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Internacionais para o Ensino Cristão, (International Biblee7%e3o-Completa-N%f3... · As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas Internacionais para o

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As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas Internacionais para o Ensino Cristão, (International Bible

Lessons for Christian Education) copyright © 2005.

“The Helping Hand” é publicado trimestralmente pela:Seventh Day Baptist Board of Christian Education, inc.

P. O. Box 115, Alfred StationNew York, 14803-0115.

Publicado no Brasil com a Devida Autorização e com todos os Direitos Reservados Pela:

Conferência Batista do Sétimo Dia BrasileiraRua Dr. Pamphilo de Assumpção 542 - Curitiba/PRe-mail: [email protected] / www.cbsdb.com.br

Tradução:Filipe M. Cerqueira

Revisão de Texto:Vanise Macedo Maria

Revisão Teológica:Pr. Daniel Miranda Gomes (PIB7 Curitiba)

Diagramação:Pr. Jonas Sommer (PIB7 Porto União)

Capa:João Paulo Del no da SilvaIBSD de João Pessoa/PB

Impressão:Viena Grá ca e Editora

www.gra caviena.com.br

Tiragem:1.400 exemplares

Título original em inglês deste volume:“We Worship God”

Quando houver diferenças entre a versão em inglês e em português da The Helping Hand, a versão em inglês representa a língua original do autor.

Estudos Bíblicos para a Escola Bíblica Sabatina

Andrew J. Camenga, editor

1ª EdiçãoCuritiba, 2011

Estudos Bíblicos para a Escola Bíblica Sabatina

Adoramos a DEUS

CAMENGA, Andrew J. Nós adoramos a Deus. Estudos Bíblicos para a Escola Saba-tina / Andrew J. Camenga, editor; Tradução de Filipe M. Cer-queira - Curitiba/PR: CBSDB, 2011.136 p. ; 21 cm.

1. Estudos Bíblicos, Devocionais, Vida Cristã. II . Andrew J. Camenga. III. Tradução de Filipe M. Cerqueira.

CDD 220

D2617d

Sumário

Editorial...................................................................................07

UNIDADE I

Um Guia para os Líderes

1.Instruções Sobre Adoração.............................................13

2. Quali cações dos Líderes de Adoração ........................25

3. Prioridades da Liderança..................................................35

4. A Adoração Inspira Serviço.............................................45

UNIDADE II

Razões para a Adoração

5. Lembrando Jesus Cristo....................................................59

6. O Louvor Que Edi ca........................................................71

7. Hosana!................................................................................83

8. Cristo Ressuscitou..............................................................93

9. Louvor e Submissão........................................................103

10. Adorando a Deus em Tempos de Crise..................115

UNIDADE III

A Visão de João sobre a Adoração

11. Adoração Celestial.........................................................129

12. Adoração Grata.............................................................141

Informações Missionárias..................................................152

13. Novas Todas as Coisas.................................................159

14. A Árvore da Vida...........................................................171

Versões Bíblicas....................................................................183

Obras Citadas .......................................................................184

Colaboradores................................................................186

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Adoração. Existe tópico mais glorioso, apesar de considerado esgotado e, por isso, tratado mais casualmen-te? No ato da adoração, temos a garantia do supremo pri-vilégio de entrar na própria presença do Todo-Poderoso, Soberano Deus do Universo, para honrá-lo por quem é, pelo que ele tem feito e pelo que está fazendo. Isso não é apenas algo que podemos ou deveríamos fazer. Se deve-mos cumprir plenamente nosso propósito humano, temos que adorar o único Deus verdadeiro. Nossas vidas care-cem de sentido até que o façamos, como evidenciado pe-los muitos deuses falsos, que as pessoas adoram em uma tentativa de preencher esse vazio.

Ainda assim, será que apreciamos o privilégio que nos foi concedido? Com que frequência fracassamos ao prepararmos o coração para adorar apropriadamente? Com que frequência corremos e pensamos: “Certo; vamos acabar com isso para que eu possa seguir com meu dia?” Com que frequência simplesmente pulamos o momento da adoração – não apenas a adoração corporativa sema-nal, mas também a pessoal e diária ao nosso Criador?

Neste trimestre, debruçar-nos-emos no assunto da adoração, revendo uma variedade de passagens do Novo Testamento, que nos ajudarão a ter uma ideia de como

ão. Existe tópico mais glorioso, apesar de

Editorial

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era a adoração na Igreja Primitiva. Hinos, orações, visões apocalípticas e cartas de instrução; e, ainda, as reações de Jesus Cristo concernentes à sua Paixão, ajudarão a reve-lar a cultura litúrgica e a prática espiritual dos primeiros cristãos.

Nossa intenção é que estudar tais lições inspire você a avaliar suas próprias atitudes e práticas de adora-ção. Que possamos aprender a levar a sério o privilégio e a responsabilidade que temos em adorar o Deus que nos criou e salvou exatamente para esse propósito. Que possa-mos lutar, com paixão renovada, para glori car e honrar o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E que nosso compromisso renovado com a adoração, corporativa e pessoal, encha nossas igrejas com o fogo incontrolável do avivamento. Aproveite!

Que Deus abençoe seu estudo da Palavra.

Em Cristo,

Steve e Angie Osborn, editores convidados.

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Novo TestamentoMateus MtMarcos McLucas LcJoão JoAtos AtRomanos Rm1 Coríntios 1 Co2 Coríntios 2 CoGálatas GlEfésios EfFilipenses FpColossenses Cl1 Tessalonicense 1 Ts2 Tessalonicense 2 Ts1 Timóteo 1 Tm2 Timóteo 2 TmTito TtFilemon FmHebreus HbTiago Tg1 Pedro 1 Pe2 Pedro 2 Pe1 João 1 Jo2 João 2 Jo3 João 3 JoJudas JdApocalipse Ap

Antigo TestamentoGênesis GnÊxodo ÊxLevítico LvNúmeros NmDeuteronômio DtJosué JsJuízes JzRute Rt1 Samuel 1 Sm2 Samuel 2 Sm1 Reis 1 Rs2 Reis 2 Rs1 Crônicas 1 Cr2 Crônicas 2 CrEsdras EdNeemias NeEster EtJó JóSalmos SlProvérbios PvEclesiastes EcCântico CtIsaías IsJeremias JrLamentações LmEzequiel EzDaniel DnOséias OsJoel JlAmós AmObadias ObJonas JnMiquéias MqNaum NaHabacuque HcSofonias SfAgeu AgZacarias ZcMalaquias Ml

Lista de Abreviaturas

UNIDADE I

Um Guia para os Líderes

Os propósitos destes estudos bíblicos são:

Fornecer a adultos e jovens um estudo trimestral 1. para uso pessoal ou em grupo, para ganharem um conhecimento continuamente renovado da Bíblia, crenças cristãs, e vida na igreja, particular-mente nas características dos batistas do sétimo dia.

Habilitar o estudo das convicções cristãs para de-2. senvolver as habilidades dos alunos em compar-tilhar sua fé.

Fortalecer a apreciação da herança batista do séti-3. mo dia e a convicção das verdades do sábado.

Educar os aspectos morais e espirituais do viver 4. diário e da tomada de decisões.

Fornecer recursos para devocionais diárias.5.

Encorajar o ministério educacional dos batistas 6. do sétimo dia ao em todo o mundo.

1 Timóteo 2:1-6; 3:14-16

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Hebreus 8:6-12

Enquanto leio esta passagem parafraseada na versão bíblica “A Mensagem”, ela assume um sentido inteiramente novo. Nesta interpretação das Escritu-ras, Eugene Peterson usa a ilustração da velha aliança comunicada a nós, por meio da escrita, enquanto a nova aliança é-nos comunicada pelo Espírito Santo. Podemos aprender a respeito de Deus e de seu gran-de amor por nós pela Bíblia, mas também temos a vantagem de sermos capazes de conhecê-lo. Ele está conosco, guiando-nos a cada dia. Temos somente de nos render a ele e de abrir-nos à direção do Espírito Santo em nossas vidas.

Segunda – Salmos 95:1-7

Deus é mais do que digno de nossa adoração. Podemos vê-lo à nossa volta; temos apenas que olhar. Ele criou cada minúscula folha de grama, bem como

1 Timóteo 2:1-6; 3:14-16

Instruções Sobre Adoração

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Instruções Sobre Adoração

as altas montanhas. É o Criador de tudo que vemos e é nosso Criador e Pai amável. É incrível pensar que o mesmo Deus que criou o mundo inteiro é o Pai que nos ama e que nos deu seu Filho.

Adore-o hoje e agradeça por tudo que ele é, por tudo que tem feito e pelo que está fazendo!

Terça – Efésios 6:18-24

Para ser e ciente espiritualmente, devemos es-tar equipados com a armadura de Deus. Uma das pe-ças mais importantes de nossa armadura espiritual é a oração. Por ela, comunicamo-nos com nosso coman-dante-chefe. Enquanto oramos, Deus pode falar co-nosco em nossos corações e nossas mentes. Podemos melhorar nosso foco ao olharmos para ele todos os dias. É melhor para nós realizarmos sua vontade.

Deus quer se comunicar com você e deseja que se comunique com ele. Use tempo hoje para ouvir seu Comandante-chefe!

Quarta – Romanos 8:2-27

Como meros mortais, nem sempre consegui-mos encontrar palavras e pensamentos adequados para nos comunicarmos com Deus. Nesses momentos, po-demos descansar, certos de que não há comunicação rompida com o Pai Celestial. Quando não consegui-mos encontrar o certo a dizer, o Espírito Santo entra em cena e intercede por nós. Como crentes, temos o Espírito Santo habitando em nós e podemos con ar,

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Lição 1 - Sábado, 01 de Outubro de 2011.

pois ele intercederá a nosso favor, sob a vontade do Pai.

Entre con adamente diante do trono da graça e passe algum tempo com o Pai Celestial.

Quinta – Lucas 11:1-13

Jesus estava sempre orando. Ele sabia que a ora-ção era sua linha direta com o Pai. Como os discípu-los testemunharam isso, eles queriam saber o “segre-do” das orações de Jesus e pediram para ensinar-lhes como orar. O verdadeiro segredo da oração, contudo, não está em seguir certa fórmula ou em usar exata-mente determinadas palavras. Seu poder está em per-ceber que somente Deus é perfeito e santo e que de-vemos depender dele para vir ao encontro de nossas necessidades e perdoar nossos pecados.

Orar é um ato de adoração e de ação de gra-ças, uma admissão de quem somos em Cristo e quão completamente dependentes dele verdadeiramente somos.

Sexta – 1 Timóteo 1:1-7

Um professor que entra em uma sala de aula precisa estar preparado. Deve haver objetivos na sua mente e um pleno entendimento do assunto a ser en-sinado. É também importante permanecer focado na lição e não se desviar com histórias e “atalhos”.

Nesta passagem, Timóteo precisava permane-cer focado na lição que tentava ensinar: amar com um coração puro e uma fé sincera. À medida que segui-

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Instruções Sobre Adoração

mos nossa caminhada diária com Cristo, precisamos estar focados na lição em nossa mão. Precisamos estar preparados para sermos exemplos e entendermos o que estamos ensinando por intermédio de nossas pa-lavras e ações.

Sábado – 1 Timóteo 2:1-6; 3:14-16

Nossa cultura parece presa ao brilho e ao gla-mour da fama e da popularidade. Mesmo no Cristia-nismo, temos a tendência de exaltar os que têm uma personalidade dinâmica e muitos seguidores.

Paulo lembrou a Timóteo que a liderança não se baseia em ser o mais audível ou visível. Antes, há um grande valor em orar silenciosamente e apoiar aqueles a quem Deus pôs em autoridade. Deus admira uma “vida calma e tranquila”, vivida com piedade e dig-nidade.

Enquanto você considera o que signi ca ser um líder, tenha em mente o quanto a Igreja precisa de todo o corpo para ser uma “coluna e rmeza da verdade”.

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Lição 1 - Sábado, 01 de Outubro de 2011.

Estudo Contexto Devocional

1 Timóteo 1 Timóteo Hebreus

2:1-6; 3:14-16 Caps.2 e 3 8:6-12

Verso Áureo

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. (1 Tm 2:5)

Núcleo da Lição

Há um interesse renovado em antigas práticas espirituais na sociedade de hoje. O que dá sentido à nossa busca espiritual? Citando um antigo hino, Paulo a rma que Cristo é o mediador de toda a verdade sobre Deus.

Questões para o Estudo do Texto

1. De na as quatro categorias diferentes de oração, listadas no versículo 1. Quando você utilizou cada um desses ti-pos? Você consegue pensar em outros tipos de oração não listados aqui?

2. Por que Paulo instruiu os crentes a orarem pelas autorida-des (v. 2)? Você acha isso algo fácil ou difícil de fazer? Por quê?

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Instruções Sobre Adoração

3. De que forma uma “vida tranquila e mansa” (v. 2) de-monstra piedade e dignidade? Que tipo de coisas você pode fazer para desenvolver esse tipo de estilo de vida e de atitude?

4. Explique como Jesus é tanto um mediador como um res-gate para nós, como crentes (vv. 5-6). Por que ambos são importantes para nós?

5. Em que profecias do Antigo Testamento você consegue pensar como suporte a essa gura de um salvador que se sacri ca?

6. Paulo, provavelmente, usou duas a rmações de fé ou hi-nos da Igreja Primitiva nestas passagens (2:5-6; 3:14-16). Por que as citaria, ao invés de escrever algo original? De que maneira os credos e as canções podem ser usados par ajudar os cristãos a formularem suas crenças?

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Lição 1 - Sábado, 01 de Outubro de 2011.

Entendendo e Vivendo

O propósito da adoração coletiva é glori car a Deus em conjunto. As pessoas visitam uma igreja ou um estudo bíblico, buscando sentido para a vida, propósito e verdade. Elas querem uma comunhão mais profunda com o Senhor Deus Todo-Poderoso, além de comunhão com amigos de pensamento semelhante e também descanso do mundo. Precisamos cultivar um ambiente que preencha essas neces-sidades; um lugar onde as pessoas sintam-se aceitas e bem-vindas. Nosso objetivo ao agradar a Deus é promover sua obra por meio do amor e da fé.

Timóteo havia tido Paulo como mentor, quando eles viajaram juntos, espalhando o evangelho e encorajando a Igreja. Paulo con ou a Timóteo uma séria missão junto aos efésios e comentou sobre ele: “Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês” (Fl 2:20 – NVI), e chamou-o de “meu verdadeiro lho na fé” (1 Tm 1:2 – NVI). Então, quando Paulo percebeu que a Igreja em Éfeso estava seguindo falsas doutrinas, convocou Timóteo para car e instruir os líderes da igreja local.

ResponsabilidadeDepois de ter advertido contra os falsos ensinos e de

ter oferecido graças a Deus por sua misericórdia salvadora, no capítulo 1, Paulo começa, agora, suas instruções à igreja sobre a vida em comunidade.

Timóteo deveria expor falsos ensinamentos, meias verdades e estudos tolos. Essas coisas levavam a discussões infrutíferas, a pensamentos errôneos, à discórdia e à morte espiritual. Certos homens, em Éfeso, precisavam ser res-ponsabilizados pelo conteúdo de seus ensinos, pois queriam

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Instruções Sobre Adoração

“passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1 Tm 1:7). Timóteo era sólido na mensagem do evangelho e poderia esclarecer discrepâncias e heresias externas.

Precisamos cobrar daqueles que nos ensinam uma sã doutrina. Eles devem estar equipados com conhecimento e preparados para darem respostas enquanto ensinam com gentileza e paciência (2 Tm 4:1-5). Devemos estar diligente-mente envolvidos em estudar as Escrituras, para esclarecer-mos nossas crenças, questionarmos posições e crescermos no conhecimento, para glori carmos a Deus. Orar por dis-cernimento do Espírito de Deus é um dever, ao nos reunir-mos e estudarmos as Escrituras.

De Volta ao Básico – Oração PúblicaO apóstolo Paulo era enfático quanto à ordem cor-

reta da adoração. Ao começarmos a adorar, a oração é o primeiro passo vital. Ela abre o canal da comunicação, re-conhecendo a presença de Deus e percebendo que temos acesso direto a ele por meio de Jesus Cristo, nosso mediador. Podemos ousadamente nos achegar diante de Deus, com plena con ança de sermos ouvidos. A oração amplia nosso senso quanto à soberania dele. Ela promove a comunhão íntima com nosso Criador.

A Igreja reúne-se com reverência e humildade, dei-xando de lado o estresse e as lutas para se aquecer em paz e repouso. O silêncio pode ser muito e ciente ao invocarmos a santa presença de Deus, aprimorando a unidade de mente e de espírito dentro do corpo de Cristo. Muitas vezes, isso é conhecido como “invocação” ou “convite à adoração”. É a ocasião de concentrar nossos pensamentos em Deus.

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Lição 1 - Sábado, 01 de Outubro de 2011.

Somos lembrados, por Paulo, que a oração pública deve incluir pedido, intercessão e ação de graças (v. 1). Súpli-cas são orações que pedem a Deus uma bênção ou ajuda de algum tipo. Intercessão traduz uma palavra grega que indica um pedido oferecido a um superior. Ação de graças refere-se ao outro lado da oração: devemos expressar gratidão a Deus por sua ajuda e pelas bênçãos recebidas.

Muito embora as orações devam ser oferecidas “por todos os homens” (v. 1), algumas pessoas têm tanto poder e in uência sobre os demais que se tornam objetos particu-lares de oração. Assim, devemos incluir, na oração, todos os que estão em posição de autoridade sobre nós. Tantas vezes negligenciamos menções especí cas aos nossos líderes gover-namentais, mundiais, eclesiásticos, empregadores e professo-res! Embora possamos não concordar com eles ou apreciá-los, Deus colocou-os em posição acima de nós, e precisamos interceder por eles, “levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade” (v. 8).

Podemos re etir sobre a glória de Deus e o poder da oração ao compartilharmos pedidos e respostas a elas. A ora-ção intercessora é e ciente para transformar o indivíduo, a situação e/ou a atitude. Quando orações são levadas a Deus, o tom e a atmosfera da adoração re etem sua graça, misericór-dia e paz. É-nos assegurado que podemos con ar em Deus para conhecer a imagem maior da vida, deixando as respostas e os resultados sob seu controle. Essa con ança chama-nos a uma unidade de espírito dentro do grupo que agrada a Deus, pois encoraja os homens a quem ele atrai para si a quererem ser salvos e chegar ao conhecimento da verdade (vv. 3-4).

O principal plano de Deus não é apenas satisfazer nos-sos desejos ou dar-nos uma vida pací ca. Pelo contrário, é trazer a salvação a todas as pessoas (cf. Ez 18:23; 2 Pd 3:9). As orações da Igreja, por todas as pessoas, especialmente para os

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Instruções Sobre Adoração

governantes, são, em última instância, para que Deus permita que compartilhemos as Boas-novas com todos.

A Centralidade do EvangelhoEm um mundo acostumado a adorar tantos deuses,

Paulo a rma que há apenas uma forma de se obter a salvação. O versículo cinco começa com uma declaração que ecoa a famosa con ssão de Israel: “Porque há um só Deus” (cf. Dt 6:4). Mas, Paulo acrescenta outra linha de con ssão: “e um só Mediador entre Deus e os homens: Cristo Jesus, homem” (v. 5).

Jesus Cristo tornou-se o único mediador, entre Deus e os homens, por meio de sua morte na cruz, resgatando os pecadores de seus pecados (cf. Mc 10:45). Ele entregou-se vo-luntariamente como uma oferta sacri cial para satisfazer a ira de Deus pelo pecado (cf. Rm 3:21-26). Agora, “justi cados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1).

A salvação por meio de Jesus Cristo deve ser anuncia-da a todas as pessoas. Este é o plano de Deus. A expressão “tempos oportunos” implica que agora é a hora da Igreja se unir em oração, para que possa cumprir a vontade de Deus, e proclamar a salvação em Cristo a todos. Não pode haver nada mais importante, para a Igreja, do que fazer que a sua Verdade conhecida.

De Volta ao Básico – Sã DoutrinaAo abrirmos nosso coração à presença de Deus por

meio da oração, também precisamos abrir nossa mente à sua Verdade, que é uma parte importante da adoração (Jo 4:23-24). Nosso foco no ensino deve estar naquilo que Deus quer que acreditemos e ensinemos: “Ora, o intuito da presente ad-moestação visa ao amor que procede de coração puro, e de

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Lição 1 - Sábado, 01 de Outubro de 2011.

consciência boa, e de fé sem hipocrisia” (1 Tm 1:5). Preci-samos buscar conhecimento e sabedoria. Precisamos desejar sua Verdade acima de tudo; não nossa própria interpretação. Trata-se de focar nossa mente na Palavra de Deus.

