185
ANALISE DO ADENSAMENTO DA FUNDAÇÃO DA BARRAGEM DE JUTURNAIBA José Bernardino Borges TESE SUBMETI DA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE P6S-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL 00 RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇÃO 00 GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS CM.Se.) EM ENGENHARIA CIVIL. Aprovada por Z. Mareio de Souzf Soares de Almeida, PhD Presidente Prof. Fernando Artur er, DSc 1-,-~~\J_(~ç:i_. Eng. Leandro de Moura Costa Filho, PhD Prof. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JUNHO DE 1991

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ANALISE DO ADENSAMENTO DA FUNDAÇÃO DA BARRAGEM DE JUTURNAIBA

José Bernardino Borges

TESE SUBMETI DA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS

PROGRAMAS DE P6S-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL 00 RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇÃO 00 GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS

CM.Se.) EM ENGENHARIA CIVIL.

Aprovada por

Z. Mareio de Souzf Soares de Almeida, PhD Presidente

Prof. Fernando Artur er, DSc

1-,-~~\J_(~ç:i_. Eng. Leandro de Moura Costa Filho, PhD

Prof.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

JUNHO DE 1991

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ii

BORGES, JOSE: BERNARDINO

Análise do Adensament.o da Fundação da Barragem de

Jut.urnaiba [Rio de Janeiro] 1991.

xii, 173 p. 29,7 cm CCOPPE/UFRJ, M.Sc.,

Engenharia Civil, 1991)

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE

1. Barragem 2. Argila Mole 3. Adensament.o

1. COPPE/UFRJ II. Ti t.ulo (série)

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Ui

Aos meus pais,

Daniel e Celeste

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iv

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pela educação, est.imulo e compreensão que me

deram;

Aos professores Barat.a, Miguez e Laura pelo est.imulo no

inicio de minha vida profissional;

Ao professor Mareio Almeida pela orient.ação, compreensão,

amizade;

Ao Dr. Roger Frank do L.C.P.C. de Paris, por t.er cedido o

programa CONMULT à COPPE;

Ao professor Cout.inho pela cessão dos dados de Jut.urnaiba,

colaboração, amizade, apoio eco-orientação;

Aos professores Fernando Danziger pela co-orient.ação e Ian

Schumann pelas discussões e colaborações út.eis ao

desenvolviment.o da t.ese;

A Carlos Eduardo, Celimar e Marly pelo apoio no idioma

francês;

Aos amigos Valéria e Sidalino pelo apoio logist.ico nas

horas dificeis da t.ese;

À engenheira Pat.ricia Lopes pelo apoio, discussões e

colaboração acerca do assunt.o e da ut.ilização do programa;

Ao Marcelo e "Jamelão" pelo apoio comput.acional;

Aos engenheiros Maria de Fát.ima e David Swan pelo apoio e

amizade;

A t.odos os colegas da ENGE-RIO pelo int.eresse e apoio a

est.e t.rabalho;

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V

A Cássia, Carlos,Solange e Suzy pela amizade e capricho

nos desenhos;

A t.odos os demais colegas da COPPE-UFRJ e laborat.ório pela

amizade e int.eresse;

Ao Dr. Pedro Murriet.a pelas discussl5es e apoio sobre o

t.ema;

Ao Rogério, companheiro de cronograma apert.ado,

ajuda, compreensão e amizade;

À CAPES pelo apoio :financeiro;

Aos novos colegas de Pet.r6polis pela amizade e apoio.

pela

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vi

Resumo da tese apresentada à COPPE/UFRJ como

requisitos necessiu-ios para obtenção do grau de

Ciências (M.Sc.).

parte dos

Mestre em

ANÁLISE DO ADENSAMENTO DA FUNDAÇÃO DA BARRAGEM DE jUTURNAlBA

José Bernardino Borges

Junho, 1991

Orientador : Miu-cio de Souza Soares de Almeida

Programa : Engenharia Civil

Neste trabalho discutem-se diversos aspectos da teoria do

adensamento unidimensional de Terzaghi, suas restrições e

possibilidades

adensamento

de

dos

aplicação face ao

solos. Apresentam-se

processo real

diversos aspectos

de

de

extensão desta teoria, bem como o método numérico de diferenças

finitas utilizado neste trabalho.

Descreve-se o programa CONMULTM (originiu-io do L.C.P.C.

- Paris), baseado no método de diferenças finitas para solução

do problema unidimensional de adensamento, bem como os diversos

estudos realizados com utilização do programa pelo próprio

L.C.P.C. <Laboratório Central de Pontes e Pavimentos Paris),

pela Universidade de Lavai (Quebec), pelo S.G.I. (Instituto

Sueco de Geotecnia) e pela COPPE/UFRj.

Apresenta-se a descrição e caracterização geotécnica do

depósito de solos argilosos moles orgânicos de Juturnaiba,

objeto da análise principal da tese. Com o auxilio do programa

CONMULTM foram realizadas as previsões de poropressão e

deslocamentos verticais da Barragem de Juturnaiba, assente em

solo mole. Os resultados são comparados e avaliados frente aos

respectivos dados de instrumentação. São também analisadas as

variações de parâmetros geotécnicos fundamentais relacionados

ao adensamento, possibilidade facilitada pela concepção do

programa que pode ainda considerar ou não efeito de compressão

secundiu-ia.

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vii

Abst.ract. of Thesis submit.t.ed t.o COPPE/UFRJ as part.ial

fulfillment. of t.he requirement.s for t.he degree of Mast.er of

Science CM.Se.).

CONSOLIDATION ANALYSIS OF THE JUTURNA1BA DAM FOUNDATION

José Bernardino Borges

June, 1991

Chairman : Márcio de Souza Soares de Almeida

Depart.ment. : Civil Engineering

Severa! aspect.s of Terzaghi 's unidimensional consolidat.ion

t.heory including it.s rest.rict.ions and t.he possible uses in t.he

real consolidat.ion of soils are discussed. ln t.his t.hesis, some

aspect.s of t.he ext.ension of t.his t.heory are present.ed as well

as t.he numerical met.hod of finit.e differences, t.he mat.hemat.ical

t.ool used in t.his t.hesis.

The program CONMULTM Cconceived by t.he

based on t.he finit.e differences met.hod for

L.C.P.C. Paris>,

t.he solut.ion of

unidimensional consolidat.ion

carried out. by t.he L.C.P.C.

Chaussées Paris) it.self,

S.G.I. CSwedish Geot.echnical

present.ed.

problems is described. Researches

CLaborat.oire Cent.ral des Pont.s et.

t.he Universit.y of Laval

Inst.it.ut.e> and COPPE/UFRJ

CQuebec),

are also

The geot.echnical descript.ion and caract.herizat.ion of

Jut.urnaiba's soft. organic clay deposit. is subsequent.ly

present.ed. Result.s of pare pressure and set.t.lement.s comput.ed by

CONMULTM, are compared wit.h t.he respect.ive inst.rument.at.ion

dat.a. Analyses of t.he variat.ion of geot.echnical paramet.ers

during t.he consolidat.ion process are also present.ed, as made

able by t.he concept.ion of t.he program which also allows

considerat.ion of creep effect.s.

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viii

tNDICE

pág.

I. INTRODUÇÃO ··················-··-··-···········-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-··············· 1

I . 1 - Ob je t. i vos ···-··-··-···········-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-··············· 1

I. 2 - Est.rut.ura da dissert.ação ···-·····-··-···········-··-·················-··············· 2

II. DESCRIÇÃO GERAL DA BARRAGEM DE JUTURNA1BA ············-···············

II .1 - Localização ············-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-···············

II . 2 - Geomor fo 1 o g ia ······-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-···············

II .3 - Seção t.ipo e hist.órico de const.rução ······-···············

II.4 - Est.udos geot.écnicos realizados···-··-·················-···············

II.!5 - Descrição do depósit.o de argila mole······-···············

II .!5.t - Caract.erlst.icas básicas······-··-·················-···············

II.!5.2 - lndices fisicos ···-··-··-·····-··-···-······-··-··-·--···········-···········-···

II. !5. 3 - Parâmet.ros de compress ibi 1 idade ···-···············

II . !5. 4 - Permeabi 1 idade ···-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-···············

II. !5. !5 - Discussão dos resu 1 t.ados ···-··-·················-···············

III.TEORIA DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL E Mt:TODO DAS

DIFERENÇAS FINITAS ············-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-···············

III .1 - Int.rodução ············-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-···············

III.2 - Teoria de adensament.o unidimensional de

4

4

4

6

9

10

10

13

13

18

25

28

28

Ter zag h i ···-··-···········-··-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-··············· 28

III .2 .1 - Consideraçi5es gerais ············-··-·················-··············· 28

III .2.2 - Principio do fenômeno do adensament.o 29

III.2.3 - Apresent.ação das hi pót.eses e

respect.i vas cr 1 t. i cas ············-··-·················-··············· 30

III.2.4 - Trabalhos de ext.ensão da Teoria de

Ter z aghi ···-·····-··-·····-··-··-··-·····-··-···········-··-·················-··············· 39

III.3 - Mét.odo numérico das diferenças finit.as

aplicado ao adensament.o unidimensional ······-··············· 40

III.3.1 - Formulação mat.emát.ica geral············-··············· 40

III .3.2 - Mét.odo explicit.o ···-·····-··-···········-··-·················-··············· 43

I I 1 . 3 . 3 - Mé t. o do i mp 11 c i t. o ···-·····-··-···········-··-·················-··············· 44

111.3.4 - Front.eiras impermeável e drenant.e ......... .

11 I. 3. !5 - Front.eiras ent.re camadas

III. 3. 6 - Cálculo de recalques ············-··-·················-···············

III.3.7 - Grau de adensament.o ···-···········-··-·················-···············

46

46

48

48

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ix

IV. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA CONMULTM ······-··-·····-·····-········-··-·························· 60

IV . 1 - Introdução ························-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 60

IV. 2 - H i stór i co ···························-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 60

IV . 3 - Descrição do programa ············-··-·····-·····-········-···············-············ 61

I V. 3 . 1 - Gera 1 ·····················-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 61

IV.3.2 - Método de resolução - equação unidi-

mensional de adensamento ....................................... 62

IV. 3. 3 - Método de reso 1 ução numérica ··························· 56

IV.3.4 - Seqüência de cálculo ······-·····-········-····························· 68

IV .4 - Estrutura do programa ············-··-·····-·····-········-····························· 59

IV . 6 - Dados d e entrada ······-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 61

IV . 6 - Resulta dos ························-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 63

IV. 7 - ObservaçêSes gerais quanto à uti 1 i zação do

programa ······························-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 63

IV.8 - Est.udos realizados pelo L.C.P.C. e pela Uni-

versidade de Lavai com programa CONMULTM-78 65

I V . 8 . 1 - G era 1 ·····················-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 65

IV. 8. 2 - Estudos teóricos ·········-··-·····-·····-········-····························· 66

IV. 8. 3 - Ap 1 i caçêSes a aterros experi ment.ais 73

IV.9 - Estudos realizados pelo Instituto de

Geotecnia da Suécia (S .G. I.) ······-········-····························· 75

IV.9.1 - Geral .................... ·-··-·····-··-········-··-·-···-·····-········-··-·················-········ 75

IV.9.2 - Sitio experimental de Lilla Mellosa,

Upplands Vas 1 y ···-···········-··-·····-·····-········-····························· 76

IV.9.3 - Sitio experimental de Sk.a. Edeby ·················· 78

IV. 9 . 4 - Aterro rodov i âr i o de Da 1 arêSv ãgen ............... 78

IV. 9 . 5 - S 1 tio Antoni n y ···-···········-··-·····-·····-········-····························· 81

IV.10 - Estudos realizados pela COPPE ·········-····························· 82

IV. 1 O. 1 - Tese de Doutorado de Sant.os Neto

( COPPE, 19 9 O) ············-··-·····-·····-········-····························· 82

IV.10.2 - Projeto Final de Curso da EEUFRJ

Patr 1 eia Lopes (19 90) ···-········-·················-··········· 83

IV . 11 - Uso e ap 1 i cação do programa CONMULTM ·················· 87

V. ANÁLISES REAL I ZADAS ··················-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 89

V. 1 - Introdução ···························-··-·····-···········-··-·····-·····-········-····························· 89

V. 2 - ConsideraçêSes preliminares ···-·····-·····-········-····························· 89

V. 3 - Perfis geotécnicos de anâl i se ······-········-····························· 90

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X

V.4 - Parâmetros geotécnicos de análise - crité-

rios e procedimentos adotados ···-···········-·····-·····-········· 95

V. 5 - Lei de carregamento ·········-.. ·········-··-···"···-.. ·········-·····-·····-········· 100

V. 6 - Efeito da não saturação completa ······-·····-·····-········· 104

V.7 - Tratamento dos dados de instrumentação

para medida de poropressão

V.7.1 - Cálculo das leituras i n i eia i s dos

105

pi ezômetros ···-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 105

V.7.2 - Correção dos dados dos piezômetros

tipo Casagrande ······-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 107

VI. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ······-·····-.... ·-···"···· 108

VI .1 - Introdução 108

VI . 2 - Resu 1 tados de deslocamento vertica 1 ...... -......... 108

VI.2.1 - Análise da influência da compressão

secündár ia ···-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 108

VI.2.2 - Análise da não variação da permea­

bilidade com indice de vazios ···-·····-········· 114

VI .2.3 - Análise de recalque em profundidade 121

VI . 3 - Resu 1 tados de poropressão ···-········-···········-·····-·····-········· 121

VI.3.1 - Análise da influência da compressão

secundária 121

VI . 3. 2 - Aná 1 i se k constante ···-········-···········-·····-·····-········· 127 V

VI . 3. 3 - Comentários gerais ······-··-········-···········-·····-·····-········· 131

Vl.3.4 - Análise de poropressão em profundi-

dade ······-·····-········-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 132

VI.4 - Estudos de variação de parâmetros

geotécnicos -·····-········-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 134

VII. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS

FUTURAS ·········-··-··-·····-·····-·····-·····-········-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 142

VII .1 - Cone lusêSes ······-········-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 142

VII . 2 - Recomendações para pesquisas futuras ·········· 145

B I BL I OG RAF I A ·········-··-··-·····-·····-·····-·····-········-··············-···········-··-········-···········-·····-·····-········· 148

ANEXO I - Fontes de erro no cálculo ···-··-········-···········-·····-·····-········· 157

ANEXO II - Ensaios oedométricos - Dados de permea-

bilidade (Coutinho, 1990) ···-··-········-···········-·····-·····-········· 159

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xi

NOMENCLATURA

Geral

1~) Um sinal (') sobre um simbolo de tensão indica tensão

2~)

3~)

4~)

5~)

a "

ck

c e

c r

c •

CR

c V

c ae

D

e

G

H

h

I e

I p

k o

k,

l ,

LL

LP

k

L

N.A.

NT

OCR

RR

V

efetiva;

o sufixo o indica condição inicial;

o sufixo f: indica condição final;

o indice t indica o valor temporal do parâmetro;

o indice i indica o valor espacial do parâmetro.

Coe f" ic i ente

intersticial;

de compressibilidade do liquido

Taxa de variação de perme abi li d ade com ind ice de

vazios;

tndice de compressão virgem;

tndice de recompressão;

tndice de expansão ou inchamento;

Coe f:iciente de compressão virgem '"' C

Coeficiente de adensamento verti cal;

/ 1 + e

e . o,

Coeficiente de compressão secundá.-ia em te.-mo de

indice de vazios• C (1 +e>; a& o

Espessura do depósito de a.-gila mole;

tndice de vazios;

Densidade .-eal dos g.-ãos;

Altu.-a de ater.-o;

Espessu.-a de disc.-etização da camada;

tndice de consistência;

tndice de plasticidade;

Coeficiente de empuxo na condição de .-epouso;

Coef:i c tente de pe.-meabi li dade ve.-tical;

Comprimento;

Limite de liquidez;

Limite de plasticidade;

Nivel d'água;

Nivel do te.-.-eno;

Razão de p.-é - adensamento;

Coeficiente de .-ecomp.-essão • C r

/ (1 +e>; o

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xii

r Recalque;

r Recalque a tempo infinito; (X)

S Grau de saturação

SR Coeficiente de expansão ou inchamento = c /Ct + e >· .. o , SPT "St.andard Penet.:rat.ion Test.";

t Tempo;

t. Tempo final de adensamento p:r imá:r i o; p

TMO Teor de matéria orgânica;

U G:rau de adensamento;

u Poropressão;

V Volume;

w Umidade;

Z Profundidade;

LETRAS GREGAS

Coeficiente de convergência - método explicito de

diferenças finitas;

y

y"

yaub

&

6

ri>

a,

p

cr , o' V V

a, vm

a, vc

a oct

T

Peso especifico natural;

Peso especifico da água;

Peso espec i fico submerso;

Deformação especifica;

Variação infinitesimal;

D i âmet:ro do amost:rado:r;

Tensão total normal;

Tensão efet.iva normal;

Variação de tensão t.ot.al;

Massa especifica nat.ural;

Tensão ve:rt.ical;

Tensão de p:ré - adensament.o;

Tensão ve:rt.ical de adensament.o;

Tensão oct.aédrica;

Tensão cisalhant.e;

INSTRUMENTOS

R

C, PC

NA

Placa de :recalque superficial;

Piezômet.ro Casagrande modificado;

Indicador de nivel d'água.

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1

CAPITULO I

INTRODUÇÃO

I.1 - Objet.ivos

A execução de divel"sos t.ipos de obl"as como bal"l"agens,

l"odovias, ael"opol"t.os, f'el"l"ovias, ou mesmo implant.ação de ál"eas

l"esidenciais ou indust.l"iais implica muit.as vezes na const.l"ução

de at.el"l"OS sobl"e solos muit.o compl"essiveis, t.ais como al"gilas

moles e muit.o moles.

Além dos l"equisit.os f'undament.ais de est.abilidade, t.ol"na-se

impol"t.ant.e t.ambém que a obl"a de t.el"l"a venha a t.el" deslocament.os

dul"ant.e e após a const.l"ução compat.iveis com o objet.ivo a que se

dest.ina.

Pal"a melhol" compl"eensão do compol"t.ament.o dest.as obl"as de

t.el"l"a, l"ecorre-se à const.rução de at.erros experiment.ais

convenient.ement.e inst.rument.ados. Igualment.e import.ant.es são as

inf'ormaç~es relat.ivas às Cal"act.erist.icas geot.écnicas dos

depósit.os envolvidos, bem como do at.erro. Tais est.udos,

associados a modelo de previsão, t.êm-se most.rado eficient.es na

definição de projet.os dest.e t.ipo de obra de t.erra.

A 8al"ragem de Jut.urnaiba, sit.uada a aproximadament.e 100l{m

do Rio de Janeiro, const.ruida em pal"t.e sobre depósit.o de solos

moles, proporcionou a realização de um at.erro experiment.al

inst.rument.ado. Os result.ados de ensaios geot.écnicos result.ant.es

são numerosos e de boa qualidade.

Com base nas inf'ormaç~s disponiveis, a elaboração de

previs~es de deslocament.os e poropress~es mediant.e modelos

analit.icos ou numéricos, associado a est.udo compal"at.ivo com

inst.rument.ação adequada, const.it.uem import.ant.e cont.ribuição aos

est.udos do depósit.o em questão, sendo est.e o objet.ivo básico

dest.a dissert.ação.

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2

1.2 - Est.rut.ura da dissert.ação

A present.e dissert.ação consist.e basicament.e na previsão de

deslocament.os vert.icais e poropressaes durant.e e após a

const.rução da Barragem de Jut.urnaiba, mediant.e a ut.ilização do

mét.odo numérico de diferenças Cinit.as em um modelo

unidimensional que considera a variação de diversos parâmet.l'Os

de adensament.o durant.e o próprio processo. O est.udo envolve

ainda comparação dest.as previsaes com os

inst.rument.ação respect.i vos.

No capit.ulo II, apresent.a-se a descrição

barragem, sua localização, seção t.ipo, geomorf'ologia

dados de

geral da

da região

de implant.ação, bem como descrição

geológico-geot.écnicos realizados ant.es

sucint.a

da

dos est.udos

const.rução. O

depósit.o de argila mole é caract.erizado, sendo apresent.ados as

descriçaes biésicas de suas camadas, seus respect.ivos indices

Cisicos, parâmet.ros de compressibilidade e de permeabilidade

bem como breve discussão dos result.ados. Cabe ci t.ar que t.odos

est.es result.ados de boa qualidade Coram obt.idos por Cout.inho

(1986). Dados complement.ares Coram t.ambém fornecidos por

Cout.inho (1990).

No capit.ulo III discut.e-se a t.eoria de adensament.o

unidimensional de Terzaghi, suas rest.riçaes e possibilidades de

aplicação Cace ao processo real de. adensament.o dos solos. São

cit.ados diversos est.udos de ext.ensão dest.a t.eoria, inclusive os

que deram origem aos est.udos e anâlises apresent.ados no

capit.ulo V.

bibliográflca

Apresent.a-se nest.e

o mét.odo numérico

capi t.ulo de

de diferenças

revisão

Cinit.as,

principal Cerrament.a mat.emát.ica ut.ilizada, sendo descrit.os

t.ambém os mét.odos de resolução bem como as equaçaes de

recorrência e de Cront.eiras relat.ivas à equação unidimensional

do adensament.o.

O capit.ulo IV apresent.a

CONMULT-78, desenvolvido para

a descrição do programa

cálculo unidimensional do

adensament.o de depósit.os com diversas camadas pelo mét.odo de

diferenças Cinit.as, incluindo-se o hist.órico de seu

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8

desenvolviment.o, seu f"luxograma, premissas básicas de cálculo,

ent.rada de dados, saida de result.ados e observaçaes gerais

quant.o à ut.Uização. São ainda apresent.ados est.udos realizados

no L.C.P.C., na Universidade de Laval (Canadá), no S.G.I.

<Suécia) e na COPPE com o programa.

O capit.ulo V descreve as análises realizadas, a seleção

dos dados de ent.rada, cálculos, hip6t.eses e

ef'et.uadas, perfis geológico-geot.écnicos adot.ados nas análises,

indices f'isicos relevant.es, parâmet.ros de compressibilidade e

permeabilidade adot.ados.

o capit.ulo

realizadas com

VI

o

apresent.a

programa

as análises comput.acionais

CONMULTM. Os result.ados de

deslocament.os vert.icais e poropressaes apresent.ados são

comparados com as leit.uras da inst.rument.ação respect.iva. No

caso da piezomet.ria são ainda apresent.ados os cálculos,

hipót.eses e correçaes ef'et.uados nos dados de campo. São ainda

apresent.ados gráf'icos relat.ivos à evolução de alguns parâmet.ros

geot.écnicos durant.e o adensarnent.o.

Finalment.e, o capit.ulo VII apresent.a as conclusaes e

sugest.aes para pesquisas f'ut.uras.

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4

CAPITULO II

DESCRIÇXO GERAL DA BARRAGEM DE JUTURNAtBA

II.1 - Localização

A Barragem de Jut.urnaiba f"oi const.ru1da no municipio de

Silva Jardim, Est.ado do Rio de Janeiro (ver rigura II.ü, sob a

responsabilidade do Depart.ament.o Nacional de Obras e Saneament.o

<DNOS) - 9!!: Diret.oria (RJ). A barragem t.em por objet.ivo sanear

e est.imular o desenvolviment.o económico do vale do Rio São João

(Nort.e Fluminense) e ampliar o abast.eciment.o d'água da Região

dos Lagos e imediaçties.

II.2 - <3eomorf"ologia

O local de implant.ação da Barragem de Jut.urnaiba sit.ua-se

em região onde se dist.inguem dois aspect.os geomorf"ológicos: a

planicie aluvionar e as "ilhas", morros e serras.

A planicie apresent.a leve inclinação NW para SE (do lado

de Poço das Ant.as em direção a São Vicent.e de Paula>,

desenvolvendo-se no local das obras ent.re as cot.as 6,70 e 3,40

met.ros aproximadament.e. E: f"ormada por sediment.os aluvionares

recent.es, deposit.ados pelo Rio São João, seus f"ormadores e seus

af"luent.es. Os :rios percorrem a planicie f"ormando meandros,

lagoas secas e braços mo:rt.os.

As "ilhas" são denominaçt;es locais dadas aos morrot.es que

sobressaem na planicie e alcançam, nas imediaçties do eixo da

barragem, cot.as máximas da ordem de 45 m (ilhas das Crioulas) e

56 m (ilha do Madureira). São ext.ensties isoladas pela erosão

dos t.errenos que f"ormam o embasament.o crist.alino da área,

const.it.u1do por rochas gnáissicas pré-cambrianas e que f"ormam

os morros e serras da região.

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FIO. 11.1 - LOCAUZAÇZ:O DA BARRAGEM DE JUTURNAIBA

<Cout.inho, 1986>

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6

II.3 - Seção t.ipo e hist.6:rico de const.:rução

T:rat.a-se de ba:r:ragem de t.e:r:ra, zonada, com alt.u:ra máxima

de 12 m Ccot.a de co:roament.o ~ 12,0 m>, ext.ensão de 3.460

met.:ros no co:roament.o, ap:resent.ando t.:recho com ext.ensão

ap:roximada de 1300 met.:ros com fundação sob:re solos a:rgilosos

o:rgânicos moles Cve:r f'igu:ra 11.2>.

A const.:rução foi feit.a po:r et.apas, po:r mot.ivos de

est.abilidade, no pe:rlodo de 2/6/81 a 8/2/83. A f'igu:ra II.3

ap:resent.a seçaes t.:ransve:rsais t.ipicas dos t.:rechos p:rincipais da

ba:r:ragem. As seçlles indicam, simplif'icadament.e, a evolução da

const.:rução com o t.empo. O hist.6:rico de ca:r:regament.o, dado de

ent.:rada das análises, se:rá det.alhado no caplt.ulo V.

A seção da ba:r:ragem no t.:recho de int.e:resse Ct.:recho II>

ap:resent.a t.alude de mont.ant.e compost.o po:r be:rma de 46m de

ext.ensão ap:roximadament.e na cot.a 6,6m, seguido de t.alude com

inclinação 1,0<V>:4,0CH> at.é a cot.a de co:roament.o Ccot.a 12,0m).

A c:rist.a t.em ap:roximadament.e 14m de la:rgu:ra e o t.alude de

jusant.e t.em inclinação 1,0CV):3,0CH) at.é a cot.a de 7,6m,

seguindo-se be:rmas nas cot.as 7 ,6, 6,6 e 6,6 m ap:roximadament.e,

:respect.ivament.e com 30, 20, e 17 met.:ros de ext.ensão.

Cabe :ressalt.a:r que nest.e t.:recho a fundação foi :removida

em espessu:ra va:riável de 3 a 4m desde o inicio da be:rma de

mont.ant.e at.é sob a be:rma de jusant.e sit.uada na cot.a 7,6m Cve:r

figu:ra II.3).

A inst.:rument.ação de medição de po:rop:ressão da ba:r:ragem no

t.:recho em est.udo, que comp:reende as est.acas 16, 20, 26 e 30

inclusive, const.it.ui-se de piezõmet.:ros Casag:rande, sendo

colocados à disposição os dados de t.:rês piezõmet.:ros sit.uados

nas est.acas 16 e 26 (Cout.inho, 1990). A t.abela II.1 indica as

cot.as de inst.alação dest.es inst.:rument.os. Todos os piezõmet.:ros

cit.ados est.ão localizados ap:roximadament.e no eixo da ba:r:ragem.

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FIO. 11.2 - PLANTA DA BARRAGEM DE JUTURNAIBA CCout.inho, 1986)

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SEÇAO TRECHO II - EST. 15

12

8/2/Bl MONTANTE

OA BARRAGEM

14 /6/82

17/9/8.l

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JUSANTE

- 5/9/81. 9/11/81

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SEÇAO MONTANTE

TRECHO m-2- EST. 46

SEÇAO TRECHO

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15/9/82

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4/11182 23/8/82

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EIXO

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17/12/82

JUSANTE

JUSANTE

9/10/82

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9

Tab. II .1 - P iezômet.ros Casagrande - Cot.as de

ínst.alação e profwidídades relat.ívas

ESTACA COTA INST. <m> Z/D Cm>

C1 15 - 1,25 0,56

C2 15 - 0,60 0,35

C3 25 - 1,55 0,51

Com relação à medição de recalques, foram inst.aladas 4

placas de recalque superficial, uma em cada est.aca. Não houve

medição de recalques em profwididade.

11.4 - Est.udos geot.écnicos realizados

Para desenvolvíment.o do projet.o foram efet.uados diversos

est.udos geológíco-geot.écnicos <Cout.inho, 1986) os quais

consíst.iram de um ext.enso programa de ensaios convencionais de

campo e laborat.6rio, invest.igações geológico-geot.écnicas, bem

como a const.rução de um at.erro experiment.al inst.rument.ado

conduzido at.é a rupt.ura.

Os objet.ivos dest.e at.erro foram os: s:eguint.es: :

1':') definição da res:is:t.ência ao cis:alhament.o não drenada da

camada de fwidação mole e comparação com aquela referent.e ao

ensaio de palhet.a no

definição de mét.odo

sinais de rupt.ura)

o campo; 2-) verificação da possibilidade de

de cont.role de inst.abilidade

durant.e a const.rução; 3':')

Cobt.enção

obt.enção

de

de

informações sobre a cons:t.rução e comport.ament.o do at.erro sobre

solo mole.

