua l i t a t ivamen te responsable de la deshuman izac ión c o n c o ­m i t a n t e a la soc iedad e c o n ó m i c a que genera , n o lo es m e n o s que n o habrá a l te rnat iva real is ta que nos saque de estas c o o r d e ­nadas mater ia l i s tas , si la c o n c e p c i ó n b í b l i c a y c r i s t iana n o e n c u e n t r a "un puesto central en toda la esfera de la política social y económica, t a n t o en el á m b i t o de cada u n o de los pa íses c o m o en el más ampl io de las re lac iones in t e rnac iona le s e i n t e r c o n t i n e n t a l e s " ( L E 7).

A h o r a b ien , d e b e m o s ser cau tos an te los pos ib les pro­y e c t o s e ins t i tuc iones s o c i o p o l í t i c a s que se p resen tan au to-t i tu lándose cr is t ianas . El papa , en ningún m o m e n t o a f i rma una t e rce ra vía en la que deban enrolarse los c r e y e n t e s . Al c o n t r a r i o , a ler ta ante el pel igro de u n a ideo log izac ión que , c o m o el caso del ideal i smo l iberal , le jos de ser un a n t í d o t o espir i tual frente a la p rác t i ca mate r i a l i s t a , se conv ie r t e en una burda fals i f icación de los verdaderos ideales h u m a n o s , c e r r ando además la pos ib i l idad de hace r un p l a n t e a m i e n t o verdadera­m e n t e h u m a n i z a d o r a los q u e , p o r n o quere r cae r en las mal las del ideal i smo mater ia l i s ta , hacen la o p c i ó n del ma te r i a l i smo an t ihuman i s t a .

El si tuar al m a r x i s m o en la mat r i z del cap i t a l i smo sirve para p o n e r de relieve la original idad de la visión del t r aba jo

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en la e n c í c l i c a . Af i rmar que el h o m b r e se au tor rea l i za en el tra­b a j o , n o se reduce a af i rmar que el h o m b r e es un animal pro­duc to r . El t r aba jo , según la e n c í c l i c a , t iene s iempre un valor é t i c o que n o depende de la pos i c ión o de la ac t iv idad e s p e c í f i c a del que t raba ja , s ino de la dignidad del h o m b r e que la real iza . ( E s t o queda e spec i a lmen te sub rayado al hab la r del t r aba jo de los minusvá l idos ) . " Y es n o só lo un b ien ' ú t i l ' o 'para disfrutar ' , s ino un bien ' d igno ' , es deci r , que co r r e sponde a la dignidad del h o m b r e , un b ien que expresa es ta dignidad y la a u m e n t a " ( L E 9 ) .

En algún m o m e n t o se m e ha ocu r r ido pensar que el papa debiera habe r t en ido en c u e n t a esa sensibi l idad tan ac tua l que e n c a r n a el discurso del " d e r e c h o a la p e r e z a " , que c u e s t i o n a de raíz la t e o l o g í a de la p r o d u c c i ó n c o m ú n al l ibera l i smo y al soc ia l i smo (ver , p o r e j e m p l o , el a r t í c u l o de Rosanva l l on . V i e j o T o p o n ú m . 6 0 ) . S in e m b a r g o , t o d a su re f l ex ión sobre el t raba jo se s i túa en las an t í podas del parad igma pecun ia r io de la ut i l idad y e s t a r í a j u n t o a t o d o aquel que i n t en t e a f i rmar al h o m b r e y su dignidad, c o s a q u e , dada la c o n d i c i ó n h i s tó r i ca del h o m b r e , n o puede lograrse r e h u y e n d o un t raba jo rec ta­m e n t e e n t e n d i d o . " T o d o es to da t e s t i m o n i o en favor de la ob l igac ión mora l de unir la l abor ios idad c o m o vir tud c o n el orden socia l del t r a b a j o , que pe rmi t i r á al h o m b r e 'hacerse más h o m b r e ' en el t r a b a j o . . . " ( L E 9 ) .

E s , pues , u n a c o n s t a n t e de la e n c í c l i c a la a f i rmac ión de la p r i m a c í a del su je to h u m a n o , exp re sada en la c o n s t a n t e af i rma­c i ó n de la pr ior idad del t raba jo h u m a n o sobre el cap i t a l . A s í , t o d a la e n c í c l i c a será u n a denunc ia de la cos i f i cac ión del tra­ba jo y del h o m b r e ; una denunc ia de ese p r o c e s o del desar ro l lo e c o n ó m i c o o c c i d e n t a l , que ha c o n v e r t i d o al h o m b r e en una m e r c a n c í a ; una denunc ia del c o n f l i c t o en t r e t r aba jo y cap i t a l ,

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que ha c o n v e r t i d o en a n t i n ó m i c o s los dos po los de un b i n o m i o

e s t ruc tu r a lmen te un i t a r io . L a a n t i n o m i a en t re t r aba jo y capi ta l

es " l a ruptura de es ta imagen c o h e r e n t e , en la que se salvaguarda

e s t r e c h a m e n t e el p r inc ip io de la p r i m a c í a de la pe r sona sobre

las c o s a s . . . " ( L E 1 3 ) .

L a c r í t i c a del cap i t a l i smo y del c o l e c t i v i s m o es , p o r t a n t o ,

una c o n s e c u e n c i a lóg ica de la a f i rmac ión de la t r a scendenc ia del

su je to h u m a n o , que n o se debe ins t rumenta l i za r ni ob je t iva r . N o

e n t r o a señalar , ni s iquiera a grandes rasgos, los p o r m e n o r e s de

es ta c r í t i c a . S ó l o recordar que es en es te m a r c o , que p r i m a al

capi ta l sobre el t r aba jo o al p r o c e s o p roduc t i vo sobre el su je to

p r o d u c t o r , en el que se s i túa la i legi t imidad del dogm a de la

p rop iedad privada o de la ap rop iac ión c o l e c t i v a de los b ienes

de p r o d u c c i ó n (ver L E 1 3 - 1 4 ) . S ó l o el pos tu l ado m o r a l de la

p r i m a c í a del su je to es a u t é n t i c a a l te rna t iva . " A s í , pues , el

p r inc ip io de la pr ior idad del t raba jo r e s p e c t o al capi ta l es un

pos tu l ado que p e r t e n e c e al o rden de la mora l soc ia l . Es t e pos tu­

l ado t iene i m p o r t a n c i a clave t a n t o en un s i s t ema basado sobre

el p r inc ip io de la p rop iedad privada de los med ios de p roduc ­

c i ó n c o m o en el s i s tema en que se h a y a l i m i t a d o , i nc luso radical­

m e n t e , la p rop iedad privada de es tos m e d i o s " ( L E 1 5 ) .

L a clave de la sol idaridad

L a o t r a c lave , a mi en t ende r , fundamenta l y es t recha­

m e n t e re lac ionada c o n la clave a n t e r i o r m e n t e m e n c i o n a d a , es

la de la sol idar idad. So l ida r idad , que el papa a b o r d a desde

diversas perspec t ivas , aunque todas ellas convergen tes hac ia esa

sol idar idad radical que es la del Dios de los p o b r e s y la del

c a rp in t e ro de Nazare t .

2 6

Desde una perspec t iva h i s tó r i ca , el papa valora de fo rma pos i t iva y has t a l e g í t i m a la " r e a c c i ó n social de los h o m b r e s del t r aba jo . . . c o n t r a la degradación del h o m b r e c o m o su je to del tra­b a j o , y c o n t r a la inaudi ta y c o n c o m i t a n t e e x p l o t a c i ó n en el c a m p o de las gananc ias , de las c o n d i c i o n e s de t r aba jo y de provi­denc ia hac i a la pe r sona del t r a b a j a d o r " ( L E 8 ) . E l papa r eco ­n o c e el c a r á c t e r pos i t ivo y t r ans fo rmador de d icha sol idar idad y an ima en la ta rea de " rea l izar la j u s t i c i a s o c i a l " , p o t e n c i a n d o los " s i empre necesa r ios nuevos m o v i m i e n t o s de sol idar idad de los h o m b r e s del t r a b a j o " ( L E 8 ) . E n es te c o n t e x t o hay que s i tuar el h e c h o s indical , que se h a conve r t i do en un e l e m e n t o indispensable de la vida soc ia l , y a que responde a una neces idad h i s tó r i ca . Pe ro el papa , quizás m o v i d o p o r su pe r sona l i smo y a sub rayado , r echaza la l u c h a socia l tal c o m o la en t i ende el mar­x i s m o : su c a r á c t e r de l u c h a " c o n t r a " los demás , el ser la expre­sión del " e g o í s m o de grupo o de c l a s e " ; subraya , p o r su pa r t e , en la l ucha ob re ra "su c a r á c t e r de f a c t o r c o n s t r u c t i v o de orden socia l y de sol idar idad. . . E n es te sen t ido la act iv idad de los s ind ica tos en t ra i n d u d a b l e m e n t e en el c a m p o de la ' p o l í t i c a ' , en t end ida és ta c o m o una prudente solicitud por el bien común" ( L E 2 0 ) . Es novedad en es te c o n t e x t o la defensa del de r echo a la huelga. A d m i t e su leg i t imidad , aunque advierte de su abuso c o m o un pel igro a evi tar , y a que h a c e pel igrar el b ien c o m ú n ( L E 2 0 ) .

M u y re lac ionada c o n lo a f i rmado es tá la segunda perspec­tiva desde la que t r a t a la e n c í c l i c a la sol idar idad. Es un nivel m e n o s c o y u n t u r a ! y nos r emi te al h e c h o del t r aba jo , cons t i ­tu t ivo y bá s i co del m u n d o del h o m b r e . Es el nivel del t r aba jo c o m o c o n d i c i ó n de pos ib i l idad de la famil ia y de la soc iedad nac iona l , en las que el h o m b r e e n c u e n t r a su hogar en el s en t ido p ro fundo del t é r m i n o . " T o d o e s t o h a c e que el h o m b r e c o n c i l i e su más p ro funda iden t idad h u m a n a c o n la p e r t e n e n c i a a la

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n a c i ó n y e n t i e n d a t a m b i é n su t r aba jo c o m o i n c r e m e n t o del b ien c o m ú n e l a b o r a d o j u n t a m e n t e c o n sus c o m p a t r i o t a s , dán­dose as í c u e n t a de que p o r este c a m i n o el t r aba jo sirve para mul t ip l i ca r el p a t r i m o n i o de t o d a la famil ia h u m a n a , de t odos los h o m b r e s que viven en el m u n d o " ( L E 1 0 ) .

U n a t e rce ra perspec t iva , la más radical y p rofunda , es la que se refiere a la c o n c e p c i ó n a n t r o p o l ó g i c a s u b y a c e n t e a las dos perspect ivas an te r io res . L a sol idar idad en es te sen t ido es u n a de esas palabras clave que t raducen lo que de más p ro fundo y a u t é n t i c o hay en el su je to h u m a n o : el que só lo se es su je to c o n o t ros y desde o t ro s . E n es te s en t i do , su a f i rmac ión de la pr ior idad de la d imens ión subje t iva del t r aba jo es tá en las an t í podas de un sub je t iv i smo individual is ta c o m o el que a f i rma el cap i t a l i smo l ibera l . E l t e m a de " l o s de rechos de los h o m b r e s del t r a b a j o " ( t í t u l o del c u a r t o c a p í t u l o de la e n c í c l i c a ) , se s i túa " e n el amp l io c o n t e x t o de los de rechos h u m a n o s " que se ex igen para su real e j e r c i c i o , el c l i m a de respe to m u t u o , de ser­vic io al b ien c o m ú n de t o d a la soc i edad y de la h u m a n i d a d en t e r a ; la sol idar idad nos r emi te al d iá logo in t e r sub je t ivo , al r e c o n o c i m i e n t o c o m u n i t a r i o , a la pa r t i c ipac ión sol idar ia , rea­l idades todas ellas que n o t i enen cab ida ni en el m a r c o del individual ismo ni en el del t o t a l i t a r i smo co lec t iv i s t a . A la luz de es ta clave lee el papa las re lac iones labora les en el m a r c o del empresar iado ind i r ec to (original fo rma de d e n o m i n a r al c o n t e x t o m a c r o e c o n ó m i c o ) , el p r o b l e m a del e m p l e o , el salar io y otras p res t ac iones soc ia les , e t c . ( n ú m s . 1 6 - 1 9 ) .

A la luz de es ta clave se en t i ende t a m b i é n la sol idar idad c o n el m u n d o de los marg inados del t r aba jo , c o m o es el c a so de los t raba jadores agr íco las , de los minusvá l idos , de los emi­grantes , e t c . El c r i t e r io de dar a cada u n o un t r aba jo según sus pos ib i l idades de con t r i bu i r al b ien c o m ú n y de p r o p o r c i o n a r l e

2 8

u n a r e m u n e r a c i ó n j u s t a según sus neces idades , se a l imen ta en es ta clave de la re lac ión sol idar ia cons t i t u t i va del su j e to . " T o d a s estas c i rcuns tanc ias deben cede r a b s o l u t a m e n t e . . . f rente al valor fundamenta l del t r a b a j o , el cua l e s t á u n i d o c o n la dignidad de la pe r sona h u m a n a . U n a vez más se debe repe t i r el p r inc ip io fundamenta l : la j e r a r q u í a de valores , el s en t ido p ro fundo del t r aba jo m i s m o exigen que el capi ta l es té en función del tra­b a j o y n o el t r aba jo en func ión del c a p i t a l " ( L E 2 3 ) .

M e n c i ó n especia l r equ ie re , al hab la r de la sol idar idad, la c r í t i c a del c o l e c t i v i s m o . A p r imera vista e inc luso en con fo r ­m i d a d c o n las dec la rac iones e x p l í c i t a s del m i s m o soc ia l i smo co lec t iv i s t a , la sol idar idad es para és te un o b j e t i v o pr io r i t a r io , y a que surge c o m o r eacc ión c o n t r a el c l i m a de insol idar idad e individual ismo prop ios del cap i t a l i smo l ibera l , degradantes de la dignidad, j u s t i c i a y sol idar idad humanas . El soc ia l i smo co lec t iv i s t a se p resen ta c o m o la a l te rna t iva revo luc ionar ia de tal e s t ado de cosas . P re tende ser la nueva versión del c o n t r a t o socia l que , superando las c o n t r a d i c c i o n e s l ibera les , i n t en t a h a c e r verdad la r econc i l i a c ión de los in tereses par t iculares c o n el in terés genera l . Para e l l o , además de la supres ión de la pro­p iedad privada, se inven ta una nueva fo rma de organizar el tra­b a j o , según la cual t odos t raba jan , p roducen y c o n s t r u y e n j u n t o s .

Pe ro una c o s a es la dec la rac ión de pr inc ip ios y o t r a la c ruda real idad de las rea l izac iones h is tór icas del p r o y e c t o socia­l i s ta . Y a h e m o s r e c o r d a d o el fallo radical de quere r cons t ru i r u n a real idad nueva desde la m i s m a vieja mat r iz del e c o n o -m i c i s m o y del m a t e r i a l i s m o . A h o r a r e c o r d a m o s el burocra ­t i s m o es ta ta l o r ig inado p o r el pa r t ido ú n i c o , el c a r ác t e r to ta ­l i ta r io de la p lan i f i cac ión e c o n ó m i c o - s o c i a l , la ausenc ia de un c l i m a de l iber tades y de rechos s indicales y p o l í t i c o s , la incapa-

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c idad de c rea r un c l ima de a f i rmac ión a u t o n ó m i c a , frutos t o d o s el los de la m e n c i o n a d a ma t r i z .

L a sol idar idad, que es f ruto de la con jugac ión de la l i be r t ad y de la igualdad, exige la a f i rmac ión ác su je tos capaces de ser fieles a su iden t idad , pe ro s iempre en re lac ión sol idar ia c o n los demás , y a que de es ta re lac ión sol idar ia depende su a u t é n t i c a subje t iv idad . E l fallo del soc ia l i smo co lec t iv i s t a es que n o res­p e t a el nivel p rop io de la subje t iv idad , y a que sacr i f ica la singu­lar idad del individuo t raba jador en aras de la iden t idad de ese su je to c o l e c t i v o , que es el p ro t agon i s t a a n ó n i m o (aunque se le pongan n o m b r e s ) del p r o c e s o p r o d u c t i v o y de la m i s m a h is tor ia . E l ma te r i a l i smo a n t r o p o l ó g i c o s u b y a c e n t e impos ib i l i t a t o d a a f i rmac ión del su je to en la in te rsubje t iv idad y en la al te-ridad que lo c o n s t i t u y e n . E l su je to h u m a n o q u e d a r educ ido a un e l e m e n t o más del p r o c e s o p r o d u c t i v o .

Las claves m e n c i o n a d a s nos l levan p o r su p rop ia d inámica más allá del cap i t a l i smo y del c o l e c t i v i s m o . C o m o y a h e m o s d i c h o , el papa n o of rece una t e rce ra v ía . Ni s iquiera a p o r t a demasiadas pistas c o n c r e t a s para r eco r r e r el c a m i n o e s b o z a d o desde el h o r i z o n t e u t ó p i c o y c r í t i c o desc r i t o . P e r o , en cual­quier c a s o , e s t imula a esa ta rea de ir r e d i m i é n d o n o s d í a a d í a de ese p e c a d o es t ruc tura l que se m u e s t r a en los dos s is temas c r i t i c ados . T a n t o desde el cap i t a l i smo r e f o r m a d o c o m o desde el soc ia l i smo e x i s t e n t e , se puede ir avanzando h a c i a u n a socia­l i zac ión y pa r t i c ipac ión c r ec i en t e s q u e , aunque n o se les dé el n o m b r e de au toges t i ón , e n c u e n t r a n en és ta su m o d e l o más a d e c u a d o .

L o s cue rpos i n t e rmed ios , las c o m u n i d a d e s vivas, que ta l c o m o el papa los dibuja son el m e j o r ca ldo de cu l t ivo donde h a c e r c r e c e r es te nuevo su je to h u m a n o , so l idar io de la causa de

3 0

t o d a la human idad , pueden t ene r un e c o de los cuerpos inter­m e d i o s de la soc iedad p o l a c a (Iglesia , So l ida r idad , e t c . ) , p e ro c r e o que , sobre t o d o , r esponden a la inspi rac ión original y pro­funda man i fe s t ada en las claves descr i tas .

El Evangelio del trabajo

C o n un ú l t i m o c a p í t u l o t i tu lado " E l e m e n t o s para u n a espir i tual idad del t r a b a j o " , c o n c l u y e el papa es ta e n c í c l i c a . Es u n a i n y e c c i ó n de o p t i m i s m o que nos a n i m a a la indec l inab le ta rea de ser h o m b r e s , de ser suje tos de nues t r a p rop ia h i s tor ia , de cons t ru i r j u n t o s un m u n d o n u e v o . E l s egu imien to de J e s ú s , h o m b r e del t r aba jo , nos ex ige asumir la d i a l éc t i ca del mi s t e r io pascua l , man i fe s t ada en el t r aba jo , c o m o el a u t é n t i c o c a m i n o del p rogreso t e r r eno y de a c e r c a m i e n t o al R e i n o de D i o s .

LABORE» EZERCENS: ONA LECTORA DESDE LA

IGLESIA ESPAÑOLA

Por F e r n a n d o U r b i n a

Introducción:

Razones y estilo de este artículo

L a p r imera l ec tu ra que tuve o c a s i ó n de h a c e r de la e n c í ­

c l i c a , real izada i n m e d i a t a m e n t e después de su p u b l i c a c i ó n ,

m e h i zo la impres ión de e n c o n t r a r m e an te un d o c u m e n t o

e x c e p c i o n a l , de re levancia m u y super io r a los t e x t o s emi t i dos

h a b i t u a l m e n t e p o r la J e r a r q u í a en estas mate r ias socia les y

an t ropo lóg ica s . Impres ión seguida algún t i e m p o después p o r

una c i e r t a t r i s teza , al c o n s t a t a r el p o c o e c o real que h a b í a

despe r t ado en general en los m e d i o s de i n f o r m a c i ó n e inc luso

en los amb ien t e s ec les iás t icos españoles de d is t in tos niveles

y t endenc ias .

3 2

L o s padres j e su í t a s encargados de la revis ta " S a l T e r r a e " ,

m e pidieron una c o l a b o r a c i ó n para un n ú m e r o m o n o g r á f i c o

que pensaban dedicar , en un t o n o ob je t i vo y pos i t ivo , a la

L A B O R E M E X E R C E N S (sigla para designarla en ade lan te :

L E ) . Mi c o n t r i b u c i ó n a es te n ú m e r o , co r r e spond ien t e a e n e r o

de 1 9 8 2 , y t i tu lada "La dignidad del hombre como centro de

la encíclica: consecuencias económico-sociales", m e ex ig ió un

es tud io más en profundidad del t e x t o p o n t i f i c i o . Para su intel i ­

genc ia m e a y u d ó e x t r a o r d i n a r i a m e n t e la l e c t u r a de la o b r a

in t e l ec tua l más i m p o r t a n t e esc r i t a p o r K a r o l W o j t y l a , cur iosa­

m e n t e n o t raduc ida aún (según c r e o ) . Es t e t r aba jo , p u b l i c a d o

p o r u n a de las c o l e c c i o n e s c i en t í f i ca s de más pres t ig io en el

m u n d o : la casa Re ide l ( D o r d r e c h t , B o s t o n , L o n d r e s ) , se t i tu la

"The Acting Person" ( " L a Pe r sona en A c c i ó n " ) y es una ref le­

x i ó n de base f e n o m e n o l ó g i c a y t a m b i é n de inspi rac ión t o m i s t a

sobre la real idad c o n c r e t a y t r a scenden ta l , au to r re f l ex iva y

d inámica , individual y " s o l i d a r i a " de la pe r sona , p r o y e c t á n d o s e

en el a c t o c r e a d o r de su a c c i ó n en el m u n d o en t o r n o .

S e c o n f i r m ó e n t o n c e s la p r imera impres ión : m e e n c o n t r a b a

an te un d o c u m e n t o de gran p ro fund idad s e m á n t i c a q u e , n o só lo

p o r su es t i lo r e c i o , riguroso, a n a l í t i c o y s i n t é t i c o , a le jado de

t o d a r e tó r i ca ec les iás t i ca , s ino p o r su c o n t e n i d o , a b r í a un nivel

nuevo y original en los p l a n t e a m i e n t o s hab i tua les de la doc t r i na

soc ia l ec les ia l . Y se a c e n t u ó la sensac ión de c o n t r a s t e c o n el

e scaso e c o (apar te de las hab i tua les c e l e b r a c i o n e s laudator ias )

que h a b í a e n c o n t r a d o a q u í el e sc r i to papa l .

¿ I n d i f e r e n c i a ? ¿ T e m o r de la hab i tua l t imora t ez eclesiás­

t i c a an te la va l en t í a radical de sus análisis? ¿ C o n s p i r a c i ó n del

s i l enc io p o r pa r te de los m e d i o s i n fo rma t ivos , dominados a q u í

en general p o r el c a p i t a l i s m o , ¿inte la c r í t i c a p ro funda de es te

s i s t ema c o n t e n i d a en el t e x t o ? ¿ O s i m p l e m e n t e —como di jo

3 3

c o n agudeza el ed i tor ia l i s ta de " L e M o n d e " c u a n d o la an te r io r

p u b l i c a c i ó n de la Redemptor hominis— que las e n c í c l i c a s son

h o y un género l i te rar io de s abo r a r ca i zan te , que al p ú b l i c o

ac tua l le cues t a l ee r? C i e r t a m e n t e , e s t a m o s m u y le jos de aque l la

soc iedad en que u n a Quanta cura o u n a Rerum novarum p ro­

duc í an fur ibundas po l émicas y has ta t empes t ades p o l í t i c a s .

Po r e s o , c u a n d o Caritas a lgo más tarde m e p id ió es ta

c o l a b o r a c i ó n , r e s p o n d í que n o v e í a fácil el escr ib i r un a r t í c u l o

de u n a c i e r t a e x t e n s i ó n a c e r c a de u n a r e a c c i ó n de la Iglesia

e spaño la ( J e r a r q u í a y P u e b l o ) que m e h a b í a p a r e c i d o más b ien

débi l . Al fin acep t é p o r las buenas razones que m e dieron y el

in te rés que v i de t ra ta r o t r a vez en ser io a c e r c a de e s t a d o c t r i n a

e x p u e s t a p o r el Papa J u a n P a b l o I I , que abre perspect ivas

e x t r a o r d i n a r i a m e n t e luminosas para darnos un m a r c o c la ro de

re fe renc ia en es ta é p o c a tan con fusa que nos h a t o c a d o vivir.

C u a n d o los m i s m o s e x p e r t o s a c a d é m i c o s de la e c o n o m í a n o

saben ni s iquiera darnos un d iagnós t i co de c o n f i a n z a de la grave

crisis que p a d e c e m o s y de la cual el pa ro de los t raba jadores es

el í nd ice más grave y h u m a n a m e n t e c o s t o s o . L a s palabras del

Papa , r e c o r d a n d o pr inc ip ios y premisas g e n e r a l m e n t e dados de

l ado p o r los e x p e r t o s a c a d é m i c o s , pueden ayudarnos a e n c o n ­

trar la es t re l la po la r que nos ayude a o r i en ta rnos en es te des ie r to

o s c u r o donde nos faltan c a m i n o s .

Po r e s o , de acue rdo c o n la c o n v e r s a c i ó n que sostuve c o n

Caritas para t ra ta r de la p repa rac ión de es ta c o n t r i b u c i ó n al

n ú m e r o que se p reparaba , n o es tudiaré só lo la r e c e p c i ó n del

t e x t o p o r par te de la Iglesia españo la , sobre la cua l c u e n t o c o n

un mate r ia l l i m i t a d o , s ino que daré t a m b i é n u n resumen breve

de mi p rop ia l ec tu ra de la e n c í c l i c a . Es tal su dens idad significa­

t iva, que pos ib i l i t a varias lec turas y , a u n q u e el es tud io de su

3 4

c o n t e n i d o y a se t o c a d i r e c t a m e n t e en o t ro s a r t í cu lo s del nú­

m e r o , s i empre pueden ser perspect ivas c o m p l e m e n t a r i a s y

m u t u a m e n t e en r iquecedo ra s .

Para preparar el t r aba jo cons ide ré u n a serie de t e x t o s del

a rch ivo del S e c r e t a r i a d o de la C o m i s i ó n Ep i scopa l de Pas tora l

S o c i a l (que m e p r o p o r c i o n ó Caritas), desde los años de la

" t r a n s i c i ó n " has t a 1 9 7 9 ; vo lv í a leer los grandes d o c u m e n t o s

del ep i s copado español de los años 1 9 7 1 - 1 9 7 4 (y los de la

A s a m b l e a C o n j u n t a ) y anal icé los esc r i tos co l ec t i vos de la

J e r a r q u í a sobre t emas socia les de los años 1 9 8 0 - 1 9 8 1 y lo que

h a sal ido de 1 9 8 2 , l e ídos en " E c c l e s i a " . F u e u n a e x p e r i e n c i a

e s t imu lan te y que resul ta in t e resan te c o m p a r a r c o n el m i s m o

esfuerzo rea l izado , e s tud iando " E c c l e s i a " , el ó rgano of ic ia l de

la A c c i ó n C a t ó l i c a y " o f i c i o s o " de la J e r a r q u í a , en sus n ú m e r o s

del t i e m p o del N a c i o n a l c a t o l i c i s m o ( 1 9 4 0 - 1 9 4 5 ) , para preparar

la o b r a esc r i t a en c o l a b o r a c i ó n " Ig les ia y S o c i e d a d Civil en

E s p a ñ a : 1 9 3 9 - 1 9 4 5 " ( p o r u n c o l e c t i v o de au to re s . Iglesia y

sociedad en España. E d . Popula r . Madr id 1 9 7 7 ) .

Pa r t i endo de es ta base a n a l í t i c a preparé es ta r e f l ex ión ,

que queda dividida en tres pa r t e s : 1 ) Un breve resumen de lo

que creo más nuclear y original de la LE. 2 ) Un resumen del

estilo y contenido de los textos pastorales-sociales de la Je­

rarquía, desde los años 1971 hasta la actualidad, buscando sus

posibles semejanzas con el estilo y significado de la LE. 3 )

Reacciones ante la LE de la sociedad y la Iglesia en España.

3 5

Breve resumen del elemento nuclear y original de la Laborem exercens

a) El estilo de la encíclica supera el t i po de r e t ó r i c a especula t iva n o in f recuen te en d o c u m e n t o s of ic ia les eclesiás­t i c o s . L l a m a t a m b i é n la a t e n c i ó n la escasez de n o t a s re fe ren tes a l o "ya dicho por nuestros predecesores, etc.". H a y algún escaso apun te a t e x t o s más rec ien tes de J u a n X X I I I y Pau lo V I , y , sobre t o d o , al C o n c i l i o : a la Gaudium et Spes (en la que c o l a b o r ó K a r o l W o j t y l a ) , e t c . , y además de a lguna l l amada a la d o c t r i n a t o m i s t a . L o que a b u n d a más son las re fe renc ias d i rec tas a t e x t o s b í b l i c o s . E s t e pecu l i a r y re l a t ivamente original es t i lo en las n o t a s , c o m p a r a d o c o n el hab i tua l en d o c u m e n t o s p o n t i f i c i o s , pa r ece es tar en para le l i smo c o n la l i be r t ad y novedad c readora del c o n t e n i d o , que i n t roduce un nuevo h o r i z o n t e en lo que se h a ven ido l l a m a n d o " l a d o c t r i n a soc ia l de la Ig le s i a" .

E s t a obse rvac ión l ingü í s t i ca , que pud ie ra p a r e c e r a a lguno ins ign i f ican te , c r e e m o s que n o lo es . A c t u a l m e n t e , los pode rosos i n s t r u m e n t o s de l ec tu ra e i n t e rp re t ac ión de las fo rmas l ingüís­t i cas , n o só lo de lo e x p l í c i t o s ino de " l e c t u r a s i n t o m á t i c a " de l o i m p l í c i t o , nos pe rmi t en descubr i r niveles p ro fundos , que pueden ser pasados de largo en u n a l ec tu ra superf ic ia l . P o r l o p r o n t o , es tá c l a ro que n o c a b e esa p re t ens ión de l ineal idad d i ac rón i ca s e m á n t i c a que h a c í a de la l l amada " d o c t r i n a s o c i a l " un corpus h o m o g é n e o y s i n c r ó n i c o , a t e m p o r a l , ah i s tó r i co y sacra l izado . C o n este falso p resupues to se p o d í a n sacar de su c o n t e x t o h i s tó r i co y poner se ba jo una m i s m a rúbr i ca o t í t u l o de " V o c a b u l a r i o " o de " í n d i c e a n a l í t i c o de t e m a s " , un t e x t o de L e ó n X I I I y a c o n t i n u a c i ó n c o m o un " s imp le desarrol lo h o m o g é n e o " un t e x t o de J u a n P a b l o I I .

3 6

E n estas mate r ias an t ropo lóg ico - soc ia l e s ( n o e n t r a m o s en

el p r o b l e m a de las mate r ias d o g m á t i c a s ) , es ev iden te u n a l e c t u r a

seria y c i e n t í f i c a (y si l a fe aparece reñ ida c o n la sana r azón ,

¡ma l a sun to ! ) y n o super f ic ia l -apologé t ica que ex i s t en en los

t e x t o s más r ec i en t e s : desde J u a n X X I I I y el C o n c i l i o , verdadera

" ape r tu r a de ho r i zon t e s n u e v o s " en es tos t e m a s soc ia les . L o

cua l se puede dec i r t a m b i é n c o n el t é r m i n o que a c u ñ ó el gran

espec ia l i s ta y t e ó r i c o francés de la c i e n c i a de en t reguer ras ,

G a s t ó n B a c h e l a r d : Hay en los más r ec i en te s d o c u m e n t o s magis­

ter iales verdaderas " rupturas e p i s t e m o l ó g i c a s " : i n t r o d u c c i ó n de

" c a m p o s s e m á n t i c o s n u e v o s " que h a c e n obso l e t a s las p ropo ­

s ic iones que tuv ie ron su e n m a r q u e na tu ra l en o t ros t i e m p o s . Es

a s í ev idente que la " l i b e r t a d de c o n c i e n c i a " y o t ros " d e r e c h o s

del h o m b r e " , cons ide rados " l ibe r t ades de p e r d i c i ó n " en las

e n c í c l i c a s de L e ó n X I I I , pasan a ser u n a d o c t r i n a l ibe radora en

la Dignitatis humanae personae, del C o n c i l i o V a t i c a n o I I . A l g o

aná logo sucede en el c o n c e p t o de " p r o p i e d a d " , q u e , de "de re ­

c h o n a t u r a l " sacra l izado en los t e x t o s de P í o I X a L e ó n X I I I ,

q u e d a fue r t emen te relat ivizada en la L E (Par te I I I ) . T o d a la

e n c í c l i c a que c o m e n t a m o s es u n a p ro funda aper tura a hor i ­

zon t e s nuevos . P e r o , si es te h e c h o imp l i ca u n a c i e r t a " rup tu ra

e p i s t e m o l ó g i c a " c o n t e x t o s de d o c t r i n a soc ia l del mag i s t e r io ,

emi t idos desde el c o n t e x t o burgués de mediados-f ines del siglo

X I X y p r inc ip ios del X X , es ta re la t iva rup tura r enovadora es , en

c a m b i o , u n a vue l ta a l o más esenc ia l - fundamenta l del Evange l io .

Pasando del análisis de las no t a s al del t e x t o m i s m o , su

es t i lo formal nos p a r e c e , f rente al re la t ivo des lavazamien to y

farragosidad de l a Redemptor hominis, de u n a rigurosa cons ­

t r u c c i ó n que p o d r í a m o s casi a t revernos a l l amar "a rgumen­

t a c i ó n c i en t í f i co - f i l o só f i ca m o d e r n a " , c o n u n a p ro funda i lumi­

n a c i ó n rel igiosa. . . S u f o r m a a r q u i t e c t ó n i c a c o r r e s p o n d e a la

r e c i e d u m b r e de su desar ro l lo " d i a l é c t i c o " , en el s en t ido más

3 7

fuerte y p rec i so de la pa labra : el p r o c e s o l ó g i c o de su d iscurso

a rgumen ta t ivo co r r e sponde a su re fe renc ia l o b j e t i v o : un p r o c e s o

de desarrol lo o n t o l ò g i c o e h i s t ó r i c o que c o n s t i t u y e la e senc i a

de su c o n t e n i d o : el S u j e t o Personal h i s t ó r i co y c o n c r e t o en el

desarrol lo del a c t o Creador del t r aba jo p r o d u c t o r del O b j e t o .

S o b r e es te só l ido f u n d a m e n t o o n t o l ò g i c o se basan las impl ica ­

c iones é t i ca s , j u r í d i c a s , p o l í t i c a s . . .

b ) Las premisas lógico-antropológicas que forman el

punto de partida d i a l éc t i co del d iscurso del t e x t o de J u a n

P a b l o I I , se s i túan en la par te segunda de la L E y su t e m a

fundamenta l es la dignidad de la p e r s o n a h u m a n a del t r aba jador .

