Upload
buimien
View
234
Download
11
Embed Size (px)
Citation preview
KIT EDUCATIVO
PATRIMNIO CULTURAL SUBAQUTICO
MANUAL DE MATERIAIS DIDTICOS PARA PROFESSORES
Foto: Guilherme Garcia
Navio Ria de Aveiro A, Portugal em 1999
Com o apoio
UNESCO
Comisso Nacional da UNESCO / Ministrio dos Negcios Estrangeiros
rea Educao e Escolas Associadas da UNESCO
Centro Internacional de Eco - Hidrologia Costeira da UNESCO ICCE
Centro de Histria de Alm Mar
Faculdade de Cincias Sociais e Humanas da Universidade da Nova de Lisboa
e da Universidade dos Aores
Coordenao
Ftima Claudino
Comisso Nacional da UNESCO
______________________________________________________________________
Publicado pela primeira vez em 2012
Comisso Nacional da UNESCO
mailto:[email protected]
Understanding the History of Human Life on a Blue Planet
Children are humanitys future. Teaching them knowledge of their past is our best
chance to improve our present world and make them understand the importance of their
own acts as well as their relation to other cultures.
A large part of this past has been connected to the water, in particular to the oceans.
Civilizations linked in crossing oceans. Continents were settled by seafarers. Battles
were fought on the sea or for the rule of the sea. And, in even older times, a decisive
part of the development of human life took place on lands that are now submerged by
water. Between 150 to 300 sunken cities and ports are supposed to be located on the
seabed of the Mediterranean alone. Some 3 Million ancient shipwrecks are estimated to
be scattered over the oceans. 20.000 submerged prehistoric sites are thought to be found
in the North and the Baltic Sea. Numerous religious offerings have been discovered on
the bottom of swamps, flooded caves and fountains. Not surprisingly, the waters have
been called the humanitys largest museum and it was even wondered why do we call
this planet Earth, when we should call it Water?.
The richness of the oceans, seas, rivers and lakes and the history of human interaction
remain however underestimated and little considered in schools and education centers.
However, the study of their ecosystems and the research of the archaeological remains
they contain are essential to inform about a part of human history, which it is not always
so visible.
UNESCO has been always concerned with the protection of cultural heritage. After
having achieved a considerable improvement of the protection of World Heritage sites
on land it is now time that the same attention is paid to underwater cultural heritage.
UNESCO adopted in 2001 what it is nowadays the most important international legal
instrument for the protection of the cultural heritage found in the waters of our planet:
The 2001 Convention on the Protection of the Underwater Cultural Heritage. This
-i-
international agreement stresses the responsibility of every State in raising public
awareness regarding the value and significance of underwater cultural heritage and the
importance of its protection.
Education is a priority and the present publication shall assist in providing it. It is an
education tool, greatly useful, destined to educators, parents and young people. It aims
to disseminate knowledge on the underwater cultural heritage and to foster protection
and appreciation. UNESCO hopes that, once introduced in schools and education
programmes, it will guide teachers in encouraging youth to be familiar with one of the
most precious, irreplaceable and fragile parts of our legacy, the underwater cultural
heritage.
Ulrike Gurin
Secretariat of the
Convention on the Protection of the Underwater Cultural Heritag
-ii-
Learning to live together through Underwater Cultural Heritage Education
Wrecks of ships or sunken cities tell us a lot about humanity in the past and thereby
about our cultural identity today. This is why education about under-water cultural
heritage is a central topic of UNESCOs commitment regarding world heritage.
By learning about underwater cultural heritage, students and teachers develop an
appreciation of the great achievements of different cultures and a spirit of mutual
respect and tolerance. This new Underwater Cultural Heritage Education Kit will be a
useful resource for teachers to improve, understanding of past and present cultures and
enrich curriculum content.
ASPnet often serves as a laboratory for developing, experimenting and validating
innovative educational material on UNESCO priorities. This kit intended for teachers
aims to improve the content of curricula and help to develop participatory methods of
teaching and learning. It is designed to be used in the classrooms as well as through
extracurricular activities, such as excursions or visits to museums.
With its integrated and interdisciplinary approach, the kit encourages teachers, students
and the educative community both locally and globally to preserve underwater cultural
heritage. Through its diffusion among other Portuguese speaking countries, it will bring
an enormous enrichment of experiences.
We are confident that through the activities proposed in the kit, teachers can foster a
spirit of mutual respect. Education relies on committed teachers, and we hope they will
use this kit to captivate their students with the treasures of our underwater cultural
heritage.
Livia Saldari
Focal Point for the ASPnet International Coordination
Section of Education for Peace and Human Rights
-iii-
O mar, palco multifacetado da condio humana
Desde tempos imemoriais que mares e oceanos convivem com os seres humanos,
povoando o seu imaginrio e alimentando sonhos, medos e paixes. Este
relacionamento soube sempre traduzir-se em todas as linguagens e formas de expresso,
por exemplo na escrita, imortalizando-se pela mo de nomes maiores que, como
Cames, Pessoa ou Sophia, nos acompanham desde a infncia, fazendo-nos descobrir
uma paleta surpreendente de relatos, memrias e emoes, que vo de registos mais
picos e empolgantes a tonalidades mais individuais e intimistas.
A vida nasceu no mar. E a nossa atitude face a ele percorreu um longo trajeto, nem
sempre linear, vendo-o inicialmente como um recurso, mas tambm como um obstculo
e um natural limite. Com o avano da cincia e da tcnica, foi passando de obstculo a
caminho, oferecendo a promessa de riquezas vrias, mas tambm servindo e ampliando
o flagelo da prtica da escravatura, proporcionando-lhe novas rotas, mais extensas,
sistemticas e globais. Acompanhou de perto a histria dos seres humanos: o domnio
dos mares foi quase sempre decisivo para determinar a supremacia em territrio firme.
Na atualidade, apercebemo-nos porventura tardiamente de que o mar no uma fonte
inesgotvel de recursos, designadamente alimentares, de que muito dependemos;
passmos a olh-lo como um gigante frgil, que por isso mesmo s pode ser explorado
de forma sustentvel. Mas demonos igualmente conta de que ele nos pode fornecer um
valioso recurso moderno, espelhando a evoluo das nossas prprias necessidades e
capacidades: o recurso da informao, por exemplo sobre o estado de conservao do
planeta, constituindo-se como um barmetro das alteraes climticas e dos percursos
da biodiversidade.
Fomos, pois, capazes de superar vrias etapas e de ir mudando com o tempo o nosso
-iv-
olhar, mas mais lentamente a nossa atitude, e dificilmente o nosso comportamento. Em
todo o caso, verifica-se uma conscincia crescente e uma maior sensibilidade para os
aspetos relacionados com a utilizao dos mares enquanto patrimnio natural, mesmo
quando as decises polticas e medidas legislativas no traduzem de forma expressiva e
eficaz essa conscincia.
Mas os mares no encerram apenas recursos naturais. As peripcias da nossa histria
comum encarregaram-se de os dotar de inumerveis despojos, disseminados por todo o
planeta, e que so outros tantos testemunhos dessa mesma histria, ainda por contar na
imensa maioria dos casos. Aqui pareciam dividir-se tradicionalmente as guas, entre
aqueles que optavam assumidamente pela prtica da pirataria com uma certa aura de
aventura, ligada ideia tentadora e mgica de desvendar tesouros e proceder sua
apropriao e aqueles que elegiam o tratamento cientfico dos achados submersos e a
partilha desse conhecimento como nico objetivo. E eis que a pirataria se adapta e
moderniza: hoje aquela linha divisria bem mais tnue, e os piratas contemporneos,
em geral bem equipados, tambm se reclamam do emprego de mtodos cientficos e de
propsitos de divulgao cultural, enquanto continuam a praticar o trfico das peas
recolhidas
Podemos e devemos escolher um outro olhar e pous-lo nessa aventura sem fim que
a evoluo da vida humana no planeta, na narrativa que dela fazem os mares trazendo
consigo as mudanas de perspetiva que os testemunhos de tal evoluo consentem.
Ensinou-nos Delors, nas suas reflexes sobre o sculo XXI, que a educao um
tesouro a descobrir. E ela igualmente um instrumento, como o so os meios de
comunicao, para promover e aplicar os princpios da Conveno da UNESCO de
2001 para a proteo do patrimnio cultural subaqutico, instrumento normativo que
privilegia a conservao in situ e estimula a cooperao internacional.
-v-
neste contexto que surge o presente kit educativo, com o apoio da UNESCO,
elaborado em parceria com o Centro de Histria de Alm-Mar da Faculdade de Cincias
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o Centro Internacional da
UNESCO de Eco-Hidrologia Costeira, sedeado em Faro. O kit foi j testado numa
escola portuguesa associada da UNESCO, o Agrupamento de Escolas de Ferreiras, no
Algarve, e os materiais produzidos ao longo do perodo de teste foram incorporados
nesta primeira edio. Seguir-se-, ainda em 2012, um teste alargado em diversas
escolas associadas de Cabo Verde.
Este kit educativo pretende ser o nosso pequeno mas empenhado contributo para um
novo patamar de relacionamento com os mares e oceanos, procurando valorizar o
primado dos valores patrimoniais, naturais e culturais, no quadro da educao para um
novo humanismo.
