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Grávidas sofrem para encontrar vagas em maternidades de Salvador Vila Dois de Julho e Mussurunga não têm rede de esgoto Lady GaGa consagra-se fenômeno pop com Bad Romance Democratas aposta no Carlismo como estratégia para as eleições de 2010 cidade 4 cidade 6 cultura 18 política 10 Candidatos ao governo do Estado falam sobre propostas política 12 JORNAL DA 30 ABR 10 EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO COM 100.000 EXEMPLARES E ENCARTE COMEMORATIVO 10 anos de Metrópole GERALDO MELO DIVULGAÇÃO

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Jornal da Metrópole desta semana já está nas ruasCapa:"10 anos de Metrópole". Em Cidades: Grávidas sofrem para encontrar vagas em maternidades de SSA.Disponível em: http://www.radiometropole.com.br/noticias/index_noticias.php?id=VFdwbmVrMUVUVDA9

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Grávidas sofrem para encontrar vagas em maternidades de Salvador

Vila Dois de Julho e Mussurunga não têm rede de esgoto

Lady GaGa consagra-se

fenômeno pop com Bad

Romance

Democratas aposta no Carlismo como estratégia para as eleições de 2010

cidade 4 cidade 6 cultura 18política 10

Candidatos ao governo do Estado falam sobre propostas

política 12

JORNAL DA

30ABR10

EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO COM 100.000 EXEMPLARES E ENCARTE COMEMORATIVO

10 anos de Metrópole

GERALDO MELO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 32

aconteceu“Dilma é melhor do que Serra como pessoa. Mas Serra é mais preparado” Ex-pré-candidato Ciro Gomes falando sobre Dilma Rousseff e José Serra

[email protected]

Tumulto na Ucrânia A sessão do Parlamento da

Ucrânia, em Kiev, no dia 27/4 foi marcada por muitas dis-cussões, agressões, insultos e até protestos do lado de fora. O motivo foi a votação de um polêmico acordo que autoriza a permanência de uma base rus-sa na Crimeia, no Mar Negro, até 2042. Em meio ao tumul-to, os deputados aprovaram o acordo com 236 votos favorá-veis de um total de 450 repre-sentantes.

Os deputados da oposição e situação se agrediram e até ovos foram arremessados no presi-dente da Câmara, Volodimir Li-tvin. A sessão ficou sem controle durante alguns minutos.

Suspeita de ataque contra Obama

O jovem Joseph Mcvey foi preso no domingo, 25/4, na Ca-rolina do Norte, suspeito de pla-nejar um ataque contra o presi-dente americano Barack Obama. Mcvey, que, armado, pretendia falar com Obama, pode ser con-denado a quatro meses de prisão.

Encontro históricoNo dia 29/4, houve uma ação

inédita na rádio baiana, a Tudo FM 102,5 e a Metrópole FM 101,3 uniram os sinais em rede para toda a Bahia, marcando parte das comemorações dos 10 anos da Rádio Metrópole.

Os âncoras Raimundo Va-rela e Mário Kertész apresen-taram juntos por mais de meia hora seus programas matinais nos estúdios da Rádio Metró-pole. Conversaram sobre a política baiana e as eleições 2010. Outros assuntos foram abordados, entre eles o pro-blema de saúde que ambos enfrentaram e as divergências que tiveram no passado.

Direito mantidoO Superior Tribunal de Justi-

ça manteve, no dia 27/4, o direito de um casal de lésbicas de Bagé, no Rio Grande do Sul, de adotar duas crianças. A medida flexi-biliza a orientação jurídica que prega a adoção individual.

que p...é essa? pilha pura

Malabarismo da LapaJá ouviu aquela história que diz “se a vida lhe der um limão, faça uma limonada”? Pois é justamente isso que os pedestres que tran-sitam todos os dias nas imediações da Estação da Lapa têm que fazer: se virar como podem, ou melhor, com o que é oferecido, para não andar no meio da rua. É preciso se equilibrar para não cair nos buracos que enfeitam o “projeto” de passeio público do local, que ainda serve como depósito de lixo. Uma beleza de infraestrutura!

RetrataçãoApós a publicação da coluna de James Martins no dia 23/4, o músico Luiz Caldas enviou uma carta questionando a crítica. E assim como o Jornal da Metrópole abre espaço para opinião, dá voz a quem foi “ofendido”. Em nota, o cantor diz: “Vendi até o momento 328.649 discos inéditos, não ficando minha nova obra limitada ao Brasil. Então, vender mais de 300 mil discos é ou não é sucesso? Para não me alongar, vale lembrar que o meu myspace de rock contabiliza mais de 180 mil acessos. Quem compra os meus discos compra arte e com o livre arbítrio de escolher”. O jornal reconhece que Luiz Caldas é um dos profissionais de música mais completos da Bahia.

O nome mesmo já está dizendo: 10 anos não são 10 dias! Como estou cansado de ser olhado atravessado na rua por causa das brincadeiras feitas nesta co-luna, vou aproveitar o aniversário da rádio para cultivar inimizades só no am-biente de trabalho mesmo. Micos históricos da Metrópole! por James Martins

A barata da vizinha – Louise CallegariPor falar em mico, um deles foi mo-tivado por outro ser do reino ani-mal: uma barata voadora e cascuda. A repórter Louise Callegari foi surpreendida pela presença asque-rosa no estúdio, durante o Jornal da Cidade – 2ª edição, e assustou a todos com o grito chocante que soltou. Deu para ouvir até com o rádio desligado! A psiquiatra Rosa Garcia, por coincidência presente na ocasião, detectou uma fobia ba-ratal aguda, e a barata se metamor-foseou em piada.

A queda de Guy FerreiraMuita gente fica ligada nas precio-sas dicas de filme que o dono da Vídeo Hobby, Guy Ferreira, dá na Metrópole. Mas ele roubou a cena mesmo no dia em que interpretou, sem querer, Hitler em ‘A Queda’. Ou Pato Donald em ‘Ascensão e Queda’, sem a ascensão. Resu-mindo: Guy Ferreira tomou uma senhora queda, ao vivo, da cadeira do estúdio. E não era uma cadeira fuleira dessas de plástico, ao con-

trário, era das reforçadas. Merecia o Oscar na categoria ‘Passei Vergonha’.

Luana Montargil – Vet VildEste ninguém me contou. Eu vi. Ou melhor: ouvi. Foi no finalzinho de 2007 que a produtora Luana Montargil, lendo mensa-gem de um ouvinte, falou uma expressão que tinha tudo para ser um verso russo: vet vild! Mas como é que é? Vet vild? Nem Abraão soube tra-duzir. Até que, no meio do contexto, alguém in-tuiu que se tratava do Wet’n’Wild, o parque aquático. Mico que Luana tem que pagar até hoje, em suaves prestações, toda vez que dá na veneta de Mário botar no ar. O parque aquático se-cou, mas, para ela, entrou água...

Abraão adoça o cheque

Eu acho impossível falar da Metrópole e não citar Abraão. Ainda que fosse

na língua dos ho-mens e dos anjos, nada seria. Mes-mo em questão de mico, o cara tem que estar. Pois bem: Aragão, meu

amigo, sempre rápido em seus comentários e suas palhaçadas, um dia se meteu num

papo sobre finanças e soltou esta pérola:

“Mas antes tem que adoçar o cheque”. Sim, adoçar no lugar de endossar. A vanta-gem de rádio ao vivo é esta: não dá para voltar atrás e segurar o rabo do mico. Você fala, a gente escuta, todo mundo ouve.

ExpedientePublisher Mário KertészDiretor Executivo Chico KertészChefe de Reportagem Florence PerezProjeto Gráfico Marcelo KertészEditor de Arte Paulo BragaEditor de Fotografia Geraldo MeloDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraAssistente de Arte Larissa BatistaRedação Carolina Garcia, James Mar-tins, Laís Buri e Larissa Oliveira Produção: Amanda Barboza

Revisão Cristiane SampaioFotos Dario Guimarães Neto e Ulisses DumasProdução Gráfica Evandro BrandãoComercial (71) [email protected] 100.000 exemplares

Grupo MetrópoleRua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Pontos fixosFarmácias SantanaChame ChameIguatemi 1º pisoSalvador ShoppingCajazeirasComércioAvenida Manoel Dias da SilvaItapuãPraça da PiedadeVilas do AtlânticoGraça

Subway (Barra)Shopping Tricenter (avenida ACM)Banca de Luís (Supermercado Atakarejo)Restaurante Manah (CAB)Giramundo Turismo (Barra)Banca Paulo VI (avenida Paulo VI)Terminal Rodoviário de SalvadorSupermercado GBarbosa (Costa Azul)Uranus2 (Lucaia e Tancredo Neves)

Distribuição de rua (sexta-feira)Cruzamento V. da Gama X GaribaldiSinaleiras do Largo da Mariquita

Avenida Tancredo NevesSinaleira av. ACM (Iguatemi)Sinaleira do Hiperposto Sinaleira do Campo Grande/TCAPraça da Piedade Praça MunicipalSinaleira Manoel Dias da Silva (praça Nossa Senhora da Luz) Sinaleira Jardim dos Namorados Sinaleira ASBAC X Bompreço

Pontos de distribuição

[email protected] Uma publicação da Editora KSZ

ULISSES DUMAS TIAGO NUNES

VALERIA GONÇALVEZ/AE

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 54

cidadeCusto elevadoSegundo o presidente da Associação de Hospitais e Ser-viços de Saúde do Estado da Bahia, Marcelo Brito, um leito obstétrico custa cerca de R$ 3 mil, e as operadoras pagam apenas R$ 1,2 mil. No SUS, o valor cai para R$ 150.