Paulo queria que os crentes soubessem como deve-riam conduzir-se “na casa de Deus” (1 Tm 3:15). A verdade de Deus, dada a nós nas Escrituras, é a herança entregue ao longo dos tempos, e que nunca muda. Ela pode ser visível na forma de credos, declarações de fé, hinos, canções de louvor, poesia ou prosa. Essas coisas, testadas pela Palavra de Deus, podem ser úteis em preservar, transmitir e proclamar as Boas-novas. Podem ser ferramentas usadas na adoração, como a Oração do Senhor, o Salmo do Pastor, Deus do Sábado, a Doxologia, os “Dez Mandamentos”, as Bem-aventuranças, o Credo dos Apóstolos, etc. Que permaneçamos rmes em ter-reno sólido em nossa adoração!

Um exemplo das primeiras declarações de fé da Igreja é encontrado em 1 Timóteo 3:16; o hino atesta que Deus en-viou Jesus em carne e que o Espírito testi cou a divindade de Jesus. Este foi visto e ministrado por anjos; foi pregado em todas as nações e crido no mundo. Em Pentecostes, foi assun-to em glória. Que seu nome seja louvado, quando adorarmos. Estude esse credo e valorize suas verdades em seu coração; é uma maravilhosa maneira de adorar.

Pela con ssão comum do corpo de crentes, podemos proclamar em adoração: grande é o mistério da piedade (1 Tm 3:16); cremos no Deus Triúno (Jo 1:1-18; 14:26); Jesus Cristo é Senhor e Salvador (Rm 5); uma nova aliança substitui a antiga (Hb 8); as Escrituras são santas e infalíveis (2 Tm 3:14-17).

A outra parte de conhecer a verdade é discernir e refu-tar falsas doutrinas. Paulo disse que chegaria o tempo em que os homens não desejariam nem praticariam a sã doutrina. En-tão, precisamos permanecer rmes e pregarmos “a palavra,

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Instruções Sobre Adoração

esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (2 Tm 4:2-4 - NVI). O apóstolo Paulo também a rma que: “Expondo estas coi-sas [doutrinas enganosas] aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentando com as palavras [verdades, NVI] da fé e da boa doutrina que tens seguido” (1 Tm 4:6).

Que não seja dito a nosso respeito o que o profeta Isa-ías profetizou (Is 29:13), e Jesus alertou: “Este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe de mim. Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt 15:8,9). Gosto do que Walter Lock disse: “Cada igreja local tem poder para apoiar e fortalecer a verdade pelo seu testemunho da fé e pelas vidas de seus membros”1. Que adoremos a Deus em oração e em sã doutrina.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Descobrir os elementos literários e teológicos nos textos

do primeiro credo e hino (1 Tm 2:5,6).2. Ajudar os participantes a de nirem seu entendimento da

fé cristã.3. Encorajar os participantes a criarem uma declaração de fé

pessoal.

1 LOCK, Walter. A critical and exegetical commentary on the pas-toral epistles: I & II Timothy and Titus. Edinburgh: T&T Clark Press, 1924, p. 44.

1 Timóteo 3:1-13

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – 1 Pedro 5:1-5Quando liderou seus seguidores, Jesus o fez com ex-

trema autoridade e poder, bem como com gentileza e com-paixão. Aqueles que têm sido colocados em posição de lide-rança devem seguir o exemplo de Cristo. Como líderes, há a responsabilidade de tomar cuidado por aqueles que lutam. Há a responsabilidade de resistir à tentação e de con ar no Senhor para ser um bom exemplo e uma testemunha àque-les que são jovens em sua fé. Há necessidade de agir com amor e compaixão, mas também com autoridade con ante. A responsabilidade é grande, mas a recompensa é maior!

Segunda – Isaías 9:13-17Deus estava irado. Israel escolhera ser desobediente.

Finalmente, Isaías anunciou que Deus planejara entregar os israelitas nas mãos da Assíria – e esse não seria um tempo agradável para eles!

Deus é justo e santo. Como tal, deve julgar o peca-do. Mas assim como nós sabemos que ele julgará, sabemos que restaurará seu povo a um justo relacionamento consigo.

1 Timóteo 3:1-13

Qualifi cações dos Líderes de Adoração

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Qualificações dos Líderes de Adoração

Podemos nos regozijar, pois, por causa de Cristo, temos um relacionamento justo com o Pai e perdão para os pecados!

Terça – Tito 1:5-9Líderes religiosos precisam se destacar como diferen-

tes. Paulo deu uma longa lista de características que Tito deveria seguir ao indicar bispos. Obviamente, todos nós cometemos erros e, às vezes, agimos de maneira que pode não parecer muito cristã. O objetivo, todavia, deve ser agir de um modo que dê glória a Deus e re ita-o positivamente para os que estão perdidos.

Os líderes têm nível maior de responsabilidade e pre-cisam levar esse chamado a sério. Ore hoje para que Deus trabalhe em você e brilhe por seu intermédio.

Quarta – Hebreus 13:1-7Em nossa cultura do “tudo eu”, esses versículos são

bons lembretes. Na verdade, não é “tudo sobre mim”; é tudo sobre o amor de Cristo e sobre con ar no Senhor por força e direção. Nem sempre é fácil demonstrar amor fraternal, ou mostrar compaixão para com os outros. Preocupamo-nos com nossas próprias vidas e sentimos que temos o bas-tante a fazer para carmos somente utuando. Ainda assim, há uma incrível alegria em deixar de lado nossas próprias necessidades e demonstrar o amor de Cristo para os que estão ao redor.

A quem você pode mostrar amor, no dia de hoje? Con e no Senhor para ser seu auxílio, sua força e sua cora-gem.

Quinta – Hebreus 13:17-25Você já brincou de um jogo no qual se usa uma ven-

da, e alguém lhe diz aonde ir? Para seguir seu curso de ma-

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Lição 2 - Sábado, 08 de Outubro de 2011.

neira bem-sucedida, você tem de con ar que seu líder guiará segura e precisamente aonde você deve ir. Con ança é, pro-vavelmente, o componente mais crucial quando se trata de seguir um líder. Temos de crer que ele quer o melhor para nós. Aí, então, estaremos dispostos a obedecer-lhe. Quan-do con amos e obedecemos aos líderes, eles podem liderar com alegria, e nós podemos seguir com con ança.

Sexta – 1 Pedro 4:7-11Enquanto lia o título sugerido para a meditação de

hoje, parei por um minuto. “Bons mordomos da graça de Deus”? Nós tendemos a pensar em mordomia como um termo nanceiro. Podemos até associar a sermos bons mor-domos de nosso tempo, mas e da graça de Deus? Na ver-dade, isso faz sentido. O que Deus tem derramado sobre nós? O que tem dado mais do que qualquer outra coisa? Sua graça! Então, como posso ser um bom mordomo dessa gra-ça? Posso vivê-la, ajudar a multiplicá-la nas vidas dos outros. Posso ser um instrumento para compartilhar esse amor e a graça com os que precisam conhecer Jesus.

Sábado – 1 Timóteo 3:1-13Quando olhamos para outra lista de Paulo, referente

a líderes, podemos pensar que qualquer um que caia nes-sa categoria seja soberbo, vendo-se como superior àqueles a quem está liderando. Entretanto, ser um líder é uma expe-riência de humildade. Poucos se veem como “capazes”. E pensar que Deus chamaria você para ser responsável pelo bem-estar espiritual de outros é o bastante para fazer qual-quer um tremer na base... A lista de Paulo não tem a inten-ção de criar uma “classe” separada de cristãos. Antes, deve-mos ser encorajados a levar a liderança a sério e a escolher os líderes cuidadosamente.

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Qualificações dos Líderes de Adoração

Estudo Contexto Devocional

1 Timóteo 1 Timóteo 1 Pedro

3:1-13 Cap. 3 1:1-10

Verso Áureo “Conservando o mistério da fé com a consciência

limpa”. (1 Tm 3:9)

Núcleo da LiçãoAs pessoas procuram uma liderança con ável e sen-

sata. Como devemos escolher nossos líderes? A passagem em estudo sugere que a maturidade espiritual é um fator importante quando escolhemos líderes.

Questões para o Estudo do Texto

1. Como alguém “aspira ao episcopado” (v. 1)? Como a as-piração do homem, o chamado de Deus e a ordenação da Igreja trabalham juntos no processo de se tornar um pastor?

2. Reveja as quali cações para a liderança listadas nesta pas-sagem (vv. 2-7). Por que tais especi cidades foram lista-das? Qual delas você vê como mais importantes e por quê? Quais são surpreendentes? Há alguma que você acredite não ser aplicável em nossas igrejas de hoje?

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Lição 2 - Sábado, 08 de Outubro de 2011.

3. Por que é importante que um bispo não seja um novo convertido (v. 6)? E por que deve ter boa reputação fora da igreja (v. 7)?

4. De que maneira devemos “testar” nossos candidatos à li-derança (v. 10)?

5. Estude os papéis dos bispos/anciãos e dos diáconos no Novo Testamento. Como eles são semelhantes aos de hoje? Como são diferentes? Como o papel do “ancião” funciona em uma igreja com uma gestão eclesiástica con-gregacional?

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Qualificações dos Líderes de Adoração

Entendendo e Vivendo

Recentemente, fui lembrada do grave problema dos falsos ensinamentos que podem se in ltrar em nos-sas congregações. Isso pode ser barulhento, ou pior, muito sutil. Sabendo do perigo, imagino se levamos a sério a responsabilidade de escolhermos nossos líderes espirituais.

A lição da semana passada estabeleceu o cená-rio para nosso processo decisório de escolha de líderes. Primeiramente, precisamos orar durante o processo. A sabedoria e a intervenção de Deus são soberanas em quaisquer decisões. Em segundo lugar, precisamos es-tar em concordância sobre o que é ensinamento sadio. Como Batistas do Sétimo Dia, a observância dos “Dez Mandamentos” representa uma de nossas crenças co-muns. É importante que todos os líderes escolhidos mantenham-se rmes nessas crenças nucleares como fundamento para a sã doutrina.

No estudo de hoje e nos textos devocionais, Pau-lo e Pedro destacam as quali cações que a Igreja Primi-tiva deveria seguir na escolha da liderança correta. Duas funções da Igreja são descritas: a primeira é a de bispo; e, a segunda, a de diácono. Os ofícios são semelhantes.

Encorajo você a fazer sua própria tabela de com-paração, usando os textos acima, ou revise uma tabe-la de quali cações para anciãos e diáconos, que você encontrar em uma Bíblia de estudos (considere tam-bém a passagem de 1 Pedro). Essas devem ser nossas orientações para hoje. Creio que Deus, por intermédio dos apóstolos, deu-as à Igreja, para manter nosso ensi-

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Lição 2 - Sábado, 08 de Outubro de 2011.

namento verdadeiro e fornecer mentores e modelos de comportamento para outros crentes.

BisposA palavra grega traduzida como “bispo” quer di-

zer “supervisor” e refere-se a quem supervisiona uma congregação local. O termo equivalente no Cristianis-mo Judeu é “ancião”. As duas palavras, bispo e ancião, são usadas de forma intercambiável em todo o Novo Testamento (1 Tm 3:2; Tt 1:5,7; 1 Pd 5:1-4). O título “pastor” também é usado para descrever a função de bispo/ancião (1 Pd 5:2; At 20:17,28). O pastor deveria supervisionar a Igreja, como um pastor cuida de um re-banho (Lc 12:32; At 20:28,29). Portanto, os títulos ecle-siásticos de Ministro, Pastor, Reverendo, Bispo, Pres-bítero ou Ancião, não indicam funções diversas nem graus diferentes de dignidade no ofício.

Na verdade, cada um desses títulos apresenta um aspecto diferente de signi cado deste importante ofício. O título “bispo” fala de liderança e de autoridade o cial. “Ancião” descreve maturidade espiritual e experiência. Usar “supervisor” como um título indica organização e responsabilidade. Quando o título “pastor” é usado, pensa-se em cuidado, vigilância, cobertura e proteção ao rebanho. Todos esses aspectos são parte do ofício de bispo.

Os deveres dos bispos eram orar, pregar e ensi-nar (At 6:2, 4; 1 Tm 3:2; 5:17). Eles também deveriam dirigir as questões da igreja (1 Tm 3:5; 5:17). O bispo pastoreava o rebanho de Deus (At 20:28; 1 Pd 5:2) e guardava a igreja do erro (At 20:28-31; Tt 1:9).

Na Igreja Primitiva, os bispos eram apontados pela congregação local e ordenados. Isso era feito após um período de oração e jejum (At 14:23, Tt 1:5), desta-

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Qualificações dos Líderes de Adoração

cando a seriedade da indicação. Isso era feito com cui-dado e discernimento. Preste atenção ao aviso de Paulo: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos” (1 Tm 5:22).

Os pastores ou presbíteros devem ter reconheci-da piedade; não neó tos na fé; possuírem elevado grau de conhecimento bíblico e teológico; serem aptos para ensinar e sãos na fé; serem íntegros e de bom conceito, perante a Igreja e a sociedade; irrepreensíveis em sua conduta moral; e cientes e zelosos no cumprimento dos seus deveres; de comprovada piedade e consagra-ção, moderados, sóbrios, modestos e hospitaleiros; pru-dentes no agir e discretos no falar, servindo de exemplo aos éis pela santidade de sua vida2.

Os deveres e quali cações, acima expostos, cons-tituem uma boa combinação para o candidato ao o -ciliato. Ao apresentar os atributos exigidos, um líder estabelece um exemplo perante sua igreja e ganha boa reputação dos que são de fora. E, tudo isso é para a glória de Deus.

DiáconosA segunda função destacada, em 1 Timóteo 3, é

a de diácono, que signi ca “aquele que serve”. Em Atos 6:1-6, lemos sobre a origem dessa responsabilidade (em-bora a palavra diácono não seja mencionada). Os após-tolos estavam sobrecarregados com todos os deveres de cuidar do rebanho, devido ao rápido crescimento nu-mérico. A prioridade era orar e compartilhar a Palavra

2 GOMES, Daniel Miranda (Org.). Manual da igreja. Curitiba: Confe-rência Batista do Sétimo Dia Brasileira, 2011, p. 41, 43.

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Lição 2 - Sábado, 08 de Outubro de 2011.

de Deus; não serviam às mesas nem cuidavam de ne-cessidades físicas dos carentes. Após reunirem a Igreja, os apóstolos requisitaram que escolhessem sete homens entre si, para serem colocados a cargo desses deveres. A congregação apontou os servos e os apóstolos ordena-ram-nos (At 6:6).

As quali cações individuais desejadas para esse ministério incluíam boa reputação, ser cheio do Espíri-to e de sabedoria. Mais tarde, outras quali cações foram listadas (1 Tm 3:8-13). Os diáconos deveriam ser dignos de respeito, não mentirosos ou hipócritas; ter dignidade e crença sincera em se agarrar à verdade. Deveriam ser éis no casamento, bons administradores de seus lhos

e de suas casas; precisavam ter domínio próprio, não dados a muito vinho nem viverem à custa de de lucros desonestos.

Nesta passagem, o corpo eclesiástico recebeu a responsabilidade de testar os candidatos, antes de per-mitir que servissem. Depois, se estivessem além da re-provação, podiam ser ordenados como diáconos. Se servissem bem, então obtinham boa reputação e grande con ança na fé.

Quanto ao cargo de diaconisa, creio que Roma-nos 16:1,2 trata do assunto. Febe é chamada de “serva da Igreja” (serva, aqui, é a mesma palavra grega tradu-zida como “diácono”) e havia sido uma “protetora de muitos”. Paulo pede que ela seja recebida “no Senhor como convém aos santos”. Parece que as mulheres ti-nham funções especiais dentro da Igreja Primitiva.

Estudando as funções de liderança e conhecen-do os atributos de um bom líder espiritual, precisamos aplicar seriamente essas informações ao fazermos nos-

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Qualificações dos Líderes de Adoração

sas escolhas na liderança da igreja local. Precisamos aceitar líderes que demonstrem experiência. Maturidade na vida, atitudes e crenças são elementos-chave para a liderança el. Então, poderemos con ar em seu ensino e poderemos segui-los em seu exemplo.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Descrever quali cações e responsabilidades de líderes es-

pirituais, como estabelecidas em 1 Timóteo 3.2. Ajudar os participantes a identi carem suas quali cações

para exercerem papéis de liderança.3. Avaliar descrições atuais de trabalho para líderes congre-

gacionais, à luz das quali cações nas Escrituras.

1 Timóteo 4:6-16

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Filipenses 3:17-4:1Observar e imitar aqueles que têm suas mentes foca-

das em sua cidadania celestial ajudar-nos-á a viver a carrei-ra cristã até o m. Quão facilmente nos distraímos com as coisas deste mundo e por nossos próprios apetites da carne! Ceder a tais desejos só serve para nos tornar inimigos da própria cruz que devemos levar todos os dias. Como inimi-gos, é impossível permanecermos “ rmes no Senhor”.

Anote Hebreus 12:1-3 como uma oração para fazer por sua vida, a cada dia. Depois espere e veja o que Deus faz em resposta às suas orações.

Segunda – Lucas 19:12-23Esta passagem e seu paralelo em Mateus 25:14-30 re-

almente me desa am. Sobre o que Jesus estava falando? Em ambas as passagens, os escravos recebiam dinheiro com o qual deveriam negociar. Jesus deixou claro, na parábola, que o que os escravos sempre zeram com esse dinheiro foi cru-cial para o futuro.

Jesus forçava a questão da mordomia, agitando-nos para perguntarmos a nós mesmos se estamos usando o tem-

1 Timóteo 4:6-16

di õ íbli iá i

Prioridades da Liderança

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Prioridades da Liderança

po e os recursos sabiamente. Somos generosos em dar? Es-tamos investindo nossos tesouros no Reino dos Céus? Peça a Deus que sonde seu coração.

Terça – 1 Crônicas 29:18-25Uma de nição para “reto” é ter um único propó-

sito ou objetivo, acima de tudo; ser rme ou resoluto. O que acontece com um líder reto? As pessoas que o seguem sentem-se focadas. Elas vivem com um senso de propósi-to. Israel foi liderado pelas palavras e ações de Davi para com Deus e sua vontade. A resposta deles? Ofertas incríveis, bendizendo o Senhor com adoração e corações submissos.

Olhe para todos os setores de sua liderança. Você lidera com propósitos, direcionando os que o seguem até Deus? Eles respondem com adoração e obediência?

Quarta – Deuteronômio 11:13-21Eu amo o quanto Deus é honesto! Não sei quanto a

você, mas estou constantemente sendo desa ado a manter meu foco em Deus e em sua Palavra. Muitas coisas neste mundo disputam nossa atenção. Como nosso Criador, Deus sabe quão facilmente distraídos somos. Em sua bondade, ele diz quão importante é obedecer à sua Palavra e, então, diz como o fazer.

Anote isso e coloque onde não possa esquecer. Co-mece a memorizar versículos com seus lhos e ache manei-ras de lhes ensinar a Palavra de Deus, todos os dias.

Quinta – Salmos 25:1-10Quão empolgante é servir a Deus! Fomos criados

para contemplarmos a beleza do Senhor, para sermos fas-cinados por ele. O salmista expressa admiração ao caráter divino. Claramente ele teve experiências em sua vida que o levaram mais profundamente à sua fé e revelaram quem

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Lição 3 - Sábado, 15 de Outubro de 2011.

Deus verdadeiramente é. Este salmo borbulha de um cora-ção conectado ao de Deus.

Você tem anelado a Deus de novas maneiras? Há lu-gares em seu coração que você tem tentado esconder dele? Ao meditar sobre o caráter divino, escreva seu próprio sal-mo, expressando os desejos do seu coração.

Sexta – 1 Coríntios 13:1-14:1Frequentemente mencionada como “O Capítulo do

Amor”, esta passagem traz um poderoso soco de verdade dirigido à nossa autojusti cação e presunção. Somos rápidos para dar tapinhas em nossas próprias costas quando faze-mos alguma coisa boa. A necessidade de nos sentirmos bem com nosso próprio Cristianismo foi preenchida. “Sim, eu!” Estou certo?