Manuela Galhardo
Secretria Executiva da Comisso Nacional da UNESCO
Coordenadora Nacional das Escolas Associadas da UNESCO
-vi-
PREFCIO
Por um mero acaso, passei aos dezassete anos por uma experincia inesquecvel. J l
vo mais de cinquenta e recordo-a como se fosse ontem. Tinha ido mergulhar junto s
runas de Troia com o grupo do primeiro curso de mergulho com escafandro autnomo,
realizado em Portugal pelo Centro Portugus de Atividades Submarinas. Surpreso e
maravilhado, ca pairando sobre um fundo de fina areia branca literalmente atapetado de
cacos, de onde sobressaiam, semienterrados ou totalmente expostos, belssimas nforas
milenares, por vezes inteiras, ou quase. O fascnio que pela primeira vez senti perante
tal cenrio, tremendamente evocativo de um passado longnquo e misterioso, ficou-me
at hoje gravado na memria, assim como a vastido das perguntas para as quais no
tinha ento resposta.
Recordo tambm algo que o tempo fez emergir da memria desse cenrio, hoje quase
mtica: o desencanto de o termos praticamente feito desaparecer no final dessa prova de
mar, apesar do seu pressuposto enquadramento arqueolgico e do louvvel destino de
tais bens. Irremediavelmente. A constatao foi bvia mas subliminar de algum modo
ilustrando o prprio dilema da Arqueologia excavation is destruction.
Ao longo do meu itinerrio profissional vivi e revivi centenas de vezes esse dilema,
ciente do dever de capturar a mais nfima informao no local do crime, antes de o
corpo ser removido. Tinha conscincia da excecional fragilidade do patrimnio
arqueolgico subaqutico, exposto ou em risco de exposio, e tentei encontrar
frmulas de conciliao entre os imperativos da sua investigao e salvaguarda, e a sua
desejvel fruio pblica, ldica, pedaggica, cultural e turstica. Para alm da
elementar banalidade de o contemplar sempre, e tanto quanto possvel, com um
exaustivo registo documental de base.
-vii-
Por isso, desde cedo entendi que a par das atividades profissionais na rea da
arqueologia, a sensibilizao e o envolvimento do pblico, desde os utentes do mar aos
meros apaixonados pelo meio aqutico, constitua um fator decisivo para o sucesso da
salvaguarda desse patrimnio. Por isso, a sensibilizao dos jovens e, necessariamente,
a dos estudantes, tanto quanto possvel desde tenra idade, deveria constituir uma
prioridade para os poderes pblicos.
neste sentido que o presente Kit, elaborado pela Comisso Nacional da UNESCO a
propsito da Conveno da UNESCO de 2001, ratificada por Portugal em 2006, mas
cujos princpios foram premonitoriamente adotados por Portugal em 1997 muito
bem-vindo, como ferramenta de base para a sensibilizao pblica em geral e como
elementar auxiliar formativo sobre as empolgantes problemticas relacionadas com a
investigao, salvaguarda e fruio e do patrimnio cultural subaqutico.
Francisco J. S. Alves
-viii-
INDICE
Mensagens introdutrias i
Prefcio vii
Informao sobre o logtipo 1
Como utilizar o Kit / Manual 4
Abordagens educativas sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico 5
Atividades de ensino integrado
Atividades sugeridas aos estudantes
Debate
Investigao
Exerccios
Sesses visuais (filmes, fotografia, etc)
Avaliao
Visitas a stios 9
Preparao
Atividades prvias visita
Visitas ao stio
Avaliao
Visitas a Museus 11
Conversas guia / visita aos Museus
Investigao de objeto do Museu
Avaliao
Redes Globais e Internet 12
Redes Globais (SEA; PCS UNESCO; MACHU PROJECT; ICOM;
ICCROM; ICOMOS)
Fichas de atividades 22
Apresentao da sesso de divulgao Agrupamento de Escolas de
Ferreiras
Apresentao da sesso divulgao Centro Internacional de Eco-
Hidrologia Costeira da UNESCO (ICCE)
Apresentao da sesso de divulgao FCSH / CHAM
Visita ao stio
Visita ao Museu
A Conveno para o Patrimnio Cultural Subaqutico (antecedentes) 25
Objetivos
Ameaas ao Patrimnio Cultural Subaqutico 28
A recuperao do Patrimnio Cultural Subaqutico 29
contexto mundial
Alguns exemplos de intervenes sobre o Patrimnio Cultural 33
Subaqutico
Porqu uma Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural 39
Subaqutico?
A Conveno de 2001 sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico
41
O processo de adeso
Como aderir
Definies da Conveno da UNESCO sobre a proteo do
Patrimnio Cultural Subaqutico
Patrimnio Cultural Flvio-Martimo 59
Objetivos
Patrimnio Cultural Subaqutico e Identidade 64
Objetivos
Utilizao da fotogrametria no levantamento do Patrimnio
Cultural Subaqutico
Museus exposies museolgicas emblemticas em Portugal
Circuitos Arqueolgicos Subaquticos
O itinerrio arqueolgico subaqutico Ocan
Parque Arqueolgico Subaqutico da Baa de Angra do
Herosmo
Patrimnio Cultural Subaqutico e Cultura de Paz 94
Objetivos
Aprender a Viver Juntos
Participao em atividades de cidadania
Patrimnio Cultural e Turismo 101
Objetivos
Museus submersos e locais de mergulho
Museus parcialmente submersos
Museus com exposies
Patrimnio Cultural Subaqutico inscrito na lista do Patrimnio
Mundial
Atividades 117
Jogos pedaggicos
Mapa Mundi exemplos de stios PCS em Portugal
Mapa Mundi exemplos de stios PCS em outros pases
Ria de Aveiro A 119
Rio Arade 1 122
Baa de Angra do Herosmo 125
LOcan 128
Thermopylae / Pedro Nunes 131
Pirogas 4 e 5 do Rio Lima 134
Nau Nossa Senhora dos Mrtires 137
Nau So Pedro de Alcntara 139
Forte de So Loureno da Barra 142
Titanic 146
Vasa 149
Navio portugus da Nambia 152
Barcos Vikings de Roskilde 154
Barco Oseberg 156
Mary Rose 158
Kyrenia 160
San Juan Labrador 162
Jogos pedaggicos 164
Jogo da Glria e Quantos Queres
Pilhagens sobre o Patrimnio Cultural Subaqutica 173
Glossrio 183
Materiais de referncia 189
Entidades apoiantes 190
Contactos 191
Bibliografia 194
Anexos 202
T. Smith UNESCO. Wreck of Jacque del Mar, touching the water surface
INFORMAO SOBRE O LOGTIPO
San Juan Labrador
O navio baleeiro basco San Juan naufragou em 1585 na Baa Vermelha (Red Bay) no
Labrador, provncia do litoral norte do Canad. Foi encontrado em 1978 por Bruce
Bennet e foi escavado durante 8 anos pela equipa de arquelogos do Servio de Parques
do Canad sob a direo do arquelogo subaqutico Robert Grenier.
As exemplares e as inovadoras tcnicas em arqueologia subaqutica utilizadas na poca
para recuperar o San Juan, foram as razes apontadas pela UNESCO na seleo do San
Juan para o seu logtipo, baseadas na reconstituio literal do seu casco.
Com efeito, apesar de se tratar de um vestgio excecionalmente bem conservado, este
encontrava-se quase totalmente desmantelado.
A escavao, levada a efeito ao longo de 8 anos, estabeleceu precedentes que ilustram
alguns dos grandes princpios e procedimentos propostos pela Conveno de 2001.
O relatrio final sobre este naufrgio, publicado em francs e ingls pelo Servio de
Parques do Canad, e compreendendo 5 volumes, um dos (seno o) mais extenso e
completo at data publicado sobre a histria e a arqueologia de um navio naufragado.
Reporting, the archiving of data and finds, and dissemination of search results are daily
routines that begin with the first day of work in archaeology.
Although the Annex only addresses these issues towards the end, reporting should be
addressed from the very beginning of any archaeological project.
Rules 30 and Rule 31 deal with reporting. Rule 32, Rule 33 and Rule 34 have the
curation of archives as their theme.
Finally, the publication and dissemination programmed is addressed in Rules 35 and
36.
Note that reporting, publication and dissemination are three different things.
http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/underwater-cultural-heritage/unesco-manual-for-
activities-directed-at-underwater-cultural-heritage/unesco-manual/reporting/
-1-
http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/underwater-cultural-heritage/unesco-manual-for-activities-directed-at-underwater-cultural-heritage/unesco-manual/reporting/http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/underwater-cultural-heritage/unesco-manual-for-activities-directed-at-underwater-cultural-heritage/unesco-manual/reporting/
Bibliografia
Grenier, Robert & Bernier, Marc-Andr & Stevens Willis (Eds.), 2007, The Underwater
Archaeology of Red Bay (5 Vols., in English and French). Parks Canada.
Grenier, Robert, The 1565 Wreck of the Basque Galleon San Juan in Labrador and
the 2001 UNESCO Convention for Heritage Shipwrecks, Archaeological Institute of
America, 2010
-2-
-3-
COMO UTILIZAR O KIT / MANUAL
Manual didtico concebido para os professores utilizarem na sala de aula, de
forma transversal em disciplinas como a geografia; histria, lnguas,
cincias, matemtica, expresses artsticas, etc.
Selecionar e planear as atividades.
Fazer uma leitura geral do Manual.
Examinar cuidadosamente o material informativo (Conveno 2011,
desdobrveis, mapas, etc).
Foram introduzidas, para apoio, os contatos das Organizaes que podem ser
contactadas para pedido de apoio material.