Dados defasados Os médicos do ramo obstetrício contestam os números de leitos divulgados pelo CNES. De acordo com o obstetra José Carlos Gaspar , há uma defasagem tanto para mais quanto para menos.

[email protected]

A rua homenageia o médico Luís Anselmo da Fonseca, nascido em Santo Amaro. Ele ficou conhecido não só pelo ofício, mas pela luta em favor dos escravos durante a cam-panha abolicionista. Como a maioria dos médicos da época, também se dedicou às letras e foi autor de obras históricas, como o livro ‘A escravidão, o clero e o abolicionismo’. Mor-reu em 1929, aos 81 anos.

Rua Luís Anselmo

cidadeE continua... Quanto à falta de anestesista na Maternidade Albert Sabin, a assessoria afirmou que isso “nunca acontece e as equipes trabalham sempre completas”. Pelo menos deveria ser, né?

Sesab responde A assessoria de comunicação informou que há um projeto para que, quando o Hospital do Subúrbio for entregue, o Hospital João Batista Caribé seja transformado em maternidade.

[email protected]

Sem leito Grávidas sofrem para encontrar vagas em maternidades das redes pública e privada de saúde

FOI-SE O TEMPO EM QUE penar para ter um filho em Sal-vador era ‘privilégio’ dos depen-dentes do sistema público de saúde. Hoje a precariedade do serviço de obstetrícia também atinge quem paga os caros pla-nos de saúde, e, na hora H, é pre-ciso fazer um tour pela cidade e apelar a Deus para conseguir uma vaga nas maternidades e hospitais da cidade. O número de leitos não chega a mil – 770

entre públicos e privados –, e os problemas não param por aí.

O Jornal da Metrópole acompanhou durante uma se-mana a saga de mulheres que recorreram às quatro maternida-des públicas da capital – Albert Sabin, Professor José Maria de

Magalhães Neto, Tysila Balbino e o Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba). Em todas, a falta de leito é recorrente, as pa-cientes têm de enfrentar filas de espera, corpo médico deficitário, falta de medicamentos e, às ve-zes, até funcionários desprepa-rados e grosseiros.

Já no sistema privado, os grandes hospitais estão reduzin-do os leitos obstétricos alegando que a culpa é dos planos de saú-de que não pagam adequada-mente pelo serviço.

Laís [email protected]

No dia 21/4, quando a bolsa da faxineira Regiane Nascimento da Costa, grávida de nove meses, rompeu, ela procurou sem suces-so três maternidades e, ao chegar à Albert Sabin, em Cajazeiras, teve de esperar mais uma vez.

Sentindo fortes dores, os mé-dicos de plantão alegaram que não havia anestesista e, por isso, não tinham como interná-la. Sem dinheiro para voltar para casa, Regiane dormiu em um banco de concreto na recepção da emer-gência. “É muita humilhação! Tô sem comer. Já implorei, mas nada é feito”, esbraveja.

Juci Quele, grávida de oito meses, também não teve sorte. Chegou à maternidade às 7h com a bolsa estourada, não recebeu o atendimento devido e só conse-guiu dar à luz às 8h do dia seguinte.

Já na Maternidade Tysila

Balbino, na Quinta dos Lázaros, todos os leitos estavam lotados e não havia previsão de quando as pacientes seriam atendidas. “Isso é um absurdo. Tenho fortes con-

trações, já tô com dilatação, mas me dão um buscopan e me man-dam para casa”, reclama uma grá-vida de nove meses que preferiu não se identificar.

Sem direito à vida

Não há vagas No Iperba, ao lado da recep-

ção, um papel colado na parede informava que não havia vagas. Aos domingos, o problema é agravado, porque o quadro dos médicos é reduzido e conta apenas com dois obstetras e um neonatologista. Grávida de nove meses, Fernanda Santos

lutou para ser atendida. “Che-guei aqui às 13h, só fui atendi-da às 16h e eles me mandaram ir para casa. Só estão atenden-do quem já chega aqui quase parindo”, conta.

Na maternidade de referên-cia José Maria de Magalhães Neto, estavam sendo atendidos

apenas casos de abortos ou em período expulsivo – quando a criança já está nascendo. A ficha de atendimento nem podia ser feita, e quando uma grávida che-gava não era permitido que ela saltasse do carro. Os seguranças eram taxativos: “Não tem vaga, procure outra maternidade”.

Salvador tem apenas 770 leitos nas redes pública e privada

Sistema privado em crise

Quando se trata da rede pri-vada, a situação não é muito dife-rente. O obstetra José Carlos Gas-par teve muita dificuldade para internar uma paciente com sete meses de gravidez que precisava fazer o parto com urgência. “Foi uma situação esdrúxula. Estava procurando uma vaga desde as 20h, mas só consegui internar às 3h do outro dia”, relata. Segundo o médico, o problema é histórico, mas o atendimento às grávidas não pode ser restringido. “Existe um papel social que a empresa privada tem de cumprir”,diz.

Em busca de solução

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem na capital 575 lei-tos obstétricos do SUS e 143 não-SUS, mas, de acordo com Marcelo Brito, o número está defasado, e o sistema privado precisa de pelo menos 900 leitos. Preocupado com a situação, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia pro-moveu reuniões com os represen-tantes da categoria para estudar a situação. “Faremos um diagnóstico para tentar ajudar de alguma for-ma”, explica o presidente do Cre-meb, Jorge Cerqueira.

‘Bola de neve’ Os grandes hospitais come-

çaram a reduzir os leitos obs-tétricos. O presidente da Asso-ciação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Marcelo Brito, diz que os planos de saúde não remuneram de for-ma correta e, assim, os hospitais não têm como se manter. “Anu-almente eles fazem os reajustes, mas não repassam os valores aos médicos, hospitais e laborató-rios. É uma bola de neve, porque, sem leitos, não tem como os mé-dicos trabalharem, e, se os médi-cos não trabalham, a população fica sem o serviço”, ressalta.

leitos em Salvador

FOTOS ULISSES DUMAS

Os cartazes contraditórios estão expostos na maternidade Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba)

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 76

[email protected]

cidadeUneb republica editalA Universidade do Estado da Bahia republicou o edital do concurso público para contratação de 53 técnicos. As inscrições vão até 6 de maio e devem ser feitas pelo site www.selecao.uneb.br/concursopublico.

Liberação da AnvisaA Anvisa aprovou a liberação do uso da creatina e da cafeína por atletas. O órgão comprovou que o consumo correto das substâncias pode auxiliar no desempenho dos esportistas.

[email protected]

PARA QUALQUER CIDADÃO, o serviço de saneamento básico consiste numa condição básica de sobrevivência, ou melhor, um direito assegurado pela Consti-tuição Federal. Mas, para os mo-radores da Vila Dois de Julho, no bairro do Trobogy, e de Mus-surunga, um dos bairros mais populosos da cidade, o acesso ao

serviço tornou-se utopia. Há 30 anos, as localidades convivem com os transtornos causados pela falta de esgoto e, em con-trapartida, assistem desolados à construção de “bairros conceito” que já nascem com total infraes-trutura. “E por que nós também não podemos ter saneamento?”, questiona Reginaldo Bispo Fi-lho, presidente da Associação de Moradores de Mussurunga.

Carolina [email protected]

Em Mussurunga, a realidade beira o pesadelo. O rio que corta a região virou um depósito de esgoto, e a sujeira passa ao lado das casas do final de linha do bairro, que fo-ram construídas em cima de uma adutora. “Quando chove, o nível do rio sobe e as fezes boiam dentro das casas”, conta Reginaldo Bispo Filho. Segundo o líder comunitário, o bair-

ro não tem saneamento desde a sua fundação, e as lagoas para onde vão os detritos estão saturadas. “É triste ver um bairro grande como esse, que está na rota da Copa de 2014, nessa situação deplorável”, diz. Para a cozinheira Ana dos Santos, a espe-rança é inútil. “Só nas eleições é que alguém vem aqui prometer melho-ria, mas nada acontece”, afirma.

Veneza de pobre

Proliferação de doenças

Nos bairros onde o sistema de saneamento básico é inadequado, a proliferação de animais trans-missores de doenças é inevitável. “Mosquitos e roedores encontram condições perfeitas para sobre-viver e transmitir doenças, como dengue e leptospirose”, explica a subgerente do Centro Municipal de Controle de Zoonoses, Isabel Guimarães. O distrito de Pau da Lima, onde está a Vila Dois de Ju-lho, é uma das áreas prioritárias do órgão para controle da leptos-pirose, mas a técnica alerta que o problema pende não apenas para a saúde. “É necessário um esforço multissetorial, com muito investi-mento e infraestrutura”, defende.