Hora para uma checagem do coração. Enquanto lê lentamente estes 13 versículos, deixe que o impacto com-pleto das palavras e das verdades sobre o amor inunde sua mente e seu coração. Passe algum tempo parafraseando os versículos; use suas próprias palavras, realmente pensando sobre o que Paulo diz.

Sábado – 1 Timóteo 4:6-16É sempre bom ter um líder experiente dando con-

selhos e direções, como Paulo fez por Timóteo. Podemos aprender com seus conselhos: 1) Ser diligente na busca por Deus e ao permitir que o transforme à imagem de Cristo; 2) Ser disciplinado nas coisas espirituais; quanto a jejum, oração, leitura da Palavra, conhecimento da verdade; 3) Ser um bom exemplo nas palavras que usar, na conduta, fé, no amor e na pureza; 4) Estar atento em cultivar e exercitar os dons espirituais dados por Deus; 5) Ter cuidado em como suas ações e decisões afetam os que estão à volta.

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Prioridades da Liderança

Estudo Contexto Devocional

1 Timóteo 1 Timóteo Filipenses

4:6-16 Cap. 4 3:17-4:1

Verso Áureo “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina”. (1 Tm

4:16a).

Núcleo da LiçãoAs pessoas que recebem pedidos para servirem

em posição de liderança podem questionar se apresen-tam as quali cações necessárias ou capacitação. Como os líderes em potencial devem responder quando surgi-rem oportunidades de servir? Paulo encorajou os líderes a se entregarem à obra de Deus sem negligenciarem sua própria jornada espiritual.

Questões para o Estudo do Texto

1. Dê uma rápida passada no livro de 1 Timóteo. Quais são os principais temas que Paulo aborda? Onde a passagem em estudo encaixa-se nesse contexto?

2. Quais são “estas coisas” (v. 6) que Paulo encorajou Timó-teo a apontar ao povo da igreja em Éfeso?

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Lição 3 - Sábado, 15 de Outubro de 2011.

3. Como o “exercício físico” (v. 8) compara-se à disciplina espiritual? Quais são as semelhanças? E as diferenças?

4. O versículo 10 a rma que Deus é o “Salvador de todos os homens”. De quais formas a declaração poderia ser in-terpretada? Há perigo em algumas dessas interpretações? Como se interpreta e por quê?

5. Por que Paulo enfatizou a importância do exemplo de Ti-móteo juntamente das Escrituras, da exortação e do en-sino? Que papel cada um exerce no ministério da Igreja, hoje em dia?

6. Que papel os dons espirituais exercem em sua vida e no ministério?

7. O versículo 16 aponta que a vida espiritual e o ministério de Timóteo tinham implicações na salvação de outros. Sua vida espiritual tem um impacto sobre os outros? Se sim, como causa impacto em você?

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Prioridades da Liderança

Entendendo e Vivendo

Uma Carta Útil1 Timóteo foi escrito como uma carta, uma exorta-

ção pessoal, de um pai espiritual a seu lho na fé. Paulo es-creveu para Timóteo quando o deixou em Éfeso. Enquanto plantava igrejas em todo o território do que hoje é a Turquia, Paulo con ou a jovem Igreja em Éfeso ao querido Timóteo. Esta seção das Escrituras mostra a sabedoria que um pai na fé compartilha com um jovem pastor que se esforçava dura-mente para pastorear a igreja.

Certamente há muito desta carta que podemos apli-car aos relacionamentos que temos em nossa igreja local. Ao olharmos para 1 Timóteo 4:6-16, podemos ver que Paulo enfatizava dois temas principais: a importância de focar a verdade espiritual e a necessidade de perseguir a excelência espiritual.

A Importância das EscriturasTalvez Paulo tenha destacado a verdade e a sã dou-

trina nesta carta, porque Timóteo aprendera as Escrituras desde a infância. Muitos de nós crescemos indo à igreja e ouvindo a Palavra de Deus regularmente, mas começamos a diminuir o poder das Escrituras e achamos que já a conhe-cemos. Esquecemos que “a palavra de Deus é viva, e e caz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes [...] e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do cora-ção” (Hb 4:12).

O Profeta Isaías a rma que a Palavra de Deus “não voltará para [Ele] vazia, mas fará o que [O] apraz e prospe-rará naquilo para que [Ele] a designou” (Is 55:11). A Palavra

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Lição 3 - Sábado, 15 de Outubro de 2011.

de Deus é maravilhosa! Não podemos esquecer isso. Como povo que apresenta a Verdade de Deus para o mundo, não podemos esquecer o poder que ela tem de moldar e mudar vidas.

Paulo exortou Timóteo para corrigir os que estives-sem seguindo mentiras e falsas doutrinas, e/ou levando adiante atividades religiosas inventadas. Mas ele também encorajou Timóteo a se nutrir, constantemente, com “toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4). Timóteo havia elmente vivido sua vida com base na sã doutrina (v. 6). Paulo indicou que era importante que Timóteo passasse esse fundamento da verdade para os demais crentes à sua volta. Declaremos a verdade, sem vergonha ou desculpas, e veremos Deus usá-la para transformar a vida das pessoas.

Flexionando Nossos Músculos EspirituaisNo versículo sete Paulo muda de foco. Ele deixa de

abordar a in uência de Timóteo sobre os outros para fazer um desa o, em tom paternal, para que seu discípulo buscas-se a excelência espiritual. Como seu pai era grego, Timóteo era familiarizado com essa cultura e com a valorização da forma física. Talvez por isso Paulo tenha escolhido com-parar as disciplinas do treinamento do corpo físico com a disciplina espiritual em busca da piedade. A ideia dessa com-paração é: se o treinamento físico tem valor, muito maior valor tem o treinamento espiritual (cf. 1 Co 9:24-27; Fl 3:12); ou seja, para Paulo, o desenvolvimento espiritual tem mais importância do que o físico, porque tem consequências mui-to mais duradouras, pois tem “a promessa da vida presente e da que há de vir” (v. 8).

Imagine um jovem em busca de força e de habili-dade. Ele simplesmente se sentaria e leria livros sobre es-portes e comeria batatinhas e bolo de chocolate? Acho que

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Prioridades da Liderança

não. Exercitaria seu corpo e os músculos com o que há de saudável. Praticaria suas habilidades várias e várias vezes, até que pudesse realizar tarefas sem realmente pensar nelas. Trabalharia para aperfeiçoar sua mira, ou tempo, velocidade ou força.

Paulo disse a Timóteo que esse tipo de disciplina produzia bons resultados enquanto houvesse saúde; mas, se ele realmente quisesse praticar algo que tivesse valor eterno neste tempo e no vindouro, deveria se voltar à autodisci-plina, para crescer nas coisas de Deus: oração (Mt 6:5-8, 9-13); jejum (Mt 6:16-18); estudo e memorização da Palavra de Deus (Ed 7:10); dar aos pobres (Mt 6:2,3); aprender a se submeter humildemente a Deus e resistir ao diabo (Tg 4:6,7); caminhar de modo digno do seu chamado (Ef 4:1-3); tomar sua cruz diariamente e seguir o exemplo de Cristo em palavras e obras (Mt 16:24; Mc 8:34, Lc 9:23).

Tratamos nossos músculos espirituais com exercícios diários? Ou somos preguiçosos quando se trata de exerci-tar a piedade? Eis a dura questão: Está mais preocupado com seu próprio entretenimento do que em adorar a Deus? Quanto você conhece a Bíblia? Onde está gastando tem-po, dinheiro e energia? Isso irá lhe mostrar onde estão suas prioridades.

Um Padrão DiferenteTimóteo era um jovem, um jovem líder; ainda assim,

Paulo insistiu que não usasse sua idade como desculpa para imaturidade espiritual. Então, nomeou as áreas de fala, con-duta, amor, fé e pureza como pontos para Timóteo priorizar como comportamento excelente (vv. 12-16). Estas declara-ções são memoráveis, pois contém verdades fundamentais. Elas devem ser consideradas com cuidado e bem lembradas.

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Lição 3 - Sábado, 15 de Outubro de 2011.

Não pode haver nada mais importante do que buscar o que é melhor na vida: maturidade espiritual genuína.

Quando eu (Jayme) era jovem, costumava me com-parar, espiritualmente, a meus colegas – especialmente àque-les alguns anos mais velhos. Com frequência, deixava-me acreditar que estava indo bem em minha caminhada com Jesus, porque ainda era “um pouquinho melhor” que a irmã Fulana e o irmão sicrano. Estava permitindo que minha ju-ventude e imaturidade física fossem desculpa para não usar a Bíblia como medida. Ao invés de olhar para Jesus e xar meus olhos nele (Hb 12:2), deixava que meus olhos olhas-sem para outros como meu padrão de vida.

Isso me deixou com um caráter subdesenvolvido. Eu era fofoqueira, paqueradora, descuidada com meu modo de vestir, imperdoável e, com frequência, luxuriosa em meus pensamentos. A despeito de tudo, ainda parecia muito bem aos meus próprios olhos quando me comparava a alguns à minha volta. Estava tão errada no que estava fazendo! Que-ria ter tido um Paulo para me mostrar isso e encorajar-me rumo à maturidade espiritual.

Mapeando um CaminhoA sabedoria de Paulo era como um convite para Ti-

móteo crescer em Cristo; suas palavras ofereciam um tipo de mapa do tesouro rumo ao prêmio de se tornar um bom líder. Podemos ver a importância de conhecer e de seguir a verdade bíblica para que se possa ensiná-la a outros. E ensi-ná-la bem! Somos encorajados a prosseguir rumo à maturi-dade espiritual e a um forte caráter, que visivelmente leve o fruto do Espírito (Gl 5:22,23).

Paulo destacou a importância dos presbíteros em um corpo local, usando o tempo para profetizar e impor as mãos sobre os jovens, e conceder dons espirituais. Essas profecias

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Prioridades da Liderança

são parte importante da luta contra as mentiras do inimigo que, com frequência, vêm contra nós para nos confundir quanto à nossa identidade em Cristo (1 Tm 1:18).

Isso tudo é somente para nosso próprio ganho nesta vida? Com certeza, não. A pessoa colherá recompensas eter-nas e vai assegurar salvação àqueles com quem falar, ensinar e discipular. Anote a palavra “perseverar”; ela quer dizer: persistir ou permanecer constante em um propósito, uma ideia, ou tarefa diante de obstáculos ou desencorajamento. Mantenha-se rme em Jesus! Quero deixá-lo com uma ci-tação que era o lema da vida do conde alemão Nicolaus Lu-dwig Von Zinzendorf (1700-1760): “Tenho uma única pai-xão: Jesus. É Ele e somente Ele”.

Dicas para os Professores

Metas da Lição 1. Estudar como um líder espiritual treina e se prepara para

o serviço, como identi cado em 1 Timóteo 4.

2. Ajudar os participantes a re etirem sobre seus dons para o ministério e o que é necessário para cultivá-los.

3. Ajudar os participantes a projetarem um programa pesso-al de treinamento para a boa forma espiritual.

1 Timóteo 5:1-8, 17-22

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Atos 6:1-6Como mãe, tenho trocado uma porção de fraldas sujas

e jogado fora muitas com nariz fechado. O ciclo contínuo do trabalho doméstico e de cuidado infantil pode se tornar bem maçante – simplesmente não acaba nunca! Mas, uma vez, ouvi algo que me ajudou a manter uma boa atitude. Se eu zer tudo para Jesus como uma forma de adoração, isso me

ajudará a desenvolver a mais servil das tarefas. Sempre que troco uma fralda ou lavo um prato, vejo-me fazendo isso para Jesus. Com que coisas você luta para realizar com uma boa atitude? Você consegue ver-se fazendo isso para Jesus?

Segunda – Lucas 12:35-40Esperar é muito difícil para mim. O sentimento de

impaciência começa a surgir, e não quero mais esperar. Tudo em mim grita: “Esqueça isso! Quero seguir adiante”. Entre-tanto, não consigo realmente assim com relação a Deus. Ele conta comigo para aguardar e vigiar, esperançosamente, por seu retorno. Suas palavras aqui são um encorajamento para nós, para que esperemos com expectativa em nossos cora-ções, ao invés de impaciência.

1 Timóteo 5:1-8, 17-22

A Adoração Inspira Serviço

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A Adoração Inspira Serviço

Como devemos estar “vestidos” em nossos corações (v. 35)? O que ele fará quando o encontrar esperando por ele (v. 37)? Seu estilo de vida re ete a expectativa em seu espírito?

Terça – Marcos 7:9-13É importante para Deus que os lhos honrem seus

pais. Na verdade, é um dos “Dez Mandamentos” que ele deu aos lhos de Israel. Ademais, é o único mandamento com promessa de bênçãos anexada a ele. À luz disso, por que você acha que Jesus estava tão irado com os fariseus e os escribas? Que argumento tentava apresentar-lhes? E a nós? No versículo 6, Jesus descreve o que é um hipócrita.

Gaste algum tempo, hoje, para examinar seu cora-ção, revendo para onde a hipocrisia tem o arrastado.

Quarta – Levítico 19:31-37Honrar os mais velhos é uma maneira de expressar

seu respeito por Deus e sua obediência à Palavra. No versí-culo 37, o Senhor diz: “Guardareis todos os meus estatutos e todos os meus juízos e os cumprireis. Eu sou o Senhor”. Na verdade, ele encerra cinco desses sete versículos com “Eu sou o Senhor”.

Como você responde aos mandamentos de Deus e à autoridade dele? Há uma luta de poder acontecendo dentro de você? Leia os seguintes versículos e medite quanto à res-posta principal que eles re etem: 1 João 5:2, 3; Mateus 5:19; João 14:15; João 14:21; 1 João 2:3, 4.

Quinta – Marcos 12:41-44Feche seus olhos e imagine-se como um dos discí-

pulos. Sente-se com Jesus. Hoje, você observa as ofertas do templo. Todas as pessoas ricas estão depositando grandes somas de dinheiro, e aproxima-se uma viúva pobre. Ela de-

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Lição 4 - Sábado, 22 de Outubro de 2011.

posita duas moedas. Não parece muito, comparado à quan-tia que já foi entregue, mas você consegue imaginar Jesus levantando-se e dizendo a todos: “É isso! Essa deu mais do que qualquer outra pessoa”?

Como se parece sua oferta: com a dos ricos, ou da viúva pobre?

Sexta – 1 Timóteo 5:9-16Ajudar os outros é algo maravilhoso. É tão bom ouvir

alguém dizer “Obrigado”! E quando aqueles a quem você ajuda mentem ou roubam de você ou dos seus lhos? Infe-lizmente, minha resposta foi de raiva: “Como eles ousam me usar! Eu estava tentando lhes ajudar!” E eu queria mes-mo ajudar. Também queria me sentir bem comigo mesma e com minha fé, e essas pessoas não cooperavam com meus planos! Você entende? Eu tentava ajudar com minhas pró-prias forças, e a motivação estava completamente errada.

Leia 1 Coríntios 13:1-3 atenciosamente e deixe que as palavras de Paulo desa em-no.

Sábado – 1 Timóteo 5:1-8, 17-22Há tantas coisas a considerar quando se é líder no

Corpo de Cristo! Uma das mais importantes é o conceito de servir a quem lidera. Chamamos isso de liderança servil. Em Filipenses 2:3-7, Paulo compartilhou conosco como Je-sus iniciou seu ministério nesta terra, deixando de lado toda a autoridade, tornando-se uma criança humana e indefesa. Ele tornou-se um servo. Jesus disse que não veio para ser servido, mas para servir.

Esta passagem das Escrituras altera seus pensamen-tos sobre ele? O que aprendemos sobre liderança observan-do o modelo endossado por Jesus e por Paulo?

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A Adoração Inspira Serviço

Estudo Contexto Devocional

1 Timóteo 1 Timóteo João

5:1-8, 17-22 Cap. 5 12:20-26

Verso Áureo “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e, es-

pecialmente, dos da própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente”. (1 Tm 5:8)

Núcleo da LiçãoQuando as pessoas levam vidas boas e admiráveis,

os outros querem honrá-las. Que serviço podemos prestar a alguém a quem honramos? Paulo diz para servir bem às viúvas, que precisam de ajuda; e aos anciãos, que merecem honra.

Questões para o Estudo do Texto

1. O que os versículos um e dois sugerem sobre a forma como devemos nos relacionar com nossa família eclesi-ástica? Quais são as semelhanças e diferenças entre isso e a maneira como nos relacionamos com nossa família biológica? Há limites que precisam ser estabelecidos entre os dois relacionamentos?

2. Paulo escreveu sobre o cuidado e o respeito apropriado a nossas famílias biológicas (v. 8). Como isso se relaciona ao conceito de “Honra a teu pai e a tua mãe”, apresentado no quinto mandamento (Êx 20:12)? Por que isso é tão im-portante para Deus? Que evidências encontramos disso nesta passagem?

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Lição 4 - Sábado, 22 de Outubro de 2011.

3. Qual é o papel dos “presbíteros” na Igreja de hoje? O que você acha que signi ca a expressão “dupla honra” (v. 17)?

4. O versículo 18 cita Deuteronômio 25:4 e Lucas 10:7. O que Paulo está dizendo concernente aos anciãos?

5. Pesquise a prática de “impor as mãos” no Novo Testa-mento. Que luz isso derrama sobre o versículo 22?

6. Viúvas e presbíteros são geralmente vistos como aque-les que passaram suas vidas servindo aos outros. De que forma servir a outros também serve e agrada a Deus? De que maneira você pode honrar e servir àqueles que se en-tregaram no serviço a você, sua família e à igreja?

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A Adoração Inspira Serviço

Entendendo e Vivendo

Instruções sobre LiderançaComo discutimos na lição da semana passada,

Paulo escreveu instruções a Timóteo, a quem ele deixa-ra para discipular a Igreja em Éfeso, enquanto ele conti-nuava suas viagens. Embora Timóteo fosse o líder dali, o capítulo cinco começa com instruções sobre tratar os membros da igreja como familiares; e, não, como subal-ternos ou subordinados.

Quando nos encontramos em uma posição de li-derança, precisamos vê-la como uma oportunidade de servir aos que estamos liderando, e não como um mo-mento para usar nossa autoridade de maneira abusiva. Ter um forte senso de quem somos com Cristo – e sem ele – é a base forte para ser um bom líder.

As instruções de Paulo lembram o estilo de lide-rança de Jesus. Ele veio como líder, porém pronto para servir. Paulo atesta que, quando Jesus veio à Terra, ele “esvaziou-se de si mesmo, assumindo a forma de servo” (Fl 2:7). João mostra que Jesus estava seguro em saber que sua posição viera de Deus. Ele não se sentia amea-çado por seus seguidores; não precisava se portar como se estivesse acima deles para lembrar-lhes de quem ele era. Sua identidade e posição estavam seguras no Pai ( Jo 13:3).

Quando Jesus comia a Última Ceia com seus dis-cípulos e lavou os pés deles, sentiu-se livre para assumir o papel de servo. Ele despiu-se de sua capa; pegou uma toalha, uma vasilha de água e ajoelhou-se aos pés de

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Lição 4 - Sábado, 22 de Outubro de 2011.

cada discípulo. Aquele cujo nome está acima de todos os outros se ajoelhou como um escravo comum! Isso deveria realmente nos desa ar. Ali estava ele com al-guns de seus amigos mais próximos e, de repente, mui-to obviamente, servia-os. Era tudo muito estranho para seus discípulos. Pedro sentiu-se tão desconfortável que, a princípio, recusou-se ser lavado. Jesus desa ou aqueles homens a também servirem aos demais, dizendo: “Por-que eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos z, façais vós também” ( Jo 13:15).

Instruções sobre Relacionamentos na IgrejaA compaixão de Paulo por Timóteo era evidente

nos frequentes conselhos e direções dados por ele. Neste ponto, Paulo começa a esboçar como deve

ser a conduta de Timóteo com referência a vários gru-pos de pessoas na igreja em Éfeso: pessoas mais velhas e mais jovens (vv. 1-2), viúvas (vv. 3-16), presbíteros (vv. 17-25), escravos e senhores (6:1-2). Seu conselho a res-peito do primeiro grupo concorda bem com sua ima-gem de uma congregação local como uma família.

Idosos e jovens. O conselho, no versículo pri-meiro, contra qualquer tratamento ríspido (“não repre-endas”) também se aplica aos quatro grupos menciona-dos. Em vez de um severo ataque verbal, Paulo instrui Timóteo a admoestar aos idosos como se fossem pais e mães (cf. Lv 19:32). Da mesma forma, os mais jovens, independentemente do sexo, também devem ser incen-tivados como membros da família, ou seja, como ir-mãos.