O Manual sugere atividades para serem desenvolvidas pelos alunos. As
mesmas podem ser adaptadas, modificadas em funo do contexto local e
das necessidades dos alunos.
-4-
ABORDAGENS EDUCATIVAS SOBRE O PATRIMNIO CULTURAL
SUBAQUTICO
Objetivos:
Melhorar a visibilidade da Conveno de 2001.
Explicar e consciencializar sobre os contedos da Conveno de 2001.
Proporcionar aos professores e alunos slida informao acerca da
Conveno de 2011.
Encorajar os professores, alunos e a comunidade educativa para atuar
localmente e ao nvel global para contribuir para a preservao do
Patrimnio Cultural Subaqutico.
O Kit tem como alvo, os professores e os alunos do ensino primrio ao
ensino secundrio.
O guia composto por unidades e captulos de trabalho, fornecendo referncias
e sugestes para atividades destinadas a professores e alunos.
So apresentados temas que contribuem para a elaborao de projetos locais
que podem ser adaptados a necessidades e realidades especficas de cada regio
e pas.
Os professores podem preparar cada aula utilizando diversas unidades /
captulos, dependendo dos seus horrios e temticas que preferencialmente
devero completar as atividades curriculares da escola.
-5-
O GRANDE DESAFIO DESTE KIT SER O COMPROMISSO
ESTABELECIDO PELOS PROFESSORES E ALUNOS NA CRIAO DE
PROJETOS E BOAS PRTICAS NO MBITO DA PRESERVAO DO
PATRIMNIO CULTURAL SUBAQUTICO
Jogos Pedaggicos
Agrupamento de Escolas de Ferreiras, Albufeira, 2011
-6-
Viking Ship Museum, Roskilde, A Museum for Children
http://www.vikingeskibsmuseet.dk/en/visit-the-museum/a-museum-for-children/
Each State Party shall take all practicable measures to raise public awareness regarding the value
and significance of underwater cultural heritage and the importance of protecting under this
Convention
Article 20th, Public awareness
Convention on the Protection of the Underwater Cultural Heritage
-7-
http://www.vikingeskibsmuseet.dk/en/visit-the-museum/a-museum-for-children/
Abordagens educativas sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico
Pela necessidade da preservao do Patrimnio Cultural Subaqutico como
parte integrante do patrimnio comum da humanidade 1, impe-se o seu ensino
multi e interdisciplinar nas escolas.
Esta abordagem integrada e interdisciplinar tem como objetivo, aprender os
quatro pilares de educao Delors: Aprender a conhecer, Aprender a fazer,
Aprender a Ser e Aprender a Viver Juntos, integrado num contexto de
responsabilidade por um patrimnio comum, e a mudar de atitudes face a uma
abordagem que ao ser necessariamente transversal, est a contribuir para a
preservao do Patrimnio Cultural Subaqutico.
As atividades tm como objetivo facilitar abordagens de forma prtica e
interativa. Elas foram antecipadamente exploradas, avaliadas e testadas por um
nmero de professores e alunos selecionados numa escola Associada da UNESCO.
As abordagens propostas podem ser facilmente adaptadas aos diferentes sistemas de
ensino de forma a satisfazer necessidades locais.
O objetivo final, o de inspirar e reforar o compromisso que os jovens
abraaram pela preservao do mesmo patrimnio e estimular atividades que
fomentem a participao ativa e cvica na vida comunitria.
Esta aproximao dar obrigatoriamente nfase aos princpios de base do anexo
da Conveno inspirados na Carta do ICOMOS (Sofia, 1996), que constituiu a
transposio para o contexto especfico da arqueologia subaqutica dos princpios da
arqueologia terrestre consagrados pela Conveno Europeia para a Proteo do
Patrimnio Arqueolgico, La Valetta, Malta, 1992.
-8-
Debate
Permite discutir e refletir sobre o significado e o valor do Patrimnio Cultural
Subaqutico, e as ameaas de que ele alvo.
Investigao
A Internet e a bibliografia proposta oferecem aos alunos mtodos de investigao
que os apoiam a formular concluses e planos de ao.
Exerccios
Aprender com atividades prticas e insero no prprio patrimnio, requer uma
maior ateno e curiosidade do aluno, permitindo desenvolver a sua criatividade e
crtica.
Sesses virtuais
Desperta a natural curiosidade nos alunos e convida interao.
Visitas a stios
Ser uma interessante oportunidade que se oferece ao aluno. necessrio uma
planificao antecipada, e de atividades posteriores:
Questionrio de avaliao
Preparar o aluno para atividades posteriores
- Histria (explicar o sitio)
- Geografia (assinalar caractersticas)
- Lnguas (literatura, poemas)
- Cincias (ameaas ao stio)
- Utilizar os materiais educativos do stio
-9-
- Filmar as atividades
- Regressar ao stio (escrever artigos de opinio, de informao,
utilizar o jornal escolar)
- Fichas de atividades.
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
A preencher por cada aluno aps a visita
Nome do stio __________________________________________________
Nome do aluno _________________________________________________
Data da visita ao stio ___________________________________________
Antes da visita (expectativas) _____________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Durante a visita (caracteriza o sitio, desenha-o) _____________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Depois da visita (ultrapassou as expectativas?) sim / no
Porqu _______________________________________________________
1 Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico, Paris, 2001 Kit informativo com
o objetivo de promover a Conveno UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico adotada em
2001, pela Conferncia Geral, na sua 31 edio.
-10-
http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CLT/images/uch-labirinte-2.jpg
Visitas a Museus
uma atividade muito importante, pois o nico lugar onde possvel estudar e
encontrar evidncias e testemunhos de materiais do patrimnio cultural subaqutico.
Aqui, os museus includos no Conselho Internacional dos Museus (ICOM) podero ser
uma valiosa ajuda ao professor.
Antecipadamente, marcar uma visita ao Museu e acompanhar os alunos. Aqui,
escolhero um objeto de estudo, que servir de investigao, aps o que poder servir
para uma apresentao na aula (ficha de atividades).
Redes globais e Internet
Os dados e a informao contidos nas Redes globais e na Internet so ferramentas
importantes na educao e investigao do Patrimnio Cultural Subaqutico.
So diferentes formas de descobrir e sentir o valor que est inserido neste patrimnio.
A Rede das Escolas Associadas da UNESCO (SEA) criada em 1953, uma rede
mundial com 9.000 estabelecimentos de ensino que trabalham em prol de uma
educao de qualidade. Valorizam os 4 pilares de aprendizagem Delors -
Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a Ser e Aprender a Viver
Juntos, e servem de centros de experimentao para testar e validar o material
educativo desenvolvido pela UNESCO ou por outros organismos associados.
No contexto SEA, essencial reunir alunos e professores de todo o mundo em
redor do Patrimnio Cultural Subaqutico, em encontros nacionais e
internacionais.
Internet
um sistema global de comunicao, destinado troca de informao. O correio
-11-
eletrnico o mtodo utilizado para enviar mensagens pelo computador.
A Internet oferece a oportunidade de estabelecer o contacto direto com os outros alunos
e professores e escolas em todo o mundo e permite aos alunos adquirirem competncias
necessrias para poderem usufruir da melhora maneira, os recursos disponveis.
Familiariza os estudantes com as principais funes da Internet; desenvolve
capacitaes; proporciona o acesso a informao e a foros de troca de informao sobre
tpicos especficos sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico; e promove a
aprendizagem intercultural pelo contacto direto entre as escolas de pases mais distantes.
WWW ou web
uma das ferramentas disponveis na Internet. Permite ao usurrio por disposio do
pblico, qualquer tipo de informao.
A pgina Web do Patrimnio Cultural Subaqutico
Esta pgina Web e o endereo Web do Secretariado da Conveno 2001 Patrimnio
Cultural Subaqutico, so as fontes que se devero seguir relativamente aos materiais a
utilizar, relacionados com a Conveno 2001 e os parceiros em todo o mundo (ex:
Projeto Machu).
O endereo, proporciona informao real e atualizada sobre os stios patrimnio
subaqutico, a Conveno de 2001, atividades, bibliografia, noticias, modalidades de
cooperao e de parceria.
O endereo cobre as seguintes temticas:
Conveno de 2001
Informa sobre a Conveno da UNESCO relativa a proteo do Patrimnio
-12-
Cultural Subaqutico, aprovada em 2001, e que pretende apoiar os Estados a
melhor proteger esse patrimnio. D a conhecer a lista atualizada dos Estados
que ratificaram a Conveno de 2001 e tambm informa como ratificar a
Conveno.
Apresenta as principais linhas da Conveno e define as Regras de atividades
dirigidas ao Patrimnio Cultural Subaqutico e cujos princpios fundamentais
so:
- Obrigao de preservar o patrimnio cultural subaqutico
- Preservao in situ como primeira opo antes de permitir a prtica de
quaisquer atividades
- Obrigao de no explorar comercialmente o patrimnio
- Formao e partilha da informao.
O que o Anexo Conveno de 2001
Estabelece as Regras relativas s atividades dirigidas ao Patrimnio
Cultural Subaqutico. As Regras contm normas relativas sobre como
um projeto deve ser concebido; a competncia e as qualificaes
necessrias para os interessados e empresas de interveno arqueolgica
subaqutica; o planeamento do financiamento de projetos de escavao;
documentao sobre escavaes arqueolgicas em meio aqutico e a
metodologia de conservao e gesto dos stios.