Solução improvisada Na Vila Dois de Julho, a saída

para amenizar a falta de esgota-mento sanitário veio por meio de uma canalização improvisada que lança os dejetos para a nascente do Rio Trobogy. “Quando cheguei aqui, há 30 anos, pegávamos água desse rio. Hoje, infelizmente, é nele que temos que jogar nosso esgo-to”, relata o vice-presidente da as-sociação de moradores do bairro, Cristovam Bispo. As obras para instalação de esgoto, que deveriam ter sido iniciadas em 2008 pela Embasa e concluídas este ano, não saíram do papel com a desculpa de que a vegetação “dificulta” os tra-balhos. “Até agora não vi nenhuma máquina, acho difícil sair este ano”, lamenta Cristovam.

Solução à vista Em nota enviada por e-mail,

a assessoria de comunicação da Embasa reconhece que a rede de esgotamento sanitário de Mus-surunga não tem destinação, mas que o bairro será contemplado, até 2011, com os recursos do programa Água para Todos. Será feita uma nova interligação, que vai tratar e destinar os efluentes ao sistema de esgoto da cidade.

Para a comunidade de Vila Dois de Julho, o prazo para insta-lação da rede de esgoto está man-tido para setembro deste ano. A verba utilizada nas obras, no entan-to, também virá por meio do Água para Todos, e não do PAC, como a própria Embasa havia afirmado aos moradores em 2008.

Parada Disney Dia 2/5, acontecerá, às 10h30, a Parada Disney, que vai do Jardim de Alah à Boca do Rio. Seis carros alegóricos e seis veículos participarão do desfile com personagens clássicos do cinema.

IgnoradosHá mais de 30 anos, moradores da Vila Dois de Julho e Mussurunga sofrem sem esgotamento sanitário

FOTOS DARIO GUIMARÃES

REPRODUÇÃO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 98

cidadeNúmero de fraudesSegundo dados da Polícia Federal (PF), somente em 2009, a Delegacia de Prevenção e Repressão aos Crimes contra a Previdência instaurou 250 inquéritos referentes a fraudes no INSS.

TRE com horário especialO TRE e os cartórios eleitorais estão em regime de plantão, das 8h às 18h, até o dia 5 de maio. Amanhã e domingo, os eleitores também poderão tirar o título, transferir o domicílio ou revisar os dados cadastrais.

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“O INSS hoje é deficiente. É visível o despreparo dos funcionários e a falta de recursos” Ivan Kertzman, advogado especialista em direito previdenciário

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Jogo de empurra-empurra

Deficiências do INSS

Angústia de um, conforto de outro

A Funcef diz que só o INSS pode corrigir o erro, mas o órgão devol-ve a responsabilidade, dizendo que cabe à Funcef reparar o erro. O jogo de empurra fez com que Vanda Burgos se tornasse uma marione-te nas mãos das instituições. Em 2009, ela decidiu acionar a Justiça,

mas o desfecho foi desanimador. “O INSS contestou a ação e o juiz pediu que a Funcef fosse integrada como ré no processo”, explica a ad-vogada Manuela Accioly. Já na Po-lícia Federal, o superintendente do órgão, delegado José Fonseca, não descarta a possibilidade de fraude

administrativa. “Se o órgão que é o responsável por essa correção não consegue solucionar o caso, temos que ver se não há prevaricação ou omissão de alguém”, afirma. Entre-tanto, Fonseca diz que a PF só pode envolver-se no caso se o INSS solici-tar ajuda na investigação.

Orientada pela família, Vanda Burgos (foto) solicitou ao INSS em 2007 uma revisão do benefício, no intuito de conseguir corrigir o valor de sua pensão. Mas a apo-sentada corre o risco de passar o resto da vida esperando por uma resposta. Por e-mail, a assessoria de comunicação do INSS infor-mou que a solicitação ainda está sob análise, porque a demanda “é muito grande para o quantitativo de servidores capacitados”. De acordo com o artigo 174 da Lei de Previdência Social, a revisão deve-

ria ser feita em até 45 dias.Em 2008, uma inspeção da

Procuradoria Federal dos Di-reitos do Cidadão avaliou a qualidade dos serviços prestados nas agências do INSS em todo o País. Em Salvador, o posto das Mercês – o mes-mo em que Vanda buscava as infor-mações – foi con-siderado um dos mais deficientes do Estado.

Enquanto Vanda Burgos, viúva do engenheiro Joseval Fontes Ma-chado -– falecido em 1977 –, recebe mensalmente cerca de R$ 1,6 mil, Adalgisa Souza de Santana, viúva do ascensorista João Pereira Santana – também falecido –, pode estar rece-bendo o valor original da pensão de Joseval, estipulado em R$ 2.245. Am-bos eram funcionários da Caixa. “Ti-nha um orçamento com essa pensão e agora acumulo dívidas”, diz Vanda.

Para agravar a situação, o reajus-te de R$ 21 mil, creditado em 2007 pelo INSS, nunca foi depositado na conta bancária de Vanda. “O filho da outra viúva disse que eles não rece-beram nada, mas a Funcef garantiu que o valor foi retirado”, conta. Adal-gisa e o filho não foram encontrados pelo Jornal da Metrópole.

Com o engano do INSS, Vanda perdeu cerca de R$ 67 mil

“É MUITO DESGASTANTE para uma pessoa com 81 anos e com problemas de saúde correr atrás deste prejuízo. Sinto que estou chegando ao meu limite”. O desabafo é da aposentada Vanda Burgos Machado, que sente na pele o descaso no atendimento do INSS.

Há quase dez anos, ela percebeu que o contrache-que da pensão deixada pelo marido, que era funcioná-rio da Caixa Econômica Federal, vinha com nome e valores trocados. Na esperança de rapidamente cor-rigir o erro, procurou o órgão e a Fundação dos Eco-nomiários Federais (Funcef), mas até hoje não teve resposta ou ressarcimento do montante perdido, esti-mado em R$ 67 mil.

Mesmo classificado pela assessoria de comunica-ção do INSS como um ‘caso cabeludo’, o problema é estranhamente empurrado com a barriga. E, na Jus-tiça, o desfecho também foi protelado. Já a Polícia Fe-deral é categórica: não se mete onde não é chamada. Ou seja, somente o INSS pode investigar os casos de fraude em que está envolvido.

Carolina [email protected]

DIVULGAÇÃO

GERALDO MELO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 1110

polí[email protected]

Eleição passadaEm 2008, ACM Neto foi candidato a prefeito de Salvador, quando, por uma questão de estratégia eleitoral, para muitos equivocada, preferiu deixar o carlismo de lado para apostar no novo.

Bem na fitaO prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM), deve estar com o sorriso de orelha a orelha. Sua gestão foi aprovada por 77% dos eleitores na última pesquisa feita pelo jornal Folha do Estado.

Apelando para o altoCarlismo volta ao centro do debate eleitoral na Bahia e será estratégia política do Democratas

O SENADOR ANTONIO Carlos Magalhães morreu em julho de 2007, mas será um dos per-sonagens da campanha eleitoral deste ano na Bahia. Mas, afinal de contas, o carlismo também morreu ou continua vivo? A tese defendida pe-los aliados do falecido senador que resolveram literalmente apelar para o alto é que o carlismo ficou mais forte graças ao “desgoverno” do PT. Já para os petistas, o passado deve ser enterra-do, o que justifica, inclusive, o desconforto da militância do PT de ter na chapa majoritária do governador Jaques Wagner um antigo aliado de ACM, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Otto Alencar.

Até 2007, a política baiana se dividia entre os que estavam com ACM e os que eram ini-migos mortais do carlismo. Hoje, os antigos carlistas estão espalhados nas três principais chapas que disputarão o governo do Estado. Além de Otto, o senador César Borges (PR), que era um carlista fiel, apoiará um desafeto de ACM, o ex-ministro da Integração Geddel Vieira Lima. Talvez em função dessa “mistu-ra”, o velho cacique baiano apanhará menos em 2010 do que nas eleições passadas.

Ideologia desestruturada

Para o deputado federal Emi-liano José (PT), Wagner e o PT não temem comparações com o passado. “Essa foi uma época que os baianos querem esque-cer. ACM foi filhote da ditadura e de democrático não tinha nada. Na época dos carlistas, a Bahia tinha os piores indicadores so-ciais do País”, frisa.

Para o deputado federal Nel-son Pelegrino (PT), a vitória de Wagner em 2006 desestruturou o carlismo, e, portanto, a estratégia do DEM não funcionará.

Campo minadoNo campo do PMDB/PR, com

o apoio de César Borges a Geddel, o tema carlismo é mais delicado. Para o senador, hoje, a política é di-ferente da época de ACM e tem dito que espera uma campanha sem agressões que remetam ao passa-do. “Minha conversa com o gover-nador se deu em alto nível. Espero que essa relação continue assim e que não mude só porque tomamos a decisão de compor com o PMDB”, diz. Com a presença de César na chapa, Geddel deve focar suas crí-ticas ao governo de Paulo Souto (DEM) e evitar os ataques a ACM.

‘Carlismo não define eleição’

Para o cientista político baia-no Paulo Fábio, Jaques Wagner mantém vivas as práticas carlis-tas na cooptação de aliados, in-cluindo os carlistas Otto Alen-car e César Borges. “É óbvio que não há identidade de objetivos. Os estilos são opostos, mas a metodologia atual das alianças muito se parece com a de on-tem”, afirma. Sobre o papel que ACM terá na campanha deste ano, é categórico: “Claro que ha-verá a lembrança, mas isso não vai definir a eleição”.