Pe ro n o en un sen t ido "e sp i r i t ua l i s t a " a que nos t i ene a c o s t u m ­

b rado un c i e r t o t i po de r e t ó r i c a ec les iás t i ca (o p o l í t i c a de la

d e r e c h a ) . L a pa labra adquiere un s en t i do c la ro e inc i s ivo , en un

m a r c o de r e fe renc ia c o n c r e t o y d i n á m i c o , h i s t ó r i c o y soc ia l . S e

t ra ta de un análisis de la Pe r sona en su a c t o c o n c r e t o de T ra ­

ba ja r , que nos recuerda el e s tud io f e n o m e n o l ò g i c o de su an te ­

rior ob ra y a c i t ada " L a Pe r sona en A c c i ó n " .

E n e s q u e m a p o d r í a m o s resumir a s í estas p remisas :

a) E l p r o c e s o c r e a d o r del t r aba jo t i ene c o m o p u n t o de

pa r t ida l ò g i c o - o n t o l ò g i c o : 1 ) E l " S u j e t o A c t u a n t e " :

la Pe r sona del T r a b a j a d o r , q u e , 2 ) m e d i a n t e el p ro ­

c e s o socia l del T r a b a j o , 3 ) c r ea y p r o d u c e el O b ­

j e t o : la m e r c a n c í a y el Capi ta l . R e s u m i e n d o en un

diagrama: S u j e t o c r e a d o r — A c c i ó n p r o d u c t o r a —

O b j e t o p r o d u c i d o .

b ) E s t e p r o c e s o o n t o l ò g i c o funda y ex ige la primacía

del trabajo sobre el Capital. C u a n d o h i s t ó r i c a m e n t e

3 8

se invier te a x i o l ó g i c a m e n t e y t á c t i c a m e n t e la es t ruc­

tura de es te p r o c e s o fundamen ta l , es c u a n d o el

O b j e t o p r o d u c i d o : el Capi ta l y , n a t u r a l m e n t e , sus

agen tes , po r t ado re s y f o r m a c i o n e s s o c i o e c o n ó m i c a s ,

es dec i r , l o que se en t i ende p o r s i s t ema capi ta l i s ta ,

o b t i e n e n s o c i a l m e n t e la p r i m a c í a sobre el S u j e t o ,

que es el T r a b a j a d o r . D e e s t a inversión radical re­

sul ta : a) E n el o rden t e o l ó g i c o , un p e c a d o : inver­

s ión del Plan de D i o s , b ) E n el o rden a n t r o p o l ó ­

g ico y soc ia l , u n a grave d e f o r m a c i ó n que puede

cons iderarse u n a opres ión y e x p l o t a c i ó n del Su ­

j e t o p o r el p r o p i o O b j e t o p r o d u c i d o p o r él y que se

vuelve en c o n t r a de é l , a l i enándo lo de s í m i s m o .

E s t e p o d e r o s o análisis de J u a n P a b l o I I , que fo rma el nú­

c l e o fundamenta l y original de su d o c u m e n t o , le p e r m i t e des­

velar u n a verdad p a t e n t e y u n a p remisa bás i ca de la real idad del

p r o c e s o socia l del t r aba jo h u m a n o p r o d u c t o r que escapa a las

suti les e lucub rac iones m a t e m á t i c a s de los e c o n o m i s t a s acadé­

m i c o s neo- l ibera les . E s t o s se quedan " e n supe r f i c i e " . W o j t y l a

p e n e t r a en la p rofundidad real del p r o c e s o de p r o d u c c i ó n .

A es te análisis d i a l é c t i c o - f e n o m e n o l ó g i c o se añade , en un

para le l i smo conve rgen t e , la p remisa t e o l ó g i c a del Génes i s y del

Evange l io , p o r la que el S u j e t o del T r a b a j o se revela c o m o

Imagen de D i o s y D o m i n a d o r de la Na tu ra leza . L a argumen­

t ac ión rac iona l y c r í t i c a , p r o f u n d a m e n t e m o d e r n a en su fo rmu­

l a c i ó n , se i l umina c o n u n a luz t r a scenden ta l de F e que abre el

d o c u m e n t o p o n t i f i c i o a u n a p ro funda d imens ión rel igiosa y a

u n a p r o y e c c i ó n e s c a t o l ó g i c a y u t ó p i c a .

c ) En las partes tercera y cuarta de la LE, el Papa saca las

consecuencias de estas premisas. E n ellas se c o n t i e n e n , quizás

3 9

p o r p r imera vez en t e x t o s ec les iás t icos de es te nivel , u n a c r í t i c a

radical del cap i t a l i smo l ibera l . Pe ro su fuerza cons i s t e en que n o

se t ra ta de u n a c o n d e n a de t ipo mora l i z an t e o espir i tual is ta . N o

h a y en el t e x t o una nueva c o n d e n a c i ó n de los s is temas s o c i o ­

e c o n ó m i c o s de h e c h o e x i s t e n t e s : el cap i ta l i s ta y el sov ié t i co-

co lec t iv i s t a . Parece aceptarse de h e c h o su e x i s t e n c i a , para luego

s o m e t e r a a m b o s al e scápe lo de una dura c r í t i c a ana l í t i c a . L o

que lleva a c a b o el t e x t o es algo m u c h o más p o t e n t e , p ro fundo

y e f ec t i vo : rea l izando un análisis de su p r o c e s o , n o só lo en un

nivel f e n o m e n o l ó g i c o s ino h i s t ó r i c o , t o m a el cap i t a l i smo en su

e s t ruc tu ra real h i s tó r i ca y le da la vue l ta c o m o un c a l c e t í n :

d e m o s t r a n d o la p ro funda " invers ión a n t r o p o l ó g i c a " que en t r aña

su p r o c e s o de p r e d o m i n i o del " o b j e t o " p r o d u c i d o sobre el

" S u j e t o " p r o d u c t o r . L l e g a n d o a deci r K a r o l W o j t y l a que , si los

dos s i s temas , el l ibera l i smo e c o n ó m i c o cap i ta l i s ta y el c o l e c t i ­

v i smo es ta ta l , son a p a r e n t e m e n t e c o n t r a r i o s : p r i m e r o , c o i n c i d e n

a m b o s en ser s is temas f u n d a m e n t a l m e n t e " m a t e r i a l i s t a s " y ,

segundo , la m a y o r responsabi l idad h i s tó r i ca es tá en el p r i m e r o ,

n o só lo p o r su an te r io r idad c r o n o l ó g i c a s ino p o r causal idad

h i s tó r i ca r e s p e c t o al s egundo . Las graves c o n s e c u e n c i a s de

deshuman izac ión p rovocadas p o r el p r imer cap i t a l i smo l ibera l

fue la causa que p rodu jo p o r r e a c c i ó n su o t r o e x t r e m o : el

c o l e c t i v i s m o " t o t a l i s t a " (según expres ión usada en " L a Pe r sona

en A c c i ó n " ) . Quedan as í anal izados c r í t i c a m e n t e y " d e s m o n ­

t a d o s " en sus m e c a n i s m o s deshumanizadores , t a n t o el capi ta­

l i smo c o m o el c o l e c t i v i s m o : h e r m a n o s enemigos y , sin e m b a r g o ,

gemelos en su inspi rac ión p ro funda an t i human i s t a .

d) Pero en ningún lugar habla del par opuesto: uni capita­

lismo ni socialismo", c o m o t i tu ló a grandes letras el " Y A " en el

n ú m e r o que p u b l i c ó la e n c í c l i c a : t í p i c a r e a c c i ó n e s c a m o t e a d o r a

del sen t ido del t e x t o , p rop ia de algunos a m b i e n t e s para-eclesiás-

4 0

t i cos españoles . E n n ingún lugar de la L E , W o j t y l a c r i t i c a el

" s o c i a l i s m o " , que es un c o n c e p t o d i ferente del " c o l e c t i v i s m o " .

Más b i en , u n a l ec tu ra en p rofund idad del t e x t o nos h a l levado a

sacar en c o n c l u s i ó n lo s iguiente . J u a n P a b l o I I se abs t i ene

p r u d e n t e m e n t e de p resen ta r " m o d e l o s a l te rnat ivos c o n c r e t o s "

( " t e r ce ra s vías c r i s t i anas " , e t c . ) e i n c l u s o , al hab la r de la pro­

p iedad , desmi t i f ica y relat iviza la sácra l izac ión an te r io r de la

p rop iedad privada de los m e d i o s de p r o d u c c i ó n , a c e p t a n d o su

p lura l i smo f ác t i co de fo rmas : b ien pr ivadas, b i en públ icas y / o

co lec t iv izadas .

Pe ro a través de t o d o el p e n s a m i e n t o e x p u e s t o en el t e x t o

p o n t i f i c i o se des taca que el ideal que p r o p o n e , en un f o n d o

u t ó p i c o re l ig ioso y evangé l ico , imp l i ca el p r e d o m i n i o del S u j e t o

( los t raba jadores manua les o in t e l ec tua le s en su c o n t e x t o

s o c i a l ) , que deben ser los que c o n t r o l e n el p r o d u c t o de su

A c c i ó n : el Capi ta l . E s t á c l a ro que la rea l izac ión de es te hor i ­

z o n t e ab i e r t o al fu turo es tá más b ien en la l í n e a de un t ipo de

soc ia l i smo d e m o c r á t i c o , h u m a n i s t a y , den t ro de lo p o s i b l e ,

au toges t iona r io , c o n un rea l i smo f lex ib le y ab i e r t o a una e c o ­

n o m í a m i x t a donde pueda subsis t i r algún t ipo de empresa pri­

vada, que n o pueda c o n c e n t r a r s e y conver t i r se en un M o l o c h

O b j e t i v o a l i enan te del h o m b r e . Es u n a visión que pa rece c e r c a n a

a las p ropues tas del s ind ica to p o l a c o " S o l i d a r i d a d " , cuyas di­

versas co r r i en tes t eór icas t i enen bas t an te s pa rec idos al t ipo de

análisis personal is tas c o n c r e t o s de la L E , t e x t o donde la pa labra

" so l i da r i dad" c o n t i e n e u n o de los t é rminos clave del pensa­

m i e n t o de J u a n Pab lo I I .

4 1

2

Una relectura de los textos emitidos por los órganos

de la Jerarquía española en estos últimos años,

desde los "Grandes Documentos" de

los años 1971-74 hasta hoy.

¿Ofrecen algunos puntos de semejanza con el estilo

y contenido de la Laborem exercens?

a) En los años del "tardofranquismola Jerarquía espa­

ñola se había visto situada en un "compromiso histórico" suma­

mente singular y delicado. P o r un l ado , se ve ía in te rpe lada p o r

u n a " b a s e e c l e s i a l " c a d a vez más renovada , d i n á m i c a y c o n s ­

c i e n t e soc ia l y evangé l i camen te . " B a s e " , en la que t e n d r í a m o s

que c o n t a r , en t re o t ras o rgan izac iones , los m o v i m i e n t o s apos tó ­

l i c o s , las e n t o n c e s nac ien tes " c o m u n i d a d e s de b a s e " , J u s t i c i a

y Paz , u n a "Caritas" p r o f u n d a m e n t e r enovada h a c i a una l í n e a

superadora de un pa te rna l i smo p ie t i s t a para un t raba jo socia l -

m e n t e más e f i caz , e t c .

Po r o t r o l a d o , la gran conver s ión eclesial del V a t i c a n o I I

la h a b í a c o m p r o m e t i d o en u n a a p r o x i m a c i ó n al s e c t o r soc ia l

del " m u n d o del t r a b a j o " y a los que luchaban p o r los D e r e c h o s

H u m a n o s , p r o c l a m a d o s en la D e c l a r a c i ó n Universal y en la

Pacem in terris, y de h e c h o negados p o r la D i c t a d u r a .

E s t o la l levó a dis tanciarse de su iden t i f i cac ión h i s tó r i ca

(al m e n o s desde la é p o c a de la R e s t a u r a c i ó n Canov i s t a ) c o n la

G r a n D e r e c h a de los c o n t r o l a d o r e s del Capi ta l ( a c o n t e c i m i e n t o

que m e parece el más t r a scenden ta l de la His to r ia de la Iglesia

e spaño la en los ú l t imos c ien años y que pos ib i l i t a la evangeliza-

c i ó n del s e c t o r más p o b r e de la soc i edad e s p a ñ o l a ) . P e r o , c o n s e -

4 2

c u e n c i a de es te p r o c e s o fue t a m b i é n un e n f r e n t a m i e n t o dif íc i l

c o n el R é g i m e n F ranqu i s t a , que , si n o l legó a ruptura ab ie r t a ,

b ien c e r c a e s tuvo . Grac ias a la a l tura de sen t ido ec les iás t i co y

ex t r ao rd ina r i a p rudenc ia p o l í t i c a man i f e s t ada p o r el ca rdena l

T a r a n c ó n , n u n c i o Dadagl io y n u m e r o s o s ob i spos , p u d o atrave­

sarse es te di f íc i l paso c o n un c r e c i e n t e pres t ig io de la Iglesia en

los sec to res del T r a b a j o y s o c i a l m e n t e más avanzados .

F u e en aquel las di f íc i les c i rcuns tanc ias c u a n d o la Iglesia

e spaño la p rodu jo lo que he l l a m a d o los " G r a n d e s D o c u m e n t o s "

p rop ios de aquel p e r í o d o . Nos l i m i t a m o s a cons ide ra r los t e x t o s

p e r t e n e c i e n t e s al á m b i t o de la "pas to ra l s o c i a l " , que es el c a m p o

p r o p i o de la L E .

E n 1 9 7 1 : el d o c u m e n t o de la A s a m b l e a C o n j u n t a "Iglesia

y Mundo en la España de hoy". E n 1 9 7 2 : las "Orientaciones

pastorales sobre apostolado seglar,}. E n 1 9 7 3 : "Sobre la Iglesia

y la comunidad política". E n 1 9 7 4 : la n o t a de la C o m i s i ó n

Ep i scopa l de A p o s t o l a d o S o c i a l , t i tu lada "Actitudes cristianas

ante la actual situación económica", y el " d o c u m e n t o de tra­

b a j o " de la C o n f e r e n c i a Ep i scopa l T a r r a c o n e n s e "Misterio Pas­

cual y acción liberadora".

E n todos el los h a y una p r o x i m i d a d formal al es t i lo de la

L E , en c u a n t o que se deja de l ado el es t i lo r e t ó r i c o , e x h o r t a ­

t ivo y / o n o r m a t i v o , y se in ic ia un es t i lo más m o d e r n o , enun­

c ia t ivo y d i r e c t o , en el cual se p lan tean los p r o b l e m a s del tra­

b a j o y los del c o m p r o m i s o socia l y p o l í t i c o de los c r e y e n t e s .

A u n q u e hay que r e c o n o c e r que los más " a n a l í t i c o s y r ea l i s t a s" ,

en los que aparece y a , en u n a p r o x i m i d a d n o só lo formal s ino

de c o n t e n i d o c o n la L E , u n a c r í t i c a socia l más rac iona l del pro­

c e s o de p r o d u c c i ó n cap i ta l i s ta y sus c o n s e c u e n c i a s a l i enan tes ,

son el d o c u m e n t o p o n e n c i a c i t a d o de la A s a m b l e a C o n j u n t a

4 3

( c o n sus " a n e x o s " ) y t a m b i é n re levante en es te sen t ido es la

n o t a de la C o m i s i ó n Ep i scopa l de A p o s t o l a d o S o c i a l , del 1 9 de

s ep t i embre de 1 9 7 4 .

E n general , se puede decir que es tos t e x t o s e n c o n t r a r o n

un " e c o r e a l " a dos niveles . A un nivel p ú b l i c o , fueron airada­

m e n t e c o n t e s t a d o s p o r sec to res de la "p rensa del M o v i m i e n t o "

y de la que e s t aba c o n e c t a d a c o n los grupos p e r i o d í s t i c o s más

o m e n o s e n t r o n c a d o s c o n " E u r o p a P r e s s " . E s t e t i po de e c o

a i rado y un t a n t o g r o t e s c o , se ha vue l to a repe t i r más rec ien te ­

m e n t e c o n ocas ión del d o c u m e n t o de los ob ispos vascos sobre

la s i tuac ión en Euskad i en 1 9 7 9 .

A nivel in t raecles ia l sirvieron aque l los t e x t o s ep iscopa les

de fuerte a p o y o y án imo a los c r e y e n t e s mi l i t an te s c o m p r o m e ­

t idos en la a c c i ó n soc ia l , y en m u c h o s lugares se t r aba jó , en

c í r c u l o s de es tud io y revisiones de vida, sobre el ma te r i a l de

r e f l ex ión c r i s t iana que o f r e c í a n .

b ) En los años posteriores a la muerte de Franco, c o n o ­

c idos c o n el n o m b r e de " l a t r a n s i c i ó n " , se p u b l i c a r o n u n a serie

de t e x t o s c o l e c t i v o s de los pre lados (o de los organismos de la

C o n f e r e n c i a E p i s c o p a l ) , que h e m o s t en ido ahora la ocas ión de

re leer . En general , se puede deci r que hay un c i e r t o descenso en

la fuerza i n t r í n s e c a y en el e c o socia l y eclesial de es tos docu­

m e n t o s . Quizás sea un re f le jo n o r m a l de d is tens ión , después de

los dif íc i les t i empos an te r io res . Quizás la J e r a r q u í a , más o

m e n o s e x p l í c i t a m e n t e , se s int ió descargada de su responsabi ­

l idad an te la p r o b l e m á t i c a social- lab oral en el nuevo c o n t e x t o de

d e m o c r a c i a y s ind icac ión l ib re .

Has ta el re fe réndum de la C o n s t i t u c i ó n de 1 9 7 8 y las

e l e c c i o n e s munic ipa les pos te r io res , h a y varios t e x t o s r e c o r d a n d o

4 4

la responsabi l idad p o l í t i c a del v o t o ; p e r o , c o n la e x c e p c i ó n de

algunas voces ep iscopales aisladas, los pre lados tuvieron la pru­

denc ia pas tora l de n o p re t ende r o r i en ta r pos i t i vamen te es te v o t o

en u n a d i recc ión de t e rminada , p r o h i b i e n d o e x p l í c i t a m e n t e o t ras

o p c i o n e s . L o que hay que r e c o n o c e r que c o n s t i t u y e un avance

de sab idur ía pas tora l y p o l í t i c a i m p o r t a n t e c o n r e s p e c t o al

c o m p o r t a m i e n t o seguido p o r la J e r a r q u í a en el p e r í o d o an te ­

r ior , donde se d ieron vo t ac iones au t én t i ca s : la segunda R e p ú ­

b l i c a .

Desde el in i c io de la d iscusión de la ley del d ivorc io y del

e s t a t u t o de la enseñanza , se p r o d u c e u n a m a r c a d a po la r i zac ión

de los d o c u m e n t o s y expres iones ep i scopa les . N o se a b a n d o n a

del t o d o el t e m a del t r aba jo . A n t e s b i e n , h a y u n a d o c e n a de

t e x t o s emi t idos sobre el p r o b l e m a del pa ro , que se agudiza

p r e c i s a m e n t e a par t i r de 1 9 7 8 . Pe ro un e x a m e n de es tos t e x t o s

nos los hacen ver ba s t an t e a le jados del es t i lo v igoroso y la

p rofundidad a n a l í t i c a de la L E o de los " G r a n d e s D o c u m e n t o s "

que c o m e n t á b a m o s ar r iba . Vue lve en el los el t o n o más e x h o r t a -

t ivo-mora l izan te t í p i c o del es t i lo ec l e s i á s t i co . Y , en p r o p o r c i ó n

cuan t i t a t iva , el n ú m e r o de t e x t o s ep iscopa les sobre el t e m a de

la famil ia , e s t a t u t o de c e n t r o s pr ivados de enseñanza , escuelas

rel igiosas, e t c . , abso rbe n o só lo la m a y o r í a del esfuerzo de la

p r o d u c c i ó n d o c u m e n t a l , s ino t a m b i é n el in terés y el e c o , m u y

a m b i g u o en es ta oca s ión , de la p rensa púb l i ca y de los a m b i e n t e s

de base soc ia l y ec les ia l .

A s í , só lo en el p r imer semes t re de 1 9 8 0 h a y tres t e x t o s

sobre el grave p r o b l e m a del p a r o , f rente a t r e in ta y tres sobre

la cues t ión de la enseñanza e sco la r . E n el n ú m e r o de " E c c l e s i a "

2 0 0 9 (6 de d i c i embre de 1 9 8 0 ) 1 5 0 5 , e n c o n t r a m o s un in tere­

san te y lúc ido edi tor ia l en el que aparece u n a que j a , b a s t a n t e

o í d a en los niveles de la base ec les ia l , sobre es t a po la r i zac ión

4 5

de los d o c u m e n t o s ec les iás t i cos sob re a lgunos t emas y su

s i l enc io relat ivo sobre o t r o s , al m e n o s igua lmente graves y

urgentes , si es que n o lo son más : t e r r o r i s m o , p a r o , evasión de

cap i t a les , l e n t o a p o d e r a m i e n t o de las m a y o r e s empresas espa­

ñolas po r el capi ta l m u l t i n a c i o n a l , c o n las gravís imas conse ­

cuenc ias que puede t ene r ese h e c h o , e t c . , m a n t e n i m i e n t o de

graves injust ic ias soc ia les , a m e n a z a de h a m b r e en algunas

reg iones : A n d a l u c í a , e t c .

Hay un t e m o r difuso que t o d o e s t o vuelva a c o n t r i b u i r

a la i den t i f i cac ión de la Iglesia c o n la Gran D e r e c h a y su aleja­

m i e n t o t rad ic iona l del m u n d o de los p o b r e s , c o n sus nefas tas

c o n s e c u e n c i a s para la pos ib le conv ivenc ia d e m o c r á t i c a na­

c i o n a l : r eabr iéndose as í el c o n t e n c i o s o —que p a r e c í a clausu­

rado— de " las dos E s p a ñ a s " , en c u y a f o r m a c i ó n t a n t a responsa­

bi l idad tuvo la m i o p í a pas tora l de la Iglesia , desde el t i e m p o de

Isabel II y el c o n c o r d a t o de 1 8 5 1 . Pa rece que sigue e x i s t i e n d o

u n a gr ie ta sub te r ránea , que a p a r e n t e m e n t e se c e r ró p o r o b r a del

h e r o í s m o y sacr i f ic io de t an tos cen tena res de mi l i t an tes cre­

yen te s en la dura é p o c a de la D i c t a d u r a F r a n q u i s t a y p o r la

sab idur ía pas tora l de la J e r a r q u í a en la era de T a r a n c ó n . E s a

gr ie ta puede volver a abr i rse , p o n i e n d o en riesgo el fu turo de

la evangel ización del p u e b l o ; hay señales inqu ie t an te s de e l lo

en el m a g n í f i c o es tud io c i e n t í f i c o del ú l t i m o "Informe socioló­

gico sobre el cambio político en España 197511981", de la

F u n d a c i ó n F o e s s a , págs. 3 0 7 y ss.

4 6

3

Algunas reacciones a la Laborem exercens en el ámbito de la sociedad y de la Iglesia española

a) En el ámbito social.

En " E c c l e s i a " 2 0 4 7 ( 2 6 de sep t i embre de 1 9 8 1 ) 1 8 0 8 ,

e n c o n t r a m o s un in te resan te resumen de las r eacc iones de la

p rensa españo la , e l a b o r a d o p o r E l o y G a r c í a D í a z . C o i n c i d e con

la l ec tu ra que pud imos h a c e r de algunos pe r iód icos en el t i e m p o

i n m e d i a t o a la apar ic ión de la e n c í c l i c a . P o d r í a m o s resumir estas

r eacc iones d i c i endo que son una t r o m p e t e r í a superficial de

vagas y generales expres iones lauda tor ias . Desde luego , el t e m a

"de los valores h u m a n o s , la dignidad de la pe r sona , e t c . , e t c . "

t iene un largo his tor ia l tan r e t ó r i c o c o m o inef icaz en la D e r e c h a

E s p a ñ o l a , a la cual p e r t e n e c e —desde la G u e r r a Civil— la in­

m e n s a m a y o r í a de la p rensa de gran t i rada. E l au to r de la

r ecens ión señala c o n ac i e r to que en m u c h o s c o m e n t a r i o s de

prensa hay u n a cu r iosa c o i n c i d e n c i a a c e r c a del " a r o m a p o l a c o "

p rop io del d o c u m e n t o papal : lo cua l es una m a n e r a de " e c h a r la

p e l o t a a ' c ó r n e r ' " : c o n u n a i m p l í c i t a c r í t i c a del valor general de

los análisis c o n t e n i d o s en la e n c í c l i c a . El c o m e n t a r i o más inci­

s ivo: sub rayando el m a r c o de c r í t i c a radical del cap i t a l i smo que

t i ene la L E y su h o r i z o n t e más c e r c a n o a un soc ia l i smo huma­

n i s t a , desde c u y o s valores pa rece or iginarse , fue el de R e y e s

M a t e , en " E l P a í s " .

Ú l t i m a m e n t e ha apa rec ido un sugerente c o m e n t a r i o civil ,

en la revista " C u e n t a y R a z ó n " n ú m . 6 (pr imavera , 1 9 8 2 )

7 9 - 8 5 , p o r el e m i n e n t e p s i có logo español J o s é Luis Pini l los .

Algunas de sus a f i rmac iones es tán bas t an t e c e r c a de las indi-

4 7

cadas en la p r imera pa r te de nues t ra r e f l ex ión , a u n q u e c o n u n a

m a y o r r iqueza de m a t i c e s , deb ido a lo e s q u e m á t i c o de nues t ro

desar ro l lo , que se e n c u e n t r a ampl i ado en el a r t í c u l o m e n t a d o

de " S a l T e r r a e " . Es in te resan te q u e , casi un a ñ o después de la

p u b l i c a c i ó n de la e n c í c l i c a , el p ro fe so r Pini l los c o i n c i d e c o n

nues t ra e s t i m a c i ó n : "Acaso sea ésta la razón por la que esta

admirable encíclica ha pasado tan desapercibida, deliberada­

mente desapercibida, por aquellos que al menos en teoría

mayor eco debieran haberse hecho de ella" (pág. 8 1 ) . Po r varias

fuentes directas s abemos que a a l tos niveles pa t rona l e s , espa­

ño les y mul t inac iona les . . . , pos i t i vamen te h a disgustado.

b ) En el ámbito propiamente eclesial.

" E c c l e s i a " , después de pub l i ca r la e n c í c l i c a , c o n las reac­

c iones inmedia tas al nivel nac iona l e i n t e rnac iona l y un edi tor ia l

in te l igen te p e r o que n o se m e t e en un análisis p r o f u n d o ( lo cual

es natural del es t i lo de los edi tor ia les c o m o género p e r i o d í s t i c o

t ip i f i cado) - " E c c l e s i a " 2 0 4 7 ( 2 6 de s ep t i embre de 1 9 8 1 ) - ,

d io c a b i d a en o t r o n ú m e r o a un ampl io c o m e n t a r i o , rea l izado

p o r el ve te rano t eó logo y cons i l i a r io de m o v i m i e n t o s apos tó ­

l icos obre ros ( e spec i a lmen te de la H O A C ) , T o m á s Ma lagón .

Es un es tud io lúc ido , va l ien te , p ro fundo , que t iene m u c h o s

p u n t o s de c o n t a c t o c o n nues t ro b r ev í s imo re sumen , aunque

a m p l í a el t e m a bás ico de la e n c í c l i c a , que es la " so l ida r idad" .

P u n t o fundamenta l en la d o c t r i n a de K a r o l W o j t y l a , que e n c o n ­

t r a m o s y a en su tesis f e n o m e n o l ó g i c a " L a Pe r sona en A c c i ó n "

y que h o y t iene profundas c o n n o t a c i o n e s h i s t ó r i c o - c o n c r e t a s .

Malagón subraya t ambién c o n ac i e r to el gran valor re l ig ioso ,

evangé l i co , u t ó p i c o , e s c a t o l ó g i c o , del d o c u m e n t o de J u a n

P a b l o II - " E c c l e s i a " 2 0 4 8 (3 de o c t u b r e de 1 9 8 1 ) 1 2 3 4 -

1 2 3 8 - .

4 8

P o s t e r i o r m e n t e , en el n ú m e r o de " E c c l e s i a " 2 0 5 6 (5 de

d i c i embre de 1 9 8 1 ) 1 5 2 8 y ss . , apa rece , c o n m o t i v o del grave

p r o b l e m a del p a r o , u n a e x h o r t a c i ó n c o l e c t i v a de la C o n f e ­

r enc i a E p i s c o p a l E s p a ñ o l a , ap robada p o r la X X X V A s a m b l e a

Plenar ia , de nov i embre -d i c i embre de 1 9 8 1 , t i tu lada "El Tra­

bajo: un derecho fundamental del hombre". E n es te docu­

m e n t o h a y u n a re fe renc ia fundamenta l a la e n c í c l i c a Laborem

exercens, de la que se d ice que " p r o y e c t a un haz br i l lan te de

l u z " . S in e m b a r g o , n o c r e e m o s que en su c o n j u n t o se h a y a

c a p t a d o t o d a la d inámica p ro funda del t e x t o papal . Quizás

sea és ta u n a o b r a l en t a de as imi lac ión de los t eó logos en c o n ­

t a c t o c o n la b a s e . U n a l a b o r val iosa en es te s en t ido se h a h e c h o

en el S e c r e t a r i a d o S o c i a l de la d iócesis de B i l b a o .

c ) ¿Se está realizando este trabajo de asimilación en el

ámbito eclesial español?

T e n e m o s e n t e n d i d o q u e h a h a b i d o ses iones dedicadas a la

r e f l ex ión sobre la L E , en el I n s t i t u t o S o c i a l L e ó n X I I I , en las

universidades de Comi l l a s y S a l a m a n c a . . . , e t c . , y que la han

c o m e n t a d o , en sus cu r sos , p ro fesores de t e o l o g í a m o r a l en

diversas in s t i tuc iones t eo lóg icas de f o r m a c i ó n .

A pesar de es tos i n t e n t o s , aunque val iosos , m u y esporá­

d icos , y c u a n d o l l evamos p r á c t i c a m e n t e nueve meses de la

p u b l i c a c i ó n de es te e x t r a o r d i n a r i o d o c u m e n t o , n o s v e m o s

obl igados a insist ir en lo d i c h o p o r el p ro f e so r Pin i l los . L a

e n c í c l i c a , después de la hab i tua l " a c l a m a c i ó n p ú b l i c a " y se­

s iones más o m e n o s of ic iosas de c e l e b r a c i ó n , seguidas sin

demas iado t r aba jo ser io de a s imi lac ión , p a r e c e haberse vue l to

a sumir en el s i l enc io y el o lv ido de los venerables m o n u m e n t o s

del p r e t é r i t o .

4 9

Las causas pueden ser c o m p l e j a s . Y a a p u n t a m o s algunas. Quizás c a b r í a deci r que a la D e r e c h a , l igada al s e c t o r in tegr is ta ec les ia l , ha causado h o n d o males ta r , p o r ser la p r imera c r í t i c a a n a l í t i c a radical del ma t e r i a l i smo capi ta l i s ta real izada has ta ahora p o r un t e x t o del magis te r io . Y puede resul tar d o b l e m e n t e i n o p o r t u n a en es te m o m e n t o en que el S i s t e m a es tá en h o n d a cr is is . Y en c u a n t o a la q u e , u sando la m e t á f o r a al uso ( c u y a p e r t i n e n c i a n o a c e p t a m o s del t o d o . . . ) , se suele l l amar " l a izquierda c a t ó l i c a " , p o r e j e m p l o : los m o v i m i e n t o s apos tó l i cos y c o m u n i d a d e s de base más c e r c a n o s a la sensibi l idad popu la r de los t raba jadores , un p re ju ic io s impl is ta re fe ren te a o t ros t emas ec les iás t icos ante la figura de W o j t y l a h a l levado a u n a c i e r t a m i o p í a an te el valor del d o c u m e n t o . U n o duda que se hayan t o m a d o el t raba jo de leer se r i amente la ex t r ao rd ina r i a a p o r t a c i ó n , para el avance c r e y e n t e en la pa r t i c ipac ión en la l i be rac ión del i n m e n s o m u n d o de los p o b r e s , que represen ta a q u í el p e n s a m i e n t o del Papa .

Y , sin e m b a r g o , c r e o que hay que c o n c l u i r c o n u n a ref le­x i ó n esperanzada . D e c í a The i l a rd de Chardin que b a s t a que se e n c i e n d a en u n a so la a lma u n a idea nueva , verdadera y f ecunda , para que se e x t i e n d a n e c e s a r i a m e n t e p o r el m u n d o e n t e r o . C o n m a y o r razón debe decirse e s to de la fuerza expans iva del nuevo h o r i z o n t e rac iona l , pe ro t a m b i é n de grandiosa u t o p í a c r i s t iana , a b i e r t o p o r la pa labra del Papa . En es te m o m e n t o o s c u r o en que las perspect ivas socia les pa recen p o r todas par tes cer radas , es ta luz e n c e n d i d a p o r la Laborem exercens n o se va a apagar. V a a ser c a d a vez más u n a ayuda en es ta búsqueda , l e n t a y esfor­zada , de p l an t eamien to s y a l ternat ivas é t icas y soc ia les , que puedan ayudarnos a l iquidar las inhumanas c o n t r a d i c c i o n e s ac tua les hac ia la c r eac ión de c a m i n o s nuevos para el h o m b r e .

NUEVAS PERSPECTIVAS PARA LA MAR6INACI0N

Por J o a q u í n G a r c í a R o c a

S e ha sugerido que la h i s tor ia de la Iglesia p o d r í a ser escr i ta c o m o la h is tor ia del s iempre fa t igoso r e c o n o c i m i e n t o de los nuevos suje tos soc ia les . L a Iglesia p r imi t iva tuvo que enfrentarse c o n el r e c o n o c i m i e n t o del su je to gr iego-pagano c o m o l e g í t i m o des t ina tar io del Evange l io , más allá de la media­c ión j u d í a . F u e una a u t é n t i c a aventura el r e c o n o c i m i e n t o de los " b á r b a r o s " , los á rabes , el burgués , el o b r e r o y más rec ien te ­m e n t e la mujer . El cons t i tu i r se c o m o suje tos y emerger c o n la p rop ia individual idad y el p r o p i o d e r e c h o a ser r e c o n o c i d o s , c o n s t i t u y e el ser m i s m o de la Iglesia * .

* Cfr. RUGGIERI, G., Ecclesiologia e dottrina sociale della chiesa, en // Regno, 21 ( 1 9 8 1 ) , p. 683 .

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L a e n c í c l i c a " L a b o r e m e x e r c e n s " es un c a p í t u l o más en la ardua tarea que c u m p l i ó la d o c t r i n a socia l de la Iglesia p o r r e co ­n o c e r un su je to nuevo : el p ro le ta r i ado de una é p o c a pos t -industr ia l . C o n s t i t u y e un m é r i t o i ncues t ionab le de la e n c í c l i c a h a b e r r ecog ido la nueva p r o b l e m á t i c a de la l l amada " c u e s t i ó n o b r e r a " ba jo el pr isma de la mund ia l i zac ión . Y , c o m o sucede c o n f recuenc ia c u a n d o se abre u n a perspec t iva nueva , aparecen nuevos suje tos que c l a m a n p o r conver t i r se en des t ina tar ios de p r imera c lase . E s t a es en la e n c í c l i c a la suer te del l l amado m u n d o margina l : los agr icu l tores , los minusvál idos y los emi­grantes . El t r a t a m i e n t o que de el los h a c e la e n c í c l i c a e m p i e z a s iendo residual ( los tres ú l t imos apar tados de la par te cen t r a l , n ú m s . 2 1 - 2 3 ) para acaba r s iendo el c o n t r a p u n t o de todas las tesis sobre el t r aba jo . L a grandeza , sin e m b a r g o , de su re f l ex ión cons i s t e en h a b e r sab ido abrir los rasgos fundamenta les de lo que puede ser un giro eclesial en el t r a t a m i e n t o de la margi-n a c i ó n .