Reunies dos Estados Partes
Informa sobre as reunies dos Estados Partes, cujas sesses ordinrias
tm lugar pelo menos uma vez a cada dois anos.
Conselho Consultivo
A 1 reunio do Conselho Cientifico e Tcnico foi estabelecido em 2009.
-13-
O Conselho Cientifico ser inicialmente composto por 12 membros, mas a
reunio dos Estados Partes poder, no entanto, aumentar para 24, dependendo do
nmero dos Estados Partes.
Patrimnio Cultural Subaqutico Mundial
Este espao informa sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico em todo o
mundo, por meio de relatrios sobre este patrimnio e a sua proteo.
Patrimnio
Apresenta uma galeria de fotos; informao sobre a UNESCO
Underwater Archaeology Tutorial.
Stios e Museus
Informa sobre a existncia de paisagens submersas; naufrgios, runas,
grutas e poos; explorao marinha, museus e turismo.
Misso da UNESCO
D a conhecer o que a UNESCO, e o que faz.
Pesquisa e formao
D informao sobre como se prepara um arquelogo subaqutico;
informa sobre os Centros sob os auspcios da UNESCO e sobre as regras
e as intervenes arqueolgicas subaquticas.
Ameaa e proteo
O que : proteo in situ; proteo e arqueologia subaqutica, preservar,
patrimnio em perigo.
Mergulho
A Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico prev
incentivar o acesso no-intrusivo e pretende criar uma conscincia
pblica sobre a sua valorizao e proteo.
Existe uma estimativa de cerca de 15 milhes de mergulhadores em todo
o mundo. A UNESCO adotou um Cdigo de tica para Mergulho em
Stios Arqueolgicos. Neste cdigo, esto expressas 15 regras:
-14-
1. Proteger o Patrimnio Cultural Subaqutico para as geraes
futuras;
2. No tocar em destroos e runas submersas;
3. No retirar os destroos sob pena de destruir o contexto
histrico e provocar danos nas peas;
4. Obedecer proteo jurdica dos stios arqueolgicos;
5. Pedir autorizao para mergulhar em locais designados;
6. Apenas os arquelogos profissionais autorizados podem
remover os destroos;
7. Qualquer medida de proteo colocada sob os stios
arqueolgicos submersos, devem ser protegidas contra a
eroso e evitar danos;
8. Quando um stio arqueolgico subaqutico descoberto, as
autoridades responsveis devem ser contactadas;
9. Os objetos encontrados devem se entregues s autoridades
competentes;
10. O esplio proveniente dos stios arqueolgicos subaquticos
no deve ser comercializado, mas protegido pois a disperso
do patrimnio destri o contexto histrico;
11. Quando um naufrgio descoberto h a absoluta necessidade
de o fazer acompanhar de fotos, desenhos, e de anotaes;
12. Ter o mximo de cuidado quando se est a fotografar devido
fragilidade dos objetos;
13. Respeitar as normas de segurana de mergulho;
14. Ser um exemplo de boas prticas para outros mergulhadores;
15. Apoiar a ratificao e a aplicao da Conveno de 2001
sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico.
-15-
Pgina Infantil
Jogos pedaggicos Seja o defensor do Patrimnio Cultural
Subaqutico
Dive Olly Dive
O jogo do labirinto
O Jogo do tabuleiro
O Jogo da memria
Desenhos animados
Emisso de Certificado
Atividades sugeridas:
Consultar as pginas eletrnicas da UNESCO / Patrimnio Cultural
Subaqutico
http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/underwater-cultural-heritage/
Navegar nas pginas da Rede das Escolas Associadas da UNESCO a fim de
identificar as escolas envolvidas
http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/
Aceder a alguns endereo teis, na Internet:
Unio Mundial para a Conservao da Natureza
http://www.iucn/org
Conselho Internacional dos Museus
http://www.icom.org
Conselho Internacional dos Monumentos e Stios
http://www.icomos.org
Centro Internacional para o estufo e a Preservao e Restauro das
Propriedades Culturais
http://www.iccrom.org
-16-
http://www.unesco.org/new/en/culture/themes/underwater-cultural-heritage/http://www.unesco.org/new/en/education/networks/global-networks/aspnet/http://www.iucn/orghttp://www.icom.org/http://www.icomos.org/http://www.iccrom.org/
Escrever um artigo, acerca da visita ao stio / museu e enviar a outra escola
Consultar bibliotecas
Criar uma pgina Web na escola e descrever os projetos desenvolvidos
Utilizar a rede SEA para comunicar com os outros pases e discutir aspetos
especficos sobre a preservao do Patrimnio Cultural Subaqutico.
Envolver-nos na Preservao do Patrimnio Cultural
Subaqutico:
Apoiar organizaes que estudam e privilegiam o patrimnio,
como os museus, universidades, entidades governamentais e no
governamentais;
Apoiar a emisso de legislao e criao de fundos para a
proteo e gesto dos stios arqueolgicos;
No comprar ou vender artefactos arqueolgicos;
Verificar se as associaes que apoiam ou conduzem os trabalhos
arqueolgicos o fazem segundo os princpios cientficos, no
participando em projetos com fins lucrativos;
No removendo os artefactos dos stios arqueolgicos que podem
causar a sua destruio.
-17-
http://www.unesco.org/culture/underwater/infokit_en/
-18-
http://www.unesco.org/culture/underwater/infokit_en/
A gua cobre do nosso planeta. O transporte em meio aqutico permitiu a
explorao de uma parte importante do planeta, aproximando povos, e promovendo o
dilogo de culturas.
O objetivo da arqueologia o de produzir conhecimento sobre culturas e
comportamentos humanos do passado, atravs da investigao de artefactos, estruturas e
paisagens, entre outros vestgios. A arqueologia subaqutica leva este estudo a um
ambiente especial, com desafios particulares e fornece resultados nicos aos
investigadores. Uma interveno no metdica e cientificamente nula, podem causar
perdas irreparveis para a compreenso de um stio. A recolha isolada de artefactos
implica a perda dos seus contextos para sempre.
A maioria dos arquelogos subaquticos especializa-se em arqueologia nutica,
ou seja, no estudo da construo e uso de todos os tipos de embarcao e navios. Para
estes especialistas, os stios arqueolgicos de naufrgios so o foco principal das
investigaes. A embarcao representa uma poca e vivncias humanas. O navio
naufraga por carga excessiva ou mal acondicionada, por uma deficiente construo,
defeitos, reparaes imperfeitas e incompletas, mau estado, excessivo tamanho das
embarcaes, partias tardias, presa em chegar ao destino, inexperincia dos pilotos,
tempestades, batalhas, ataques de corso ou pirataria.
Mas existem outros tipos de stios arqueolgicos, tais como stios pr-histricos
inundados aps o fim da ltima glaciao, pntanos ou lagos onde foram depositados
oferendas ou enterrados os mortos, cidades e zonas porturias inundadas, habitaes e
stios agrcolas ou industrias situadas ao longo das margens de rios, bacias e lagos, entre
outros.
Keith Muckelroy, George Bass e Peter Throckmorton definiram as bases tericas
da disciplina da arqueologia subaqutica que ainda hoje seguimos. Vieram definir que,
qualquer que seja o quadro terico em que se enquadre, cada stio arqueolgico nico,
apesar de poder apelar a diferentes tcnicas de abordagem e de interpretaes, devendo
-19-
por isso ser investigado de uma foram integrada no tempo e no espao.
Os arquelogos subaquticos usam diferentes fontes para localizar esses stios
arqueolgicos. Em locais de naufrgio, as mais comuns so os registos histricos
(desenhos e projetos de navios, dirios de bordo - roteiros, e manifestos de carga, relatos
de exploraes, mapas antigos e registos).
Os artefactos imersos durante anos, reagem quimicamente gua e com os
sedimentos que os rodeiam, uma mudana sbita de ambiente e exposio ao ar pode
iniciar uma cadeia de reaes qumicas no materiais que compem os artefactos que os
pode levar a uma rpida destruio.
-20-
Bibliografia:
Alves, Francisco., O Navio Portugus de sculo XVI de Oranjemund, Nambia
Relatrio das Misses de 2008 e 2009, Lisboa 2009, Trabalhos da DANS, N45, 2009
Alves, Francisco, The 16th century Portuguese shipwreck of Oranjemund, Nambia
Report on the missions carried out by the Portuguese team in 2008 and 2009, Lisbon,
April, 2011, Trabalhos da DANS, n 45, 2009
Bass, George, Archaeology beneath the sea, 2006, London: Thames and Hudson
Delgado, James P., ed. 1997, Encyclopaedia of Underwater and Maritime Archaeology,
London, British Museum Press
The International Journal of Nautical Archaeology, 1972 - Revista da Nautical
Archaeology Society, publicada trimestralmente desde 1972
SOCIETY for HISTORICAL ARCHAEOLOGY
-21-
FICHA DE ATIVIDADES DOS ALUNOS
Apresentao / sesses de divulgao
Atividade 1 Patrimnio Cultural Subaqutico: definio de uma metodologia
criativa de dinamizao do tema, Escola de Ferreiras
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Atividade 2 Preservao do Patrimnio Cultural Subaqutico - UNESCO / ICCE
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Atividade 3 As Descobertas da Arqueologia Subaqutica em Portugal um
Patrimnio a Proteger, FCSH-UNL / CHAM
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
-22-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
A preencher por cada aluno aps a visita
Nome do stio __________________________________________________
Nome do aluno _________________________________________________
Data da visita ao stio ___________________________________________
Antes da visita (expectativas) _____________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Durante a visita (caracteriza o sitio, desenha-o) _____________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Depois da visita (ultrapassou as expectativas?) sim no
Porqu _______________________________________________________
-23-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Museu __________________________________________________________
Objeto investigado _______________________________________________
Caractersticas fsicas (cor, material, inteiro, alterado, adaptado, reconstitudo?)