Estratégia política

Esquecido na campanha municipal de 2008, ACM será um dos trunfos do DEM na campanha de 2010. A estraté-gia dos marqueteiros do par-tido é que o deputado federal ACM Neto (DEM) lembre as realizações do avô. A apos-ta é que ACM continua forte, principalmente no interior. Ao pré-candidato ao governo do Estado Paulo Souto (DEM) caberá falar do futuro. “Fala-rei do que farei no futuro caso seja eleito. Mas sempre que for questionado sobre o pas-sado, falarei”, salienta Souto, que, a exemplo do ex-prefeito de Feira de Santana José Ro-naldo de Carvalho, pré-candi-dato ao Senado pelo DEM, ti-nha muitos atritos com ACM.

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 1312

polí[email protected]

Chávez no TwitterNesta semana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rendeu-se ao Twitter. Em sua primeira mensagem no microblog, ele disse que vinha ao Brasil em breve. O Twitter dele é @chavezcandanga.

Disputa eleitoralOs principais pré-candidatos ao governo do Estado, Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB) e Jaques Wagner

(PT), estiveram na semana passada na Rádio Metrópole para conversar com Mário Kertész sobre as desavenças políticas, os problemas do presente e do passado e as promessas para o próximo mandato. Confira os principais trechos.

Jaques Wagner enalteceu a geração de postos de trabalho durante sua gestão, apontando também para os projetos em andamento. “Os empregos foram qua-se duplicados com a chegada da Ford. Agora, estamos preparando um novo porto entre Ilhéus e Itacaré e licitando na Bolsa de Valores de São Paulo o sistema BA-093, que é o complexo rodoviário em torno do Polo Industrial de Camaçari”.

Associou a sua administração à política de Lula: “Eu digo que a minha cartilha é a do presidente Lula, com quem aprendi a fazer política”. Mas quando o assunto é violência, diz que o problema é de todos. “Falam tanto de segurança e esquecem que isso também está vincu-lado à exclusão social”.

O candidato do DEM criticou a estagnação do setor hoteleiro baiano. “O que foi concluído foram investi-mentos que nós iniciamos, como o segundo hotel da IberoStar. Diziam também que iriam desenvolver a Baía de Todos-os-Santos, mas não fizeram nada de substan-cial na região”. Mas disse que falhou na educação en-quanto governava: “Reconheço que, diante dos inves-timentos que fizemos, o resultado poderia ser melhor. Não adianta eu querer passar responsabilidade para outras pessoas. Foi, sim, um problema da gestão”.

Em relação à “herança maldita”, diz que é conversa fajuta. “Tínhamos por ano cerca de 800 homicídios em Salvador, e o número de repente passou para 1.800 em 2007, 2008 e 2009. Isso é herança maldita?”

Geddel Vieira Lima criticou a saúde na Bahia. “Gran-de parte dos municípios não consegue contratar médi-cos para trabalhar no interior. É preciso que seja enca-minhado para a Assembleia Legislativa um projeto para a carreira médica”. O pré-candidato também explicou como foi a saída do PMDB da gestão do atual governador. “Esperamos o momento em que não se caracterizasse como oportunismo e deixamos o governo para apresen-tar propostas claras e substantivas”.

Em relação à violência, propõe um projeto: “A ideia da minha equipe é a criação de um cordão de defesa do cidadão. Colocar as polícias e a Secretaria da Fazenda nas vias de entrada e saída da cidade. Se você fecha as fronteiras, tem um encurralamento dessa bandidagem”.

Secretaria irregularDE OLHO NO PLEITO DE 2010, o ex-secretário da Secre-taria de Infraestrutura do Esta-do (Seinfra) João Leão (foto) deixou o cargo dia 30/3. O que ele esqueceu de avisar foi que, além do posto, deixou para trás uma série de irregularidades.

Nos dias 20/3 e 21/3, o Diá-rio Oficial do Estado publicou a anulação de 14 licitações en-caminhadas pela Seinfra. Os processos revogados previam serviços que seriam executa-dos em rodovias da Bahia. As obras, de responsabilidade do Departamento de Infraestru-tura de Transportes da Bahia

(Derba), subordinado à se-cretaria, foram anuladas por falhas técnicas, como falta de verbas, por exemplo. Para a oposição, os problemas foram ocasionados por irresponsa-bilidade do governo, que não tinha a verba necessária para executar as construções.

O mais intrigante é que

agora quem coman-da a Seinfra é o anti-go gestor do Derba Wilson Brito, que não enxergou “os pequenos problemas” nos editais.

Laís [email protected]

O secretário Wilson Brito diz que as afirmações sobre as irregularidades nas licitações são intriga da oposição. João Leão faz coro: “Não teve irregu-laridade nenhuma. Foram er-ros passíveis de acontecer em qualquer momento e em qual-quer governo”.

Segundo ele, cinco licitações foram revogadas por ser consi-deradas desertas, ou seja, quan-

do não há interesse da empresa de construção civil em partici-par da obra, e as outras tiveram falhas técnicas, como erros de planilha e falta de verba para execução da obra. “Nós temos um convênio de R$ 15 milhões com a Conder. Outras obras de-pendem do crédito que estamos buscando no BNDES. Ainda este mês, estaremos relançando os editais”, promete.

O deputado democrata Heral-do Rocha afirma que o erro come-çou no lançamento dos editais. “Deve ter ocorrido o estelionato eleitoral, ou seja, lançaram os editais sem ter recurso no orçamento e, quan-do se deram conta, cancelaram. Só pode ser isso, não tem outra explica-ção. Isso é uma irresponsabilida-de do governo”, acusa.

Além do despreparo do gover-no, o deputado explica ainda que a anulação fere uma lei estadual. “A Lei Estadual 9.433, do Artigo

122, afirma que a autoridade superior competente somen-te poderá revogar a licitação por motivo de interesse público.

Então não houve interesse público, porque o interesse do povo era o de que tivesse a estrada”, defende.

Falhas técnicas

‘Estelionato eleitoral’

“Então não houve interesse público”

Durante a gestão na Secretaria de Infraestrutura, João Leão teve 14 licitações revogadas

polí[email protected]

Vantagem para Dilma Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à Presidência, tem 48% de tempo de publicidade superior ao de José Serra (PSDB). A vantagem pode aumentar para 55% caso as alianças ainda em negociação se concretizem.

O blefe de Maria LuízaDepois de anunciar que abandonaria a vida pública, por causa dos desentendimentos com Geddel, a deputada estadual Maria Luíza (PSC) voltou atrás. Agora, ela sustenta que vai em busca da reeleição.

RUAN KARITA/AE

FOTOS GERALDO MELO

MANU DIAS/AGECOM

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 1514

bagunçando o babaNovidades...

As novidades na diretoria e as contratações do Bahia devem ser anunciadas no dia 3/5. O ges-tor do clube, Paulo Angioni, já deve ter acertado a contratação de, pelo menos, três jogadores. Angioni também se esforça para manter Renato Gaúcho no time.

LADEIRA ABAIXOA violência entre as tor-

cidas organizadas voltou a manchar a fama de pacifi-cador do torcedor baiano. A tentativa de homicídio de um torcedor do Bahia no 25/4 re-acendeu a discussão sobre o papel das organizadas.

LADEIRA ACIMAO Vitória tratará os tor-

cedores do Bahia, no BA-VI do dia 2/5, da mesma forma que os rubro-negros foram tratados em Pituaçu. A dire-toria do clube avisou durante a semana que o número de ingressos para os torcedores rivais será de apenas 1.630.

Dia 2/5 às 16h

Vitória x BahiaBarradão/Salvador

próximo jogo/BA-VI

[email protected]

Beckham? Só mais tarde!O jogador inglês David Beckham anunciou que só volta a jogar em novembro, dois meses depois do esperado. Ele vai ficar de fora da Copa da África do Sul por causa de uma lesão no tendão de Aquiles.

‘Emperrando’ o baba...MP quer impedir a demolição da Fonte Nova e solicita ao Iphan o tombamento do estádio

Raphael Carneiro

O DRAMA DA COPA DE 50, quando a Bahia perdeu o status de sede porque a construção da Fonte Nova não estava comple-ta, pode se repetir 64 anos de-pois. O prazo para o início das obras de reconstrução do está-dio dado pela Fifa e pelo comitê organizador local é dia 3/5. O governo federal sinalizou que eliminará as cidades que não cumprirem a determinação e, até agora, não há nem sinal de

quando os primeiros funcioná-rios iniciarão o trabalho.

Apesar da ameaça, o secre-tário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Nilton Vasconcelos, mostrou-se es-perançoso. Ainda sem a liberação do Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a demolição do estádio, ele acredita que o iní-cio das obras pode contemplar outras ações, como a instala-

ção do canteiro, colocação de tapumes e pequenas interven-ções no estádio, e livrar a Bahia de uma punição. “Pelo menos esse é o nosso entendimento”, afirma. Enquanto isso, a incer-

teza prevalece, e, mesmo sem saber como cumprirá o prazo da Fifa, o governo do Estado

acomodou-se aos atrasos dos outros estados. “Eu olho para frente e não vejo ninguém”, diz Nilton Vasconcelos.