Timóteo não deveria conduzir a Igreja de forma agressiva, mas com compaixão, o que indica incentivo

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A Adoração Inspira Serviço

de forma positiva e amorosa. A disciplina positiva con-segue mais do que a censura negativa.

Viúvas. Na seção seguinte, Paulo continua falan-do sobre relacionamentos na igreja, incluindo o cuida-do apropriado para com as viúvas. Paulo destacou que as “verdadeiras viúvas”, aquelas que não têm família, devem ser cuidadas pela Igreja; e as que ainda têm fa-mília devem ser cuidadas pelos familiares (vv. 3-4). Ele até deu uma repreensão muito forte àqueles que não se importam com as viúvas em suas próprias famílias, di-zendo: “[esse homem] tem negado a fé e é pior do que o descrente” (v. 8). Havia um costume naquela época, observado até mesmo pelos pagãos, em que os parentes de uma família cuidavam de suas viúvas.

Portanto, um cristão que recusasse esse dever es-taria agindo pior que um in el. Ignorar as necessidades de sua própria família é o mesmo que negar a fé cristã, cujo fundamentado está no amor generoso e graça de Deus. Nos versículos seguintes (vv. 5-16), que não es-tão no estudo de hoje, Paulo dá instruções especí cas sobre como cuidar das viúvas. As especi cidades estão relacionadas com a situação da igreja em Éfeso, mas to-das re etem uma preocupação de incentivar as viúvas e seus familiares para um comportamento el e piedoso, bem como atender às necessidades físicas.

Líderes da Igreja. Após a sua discussão sobre o apoio às viúvas, a atenção de Paulo se volta para a questão dos líderes da Igreja. Assim, nos versículos 17 a 20, o apóstolo dá algumas instruções quanto aos pres-bíteros da Igreja. Ao contrário dos anciãos do versículo um, os mais velhos aqui estão os líderes da Igreja, como a descrição do seu ministério indica. Havia pelo menos

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Lição 4 - Sábado, 22 de Outubro de 2011.

dois grupos de presbíteros na igreja local: aqueles que serviam como administradores e aqueles “cujo trabalho é a pregação e o ensino” (v. 17 – NVI).

Ele asseverou que estes líderes eram dignos de “duplicada honra” e, portanto, merecedores de salário, posto que a “honra”, a que Paulo se refere, é o suporte monetário (“dobrados honorários” – ARA), como no versículo 3. Ainda a rmou que acusações contra eles não deveriam ser ouvidas se viessem de apenas uma pessoa. Dessa forma, receberiam proteção contra fal-sas acusações; mas, ao mesmo tempo, eram alçados a um padrão mais elevado e seriam repreendidos publi-camente quando pecassem. Não deveriam ser tratados com favoritismo, portanto.

O Tempo é TudoPaulo termina esta seção com o alerta: “A nin-

guém imponhas precipitadamente as mãos” (v. 22). Isso se refere à mesma imposição de mãos sobre a qual le-mos em 1 Timóteo 4:14, na qual Paulo lembra Timóteo de usar o dom espiritual recebido “com a imposição das mãos”. A imposição das mãos acontecia quando alguém se tornava um dos presbíteros, para con rmar neles os dons espirituais que precisariam ter para executarem seus deveres.

A palavra “precipitadamente”, no versículo 22, encoraja os líderes eclesiásticos a não tornarem alguém um presbítero antes que este tenha alcançado o nível de maturidade necessário. Com que frequência alguém com carisma e dons naturais recebe uma posição de li-derança enquanto ainda é jovem em sua fé não testada? Mais do que frequentemente, isso resulta no fracasso

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A Adoração Inspira Serviço

espiritual de um líder, porque não teve o tempo neces-sário para desenvolver as quali cações necessárias ao ofício.

Aqueles que estão familiarizados com barcos a vela provavelmente sabem que uma embarcação precisa de uma quilha para permanecer rme na água. A qui-lha, que está invisível debaixo d’água, deve ser quase tão longa quanto a altura do mastro. Uma quilha pe-quena demais, ou fraca e/ou rachada, trará resultados desastrosos quando o vento começar a soprar nas velas, pondo pressão demais. Nosso caráter é como a quilha; e nosso ministério/liderança é como a vela. Quanto mais papéis de ministério ou de liderança assumimos, maio-res são nossas velas, e mais força ou pressão é posta nas quilhas de nosso caráter. Um caráter subdesenvolvido ou com falhas não será capaz de suportar as pressões, e esse líder fracassará se sua fraqueza não for trabalhada.

Obviamente, as experiências de Paulo na plan-tação de igrejas e no relacionamento com o corpo de Cristo amadureceram-no e tornaram-no um sábio men-tor para o jovem Timóteo; assim como para nós. Seu conselho para assumirmos uma posição de humildade parece tão conhecido, mas tão pouco praticado. Suas palavras são bons lembretes para seguirmos no cami-nho de Jesus.

Paulo também sabia que, em uma igreja jovem e em crescimento, é sempre tentador para os pastores darem responsabilidade cedo demais a jovens crentes. Em geral, camos facilmente impressionados pela un-ção; porém, com frequência, esquecemo-nos de olhar mais de perto para o caráter da pessoa. Com que fre-quência negligenciamos investigar nosso próprio de-

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Lição 4 - Sábado, 22 de Outubro de 2011.

senvolvimento de caráter? Precisamos não somente ler estas palavras de Paulo; precisamos aplicá-las a nossas próprias vidas.

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A Adoração Inspira Serviço

Dicas para os Professores

Metas da Lição 1. Examinar o que 1 Timóteo 5 diz sobre honrar viúvas e

presbíteros.2. Ajudar os participantes a entenderem que, quando servi-

mos àqueles que são importantes para Deus, servimos, honramos e adoramos a Deus.

3. Levar os alunos a nomearem os que elmente serviram a Deus, a quem agora queremos servir e honrar.

UNIDADE II

Razões para a Adoração

2 Timóteo 2:8-15

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Atos 3:11-16A maioria das pessoas consegue tolerar e até gostar de

aprender algo da História – a menos que esta seja um lembre-te doloroso de sua própria história. Na passagem de hoje, Pe-dro teve uma chance de testemunhar a uma multidão muito dura, mostrando-lhes claramente que, quando as pessoas cru-ci caram Jesus, “o Autor da Vida”, Deus ergueu-o dentre os mortos. Pedro, com orgulho, proclamou-se uma testemunha da ressurreição de Cristo e desa ou a multidão, dizendo que sua fé em Jesus era a força por trás da cura do aleijado.

Você seria um dos que se tornaria seguidor desta nova fé?

Segunda – Romanos 1:1-7Histórias familiares são fascinantes! É divertido ras-

trear suas raízes e descobrir quais foram seus ancestrais e que papéis podem ter exercido em eventos históricos. Um dos meus ancestrais esteve perto de assinar a Declaração de Independência, mas adoeceu e não pôde fazê-lo.

2 Timóteo 2:8-15

M dit õ Bíbli Diári

Lembrando

Jesus Cristo

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Lembrando Jesus Cristo

Nas cartas de Paulo, frequentemente lembrava seus lei-tores que Jesus, como homem, era descendente de Davi, um fato importante para os seguidores judeus desta nova fé. Tam-bém destacava a seus leitores gentios que Jesus era o Filho de Deus, perfeito e santo, e ressurreto dentre os mortos.

Terça – Tito 3:1-7Quando o trabalho e a vida tornam-se estressantes,

é fácil colocar a fé no fundo da mente, pensando que a es-tamos guardando em um local seguro, até que tenhamos tempo para pensar em Cristo novamente. Seria tão melhor para nosso testemunho se nossa fé fosse a força condutora de todas as ações e pensamentos! Nada que façamos por conta própria será su ciente para adquirir nossa salvação e uma esperança no céu. Jesus, nosso Salvador, é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14:6).

Quarta – Mateus 26:17-30A refeição da Páscoa Judaica e a Festa dos Pães As-

mos eram momentos sagrados importantes. Eram uma cele-bração do Êxodo do Egito; como o anjo passou pelo primo-gênito e como, em sua fuga do Faraó, tiveram de preparar o pão sem fermento. Jesus celebrou sua última Páscoa com os discípulos, ensinando-lhes que deveria se tornar o sacrifício de nitivo por todos. Mas seus discípulos não entenderam. Ainda é difícil para nós, hoje em dia, compreendermos o que Jesus precisou fazer para que pudéssemos obter perdão para os nossos pecados.

Quinta – 1 Coríntios 11:23-33Você, às vezes, sente-se culpado quando recebe a Co-

munhão? Eu sim, e sei que é por me lembrar do tremendo sacrifício que Jesus fez por minha causa, o que não mereço!

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Lição 5 - Sábado, 29 de Outubro de 2011.

Tomar o vinho e comer o pão da Comunhão é um ato mui-to pessoal. Devemos estar preparados em corações e mentes para pensar nisto – Cristo morreu, e foi uma morte horrível, dolorosa, que incluiu a traição de Judas, a negação de Pe-dro e a ignorância do povo, que exigiu sua cruci cação. Ele morreu só – por mim, por você e por todos que aceitarem seu maravilhoso ato de graça e misericórdia.

Sexta – 2 Coríntios 6:1-10Certos eventos em nossas vidas podem ser muito

divertidos – casamentos, aniversários, formaturas e férias. Esperamos ansiosos por eles, planejando e economizando para o grande momento. E, então, quando nalmente acon-tecem, terminam rápido demais, e camos nos sentindo cansados e imaginando por que a felicidade não durou um pouco mais.

Não é esse o caso com o evento da salvação. Uma vez que aceitamos o sacrifício de Cristo por nós, vivemos no fa-vor de Deus, e cada dia é o de nossa salvação! Que presente maravilhoso da graça é isso!

Sábado – 2 Timóteo 2:8-15Imagine que você acabou de ouvir as melhores no-

tícias. Não importa o que seja – o nascimento de um bebê saudável, alguém que você conhece sendo curado de cân-cer, um amigo encontrando um emprego depois de muitos meses de desemprego... O que faz com essa notícia? Você compartilha; quer que a notícia abençoe qualquer um, todos que a ouvirem. Nossa salvação em Jesus Cristo é tão maior que qualquer boa notícia que você possa pensar. É como dar água e comida a alguém que está morrendo de fome e sede. Essa “palavra da verdade” deve estar sempre em seus lábios!

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Lembrando Jesus Cristo

Estudo Contexto Devocional2 Timóteo 2 Timóteo Tito 2:8-15 Cap. 2 3:1-7

Verso Áureo

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Tm 2:15)

Núcleo da Lição

As pessoas podem achar difícil defender crenças e valores. O que pode nos ajudar nessa defesa? A experi-ência da adoração move os cristãos a uma compreensão mais profunda do que eles acreditam.

Questões para o Estudo do Texto

1. O que Paulo convoca Timóteo a “lembrar” (v. 8)? Que papel a lembrança exerce em ajudar a vivermos nossa fé?

2. Reveja a pregação de Paulo no livro de Atos. O que era “[seu] evangelho” (v. 8b) pelo qual sofreu (v. 9)? Que tipo de sofrimento Paulo enfrentou por pregar o evangelho? Por que você acha que “suportou” (v. 10) tais sofrimen-tos?

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Lição 5 - Sábado, 29 de Outubro de 2011.

3. O que signi ca morrer com Cristo (v. 11)? E como vivere-mos com ele? Que diferenças práticas isso faz para nós?

4. Descreva o que signi ca o fato de que “reinaremos com ele” (v. 12a)?

5. Quando lemos “se o negarmos” (v. 12b), podemos pensar na negação de Pedro no julgamento de Jesus (Mt 26:69-75). De que maneira negamos a Cristo, hoje em dia? Você consegue pensar em momentos em que o negou?

6. Como podemos reconciliar a aparente contradição dos versículos 12b e 13? Jesus nega ou permanece el a nós? É possível ele fazer as duas coisas?

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Lembrando Jesus Cristo

Entendendo e Vivendo

Pensamento EmbaraçadoVocê já pensou ter entendido uma ideia com cla-

reza e tropeçou nas palavras, frustrando-se ao explicá-la para outra pessoa? Até algo simples, como fazer um bolo de amendoim, dos chamados “bolos de liquidi ca-dor”, pode se tornar complexo ao tentarmos mover da esfera do “algo que fazemos” para o algo “que ensina-mos como fazer”. Isso é ainda mais verdade quando se trata de um pensamento ou convicção. Quando chega a hora, temos uma porção de ideias embaraçadas, vagan-do na cabeça, que têm muito a ver com a forma como somos e no que acreditamos.

Há grande valor em ser capaz de articular pen-samentos e crenças. Transformar ideias em palavras, sejam escritas ou faladas, força-nos a sermos especí- cos e mais concretos. Também nos força a fazer e a

responder perguntas duras. Podemos ter de reavaliar. Assim, temos oportunidade de a rmar ou de corrigir nossas crenças. O resultado de tal exercício deve sempre ser um entendimento mais profundo e uma convicção maior de nossas crenças.

Pensamento embaraçado pode ser especialmente perigoso quando se trata de nossas crenças sobre Deus, acerca da Bíblia e da fé. Crenças embaraçadas podem ser abaladas quando desa adas. Até pior; podem nos levar a falsas crenças, se não estiverem baseadas na verdade. Crenças claramente articuladas ajudam a solidi car a fé e podem ser compartilhadas.

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Lição 5 - Sábado, 29 de Outubro de 2011.

Na passagem de hoje, Paulo usa um hino para en-corajar seu protegido, Timóteo, a pensar e a ensinar so-bre Jesus Cristo. Ele deixou o assunto claro: “Lembra-te de Jesus Cristo” (v. 8). Ele poderia ter pulado direto para o versículo 14. Ao invés disso, gastou tempo lembrando Timóteo o que ele deveria lembrar sobre Jesus.

Por que lembrar-se de Jesus?A ordem para lembrar-se de Jesus Cristo, à primeira

vista, pode parecer bastante estranha. Como poderia Timó-teo esquecê-lo? John Stott responde a essa pergunta:

[...] a memória humana é notoriamente fraca: é possível que alguém se esqueça de seu próprio nome! O epitá o sobre o túmulo de Israel levava as palavras: “eles logo se esqueceram”, e foi para impedir o nosso esquecimento do Cristo cruci cado que ele, deliberadamente, instituiu a Ceia como uma festa de recordação. Mesmo assim, a Igreja esquece-se frequentemente de Jesus Cristo, absorvendo-se ora em infrutíferos debates teológicos, ora em simples atividades humanitárias, ora em insigni cantes programas restritos em seu círculo. 3

Enfatizando tanto a humanidade (“descendente de Davi”, v. 8) quanto a divindade de Jesus (“ressuscita-do de entre os mortos”, v. 8), Paulo lembrou a Timóteo que Jesus é o fundamento central de nossa fé. Não so-mente ele era uma gura real e histórica (oposta a uma ideologia embaraçada), mas Jesus também representava a entrada física de Deus no âmbito terreno, pelo qual

3 STOTT, John R.W. Tu, porém: a mensagem de 2 Timóteo. São Paulo: ABU Editora, 1982, p. 27.

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Lembrando Jesus Cristo

executou seu plano de salvar homens e mulheres de si mesmos.

Paulo explica que a salvação e a glória eterna es-tavam fundadas apenas em Jesus Cristo (v. 10, cf. At 4:12). Por essa razão, estava disposto a sofrer a dureza e a humilhação de ser acorrentado como um crimino-so comum (v. 9) pelo privilégio de pregar a respeito de Jesus.

Mais do que apenas factoides interessantes que ajudam você a vencer na gincana bíblica, estes são os componentes principais da nossa fé. Sem Jesus, sua completa humanidade e divindade, sem sua vida, morte e ressurreição, sem sua promessa de glória eterna, nos-sa fé esmigalha-se no chão. Não há nada mais no que ter fé. Não é de se admirar que Paulo tenha sentido tão fortemente a importância de nos lembrarmos de Je-sus. Quando lembramos, a fé é a rmada e fortalecida. Nossos corações são impulsionados a amar a Deus mais profundamente. A coragem de perseverar é reforçada. Nossa paixão é estimulada à ação no que acreditamos, vivendo-a e compartilhando-a.

O que devemos lembrar sobre Jesus?Nesta curta lição, não temos espaço adequado

para detalhar tudo que devemos lembrar sobre Jesus (cf. Jo 21:25). Contudo, Paulo dá uma ideia das coisas que devemos recordar, pegando emprestado de um poema ou hino batismal que, provavelmente, era familiar às primeiras igrejas. Encontramos esse hino de louvor nos versículos 11 a 13.

A primeira estrofe do hino proclama: “Se já mor-remos com ele, também viveremos com ele” (v. 11b, cf.

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Lição 5 - Sábado, 29 de Outubro de 2011.

Rm 6:8). O simbolismo do batismo captura a ideia de morrer com Cristo e de ressuscitar para a nova e eter-na vida. Eis uma declaração imensa na qual devemos embrulhar nossas mentes. E ela ainda reitera que Jesus é a chave da salvação e resume a principal transforma-ção que acontece em nossas vidas quando nos alinha-mos a ele. Paulo esclarece que, ao “morrer” com ele, nosso velho eu, nossa natureza humana e pecaminosa, “foi destruído” (Rm 6:6) pela obra de Cristo. Isso seria razão para louvarmos a Jesus pelo restante de nossas vi-das. Mas espere... Há mais! Não camos mortos. Assim como “Cristo foi ressuscitado dos mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4).

A segunda estrofe faz eco às palavras de Jesus, repetidas vezes nos Evangelhos: “Aquele, porém, que perseverar até ao m, esse será salvo” (Mt. 10:22; 24:13; Mc. 13:13). Ela traz uma promessa direcionada à perse-guição que Timóteo e a Igreja enfrentavam por causa da fé. Paulo, dentre todas as pessoas, entendia isso, pois escrevia da prisão (v. 9), enfrentando o que acreditava ser sua condenação e execução (4:6). Paulo exortou Ti-móteo a “ser forte” (2:1) e a participar dos sofrimen-tos (2:3) com ele. Ele estava estabelecendo o exemplo e seguiu-o com a promessa: “se perseveramos, também com ele reinaremos” (v. 12). Isso concorda com a visão que João relatou em Apocalipse 22:4,5; com alegria e encorajamento, sabemos que nosso serviço el será re-compensado.

A promessa é acompanhada de uma advertên-cia, na terceira estrofe: “se o negamos, ele, por sua vez, nos negará” (v. 12b), o que era quase uma citação direta

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Lembrando Jesus Cristo

das palavras de Jesus em Mateus 10:33. Se a promessa de reinar com Cristo não era motivação su ciente para perseverar, certamente a trágica possibilidade de ser ne-gado por ele seria o bastante para levar qualquer crente verdadeiro a caminhar sobre brasas. O aviso é rapida-mente mitigado pela rea rmação, na quarta estrofe, de que nossa salvação não depende da própria fé fraca e inconstante, mas da promessa divina.4

Como nos lembramos de Jesus?Lembramo-nos de Jesus por meio de nosso es-

tudo da Palavra de Deus. Paulo recomendou diligên-cia, uma busca apaixonada da verdade, para Timóteo enquanto ele vivia seu chamado para lidar de maneira precisa com a Palavra de Deus. Nem todos são chama-dos para serem pastores, como Timóteo foi, mas somos todos chamados para sermos eis estudantes da Palavra de Deus (v. 15). Ao estudarmos diligentemente, camos expostos à verdade sobre Jesus. E, quanto mais apren-demos sobre ele, mais nos lembramos do que ele fez, e mais o amamos.

Lembramo-nos de Jesus com nosso ensino. Paulo instruiu Timóteo não apenas a ensinar, mas também a ensinar os outros a ensinarem (2:2) e a lembrarem es-ses professores (ou ajudar-lhes a lembrar) as coisas que ele aprendera sobre Jesus Cristo e seu evangelho (v. 14). Nenhum de nós deve se ver somente como estudante da Verdade. Temos uma responsabilidade de passar adian-

4 HINSON, E. Glenn. I e II Timóteo e Tito. In. ALLEN, Clifton J. Co-mentário bíblico Broadman: Novo Testamento. Rio de Janeiro, JUERP, 1985, p. 414..

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Lição 5 - Sábado, 29 de Outubro de 2011.

te o que aprendemos. Se levarmos a Grande Comissão a sério, estaremos constantemente à procura de oportuni-dades para ajudar os outros a crescerem na Verdade.