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C o n c e p t o y real idad de la marg inac ión

L a m a n e r a de hab la r en re fe renc ia al marg inado n o es una s imple cues t ión l ingü í s t i ca . E n el " c ó m o se h a b l a " del agri­c u l t o r , del minusvá l ido o del emig ran te , se e n c u e n t r a la base de los p r o y e c t o s de in t e rvenc ión y de las p rác t i cas soc ia les .

N o es ind i ferente que el minusvá l ido se p resen te c o m o un p r o b l e m a m é d i c o reduc t ib le a es t ruc turas orgánicas , ni que la mu je r sea una cues t ión de s imple na tu ra l eza o que la emigra-

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c ión sea una variable del c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o . Po r detrás de t o d o e l l o , s u b y a c e unas de te rminadas es t ra tegias de a c t u a c i ó n .

L a e n c í c l i c a invalida es ta perspec t iva , que reduce el pro­b l e m a a una s imple cues t i ón de na tu ra leza para cons ide ra r lo en la perspec t iva social en todas sus c o n s e c u e n c i a s . C u a n d o el minusvál ido deja de ser vis to c o m o un i n c a p a c i t a d o ( re fe renc ia al f u n c i o n a m i e n t o n o r m a l del o r g a n i s m o ) , para l legar a ser c o n t e m p l a d o c o m o un hand icapado soc ia l , o el agr icu l tor deja de ser un s imple resu l tado de la na tu ra leza , para llegar a ser un p r o d u c t o soc ia l , se abre desde ese m i s m o m o m e n t o una pers­pec t iva de largo a l cance . S i las cual idades orgánicas son medib les en cada individuo, las cual idades socia les ex i s t en en esencia l r e fe renc ia al c o l e c t i v o soc ia l . L a marg inac ión es u n a variable depend ien te de la legis lación e x i s t e n t e en u n a de t e rminada so­c iedad , del nivel cul tura l d o m i n a n t e en el grupo de p e r t e n e n c i a , de la fo rma de t r aba jo que se cons ide ra s o c i a l m e n t e a d e c u a d o , de las expec ta t ivas socia les que rodean al individuo. E n u n a pa labra , en las marg inac iones que se c o n t e m p l a n en la e n c í c l i c a (agr icu l to res , emigran tes , minusvá l idos ) , es tan decis ivo el po­sible " d é f i c i t " c o m o las es t ruc turas socia les que le r echazan , d i f icul tan o marg inan . L a t o m a de c o n c i e n c i a de que la margi­nac ión n o es t a n t o un c o n c e p t o descr ip t ivo que p e r m i t a clasi­f icar p o r c a t e g o r í a s , s ino una re lac ión c o n la soc i edad , que va a significar una de las mayore s apo r t ac iones de la e n c í c l i c a has t a el p u n t o que se p o d r í a af i rmar c o n e l lo que la c o m p r e n s i ó n de la marg inac ión y las di ferentes p rác t i cas socia les que inaugura en t ran c o n la " L a b o r e m e x e r c e n s " en la é p o c a m o d e r n a .

C r e a c i ó n socia l de la marg inac ión

E n la c o n c e p c i ó n de la ma rg inac ión , la e n c í c l i c a u t i l iza un e s q u e m a global de re fe renc ia basado en la l l amada " t r ip le

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d i m e n s i ó n " , que ha s ido cons t ru ida p o r la t rad ic ión socia l c r í ­t i ca . Según el la , el h o m b r e se c o n s t r u y e en re lac ión c o n la na tu­ra leza , c o n el o t r o h o m b r e y cons igo m i s m o .

Desde es ta ó p t i c a , la pos i c ión soc ia l de los agr icu l tores , p o r e j e m p l o , va a depender "de l grado de desarro l lo de la t éc ­n i c a a g r í c o l a " (nivel de re lac ión c o n la na tu r a l eza ) , "de l r e c o n o ­c i m i e n t o de los j u s t o s de rechos de los t r a b a j a d o r e s " (nivel de re lac ión soc ia l ) y "de l nivel de c o n c i e n c i a r e spec to a t o d a la é t i c a socia l del t r a b a j o " ( re lac ión cons igo m i s m o ) .

L a marg inac ión se p re sen ta desde es te e s q u e m a c o m o una real idad d ia léc t i ca y po l i éd r i ca . Posee dis t intas valencias , sin las cuales n o se puede h a c e r j u s t i c i a al f e n ó m e n o socia l que debe ser h u m a n i z a d o .

a) La marginación como explotación económica.

U n a de las aristas ac tua les de la marg inac ión es su c o m p o ­n e n t e e c o n ó m i c o . L a e n c í c l i c a lo dec lara a b i e r t a m e n t e al a f i rmar en re fe renc ia a la agr icul tura que "mi l l ones de h o m b r e s se ven obl igados a cul t ivar las t ierras de o t ros y son explotados p o r los la t i fundis tas , sin la esperanza de l legar un d í a a la pose­sión ni s iquiera de un p e d a z o m í n i m o de t ierra en p r o p i e d a d " . Igua lmen te ta jan te es en el ca so de la emig rac ión , al r e c o n o c e r que és ta puede "conver t i r se en ocas ión de explotación finan­c ie ra o s o c i a l " .

b ) La marginación como exclusión legal.

L a valencia j u r í d i c a o c u p a un papel des t acado en la rea­l idad de la marg inac ión . Según e l la , hay pos ic iones socia les ca rac te r izadas p o r la fal ta de r e c o n o c i m i e n t o legal . " F a l t a n

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formas de tutela legal pa ra la pe r sona ag r í co la y su famil ia en

c a s o de ve jez , de en fe rmedad o de fa l ta de t r a b a j o " . E n el c a so

del emigran te , lo i m p o r t a n t e para la e n c í c l i c a es que és te " n o

se e n c u e n t r e en desventaja en el á m b i t o de los derechos c o n c e r ­

n i en t e s al t r aba jo r e s p e c t o a los demás t raba jadores de aque l la

de t e rminada s o c i e d a d " .

c ) La marginación como falta de participación política

E n t r e los c o m p o n e n t e s de la marg inac ión es decisiva la

negac ión de su p r o t a g o n i s m o p o l í t i c o , que se e x p r e s a en f o r m a

de e x c l u s i ó n en las dec is iones que le a t añen al c o l e c t i v o mar­

ginal . L a e n c í c l i c a es un ex t r ao rd ina r io a lega to en favor de que

los marg inados se s ien ten en la m e s a de la par t i c ipac ión . ' Pro­

tes ta p o r q u e " se niegue al c a m p e s i n o la facu l tad de participar

en las opciones decisorias... y a la l ibre a s o c i a c i ó n " . Igua lmen te

pos tu l a para los minusvál idos que sean t a m b i é n el los los "agen­

t e s " de la t r an s fo rmac ión socia l de su real idad.

d) La marginación como discriminación social

El e l e m e n t o d i sc r imina to r io es u n a va lenc ia d e t e r m i n a n t e

en la pos ic ión social del marg inado . " E s r ad i ca lmen te ind igno

del h o m b r e —afirma la enc íc l i ca— admi t i r en la vida de la so­

c iedad ú n i c a m e n t e a los m i e m b r o s p l e n a m e n t e func iona les , y a

que de es te m o d o se c a e r í a en u n a grave f o r m a de discrimi­

nación, la de los fuertes y sanos c o n t r a los débi les y e n f e r m o s " .

Po r la m i s m a r azón , en el c a so del emig ran te , " e l va lor del tra­

b a j o debe medi rse c o n el m i s m o m e t r o y n o en r e l ac ión c o n las

diversas nac iona l idades , rel igión o r a z a " .

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Conservación y reproducción de la marginación

Si la marg inac ión es un p r o c e s o d i n á m i c o , es i m p o r t a n t e

c o n c e b i r l a c o m o un l legar a ser marg inado . N o se t r a t a de u n a

real idad e s t á t i ca , s ino que es necesa r io cap ta r la en los m e c a ­

n i smos generadores . L a e n c í c l i c a se separa a s í de t o d o p lan tea­

m i e n t o na tura l i s ta que h a j u s t i f i c a d o en la h i s to r ia de la Iglesia

y de la cu l tu ra p rác t i cas socia les que h o y dec la ramos insu­

f ic ien tes .

L a " L a b o r e m e x e r c e n s " n o se reduce a c o n s t a t a r las "s i tua­

c iones o b j e t i v a m e n t e in jus t a s " , que es tán a h í c o m o la s o m b r a

de h o r r o r de la vida soc ia l , ni los estragos e n o r m e s que generan

las valencias a n t e r i o r m e n t e reseñadas , s ino que i n t e n t a ocuparse

igua lmente de los m e c a n i s m o s de conse rvac ión y r e p r o d u c c i ó n .

Qu ie ro subrayar dos de el los que r ecogen los resul tados de

i n t e r a c c i o n i s m o s i m b ó l i c o . Al c o m p o n e n t e o b j e t i v o que e n t r a ñ a

t o d a s i tuac ión margina l , la e n c í c l i c a añade " l a escasa estima en

que es tán c o n s i d e r a d o s " . S e t ra ta del c o m p o n e n t e más pro­

fundo de la r ep roducc ión soc ia l de la marg inac ión . C u a n d o se

es t igmat iza al o t r o m e d i a n t e la negac ión de su p r o p i o valor , las

perspect ivas de c a m b i o socia l se vola t izan y nos e n c o n t r a m o s

en el l í m i t e m i s m o de la deso lac ión pura . L o s agr icu l tores ,

minusvál idos y emigran tes son , en grandes capas de la pob la ­

c i ó n , pobres gentes que lo m á x i m o que m e r e c e n es c o n m i ­

se rac ión . Hay u n a negac ión tan radical del su je to c u a n d o se

les n iega la p rop ia e s t ima , que la marg inac ión só lo pod rá conser ­

varse.

E l o t r o m e c a n i s m o de r e p r o d u c c i ó n socia l de la margina­

c i ó n es a ludido en la e n c í c l i c a c o m o el c o r r e l a t o necesa r io de la

fa l ta de e s t ima . E s t a l lega a su m á x i m a pervers ión c u a n d o " c r e a

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en t re los h o m b r e s de la agr icul tura el sentimiento de ser socia l ­m e n t e unos m a r g i n a d o s " . L a a c c i ó n soc ia l y la r e a c c i ó n socia l son s imé t r i cas . L o grave de la s i tuac ión es que la def in ic ión de la p rop ia iden t idad del marg inado queda en m a n o s de los margi-nadores , l l egando de este m o d o a i n t r o y e c t a r en el los u n a imagen d is tors ionada y d isminuida de sus propias po t enc i a ­l idades c o m o su je tos . L a marg inac ión e n c u e n t r a en este m o ­m e n t o el m e c a n i s m o fundamenta l pa ra su p e r m a n e n t e y defi­n i t iva r e p r o d u c c i ó n .

2

Hac ia una p r ác t i c a h u m a n i z a d o r a

Es ev idente que la real idad marginal h a s ido desde s iempre c a m p o privi legiado para la a c c i ó n soc ia l . N o o b s t a n t e , las p rác­t icas socia les han es tado somet idas a u n a p ro funda evo luc ión h i s tó r i ca . Las ins t i tuc iones públ icas y privadas, c o m o la p rop ia Iglesia , se han p r e o c u p a d o de el la p o r m o t i v o s diversos y de f o r m a d i fe renc iada , has ta l legar a p o b l a r los co l ec t i vos soc ia les y ec les iás t i cos de e q u i p a m i e n t o s y de personas que de a lguna m a n e r a ayudaron a dignif icar la suer te de las personas margi­nadas en razón de su o c u p a c i ó n ag r í co l a , en razón de sus minusva l ías y en razón de la emig rac ión .

T o d a v í a es de r ec i en t e m e m o r i a la práctica benéfica, que conv i r t i ó la real idad marginal en el lugar de la a c c i ó n grac iab le . Reves t i da de s igni f icac ión ec les iás t i ca , se c o n v e r t í a en un s igno de la gra tuidad. D e espaldas a t o d a d imens ión es t ruc tu ra l , se e n c o n t r ó la m a n e r a ins t i tuc iona l de t e s t i m o n i a r la novedad

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c r i s t i ana has ta el p u n t o de que la car idad c r i s t iana se iden t i f i có

c o n la p r á c t i c a b e n é f i c a .

L o s grupos marginales l legaron a ser p o s t e r i o r m e n t e o b j e t o

de u n a práctica asistencia!. S e a m p l í a el c a m p o de las mot iva ­

c i o n e s , m e d i a n t e el c o n c e p t o i lus t rado de la fe l ic idad del

p u e b l o . S in cues t iona r el n ú c l e o de la p r á c t i c a b e n é f i c a , se t r a t a

de a t ende r los desajustes del s i s t ema , a l iviándolos a través de la

as i s tenc ia es ta ta l y pr ivada.

E n é p o c a más r e c i e n t e , la Iglesia e n c o n t r ó su lugar, m e ­

diante el desarrol lo de ins t i tuc iones y e q u i p a m i e n t o s p rofes io ­

nales que h a c í a n un segu imien to f u n d a m e n t a l m e n t e educativo

de los sec to res margina les . A p a r e c e n abundan te s iniciat ivas que

c o m p a r t e n la suer te de los emigran tes dándoles la i n s t rucc ión

y el a c o m p a ñ a m i e n t o pedagóg ico que se les negaba ; en el

c a m p o de las minusva l ías , se o p t a p o r c o l a b o r a r , m e d i a n t e

escuelas especial izadas para n iños y j ó v e n e s " s u b n o r m a l e s " ,

a y u d a n d o a de t e rmina r u n a pedagog ía adap tada ; se in ic ia

igua lmen te en el m u n d o rural l a o p c i ó n p o r la c o n c i e n c i a c i ó n

popu la r .

E s t a t r iple p r á c t i c a , b r e v e m e n t e s i tuada , h a s ido el cuad ro

ins t i tuc iona l en el que se ha insc r i to la a sunc ión del p r o b l e m a de

la marg inac ión p o r pa r te de las c o m u n i d a d e s ec les ia les . Desde

es te c o n t e x t o es pos ib le evaluar la p ro fund izac ión que se h a

p r o d u c i d o en la " L a b o r e m e x e r c e n s " .

2 . 1 . Las intuiciones básicas sobre las que se c o n s t r u y e el dis­

cu r so de J u a n P a b l o I I en el c a m p o de las marg inac iones so­

c ia les , son : la con f i anza en los marg inados , la vo lun tad de in te ­

grar y el p o d e r p r o f é t i c o de la fe .

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a) La confianza en el marginado.

L a c o n v i c c i ó n de que los marg inados son "sujetos plena­mente humanos, c o n sus co r r e spond ien te s de rechos i n n a t o s , sagrados e i nv io l ab le s" , se conv ie r t e en el v e c t o r fundamenta l del d i scurso . H a y , en c o n s e c u e n c i a , u n a superac ión de las p rác­t icas socia les benéf icas y as is tencia les , m e d i a n t e la a c e p t a c i ó n de todas las dec la rac iones in t e rnac iona le s sobre los de rechos h u m a n o s .

Pe ro la e n c í c l i c a n o se de t iene a q u í , s ino que lee la real idad del marg inado c a m b i a n d o el p r i sma t r ad ic iona l . No le i m p o r t a t a n t o sus ca renc ias o " d é f i c i t " , s ino sus po tenc ia l idades suscep­t ib les de desar ro l lo . Y c o n el lo se h a c e un gran servic io a la d igni f icac ión del marg inado : n o nos e n c o n t r a m o s an te unos l í m i t e s que son o b s t á c u l o s , s ino an te u n a real idad d i ferente que son pos ib i l idades para t o d o s . L a marg inac ión de ja de ser el l ado fatal de la e x i s t e n c i a soc ia l , para ser un a u t é n t i c o desa f ío pa ra t o d o s .

Para darle su ú l t i m a radical idad al d iscurso , y en el m o ­m e n t o que la c o n v i c c i ó n p o d r í a en t ra r en c o n f r o n t a c i ó n c o n la ev idenc ia c i e n t í f i c a , l a e n c í c l i c a alude a la dignidad y grandeza del h o m b r e , " a pesar de las l imi t ac iones y los suf r imien tos grabados en sus cuerpos y en sus f acu l t ades " . As i s t imos a la t r a d u c c i ó n secular del t e m a de la imagen de D i o s , que t a n t o más bri l la c u a n t o más nos p r o p o n e m o s p i so tea r l a . E l e n c u e n t r o c o n la real idad marginal se reviste de s igni f icac ión rel igiosa.

Es un discurso capaz de devolver la esperanza a los e m p o ­b rec idos y de movi l izar los me jo r e s po t enc i a l e s de la p o b l a c i ó n . E s t a c o n f i a n z a en la p e r s o n a y en los grupos marg inados , es el m a y o r e s t í m u l o para sos tene r un m o d e l o t e ó r i c o c o r r e c t o y u n a p r á c t i c a soc ia l adecuada .

6 0

b ) La voluntad de integrar.

D e es te p r imer da to se deriva un segundo: cua lqu ie ra que

sea la í ndo le de la marg inac ión — e c o n ó m i c a , legal , p o l í t i c a o

social—, la in teg rac ión h a de ser pos ib l e .

S u b y a c e en t o d a la e n c í c l i c a el m o d e l o de la in t eg rac ión .

Pe ro es i m p o r t a n t e subrayar que n o se t ra ta de u n a p o l í t i c a de

a s imi lac ión . Mien t ras és ta se c o n s t r u y e desde el r e c o n o c i m i e n t o

e x p l í c i t o o t á c i t o de un re fe ren te que se dec lara p r io r i t a r io —el

agr icu l to r se r ía pensado desde el indust r ia l ; el minusvá l ido ,

desde el su je to normal—, en la e n c í c l i c a n u n c a se t r a ta c o m o si

los marginados se e n c o n t r a r a n en un p e l d a ñ o infer ior y se les

invi tara a ir sub iendo hac ia o t ro s sin que n u n c a se pudiera

c o l m a r la d i s tanc ia . N o se p r o p o n e que el emigran te se asimile

al pa í s donde t raba ja , s ino que se in tegre en él y sea a c e p t a d o

c o m o tal .

L a in teg rac ión se f u n d a m e n t a " e n la facu l tad de par t i c ipar

en las opc iones d e c i s o r i a s " y " en la l ibre a s o c i a c i ó n , en vista de

la j u s t a p r o m o c i ó n soc ia l , cu l tura l y e c o n ó m i c a " .

L o dec is ivo , e n t o n c e s , serán los m e d i o s . Para lo cua l , " se

neces i t a rá que las au tor idades púb l i cas , las a soc i ac iones , los

grupos i n t e rmed ios , las empresas y los m i s m o s minusvál idos

apo r t en c o n j u n t a m e n t e ideas y recursos para l legar a es ta fina­

l idad i r r enunc iab le : que se o f rezca un t r aba jo a las personas

minusvál idas según sus pos ib i l i dades" .

c ) El poder profético.

Las dos c o n v i c c i o n e s an te r io res i m p o n e n un nuevo es t i lo ,

que se exp re sa c o n f recuenc ia en fo rma de re iv ind icac ión .

6 1

" D e b e r á pres tarse gran a t e n c i ó n —afirma, en r e fe renc ia a los minusválidos— a las c o n d i c i o n e s f ís icas y p s i co lóg icas , a la j u s t a r e m u n e r a c i ó n , a las pos ib i l idades de p r o m o c i ó n y a la e l imina­c i ó n de los diversos o b s t á c u l o s " .

L a p r á c t i c a p r o f é t i c a se mueve en u n a tr iple d i r ecc ión que h a h e c h o pos ib le el p u n t o de par t ida , lo que h e m o s l l amado nueva c o n c e p c i ó n de la ma rg inac ión : a nivel de e s t ruc tu ra , de legis lac ión y de c o n c i e n c i a .

H a b l a n d o de los agr icu l to res , se p r o p o n e n "cambios radi­cales y urgentes" para res t i tu i r a los h o m b r e s del c a m p o su j u s t o valor . E n re fe renc ia a los minusvá l idos , se invi ta a las c o m u n i ­dades a "darse las estructuras adecuadas c o n el fin de e n c o n t r a r o c rea r pues tos de t r aba jo para los minusvá l idos , o f r ec i endo un p u e s t o n o r m a l de t r aba jo o u n o más a p t o , c o m o en las empresas y en los l l amados a m b i e n t e s p r o t e g i d o s " .

S e inc ide f u e r t e m e n t e , a p r o p ó s i t o de la justa legislación. Q u e al emigran te " n o se le deje en desventa ja en el á m b i t o de los d e r e c h o s " y que al minusvá l ido " se le faci l i te pa r t i c ipa r en la vida de la s o c i e d a d " .

S e alude igua lmente en la p r á c t i c a educa t iva que p u e d a c o m p o r t a r un cambio cultural, m e d i a n t e u n a adecuada " f o r m a ­c i ó n p r o f e s i o n a l " y un "desa r ro l lo del nivel de c o n c i e n c i a res­p e c t o a t o d a la é t i c a soc ia l del t r a b a j o " .

2 . 2 . L o s desplazamientos fundamenta les que h a or ig inado el t r a t a m i e n t o de la marg inac ión en la " L a b o r e m e x e r c e n s " , s o n :

6 2

a ) El paso de objetos de atención a sujetos de decisión.

L a o p c i ó n de f o n d o que s u b y a c e en la e n c í c l i c a puede resumirse del s iguiente m o d o : n o es suf ic ien te ocuparse de los marg inados , s ino que es necesa r io un c l a ro e ins t i tuc iona l r e c o ­n o c i m i e n t o de sus d e r e c h o s . S e a b a n d o n a de es te m o d o u n a pe r spec t iva ob je tua l ( o b j e t o s de a t e n c i ó n ) , pa ra p o t e n c i a r u n a pe r spec t iva del l legar a ser su je tos so l ida r i amen te . E l minusvá-l ido es un su je to de r e l ac iones , m u c h o an tes de ser un o b j e t o de i n t e rvenc ión . Es un su je to de re lac ión pa ra la famil ia , los grupos socia les y el p r o p i o E s t a d o .

b ) Del sujeto de decisión a la persona.

E l su je to marg inado n o debe ser cons ide rado desde su p rop ia ca r enc i a , s ino c o m o u n a to t a l idad que imp l i ca t o d o s los a spec tos convivenc ia les , s iendo todas las d imens iones perso­nales de igual i m p o r t a n c i a . E n el c a s o del emig ran te , n o só lo " s e aleja un su je to h u m a n o , s ino a la vez u n m i e m b r o de u n a gran c o m u n i d a d , que es tá un ida p o r la h i s to r i a , la t r ad ic ión , la c u l t u r a " .

P o r e s t a r azón , además de r e c o n o c e r los de rechos del s u j e t o , se a f i rma u n a de las asp i rac iones más profundas de t o d o s los grupos marg inados , e s t o es , p o d e r l levar u n a vida indepen­d ien te en u n a c o m u n i d a d n o r m a l . S i se t ra ta del minusvá l ido , n o só lo es tá en j u e g o la i n d e p e n d e n c i a f í s i ca y e c o n ó m i c a , s ino t a m b i é n esa a u t o n o m í a que n a c e de la adap tac ión f í s ica y psi­c o l ó g i c a capaz de l levar u n a vida ú t i l , sa t i s fac tor ia y grati­f i c an t e , m e d i a n t e u n a ac t iv idad p roduc t iva capaz de real izar todas sus ap t i tudes func iona les .

6 3

c ) De la persona al colectivo social.

C o n s e c u e n t e m e n t e , h a y u n a t r ans fe renc ia del su f r imien to individual al á m b i t o soc ia l . L o que j u s t i f i c a el d iscurso de la responsab i l idad co l ec t i va an te la m a r g i n a c i ó n .

Ni el minusvál ido ni el emigran te son c o m p r e n s i b l e s en s í m i s m o s , en t é rminos nosog rá f i cos , y a que es esenc ia l la rela­c i ó n cons t i t u t i va pe r sona- soc iedad . N o son n e c e s a r i a m e n t e marg inados , a c o n d i c i ó n de que en la soc i edad e n c u e n t r e n un lugar a d e c u a d o y j u s t o , y que su real idad n o c o n s t i t u y a un l í m i t e ni un o b s t á c u l o , s ino unas pos ib i l idades pa ra t o d o s .

JOAN PABLO II Y EL TRABAJO Be la 'Rerum novarnm'

a la 'Laboren exercens' *

Por J o s é M a r í a G u i x Fe r re res

E l ob j e t i vo que desea r í amos a lcanzar en es te a r t í c u l o es

p o n e r de man i f i e s to la génesis y desarrol lo h i s t ó r i c o de la

enseñanza socia l de la Iglesia , desde L e ó n X I I I a J u a n P a b l o I I ,

sob re el t r aba jo . Para e l lo seguimos el s iguiente m é t o d o : a) Pre­

s e n t a m o s u n a s ín tes is s i s t emá t i ca de los a spec tos pr inc ipa les del

t e m a en J u a n P a b l o I I , e l abo rado b á s i c a m e n t e c o n las ideas de

* A lo largo del artículo aparecen algunas siglas:

GS : Gaudium et spes. LE : Laborem exercens. MM : Mater et Magistra. OA : Octogésima adveniens. PP : Populorum progressio. PT : Pacem in terris. QA : Quadragesimo anno. RH : Redemptor hominis. RN : Rerum novarum.

66

su t e r ce ra e n c í c l i c a , l a Laborem exercens ( 1 4 - I X - 1 9 8 1 ) , y c o m ­

p l e t a d a c o n los múl t ip les e l e m e n t o s esparc idos p o r las ense­

ñanzas de sus tres p r imeros años de p o n t i f i c a d o ; és ta será la

pa r t e subs tanc ia l del p re sen te e s tud io , b ) P r o c u r a m o s s in te t izar

el p e n s a m i e n t o de los papas an te r io res , en los p u n t o s más

i m p o r t a n t e s , m a n i f e s t a n d o —cuando l o c r e e m o s opor tuno— la

c o n t i n u i d a d o evo luc ión de la d o c t r i n a expues t a , c ) E n varios

pasajes del es tud io —ordinar iamente en n o t a a p ie de p á g i n a -

a d u c i m o s abundan te s re ferencias a d o c u m e n t o s de papas an te ­

r iores en los que se t r a t a l a m i s m a m a t e r i a t o c a d a p o r J u a n

P a b l o I I ; de es ta m a n e r a , el e s tud ioso que l o desee p o d r á c o t e ­

j a r las enseñanzas pont i f i c ias a l o largo de los ú l t imos n o v e n t a

años y descubr i r p o r s í m i s m o la evo luc ión de la doc t r i na socia l

de l a Iglesia sob re es te t e m a , d) E n aras de la b revedad só lo tra­

t a m o s m u y p o r e n c i m a algunos a spec tos m u y i m p o r t a n t e s —al­

gunos de el los t ra tados a m p l i a m e n t e en la Laborem exercens—

q u e , de ser es tudiados c o m o m e r e c e r í a n , a u m e n t a r í a n cons ide ­

r a b l e m e n t e la e x t e n s i ó n de es te a r t í c u l o e inc luso r o m p e r í a n

su un idad a rgumenta l ; nos re fe r imos a los t emas de la pro­

p iedad , s i nd i ca to , sa la r io , c o g e s t i ó n y au toges t ión , e t c . , la

m a y o r í a de los cua le s , p o r o t r a p a r t e , a pesar de su r e l ac ión c o n

el n ú c l e o cen t r a l del t r a b a j o , son t ra tados c o m o c a p í t u l o s au tó­

n o m o s en los manua le s de d o c t r i n a soc ia l de la Iglesia , e ) T a m ­

b ién pa ra consegu i r u n a m a y o r b revedad c i t a m o s los discursos

y h o m i l í a s de los papas i nd i cando ú n i c a m e n t e la f echa y omi ­

t i endo el des t ina ta r io o m o t i v o ; só lo c u a n d o h a y pos ib i l idad de

e r ror , añad imos a lguna c i r c u n s t a n c i a que p e r m i t a iden t i f ica r

f ác i lmen te la a l o c u c i ó n a la que nos r e f e r imos .

6 7

1

Mirada general sobre el t e m a

E l " m i s t e r i o maravi l loso del t r a b a j o " 1 " c o n s t i t u y e u n a de

las d imens iones fundamenta les de la e x i s t e n c i a t e r rena y de la

v o c a c i ó n " del h o m b r e ( L E l l f , 4 a ) y , " e n c u a n t o p r o b l e m a del

h o m b r e , o c u p a el c e n t r o m i s m o de la ' cues t ión soc i aT " ( L E 2 a )

de la que es " c o m o su f u n d a m e n t o " 2 , " u n a c lave , quizá la c lave

e s e n c i a l " ( L E 3 b ) . P o r eso c o n s t i t u y e , de a lguna m a n e r a , "un

e l e m e n t o fijo t a n t o de la vida socia l c o m o de las enseñanzas de

la I g l e s i a " ( L E 3 a ) . No es de e x t r a ñ a r , p o r cons igu i en t e , que és te

sea u n o de los t emas de c a r á c t e r socia l que J u a n Pab lo I I h a

t r a t ado de m a n e r a más re i te rada , ex t ens iva y cá l ida . Después de

la dignidad de la pe r sona h u m a n a y sus de rechos fundamenta les

—con los que el Papa r e l ac iona e s t r e c h a m e n t e el t rabajo— cier ta ­

m e n t e es és te el t e m a socia l que h a m e r e c i d o su a t e n c i ó n prefe­

r e n t e , y a c o n an te r io r idad a la p u b l i c a c i ó n de l a Laborem

exercens.

N o es dif íci l s e l ecc iona r , al l ado de la e n c í c l i c a , u n a serie

de a locuc iones " m a y o r e s " o más i m p o r t a n t e s , que t ra tan del

t r a b a j o : algunas de el las , en el m i s m o V a t i c a n o (29-111-79 y

1 6 - V - 8 1 ) ; o t ras , en sus diversos viajes apos tó l i cos a M é j i c o

( J a l i s c o , 3 0 - 1 - 7 9 ; M o n t e r r e y , 3 1 - 1 - 7 9 ) , P o l o n i a ( J a s n a G ó r a ,

4 - 6 - 7 9 ) , F r a n c i a (Sa in t -Den i s , 3 1 - V - 8 0 ) , Bras i l ( S a o Pau lo ,

3 - V I I - 8 0 ) , F i l ip inas ( B a c o l o d , 2 0 - 1 1 - 8 1 ; Legazp i , 2 1 - 1 1 - 8 1 ) ;

o t ras , finalmente, en sus desp lazamien tos p o r I t a l i a ( P o m e z i a ,

1 3 - I X - 7 9 ; T u r í n , 1 3 - I V - 8 0 ; Gran S a s s o , 3 0 - V I I I - 8 0 ; T e r n i ,

(1) Legazpi, 21-11-81 n. 1. (2) Homilía Maguncia, 16-XI-80 n. 1.

6 8

1 9 - 1 1 1 - 8 1 ) ; e t c . A es tos t e x t o s más e x t e n s o s y densos h a b r í a

que añadir un largo rosar io de re ferencias —algunas m u y impor ­

tantes— esparcidas p o r e sc r i to s , d iscursos y h o m i l í a s de J u a n

P a b l o I I en es tos tres p r imeros años de su p o n t i f i c a d o .

C o n el i n t e n t o c l a ro de favorecer s iempre " e l f o m e n t o de

u n a verdadera c o m p r e n s i ó n del s en t ido del t r a b a j o " 3 , e m p a l m a

fielmente c o n la l í n e a de los papas an te r io res , si b i en en a lgunos

p u n t o s es más ins i s t en te , en o t ros a t i ende nuevos a spec tos y

m a t i c e s , y en o t ros es más breve y c o n c i s o . H a b l a del t r aba jo

n o c o m o de algo l e j a n o , en un t o n o a c a d é m i c o y f r í o , s ino

c o m o de algo m u y p r ó x i m o , c o n u n a gran efus ión de a f e c t o p o r

los t raba jadores , a los que cons ide ra h e r m a n o s a t í t u l o espec ia l .

Aque l las pa labras p ronunc iadas en Magunc i a —"el A p ó s t o l ( S a n

P a b l o ) t r a t a m u y c la ra y d i r e c t a m e n t e el t e m a del t r aba jo hu­

m a n o sobre la base de su e x p e r i e n c i a p e r s o n a l " ( 1 6 - X I - 8 0 ) —

son apl icables a s í m i s m o : c o n m u c h a f r ecuenc ia e v o c a sus años

de t r aba jo manua l en u n a fábr ica de P o l o n i a , m e n c i o n a " l a gran­

deza y la dureza, las horas fel ices y los m o m e n t o s de ans iedad,

los logros y los fracasos que c o m p o r t a la vida de un t raba­

j a d o r " 4 y h a c e re fe renc ia a la " e x p e r i e n c i a d i r ec ta de un tra­

b a j o . . . , de su fat iga c o t i d i a n a y de su dependenc i a , de su pesadez

y m o n o t o n í a " 5 . P o r e s o , c u a n d o h a b l a a los o b r e r o s , j a m á s

deja t raslucir aquel t e m o r que en a lguna ocas ión man i f i e s t a

P a b l o V I 6 y sus enseñanzas sobre el t r aba jo van a c o m p a ñ a d a s

del c a l o r y a veces del a p a s i o n a m i e n t o que b r o t a n de las viven­

cias de su j u v e n t u d .

(3 ) Radio Ventas Manüa, 21-11-81 n. 10. (4 ) Legazpi, 21-11-81 n. 5.

(5 ) Monterrey, 31-1-79. Véanse también 9-XII-78; Nowa Huta, 9-VI-79

n. 2; Pomezia, 13-IX-79; Saint-Denis, 31-V-80; Estadio Morumbi,

Sao Paulo, 3-VII-80 n. 2; 16-V-81; etc.

(6 ) Taranto, 25-XII-68.