[email protected]

“Eu olho para frente e não vejo ninguém”

Empréstimo aprovadoA demolição da Fonte Nova

não tem data para ocorrer, mas a verba está garantida. Esta sema-na, os deputados estaduais apro-varam na Assembleia Legislati-va o projeto de lei que autoriza o governo a contratar emprés-timo de R$ 400 milhões para a reconstrução do estádio. O valor será financiado no BNDES.

MP quer novo relatório do Iphan

Um dos empecilhos para a demolição da Fonte Nova está no Ministério Público Federal. Na semana passada, o órgão ingressou com uma ação civil pública pedindo liminar de suspensão imediata das autorizações concedidas pelo poder público para as obras no estádio. Em nota, os promotores responsáveis explicam que querem um novo estudo do Iphan, que recentemente negou o pedido de tombamento da Fonte Nova.

Já a Setre diz que todas as medidas legais estão sendo to-madas e o projeto para a demo-lição será analisado pelo Iphan.

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Confiança em altaA Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma alta no Índice de Confiança do Consumidor no mês de abril. O ICC atingiu 3,5%, contra 0,7% no mês passado. A taxa foi a maior desde novembro de 2009 (1,4%).

Refinaria Landulpho Alves faz 60 anos em setembroPrimeira unidade de refino do Brasil processa até 307 mil barris de petróleo por dia

EM SETEMBRO DE 2010, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) completa 60 anos. Prin-cipal recolhedora de ICMS da Bahia, responsável por aproxi-madamente 18% da arrecadação de todo o Estado, foi a primeira unidade de refino do Brasil e continua sendo a segunda maior refinaria do País em ca-pacidade – processa até 307 mil barris/dia – e em complexidade – produz 38 derivados.

Localizada nas margens da Baía de Todos-os-Santos, no município de São Francisco do Conde, a RLAM foi inaugu-rada no dia 17/9/1950 com o nome de Refinaria Nacional de Petróleo AS e posterior-mente recebeu o nome de um dos defensores da nacionaliza-ção do petróleo: o engenheiro agrônomo Landulpho Alves de Almeida. Entrou em opera-

ção processando diariamente 2.500 barris de petróleo por dia, provenientes dos campos do Recôncavo baiano. “A RLAM é a mais acachapante respos-ta àqueles que duvidaram da capacidade do povo brasileiro de refinar o seu petróleo”, afir-mou certa vez a escritora Zélia Gattai. Juntamente com Jor-ge Amado e personalidades, como Monteiro Lobato, Zélia foi uma das pessoas que parti-ciparam ativamente na luta em favor do monopólio nacional sobre a exploração e processa-mento de petróleo.

A Petrobras, por intermédio da RLAM, participa do desenvolvimen-to de muitas cidades no Recôncavo baiano, como Candeias, São Fran-cisco do Conde e Madre de Deus. Nos últimos anos, a empresa apos-tou em projetos sociais de capacita-ção, como o Costureiras de Caípe, em São Francisco do Conde. Com o projeto, numa parceria com o Senai, 64 costureiras aprenderam a fazer o fardamento industrial para diversos funcionários de pequenas e médias empresas da região.

Na área de educação, a Petro-bras implantou em 1992, na refi-naria, o Programa de Criança, com objetivo de complementar a educa-

ção de crianças em situação de ris-co social nas cidades de São Fran-cisco do Conde e Madre de Deus. O programa atende atualmente 650 meninos e meninas, entre 6 e 12 anos, que participam de ativida-des de esporte, lazer, cultura e edu-cação no local. O objetivo é desen-volver a capacidade psicomotora, estimular a criatividade, comple-mentar a formação adquirida na escola e dar às crianças a oportuni-dade de desenvolver a integração e socialização. A refinaria fornece fardamento completo, transporte, alimentação, instrutores, espaço e todo o material necessário para a realização do programa.

Programas“Nesses 10 anos da Rádio

Metrópole, a Petrobras, por meio da Gerência Regional Nordeste de Comunicação Institucional, parabeniza todos os profissio-nais que, por meio da rádio e do jornal impresso, contribuem para a difusão de informações precisas e imparciais à socieda-

de baiana. A Rádio Metrópole, hoje, está incorporada ao dia-a-dia da população baiana, contri-buindo para que todos tenham acesso ao bom jornalismo, fun-damental para a transformação da sociedade. Parabéns à Rádio Metrópole por estar contribuin-do para a melhoria das condi-

ções de vida do povo baiano”, afirma o gerente regional de Co-municação da Petrobras no Nor-deste, Darcles Andrade (foto).

Segundo o gerente-geral da refinaria, Claudio Schlosser, a RLAM também vem recebendo pelos seus 60 anos manifesta-ções de carinho de diversos se-tores da sociedade. “O sucesso da Refinaria Landulpho Alves, como se sabe, é uma conquista de toda a sociedade brasileira. Afinal, são seis décadas mar-cadas por resultados significa-tivos, que se confundem com a história do desenvolvimento do Brasil. Sempre superando desafios, a Petrobras, por meio da RLAM, vem ajudando a cons-truir uma sociedade mais justa, sendo hoje uma empresa que é referência no cenário interna-cional”, diz o gerente.

Não é só a Rádio Metrópole que faz aniversário...

RLAM é a segunda maior refinaria do Brasil

ProdutividadeA RLAM tem 26 unidades

de refino e produz 38 deri-vados que abastecem as re-giões Norte e Nordeste do País, além de destinar cerca de 10% de sua produção para o exterior. Até o final de 2011, a Petrobras investirá aproxi-madamente R$ 3 bilhões em novos empreendimentos para a Refinaria Landulpho Alves, preparando a unidade para um novo ciclo de moderniza-ção. Os investimentos permi-tirão à refinaria incrementar sua rentabilidade e promover ainda mais a preservação do meio ambiente, além de con-tribuir para a criação de cerca de 14 mil empregos diretos até o final das obras.

JON SUPER/ASSOCIATED PRESS

EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE

FOTOS DIVULGAÇÃO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 1716

socialZeca & Joca Bras

[email protected]ídia

[email protected]

Nelson CadenaRomântico e agressivo

O cantor Luciano, par de Zezé di Camargo e filho de Francisco, terá de pagar uma indenização de R$ 30 mil por causa de uma agressão cometi-da em 2004 contra um homem de mais de 50 anos durante um comício político em Porto Ale-gre. Luciano não só deu uma “voadora” no coroa, como chu-tes no rosto e no escroto. Mas a pergunta que não quer calar: o que teria feito o pobre homem para despertar tamanha fúria no cantor? Chamou-o de zero à esquerda ou cara de bolacha?

Armadilha do matuto

Não satisfeito com a quanti-dade de glitter que espalha pelos eventos desde que saiu da casa, o ex-big brother Serginho virá à Bahia, no dia 8/5, para exibir sua “beleza” no camarote do ‘Arraiá do Chapéu’, em Santo Antônio de Je-sus. Desejamos sorte ao mocinho nesta empreitada, já que um pas-sarinho verde nos contou que um certo big brother baiano, alguns anos atrás, caiu no conto do em-presariado local e saiu de lá com o bolso mais vazio do que porqui-nho de criança. Ou será que calote é um costume papa-jaca?

Mãe é diferente“Ser mãe torna tudo diferente”

é o mote de campanha da Morya para o Dia das Mães do Salvador Shopping. O comercial, gravado em áreas internas do centro co-mercial, mostra diferentes gera-ções de mães e filhos, que também são representados no VT como clientes. Locações feitas na praça de alimentação, corredores, lojas e restaurantes. A campanha, que fica no ar até 9/5, tem VT para televi-são, um spot para o rádio e mate-rial de ponto de venda. Este último divulga o brinde de uma nécessai-re para compras acima de R$ 300.

FERNANDO VIVAS/AGÊNCIA A TARDE DIVULGAÇÃO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010

cultura & [email protected]

1918

cultura & [email protected]

Turma da Mônica na TVOs desenhos da Turma da Mônica vão começar a ser transmitidos no segundo semestre na TV Globo. O contrato com Maurício de Souza será de três anos. Nesse período, os desenhos vão ao ar nas manhãs de sábado.

Embora Denzel Washing-ton consiga manter o seu alto

nível, não consegue salvar ‘O Livro de Eli’. Digo: não conseguiu salvar o filme, já que o livro – no intragável filme – se salva. Todas as “culhudas” de filme de ação cujo herói vence tudo e todos sem perder o rebolado estão lá. Mas tem pior: aliado a isso vem uma mensagem bíblica cari-cata que é de doer. Não veja!

O cantor Pedro Mariano faz dois shows do CD ‘In-condicional’ em Salvador. Em formato acústico, Mariano, além de interpretar, toca bateria em algumas músicas. Fa-zem parte do repertório canções de outros cantores, como Jair Oliveira e Frejat. Hoje e amanhã, Cine Teatro Sesc Casa do Comércio, às 21h. Ingressos: R$ 60 (inteira).

Homem de Ferro 2Direção: Jon Favreau. Com: Ro-bert Downey Jr. e Gwyneth Pal-trow. Multiplex 3 (leg): 11h40, 14h10, 16h40, 19h10, 21h40, 0h10. UCI Paralela 5 (dub): 10h25, 13h, 15h30, 18h05, 20h40, 23h15. Cinemark 4: 13h, 15h40, 18h30, 21h30, 0h20.