O local escolhido para ímplant.ação do at.erro experiment.al

s:it.ua-s:e a jus:ant.e e bem próximo ao eixo longit.udinal da

barragem, no t.recho II (ver figura 11.2) sobre depósit.o de

solos orgânicos argilosos: moles. A espessura de solos

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orc:;ânicos, à época da const.rução do at.erro experiment.al, era

aproximadament.e igual a 7 ,5 m. O t.recho II é aquele onde se

concent.ram os dados de inst.rument.ação fornecidos por Cout.inho

(1990). Dest.e modo, est.e t.recho, basicament.e compreendido ent.:re

as est.acas 15 e 30, é o t.:recho onde se concent.:ram os est.udos de

p:revisão de :recalque e porop:ressão dest.a disse:rt.ação. Cabe

:ressalt.a:r, enfim, que, po:r ocasião da const.:rução da ba:r:ragem,

houve :remoção de pa:rt.e supe:rficial do depósit.o de a:rgila mole

Cc:rost.a) de ce:rca de 3 m. Os est.udos, po:rt.ant.o, se:rão baseados

no adensament.o do depósit.o com espessu:ra va:riável de 2,Bm a

4,2m.

Todas as análises aqui ap:resent.adas fo:ram baseadas nas

sondagens e nos ensaios de labo:rat.ó:rio e de campo :realizados

pa:ra o at.e:rro expe:riment.al, t.endo em vist.a a p:roximidade dest.e

à ba:r:ragem, bem como :relat.iva homoceneidade das camadas

ident.ificadas nos dois locais.

As campanhas de sondac:;em no local do at.e:r:ro expe:riment.al

com vist.as ao :reconheciment.o e obt.enção de amost.:ras

ensaios de labo:rat.ó:rio de:ram o:rigem ao pe:rfil geot.écntco

pa:ra

c:;e:ral

pe:rfil do sit.io da ba:r:ragem ap:resent.ado na f'igu:ra II.4. O

ap:resent.a est.:rat.o de solo a:rc:;iloso o:rgânico mole com 7 ,5 met.:ros

de espessu:ra ap:roximada com valo:res de SPT 0/20 a 0/100,

sob:rejacent.e a sediment.os a:renosos mais :resist.ent.es

p:resença de a:rc:;ila, com valo:res de SPT em t.o:rno de 10.

com

II.5 - DESCRIÇÃO DO DEPOSITO DE ARGILA MOLE

II.5.1 - Ca:ract.erist.icas básicas

Cout.inho

dive:rsosde

O depósit.o o:riginal, const.it.uia-se, sec:;undo

(1986), de pelo menos seis camadas com t.eo:res

mat.é:ria o:rgânica. A t.abela II.2 ap:resent.a as

p:rofundidade, desc:rição t.áct.il-visual e os valo:res

faixas de

de umidade

t.ipicos. Os cont.at.os ent.:re camadas fo:ram conside:rados com

di:reção ho:rizont.al ao longo da área de int.e:resse.

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SEÇÃO ATERRO EXPERIMENTAL

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PERFIL TÍPICO - DESCRIÇÃO TÁTIL - VISUAL

ARGIL~ SILTOSA CINZA COM VEIOS E MANCHAS I FORTES I OE COR MARROM-AMARELO • COM PRESENC, OE RA ZES .

ARGILA S1L TOSA CINZA COM VEIOS CINZA - CLARO. NO INÍCIO ÀS VEZES MANCHAS MARROM-AMARELO. NO FINAL VEIOS CINZA-ESCURO COM ESTRATIFICAÇÃO

ARGILA S1L TOSA ORGÂNICA CINZA A CINZA - ESCURO , FREQUENTEMENTE C/ VEIOS. PRETOS I MATÉRIA

~21ti~~dA~lQ.\~~[~õ:t~À~~!~.l~~-~~.~~~-T~-- VEIOS Cl~ZA-CLAAO , NO FINAL AS VEZES !NFLUtN -

ARGILA ORG~N1CA TUAFOSJ\ CINZI\ - MARROM COM PEDAÇOS PEQUENOS E GRANDES DE MADEIRA EM DECOMPOSIÇAO

----- ·-··- _,._·------·-------··--··--··---·~·- - ·-·- ··-----ARGILA ORGÃNICA CINZA A CINZA - ESCURO ( ESVERDEADO J COM PEDAÇOS PEQUENOS OE MADEIRA

E FOLHAS EM DECOMPOSIÇÃO AO LONGO OE TODA A AMOSTRA , OCORRENDO ALGUMAS VEZES A p~

SENÇA OE PEDAÇOS MAIORES DE MADEIRA EM DECOMPOSIÇÃO

TURFA ARGILOSA MARROM - PRETA. MADEIRA EM DECOMPOSIÇÃO COM MATERIAL ARGILOSO

ARGILA ORGÂNICA CINZA- ESCURO E PRETA {MAT. ORG 1 ÀS VEZES COM MANCHAS CINZA - CLARO

ARGILA SILTOSA CINZA- CLARO , BASTANTE PEGAJOSA COM AREIA

AREIA FINA À MÊOIA AAGILOSA DE COR CINZA - CLARO

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AREIA FINA A GROSSA COM ARGILA OE COR CINZA - CLARO ( AMOSTRA Ot!ITIOA NA LAVAGEM). EM

2 FUROS I SP·2 E SP-3 ) OCORREU EM ALGUMAS Pflt0FUND19ADES COR ESCURA E PRESENÇA OE

RESTOS VEGETAIS

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13

No capit.ulo V são apresent.ados os per:fis geot.écnicos com

a respect.iva int.erpret.ação das camadas que permaneceram, ou

seja, que não foram removidas por ocasião da const.rução da

barragem, como cit.ado no it.em II.1.3.

II.5.2 - tndices F1sicos

Como part.e dos est.udos geot.écnicos preliminares para

projet.o, foram feit.os ensaios de caract.erização fisica, quimica

e mineralógica, a cada 0,5 m de profundidade, ut.ilizando

mat.erial obt.ido de amost.radores com dois diferent.es diêmet.ros

<4' 67 mm e tp 127 mm).

As :figuras II.5 e II.6 most.ram a variação dos 1ndices

f"lsicos com a profundidade. A :figura II.7 apresent.a correlação

ent.re umidade nat.ural e a densidade de grãos e a II.8 a cart.a

de plast.icidade com o posicionament.o dos solos moles de

fundação na mesma. Est.as :figuras mui t.o cont.ribuem para

compreensão do caráct.er t.urfoso de fundação.

II.5.3 - Parêmet.ros de Compressibilidade

Os ensaios oedomét.ricos realizados em amost.ras de boa

qualidade proporcionaram a obt.enção de parâmet.ros de

compressibilidade (incluindo adensament.o secundário), hist.6r1a

de t.ensões do depósit.o, parêmet.ros relat.ivos à velocidade de

variação de volume (coe:ficient.e de adensament.o>, e coe:ficient.e

de permeabilidade (mét.odo indiret.o) das camadas em função do

1ndice de vazios. No cálculo dos ensaios, os parâmet.ros :foram

det.erminados conforme most.ra a figura 11.9. Maiores det.alhes

quant.o à execução dest.es ensaios podem ser obt.idos em Cout.inho

(1986).

A compressão secundária foi caract.erizada por Cout.inho

(1986) pela inclinação do t.recho inicial ret.ilineo na curva

deformação versus log t.empo após o t.érmino do adensament.o

primário.

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b) OS VALORES NÂO FORAM PLOTADO~ EM Y!RTUOE DOS ENSAIOS TEREM APRESENTADO ANÔMALOS, DEVIDO A GRANDE PRESENÇA OE MADEIRA NESTAS PROFUNOlOAOES.

{Z) NAS CAIU.OU OE PEQUENA ESPESSURA FOI ADOTADO I.ÍNICO VA~OR MÉDIO.

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16

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FIG. 11.7 - UMIDADE NATURAL VS. DENSIDADE DOS GIU:OS

<Cout.inho, 1986)

... -· CAHAQii. NOTA VES TAMBEM •KEMPTON E PETTLEY 119791

• I ~ • n !. ... • m .. 'ºº • Ili

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E ARGJL.A3 ORGÂNIC&~

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LIIIITE DE LIQUIDEZ ,LL (•1.)

FIG. 11.8 - CARTA DE PLASTICIDADE - SOLOS MOLES DE FUNDAÇXO

<Cout.inho, 1986)

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FIO. JJ.9

17

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3

NOTA O PONTO , CORRESPONDE . NESSE TRABALHO,

A UMA PRE&.SÂO VERTtCAL CE 6,4kN/ml

l 11 CICLO OE OESCAR~BAMENTO 1

E:v = Ae + ••

(E:vl, -(Evl.. RR = Cr

RR = ( A 109 ü'vclo-1 1 +e.

(LIE:v }1-2 Cc CR =

(LI log ü'vcl1-2 CR = 1 + e.

SR -( LI E:v )3-4

SR = Cs =

( LI log O"'vc l 3-4 + e.

ENSAIOS OEDOM2TRJCOS PAR»IETROS

COMPRESSIBILIDADE (Cout.inho• 1986)

DE

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18

As t'igUl'as II.10 a II.12 ap:resent.am os valores de 1ndice

de vazios, 1ndice de compressão vi:rgem (e ,C ), de pressão de O e

p:ré-adensament.o (a' ), da :razão de p:ré-adensament.o (OCR) e dos vm

coef"icient.es de :recomp:ressão, compressão e expansão CRR,CR e

SR) ao longo da p:ro:fundidade.

A :figUl'a

(.t: (%)) ve:rsus V

(O'' ). vc

11.13 ap:resent.a c\Jl'vas

log da t.ensão ve:rt.ical

t.1picas

e:fet.iva

de

de

de:fo:rmação

adensamnt.o

Os valores do coe:ficient.e de adensament.o :fo:ram plot.ados

cont.:ra a t.ensão ve:rt.ical média do inc:rement.o de ca:rga

co:r:respondent.e, con:fo:rme most.:rado na :figUl'a 11.14.

Alguns :result.ados do coe:ficient.e de compressão

secundá:ria, C • A& / log t. Q& V

em :função da t.ensão ve:rt.ical de

consolidação est.ão ap:resent.ados na :figUl'a 11.15.

11.5.4 - Permeabilidade

Todos os dados de permeabilidade :fo:ram :fornecidos po:r

Cout.inho (1990), sendo :fundament.ais pa:ra as análises numéricas

objet.o dest.a t.ese. No cap1t.ulo V, est.es dados são t.:rat.ados, sob

:fo:rma de c\Jl'vas e x log k e que de:finem o pa:râmet.:ro Ck,

coe:ficient.e que mede a variação da permeabilidade com o 1ndice

de vazios. Tal 1ndice const.it.ui impo:rt.ant.e dado de ent.:rada pa:ra

as análises numéricas da p:resent.e t.ese que consideram as

va:riaçeíes de permeabilidade ao longo do processo de

adensament.o.

Cabe ap:resent.a:r ainda alguns :result.ados de coe:ficient.e de

permeabilidade obt.idos de ensaios de dissipação com piezõmet.:ros

Casag:rande inst.alados na :fundação (camada IID do at.e:r:ro

expe:riment.al, con:fo:rme t.abela II.3. Maiores det.alhes quant.o a

execução de t.ais ensaios podem se:r encont.:rados em Cout.inho

(1986).

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FIG. II.to - ENSAIOS OEDOMETRICOS - HISTORIA DE TENSt,ES

<Cout.inho, 1986)

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FIG. II.tt - ENSAIOS OEDOM2TRICOS - PA~ROS RR, ClR E SR

VS. PROFUNDIDADE CClout.inho, 1986)

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FIG, 11,12

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ENSAIOS OEDOMl!:TRICOS VALORES DE lNDICES DE

VAZIOS E DE OOMPRESSXO (Cout.inho, 1986)

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22

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FIO. 11.13 - ENSAIOS OEDO~RICOS - CURVAS

<Cout.inho, 1986)

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\ ~ 'IH n,'li Jl'l•1lo 1 ~ CAMADA m < 5 101 CURVAS TÍPICAS < 8 ..... Cv catculodo º"'º Ili

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24

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TENSÃO "º "º° ;yERTICAL DE ADENSAMENTO, (í~{kNl•IJ

FIG. 11.15 - ENSAIOS OEDO~TRICOS - CURVAS C a&

{Cout.inho, 1986) VS. LOG o•

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Tabela II. 3 - ENSAIOS DE DISSIPAÇJ:O - PIEZ6METROS

(Cout.inho, 1986)

PIEZõMETRO PROF. TEMPO DE RESPOSTA COEFICIENTE DE

Cm> BÁSICO 90% EQUALIZ. PERMEABILIDADE

(min) Cmin) k (10- 9 m/s)

PC - 3 3,5 18,7 43,0 2,2

PC - 8 4,0 18,7 43,0 2,2

PC - 9 4,0 18,7 43,0 2,2

PC - 5 4,5 60,0 138 ,O 0,6

PC - 7 4,0 60,0 138 ,o 0,6

11.5.5 - Discussão dos Result.ados

Os ensaios de adensament.o oedomét.:,:,,ico evidencia:,:,,am ce:,:,,t.o

p:,:,,é-adensament.o ao longo da p:,:,,ot'undidade e das camadas do

depósit.o mole. Os valo:,:,,es de OCR t.ende:,:,,am a dec:,:,,esce:,:,,

linea:,:,,ment.e com a p:,:,,ot'undidade e com a seqüência das camadas de

aco:,:,,do com as seguint.es equaçaes

CAMADA EQUAÇJ:O VALORES M!:DIOS

I OCR <Z> • 10,7 - 2,84 z

II OCR <Z> • 6,22 - 1,11 z

III OCR <Z> • 3,41 - 0,32 z

IV OCR CZ> • 1,53 - 0,00 z

.os valo:,:,,es dos pa:,:,,âmet.:,:,,os de comp:,:,,essibilidade RR, CR e

SR ap:,:,,esent.a:,:,,am-se no:,:,,malment.e dist.int.os pa:,:,,a cada camada,

especialment.e o coet'icient.e de comp:,:,,essão (CR) que ap:,:,,esent.ou

meno:,:,, dispe:,:,,são (Fig. 11.11). lgualment.e,

e os seus valo:,:,,es médios são dist.int.os

os valo:,:,,es de e , C o e

em cada camada. Est.udos

e discussaes mais det.alhados, inclusive :,:,,elacionando o t.eo:,:,, de

mat.é:,:,,ia o:,:,,gânica com os valo:,:,,es dos pa:,:,,âmet.:,:,,os de

comp:,:,,essibilidade, são ap:,:,,esent.ados em Cout.inho (1986).

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26

O valor do coeficient.e de adensament.o encont.rado foi

subst.ancialment.e maior na região de recompressão do que na

região de compressão virgem.

de boa

Esse comport.ament.o é

caract.erist.ico de amost.ras qualidade nos solos argilosos

CCout.inho, 1986>. Os valores de c foram em geral dist.int.os em V

cada camada. Na região _, geral de 2:0 a 70 x 10

pré-adensada, os 2 cm /s. Na região

valores se sit.uam em

de compressão virgem,

c V

apresent.a-se ligeirament.e decrescent.e ou prat.icament.e

const.ant.e com

de 10 X 10-,

o acréscimo de pressão, com os valores em t.orno

1 a 30 X

2 cm/s

-, 2 10 cm /s

nas

nas

camadas

camadas

I

II e

e

III

VI;

e

1 a 100 X 10-, cm2 .,s na da IV Cmai •-• > , cama s org ..... ca com uma

ent.re

ent.re

fort.e

dispersão nest.a camada.

Os valores de C Ol

•. A& ' /log t. obt.idos nas V

diversas

presseíes, camadas f'oram normalment.e bem pequenos para baixas

aument.ando ent.ão rapidament.e em t.orno da pressão de

pré-adensament.o e at.ingindo um máximo em pressão superior a

O" , decrescendo em seguida, com o aument.o da pressão. Est.a vm

f'orma de curva é bast.ant.e concordant.e com o descrit.o · por Ladd

(1977) e o observado nas argilas orgAni.cas moles de Sarapui -

RJ CCout.inho, 1983). Na bibliograf'ia t.em sido cit.ado que os

solos alt.ament.e orgAni.cos apresent.am adensament.o secundário

import.ant.e CMesri, 1973 e Godlewsld, 1977>. Cout.inho (1986)

apresent.a quadro, t.ranscrit.o ,na

camadas, apresent.adas para algumas

valores máximos obt.idos para ªa•

de mat.éria represent.at.ivos dos t.eores

t.ab. II.4,

as f'aixas

junt.o com

orgAni.ca CTMO>.

onde são

básicas dos

os valores

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27

Tabela II.4 - PAIUMETROS DE COMPRESSÃO SECUNDJ.RIA - FAIXA

DE VALORES E RELAÇ«sES COM TMO e CR.

(Cout.inho, 1986)

c (%) TMO (%) c / CR CAMADA

oc& fflQX Ili& fflQX

média (valores médios) FAIXA Ml:DIA

lb 0,84 - 1,20 1,02 18 O ,043 - 0,030

II 1,92 - 2,84 2,36 43 0,060

III 1,80 - 2,86 2,36 26 0,060

IV 1,84 - 2,84 2,40 60 0,066

VI 0,33 - 0,68 0,42 o - 1 0,032

para

Mesri e Choi (1986) e Mesri e

a maioria das argilas moles

Godlewsld (1977) indicam

inorgânicas alt.ament.e

plást.icas

orgânicas

C /Cc (ou ae

alt.ament.e

C /CR> • O ,04 ± o ,01 e para as argilas oc&

plást.icas c /Cc <ou c /CR> • 0,06 ± 0,01. ae oce

Pode ser observado pela t.abela acima que os valores observados

nos ensaios realizados por Cout.inho (1986) se enquadram no

preconizado pelos aut.ores.

Os valores de coef'icient.e de permeabilidade sit.uam-se na

faixa esperada para solos argilosos orgânicos, sendo seus

valores (t.ab. 11.3) similares aos observados para Sarapui

CCout.inho et. ai, 1976, Ort.igão et. ai, 1979).

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28

CAPITULO III

TEORIA DE ADENSAMENTO UNIDIMENSIONAL E ~ODO DAS DIFERENÇAS

FINITAS

111.1 - Int.rodução

Est.e caplt.ulo discut.e inlcialment.e a t.eoria de adensament.o

unidimensional de Terza,:hi em relação às suas hipót.eses

básicas, rest.riçl5es, e aplicabilidade da mesma à luz do

f'enõmeno real de adensament.o.

A seguir apresent.a-se o mét.odo numérico de dif'erenças

f'inlt.as como uma f'errament.a mat.emát.ica ut.ilizada na análise do

problema de adensament.o unidimensional. Descrevem-se os mét.odos

de resolução expllcit.o e impllcit.o, as equaçl5es de recorrência

c::eral e de f'ront.eira, bem como atc::orit.mos de cálculo de

recalques e grau de adensament.o.

111.2 - Teoria de adensament.o unidimensional de Terzaghi

111.2.1 - Consideraçi5es Gerais

A hist.ória da MecAnica dos Solos moderna est.â int.imament.e

ligada ao desenvolviment.o da t.eoria de adensament.o clâssica de

Terzag h i (1923). Est.a t.eoria, primeira a desenvolver um

procediment.o baseado em rigor mat.emát.ico para o assunt.o, não só

possibilit.ou aos engenheiros previsão da velocidade de recalque

de est.rut.uras const.ruidas sobre

mérit.o de isolar as variáveis

adensament.o.

solos argilosos, como t.eve o

que cont.rolam o processo de

A prât.ica est.abelecida recorre à t.eoria de Terzaghi e aos

result.ados do ensaio oedomét.rico para def'inlção dos parâmet.ros

caract.erlst.icos do comport.ament.o do solo. Ent.ret.ant.o est.a

t.eoria não conduz necessariament.e a result.ados sat.isf'at.órios,

t.endo em vist.a atc::umas limit.aqaes abaixo descrit.as.

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29

Na f'ol'mulação mat.emát.ica ut.ilizada poI' Tel'zaghi, f'ol'am

adot.adas divel'sas hipót.eses simplif'icadol'as, das quais algumas

possuem conseqüências muit.o impoI't.ant.es sobl'e a possibilidade

de aplicação dest.a t.eol'ia no est.udo de um caso I'eal. Diant.e de

pI'evis5es nem sempre sat.isf'at.órias, é necessário reexaminar os

f'undament.os da t.eoria de modo a vel'if'icar em que medida est.a se

af'ast.a das condiç5es reais de campo. Para t.ant.o, apresent.a-se a

seguir breve descrição do f'enômeno do adensament.o, incluindo-se

crit.icas às diversas hipót.eses da t.eoria clássica e coment.ários

sobl'e diversas propost.as de ext.ensão da t.eoria de Terzaghi.

III.2.2 - Principio do f'enômeno do adensament.o

Seja uma amost.ra de solo de volume V, que se submet.e a

uma variação do est.ado de t.ensão definido por AO';, J:,.q• • • 2

ÁO' '. a

Para pequenas def'ormaç5es

e isot.rópico para o solo,

t.V/V , definida poI'

ou

t.V -v-- -

& • + & 2

+ & a

t.V = 3 (1 - 2v·> -v-- E'

-

e admit.indo-se comport.ament.o elást.ico

obt.êm-se

1 - 2,,, E'

ÁO'' ocl

uma def'ormação

(ÁO'' + ÁO'' + ÁO'') • 2 a

volumét.rica

<III.1>

<III.2>

onde E' e v' são os módulos de elast.icidade e coeficient.e de

Poisson respect.i vament.e

oct.aédrica.

e ÁO'' ocl

a variação da t.ensão

Supondo-se est.a amost.I'a perf'eit.ament.e sat.urada por f'luido

incompressivel, carregament.o não drenado, t.em-se uma def'ormação

volumét.rica nula. Ist.o imp5e que ÁO'' = O e por conseguint.e: ocl

ÁU = ÁO'ocl CIIl.3)

Com o passar do t.empo, obsel'vam-se os seguint.es f'at.os

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30

üdiminuição

inicial bU '"'

progressiva do excesso

bO'ocl ao valor final nulo;

de poro pressão do valor

2)cresciment.o simult.âneo das t.ens5es efet.ivas do valor inicial

nulo ao valor final .6.uoct = .6.u· + u; ocl

3)desenvolviment.o de deformaçi:Ses volumét.ricas com o aument..o

das t.ensi:Ses efet.ivas.

No caso geral t.odos os component.es do t.ensor de t.ensões

variam quando do carregament.o da fundação, sendo as deformaçoes

volumét.ricas governadas pela equação 111.1. Por out.ro lado, o

fluxo da água int.erst.icial é geralment.e t.ridimensional, devendo

nest.e caso o fenômeno ser analisado em t.rés dimensões.

111.2.3 - Apresent.ação das hipót.eses e respect.ivas crit.icas

A formulação de Terzaghi (1923) aborda um caso part.icular

simples, ou seja aquele do adensament.o unidimensional de uma

camada fina submet.ida a uma carga uniforme de grande ext.ensão.

São formuladas as oit.o hipót.eses abaixo :

1) deformações unidimensionais;

2) solo sat.urado;

3) grãos do solo e fluido int.erst.icial incompressiveis;

4) solo homogéneo;

5) os parâmet.ros do solo (e.g., módulo de deformação

volumét.rica e permeabilidade) const.ant.es durant.e o adensament.o;

6) drenagem unidimensional e obedecendo à Lei de Darcy;

7) relação linear ent.re t.ens5es efet.ivas e variações de volume

do solo;

8) inexist.éncia de compressão secundária;

Tavenas (1979) analisa cada uma das hipót.eses cit.adas

considerando o limit.e de validade de cada uma delas, conforme

apresent.ado abaixo.

Hipot.ése t - Deformação unidimensional

Est.a

at.ravés do

hipót.ese permit.e caract.erizar a

módulo de deformação volumét.rica

compressibilidade

obt.ido do ensaio

oedomét.rico, além é claro de simplificar o cálculo que passa a

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31

considerar somente a componente vertical do tensor de tensi'Ses

induzidas sobre a fundação.

no

Adicionalmente, esta hipótese

instante t = O o excesso de

implica necessáriamente que

poropressão seja igual .à

variação de tensão vertical imposta {t.u = t.av). Diferentemente,

em obras reais, o estado de deformação não será exatamente

uniaxial. Nestas condiçi'Ses, no instante t=O, t.u = t.cocl e

t.ooel assume valores da ordem de 0,7 a 0,9 vezes t.av , segundo

Tavenas (1979). Para consideração de tal fenômeno, Skempton e

Bjerrum (1957) propuseram correção do recalque oedométrico em

função do adensamento tridimensional real.

No caso da barragem de Juturnaiba a hipótese de deformação

unidimensional é praticamente satisfeita devido .à grande

extensão do aterro compactado em relação .à espessura do

depósito remanescente, como será visto no capitulo V.

Hipóteses 2 e 3 Sat.uração complet.a e

incompressibilidade dos grãos do solo e do fluido int.erst.icial

Estas hipóteses permitem afirmar que, no inst.ant.e t.=O,

t.u = t.av, em condição oedométrica. A experiência de

Tavenas (1979) indica que em geral os solos argilosos possuem

pequenas quant.idades de gás provenient.es da decomposição de

mat.éria orgânica, ou seja, um grau de sat.uração inferior a

100%. Este gás apresenta-se sob a forma de bolhas de ar ou na

condição de gás solubilizado na água, t.ornando desta forma

compressível a fase fluida constituint.e do solo. Diant.e de t.al

fato, poderão ocorrer deformações volumét.ricas sem que haja

necessariamente variação de t.ensi'Ses efetivas.

Como será

Jut.urnaiba revelou

Análises com o

coment.ado

graus de

programa

no capit.ulo

sat.uração na

CONMUL TM-78,

V, o depósito de

faixa de 98 a 100%.

que considera a não

sat.uração do solo, concluíram ser muito pequena a influência

desta condição no valor dos recalques previstos.

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32

Hipóteses: 4 e 5 - Homogeneidade do solo e constância dos:

parâmetros de adensamento do s:olo

Est.as hipót.es:es: s:ão necessárias de modo que o coeficient.e

de adensamento c V

seja uma const.ant.e, permitindo as:s:im uma

solução exat.a da equação diferencial clássica de adensament.o.

Com efeit.o, a principio, é muit.o raro encont.rar-se um

depósit.o homogêneo de argila. Sabe-se também que propriedades

do solo, tais como coeficient.e de permeabilidade e módulo de

compressibilidade variam em função do indice de vazios

(Schiffman et. al, 1964 e 'lo/erneck et. al, 1978) sendo port.ant.o,

variáveis ao longo do processo de adensament.o. Port.ant.o uma

argila inicialmente homogênea, t..a:rna-s:e neces:sariament.e

het.erogênea durant.e o processo.

A hipót.ese de c const.ant.e é uma crit.ica usualment.e feit.a V

à t.eoria de Terzaghi já que est.e é função da permeabilidade, da

t.ensão efet.iva e da compressibilidade do solo, t.odas est.as

variáveis no processo de adensament.o. Segundo Gibson et. al

(1967) os erros originários dest.a consideração vão depender da

magnit.ude do increment.o de carga e das variaçêSes do indice de

vazios.

Para definição corret.a do comport.ament.o hidrodinâmico do

solo Tavenas et. al (1979) propêSe que est.e seja realizado não em

função de c V

, mas sim at.ravés de leis de variação da

permeabilidade e do indice de compressibilidade com o indice de

vazios e com a t.ensão efet.iva.

Em casos reais a solução de Terzaghi poderá não se

aplicar, devendo-se ent.ão recorrer a mét.odos de cálculo como o

diferenças finit.as, que permit.am considerar a não homogeneidade

do solo e a variação das propriedades geot.écnicas da argila ao

longo do adensament.o.

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33

Hipótese 6 - Drenagem unidimensional e validade da Lei de

Darcy

A hipótese de drenagem unidimensional permite dedução de

uma expressão simples relacionando var-iaç.í:Ses: de poropres:s:ão em

função do tempo e da profundidade. Segundo Tavenas: (1979),

raramente em f"undações de obras: poderão reunir-se as: condições

geométricas: necessárias: à condição de fluxo unidimensional. Em

geral observa-se fluxo bidimensional, portanto mais rápido.

A aplicação direta da Lei de Darcy desperta também

discussão. As condições de ensaio oedométrico correspondem a

gradientes hidráulicos muito elevados. Tavenas:· (1979)

questiona se os parâmetros assim medidos, e em particular o

coeficiente de permeabilidade, podem ser aplicáveis às:

condições de campo onde os gradientes são muito menores.

Hipót.ese 7 Relação linear ent.re t.ensões efet.ivas e

variações de volume do solo.

Esta hipótese intervém em dois niveis no desenvolvimento

e utilização da solução de Terzaghi. De um lado, permite

relacionar as: variações de volume à variação de poropressão

transformando a equação

- k 82

u - a e = :r.., az 2 a t

na equação

a u k (1 + e) 82

u a t = :r.., a

az 2

V

onde k = coeficiente de permeabilidade

;rv = peso especifico da água

u = poropressão

e = indice de vazios

(Ill.4)

CIII.5)

t,z = variáveis representando o tempo e a profundidade

respectivamente

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34

Dependendo de vários fat.ores, est.a hipót.ese pode Mo se

verificar na nat.ureza. O próprio Terzaghi faz hipót.ese

cont.radit.ória em relação à acima admit.indo uma relação linear

ent.re deformações volumét.ricas e o logarit.mo da t.ensão efet.iva

no cà.lculo de :recalques (Terzaghi e Peck,1966).

A hipót.ese linear conduz em cert.os casos a diferenças

significat.ivas ent.re o grau de adensament.o médio calculado em

t.ermos de poropressões com o calculado em t.ermos de recalques

<Terra, 1988, Tavenas et. al, 1979).