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Construo (feito mo, utilizando tecnologia, por molde, etc)
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Funo (funo do objeto)
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Desenho (desenha-o)
Valor (quem o construiu, quem o utilizou? O museu, um colecionador?)
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
-24-
CONVENO 2001 SOBRE A
PROTEO DO PATRIMNIO CULTURAL
SUBAQUTICO
UNESCO/A Vauzo
Wreck in the Golfo f Sagone, France
Cada Estado Parte tomar todas as medidas exequveis para aumentar a sensibilizao do pblico
relativamente ao valor e significado do patrimnio cultural subaqutico e importncia de o
proteger, ao abrigo da presente Conveno
Artigo 20 - Sensibilizao do pblico
Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico
-25-
O
Nau Nossa Senhora dos Mrtires
Sculo XVII
., Aveiro A
Sculo XV
http://www.machuproject.eu/
-26-
http://www.machuproject.eu/
CONVENO SOBRE A PROTEO DO PATRIMNIO CULTURAL
SUBAQUTICO
Objetivos:
Compreender o significado do Patrimnio e o seu valor (debate, atividades na
aula)
Dar a conhecer ao aluno o (s) stio (s) patrimnio cultural subaqutico a
preservar
Debater sobre o valor patrimonial, e porqu preserva-lo.
Atitudes e competncias:
Tomar conscincia sobre o nosso Patrimnio e respeit-lo
Saber definir o que o Patrimnio
Salvaguardar o Patrimnio Cultural Subaqutico
Participar em iniciativas de proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico
Tomar decises responsveis na salvaguarda do Patrimnio Cultural
Subaqutico
Aprender mais sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico.
A Conveno de 2001 sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico
Conservao do Patrimnio leis nacionais e convenes internacionais
Atividades dos alunos
ensina a natureza isto nos corpos dos animais sensitivos, nos quais tambm h duas partes que parecem
responder ao que digo, e dar manifesto exemplo destes dois mesteres das naus. Uma so os ossos, que representam o
liame, por que sustentam, endireitam, e enformam o corpo do animal, como o liame faz no casco da nau, a outra a
pele, que cobre os ossos, como o tabuado cobre o liame
Livro da Fbrica das Naus, 1570, Fernando Oliveira
-27-
O que patrimnio?
O nosso legado passado, o que temos no presente e a herana que iremos deixar s
geraes futuras. Compreende lugares e objetos que valorizamos, provm do nosso
passado, com importncia cientifica, e que so exemplos de vida e de inspirao.
O que patrimnio cultural?
Designa um monumento, conjunto de edifcios ou stio de valor histrico, esttico,
arqueolgico, cientifico, etnogrfico e antropolgico.
O que patrimnio cultural subaqutico?
Significa todos os vestgios da existncia do homem de carter cultural, histrico ou
arqueolgico, que se encontrem parcial ou totalmente, peridica ou continuamente,
submersos, h pelo menos, 100 anos.
Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico, Artigo 1 - Definies
Procurar no dicionrio diferentes definies de Patrimnio.
Dar exemplos de stios patrimnio culturais subaquticos a preservar.
Imaginar uma regio sem patrimnio.
Ameaas ao Patrimnio Cultural Subaqutico
O patrimnio cultural subaqutico muito frgil. Se um artefacto for retirado do meio
submerso corre o risco de se deteriorar rapidamente se for posto em contacto com o ar
sem tratamento prvio. Alm do que se encontra em ameaa crescente, pelos rpidos
progressos registados nas tcnicas de explorao que vieram tornar mais acessvel o
leito marinho e a sua explorao, e a comercializao dos objetos encontrados em
destroos de naufrgios e em locais submersos, transformaram-se numa atividade mais
comum e lucrativa. Os stios arqueolgicos subaquticos so alvo de pilhagens,
resultando a destruio de material cientfico e cultural. Uma perda insubstituvel.
-28-
A recuperao do Patrimnio Cultural Subaqutico contexto mundial
Desde os primrdios da civilizao que o homem tentou explorar o ambiente
subaqutico.
A arqueologia subaqutica tem o seu desenvolvimento relacionado com o
sistema de mergulho autnomo que em 1942-43, a inveno do escafandro autnomo
por Jacques-Yves Cousteau e Emile Gagnan veio permitir descer a maiores
profundidades, facilitando assim o acesso aos vestgios dos naufrgios.
Na dcada de sessenta, George Bass foi considerado pioneiro na rea da
arqueologia subaqutica por ter aplicado as tcnicas de escavao de stios
arqueolgicos terrestres no ambiente submerso. Este trabalho pioneiro foi iniciado na
escavao de naufrgios num naufrgio datado da Idade do Bronze (1200 a. C.), no
Cabo de Gelidonia, Turquia. Neste trabalho, foi contemplado de igual modo os dados
da carga do navio, as tcnicas de construo naval e de navegao.
Em 1985, Robert Ballard e a sua expedio conseguiu localizar o Titanic, a
3.800m de profundidade.
Em 1989, o submarino de investigao japons Shinkai 6500 atingiu uma
profundidade de 6.526m na fossa abissal existente ao largo de Sanriku, no Japo. Este
submersvel de trs tripulantes usado para investigao em mares profundos.
Em Portugal a arqueologia subaqutica comea a desenvolver-se a partir da
dcada de 1970 quando publicado o Decreto-Lei 416 / 70, a partir do qual os achados
de interesse arqueolgico passam a receber tratamento distinto.
O nascimento da arqueologia subaqutica como disciplina e como projeto global
teve incio desde os anos oitenta no quadro do Museu Nacional de Arqueologia, sob a
direo do Dr. Francisco Alves e onde foram lanadas as bases de uma primeira unidade
de pesquisa subaqutica em Portugal.
Na segunda metade dos anos noventa, ao mesmo tempo em que comeavam a
aparecer em Portugal vestgios arqueolgicos significativos, ao nvel cientifico e
-29-
internacional, deu-se uma profunda alterao de opes na rea do patrimnio
arqueolgico em geral que a organizao da Expo 98 veio potenciar, tendo sido
criados, na rea do patrimnio nutico e subaqutico, os instrumentos legais e
institucionais, os meios humanos e materiais que os permitem preservar, estudar e
valorizar, dentro dos princpios e critrios da arqueologia como disciplina do Saber2.
precisamente a hostilidade do ambiente [aqutico] que torna a Arqueologia nele
praticada to valiosa. Os objetos que jazem debaixo e fora da ao das ondas esto
protegidas do mais destruidor de todos os agentes: o homem.
Bass, 1971:26
-30-
Bibliografia
Bass, George, Arqueologia Subaqutica, Cacm, Editorial Verbo, 1971
Frdric, Louis, Manual Prtico de Arqueologia, Coimbra, Livraria Almedina, 1980
2Alves, Francisco, Proceedings International Symposium on Archaeology and Modern Ships of Iberian-
Atlantic Tradition, 2001, p32
-31-
Foto: Carlo Beltrame
Piscina in Apollonia
Foto: Eusebio Dizon
Shipwreck in Philippines
-32-
Alguns exemplos de intervenes humanas sobre o Patrimnio Cultural
Subaqutico
Titanic
Naufragado em 1912, depois de ter chocado com um iceberg, o transatlntico de
luxo foi durante muitos anos procurado em vo. S em 1985, uma expedio
conseguiu localizar o Titanic. Apesar de um apelo internacional para que o navio
naufragado fosse respeitado como sepultura coletiva e stio arqueolgico, uma
segunda expedio realizada em 1987 retirou objetos do stio arqueolgico e, mais
tarde, numa operao aprovada, foram retirados os destroos de mais 1.800 objetos.
O navio romano de Madrague de Giens
Descoberto em 1967 pela escola de mergulho da marinha nacional a 18-20m de
profundidade, o stio de Madrague de Giens foi objeto de campanhas regulares de
escavaes depois de 1972. Foi o naufrgio mais antigo at aquela data escavado. A
escavao iniciada nos anos 1970, conduziu a novos resultados no domnio do
conhecimento da arquitetura naval e uma importante etapa na evoluo da histria
da arqueologia naval, no que concerne aos princpios e tcnicas de construo naval
antigas.
Os barcos de Skuldelev I
Em 1070, cinco barcos Vikings foram deliberadamente afundados junto a
Skuldelev, no fiorde de Roskilde.
Os barcos afundados obstruram o troo navegvel mais importante e a capital da
-33-
Dinamarca (Roskilde) foi protegida dos ataques inimigos vindos do mar.
A descoberta compreendeu 5 tipos de barcos diferentes (de guerra e comrcio),
permitindo melhor conhecer a amplitude da arquitetura naval da poca Viking.
As embarcaes: (barco principal, pequeno barco de pesca, pequeno barco de
guerra, e as duas outras embarcaes largas), tinham de comprimento entre 30m e
14m, e de largura, entre 3,5m e 4,5m).
O Museu Viking de Roskilde, na Dinamarca, alberga os 5 drakkars de Skuldelev e
foi aberto ao pblico em 1969.