6 9

2

Natura leza del t r aba jo y su dignidad en genera l

Al igual que sus p redeceso res 7 , aunque c o n m a y o r am­

p l i tud de h o r i z o n t e s , J u a n Pab lo I I nos da su c o n c e p t o c r i s t i ano

del t r a b a j o , una especie de def in ic ión que r ecoge aquel los

a spec tos que más le in te resan o que quiere subrayar especial­

m e n t e . Para é l , el t r aba jo es " u n a verdadera v o c a c i ó n de trans­

f o r m a c i ó n del m u n d o , en un esp í r i tu de servicio y de a m o r a

los h e r m a n o s , para que la pe r sona h u m a n a se rea l ice a s í m i s m a

y c o n t r i b u y a a la c r e c i e n t e h u m a n i z a c i ó n del m u n d o y de sus

e s t r u c t u r a s " 8 ; es " u n a verdadera v o c a c i ó n , un l l a m a m i e n t o de

D ios a cons t ru i r un m u n d o n u e v o , en el que h a b i t e n la j u s t i c i a

y la f ra tern idad, an t i c ipo del r e ino de D i o s " 9 ; es " u n a c o l a b o ­

rac ión c o n el p o d e r y el a m o r de D i o s , para m a n t e n e r nues t r a

vida y hace r l a más h u m a n a y más c o n f o r m e al p lan de D i o s "

( 2 4 - 1 1 1 - 7 9 ) ; es " l a ac t iv idad c o n s c i e n t e y persona l del h o m b r e ,

en su c o n t r i b u c i ó n a la gran o b r a del m a n t e n i m i e n t o y del p ro ­

greso de la h u m a n i d a d , de las n a c i o n e s , de las f a m i l i a s " ( 1 6 - 1 -

8 1 ) ; es " u n a act iv idad ' t rans i t iva ' , es deci r , de tal na tu ra l eza

que , e m p e z a n d o en el su je to h u m a n o , es tá dirigida h a c i a un

o b j e t o e x t e r n o " ( L E 4 c ) ; es "un p r o c e s o m e d i a n t e el cua l el

h o m b r e y el géne ro h u m a n o s o m e t e n la t i e r r a " ( L E 6 c ) .

(7 ) Véase, por ejemplo, RN y QA (Col. Ene. Doc. Pont., 6 ed., 1962,

p. 611 y 636 ) ; Pío XII, 15-XI-46, 29-V-52, 27-XI-56, 7-VI-57,'

25-VIII-57; Juan XXIII, 20-VI-62; Carta Secret. Estado Sem. Soc'

Francia (18-VII-47 y 25-VII-64) y España (30-IV-55). (8) Jalisco, 30-1-79. (9 ) Ibíd.

7 0

C o m o es fácil observar , el Papa t ra ta del t r aba jo en su sen­

t i do más a m p l i o , " n o só lo del l l amado t raba jo m a n u a l , s ino

t a m b i é n del múl t ip le t r aba jo i n t e l ec tua l , desde el de plani­

f i cac ión al de d i r e c c i ó n " ( L E 1 4 d ) ; p o r e s o , c i t a , p o r v ía de

e j e m p l o , a los agr icu l to res , m i n e r o s , s iderúrgicos , a lbañi les . . . ,

a los in t e l ec tua le s , c i e n t í f i c o s , m é d i c o s , en fe rmeros . . . , a las

muje res " q u e a veces sin un adecuado r e c o n o c i m i e n t o p o r

par te de la soc iedad y de sus m i s m o s famil iares , sopor tan c a d a

d í a la fatiga y la responsabi l idad de la casa y de la e d u c a c i ó n de

los h i j o s " ( L E 9 b ) .

A la luz de estas " d e f i n i c i o n e s " , se ve c laro —y a s í lo

subraya e x p r e s a m e n t e el Papa— que el t r aba jo en sen t ido p r o p i o

es u n a ac t iv idad exc lus iva del h o m b r e , u n a "prer roga t iva de los

seres h u m a n o s " ( 2 6 - I V - 7 9 ) , " u n a de las ca r ac t e r í s t i c a s que

dis t inguen al h o m b r e del r e s to de las cr ia turas . . . y c o n s t i t u y e en

c i e r t o sen t ido su m i s m a n a t u r a l e z a " ( L E p r e á m b . , 5 c , 6 b ,

l i a , f, 1 2 d , e ) . S ó l o el h o m b r e puede darse c u e n t a de es ta

v o c a c i ó n y acep ta r l a , ob ra r en esp í r i tu de servicio y a m o r , e t c . :

"En todo el mundo visible es solamente el hombre quien

'trabaja'. Solamente su actividad puede llamarse 'trabajo'

en el pleno sentido de la palabra. En cambio, no es 'trabajo'

la actividad de los seres inferiores al hombre, los animales,

si bien a veces se llama así. El hecho es que para 'trabajar'

no bastan las potencialidades y las fuerzas físicas, propias

también de estos seres... Para poder 'trabajar' es necesario

ser 'imagen y semejanza' de Dios" (19-111-81).

Es tas mi smas ideas , casi c o n palabras idén t i cas , las e n c o n ­

t r amos repet idas en el p r e á m b u l o de la Laborem exercens y

c o m p l e t a d a s en u n a de sus ca teques i s de los m i é r c o l e s :

71

"El hombre puede dominar la tierra porque sólo él —y ningún otro de los seres vivientes- es capaz de cultivarla y transformarla según sus propias necesidades... Y de aquí que este primer esbozo de una actividad específicamente humana parece formar parte de la definición del hombre tal como ella surge del análisis del texto yahvista" (24-X-79) .

A di fe renc ia del " m u n d o an t iguo y m e n o s a n t i g u o " , que cons ide r aba el t r aba jo c o m o " u n a o c u p a c i ó n se rv i l " 1 0 —y p o r es ta razón " e r a cons ide rado indigno del h o m b r e l ibre y era e j e c u t a d o p o r e s c l a v o s " ( L E 6 e ) — , el c r i s t i an i smo " y a desde la a c e p t a c i ó n del A n t i g u o T e s t a m e n t o y a lo largo de los siglos. . . ha d e m o s t r a d o su más al ta e s t ima a t oda fo rma de t r a b a j o , t a n t o co rpora l c o m o esp i r i tua l " ( 1 6 - V - 8 1 ) . P o r e s o , el t e m a del t raba jo ha " o c u p a d o un lugar cen t ra l en las dec la rac iones del magis te r io de la Ig les i a" 1 1 ; p o r e s o , t a m b i é n en las reglas m o n á s t i c a s y e spec i a lmen te en la R e g l a de S a n B e n i t o , el tra­b a j o —"parte esencia l de la vida"— j u e g a un papel de p r imer o r d e n " 1 2 .

L a dignidad del t r aba jo es c o n t e m p l a d a p o r el Papa simul­t á n e a m e n t e desde dos ángulos d is t in tos pe ro c o m p l e m e n t a r i o s : desde el ángulo ob j e t i vo —el t ipo de t raba jo que se real iza ( L E 5 ) — y desde el ángulo subje t ivo —el h o m b r e que lo e j e c u t a ( L E 6 ) - .

(10 ) Terni, 19-111-81. Véase el disc. de Pablo VI a la OIT, 10-VI-69. (11) Homilía Maguncia, 16-XI-80 n. 1. (12) Carta Apost. XV Centén, nacimiento San Benito, 12-VIII-80; Men­

saje a Europa, Subiaco, 28-IX-80 n. 6.

7 2

E n nues t ra "c iv i l i zac ión un i l a t e r a lmen te mater ia l i s ta . . . se da i m p o r t a n c i a p r imord ia l a la d imens ión o b j e t i v a del t r a b a j o , mien t ras la subje t iva —todo lo que se ref iere ind i rec ta o d i rec ta­m e n t e al m i s m o su je to del t rabajo— p e r m a n e c e a un nivel secun­d a r i o " ( L E 7 c ) . " E s t o n o qu ie re dec i r que el t r aba jo h u m a n o , desde el p u n t o de vista o b j e t i v o , n o pueda o n o d e b a ser de algún m o d o valor izado y c u a l i f i c a d o " ( L E 6 f ) . Quie re dec i r s o l a m e n t e

- que "la dignidad del trabajo no puede sacarse únicamente de criterios materiales económicos" (28-IX-80);

- que "el fundamento para determinar el valor del trabajo humano no es en primer lugar el tipo de trabajo que se realiza" (LE 6e);

- que "el primer fundamento del valor del trabajo es el hombre mismo, su sujeto" (LE 6f), "la humanidad de quien lo realiza" (19-111-81), el hecho de que "el trabajo procede inmediatamente de la persona" (30-VIII-80) y que "quien lo ejecuta es una persona" (LE 6e; cf. 7c, lOd, 12f, 13a, 15);

- que esta actividad humana -"dimensión fundamental de la existencia del hombre sobre la tierra" 1 3 y "respuesta al don de Dios" 1 4 - tiene una dimensión personal, fami­liar y social: "Estos tres ámbitos conservan permanente­mente su importancia para el trabajo humano en su dimensión subjetiva" (LE lOd).

(13) Disc. OIT, 10-VI-69; Jasna Góra, 4-6-79. (14) Legazpi, 21-11-81 n. 1.

7 3

E s t a p r o c e d e n c i a del h o m b r e que t raba ja ( t r aba jo en sen­t ido sub je t ivo) sobre la o b r a real izada ( t raba jo en sen t ido o b j e ­t ivo) es u n o de los pr inc ip ios más e x t e n s a y r e p e t i d a m e n t e e x p u e s t o s en la e n c í c l i c a Laborem exercens. N o tene r p resen te es ta j e r a r q u í a impl ica " u n a confus ión e inc luso u n a inversión del orden e s t ab l ec ido desde el c o m i e n z o c o n las palabras del l ib ro del G é n e s i s " ( L E 7 c ) .

E l t r aba jo en sen t ido ob je t ivo admi t e una j e r a r q u í a , según se t ra te de obras más o m e n o s necesar ias , m e j o r o p e o r h e c h a s , más o m e n o s d i f íc i les , e t c . ( L E 5 ) . E n c a m b i o , en sen t ido subje­t ivo , t o d o s los t raba jos son igua lmente dignos p o r q u e todos son act iv idad de la in te l igenc ia man ipu lan t e o de las m a n o s pen­santes de u n a pe r sona ( L E 6 ) .

A h o r a b i en , el t raba jo (en su ver t ien te subje t iva y ob j e ­t i va ) , para J u a n Pablo I I , al igual que paira Pab lo V I 1 5 , " t i e n e su c o m i e n z o en Dios m i s m o " ( 1 9 - 1 1 1 - 8 1 ) . Po r es ta razón el Papa —tanto en la Laborem exercens c o m o en sus a locuc iones— c i t a docenas de veces el t e x t o del Génes is —"en c i e r t o sen t ido el ' p r imer evangel io del t r a b a j o ' " ( L E 2 5 c ) — : " S o m e t e d y domi­nad la t i e r r a " (Gen 1, 2 8 ) . Más aún, es te t e x t o del Génes i s es el n ú c l e o cen t ra l y la clave para in te rpre ta r t o d a la e n c í c l i c a . Al leer el Génes i s , de scub r imos

"la íntima relación existente entre la creación del mundo por obra de Dios y el consiguiente trabajo humano. Para nos­otros, cristianos, existe una íntima conexión entre las dos realidades: por una parte, Dios entrega el mundo al hombre, a su iniciativa y responsabilidad, para que lo transforme y mejore cada vez más, poniéndolo a su propio servicio; por

(15) Véase disc. OIT, 10-VI-69 y disc. 1 -V-71.

7 4

otra, el hombre, al actuar de esta forma, debe ser cons­ciente de su propia nobleza de colaborador con las inten­ciones mismas de Dios" (16-V-81).

L o s t e x t o s en es te m i s m o sen t ido —todos el los m u y bellos— abundan en los discursos de J u a n P a b l o I I 1 6 . E n conse ­c u e n c i a , " e l p r o b l e m a del t r aba jo h u m a n o t i ene c i e r t a m e n t e un lugar en el cuad ro de la A l i anza que el C r e a d o r h a e s t ab l ec ido c o n el h o m b r e " 1 7 . Más aún , tal vez c o m o h a c i é n d o s e e c o de los padres a n t i o q u e n o s , d ice que " e l h o m b r e es la imagen de D i o s , en t re o t ros m o t i v o s , p o r el m a n d a t o r e c i b i d o de su Crea­dor de s o m e t e r y d o m i n a r la t i e r r a " ( L E 4 b ) . E n suma: "desde la fe , el t r aba jo c o r r e s p o n d e a la vo lun tad de D i o s Creador . Es pa r te del plan de D i o s sobre el h o m b r e y la p l ena rea l izac ión de la p e r s o n a h u m a n a " 1 8 .

Desg losando es ta dignidad o b j e t i v a y subje t iva del t r aba jo h u m a n o , el Papa suele referirse a diversas ver t ien tes del m i s m o , que s in t e t i zamos a c o n t i n u a c i ó n .

3

Diversas ve r t i en tes del t r aba jo

R e c o g e m o s en es te ep ígrafe a lgunos a spec tos f i losóf ico-t eo lóg i cos del t r a b a j o , tal c o m o los p re sen ta J u a n Pab lo I I ,

(16) FAO, 12-XI-79 n. 13; Est. Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 7; Homil. Maguncia, 16-XI-80 n. 1; Legazpi, 21-11-81 n. 4.

(17 ) Homil. Maguncia, 16-XI-80 n. 1. (18) Legazpi, 21-11-81 n. 7.

7 5

siguiendo m u y de c e r c a la l ínea t razada p o r sus predecesores .

E n la m a y o r í a de los casos , el Papa presenta mezc lados estos

diversos aspectos . Sin e m b a r g o , para u n a m a y o r c lar idad, los

e x p o n e m o s separadamente .

Vertiente personal 1 9 . T r a b a j a n d o , el h o m b r e per fecc iona

su propia naturaleza , se hace más h o m b r e , per fecc iona en s í

m i s m o la imagen de Dios. Con el t rabajo , el h o m b r e se c o n ­

vierte en ar tesano y demiurgo de sí m i s m o . El P a p a ac tua l

—igual que sus antecesores— tiene m u y presente esta dimensión,

alude muchas veces a ella y le da m u c h a i m p o r t a n c i a . He a q u í

algunos t e x t o s :

"El trabajo es vida, serenidad, compromiso, interés, signo.

Quien tiene trabajo se siente útil, válido, comprometido en

algo que da valor a su vida" (9-XI-78).

"El trabajo humano... es una realidad que exalta y celebra

las facultades creadoras del hombre" (13-IV-80).

"El trabajo es una disciplina en que se fortalece la persona­

lidad" 2 0 , "fuente de vida material y moral" 2 1 ; "ayuda al

hombre a ser más hombre, madura su personalidad, des­

arrolla y eleva sus capacidades, abriéndolo de este modo al

servicio, a la generosidad, al compromiso por los demás en

una palabra de amor" 2 2 .

( 19 ) Véase, por ejemplo, QA ( L e , p. 6 5 0 ) ; Pío XII, Radiom. Navidad

1942, 1943, 1955, 1956, y Mensaje Relig. Clausura VII-58; Juan

XXIII, l-V-60, MM 82 y 256; Pablo VI, 18-X-63, 14-11-65, 16-IV-

6 5 , l-V-70, l-V-73; Carta Secret. Estado Sem. Soc. España (18-IV-

52) y Francia (2 5-VII-64).

(20) Estadio Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 5.

(21) Gran Sasso, 30-VIII-80. (22 ) 6-XII-80 y 22-XII-80 n. 10; véase Bacolod, 20-11-81 n. 7 y Legazpi,

21-11-81 n. 6.

7 6

"El trabajo es un bien del hombre... no sólo un bien 'útil' o 'para disfrutar', sino un bien 'digno', es decir, que corres­ponde a la dignidad del hombre, un bien que expresa esta dignidad y la aumenta... porque mediante el trabajo el hom­bre... se realiza a sí mismo como hombre, es más, en un cierto sentido 'se hace más hombre' " (LE 9c) .

E v i d e n t e m e n t e , pa ra que t o d o e s t o sea rea l idad —para que " e n el t r aba jo , m e d i a n t e el cua l l a m a t e r i a es e n n o b l e c i d a , el h o m b r e m i s m o n o sufra m e n g u a en su p rop ia d ign idad" ( L E 9 d ) — , es p rec i so que sean respetadas u n a serie de ex igenc ia s . P o r o t r a pa r t e , sabe el Papa " q u e es pos ib l e usar de diversos m o d o s el t r aba jo c o n t r a el h o m b r e , que se puede cas t igar al h o m b r e c o n el s i s t ema de t raba jos forzados en los c a m p o s de c o n c e n t r a c i ó n , que se puede h a c e r del t r aba jo un m e d i o de opres ión del h o m b r e , que , en f in, se puede e x p l o t a r de diversos m o d o s el t r aba jo h u m a n o , es dec i r , al h o m b r e del t r a b a j o " ( L E 9 d ) . P o r e s o , en m u c h a s o c a s i o n e s , más que u n a enumera ­c i ó n de los b ienes que el t r aba jo a p o r t a al t r aba jador , es un r ecue rdo o t o q u e de a t e n c i ó n de un " d e b e r s e r " , de u n a m e t a h a c i a la cua l h a y que c a m i n a r p o r q u e c o n s t i t u y e la vo lun tad de D i o s y es i n t r í n s e c a a la na tu ra l eza y t e l e o l o g í a del t r a b a j o :

"El trabajo es para el hombre y no el hombre para el tra­bajo" 2 3 ; "debe ayudar al hombre a ser mejor" (13-1V-80) , "a ser más hombre" (19-111-81); "debe convertirse en un medio eficaz para realizar la propia personalidad fuerte y creadora" (16-V-81); "debe ayudar al hombre a hacerse mejor, espiritualmente más maduro, más respon­sable, para que pueda realizar su vocación sobre la tierra, sea como persona irrepetible, sea en comunidad humana fundamental que es la familia" 2 4 .

( 23 ) 25-IV-79 y Recife, 8-VII-80 n. 5. (24) Jasna Góra, 4-6-79 n. 2 (repetido en 13-IV-80).

7 7

E n defini t iva, " l a f inalidad del t r aba jo , de cua lqu ie r tra­b a j o rea l izado p o r el h o m b r e . . . p e r m a n e c e s iempre el h o m b r e m i s m o " ( L E 6 f ) ; él es el "ve rdadero fin de t o d o el p r o c e s o p r o d u c t i v o " ( L E 7 c ) . Para el Papa lo i m p o r t a n t e es que , me­diante el t r aba jo , el h o m b r e l legue a ser más h o m b r e y n o só lo cons iga tener más ( L E 2 0 f ) 2 5 .

Vertiente familiar. El h o m b r e n o es un ser des t inado a vivir a i s l adamente . T i e n e u n a d imens ión conyuga l y famil iar y , p o r e s o , l lega un m o m e n t o en que , n o r m a l m e n t e , se conv ie r t e en c a b e z a de famil ia . E n c i rcuns tanc ias ordinar ias , la e f i c i enc ia e c o n ó m i c a del t raba jo de un adu l to es super ior a lo que requiere su subs i s tenc ia pe r sona l ; e s ta e f i c i enc ia p roduc t iva del t r aba jo n o es algo e x t r í n s e c o s ino i n t r í n s e c o a la m i s m a act iv idad l abora l , según el designio d ivino. Po r o t r a pa r t e , el t r aba jo debe organizarse de tal m a n e r a que n o des t ruya la vida famil iar ( L E 1 9 e ) . Es una novedad , en re lac ión c o n los papas an te ­r iores , el a c e n t o c o n que J u a n P a b l o I I sub raya el n e x o part i ­cu lar , e s t r e c h o y a m o r o s o que une el t r aba jo y la famil ia . C o m o b o t ó n de mues t r a , t r ansc r ib imos unos p o c o s t e x t o s :

(25 ) Según parece, fue Gabriel Marcel el primero que plasmó expresa­mente este binomio en su conocida conferencia —convertida más tarde en l ibro- Etre et agir ( 1933) . De él la recogió Pablo VI en su disc. al cuerpo diplomático (7-1-65) y, posteriormente, en la encí­clica Populorum progressio (n. 6) y disc. OIT, 10-VI-69. De Pablo VI la tomó la constit. past. Gaudium et spes (n. 35) y, más tarde, Juan Pablo II, que la ha utilizado varias veces y bajo diversos matices, v.gr., Puebla (28-1-79) III 4, RH 16, ONU (2-X-79) n. 14, UNESCO (2-VI-80) ns. 7, 11, 13, 14, 17, Belo Horizonte ( l -VII-80)n. 7, disc. 16-V-81 n. 5. Al margen de estos documentos pontificios, son bien conocidas las obras de B. Staehlin, Haben und Sein ( 1 9 6 9 ) y de E. Fromm, To have or to be? (1976).

7 8

"Existe un lazo estrecho, existe un lazo particular entre el trabajo del hombre y el medio fundamental del amor hu­mano que llamamos familia... El hombre trabaja para ase­gurar su subsistencia y la de su familia... Hemos de colocar la familia en el primer plano, entre las medidas que permiten evaluar el trabajo del hombre. Cuando el hombre trabaja para asegurar la subsistencia de la familia, esto significa que pone en su trabajo toda la fatiga diaria del amor. Pues el amor hace nacer la familia, es su expresión constante y el medio estable... El amor que el hombre pone en su trabajo no alcanza su plenitud si no lo relaciona ni lo une a los mismos hombres y, sobre todo, a aquellos que son carne de su carne y sangre de su sangre" 2 6 . "El trabajo es el fundamento sobre el que se forma la vida familiar... Es, en un cierto sentido, una condición para hacer posible la fundación de una familia, ya que ésta exige los medios de subsistencia que el hombre adquiere normalmente mediante el trabajo" (LE 10a). "La familia es, al mismo tiempo, una comunidad hecha po­sible gracias al trabajo y la primera escuela interior de tra­bajo para todo hombre" (LE 10b).

Vertiente social Med ian t e el t r a b a j o , la p e r s o n a se in je r ta en la vida socia l y pa r t i c ipa en e l la , c r e a n d o u n a c o m u n i d a d de h o m b r e s , de in te reses , de vida. E l t r aba jo h a c e pos ib le la vida soc ia l , p o n e sus bases mater ia les y espir i tuales , la sos t i ene , p e r f e c c i o n a y e n r i q u e c e . C u a n d o el Papa t r a t a de la ver t i en te socia l del t r a b a j o , sus palabras son un e c o o glosa de aque l la frase del C o n c i l i o : " P o r el t r aba jo el h o m b r e se u n e a sus her-

(26) Saint-Denis, 31-V-80 n. 4. Véanse también 13-IV-80; Estadio Mo-rumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 5; Bacolod, 20-11-81 n. 7; Legazpi, 21-11-81 n. 5; 16-V-81 n. 3\Familiaris consortio 23c .

7 9

m a n o s y les hace un serv ic io , puede p rac t i ca r la verdadera

ca r idad ' ' ( G S 6 7 ) . Es és t a una de las ver t ien tes sobre la que los

papas —desde L e ó n X I I I has ta J u a n Pab lo II— han ins is t ido m á s ,

b a j o d is t in tos a spec tos y ma t i ces 2 7 . E l Papa ac tua l h a subra­

y a d o este a s p e c t o en diversas ocas iones :

"Todo trabajo es... un servicio a los hermanos" (19-XII-78),

"se convierte en instrumento para la sociabilidad entre los

hombres, para la mutua colaboración, para la recíproca

perfección, incluso en el plano de la vida terrena" (13-IV-

80) .

"Hecho a imagen de Dios, el hombre recibió la misión de

gobernar el universo para que las riquezas puedan ser des­

arrolladas y usadas en beneficio de todos, en orden a otorgar

a toda persona humana la posibilidad de vivir de acuerdo con

su propia dignidad y así dar gloria a Dios" 2 8 .

"El trabajo sirve para multiplicar el patrimonio de toda la

familia humana, de todos los hombres que viven en el mun­

do" (LE 10c).

( 2 7 ) La proyección social del trabajo ha sido aludida en multitud de oca­

siones por los papas, desde la RN ( l . c , p. 604 y 6 0 7 ) y la QA (ibíd.,

p. 647) . Pío XII se ha referido a esta vertiente en las aloe, de 21-VI-

39 , 18-111-42, 20-IX-42, 7-1-46, 15-1-49, 27-111-49, 25-IV-50, 1-VII-

51, 27-VII-52, 26-IV-53, 30-IV-55, 25-X-55, Radiom. Navidad 1955,

13-IV-56, 8-V-56, 25-VIII-57, 21-IX-57, 17-XI-57, 4-V-58, 15-VIII-

58, 28-IX-58; Juan XXIII, 21-VIII-61; Pablo VI en los disc. de

2-IX-64, 19-XII-66, l-V-71, l-V-73; Carta Secret. Estado Sem. Soc.

Francia (18-VII-47 y 25-VII-64),Ttalia (23-IX-52) y España (18-IV-

52 y 30-IV-55).

(28) Bacolod, 20-11-81 n. 7. Véase también 30-VIII-80; Legazpi, 21-11-83 ns. 2, 4 y 5;17-XII-78.

8 0

T o d a s estas a f i rmac iones valen , sob re t o d o , pa ra la p rop ia n a c i ó n , que es la "gran e n c a r n a c i ó n h i s t ó r i c a y soc ia l del t r aba jo de todas las g e n e r a c i o n e s " ( L E 1 0 c ) . E s t a c o n t r i b u c i ó n soc ia l es digna de admi rac ión y de r e c o n o c i m i e n t o ag radec ido . P o r e s o , el Papa d ice : " L a Iglesia e s t ima y a m a a los t raba jadores p o r es ta c o n t r i b u c i ó n dada c o n la fat iga de u n a vida e n t e r a y p o r e l lo i n c o m p a r a b l e m e n t e más a l ta y más sagrada que la m e r c e d , aun la más j u s t a , que de el la r e c i b e n " ( 2 2 - X I I - 8 0 ) . Y en o t r a o c a ­s ión , c o n palabras e m o c i o n a d a s —válidas para t o d a clase de trabajadores— dice a los c a m p e s i n o s f i l ip inos : " G r a c i a s . . . p o r vuest ra p rec iosa c o n t r i b u c i ó n al b i enes t a r soc ia l de la huma­n idad . L a soc i edad os debe m u c h o " 2 9 .

Vertiente cósmica. Y a desde L e ó n X I I I —según el cua l el h o m b r e c o n su t r aba jo de ja " i m p r e s a c o m o u n a figura de su p rop ia p e r s o n a " 3 0 en la naturaleza— es ta ve r t i en te h a s ido t en ida en c u e n t a p o r los papas . A par t i r de P í o X I I el in terés p o r este a s p e c t o c r e c e n o t a b l e m e n t e . L o s papas p resen tan el t r aba jo c o m o u n a re lac ión d ia léc t i ca , u n a m e d i a c i ó n , un p u e n t e , un diá logo ac t ivo en t re el h o m b r e y la na tu ra leza . E l t r aba jo desbas ta , a f ina y p e r f e c c i o n a el c o s m o s , le i m p r i m e el sel lo del h o m b r e , le h a c e pasar un sop lo de su in te l igenc ia y e sp í r i tu , la h a c e cada vez más dóc i l , más h u m a n a , más espir i tual 3 1 . J u a n

(29 ) Legazpi, 21-11-81 n. 2. (30 ) RN( l .c . ,p . 597) . (31 ) Ofrecemos sólo unas cuantas citas relativas a Pío XII y a Pablo VI.

Para evitar repeticiones, estas citas se refieren a la vertiente cósmica del trabajo y también al trabajo como colaboración a la obra crea­dora de Dios. Pío XII: 27-IIM0, Radiom. Navidad 1941 , 1942 y 1953, 2-X-42, 21-11-43, 13-VI-43, 15-XI-46, 25-X-46, 27-IIM9, 29-V-52, 19-IX-53, 3-IV-55, 10-V-55, 18-V-55, 6-VI-55, l l -IV-56, 27-XI-56, 27-X-57, 20-1-58, 28-IX-58; Pablo VI: 26-IV-64, 23-

8 1

P a b l o I I a sume la idea general de los papas an te r iores a u n q u e ,

has ta la f echa , el desarrol lo que h a c e de es te p u n t o , a nues­

t ro pa rece r , es m e n o s e x p l í c i t o y p o é t i c o que en P í o X I I y

P a b l o V I .

"El trabajo ha sido dado al hombre por Dios... como instru­

mento de elevación y de perfección del cosmos" 3 2 .

"A través suyo, el hombre ejerce su dominio sobre el mundo

m a t e r i a l " 3 3 .

"El esfuerzo y el trabajo humanos... caracterizan la lucha que

el hombre mantiene en el espacio y en el tiempo para some­

ter la naturaleza" 3 4 •

"La industria, la producción y el desarrollo económico son,

sin duda, el resultado del trabajo humano y de la inteli­

gencia humana" (16-V-81).

"El trabajo es un bien del hombre -es bien de su huma­

nidad— porque mediante el trabajo el hombre... transforma

la naturaleza adaptándola a las propias necesidades" (LE 9c) .

"(Con el trabajo, el hombre se hace) cada vez más dueño de

la tierra (y confirma) su dominio sobre el mundo visible"

(LE 4b, c, 5a, e, 6a, b, c) .

E s t e a s p e c t o c ó s m i c o del t r aba jo es tá í n t i m a m e n t e re lac io­

n a d o c o n la idea de c o o p e r a c i ó n a la o b r a c readora de Dios y es ,

c o n t o d a razón , m o t i v o de l e g í t i m o orgul lo y de j u s t i f i c ada

sa t i s f acc ión . Sin e m b a r g o , es te orgul lo y es ta sa t i s facc ión

VIII-64, 2-IX-64, 16-1-65, 14-11-65, 19-111-69, 30-IV-69, 20-111-70,

8-IV-70, l-V-71, l-V-73, l-V-75; Carta Secret. Estado Sem. Soc.

Italia (22-IX-52) y Francia (25-VII-64).

(32) Turín, 13-IV-80.

(33 ) Bacolod, 20-11-81 n. 7.

(34) Legazpi, 21-11-81 n. 5.

8 2

pueden ser desordenados y pueden c o n d u c i r a e f e c t o s desas­

t rosos . Po r e s o , el Papa h a c e un l l a m a m i e n t o al u s o c o r r e c t o de

la c r e a c i ó n y al s en t ido de la humi ldad :

"La creación... ha sido depositada en tus manos. Pero tú no

tienes derecho alguno ilimitado a disponer de ella. Solamente

el Señor del mundo tiene absoluto poder sobre ella, pues la

vida y el mundo han salido de sus manos" (16-V-81).

"(El hombre) se aprovecha de las leyes de la naturaleza que

dominan en la creación. Utiliza la materia que se le ofrece.

Tampoco empieza en un espacio completamente vacío y en

modo alguno hace su trabajo de la nada, sino que aprovecha

lo creado... El puente de tu éxito descansa en dos columnas,

de las cuales una solamente se basa en tu propio poder; la

otra crece en un suelo del que tú no eres el señor, sino que

te ha sido dado sencillamente" 3 5 .

Colaboración a la obra creadora de Dios. E n 1 9 5 5 , P í o X I I

p r o n u n c i ó estas pa labras : " S í , D i o s h a p e r m i t i d o r e a l m e n t e al

h o m b r e m e j o r a r su o b r a ; tal es la admirab le de l i cadeza de nues­

t ro Padre ce les t i a l , que l l ama a sus h i jos a u n a í n t i m a c o l a b o r a ­

c i ó n c o n E l " ( 1 0 - V - 5 5 ) . D i o s , e f e c t i v a m e n t e , h a que r ido asoc ia r

al h o m b r e al desarrol lo de su o b r a c r e a d o r a para que dé los

ú l t imos toques a las cosas p o r E l c readas . D e es ta f o r m a , el

h o m b r e " c r e a " c o n D i o s y D ios " t r a b a j a " c o n el h o m b r e . P o r

su t r aba jo el h o m b r e se conv ie r t e en un c o l a b o r a d o r de D i o s ,

en un " c r e a d o r " en minúscu l a y en sen t ido a n a l ó g i c o . Es ta s

ideas son m u y gratas a los ú l t imos papas ( e spec i a lmen te a

par t i r de P í o X I I ) , los cua les las rep i ten c o n m u c h a f r ecuenc ia .

(35 ) Disc. 16-V-81 n. 5. Véase también LE 12c y 13b. Estas ideas parecen un eco de las de Pablo VI, 23-VIII-64 y 10-XI-68.

8 3

A s í lo h a c e t amb ién J u a n Pab lo I I , que n o se cansa de pro­c l amar que " c a d a h o m b r e es un c o l a b o r a d o r de D i o s " ( 1 9 - X I -7 9 ) .

"Destinado a continuar la creación de Dios con el trabajo" (16-V-81), "el hombre o la mujer que trabaja se convierte en un cooperador de Dios" porque "todo trabajo es una colabo­ración con Dios para perfeccionar la naturaleza creada por El" (9-XII-78). "Dios crea de la nada en la radicalidad de una operación, la cual hace que existan las cosas que anteriormente no existían; el hombre, en cambio, transforma, interviene —por mandato divino— sobre las cosas creadas, elevándose de esta forma al grado y al honor de colaborador del mismo Creador. Sabed contemplar... bajo este aspecto, vuestro trabajo... pensando que su dignidad es una participación humilde y modesta, pero también efectiva y real de la trascendente dignidad de la obra divina" 3 6 . "El hombre, creado a imagen de Dios, mediante su trabajo participa en la obra del Creador y, según la medida de sus posibilidades, en cierto sentido, continúa desarrollándola y la completa, avanzando cada vez más en el descubrimiento de los recursos y de los valores encerrados en todo lo creado" (LE 25b).

E s t a c o l a b o r a c i ó n del h o m b r e c o n Dios m e d i a n t e el tra­b a j o , es más fácil de descubr i r , p o r su i nmed ia t ez , en el t r aba jo ag r í co l a 3 7 .

(36 ) 30-VIII-80. Véase también 13-IV-80, 22-XII-80 n. 10; Legazpi, 21-11-81 n. 7.

( 3 7 ) Véase Recife, 8-VII-80 n. 8.

8 4

Colaboración a la obra redentora de Jesucristo. E l V e r b o se

h i z o ca rne para enseñar y red imir a los h o m b r e s . J e s u c r i s t o

e n s e ñ ó c o n sus palabras p e r o sobre t o d o c o n su e j e m p l o . Es b ien

e l o c u e n t e que quis iera o c u p a r la casi t o t a l idad de su vida adoles­

c e n t e y adul ta en el t r aba jo de un ta l le r . T a m b i é n las personas

más allegadas a él —María y J o s é — fueron humi ldes t rabaja­

dores ; c o m o lo fue t a m b i é n el após to l de los gent i les . J u a n

P a b l o I I —al igual que sus an t eceso re s 3 8 — h a c e repet idas refe­

rencias a " C r i s t o , el h o m b r e del t r a b a j o " ( L E 2 6 ) :

"Jesucristo conoce por experiencia qué es el trabajo" (19-111-

81) . "Su trabajo, un verdadero trabajo físico, ocupó la mayor

parte de su vida en la tierra y, de esta forma, ha entrado en la

obra de la redención del hombre y del mundo, llevada a cabo

por él, con la misma vida terrena" (19-111-81).

"El pensamiento no puede dejar de dirigirse a la Sagrada

Familia de Nazaret, en la cual el Verbo, Hijo de Dios y de

María, se ejercitó en el trabajo humano, bajo la orientación

vigilante y afectuosa del que hacía las veces de padre, San

José —Patrono de los trabajadores—; bajo los ojos de la

Madre, Virgen Inmaculada, ocupada ella también en las

humildísimas obligaciones impuestas a las mujeres por las

atrasadas condiciones del tiempo" (13-IV-80).