Hipótese 8 - Ausência de compressão secundária

Trat.a-se

const.at.ado em

plásticas, as

de uma

ensaios

hipótese simplista

de laborat.6rio com

quais apresentam quantidade

como

argilas

pode ser

alt.ament.e

significativa de

compressão secundária. Tendo em vista o maior interesse recente

por este fenômeno, a hipótese 8 será discutida de forma mais

alongada que as demais.

pelo

No capitulo

S.G.I., onde

IV estão apresentados estudos realizados

observações de aterros instrumentados

apresentaram deslocamentos verticais muito diferentes daqueles

previstos pela teoria clássica tanto em valores absolutos

quanto em t.ermos de velocidade. Cabe citar que as condições de

campo se aproximavam da condição oedométrica e que as previsões

foram realizadas levando em conta variações de

compressibilidade e de permeabilidade durante o processo. Os

próprios est.udos da barragem de Juturnaiba, detalhados no

capitulo V, revelaram que a MO consideração da compressão

secundária implicaria em previsões menos satisfatórias.

Mitchell(1976) define "creep" drenado como deformações

cisalhantes ou volumétricas dependentes do tempo controladas

por "resistência viscosa" da estrut.ura do solo que ocorre sob

condições drenadas ou MO drenadas. Supõe-se que o "creep"

drenado ocorra dentro de condições de tensão efetiva constante.

A compressão secundária refere-se ao caso especifico do

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35

.. creep" drenado que segue o

carregament.o unidimensional.

adensament.o primário para

A compressão secundária é aproximada por uma relação

linear ent.re deformação(&) ou indice de vazios(e) e o

logarit.mo do t.empo(t.). A t.axa de compressão secundária é em

geral expressa por:

e "'·

• t.e/ A.log t. ou CIIl.6)

Ladd et. al (1977) most.ram que a compressão secundária

afet.a a compressibilidade geral de uma argila normalment.e

adensada com valores

figura 111.1. As curvas

const.ant.es de C e

de compressão

e C , como ilust.ra OI

plot.adas referem-se

a

a

t.rês t.ipos de duração, correspondendo respect.ivament.e ao final

do adensament.o primário (t.p = 0,5 hora), um dia e uma semana. A

compressão secundária ("envelheciment.o") produz um efeit.o de

enrijeciment.o, ist.o é desenvolviment.o de uma t.ensão de

pré-adensament.o(c' ) maior que a inicial (e' ), chamada por vm VO

Bjerrum(1967) de t.ensão crit.ica.

•o • ~ N !f •, !! .. •• I.! •• E

~ (sjen,,., 19'17)

O'v• Q (Leoitarn a l 1 ., ....... ,,, 1904)

-~~ '\ '\ . ". JO'yp

Cc J C..ICc IC01lSTAIITISI

'e j"" 1:tp :o.shr 1

t= 1 dio

t: 1 NallflCI

TENSAO VERTICAL OE ADENSAN!NTO -

FIG. 111.1 - EFEITO DA COMPRESSXO SECUNDÃRIA EM ADENSAMENTO

UNIDIMENSIONAL MEDIDO EM ENSAIO OEDO~TRICO EM ARGILA

NORMALMENTE ADENSADA CLadd et. ai, 1977).

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O comport.ament.o most.rado na

int.erpret.ação dos result.ados de

increment.ais convencionais de mui t.as

abaixo :

f'igura

ensaios

maneiras

111.1 af'et.a a

oedomét.ricos

como descri t.o

(1>0 ensaio oedomét.rico padrão de um dia inclue

t.ipicament.e 1 a 2 ciclos de compressão secundária, o que

result.a em subest.imat.iva da t.ensão de pré-adensament.o em

comparação com aquelas obt.idas de curvas relat.ivas ao final do

adensament.o primário. A diferença, segundo Ladd (1973), varia

t.ipicament.e de 10 a 20%.

(2)0 coef'icient.e de

durant.e os est.ágios

increment.al, por causa da

qual é result.ant.e do efeit.o

adensament.o

iniciais do

<c > é muit.o elevado V

ensaio convencional

reduzida compressibilidade inicial a

de envelheciment.o do increment.o de

carga ant.erior. O mét.odo de Taylor superest.ima, dest.a forma, o

c médio <Scot.t.,1963). V

<S>Com increment.os de carga pequenos, a curva & x logt. não

apresent.a a forma em S caract.erist.ica e a t.eoria de Terzaghi

não pode prever a razão de dissipação das poropressí5es, mesmo

se a razão Au/1:i.<YV é unit.ária quando do inicio do adensament.o.

Decréscimos subst.anciais de c durant.e os lncrement.os V

provavelment.e cont.ribuem para est.e comport.ament.o CLadd,1973).

Ent.ret.ant.o, mesmo se c não mudar, a ausência de pont.o de V

inflexão na curva e x logt. com increment.os de cari;a menores que

0,2 podem ser explicados em t.ermos de valores t.ipicos de

C /C <Mesri e Godlewski,1977). ª" e

Mesri e Godlewski <1977) most.ram at.ravés de ensaios

edomét.ricos de alt.a qualidade que o coef'icient.e de compressão

secundária(C ) est.á int.imament.e correlacionado com a a

compressibilidade apresent.ada pelo solo durant.e o

adensament.o primário. Em part.icular, na faixa de solos

normalment.e adensados com inclinação const.ant.e da linha de

compressão virgem a razão Cae/Cc é aproximadament.e const.ant.e e + igual a 0,05 -0,02 para lari;a faixa de solos. Est.a evidência

experiment.al sugere que os mecanismos responsáveis pela

compressão secundária não são subst.ancialment.e diferent.es

daqueles que cont.rolam a compressibilidade do solo durant.e o

adensament.o primário.

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Ladd et al (1977> atribuem como questão fundamental o

fato do "creep" atual' como um fenômeno em sepal'ado ou

concomitante com a dissipação de poro pressão durante o

adensamento primário. No caso de atuação concomitante o

mecanismo que melho~ explica o fenômeno é o de "viscosidade

estrutural" CBal'den, 1965). O mesmo autor mostra ci..ramente o

impacto prático de t.al questão no cálculo do recalque Cinal

bem como o efeito de escala relacionando o mesmo com a alt.ura

de drenagem, conforme pode-se ver na figura 111.2.

.;

1

AMOSTRA DE LABORATÓRIO

"10b

H : ALTURA DE DRENA.SEM

CAMPO

\; tleOl'llpo =~lob.

\ Ili fp

\\

• tp .: 'f'IMPO FINAL DE ADENSAMENTO PRtlllÁRIO PARA

AMOSTRA DE. LAIOltATÓlttO

LOG t

FIG. 111.2 - HIPõTESES DO EFEITO DA ALTURA DE DRENAGEM NO

ADENSAMENTO PRIMÃRIO DE SOLOS QUE APRESENTAM COMPRESSXO

SECUNDÃRIA (Ladd et. al, 1977).

Uma nova abordagem do fenômeno de compressão secundária

foi dada por Mart.ins e Lacerda(1985) que o associam ao aumento

do coeficiente de empuxo no repousoCKo). Os autores

apresent.am t.eoria de adensamento

compressão secundária, na qual o grau

unidimensional incluindo

de adensament.o é função

da relação ent.re t.ens5es verticais efet.ivas final e inicial

<O'vf/C1vo>, fator t.empo<Tv>, Ko, e pal'âmet.ro €1 que controla a

compressão secundária. A figura 111.3 mostra gráfico do grau de

adensamento médio versus fator tempo pal'a diversos valores de

incremento de cal'ga. Como pode ser observado a contribuição da

compressão secundária decresce com o aumento da razão o'vf/c,vo

pal'a valores fixos de e e Ko.

da razão de incremento de cal'ga.

A compressão secundária depende

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FIG. 111.3 - CURVAS U x T V

PARA RELAÇelES a;c / a' vo DIVERSAS

<Mart.ins et. al, 1985).

Segundo est.e modelo, o fenômeno de compressão secundária

est.á ligado à exist.ência de t.ensêSes de cisalhament.o, o que

implica em que o fenômeno at.ue concomit.ant.ement.e na fase de

adensament.o primário.

Tavenas (1979) por sua vez é enfát.ico na ut.ilização de

mét.odos numéricos no t.rat.ament.o do problema de adensament.o

unidimensional, pois além de out.ras vant.agens, possibili t.am

simulação mais convenient.e da superposição das compressões

primária e secundária.

Segundo Jamiolkowsld (1985), a relevância do "creep"

drenado em projet.o é rest.rit.a prat.icament.e à avaliação do

recalque devido à compressão secundária, realizada sob as

hipót.eses simplificadoras descrit.as abaixo:

solos

(1) C não é dependent.e do t.empo. a

(2) C é independent.e da razão de increment.o de carga. a

<3> e a é independent.e da

normalment.e adensados

tensão de pré-adensament.o

com valores const.ant.es

coeficient.e de compressibilidade e de recompressão.

{4)C é a

independent.e da espessura da camada

para

de

sob

adensament.o. Est.a hipót.ese não est.á confirmada por evidência

de campo.

(5)A compressão secundária inicia-se soment.e ao final da

compressão primária.

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Port.ant.o, parece ficar claro do expost.o nest.e it.em que

as diferent.es hipót.eses necessárias: ao desenvolviment.o da

solução de Terzaghi não são t.ot.alment.e condizent.es com o

comport.ament.o real de uma camada argilosa. Consequent.ement.e

est.a solução não é mais do que uma solução aproximada.

Ent.ret.ant.o, dependendo das condições de carregament.oCe.g.,

magnit.ude e ext.ensão} e do perfil geot.écnico do depósit.o

Ce.g.,het.erogeneidade e espessura>, a solução de Terzaghi pode

fornecer result.ados sat.isfat.órios.

III.2.4 Trabalhos de ext.ensão da Teoria de Terzaghi

Diversos aut.ores buscaram est.ender a t.eoria clássica de

modo a considerar a variação de permeabilidade e de

compressibilidade durant.e o adensamento, cit.ando-se ent.re

out.ros Richart. {1957), Lo {1960),

Janbu {1965). Schiffman et. al

Davis and

{1964) e

Raymond {1965) e

Ziolkowsld {1978)

apresent.am t.rabalhos que consideram variação de permeabilidade

e compressibilidade com a profundidade. Todos est.es t.rabalhos,

no ent.ant.o, não se aplicam a grandes deformações.

Gibson et. al {1967) apresent.am uma solução rigorosa do

problema de adensament.o unidimensional de camadas argilosas

sat.uradas baseada em hipót.eses menos rest.rit.ivas que as de

Terzaghi{1923}. As equações derivadas de t.al est.udo não impõem

a limit.ação de pequenas deformações, além de incorporar as

variações de compressibilidade e permeabilidade.

Schiffmann {1960) est.ende a t.eoria clássica, incluindo

leis de carregament.o variável, bem como variações de

permeabilidade durant.e o adensament.o. São desenvolvidas em

det.alhe soluções mat.emát.icas especificas. O aut.or apresent.a

ainda est.udo det.alhado do erro envolvido na consideração usual

de um coeficient.e de permeabilidade inicial const.ant.e ao longo

do processo; dependendo dos valores inicial

coeficient.e de permeabilidade inicial {k } vo

e

de pode-se obt.er erros

faixa de 41% Ck /k vo vf

de avaliação na velocidade

= 10) at.é 135% Ck /k vo vf

= 100).

e final do

final {k }, Vf

recalque na

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Há ainda trabalhos de ext.ensão baseados em modelos

reológicos, incorporando a variabilidade

permeabilidade, apresentados por Tan

Gibson e Lo (1960), \1/alhs (1962),

de compressibilidade e

<1957>, McNabb <1966>,

Garlanger (1972), entre

outros. Teorias de adensamento tridimensional foram propostas

por Biot (1941 e 1956), Tan (1975) e Gibson et al (1970), entre

outros.

O uso prático dos métodos acima listados parece ser

limitado em função da dificuldade de determinação dos

parâmetros utilizados nos mesmos, bem como da complexidade dos

cálculos. Além disso, muitos destes métodos não têm sido

corroborados com experiências de campo.

Desenvolvimentos computacionais recentes minimizaram a

necessidade de simplificação dos modelos representativos dos

solos. Isto possibilitou também o rápido desenvolvimento de

métodos numéricos para o cálculo do adensamento, citando-se em

particular o método de diferenças finitas em que se baseia o

programa CONMULTM-78, principal ferramenta de cálculo utilizada

nesta dissertação. Pode-se assim dividir o depósito de solo

mole em camadas discretizadas com diversos: parâmetros

constitutivos variáveis com o processo, e mesmo assim o cálculo

integral dispender alguns poucos minutos.

111.3 Método numérico das diferenças

adensamento unidimensional

111.3.1 Formulação matemática geral

finitas aplicado ao

O método de diferenças finitas baseia-se na aproximação

das derivadas de determinada função a diferenças finitas, como

o próprio nome indica.

Dada uma função u e suas derivadas

continuas em z, tem-se pelo Teorema de Taylor

f"unçí:Ses finitas

<Smith, 1985):

e

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u(z+h) = u(z) + h u•(z) + 1 h 2 U"(z)+ 2

1 h 3 U"'(z)+ ... (111.7) 6

onde h é o incremento na direção z (6z)

u(z-h) = u(z) - h u·<z> + 1 h 2 u--<z>- 1 h3

U"'(z)+ ... (111.8) 2 6

Somando IIl.7 e 111.8 obtém-se:

u(z+h) + u<z-h) = 2 u(z) + h2

U"(z) + m (h 4

) (111.9)

O termo m<h'> refere-se aos: termos: de h com grandeza de

ordem i11;ual ou superior a quatro, considerados: des:preziveis: em

comparação aos: demais:. Desta forma a equação 111.9 pode s:er

escrita:

U"(Z) = { u(z+h) - 2 u(z} + u <z-h}} (111.10}

Subtraindo a equação 111.8 da equação 111.7 e desprezando

os: termos: de ordem h3

, tem-s:e:

d u u•<z> = -­d z

1 =2h

A figura

< u<z+h} - u<z-h>}

111.4 indica que a

(111.11)

equação 111.11 aproxima

claramente a inclinação da tangente no ponto P pela inclinação

da corda AB. Tal aproximação é chamada aproximação central. A

inclinação no ponto P pode s:er ainda aproximada pela corda PB,

chamada aproximação progressiva e expres:s:a pela fórmula 111.12.

u•(z) = ~ { u<z+h) - u(z} } (111.12}

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A corda AP fornece a aproximação regressiva, expressa

pela fórmula IIl.13.

u•(z) = ~ { u(z) - u(z-h) } CIII.13)

u(z)

B

u(z-h) u(z) u(z+h)

~-------'---.......JL__..L._ ___ .. z (z-h) z (zth)

FIG. 111.4 - TIPOS DE APROXIMAÇÃO PARA u'Cz> <Smit,h, 1985}.

Not.ação adot.ada

Considerando-se que o excesso de poro pressão, aqui

definido por u,é função de variáveis independent.es z e t.,

divide-se usualment.e o sub-espaço z-t. em uma malha com

espaçament.os const.ant.es e iguais nas direç!Ses z e t. definidos

pelos increment.os 6z e 6t. conforme pode-se ver na figura III.5.

1 h

+-h

-t-

z

t-M t t +lit

( ;) t) ,' 1

(i,t-1) (i,/if) (i,ttl) 1

(i J,t)

J St J ~t J r r r

- t

FIG. 111.5 - SUB-ESPAÇO Z - T DISCRETIZADO <Almeida, 1990}.

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As equaç~es IIl.10 e Ill.11 f'icam, dest.a f'o:rma exp:ressas

po:r:

u + u . ) i..,t. \.-1,.t. (Ill.14)

( : ~) (u - u )

i.,.t.+l. i.,.t.

6t.

(111.15)

111.3.2 - Mét.odo Expllcit.o

A equação

pode se:r exp:ressa pela s e ~uint.e ap:roximação po:r dif'e:renças

f'init.as :

u. \. " t. +i

6t.

e a V

u. - 2 u + u. l.+i,.t. i.,.l 1.-i. .. t.

h2

a qual pode se:r :reesc:rit.a sob na f'o:rma

U. • (3 U. + (1-2(3) U. + (3 U. 1.,t.+l. l.-i..,t. l..,l \.+i,.t.

(111.16)

(111.17)

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44

Deste modo, os valores desconhecidos de u ao longo de uma

determinada coluna de tempo são calculados em função dos

valores da coluna anterior. Fórmulas: de tal gênero, que

expressam um valor desconhecido diretamente em termos de

valores conhecidos são chamadas: fórmulas: explicitas:.

Gibson e Lumb (1963) citam que quanto menores os valores

de r e h adotados, mais acurada é a solução e mais laborioso se

torna o cálculo. Segundo Smith (1986) este método é largamente

utilizado e computacionalmente simples, possuindo entretanto a

desvantagem do incremento 6t ser necessariamente muito pequeno

pelo fato do processo somente ser válido, isto é,convergente e

est.ável, para valores de r =Cv 6t/h2

entre O e 0,6. Por isso.

há necessidade de manter-se muito pequeno o valor de h(6z) de

modo a obter-se uma acurácia razoável. O programa CONMULTM

adota o método explicito.

III.3.3 - Método implicito.

Crank e Nicholson (1947) propuseram, e testaram, um

mét.odo que reduz o total de cálculos, sendo convergente e

estável para quaisquer valores de r. Trata-se de considerar a

equação diferencial parcial sendo sat.isfeita no ponto médio

Ci,t.+1/2) e subst.it.uindo iJ2

u/iJoz.2

por meio de sua aproximação em

diferenças: finitas: nos tésimo e (t+i>ésimo níveis de tempo. Em

outras: palavras: a equação

CIII.18)

é aproximada por

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-u u. t. .. l+t i, l

k

+ u. 1.+t,l

ou ainda

(-13

= ( /3

=

-2 u. '.l h2

u. 1.-t,l+t

46

{ u. - 2 u. + u. +

1 1.+1,t.+t t. .. l+t 1.-t,l+t

2 h2

+ u. 1.-1.t. } <III.19)

+ (2 + 2(3) u - /3 u ) i.,l+t i.+1,l+t

=

(2-2(3) <III.20)

Em geral o lado esquerdo cont.ém t.rês: valores:

desconhecidos: de u e o lado direit.o 3 valores: conhecidos: de u.

Fazendo uso da malha de cálculo mos:t.rada na figura III.ó,

observa-se que havendo n nós: int.ernos: ao longo de cada coluna

de t.empo, obt.er-s:e-á n equações: s:imult.âneas: para n valores de

pivot. desconhecidos ao longo da primeira coluna de t.empo, os

quais por sua vez são função do conjunt.o de valores de cont.orno

iniciais. De modo similar t. = t.+1 expressa n valores

desconhecidos de u, sendo calculados em função dos valores

obt.idos ao longo da primeira coluna de t..

t t + l

VALORE DESCONHECIDOS DE U

CONHECI OS OE U

1

z

FIG. 111.6 - Ml!:TODO IMPUCITO - CÃLCULO <Smith; 1985).

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Est.e mét.odo, onde o cálculo de

necessi t.a da resolução de um sist.ema de

descrit.o como mét.odo implicit.o. Smit.h

um pivot. desconhecido

equaçeles simult.âneas é

(1985) deixa claro que

embora o mét.odo seja válido para qualquer valor f'lnit.o de ~. um

valor alt.o dest.e parâmet.ro implicará em aproximação inacurada

de 8u/ at.. Um valor razoável de ~. segundo o mesmo aut.or, é o

valor unit.ário que apresent.a a vant.~em de anular o

coe:ficient.e u. t. na equação (111.20). ,,

111.3.4 - Front.eiras impermeável e drenant.e

Para :front.eira impermeável t.em-se que 8u/8t. • O para t.>O,

port.ant.o ui-1,t = uiH,l. Subst.it.uindo em 111.17 obt.ém-se a

seguint.e equação de recorrência:

u. • u. + 2 ~ (u - u ) 1.,l+i \,l i.+1,t i.,t

(111.21)

Para :front.eira drenant.e t.em-se obviament.e u. • O ' • l

111.3.5 - Front.eira ent.re camadas

a)Hip6t.ese de solo het.erogêneo em relaçiro ao coe:f'icient.e de

permeabilidade

Thomann (1972) apresent.a equação de recorrência ent.re

camadas compressiveis com di:ferent.es valores de permeabilidade

(solo het.erogêneo em k) aplicando lei da cont.inuidade expressa

à part.ir da Lei de Darcy em t.ermos de velocidades de

escoament.o

[:~] •

• [:: ] 2

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ou em dif'erenças nntt.as:

k <u. ) k

<u. ) CIII.22) i - U, 2 - u. ,.l L-:i,l "' L+:l., t ,.l h h

i 2

k + k u. i u. 2 \. -:i,, l

~ I.+ :i. l 11

2 (111.23) u. • ,.l ki k + 2

-h- ~ i 2

b)Hip6t.ese de solo het.erogêneo em relaçã'.o aos

coef'icient.es de permeabilidade e de adensament.o

Wu (1976) apresent.a pa%>a o mesmo t.ipo de :front.eira

equação de recorrência

permeabilidade e coe:ficient.e

é convenient.e a adoção de

considerando het.eror;eneidadede de

de consolidação. Nest.a abordat;em

6z e 6t. idênt.icos pa%>a ambos

mat.eriais que :fazem :front.eira.

A equação 111.24 considera que met.ade da redução de

volume devida à Va%'iação de poropressão re:fere-se ao mat.erial 1

e met.ade ao mat.erial 2.

k c

V

8 u 8 t. • [ :: + U. ) ,.l

(111.24)

ondek ek i 2

são os coe:ficient.es de permeabilidade nas camadas

superior(O e inf'erior(2) respect.ivament.e e a i

e a 2

são os

coe:ficient.es de adensament.o

respect.ivament.e.

na camada superior(i) e inf'erior(2>

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A equação III.24 o:rigina dest.e modo a equação de

:reco:r:réncia abaixo:

6t. i 2k 2k2

2 u, ,l) u. - k + ~ u. + u. -1..t+t hz 1.-t,t. k+k 1.+t,.l t 2 t 2

[ k + k

l CIII.25) t 2 + u. k k

i,l t + 2

c c t 2

III.9.6 - Cálculo de l'ecalques

O l'ecalque Val'ia dil'et.ament.e com a Val'iação de t.ensão

ef'et.iva e é igual a :

D

1' = J o

m /:,.e, dh V

Pal'a um t.empo t. e pl'of'undidade z t.em-se

D

I' • I = o

O l'ecalque final é expl'esso pol'

mudh•m I:uh V O V 0

III.9.7 - 8:rau de adensament.o

OII.27>

CIII.28>

CIII.29)

O gl'au de adensament.o médio pode sei' expl'esso pol'

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m I: <u - u> h u r V o l - -- ..

I: )h l r m Cu <111.30)

(D V o

I: ui h

ül - 1 - I: h u (111.31) e

O numerador da equação 111.31 corresponde à ârea da

is6crona no t.empo t. e o denominador

inicial.

à ârea da is6crona

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50

CAPITULO IV

DESCRIÇXO DO PROGRAMA CONMULTM

IV.1 - Int.rodução

O programa CONMULTM - "Consolidat.ion Unidimensionelle des

Sols Mult.icouches" - desenvolvido pelo Laborat.oire des Pont.s et.

Chaussées CL.C.P.C. - Paris) permit.e a resolução do problema de

adensarnent.o unidimensional de solos com vá%-ias camadas at.ravés

do mét.odo das di:ferenças :finit.as. Est.e programa leva em cont.a

diversos aspect.os discut.idos no capit.ulo III não considerados

na Teoria de Terzaghi.

Nest.e capit.ulo serão apresent.ados o hist.6rico de

desenvolviment.o do programa, seu :fluxograma, suas premissas

básicas, consideraç~es gerais de cálculo, ent.rada e saida de

dados bem como observaç&s gerais quant.o a ut.ilizaçl!ío da versão

:fornecida à COPPE pelo L.C.P.C.. Serão ainda apresent.ados os

est.udos desenvolvidos com ut.ilização dest.e programa (ou vers&s

do mesmo adapt.adas) pelo L.C.P.C., Universidade de Laval

<Quebec> e S.G.I. CSuéc1a).

A maior part.e das in:formaç&s apresent.adas abaixo :foram

ext.raidas do Rapport. de Reserche - L.C.P.C. n'?. 141, por Magnan

(1986).

IV.2 - Hist.órico

Em 1970 G. Thomann iniciou a elaboração de um programa de

cálculo chamado CONMULT que permit.ia t.rat.ar pelo mét.odo de

di:ferenças :finit.as o adensarnent.o de um sist.ema de camadas

múlt.iplas, sat.is:fazendo cada uma delas à hipót.eses da Teoria de

Terzaghi.

Est.e programa est.ava inicialment.e limit.ado ao est.udo de

solos com propriedades const.ant.es

consolidação. Em 1974 e 1975, por

ao longo do processo

ocasião da const.ruçl!ío

de

do

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at.erro de Dives (Magnan et. al, 1976), o programa foi

modificado. Tais modificaçêSes reest.rut.uraram o programa de

forma a int.roduzir leis de variação do coeficient.e de

consolidação c e do coeficient.e de permeabilidade k , ao mesmo V V

t.empo em que aperfeiçoavam-se os procediment.os de impressão dos

result.ados. Est.a segunda versão, chamada CONMULT-2, foi

descrit.a por Foure et. al (1976).

Em 1977, no quadro de cooperação França - Quebec

<L.C.P.C. - Univesit.é Laval) sobre const.rução de at.erros sobre

solos moles, o programa CONMULT-2 foi aperfeiçoado. Brucy e

Magnan int.roduzem modificaçêSes no programa de modo que o mesmo

permit.a levar em cont.a a dist.ribuição de carga sob um at.erro e

a comp~essão secundàr-ia no processo de adens:amen~o. Brucy

(1977) descreve em det.alhes est.a t.erceira versão do programa

chamada CONMULT-3.

Em 1978, o programa foi novament.e modificado por Magnan e

Baghery, que ampliaram as possibilidades de aplicação do

programa, int.roduzindo a compressibilidade do fluido

int.erst.icial. Est.a últ.ima versão foi chamada de CONMULT-78.

A últ.ima versão do CONMULTM (1987) foi doada à COPPE pelo

Dr. Roger Frank do L.C.P.C. t.endo sido ut.ilizada na present.e

dissert.ação, no t.rabalho final de curso de graduação da EE-UFRJ

da Eng~ Pat.ricia Lopes (1990) e na t.ese de Dout.orado de Sant.os

Net.o (1990).

IV.3 - Descrição do Programa

IV.3.1 - Geral

A elaboração progressiva do programa explica porque o

CONMULT-78 não resolve em diferenças finit.as uma equação

diferencial complexa int.egrando as variaçêSes de

compressibilidade e permeabilidade do solo, a grandes

deformaçêSes, a compressão secundária e a compressibilidade do

fluido int.erst.icial. O programa procede de forma diversa,

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62

resolvendo a equação de adensament.o de um sistema mult.icamadas

sat.urado de água compressivel e supondo o solo com coeficient.e

de permeabilidade const.ant.e, compressibilidade const.ant.e e

compresslio secundária seci:undo lei semi-loci:arit.mica. As

variaçeles da compressibilidade e de permeabilidade s& t.rat.ados

como fenômenos ext.ernos, os quais vêm a modificar os valores

dos part.met.ros de cálculos a cada it.eração. Trat.a-se de um

mét.odo de resolução aproximado cuja validade é just.ificada,

seci:undo Ma@:nan (1986), pelos result.ados dos cálculos e estudos

realizados. O ci:rande mérit.o de t.al aproximação foi facilit.ar a

elaboração do proci:rama de cálculo.

Ma@:nan (1986) ressalt.a ainda que se o CONMULT-78 t.ivesse

sido elaborado em uma só fase, o proci:rama t.eria uma est.rut.ura

mais sat.isfat.6ria do pont.o de vist.a inforrnát.ico e mat.ernát.ico;

no ent.ant.o perder-se-ia a clareza at.ual do pont.o de vist.a da

mecânica dos solos. Tal afirmação se baseia no fat.o do proci:rama

permit.ir o acompanhament.o ao lonci:o do cálculo da evolução de

t.odos os part.met.ros de comport.ament.o do solo em cada camada e a

evolução de recalques e poropresseles em profundidade.

IV.3.2 Mét.odo de Resoluç&

Adensament.o

Equação Unidimensional de

A forma geral rici:orosa da equação de adensament.o

unidimensional de um solo sat.urado varia conforme apresent.aç&

em coordenadas de Euler CSchlosser, 1973) ou em coordenadas de

Lac:;ranci:e CGibson et. ai, 1967). A escolha das coordenadas de

Lac:;ranci:e permit.em, seci:undo Ma@:nan (1986), t.rat.ar numericament.e

o adensament.o conservando a mesma discret.ização espacial do

inicio ao fim do cálculo. Est.a foi port.ant.o a escolha dos

idealizadores do proci:rama CONMULTM, conforme expressão IV.1.

C1 + e ) 2

o 1 + e

k V

r"'

d O' V

de i1 e a z

= - a e a t.

CIV.1>

Para complet.a det.erminação do problema em t.ermos de

t.enseles e deformaçeles, s& acrescidas as seci:uint.es equaçeles :

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C1 = ª' + u V V

e = f" (o" , t.) V

53

CIV.2>

CIV.3>

Tais equaç8es relacionam t.ens8es ef"et.ivas e def"ormaç8es

Cindice de vazios).

As premissas do programa em t.orno do comport.ament.o do

solo em relação à compressibilidade e à permeabilidade são

expressas pelas figuras IV.1 e IV.2 .

. ,---------------------,

••

M = c«e . ioQ I i

o'.. o'p ialj a'v

FIG, IV.1 - MODELO DE COMPRESSIBILIDADE - CONMULTM

{Magnan, 1987) .

• •ci - ------ ----

Inclinação Ck

FIG. IV.2 - MODELO DE VARIAÇÃO

<Magnan, 1987).

k X 9 V

k.,.

- CONMÚLTM

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Para resolução numérica, o programa considera urna Corma

aproximada da equação (IV.1>, obt.ida supondo-se que :

1) As variaçi5es dos paràmet.ros k , e, e e d o· / d e V O V

são despreziveis em um dado inst.ant.e sobre a espessura das

camadas nas quais divide-se o solo para o cálculo. Se o número

dest.as subcamadas é suCicient.e, est.a aproximação é just.ictcada.