De 2000 a 2004 o Estaleiro do Museu fez a rplica do navio Skuldeleve 2, um
drakkar de 30m.
Elizabeth and Mary (navio da frota de Phips), Baie-Tinit, Canad
Descoberto em 1994 a menos de trs metros de profundidade, o mais antigo navio
naufragado encontrado at hoje no Quebec o Elizabeth and Mary, um dos mais
importantes achados arqueolgicos do sculo XVII trazidos luz do dia. Os servios
de arqueologia subaqutica da agncia Parks Canad levaram a cabo a prospeo,
proteo e escavao do achado. Guardado dia e noite para evitar possveis danos
provocados por tempestades e por caadores de tesouros, esta presena constante
permitiu tambm a rpida recolha dos objetos que emergiam superfcie. Os restos
do casco do navio foram localizados, retirados, registados, desmontados e
posteriormente submersos num lago prximo.
HMS Pandora, Queensland, Austrlia
Entre os mais importantes vestgios de naufrgios descobertos no Hemisfrio Sul,
encontra-se a fragata Pandora, enviada em 1790 em busca dos famosos amotinados
da Bounty. O navio afundou-se em 1791 ao largo da costa da Austrlia ficando
-34-
praticamente intacto por ter sido rapidamente coberto por uma camada de areia. Em
1983 iniciou-se a primeira de nove escavaes lideradas pelo Museu de Queensland,
abrindo-se assim uma janela impar sobre a cultura e a vida dos navegantes europeus
dos finais do sculo XVIII.
Arquelogos subaquticos trabalharam com base numa matriz de quadrculas
traadas sobre a areia a profundidades de 30-34 metros, concentrando-se nas zonas
onde viviam e trabalhavam os oficiais e a tripulao. Os investigadores puderam
assim aprender mais sobre a vida quotidiana a bordo, e as escavaes deram um
importante contributo para se compreender o motim na Bounty e a perseguio aos
amotinados.
Sitio arqueolgico do Cabo Gelidonya
Os trabalhos no stio, localizado na costa da Turquia, foram dirigidos por Bass,
permitindo-lhe escavar destroos de um barco que continha a mais extensa
coleo de utenslios da Idade do bronze at ento conhecida. Foi a primeira vez
que um barco foi totalmente escavado permanecendo in situ e, tambm foi a
primeira escavao dirigida por um arquelogo subaqutico.
Embarcao de Bodrum
No Museu de Arqueologia Subaqutica de Bodrum encontram-se os restos do
navio de Uluburun, o mais antigo do mundo at hoje descoberto no mar. A
investigao cientfica destes destroos comeou em 1982 e iria prolongar-se por
11 anos, permitindo recuperar 22 toneladas de artefactos. Os arquelogos
encontraram a bordo do navio matria orgnica como frutos secos, alm de
cermica, joias de ouro e ainda instrumentos e armas em bronze.
O navio est hoje exposto juntamente com outros objetos numa coleo
-35-
famosa, constituda graas a escavaes arqueolgicas subaquticas pioneiras.
Fragata Santo Antnio de Tan
A fragata Santo Antnio de Tan liderou um pequeno esquadro que em 1697
foi enviado de Goa costa oriental africana, com vista a socorrer o forte de Jesus
de Mombaa (Qunia), cercado por foras dos rabes omanitas. Esta tentativa de
auxlio teve um desfecho trgico para a embarcao, que naufragou junto da
costa.
Os vestgios da fragata foram descobertos por mergulhadores locais, sendo
reconhecidos numa campanha dirigida por James Kirkman, do Fort Jesus
Museum, em 1970. Entre 1976 e 1980, uma equipa conjunta do Institute of
Nautical Archaeology, liderada por Robin Piercy, e dos National Museums of
Kenya, liderada por Homo Sasson, realizou campanhas de escavao nos
destroos da embarcao portuguesa. Foi identificada uma parte significativa do
casco do navio, alm de mais de 6000 objetos relacionados com o seu
funcionamento, a vida a bordo e a sua atividade comercial. Nos anos seguintes
realizaram-se misses de gabinete, bem como pesquisas em arquivos e museus,
com vista ao aprofundamento do estudo e enquadramento dos achados
Mauritius
Em 1985 um grupo de canhes de bronze foram encontrados a uma
profundidade de 10m ao sul do Golfo da Guin. Descansavam num tmulo de
areia. O Departamento de Pesquisa de Arqueologia Subaqutica e Submarina
(DRASSM) identificou os destroos como sendo do Mauritius, um navio da
Companhia das ndias Orientais Holandesas (VOC) que se afundou a 19 de
maro de 1609. Enquanto a estrutura do navio era meticulosamente estudada, um
impressionante nmero de objetos eram recuperados. -36-
Bibliografia:
Babits, Lawrence E.; and Tilburg, Hans Van, Maritime Archaeology A reader
of substantive and theoretical contributions The Plenum series in underwater
Archaeology, 1999
Bass, George, The Cape Gelidonya Wreck: Preliminary Report, American
Journal of Archaeology 65, 1951
Bass, George, The Bronze Age Shipwreck at Uluburum. Great Moments in
Greek Archaeology, P. Valavanis, ed. (Athens: Kapon Editions), 2007,p 306-307
Crumlin-Pederson Ole, & Olsen Ola Editors, The Skuldelev Ships I, Vol. III,
Roskilde, 2002
LHour, Michel; Long, Luc; Reith, Eric, Le Mauritius Le mmoire engloutie,
Casterman, 1989
LHour, Michel; et lisabeth Vegrat, La mer pour Memires Archologie
sous-marine des paves atlantiques, Buhez, 2005
Tchernia, A., Pomery, P., Hesnard, A. et al, Lpave romaine de la Mandrague
de Giens Campagnes 1972-1975), (Var), XXXIVe supllment GALLIA,
Editions du CNRS, Paris, 1978
Kit Informativo - Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio
Cultural Subaqutico, Paris, 2001
www.cham.fcsh.unl.pt/arqueologia/santo_antonio_tana.html
www.culture.gouv.fr/culture/archeosm/arqcheosom/en/maurit-s.html
-37-
http://www.cham.fcsh.unl.pt/arqueologia/santo_antonio_tana.htmlhttp://www.culture.gouv.fr/culture/archeosm/arqcheosom/en/maurit-s.html
http://sudek.esil.univmed.fr/venus/external/webMarseille_old/pres2.php?language=fr
http://archeonavale.org/archeobase/pafiledb.php?action=file&id=11
http://nautarch.tamu.edu/class/316/skuldelev/
-38-
http://sudek.esil.univmed.fr/venus/external/webMarseille_old/pres2.php?language=frhttp://archeonavale.org/archeobase/pafiledb.php?action=file&id=11http://nautarch.tamu.edu/class/316/skuldelev/
Porqu uma Conveno sobre o Patrimnio Cultural Subaqutico?
Formulao de uma Conveno para salvaguardar o nosso patrimnio.
Ao contrrio do patrimnio cultural em terra, que beneficia de medidas de proteo
nacionais e internacionais, o patrimnio cultural subaqutico no dispunha de proteo
jurdica adequada. A Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio
Cultural Subaqutico, adotada em 2001, tem por objetivo permitir aos estados
uma melhor proteo do seu patrimnio submerso.
Em 1956, a Recomendao da UNESCO sobre os Princpios Internacionais Aplicados
s Escavaes Arqueolgicas aplicada a trabalhos subaquticos situados em guas
territoriais. No entanto, onde quer que tenha lugar a aplicao desta proteo, i.e.,
mesmo em guas internacionais, ainda necessria um especfico e mais abrangente
instrumento jurdico internacional.
A Conveno de 2001 UNESCO, foi elaborada. Adotou os princpios desenvolvidos
pelo ICOMOS Carta sobre a Proteo e Gesto do Patrimnio Cultural Subaqutico
(Sofia, Bulgria, 1996). Tambm complementar a Conveno UNESCO sobre os
Meios de Proteo e Preveno do Trfico Ilcito dos Bens Culturais (1970).
Cronologia:
1976 A Comisso de Cultura e Educao do Conselho da Europa levou a cabo um
estudo sobre a proteo do patrimnio cultural subaqutico. Apesar de vrios anos de
trabalho, no foi adotado nenhum texto.
1994 Adoo do projeto da Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico no plenrio da sesso da Associao do Direito Internacional, em Buenos
Aires e a subsequente informao UNESCO, reconhecendo como rgo responsvel
para este assunto.
-39-
1996 A Assembleia-Geral do Conselho Internacional dos Monumentos e Stios
(ICOMOS), reunida em Sfia, Bulgria (5-9 outubro), adotou a Carta Internacional
sobre a Proteo e Gesto do Patrimnio Cultural Subaqutico.
1997 No decorrer da 29 Sesso da Conferncia Geral da UNESCO, foi decidido que a
proteo do patrimnio cultural subaqutico deveria ser regulamentado ao nvel
internacional por uma conveno internacional.
Para esta finalidade, convida o Diretor-geral a convocar um grupo de peritos
governamentais.
1996- 2001 Tm lugar vrias reunies de Peritos Governamentais para a redao do
anteprojeto da Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico.
2001 A Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico adotada em 2 de novembro na Sesso do Plenrio, no decorrer da 31
Conferncia Geral da UNESCO (Doc. 31C/24) com 83 votos a favor, 4 contra e 15
abstenes. Comisso IV (Cultura), com a recomendao prvia da Conferncia Geral
(94 votos a favor, 5 contra e 19 abstenes), a adoo do ante projeto da Conveno
(Doc. 31C/Resolues, XV, par.D).