(38 ) Pío XII, además de referirse al trabajo de Cristo en las encíclicas

Fulgens radiatur y Haurietis aquas, alude a él en las aloe, de 21-IV-

39 , l-VI-41, l-IV-42, 15-IV-42, 13-VI-43, Radiom. Navidad 1943,

l-V-53, 20-XI-54, Relig. Clausura VII-58. También Juan XXIII se

refiere a él en MM (n. 259) y 21-VIII-61. Mucho más todavía Pablo

VI, en las aloe, de 25-1-64, 30-VIII-65, 15-11-66, 25-XII-68, 19-111-

69 , 30-IV-69, l-V-69, 10-VI-69, l-V-71, l-V-72. Cf. también GS

3 2 , 4 3 , 6 7 .

8 5

"Como Cristo unió la obra de su redención al trabajo en el

taller de Nazaret, así Pablo ha unido el apostolado con el

trabajo de sus manos" 3 9 .

A h o r a b ien , J e s u c r i s t o es tan r e d e n t o r c lavado en la c ruz

c o m o t raba jando en Nazare t . Y quiere que n o s o t r o s nos aso­

c i e m o s c o n nues t ro t r aba jo a la o b r a r e d e n t o r a que v ino a rea­

l izar en este m u n d o . ( V é a s e lo que d e c i m o s más ade lan te , en

el n . 7 c ) .

* * *

Si la dignidad y riqueza del t r aba jo —objet iva y subjet iva­

m e n t e considerado— son tan amplias y profundas , n o es e x t r a ñ o

que el Papa def ienda c o n t a n t o a rdor su p r i m a c í a sobre el

cap i t a l . E l capi ta l es só lo " e l c o n j u n t o de los i n s t rumen tos de

t r aba jo y de los medios que h a c e n pos ib le la p r o d u c c i ó n "

( L E 7 b ) , el f ruto del p a t r i m o n i o h i s t ó r i co amasado labor iosa­

m e n t e p o r la in te l igenc ia y las m a n o s de una inf in idad de h o m ­

bres y mujeres de dist intas generac iones ( L E 5 , 1 2 , 1 3 , 1 4 ) . E l

t r a b a j o , en c a m b i o , " l l eva en s í un s igno par t icu la r del h o m b r e

y de la h u m a n i d a d , el s igno de la p e r s o n a ac t iva en m e d i o de

u n a c o m u n i d a d de personas . . . y c o n s t i t u y e en c i e r t o sen t ido su

m i s m a n a t u r a l e z a " ( L E p r e á m b . ) , y a que p r o c e d e inmedia ta ­

m e n t e del h o m b r e que es " s u j e t o e f i c i en te y a u t o r " , "verdadero

a r t í f i ce y c r e a d o r " , " y , p o r cons igu ien te . . . verdadero fin de

t o d o el p r o c e s o p r o d u c t i v o " ( L E 7 c ) .

(39 ) Homil. Maguncia, 16-XI-80 n. 2. Véase también 16-V-81 ns. 3 y 8.

8 6

E s t a p r e c e d e n c i a del t r aba jo sobre el cap i t a l ( idea í n t i m a ­m e n t e un ida c o n la de la p r e c e d e n c i a del t r aba jo en s en t i do sub je t ivo sob re el o b j e t i v o ) , J u a n P a b l o I I la r ecoge de sus p redeceso re s , p e r o en la Laborem exercens la e x p o n e de m a n e r a más e x t e n s a e ins i s ten te ( L E 1 2 a , 1 3 a , c , 1 5 a , e t c . ) , p resen tán­dola c o m o " u n p o s t u l a d o que p e r t e n e c e al o rden de la m o r a l s o c i a l " y que " t i e n e i m p o r t a n c i a c l a v e " t a n t o en un s i s t ema cap i ta l i s ta c o m o co l ec t i v i s t a ( L E 1 5 a ) :

"Conviene subrayar y poner de relieve la primacía del hom­bre en el proceso de producción, la primacía del hombre respecto de las cosas. Todo lo que está contenido en el con­cepto de 'capital* —en sentido restringido- es solamente un conjunto de cosas. El hombre, como sujeto del trabajo e independientemente del trabajo que realiza, el hombre, él solo, es una persona. Esta verdad contiene en sí consecuen­cias importantes y decisivas" (LE 12f).

E s t o n o quiere dec i r , sin e m b a r g o , que en t r e el t r aba jo y el cap i ta l d e b a ex i s t i r c o n f l i c t o o s epa rac ión . T o d o lo c o n t r a r i o ; debe buscarse la a r m o n í a en t re a m b o s y a que " e n def ini t iva, en t o d o s i s t ema soc ia l , el t r aba jo y el cap i ta l son los c o m p o n e n t e s indispensables del p r o c e s o de p r o d u c c i ó n " ( L E 2 0 c ) , " e l t ra­b a j o , en c i e r t o s e n t i d o , es inseparab le del cap i ta l y n o a c e p t a de n ingún m o d o aque l la a n t i n o m i a , es dec i r , la separac ión y c o n t r a ­p o s i c i ó n c o n re lac ión a los m e d i o s de p r o d u c c i ó n " ( L E 1 5 a ) . C o n palabras parec idas el Papa rep i te varias veces es ta m i s m a idea a lo largo de la Laborem exercens ( L E 1 3 a , b , c , e , 1 4 g , 1 5 a , 2 0 c ) , hac i éndose e c o y c o n t i n u a d o r de u n a pos tu ra y a c l a r a m e n t e sen tada en la e n c í c l i c a Quadragesimo anno>

8 7

4

A m e n a z a s , in te r rogan tes , ambigüedades y t e m o r e s

A veces es tos ob je t ivos (las ver t ien tes es tudiadas en el ep í ­grafe an te r io r ) —intr ínsecos de suyo al t r aba jo , p o r vo lun tad del Creador— n o se a lcanzan . Y a P í o X I , en la e n c í c l i c a Quadrage-simo armo, de jó escr i tas aquel las palabras h a r t o c o n o c i d a s : " D e la fábr ica sale e n n o b l e c i d a la ma te r i a i ne r t e , mien t ra s en aqué l la se c o r r o m p e n y envi lecen los h o m b r e s " (n . 5 4 ) . T a m b i é n P a b l o V I , en la Populorum progressio, h a b l a de la " a m b i v a l e n c i a del t r a b a j o " (n . 2 8 ) . Y P í o X I I , J u a n X X I I I y Pab lo V I han de jado m u c h í s i m a s referencias a los valores y pel igros de la t é c ­n i c a . T a m b i é n J u a n Pab lo I I h a b l a e x t e n s a m e n t e sobre las amenazas c o n t r a el valor del t raba jo ( L E 7 ) y se p regun ta sobre a lgunos de sus frutos negat ivos o amb iguos .

A ) Es tas amenazas J u a n Pab lo I I las ve en " las diversas co r r i en tes del p e n s a m i e n t o mater ia l i s ta y e c o n o m i c i s t a " ( L E 7a ) del cap i t a l i smo l iberal y del c o l e c t i v i s m o m a r x i s t a , tal c o m o se han man i f e s t ado desde el c o m i e n z o de la era industr ial has t a nues t ros d ías .

C r o n o l ó g i c a m e n t e , el cap i t a l i smo l iberal es an te r io r al c o l e c t i v i s m o m a r x i s t a . E n aquél el Papa e n c u e n t r a las s iguientes amenazas c o n t r a el a u t é n t i c o valor del t r aba jo :

— "El hombre es considerado como un instrumento de pro­ducción" ( L E 7c);

- "el trabajo se entiende y trata como una especie de mer­cancía (como una mercancía sui generis o como una anó­nima fuerza necesaria para la producción) que el traba-

8 8

jador —especialmente el obrero industrial- vende al empresario, que es a la vez poseedor del capital" (LE 7b);

- "se da importancia primordial a la dimensión objetiva del trabajo, mientras la subjetiva - t o d o lo que se refiere indi­recta o directamente al mismo sujeto del trabajo— perma­nece a un nivel secundario" ( L E 7c).

E s t a va lo rac ión e c o n o m i c i s t a y ma te r i a l i s t a del t r aba jo del h o m b r e dista e x t r a o r d i n a r i a m e n t e de la visión c r i s t i ana p ro­pues t a y defendida p o r el Papa . E v i d e n t e m e n t e , es ta visión cons ­t i t u y e un er ror .

"Este modo de entender el trabajo se difundió, de modo particular, en la primera mitad del s. X I X " (LE 7b). A medida que avanzaron los tiempos, "las formulaciones explícitas de este tipo casi han ido desapareciendo, cediendo a un modo más humano de pensar y de valorar el trabajo" (ibíd.). Sin embargo, "el peligro de considerar el trabajo como una mercancía... existe siempre" (ibíd.). "El error del capitalismo primitivo puede repetirse dondequiera que el hombre sea tratado de alguna manera a la par de todo el complejo de los medios materiales de producción como un instrumento y no según la verdadera dignidad de su trabajo, o sea, como sujeto y autor y, por consiguiente, como verda­dero fin de todo el proceso productivo" ( L E 7c) .

T a m b i é n el c o l e c t i v i s m o m a r x i s t a —que n a c i ó c o m o reac ­c i ó n c o n t r a el cap i t a l i smo liberal— cae en el e c o n o m i c i s m o y m a t e r i a l i s m o :

"Es evidente que el materialismo, incluso en su forma dialéc­tica, no es capaz de ofrecer a la reflexión sobre el trabajo hu­mano bases suficientes y definitivas, para que la primacía del

8 9

hombre sobre el instrumento-capital, la primacía de la per­sona sobre las cosas, pueda encontrar en él una adecuada e irrefutable verificación y apoyo. También en el materialismo dialéctico el hombre no es ante todo sujeto del trabajo y causa eficiente del proceso de producción, sino que es enten­dido y tratado como dependiendo de lo que es material, como una especie de resultante de las relaciones económicas y de producción predominantes en una determinada época" (LE 13d).

B ) T a m b i é n se p l an tea algunos in te r rogantes y t emore s sobre la producción y el progreso. S i n t e t i z a m o s los aspec tos pr inc ipa les .

L a p r o d u c c i ó n d e b e r í a c o m p o r t a r el d o m i n i o sobre las cosas . S in e m b a r g o , c o m o ind ica en su p r imera e n c í c l i c a Re-demptor hominis, m u c h a s veces se conv ie r t e en c r eadora de a l i enac ión y de a u t o d e s t r u c c i ó n . S i cons ide r amos los resul tados del t r aba jo (el p r o d u c t o ) , vemos que a veces " s o n pura y s imple­m e n t e a r reba tados a quienes los han p r o d u c i d o " ( son o b j e t o de a l i enac ión ) y otras veces " se vuelven c o n t r a el m i s m o h o m b r e " c o n su p o t e n c i a des t ruc to ra o pueden " s e r dirigidos de m a n e r a radical c o n t r a él m i s m o " ( R H 1 5 ) . S i c o n s i d e r a m o s el t r aba jo en s í m i s m o (es decir , c o m o el " p o d e r p o r m e d i o del cual d e b í a él ( h o m b r e ) domina r la t i e r r a " ) , vemos t a m b i é n que a veces " se dirige c o n t r a s í m i s m o , p r o v o c a n d o un c o m p r e n ­sible e s t ado de inqu ie tud , de m i e d o c o n s c i e n t e o i n c o n s c i e n t e , de a m e n a z a " ( i b i d . ) . E s t a real idad nos h a c e descubr i r la c o n t r a ­d i cc ión e x i s t e n t e en t re lo que debería ser ( " l a e x p l o t a c i ó n de la t ierra. . . ex ige u n a p lan i f i cac ión rac iona l y h o n e s t a " ) y lo q u e , desg rac iadamente , es c o n m u c h a f recuenc ia ( " e l desarrol lo de la t é c n i c a n o c o n t r o l a d o ni encuad rado en un plan o radio uni­versal y a u t é n t i c a m e n t e h u m a n í s t i c o " ) . El h o m b r e que , p o r vo lun tad del Creador , d e b e r í a ponerse " e n c o n t a c t o c o n la

9 0

na tu ra l eza c o m o dueño y custodio i n t e l igen te y n o b l e " , l o

h a c e " c o m o explotador y destructor sin n ingún r e p a r o " ( i b i d . ) .

A lgo pa rec ido puede deci rse del p rog reso . E s t e es un pro­

d u c t o espec ia l , gené r i co y soc ia l del t r aba jo de la in te l igenc ia

y de las m a n o s de m u c h o s h o m b r e s y muje res de diversas gene­

r ac iones . A h o r a b i e n , tal c o m o se real iza , en lugar del desar ro l lo

in tegral del h o m b r e , m u c h a s veces só lo supone un avance m a t e ­

rial y t é c n i c o , pr ivado de c o n t e n i d o m o r a l . P o r e so d ice el Papa :

" E l p rogreso de la t é c n i c a y el desar ro l lo de la c iv i l izac ión de

nues t ro t i empo . . . , en el que es d i f íc i l n o descubr i r t a m b i é n

a u t é n t i c o s signos de l a g randeza del h o m b r e . . . , n o puede m e n o s

de engendrar múl t ip les i n q u i e t u d e s " ( R H 1 5 ) . Es t a s inqu ie tudes

s o n , f u n d a m e n t a l m e n t e , dos . L a p r i m e r a se ref iere a la vida del

h o m b r e : " E s t e p rogreso . . . ¿ h a c e la vida del h o m b r e sobre la

t ie r ra , en t o d o s sus a spec to s , más h u m a n a ? , ¿ l a h a c e más digna

del h o m b r e ? " ( R H 1 5 ) . L a segunda se ref iere a lo verdadera­

m e n t e esencia l del h o m b r e : el h o m b r e , en c u a n t o h o m b r e , ¿se

h a c e de veras m e j o r , es dec i r , más m a d u r o e sp i r i t ua lmen te , más

c o n s c i e n t e de la dignidad de su h u m a n i d a d , más r e sponsab le ,

más ab i e r t o a los d e m á s ? ( i b i d . ) . T o d a s las c o n q u i s t a s logradas

has t a ahora ¿van de a c u e r d o c o n el p rogreso m o r a l y espir i tual

del h o m b r e ? C o m o c o n s e c u e n c i a de t o d o e s t o ,

"hoy el hombre es víctima de un gran miedo, como si se sin­

tiera amenazado por lo que él fabrica, por los frutos de su

trabajo y por el uso que haga de éstos. Para evitar que la

ciencia y la técnica estén a merced de la voluntad del poder

de potencias tiránicas, tanto políticas como económicas, y

para dar signo positivo a la ciencia y a la técnica en bene­

ficio del hombre, se necesita un suplemento de alma, como

se viene diciendo, un soplo nuevo de espíritu, una fidelidad

a las normas morales que regulan la vida del hombre" (Dives

in misericordia 11).

9 1

"El hombre debe salir victorioso de este drama, que amenaza

degenerar en tragedia, y debe volver a encontrar su realeza

auténtica sobre el mundo y su dominio pleno sobre las cosas

que produce... En la hora actual 'el sentido esencial de esta

realeza y este dominio del hombre sobre el mundo visible,

asignado a él como cometido por el mismo Creador, consiste

en la prioridad de la ética sobre la técnica, en el primado de

la persona sobre las cosas, en la superioridad del espíritu

sobre la materia' (RH 16)" (10-XI-79) .

Advier te el Papa que la t é c n i c a , " c o e f i c i e n t e fundamenta l

del p rogreso e c o n ó m i c o " ( L E 5 f ) , " p u e d e t rans formarse de

al iada en adversaria del h o m b r e " , c u a n d o suplan ta al h o m ­

b r e , c u a n d o p roduce d e s e m p l e o , c u a n d o reduce al h o m b r e a

esc lavo . . . ( L E 5 d ) .

5

E l debe r y el d e r e c h o de t rabajar

Desde L e ó n X I I I has ta nues t ros d í a s , los papas y el C o n c i ­

l io V a t i c a n o I I han h a b l a d o en dist intas ocas iones del deber de

t raba jar , p r e sen t ando el t r aba jo c o m o u n a neces idad , u n a ley

universal , un deber , el des t ino t e r r eno del h o m b r e , el designio

de D i o s , e t c . 4 0 . E l c o n c e p t o de neces idad y el de ob l igac ión n o

(40) RN ( l . c , p. 611 ) , QA (ibíd., p. 637 y 638) . Pío XII: 8-1-40, 1-VI-

4 1 , 2-XI-41, Radiom. Navidad 1942 y 1943, 13-VI-43, 14-1-45,

6-1-46, 15-1-49, 27-111-49, 9-X-53, 4-X-54, 7-XI-54, 20-IV-56, Reüg.

Clausura VII-58, 28-IX-58. Juan XXIII: MM 44 y 256 , PT 20, 19-

111-61, 14-X-61. Pablo VI: 18-X-63, 5-1-64, 23-VIII-64, 14-11-65,

16-IV-65, PP 18. Carta Secret. Estado Sem.Soc. España (18-IV-52)

y Francia (25-VII-64). GS 67.

9 2

c o i n c i d e n . L a neces idad ind i ca u n a c o n d i c i ó n indispensable para consegu i r a l go ; la ob l igac ión p resc inde de es te a s p e c t o para fijarse ú n i c a m e n t e en la ver t ien te m o r a l . L a ob l igac ión de tra­bajar se e x t i e n d e a todas las personas háb i l e s ; la neces idad t i ene un c a m p o más r e d u c i d o , p e r o a c e n t ú a el grado de ob l igac ión mora l para aque l los que se e n c u e n t r a n den t ro de su c a m p o . L a neces idad t iene el c a r á c t e r de un impera t ivo h i p o t é t i c o ("s i quieres vivir, t ienes que t r a b a j a r " ) ; la ob l i gac ión , en c a m b i o , t i ene el c a r á c t e r de u n impera t ivo c a t e g ó r i c o ( " a u n q u e puedas vivir sin t rabajar , debes t r a b a j a r " ) .

J u a n P a b l o I I r ecue rda el debe r y la neces idad de t raba ja r para aquel las pe rsonas —son mayor í a— que prec i san del t r aba jo pa ra vivir: " E l t r aba jo es u n a nece s idad , a veces u n a dura n e c e ­s i d a d " 4 1 . E n a lguna o t r a o c a s i ó n , sus pa labras t rasc ienden la neces idad y se fijan en la o b l i g a c i ó n : " E l t r aba jo . . . debe ser c o n c e b i d o y vivido t a m b i é n c o m o u n d e b e r " 4 2 , es " u n a obl i ­gac ión , es dec i r , un d e b e r " del h o m b r e y e s t o " e n el múl t ip le s en t i do de es ta p a l a b r a " ( L E 1 6 a , 1 5 b ) 4 3 .

"El hombre debe trabajar... por el hecho de que el Creador lo ha ordenado..., por el hecho de su propia humanidad, cuyo mantenimiento y desarrollo exigen el trabajo..., por respeto al prójimo, especialmente por respeto a la propia familia, pero también a la sociedad a la que pertenece, a la nación de la que es hijo o hija, a la entera familia humana de la que es miembro" ( L E 16b).

E s t e debe r general de t raba ja r l leva c o n s i g o o t r o debe r más par t icu la r : el de t raba jar b i e n . P o r e s o , el Papa h a b l a de " l a ob l i -

(41) Saint-Denis, 31-V-80 n. 4. Véase Jasna Góra, 4-VI-79 n. 2. (42) Recife, 8-VII-80 n. 8. (43) Ibíd.

9 3

gac ión que t i enen los t rabajadores de real izar sus tareas cons ­

c i e n t e m e n t e y de acue rdo c o n las ex igenc ias de la j u s t i c i a y del

a m o r " 4 4 .

E l Papa es m u c h o más re i te ra t ivo c u a n d o t ra ta del d e r e c h o

a t rabajar . A veces se refiere a este d e r e c h o al e n u m e r a r o t r o s

de rechos fundamenta les de la pe r sona (v.gr., en la sede de la

O N U , 2 - X - 7 9 n . 1 3 ) ; en otras ocas iones , c e n t r a su mi rada

p r e c i s a m e n t e en es te d e r e c h o c o n c r e t o :

"Deseo vivamente que el trabajo sea un derecho real para

cada persona humana" (9-XII-78).

"Todo hombre tiene derecho al trabajo" 5 .

"Otra razón más profunda para el derecho de todos al tra­

bajo: que el hombre pueda encontrarse en condiciones de

realizar enteramente su vocación humana" 6 .

"Es urgente realizar el objetivo del derecho al trabajo"

(14-VII-79).

Pero c u a n d o hab l a más y c o n m a y o r fuerza del d e r e c h o al

t r aba jo —aunque a veces sea de fo rma ind i rec ta o impl íc i ta— es

al t ra tar del " t r i s t e f e n ó m e n o del d e s e m p l e o " (19-111-81) y de

sus d ramát icas c o n s e c u e n c i a s . E n t r e los m u c h o s t e x t o s que

p o d r í a m o s se l ecc iona r , e s c o g e m o s los s iguientes :

" ¡Cuántos sufrimientos, cuántas angustias y miserias a causa

del desempleo! Por eso, la primera y fundamental preocu-

(44 ) Legazpi, 21-11-81 n. 7. Advierte, sin embargo, que "el trabajo se

está convirtiendo en muchos casos en una obligación alineante para

el hombre" (23-111-80 n. 6 ) .

( 4 5 ) Salvador de Bahía, 6-VII-80 n. 7.

(46) Legazpi, 21-11-81 n. 6.

9 4

pación de todos y cada uno de los hombres de Gobierno,

políticos, dirigentes sindicales y dueños de empresa, debe ser

ésta: dar trabajo a todos. Esperar la solución del problema

crucial del empleo como un resultado, más o menos automá­

tico, de una orden o de un desarrollo económico, cuales­

quiera que sean, en los que el empleo aparece apenas como

una consecuencia secundaria, no es realista y, por tanto, es

inadmisible. Teoría y práctica económicas deben tener la

valentía de considerar el empleo y sus modernas posibi­

lidades como un elemento central en sus objetivos" 4 7 .

"(El desempleo) es en todo caso un mal y... cuando asume

ciertas dimensiones puede convertirse en una verdadera

calamidad social. Se convierte en problema particularmente

doloroso cuando los afectados son principalmente los jó­

venes" (LE 18a).

El Papa pide que t o d o " e l c o n j u n t o de las ins tancias a

esca la nac iona l e i n t e rnac iona l responsab les de t o d o e l o rdena­

m i e n t o de la p o l í t i c a l a b o r a l " —lo que el Papa l l ama el " e m p r e ­

sar io i nd i r ec to y d i r e c t o " ( L E 1 7 ) — pres te a t e n c i ó n a es te p ro­

b l e m a fundamenta l y a c t ú e c o n t r a el d e s e m p l e o ( L E 1 8 y 1 7 d ) .

C u a n d o és te se da, ex i s t e " l a ob l igac ión de pres ta r subsidios a

favor de los desocupados . . . y de sus f a m i l i a s " ( L E 1 8 a ) .

(47) Estad. Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 5. Véase también 9-XII-78

n. 4, 2-IV-79, 22-XII-79; Legazpi, 21-11-81 n. 6; Rad. Ventas Manüa,

21-11-81 n. 10; 16-V-81 n. 4; etc. Juan Pablo II -seguramente debido

a la gran crisis que sufre el mundo y que tanto paro provoca- insiste

más que los papas anteriores en el tema del desempleo. Pío XI ya

alude a él en la QA y también Pío XII en la Sertum letitiae, para

hablar con mucha más extensión de este problema en su aloe, de

3-VI-50. Juan XXIII se ha referido al "espectro amenazador del

paro" en la MM (ns. 13 y 54) y en la PT (n. 11) , y Pablo VI en la

OA(n. 9) .

9 5

6

Algunas c o n d i c i o n e s y ex igenc ias

C o m o h e m o s visto más arr iba , el h o m b r e t r aba jando mod i ­f ica y p e r f e c c i o n a su p rop ia na tura leza , se h a c e más h o m b r e , desarrol la en s í m i s m o la imagen de D i o s , se conv ie r t e de a lguna m a n e r a en a r t e sano de s í m i s m o . P e r o , para que t o d o es to p u e d a ser real idad, es p rec i so que se respe ten u n a serie de ex igenc ia s .

J u a n Pab lo I I , c o n o c e d o r p o r p rop ia e x p e r i e n c i a de la "du­reza del t r aba jo de f á b r i c a " (19-111-81) y c o n s c i e n t e de que " l o que es tá en j u e g o es el h o m b r e y su d ign idad" 4 8 , en varias oca ­s iones ha ins is t ido en " l a neces idad de que el t r aba jo sea rea­l izado en fo rma c o r r e c t a " 4 9 , ya que , " c u a n d o el t r aba jo ena jena al h o m b r e sin permi t i r le c r e c e r , es un t r aba jo c o n t r a el h o m b r e , el cual se conv ie r t e en esclavo de d i cho t r a b a j o " ( 1 9 - 1 1 1 - 8 1 ) . Para e l l o , el Papa p r o p o n e un dob le p r inc ip io genera l : p r i m e r o , la dignidad de la pe r sona h u m a n a : " T e n é i s d e r e c h o a vivir y a ser t ra tados c o n f o r m e a vuest ra dignidad h u m a n a " 5 0 ; segundo , la dignidad del t raba jo " c o n s t i t u y e el f u n d a m e n t o de t oda la mora l del t raba jo y sobre ella debe edif icarse t o d o cód igo del t raba jo si quiere t ene r un c a r á c t e r ve rdade ramen te humanitario y social" 5 1 . P ide , po r cons i ­gu ien te , que el p r o c e s o p roduc t ivo se adapte a las ex igenc ias de la pe r sona y a sus formas de vida; que n o des t ruya la famil ia s ino que , p o r el c o n t r a r i o , ayude a unir la y a pe r f ecc iona r l a en

(48) Legazpi, 21-11-81 n. 7. (49) Ibíd. (50 ) Ibíd. n. 3. Véase Bacolod, 20-11-81 n. 7. (51 ) Terni, 19-111-81.

9 6

su c o h e s i ó n , y a que el t r aba jo es pa ra la famil ia y n o la famil ia

para el t r aba jo ( L E 1 9 c ) ; que el t r aba jo n o degrade a la j u ­

ven tud 5 2 ; que se dé al t r aba jo del h o m b r e y de la muje r u n a

igualdad de t r a to que tenga en c u e n t a la í ndo le pecu l ia r de

és ta , sus func iones propias y su verdadera p r o m o c i ó n ( L E 1 9 e ;

Famil. consort. 2 3 ) ; que el t r aba jador t enga u n a pa r t i c ipac ión

ac t iva y responsab le en la empresa en que t r aba ja —benef ic ios ,

ges t ión , propiedad— ( L E 8 d , 1 4 e , g ) ; e t c .

A d e m á s de es tos p r inc ip ios genera les , señala o t ros m u c h o s

más c o n c r e t o s , a lgunos de los cua les e n u m e r a m o s y g losamos

b r e v e m e n t e a c o n t i n u a c i ó n .

a) U n a de las ex igenc ias sobre las que insis te más es la

de u n a r e t r i buc ión digna, suf ic ien te para " h a c e r f rente c o n de­

c e n c i a a las propias responsabi l idades famil iares y s o c i a l e s " 5 3 .

E n es te p u n t o , el Papa es más sob r io que P í o X I ( Q A ) , P í o X I I

(varios d iscursos) y J u a n X X I I I ( M M ) . S in e m b a r g o , l l ama a la

j u s t a r emune rac ión del t r aba jo "p rob lema-c l ave de la é t i c a

s o c i a l " ( L E 1 9 a ) , " v e r i f i c a c i ó n - c l a v e " de la j u s t i c i a de cua lqu ie r

s i s t ema e c o n ó m i c o - s o c i a l y de su j u s t o f u n c i o n a m i e n t o ( L E

1 9 b ) . Ins is te en dos a s p e c t o s : que el t r aba jo p r o p o r c i o n e u n a

r e t r i buc ión famil iar digna y que la c u a n t í a de es ta r e t r i buc ión

sea de verdad u n a j u s t a pa r t i c ipac ión en la riqueza que el t raba­

j a d o r ha a y u d a d o a p roduc i r . E n c u a n t o al a l cance famil iar ,

puede éste lograrse m e d i a n t e el so lo salar io e s t r i c t a m e n t e d i cho

que pe rc ibe el c a b e z a de famil ia o b i en c o n el c o m p l e m e n t o

(52) Saint-Denis, 3 l-V-80 n. 4; Estad. Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 6; Jasna Góra, 4-VI-79 n. 2; Homil. Maguncia, 16-XI-80 n. 3 ; Legazpi, 21-11-81 n. 7. Terni, 19-111-81 n . 4 ; 16-V-81 n. 8; etc.

(53) Recife, 8-VII-80 n. 5. Véase también 26-IV-79; Jasna Góra, 4-VI-79 n. 2; ONU, 2-X-79 n. 17; Legazpi, 21-11-81 ns. 3 y 7.

9 7

de otras ayudas (subsidios , p u n t o s , e t c . ) . Al t ra ta r es te a s p e c t o ,

el Papa aboga p o r la revalor izac ión y p r o t e c c i ó n socia l de las

func iones ma te rnas den t ro del hogar ( L E 1 9 d , e ) ; sobre es te

par t i cu la r —recogiendo y s i s t ema t i zando el p e n s a m i e n t o de sus

predecesores— señala unos cuan tos pr inc ip ios que s in t e t i zamos

en los s iguientes pun tos ( L E 1 9 d , e;Famil. consort. 2 3 ) :

- Hay que aceptar que -desde el punto de vista del bien

personal de la mujer, de los hijos y de toda la sociedad-

el trabajo hogareño y educativo de la madre de familia

dentro de la casa, en determinados momentos tiene "un

valor insustituible".

- Hay que reconocer el derecho de la mujer (aun el de la

madre de familia con hijos pequeños) a trabajar fuera del

hogar, salvando lo mejor posible las exigencias del punto

anterior.

- La sociedad debe estructurarse de tal suerte que la esposa

y madre no se vea forzada contra su voluntad (por impo­

sición del Estado, por insuficiencia del salario del ma­

rido, etc.) a trabajar fuera del hogar.

- La familia debe poder vivir dignamente cuando la esposa

y madre opta por dedicarse a los quehaceres domésticos.

- El trabajo hogareño y educativo de la esposa y madre de

familia debe ser socialmente estimado y favorecido, y

debe superarse la opinión de que el honor de la mujer

deriva principalmente del trabajo ejecutado fuera del

hogar.

9 8

- Deben crearse las condiciones adecuadas para que:

- en el lugar de trabajo sea respetada la índole propia de

la mujer;

- puedan armonizarse adecuadamente las obligaciones

indispensables del hogar y el trabajo fuera de casa;

- el trabajo hogareño pueda llevarse a cabo de la manera

más fácil y satisfactoria.

F i n a l m e n t e , pa ra cubr i r t o d a la ampl ia esfera de una "v ida

d igna" , n o se puede presc indi r de las p re s t ac iones socia les que

aseguren la vida y la salud de los t raba jadores y de sus famil ias

en c a s o de e n f e r m e d a d , de acc iden t e s l abora l e s , en la ve jez , e t c .

( L E 1 9 f ) .

"La razón de ser de la familia es uno de los factores funda­

mentales que determinan la economía y la política del tra­

bajo. Estos últimos conservan su carácter ético cuando se

toman en consideración las necesidades de la familia y sus

derechos. Mediante el trabajo el hombre adulto debe ganar

los medios necesarios para la manutención de la propia

familia" 5 4 . "Que los trabajadores participen de forma real

y justa en la riqueza que ellos contribuyen a producir en las

empresas, profesiones y economía nacional" 5 5 .

b ) M e n c i ó n especia l m e r e c e la r e fe renc ia —repetida en

varias ocasiones— a que el t r aba jador debe t e n e r u n a par t ic ipa­

c i ó n ac t iva y responsab le en la e m p r e s a —industrial o agrícola—

(54 ) Jasna Góra, 4-VI-79 n. 2.

(55) Legazpi, 21-11-81 n. 7.

9 9

en que t raba ja . E s t a pa r t i c i pac ión , que " n o puede ser negada p o r ningún p r e t e x t o " 5 6 , debe ser la que c o r r e s p o n d a " a su dignidad, a t o d o el p r o c e s o de p r o d u c c i ó n y a la m i s m a vida social que en t o r n o a es te p r o c e s o se va f o r m a n d o " 5 7 , es dec i r , debe ex t ende r se a " l a e l abo rac ión y el c o n t r o l de las dec is iones que le a fec tan en todos los n ive l e s " 5 8 . En es te p u n t o , J u a n P a b l o I I se m a n t i e n e en u n a l í n e a m u c h o más p r ó x i m a a J u a n X X I I I en la Mater et Magistra, que n o a P í o X I I en sus c o n o ­cidas in t e rvenc iones sobre la coges t i ón 5 9 .

c ) O t r o p u n t o sobre el que hay que l lamar la a t enc ión es el del a s o c i a c i o n i s m o o b r e r o y el s ind ica l i smo.

(56) Recife, 8-VII-80 n. 6. (57) ONU, 2-X-79n. 17. (58) Estad. Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 7. (59) Ya en la RN -según Pío XII (14-V-53)- aparece este deseo de que la

empresa se convierta en una estrecha comunión de trabajo. Pío XI, en QA, sugiere ya un camino para conseguir este objetivo suavizando el contrato de trabajo con algunos elementos del contrato de so­ciedad. Pío XII convierte este tema en objeto de atención muy espe­cial: Radiom. 24-XIM2; l-IX-44; UNIAPAC, 7-V-49; 3-VI-50; 11-III-51; UCID, 31-1-52; 14-IX-52; 9-X-53; l-V-55; 4-II-56; 14-IV-56; 9-IX-56; 8-X-56; 10-1-58; Cartas a Sem. Soc. Italia (19-IX-52 y 4-IX-56), a los Patronos Argentinos (30-VII-57) y a los Patronos Crist. de Francia (8-III-58). A excepción del disc. 14-IX-52,en todos los demás presenta argumentos positivos en favor de la participación de los trabajadores en la vida de la empresa (en nueve de ellos de una manera explícita). Juan XXIII, en la MM, recogiendo las aporta­ciones de Pío XII, orienta claramente hacia la participación de los trabajadores en las responsabilidades dentro de la empresa y en las responsibilidades de la empresa (cf. ns. 81-84 y 91-92).

1 0 0

E n el m u n d o del t r aba jo se da e x p l o t a c i ó n del h o m b r e p o r el h o m b r e c u a n d o un grupo socia l t r a ta a los c o m p o n e n t e s de o t r o grupo c o m o a s imples m e d i o s para consegu i r unos in te ­reses e c o n ó m i c o s , c u a n d o h a c e de el los un o b j e t o , u n a c o s a . E s t a e x p l o t a c i ó n ha s ido , a grandes rasgos , u n a c o n s t a n t e en la h i s to r ia del t r a b a j o . Pe ro h a h a b i d o tres m o m e n t o s en los que h a apa rec ido c o n más c la r idad , dando lugar a tres f e n ó m e n o s e c o n ó m i c o - s o c i a l e s : l a esc lav i tud , l a se rv idumbre de la g leba y el p ro l e t a r i ado . F i j á n d o n o s ú n i c a m e n t e en es te ú l t i m o , c o n el indus t r ia l i smo y la supres ión de los g remios , el t r aba jo hu­m a n o perd ió su e s t ima y apa rec ió el p r o l e t a r i a d o ; de es ta suer te , el t raba jador , aunque j u r í d i c a m e n t e h o m b r e l ib re , q u e d ó tan a l i enado ( aunque de d is t in ta m a n e r a ) c o m o el esc lavo y , en a lgunos ca sos , más t odav í a que el s iervo de la g leba .