Lembramo-nos de Jesus fazendo a adoração – não apenas em nossa adoração formal, representada pelo hino batismal citado por Paulo, mas também na que realizamos diariamente. Paulo lembrou a Timó-teo que, em seu trabalho, estudo e ensino, ele estava se apresentando como oferta de adoração ao Senhor (v. 15, cf. Rm 12:1). Quando continuamos a crescer em nosso conhecimento e amor por Jesus, inspiramo-nos a adorá-lo mais frequente, rica e apaixonadamente.

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Lembrando Jesus Cristo

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Analisar o texto como poesia e teologia.

2. Ajudar os participantes a identi carem expressões na pas-sagem que encorajem a fé.

3. Examinar a linguagem, nos hinos antigos e modernos, que ajude os participantes a comunicarem sua fé, hoje em dia.

Judas 17-25

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – 2 Coríntios 4:1-12Minha avó era artista e ceramista. Mesmo eu sendo

bem nova, quando morreu, lembro-me de raras ocasiões nas quais podia vê-la moldar um vaso em sua roda de cerâmica. Eu cava fascinada pelo fato de uma massa informe adquirir tais formas em suas mãos especializadas! Nossa fé em Cris-to começa assim e, diariamente, as provas transformam-nos nos tesouros já previstos por Deus. As experiências ensi-nam; contudo, podemos nos sentir perseguidos pelos acon-tecimentos, às vezes. Mas, no centro de tudo, está o que nos tornamos: um povo que louva a Deus!

Segunda – Jeremias 31:2-9Em uma viagem recente ao Grande Cânion, dirigi-

mos por uma violenta tempestade de areia. A hora do almo-ço aproximava-se, e todos estávamos com fome, mas não queríamos parar durante a tempestade para fazer sanduí-ches. Fazia sentido encontrar um restaurante para comer à parte do clima. Achamos uma parada de caminhões e vimos muitas pessoas juntas, ali, abrigando-se da tempestade.

Deus faz isso por nós – ele chama-nos para fora das tempestades de nossas vidas para a calma e à alegria da ado-

Judas 17-25

Meditações Bíblicas Diárias

O Louvor Que Edifi ca

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O Louvor Que Edifica

ração. Precisamos de seu perfeito descanso, e somente ele satisfaz o desejo de nossa alma por paz.

Terça – 1 Coríntios 10:23-31Minha prima teve uma oportunidade de ensinar na

Etiópia, por um curto período; rapidamente descobriu que alguns costumes e a dieta de lá eram muito estranhos para ela. E aprendeu, contudo, que era muito melhor aceitar o oferecido a ela que reclamar sobre o incomum e diferente. Agindo assim, foi mais fácil ensinar-lhes o que devia, por-que um laço havia sido criado com seus an triões.

Os cristãos devem testemunhar a outros para a glória de Deus, o Criador de todas as coisas! Ele merece nossos atos de obediência e louvor.

Quarta – Atos 20:28-35Uma das coisas mais difíceis de fazer como pai é aler-

tar os lhos contra um perigo ou uma prática ameaçadora. Os piores pensamentos passam por sua mente. “Meus lhos entendem meu alerta? Eles darão atenção ao meu conse-lho?” Então, depois que todas as dúvidas manifestaram-se em sua mente, você tem uma chance de dizer algo positivo: “Eu oro para que Deus mantenha-o a salvo”.

A igreja é esse lugar onde podemos aprender a aler-tar e edi car uns aos outros, oferecer palavras de encoraja-mento e orar uns pelos outros. Assim, estaremos preparados para sair e oferecer a graça de Deus a todos.

Quinta – João 17:6-19Onde você se sente mais seguro? Em sua casa? Com

a família ou os amigos? Muitas vezes, nossos lugares mais seguros estão cheios de desastre, porque este mundo está repleto de todo o tipo de mal, que nos empurra e impulsiona

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Lição 6 - Sábado, 05 de Novembro de 2011.

para longe do sentimento de proteção, longe do perigo. So-mos diariamente vítimas de desastres naturais e de pecados mundanos, que sugam a alegria diretamente de nós.

Em sua oração sacerdotal, vemos Jesus orando por nossa proteção do mal. Ele ama-nos tanto que intercede por nós diante de Deus. Estamos muito mais seguros quando con amos nele. Louvado seja Deus!

Sexta – 1 Samuel 12:19-25Eu amo mapas; amo viajar por estradas onde possa

ver, em um mapa, cada passeio que podemos fazer, ou des-vios necessários. Hoje, entretanto, há um pequeno aparelho chamado GPS; é uma coisa irritante, que aponta cada curva, mas também dá direções para simplesmente qualquer lugar que você queira visitar.

A direção que precisamos para viver é precisa, como o GPS. Resista ao mal, ame a Deus, e ele não o rejeitará. Fará de você posse dele. Simples – embora façamos disso uma estrada difícil de percorrer!

Sábado – Judas 17-25Qualquer atleta dirá que há uma disciplina exata para

seguir se você quiser ser o melhor em seu esporte. E isso inclui exercícios diários, prática, boa dieta, descanso e ins-trução. A edi cação da fé é diferente? Você ora no Espírito Santo (exercício)? Fala aos outros sobre sua fé (prática)? Suas ações mostram sua fé claramente (boa dieta)? Você adora a Deus regularmente (descansar nele)? Você lê as Escrituras diariamente (instrução)?

Temos que viver nossas vidas de tal maneira que, quando encontrarmos os outros, não haja dúvida sobre em que acreditamos.

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O Louvor Que Edifica

Estudo Contexto DevocionalJudas Judas 2 Coríntios 17-25 1-25 4:1-12

Verso Áureo“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de

tropeços e para vos apresentar com exultação, imacula-dos diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!” ( Jd 24-25)

Núcleo da LiçãoAs pessoas frequentemente precisam de seguran-

ça na sua vida diária. Onde podemos encontrar palavras de segurança para nos sustentar? A bênção de Judas ex-pressa completa con ança na habilidade de Deus de nos sustentar.

Questões para o Estudo do Texto

1. Você consegue identi car passagens do Novo Testamen-to em que avisos foram “anteriormente proferidos pelos apóstolos” (v. 17)? Sobre o que avisavam e por que se in-comodariam com tais avisos?

2. Em que sentido o promover divisões (v. 19) relaciona-se a nossas igrejas de hoje? O que pode ser feito para combater as divisões?

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Lição 6 - Sábado, 05 de Novembro de 2011.

3. O que podemos fazer para nos edi car na fé (v. 20) e para nos manter no amor de Deus (v. 21)?

4. O que signi ca orar “no Espírito Santo” (v. 20)? Por que é importante?

5. Por que é importante mostrarmos a misericórdia de Deus aos outros? De que maneira especí ca você pode fazer isso, na próxima semana?

6. Como Jesus faz com que nos apresentemos “imaculados diante da sua glória” (v. 24)? Como isso dá mais glória a Ele?

7. Que con ança ganhamos com a certeza de uma declara-ção como a de Judas 24-25? Por que essa é uma bênção tão popular em nossas igrejas?

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O Louvor Que Edifica

Entendendo e Vivendo

Para Nós e Para Ele

Quando adoramos, enxergamo-nos dando algo a Deus. Damos-lhe glória, honra e louvor, que suas ações merecem e sua natureza exige. Mas será que paramos para pensar no que obtemos com a adoração? Quando louvamos a Deus, lembramos sua grandeza, delidade, bondade e seu poder. Agindo assim, somos edi cados em nossa fé. Obtemos mais con ança de que Deus é capaz e está disposto a fazer tudo o que nos prometeu fazer.

A carta de Judas lembra que podemos escolher viver uma vida de zombaria ou de louvor. Como cren-tes, esforçamo-nos em tudo o que fazemos, dizemos e pensamos para dar glória e honra a Deus. Ainda mais importante, entretanto, a famosa bênção de Judas (a parte da carta que a maioria dos cristãos conhece) dá a nós a certeza da habilidade de Deus de se glori car por intermédio de nossas vidas, a despeito de nossas fraquezas.

Uma Vida de Zombaria

Judas estava dirigindo a questão dos falsos mes-tres na Igreja, chamando-os de “escarnecedores” (v. 18), porque, com base no que ensinavam, escarneciam de Jesus e de seu evangelho. Ele passou a totalidade de sua carta expondo esses escarnecedores (vv. 1-16). Então, detalhou algumas características pelas quais seus leito-

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Lição 6 - Sábado, 05 de Novembro de 2011.

res podiam reconhecer os “lobos vorazes” (vv. 18-19; cf. At 20:29).

Tomara que nenhum de nós esteja correndo o risco de ser identi cado como falso mestre. Contudo, nós que somos chamados assim por sermos “iguais a Cristo”, arriscamos fazer zombaria de nosso Salvador quando nossas vidas não re etem o estilo de vida para o qual ele nos chamou.

Faríamos bem em examinar nossas vidas para ver se podemos identi car algumas das características das que Judas listou.

Os falsos mestres são escarnecedores e andam “segundo suas ímpias paixões” (v. 18b). Os falsos mes-tres tinham a aparência de sinceros, mas seus corações não eram corretos. Sua prioridade era satisfazer os pró-prios desejos. Como lho de Deus, você deve passar por um “transplante de coração”, abandonar os desejos pecaminosos de sua carne e deixar Deus enchê-lo com o coração dele.

Os falsos mestres também “promovem divisões” (v. 19a). Em todas as epístolas do Novo Testamento, en-contramos avisos sobre falsos mestres que estavam le-vando a alguns desvios e causando divisões com o que ensinavam. Mas Deus é pela unidade. Obviamente, não somos chamados para nos unir àqueles que se agarram a falsas doutrinas. E causar desunião entre verdadeiros crentes é contrário ao coração de Deus. Fofocas, jul-gamentos e competições, infelizmente, são agentes de divisão nas igrejas, com os quais estamos muito fami-liarizados. Você passa mais tempo despertando unidade ou desunião no Corpo de Cristo?

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O Louvor Que Edifica

Os falsos mestres são “sensuais”5(v. 19b), deixan-do que a sabedoria, as loso as e os padrões do mundo caracterizem suas vidas, ao invés de serem “transforma-dos pela renovação da mente [deles]” (Rm 12:2). Você já conheceu alguém grande demais para suas quali ca-ções espirituais? Essas pessoas agem como se fossem o presente de Deus para a Igreja, alegando terem um entendimento maior, mais profundo e espiritual, porém suas vidas não mostram isso. Isso estava acontecendo no tempo de Judas e ainda ocorre hoje. Você nge ser do alto quando, na verdade, sua mente está presa no mundo? Jesus disse que seríamos conhecidos por nos-sos frutos. Nossas vidas devem dar evidência da trans-formação que aconteceu nos corações.

Os falsos mestres “não têm o Espírito” (v. 19c). Esse talvez seja o indício mais forte que Judas apresenta contra eles. O principal problema com os falsos mes-tres é que eles não são cristãos autênticos, pois não têm a presença do Espírito Santo em suas vidas (cf. Rm 8:9). Sabemos que Jesus prometeu enviar o Espírito Santo a todos os seguidores. Se sua vida não dá evidências regulares de que o Espírito Santo tenha assumido resi-dência permanente em você, algo está errado e deve ser corrigido imediatamente. A evidência vem na forma de apresentar o fruto do Espírito (Gl 5:22-23) e os dons do Espírito (Rm 12:6-8; 1 Co 12:8-11), bem como no andar

5 Sensual (gr. psuchikos) é um adjetivo arcaico que caracteriza o princípio de vida animal; ou seja, o que os seres humanos têm em comum com os animais: o instinto. Portanto, os falsos mestres são pessoas governadas pelos sentidos, obedecendo às paixões naturais. A NTLH diz que os falsos mestres “são dominados pelos seus desejos naturais” (nota do Revisor).

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Lição 6 - Sábado, 05 de Novembro de 2011.

em Espírito (Gl 5:25). Quando tais aspectos faltam em nossas vidas, isso é indicação de uma falta de entrega.

Uma Vida de LouvorJudas também destacou, para seus leitores, como

suas vidas deveriam contrastar fortemente com as dos falsos mestres. Se quisermos guardar nosso precioso Salvador da zombaria e escolher uma vida de louvor, podemos também procurar esses traços em nossas vi-das. Isso assegurará que estamos investindo em dar a ele glória, honra e louvor, em tudo o que fazemos, dize-mos e pensamos.

Este processo de reforma tem quatro aspectos pessoais, como apresentado por Judas nos versículos 20 a 23.

Quem louva edi ca-se na santíssima fé cristã (v. 20a). Podemos fortalecer a fé cristã de muitas maneiras. Convencemo-nos de nossa fé explorando a Palavra de Deus. Crescemos intimamente na fé por meio da ado-ração. Somos encorajados nela por causa da comunhão com outros crentes.

Quem louva ora no Espírito Santo (v. 20b). Ao invés de não terem o Espírito, os verdadeiros crentes rendem-se diariamente ao poder do Espírito. Quan-do somos cheios pelo Espírito, ele ajuda-nos a orar de acordo com sua vontade (Rm 8:26). Isso glori ca o Pai Celestial, e alinhamos nossa vontade com sua perfeita vontade.

Quem louva mantém-se no amor de Deus (v. 21a). Fazemos isso ao olharmos para a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo. Como consequência, acei-tamos o amor de Deus, e amamos de volta (I Jo 4:19).

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O Louvor Que Edifica

Obviamente isso depende mais de Deus do que de nós. Contudo, podemos ajudar ou atrasar o processo. Uma vida de louvor persegue, consistentemente, o amor de Deus.

Quem louva espera pela vida eterna (v. 21b). Em-bora vivamos no presente mundo, sabemos que não é esta vida que esperamos. Mantemos um olho no ho-rizonte, por causa do retorno iminente de nosso Rei. Nesse meio-tempo, uma vez que foi mostrada tamanha misericórdia, quem louva evidencia ativamente a mise-ricórdia para com os outros (vv. 22-23): sendo paciente para com aqueles que duvidam e mais agressivos para com aqueles que precisam ser resgatados do fogo, com olhos que discernem os corruptos. Quem louva reco-nhece que não há gente indigna de ouvir o evangelho de Jesus Cristo.

Encontrando Segurança no LouvorReconhecendo o potencial para seus leitores du-

vidarem de sua própria habilidade de viver rumo ao ele-vado chamado de uma vida de louvor, Judas encerra com palavras maravilhosas de segurança. Sua bênção de louvor (vv. 24-25) lembra que não é em nossas próprias forças que permaneceremos rmes, mas pela força do gracioso e misericordioso Deus, que nos salvou. Ele é aquele que nos fortalece para vivermos uma vida de lou-vor, em lugar de zombaria.

Deus é aquele que não apenas nos “guarda de tropeços”, como também supera nossas fracas tentati-vas de vivermos uma vida de louvor. Ele tomou nosso pecado e pregou-o na cruz, com Cristo, e pôs sobre nós a própria justiça de Cristo. Dessa maneira, tornou pos-

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Lição 6 - Sábado, 05 de Novembro de 2011.

sível que nos apresentemos “com exultação, imaculados diante da sua glória” (v. 24).

Então, é por causa de, não a despeito de, nossa fraqueza que podemos dar a Deus “glória e majestade, domínio e poder” (v. 25 – ACRF). Ele glori ca-se por nós pelo ato de nos salvar. Enquanto vivemos esta vida de louvor, obtemos con ança em sua habilidade de nos salvar e seremos ainda mais inspirados a dar a ele gló-ria, honra e louvor em tudo o que fazemos, dizemos e pensamos.

O que você escolherá: uma vida de escárnio ou uma de louvor?

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Revisar a bênção de Judas e suas a rmações de Jesus

como o Salvador que nos edi ca e fortalece.2. Ajudar os participantes a expressarem como a bênção de

Judas inspira louvor e segurança.3. Dar assistência aos participantes para escreverem uma

bênção contemporânea.

Marcos 11:1-11

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Salmos 55:16-22“Eu posso fazer isso sozinho!” Quantas vezes você

já ouviu uma criança (ou um adulto teimoso) dizê-lo? Na verdade, todos já não agimos assim? Às vezes, há um suces-so depois da tentativa; mas, com muita frequência, há um fraco clamor por ajuda.

Deus tem pacientemente nos observado falhar re-petidas vezes. Ainda assim, ele aguarda nosso clamor por ajuda. Ele ouve quando caímos e está esperando para nos levantar gentilmente, tirar nossa poeira e edi car-nos. Ele beijará nossos joelhos feridos e envolverá cada um de nós em seus braços protetores.

Segunda – 2 Reis 19:14-19Você está cansado de ver nos jornais o uxo cons-

tante de marés ruins de cada canto do planeta? Não se pode passar um único dia sem ouvir a respeito de uma tragédia acontecendo em algum lugar, frequentemente em nosso quintal. Nosso mundo é uma fossa de pecados e, por en-quanto, somos chamados para viver aqui. As orações devem

Marcos 11:1-11

Hosana!

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Hosana!

estar centradas em pedir a nosso Senhor que nos salve de todo o mal, ao qual somos expostos todos os dias.

Devemos dar graças a Deus por ter nos enviado Je-sus e por já termos sido resgatados de nossos pecados!

Terça – Salmos 109:21-31Há muitos anos me envolvi num terrível acidente au-

tomobilístico, que me colocou em dois diferentes hospitais, pelo total de cinco semanas. Eu tive tantos ossos quebrados e danos internos que, depois, soube que quase morri três ve-zes. Mas, durante essa permanência temporária pelos hospi-tais, nem por uma vez me senti perto da morte. Deus nunca saiu do meu lado e, constantemente, confortava-me.

Eu sou prova viva da misericórdia de Deus! Ele está disponível para todos que necessitam. Isso inclui você. Sua misericórdia e graça são livres para quem pede.

Quarta – Salmos 22:1-8Desespero. Depressão. Fracasso. Ser ridicularizado

pelos outros. Ninguém gosta de passar por essas situações, mas elas acontecem com todos. Às vezes, os fracassos estão nos mais públicos dos lugares, como o local de trabalho, e o desespero resultante vem da zombaria dos colegas.

Davi passou por muitos momentos como esses. Seus fracassos foram lendários e afetariam Israel para sempre. Ainda assim, ele pediu a Deus para resgatá-lo. E uma e ou-tra vez. Deus simplesmente fez isso. Acho incrível que nosso Deus resgatar-nos-á, literalmente, de nossos próprios erros se pedirmos.

Quinta – 1 Crônicas 16:8-18Eu vi um cânion, tão largo e amplo e cheio de cores,

e não pude controlar o louvor a Deus que escapou de meus

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Lição 7 - Sábado, 12 de Novembro de 2011.

lábios. Eu vi um bebê recém-nascido cheio de vida e louvei a Deus. Eu assisti minha mãe, graciosamente aceitando seu corpo cheio de câncer, e louvei a Deus por ser lha dele e por ele estar chamando-a para casa. Balancei minha cabeça em desespero quando vi o quanto devíamos em impostos e louvei a Deus.

Louve a Deus quando as situações estiverem bem. Louve-o mais quando precisar de sua misericórdia!

Sexta – Mateus 21:12-17Não há nada mais doce ou satisfatório de se escutar

que o simples louvor vindo de uma criança. Crianças não têm engano e objetivos ocultos; sua inocência infecta tudo o que dizem. Como as crianças parecem saber exatamente a coisa certa a dizer? Poderia ser porque as crianças são mais receptivas às sugestões do Espírito Santo do que os adultos? Quão alegre Jesus deve ter cado quando disse aos sacer-dotes que o próprio Deus ordenara o louvor dos lábios das crianças!

Sábado – Marcos 11:1-11Pode ser extremamente difícil preparar a chegada de

um convidado importante. Governos planejam tais visitas, às vezes por meses, para terem certeza de que tudo estará como deverá – a comida a ser preparada, a cama na qual dormirá e o entretenimento oferecido.

A chegada de Jesus em Jerusalém foi muito mais es-pontânea, pelo menos pareceu. Jesus sabia exatamente o que aconteceria; aqueles à volta, não. Sua recepção, entretanto, foi genuína, pois os que participaram cantaram louvores su-geridos pelo Espírito Santo. Hosana nas alturas!

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Hosana!

Estudo Contexto DevocionalMarcos Marcos 1 Crônicas 11:1-11 Cap. 11 16:8-15

Verso Áureo“Tanto os que iam adiante dele como os que vi-

nham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mc 11:9)

Núcleo da LiçãoO povo alegre e abundantemente louva a quem

acredita ser digno. Quem merece louvor extravagante? O evangelho de Marcos diz que o povo gritava: “Hosa-na” para Jesus, porque acreditava que ele estava trazen-do o reino de Deus.