2) As variaçi5es dos paràmet.ros cit.ados ao longo do

adensament.o são represent.ados pelas relaça&s linearizadas por

segment.os; dest.e modo aplicam-se as leis de comport.ament.o do

solo sob Corma increment.al.

Est.a equação aproximada pode ser esci-it.a

"u 8 t.

onde :

e ae

0,434

o· V

~ X

• c V

<IV.4)

z • cooi-denada vert.ical na camada compressivel;

t. • t.empo decori-ido após o inicio do adensament.o;

o· • t.ensão eCet.iva vei-t.ical ao t.empo t.; V

Cote • coeCicient.e de compressão secundária em t.ermos de

indice de vazios;

e • lndice de compressibilidade igual a C (se o· < o·) S V p X

e e Cse o· > o·>· C V p ,

• indice de expansão; e •

C • lndice de compressão; e

o• • t.ensão de pré-adensament.o; p

y"' k

V

• peso especictco do liquido int.el'St.icial;

• coeCicient.e de permeabilidade vei-t.ical calculado em

Cunção do indice de vazios inicial, e0

, eoLuat' da

permeabilidade inicial, k e da expressão vo

k • k exp C(e - e )/0,434 Ckl OV.5) V VO 0

• t.axa de variação da permeabilidade em Cunção do

indice de vazios;

c • coeCicient.e de adensament.o no t.empo t., calculado V

pela expressão :

c k <t.) e 1 + e <t.>J o· <t.)

V V OV.6) V a

0,434 e X

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t. • = t.empo fict.icio que permit.e o cálculo de velocidade

da compressão secundária do solo em função do indice

de vazios e da t.ensão efet.iva no inst.ant.e

considerado (ver figura IV.3);

.. ---------

l(t)

1

1 ---------1 1

* FIG. IV.3 - DEFINIÇJ:O DE t CMagnan, 1987).

A compressibilidade do liquido int.erst.icial, modelada

como urna falt.a de sat.uração t.ot.al, é int.roduzida na equação

<IV.4) sob a forma de um fat.or a derivada parcial IJ u / ô t. :

ô u ô t. [

1 + a e CJ' ]

0:434 ~X

= c V

ut.ilizada pelo

+ C CI' ae v

o,434 e

1 <IV.7)

X

L.C.P.C. cálculo do A

coeficient.e

desenvolvida

est.abelecida

de compressibilidade a "

do liquido int.erst.icial,

do solo, foi

verificada

em função do

por Magnan

grau d e sat.uração

e Deroy <1977)

s e

experiment.alment.e por meio de oedómet.ro especial para medição

de pressão int.erst.icial em t.rês pont.os (Thomam, 1973). Est.a

fórmula é análoga à desenvolvida por Schuurman (1966) mas sob a

forma de módulo secant.e.

1 a =

" - V

d V " <IV.8)

d u "

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onde

56

V • volume do liquido int.erst.icial; " u • pressão int.erst.icial.

Na prât.ica, obt.ém-se o valor de a por um ábaco em função " da pressão int.erst.icial e do grau de sat.uração inicial do solo.

Maiores det.alhes podem ser obt.idos em Magnan e Deroy (1977).

Sant.os Net.o (1990) quest.ionou a formulação acima para o cálculo

de a , conforme discut.ido no it.em IV.10. "

IV.3.3 - Mét.odo de Resolução

O depósit.o de solo compressivel é subdividido em diversas

subcamadas. No int.erior de cada uma delas resolve-se a equação

do adensament.o pelo mét.odo expllcit.o de diferenças finit.as e se

impele no cont.at.o das mesmas uma condição de cont.inuidade.

A) CAiculo da poropressl'.o no int.erior de uma camada

Chamando-se u. a poropressão ,,l no t.empo t. ao nivel da

subcamada discret.izada i <ver fig.

passar dos valores

u. 6

é a seguint.e : L,.t.+ t

1 u. 6t • L.,t.+ a e

1 + ". l l 0,434 e

- 2 + e a u. ae

,,l 0,434

a' vl

xl

a'

u. ,.l

vl e

xl

IV.4), a equação que permit.e

e u. L+:i,l

para os valores

[ a Cu + u i.+:l,l i.-:l,l

)-

log t. + 6t. ] (IV.9) t.

O indice t. afet.a alguns indices, designando os valores

dos mesmos no t.empo t.. O coeficient.e (3 da equação IV.9 define a

velocidade de convergência da dist.ribuiçlio de poropressão no

sent.ido de uma configuração de equillbrio correspondent.e ao fim

do adensament.o <ver fig. IV.4). Est.e coeficient.e est.â

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diret.ament.e ligado ao valor do coeficient.e de adensament.o do

solo da subcamada considerada e à discret.ização escolhida (6t. e

6z), pela relação

c 6t. (3 = V

(6 z)2

<IV.10)

u

1-1

-- ---- -6z .................... _

---::::---' __..,Ui-1

11 - -

/' ' \ 6• Uj-1,t+6t \ \

' \ ./u i,t '

1-2

, I I

ó• u i,t+6t I / I I . , 1./ul-t1,t .

/~ / /

/ /

6z u Í+4,t+6t ,,... / /

/ //

/

i+4

/ / / /

I• 2 z

FIG. IV. 4 - ISõCRONAS DE POROPRESSXO NOS TEMPOS t. E t. + 6t.

(Magnan, 1987).

O programa adot.a 6z const.ant.e para cada camada ao longo

de t.odo o processament.o, sendo 6t. e (3 variáveis ao longo do

processo. Dest.e modo para que a convergência seja assegurada

((3 < 0,5), cada sub camada apresenta em cada 6t. um valor de (3

diferent.e, função do

valor de 6z.

c V

da mesma no inst.ant.e do cálculo e do

B> Condiçllío de continuidade no cont.at.o

Baseado na Lei de Darcy (ver it.em III.3.5) o programa

considera que a condição de cont.inuidade t.raduz-se por :

k + k u. Vi u. v2

l.-i,l 6z L, l 6z

u. = i 2 <IV.11) L,l

k + k Vi v2

6z 6z i 2

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onde 6z e 6z são as disc:ret.izaç.:Ses espaciais de cada camada e 1 2

k e k os coe:ficient.es de pe:rmeabilidade :respect.ivos a cada vi v2

camada.

Nas condiç.:Ses de f":ront.ei:ra impe:rmeável e d:renant.e, o

p:rog:rama adot.a as equações de :reco:r:rência cit.adas no it.em

111.3.4.

IV.3.4 - Seqüência de Cálculo

As equaç.:Ses IV.9 e IV.10 possibillt.am que se passe da

dist.:ribuição de po:rop:ressões no t.empo t. pa:ra a dist.:ribuição das

po:rop:ress5es no t.empo t. + 6t.. A cada it.e:ração calcula-se

p:rimei:rament.e o valor- dos pa:râmet.:ros de cada subcamada do solo,

seguindo-se o cálculo do valor- de u(t. + 6t.) em f"unção de u(t.).

O cálculo é ence:r:rado avaliando u(t. + 6t.) nos limit.es das

camadas, a pa:rt.i:r dos valo:res de u<t. + 6t.), calculados

ant.e:rio:rment.e no int.e:rio:r das mesmas.

Conhecendo-se a dist.:ribuição inicial das po:rop:ressões,

pode-se calcular- as dist.:ribuições das po:rop:ressões nos t.empos

6t., 26t., 36t. et.c ..

A cada it.e:ração, o cálculo do g:rau de adensament.o pe:rmit.e

acompanhament.o do p:rocesso de adensament.o. Ressalt.a-se,

ent.:ret.ant.o, que o valor- da pe:rcent.agem de adensament.o não é

emp:regado pa:ra o cálculo de :recalque, cont.:ra:riament.e à p:rát.ica

co:r:rent.e fundada na t.eo:ria de Te:rzaghi (ve:r capit.ulo IID. Os

:recalques são deduzidos di:ret.ament.e das va:riações do 1ndice de

vazios, o qual é calculado a cada it.e:ração em f"unção das

t.ensões ef"et.ivas locais at.uant.es e não da pe:rcent.agem de

adensament.o (p:rát.ica convencional).

O p:rog:rama dispõe de ajust.e aut.omát.ico pa:ra disc:ret.ização

do t.empo ao longo do cálculo, a :fim de mant.e:r o pa:râmet.:ro (> em

valor- t.ão elevado quant.o possivel (cálculo est.ável e

conve:rgent.e) conside:rando as va:riaç.:Ses do pa:râmet.:ros das

camadas ao longo do t.empo.

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O pi-incipio do cálculo pei-rnit.e evit.ar as hipóteses

i-esti-it.ivas da t.eoi-ia de Tei-zaghi, t.al como analisadas poi­

Tavenas et. al (1979). A ut.ilização de "leis de compoi-t.amento do

solo", bem como variações de t.odos parâmet.i-os ao longo do

adensamento, fazem com que o coeficiente de adensamento c V

pei-ca o t.it.ulo de "pi-opi-iedade fundament.al" além de pei-rnit.ii- a

libei-ação do pi-incipio clássico de que o i-ecalque é

pi-opoi-cional ao gi-au de adensamento definido sobi-e as

poi-opi-essões.

IV.4 - Est.i-ut.ui-a do Pi-ogi-ama

O pi-ogi-ama, esci-it.o em liguagem FORTRAN 77, cont.ém

divei-sas i-ot.inas e funções para cálculos especializados. O

pi-ogi-ama pi-incipal compoi-t.a um bloco de opei-ações pi-eliminares

<leitui-as de dados, inicialização das variáveis, preparação de

cálculo) e um bloco de cálculo it.ei-at.ivo i-esponsável pelo

cálculo no t.empo t. + 6t. da poi-opi-essão, dos parâmet.i-os

geotécnicos e do gi-au de adensament.o, bem como pelos t.estes

condicionais para a it.ei-ação seguint.e, gi-avando os i-esult.ados

int.ei-mediá!'ios do cálculo. A figui-a IV.5 api-esent.a o nuxogi-ama

do pi-ogi-ama.

A execução do pi-ogi-ama envolve:

1) MAIN - Pi-ogi-ama pi-incipal que aciona as i-ot.inas,

funções, leit.ui-a de dados e impi-essão;

2) FUNÇOES RUND, CHARGE, CONSOL, PERMEA, EPAIS;

3) ROTINAS

dados no t.eclado).

CALC1 (responsável pelo cálculo lt.ei-at.ivo);

COURBE, COTE1, ROND, MODIF, INDVID, TETOIL,

CXFUNC e LECT1 (i-esponsável pela leit.ui-a de

A desci-ição det.alhada

const.it.ui objetivo da t.ese,

de cada função ou i-otina não

poi-ém pode sei- obt.ida da análise

dos coment.á!'ios pi-esent.es no pi-ograma-font.e, disponivel na

COPPE Cvei-são 1987).

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w >--~ ::, <.O w "' o ...J ::, u ...J

'<( u

60

~---------... •-------4 Leit.u:r-a de dados

w >--z 5 w <.O >--w z "' ::, <( <.O <.O w a: "' <(

u o w •<(

a <> <(

ií: a: w

<( >-->--w

o ...J ::, u ...J

'"' u

l Inicializações

- Cálculo de t.ensões, poropressões iniciais

- Parâmet.ros de cálculo do mét.odo de diferenças finit.as

• PrQparação da t.abela. de i:s:ócronas de poropre.s:são

Cálculo de acréscimo de carga, t.ensi!es e de J po:ropre-Ssões Modific:ação dos paràmet_.ros de cálculo

- Cálculo d·os novos valores de poropressão - Cálculo do grau de adensament.o $lcha.l por camada

N O crau de adensament.o global aument.a da.unidade?

I s.

O grau de adensamento global é múlt.iplo de 5 ?

s N + Imprime

U, t. e i :s:ócrona Imprime

U e t. ----

Cálculo de recalque t.ot.ais e parciais Cálculos anexos avent.uais (piezômet.ros e t.assômet.ros)

.Armazenament.o dos result.ados e parâmetros

N Test.c.t de et.apa

FIM

Preparação iteração seguint.e

Impressão de result.ados

'-----:-. ·•:<--------(í_ _ _!E~K~ic;s~t.~e~uma:!!!~~e:.i.~a~fP!.;ª~..;S~<>~g,:u~ic!n~t.~ .. ~~?:.._~>

1 N. L..... ____ ,_ ___________ _,

FIG. IV.5 - FWXOGRAMA DO PROGRAMA CONMULTM

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IV.6 - Dados de Ent.rada

Os dados necessários ao programa podem ser fornecidos à

part.ir da const.rução de um arquivo segundo format.ação

especifica ou via t.eclado respondendo à pergunt.as realizadas

pelo programa.

São os seguint.es os dados necessários ao processament.o

1 - número de camadas <menor ou igual a 16);

2 - número t.ot.al de subcamadas <menor ou igual a

149);

3 número de valores de poropressão a serem

impressos por is6crona <menor ou igual a 60);

kPa);

m/s);

4 - espessura de cada camada Cem met.ros);

6 - t.ipo de camada <normal ou drenant.e);

6 - pressão efet.iva inicial no meio da camada <em

7 - indice de vazios inicial;

8 - t.ensão efet.iva de pré-adensament.o Cem kPa);

9 - indice de expansão CC ); e

10 - indice de compressão CC ); e

11 - coeficient.e de compressão secundária CC ); ae

12 coeficient.e de permeabilidade inicial (k , em vo

13 - coeficient.e de variação de permeabilidade <Ck>;

14 - grau de sat.uração <S);

16 - t.ipo de subst.rat.o (drenant.e ou impermeável>;

16 - número de pont.os que definirão perfil de excesso

de poropressão inicial <menor ou igual a 60);

17 - profundidade de cada pont.o e valor do excesso de

poropressão;

18 - valor da carga que induz o perfil de excesso de

poropressão inicial;

19 - profundidade do nivel da água;

20 - número de et.apas de carregament.o <menor ou igual

a 20);

21 - modo de definição da et.apa de carregament.o (por

duração ou valor limit.e de grau de adensament.o);

22 - duração de cada et.apa ou valor limit.e de grau de

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62

adensament.o;

23 - valor da carga em cada et.apa;

24 - duração da :fase de implementação da carga em

cada et.apa;

25 - larc:;ura do t.alude e da crist.a do at.erro quando

necessário considerar e:feit.o de dist.ribuição de t.ens&s t.ot.ais;

26 - número de piezõmet.ros e pro:fundidade de cada um

deles;

27 - número de t.assõmet.ros e pro:fundidade de cada um

deles;

28 de:finição da unidade

deseja para impressão dos result.ados

sec:;undos>.

de t.empo

(anos e

que

dias

o

ou

usuário

dias e

O programa CONMULTM-78 permit.e considerar uma ou mais

camadas drenant.es, int.ernas ao depósit.o, como por exemplo

lent.es de areia. O proc:;rama comport.a lei de carrec:;ament.o linear

crescent.e, const.ant.e ou mist.a bem como possibilidade de análise

a part.ir de um per:fil de excesso de poropressão c:;erado (lido

por inst.rument.ação, por exemplo>, permit.indo t.ambém que a

análise considere um excesso de poropressão ainda não

dissipado.

O carrec:;ament.o é :fornecido por et.apas, cada uma possuindo

uma :fase de acréscimo linear com o t.empo, a sec:;uir permanecendo

const.ant.e Cpat.amar> at.é a et.apa subsequent.e como most.ra a

:fic:;ura IV.6. Os acréscimos de poropressão são considerados

iguais aos acréscimos de t.ensão vert.ical t.ot.al a cada et.apa de

carc:;a C.õ.u 111 /ia >. z

. ("

---+- ---------------------------------...

-------------~~-~

----- --,-----1 etapa

eta a i I i + 1 etapa i+2

etapa i+3

FIG. IV.6 - LEI DE CARREGAMENTO

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O programa calcula a para cada subcamada a partir de t,.c, z

fornecido (y x H> no eixo, para carregamento wúforme ou aterro

não e fora do eixo para carregamento não wúforme. O programa

adota distribuição de tensl!Ses totais com a profundidade segundo

teoria de Boussinesq.

Maiores detalhes com rei.ação à formatação e seqüência dos

dados de entrada, bem como exemplo de listagem de saida de

resultados podem ser encontrados no manual do programa ou em

Mat;nan (1986).

IV.6 - Resultados

O programa fornece dois arquivos de saida : um em tela,

visualizado durante o processamento e um mais complexo para

impressão. O primeiro

o tempo, e o grau de

para cada etapa de

fornece a evolução do recalque total com

adensamento global. O segundo apresenta

cálculo e de carga : a) isócronas de

poropressão; b) grau de adensamento global e de cada camada; c)

evolução dos parâmetros <a , c , k ) em função do tempo; d) V V V

deslocamentos verticais por camada e totais com o tempo.

O programa, segundo Magnan (1986), possui ainda saida

gráfica de tela (programa COSIMA) desenvolvido em 1980, e

infelizmente não disponivel

desenvolvimento desta saida

para os estudos realizados.

na COPPE não foi possivel

complexa estruturação do programa.

IV.7 - Observações gerais quanto à utilização do programa

o pela

Com base na experiência deste autor e de colegas que

utilizaram o prol!:rama, seguem algumas observações práticas

quant.o à utilização da versão para micro computador PC

disponivel na COPPE :

a) A entrada de dados via teclado não permite retroagir

quando da digitação de algum dado errado, sendo necessário

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64

reiniciar- t.odo o processo de

forma, est.e modo de ent.rada

pergunt.as e respost.as. Dest.a

deve ser aperfeiçoado ao ser

ut.ilizado par-a um conjunt.o de dados simples.

b) A unidade dos recalques do ar-quivo de t.ela é cm e não

m.

c) O programa não considera o efeit.o de submersão. Devem

ser realizadas análises com os valores inf"erior e superior do

car-regament.o, par-a verificar- qual a inf"luência relat.iva da

consideração ou não dest.e efeit.o.

d) Quando da ut.ilização de um perfil de excesso de

poropressão inicial, deve-se at.ent.ar- par-a que o valor do indice

de vazios e do coeficient.e de permeabilidade inicial sejam

compat.iveis ent.re si. Há necessidade que o indice de vazios

corresponda àquele indicado pela relação da curva cr x e par-a a

t.ensão efet.iva inicial at.uant.e.

e) O aut.or não encont.rou qualquer modificação, com

relação aos result.ados, quando o nivel d'água solicit.ado pelo

programa é var-iado. Par-a os casos analisados , est.e dado não

af"et.ou os result.ados. Já que as t.ensêSes fornecidas são efet.ivas

(e o programa não considera efeit.o de submersão), a inclusão

dest.e dado par-ece desnecessária.

f) O final de uma dada et.apa de car-regament.o pode ser

est.ipulado por t.empo de duração ou por grau de adensament.o.

Par-a casos com mais de uma et.apa de car-regament.o (caso de

Jut.urnaiba), o processament.o apresent.a problemas quando

ut.ilizados modos de definição dist.int.os par-a as et.apas. Deve-se

adot.ar- um modo de definição único par-a t.érmino de t.odas as

et.apas de car-regament.o.

g)

recalques

Os cálculos

superiores

calcula

fora do eixo do at.err~,- apresent.ar-am

aos do eixo, indicando que a função do

a dist.ribuição de t.ensêSes t.ot.ais com a programa que

profundidade

disponivel.

fora do eixo não est.á corret.a na versão

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h)

sistema

o de

pl"ogl"ama

unidade

65

apl"esent.a

de t.empo

a possibilidade

em que se!"ão

de escolha

emit.idos

do

os

l"esult.ados. Pal"a casos de campo, at.el"l"OS expel"iment.ais et.c.,

usualment.e escolhe-se a salda em anos e dias e pal"a simulação

de ensaios oedomét.l"icos ut.iliza-se a salda em dias e segundos.

i) o nómel"o t.ot.al de subcamadas influencia a

discl"et.ização do pl"oblema, dest.a fol"ma influenciando a l"apidez

e acUl".ária dos cálculos it.el"at.ivos. Quant.o maio!" o nómel"o de

subcamadas maio!" é a acUl"âcia, pol"ém mais demol"ado o cálculo.

Deve-se pl"OCUl"al" ot.imizal" t.al sit.uação avaliando-se os valo!"es

do pal"âmet.l"o a das camadas do depósit.o, t.endo como subsidio os

pl"incipios discut.idos no capit.ulo III. De fol"ma empil"ica, na

falt.a de uma análise especifica, adot.a-se o nómel"O de

subcamadas de 5 a 10 vezes o nómel"o t.ot.al de camadas.

j) O t.empo de pl"ocessament.o é Val"iâvel confol"me o nómel"o

de camadas, nómel"o de subcamadas e nómel"o de et.apas de

Cal"l"egament.o. O nómel"o de camadas influencia de fol"ma mais

mal"cant.e, seguido do nómel"o de et.apas de Cal"l"egament.o.

IV.8 Est.udos l"ealizados pelo L.C.P.C. e pela Univel"sidade de

Lava! com o pl"Ot;l"ama CONMULT-78

IV.8.1 - Gel"al

Os est.udos l"ealizados, at.é o moment.o, envolvel"am duas

gl"andes classes de pl"oblemas:

pl"oblemas t.eól"icos análise da t.eol"ia de adensament.o

unidimensional de Tel"zaghi, est.udo da influência da compl"essão

secundária, est.udo da influência da compl"essibilidade do

liquido int.el"st.icial, modelo de um ensaio oedomét.l"ico

incl"ement.al, est.udo t.eól"ico de ensaio oedomét.l"ico de gl"adient.e

cont.l"olado.

est.udos de

longo do t.empo

compl"essiveis.

deslocament.os

de at.el"l"OS

vel"t.icais e pol"opl"essão ao

const.l"uidos sob!"& solos

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66

IV.8.2 - Est.udos t.eóricos

a) Análise cr1t.ica da t.eoria de adensamento

unidimensional de Terzaghi <Tavenas et. al, 1979)

Est.e est.udo, realizado pela Universidade de Lavai

<Brucy, 1977), ut.ilizou o programa para análise do

comport.ament.o unidimensional de uma camada de solo sat.urado

<S ,. 1, a• 0) .., cuja compressibilidade obedece lei

semi-logarit.mica (indicas C e C ), sem compressão secundária e e e

coeficient.e de permeabilidade variável com o indice de vazios

(indice Ck), comparando esses result.ados com a Teoria de

Terzaghi.

Est.e est.udo pôs em evidência desvios import.ant.es

ent.re a t.eoria clássica (relação t.ensão-deformação linear, não

variação da permeabilidade do solo) e o comport.ament.o "real"

das argilas (t.al como modelado no est.udo), sendo descrit.as

sucint.ament.e abaixo as principais discrepâncias :

1) o adensament.o rápido da argila próximo às

superficies drenant.es acarret.a a formação de uma zona mais

impermeável que ret.arda o adensament.o do conjunt.o de camadas e

modifica a forma das isócronas <fig. IV.7).

iD O coeficient.e de adensament.o c varia de forma V

import.ant.e durant.e o processo no int.erior da camada (fig.

IV.8).

iii) A curva de evolução da percent.agem de recalque

t.ot.al com o t.empo t.em aproximadament.e a mesma forma que a

solução de Terzaghi. Est.e result.ado confirma o uso do mét.odo de

Asaoka (1978) para analisar as curvas de recalque medidas sobre

as obras reais. Por out.ro lado,a curva de evolução do grau de

adensament.o (definido de forma clássica sobre a dissipação de

poropressão) em função do t.empo apresent.a pat.amar horizont.al

expressivo (fig. IV.9) conforme observaç<5es feit.as por Mesri e

Choi (1985). Result.a que a relação ent.re a percent.agem de

recalque t.ot.al e grau de adensament.o não é linear (fig. IV.10).

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u;,corrtrointe eff~t1wt, kPc

O 20 40 60 BO º r-:::-.,-,1~-1

1---::::::~~-,

"j U=25%, / 1

j eon ..... 11 1 / • 1 1

4 >-----+1--t - -"'-"-/~I

i . ,//,,, u// '1

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~ / / Terzor;hi .I

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IS,S °m'.777:'77".,'7,7'7;,,';,7r,'.,17?,'7,,, 7777777Tr.n?'7,7.,ml 7n'7t

100 •

FIG. IV.7a - COMPARAÇÃO ENTRE ISõCRONAS CALCULADAS

E PREVISTAS PELA TEORIA DE TERZAGHI

CTavenas et al, 1979}

cr v ,conrrornf!' etf«c11wt , lr.Pc

º ºr---=201To::_..:4~ºRmT~60r:::::~~B0~~::1IOO

E E_ 6 r-----+I 5 ~

" e .9 o

~ 12r-----f N

161-----1-

1 1

/--'-----'--1

1

1

-'----'--1 1 1 1

--'----~-1

l,'/.rl IIFI/ / 1/ I ,!'/

1 1

/

FIG. IV.7b - MODIFICAÇÃO DA FORMA DAS ISõCRONAS APõS A

PASSAGEM DA TENSXO DE PU-ADENSAMENTO

CTavenas et al, 1979}

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o

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º·' o.,

68

•=2 ~

llo=0.5xl0 mts,c11 :0.6 i 1'vo= 22 kpc

11.- = 65kpo

'

_e, 1

" --- o

' '

' 1-...

" ?vf

' '

'

0... 0.8 " " " e,

FIG. IV.8 - VARIAÇXO DE Cv AO LONGO DO ADENSAMENTO PARA

DIFERENTES VALORES ESTUDADOS DE Cc (Ck "" 0,6)

<Tavenas et al, 1979>

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• 5 l 1' 11'9' ' 10

69

Te1T1p0 (1$11undosl

• 'º ! ' 4 5 l l' 11,

i 111 " 20 ~--+----!--,H-++t.;:>...-+-i-=....+-i-+i+t--~:-a....'-i-i-i-++t+--;----+-t-t-++i-iil 1 ã ~ 1 '1

; •o µ+l-1-1-------1--+-+++'-++---!------l---;'b. 111111

j 601 O. '~09hi,Co•O,C7 '1 I J 1111.111 ,: • ienc;tu ,Cc= 1,7

80 ~ Cottmu11 u l++-H++--+-+-+++H+f--.\'i--!-i-+H-+++--t-'l>-cr_ , 1 11

~ U.JJ• w<•_=_,,,...J.u,-1.....J....J....L!J..!.L_---1-1.....J....J....L.Ll.l..L__...J.-.l.....J....>!.w.!.l.!..--L-'-.LI .Li {'-'l..w.Jl 1 100

FIG. IV.9 - VARIAÇXO DO GIUU DE ADENSAMENTO CU> E DA

PERCENTAGEM DE RECALQUE TOTAL CU8

> EM FUNÇXO DO

TEMPO - ARGILA NORMALMENTE ADENSADA AO LONGO DO

PROCESSO CTavenas et. al, 1979),

FIG, IV.10 - VARIAÇXO DE Us EM FUNÇXO DE U CTavenas et. al,

1979)

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70

b) Inf"luência da compressã'o secun.dllria sobre o

desenvolviment.o do adensament.o <Magnan et. ai, 1979)

Est.e est.udo, ef'et.uado pelo L.C.P.C., consist.iu em

est.udo paramét.rico do coeficient.e de compressão secundária

<Cote> sobre a evolução dos

poropresseles ao longo do t.empo.

deslocament.os vert.icais e

Os cálculos Coram realizados em camadas de solos

sobre-adensado/ drenagem

caract.erlst.icas:

dupla com as seguint.es

- espessura h = 5 m

- lndice de expansão C • 0,05 .. - lndice de compressão C • 0,85

e

- grau de sat.uração S • 100%

- t.axa de vaarlação de permeabilidade Ck • 0,6

- t.ensão de pré-adensament.o o' + 20 kPa vo - peso especifico real dos grãos r • 27 lcN/m8

g - coef'icient.e de compressão secundária

variando ent.re O e 0,1

e OI

A t.abela IV.1 apresent.a os valores de indice de

vazios e de permeabilidade iniciais ao longo da profundidade.

TABELA IV .1 - VALORES DE PERMEABILIDADE E INDICE

DE VAZIOS CMagnan et. at., 1979)

PROFUNDIDADE e k Cm> o vo

( X 10- 9 m/s)

o - 1 1,62 1,86

1 - 2 1,50 1,18

2 - 3 1,43 0,90

3 - 4 1,35 0,66

4 - 5 1,35 0,55

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As análises realizadas geraram entre outros os

gráficos mostrados nas figuras IV.ti e IV.12 A fig. IV.11

apresenta a evolução da poropressão no meio da camada

do grau de adensamento do solo e observa-se

isócronas depende pouco de C . Os autores o,e

que a

também

em função

forma das

concluiram

que o aumento em C acarreta o retardamento na dissipação Ole

de

poropressões. De forma inversa, como mostra a figura IV.12, os

recalques são proporcionais ao aumento de C . o,e

c) lruluência da não sat.uraçã'.o sobre o desenvolvimento do

adensament.o

Este estudo, foi realizado em 2 etapas. Um primeiro

estudo avaliou a influência do grau de saturação (S) sobre o

desenvolvimento do adensamento de uma camada de solo, cujas

caracter1sUcas estão reunidas na tabela IV.2, frente a uma

distribuição inicial de poro pressão imposta. Este estudo

concluiu que o valor de S Unha pouca influência sobre o

processo, sendo desprez1vel o atraso na dissipação do excesso

de poropressões e no desenvolvimento de recalques.

TABELA IV. 2 - PARA.METROS ADOTADOS <Magnan et al ,1979)

e = 1,3 k = 0,89 X 10- 9 m/s o vo

o-' = 35 kPa ck = 0,60 vm

e = O ,05 e = o .. °' e = 0,85 s = 0,9/0,95/0,98/t

e

Foram ainda realizados estudos de simulação de ensaio

oedométrico incremental (com o objetivo de avaliar novos

procedimentos de ensaio) e do ensaio oedométrico com gradiente

controlado, descritos em detalhe por respectivamente ~nan et

al (1979) e ~nan e Deroy (1984).