A Conveno de 2001, tornou-se a 4 Conveno sobre a Proteo do Patrimnio
Cultural.
O passo seguinte, a ratificao pelos Estados membros da UNESCO pelo depsito de
um instrumento de ratificao, aceite ou aprovado. Estados que no so membros da
UNESCO bem como territrios independentes podem aderir Conveno.
Pollockshields Wreck, Bermudas UNESCO/E Trainito
-40-
A CONVENO SOBRE A PROTEO DO
PATRIMNIO CULTURAL SUBAQUTICO
CONVENTION ON THE PROTECTION OF THE
UNDERWATER CULTURAL HERITAGE
CONVENTION SUR LA PROTECTION
DU PATRIMOINE CULTUREL SUBAQUATIQUE 2001
CONVENCIN SOBRE LA PROTECCIN DEL
PATRIMNIO CULTURAL SUBACUATICO
2001
-41-
-4\-4---F4 A Conveno representa o instrumento internacional oficial que estipula a urgente
necessidade de identificar e proteger o patrimnio cultural subaqutico.
Estabelece o compromisso de que todos partilhamos a responsabilidade moral e
financeira de proteger o nosso patrimnio cultural subaqutico, pela cooperao
internacional.
http://1.bp.blogspot.com/-
Bf4JsdPbVbE/TgymeiQpznI/AAAAAAAAAnM/oB8YMBJnAnU/s1600/unesco2.jpg
-42-
http://1.bp.blogspot.com/-Bf4JsdPbVbE/TgymeiQpznI/AAAAAAAAAnM/oB8YMBJnAnU/s1600/unesco2.jpghttp://1.bp.blogspot.com/-Bf4JsdPbVbE/TgymeiQpznI/AAAAAAAAAnM/oB8YMBJnAnU/s1600/unesco2.jpg
A Conveno da UNESCO para a proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico,
adotada em 2001, permite aos Estados proteger este patrimnio.
Linhas principais:
1. Define os princpios bsicos para a proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico.
2. Contm disposies para um esquema de cooperao internacional.
3. Fornece orientaes prticas para lidar com este patrimnio.
Princpios:
1. Obrigao de preservar o Patrimnio Cultural Subaqutico Os Estados
Partes devem preservar o Patrimnio Cultural Subaqutico e agir
coordenadamente.
2. Preferncia pela preservao in situ Deve ser considerada como a primeira
opo antes de permitir ou de empreender qualquer atividade num stio.
3. O Patrimnio Cultural Subaqutico no deve ser objeto de nenhuma
explorao comercial A Conveno de 2001 estipula que o Patrimnio
Cultural Subaqutico no deve ser de forma alguma explorado para o comrcio
ou a especulao e que no deve ser dispersado. Este regulamento est em
conformidade com os princpios que se aplicam ao patrimnio Cultural em terra.
4. Partilhar a informao e o conhecimento A Conveno incentiva a
formao em arqueologia subaqutica, a transferncia de tecnologias e partilha
de informao.
5. A Conveno no interfere na soberania dos Estados Partes, nem altera
direitos, jurisdio e obrigaes destes em relao proteo de navios
-43-
afundados provindos de outros acordos bilaterais, regionais ou outros acordos
multilaterais, concludos antes da sua adoo e, em particular, daqueles que esto
em conformidade com os propsitos da presente Conveno.
Young people are one billion strong in the world. They carry a billion hopes for a better
future and a billion ideas to change the world. They embody also one billion lives to
nurture and support. Young women and men are growing up at the sharp end of change.
The capabilities of every young person must be developed, so that their energy works
for innovation, for civic participation, for resolving global challenges. Young people
are already changing the world and reinventing culture. They must have the skills and
tools to do so in ways that strengthen the ties between cultures and that protect human
rights and fundamental freedoms.
Mensagem da Diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, por ocasio da celebrao do Dia Internacional
da Juventude, 22 de agosto 2011
-44-
FICHA DE ATIVIDADE DO ALUNO
PRESERVAO DO PATRIMNIO CULTURAL SUBAQUTICO
Leis nacionais e Convenes Internacionais
Objetivo: Refletir sobre o conceito de stio arqueolgico subaqutico
1. Dividir a turma em grupos e distribuir as seguintes tarefas:
i. Grupo I - Investigar sobre se o seu pas Estado parte da Conveno
ii. Se sim, em que ano ratificou a Conveno 2001?
iii. Quais as vantagens em ratificar a Conveno?
iv. Grupo II Redigir uma lista de razes que levou a comunidade
internacional a ratificar a Conveno.
v. Convidar os alunos a ler a Conveno e a fazer uma sntese sobre a
mesma.
-45-
O processo de adeso Conveno
Por que razes devem os Estados Membros aderir Conveno sobre a Proteo do
Patrimnio Cultural Subaqutico?
A Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural Subaqutico impe um
elevado nvel de proteo deste patrimnio, com vista a prevenir a sua pilhagem,
danificao ou destruio. Os Estados que no so parte na Conveno das Naes
Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), de 1982 podem aderir Conveno de
2001.
Aderir Conveno de 2011 ser contribuir para:
Reforar a luta contra os atos de saque e pilhagem do patrimnio cultural
subaqutico e respetivos stios;
Desenvolver um setor nacional baseado nas atividades relacionadas com o
patrimnio cultural subaqutico;
Criar uma infraestrutura de proteo para apoiar as atividades atuais e futuras de
turismo subaqutico em moldes compatveis com a Conveno;
Garantir a cooperao e o intercmbio de experincias entre Estados;
Integrar um sistema internacional de proteo efetiva do patrimnio;
Poder assumir uma posio mais forte perante projetos de interveno
meramente comerciais, garantindo repercusses positivas para a sociedade local
e para o reconhecimento cientfico;
Adotar ou rever legislao em conformidade com os padres internacionais;
Desempenhar um papel mais ativo na proteo do patrimnio cultural;
Atribuir maior notoriedade e reconhecimento ao patrimnio cultural
subaqutico.
-46-
Como aderir Conveno:
Tomando em devida conta a especificidade de cada pas e do seu sistema jurdico, o
procedimento de adeso Conveno de 2001 passa por:
A nvel nacional
i. Uma fase politica em que os Ministrios competentes estudam a Conveno e
decidem se politicamente desejvel tornar-se Estado Parte.
ii. Uma fase de implementao legal em que, conforme o sistema jurdico do
pas em questo, pode ser promulgada uma lei ou um decreto que oficialize o
consentimento do estado em se vincular Conveno (atravs de ratificao,
aceitao ou aprovao, no caso dos estados membros da UNESCO, ou por
adeso, no caso dos estados no Membros ), e conjuntamente com a
promulgao da lei ou do decreto, ou por disposio legal separada, a
Conveno entra em vigor a nvel interno, seja por referencia global ao seu texto
ou por transposio do seu contedo para a legislao nacional.
Ao nvel internacional
i. O depsito do instrumento que exprime o consentimento do Estado em se
vincular Conveno (o instrumento de ratificao, aceitao ou
aprovao, ou de adeso) junto do Diretor-Geral da UNESCO;
ii. Para os vinte primeiros Estados Partes, a Conveno no seu todo entra
em vigor trs meses aps a data de depsito do vigsimo instrumento (de
ratificao, aceitao, aprovao ou adeso);
-47-
iii. A partir de ento, a Conveno entra em vigor para cada novo Estado (alm
dos primeiros vinte) trs meses aps a data de depsito do respetivo
instrumento:
Convention on the Protection of the Underwater Cultural Heritage. Paris, 2 November 2001.1
States Date of deposit of instrument Type of instrument
1 Panama 20/05/2003 Ratification 2 Bulgaria 06/10/2003 Ratification 3 Croatia 01/12/2004 Ratification 4 Spain 06/06/2005 Ratification 5 Libya 23/06/2005 Ratification 6 Nigeria 21/10/2005 Ratification 7 Lithuania 12/06/2006 Ratification 8 Mexico 05/07/2006 Ratification 9 Paraguay 07/09/2006 Ratification 10 Portugal 21/09/2006 Ratification 11 Ecuador 01/12/2006 Ratification 12 Ukraine 27/12/2006 Ratification 13 Lebanon 08/01/2007 Acceptance 14 Saint Lucia 01/02/2007 Ratification 15 Romania 31/07/2007 Acceptance 16 Cambodia 24/11/2007 Ratification 17 Cuba 26/05/2008 Ratification 18 Montenegro 18/07/2008 Ratification 19 Slovenia 18/09/2008 Ratification 20 Barbados 02/10/2008 Acceptance 21 Grenada 15/01/2009 Ratification 22 Tunisia 15/01/2009 Ratification 23 Slovakia 11/03/2009 Ratification 24 Albania 19/03/2009 Ratification 25 Bosnia and Herzegovina 22/04/2009 Ratification 26 Iran (Islamic Republic of) 16/06/2009 Ratification 27 Haiti 09/11/2009 Ratification 28 Jordan 02/12/2009 Ratification 29 Saint Kitts and Nevis 03/12/2009 Ratification 30 Italy 08/01/2010 Ratification 31 Gabon 01/02/2010 Acceptance 32 Argentina 19/07/2010 Ratification 33 Honduras 23/07/2010 Ratification 34 Trinidad and Tobago 27/07/2010 Ratification 35 Democratic Republic of the Congo 28/09/2010 Ratification 36 Saint Vincent and the Grenadines 08/11/2010 Ratification 37 Namibia 09/03/2011 Ratification 38 Morocco 20/06/2011 Ratification 39 Benin 04/08/2011 Ratification 40 Jamaica 09/08/2011 Ratification 41 Palestine 08/12/2011 Ratification 1In accordance with its Article 27, this Convention shall enter into force on 2 January 2009 for those States that have deposited their respective instruments of ratification, acceptance, approval or accession on or before 2 October 2008. It shall enter into force for any other
State three months after the deposit by that State of its instrument of ratification, acceptance, approval or accession.