Questões para o Estudo do Texto

1. Pesquise as tradições judaicas para celebrar festivais (espe-ci camente a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos), incluin-do a viagem a Jerusalém. Qual teria sido o ânimo nessa jornada? Quais conexões você vê entre esta passagem e os festivais?

2. Em um atlas bíblico, rastreie a jornada de Jesus de Jericó a Jerusalém, localizando Betânia e o Monte das Oliveiras. Descubra o que puder sobre os dois lugares. Qual é o

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Lição 7 - Sábado, 12 de Novembro de 2011.

signi cado da proximidade desses lugares de Jerusalém? Por que o Monte das Oliveiras era associado à vinda do Messias, na tradição judaica?

3. Se você fosse um discípulo, como teria respondido ao pe-dido de Jesus de ir ao vilarejo e levar o jumento de alguém a ele? Deus já lhe pediu para fazer algo que parecia sem sentido no momento? Qual foi o resultado?

4. Você já se encontrou em uma situação de adoração es-pontânea? Qual foi ela? O que o motivou a responder dessa maneira? Como podemos traduzir a paixão dessas situações para os cultos de adoração, formais e planeja-dos?

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Hosana!

Entendendo e Vivendo

Uma Reação de Reflexo

Um re exo é uma resposta natural a um estímulo. Trata-se, antes, de algo involuntário, não pensado. Quando você vai ao médico, e ele acerta seu joelho com um martelo, você não pensa: “Bem, acho que a resposta apropriada a isso seja levantar meu pé”. Não! Isso apenas acontece.

Nossa reação de re exo a Deus (quando estamos no relacionamento com ele) é o louvor. Quando amamos a Deus por quem ele é, o que ele fez e o que continua a fazer, nossa resposta natural é uma vida de louvor. Sem necessa-riamente saber disso, essa foi a resposta que um grupo de judeus demonstrou para com Jesus quando ele retornou a Jerusalém pela última vez.

Um Pedido Estranho

Marcos 11 mostra que Jesus e seus discípulos es-tavam viajando para Jerusalém, mas não eram os únicos na estrada. Uma multidão dirigia-se a Jerusalém para celebrar um festival – muito provavelmente a Páscoa. Enquanto viajava, havia um ar de excitação à medida que se antecipava o momento maravilhoso de celebração que estava diante do grupo. Seus corações naturalmente borbulhavam de alegria, e não era incomum agrar os viajantes entoando canções e proclamando Salmos uns aos outros.

O grupo dos que seguiam de Jesus, aproximando-se de Jerusalém, resolveu parar nas aldeias de Betfagé e

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Lição 7 - Sábado, 12 de Novembro de 2011.

de Betânia (v. 1). Não sabemos muito sobre Betfagé6; contudo, conhecemos Betânia como um lugar onde Je-sus hospedou-se, frequentemente, na casa de amigos, Maria, Marta e Lázaro.

Prosseguindo para o oeste, teriam se aproximado do Monte das Oliveiras, que se encontrava diretamente à frente de um pequeno vale, com uma vista maravilhosa da cidade. Mais tarde, Jesus ali ensinaria sobre o m dos tempos. Za-carias, no capítulo 14, profetizou que o Monte das Oliveiras seria o ponto inicial em que o Senhor viria para resgatar Jerusalém de seus inimigos.

Marcos diz que Jesus enviou dois de seus discípulos a uma aldeia, para buscar um jumento (vv. 1-2). Não somos informados se ele conhecia o dono do jumento e se avisara onde o encontraria, depois, ou se ele simplesmente “sabia” que o animal estaria lá. Embora não saibamos detalhes, de-vemos admitir que, à primeira vista, parece ser um pedido estranho. Os discípulos, todavia, demonstraram a primeira resposta de uma vida de louvor – a obediência.

Respondemos em ObediênciaOs discípulos não questionaram o pedido de Jesus.

Eles poderiam ter dito: “Por que, Jesus? Isso seria furtar”; ou “Se você quer tanto isso, vá pegar você mesmo!” Mas não o zeram. Ao invés disso, eles foram, encontraram o animal e desprenderam-no! (v. 4).

Eles sabiam quem Jesus era, amavam-no profunda-mente e haviam se comprometido a segui-lo por onde quer que os levasse. Assim, a resposta de re exo deles ao pedido

6 Betfagé significa a “casa dos figos verdes”. Era uma aldeia no Monte das Oliveiras, o lugar onde se começou a organizar a entrada de Jesus em Jerusalém. Esta aldeia está no cimo da montanha e o seu nome ainda é o mesmo nos dias de hoje. (N. R)

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Hosana!

de Jesus foi a obediência. Mas você pode pensar nisso não como um ato de adoração, mas o é. Obediência sem ques-tionamento demonstra respeito, con ança, devoção e sub-missão à sua autoridade.

O primeiro passo para viver uma vida de louvor é obedecer a Deus – lutar para viver uma vida santa e fazer o que ele pede que façamos. Quanto mais o conhecemos e amamos, mais entendemos quem ele é, o que fez e o que continua a fazer. Assim, essa se torna uma reação de re exo para nós.

Respondemos OfertandoQuando os discípulos encontraram o jumento, havia

pessoas por perto, e estas perguntaram o que eles estavam fazendo (vv. 5-6). Jesus orientara os discípulos a responder dizendo: “O Senhor precisa dele” (v. 3). Quando o zeram, as pessoas “os deixaram” (v. 6) pegar o animal. Não sabe-mos quem eram essas pessoas, nem o quanto conheciam de Jesus ou da situação atual. O que sabemos é que, quando Jesus requisitou o serviço do animal, algo em seus corações compeliu-os a ofertá-lo.

Isso é, novamente, uma resposta natural de uma “vida de louvor” a Deus. Quando amamos a Deus de cora-ção, alma, mente e força, e quando começamos a entender quem ele é, o que fez e o que continua a fazer, queremos ofertar a ele. Dar é uma parte importante da adoração.

Obviamente, Deus não tem bolsos e, com certeza, não carrega cartões de crédito. Então, como damos a ele? Simples: entregando todas as nossas posses para seu uso. Também começamos a prestar atenção às coisas que são im-portantes para Deus e a ofertá-las também.

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Lição 7 - Sábado, 12 de Novembro de 2011.

Respondemos em ServiçoDepois de levar o jumento para onde Jesus esperava,

o primeiro pensamento dos discípulos era servir a Jesus. En-tão, puseram suas vestes sobre o jumento para Jesus montar (v. 7).

Não nos surpreende que os seguidores comprometi-dos com Jesus estivessem-no servindo. E quanto à multidão, como respondia? A maior parte estava andando, e logo vem Jesus, cavalgando um jumento. As pessoas podiam ter dito: “Quem ele pensa que é, montado em um burro, enquanto temos de andar?” Ou: “Ouvi falar que nem mesmo o burro é dele!” Ao invés disso, viram a montaria de Jesus como uma posição de honra.

A maioria conhecia Jesus, se tanto, como um mes-tre muito respeitado. Mas algo dentro de cada um movia-o a querer servi-lo. Então, enquanto alguns espalhavam suas vestes na estrada à frente dele, outros cortavam folhas de palmeira dos campos e jogavam-nas em seu caminho (v. 8). Isso pode parecer pequeno, mas foi uma resposta natural de serviço àquele, cuja autoridade ainda não entendiam.

Quando amamos a Deus de todo coração, alma, mente e força, e quando começamos a entender quem ele é, o que fez e o que continua a fazer, queremos servi-lo. Não murmuramos, arrastando nossos pés ou sentindo-nos for-çados, mas com o serviço entregue de boa vontade, como aquilo que queremos fazer mais do que qualquer outra coisa na vida. Quando servimos ao Senhor, estamos fazendo exa-tamente o que fomos criados para fazer.

Respondemos em LouvorO povo cercou Jesus, cavalgando para Jerusalém

como a realeza, e gritava “Hosana” (vv. 9-10), que signi ca “salve-nos agora!” Que resposta apropriada para aquele que

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Hosana!

nos salvaria de nossos pecados! As pessoas continuavam sua adoração espontânea, gritando: “Bendito é o que vem em nosso do Senhor” (v. 9b; cf. Sl 118:26) e “Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai” (v. 10a).

As pessoas entendiam o que estavam dizendo? Elas nalmente compreenderam que era o Messias que espera-

ram por tanto tempo? Ou foram pegos pelas festividades do momento e começaram a proclamar salmos? Não sabemos com certeza. Contudo, baseado no que aconteceu (ou não aconteceu) a seguir, parece duvidoso que tivessem convic-ção de que seu Messias nalmente havia chegado. Algo, en-tretanto, inspirou-lhes a cantar e a entoar louvores a Jesus. Isso simplesmente borbulhava de dentro delas como uma resposta à sua presença.

O mesmo deve ser verdade em nossa adoração. Seja entrando na presença de Deus de uma maneira especial (du-rante nossa adoração coletiva, por exemplo), seja encontran-do-o em nossa rotina, devemos ter uma reação de re exo: louvá-lo. Quando começamos a entender quem Deus é, o que fez e o que continua a fazer, nossa resposta natural é uma vida de louvor.

Dicas para os Professores

Metas da Lição 1. Recontar a história da entrada triunfal de Jesus.2. Ajudar os estudantes a entenderem que Hosana era uma

forma de adoração.3. Levar os estudantes a aceitarem e a participarem da ado-

ração jubilosa e exuberante.

Mateus 28:1-17

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – 1 Coríntios 15:1-8Você nasceu cético? Precisa de pilhas de evidências

de testemunhas oculares antes de acreditar que algo é ver-dadeiro? Somos uma sociedade de céticos, mas Paulo foi claro em seus escritos sobre o número de testemunhas para quem Jesus apareceu, após a ressurreição. Ele também foi explícito ao dizer que devemos nos segurar rmemente na crença de que Cristo morreu por nossos pecados, de acordo com as Escrituras.

As evidências foram apresentadas, então não seja pego como aqueles que “adormeceram” na fé. Esta mensa-gem, de importância primordial, é a base de nossa fé!

Segunda – Mateus 26:1-5Em um assassinato misterioso bem escrito, raramen-

te sabemos quem é o assassino até o m. Mostrando, em detalhes meticulosos, todas as evidências reunidas, o autor revelará a verdade, e o leitor será surpreendido.

No tempo de Jesus, entretanto, estava claro, desde o começo, como ele morreria. Os principais sacerdotes e anci-ãos deveriam ter entendido quem Jesus era, como revelado nas Escrituras que ensinavam todos os dias; mas estavam

Mateus 28:1-17

Cristo Ressuscitou

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Cristo Ressuscitou

cegos e propensos a se livrarem de alguém a quem viam como uma ameaça política e espiritualmente à sociedade ju-daica.

Terça – Mateus 27:15-26Tem havido muita especulação quanto ao motivo de

Pilatos ter hesitado em dar aos líderes religiosos judeus per-missão de cruci car Cristo. Mas, ao lavar suas mãos no -nal, e deixar que a multidão tomasse a decisão por ele, o que se evidenciou foi seu medo pela multidão. Barrabás era um herói local que se opunha a Roma. Diante de uma escolha clara, a multidão decidiu ter seu herói local solto.

Se tivéssemos a mesma oportunidade de escolha hoje, ainda escolheríamos Barrabás? Muitos prefeririam ter uma força tangível de poder humano no lugar da salvação oferecida pelo Filho de Deus.

Quarta – Mateus 27:32-44Você gosta de ser humilhado? Ninguém gosta, mas

isso acontece de tempos em tempos. Porém, qualquer humi-lhação enfrentada empalidece-se em comparação ao acon-tecido a Jesus na cruz. Ele não apenas foi espancado, como também pregado a uma cruz e colocado em local público para todos o verem. Muitos passaram por lá e desa aram seus ensinamentos, zeram a rmações escarnecedoras so-bre sua alegação de ser o Filho de Deus e sugeriram que ele pedisse a Deus que o resgatasse. E Jesus suportou tudo com paciência e graça, porque nascemos no pecado.

Quinta – Mateus 27:45-56Pense nisto! Em um período de tempo muito curto,

quatro eventos milagrosos ocorreram quando Jesus morreu: uma escuridão sobrenatural no meio do dia; o rasgar do véu do Templo, que separava o Santo Lugar do Lugar Santíssi-

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Lição 8 - Sábado, 19 de Novembro de 2011.

mo; um terremoto; santos levantando-se de seus túmulos. Com tudo isso acontecendo, não havia maneira de a morte de Jesus ter passado despercebida! Todos em Jerusalém te-riam sabido que algo muito importante acabara de aconte-cer. A própria natureza testi cou a importância da morte de Jesus.

Isso teria sido o bastante para convencer você?

Sexta – Mateus 27:57-61Funerais são eventos tristes, que ajudam famílias e

amigos a dizerem adeus a alguém amado. Com frequência, esses serviços enchem nossas igrejas, porque muitos virão de fora da cidade para honrar a pessoa morta. Jesus morreu só e sem a atitude corajosa de José de Arimatéia; ele poderia ter sido jogado em uma vala comum.

José foi um discípulo secreto de Cristo, um líder re-ligioso que não se pronunciara durante a vida de Jesus, mas que, ousadamente, pediu o corpo de Jesus para lhe dar um sepultamento apropriado. As duas mulheres chamadas Ma-ria também estavam lá, chorando pela perda.

Sábado – Mateus 28:1-17Quão apropriado foi o fato de terem sido anjos a

anunciar o nascimento de Jesus e sua ressurreição? Na tum-ba, os guardas tornaram-se mortos, mas as duas mulheres chamadas Maria receberam mensagens: não terem medo; Jesus não estava na tumba porque ressuscitara; entrarem; verem a tumba vazia; contarem aos discípulos que ele en-contrá-los-ia na Galileia.

Jesus realmente apareceu, como havia prometido, e seus discípulos adoraram-no. Mas alguns ainda duvidaram! Como podiam, quando tudo acontecia diante de seus pró-prios olhos? Vamos orar para que não venhamos a duvidar.

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Cristo Ressuscitou

Estudo Contexto DevocionalMateus Mateus 1 Coríntios 28:1-17 Caps. 26-28 15:1-8

Verso Áureo

“E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e adoraram-no”. (Mt 28:9)

Núcleo da Lição

Amamos algumas pessoas tão carinhosamente que nos lembramos delas depois que morrem. Como nosso amor pelos outros continua, mesmo depois da morte? Quando o anjo relatou que Jesus havia ressus-citado dentre os mortos, os que ouviram a notícia ado-raram.

Questões para o Estudo do Texto

1. Revise os relatos da ressurreição presentes nos quatro evangelhos (Mt 28; Mc 16; Lc 24; Jo 20). Combine os detalhes de cada um para formar um relato completo do que possivelmente aconteceu.

2. Pesquise outros exemplos de terremoto nas Escrituras e descreva o que parecem representar.

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Lição 8 - Sábado, 19 de Novembro de 2011.

3. Imagine-se atuando como um dos guardas na tumba de Jesus quando tudo isso aconteceu. A reação deles seria diferente da das mulheres que foram visitar o túmulo?

4. Por que as várias pessoas confrontadas com o túmulo va-zio tiveram tanta di culdade de acreditar que Jesus estava vivo?

5. O versículo nove indica que Jesus fez uma saudação co-mum, rotineira, às mulheres. Por que não disse algo mais dramático? Por que alguns tiveram di culdade de reco-nhecer Jesus? Como ver Jesus com seus próprios olhos mudou a reação das pessoas para com a ressurreição?

6. De que maneira podemos continuar reagindo apropria-damente à ressurreição de Jesus, hoje em dia?

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Cristo Ressuscitou

Entendendo e Vivendo

Adorando um Cristo RessuscitadoEm uma recente viagem a outra igreja, fui abor-

dado por muitas pessoas que conheceram meu pai. Elas contaram histórias sobre as coisas que ele fez e recorda-ram o quanto ele apreciava seu ministério. Ter a memó-ria do meu pai honrada aqueceu meu coração e deu-me a chance de re etir sobre o quanto ele signi cava para mim também. Embora possamos lembrar e honrar al-guém que não vive mais, isso não se compara a desfru-tar da presença dessa pessoa enquanto está viva.

Por milhares de anos, os seres humanos tentam adorar seres mortos ou objetos inanimados como se fossem vivos. Tais tentativas de adoração são arti ciais e fracassam, miseravelmente, em seus esforços de imi-tar a adoração genuína. Uma das minhas histórias bí-blicas favoritas, que deixa esse argumento bem claro, é a de Elias e os profetas de Baal, no Monte Carmelo (1 Re 18). Elias provou que somente o Único Verdadeiro Deus está vivo e é digno de nossa adoração.

Como cristãos, adoramos um Cristo vivo e res-surreto. Ele viveu e morreu como homem e vive, nova-mente, em vitória eterna sobre o pecado e a morte. Cris-to testi cou isso a João, dizendo: “Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17b-18). A reação de João ao Cristo vivo, caindo aos seus pés em adoração, foi a mesma dos seguidores de Jesus quando o viram ressur-

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reto dentre os mortos pela primeira vez. Essa também deve ser a nossa.

Reações à Ressurreição e ao RessuscitadoNossa passagem de hoje celebra a ressurreição de

Jesus Cristo e revela como aqueles que eram mais pró-ximos a ele reagiram. Embora, até onde sabemos, eles não tenham encontrado Jesus, entre as primeiras teste-munhas da ressurreição estavam os guardas colocados na entrada do túmulo. Esses homens devem ter sentido o terremoto, a descida do anjo, o rolar da pedra e visto o túmulo vazio. A reação deles à ressurreição foi tremer de medo e carem caídos em um estado traumático, ca-tatônico induzido. Depois conspiraram com os sacerdo-tes para tentarem encobrir a ressurreição. Ironicamente, os guardas (juntamente ao lacre), colocados no túmulo pelos principais sacerdotes e fariseus, asseguraram que a história dos discípulos de Jesus vindo e roubando seu corpo fosse impossível de acreditar.

As próximas testemunhas foram um grupo de mulheres, incluindo Maria, mãe de Tiago e José; Salomé (Mc 16:1, mãe de Tiago e João) e Joana (Lc 24:10). Elas foram “ver o sepulcro” (v. 1) com esperança remota de que alguém pudesse rolar a pedra da entrada, para que ungissem o corpo de Jesus, uma última vez. As especia-rias que levaram evidenciam que não estavam anteci-pando a ressurreição. Sua reação inicial ao anjo e à sua mensagem de que Jesus não poderia ser encontrado no túmulo foi de medo. Contudo, o medo também se mis-turou à alegria (v. 8), porque, em seus corações, tinham a esperança da ressurreição. Quando Jesus encontrou-as em seu caminho para relatar o que haviam visto para

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Cristo Ressuscitou

os discípulos, elas reagiram se prostrando perante ele, caindo a seus pés e adorando-o.

Maria Madalena pertencia ao grupo. Aparente-mente, diante da visão da pedra rolada, correu para con-tar a Pedro e a João o que havia visto ( Jo 20:1-2). Ela ainda não estava convencida da ressurreição de Jesus, pensando que alguém havia levado seu corpo embora ( Jo 20:13). Mas, quando cou face a face com o Cristo Ressurreto, prostrou-se perante ele em adoração. Então, seguindo a ordem de Jesus, correu para contar aos ou-tros as boas-novas.

A reação inicial de Pedro à ressurreição, depois de correr até o túmulo para inspecioná-lo em respos-ta ao relato de Maria, foi de incerteza. Embora ainda não entendesse completamente ( Jo 20:9), maravilhou-se com o que tinha acontecido (Lc 24:12). Mais tarde, Jesus apareceu para dois de seus seguidores, no cami-nho de Emaús. Ainda que houvessem ouvido o relato da ressurreição, também não acreditaram a princípio. Porém, ao perceberem que encontraram o Cristo Res-surreto, correram para contar aos outros (Lc 24:31-33). Enquanto estavam contando sua história, Jesus apare-ceu para eles – Pedro, os outros discípulos e o grupo que se escondia com eles. Todos explodiram em jubi-losa adoração diante da evidência de que ele estava, de fato, vivo – ressuscitado dentre os mortos ( Jo 20:19-20; Lc 24:52).

O que a Ressurreição Significa para nósPor que tanta comoção por alguém que estava

morto e reviveu? Jesus não seria exatamente tão digno de ser adorado se tivesse permanecido morto? Ele não

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Lição 8 - Sábado, 19 de Novembro de 2011.

teria sofrido e morrido por nossa causa? Sim; mas algo signi cativo estaria faltando. O apóstolo Paulo escreveu que, “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15:17). A res-surreição é o componente-chave, a pedra angular, da fé cristã. Sem isso, o Cristianismo é somente uma religião sem esperança, como todo o restante.