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o

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.t:,o•

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CrJ.c.= 0.1

10 20 30 -40 50 60 70 80

8 ~·

/lo•

.õ.u fkPa! 90 100

/lo

FIG. IV.11 - INFLU~CIA DE

POROPRESSXO

C NA EVOLUÇXO DAS ISõCRONAS DE ae •

Cl!,o • M - a' a' > vm vo

CMagnan et. ai, 1979)

O 1 000 2000 3CXXl t (d} r---,----;,-----.---.--~--..:C.:,:.::._--.:.:::-

so e - o ~•

.... .... .. ···-··· ------------------------·- -......... ----------

c<X..e,- o,, --·-· ---..

100

ISO

S h:ml

FIG. IV.12 - INFLUl;:NCIA DE C NA EVOWÇXO DE RECALQUES ae CMagnan et. al, 1979)

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Est.udos comparat.ivos com o CONMULTM de uma fórmula

aproximada que descreve simplificadament.e o adensament.o e a

compressão secundária foram apresent.ados por Maf:nan e Baghery

{1981).

IV.8.3 Aplicaç~es a at.erros experiment.ais

O programa CONMUL T-78 foi ut.ilizado para cálculo e

análise de um námero já considerável de at.erros na França e no

Canadá.

a> At.erros do sit.to expertment.al de Cubzac-les-Pont.s-LCPC

O caso do at.erro B CMagnan et. al, 1978> exemplifica a

aplicação de um modelo de cálculo, bom ao nivel de prtncipios.

A figura IV.13 apresent.a a evolução dos recalques

calculados com e sem compressão secundária e valores medidos

para o at.erro B de Cubzac-les-Pont.s.

O 1 DOO 2 DOO 3 000 4 000 5 DOO f(dJ o r----r---,--c....:,.:.:____.:.=_::..:::.::_....:.:;::.

80

" ', ', 100

120 Recalque calculado _r, ....... __

Recalque 1cm)

FIG. IV.13 CURVAS RECALQUE vs TEMPO ATERRO D

CUBZAC-LES-PONTS <Magnan et. Baghery, 1981)

Maf:nan {1986> at.ribui as dificuldades de previsão a

raz~es como : dispersão dos valores obt.idos de pressão de

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pl'é-adensament.o (labol'at.ól'io), Val'iações do N.A., valol'es muit.o

elevados de C pal'a a cl'ost.a <labol'at.ório) e a impossibilidade O(e

de det.erminação com precisão do grau de sat.ur-ação local.

b) At.erros est.udados pela Universidade de Lavai

De modo geral, os cálculos de deslocament.os vert.icais

efet.uados em Lavai por meio do CONMULT-3 gel'avam result.ados

encorajadores.

A figur-a IV.14 apresent.a alguns r-esult.ados das análises

realizados por Leblond e Tavenas (1980) pal'a o at.err-o de Rang

de La Concession, muit.o semelhant.e à bal'ragem de Jut.ur-naiba em

t.ermos de Cal'regament.o.

Tempo ( 10 2 dias)

o • ~ . "' .. " .. "' ·~

,, .,.

1 1 1 1

J ReOJ.Jque Tol!ll Conm~lt

4

J- J \i

1 1

j-- RK<ll~ue 1ollll ll'e::iõdoT-4 ~ ' 1

!\ 1

"'

'lo 1 1 ' ~ ',,1'

1 ',J . ' ' '

1 1

', 1 ', ' '· ~

i"-.. .. ;--..._

""'

... ""

FIG. IV.14 - RECALQUE TOTAL CALCULADO E OBSERVADO, RANG DE LA

CONCESSION <Leblond et. Tavenas, 1980)

A figur-a IV.15 apr-esent.a as cur-vas r-ecalque versus t.empo

medida e calculada com e sem compressão secundária pal'a o

at.erro de Bert.hierville (Brucy, 1977),

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o ~

~ ' • \

\' '

~-.

- -.. _. ----= ---~--------- ,._ _ -- - ---.... ----- ___ .,... _____ ...,

2 o 1

·, LEGENDA

o Recalq1Jes medidos -y O::.,mult Co<e =O ----

' 17 Coomu!t Co,:e = O,OI -'1ml 2 3 4 5

t(anos)

FIG. IV.15 - RECALQUE TOTAL MEDIDO E CALCULADO - BERTHIERVILLE

<Brucy, 1977>

O programa CONMULT-78 foi t.ambém ut.ilizado por Jean et.

Tavenas (1982) para o est.udo de t.rês at.erros, próximos à Baia

de St.. James, Quebec. A comparação ent.re cálculos e mediçaes

foi em geral sat.isfat.6ria mas para o at.erro Rupert., os

recalques calculados foram bast.ant.e diferent.es dos observados.

Jean e Tavenas (1982) at.ribuiram a falha aos valores dos

parâmet.ros geot.écnicos obt.idos, mais do que à validade do

modelo de cálculo.

IV.9 - Est.udos realizados pelo Inst.it.ut.o de Geot.ecnia da Suécia

<S.G.I.>

IV.9.1 - Geral

No S.G.I., o programa CONMULT-3 foi reescrit.o de forma a

comport.ar um modelo de compressão secundária pr6prio, bem como

parâmet.ros de compressibilidade avaliados pelos ensaios de

adensament.o CRS usados corrent.ement.e na Suécia. Est.a versão

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cont.empla ainda a redução de ca:l'ga devido aos recalques (ef"eit.o

de submersão).

Descrição das premissas básicas e f"luxograma dest.a versão

do programa podem ser encont.rados em LaJ:'son (1986). Nest.a mesma

ref"erência são encontradas descric;:aes detalhadas dos diversos

est.udos de consolidação com utilização do CONMULT versão

S.G.I.. Os result.ados dest.es estudos são expost.os a seguir de

f"orma resumida.

IV.9.2 Sitio experiment.al de Lilla Melfüsa, Upplands

V&:by

Lilla Mell<isa Os at.erros experiment.ais de

construidos em 1947 com o int.uito de pesquisa do

f"oram

local

apropriado pa:l'a o novo aeroporto f"ora de Est.ocolmo.

A 1"igUI'a IV.16 apresenta as CUI'Vas recalque veI'Sus tempo

medidas e calculadas com e sem consideração da compressão

secundária pa:l'a o at.erro em quest.ão e considerando o ef"eit.o de

submersão <redução de ca:l'ga devido a submersão do at.erro por

recalque). O recalque :final calculado considerando compressão

secundária apresenta boa concordância com o recalque medido

enquant.o que o recalque calculado sem compressão secundária

corresponde a pouco mais da met.ade do medido ao longo de t.odo

processo de adensament.o. As compa:l'açaes de recalque em

prof"undidade f"oram pa:l'cialment.e sat.isf" at.órias, most.rando

cla:l'ament.e discrepâncias pa:l'a medidas a longo t.ermo.

A f"igUI'a IV.17 apresenta o perfil de excesso de

poropressão medido e calculado com e sem compressão secundária

21 anos e 32 anos após a const.rução.

a concordância entre poro pressão

Como pode ser observado,

calculada considerando

compressão secundária apresent.a result.ados coerentes com as

medidas. Os valores mAximos medidos são ligeirament.e superiores

aos valores calculados. Tendo em vist.a que os valores de

recalques medidos são pouco maiores que o calculado, admit.e-se

<segundo LaJ:'son, 1986) que os ef"eit.os de compressão secundária

sejam um pouco maiores que os admit.idos no cálculo.

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E

FIG. IV.16

o

6 5

i ~ ,; e , 'õ te. 10

15

77

Dias

10 100 1000 11 01--------i-:._--~---'+'-------'

--.....

1,0

zo

3,0

Recalque final cnlculodo ,em creep

--'--

' , ../' Calculado_ sem creep

" ' ' ' ' ' ' ' ' ,. ',

Medido

\ \

\ \

\ \

com creep

RECALQUES TOTAIS MEDIDOS E CALCULADOS

MEU.OSA <Larson, 1986>

A u, kPa 6u. kPo 10 20 JO LO

o o 10 20 JO

' ·,,o;;: ~

'<', · .. ~ ' \ \ E

\t 5 • ij ,!

~ Medido Medido e; ,, e ,

I Colcu todo com creep ~ Colculodo com e...,, 4'

100000

Ull.A

1 Calculado sem creep calculado sem creep 10

Excesso de poropr&Ssõo após

21 i:u10s em Menoso

E:w:cesso de IX)ropressão apÓs

32 anos em Mellosa

FIG. IV.17 - Ull.A MEU..OSA - EXCESSO DE POROPRESSXO MEDIDO E

CALCULADO EM : A> 1968 E B> 1979

<Larson, 1986)

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IV.9.3 - Sit.io experiment.al de Skã Edeby

Os at.erros experiment.ais de Ská Edeby f'oram t.ambém

const.ruidos como part.e de est.udos

implant.ação de um aeroport.o nest.a ilha,

geot.écnicos visando a

si t.uada aproximadament.e

25 Km a oest.e de Est.ocolmo, com perfis de at.é 15 m de espessura

em argila mole.

A figura IV.18 apresent.a as

t.empo, a diversas prof'undidades,

secundária. Os recalques finais

curvas de recalque versus

considerando a compressão

medido e calculado são

semelhant.es nest.e caso; quant.o aos valores calculados e medidos

em prof'undidade, algumas discrepâncias são observadas no inicio

do processo de adensament.o.

A figura IV.19 apresent.a ao longo da prof'undidade as

poropressiSes medidas e calculadas, bem como o perfil de

recalque medido e calculado, 24 anos após a const.rução. Quant.o

as poropressões a concordância ent.re os valores calculados e

medidos é boa, independent.ement.e da consideração da compressão

secundária. O perfil de recalque em prof'undidade medido

apresent.a boa correlação soment.e com o valor calculado

considerando a compressão secundária.

Foram t.ambém realizadas análises numéricas do at.erro II

de Ska Edeby const.ruido em 1961, obt.endo-se result.ados

análogos ao do at.erro I <Larson, 1986).

IV.9.4 - At.erro rodoviário de Da1ar5vãgen

Uma est.rada ligando Jordbro a Est.ocolmo f'oi const.ruida

ent.re 1979 e 1981, sobre um t.recho t.urf'oso com espessura

variável de 2 a 3 m.

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Tempo I anos

, 234 s11 ,,10,,nuu~~w~~~2,nn~~

O.t

0,2

0,3

E IU

" o. ~ C"

8 o. 8! Prof. Medido

0.7 m

o - ... _ ... O,I t.5 0----0 o---:0

2.5 - +---+ 0,9 5,0 - •--·

7,5 - ~---o

FIG. IV.18 - RECALQUE TOTAL VS. TEMPO - ATERRO SKX EDEBY

(Larson e~ ai, 1986)

1971 6u,kPo

o 10 20 30 o

-~~ E

...... , ,, - s ' \

" ~ \ s 'C o f 1 ',! 'C ; ., e ~

: ' -o /J o: '/

10 ,'/ 10 ~;,

15 15

1982 6u,kf'a 10 20

~ ., ., ... \ •\ \

~ \ • 1 1

' 1 1 : . , // //

// 4,/

30

s

15

1981 Recalque,m

• Valor medido ........ Calculado sem creep --- Calculado com creep

FIG. IV.19 - ATERRO SKX EDEBY - PERFIS DE POROPRESSJ;O MEDIDOS E

CALCULADOS E DISTRIBUIÇJ.O DE RECALQUE vs. PROFUNDIDADE <Larson e~ ai, 1986)

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A figura IV.20 apresent.a os result.ados relat.ivos a

deslocarnent.o vert.ical do at.erro em quest.ão. As previsí!Ses sem

considerar compressão secundária superest.imararn os recalques. A

inclusão da compressão secundária aument.ou mais ainda a

discrepância <• 16%). Ent.ret.ant.o a forma das curvas revela boa

concordância. Ambas previsí!Ses são aceit.âveis, segundo Larson

(1986), t.endo em vist.a o t.ipo de mat.erial e a ext.rapolação de

result.ados de ensaios Carnost.ragem).

300 "" '"' "" "' '"' TEMPO, dias

0.5 .... ~

' . 2 to

" ~

,.,

FIG. IV.20 - ATERR.O RODOVIARIO DALARoVXGEN - RECALQUES TOTAIS

MEDIDOS E CALCULADOS VS. TEMPO <Larson, 1986)

A figura IV.21 apresent.a as curvas de carregarnent.o e de

poropressão medida e calculada com compressão secundária ao

longo do t.empo, revelando boa correlação .

•••

.. Carregarrento

•• • Excesso de poro pressão medido

'º Excesso de poro pressão calculado

'º 10

• • 100 'ºº 500

•10 Tempo, dias

FIG. IV.21 - ATERR.O DALARoVXGEN - EXCESSO DE POROPRESSXO

MEDIDO E CALCULADO VS. TEMPO CLarson, 1986)

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O mat.erial t.urfoso em quest.ão revela grande

compressibilidade, grande permeabilidade inicial e moderado

comport.ament.o em relação à compressão secundária.

IV.9.5 - Sit.io Ant.oniny

Est.es at.erros experiment.ais const.ruidos por et.apas ent.re

1983 e 1985 sobre solos orgânicos calcáreos na Polônia, t.iveram

por objet.ivo est.udos geot.écnicos para a finalidade de

implant.ação de diques para irrigação.

A figura IV.22 apresent.a a evolução dos recalques medidos

e calculados com

e

o

sem

t.empo. A comparação ent.re os recalques

medidos

periodos

com compressão secundária most.ra que para

relat.ivament.e

secundária t.em pequena

recalque calculado no

curt.os de observação, a

influência na grandeza dos

1~ est.ágio é superior

compressão

recalques. O

ao medido,

possivelment.e devido ao fat.o de, nest.e est.ágio, a compressão

est.ar associada ao indice de recompressão, grosseirament.e

est.imado. Considerando o fat.o das deformaçeles iniciais

superest.imadas, a concordância é razoável. Observou-se

excelent.e concordância ent.re recalques calculados e medidos em

profundidade.

f---:---=--:c---,c---~-----'------TE=MPO, ciias ~ D D D - ~

" '

,', ,\ ........... _ 1

... ___ ... _ Medido

',, Calculado sem aeep

" Calciilado com c-p

FIG. IV.22 - SITIO ANTONINY - RECALQUE TOTAL MEDIDO E CALCULADO

VS. TEMPO CLarson, 1986)

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A figura IV.23 ap:resent.a a evolução da po:rop:ressão medida

e calculada com o t.empo Cp:rof'. 4,5 m). Como pode se:r observado

os valores são semelhant.es considerando-se ou nâ'.o a compressão

secundária.

e e.. ~

e E' e u

e e.. ~

00

IO

20

o

!50

)O

20

o 100 200

10 ;---------

o o 100 200

Excesso

----- Excesso de de

)00 400 500 600 700

1 - -- - -1

' ------------

lOO 400 500 600 700

Tempo, dias

poropressão medido poro pressão calculado

FIO. IV.23 - SITIO ANTONINY - EXCESSO DE POROPRESSXO MEDIDO E

CALCULADO VS. TEMPO Cl...arson, 1986)

IV.10 - Est.udos com o CONMULTM :realizados na COPPE - UFRJ

IV.10.1 - Tese de Dout.o:rado de Sant.os Net.o (COPPE, 1990)

A t.ese ve:rsa sobre um est.udo expe:riment.al da

compressibilidade de solos nâ'.o sat.urados com bolhas de a:r

oclusas. Nest.e est.udo o p:rog:rama CONMULT :foi ut.ilizado pelo

:fat.o de pode:r se:r aplicado à previsão de :recalques po:r

adensament.o em solos não sat.urados, além de minimizar a maioria

das :rest.riçeles da Teo:ria de Te:rzaghi. Seus :result.ados :fo:ram

ut.ilizados pa:ra compa:raçlio com o mét.odo p:ropost.o pelo aut.o:r

pa:ra est.imat.iva de :recalques em solos com bolhas de a:r oclusas.

Segundo Sant.os Net.o (1990) as compa:raçeles da va:riaçlio dos

:recalques ao longo do t.empo nâ'.o f'o:ram muit.o sat.isf'at.6:rios, f'at.o

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at.ribuido principalment.e

compressibilidade do fluido

à f'orma de consideração de

int.erst.icial f'eit.a pelo CONMULTM.

O programa leva em cont.a a

aplicando um redut.or à poropressão,

que, part.e do carregament.o inicial vai

Nest.e redut.or surge o coef'icient.e

fluido <a ) definido pela expressão " cont.est.ada por Sant.os Net.o (1990).

não sat.uração

significando na

do solo

prát.ica

para o esquelet.o sólido.

de compressibilidade do

most.rada na fig. IV.4 e

Est.e aut.or enf'at.iza que

soment.e est.udos com medições de recalques em casos reais de

solos não sat.urados com post.erior comparação com as previsões

do rnét.odo ref'erido podem sanar as dúvidas. O mesmo aut.or

ilust.ra o f'at.o de que a equação de compressibilidade do fluido

int.erst.icial do programa residir em generalização de uma

equação obt.ida para det.erminado solo e sob det.erminadas

condições.

IV.10.2 - Projet.o Final de Curso da EEUFRJ <Lopes, 1990)

O objet.ivo do cit.ado projet.o f'oi o de realizar est.udos,

previsões de recalques e poropressões e respect.ivas análises

comparat.ivas com os dados de inst.rurnent.ação disponiveis do

At.erro Experiment.al II const.ruido pelo IPR/DNER sobre a argila

mole do Sarapui, Baixada Fluminense. O at.erro possui set.e

seções inst.rurnent.adas, sendo ut.ilizadas para a ref'erida análise

as seções A e G sem drenos. Todos os

geot.écnicos f'oram obt.idos da ext.ensa

oedomét.ricos (e.g., Cout.inho e Lacerda, 1977).

parâmet.ros e

campanha de

indicas

ensaios

As figuras IV.24a e IV.24b apresent.am as curvas de

recalque ao longo do t.empo medidas e calculadas considerando ou

não o ef'eit.o da submersão (diminuição da carga com os

recalques) para as seções A e G do at.erro, respect.ivament.e.

A figura IV.25

prof'undidade, calculados

para as seções A e G.

apresent.a os perf'is

e medidos 2200 dias

de recalques em

após const.rução,

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A :figura IV.26 apresent.a

calculada e medida por piezômetros

a evolução da poropressão

Casagrande ao longo do tempo

para as seções A e G respect.ivamente. Estas :figuras referem-se

às medições de piezômetros situados aproximadamente no meio da

camada compressivel.

Como pode ser observado, as previsões de recalque total

para ambas as seções apresentaram bons resultados, sendo que na

seção A a curva medida situa-se dentro do dominio do cálculo

numérico. A seção G apresenta pequena discrepância sistemática,

com tendência ã diminuição a partir dos 2000 dias. Quanto ã

distribuição de recalque em profundidade, os resultados são

razoáveis, principalmente tendo em vista a simpli:ficação que o

programa adota quanto ã distribuição do acréscimo de tensões

totais ao longo da profundidade oriunda do carregamento.

Os resultados de poropressão para a seção A apresentam

excelente concordância com os valores medidos pelo piezômetro

Casagrande Ca. Quanto ã seção G, observa-se que as poropressões

estimadas são maiores. Entretanto, segundo Lopes (1990) o

paralelismo entre as curvas calculada e medida indica

velocidades de dissipação semelhantes.

Segundo este mesmo autor, o programa em questão, face aos

resultados obtidos, constitui-se em f'erramenta adequada ã

previsão de recalques. A discrepância entre resultados medidos

e calculados nunca foi superior a 30%. Quanto ãs poropressões,

a qualidade das medições de alguns piezômetros é questionada,

bem como o modelo de cálculo utilizado pelo programa, o qual é

independente

:fig. IV.10).

do utilizado para cálculo de recalques <ver

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~ :::[r ir ,,e [ ; 0,5~ d o,o'---------------------

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"º 300

"º 'ºº ••• 'ºº "º 600 ... TOO

T,O

800

••• 900

: 1

'º" 1

'~I ;,..l----l-----i--;..._-je-------+--+----Jl~--+--+----J PAOR.~0

I 1 1 ·, ,,

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1 -~

...,._ '

1 ... ... _ ! _, 1 1 ,- ' ••• o 200 400 600 800 1000 12l'O 1400 1600 1800 2000 2200 2400

TEMPO (DIAS)

,

SEÇÃO INSTRUMENTO

A PL.1CA , R ~

A CONMULTM SEM

Si.lBMERSÃO A CONMULTM COM

SUBMERSÃO

FIG. IV. 24 a - GRAFICO RECALQUE x TEMPO

Ê

o

100

'ºº 300

E 400 e

'ºº w :, 600 'l • ~ •

TOO

800

900

1000

1100

1200

1300

SARAPUÍ- ATERRO EXPERIMENTAL I! SEÇÃO A

... '~ "

' 1 1

~-\'. "\ 1

PAORÀO SEÇÃO INSTRUMENTO

1 , ..... ~1'-1 'r, "- 1 l

G PLACI\, R 3

G CONMULTM SEM SUBMERSIO

' ,r,,..,_ .......__

' ·,. ,........_ ! G CONMULTM COM

SUBMERSÃO

.... _~ '·-....!. -'-.1 ,_ ·,.\

í\,':"

' ·--::,,.. ' ', '·-

O zoo 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400

TEMPO {DIAS}

FIG. IV. 24.b - GRÁFICO RECALQUE x TEMPO SARAPU(-ATERRO EXPERIMENTAL II

SEÇÃO G

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df!s:loc<lmento (mm)

O 200 400 600 o..,-...~~~LLL..L.LJ 1 1 t 1 1 1 l 1 1 1 1 1

2

! 6

/ _,1 8~----

!

/ I

/

/

/ /

/

/ /

/

800

/

/

- - CONMULT ............ MEDIDO

1000

FIG. IV.25a - RECALQUE MEDIDO E CALCULADO EM PROFUNDIDADE

SEÇXO A - 2200 DIAS (Lopes, 1990)

.-Je-.lo<;omenl0 (rnrn)

O 20() 400 600 800 1 000 1200

: +'-'~~,, ·= ,, '"' '' ''' ~:·~·'~' /~')

/ _,., / ___,-

/ /

/~

,/ '/

6 /!' /.f

/! sL-~--

--- - CONMULl ... _....~ MEDIDO

1400

FIG. IV.25b - RECALQUE MEDIDO E CALCULADO EM PROFUNDIDADE

SEÇXO G - 2200 DIAS (Lopes, 1990)

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20,0 l~>--. r1 ___ _,

1

87

--- -----~ CONMULTM ---- MEDIDO

O -,1-,-~---..-,---..-r-.---rr-.---rr-.---rr.-rr--.-rr.---rrT, ,,---,r,-,-,r-,-rr--.--,rr-,--,--..-,---,.-,--,r,-,-,r--r O 200 400 600 800 1 000

tempo ( dias )

FIG. IV. 26a - EXCESSO DE POROPRESSXO MEDIDO E CALCULADO VS.

2op ~ o a. -" ~,

1 \ 1 '-

TEMPO SEÇXO A PIEZ.ôMETRO C3 (Lopes, 1990)

~- { __ I -------/ r---- /

I --------' AI

,, ,J

1 -----./

CONMULTM MEDIDO

1

1

1 o -+,T-,-,r-,-r,, ~. ~,---., ~---.~--.-,--,---..-,---,~---.,T-,-~, ~. ~.---.,T-,-,r-,-r,-,-r,-,--,--,.-,-,-,T-,-~

O 200 400 600 800 1000 tempo ( dias )

FIG. IV. 26b - EXCESSO DE POROPRESSXO MEDIDO E CALCULADO VS.

TEMPO SEÇXO G PIEZ.ôMETRO C3 (Lopes, 1990)

IV.11 - Uso e aplicação do programa CONMULTM

A aplicação da versão modificada do programa em est.udo de

at.erros na Suécia <S.G.I.) apresent.ou excelent.es result.ados em

t.odos aspect.os de previsão. No Canadá <Lava!) e

<L.C.P.C.> os result.ados apresent.aram qualidade variada.

França

No L.C.P.C., os est.udos realizados indicam que a previsão

de recalque t.ot.al é quase sempre inferior ao recalque t.ot.al

medido e que o recalque por camada não é corret.ament.e

calculado. o comport.ament.o do recalque em profundidade

assemelha-se apenas grosseirament.e ao perfil de recalques reais

medidos para cada camada. A poropressão gerada no modelo é

seralment.e superior à medida e a velocidade de dissipação no

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modelo é inf"erior aquela dos valores observados de campo. Em

nenhum dos casos est.udados no L.C.P.C., foi const.at.ada previsão

corret.a simult.ânea de poropressão, recalque t.ot.al e recalque

por camadas.

Os est.udos de Laval <CONMULT-3) most.ram que apesar da boa

previsão de recalque t.ot.al, a dist.ribuição de recalque por

camadas difere da observada e a dissipação de poropressão é

mais rápida no cálculo do que a observada nas mediçt'Ses. Segundo

Bouchard et. (1982), em nenhum caso são previst.os

simult.aneament.e e corret.ament.e o recalque t.ot.al, a poropressão

e o recalque por camada. Ainda segundo est.e mesmo aut.or, o

mét.odo de cálculo se prest.a part.icularment.e bem à const.rução

por et.apas, dest.a forma calibrando-se os parãmet.ros para

aplicá-los a et.apas post.eriores.

Em t.ermos de inf"luéncia da compressão secundária no

desenvolviment.o de recalques, os est.udos do S.G.I. e do

L.C.P.C. apresent.am conclust'Ses cont.radit.órias. Nos est.udos do

S.G.I. a sensibilidade da variação dos valores de e nos ae

result.ados é pequena. A consideração ou não de compressão

secundária CC "' O ae ou C = O>,

et• porém apresent.a diferença

significat.iva.

O 'programa CONMULTM, baseado em ferrament.a mat.emát.ica

poderosa (diferenças finit.as>, não linearidade da relação

t.ensão-deformação e superposição das compresst'Ses primária e

secundária, assume papel dest.acado nas análises dest.a

mét.odo dissert.ação. A solução

numérico associado a

aproximada,

processament..o

complexidade dos cálculos envolvidos

possibilit.ada pelo

comput.acional, reduz a

pelos aspect.os cit.ados.

Assume especial import.ância o acompanhament.o dos principai;,.

parâmet.ros relevant.es ao adensament.o, bem como a possibilidade

de análise a part.ir de um perfil de excesso de poropressão

fornecido por inst.rument.ação, por exemplo, e que a cada et.apa

pode calibrar as previst'Ses para carregament.os post.eriores.

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89

CAPtTULO V

ANÁLISES REALIZADAS

V.1 - Int.rodução

As análises realizadas com o programa CONMULT na barr~em

de Jut.urnaiba relacionadas a deslocament.os vert.icais e

poropressl!les, envolveram nat.uralment.e a obt.enc;:ão de uma série

de dados t.ais como : per:fis geot.écnicos, evolução do

carregament.o com o t.empo e parâmet.ros geot.écnicos. A obt.enc;:ão

dos parâmet.ros geot.écnicos de análise envolveu a det.erminação

do coe:ficient.e Ck, crit.érios e

adoção do indice de vazios e

iniciais, t.ensl!les vert.icais

procediment.os ut.ilizados para

coe:ficient.es de permeabilidade

e:fet.ivas inicial e de

pré-adensament.o, parâmet.ros de compressibilidade (C e C ) e de e a

compressão secundária (C ). ae

lgualrnent.e import.ant.e é a de:finição da lei de carregament.o

e o est.udo da in:fluência da consideração ou não da submersão do

at.erro durant.e o processo de adensament.o da :fundação.

Apresent.a-se t.ambém o t.rat.ament.o de dados de poropressl!les

medidas, os quais envolveram correçl!les relat.ivas às variaçl!les

do nivel d'âgua e t.ipo de inst.rument.o.

V.2 - Consideraçl!les preliminares

O carát.er predominant.ement.e unidimensional das de:formaçl!les

:foi veri:ficado t.eoricament.e at.ravés de mét.odos elást.icos de

dist.ribuição de t.ensl!les t.ot.ais, procurando simular a geomet.ria

do at.erro <Poulos e Davis, 1974). Veri:ficou-se, para uma

espessura t.ipica de :fundação de 4 met.ros, que o acréscimo de

t.ensão t.ot.al t.ransmit.ida ao longo da pro:fundidade da :fundação é

prat.icament.e o mesmo, com discrepância in:ferior a 3%. Dest.a

:forma as análises a seguir apresent.adas para o eixo da barr~em

podem ser aproximadament.e consideradas supondo-se um

carregament.o uni:forme.

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Out.J."o aspect.o impoJ."t.ant.e a aboJ."daJ." o t.ipo de

CaJ."J."egament.o. PaJ."a CaJ."J."egament.os pI"at.icament.e não dJ."enados com

baixos Cat.oJ."es de segu....ança, como o at.eJ."J."o expeI"iment.al levado

à I"Upt.u....a, o pI"esent.e modelo de análise unidimensional não se

aplica em Cunção de expJ."essivas deCoJ."maçaes hoI"izont.ais. A

baJ."J."agem de Jut.u....nalba, que apJ."esent.a Cat.01" de segu....ança em

J."elação à condição de final de const.J."ução vaJ."iável de 1,3 a

1,5, peI"mit.e a aplicação dest.e modelo.

V.3 - PeI"Cis geot.écnicos de análise

Os peI"fis geot.écnicos de análise CoJ."am baseados em

sondagens à peI"cussão J."ealizadas ao longo do eixo no t.J."echo II,

po1" ocasião do inicio da execução da obJ."a. Est.as invest.igaçaes

deJ."am OI"igem aos peI"Cis geot.écnicos t.I"ansVeJ."sais da est.aca 15 e

25 e do peJ."Cil geot.écnico longit.udinal do t.J."echo,

I"espect.ivament.e apI"esent.ados pelas .Cigu....as V.1, V.2 e V.3.