-48-
http://www.unesco.org/eri/la/convention.asp?KO=13520&language=E#1#1
Definies da Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico (2001)
Patrimnio cultural subaqutico significa todos os vestgios da existncia do
homem de carter cultural, histrico ou arqueolgico que se encontrem parcial ou
totalmente, peridica ou continuamente, submersos h, pelo menos, 100 anos (Artigo 1,
pargrafo 1).
Navios e aeronaves do Estado significa os navios de guerra e outros navios ou
aeronaves pertencentes a um Estado ou por ele operados e utilizados, aquando do seu
afundamento, exclusivamente para fins pblicos no comerciais, que se encontrem
devidamente identificados como tal e estejam includos na definio de patrimnio
cultural subaqutico (Artigo 1, pargrafo 8).
rea significa o leito do mar, os fundos, marinhos e o seu subsolo alm dos limites da
jurisdio nacional (Artigo 1, pargrafo 5).
Definies da Conveno das Naes Unidas sobre o Direito do Mar (1982)
Linha de base normal a linha da baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada
nas cartas martimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro
(Artigo 5).
guas interiores so as guas situadas no interior da linha de base do mar territorial
(Artigo 8, pargrafo 1).
-49-
Mar territorial a rea de mar adjacente a um Estado costeiro sobre a qual este
exerce soberania na condio de deixar passar navios estrangeiros (direito de passagem
inofensiva). Todo o Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial at um
limite que no ultrapasse 12 milhas martimas, medidas a partir de linhas de base
(Artigo 3).
Zona contgua no pode estender-se alm de 24 milhas martimas, contadas a partir
das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (Artigo 33,
pargrafo 2).
Zona Econmica Exclusiva (ZEE) uma zona situada alm do mar territorial e a
este adjacente, e no se estender alm de 200 milhas martimas das linhas de base a
partir das quais se mede a largura do mar territorial (Artigos 55 e 57).
Plataforma continental compreende o leito e o subsolo das rea submarinas que se
estendem alm do seu mar territorial, em toda a extenso do prolongamento natural dos
eu territrio terrestre, at ao bordo exterior da margem continental ou at uma distncia
de 200 milhas martimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar
territorial (Artigo 76, pargrafo 1).
Alto mar compreende todas as partes do mar no includas na zona econmica
exclusiva, no mar territorial ou nas guas interiores de um estado, nem nas guas
arquipelgicas de um Estado arquiplago (Artigo 86).
-50-
MODELO DE INSTRUMENTO
DE RATIFICAO / ACEITAO / APROVAO / ADESO
Considerando que a Conveno da UNESCO sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico (2001) est aberta a [ratificao / aceitao / aprovao/ adeso] por
[nome do pas], nos termos do seu Artigo 26,
O Governo de [nome do pas], tendo examinado a mencionada Conveno, pelo
presente [ratifica / aceita / aprova / adere a ] a Conveno e compromete-se a executar
fielmente todas as suas clusulas.
EM TESTEMUNHO DO QUE assinmos o presente instrumento, a que apusemos o
nosso selo.
Feito em [local] .., aos [data] ..
____________________________________
(Assinatura)
CHEFE DE ESTADO
OU PRIMEIRO MINISTRO
OU MINISTRO DOS NEGCIOS ESTRANGEIROS
O
(Selo)
-51-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
ESTADO PARTE DATA DE DEPSITO
DO INSTRUMENTO
TIPO DE
INSTRUMENTO
-52-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo: Aprender a reconhecer e a situar stios arqueolgicos
Pedir turma que escolha 5 stios arqueolgicos nacionais e 5 stios arqueolgicos
internacionais, mostrando o mapa.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Permitir que os alunos troquem informaes / verifiquem os resultados.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
-53-
FICHA DE ATIVIDADE DO ALUNO
Objetivo: Compreender a importncia da preservao in situ
Pedir turma que escrevam o que entendem por preservao in situ.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Objetivo: Cada aluno escolhe um stio por regio (nacional e internacional) e
pedir aos alunos que escrevam a razo que os levou a escolher aquele (s) sitio (s)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
-54-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo: Descrever o vestgio
Pas onde se situa o vestgio __________________________________________
Datao____________________________________________________________
Data do naufrgio (tratando-se de um navio) _____________________________
Data da descoberta / intervenes _______________________________________
Razes que levaram a interveno
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Comparar com outro stio arqueolgico
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
-55-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo: Conhecer a Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico
Dar aos alunos cpia da Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Cultural
Subaqutico.
Pedir a cada aluno para escolher um artigo da Conveno e comentar.
Dividir a turma em grupos e pedir que cada grupo estude um stio arqueolgico.
Cada grupo faz a apresentao oral e escrita com sugestes sobre de que forma
podem ter um papel ativo na preservao e divulgao deste patrimnio junto das
outras escolas (fotos, apresentaes em outras escolas da regio, etc)
-56-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo:
1) Pedir aos alunos que simulem um processo de investigao de um stio
arqueolgico realizado por uma equipa de arquelogos profissionais autorizados
2) Pedir aos alunos que simulem a interveno de um stio arqueolgico realizada
por uma equipa de caadores de tesouros
-57-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo: Reforar as iniciativas de sensibilizao, promovendo a solidariedade e
a participao ativa do aluno em apoio a iniciativas de conservao do Patrimnio
Cultural Subaqutico.
1) Explicar como podem os alunos contribuir para a sensibilizao da comunidade
local no sentido de se envolver em iniciativas de conservao e divulgao do
Patrimnio local e nacional (jornal escolar; biblioteca local, museu, municpio,
escolas, etc)
2) Elaborar uma lista de propostas dos alunos
-58-
PATRIMNIO CULTURAL FLVIO-MARITIMO SUBAQUTICO
Azulejo alusivo s lanchas e catraias
Pvoa de Varzim
library.kiwix.org:4213/A/Lancha%20Poveira.html
Barco Rabelo
Lancha do Alto http://www.ancruzeiros.pt/ancbtradicionais-norte.html
Praia do Mindelo, S. Vicente, Cabo Verde, 2011
-59-
http://library.kiwix.org:4213/A/Lancha%20Poveira.htmlhttp://www.ancruzeiros.pt/ancbtradicionais-norte.html
PATRIMNIO CULTURAL FLVIO-MARTIMO SUBAQUTICO
Objetivos:
Ser um dos pilares da gesto do Patrimnio Cultural Subaqutico no
ordenamento do territrio e nas polticas martimas.
Explicar a importncia do impacto das atividades flvio-martimas e de
pesca sobre o patrimnio subaqutico.
Conhecer:
O que o Patrimnio Cultural Flvio-Martimo.
O que so artes de pesca.
O que representam as embarcaes tradicionais .
Atitudes:
Desenvolver princpios sobre conservao patrimnio cultural
flvio-martimo e subaqutico.
Competncias:
Ajudar a desenvolver competncias para participar em iniciativas
de proteo.
-60-
Patrimnio flvio-martimo
So os stios marinhos naturais, os locais e equipamentos de produo, os
conhecimentos adquiridos e transmitidos, de gerao em gerao, nas artes de pesca, de
construir, de navegar, de escrever, de pintar, de cantar, de falar e de pensar3.
O mar desde sempre ocupou um espao muito importante na cultura portuguesa,
influenciando deste modo a histria nacional. O povo martimo portugus tem
conseguido conservar at aos nossos dias, diferentes tipos de embarcaes, espcies de
aparelhos de pescar, o lxico, modos de vestir, gastronomia, arquitetura, linguarejar,
hbitos e uma cultura religiosa e quotidiana ligada faina martima.
Do norte ao sul, Portugal possui uma espetacular diversidade de embarcaes
tradicionais, algumas delas remontando a tradies construtivas que mergulham as suas
razes na Idade Mdia europeia. O Arqt Octvio Lixa Filgueiras demonstrou em
estudos como Barcos de Pesca em Portugal, e Construes Navais Portuguesas
como o barco tem um papel central na definio e caracterizao das comunidades
martimas fluviais ou lagunares. Ele foi o mentor da arqueologia subaqutica, atividade
que apoiou em Portugal durante trs dcadas.
Tambm Antnio Baldaque da Silva se distinguiu em diversos trabalhos como o
1 tomo do Roteiro Martimo da Costa Ocidental e Meridional de Portugal, e O
Estado atual das pescas em Portugal.
Manuel Leito e os seus estudos no mbito dos aspetos construtivos e estruturais
das embarcaes, tambm se afigura de leitura imprescindvel para esta temtica.
_____________
3Rede da Cultura do Mar, Cmara Municipal da Pvoa de Varzim, 2002
-61-
FICHA DE ATIVIDADES DO ALUNO
Objetivo: Compreender a importncia da arquitetura naval
(o estudo da construo e uso de todos os tipos de embarcao e navios, como
expresso de identidade local e nacional)
1. Pedir turma que pesqui