Vidas Que Se CruzamPré-estreia. Direção: Guillermo Arriaga. Com: Charlize Theron e Kim Basinger. Multiplex 4: 23h.

Algo Que Você Precisa SaberDireção: Cécile Telerman. Com: Mathilde Seigner e Charlotte Rampling. EUA/2009. Cine-mark 6: 14h.

Alice no País das Maravilhas (3D)Direção: Tim Burton. Com: Jo-hnny Depp e Anne Hathaway. EUA/2010 Multiplex 7 (dub): 11h20, 13h30, 15h45, 18h, 20h15, 22h30. UCI Paralela 4: 10h40, 13h, 15h20, 17h40, 20h, 22h20. Cine-mark 5 (leg): 19h30, 22h, 0h30.

Vestido de NoivaTexto de Nelson Rodri-gues, Vestido de Noiva, em versão adaptada pelos atores do Curso Livre de Teatro da Ufba. A direção é de Paulo Cunha. Até 9/5, no Tea-tro Martim Gonçalves, de terça a domingo, às 20h. Entrada franca (senhas distribuídas na bilheteria do teatro a partir das 19h).

HamelinProtagonizado por Vladimir Brichta, Hamelin, texto do es-panhol Juan Mayorga, conta a história de um jovem juiz deter-minado a provar a inocência de um importante membro da sociedade acusado de abusar sexualmente de uma criança. Hoje, amanhã e domingo, no Teatro Jorge Amado, às 20h. Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (hoje e domingo), R$ 70 e R$ 35 (sábado).

teatro

o que rola

cinema

dica do chef

Pedro Mariano na Casa do Comércio

Excelente álbum reú-ne clássicos da canção americana em versões para o português de Carlos Rennó, com arranjos de Jaques Morelenbaum. A lista dos intérpretes – que inclui Gal Costa, Emílio Santiago, Erasmo Carlos e ou-tros – ajuda muito. No repertório: Summertime, Strange Fruit, White Christmas e outras pérolas. Destaque para a versão de Bewitched, Bo-thered and Bewildered, de Rodgers/Hart, que ganhou uma interpretação realmente ‘encantada’ de Maria Rita.

Nego CD

GaGa no Brasil?No início do ano, surgiram boatos de que Lady GaGa iria trazer sua turnê ‘Monster Ball’ para o Brasil. Os boatos foram desmentidos, mas, com o anúncio da esticada da turnê para até 10/12, reacendeu-se a esperança. Será?

O Livro de Eli

NO COMETA AÇAÍ, a receita tradicional ganhou novas frutas, como o morango, a manga e o cupuaçu, e a novidade representa cerca de 20% do faturamento. O espaço, inaugurado há 11 anos, é ‘fruto’ da aposta do sócio An-dré Castro. Durante uma visita ao Rio de Janeiro, André percebeu o sucesso que o açaí fazia entre os jovens cariocas. Quando decidiu abrir o Cometa Açaí (antes chamava-se Planeta Açaí),

só havia um lugar com o mesmo perfil na cidade. Por ser um fast -food de alimentos saudáveis, o público é forma-

do por pessoas que frequentam academias e praticam esportes. Além da Pituba, a lan-chonete está presente no Imbuí e, em breve, chegará à Graça. No cardápio, há opções de sanduíches frios com pastas e vegetais. Já o

carro-chefe da casa, o açaí, custa entre R$ 6,60 e R$ 8,80. As frutas na tigela custam de R$ 7,20 a R$ 9,70.

Lave os morangos, retire as fo-lhas e os separe. Depois, bata no liquidificador o leite condensado junto com o leite líquido e o gelo. Adicione a quantidade de açú-car desejada. Bata os morangos junto com a mistura. Não demo-re muito para que os morangos fiquem em pedaços. Se preferir, separe alguns morangos para deixá-los inteiros ou cortados ao meio. Coloque na tigela, enfeite com alguns morangos inteiros e sirva ainda gelado.

Anderson Machado é gerente do Cometa Açaí (Rua Goiás, 314, Pi-tuba) Contato: 3345-0595

1 caixa de morangos

1 caixa de leite condensado

1 copo de leite líquido

gelo e açúcar a gosto

morango na tigela

tempoingredientes

modo de preparo

10 minDelícia de morangoFrutas comidas de colher fazem sucesso no Cometa Açaí

“Rah, Rah, Ah, Ah, Ah/ Roma Romama/ GaGa Uh, Lala...”. Para quem ain-da não conhece, o trecho faz parte da música ‘Bad Romance’ de Lady GaGa, que tem o videoclipe mais visto da história do Youtu-be, com mais de 190 mi-lhões de acessos. E não é difícil entender o sucesso de GaGa. A cantora, que estourou em 2008 com ‘Just Dance’, tem uma identidade inconfundível, atestada pelas roupas, sa-

patos, maquiagens e pe-rucas — um show de extra-vagância. Ela já “sangrou” no palco, recebeu prêmios com o rosto totalmente coberto e causou frisson no funeral do estilista Ale-xander McQueen ao tra-jar um figurino chocante, mais parecido com um in-seto. Para o diretor da MTV Salvador, Osvaldo Júnior, GaGa é um fenômeno pop incontestável. “Exis-tem artistas melhores na questão musical, mas sua produção tem um pro-fissionalismo impecável e isso é primordial hoje”, analisa. Questionado se a cantora é mais uma “modinha” ou se sustenta por mais tempo, Osvaldo é enfático: “Eu acho que não vai embora rapidi-nho. Ela é muito boa no que faz e sabe onde quer chegar”, sentencia.

Com o videoclipe mais visto da históriado Youtube, Lady GaGa consagra-se como fenômeno pop

Ela não confirma, mas fontes garantem que GaGa chama-se, na verdade, Stefani Germanotta. No entanto, ela não aceita ser chamada assim de jeito nenhumO nome GaGa é inspirado na música ‘Radio GaGa’, de Freddie MercuryChristina Aguilera nega até a morte, mas copiou descaradamente o figurino de GaGa em novo videoclipe, e a polêmica só tende a crescer

Larissa [email protected]

O morango na tigela custa R$ 9,70

Comandada pelo cantor Adelmo Casé, a festa Just Black resgata a veia

hip hop do cantor, que é também vo-calista da banda de axé Negra

Cor. O cantor promete tocar versões modernas de clássi-cos da soul music, funk e hip hop e conta com as interven-

ções do DJ Santz. Na boate Just1, todas as quintas-feiras de

maio, às 21h. Ingressos na bilhe-teria: R$ 40 (feminino) e R$ 60

(masculino).

Just BlackLady extravagância

FRED ALVIN/DIVULGAÇÃO LEZINE PINHEIRO/DIVULGAÇÃO

REPRODUÇÃO

FELIPE OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO

ULISSES DUMAS

MARCOS VILAS BOAS/DIVULGAÇÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 201020

obituárioArtista plástico deixa saudade

ARTISTA PLÁSTICO, na-tural de Amargosa, Antônio Itamar de Assis Espinheira faleceu na noite do dia 23/4, vítima de leucemia. Ele tinha 87 anos.

Itamar Espi-nheira, como as-sinava suas telas, recebeu o diagnós-tico da doença há um ano. Ainda assim, conti-nuou a pintar. A família guar-da uma tela que começou a ser produzida durante as sessões de radioterapia, mas que ele não conseguiu concluir.

O pintor fazia o tratamen-

to contra a leucemia em casa, mas, no início do mês, sofreu uma que-da que complicou o seu quadro. Por causa disso, ficou alguns minutos de-

sacordado e sofreu alguns fer imentos no rosto. Foi internado no

Hospital Unimed, em Lauro de Freitas, mas não resistiu aos efeitos da doença.

Em Amargosa, Itamar começou a pintar os pri-meiros quadros.

Numa viagem a Ara-caju, conheceu a mulher que seria sua esposa e a trouxe para viver em Salvador, onde casaram e tiveram nove filhos – todos sustentados pela arte. Em novembro de 2008, o pintor realizou a última exposição, na Ga-leria Prova do Artista, no Rio Vermelho.

Os filhos também o ajudaram a vender as te-las, mas as finanças não estavam indo bem nos últimos anos. “Ele era um excelente pai e marido.

Era um homem amável, de fácil convivência. Tinha muita sen-sibilidade e vivia irritado com os problemas de corrupção e de violência do País”, descreve o filho, Rui Espinheira.

Segundo a família, o pin-tor tinha grande facilidade para fazer amigos.

Equanto estava doente, Itamar teve a felicidade de ganhar duas netas, que cres-cerão ouvindo as histórias do avô-pintor.

O enterro aconteceu no dia 24/4, às 11h. Além dos nove fi-lhos, Itamar Espinheira deixou cinco netos.

por sua beleza e misticismo, a lua é capaz de despertar não só a curiosidade, mas também as ideias mais insanas nos mortais, incluindo a de um funeral lunático. A empresa norte-americana Celestis Incorpora-ted já se encarrega de oferecer o serviço e realizar sonhos, como o da sua primeira cliente, uma geóloga que queria repousar no mesmo lugar que o Apolo 11. Mais de cem pessoas já tiveram o privilégio de ter as cinzas lançadas no espaço; e, para fazer o mesmo, basta apenas desembolsar em torno de US$ 12.500. O preço cobre o envio de um grama de restos mortais depositado em uma cápsula a ser lançada no espaço.