Est.as in.f'oJ."maçaes .CoJ."am complement.adas e/ou adapt.adas t.endo poJ."

base o pe1".Cil geot.écnico geJ."al do depósit.o po1" ocasião dos

est.udos do at.eJ."J."O expeI"iment.al (ve1" capit.ulo II>

A Cigu....a V.4 apI"esent.a simpliCicadament.e os peI"Cis de

análise. CompaJ."ando est.es peJ."Cis com o pe1".Cil geJ."al onde est.ão

CaJ."act.eI"izadas t.odas as camadas do depósit.o e consideJ."ando a

cont.inuidade apI"oximada dest.as po1" cot.as, pI"ocedeu-se à

disCJ."et.ização dos J."espect.ivos peI"Cis de análise em diveJ."sas

subcamadas COJ."J."espondent.es à classiCicação adot.ada poJ." Cout.inho

(1986). PoJ." conveniência, a codificação das camadas seJ."á a

mesma. A t.abela V.1 apJ."esent.a as espessu....as de cada camada e

subcamada po1" pe1".Cil de análise. Cabe esclaJ."eceJ." que o indice

al.f'anuméJ."ico após o t.ipo de camada I"e.CeJ."e-se à seqüência de

pI"o.Cundidade de amost.J."agem paI"a ensaios oedomét.I"icos. Po1"

exemplo, a camada III, con.f'oJ."me o pe1".Cil de análise adot.ado,

pode apI"esent.81" at.é 6 subcamadas (a, b, e, d, e, .C). Em cada

peI"Cil de análise não necessaJ."iament.e est.ão pI"esent.es t.odas as

camadas ou subcamadas discut.idas na t.abela Il.2, t.endo em vist.a

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"ἒl 10,0

.! '·º • • ~ º·º u

- '·º -10,c,

' -1!5,0

N.T. _e ··<•iitr~:.

FIG. V. 1 - SEÇAO

BARRAGEM

' =11

, TRECHO II - BARRAGEM DE JUTURNAIBA ( EST.-15)

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o ' • ' • " . f:SCAl.A GRt(TICA

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- '·º -10,1.)

-1!1,ol

NT -, :::{r,E;-,.:.:.-:·,::-· ;r.,

rEIXO DA BARRAGEM

12)00

' =11

FIG. V. 2 - SEÇÃO TRECl-!O II - BARRAGEM DE JUTURNAÍBA (EST.-25)

NT

024681011'1

ESCALA Gl1ÁFICA

15,0

10,0

'·º ' • • 0,0 r o o

- !l,O

-10,0

-15,0

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.... :. : .. · .. ·_ .. ·. ·. ·. · .. -.·. :·· ... , AREIA F

0

INA. MUITO. FOF~

-----~-AREIA GROSSA FOFA

------~-- -----------------

FIG. V. 3 - PERFIL GEOTÉCNICO

--------ESCALAS on,i,1cA

LONGITUDINAL

o

'

HOAIZ:ONTAL 2 4 11 e"' .. VERTICAL

,,o

0,0

' • g u

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-5,0

-10,0

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OA 8!.RRAGE_M

(P-81!

0,0

:• AREIA FINA MUITO FOFA.

SPT·-2:· •. , +-'-'-+~----~-~~----"

.·.j ~.Í\Ê:.I~ .MÊOIA 7,0 "'-----'~-..'--------~--~

I O 234!56

{0,3C)

L!XO L;/. ,---\ 1

1

·1:iLtRO

AF:ElA Fl1a, À MÉO!i'. FOft.

SPT-6

7,7 +--'-+-'------------j AREIA Mf:.OIA - SPT- i!

/ LIMITE OE SONDAGEM

-91!5~1--;'--,--~-~-~-~-r-'

ho~ o ' ' • • • OIST~NCIA { m)

ESTACA 15 SONDAGEM

ATERRO

EIXO OA BARRAGEM

( P - 83 l

0,0

.. (0,40} FUNDAÇÃO f.--..,...+-i"'7"-"7"'-,--,--'-"7"'--r--r-r--r-'-1

-2:,0

- >.•-1--L-+~~-L-~~-. ~~-~~4 ·· 1. AREIA .flNA; ~úrí-0 °FÓF~ ~-SP~·- ~.

-!!!,!5 '-'-~---~~--~-----,-;

-)" O 1

~~ SONDAGEM

' AREIA ME:DIA.

' ' • DISTÂNCIA (m.)

ESTACA 25

• '

ESTACA 20

ATERRO

1 EIXO DA SAR~AGEM

( {P-84)

,., ,---i--,---,-:-7--I,;;-------,--------, · . ."FILTRO> R3·

AREIA OE EEGULARIZAÇJ.:O ,.o+--+-_.'.'..'.'--=-'-:__::_c._=====;:__-___,I O,O AREIA FINA A MEDIA ll;Ul~A '..FO~~

-l,!51-.,.:_--,e~C-:__sl,;•~o~>....c•;u•~o~A~ç~i~o;-7 ___,-,---,~

. " / " /~ "/ SOLO ORGÂNICO MUITO MOLE/ "

-4,!5 µc_4-~'~-~~~·~·~~~~-/-,,~~~-~~~--1

1

AREIA MÉDIA A GROSSA FOFA

SPT ~ 6 - 7,5

1 o 2 ' 4 ' '

DISTÂNCIA {mi SONDAGEM

FIG. V.4 BARRAGEM DE JUTURNAIBA ANÃLISE <Coutinho, 1990)

ESTACA 30

PERFIS GEOUCNICOS DE

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a int.erpret.ação de Cout.inho (1986) quant.o à provável disposição

de camadas sob a barragem no t.recho analisado.

V.4

de

TABELA V.1 -

CAMADA ESTACA 15

AREIA -I Ia 0,50

I Ib 0,25

Ilia 0,25

IIIb 0,50

IIIc 0,50

IIId 0,50

IIIe 0,65

III f' -IVa -IVb -

V -

BARRAGEM DE JUTURNA1BA

ANÁLISE - PROGRAMA CONMULTM

ESPESSURAS Cm>

ESTACA 20 ESTACA 25 ESTACA

- - 2,90

0,50 0,50 0,50

0,25 0,25 0,25

0,25 0,25 0,25

0,50 2,80 0,50

0,50 - 0,50

0,50 - 0,50

0,50 - 0,50

0,25 - -0,25 - -0,25 - -0,25 - -

30

Parãmet.ros geot.écnicos de análise Crit.érios

procediment.os adot.ados

e

Cada subcamada do depósit.o f'oi objet.o de número variável

ensaios oedomét.ricos, gerando dest.e modo grupos de

result.ados e gráf'icos.

Os valores de t.ensão vert.ical efet.iva "'in sit.u" a' foram vo

obt.idas da figura II.10, comorme a prof'undidade média da

subcamada em quest.ão, considerando escavação. Para a t.ensão de

pré-adensament.o de cada subcamada f'oi adot.ado o valor médio dos

result.ados obt.idos dent.re os ensaios realizados para cada

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subcamada (figura 11.10). Est.e mesmo procediment.o f'oi ut.ilizado

na det.erminação do indice de vazios inicial e dos indices de

compressibilidade CR e SR, sendo

C • CR <1 + e ) e o e e • SR <1 + e > 8 0

CV.O

A adoção do indice de expansão C ao invés de C segue e r

recomen~es oriundas de Ladd (1973) e de Cout.inho (1990).

Para o coef'icient.e de compressão secundária, f'oi adot.ado

de modo simplif'icado um valor por camada, dent.re as várias

curvas apresent.adas <ver 11.15). o valor adot.ado

corresponde ao valor médio C a& para int.ervalo de press~es

correspondent.e àquelas esperadas para o

barragem. O valor adot.ado no programa CONMULT

por :

e • e <1 + e > 0te a& o

carregament.o da

é o e expresso 0te

CV.2)

Dest.e modo, apesar de adot.ado um único valor de

camada, cada subcamada aparece com um valor

e para cada 0te

dist.int.o dest.e

coef'icient.e, já. que possui valores dist.int.os de indice de

vazios inicial (e ). o

Os dados de permeabilidade, apresent.ados no anexo I, f'oram

objet.o de est.udo est.at.ist.ico <regressão linear). Det.erminou-se

para cada ensaio oedomét.rico a t.axa de variação do coef'icient.e

de permeabilidade (Ck) em f'unção do indice de vazios. Nos

est.udos f'oram ut.ilizados os valores de coef'icient.e de

permeabilidade obt.idos pelo Mét.odo de Taylor <TI > e o indice

de vazios médios de cada est.âgio dos ensaios. Tendo em vist.a

que os perf'is geot.écnicos de anâlise não incluem a camada

nárnero I, calculou-se Ck e k soment.e para as camadas II, III, vo IV e VI. A t.abela V.2 apresent.a as equaç~es de ajust.e e os

valores de Ck correspondent.es a cada ensaio oedomét.rico.

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TABELA V.2 - EQUAÇOES DE VARIAÇXO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE COM tNDICE DE VAZIOS

CAMADA ENSAIO PROF. EQUAÇXO DE ck k (m) REGRESSXO vo

-" (x10 m/s)

II 1 3,0 e • 0,639 ln k + V

16,060 1,47 3,8

II 2 3,0 e -0,610 ln k + V

13,371 1 ,41 30,0

II 3 3,0 e -0,864 ln k + V

16,346 1,97 34,0

II 4 3,0 e -0,656 ln k + V

12,344 1,28 63,0

II 6 3,6 e -0,543 ln k + V

12,569 1,26 27,0

III 1 3,6 e -0,624 ln k + V

11,970 1,21 3,3

III 2 3,6 e -0,734 ln k + 15,519 1,00 7,6 V

III 3 3,6 e • 0,612 ln k + V

12,093 1,18 1,8

III 4 4,0 e • 0,627 ln k + V

11,876 1,21 4,2

III 6 4,0 e -0,469 ln k + V

10,342 1,08 18,0

III 7 4,0 e • 0,662 ln k + V

12,906 1,27 1,3

III 8 4,6 e • 0,693 ln k + 12,736 1,37 5,1 V

III 9 4,6 e • 0,463 ln k + 10,406 1,04 10,0 V

III 10 6,0 e -0,360 ln k + V

8,462 0,81 43,0

III 11 6,0 e -0,498 ln k + V

10,963 1,16 11, O

III 12 6,0 e • 0,426 ln k + V

9,818 0,98 16,0

III 13 6,6 e • 0,681 ln k + V

16,049 1,67 1,1

III 14 6,6 e • 0,466 ln k + V

10,682 1,06 6,7

III 16 6,0 e "' 0,434 ln k + V

10,604 1,00 4,3

IV 1 6,0 e • 1,296 ln k + V

23,160 2,99 8,2

IV 2 6,3 e • 0,869 ln k + V

20,949 1,98 3,4

IV 3 6,6 e • 1,261 ln k + V

26,883 2,88 7,0

IV 4 7,0 e • 0,819 ln k + V

19,483 1,89 9,7

VI 1 6,6 e -0,092 ln k + V

2,738 0,21 0,68

VI 2 6,6 e • 0,093 ln k + V

2,610 0,21 2,8

Continua

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98

TABELA V.2 (Continuação>

VI 3 6,5 e .. 0,070 ln k + V

2,117 0,16 22,6

VI 4 6,9 e • 0,110 ln k + 2,715 0,25 11,3 V

VI 5 6,9 e • 0,046 ln k + V

1,819 0,11 19,8

VI 6 7,0 e • 0,113 ln k + 2,893 0,26 3,2 V

O valor de Ck de cada subcamada adoudo nas análises

correspondeu ao valor médio dentre os valores obtidos em cada

subcamada. O valor do coeficiente de permeabilidade inicial 1'oi

calculado para cada uma das e~es de regressão tendo por

base os respectivos 1ndices de vazios iniciais de cada

subcamada. Para o valor de k de análise de cada subcamada vO

adot.ou-se o valor calculado mais coerent.e com o Ck escolhido,

t.endo em visu alguns valores erráticos presentes.

Cabe citar que, por orientação de Cout.inho (1990),

adot.ou-se para a camada V parâmetros geotécnicos idênticos aos

da camada III-1'.

As tabelas V.3, V.4, V.5 e V.6 apresent.am o resumo de

t.odos os parâmet.ros e indices necessários adot.ados

respect.ivamente para as análises das est.acas 15, 20, 25 e 30.

TABELA V. 3 - BARRAGEM DE JUTURNAIBA - ESTACA 15 PARA.METROS DE ANALISE - PROGRAMA CONMULTM

Camada q' ,,,

c c c ck K vm vo e vo

CkPa> CkPa> o 8 e Ote Cx 10- 8 rn/s)

I Ia 45,0 1,0 5,81 o, 16 3,26 0,1089 1,53 3,0

I lb 55,0 2,5 4,94 0,21 2,80 0,0950 1,25 2,7

Ilia 36,0 4,0 4,37 0,19 2,04 0,0644 1,13 0,4

Illb 44,0 5,0 4,31 0,20 2,08 0,0637 1,19 0,8

Illc 40,0 7,0 3,84 0,24 1,66 0,0581 1,21 0,8

llld 38,0 9,0 3,69 0,16 1,68 0,0563 0,98 0,2

Ille 42,0 11 ,o 4,18 0,19 1,90 0,0621 1,31 0,3

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99

TABELA V.4 - BARRAGEM DE JUTURNAtBA - ESTACA 20 PARÃMETROS DE ANALISE - PROGRAMA CONMULTM

Camada a' a' c c c ck K

vm vo e vo CkPa) CkPa) o .. e ae Cx 10- 8 m/s)

lia 46,0 1 ,O 6,81 O, 16 3,26 0,1089 1,63 3,0

Ilb 66,0 2,6 4,94 0,21 2,80 0,0960 1,26 2,7

Ilia 36,0 4,0 4,37 O, 19 2,04 0,0644 1,13 0,4

Illb 44,0 6,0 4,31 0,20 2,08 0,0637 1,19 0,8

lllc 40,0 7,0 3,84 0,24 1,66 0,0681 1,21 0,8

IIId 38,0 9,0 3,69 O, 16 1,68 0,0663 0,98 0,2

IIIe 42,0 11,0 4, 18 O, 19 1,90 0,0621 1,31 0,3

II I f" 41 ,O 12,0 4,72 0,22 1,97 0,0686 1,00 0,4

IVa 38,0 13,0 6,00 0,17 2,68 0,0960 2,68 0,8

IVb 38,0 14,0 8,16 0,48 4,13 0,1466 4,13 0,4

V 41,0 16,0 4,72 0,22 1,97 0,0686 1,00 0,4

TABELA V.6 - BARRAGEM DE JUTURNAtBA - ESTACA 26 PARAMETROS DE ANALISE - PROGRAMA CONMULTM

Camada a' a' c c c ck k

vm vo e vo CkPa) CkPa) o .. e ae Cx 10- 8 m/s)

I Ia 46,0 1 ,o 6,81 o, 16 3,26 0,1089 1,63 3,0

I Ib 66,0 2,6 4,94 0,21 2,80 0,0960 1,26 2,7

IVa 36,0 13,0 6,00 0,17 2,68 0,0960 2,99 0,8

IVb 44,0 14,0 8,16 0,48 4, 13 O, 1466 2,66 0,7

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100

TABELA V.6 - BARRAGEM DE JUTURNAIBA - ESTACA 30 PARA.METROS DE ANÁLISE - PROGRAMA CONMULTM

Camada o' CI' c c c ck K

vm vo e vo

<kPa) <kPa> o • e ()(9 (" 10-8 m/s)

II a 45,0 18,5 5,81 O, 16 3,26 0,1089 1 ,53 3,0

II b 55,0 20,5 4,94 0,21 2,80 0,0950 1 ,25 2,7

II Ia 36,0 21,0 4,37 0,19 2,04 0,0644 1,13 0,4

IIIb 44,0 23,0 4,31 0,20 2,08 0,0637 1,19 0,8

II Ic 40,0 40,0 3,84 0,24 1,66 0,0581 1,21 0,8

IIId 38,0 27,0 3,69 o, 16 1,68 0,0563 0,98 0,2

IIIe 42,0 29,0 4, 18 0,19 1,90 0,0621 1 ,31 0,3

V .5 - Lei de carregament.o

A figura V.5 apresent.a a evolução aproximada da cot.a de

crist.a do at.erro com o t.empo. A t.abela V.7 apresent.a a ent.rada

de dados ref"erent.e à lei de carregament.o adot.ada para cada

análise.

15,0

-§ 10,0

s o 5,0 o

0,0 o 300 600 900 1200 1500

tempo (dias)

FIG, V.5 - LEI DE CARREGAMENTO

Segue uma descrição dos diversos crit.érios e procediment.os

empregados na definição dos niveis de carregament.o das

análises.

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• 101

TABELA V.7 - PERFIS DE CARREGAMENTO ADOTADOS NAS ANÁLISES DA BARRAGEM DE JUTURNAIBA - CONMULTM

TEMPO <DIAS>

ESTACA ETAPA t.u ClcPa> TEMPO DE DURAÇÃO TOTAL ACRt:SCIMO ACUMULADO DE CARGA DA ETAPA (t. ) (t. ) 2

1

1~ 9,2 o 7

2~ 139,2 98 356 15

3~ 170,9 15 231

4~ 200,5 30 780

1~ 10,4 o 20

2~ 140,7 85 336 20

3~ 172,5 22 246

4~ 202,6 14 772

1~ 8,0 o 20

2~ 140,7 85 336 25

3~ 173,8 22 246

4~ 203,8 57 772

1~ 9,2 o 7

2~ 139,2 98 356 30

3~ 170,9 15 231

4~ 200,5 30 780

Para t.odas as análises :foram consideradas de modo

simpli:ficado as sef:uint.es cot.as de nivel d'ác;ua super:ficial por

et.apa Q 1- et.apa N.A. • 1,60 m

2~ et.apa N.A. • 2,60 m <ver :fif:ura V.9>

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102

Cálculo da carga

A• Cot.a do at.erro;

B • Cot.a de fundação;

C • Cot.a do N.A. superficial;

y = 18 kN/m9

; a.terro

" • 8 kN/m9

; ~ sub

Para niveis onde A< C

J;.q • y b X (A - B) BU

Para niveis onde A> C

J;.a • y <C - B> + y <A - C> sub Qler-ro

<V.3>

<V.4>

Ef"eit.o da compensaçã:o de recalques devido ao controle de

at.erro por cot.a

Face a recalques ocorridos durant.e a const.rução, ocorre

que nos pont.os 1, 3 e 5, most.rados na figura V.6, dá-se a

compensação de recalques com alt.uras complement.ares de at.erro,

gerando acréscimos de carga. Est.e acréscimo expressa-se por

peso de at.erro submerso. A cada met.ro de recalque o acréscimo

corresponde a 8 lcPa. ·,

© ©

Q)

,, •• •• FIG. V.6 - PERFIL DO CARREGAMENTO TIPICO

A correção foi feit.a com base em curva recalque x t.empo

est.imada pelo próprio CONMULTM para cada est.aca. No pont.o t. , a • correção é feit.a com base no recalque t.ot.al est.imado at.é t. . No • pont.o 3 a correção é feit.a com base na diferença de recalques

est.imados ent.re t. e t. . No pont.o 5, seguiu-se o mesmo 9 •

procedimento. Obviamente o processo deveria ser it.erat.ivo,

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103

porém, devido à grandeza dos recalques e niveis de carga

envolvidos bem como à rapidez de convergência de t.al processo,

t.al it.eração não foi realizada. Essas correç.:Ses represent.am

acréscimos de carga aos niveis de carregament.o calculados pelas

equaçi:ses CV.3) e CV.4> em geral inferiores a 5%.

Est.udos de efeit.o de submersão

Embora o est.udo acima indique que o carregament.o seja

calculado de forma corret.a no inicio dos "pat.amares", há ainda

que considerar o efeit.o de submersão no processo de adensament.o

durant.e os "pat.amares", ou seja, ent.re et.apas de carregament.o.

Nest.e caso, há redução de carga, por efeit.o de submersão. Est.e

recalque s6 é corrigido no t.errapleno seguint.e, cabendo análise

dest.e efeit.o, conforme perfil e valor absolut.o da carga. A

figura esquemát.ica V.7 exemplifica o fat.o :

A = Limi t.e inferior (-·-----)

B = Limi t.e superior (---------)

e = Processo real de carga (------)

f

t, l2 t, t

FIG. V.7 - HIPõTESES DE CARREGAMENTO

DO ATERRO

FACE A SUBMERSXO

O limit.e inferior de carregament.o considera desde o inicio

a diminuição de carga devido ao recalque que ocorrerá ent.re t. • e t, .

2 O limit.e superior de carregament.o considera que não

ocorrem recalques e port.ant.o que a carga aplicada permanece

const.ant.e. O processo é it.erat.ivo, porém a primeira est.imat.iva

de recalque é adequada t.endo em vist.a a grandeza dos recalques

e cargas envolvidas.

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104

Com base em tais critérios, o perfil da estaca 20 foi

analisando com

superior · e o

lei de carregamento considerando

limite inferior. No conjunto, as

o limite

curvas de

recalque versus tempo foram praticamente iguais e a diferença

entre os valores absolutos de recalque total final foi da ordem

de 3% em rei.ação ao maior valor (limite superior). Desta

forma, para os niveis de carga, distribuição da mesma com tempo

e espessura do depósito envolvidos nos casos analisados, o

efeito de submersão nos "patamares" é desprezivel no cálculo do

adensamento.

Ressalta-se, entretanto que para carregamentos outros

grandeza

2~) o

onde 1~) a altura de aterro possui ordem de

semelhante ao valor de recalque total esperado,

carregamento

intermediárias

é

de

de longa duração,

cota de at.erro, o

inexistindo correções

efeito de submersão é

expressivo. Este é, por exemplo, o caso do aterro II de

Sarapui. Nestes casos o cálculo através da consideração de um

"patamar" de carga intermediário entre o limite superior e

inferior deve ser analisado com cuidado.

No caso peculiar de Juturnaiba, no último ''patamar .. ,

submersão efeito de de longa duração, onde poderia se esperar

apreciável, tal não ocorre pelo fato de

70% do recalque total já ter ocorrido

aproximadamente

ao inicio desta

60 a

etapa.

Isto minimizou o efeito citado.

V.6 - Efeito da não saturação completa

Foram feitas análises com o caso da est.aca 20, •

considerando-se graus de saturação de 98% e 96%, tendo sido

obtidas curvas recalque versus tempo praticamente coincidentes

às da análise com saturação total, com discrepância inferior a

1% para os valores de recalque total final. Tal resultado

confirma trabalho semelhante realizado pelo L.C.P.C. (ver

item IV.8.2).

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V.7 - Trat.ament.o dos dados de inst.rument.ação par-a medida de

por-opressão

Apresent.a-se a seguir os t.rat.ament.os de dados

por-opressão observados, os quais ser-ão ut.ilizados

compar-ação com os valores calculados.

V.7.1 - Cálculo das leit.ur-as iniciais dos piezõmet.ros

de

par-a

Par-a det.erminação da evolução do excesso de poropressão

com o t.empo é necessária a det.erminação das leit.ur-as iniciais

de por-opressão <ver :fig. V.8). Par-a t.ant.o foi desenvolvido

algorit.imo par-a cálculo de u o ao longo do t.empo, já que os

niveis d'âgua super:ficial e profundo são var-iáveis com o t.empo.

Os dados referent.es as leit.ur-as de N.A. super:ficial e profundo

e dos piezõmet.ros Casagrande de análise foram cedidos por

Cout.inho {1990).

u o

onde

• { CB - F) CB - E) x [ CC - E) - CD - B)] }

A • Cot.a de inst.alação do medidor do N.A.

B -Cot.a de inst.alação do medidos de N.A.

c • Leit.ur-a do N.A. profundo;

D • Leit.ura do N.A. super:ficial;

+ CD - B) CV.5>

profundo;

super:ficial;

E • Cot.a da profundidade :final da camada de ar-gila mole;

F '" Cot.a de inst.alação do piezómet.ro;

u • u / y o o V

u - <D - B); :l

u • CC - E>. 2

Cabe cit.ar- que a cot.a de inst.alação do medidor de N.A.

profundo não apar-ece no algorit.mo devido a simpll:ficaç~es

efet.uadas no desenvolviment.o do cálculo. A profundidade de

inst.alação do piezómet.ro CF) é corrigida ao longo do t.empo com

base em recalque est.imado pelo próprio CONMULT par-a o perfil

t.ipico de Jut.urnaiba {est.aca 20).

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<I l­o u

t06

u

01 Da 0 01 02

FIG. V.8 - C.U.CULO DE u o

O excesso de poropressão é calculado por:

fi.u • umedi.do u o <V.ó)

Para t.odos os cálculos f"oi ut.ilizada planilha elet.rônica,

que incorporou os algorit.imos apresent.ados. A f"igura V.9

apresent.a grâf"ico most.rando a evolução do N.A. superf"icial com

o t.empo de anâlise. Os grâf"icos relativos aos excessos de

poropressão medidos são apresent.ados no capit.ulo VI em conjunt.o

com os valores previst.os pelo CONMULTM.

4.00 -s -aS .... g 2.00

o.ao o 300 600 900 1200 1500

tempo (dias)

FIG. V.9 - BARRAGEM DE JUTURNA?BA - VARIAÇZ:O N.A. SUPERFICIAL

<Cout.lnho, 1990)

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V.7.2 - Correção nas leituras dos piezômetros Casagrande

Coutinho (1986) apresentou uma correlação entre as

medidas dos piezômetros Casagrande e pneumáticos instalados na

fundação do aterro experimental em função da altura do aterro.

Como pode ser observado na figura V.10, os piezômetros

Casagrande apresent.am valores sistematicamente inferiores aos

medidos

resposta

com piezômetros pneumáticos, função do tempo de

daquele instrumento. Mediante análise destas

todos os valores medidos por piezômet.ros informações:,

Casagrande foram corrigidos, dividindo-os pela con:s:tant.e igual

a 0,7, de forma a se dispor de dados de poropressão mais

realisticos.

u,------------------~ OBS. VALORES O[ tiu C::~tllSPONDEtiHS A 1' LEITURA

o "

ID

t- o.• ... " :, ... " .... o

" ... .. " ·~ 0A S1M8. REL ~; su,t.5 RELACtd

• F'C-1/P·l • "'C•6IP-6' ... 1--+--+-----l~ Â'. O PC-~fl'-~ C PC·7.'P-T

:, .. ' .. o

ó

ALTURA 00 ATERRO (m) •

~ 1.1,------------------~ " • .. ., .. " o " ... .. " 'º N 0,8 .. ii: ' :, ..

o ... " .. ~ .. "'

.. M

oes : VALORES OE àu MixO.,t:)S OBSERVADOS

o • J.LTURA D'O I.TERRO l m 1

FIG. V.10- COMPARAÇXO DOS VALORES DE ACMSCIMOS DE

POROPRESSXO OBSERVADOS PELOS PIEZôMETROS

CASAGRANDE E PNEUMÃTICO {Coutinho, 1986)

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108

CAPiTULO VI

APRESENTAÇXO E DISCUSSXO DE RESULTADOS

VI.1 - Int.rodução

Nest.e capit.ulo são apresent.ados os result.ados das análises

:r-ealizadas com o CONMULTM para o t.:r-echo II da Barragem de

Jut.u:r-naiba. As análises refe:r-em-se a cálculos de deslocament.os

vert.icais nas est.acas 16 a 30 e de po:r-opressões nas est.acas 16

e 26, os quais são comparados com os :r-espect.ivos valo:r-es lidos

pela inst.:r-wnent.ação.

Apresent.a-se adicionalment.e wn est.udo da

alguns parâmet.ros t.ais como a consideração

influência

ou não

de

da

compressão secundária e a variação ou não do coef'icient.e de

permeabilidade du:r-ant.e a análise.

Embora não havendo medições em vá7-ias profundidades, são

apresent.adas para o caso da est.aca 20 as isócronas de

para

Tal

poropressão e cu:r-vas de recalque versus profundidade

diversos inst.ant.es da hist.ória de carregament.o.

procediment.o visa exemplif'icar as possibilidades do programa em

t.ermos de saida de result.ados.

Enfocando t.ambém as

são apresent.ados para a

evolução e variação de

diversas possibilidades do programa,

est.aca 20 gráficos represent.ando a

diversos parâmet.ros inerent.es ao

processo de adensament.o CC , k , e'). V V V

VI.2 - Result.ados de recalques

VI.2.1 - Análise da influência da compressão secundária

As f'igu:r-as VI.1, VI.2, VI.3 e VI.4 apresent.am as cu:r-vas

recalque versus t.empo medidas e calculadas com e sem compressão

secundária referent.es :r-espect.ivament.e aos casos das est.acas 16,

20, 26 e 30. Est.as análises conside:r-am k variável. V

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15.0 -r-------------------------, .--.. ! 10.0

: g 5.0

o

500

-~ -Q) f 1000 () Q)

"'

o

o

300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

tempo (dias)

300 600 900 1200 1500 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 .LLJ_j_

........., placa RS est.16 - conm.ult - com oomp. 11Sc. - conm.ult - sem ccmp. eec.

1500~-----------------------~

FIG. VI.1 - Est. 15 Recalques totais medidos e calculados

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-..§_ 10.0

.3 g 5.0

o

o o

500

-e e -Q)

..§' 1000 ~ Q) ~

110

300 600 900 tempo (dias)

tempo (dias) 400 800

oeeee placa R8 esl.20 ........., conm.uJ.t - com comp. ""°· ......_ conm.uJ.t - aem oomp, sec.