Nossa esperança por uma eternidade que se es-tende além desta vida repousa nas promessas de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” ( Jo 11:25), e “Porque eu vivo, vós também vivereis” ( Jo 14:19b). Aqueles que se recu-sam a aceitar a verdade da ressurreição de Jesus negam não somente sua deidade, mas também sua habilidade de derrotar o pecado, a morte e o inferno.

A verdade da ressurreição também serve como base para outras verdades fundamentais do Cristianis-mo, como: a verdade da Palavra de Deus; que Jesus era quem disse ser – o Filho de Deus; que Jesus tinha po-der sobre a vida e a morte; que adquiriu nossa salvação completa na cruz – derrotando o pecado; que pela vi-tória de sua ressurreição, Jesus tem a habilidade de nos oferecer vida eterna e está preparando um lugar para nós; e que, em seu amor, Deus teve um plano perfeito para nos resgatar de nossos pecados.

Por isso, nossa resposta natural ao encontrarmos Cristo ressuscitado deve ser nos prostrarmos em ado-ração jubilosa, esperançosa. Nós celebramos a ressur-reição anualmente como uma parte importante do ano cristão. Todavia, mais importante é celebrarmos o Cris-to ressuscitado a cada dia, por nosso viver diário. Ele realmente ressuscitou!

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Cristo Ressuscitou

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Recontar a história da ressurreição de Jesus dentre os

mortos e como os seguidores adoraram Cristo ressuscita-do.

2. Ajudar os estudantes a conectarem a ressurreição de Jesus à vida após a morte de seus amados falecidos.

3. Descobrir e fazer uso de rituais que adorem e louvem o Cristo ressuscitado.

Atividade PedagógicaDiscuta por que é importante acreditar que a ressur-

reição de Jesus realmente aconteceu. Por que os principais sacerdotes e fariseus sentiram necessidade de encobrir a ver-dade? Liste e discuta as evidências desta passagem e outras fontes; construa uma defesa quanto à ideia de que Jesus foi realmente ressuscitado. Divida o grupo em pares, e revezem-se, tentando convencer um ao outro usando as evidências.

Filipenses 2:1-11

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – 1 Pedro 2:18-25Diz-se com frequência que, se quiser ser bem-

sucedido, você deve imitar alguém que teve sucesso. Não é uma tarefa fácil abrir mão de algo de sua pró-pria natureza para copiar as ações de alguém de sucesso, submeter-se à disciplina e ao treinamento e tratar seus mestres com respeito. Portanto, podemos entender se o medo aparecer em situações em que somos ordenados a seguir a Cristo. Ele sofreu grandemente, não teve com-promisso com o pecado, nem retaliou quando insultado. Morreu para si mesmo a m de cumprir as Escrituras e de nos salvar.

Como podemos seguir por esse caminho? Não de forma fácil; esse é um compromisso diário!

Segunda – Tiago 3:13-18Sabia que você é uma testemunha o dia todo, to-

dos os dias? A questão não é se está testemunhando, mas para o que está testemunhando. Como cristãos, de-vemos estar conscientes de que nossas ações falam a

Filipenses 2:1-11

Louvor e Submissão

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Louvor e Submissão

respeito de quem somos. Você xingou quando o outro motorista cortou seu carro? E quanto àquela saborosa fofoca que você passou adiante? Ou a mentira “branca” que contou para conseguir uma promoção no trabalho? Todas essas coisas, e mais, dizem aos outros que ser um cristão não torna você diferente de ninguém. É essa a mensagem que queremos espalhar?

Terça – Mateus 10:34-39

Há aqueles que sacri cam tudo para seguir a Cristo: família, amigos, toda a sociedade na qual vivem. Imagine ser criado como muçulmano ou budista e, en-tão, aprender a Verdade e tornar-se um cristão. Por que fazer uma escolha tão difícil? Porque vale a pena!

Jesus promete-nos tanto que qualquer coisa neste mundo empalidece em comparação à sua Palavra. E, quando o amor de Cristo enche-nos até transbordar, as pessoas à volta não conseguem negar que houve uma mudança positiva. Jesus oferece isso também; se mor-rermos para nós mesmos, ressuscitaremos para a vida eterna!

Quarta – Efésios 4:1-6

Os cientistas identi cam plantas, rochas e outras coisas parecidas por sua natureza – ou seja, as coisas que parecem ser parte da constituição física do objeto, o ambiente em que o objeto foi encontrado e como o objeto afeta as coisas ao redor.

Os cristãos devem ser identi cados por estas coi-sas: humildade, gentileza, paciência e suportar uns aos outros com amor. Conhecemos os frutos do Espírito,

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Lição 9 - Sábado, 26 de Novembro de 2011.

mas com que frequência nos encontramos querendo mais que um desses frutos?

Viver nossas vidas para que sejamos dignos do chamado de seguir a Cristo não é uma tarefa fácil. Mas o esforço vale à pena!

Quinta – Colossenses 1:9-18Minha avó gosta muito de aprender diferentes

coisas. Ela é como uma esponja absorvendo cada peda-cinho de conhecimento e ama questionar até entender um assunto. Perguntei-lhe, certa vez, por que era fas-cinada por coisas tão diferentes, e ela disse: “Eu quero estar pronta para tudo!”

Quem dera pudéssemos viver nossas vidas as-sim! Absorver as Escrituras e ter sede pelo chamado de Deus. Devemos estar prontos e dignos para quaisquer tarefas que precisarmos fazer por causa de nossa fé.

O que você fez, hoje, para se preparar mais?

Sexta – Filipenses 1:27-30Descobri, em uma entrevista inicial, que minha

chefe é cristã. Como essa conversa veio à tona? Eu dei o ousado passo de lhe contar, de imediato, sobre minha fé em Cristo. Não é um assunto normal de uma entrevista; porém, de alguma forma, pareceu apropriado. Os olhos dela iluminaram-se. Tivemos uma conversa maravilho-sa sobre nossas experiências. Quão difícil é, às vezes, contar aos outros sobre nossa fé!

A graça salvadora de Jesus Cristo – esse é o evan-gelho ao qual nos agarramos e a mensagem que, deses-peradamente, precisamos compartilhar.

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Louvor e Submissão

Sábado – Filipenses 2:1-11Dizem que gêmeos, às vezes, são tão semelhantes

que parecem poder ler os pensamentos um do outro. Casamentos bem-sucedidos também são assim, embo-ra meu marido diga que é bem irritante, por exemplo, quando eu termino as frases dele!

Quão maravilhoso é ser um seguidor de Cristo! Aprendendo mais em nossos estudos, todos os dias, po-demos adotar uma atitude paciente, uma natureza doa-dora e um coração amoroso iguais aos dele.

Que melhor maneira de contar aos outros sobre nossa fé cristã que a vivendo diariamente, tornando-a óbvia por nossas ações?

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Lição 9 - Sábado, 26 de Novembro de 2011.

Estudo Contexto DevocionalFilipenses Filipenses 1 Pedro2:1-11 Cap.2 2:18-25

Verso Áureo“Tende em vós o mesmo sentimento que houve

também em Cristo Jesus”. (Fl 2:5)

Núcleo da LiçãoUma maneira pela qual as pessoas podem honrar

as outras que reverenciam é imitá-las. De que maneira a imitação molda nosso comportamento? Com um pa-drão para viver e adorar, imitamos a Cristo ao recordar-mos sua vida e seu sacrifício por nós.

Questões para o Estudo do Texto

1. No versículo um, Paulo lista várias declarações condicio-nais às quais presumimos que a resposta é “Sim”. Liste essas declarações e identi que de que maneira elas são verdadeiras para os cristãos. Você vê conexão entre tais declarações e as exortações de Paulo, no versículo dois?

2. Por que Paulo pensava tão rmemente a respeito de ego-ísmo e de interesse próprio (v. 3)? Que impacto essas ca-racterísticas têm na Igreja? Qual o valor da a rmação:

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Louvor e Submissão

“considerando cada um dos outros superiores a si mes-mo”?

3. Qual a ênfase da atitude de Cristo Jesus que Paulo convo-cou os lipenses a imitar (v. 5-8)? Que traços especí cos caracterizavam essa atitude? De que forma imitamos a atitude de Cristo para a adotarmos como nossa?

4. Por que tantas pessoas relutam em dobrar seus joelhos e confessar que Jesus Cristo é Senhor (v. 10-11)? Como nosso mundo seria diferente se assim o zessem? De que forma você tenta convencer os outros de que isso é o que deveriam estar fazendo?

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Lição 9 - Sábado, 26 de Novembro de 2011.

Entendendo e Vivendo

Ajuste de AtitudeVocê já precisou de um ajuste de atitude? Eu já

precisei! De acordo com o dicionário, “atitude” signi -ca maneira, disposição, sentimento ou posição a respei-to de alguém ou de algo. Quando era criança, meu pai tinha um maravilhoso “ajustador de atitude de cinco dedos” que me ajudava a abrir mão de minhas atitudes negativas e assumir uma postura mais positiva em rela-ção ao ponto de vista dele.

Fico impressionado, quando estudo como as pes-soas funcionam, e vejo o quanto nossa atitude para com a vida nos afeta de tantas maneiras. Sermos positivos ou negativos determina bastante como percebemos e abor-damos cada pessoa e situação. Em Filipenses 2, Paulo convoca seus leitores a desenvolverem uma atitude de submissão a Deus e a outros, exempli cada pela mente de Cristo.

A atitude de Cristo JesusA atitude de Jesus de submissão re etia sua abor-

dagem da vida, sua missão e seu entendimento da razão exata por que ele viera à Terra em primeiro lugar. Ele submeteu-se a outros não porque tinha que fazer isso, mas porque escolheu assim, pelo propósito de seu Rei-no. As palavras de Paulo nos dão uma imagem da vida de Cristo e apontam como demonstrava sua atitude de submissão (vv. 6-11). Também, como em outras pas-sagens estudadas nesta unidade, parece-nos que Paulo tomou emprestado um fragmento de um hino popu-

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Louvor e Submissão

lar primitivo que celebrava a vida de Cristo. Podemos cantá-lo, mas nossa adoração será muito mais profunda se o vivermos em nossas vidas.

Do versículo um a quatro, introduz-se o assun-to da submissão como pertencente à vida cristã. Paulo exortou seus leitores a pensarem “a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um dos outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”. O versículo cinco faz a transição para o hino sobre Cristo, apontando-o como nosso exemplo de submissão.

Ao analisarmos o hino, podemos identi car qua-tro maneiras especí cas que revelam como Jesus espe-ci cou a atitude de submissão.

1. Ele pensou nos outros, não em si mesmo (v. 6). “Pois ele, subsistindo em forma de Deus” – isso estabelece as credenciais da pré-existência de Jesus. Je-sus, antes da sua encarnação, sempre foi Deus coigual, coeterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade ( Jo 17:5). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes celestiais. Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1:16). João diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” ( Jo 1:1).

William Barclay diz que a palavra “subsistindo”, no grego, descreve aquilo que é essencial e que não pode ser mudado. Descreve, portanto, características inatas,

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Lição 9 - Sábado, 26 de Novembro de 2011.

imutáveis e inalteráveis7. Assim, pois, Paulo começa di-zendo que Jesus é Deus em forma essencial, inalterável e imutável.

Mas há outra verdade gloriosa exposta no versí-culo 6. O apóstolo Paulo diz que Jesus, embora sendo Deus, “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (NVI); ou, em outras palavras, não se agarrou a isso e usou para a sua própria vantagem. Je-sus não se agarrou aos privilégios de sua igualdade com Deus; antes abriu mão dela por amor aos homens. Cris-to não usou sua igualdade com Deus como desculpa para autoa rmação, ou autopromoção; ao contrário, ele a usou como ocasião para renunciar a todas as vanta-gens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava, como oportunidade para autoempobrecimento e autos-sacrifício sem reservas. Jesus não pensou em si mesmo; ele pensou nos outros. Ele abriu mão de sua glória, des-ceu das alturas e, usou seus privilégios para abençoar os outros. Quem leva a sério seguir a Cristo deve aprender a pensar nos outros antes de si mesmo (cf. Rm 12:10, 1 Ts 5:11; Gl 6:2).

2. Ele serviu aos outros (v. 7). Jesus entendia quão importante é colocar este conceito de “outros” em nossa mente e coração. No entanto, ainda mais impor-tante é colocá-lo nas mãos, nos pés e nas palavras. Ele demonstrou isso com seu compromisso com o ato de servir. O versículo sete diz que Jesus “a si mesmo se

7 BARCLAY, William. The letters to the Philippians, Colossians, and Thessalonians. Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2003, p. 42.

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Louvor e Submissão

esvaziou”, disposto a abrir mão de seus direitos e privi-légios divinos.

E para quê? Para ser feito “à semelhança de ho-mens” e assumir “a forma de servo”. Ele trocou a natu-reza gloriosa e ilimitada de Deus por um corpo huma-no, nito e limitado; trocou a forma de Deus pela de um servo. Da mesma maneira que ele, naquele momento, não era “como” Deus, não foi “como” um servo. Jesus não pensou nos outros apenas de forma abstrata; ele as-sumiu a forma de servo, ele serviu. Jesus não ngiu ser um servo. Ele não foi um ator no desempenho de um papel. Literalmente, era um servo! (cf. Lc 22:27) Nova-mente, isso é o contrário de nossa natureza pecaminosa. Queremos que outros nos sirvam, que satisfaçam nossas necessidades; entretanto, se quisermos adotar a atitude de Cristo, temos de servir aos outros – especialmente àqueles que mais precisam.

2. Ele se sacri cou (v. 8). Muitas pessoas estão prontas a servir outros, se isso não lhes custar nada. Mas se há um preço a pagar – não necessariamente -nanceiro, mas físico, emocional ou psicológico –, então perdem o interesse.

Jesus pagou um preço. Ele serviu sacri cialmen-te e foi obediente até à morte e morte de cruz. Ele não fez simplesmente o que lhe apareceu fácil e naturalmen-te; ele sacri cou-se. Não apenas “esvaziou-se” de seus direitos e privilégios; antes, tornou-se carne humana e usou isto para servir aos outros. Ele, de nitivamente, levou esse corpo humano à cruz e morreu em nosso lugar.

Você já notou como algo se torna mais signi ca-tivo quando se paga por isso, quando se sacri ca algo

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Lição 9 - Sábado, 26 de Novembro de 2011.

por isso? Adotar a mente de Cristo envolve servir além de nosso conforto, servir além do que é fácil e diver-tido. É servir quando não é divertido, nem é fácil ou conveniente, tampouco bonito, limpo ou bom.

4. Ele glori cou a Deus (v. 9-11). Este foi o ponto de partida para Jesus – dar louvor, glória e hon-ra a seu Pai, que estava no céu. O que a passagem, em estudo, diz que aconteceu como resultado de Jesus hu-milhando-se a si mesmo, pensando nos outros e com sacrifício servindo-os, é que “Deus exaltou-o sobrema-neira” (v. 9). Mesmo em sua exultação, Jesus estava glo-ri cando a Deus, porque não fazia isso por si mesmo; Deus fazia-o por Ele.

Não devemos fazer nada no Reino de Deus por nós mesmos e para nossa glória. Nem mesmo devemos fazer para a glória da Igreja. Tudo o que zermos, tudo o que dissermos e tudo o que pensarmos deve ser para o louvor e a glória de Deus. Todo ato de serviço com sa-crifício deve ser feito com isso em mente. Jesus convo-cou-nos: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glori -quem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:16).

Adoração pela ImitaçãoDiz-se que a imitação é a maior forma de elo-

gio. Ao imitar a mente de Cristo, adotando sua atitude como nossa, estamos verdadeiramente celebrando sua vida perfeita e honrando-o em um estilo único de ado-ração. Ao tentar cantar esta música de louvor à sua vida, veri que sua atitude contra a atitude submissa de Je-sus. Pense nos outros; não apenas em si mesmo. Sirva a Deus e aos outros. Pergunte a si mesmo se seu serviço

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Louvor e Submissão

está lhe custando algo. E alimente o hábito de pergun-tar “O que estou fazendo dá glória e honra ao meu Pai Celestial?”

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Examinar o hino sobre Cristo como a rmação de fé.2. Ajudar os participantes a focarem quem Jesus é e a lem-

brarem-se do que ele fez pela humanidade.3. Facilitar a criação de uma a rmativa contemporânea de

fé, baseada nos temas deste hino antigo.

Filipenses 4:10-23

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Atos 9:23-30

Quer você seja um cristão desde a infância, quer tenha se tornado um na semana passada, em algum momento, vai cometer um erro, e alguém vai se lem-brar disso. Quando Saulo chegou a Jerusalém, teve de fugir de seus antigos amigos e convencer os novos de que tinha mudado. Dizer que é incomum para alguém como Saulo mudar suas crenças é uma atenuação, mas nosso Deus é capaz de realizar o impossível. Temos de procurar uma oportunidade para apoiar as pessoas que escolhem buscar uma nova vida em Cristo.

Segunda – Salmos 46

Imagine perder-se em uma trilha por um terri-tório desconhecido. Felizmente, você foi preparado e guardou uma bússola na mochila. Calmamente, tira seu peso e começa a seguir na direção certa, somente para escorregar e quebrar um tornozelo, sem possibilidade

Filipenses 4:10-23

Adorando a Deus em Tempos de Crise

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Adorando a Deus em Tempos de Crise.

de seguir adiante. Como foi ser atingido por tamanha infelicidade quando tinha um plano tão bom?

A passagem de hoje destaca que devemos con ar em Deus para cuidar de nós durante tempos difíceis. A despeito de nossos melhores esforços, seremos desa a-dos, possivelmente até a morte. Mas, se buscarmos seu conforto, não há lugar mais seguro para estarmos do que nos braços do Senhor.

Terça – Salmos 121Qual é a verdadeira segurança? Aprendemos que

o emprego, a saúde ou qualquer aspecto em nosso mun-dinho “seguro” pode mudar em um instante. Não há segurança verdadeira, exceto por Deus, o Criador de tudo. Se somos dele, então Ele será nosso Senhor eter-namente – começando do momento em que pedirmos que entre em nossos corações.

Estamos vivendo a vitória que Ele já conquistou? Nosso rosto mostra evidências de quem está em nossos corações? Esteja seguro com Deus e viva com grande con ança de que Ele é quem diz que é e que fará exata-mente como dissera.

Quarta – Salmos 119:114-117É difícil reconhecer a existência de pessoas que

sabemos terem as mentes malignas. Esta passagem in-dica que não podemos obedecer às ordens de Deus se tivermos gente maligna in uenciando nossas vidas.

Precisamos mudar alguns relacionamentos para que a proteção de Deus seja e ciente? O alerta mostra que temos de fazer tudo que pudermos para sermos ca-pazes de receber as promessas e as proteções divinas. Se

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Lição 10 - Sábado, 03 de Dezembro de 2011.

houver algo o impedindo de receber a proteção divina, ore para que Deus o ajude a tomar uma atitude para resolver a situação.

Quinta - Atos 28:1-15

A delidade de Paulo a Deus proporcionou-lhe proteção sobrenatural contra o veneno da víbora. Como resultado, as pessoas puderam ser curadas com orações e seu toque. Esses eventos levaram-nas a, generosamen-te, ajudarem Paulo e seu grupo de viagem quando foram atacados de surpresa em sua jornada a Roma, na qual o apóstolo defendeu seu caso perante César.

Enquanto continuamos nesta jornada conduzida por Deus, tenhamos atenção às pessoas que podem nos ajudar e também àquelas a quem podemos ajudar. Aja-mos como se Deus estivesse nos protegendo. Porque Ele está!

Sexta – Atos 28: 16-31

Não é nosso trabalho mudar as pessoas; eis a fun-ção do Espírito Santo. Nosso dever é relatar o que Deus tem feito por nós, mesmo que isso resulte em rejeição. Quanto a isso, temos nossa chance de explicar comple-tamente a salvação. Paulo respondeu às críticas por sua aliança com Cristo, defendendo-se inteiramente, e mui-tos se convenceram. Se ele não estivesse disposto a en-frentar rejeição, oportunidades teriam sido perdidas.

Dar uma completa explicação do que Deus tem feito por nós requer coragem; devemos rejeitar nossa preocupação quanto à maneira como seremos recebidos por amor dos que podem se convencer.

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Adorando a Deus em Tempos de Crise.