30/4 Adolf Hitler, ditador (1945); Maria Clara Machado, dramaturga (2001)

1º/5 Ayrton Senna, piloto (1994); Calasans Neto, artista plástico (2006)

2/5 Leonardo da Vinci, artista (1519); Juliano Moreira, psiquiatra (1932); Paulo Freire, sociólogo e pedagogo (1997)

3/5 Darcy Pedrosa, locutor (1999); Lygia Pape, artista plástica (2004)

4/5 Noel Rosa, músico(1937); Maurice Merleau-Ponty, filósofo (1961)

5/5 Napoleão Bonaparte, imperador (1821); Mário Quintana, poeta (1994)

6/5 Maria Montessori, pedagoga (1952); Bertie Forbes, jornalista (1954); Enéas Carneiro, médico e político (2007)

era (ou é) assim... deixaram saudade (ou não)...

“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo” Paulo Freire, pedagogo • 1921 † 1997

O pintor Itamar Espinheira morre aos 87 anos sem conseguir terminar uma de suas obras de arte

[email protected]

ARQUIVO DA FAMÍLIA

“Ele era um homem amável e de fácil convivência”

REPRODUÇÃO

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Salvador, 30 de abril de 2010 Salvador, 30 de abril de 2010 3

Problemas da cidade

Em fevereiro, março e abril de 2010, a Rádio Metrópole, o portal e o jornal encabeçaram uma campanha sobre os problemas da cida-de: trânsito, lixo urba-no, excesso de leis não fiscalizadas, inutilidade da Guarda Municipal, dentre outras. Foram publicadas matérias so-bre os temas.

Engajamento socialCampanhas e polêmicas defendidas pela Rádio Metrópole ajudarama comover a população baiana

AO LONGO DE 10 ANOS, a Rádio Metrópole, sempre foca-da na prestação de serviço, encampou diversas campanhas memoráveis. Quem não se lembra da ‘Devolva meu Bahia!’ ou do boicote aos postos de gasolina por conta do cartel? Agora, nada mais justo do que fazer uma seleção das melho-res campanhas já promovidas pela rádio, tendo a certeza de que muitas outras virão.

Cartel de Combustíveis

Em 1999, a Metrópole comba-teu o nivelamento do preço da ga-

solina. Mário Kertész escolhia uma rede de

postos de gasolina por semana e propunha

um boicote. Após a campanha,

foi instaurada uma CPI de

investigação à prática do

cartel.

Devolva meu Bahia!

Em 2006, Mário Ker-tész – torcedor do Es-porte Clube Bahia – iniciou uma campa-nha em favor do “retor-

no” do time. À época, o Bahia enfrentava uma profunda cri-se, e a campanha ‘Devolva meu Bahia!’ cobrou

providências dos di-rigentes do clube.

Cobertura das eleições

Em período de eleição, a rádio de-dica a programa-ção para a cober-tura da votação na cidade. Boletins, entrevistas com os candidatos e repórteres tra-zendo informa-ções direto das ruas completam a cobertura da rádio.

Decreto de Itapagipe

Em 2008, a Prefeitura decretou de utilidade pú-blica para fins de desapropriação a orla de Itapagipe. O decreto foi re-vogado um ano de-pois pelo prefeito João Herique, graças à mobi-lização social e à campanha da Metrópole.

“A Rádio Metrópole é uma coisa nova, não no sentido do tempo, mas na concepção do

contato com a sociedade”Waldir Pires, senador

“Com uma linha editorial independente, fiel aos

seus ouvintes, é a rádio da cidadania na Bahia”

João Henrique, prefeito de Salvador

GERALDO MELO GERALDO MELO

ULISSES DUMAS

2

entrevistaentrevista mário kertész

No ano em que a Rádio Metrópole completa 10 anos, o idealizador e fundador da rádio, Mário Kertész, solta o verbo e conta todo o processo de criação da Metrópole, as difi-culdades e conquistas. Assume o lado sisudo e ao mesmo tempo brincalhão e garan-te que o bom humor é fundamental para falar sobre assuntos sérios ou polêmicos.

‘Não queria que a rádio fosse apenas vitrolão’

Jornal da Metrópole – Como foi que a rádio surgiu na sua vida?Mário Kertész – Desde estudante, participava de debates em programas de rádio, às vezes, televisão. Depois eu entrei na atividade pública, que sempre me colocou em contato com os jornalis-tas. E quando encerrei a carreira políti-ca, vim parar aqui, mas ainda era Rádio Cidade e eu era administrador. JM – De onde surgiu a ideia de criar uma rádio jornalística?MK – Não queria que a rádio fosse apenas vitrolão, como as outras FMs da Bahia. Queria transformar uma FM no que era uma AM antigamente. E a gente começou na Rádio Cidade a fazer al-

guns programas de jornalismo. Fiz um curso de pós-graduação em radialismo, e, a partir daí, as coisas começaram a crescer e criar um estilo muito próprio. JM – Como foi a transição da Rádio Cidade para a Rá-dio Metrópole?MK – Há 10 anos, eu e meus filhos Ma-riana e Chico, che-gamos à conclusão de que tínhamos que fazer uma rádio totalmente falada. Daí surgiu o projeto da Rádio Metrópole. Chico achava que não havia como sobreviver porque as gravadoras eram as poderosas mante-

nedoras de todas as emissoras de rádio. Era difícil antever o que aconteceria à rádio que abandonasse esse filão, e sem depender também do governo.

JM – Como o senhor encara a intimidade do público, que se sen-te como se fosse ami-go de todos na rádio?MK – Eu acho ótimo! Quando saio, encon-

tro com pessoas que se dirigem a mim como se fossem amigos íntimos. Nós conversamos como se es-tivéssemos na casa de um dos ouvintes batendo um papo. JM – Essa fórmula seriedade e diver-

são é ideal para a rádio?MK – É, e também uma característica pessoal minha. Eu sou muito sisudo, brigão, mas ao mesmo tempo alegre e brincalhão. É muito divertido, porque a gente trabalha com coisa séria, mas fazemos de uma forma divertida, leve, alegre.JM – Como o senhor define a Rádio Metrópole? MK – Irreverente, polêmica, politica-mente incorreta. Não aceita de jeito nenhum essa moral hipócrita. Mas, sobretudo, muito carinhosa. Já os co-mentaristas tornam a rádio riquíssima, porque acostumam o povo ao debate, não apenas ouvir, como participar dele.

“A rádio é irreverente e politicamente incorreta”

GERALDO MELO

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Novidades no arEm abril, a Rádio Metrópole ganhou cinco novos programas

EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO não se mexe, já diz o ditado. Mas, para a equipe da Metrópole, o que é bom pode ficar ainda melhor, e, por isso, em comemoração aos dez anos da rádio, cinco novos programas já entraram em campo para dinamizar ain-da mais a programação. Desde o dia 29/4, algumas das principais atrações da emisso-ra também passam por mudanças. O Jor-nal Cidade 1ª Edição passará a se chamar Jornal do Meio Dia e ganhará meia hora – 11h30 às 13h. E, após o Jornal da Cidade

2ª Edição, volta-rá o ‘Na Linha’, com Mário Ker-tész e o entre-

vistado do dia. O drops diário do

Jazzmasters co-meçará a partir das 15h, e o programa

Metrópole Imobili-ário, exibido aos sá-bados, começará às 14h e vai até as 16h.

“A Rádio Metrópole cumpre um papel especialmente digno dentro do sistema

de rádio no Brasil”José Serra, pré-candidato

à Presidência da República

“É uma rádio que passou a fazer parte do cotidiano dos baianos. Traz alegria e informação aos ouvintes”Edmon Lucas, secretário da Integração Regional

‘Humorragia’, com Rafael Medrado e Lucas Sicupira

O programa traz para o rádio quadros novos e ousados que já fazem sucesso na televisão, na in-ternet e no teatro, como ‘Stand Up Comedy’ e ‘Jogos de Improviso’, além de entrevistas e comentários sobre as notícias que estão rolando na mídia durante a semana. Toda terça-feira, das 22h à 0h

‘Sob Medida’, com Liza Lazzarini

Dedicado a decoração e design, o programa dá dicas aos ouvintes de formas inteli-gentes e criativas de valorizar os espaços, com a participação ao vivo do público e entrevis-tas com profissionais da área. Todo sábado, das 13h às 14h

‘Confessionário’, com Aline Castelo Branco e Celso Duran

Reserve suas noites de quinta para “discutir a relação” de uma forma irreverente e bem-humora-da. Voltado para todo tipo de públi-co, o programa vai discutir amor, casamento, filhos, desencontros, sexo, frustrações e todos os temas “tabus” de um relacionamento. Toda quinta-feira, das 22h à 0h

‘Comes & Bebes’, gastronomia com Dina Rachid

Numa linguagem simples e descontraída, Dina Rachid prome-te apurar o sentido dos ouvintes com informações relacionadas a boa mesa e bebida. Alta gastro-nomia e comidinhas, drinques, organização de eventos, chefs, tudo para apresentar aos ouvintes o prazer da arte de cozinhar. Toda segunda-feira, das 22h à 0h

‘Bom dia bola’, com José Ataíde

Com 60 anos de carreira, o radialista José Athaíde vol-ta aos microfones para trazer todas as notícias do esporte, em especial do futebol, de for-ma franca, “doa a quem doer”, como diz o próprio. Segunda a sexta-feira, das 6h30 às 7h

GERALDO MELO GERALDO MELO

GERALDO MELO

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números‘Todo mundo ouve’Saiba os novos planos de expansão da Rádio Metrópole

“VOCÊ FALA, A GENTE ESCUTA, todo mundo ouve”. Este slogan já é conhecido dos fiéis ouvintes da Rádio Metrópole, sinônimo de irreverência e informação de qualidade. Se o conceito era inaugurar em Salvador uma rádio de notícias, o diálogo com os ouvintes sempre foi uma prioridade, como destaca o diretor comercial do Grupo Metrópole, Carlos Passos. “Uma rádio de notícias e com programas de conteúdo. No entanto, a interativida-de com os ouvintes sempre foi o nosso diferencial”, explica.