C o n t r a e s t a c o n s t a n t e h i s tó r i ca de la e x p l o t a c i ó n del h o m ­bre p o r el h o m b r e , surgió o t r a c o n s t a n t e de s igno c o n t r a r i o : la l u c h a c o n t r a es ta e x p l o t a c i ó n , que m o d e r n a m e n t e h a cua j ado en el m o v i m i e n t o s indical is ta y h a s ido o b j e t o de a t e n c i ó n p o r par te de los Papas 6 0 .

(60) Desde la RN, en que León XIII defiende con energía el derecho de libre asociación de los obreros, hasta la L E , la formación de la doc­trina de la Iglesia sobre este punto ha sido lenta pero progresiva. León XIII habló en general de asociaciones de trabajadores para la defensa de sus intereses, con particular referencia al justo salario. A partir de San Pío X , se hacen esfuerzos por llegar a una distinción más clara entre asociaciones profesionales de finalidad económica y otros tipos de asociaciones (profesionales o no) (cf. Notre charge apóstol, 25-VIII-10 y Singulari quadam, 24-IX-12). Pío XI mantiene con firmeza la afirmación absoluta de la libertad de asociación (tam­bién de las asociaciones con finalidad económico-profesional) en un plano de derecho privado y, esto supuesto, se propone como meta a

1 0 1

A n t e s de la Laborem exercens, J u a n Pab lo I I h a b í a habla­do pocas veces sobre este t e m a . Es i m p o r t a n t e , sin e m b a r g o , su discurso a la de legación de los S i n d i c a t o s Independ ien te s Po­lacos ( 1 6 - 1 - 8 1 ) y t ienen densidad de c o n t e n i d o las otras refe­rencias que ha h e c h o al de recho s indical . L o l l ama " u n o de los de rechos fundamenta les de la p e r s o n a " 6 1 y t ra ta de su l iber­tad , de sus ob je t ivos , de su c o n t r i b u c i ó n al b ien c o m ú n . . . ; d ice que debe ser p ro t eg ido p o r la l e y , que debe ser a p o l í t i c o "pa ra p o d e r c o n c e n t r a r s e , de fo rma exc lus iva y p l e n a m e n t e au tó­n o m a , en el gran b ien socia l del t r aba jo h u m a n o y de los h o m ­bres del t r a b a j o " (16 -1 -81 n. 6 ; e t c . ) .

T o d o s es tos pun tos son recogidos de nuevo y ampl iados en la Laborem exercens. C o n t e m p l a n d o la h i s to r ia socia l de los dos ú l t imos siglos, se advierte " l a degradación del h o m b r e

conseguir —con el apoyo de la base- la constitución de corpora­ciones profesionales de tipo vertical (cf. Carta a Mons. Liénart, 5-V-29 y, sobre todo, QA). Pío XII hace una enérgica reafirmación del derecho de libertad de asociación profesional, da un toque de atención contra intromisiones excesivas e injustificadas del Estado y amplía las funciones del sindicato viéndolo como un instrumento de defensa y de diálogo (cf. Sertum letit.; Radiom. l-VI-41; 11 -III-45; 24-1-46). Juan XXIII, en la MM, hace algunas referencias inci­dentales al sindicato al hablar de la propiedad. La const. past. GS sintetiza la doctrina pontificia anterior sobre el sindicato y consi­dera "el derecho para los trabajadores de fundar libremente asocia­ciones" "entre los derechos fundamentales de la persona humana" (n. 68). Finalmente, Pablo VI, en la OA, resume toda la doctrina anterior en un párrafo dedicado expresamente a las funciones que corresponden hoy a las organizaciones sindicales (n. 14).

(61) 16-1-81 n. 3. Véase también 2-IV-79; 8-XI-79; Bacolod, 20-11-81 n. 7; 16-1-81 n. 6.

1 0 2

su je to del t r aba jo . . . su inaud i ta y c o n c o m i t a n t e e x p l o t a c i ó n en el c a m p o de las gananc ias , de las c o n d i c i o n e s de t r aba jo y de p rev i s ión" ( L E 8 b ) , " l a fal ta de seguridad. . . y t a m b i é n de garant ías sob re las c o n d i c i o n e s de salud y de vida de los ob re ros y de sus f ami l i a s " ( L E 1 1 c ) . T o d o el lo ha dado or igen a u n a fuerte r eacc ión socia l que " h a r eun ido al m u n d o o b r e r o en u n a c o m u n i d a d ca rac t e r i zada p o r u n a gran so l ida r idad" ( L E 8 b ) . E s t a a c c i ó n es ca l i f i cada p o r el Papa c o m o " j u s t a " ( L E 8 b ) , " é t i c a m e n t e j u s t a " ( L E 1 3 b ) , " ju s t i f i cada desde la ó p t i c a de la mora l s o c i a l " ( L E 8 c ) . D e es ta sol idar idad de los t raba jadores —sobre t o d o , de los industriales— para la tu te la de sus j u s t o s de rechos frente a los empresa r ios y los p rop ie ta r ios de los med ios de p r o d u c c i ó n , han n a c i d o los s ind ica tos , c u y o c o m e ­t ido esencia l es " l a defensa de los in tereses ex i s t enc ia le s de los t r aba jadores , en t o d o s los s ec to re s en que en t ran en j u e g o sus d e r e c h o s " ( L E 2 0 b ) , " las c o n d i c i o n e s de t r aba jo y de r emune ­rac ión , a s í c o m o . . . la legis lación s o c i a l " ( L E 8 d ) , " e n el m a r c o del b ien c o m ú n de la soc i edad e n t e r a " ( L E 2 0 e ) . A c t u a l m e n t e los s indica tos son un " e l e m e n t o ind ispensable de l a vida soc ia l , e spec i a lmen te en las soc iedades m o d e r n a s indus t r i a l i zadas" ( L E 2 0 b ) . D e b e n ser un " f a c t o r c o n s t r u c t i v o de orden soc ia l y de so l ida r idad" ( L E 2 0 c ) : su a c c i ó n debe ser " u n a l ucha p o r la j u s t i c i a s o c i a l " ( i b í d . ) , n o una " l u c h a p rog ramada de c lases , l levada c o n m é t o d o s n o só lo i deo lóg i cos , s ino inc luso y an te t o d o p o l í t i c o s " ( L E l i d ) , n o " u n a lucha c o n t r a los d e m á s " y , m u c h o m e n o s , " u n a lucha para e l iminar al adve r sa r io" ( L E 2 0 c ) . P o r o t r a pa r t e , en es ta l u c h a se " d e b e n t ene r s iempre en c u e n t a las l im i t ac iones que i m p o n e la s i tuac ión e c o n ó m i c a del p a í s " ( L E 2 0 d ) y n o conver t i r se " e n u n a espec ie de e g o í s m o de grupo o c l a s e " ( i b í d . ) . L o s s ind ica tos son " p o l í t i c o s " p o r su "p ruden t e so l ic i tud p o r el b ien c o m ú n " ( L E 2 0 e ) , pe ro de­b e r í a n man tene r se a le jados ac t iva y pas ivamente de la a c c i ó n p o l í t i c a de los par t idos p o r q u e el la les a le ja de su f inal idad e s p e c í f i c a para conver t i r l es en " i n s t r u m e n t o para ot ras fina-

1 0 3

l i d a d e s " ( i b í d . ) ; só lo a s í podrán " c o n c e n t r a r s e , de fo rma exc lus iva y p l e n a m e n t e a u t ó n o m a , en el gran b ien socia l del t r aba jo h u m a n o y de los h o m b r e s del t r a b a j o " ( 1 6 - 1 - 8 1 ) .

d) En es ta lucha p o r la j u s t i c i a socia l en favor de los t raba­j a d o r e s , los s ind ica tos recurren algunas veces —como recurso e x t r e m o y ul t imátum— a la huelga. S e t ra ta de un m e d i o que puede ser j u s t o , supuestas las debidas c o n d i c i o n e s y los j u s t o s l í m i t e s , pe ro del que n o se puede abusar j a m á s . Hay algunos servicios esencia les para la conv ivenc ia civil que deben quedar s iempre asegurados 6 2 .

e ) O t r o de recho de los t rabajadores es que sea t eó r i ca y p r á c t i c a m e n t e r e c o n o c i d o el n e x o e x i s t e n t e en t re el t r aba jo y la p rop iedad ( c f . L E 1 2 b , c , 1 4 c ) y que , p o r cons igu ien te — t a n t o en un régimen de p rop iedad privada c o m o en o t r o de p rop iedad colect iv izada—, los b ienes ( e spec i a lmen te de p r o d u c c i ó n ) n o sean " p o s e í d o s c o n t r a el t r a b a j o " , "ni s iquiera p o s e í d o s para p o s e e r " , s ino " q u e sirvan al t r a b a j o " , ya que és te es "e l ú n i c o t í t u l o l e g í t i m o para su p o s e s i ó n " ( L E 1 4 c ) . E n vir tud de e l l o , J u a n Pablo I I , fiel a la sana t rad ic ión cr i s t iana , r e c o n o c e el d e r e c h o a la p rop iedad privada, pe ro recuerda que es te d e r e c h o es tá gravado p o r una " h i p o t e c a s o c i a l " ( 2 8 - 1 - 7 9 ) que lo subor­dina "a l de r echo al uso c o m ú n , al des t ino universal de los b i e n e s " ( L E 1 4 b ) . D e es ta m a n e r a queda rea f i rmado aquel p r inc ip io de Pab lo V I , según el cual " m á s fundamenta l que el d e r e c h o a la p rop iedad privada es el d e r e c h o , i nhe ren te a t odos los h o m b r e s , a disfrutar de los b ienes de este m u n d o de acue rdo

(62 ) Hay pocos textos pontificios que se refieran directamente a la huelga. Además de algunas referencias en la RN y QA, hay algunos textos muy valiosos en GS (n. 68 ) y OA (n. 14).

1 0 4

c o n el des t ino universal dado a los m i s m o s p o r D i o s " 6 3 . F r e n t e

a la p rop iedad pr ivada l iberal ( L E 1 4 b , f ) , J u a n P a b l o I I a b o g a

p o r u n a p rop iedad socia l en la que " t o d a pe r sona , basándose en

su p rop io t r a b a j o , t enga p l e n o t í t u l o a cons iderarse al m i s m o

t i e m p o c o p r o p i e t a r i o de esa espec ie de gran ta l ler de t r aba jo

en el que se c o m p r o m e t e c o n t o d o s " ( L E 1 4 g ) y " p u e d a con ­

servar la c o n c i e n c i a de t rabajar en algo p r o p i o " ( L E 1 5 b ) . U n o

de los med ios para a lcanzar es ta soc ia l i zac ión pe r sona l i zadora

es la i n t r o d u c c i ó n en la empresa de la c o p r o p i e d a d de los

med ios de t r aba jo ( a c c i o n a d o o b r e r o ) y la pa r t i c ipac ión de los

t raba jadores en los bene f i c io s y / o en la ges t ión de la empresa

( c f . L E 8 d , 1 4 e , g ) 6 4 .

f) Hab la t a m b i é n del d e r e c h o al descanso — semana l ,

anual . . . ( L E 1 9 f ) — c o m o i m i t a c i ó n del descanso de D i o s ( L E

2 5 c ) y p repa rac ión del descanso e s c a t o l ó g i c o ( i b í d . ) , y del

" d e r e c h o a a m b i e n t e s de t r aba jo y a p r o c e s o s p roduc t ivos que

n o c o m p o r t e n per ju ic io a la salud f í s ica de los t raba jadores

y n o dañen su in tegr idad m o r a l " ( L E 1 9 f ) , e t c .

Al t ra tar de los de rechos de los t raba jadores , el Papa

ded ica u n a a t e n c i ó n especia l a los t raba jadores del c a m p o

( L E 2 1 ) 6 5 , a los minusvál idos ( L E 2 2 ) y a los emigrados

( L E 2 3 ) , f i jándose en las c i r cuns t anc ia s pecul iares y d i f íc i les

en que se e n c u e n t r a n y de fend iendo sus de rechos .

(63 ) Carta a la Sem. Soc. de Chile (7-1-66), donde se encuentran refe­

rencias muy valiosas a los principales documentos pontificios sobre

la propiedad.

(64) Véase la nota 59.

( 6 5 ) La situación de los campesinos preocupa de una manera especial al

Papa Juan Pablo II. Basta recordar sus vigorosos discursos en Cui-

lapán (29-1-79), a la FAO (12-XI-79) , en Recife (8-VII-80), en

Bacolod (20-11-81), en Legazpi (21-11-81), etc. En estos discursos

sigue muy de cerca a MM, GS y PP.

1 0 5

7

E l e m e n t o s para una espir i tual idad del t r aba jo

Desde P í o X I , t odos los papas se han in te resado p o r es te a s p e c t o , s iendo p r o b a b l e m e n t e P í o X I I el que ha apo r t ado un ace rvo más rico en can t idad y variedad de c o n t e n i d o s . S in e m b a r g o , ningún d o c u m e n t o pon t i f i c io —oral o escri to— ante­rior a la Laborem exercens ha consagrado t a n t o espac io y ha a t end ido j u n t o s t an tos aspec tos relat ivos a la espir i tual idad del t raba jo c o m o es ta e n c í c l i c a . An te s de el la , los e l e m e n t o s apor­tados po r los papas para es ta espir i tual idad, h a b í a que buscar los casi exc lu s ivamen te en sus a locuc iones y h o m i l í a s . A nivel de d o c u m e n t o s so l emnes , só lo las e n c í c l i c a s Mater et Magistra, de J u a n X X I I I (ns . 2 5 8 y 2 5 9 ) , y la Populorum progressio, de Pab lo V I (n . 2 7 ) , j u n t o c o n la C o n s t i t u c i ó n Gaudium et spes (n . 6 7 ) , del C o n c i l i o V a t i c a n o I I , dedican í n t e g r a m e n t e algún pár rafo a es ta ve r t i en te .

E s t a a p o r t a c i ó n de J u a n Pab lo I I es f ruto de una larga y l en ta madurac ión que a r ranca de la B i b l i a , pasa p o r los S a n t o s Padres y la t rad ic ión m o n á s t i c a y se en r iquece c o n la e labora­c i ó n t eo lóg i ca de S a n t o T o m á s . E n nues t ro siglo es o b j e t o de la a t e n c i ó n de algunos t eó logos , de una variada e x p e r i m e n t a ­c ión p rác t i ca po r par te de nuevas familias rel igiosas, movi­m i e n t o s apos tó l i cos y cor r i en tes de espir i tual idad religiosas y la ica les .

L a Iglesia , que cons ide ra un deber i r renunciab le p ronun­ciarse sobre la ac t iv idad labora l desde su ángulo h u m a n o y m o r a l , se cons ide ra t odav ía más obl igada a par t ic ipar en la f o r m a c i ó n de una "espi r i tua l idad del t r a b a j o " que ayude a los h o m b r e s , med ian t e su act ividad l abora l , a acercarse a D ios

1 0 6

Creado r y R e d e n t o r , les e s t imule a par t i c ipar a c t i vamen te en

su plan sa lv í f ico sobre la h u m a n i d a d y el m u n d o , y les gu ie

para c o n t i n u a r de m a n e r a c o n s c i e n t e y responsab le en el t i e m p o

y en el e spac io la mis ión s ace rdo ta l , p r o f é t i c a y real de C r i s t o ,

pa r t i c ipada desde el b a u t i s m o . T a l es el o b j e t i v o de es ta espiri­

tua l idad que d e b e r í a conver t i r se en p a t r i m o n i o c o m ú n de t o d o s

los h o m b r e s ( L E 2 4 b ) .

a) El trabajo como imitación y colaboración en la obra

creadora de Dios ( L E 2 5 ) . El t r aba jo r e sponde a la vo lun tad de

D i o s . N o es una c o n s e c u e n c i a del p e c a d o or ig ina l , s ino que es

an te r io r a é l ; a u n q u e , después de él y a causa de é l , h a quedado

n o t a b l e m e n t e a f e c t a d o 6 6 . M e d i a n t e el t r aba jo —aun el más

senc i l lo y ordinario—, el h o m b r e imi t a a D ios Creador , part i ­

c ipa en su o b r a c r eado ra , la desarrol la y la c o m p l e t a . E s t a o b r a

de D ios en el m u n d o c o n t i n ú a sin cesar : c o n su fuerza c r eadora ,

sos t i ene en la e x i s t e n c i a el m u n d o que h a l l amado de la nada al

ser ; c o n su fuerza sa lv í f ica , o b r a en los c o r a z o n e s de los h o m ­

bres para que l leguen a su de s t i no , que es el descanso def ini t ivo

en la casa del Padre .

(66 ) Véase la nota 31 sobre el trabajo como colaboración a la obra crea­

dora de Dios. Sobre la relación del trabajo con el pecado original,

hay que tener en cuenta que en alguna ocasión los papas hablan de

tal forma que parecen afirmar que el trabajo es una consecuencia

y castigo de aquel pecado (v.gr., Pío XII, 13-VI-43 y 27-111-49). Sin

embargo, en muchísimas ocasiones lo niegan explícitamente: RN

( l . c , p. 600-601) ; QA (ibíd., p. 6 3 3 ) ; Pío XII, 14-IV-43, 15-XI-46

y en Carta a Sem. Soc. de Canadá (30-VIII-49); etc. Que el trabajo

ha quedado afectado por el pecado original, puede verse en RN

( l . c ) ; Pío XII, 25-11-41, MV-41, 30-XI-41, 22-IV-42, Radiom.

Navidad 1942, 14-IV-43, 15-XI-46, Carta a Sem. Soc. Canadá

(30-VIII-49) y España (30-IV-55).

1 0 7

El h o m b r e debe acep ta r c o n gozo y con l e g i t i m o orgul lo esta realidad y responder a ella c o n su t r aba jo . Los éx i t o s y las conqu i s t a s que cons igue c o n su in te l igencia y c o n sus m a n o s , n o son una c o m p e t e n c i a desleal al C reado r ; sus vic tor ias son s igno de la grandeza de Dios y c o n s e c u e n c i a de sus inefables designios. Para co r r e sponde r a la c o n f i a n z a de que es o b j e t o po r par te de D i o s , debe esforzarse po r c o n o c e r cada vez m e j o r la na tura leza de las c rea turas , su valor y su f inal idad; debe conse ­guir una verdadera c o m p e t e n c i a profes ional para elevarla , desde d e n t r o , por la gracia; debe impregnar el m u n d o del espí r i tu de Cr i s to para que en él reine la verdad, la j u s t i c i a , la car idad , la paz ; debe aprovechar la mi sma act ividad labora l para consegui r él y ayudar a consegui r a los demás una vida más santa . . .

Es t a c o l a b o r a c i ó n a la ob ra c r eado ra de Dios n o aba rca só lo el m u n d o e x t e r i o r , la t ierra y el c o s m o s que se va transfor­m a n d o gracias al t rabajo del h o m b r e . A l c a n z a t a m b i é n al m i s m o t raba jador : c o n su t r aba jo , debe ser a r t esano de s í m i s m o ; a la famil ia : " L a famil ia es una c o m u n i d a d h e c h a pos ib le gracias al t r a b a j o " ( L E 1 0 b ) ; a la soc iedad : " E l t raba jo se conv ie r t e en i n s t r u m e n t o de s o c i a b i l i d a d " ( 1 3 - I V - 8 0 ) .

Para que el t raba jo del h o m b r e sea imi t ac ión verdadera del " t r a b a j o " de D ios , debe t ener m u y en c u e n t a el descanso : " E l h o m b r e , t r aba jando , debe imi tar a D i o s , su Creador , t an to tra­ba j ando c o m o d e s c a n s a n d o " ( L E 2 5 c ) ; po rque " D i o s m i s m o ha quer ido presentar le la p rop ia o b r a c r eado ra ba jo la fo rma de t r aba jo y de r e p o s o " ( i b í d . ) : en el Génes i s " l a o b r a de la crea­c ión está p resen tada b a j o la fo rma de un t raba jo real izado p o r D ios durante los seis días para descansar el s é p t i m o " ( L E 2 5 b ) .

b ) El trabajo humano como imitación del trabajo de Cristo ( L E 2 6 ) . J u a n Pab lo II se refiere en m u c h í s i m a s oca­s iones — en la e n c í c l i c a y fuera de ella— al t raba jo de Cr i s to en

1 0 8

el ta l ler de Nazare t 6 7 . T o d o s los papas m o d e r n o s han a ludido

a es te h e c h o en u n a inf inidad de c i r cuns t anc i a s , hac i éndose e c o

de una fuerte co r r i en t e q u e , desde pr inc ip ios de siglo ( m u y

e spec i a lmen te durante la década de los 2 0 ) , c i r cu la por la

Iglesia y que , duran te varios años , ha t r aba jado para la insti­

tuc ión de una fiesta l i túrgica consagrada a J e s ú s O b r e r o ; un

p á r r o c o de G i n e b r a , la J O C belga y la C F T C francesa fueron

los pr incipales an imadores de es ta asp i rac ión que en el a ñ o 1 9 5 0

recog ió c o n en tu s i a smo D a n i e l - R o p s . Es p o r estas mismas fechas

( 1 9 5 1 ) que fue p in t ado el f a m o s o fresco de Maur i ce D e n í s en

la Of i c ina In t e rnac iona l del T r a b a j o ( G i n e b r a ) r ep re sen tando a

Cr i s to t r aba jador en Nazare t . S i b i en la cue s t i ón pa rece habe r

q u e d a d o descar tada c o n la ins t i tuc ión de la f iesta de S a n J o s é

O b r e r o —realizada po r P í o X I I en 1 9 5 5 — , sin e m b a r g o , los

papas han seguido ins i s t iendo c o n la m i s m a in tens idad que

antes en la e jempla r idad del mi s t e r io admirab le del V e r b o

e n c a r n a d o c o n v e r t i d o casi duran te t o d a su vida en un senc i l lo

t r aba jador de Nazare t . Es l ó g i c o , pues , que en es ta ac t iv idad

de Cr i s to e n c u e n t r e el c r i s t i ano el m e j o r ac i ca t e para e s t imar

su t r aba jo y conve r t i r l o en u n o de los m e d i o s más e x c e l e n t e s

de s an t i f i cac ión . A s í l o h i c i e ron los an t iguos m o n j e s , apoyán­

dose en el e j e m p l o de J e s ú s y en las palabras y el t e s t i m o n i o

personal de San P a b l o .

c ) El trabajo humano como colaboración a la obra reden­

tora de Cristo ( L E 2 7 ) . J e s u c r i s t o es tan r e d e n t o r c lavado en la

c ruz c o m o t r aba jando en Nazare t . A u n q u e c o n s i d e r a d o en s í

m i s m o , el a c t o de m o r i r en la c ruz es super ior al a c t o de tra­

bajar en el ta l ler , sin e m b a r g o , los dos t i enen u n a m i s m a fina­

l idad —la Redenc ión— y un m i s m o va lor —infinito—, p o r q u e

(67) Véase lo que hemos dicho más arriba (3 . Diversas vertientes del tra­bajo) y nota 38.

1 0 9

a m b o s p r o c e d e n de una misma pe r sona divina. Es te valor r eden to r del t r aba jo de Cr i s to ha s ido e spec i a lmen te pues to de relieve po r P í o X I 6 8 . T a m b i é n J u a n Pab lo II lo t o m a en cons i ­de rac ión : " C r i s t o un ió la ob ra de su r edenc ión al t raba jo en el tal ler de N a z a r e t " 6 9 ; po r e s to "su t raba jo . . . ha en t rado en la o b r a de la r edenc ión del h o m b r e y del m u n d o " ( 1 9 - 1 1 1 - 8 1 ) .

Por vo lun tad del m i s m o J e s u c r i s t o , el t r aba jo del h o m b r e debe asociarse a su o b r a r eden to ra , debe con t r ibu i r a e x t e n d e r a los demás los frutos de la R e d e n c i ó n y propagar los p o r todas par tes . E s t o lo cons igue el c r i s t i ano c u a n d o —injertado en Cr i s to c o m o el s a rmien to en la vid, po r el h e c h o de ser m i e m b r o del C u e r p o Mís t i co— e j e c u t a su t r aba jo , c o n t i n u a c i ó n del de J e s u ­c r i s to , un ido esp i r i tua lmente al divino R e d e n t o r (Mater et Magistra 2 5 9 ) .

El t r aba jo ac tua l —volvemos a repetirlo— n o es una c o n s e ­c u e n c i a (cas t igo) del p e c a d o or iginal ; aun después del p e c a d o " c o n s e r v a s iempre su al ta d ign idad" 7 0 . S in e m b a r g o , guarda una í n t i m a re lac ión c o n aquél y c o n los pecados pos te r iores de los h o m b r e s . C o m o adver t ía Pab lo V I , " e l t r aba jo , que d e b e r í a habe r s ido p lacer , se ha c a m b i a d o , en la e c o n o m í a del h o m b r e c a í d o , en una cruz que éste t iene que l l eva r" 7 1 . A s í lo ind icaba t ambién P í o X I I : " E l pecado . . . ha h e c h o p e n o s o el t r aba jo . . . ; c o n t i n u a n d o la o b r a del p e c a d o de nues t ros pri­m e r o s padres , los pecados ac tua les de t o d a la h u m a n i d a d han

(68 ) Por ejemplo, 31-1-27, 15-XII-29, 10-V-30, 6-VI-30, 6-IX-31, 28-111-32, 20-111-33, 8-V-34, 25-VI-34, 18-IX-38. También Pablo VI, 12-111-66, 30-IV-69, l-V-75, 21-VI-75;etc.

(69 ) Homü. Maguncia, 16-XI-80 n. 2. (70) Legazpi, 21-11-81 n. 6. (71 ) Homü., 14-11-65.

1 1 0

h e c h o pesar , c a d a vez m á s , la m a l d i c i ó n sobre la t i e r r a " (15-11-

6 5 ) . En la fat iga, m o n o t o n í a , penos idad , e t c . , que a c t u a l m e n t e

a c o m p a ñ a n al t r a b a j o , " se advier ten las c o n s e c u e n c i a s del pe­

c a d o o r ig ina l " ( 1 3 - I V - 8 0 ) . Pe ro es ta penos idad , que después

del p e c a d o original —como c o n s e c u e n c i a de és te y de o t ros

m u c h o s pecados— a c o m p a ñ a al t r a b a j o , o f r ece al c r i s t i ano " l a

pos ib i l idad de par t ic ipar en el a m o r a la o b r a que Cr i s to h a

venido a r ea l i za r " ( L E 2 7 c ) , en la R e d e n c i ó n de la h u m a n i d a d ;

puede conver t i r se en un a c t o de e x p i a c i ó n y en u n a co l abo ra ­

c ión a la o b r a r eden to r a de C r i s t o , t a n t o en re lac ión c o n el

p e c a d o original c o m o c o n los p e c a d o s pe rsona les , t a n t o en rela­

c i ó n c o n los p e c a d o s p rop ios c o m o c o n los de los demás 7 2 .

T o d o el lo " a s o c i a al h o m b r e al m é r i t o de la cruz r e d e n t o r a "

( 1 3 - I V - 8 0 ) y " o b t i e n e una fuerza r e d e n t o r a , p o r el h e c h o de

pur i f icar al h o m b r e del p e c a d o " 7 3 .

k'El trabajo os asocia más estrechamente a la Redención que

Cristo realizó mediante la Cruz, cuando os lleva a aceptar

todo cuanto tiene de penoso, de fatigoso, de mortificante,

de crucificante en la monotonía cotidiana; cuando os lleva

incluso a unir vuestros sufrimientos a los sufrimientos del

Salvador, para completar lo que falta a las tribulaciones de

Cristo por su Cuerpo que es la Iglesia (Col 2, 2 4 ) " 7 4 .

A s / , pues , " e n el t r aba jo h u m a n o el c r i s t i ano descubre u n a

p e q u e ñ a par te de la cruz de Cr i s to y la a c e p t a c o n el m i s m o

(72) Véase Pío XII, 6-VII-52; MM 259; GS 67; PP 28; Carta Sem. Soc.

Francia (25-VIII-65). Las bases teológicas para esta colaboración

pueden verse en Mystic. Corp. y Mediator Dei, de Pío XII.

(73) Carta XV Centén. San Benito, 12-VIII-80.

(74) Estad. Morumbi, Sao Paulo, 3-VII-80 n. 7. Véase también Legazpi,

21-11-81 n. 7 y 13-IV-80.

1 1 1

esp í r i tu de redenc ión c o n el cual Cr i s to ha a c e p t a d o su cruz p o r

n o s o t r o s " ( L E 2 7 e ) . Pero ya ahora , en es ta cruz y fatiga que

a c o m p a ñ a n el t r a b a j o , " m e r c e d a la Cruz que p e n e t r a en nos­

o t ros p o r la R e s u r r e c c i ó n de Cr i s to , e n c o n t r a m o s s iempre un

t enue resplandor de la vida nueva , del nuevo b i e n , as í c o m o un

a n u n c i o de los nuevos c ie los y o t r a t ierra n u e v a " ( i b í d . ) .

d) Otros elementos para una espiritualidad del trabajo.

A n t e s de la Laborem exercens, J u a n Pab lo I I h a b í a h e c h o y a

algunas apo r t ac iones m u y valiosas para la espir i tual idad del

t r aba jo . U n a de las cua les , seguramente aquel la sobre la que

insiste más , es la neces idad de sant i f icar el t raba jo med ian t e

la o rac ión : " Q u e la o rac ión dé alas al t r a b a j o " , dirá en una

o c a s i ó n ; " o r a et l a b o r a " , repet i rá f r e c u e n t e m e n t e e levando a

cons igna universal el an t iguo l ema de la Orden b e n e d i c t i n a 7 5 .

E n alguna oca s ión , l e y e n d o sus pa labras , u n o pa rece encon ­

trarse en el M u s e o del Louvre c o n t e m p l a n d o " E l Á n g e l u s "

de Mi l le t . En este p u n t o , sin e m b a r g o , J u a n Pab lo I I es más

sob r io y m e n o s e x p l í c i t o que sus p redeceso res : t odos e l los ,

e spec i a lmen te P í o X I I , repi ten varias veces que el t r aba jo

h e c h o p o r Dios y c o n Dios es " o r a c i ó n " , " c a n t o de a l a b a n z a " ,

" p r e c i o s a y c o n t i n u a p legar ia" . . . ; p o r es ta r azón , pus ieron m u y

especial e m p e ñ o en consegui r que los c r i s t ianos of rec ieran su

t r aba jo a D ios desde el p r inc ip io del d ía 7 6 .

(75) Ver 19-XI-78; 9-XII-78; 13-IV-80; Carta XV Centén. San Benito,

12-VIII-80; 28-IX-80;etc.

(76) Pío XII, 13-IV-52, 18-V-52, 22-V-52, 6-VII-52, 14-IV-56, 17-XI-

57, 4-V-58, etc. Juan XXIII, especialmente en el Decreto de la

Sagrada Penitenciaria (25-XI-61) , indulgenciando el ofrecimiento

diario del trabajo.

1 1 2

E n el esfuerzo c a t e q u i z a d o r de J u a n P a b l o I I para conse ­guir una espir i tual idad del t r a b a j o , e n c o n t r a m o s dos nuevos e l e m e n t o s que pueden servir de val ioso e s t i m u l o para vivirla más i n t e n s a m e n t e . El p r ime ro de el los es el v i n c u l o ex i s t en t e en t re el t r aba jo y el S a c r i f i c i o de la Misa a través del pan y del v ino —ambos fruto y s í m b o l o del t r aba jo del hombre—, que apun ta en alguna de sus h o m i l í a s s iguiendo a Pab lo V I , a la C o n s t i t u c i ó n Gaudium et spes y a varios t eó logos m o d e r n o s 7 7 . E l segundo es la re lac ión del t r aba jo ac tua l del h o m b r e c o n el c i e lo nuevo y la t ierra nueva de que nos hab la la B i b l i a : "Des t i ­n a d o a c o n t i n u a r la c r e a c i ó n de Dios c o n el t r a b a j o " , el h o m b r e h a s ido "e l eg ido para c o l o c a r s e has ta la nueva venida de Cr i s to al servicio de la c o n d u c c i ó n del nuevo c i e lo y de la nueva t i e r r a " ( 1 6 - V - 8 1 ) .

(77) Carta a Sem. Soc. de Francia C.vV 11-64) y aloe. 28-IV-65;GS 38.

EL PROBLEMA DEL EMPLEO Acción de Caritas

Por F r a n c i s c o Sal inas

"Todos los españoles tienen el deber de trabajar y el derecho al trabajo, a la libre elección de profesión u oficio, a la promoción a través del trabajo y a una remuneración suficiente para satisfacer sus necesidades y las de su familia, sin que en ningún caso pueda hacerse discriminación por razón de sexo".

(Art. 35.1. de la Constitución Española, 1978).

"Se trata del problema de conseguir trabajo, en otras palabras, del problema de encontrar un empleo adecuado para todos los sujetos capaces de él".

"Se convierte en problema particularmente doloroso cuando los afectados son principalmente los jóvenes, quie­nes, después de haberse preparado mediante una adecuada formación cultural, técnica y profesional, no logran en­contrar un puesto de trabajo y ven así frustradas con pena su sincera voluntad de trabajar y su disponibilidad a asumir la propia responsabilidad para el desarrollo económico y social de la comunidad".

"Para salir al paso del peligro del desempleo, para asegurar empleo a todos, las instancias que han sido defi­nidas aquí como 'empresario indirecto' deben proveer a una planificación global, con referencia a esa disponibi­lidad de trabajo diferenciado, donde se forma la vida no sólo económica, sino también cultural de una determinada sociedad; deben prestar atención además a la organización correcta y racional de tal disponibilidad de trabajo. Esta solicitud global carga en definitiva sobre las espaldas del Estado, pero no puede significar una centralización llevada a cabo unilateralmente por los poderes públicos. Se trata en cambio de una coordinación, justa y racional, en cuyo marco debe ser garantizada la iniciativa de las personas, de los grupos libres, de los centros y complejos locales de trabajo, teniendo en cuenta lo que se ha dicho anterior­mente acerca del carácter subjetivo del trabajo humano".

"Una planificación razonable y una organización adecuada del trabajo humano, a medida de las sociedades y de los estados, deberían facilitar a su vez el descubri­miento de las justas proporciones entre los diversos tipos de empleo: el trabajo de la tierra, de la industria, en sus múltiples servicios, el trabajo de planificación y también el científico o artístico, según las capacidades de los indivi­duos y con vistas al bien común de toda sociedad y de la humanidad entera. A la organización de la vida humana según las múltiples posibilidades laborales debería corres­ponder un adecuado sistema de instrucción y educación que tenga como principal finalidad el desarrollo de una humanidad madura y una preparación específica para ocupar con provecho un puesto adecuado en el grande y socialmente diferenciado mundo del trabajo".

(Laborem exercens 18).

1 1 5

EL HOMBRE, SUJETO DEL TRABAJO

" C o r n o pe r sona , el h o m b r e es pues su je to del t r aba jo . C o m o pe r sona , él t raba ja , real iza varias acc iones pe r t enec i en t e s al p r o c e s o del t r a b a j o . . . " ( L E 6 ) . En es te sen t ido , el t r aba jo es el m a r c o de re fe renc ia en t o r n o al cual t o d o t iene s en t i do ; la vida del h o m b r e , el descanso , el o c i o , e t c . , c o b r a n sen t ido a través del t r a b a j o . " E l h o m b r e está des t inado y l l amado al tra­b a j o " . Es un d e r e c h o y a la vez un deber .