1200

1200

FIG. VI.2 - Est. 20 - Recalques totais medidos e calculados

1500

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15.0 ~-----------------

.--. ! 10.0

3 g 5.0

600

-8 8 -~ 1200 CI' ~ o ~

"'

o

o

300 600 900 tempo (dias)

300

tempo (dias)

600

........., plaoa R8 est.26 -.. comnult - com comp. ...,e. _.... comnult - sem oomp. 1100,

900

1200 1500

1200 1500

1800.....__ _____________________ ,

FIG. VI.3 - Est. 25 - Recalques totais medidos e calculados

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-..§_ 10.0

j g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tampo ( dias)

tempo (dias) o 300 600 900 1200 1500

Q ...................... ..L..L..L..L.L..L..._._L..L-1_._. .......... _.._...... ...... ...... .L..I .__, L.JI IL..J..I LL 1 1 1 1 1 1 .L.l . ...L..L..L..L..L..L.L..L.J-1

-~ 500 -G)

::s O" -«I C) li) ~

1000

........., placa R8 est.80

..,_ conmult - com comp. i,ec. __.. conmult - aem oomp. sec.

_____ .. ___

E'I a ªE......a :6 6 ....

FIG. VI.4 - Est. 30 - Recalq11es totais medidos e calculados

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Est.aca 15

A análise da est.aca 15 com consideração de compressão

secundária apresent.a est.imat.iva de recalques muit.o próxima dos

valores medidos, inclusive na forma das curvas. A discrepância

máxima nest.e caso é em t.orno de 10%. A curva calculada sem

compressão secundária apresent.a uma est.abilização de recalques

a part.ir de cerca de 1000 dias. A discrepância máxima ent.i-e os

valores calculados e medidos nest.e caso é de 25% Cet.apa Cinal).

Est.aca 20

Os valoi-es calculados com compressã:o secundária

apresent.arn-se nest.e caso sempre supei-ioi-es aos medidos. Após

cerca de 400 dias as velocidades de recalque das duas curvas

são semelhant.es. A discrepância de recalques máxima nest.e caso

é de 25% Cet.apa final). A curva de recalque versus t.empo

calculada sem compi-essão secundária apresent.a velocidade de

adensarnent.o diferent.e daquela da curva medida. Em t.ei-mos de

recalque, sem compressão secundária, a menor discrepância

(menos de 5%) é observada ao Cinal do periodo de medição, porém

com t.endência a aurnent.o. Basicarnent.e, a discrepância ent.i-e

valores calculados e medidos é gerada no inicio do carregarnent.o

pela velocidade de dissipação mais rápida considei-ada no modelo

de cálculo.

Est.aca 25

As curvas calculadas apresent.arn inicialrnent.e velocidades

de recalque maiores que as observadas. Nest.e caso, os valores

calculados considerando compressão secundária são sempre

superiores aos medidos, com discrepância const.ant.e em t.orno de

30%. Ent.ret.ant.o, após 400 dias, a velocidade de recalque é

semelhant.e à da curva medida. Os valores calculados sem

compressão secundária api-esent.arn est.abilização de recalques

próximo ao final do periodo de observação e velocidade de

recalque diversa da curva medida. A diferença de recalques é

menor ent.i-e 400 dias e 800 dias porém com t.endência a ligeiro

aurnent.o.

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Est.aca 30

Os valor-es calculados consider-ando a compr-essão secundál'ia

são apenas 5% super-ior-es aos valor-es medidos. Os r-ecalques,

calculados sem compr-essão secundál'ia, est.abilizam-se pr-6ximo

aos 800 dias e subest.imam os valor-es medidos em at.é 20%.

Quant.o à for-ma das cur-vas, obser-va-se maior- velocidade de

r-ecalque nas cur-vas calculadas, especialment.e no inicio do

car-r-egament.o <1~ e 2~ et.apas). A par-t.ir- de 400 dias as

velocidades de adensament.o das cur-vas calculadas com compr-essão

secundál'ia e medidas pela placa R3 são semelhant.es.

Coment.ãrios gerais

Os valor-es calculados consider-ando a compr-essão

secundál'ia apresent.am-se próximos aos valores medidos par-a as

est.acas 15 e 30 e um pouco superiores para os das est.acas 20 e

25.

Invar-iavelment.e o modelo calcula velocidades de

adensament.o no inicio do carregament.o sempre superiores as

observadas ou medidas.

e car-act.erist.ica nas cur-vas recalque versus t.empo a forma

aproximadament.e logar-it.mica, com variaç~es bruscas a cada

acréscimo de carga (nova et.apa de carregament.o).

VI.2.2 - Análise da não variação da permeabilidade com o

indice de vazios

As figur-as VI.5, VI.6, VI.7 e VI.8 apresent.am t.rés cur-vas

recalque versus t.empo: a) observada; b) calculada considerando

k • f(e); c) calculada considerando a permeabilidade const.ant.e V

<Ck • O, k • k d" >, respect.ivament.e para as est.acas 15, 20, vo vme \.O

25 e 30. Todas as cur-vas calculadas consideram compressão

secundál'ia.

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-! 10.0

.s g 5.0

-~ -cu ::, CI' -ai CJ Q) ...

o

o o

500

1000

115

300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

tempo (dias) 300 600 900 1200 1500

..L.L.L...L.1 .......... ..L.L.L...L.1 .......... ..L.L.L.L.I-L.i...L.L.L..L-1-L.i...L.L.L..L-I-L.i...L.L.L..L-I-L.i. ............. ....LL

......., plaoa R3 eet.15 , - conmult - -"" 1'8l'iàftl +++++ conmult - -"" conlltante

FIG. Vl.5 - Est. 15 Recalques totais medidos e calculados

mea1a.os e caicuiados

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-! 10.0

j g 5.0

o

o o

-a 600 a -

Q)

& .... Ili CJ Q) ~

1200

300

300

116

600 900 tempo (dias)

tempo (dias)

600 900

........, placa RS esl.20 ........., oomnult - Kv 'l'arla\ei - comnult - Kv CODBtante

1200 1500

1200 1500

--FIG. VI.6 - Est. 20 - Recalques totais

medidos e calculados

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-! 10.0

~ 0

5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

tempo (dias)

o 300 600 900 1200 1500 o -t:1-...L.L.LLJ...J...J.....L.L.LLJ...J...J.....L.L.LLJ...J...J.....L.LJ...LJ...J...J.....L.LJ...LJ...J...J.....L.LJ...LJ...J...J.....L.LJ...LJ--L.j

-a 600 a -Ql

& 'i;l () Ql

"" 1200

1800 ........., placa B3 eat..25 , - 00DD1ult - Xv Taria...,J. - comnult - Xv constante

......_....___,, ___ ·--·-• FIG. VI. 7 - Est. 25 Recalques totais

medidos e calculados

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...... ! 10.0

j g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

tempo (dias)

o 300 600 900 1200 1500 o ................ ..L...L...L..L.J...L..L..L..L.L.J...L..L.J...L..L..J.....L..L...L...L.L.JL...L..L..J.....L..LJ....L.L.JL..L..1..L..L..L...L...L.J-L..L..L....L.L.-'-i

......

~ -Q)

& -ai e, Q) ,..

500

1000

aeeea placa B3 ellf..30 , · .....,. conmult - Kv variavel - oonmult - Kv oomit.ante

FIG. VI.8 - Est. 30 - Recalques totais medidos e calculados

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119

Est.aca 16

A curva correspondent.e à análise com k const.ant.e di:fere V

da curva correspondent.e a k • :f(e) nos seguint.es aspect.os V

1~) velocidade de adensament.o superior no inicio do

carregament.o para a curva k V

o const.ant.e; 2-) valor absolut.o de

recalques t.ot.ais :finais discrepant.es porém com t.endência a

igualarem-se. Cabe ressalt.ar que os valores previst.os pela

análise com k variável são mais próximos dos valores medidos, V

a menos de discrepância aproximada de 10%.

Apesar das dicrepâncias const.at.adas, a

análise com k const.ant.e de recalques t.ot.ais, V

apresent.a-se razoável. Nest.e caso, a análise com

não apresent.a grandes bene:ficios em relação a

const.ant.e, mais simples.

Est.aca 20

previsão da

nest.e caso,

k variável V

análise k V

A análise com k const.ant.e apresent.a di:ferença em V

relação

com k V

aos valores medidos de at.é 30% enquant.o na análise

variável a di:ferença máxima é de 16%.

A velocidade de recalque da análise com k const.ant.e é V

muit.o maior que a observada, sendo bast.ant.e expressiva t.al

di:ferença no inicio do carregament.o <t.empo < 400 dias). Est.a

análise apresent.a result.ados menos sat.is:fat.6rios que a de k V

variável, just.i:ficando-a.

Os recalques obt.idos

sist.emat.icament.e superiores

apresent.a

ressalt.ar

valores

que na

pouco

análise

import.ância

k

pela análise com k const.ant.e são V

aos de k variável, que por sua vez V

superiores aos observados. Cabe

V

a

const.ant.e (c const.ant.e) assume V

escolha do coe:ficient.e de :fundament.al

permeabilidade

adensament.o.

a ser ut.ilizado em t.odo o processo de

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120

Estaca 25

A diferença em t.ermos de recalque da análise com k V

const.ant.e em relação aos valores medidos pode chegar at.é 25%,

enquant.o na análise com k V

variável a diferença observada fica

em t.orno de 10%. Os valores de recalque calculados pela análise

com k const.ant.e, assim como os da análise V

nest.e caso são inferiores aos medidos.

com k V

variável,

A velocidade de recalque at.é 120 dias na análise com k V

const.ant.e é semelhant.e à análise com k variável e próxima V

daquela referent.e à curva medida. Acima de 120 dias {final do

acréscimo de carga da 2~ et.apa), a velocidade de recalque da

análise com k const.ant.e cresce expressi vament.e, havendo V

prat.icament.e est.abilização de recalques a part.ir de 900 dias, o

que não é verificado para a análise com k variável {c menor). V V

Est.aca 30

A análise com k const.ant.e apresent.a sist.emat.icament.e V

recalques superiores aos medidos e aos da análise com k V

variável, sendo a discrepância maior no inicio do carregament.o.

A velocidade de adensament.o da análise k const.ant.e é idênt.ica V

a de k variável at.é 120 dias. A part.ir V

adensament.o pela análise

rápida que na análise

com k V

com k V

const.ant.e

variável.

se

As

dest.e pont.o, o

dá de forma mais

discrepâncias de

previsão dest.a análise não ult.rapassam 20%. A análise com k V

variável apresent.a coeficient.e de adensament.o mais próximo do

observado.

Coment.ários gerais

Em t.ermos de recalque a t.empo infinit.o, as curvas das

análises com k variável e k const.ant.e t.endem a se superpor. O V V

efeit.o de compressão secundária na análise com k V

const.ant.e

apresent.a influência pequena, já que nest.a análise a velocidade

de recalque é grande.

Do que foi apresent.ado nest.e it.em conclui-se que na

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análise com k const.ant.e, o c V V

é possi velment.e superest.imado

t.endo em vist.a a ut.ilização de um coeficient.e de permeabilidade

médio.

VI.2.3 - Análise de recalque em profundidade

A figura VI.9 apresent.a curvas de recalque em profundidade

referent.es a diversos inst.ant.es de carregament.o da análise da

est.aca 20 com consideração de compressão secundária.

A dist.ribuição de recalque calculada pelo programa é

aproximadament.e linear com a profundidade, excet.o para o inicio

do carregament.o <t. < 120 dias). No inicio do carregament.o os

recalques são maiores nas

sendo que na

camadas

camada

superficiais

3 Cent.re

(at.é

1,0 e

1,0 m

8,0 m

de

de profundidade),

profundidade) os

profundidade. Não

profundidade e

recalques variam menos acent.uadament.e com a

houve inst.alação de medidores de recalque em

port.ant.o não se pode avaliar a eficácia do

modelo propost.o pelo programa nest.e aspect.o.

VI.3 - Result.ados de poropressão

VI.8.1 - Análise da influência da compressão secundária

As figuras VI.10, VI.11 e VI.12 apresent.am as curvas de

poropressão versus t.empo medidas e calculadas com e sem

consideração de compressão secundária, respect.ivament.e para os

piezômet.ros C , C <est.aca 15> e C Cest.aca 25). 1 2 9

Est.aca 15 (piazômat.ros Casagrande c1

e c2

>

Os valores calculados para C e C são semelhant.es, t.endo 1 2

em vist.a suas posições aproximadament.e simét.ricas em relação ao

meio da camada III.

O piezõmet.ro C apresent.a maior diferença ent.re as curvas 1

calculadas e medida (50 a 80%). O valor máximo medido foi de

50 kPa, enquant.o o excesso de poropressão máximo calculado para

C alcança at.é 100 kPa. A diferença diminui quando se considera 1

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Recalque (mm)

o 500 1000 1500 o -W....L..L.L..LL.L.J.-/--'--.L..WL...l..i-;,-'-.1....WL.L.J....L.J...-'--'--''--'-'--l

__ oot. e.terro = 1.66m inicial ........., oot.A al.éffo "' 1.81'im final ...,,....... cota aterro = 9.DOm Inicial -.. !!Ola nlerro = 9.DOm final

4----------------~

o Recalque (mm) 500 1000 1500

aeooe cota aterro = 10.Cim Inicial ,,_ Otll.a &i.srt'tl : 10.!,m flnal ~ cota aterro = 12.0m Inicia] ........ cota aterro = 12.0m rmal

4---------------~

FIG. VI.9 EST. 20 - Recalque x prof. Análise kv variável com compressao secundária

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-..§_ 10.0

~ g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

150.0 ----------------------~

,__ 100.0 «I

ll. ..!li -o l«I

l1J 50.0 l1J G) ~ t:I, o ~ o t:I,

o.o

o

........., ptez.cl (corrigido}

..._ conmulbn - com camp. aec. H+tt conmultm· - sem comp. aec.

300 600 900 tempo (dias)

FIG VI.10 - ESTACA 15

1200

Piez. Casagrande C1

..

1500

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15.0 ~-----------------------,

-!_ 10.0

j g 5.0

O.O -+-r-..-r...-.-T""T",.-,-,...,....,."T""T"T"T""...,....,-rT"T""T",-,-T"'T'"l-rT"T""T",-,-T"'T'"lrrT""T"T.,.,....r, n, ,n,-.,·-r-1

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

150.0 ~-----------------------,

- 100.0 GIi

~ -o lGII 1 50.0 G) ... ~ ... o ~

o.o

o

........., ples.c2 (corrigid.o) - oonmultm - eom eomp. aeo . ..... oonmultm - sem comp. MC.

300 600 900 tempo (dias)

FIG Vl.11 ESTACA 15

1200

Piez. Casagrande C2

1500

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,-..

! 10.0

!i g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

150.0 ~----------------------,

,....,. 100.0 «s ~ -o l«I ! 50.0 Q)

"" ~ o t ~

o.o

d

.........., piez.c3 (corrigido)

...... cDDD1ultm. - com oomp. aec. ~ conmultm - aem comp. aec.

300 600 900 tempo (dias)

FIG VI.12 - ESTACA 25

1200

Piez. Casagrand.e C3

1500

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126

a previsão sem compressão secundária, 50% ao lolll!,O de t.odo o

pl"ocesso apl"oximadament.e.

Quant.o ao piezómet.ro C , os valores pl"evist.os sem 2

compl"essão secundál"ia são os que mais se apl"oximam dos medidos,

havendo pequena discl"epância no inicio da últ.ima et.apa.

Apal"ent.ement.e o acl"éscimo de at.el"l"O COI"l"espondent.e à últ.ima

et.apa não c:;el"a excesso de

velocidades de dissipação ent.l"e

pol"opl"essão na fundação. As

as CUI"Vas calculadas e medidas

são bast.ant.e semelhant.es em t.odas et.apas. Os valol"es pl"evist.os

com considel"ação da compl"essão secundál"ia apl"oximam-se dos

valol"es medidos apenas no inicio do Cal"l"ec:;ament.o <t. S 105

dias).

Uma

na

provável explicação

difel"ença ent.l"e

para

o c V

os

de l"esidil"

ut.ilizado pelo baseado em

result.ados acima pode

campo <supel"iol") e o

ensaios de labol"at.6I"io.

Out.l"o fat.ol" a considel"al" é o possivel efeit.o de al"queament.o do

at.el"l"O, ist.o é, quant.o maiol" a alt.Ul"a do at.el"l"o, menol" a t.ensão

t.ot.al t.l"ansmit.ida à fundação em cada novo acl"éscimo de cal"c:;a.

Est.aca 25 (piezômet.l"o Casagl"ande c3>

As pl"evisões do modelo com considel"ação de compl"essão

secundál"ia são l"elat.ivament.e pl"óximas aos valol"es medidos

col"l"ic:;idos, especiament.e at.é o final da 3~ et.apa (600 dias). A

discl"epância máxima nest.e t.l"echo é de apl"oximadament.e 20%,

porém ao longo da quart.a e últ.ima et.apa chec:;a a at.inc:;ir 80%. As

velocidades de dissipação Cdel"ivada da função u<t.» das cUl"vas

pl"evist.a e medida são semelhant.es nas tl"ês pl"imeil"as et.apas de

Cal"l"ec:;ament.o <t. S 600 dias).

Os valol"es calculados sem considel"ação de compressão

secundál"ia apl"esent.am-se infel"iol"es aos valol"es medidos com

COI"l"eção a pal"t.ir do final da 2~ et.apa de Cal"l"ec:;ament.o. A

discl"epância máxima OCOI"l"e, nest.e caso, no inicio da últ.ima

et.apa (30%), diminuindo ao final do pel"iodo de obsel"vação.

O valor máximo de poropressão medido (105 dias) é 90 kPa,

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enquant.o os valor-es calculados máximos s!io r-espect.ivament.e 116

e 106 kPa (com e sem compr-ess!io secundária). Obser-va-se que a

cada novo acr-éscimo de car-ga est.a di:fer-ença aument.a. Hâ que se

consider-ar- ainda o possivel e:feit.o de ar-queament.o do pr-ópr-io

at.er-r-o Jâ cit.ado. Ent.r-et.ant.o,

(est.aca 16),

de :for-ma semelhant.e aos

piezómet.r-os

explicaç!io

e i

é

e e 2

que

a mais

o coe:ficient.e de

coer-ent.e e

adensament.o

int.er-nament.e no pr-ogr-ama seja in:fer-ior- ao C de campo. V

VI.3.2 - Anâlise com k const.ant.e V

pr-ovâvel

usado

As :figUl'as VI.13, VI.14 e VI.15 apresent.am as CUl'Vas de

poropress!io versus t.empo re:ferent.es anâlises com k V

const.ant.e realizadas respect.ivament.e par-a os piezômet.ros C , C i 2

e C . Cada :figur-a apresent.a a cur-va medida com as correções 9

devidas e as cUl'vas calculadas considerando ou n!io compressão

secundária.

Est.aca 15 (Piezômet.ro Casagrande c1

e c2

>

Os valores previst.os pelas anâlises com k const.ant.e par-a V

o piezômet.r-o C i

com e sem compressão secundária apresent.am

poucas di:ferenças ent.re Q Q

si, excet.o no inicio da 3- e 4- et.apas.

Os valores calculados sem

sist.emat.icament.e in:feriores aos

compressão

calculados

secundária são

com compressão

secundária. As cur-vas calculadas superest.imam em at.é 100% as

por-opressões ao longo da 1~ e 2~ et.apas de car-regament.o. t: int.eressant.e observar- que as cur-vas calculadas e medidas

apresent.am dissipação quase complet.a a par-t.ir de 800 dias.

Ent.ret.ant.o as velocidades de dissipação de poropressão das

cur-vas calculadas são diversas da observada par-a a cur-va

medida. Cabe ressalt.ar-, :finalment.e, que as previsões por est.a

anâlise no caso dest.e piezómet.ro CC ) são globalment.e um pouco i

superiores que as da anâlise com k var-iâvel (:fig. VI.10). V

Quant.o ao piezómet.ro C2

, as previsões com compressão

secundária apresent.am-se muit.o próximas dos valores medidos. De

maneira análoga ao Ci, as previsões no t.empo de dissipação

t.ot.al são boas. As discrepâncias de previsões de poropressão

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.-..

...ê, 10.0

! g 5.0

150.0

,...., 100.0 «s

:tJ -o ico fg 50.0 cu "' ~ o 1-< o A

o.o

o

o

128

300 600 900 tempo (dias)

........., piez.cl (corrieido)

...._ conmultin - com comp. sec. ~ conmulbn - sem comp. sec.

300 600 900 tempo (dias)

1200 1500

1200 1500

FIG VI.13 - ESTACA 15 - Análise Kv constante Piezômetro Casagrande C1

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-..§_ 10.0

,:is .1,,)

g 5.0

o 300

129

600 900 1200 1500 tempo ( dias)

150.0 ~-----------------------,

,..... 100.0 = ~ -o lc!S

gi 50.0 Q)

'"' ,:i, o '"' o p.

o.o

99988 piez.c2 (corripdo) ......... ooD.Jnultrn - oom oomp. aeao • ..... oonmultm - sem oomp. seo.

- 50 .O -+-r.-r..-mm.-r,-,-r,--r,r,,,-,-,rr,r,-r-.rrrmm.-r..-mm-rl o 300 600 900 1200 1500

tempo (dias)

FIG Vl.14 - ESTACA 15 - Análise Kv constante Piezômetro Casagrande C2

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130

,-....

! 10.0

j g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

150.0 -.-------------------------,

,..... 100.0 as ~ .._,

o.o

o

........., piez.c3 (corrigido)

......... conmultm. - com comp. sec, ~ conm'Oltm - sem comp. sec~

300 600 900 tempo (dias)

1200 1500

FIG VI.15 - ESTACA 15 - Análise Kv constante Piezômetro Casagrande C3

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são muit.o pequenas <menol' que 20%) no decol'l'el' de t.odo o Q pl'ocesso. Ao longo da 3- et.apa, ent.l'et.ant.o, os valol'es medidos

apl'esent.am valol'es supel'iol'es aos calculados com e sem

compl'essão secundál'ia. A análise com k const.ant.e, pal'a o V

piez6met.l'o C , apl'esent.a pl'evis&s de excelent.e qualidade. A 2

discl'epância nest.a análise é infel'iol' à obsel'vada pal'a aquelas

Ceit.as pela análise com k Val'iável <fig. VI.11), V

pl'incipalment.e ao longo das últ.imas et.apas de Cal'l'egament.o.

Os

secundál'ia,

valol'es

são

calculados,

inval'iavelment.e

considel'ando

supel'iol'es

compl'essão

aos valol'es

calculados sem compl'essão secundál'ia, com discl'epância

expl'essiva. Os valol'es calculados supel'est.imam a pol'Opl'essão

gel'ada nas duas pl'imeil'as et.apas, enquant.o que nas duas últ.imas

os valol'es calculados subest.imam os valol'es medidos.

Analogament.e aos out.l'os dois piez6met.l'os as velocidades de

dissipação calculadoso e medida são dist.int.as. Em l'elação à

análise com k Val'iável, os valol'es calculados apl'esent.am V

p1'evis5es de igual ou piol' qualidade, pl'incipalment.e nas duas

últ.imas et.apas de Cal'l'egament.o.

VI.3.3 - Coment.ál'ios gel'ais

Do desenvolviment.o de t.odas as cUl'vas, pel'cebe-se

nit.idament.e os pont.os de acl'éscimo de pol'Opl'essão gel'ada

pelos acl'éscimos de at.el'l'o, qualit.at.ivament.e bem simulada pelos

cálculos.

Os valol'es de pol'Opl'essão medidos negat.ivos pal'ecem sei'

ol'iundos do algol'it.mo de cálculo e COl'l'eção, podendo sei'

at.l'ibuidos a leit.Ul'as el'l'õneas ou inconsist.ent.es de medidol'es

de nivel d'água ou dos pl'ópl'ios piez6met.l'os.

valol'es calculados

sist.emat.icament.e

sem compl'essão

infel'iol'es aos

De modo gel'al, os

secundál'ia apl'esent.am-se

calculados com compl'essão secundál'ia, sendo que est.a dif'el'ença

Cl'esce com o nivel de Cal'l'egament.o.

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132

As previsi5es da análise com k variável,com consideração V

de

em

compressão

termos

secundária,

de geração

são superiores aos valores medidos,

discrepância entre

e dissipação de poropressão. A

os valores medidos e calculados cresce,

sendo maior e mais expressiva ao final do periodo de medição (1

(4- etapa de carregamento>.

Os resultados da estaca 15 indicam, em termos de valores

medidos, dissipação total de excesso de

1000 dias. A análise com k variável V

secundária apresenta ainda pequenos

poropressão a parUr de

com e sem compressão

valores de excesso de

poropressão ao final do periodo de medição.

A análise

independentemente

dissipação quase

com k constante indica para a estaca 15, V

da consideração de compressão secundária,

completa do excesso de poropressão gerada

pelos acréscimos de tensão impostos ao f"inal de cada etapa de

carregamento. As previsões são de boa qualidade, com exceção do

piezómetro C , nas duas primeiras etapas. 1

A análise com

apresenta dissipação

periodo de medição,

piezómetro C . 9

k constante, V

quase total de

o que contraria

Para os piezômetros C 1

e e 2

aplicada à

poropressão

os valores

estaca

ao final

lidos

25,

do

pelo

<estaca 15), a melhor

previsão é a análise com k constante sem compressão V

secundária. Para o piezômetro C (estaca 25), a melhor previsão 9

é aquela realizada pela análise com k variável sem compressão V

secundária, o que é incoerente já que o perf"il é turf"oso e a

compressão secundária deve ter uma int"luência signif"icativa.

VI.8.4 - Análise de poropressão em prof"undidade

A f"igura VI.16 apresenta as isócronas de poropressão

calculadas para o perf"il da estaca 20 em diversos instantes de

carregamento. Os valores calculados ref"erem-se à análise

completa, portanto com k variável e compressão secundária. V

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o

1

o

1

50

133

Poropressão(kPa)

100 150 200

~ cota aterro e 1..85m illicial = cota aterro = 1.65m fina] .. ,.,,.,.,. cota aterro = 9.00m llliclal Ull:1 cota aterro = 9.00m fina]

Poropressão(kPa)

50 100 150 200

= cota aterro e J0,5m Inicia] lllll2llll cota at.e1To = 10.õm final 4'>ül> cota ate1To = 12.Dm lniclaJ ULaU cota ate1To = 12.0m flDa1

, FIG. VI.16 -EST. 20 - ISOCRONAS

Análise kv variável com comp. secundária

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134

As isócronas de por-opressão apresent.am :forma

aproximadament.e caract.erist.ica de caso com dupla dl'enagem. Os

valores de poropressão são semelhant.es em 1,5 e 3,0 m de

pro:fundidade. De maneira geral, as :formas dest.as CUl'Vas e sua

evolução seguem comport.ament.o clássico esperado do problema.

VI.4 - Est.udos de variação de parâmet.ros geot.écnicos

A saida de result.ados do programa poss:ibili t.a o

acompanhament.o da evolução de diversos parâmet.ros como c , k , V V

a~, o que por sua vez permit.e um melhor ent.endiment.o do

problema de adensament.o em quest.ão.

Dest.e modo, escolhida a est.aca 20 com consideração de

compressão secundária como análise base, :foram plot.adas: as

variaç2Ses de c V

e k em :função da t.ensão e:fet.iva V

a' V

e do t.empo,

como t.ambém da variação de a' com o t.empo. V

Variação de e com a t.ensão eCet.iva e o t.empo V

O programa calcula aut.omat.icament.e o valor de c mediant.e V

a equação IV.6 <ver capit.ulo IV).

A :figUJ"a VI.17 apresent.a res:ult.ados t.ipicos da variação

do coe:ficient.e de adensament.o <c ) com a V

t.ensão e:fet.iva <a'>. V

Observa-se que cv cresce ligeirament.e at.é a pressão de

pré-adensament.o quando decresce abrupt.ament.e em :forma de degrau

e a part.ir dai decresce suavement.e.

relação c /c vo vf

médio A t.abela VI.1 apresent.a a

correspondent.e à análise e àquela dos

a :faixa de t.enseses: do problema.

ensaios: oedomét.ricos para

A :figUJ"a VI.18 apresent.a a evolução de c V

com

para as mesmas camadas apresent.adas: ant.eriorment.e.

o t.empo,

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1 O -!i

-~ 10 -&

ã -~ 1 o -7

1 o -B

- c:unada Db----.,,.............._-.......,..._......._ _.._oamada oi:. ......_camada IVb

1 O -•-1------.-----r-----.--..----,--,---.-,.........-----,----l

10

FIG VI.17

100 Tensão vertical efetiva (kPa)

Estaca 20 - Valores calculados de coeficiente de adensamento e tensão vertical efetiva

... 8l

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136

-,! 10.0

~ g 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

1 O-•-:::,-----------------------,

1 O -!>

-~ 10 -a N a -I>

t.) 1 o -7

&eeeecamada Db .......... camada me ....... camada IVb

,o-s ........ ""T""T",....,...l"'T"T""T""T",....,...l"'T"T""T""T"..,....,......,.,...,..'T'"'T""....,.,...,..'T'"'T""l"'T"T-rT'T'"'T""l"'T"T-r,".....,-,......,

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

FIG Vl.18 Estaca 20 - Variacão dos valores calculados de coeficiente de adensamento com o tempo

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137

TABELA Vl.1 - RELAÇÃO cv0

/ cvf DE ANALISE E DE LABORATõRIO

c / c c / c CAMADAS vo vf vo vf

análise lab.

II 90 40 (20 à 60)

III 35 45 (30 à 60)

IV 40 30 (20 à 60)

Observa-se em t.odas as camadas um ligeiro cresciment.o de

c at.é o inicio da 2~ et.apa de carregament.o. Nest.a pont.o ocorre V

queda abrupt.a do valor de c , associada à passagem pelo est.ado V

de pré-adensament.o. A part.ir dest.e pont.o observa-se diminuição

de c com o t.empo. A velocidade de decréscimo de c com o t.empo V V

é semelhant.e para t.odas as camadas.