Expansão à vistaHoje já são mais 23 mil pessoas por minuto ouvindo a pri-meira rádio da Bahia e a terceira no Brasil a transmitir a programação via internet. Os programas são transmi-tidos para 380 municípios, e ainda no primeiro semestre, cerca de 15 rádios afiliadas vão transmitir o Jornal da Cidade 2ª Edição, das 18h às 19h.

‘A gente dá, mas não se vende’ Se o projeto da Revista da Metrópole era caro,

um jornal semanal, com a tiragem de 80 mil exemplares, tornou-se uma so-lução viável. Assim nasceu, em julho de 2008, o Jornal da Me-trópole, um impresso tão irre-verente quanto o rádio. Distri-buído gratuitamente, o jornal é forte, polêmico, opinativo e está “no calcanhar de quem faz besteira”.

Uma rádio escritaJá consolidado, o Grupo Metrópole quis expan-dir e, em julho de 2007, criou a Revista da Metró-pole. O objetivo era levar para o meio impresso a mesma qualidade de conteúdo da rádio, mas com

matérias aprofundadas e com um projeto gráfico arrojado. Com um ‘timão’ de colunistas , a revista teve 17 exemplares, mas

deixou de circu-lar em novem-bro de 2008, por ser um pro-jeto caro.

Na era da internetEm 2008, o Portal da Metró-pole passou por uma refor-mulação. Segundo o diretor de tecnologia do Grupo Metrópo-le, Marcos Meira, ele passou a utili-zar recursos modernos. “Lançamos uma ferramenta que permite ao internauta montar a capa do site do seu jeito, colocando no início a editoria que mais lhe agrada e no final a que menos lhe agrada. O layout também é moderno e com uma maior veloci-dade de acesso aos conteúdos”, avalia.

380 municípios recebem o

sinal da Rádio Metrópole

920 mil pageviews por mês

do Portal da Metrópole

80 mil é a tiragem semanal do Jornal da Metrópole

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TÃO DIFÍCIL QUANTO desvendar a identidade dos super-heróis é descobrir quem está por trás de uma das vozes mais famosas do rádio baiano: Abraão Brito de Queiroz, o ‘Aragão’, como Mário Kertész o apelidou.

Avesso a fotografias e filmagens, o lo-cutor guarda a sete chaves sua imagem. Conhecido pelas imitações, piadas e as criativas traduções, aos 45 anos, Abraão é protagonista dos momentos mais hilá-rios da programação da Rádio Metrópole.

‘Aragão’ nasceu em Je-quié, interior da Bahia, e des-de pequeno era fascinado pelo rádio. Fazia parte da sua rotina escutar a Rádio Globo, a Mun-dial e a Voz do Brasil. Aos 15 anos, descobriu o seu dom. “Eu ficava imi-tando os locutores, e o pessoal dizia que eu tinha futuro”, lembra.

Em 1986, conseguiu um emprego na pri-meira FM de Jequié – a Cidade Sol FM – e, em 1989, ingressou na Estação FM. Já em 1991, veio para Salvador e trabalhou na A Tarde FM, Piatã, Manchete e, finalmente, caiu de paraquedas na Rádio Cidade, que, cinco anos depois, tornou-se a Rádio Metrópole. Foi quando o grande encontro aconteceu.

Ao vivo de segunda a sexta nos progra-mas ‘Jornal da Bahia no Ar’, ‘Jornal do Meio Dia’ e ‘Jornal da Cidade 2ª Edição’, compõe

com Mário Kertész uma dupla invencível no quesito animação. Qualquer detalhe é motivo para trocadilhos, até uma simples derrapada no texto. As risadas são garanti-das, e nem os apresentadores conseguem se controlar. “Trabalhar com Abraão é ter sempre surpresas boas. Ele salva os mo-mentos mais capengas dos programas com as piadas e tiradas rápidas”, conta a apre-sentadora Nardele Gomes.

Humilde, ‘Aragão’ credita os momen-tos mais engraçados aos ouvintes e entre-vistados. “Uma vez, Dr. Mário estava entrevis-tando um especialista e tinha umas cinco pes-soas no estúdio. Perce-

bemos que o entrevistado tinha uma dicção meio estranha e alguém começou a dar risada. Foi um descontrole total e MK pediu que todo mundo saísse para continuar com a entrevista”, diverte-se.

Longe dos microfones, a descontração também continua, mas o locutor diz que não é uma pessoa emotiva. “Mas, nesses 10 anos, houve um momento que balancei. O retorno de Dr. Mário após um grave pro-blema de saúde foi muito emocionante. Eu, que sou um cara frio, quase choro”, revela.

Ao definir a importância do veículo em sua vida, ele é taxativo: “A Rádio Metrópole pra mim é tudo”.

A voz dos bastidores: Abraão Brito

“A rádio tanto noticia, como mostra opiniões e faz com que temas

sejam debatidos”Paulo Souto, pré-candidato ao

governo do Estado

“Foi um marco no radialismo baiano. Jornalismo partici-pativo, investigativo, de de-bate. Quebrou parâmetros”

Nelson Pelegrino, deputado federal (PT)

“A Rádio Metrópole pra mim é tudo”

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DURANTE UMA DÉCADA, profissionais que passaram e que ainda continuam na Metró-pole trabalharam duro para criar o estilo único da rádio. Norma Rangel integrou a equipe por 15 anos, como apresentadora e produtora, e acompanhou com orgulho a transição da Rádio Ci-dade para Metrópole. “Minha re-lação com a rádio é de absoluta felicidade e aprendi-zado, porque eu via que ali tinha algo diferente”. Já Luana Montargil começou na Rádio Cidade como produto-ra do irreverente ‘C da Madruga’ e hoje comanda a produção da Metrópole. Com os nomes ca-rimbados pelos ouvintes, Nar-dele Gomes, Juliana Coelho e Camila Cintra encontraram na Metrópole um diferencial: opor-tunidade para quem é jovem e inexperiente ter a chance de

construir uma carreira. Já para Jéssica Senra e Rita Ba-tista, que ingressaram em 2003, o período na rádio deixa saudade. “Não via como um emprego so-mente, mas como uma extensão das atividades mais prazerosas que eu tinha”, lembra Senra. Rita conta que conseguiu emprego na rádio após enviar um e-mail inu-sitado: “Mário, sua rádia é ótima,

mas ficará melhor comigo”. Há tam-bém os nomes con-sagrados do rádio baiano, que estavam

fora do mercado e ganharam uma oportunidade na Metrópole. Um deles foi o radialista Pacheco Filho, que faleceu em 2008, aos 82 anos. Depois de anos afasta-do, Pacheco voltou em 2005 para comandar na Metrópole o pro-grama ‘Encontro com Pacheco Filho’, que depois virou ‘Almo-çando com Pacheco Filho’.

Dez anos de muito trabalhoProfissionais que fizeram história na Rádio Metrópole relembram momentos que marcaram a carreira na emissora

Personagens cativos Campeões de participação,

alguns ouvintes transformaram-se em ícones da programação

Se você acha que eles não têm o que fazer da vida, enganou-se. A vida de alguns dos ouvintes mais participativos da Metrópole é atarefada, mas tudo fica em segundo plano quando o assunto é propagar opiniões e ‘loucuras’ através dos microfones da rádio. Algumas destas figuras já se tornaram lendas e até celebridades.

Affonso Nogueira

A admiração pela Metrópole levou o advogado e professor Affonso Nogueira a formar-se radialista. Como participante, sempre solta o bordão “Um bei-jo para as meninas de fino trato”.

Roberto ItapuãOuvinte assíduo, o apo-

sentado Roberto Itapuã con-sidera-se mais “famoso” do que qualquer um e liga basi-camente para dar furos de re-portagem.

“ Eu via que ali tinha algo diferente”

Jhonny SouzaO técnico em enfermagem

João Souza era o ‘Jhonny de Plataforma’, mas, quando ado-tou o sobrenome, a fama veio com força. “Virou minha iden-tidade. As pessoas ficam lou-cas quando sabem que sou eu o Jhonny”, relata.

DARIO GUIMARÃESGERALDO MELO ULISSES DUMAS

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