L a finalidad del t r aba jo , de cua lqu ie r t raba jo real izado po r el h o m b r e ( c f . L E 6 ) , le dignif ica y hace que la ob ra c readora sea cada vez nueva y se c o m p l e t e . E s , p o r e s t o , que el t r aba jo debe es tar " e n función del h o m b r e y n o el h o m b r e 'en función del t r aba jo ' " . Desde es ta perspec t iva , t o d a e x p l o t a c i ó n y uti­l i zac ión del t raba jo del h o m b r e es dep lo rab le . E s t a manipula­c i ó n h a ex i s t i do en todas las é p o c a s ; c o n t r a es to surgió y en la ac tua l idad van surgiendo acc iones de sol idar idad ent re los h o m ­bres del t r aba jo . En def ini t iva, es una " r e a c c i ó n c o n t r a la degra­dac ión del h o m b r e c o m o suje to del t r aba jo , y c o n t r a la inaudi ta y c o n c o m i t a n t e exp l i c ac ión en el c a m p o de las ganancias , de las c o n d i c i o n e s de t raba jo y de p rov idenc ia hac ia la pe r sona del t r a b a j a d o r " ( L E 8 ) . He a q u í el su rg imien to de los m o v i m i e n t o s de sol idar idad.

E n es ta l í n e a , J u a n Pab lo II d i ce : "Pa ra real izar la j u s t i c i a soc ia l en las diversas par tes del m u n d o , en los dis t intos pa íses y en las re lac iones en t re e l los , son s iempre necesar ios nuevos m o v i m i e n t o s de sol idar idad de los h o m b r e s del t raba jo y de sol idar idad c o n los h o m b r e s del t r aba jo . Es t a sol idar idad debe es tar s iempre presente a l l í donde lo requiere la degradación socia l del su je to del t r aba jo , la e x p l o t a c i ó n de los t rabajadores

1 1 6

y las c r ec i en te s zonas de miser ia e inc luso de h a m b r e . L a Iglesia es tá v ivamente c o m p r o m e t i d a en es ta causa p o r q u e la cons ide ra c o m o su m i s i ó n , su serv ic io , c o m o ver i f icac ión de su fidelidad a Cr i s to , para pode r ser ve rdade ramen te la I g l e s i a de los po ­b res ' . Y los ' p o b r e s ' se e n c u e n t r a n b a j o diversas fo rmas ; apa­recen en diversos lugares y en diversos m o m e n t o s ; aparecen en m u c h o s casos c o m o resu l tado de la v io lac ión de la dignidad del t raba jo h u m a n o : b ien sea p o r q u e se l imi tan las pos ib i l idades del t r aba jo —es dec i r , p o r la plaga del desempleo—, b ien p o r q u e se desprecian el t r aba jo y los de rechos que f luyen del m i s m o , e spec i a lmen te el d e r e c h o al j u s t o sa lar io , a la seguridad de la pe r sona del t r aba jador y de su f a m i l i a " ( L E 8 ) .

E L PROBLEMA D E L DESEMPLEO

T o d o h o m b r e t i ene el d e r e c h o de e n c o n t r a r un e m p l e o , a través del cual puedan a lcanzar él y su famil ia un m í n i m o de ca l idad de vida. Es de t odos c o n o c i d o que más de dos mi l lones de personas , capac i t adas para desarrol lar un t r a b a j o , n o en­cuen t r an el e m p l e o a d e c u a d o , q u e d a n d o en s i tuac ión de des­e m p l e o o de p a r o , ingresando a fo rmar par te del " e j é r c i t o de reserva de m a n o de o b r a " . E l p r o b l e m a t iene tales d imen­s iones que se es tá conv i r t i endo y a en " u n a verdadera cala­midad s o c i a l " .

E n el ú l t i m o C o n g r e s o de P s i c o l o g í a , G o n z á l e z D u r o , al hab la r de " D e s e m p l e o y P s i c o p a t o l o g í a " , d i ce : " L a s i tuac ión del pa rado , en algunos c a s o s , es ve rdade ramen te desesperada , t a n t o que a veces s ien te el impu l so de a b a n d o n a r el hogar o inc luso de suic idarse . E n o t ros casos , su ma les t a r se t r aduce

1 1 7

en soma t i zac iones diversas, tales c o m o do lores , quejas h ipo­

c o n d r í a c a s , ce fa leas , moles t ias digestivas, i n s o m n i o , t r a s to rnos

sexua les , e t c . " . " L a legión de p a r a d o s " , c o n t i n ú a G o n z á l e z

D u r o , "desun idos e indefensos , c o n s t i t u y e un e j é r c i t o de re­

serva de m a n o de ob ra , s u p e r e x p l o t a d o , engañado y manipu­

l ado , c o m o en los t i e m p o s del cap i t a l i smo más salvaje. C o n la

mov i l i zac ión de este e j é r c i t o de reserva, la crisis de de sempleo

deja de ser un p r o b l e m a de o rden soc ia l y p ú b l i c o pa ra conver ­

tirse en un p r o b l e m a individual y famil iar , de t odos y cada u n o

de los parados . El pa rado , desmovi l i zado , a is lado, ' p ro t eg ido '

y c o n t r o l a d o p o r el Seguro de D e s e m p l e o , p ierde inevi table­

m e n t e c o n c i e n c i a de c lase , se despol i t iza y queda conve r t i do

en un ser desplazado y marg inado , que h a de luchar en sol i ta­

rio, c o n p o c o s recursos y escasas esperanzas , p o r la super­

vivencia y la de su famil ia . Vive o b s e s i o n a d o en consegui r

t r aba jo , c o m o sea , de lo que sea, en lo que sea. B u s c a y b u s c a ,

pe ro n o e n c u e n t r a nada , y a c a b a p o r n o busca r nada . Y a s í

cae en la desesperac ión , en el d e s á n i m o , en el a b u r r i m i e n t o ,

en la r e s ignac ión" .

Las consecuenc i a s de es ta s i tuac ión n o la sufren só lo los

que n o t ienen un pues to de t r aba jo ; t a m b i é n las están sin­

t i endo los t rabajadores en ac t i vo ; hay un c i e r t o m i e d o a que­

darse sin el e m p l e o que se t i ene ; en general , se puede deci r

que hay u n a "ps icos is c o l e c t i v a " . E n es ta l í n e a , G o n z á l e z

D u r o af i rma que " l a crisis general izada del e m p l e o es tá produ­

c i e n d o una c i e r t a psicosis co l ec t iva en t re la gran masa de la

p o b l a c i ó n t r aba jadora española . Es el ' m i e d o al p a r o ' , progre­

s ivamente in te rna l izado c o m o p r o b l e m a individual en la ma­

y o r í a de los t rabajadores en ac t ivo , que se p o t e n c i a en las fases

per iód icas de reces ión del c i c lo e c o n ó m i c o cap i ta l i s ta , que las

empresas aprovechan para discipl inar y s o m e t e r aún más a los

ob re ros . Y t a n t o más en c u a n t o que el f e n ó m e n o del pa ro n o

1 1 8

p r e t ende resolverse de un m o d o progres ivo , m e d i a n t e la diná­

m i c a de la l ucha de clases y c o n al ternat ivas revo luc ionar ias .

E n t o n c e s la angust ia soc ia l del pa ro se conv ie r t e en el ' m i e d o

n e u r ó t i c o ' del t r aba jador , s iempre p o t e n c i a l m e n t e ' pa rado ' ,

que insol idar ia y c o m p e t i t i v a m e n t e só lo l u c h a p o r conservar

c o m o sea su pues to de t r aba jo . C o n s e c u e n t e m e n t e , el t raba­

j a d o r se ident i f ica p l e n a m e n t e c o n la empresa , def iende sus

in te reses , se despol i t iza y se n e u r o t i z a p r o g r e s i v a m e n t e " .

LA ACCIÓN DE CARITAS HOY

Desde hace varios años y desde la o p c i ó n p o r el margi­

n a d o , Caritas v iene desar ro l lando u n a ampl ia ac t iv idad en

dis t in tos f ren tes , ante el p r o b l e m a del d e s e m p l e o . U n a vez más

t e n e m o s que dejar c o n s t a n c i a de que la incurs ión de Caritas en

este c a m p o es subsidiar ia , pues c o m p r e n d e m o s que se t r a ta de

un p r o b l e m a es t ruc tura l que es tá t o c a n d o f o n d o , el cual ex ige

medidas audaces y radicales que t r ans fo rmen es t ruc turas de

d o m i n i o , que son propias del s i s t ema s o c i o - e c o n ó m i c o en el

que vivimos. No se puede cons t ru i r la "nueva s o c i e d a d " sin

de r rumbar m u r o s , paredes y has t a c i m i e n t o s q u e , desde h a c e

décadas y siglos, es tán e n c u b r i e n d o los in tereses de unos p o c o s ,

mien t ras la gran m a y o r í a pasa h a m b r e .

Es t e t ipo de dec is iones n o c o r r e s p o n d e n a Caritas; son

dec is iones de t i po e c o n ó m i c o , p o l í t i c o y soc ia l , que las deben

asumir , c o m o d e r e c h o y ob l i gac ión , los que t i enen la represen­

t ac ión del p u e b l o , los que t i enen el p o d e r de dec i s ión , es dec i r ,

el g o b i e r n o , el p a r l a m e n t o , las cen t ra les s indicales . . . , n o ha­

c i e n d o la guerra (par t id is ta ) c a d a u n o p o r su l ado , s ino den t ro

de u n a p o l í t i c a g loba l .

1 1 9

L a a c c i ó n de Cari tas an te el pa ro o de sempleo la p o d e m o s s in te t izar en los s iguientes a spec to s :

E n primer lugar, la ayuda d i rec ta a los parados y sus fami­lias es el servicio asistencial. L o s m o d o s , formas y p lantea­m i e n t o s , var ían de un lugar a o t r o , en función de las personas que están al f rente de las Comis iones par roquia les , in terparro­quiales o d iocesanas .

P r e d o m i n a la ayuda d i rec ta , sin más t r á m i t e , a la famil ia de los parados , t an to de los que se ace rcan a pedir c o m o de aquel los que se sabe t ienen neces idad y n o p iden . E s t a ayuda es en m e t á l i c o , en a l imen tos o vales para que los adquieran , pago de facturas de luz , de agua, de a lqui ler , e t c .

E n o t ros lugares, antes de dar la ayuda , se les abre una f icha para su pos t e r io r s egu imien to y a t e n c i ó n i nmed ia t a , e spec i a lmen te a aquel los que t ienen cargas familiares y más neces idad . E n algunos s i t ios , c o m o B i l b a o , S a n S e b a s t i á n , Madr id , se les o f rece u n a can t idad fija p o r un t i e m p o : Madr id , de 2 0 a 2 5 . 0 0 0 pesetas al mes y p o r famil ia ; B i l b a o , 1 8 . 0 0 0 pese tas p o r el m a t r i m o n i o y 1 . 0 0 0 más p o r c a d a h i j o . C o n estas pe r sonas , se p re t ende hace r u n a a c c i ó n de p r o m o c i ó n .

D a d a la urgenc ia del p r o b l e m a , se es tán ab r i endo c o m e ­dores c o m o a t e n c i ó n i nmed ia t a . Si b ien es verdad que algunos se quedan en es ta a c c i ó n de sa t is facer neces idades pr imar ias , sin e m b a r g o , hay o t ros grupos o Comis iones que , j u n t o a es ta a c c i ó n , se p lan tean act ividades de p r o d u c c i ó n , de en t r e t e ­n i m i e n t o , de c a p a c i t a c i ó n , e t c . Hac ia e s t o hay que t ender .

L a segunda acción, b a s t an t e genera l izada, es la de c o n c i e n -c i ac ión y mentalización de la soc iedad en general y de los cris-

1 2 0

t ianos en par t icu la r . T o d a s las pa r roqu ias , d i r ec ta o indi rec ta­

m e n t e , han h e c h o algo en e s t o . L a u t i l i zac ión de los m e d i o s de

c o m u n i c a c i ó n socia l e s t á p o c o p r a c t i c a d a , aunque en más de un

s i t io hay exper i enc ias pos i t ivas . L o s p r o c e d i m i e n t o s para l legar a

e l los , depende de c a d a lugar. L o s mate r i a l e s son a b u n d a n t e s .

E n es te c a m p o se puede avanzar más de lo que has ta aho ra se

h a h e c h o .

E n tercer lugar, la información, formación y asesoría. E n

e s t o hay gran diversidad. Para n o e x t e n d e r más el t e x t o , m e

l imi ta ré a t ranscr ib i r el p r o y e c t o del Gabinete de Servicios de

Zaragoza .

"Or igen .

U n o de los a spec tos a l levar a c a b o en la A c c i ó n So l ida r i a

c o n t r a el P a r o , es el de las r ea l i zac iones . L a C a m p a ñ a de Navi­

dad de Caritas de 1 9 8 1 es sobre ' P r o m o c i ó n de pues tos de

t r a b a j o ' . D e acue rdo c o n e l l o , la C o o r d i n a d o r a de la A c c i ó n ,

j u n t o c o n Caritas, h a ven ido e s tud i ando duran te m u c h a s horas

de t r aba jo c ó m o p lasmar en la real idad es te p r o y e c t o .

S e a c o r d ó la c r e a c i ó n de un G a b i n e t e T é c n i c o , que ofer­

ta ra al pa rado u n a serie de servicios que fueran desde la a seso r í a

de diversos t emas labora les has t a el m o d o de hal lar un p u e s t o

de t r aba jo .

R e c o g i d a s todas las sugerencias dadas p o r la C o o r d i n a d o r a ,

la C o m i s i ó n de Caritas D i o c e s a n a h a e l a b o r a d o u n p r o y e c t o c o n ­

c r e t o del G a b i n e t e , al q u e , en p r i n c i p i o , p r o p o n e l lamar le G a b i ­

n e t e de Se rv i c ios , si es a c e p t a d o p o r la C o o r d i n a d o r a . E s t e p ro­

y e c t o es suscep t ib le de m o d i f i c a c i o n e s , si la C o o r d i n a d o r a ve

o p o r t u n o el hace r las .

1 2 1

F u n c i o n e s .

a) Recogida de información.

Ta l c o m o se ha venido h a c i e n d o has ta ahora a través de los

c i n c o fa sc ícu los pub l i cados , desar ro l lo de p o n e n c i a s en el

C e n t r o Pignatel l i , mesas redondas en los ba r r ios , e t c . , se ve n e c e ­

sar io seguir t r aba jando para o b t e n e r u n a c o n s t a n t e i n f o r m a c i ó n

sob re la s i tuac ión s o c i o - e c o n ó m i c a en la que nos m o v e m o s :

h a c e r es tudios de m e r c a d o ; sondear las s i tuac iones de los sec­

to res p r imar io (agr icu l tu ra ) , secundar io ( indust r ia l ) y t e rc ia r io

( se rv ic ios ) ; e l abora r un e s q u e m a legislat ivo en t o r n o al p a r o , e t c .

E n función de u n a c o m p l e t a i n f o r m a c i ó n , podrán a c o m e ­

terse act ividades encaminadas a u n a opera t iv idad ó p t i m a .

b ) Prestación de asesoramiento.

El a se so ramien to al pa rado puede ser en un dob le a s p e c t o :

l abora l , der ivado del cód igo legislat ivo que ampara a los t raba­

j a d o r e s , y e c o n ó m i c o , en el s en t ido de p o n e r en c o n o c i m i e n t o

de los m i s m o s los p ré s t amos y las c o n d i c i o n e s que o f recen los

organismos of iciales para el m o n t a j e de coope ra t i va s , p e q u e ñ o s

n e g o c i o s , e t c . O t r o a s p e c t o , den t ro del a s e s o r a m i e n t o , se r ía la

pues t a en m a r c h a de cursi l los de fo rmac ión coopera t iv i s t a ,

a s í c o m o de p e r f e c c i o n a m i e n t o p ro fes iona l .

c ) Promoción de iniciativas.

D e n t r o de es te apa r t ado en t ra la c r eac ión de e m p l e o , a

base de formar coopera t ivas en los tres s ec to r e s , y p o r o t ros

m e d i o s si e l lo es f ac t ib le .

1 2 2

d) Asesoría psicológica.

T e n i e n d o en c u e n t a las a l t e rac iones ps ico lóg icas que c r e a el pa ro a nivel persona l y famil iar , se ve la neces idad de c o n t a r c o n unos m e d i o s que p e r m i t a n n o só lo n o recurr i r a consu l t a s privadas, s ino desarrol larse j o r n a d a s de c a r á c t e r p s i co - soc io ló -gicas , a las que pudieran acudi r j ó v e n e s que n o e n c u e n t r a n su p r imer e m p l e o ( sobre los que inc ide más el d e s e n c a n t o y la d e c e p c i ó n que el p r o b l e m a del h a m b r e ) , sin descar ta r , p o r supues to , la a t e n c i ó n a o t r o s pa rados .

C o m p o s i c i ó n .

A b o g a d o espec ia l i s ta en t e m a s l abo ra l e s ; e c o n o m i s t a e x p e r t o en coope ra t i vas ; e c o n o m i s t a ; p s i c ó l o g o ; c o o r d i n a d o r del G a b i n e t e .

Es tas personas o r i en t a r í an el G a b i n e t e en t emas c o n ­c r e t o s ; se r ían expe r t a s en los respec t ivos t e m a s . E n p r inc ip io , ha r í an su t r aba jo c o n c a r á c t e r vo lun ta r io . Al m i s m o t i e m p o , se b u s c a r í a n personas paradas , t i tu ladas , in te resadas en la m a t e r i a que se les e n c o m e n d a s e , que ser ían asesoradas p o r las an te r io res . Es tas r ec ib i r í an u n a r e t r i b u c i ó n e c o n ó m i c a " .

F i n a l m e n t e , en las iniciat ivas generadoras de e m p l e o , las diversas diócesis es tán a c t u a n d o a s í :

Huelva:

S e es tá a p o y a n d o a más de q u i n c e coopera t ivas c o n alre­dedor de 1 2 0 s o c i o s . S o n coopera t ivas de t r aba jo a s o c i a d o , del c a m p o , de mar i scadores . E s t a ú l t i m a , de s iete pe rsonas que en

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un pr inc ip io se benef i c i aban y t raba jaban dos o tres meses al

a ñ o , ahora , m e d i a n t e el a p o y o de Caritas, se bene f i c i an 720

y pueden t raba jar has t a diez meses al a ñ o .

Jerez:

S e han c r eado coopera t ivas de c o n f e c c i ó n , de m o n t a j e

e l é c t r i c o , de ca rp in t e r í a , del c a m p o , de artes gráf icas , e t c .

S o n a l rededor de 60 los s o c i o s .

Barcelona:

S e ha a p o y a d o a coopera t ivas de l impieza y man ten i ­

m i e n t o ; u n a escue la de fo rmac ión de aprendices ; además , se

h a desar ro l lado un curs i l lo de c o o p e r a t i v i s m o .

León:

S e c o m e n z ó u n a coope ra t i va de c h a p u c e r o s , pe ro f racasó .

A h o r a se es tán q u e m a n d o las fuerzas en la f o r m a c i ó n . Desde

Caritas D i o c e s a n a : desarrol lo rural, coopera t ivas de riego y

r e m o l a c h a .

Mallorca:

F u n c i o n a u n a c o o p e r a t i v a c o m p u e s t a p o r inmigran tes .

Caritas es tá p r o m o c i o n a n d o una ; la pa r roqu ia agrupa a gen te

para la coope ra t i va : de l impieza de loca le s .

V aliad olid:

Caritas D i o c e s a n a , en c o l a b o r a c i ó n c o n el Min is te r io de

T r a b a j o , ayuda y asesora a personas que quieran cons t i tu i r se

en c o o p e r a t i v a , y a coopera t ivas fo rmadas .

1 2 4

S e a p o y a a u n a c o o p e r a t i v a de enseñanza y a o t r a de tra­

b a j o a s o c i a d o . U n a fábr ica de fundic ión que dio en qu ieb ra ,

2 7 t rabajadores la van s acando ade lan te m e d i a n t e la c o l a b o ­

rac ión de Caritas.

E n un a ñ o , se han c r e a d o un t o t a l de 7 5 pues tos de tra­

b a j o .

Almería:

S e es tá ges tando la p u e s t a en m a r c h a de u n a c o o p e r a ­

tiva fo rmada p o r g i tanos pa ra la c o n f e c c i ó n de ces tas de m i m ­

b r e . D e m o m e n t o hay gran e n t u s i a s m o . T a m b i é n se es tá apo­

y a n d o para c rea r u n a c o o p e r a t i v a de c o n f e c c i ó n .

Madrid:

A través de la S u b c o m i s i ó n de C o o p e r a t i v i s m o , se han

dado cursi l los de f o r m a c i ó n c o o p e r a t i v a en varias V i c a r í a s ; se

h a asesorado a varios grupos y se h a p u e s t o en f u n c i o n a m i e n t o

la coope ra t i va de t r aba jo a s o c i a d o " A R T E M A " , en L o e c h e s

( V i c a r í a de A l c a l á de H e n a r e s ) , c o n 1 4 s o c i o s .

1 2 5

. . . D E C A R A A L F U T U R O

E n las "Pr imeras J o r n a d a s de I n t e r c a m b i o de E x p e r i e n c i a s

y P rogramas de L u c h a c o n t r a el P a r o " ( 2 6 - 2 8 de m a r z o , 1 9 8 2 ) ,

se h i z o un análisis sobre la c o m p o s i c i ó n de las C o m i s i o n e s , los

aspec tos que han de evitar y aquel los en los que se debe insist ir

m á s . S e t r a tó t a m b i é n de los d is t in tos c a m p o s de t r aba jo y de

c ó m o deb ían ac tua r las C o m i s i o n e s , de cara al fu turo . R e c o ­

gemos a q u í las op in iones de los grupos que , pues tas en c o m ú n

y d iscut idas , quedaron c o m o conc lus iones o pistas a t ene r en

c u e n t a hac i a el futuro (c f r . dossier , a m u l t i c o p i s t a . Caritas

E s p a ñ o l a ) .

1. C o m p o s i c i ó n de las C o m i s i o n e s de lucha c o n t r a el paro

— Q u e la C o m i s i ó n surja después de un p e r í o d o de re­

flexión y m e n t a l i z a c i ó n .

— Q u e sea una a c c i ó n de la Iglesia D i o c e s a n a , donde

Caritas pa r t i c ipe c o m o un m i e m b r o más . S i nadie t o m a la

in ic ia t iva , que sea Caritas la que c o n v o q u e .

— L a C o m i s i ó n h a de es tar ab ie r t a a:

. gen te de base que vive el p r o b l e m a ;

. j ó v e n e s , muje res . . . ;

. c o m u n i d a d e s cr is t ianas de ba se ;

dis t intas zonas pas tora les , j e r a r q u í a y c l e r o ;

1 2 6

. d i ferentes grupos de pa rados ;

. t é c n i c o s ( a b o g a d o s , e c o n o m i s t a s , s o c i ó l o g o s , e t c . ) ;

. a soc i ac iones en genera l ;

. i n s t i t uc iones eclesia les ( J u s t i c i a y Paz , H O A C , J O C , e t c . ) y n o ecles ia les ( a y u n t a m i e n t o s , dipu­t a c i o n e s , e t c . ) .

— E n def ini t iva , la han de fo rmar personas in teresadas en la p r o b l e m á t i c a del p a r o , c o n v o c a c i ó n de l u c h a en defensa de la clase o b re r a .

— Caritas D i o c e s a n a debe fac i l i ta r m e d i o s , n o capi ta l izar l a a c c i ó n . Aque l las Caritas que puedan dedicar u n a p e r s o n a pa ra c o o r d i n a r es te p r o b l e m a , l o deben h a c e r y a ded icac ión exc lus iva .

— E n algunas diócesis puede ser pos i t ivo que la C o m i s i ó n n o l leve el n o m b r e de Caritas o de Igles ia .

— Q u é deben evitar las Comisiones:

. la improv i sac ión y las falsas esperanzas ( p r o m e s a s ) ;

. e m p e z a r r e c a b a n d o d ine ro ;

. la dupl ic idad de a c c i o n e s y la d e s c o n e x i ó n de ini­ciat ivas ;

. el e x c e s i v o o p t i m i s m o ( u t o p i a o i d e a l i s m o ) ;

. los in tereses persona les o de g rupo ;

1 2 7

. c o a r t a r la l ibe r tad de m o v i m i e n t o ;

. la desorganizac ión y fal ta de p l an i f i cac ión ;

. la man ipu lac ión y p r o t a g o n i s m o de par t idos po l í ­t i c o s , cen t ra les s indica les , Igles ia . . . ;

. el pa t e rna l i smo y el t r iun fa l i smo;

. el e n f r e n t a m i e n t o en t re a soc iac iones obreras o la desca l i f icac ión p o r desconf i anza ;

. el acaparar e s t a a c c i ó n , aunque p o r ahora deban rea­l izar m u c h a l a b o r de sup lenc ia .

— E n qué deben insistir más las Comisiones:

. en un m a y o r c o n t a c t o c o n los pa rados ; que el los se conv ie r t an en p ro tagon i s t a s ; p r o m o v e r y a p o y a r la au too rgan izac ión de los pa rados ;

. en f o m e n t a r la c o o r d i n a c i ó n a nivel es ta ta l de t o d o l o r e l ac ionado c o n el pa ro (sin p r o t a g o n i s m o s ) ;

. en men ta l i za r y denunc ia r p r o f é t i c a m e n t e a par t i r de la fidelidad al Evange l io de J e s ú s ;

. en p o t e n c i a r el espí r i tu de sol idar idad en todos los niveles y d imens iones ; dar a c o n o c e r l o s t e s t imon ios de sol idar idad;

. en la fo rmac ión cul tura l y h u m a n a , a través de pro­gramas e s p e c í f i c o s ;

1 2 8

. en la b ú s q u e d a de nuevas a c c i o n e s y salidas asocia­t ivas;

. en la i n t e r c o m u n i c a c i ó n de in ic ia t ivas , s egu imien to y c o n s t a n c i a de las m i s m a s ;

. en t ene r c l a ro a qué m o d e l o de soc iedad asp i ramos y t o m a r c o n c i e n c i a que es u n p r o b l e m a de t o d o s , n o de unos p o c o s ;

. en la c o n c i e n c i a c i ó n en la sol idar idad del n o p a r a d o ;

. en la u t i l i zac ión de los fondos es t a t a l e s ;

. en insist ir pa ra que los pa r t idos asuman sus responsa­bi l idades g loba les ;

. en que el subs id io de d e s e m p l e o l legue a t odos y n o es té l igado a la Segur idad S o c i a l .

2 . C ó m o deben ac tua r en el fu turo

a) En lo asistencia!:

— Q u e al pa rado se le t ra te c o m o p e r s o n a ; que se le asegure el m í n i m o para cubr i r sus neces idades vi tales y bás icas .

— C r e a c i ó n , f o m e n t o y desarrol lo de c e n t r o s cul tura les y de f o r m a c i ó n ; escuelas para adu l tos .

— Q u e la gente se imp l ique más a través de la descent ra ­l i zac ión y a c c i o n e s sol idar ias .

1 2 9

b ) En la mentalización:

— T e n e r c la ro qué soc iedad b u s c a m o s .

— Cues t iona r la soc iedad ac tua l , b u s c a n d o las ra íces in­

jus ta s que p r o d u c e n el p a r o .

— D e n u n c i a r los casos más sangrantes .

— C o n t a r c o n recursos h u m a n o s y e c o n ó m i c o s n e c e ­

sar ios .

— Dirigirse a:

. los a f ec t ados ;

. la soc iedad en genera l ;

. los c r e y e n t e s , para susci tar una respues ta .

— Medios a ut i l izar : prensa , r ad io , te levis ión, diaposi t ivas,

pe l í cu l a s , char las , mesas redondas , oc tavi l las , fo l le tos y mate r ia l

d iverso.

— D a r a c o n o c e r las exper ienc ias de t r aba jo a soc iado

(coopera t ivas que f u n c i o n a n ) .

— Que en las campañas se p ropongan salidas a l ternat ivas

y viables .

— Q u e en las mismas se in fo rme de las pos ibi l idades de la

A d m i n i s t r a c i ó n .

1 3 0

c ) En la formación:

— Procura r elevar el nivel C U L T U R A L : u n a cu l tu ra rea­

l is ta y popu la r ; cu l tu ra que ayude a organizarse : c rea r con ­

c i e n c i a de o rgan izac ión que a p r o x i m e al c o n o c i m i e n t o del

m o v i m i e n t o o b r e r o : sus va lo res , sus c o n q u i s t a s h i s t ó r i ca s ;

descubr i r el s i s t ema en el que e s t a m o s , c o n sus ent res i jos e

injust ic ias e s t ruc tu ra les .

— B u s c a r s i s temas educa t ivos que a y u d e n a q u e , los que

t ienen la neces idad , vayan t o m a n d o responsabi l idades .

— Averiguar o t ros s is temas de enseñanza más enra izados

en su m e d i o : c o m p a g i n a n d o t r aba jo y e s tud io .

— E d u c a r para el p r o t a g o n i s m o de los in te resados : que

n o esperen que los demás les van a regalar un p u e s t o de t r aba jo .

— Segui r p r o c e d i m i e n t o s que les den a c o n o c e r los m e ­

dios que pueden ayudar les , p o r e j e m p l o : p u b l i c a c i o n e s que

r eco j an y resuman las pos ib i l idades legales e x i s t e n t e s .

— Ponerse en r e l ac ión —cuando sea posible— c o n los orga­

n i smos of ic ia les y ap rovecha r los cursos y cursi l los t é c n i c o s que

ayuden a m e j o r a r la s i t uac ión , p o r e j e m p l o : cursos del P P O , de

f o r m a c i ó n p ro fes iona l .

— Procu ra r ir e d u c a n d o en la sol idar idad a t o d a la so­

c i edad .

— S e r e c o n o c e que los ob je t ivos son a m e d i o y largo

p l a z o ; se insiste en que h a y que e m p e z a r p o r a lgo c o n c r e t o .

1 3 1

d) En la asesoría:

— E s t a se cons ide ra c o m o algo i m p o r t a n t e e impres­

c ind ib l e .

— De ca ra a la c r e a c i ó n de coope ra t ivas , t o t a l m e n t e n e c e ­

saria; sobre t o d o , de ca ra a coopera t ivas de t r aba jo a soc i ado .

— D e b e ser a t odos los niveles:

. t é c n i c a - e c o n ó m i c a ;

. p s i co lóg ica - h u m a n a ;

. j u r í d i c a ;

. e t c é t e r a .

— S e r e c o m i e n d a que sean profes iona les —cada u n o en su

rama—, los que asuman es ta func ión asesora .

e ) En la oferta y demanda de trabajo:

— C o n o c e r todas las medidas de p o l í t i c a de e m p l e o , y

divulgarlas.

— Es t imu la r al in te resado o pa rado a busca r t r aba jo .

— C o n o c e r , adecuar y encauza r las demandas y o fe r tas .

— Q u e , p e r i ó d i c a m e n t e , Caritas E s p a ñ o l a in fo rme sobre

t o d o lo re fe ren te al e m p l e o .

1 3 2

f) En las iniciativas de empleo:

— Pres ionar pa ra que la L e y de E m p l e o y el A N E se

c u m p l a n . Q u e las leyes se agi l icen y favorezcan el e m p l e o .

Q u e el seguro de d e s e m p l e o l legue a t o d o s .

— A p o y a r a grupos p e q u e ñ o s , p o r e j e m p l o : a a r t e sanos ,

e t c é t e r a , para que puedan t ene r u n a sal ida.

— I n f o r m a c i ó n de los fondos que a n u a l m e n t e quedan sin

repar t i r .

F i n a l m e n t e , a nivel i nd ica t ivo , p r e s e n t a m o s la p rograma­

c i ó n inicial ( f eb re ro de 1 9 8 1 ) y el i n f o r m e que se e l a b o r ó para

las "Pr imeras J o r n a d a s de I n t e r c a m b i o de E x p e r i e n c i a s y Pro­

gramas de L u c h a c o n t r a el P a r o " .

C O M I S I Ó N D I O C E S A N A D E L U C H A C O N T R A E L P A R O

( H U E L V A )

1. Origen y c o m p o s i c i ó n

" R e c o g i e n d o u n o de los p rogramas de la ú l t i m a a samblea

de Caritas E s p a ñ o l a y el t r aba jo que desde h a c e m e d i o a ñ o

es tá rea l izando Caritas de A n d a l u c í a , r e sumimos unas ideas

sobre en qué puede cons i s t i r e s t a C o m i s i ó n , en c u a n t o a c o n t e ­

n ido e ideas que la impu l san .

— C r e a c i ó n de la C o m i s i ó n ' L u c h a c o n t r a el P a r o ' , en

la que es té Caritas, n o c o m o p r o t a g o n i s t a en a b s o l u t o p e r o s í

1 3 3

subs id ia r i amente , c o m o p r o b l e m a m u y grave que a f e c t a a los h o m b r e s ; e l e c c i ó n del n o m b r e , personas y ent idades que la f o r m e n ; y que t o d a su a c c i ó n signif ique u n a ayuda real a los parados y n o u n a ins tanc ia b u r o c r á t i c a más .

- M E N T A L I Z A C I Ó N , d i fundiendo la p r o b l e m á t i c a en char las , c o l o q u i o s , mesas redondas , ruedas de prensa , audio­visual de Caritas de A n d a l u c í a , dir igido al p ú b l i c o en general y a grupos e s p e c í f i c o s .

- I N F O R M A C I Ó N , A S E S O R Í A Y F O R M A C I Ó N , desde la p lura l idad socia l del p a r o , c o n o c i m i e n t o e x a c t o del m i s m o en nues t ra p rov inc ia , b o l e t í n i n f o r m a t i v o , c o m u n i c a c i o n e s t e c n o l ó g i c a s , neces idad de u n a f o r m a c i ó n c o n t i n u a , a p o y a n d o inicia t ivas de organismos sociales para el rec ic la je del t r aba jador pa r ad o , ' l is ta ú n i c a ' de casos graves de personas y familias en pa ro que viven las s i tuac iones más graves ( fami l ia n u m e r o s a , e t c é t e r a ) .

- P R O M O C I Ó N Y D E N U N C I A , a p o y a n d o , p r o m o ­v iendo y f o m e n t a n d o iniciat ivas dirigidas a pal iar el pa ro y / o c r ea r pues tos de t r aba jo .

D e n u n c i a , c o n c o n o c i m i e n t o de causa , de s i tuac iones c o n c r e t a s de abuso de horas ex t raord inar ias , de p l u r i e m p l e o , de malversac ión de fondos of ic ia les , de la n o ap l i cac ión o rea­l i zac ión en p lazos y c u a n t í a de los p rogramas de urgenc ia ( P Ú A , zonas p re fe ren te s , zonas de emergenc i a . . . ) .

- C O O R D I N A C I Ó N , a in ic ia t iva p rop ia o a so l i c i tud de o t r o s grupos, de acc iones de sol idar idad c o n grupos de parados (o rgan izados ) , c o n cr i s t ianos p r e o c u p a d o s p o r el t e m a , c o n c o m i s i o n e s y grupos del E s t a d o in te resados , c o n gente en general . . .