Variaçã'.o da permeabilidade com a t.ensã'.o eCet.iva e o

t.empo

A figura VI.19 apresent.a as variações do coeficient.e de

permeabilidade Ck > com a t.ensão vert.ical ef'et.iva (O'') V V

para as

camadas II, III e IV.

Os gráficos log k x log O'' apresent.am curvas de mesmo V V

aspect.o ao da curva e x log O'', o que de cert.o modo é esperado, V

t.endo em vist.a que a variação

baseia-se em relação e x log k

ck.

de k , no modelo do programa, V

linear com coef'icient.e angular

De maneira geral, o decréscimo de k com o aument.o de O''

é t.ênue at.é O'' , compreensivel, já que vm

do indice de vazios é controlado pelo

V V

nest.e t.recho a variação

indice de recompressão

CC ) , de pequeno valor .. absolut.o. A part.ir de O'' ' vm as variaçí5es

de k t.ornam-se maiol"es, função obviament.e da ent.l"ada no t.l"echo V

de compressão virgem, onde a variação de indice de vazios é

maiol".

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-m

' a -~

1 o -7-,-----------------------------,

1 O -a

1 o -e

ee&eecamada Dh IHHHKlcamada Dic ......... camada IV b

1 O -10-+-----.-------,----..--....---r-----r---~T"""T----~--1

10

FIG VI.19

100 Tensão vertical efetiva (kPa)

Estaca 20 - Valores calculados de coeficiente de permeabilidade e tensão vertical efetiva

.... e.> CIO

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139

O decr-éscimo de k com o' é maior- na camada II. As V V

camadas III e IV apr-esent.ar-am decr-éscimos semelhant.es.

A t.abela VI.2 apr-esent.a a r-elação k /k f médio obser-vado VO V

na análise da est.aca 20 par-a as camadas II, III e IV.

TABELA VI.2 - RELAÇÃO

ANALISE

CAMADAS

II

III

IV

k /k f <VALORES VO V

ESTACA 20

k / k vo vr

49

20

16

ME:DIOS>

A figu:r-a VI.20 apr-esent.a a evolução do coeficient.e de

per,meabilidade com o t.empo par-a as camadas II, III e IV.

Observa-se que os valor-es de permeabilidade decrescem

cont.inuament.e com o t.empo, sendo que a queda inicial

camada II é bast.ant.e dist.int.a das demais camadas.

de k da V

Variaçl'.o do acréscimo de t.ensl'.o vert.ical com o t.empo

A f"igu:r-a VI.21 apresent.a a

ef'et.iva ao longo do t.empo par-a

evolução do ganho de

as camadas II, III e

t.ensão

IV. As

cu:r-vas o' x t. apr-esent.am cert.a semelhança com as cu:r-vas de V

car-regament.o. Compar-ando-se as cu:r-vas de o' x t. das camadas II, V

III e IV, const.at.a-se que as camadas ext.ernas II e IV dissipam

mais

sua

r-apidament.e os

vez diminuição

excessos de poropressão, propiciando por

ger-ando o ef'eit.o

r-ápida

ºbucha"

de sua permeabilidade ver-t.ical e

cit.ado por- Tavenas <1979), o qual

r-est.r-inge a dl'enagem ver-t.ical e ret.ar-da o adensament.o das

camadas int.ernas. A dissipação mais rápida pode ser comprovada

pela var-iação maior de c V

observada na camada II.

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-! 10.0

j 8 5.0

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

1 o -s-:r----------------------,

-lll ' ! 10 -B

~

eeee&camada Db Bl!l99Bcamada Dic -camada lVb

1 Q -to,-+-T.,.,-m-.r-r-r-,r-T"T....-rm.,.,-rr,r,-r-~m.,.,-m-r-r--r-r-,rr-r,-rm.-.1

o

FIG VI.20

300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

Estaca 20 - Variacão de valores calculados de coeficiente de permeabilidade com o tempo

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-! 10.0

~ e.> 5.0

o.o -1-T"T"T".,...,..,...,....,."T"T".,...,..,...,....,."T"T".,...,..,l"'T"T"T"T"T"T"'l"'T"T"T"T"T"T"'l"'T"T"T"T"T"T"'l"'T"T"T"T"T"T"'r-r-1

o 300 600 900 1200 1500 tempo (dias)

300.0 -.-----------------------,

-GS

~200.0 õ3 (,) ... t: ~

/~ a 100.0 a,

e,,.

aeeea camada Jib ........., camada me ......,. camada JVb

o . o -I-T"'T"T"'T'T11"'T"T"'T"T"TT"11"'T"T"T"T"TT"11"'T"T"T"T"T"T"'l"'T"T"T"T"T"T"'l"'T"T"T"T",-., ,...,..,, l'TT"l'""T-..-.-1

o 300 600 900

FIG VI.21

1200 1500 tempo (dias)

Estaca 20 - Variacão dos valores calculados de tensão vertical efetiva com o . tempo

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CAP1TULO VII

CONCLUSOES E RECOMENDAÇOES PARA PESQUISAS FUTURAS

Vll.1 - Conclus5es

As análises realizadas para a

considerando compressão secundária

coeficient.e de adensament.o variável

barragem

superpost.a

[k • f{e)l e

de Jut.urnaiba,

à primária,

modelo fisico

não linear [a' • f{e)l, forneceram :result.ados sat.isfat.6:rios em V

t.e:rmos de deslocament.os ve:rt.icais e menos sat.isfat.6:rio em

t.e:rmos de porop:ress5es como abaixo descrit.o.

Deslocarnent.os vert.icais

A análise considerando diversas camadas, t.i:rando o máximo

p:roveit.o das invest.igaç5es de campo, de labo:rat.ório e da

ve:rsat.ilidade do

problema, parece

programa no sent.ido de

t.e:r sido fundament.al

previsões de deslocament.o vert.ical.

discret.ização

na qualidade

do

das

O modelo de cálculo propost.o com compressão secundária

previu com boa concordância os valores absolut.os, bem como a

evolução dos recalques com o t.empo para os perfis analisados.

Em t.ermos de :recalque, a influência da consideração de

compressão secundária foi import.ant.e para os perfis das est.acas

15 e 30. Para a est.aca 25, perfil mais t.urfoso, ao cont.rário do

esperado, a previsão sem consideração de compressão secundária

foi t.ambém aceit.ável.

Poro pressões

As previsões de por-opressão, no ent.ant.o, foram menos

:razoáveis que as de recalque. De modo geral, as previsões foram

sempre muit.o superiores aos valores medidos, excet.o nas

primeiras fases de carregament.o.

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A dissipação de excesso de poropressão foi em geral mais

rápida no solo do que a simulada pelo modelo, principalment.e

nas et.apas finais de carregament.o. A consideração de compressão

secundária desempenhou papel retardador na dissipação de

poropressão.

As análises com k const.ant.e, sem compressão secundária, V

foram as que apresent.aram as previs~es mais razoáveis de

poropressão para a estaca 15. Em virt.ude do mesmo não ocorrer

para o piezõmet.ro C <est.aca 25), onde a melhor previsão é a do 9

modelo sem compressão secundâria, acredit.a-se que no fundo o

que ocorre é uma compensação de erros, associada à escolha do

coeficient.e de permeabilidade médio.

An.ãlise global

Os valores medidos e calculados de recalque e poropressão

demonstraram significat.iva velocidade de dissipação no inicio

do carregament.o, confirmando o fat.o de que o coeficiente de

adensament.o das argilas estudadas, na sua fase de

pré-adensamento, é alt.o <20 a 75 vezes superior em relação a

fase normalment.e adensada).

A velocidade de recalque no modelo nas et.apas iniciais de

carregament.o foi em geral superior à observada nas mediç~es de

recalque. Tendo em vista os result.ados de poropressão, pode-se

afirmar que há falhas intrlnsicas no modelo quanto à simulação

da real geração de poropressão nas camadas analisadas.

Foi observado que quanto maior o valor de C maior é o Ole

valor absolut.o dos recalques desenvolvidos e mais lent.a é a

dissipação de poropressão, como previst.o por diversos out.ros

est.udos realizados no L.C.P.C. e S.<3.1 ..

longo

A consideração de um

de todo o processo

valor de C médio e constant.e ao Ole

cont.raria observaç~es de ensaios

oedomét.ricos, sendo o mesmo variável com a t.ensão efetiva. Ist.o

pode explicar porque os valores previst.os de recalque no inicio

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144

do carregament.o são superiores aos medidos (comport.ament.o

generalizado).

De modo geral, para os casos analisados e :faixa de

t.olerância normal de result.ados dest.e t.ipo, a consideração de

compressão secundária :foi import.ant.e mas não :fundament.al nos

cálculos de recalque e poropressão. Os result.ados encont.rados

não permit.em conclusaes de:finit.ivas sobre a validade da

superposição das compressaes primária e secundária realizada

pelo modelo de cálculo.

No caso analisado (est.aca 20, k variável, com compressão V

secundária) a in:fluéncia da não sat.uração complet.a nos

result.ados do modelo de cálculo preconizado pelo CONMULTM :foi

desprezivel para valores de grau de sat.uração ent.re 96 a 100%.

O programa de cálculo CONMULTM ut.ilizado na dissert.ação

incorpora diversos avanços no sent.ido de simular o processo

real de adensament.o, liberando-se de várias hipóteses

rest.rit.ivas da t.eoria de Terzaghi, bem como da necessidade de

simpli:ficação dos modelos const.it.ut.ivos de comport.ament.o do

solo. Seu maior mérit.o, ent.ret.ant.o, est.á na possibilidade de

análise de sist.ema mult.icamadas, com conseqtient.e incorporação

de het.erogeneidade do depósit.o <lent.es de areia int.ercaladas,

por exemplo). Out.ro aspect.o import.ant.e é o cálculo de recalque

independent.e da hipót.ese clássica de proporcionalidade ao grau

de adensament.o re:ferido à dissipação de excesso de poropressão;

est.a t.alvez seja uma das razaes porque, em algumas análises, a

previsão de deslocament.os vert.icais é sat.is:fat.ória e a de

poropressaes so:frivel.

Os coment.ârios gerais sobre os result.ados globais obt.idos

pelo CONMULTM na análise de diversos at.erros sobre solos

compressiveis não desest.imulam sua aplicação, mas induzem à

re:flexão de que o programa, como qualquer :ferrament.a de

cálculo, deve ser ut.ilizada para o seu dominio de ação <casos

oedomét.ricos), assumindo especial import.ância o cuidado na

det.erminação dos parâmet.ros const.it.ut.ivos do solo e a prudência

na análise dos result.ados.

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149

Para cert.as condiçeles de carregament.o e de perfil de

clássica pode fornecer result.ados depósit.o, a

sat.isfat.órios,

solução

por alguma compensação de erros. Ent.ret.ant.o 61st.e

não é o caso geral, sendo essencial o bom senso do engenheiro

na escolha do modelo de cálculo. Ver ainda anexo I.

Os est.udos e desenvolviment.o de modelos e programas de

cálculo mais gerais que considerem casos t.ridimensionais de

adensament.o, considerando anisot.ropia e fluxo horizont.al são

t.ão válidos quant.o o melhor conheciment.o do perfil geot.écnico

em t.ermos de quant.idade e qualidade das invest.igaçaes

geot.l>cnicas de campo e de laborat.ório. Devem ser buscados

igualment.e parãmet.ros e leis de comport..ament..o mais

represent.at.ivos do solo.

VII.2 - Recomendações para pesquisas fut.uras

Tendo em vist.a os objet.ivos e as observações globais dest.a

dissert.ação, julgam-se relevant.es com vist.as ao desenvolviment.o

do assunt.o as seguint.es propost.as

Elaboração de um programa semelhant.e ao CONMULTM,

incorporando outras t.eorias e formas de abordagem da compressão

secundária e de compressibilidade do fluido int.erst.icial (ver

Mart.ins e Lacerda, 1989; Sant.os Net.o, 1990).

Cálculos e comparações de graus de adensament.o ml>dio

por recalque CU > e por poropressão CU > do modelo propost.o. a p

Est.udos e previsões de geração de poropressão pelo

modelo YLIGHT Ccarregament.o parcialment.e drenado) propost.o por

Tavenas e Leroueil (1980) para a Barragem de Jut.urnaiba.

- Análise da evolução de F.S. versus t.empo da barragem de

Jut.urnaiba, com base nos result.ados de poropressão, associada

aos crit.érios const.rut.ivos de segurança adotados.

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146

- Complementação dos estudos do ater-r-o exper-imental II de

Sar-apui.

- Estudos compar-ativos dos diver-sos ater-r-os já estudados

com ut.ilização de pr-ogr-amas de di:fer-enças :finit.as semelhantes

como o CODEFIN CPint.o, 1988), baseado em t.eor-ia de gr-andes

de:for-mações.

Análise dos dados de r-ecalque e por-opr-essão de

instr-ument.ação sit.uada :for-a do eixo da Bar-r-8@:em de Jut.ur-naiba,

com r-espect.ivos estudos de pr-evisão por- meio de pr-ogr-amas como

o CRISP que consider-a a t.eor-ia do adensament.o de Biot..

Análises

por-opr-essões em

adicionais de dist.r-ibuição

pr-o:fundidade, pelo pr-ogr-ama,

de r-ecalques e

par-a depósit.os

dotados de inst.r-umentação deste gêner-o, de :for-ma a avaliar- a

validade do modelo de maneir-a ampla.

Implementação no pr-ogr-ama da var-iação da

secundár-ia com a t.ensão e:fet.iva. No modelo de

compr-essão

cálculo do

pr-ogr-ama, adot.a-se um valor- médio de C const.ant.e na :faixa de ª"

t.ensões pr-evistas par-a a camada.

Est.udos de in:fluência da dist.r-ibuição de t.ensão nas

camadas in:fer-ior-es de car-r-egament.os em

at.er-r-o Cest.ágios :finais), em par-t.icular-

elevada Ce:feit.o de ''arqueament.o'').

par-t.es super-ior-es do

nos casos com alt.ur-a

Implementação de saida (inclusive de tela) par-a o

pr-ogr-ama CONMULTM de modo a plot.8@:em de isócr-onas de

por-opr-essão, recalque ver-sus tempo e cur-vas de distribuição de

r-ecalque em pro:fundidade. Suger-e-se também associar- a plot.agem

dos gr-á:ficos t.empor-ais a gr-á:ficos de car-regament.o versus t.empo,

de modo a :facilit.ar- a int.erpret.ação de resultados. Recomenda-se

também melhoria da saida de t.ela e impr-essão atuais.

Incorporação ao progr-ama de modelo ou algorit.imo que

permita considerar-, mesmo que de modo aproximado, o e:feit.o de

submer-são.

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t47

Conhecei' e :resolve:r

(p:rog:rama :font.e) associados

implement.ando inclusive out.:ras

excesso de po:rop:ressão inicial

pa:rt.i:r de um dado ca:r:regament.o.

os p:roblemas

ao cálculo

t.eo:rias de

(t.:riangula:r,

comput.acionais

:fo:ra do eixo,

dist.:ribuição de

t.:rapezoidal) à

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148

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157

ANEXO I

FONTES DE ERRO NO CÁLCULO

O cálculo do problema de adensament.o unidimensional de

depósit.o de argila mole sob at.erros envolve desvios da sit.uação

real de campo, alguns dos quais, são descrit.os a seguir.

Carregament.o

Com relação ao carregament.o, há que se considerar

diversos aspect.os:

a) Diferent.es t.eorias de dist.ribuição de t.ensão fornecem

result.ados ligeirament.e diferent.es.

b) Quest.iona-se como deve ser considerada a t.ransmissão

de t.ansão {carga) nas part.es inferiores do at.erro, quando da

aplicação de novos est.ágios de carregament.o. Part.icularment.e,

no caso de Jut.urnaiba, alt.ura de at.erro elevada, a

piezomet.ria (C - est.aca 25) comprova t.al fat.o; na aplicação do 3

últ.imo est.ágio de carregament.o não houve respost.a do piezômet.ro

em t.ermos de poropressão gerada.

Condição de cont.orno

A consideração ou não de camada drenant.e superior e

inferior apresent.a grande influência na velocidade do processo

de adensament.o. Por out.ro lado, no caso de camadas argilosas

vizinhas às front.eiras com Ck alt.o e k baixo, a condição de vo

cont.orno passa a não influenciar significativament.e, já que no

processo de adensament.o a camada superior apresent.a decréscimo

rápido do indice de vazios com conseqüent.e diminuição de k , V

formando uma zona quase impermeável. Tal comport.ament.o est.á

t.ambém cit.ado em est.udos de Tavenas et. al (1979) e Pint.o

(1988).

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158

Deterndnaç~o da permeabilidade

O modelo é fundamentado na determinação da taxa de

variação de permeabilidade com o indice de vazios CCk) e do

de permeabilidade

represent.at.i vidade

inicial (k >, vo

discut.ivel,

os

se

quais

obt.idos

coeíicient.e

apresent.am

indiret.ament.e de ensaios: oedomét.ricos, at.ravés do c A

do V LAS

represent.at.i vidade em part.e é função da

da qualidade

homogeneidade

depósi t..o, suas: camadas, bem como de amost.ragem e

t.ipos de ensaios oedomét.ricos.

Pint.o (1988) recomenda ut.ilização de ck obt.ido de

laborat.6rio e k de ensaios in sit.u por piezocone. No caso de vo

Jut.urnaiba, a análise de recalques com ck nulo e k médio vo

demonst.rou pouco peso dest.e parâmet.ro na análise, haja vist.o

que as previsões foram razoáveis. Provavelment.e a est.imat.iva de

k médio possibilit.ou adequada compensação de erros. V

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ENSAIO

II-1

II-2

169

ANEXO II

BARRAGEM DE JUTURNAtBA

ENSAIOS OEDOMt:TRI COS - DADOS DE PERMEABILIDADE

CCOUT I NHO, 1990 >

k k PROF. PRESSÃO e C10-"m/s) (10-"m/s) m

Cm) CkPa> log t. -lt

2,6 6,96 -- 64,73

6,0 6,86 -- 27,66

10,0 6,74 -- 23,26

20,0 6,67 -- 12,67

3,0 40,0 6,27 -- 6,67

80,0 6,68 1,66 3,91

160,0 4,64 0,49 0,66

320,0 3,64 O, 16 0,18

640,0 2,76 0,06 0,06

2,6 6,86 -- 26,60

6,0 6,78 -- --10,0 6,67 -- 27,90

20,0 6,61 18,1 17,00

3,o 40,0 6,21 -- 16,30

80,0 4,61 2,7 6,80

160,0 3,44 0,6 0,80

320,0 2,44 0,1 0,20

640,0 1,66 0,2 0,04

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160

k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"m/s) <10-"m/s) m Cm> CkPa>

log t. "Yl

2,5 -- -- --5,0 5,33 -- 11 , 1

10,0 5,29 -- 32, 8

20,0 5,21 -- 27 ,3

II-3 3,0 40,0 5,08 -- 15, 2

80,0 4,77 9,3 11, 7

160,0 4,09 3,9 4,2

320,0 3,23 11,0 1,7

640,0 2,51 1,1 1,5

2,5 -- -- --5,0 4,37 4,15 5,35

10,0 4,32 3,70 6,64

20,0 4,24 2,78 4,79

II-4 3,0 40,0 4,00 2, 17 4,41

80,0 3,48 0,78 0,87

160,0 2,81 0,28 0,32

320,0 2, 19 0,12 0,12

640,0 1,70 0,05 0,06

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e <10-"nvs> c10-"nvs> m

Cm> CkPa> log t. R

2,5 -- -- --5,0 4,54 0,82 0,99

10,0 4,52 1,96 3,15

20,0 4,48 1,54 4,89

11-5 3,5 40,0 4,37 1,55 6,18

80,0 4,06 0,92 1,63

160,0 3,42 0,50 0,89

320,0 2,72 o, 13 0,12

640,0 2, 16 0,05 0,07

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162

k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e <10-"m/s) (10-"m/s) m

Cm) CkPa) log t. --lt

2, 5 -- -- --5, O 4,28 2,60 2,60

10,0 4,24 1,90 6,30

20,0 4,16 2,00 3,10

111-1 3 , 5 40,0 3,93 -- 1,40

80,0 3,49 0,40 1,50

160,0 2,92 0,23 0,28

320,0 2,37 -- 0,12

640,0 1,94 0,04 0,05

2,5 -- -- --5,0 4,21 10, 00 20,00

10,0 4,16 2,60 6,20

20,0 4,07 2,40 0,20

111-2 3,5 40,0 3,87 0,92 1,40

80,0 3,43 0,45 0,59

160,0 2,81 0,03 0,32

320,0 2,27 0,01 0,13

640,0 1,83 0,05 0,09

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163

k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"m/s) (10-"m/s) m

Cm) CkPa) log t. Yl

2,5 -- -- --5,o 4,59 5,89 7,50

10,0 4,54 2,80 3,40

20,0 4,07 2, 10 1,90

III-3 3,5 40,0 4,32 1, 10 1,60

80,0 3,94 0,50 0,86

160,0 3,33 0,22 0,27

320,0 2,74 0,09 0,11

640,0 2,21 0,04 0,07

2,5 4,14 7, 12 --5,0 4, 12 -- --

10,0 4,08 3,38 11, 66

20,0 4,02 2, 1 O 6,60

III-4 4,0 40,0 3,87 -- 2,77

80,0 3,48 o,51 1,08

160,0 2,90 0,30 O ,41

320,0 2,35 o, 1 O 0,13

640,0 1,91 0,05 0,06

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"m/s) (10-"m/s) m

<m> CkPa) log t. R

2,5 -- -- --5,0 4,12 6,50 14,00

10,0 4,07 13,75 11, 05

20,0 3,98 12,21 12, 76

III-6 4,0 40,0 3,78 6,78 8, 14

80,0 3,38 1,25 4,30

160,0 2,83 0,51 0,98

320,0 2,31 o, 18 0,34

640,0 1,84 0,07 0,15

2,5 -- -- --5,0 4,58 -- --

10,0 4,56 5, 11 4,67

20,0 4,53 2,32 2, 08

III-7 4,0 40,0 4,45 1,82 2,40

80,0 4,21 0,52 o, 77

160,0 3,67 0,34 o, 56

320,0 3,01 o, 14 o, 23

640,0 2,48 0,04 0,05

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e <10-"m/s) {10-"m/s) m

Cm) CkPa) log t. -{í'

2,5 3,84 16,88 4,30

5,0 3,77 -- 2,48

10,0 3,68 2,28 3,01

20,0 3,54 1,18 1,69

111-8 4,5 40,0 3,29 0,81 0,87

80,0 2,90 0,39 0,54

160,0 2,41 0,24 0,24

320,0 1,92 0,10 0,22

640,0 1,49 0,04 0,05

2,5 -- -- --5,0 3,42 o,57 1,49

10,0 3,40 0,93 3,01

20,0 3,36 1,17 1, 83

111-9 4,5 40,0 3,27 0,91 1,31

80,0 3,04 0,39 0,65

160,0 2,63 0,24 0,30

320,0 2,20 o,14 0,13

640,0 1,81 0,06 0,00

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166

k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10- "m/:s:) (10- "m/:s:) m

Cm> CkPa) log t. Yl

2,5 3,26 -- 4,37

5,0 3,23 -- 4,22

10,0 3,20 3,49 4,16

20,0 3,15 2,28 2,63

III -10 5,0 40,0 3,04 1,85 1, 59

80,0 2,75 0,43 0,38

160,0 2,31 o, 15 0,19

320,0 1,88 0,07 0,07

640,0 1,52 0,04 0,04

2,5 3,95 -- 13,00

5,0 3,93 -- 15,00

10,0 3,90 5,30 9,60

20,0 3,85 3,70 4,30

III -11 5,0 40,0 3,67 -- 3,60

80,0 3,30 o,92 1, 90

160,0 2,75 0,46 1,15

320,0 2,22 0,14 0,20

640,0 1, 79 0,05 0,11

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k. k.

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-Pm/s) (10- P m/:s:) m Cm) Ck.Pa>

101:: t. R

2,5 3,41 -- --5,0 3,39 3,76 7,62

10,0 3,36 2,64 4,00

20,0 3,28 1,39 2,78

II 1-12 5,0 40,0 3,13 1,03 1,53

80,0 2,82 0,61 1,04

160,0 2,46 0,22 0,35

320,0 2,09 0, 16 0,19

640,0 1,70 0,08 0,08

2,5 4,26 1,66 --5,0 4,22 1,29 1,45

10,0 4, 12 1,09 1, 55

20,0 3,97 o, 71 0,72

II 1-13 5,5 40,0 3,72 0,58 0,96

80,0 3,35 0,32 0,28

160,0 2,86 0,21 0,20

320,0 2,34 0,06 0,08

640,0 1,90 0,03 0,04

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10 - "m/:s:) (10- "m/:s:) m Cm) CkPa)

log t. R

2,5 -- -- --5,4 3,73 -- 1,38

14,0 3,70 2,27 2,60

20,0 3,65 1, 74 3,32

III -14 5,5 40,0 3,57 0,69 1,39

80,0 3,30 0,47 0,84

160,0 2,82 0,23 0,20

320,0 2,30 o, 11 0,11

640,0 1,88 0,05 0,05

5,0 4,69 -- 10, 79

10,0 4,64 -- 18, 07

20,0 4,53 5, 10 17, 55

40,0 4,33 9,50 14, 51

III -15 6,0 80,0 3,97 1,42 2,80

160,0 3,44 0,91 0,91

320,0 2,89 o, 15 0,23

640,0 2,38 0,08 0,09

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10- "m/:s:) (10- "m/:s:) m Cm) CkPa)

log t. Yl

2,5 -- -- --5,0 5,68 9,10 9,70

10,0 5,61 8,60 9,20

20,0 5,52 12,00 9,30

IV - 1 6,0 40,0 5,32 9,00 9,00

80,0 4,79 5,40 6,60

160,0 3,96 1,50 2,10

320,0 3, 13 0,64 0,98

640,0 2,44 0,29 0,39

2,5 9,38 -- --5,0 9,21 -- 17, 12

10,0 9,01 -- 11, 53

20,0 8,67 2,39 4,51

IV - 2 6,3 40,0 8,27 1,92 4,23

00,0 7,35 0,09 3,00

160,0 5,94 0,30 0,39

320,0 4,64 0,08 0,13

640,0 3,42 0,03 0,04

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-Pm/s) (10-"m/s) m

Cm> CkPa> log t ri:

2,5 8,87 -- 12, 15

5,0 8,84 17, 16 12, 00

10,0 8,79 12,04 9,33

20,0 8,70 9,94 10,07

IV - 3 6,5 40,0 8,40 13,46 14, 75

80,0 7,46 3,54 5,63

160,0 5,99 0,87 1,44

320,0 4,64 0,25 0,37

640,0 3,53 0,08 0,11

2,5 -- -- --5,0 7,90 2,60 3,90

10,0 7,77 4,20 10, 90

20,0 7,53 1,30 13, 20

IV - 4 7,0 40,0 7,13 0,90 2,40

80,0 6,45 0,40 t ,40

160,0 5,47 1,40 0,30

320,0 4,38 o' to 0,10

640,0 3,47 0,04 0,04

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"rn/s) (10-"rn/s) m

(m) CkPa> log t. Yl

2,5 -- -- --5,0 1,35 1,20 4,50

10,0 1,33 0,30 0,43

20,0 1,31 0,23 0,76

VI "'. 1 6,5 40,0 1,28 0,25 1,00

80,0 1,22 o, 17 0,25

160,0 1,15 o, 15 0,17

320,0 1,05 o, 10 O, 12

640,0 0,95 0,08 o, 14

2,5 -- -- --5,0 1,21 1,30 7,10

10,0 1,20 0,56 1,60

20,0 1,18 o,54 0,91

VI - 2 6,5 40,0 1,15 0,53 o,57

80,0 1,09 0,36 0,51

160,0 1,02 0,26 0,47

320,0 0,94 0,20 0,32

640,0 0,85 0,08 0,12

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"m/s) Cto-"m/s) m

Cm> <kPa> log t. Yl

2,5 -- -- --5,0 1,07 -- 6,60

10,0 1,06 0,53 1,10

20,0 1,04 0,34 1,10

VI - 3 6,5 40,0 1,02 0,33 o,s5

80,0 0,98 0,24 0,61

160,0 0,93 0,21 0,28

320,0 0,87 o, 13 0,20

640,0 0,80 o, 11 0,13

2,5 0,94 -- --5,0 0,93 0,96 0,92

10,0 o,92 0,24 0,63

20,0 0,91 0,25 0,96

VI - 4 6,9 40,0 0,89 0,40 0,43

80,0 o,ss 0,41 0,51

160,0 0,85 0,29 0,68

320,0 o,s1 0,26 0,63

640,0 0,76 o, 11 0,25

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k k

ENSAIO PROF. PRESSÃO e (10-"m/s) <10-"m/s) m

Cm> CkPa> log t. Yl

2,6 1,08 -- --6,0 1,07 0,40 0,26

10,0 1,06 0,27 0,21

20,0 1,06 0,66 0,72

VI - 6 1,0 40,0 1,06 0,20 0,30

80,0 1,02 0,37 0,36

160,0 1,00 o, 11 0,22

320,0 0,97 0,06 0,10

640,0 0,92 o, 16 0,18

2,6 -- -- --6,0 1,07 7 ,60 1, 12

10,0 1,06 0,63 1,30

20,0 1,03 0,91 1,37

VI - 6 1,0 40,0 1,01 o, 12 0,26

80,0 0,99 0,26 0,36

160,0 0,94 0,21 0,36

320,0 0,87 o, 16 0,18

640,0 0,80 o, 1 O 0,11