1 3 4

- C R E A C I Ó N Y P R O M O C I Ó N D E G R U P O S D E C O O ­

P E R A T I V A S en la fase in ic ia l , h a s t a que se puedan acoger a

ayudas of ic ia les .

- B O L S A S D E T R A B A J O , o f e r t a y d e m a n d a , ges t ionar

t raba jos que se generen desde los bar r ios o en zonas donde se

den más parados . . .

- O B T E N C I Ó N D E R E C U R S O S , c a m p a ñ a s , m e t a l i z a ­

c i ó n de u n a a u t é n t i c a c o m u n i c a c i ó n c r i s t i ana de b i enes , c am­

p a ñ a c o m o la rea l izada en Huelva , de la E X T R A - N A V I D A D -

P A R O , en la que se h a r ecog ido un mi l l ón largo pa ra ayudar

a p r o m o v e r pues tos de t r aba jo . . .

2 . I n f o r m e , después de q u i n c e m e s e s

a ) L a C o m i s i ó n ' L u c h a c o n t r a el P a r o ' , de Huelva , se

in i c ió en Huelva cap i t a l , en d i c i embre de 1 9 8 0 .

E l grupo lo fo rmaron i n i c i a lmen te unas doce personas,

en t re las que se e n c u e n t r a n el d i r e c t o r de Caritas D i o c e s a n a

y la as is tente socia l de la m i s m a ; el r e s to del g rupo p r o c e d í a

de curs i l los : u n a p ro fe so ra de c e n t r o p r ivado , re lac iones c o n

j u v e n t u d ; un t é c n i c o super ior , func iona r io , r e l a c ionado c o n

marg inac ión y f o r m a c i ó n p r e m a t r i m o n i a l ; u n a A . T . S . , c o l a b o ­

radora de Caritas en m a r g i n a c i ó n ; u n a e m p l e a d a , c r i s t i ana ,

p r e o c u p a d a fue r t emen te p o r inqu ie t a r a la b a s e ; u n a a m a de

casa , c o n m a r i d o en p a r o ; u n a b o g a d o , f unc iona r io , asesor de

coope ra t i va s ; dos p ro fesores de co l eg io p r ivado , t r aba j ando c o n

j u v e n t u d y t i e m p o l i b r e - fo rmac ión ; un sace rdo te de un p u e b l o

de la c o s t a c o n pa ro a g r í c o l a y m a r i n o .

1 3 5

P o s t e r i o r m e n t e , se han i n c o r p o r a d o algunos m á s ; en t re

e l los , un e c o n o m i s t a para la a seso r í a ; un sace rdo te de un bar r io

de la cap i t a l ; o t ros más de p u e b l o s , que llevan grupos de para­

dos ; y algún c o l a b o r a d o r de la D i o c e s a n a .

b ) L o s objetivos y el programa inicial fueron:

— Conso l ida r el e q u i p o .

— T r a t a r de e n c o n t r a r la ayuda t é c n i c a y c o l a b o r a d o r a .

E s t o se ha consegu ido c o n la i n c o r p o r a c i ó n de un abogado y

un e c o n o m i s t a , y t a m b i é n c o n la c o l a b o r a c i ó n 'a t í t u l o per­

sona l ' de algunos funcionar ios r e lac ionados c o n el t e m a . ' A

Car i t as ' , en es te t r aba jo , ' la apoyan t o t a l m e n t e ' , p o r e j e m p l o :

I N E M , C á m a r a de C o m e r c i o , datos de paro . . .

— Ir c o n o c i e n d o el P A R O y qué son , c ó m o se fo rman y

l levan las C O O P E R A T I V A S .

— Hace r las c a m p a ñ a s . P r i m e r o , para o b t e n e r recursos ;

segundo , para ir dando a c o n o c e r la p r o b l e m á t i c a del pa ro ,

desde Car i tas .

— Ir d e t e c t a n d o los grupos ex i s t en te s de parados que

quis ieran cons t i tu i r coopera t ivas y neces i tasen ayuda t é c n i c a

y / o e c o n ó m i c a .

— L o s medios utilizados fueron los no rmales en cual­

qu ie r c a m p a ñ a ; en c u a n t o a los med ios de c o m u n i c a c i ó n :

ca r t a s , en t revis tas , cuñas , mater ia l de Cari tas R e g i o n a l ( ca r t e l ,

f o l l e t o , audiovisual , t r í p t i c o , V í a Cruc i s , a r t í cu lo s de fondo

de Cari tas D i o c e s a n a de Granada , s logans. . . ) re la t ivo , sobre

1 3 6

t o d o , a las c ampañas . T a m b i é n o t r o mate r i a l t é c n i c o y hu­

m a n o fac i l i t ado , en p a r t e , p o r Caritas E s p a ñ o l a .

— Las experiencias concretas que h e m o s in ic i ado pueden

resumirse en :

. rea l izac ión de c a m p a ñ a s pe r iód i cas ;

. r eun iones c o n grupos , pa ra difundir el t r aba jo de

la C o m i s i ó n ;

. ent revis tas pe r sona les , individuales , c o n organ ismos

of ic ia les ;

. a p o y o a grupos que han so l i c i t ado a y u d a ;

. s egu imien to de a lgunos g rupos ;

. i n t r o d u c c i ó n de i nqu i e tud en t re los pa rados , pa ra

asoc ia r se .

c ) Características sobresalientes:

— Las dificultades son grandes . E x i s t e n a varios n iveles :

. p o r par te del vo lun t a r i ado , l im i t ac ión lóg ica de

t i e m p o ; q u e r e m o s que se i n c o r p o r e más g e n t e ,

p o r q u e es m u c h o t r aba jo pa ra tan p o c a s pe r sonas ;

. p o r la as i s ten te soc ia l de la D i o c e s a n a ; n o puede

dedicarse í n t e g r a m e n t e a es te t r a b a j o ;

1 3 7

. p o r la neces idad de irnos espec ia l i zando sobre la

m a r c h a en c u a n t o a: qué es el p a r o ; qué respues ta

c r e e m o s debe darse desde Caritas;

. n o e n c o n t r a m o s en los grupos de base el animador

n e c e s a r i o que sea puen te c o n la D i o c e s a n a y la C o ­

m i s i ó n ;

. n o hay a p o y o en las pa r roqu ias ;

. gran responsabi l idad en c u a n t o a c o m b i n a r : madurez

del grupo a que se ayuda , e f i cac ia de esa ayuda ,

ayuda que se ha dado de personas que han real izado

un esfuerzo grande; t o d o e s to ' f rena ' , a veces .

Es tas dif icul tades se superan c o n el roda je , c o n la exper ien­

c ia y c o n irse m e t i e n d o cada vez más en la p r o b l e m á t i c a del

p a r a d o .

— Valores que h e m o s visto en el t r aba jo :

L a permanencia del grupo responsab le , que es la m i t a d del

que fo rma la C o m i s i ó n . Las reuniones son semana les , desde hace

y a a ñ o y m e d i o . S o n con t inuas las salidas a grupos , co leg ios ,

a s o c i a c i o n e s , parados , y a sea para men ta l i za r c o m o para c o n o c e r

y seguir a los grupos de coopera t iv i s t a s .

N o nos guía ningún p r o t a g o n i s m o . D e r e c h a z o , nos llegan

resul tados del t r aba jo . S e van a c e r c a n d o y vamos l legando a

más p á r r o c o s , au t én t i cos an imadores h o y , impresc ind ib les

c o m o encargados de la futura coope ra t i va , has ta que dejan a

a lguien.

1 3 8

Nos están llamando de asociaciones de vecinos; algunos parados se unieron temporalmente a la Comisión.

d) Incidencia de la acción:

Se trata de llegar a toda la provincia. De hecho se llega más en la capital y en algunos pueblos de la provincia, relacio­nados directamente con proyectos de ayuda.

— Con los parados hemos llegado a través de algunas reuniones en barrios de alto paro.

— Se ha conectado con el equipo del Ministerio de Tra­bajo que apoya a las cooperativas (legalización y créditos), y se colabora.

— Estamos colaborando también con personas muy dedicadas al cooperativismo en la provincia.

Desde la Iglesia, contando con el apoyo claro del señor obispo, no tenemos, sin embargo, la ayuda debida. Pensamos que es tal el problema, que a este esfuerzo de Caritas debieran unirse hoy todos los grupos de la diócesis, ya sean formativos, de acción o de tradición.

Se está llegando a los centros educativos, para enfocar el problema y sus soluciones desde la base.

e) Momento actual Perspectivas:

La Comisión, con una cierta experiencia ya, habiendo acu­dido a varias reuniones regionales relacionadas con el trabajo

1 3 9

y t en i endo y a en a p o y o los grupos de: c a rp in t e r í a m e t á l i c a

(Pun ta U m b r í a ) ; mar i scadores (Is la C a n e l a ) ; e x p l o t a c i ó n c o m u ­

ni tar ia de la t ierra (Isla C a n e l a ) ; cue ro y pol ipie l (Manzan i l l a ) ;

f o r m a c i ó n y e m p l e o de j ó v e n e s (Huelva c a p i t a l ) ; coope ra t i va

de j u g u e t e s ; en es tudio y a p o y o : varias t ex t i l es nuevas; varias

t ex t i l e s en crisis (en es tud io o s o n d e o provinc ia l sobre el t e m a ) ;

c o o p e r a t i v a de l i cenc iados -maes t ros ; o t r a de minusvá l idos .

Mentalización h ac i a la Iglesia y hac ia t o d o s , med ian t e

c a m p a ñ a s , reuniones . . . m u y necesar ias , y a p o y o e c o n ó m i c o a

t o d o lo que signif ique elevar el nivel de formación.

f) Evaluación del proceso:

C o n t e m p l a d o en el c o n t e x t o de una diócesis d o m i n a d a

p o r la apa t í a de u n a p rov inc ia colonizada —antes p o r los feni­

c i o s , luego p o r los ingleses, h o y p o r el capi ta l nac iona l e inter­

nacional—, el m e r o h e c h o de que ex i s t a una C o m i s i ó n c o n t r a

el pa ro nos l levar ía a una evaluación pos i t iva , a pesar del c o r t o

b a l a n c e de resul tados que , p o r el m o m e n t o , p o d e m o s p resen ta r .

A favor de una evaluac ión de ese s igno es tá u n a pos ib i l idad de

c o n c r e t a r la a c t u a c i ó n del equ ipo en la a y u d a , a u n a m e d i a

d o c e n a larga de grupos de h o m b r e s y mujeres que es tán en con­

t a c t o c o n n o s o t r o s .

Pero d e b e m o s c o n t e m p l a r , aunque sea para aprender , la

o t r a ca ra de la m o n e d a y c i t a r lo que n o ha s ido tan b u e n o :

— L a escasa cap t ac ión de c o l a b o r a d o r e s , al m e n o s que

puedan dedicar c i e r t o t i e m p o a la C o m i s i ó n .

— L a reduc ida respues ta de la Iglesia , t a n t o del c l e ro

c o m o de las o rgan izac iones . No o b s t a n t e , p r á c t i c a m e n t e todas

1 4 0

las actuaciones que se han hecho y que se preparan están apo­yadas por los sacerdotes.

— La necesidad de compartir el tiempo que pueden dedicar bastantes de los miembros de la Comisión a los queha­ceres apostólicos, dada la escasez de seglares activos de la diócesis.

Como aciertos podrían señalarse:

— Abrir la acción hacia la formación de jóvenes, cuyo futuro, de no remediarse, es bastante pesimista, a fin de capaci­tarles laboral y socialmente.

— No cejar en el envío de propaganda, tanto al clero y organizaciones como a particulares. Quizás así consigamos, aunque lentamente, interesar a más gente.

En cuanto a errores, quizás pueden señalarse:

— Una cierta ingenuidad al otorgar ayudas con pocas exigencias, lo cual es malo para los ayudados y para terceros, que no pueden serlo.

— No haber hecho más captación directa de colabora­dores. Una cierta discontinuidad en la forma de colaborar de los voluntarios que ya estamos, por más que en parte sea inevi­table.

Aunque no es un error, sino una limitación, cabe señalar que falta un programa que, siendo asequible al grupo, permita multiplicar la eficacia de nuestra actuación. Quizás pueda realizarse este año con la experiencia habida.

1 4 1

Un p u n t o de c i e r t o o p t i m i s m o lo da el que en algunos pueb los h a y a m o s sido l lamados p o r a soc i ac iones de vec inos . A u n q u e luego las reun iones habidas tengan as i s tenc ia redu­c ida , se pe r c ibe in terés en los c o l o q u i o s , p a r t i e n d o del m o n ­taje audiovisual de Caritas de A n d a l u c í a " .

B I B L I O G R A F I A

Responsable de la Sección:

Raimundo Rincón

NOTA INTRODUCTORIA. En el número anterior de CORINTIOS XIII

hemos publicado la bibliografía de Juan Pablo II y sobre Juan Pablo II

a que pueden tener fácil acceso nuestros lectores. Aquí reseñamos y

ampliamos simplemente la que hace referencia a la encíclica "Laborem

exercens" promulgada el 14 de septiembre de 1981.

1. El texto de la encíclica.

Señalamos las ediciones más conocidas:

— Laborem exercens. El trabajo humano. Carta encíclica de

S.S. Juan Pablo II. Ed. Paulinas, Madrid 1981, 78 pp.

— Laborem exercens. Carta encíclica de S.S. Juan Pablo II. PPC

(Colección "Documentos y Estudios", n. 74) , Madrid 1981.

— Carta encíclica Laborem exercens. Ed. Acción Católica Espa­ñola, Madrid 1981, 62 pp.

2. Números monográficos de Revistas.

SAL TERRAE, "Laborem exercens". Buscar alternativas al capitalismo

y al colectivismo, vol. 70 (1981 /1 ) .

Al dedicar este monográfico a la encíclica, la Redacción deja

1 4 4

bien patentes sus propósitos: es tanto como intentar que su

pensamiento no muera; significa querer "apostar por ella, por su

lectura cristiana y por sus traducciones socio-económicas", con

la mirada y la esperanza puestas en la creación de un "nuevo

orden internacional", elemento indispensable para el alumbra­

miento de una humanidad nueva.

1) En un primer artículo cuyo título es clarificador, La encí­

clica "Laborem exercens": ¿continuidad o profunda novedad?,

J . GOROSQUIETA analiza ante todo la continuidad de L.E. con

el magisterio social de otros papas, del concilio Vaticano II y del

propio Juan Pablo II.

A juicio del autor, esta continuidad con el pensamiento social

del magisterio jerárquico puede ponerse de manifiesto, en razón

de limitaciones de espacio, a propósito de dos conceptos funda­

mentales, el capitalismo y el trabajo. No hay que sorprenderse

de ello, porque el mismo Romano Pontífice tiene especial

interés en subrayar este dato en los párrafos iniciales del docu­

mento (n. 2).

Con respecto a las anteriores enseñanzas de Juan Pablo II, el

articulista destaca una "completa continuidad y coherencia doc­

trinal" en los temas importantes abordados en la encíclica: la

misión de la iglesia, que no es técnica pero sí ética; la dignidad

de la persona humana a cuyo servicio se encuentra el trabajo;

los derechos humanos en cuyo contexto hay que encuadrar los

que brotan del trabajo; por último, el que viene a ser el prin­

cipio fundamental en el tema del trabajo: el capital está en

función del trabajo y no el trabajo en función del capital.

En lo que concierne a la novedad de L.E. sobre el magisterio

anterior eclesiástico, se insiste en las dos más importantes. La

1 4 5

primera la constituye el hecho de que toda la encíclica se estruc­ture sobre el concepto y la realidad del trabajo, con lo que el documento adquiere originalidad, soüdez y coherencia. La segunda, de gran alcance, radica en el dato de que, por primera vez, se contempla una posible evolución desde el colectivismo de estado a la socialización. En el contexto del magisterio de Juan Pablo II, la originalidad de L.E. es que se trata de tod. una encí­clica dedicada al trabajo humano. Precisamente por esta razón no es un texto para ser leído deprisa, porque "se parece a esas sinfonías en que los temas principales recurren una y otra vez, enriquecidos y con diferentes matizaciones, o a los círculos concéntricos que forma una piedra arrojada a las aguas de un lago tranquilo".

2) F. URBINA, por su parte, estructura su colaboración en torno a este contenido: La "dignidad del hombre" en el centro. Consecuencias económico-so cíales. El autor comienza por ana­lizar el concepto de dignidad de la persona humana en la tradi­ción reciente del magisterio. En un segundo momento, explica que justamente el tema fundamental de L.E. es la dignidad de la persona humana, tema formulado no en categorías abs­tractas y estáticas, sino concretas y dinámicas, en relación fundamental con el trabajo humano; pues bien, del concepto concreto, dinámico, existencial y social, de base teológica pero de gran contenido antropológico, de la dignidad de la persona humana deriva el papa las determinaciones sociales y jurídicas del trabajador.

Como claves para la lectura y comprensión de este núcleo funda­mental de L.E. , Urbina se entretiene en exponer estas dos: una teológica, anclada en la antropología de la creación mediada por Cristo y la iglesia; la segunda sería la fundamentación propia­mente antropológica, enraizada en el análisis fenomenológico directo de la acción humana.

1 4 6

La conclusión de la lectura del documento, en palabras del

articulista: según la encíclica, "el sistema más coherente con

los principios tradicionales del humanismo cristiano sería un

sistema de economía mixta, fuertemente socializada, pero no

burocráticamente centralizada? con ampüa y prioritaria parti­

cipación de los trabajadores. Creemos que encontraría su más

aproximada ubicación en el marco de un socialismo democrá­

tico de economía mixta..., con amplia participación de los

trabajadores y en marcha hacia la autogestión".

3) Para mostrar que los planteamientos de la encíclica consti­

tuyen una respuesta válida y actual a los problemas reales y

actuales de los trabajadores, J . DOMÍNGUEZ, de la redacción

de "Noticias Obreras", ha escrito un trabajo interesante: Hom­

bre y trabajo: el personalismo ético, principio de toda crítica.

¿Convergencia con la "nueva izquierda*'? Dada la brevedad del

mismo, la comparación se ciñe a poner de relieve las coinciden­

cias y convergencias de L.E. con la obra de A. GORZ, titulada

Adiós al proletariado (Más allá del Socialismo).

La comparación se sintetiza en tres bloques: "el personalismo

como principio ético fundamental para criticar los sistemas

capitalista y colectivista, y para articular una alternativa supera-

dora de ambos; la misma valoración crítica de las coincidencias

objetivas del trabajo humano, tanto en las sociedades capitalistas

como en las colectivistas; la superación del capitalismo y del

colectivismo actuales, que implican los principios éticos des­

arrollados" en ambos textos.

4) En un breve ensayo, cuyo título es ¿Hay alternativas al

capitalismo y al colectivismo?, M. GARCÍA parte de la afirma­

ción de Juan Pablo II: justo sólo "puede ser aquel sistema de

trabajo que en su raíz supera la antinomia entre trabajo y

1 4 7

capital" (L.E. 13, 1). Al hilo de la encíclica, el autor analiza la

antinomia y la posibilidad de su superación. Para concluir la

afirmación, tal vez un poco simplificadora, de que "sólo es justa

aquella propiedad y sólo es justo aquel sistema de propiedad

(y de trabajo) en que coinciden —al menos vitalmente - el sujeto

del trabajo con el sujeto de la propiedad y de la posesión".

¿Puede sostenerse, pues, que la encíclica apunta hacia un sis­

tema autogestión ario? Esta lectura no puede excluirse, sino que

más bien se insinúa la necesidad de caminar hacia dicho sistema

desde las posiciones tanto de los países capitalistas como de los

países colectivistas. Debe quedar bien claro, no obstante, que el

documento pontificio no pretende dilucidar esta cuestión.

5) Desde un título muy sugerente, El empresario indirecto:

¿quién es?, ¿cuál es su misión y responsabilidad?, G. HIGUERA

estudia uno de los aspectos menos destacados de L.E. Para él,

empresario indirecto por excelencia es la propia sociedad, el

estado y, si se prefiere, el gestor o gestores del bien común; pero

también los organismos internacionales más directamente rela­

cionados con el mundo del trabajo; por último, y por debajo de

cada estado, las asociaciones laborales verdaderamente libres y

representativas, tanto empresariales como obreras. Respecto a

la responsabilidad, se subraya y explica que la del "empresario

indirecto es distinta de la del empresario directo, pero sigue

siendo verdadera responsabilidad" (L .E . 17, 1).

En resumen, SAL TERRAE nos ofrece una lectura meditada

e interesante de la encíclica. Estamos ante un comentario que

nos parece muy próximo a nuestros suscriptores.

FOMENTO SOCIAL, Análisis de la encíclica Laborem exercens, núm. 146, vol. 36 (abril-junio 1982) . Edit. Fomento Social, Pablo Aranda, núm. 3, Madrid-6.

1 4 8

3. Artículos recomendados.

SECRETARIADOS SOCIALES DIOCESANOS DE PAMPLONA, BIL­

BAO, SAN SEBASTIAN Y VITORIA. Más allá del capitalismo

y del colectivismo estatal. Introducción a la encíclica de Juan

Pablo II "Laborem exercens", octubre de 1981 .

El texto se articula en torno a estas dos claves fundamentales:

la grata sorpresa doctrinal ocasionada por las aportaciones

originales de esta encíclica y el fuerte llamamiento de compro­

miso social que entraña.

Las aportaciones originales se consideran como el resultado de

la reformulación de la imagen bíblica y cristiana de la persona

humana a través de un diálogo crítico con la experiencia y cul­

tura socialista de los países del Este. Paradójicamente, este diá­

logo crítico da lugar a un re-encuentro más pleno con la autenti­

cidad fundamental del cristianismo y a una asimilación crítica

de los signos de los tiempos. De aquí la nueva filosofía y teo­

logía del trabajo: el trabajo es, ante todo y sobre todo, creati­

vidad a la vez que medio de realización personal. Por eso la

laboriosidad puede y debe ser concebida como una virtud, pero

una virtud desposada con el orden social del trabajo, a fin de

que el hombre pueda "hacerse más hombre" en el trabajo y no

degradarse a causa del trabajo.

Como consecuencia de la superioridad de las personas sobre las

cosas, el papa subraya la prioridad del trabajo sobre el capital.

A la luz de este principio ofrece una valoración crítica de las

dos grandes cosmovisiones o sistemas socio-económicos de

nuestro tiempo: el capitalismo y el colectivismo estatal.

En el ensayo se recoge la fuerte y profunda crítica de Juan

Pablo II al economicismo y materialismo capitalistas, indicando

1 4 9

a continuación la peculiaridad y diferencias de esta interpreta­ción con respecto a la que nos ofrece la teoría marxista. Con respecto a la valoración crítica del colectivismo estatal, se afirma que "no es necesariamente una crítica reaccionaria", puesto que parte de un dato de experiencia: en el seno de dicho sistema perdura, bajo formas diversas, el economicismo materia­lista. El materialismo marxista no puede, además, fundamentar una concepción de la persona como sujeto del trabajo y causa eficiente del proceso de producción, sino como resultado de las relaciones económicas de producción predominantes en una determinada época.

Después de esta valoración crítica, el documento presenta lo que tal vez constituya su aportación más original y que ha dado título a este ensayo: "más allá del capitalismo y del colecti­vismo estatal", Juan Pablo II indica la dirección en que puede hallarse una alternativa superadora de ambos sistemas. Por su­puesto, no se trata de una solución cristiana confesional ni de una tercera vía hipotética; tampoco propone una alternativa socio-económica de carácter secular. Nada más y nada menos ofrece una clave antropológica y ética: la prioridad del trabajo sobre el capital. Quien acepta esta clave se sitúa en la dirección acertada para encontrar una alternativa justa, aunque podrá llegar a modelos socio-económicos múltiples, dado que nece­sitan mediaciones humanas en forma de análisis socio-políticos y económicos. Ahora bien, sí está claro que, "partiendo de esa clave, no se pueden aceptar como soluciones válidas a los con­flictos socio-económicos de nuestra época el capitalismo, ni siquiera maquillado, o el colectivismo estatal, ni siquiera privado de sus dimensiones más sangrientas".

Pero no basta esta lectura "racional" de la encíclica. L.E. , "como cualquier reflexión eclesial inspirada en el evangelio de

1 5 0

Jesús de Nazaret, no busca primordialmente aumentar nuestra erudición, ayudarnos a saber más, sino que trata de impulsarnos a vivir de otra manera más evangélica, de guiarnos hacia la con­versión y el compromiso institucional y personal". Hoy estamos asistiendo en el mundo occidental a un retorno del liberalismo económico. En este contexto histórico, la iglesia y cada uno de nosotros tiene que aceptar el reto y comprometerse vivamente en la solución de los problemas concretos, en esta causa que la iglesia considera "como su misión, su servicio, como verificación de su fidelidad a Cristo, para poder ser verdaderamente la igle­sia de los pobres' " (L .E . 8, 6 ) .

De nuestro compromiso eclesial, personal y comunitario, de­pende, pues, que la encíclica se quede en simple texto teórico, apto para satisfacer la curiosidad de unos cuantos expertos, o llegue a ser un verdadero instrumento de salvación para el hombre de hoy.

GIMBERNAT ODEIG, J.A. , El significado sociopolttico de la encíclica sobre el trabajo de Juan Pablo II, en "Arbor" 90 ( 1 9 8 1 ) 255-265.

El autor empieza por exponer los elementos básicos de sustenta­ción de la llamada doctrina social de la iglesia, al menos en su forma divulgada por amplios sectores: 1) la propiedad privada de los medios de producción es un principio de derecho na­tural; 2) el modelo de sociedad apoyado por la iglesia católica es el de un neocapitalismo reformador; 3) los sistemas socio­económicos del llamado socialismo real no resultan aceptables para la conciencia católica; 4 ) la sociedad de clases y la lucha político-sindical son inducidas ideológicamente por partidos y sindicatos obreros, que son quienes asumen dicha lucha como método y estrategia de acción; 5) entre el capitalismo clásico y el socialismo real existe una tercera vía cristiana; 6) no existe, pues, base para un verdadero pluralismo político de los católicos

1 5 1

y para la legitimidad de una opción fuera de los postulados de

la economía de mercado.

A juicio de nuestro autor, L.E. descalifica todas estas tesis, a

unas de forma explícita e implícitamente a otras, como conclu­

sión de sus posiciones. Intenta verificar esta afirmación a través

de un breve estudio de las tesis fundamentales de la encíclica

que, según su entender, pueden sintetizarse así:

1. El principio de propiedad privada de los medios de produc­

ción no es de derecho natural.

2. El antagonismo capital-trabajo se halla presente con fre­

cuencia tanto en el sistema capitalista moderno como en los

países del socialismo real.

3. La primacía del valor del trabajo humano sobre el capital,

como instrumento de aquél, constituye la medida para

enjuiciar y reformar los dos sistemas socio-económicos

prioritarios.

4 . El pluralismo de los católicos se extiende hasta la opción de

los sistemas neocapitalista y socialista.

5. La solución del problema del desempleo no puede quedar a la

disposición de la libre iniciativa y a las leyes del mercado.

En la conclusión, Gimbernat añade dos observaciones: uno de

los elementos de la novedad de este documento pontificio está

correlacionado con la perspectiva de un papa que viene del

Este; el acento principal se pone en la proclamación de un valor

cristiano y humano, la prioridad del trabajo. De aquí el difícil

equilibrio que consigue la encíclica: "lograr que la palabra pro-

1 5 2

clamada, lejos de perderse en la abstracción, sea significativa

y eficaz, evitando al mismo tiempo la intromisión de la confe-

sionalización en espacios por naturaleza laicos".

CAMACHO, I., Desde dónde leer la "Laborem exercens", en "Proyec­

ción" 29 ( 1 9 8 2 / 2 ) 117-131.

Como se desprende del propio título, el autor desea ofrecer unas

pistas para orientar la lectura del documento. La más útil para

entender esta encíclica compleja, difícil y polémica es situarla

en el marco histórico de la doctrina social de la iglesia, para así

poder, en un segundo momento, descubrir sus puntos de conti­

nuidad y sus novedades. La colaboración se estructura, pues, en

torno a dos grandes ejes: la presentación de la doctrina social

de la iglesia desde una perspectiva dinámica y las claves funda­

mentales de la encíclica.

I. Camacho traza las grandes líneas del dinamismo histórico de

* la doctrina social de la iglesia, deteniéndose sólo en los mo­

mentos y documentos más significativos, para destacar los as­

pectos más interesantes que pueden ayudar a comprender la

dialéctica continuidad-novedad de las enseñanzas del magisterio.

La segunda parte del trabajo se dedica a señalar las claves de

interpretación del documento:

1. El trabajo humano representa una de esas claves básicas,

porque la encíclica tiene su núcleo fundamental y más ori­

ginal en el análisis que hace del mismo en su doble dimen­

sión: en sí mismo considerado (parte II) y en la presente fase

histórica (parte III); más aún, lo presenta como la óptica

privilegiada para enjuiciar éticamente la vida económica y

social.

1 5 3

2. La distinción más importante para comprender el pensa­

miento de Juan Pablo II y para concretar los principios éticos

que usa a lo largo y a lo ancho de toda la encíclica: trabajo

objetivo y trabajo subjetivo. Se proclama la supremacía del

trabajo subjetivo sobre el trabajo objetivo en el orden de los

valores.

3. El orden justo de los valores ha quedado profundamente

trastocado por el economicismo y el materialismo, que privi­

legian el aspecto objetivo del trabajo hasta el punto de re­

ducir al hombre a instrumento de producción.

4. La visión cristiana del trabajo se desarrolla en las partes IV

y V: el hombre participa en la obra creadora de Dios y la

continúa por el trabajo; por el trabajo sigue el hombre el

ejemplo de Jesús; la fatiga ha de interpretarse desde la

experiencia de la cruz de Jesús y desde la esperanza de la

resurrección.

En cuanto a las aportaciones más novedosas sobre el trabajo, el

articulista subraya especialmente dos: el trabajo humano como

realización de la persona y la dimensión colectiva o social del

trabajo humano.

Finalmente, nuestro autor señala una laguna, la principal, en la

encíclica. "Vamos hacia una sociedad con un ocio creciente,

donde quizá haya que renunciar definitivamente a un trabajo

humano y humanizador, pero a cambio de una paulatina re­

ducción del tiempo del trabajo y a un cada vez más abundante

tiempo de ocio, que será el único espacio vital donde el hombre

se realice como verdadera persona". Cierto que este tipo de so­

ciedad queda lejano, pero sin duda está ya en el horizonte; por

otra parte, indiscutiblemente "el trabajo ha comenzado a ser

1 5 4

un bien escaso, un bien que hay que distribuir equitativamente si queremos que todos tengan acceso a él".

I. Camacho anuncia un segundo artículo en que abordará el tema de los sistemas económicos actuales y la postura de la L.E. frente a ellos.

E S C R I B E N E N E S T E N U M E R O

OSES GANUZA, José María.- Nació en Arróniz (Navarra), en 1926.

Estudió en el Seminario de Pamplona.

Ordenado sacerdote en 1951. Doctor en Ciencias Sociales por el Insti­

tuto Social León XIII. Ha publicado "Misión liberadora de la Iglesia"

(ed. Cares). En colaboración, ha escrito varios libros sobre Doctrina

Social de la Iglesia. De 1960 a 1971 ha sido profesor en el Instituto Social

León XIII, explicando "Introducción a la Doctrina Social de la Iglesia".

Fue delegado episcopal en Caritas Española. Actualmente es párroco en

Pamplona. Miembro del comité de dirección de la revista "Corintios

XIII".

VELASCO CRIADO, Demetrio.— Sacerdote diocesano: Bilbao. Nació en

Dehesa de Cuéllar (Segovia), en 1945.

Estudios en el Seminario de Bilbao (Derio) y en la Facultad de Teología

(Deusto). Ordenado sacerdote en 1970. Tras varios años de trabajo pas­

toral (parroquia y enseñanza), nuevos estudios en Madrid (Ciencias Polí­

ticas), en Lovaina y París (Filosofía política).

Director del Secretariado Social Diocesano (Bilbao). Profesor de

Historia de las Ideas y Formas Políticas (Universidad de Deusto). Miem­

bro del consejo de redacción de "Iglesia Viva".

GARCÍA ROCA, Joaquín.-Nació en Barcheta (Valencia). Ordenado

sacerdote en 1969. Doctor en Filosofía

y ücenciado en Teología. Coordinador de un Movimiento alternativo

en el campo de la marginación del menor. Profesor en la Facultad de

Teología, de Valencia. Co-director de la revista "Iglesia Viva", donde

tiene publicados varios artículos.

1 5 6

GUIX F E R R E R E S , José María. - Obispo auxiliar de Barcelona desde

1968. Catedrático y el primer decano

de la Facultad de Ciencias Sociales (Instituto Social León XIII) de la

P.U. de Salamanca.

Estudios de carácter social publicados: un par de Manuales de Doc­

trina Social de la Iglesia, en colaboración; opúsculos o artículos sobre:

"Justicia y caridad", "El tema de la técnica en el magisterio pontificio",

"El trabajo de la madre de familia", "La empresa en el plan creador de

Dios", "La retribución del trabajo", "La nacionalización de la empresa",

"Fenomenología materialista del capitalismo", "La acción caritativo-

social de la Iglesia", etc.

Estudios sobre algún capítulo de "Mater et Magistra", "Pacem in

terris", "Ecclesiam suam", "Gaudium et spes", "Laborem exercens",

"La justicia en el mundo" (Sínodo Obispos 1971) .

"Misterio pascual y liberación cristiana", documento de trabajo

en nombre de la C E . Tarraconense, editado en catalán, castellano, ita­

liano y francés.

SALINAS RAMOS, Francisco.— Nació en Arequipa (Perú). Licenciado

en Ciencias Sociales y Sociología por la

Universidad Pontificia de Salamanca y Complutense de Madrid, respecti­

vamente. Diplomado en Cooperativismo.

Publicaciones en diversas revistas sobre temas cooperativos y de

marginación social.

Técnico superior de Caritas Española (Programa de Marginación

Social). Director de la revista "Documentación Social".

DUQUE, Felipe.- Nacido en Cabezuela del Valle (Cáceres). Licenciado

en Filosofía y Teología (Universidad Gregoriana). Ha

sido párroco de San Nicolás, de Plasencia; profesor del Seminario, también

de Plasencia.

1 5 7

En la actualidad es director del Secretariado de la Comisión Epis­

copal de Pastoral Social; delegado episcopal en Caritas Española y profesor

del Instituto Internacional de Teología a Distancia.

URBINA, Fernando.- Sacerdote de la diócesis de Madrid-Alcalá. Orde­

nado en 1950. Ha ejercido el ministerio pastoral

en centros rurales y suburbanos, y en los movimientos de apostolado

seglar.

Es doctor en Teología (Granada). En la actualidad es profesor del

Instituto Teológico y del Centro de Ciencias Religiosas y Catequética del

Seminario de Madrid. Director de "Pastoral Misionera".

Además de numerosos artículos de su especialidad en diversas re­

vistas, ha publicado, entre otras, las siguientes obras: "La persona hu­

mana según San Juan de la Cruz"; "Violencia en el mundo y en la Igle­

sia"; "Vocaciones para un cristianismo misionero".