Sábado – Filipenses 4:15-20Temos lido sobre isso e testemunhado Deus for-

necendo cada necessidade para os que estão a serviço missionário. Somos as mãos e os pés por Deus e, se não estamos em serviço missionário, devemos sustentar os que estão.

Se você não pode providenciar solução para uma necessidade especí ca, talvez seu dízimo esteja contri-buindo com missões, por meio do orçamento da igreja local. Se puder contribuir além do dízimo, considere en-viar seu sustento a pessoas que trabalham em missões. Somos as mãos e os pés de Deus, e uma atitude que podemos tomar é deixarmos nossas mãos preencherem aquele cheque.

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Lição 10 - Sábado, 03 de Dezembro de 2011.

Estudo Contexto Devocional

Filipenses Atos Atos

4:10-23 Cap. 28 9:23-30

Verso Áureo“Sei estar abatido, e sei também ter abundância;

em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abun-dância, como a padecer necessidade. Posso todas as coi-sas em Cristo que me fortalece”. (Fl. 4:12,13).

Núcleo da LiçãoÉ bom e fácil adorarmos a Deus quando esta-

mos com saúde, com um bom saldo bancário, vivendo o sucesso pro ssional, en m, quando tudo está bem. Agora, e quando as coisas vão mal? Como você tem agido nas horas de di culdade? Para louvarmos a Deus em tempos de crise, precisamos ter experimentado pes-soalmente a bondade do Senhor.

Questões para Estudo do Texto

1. Qual era a atitude de Paulo para com as situações favorá-veis e as situações desfavoráveis? (v. 10).

2. Qual era o “segredo” de Paulo que explicava sua alegria, coragem e con ança cristã diante das provações? (vv. 11-13).

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Adorando a Deus em Tempos de Crise.

3. Qual era a principal razão por que Paulo se sentia grato pela generosidade dos lipenses? (vv. 14-17).

4. Como Paulo partilhou com os seus amigos lipenses a verdade fundamental que o ajudou a viver acima das cir-cunstâncias variáveis e a permanecer animado e el ao Senhor? (vv. 18-23).

5. De que maneira você tem recebido encorajamento para manter a sua fé? Como você pode ser um encorajamento para os outros cristãos?

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Lição 10 - Sábado, 03 de Dezembro de 2011.

Entendendo e Vivendo

A Humildade de PauloPaulo terminou a sua carta aos lipenses por onde

começou. Aqueles irmãos tinham se mostrado generosos em seu apoio nanceiro, reconhecendo as necessidades de Paulo e as crises de toda a ordem pelas quais ele passava. Eles queriam aliviar pelo menos suas di culdades nancei-ras, até onde isso lhes fosse possível, pelo que lhe tinham enviado dinheiro em diversas ocasiões.

Ora, neste ponto, Paulo faz uma pausa a m de agra-decer a essas doações. A última ocasião em que os lipenses tinham enviado auxílio nanceiro a Paulo fora quando da vinda de Epafrodito, o qual agora retornaria a eles como portador da presente epístola, bem como seu representante, autorizado a corrigir alguns problemas que a igiam aquela comunidade cristã.

Paulo não tinha o costume de receber ajuda nan-ceira da parte de outras igrejas, exceto a dos lipenses e, por isso, esperou até o m desta epístola para mencionar as doações recebidas mais diretamente, embora já tivesse feito menção no início (Fl 1:4-5). Dessa forma, podemos perceber uma demonstração da delicadeza dos sentimentos de Paulo: adiou a menção da dádiva, porque não queria que a questão parecesse ser demais importante para ele, como se estivesse motivado pela cobiça.

Paulo, também, raramente falava de suas necessida-des, mas quando as tinha ele a admitia. Não havia um or-gulho sutil em sua personalidade que o prejudicasse pela falta de “coisas”. Ele não ngia ser o que não era. Ele vivia dentro de suas posses, e quando tinha falta de alguma coisa,

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Adorando a Deus em Tempos de Crise.

não as fazia de orgulhoso para não aceitar ajuda8. Por isso ele regozija-se “uma vez mais”, o que indica a pluralidade das doações enviadas (II Co 11:8-9).

A Suficiência de Paulo

Paulo conservava uma atitude de desprendimento: “não por causa da pobreza” (v. 11a). Assim, a apreciação de Paulo pela ajuda dos lipenses não é expressa por causa de um senso de necessidade. Sua humildade e honestidade ca-minham juntas (At 20:33-34).

Paulo tinha, ainda, uma capacidade inusitada para adaptar-se a várias situações e circunstâncias e ainda re etir contentamento (v. 11b). As “situações” sobre a quais Paulo escreveu aqui envolviam suas necessidades materiais, tendo “fartura, como fome”, tendo “abundância como escassez” (v. 13).

O segredo de Paulo era sua profunda con ança em Jesus Cristo (v. 14). Fortalecido em Cristo, Paulo podia en-frentar qualquer situação que envolvesse necessidades ma-teriais e ainda manter uma atitude positiva e vitoriosa para com as circunstâncias da vida. Esse fortalecimento que nos vem da parte de Cristo, não apenas nos confere forças, mas também transforma nossos próprios seres para que com-partilhem de Sua natureza, o que permite que nos tornemos mais fortes em nós mesmos, embora isso se deva inteira-mente à Sua graça.

8 GETZ, Gene A. A estatura de um cristão: estudo em Filipenses. São Paulo: Vida, 1986, p. 94,95.

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Lição 10 - Sábado, 03 de Dezembro de 2011.

A Gratidão de PauloPaulo era grato pelo apoio nanceiro que os lipen-

ses prestaram constantemente à obra do evangelho e às suas necessidades pessoais (vv. 14-17). A igreja de Filipos não apenas enviava dinheiro para Paulo, mas também consolo. Ela não apenas supria suas necessidades físicas, mas tam-bém emocionais e espirituais.

Aqueles cristãos haviam demonstrado a regra da pre-ocupação fraternal, a lei do amor, o princípio normativo da família de Deus. Havia, porém, uma razão mais profunda para a sua gratidão: o investimento e a dedicação excepcio-nal no tocante a dar (Pv 11:25; 19:17). Parece que havia uma transação mútua, de duas mãos, entre a Igreja e o apóstolo. Ela investia riquezas materiais e recebia riquezas espirituais. Os lipenses deram e eles também receberam bens espiritu-ais da parte de Paulo (1 Co 9:3-14; Rm 15:26-27).

Assim, Paulo conclui que a dádiva era, na realidade, um investimento lançado como crédito na conta dos lipen-ses, um investimento que lhes pagava dividendos cada vez mais valiosos (v. 19). Ou seja, receberiam a recompensa por parte do Senhor (At 20:35).

É importante destacar que Paulo coloca toda ênfa-se de sua alegria no Senhor, não na generosidade dos -lipenses. Ele sabia que os crentes de Filipos eram apenas os instrumentos, mas que o Senhor era o inspirador. Ele tinha profunda consciência que a providência de Deus, às vezes, opera por meio das pessoas. Assim, Deus supriu suas necessidades por meio da Igreja. Ele agradece a Igreja pela provisão, mas sua alegria está no provedor.

A gratidão é uma atitude que traz alegria para quem a manifesta e para quem a recebe. Precisamos desenvolver essa atitude no meio da Igreja.

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Adorando a Deus em Tempos de Crise.

O Reconhecimento de PauloPaulo dá prosseguimento à sua metáfora mercantil,

dizendo que a substância real do donativo dos cristãos -lipenses era a simpatia e o amor fraternal; e isso servia de oferta especialmente fragrante a Deus; porquanto aquele que dessa maneira serve a seus irmãos na fé, serve a Deus (vv. 18-23). Amamos a Deus por meio de nossos irmãos, sendo essa a maneira pela qual todos os homens possam demonstrar amor a Deus (Tg 2:14-17; I Jo 3:18; 4:20-21).

A igreja de Filipos não ofertava com pesar nem por constrangimento. Ela fazia da oferta ao apóstolo um culto a Deus. Ela enviava o sustento de Paulo com alegria tal como se estivesse oferecendo a Deus um sacrifício aceitável e apra-zível. A contribuição missionária era um ritual de consagra-ção, um tributo de louvor a Deus feito com efusiva alegria e, uma liturgia que subia ao céu como um aroma suave e agradável a Deus.

William Barclay diz que Paulo usa palavras que fa-zem do dom dos lipenses não um presente para ele mesmo, mas um sacrifício para Deus. Chama-o de “aroma suave”. Esta expressão era comum no Antigo Testamento para um sacrifício aceito e bem visto por Deus. É como se o aroma do sacrifício fosse agradável ao olfato de Deus (Gn 8:21; Lv 1:9,13,17). A alegria de Paulo em receber oferta não está no que esta signi cava para ele, mas no que signi cava para eles. Não que Paulo deixasse de apreciar o valor do dom em seu favor, nem que ele desestimulasse o que eles faziam por ele; mas o que mais o alegrava é que esse mesmo dom era uma oferta agradável a Deus9.

9 BARCLAY, William. The letters to the Philippians, Colossians, and Thessalonians. Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2003, p. 101.

125

Lição 10 - Sábado, 03 de Dezembro de 2011.

Paulo não poderia ter tributado melhor louvor aos doadores. Os donativos são “aroma de suave perfume”, uma oferenda apresentada a Deus, grata e muito agradável a ele. São comparáveis à oferta de gratidão de Abel (Gn 4:4), de Noé (Gn 8:21), dos israelitas quando no estado de ânimo correto apresentavam seus holocaustos (Lv 1:9,13,17) e dos crentes em geral ao dedicar suas vidas a Deus (2 Co 2:15-16), como fez Cristo, ainda que de uma maneira única (Ef 5:2).

Paulo não podia recompensar pessoalmente aos cris-tãos lipenses, mas o seu Senhor podia (v. 19). Os cristãos lipenses deram de sua pobreza, como um sacrifício, e es-

tavam limitados acerca de quanto e quanto poderiam dar (2 Co 8:1-5). Com Deus, entretanto, não há tais limitações. Os cristãos lipenses poderiam esperar com uma esperança bem fundada, de que haveriam de prosperar extraordina-riamente, por terem sido tão generosos com o seu dinheiro para a causa do evangelho (v. 19). Saiba que nenhuma dádiva faz o doador mais pobre. A riqueza divina está aberta para os que amam a Deus e ao próximo. O doador não se faz mais pobre, senão mais rico, porque seu próprio dom é a chave que lhe abre os dons e as riquezas de Deus.

Como cristãos precisamos aprender a depender de Deus e demonstrar gratidão por aqueles que Deus levanta para cuidar de nossas necessidades.

126

Adorando a Deus em Tempos de Crise.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Examinar como Paulo manteve seu compromisso com

Cristo, enquanto preso em Roma.2. Ajudar os alunos a expressarem como se sentem ao se

manterem rmes diante da adversidade.3. Comprometer-se a proclamar a obra de Deus, por meio

de Jesus Cristo, em todas as circunstâncias.

Atividade PedagógicaPeça para alguns alunos comentarem sobre a di -

culdade em adorar a Deus no meio das tribulações. Por m, orem por aqueles que enfrentam perseguições por

causa da fé ao manterem a delidade a Deus.

UNIDADE III

A Visão de João sobre a Adoração

Apocalipse 4:1-2, 6b-11

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Salmos 11As situações parecem estar fora do controle? As ba-

ses de nossa cultura parecem estar desmoronando? Não te-nha medo. Deus ainda “está em seu santo templo” (v. 4). Ele ainda está no controle. Você pode ter certeza que, se tudo mais parece injusto, o juízo do Senhor é justo. Ele ama a justiça e defenderá a honestidade de seu povo.

Segunda – Isaías 6:1-5Quando pensamos em Deus, que imagem vem à

mente? Entendemos (entender mesmo) o que signi ca dizer que nosso Deus é tremendo? Duas coisas acontecem co-nosco, quando entramos na presença de Deus: 1) percebe-mos quão grande Deus é; 2) percebemos quão pequenos e indignos somos. O sera m gritando “Santo, santo, santo” demonstra a primeira reação. A resposta de Isaías, “Ai de mim”, exempli ca a segunda.

Terça – Êxodo 6:2-8Por 400 anos, os israelitas viveram no Egito; gran-

de parte desse tempo, no cativeiro. Neste ponto da leitu-

Apocalipse 4:1-2, 6b-11

Adoração Celestial

130

Adoração Celestial

ra, Deus estava revelando-se como o poderoso Deus, cujo nome era YHWH (Yahweh). Ele revelou-se, antes de tudo, como o Deus que se importava, que ouvia o clamor do povo, e lembrou-se de sua aliança com eles (vv. 4-5). Todavia, mais importante que essa conjuntura, ele revelou-se como o po-deroso Deus, o que podia investir contra a dinastia mais poderosa do mundo e resgatar (redimir) seu povo, dando-lhes uma herança.

Quarta – Salmos 24Quem é este Deus a quem nós adoramos? Ele é o

Deus que possui a terra e tudo o que nela há, tendo a esta-belecido com um propósito. Como você deve responder a um deus como este? Convidando-o para entrar em sua vida. Deixe-o entrar como o Governador, o Rei da sua vida. Ele é, a nal, o Senhor dos an triões.

Tal Deus exige seu melhor possível. Não tente chegar a ele sem mãos limpas e um coração puro. Somente chegan-do a ele dessa maneira podemos obter a bênção, que ele tem para nós.

Quinta – Salmos 10:12-16Você já imaginou: “Se Deus é rei, por que ele não faz

algo sobre ‘a bagunça em que estamos’?”. Pela fé, assumi-mos o posicionamento de que o Senhor é rei para sempre, mesmo que, no momento, pareça que a injustiça e a impie-dade estejam no controle. Clame: “Levanta-te, Senhor!”, “Senhor, levantai tua mão”. Assim fez o salmista.

Peça a Deus para abrir seus olhos para que você veja a mão dele trabalhar em meio à “bagunça em que estamos”. Sim; ele é rei para sempre. Mas somente pela fé isso real-mente se torna aparente.

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Lição 11 - Sábado, 10 de Dezembro de 2011.

Sexta – Salmos 96O que está implicado na adoração do Senhor? Essa é

uma questão importante quanto à natureza e ao caráter de Deus, como foi identi cado nas primeiras passagens desta semana, que clama por nossa resposta. Encontramos res-postas a essa pergunta aqui.

Adoração implica cantar sobre e proclamar a glória do Senhor (vv. 1-3); identi car a grandeza e a majestade de Deus (vv. 4-6); trazer uma oferta e prostrar-se diante dele (vv. 7-9); declarar seu domínio sobre todas as nações (v. 10) e unir-se a toda a criação, em antecipação de seu julgamento justo que está por vir. (vv. 11-13, cf. Rm 8:19-23)

Sábado – Apocalipse 4:1-2, 6b-11Graças a Deus que chegamos ao sábado, o ponto alto

da semana. Da mesma forma, o livro de Apocalipse apre-senta o máximo da adoração a Deus. A descrição das quatro criaturas viventes adorando a Deus não é para nossa visuali-zação, mas para o entendimento. A semelhança de cada uma das quatro criaturas tem signi cado, e os olhos que enchem seus corpos “ao redor e por dentro” têm signi cado. Mas isso não é a ponderação agora. Consideremos a natureza de sua adoração e quão satisfatória é para eles.

Nossa adoração consegue se aproximar do signi ca-do da adoração para esses seres celestiais?

132

Adoração Celestial

Estudo Contexto Devocional

Apocalipse Apocalipse Salmo

4:1-2, 6b-11 Cap. 4 11

Verso Áureo“Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis

armado no céu um trono e, no trono, alguém sentado”. (Ap 4:2)

Núcleo da LiçãoOs símbolos ajudam as pessoas a se comunica-

rem. De que maneira os símbolos comunicam conceitos e ideias ao longo do tempo? O simbolismo no Apocalip-se de João, padronizado depois do escrito aos Hebreus, aponta para a adoração e ao louvor a Deus.

Questões para o Estudo do Texto

1. Que simbolismo (se houver) você vê na porta aberta e na voz que convida, no versículo 1?

2. Pesquise as três pedras preciosas mencionadas no versí-culo 3. Qual a aparência, para que foram usadas e onde mais elas são mencionadas nas Escrituras?

133

Lição 11 - Sábado, 10 de Dezembro de 2011.

3. Compare as visões das quatro criaturas viventes de João e de Ezequiel (Ez 1:5-12). Qual o signi cado dessas criatu-ras em ambas as visões?

4. Por que é importante para nós o fato de Deus ser o que é, o que era e o que há de vir (v. 8)?

5. Como podemos dar a Deus glória, honra e poder (vv. 9, 11)? Ele já não possui todas essas qualidades para a perfei-ção? Podemos adicionar algo a Ele?

6. O que os 24 anciãos demonstravam, prostrando-se diante do Senhor e depositando suas coroas diante do trono? Como você pode demonstrar humildade, submissão e rendição a Deus em sua adoração?

134

Adoração Celestial

Entendendo e Vivendo

A Revelação a JoãoPróximo do m de sua vida, o apóstolo João encon-

trou-se exilado na Ilha de Patmos. Foi lá que ele encontrou o mundo espiritual, como nunca antes lhe acontecera. O Livro de Apocalipse, o último do Novo Testamento, é seu escrito do que ele viu e experimentou enquanto estava lá.

Ferrel Jenkins descreveu Patmos como “uma ilha ro-chosa, na costa oeste da Ásia Menor, no Mar Egeu” e que possui uma área total de 34,6 km². “A ilha é montanhosa e de alinhamento irregular”, com muitos mirantes, formando várias covas e baías naturais. “Os romanos usavam a ilha como instalação penal.” 8

De acordo com Eusébio de Cesaréia, João passou 18 meses na ilha. João disse que estava ali “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1:9)9.

O livro do Apocalipse é o único da Bíblia que pro-mete uma bênção para aqueles que o lerem: “Bem-aventu-rados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3). Ainda assim, não é lido com frequência, sendo considerado difícil demais para a compreensão.

Como o corpo de Cristo, não podemos dar-nos ao luxo de deixar este livro para teólogos e seminaristas. Al-

8 JENKINS, Ferrell. The Island Called Patmos. Disponível em: <http://bibleworld.com/Patmos/ patmos.htm>. Acesso em: 12 jul. 2011, p. 1.

9 CESARÉIA, Eusébio de. História eclesiástica. São Paulo: Novo Sé-culo, 2002.

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Lição 11 - Sábado, 10 de Dezembro de 2011.

guns creem ser provável as coisas apresentadas por João vi-rem a acontecer em nossa vida, “pois o tempo está próximo” (Ap 1:3). Devemos estar preparados para o que está à frente. Deus não nos deu esse mapa para o ignorarmos. Ele, gra-ciosamente, estendeu-nos um vislumbre do reino espiritual e do futuro para que pudéssemos conhecer seus propósitos e o tempo em que vivemos.

Adoração na Sala do Trono

Em Apocalipse 4:1-11, João recebeu um convite: “sobe para aqui”, quando ele olhou e viu uma porta aberta no céu. Que convite maravilhoso – ouvir a voz de Jesus chamando-o para o céu! João disse que ele estava imediata-mente “no espírito” (v. 2) e tava uma cena que poucos tive-ram a oportunidade de ver. Não consigo nem mesmo tentar compreender como João encontrou palavras para descrever a sala do trono do céu.

É do Trono que procedem todas as coisas que proce-dem de Deus. De acordo com Caio Fábio de Araújo Filho:

O Trono é o centro do universo, por isso ele tem que ser também o centro de nossas vidas. Para se ter uma ideia, a palavra “Trono” aparece 230 vezes em toda a Bíblia e, 45 apenas no livro de Apocalipse. No texto transcrito no início desta parte do livro, no capítulo 4, a palavra é repetida 12 vezes, sendo, portanto, mais frequente aqui do que em qualquer outra porção do mesmo. Poderíamos dizer que na visão do Apocalipse, tudo na vida acontece em volta do Trono, e fora dele não há nada que possa acontecer e ser ainda conhecido, clamado ou

136

Adoração Celestial

entendido como algo que vem da parte de Deus.10

No trono, está o Único. Sua aparência, João disse, era semelhante a uma pedra de jaspe e sardônio (v. 3). Lembrava duas gemas preciosas, que apareceram na placa peitoral do sumo sacerdote do Antigo Testamento. Havia um arco-íris em volta de seu trono, assemelhando-se a uma esmeralda (v. 3). Flashes de relâmpagos e sons de trovão saíam do trono. Em frente, havia sete lâmpadas de fogo acesas e um mar de vidro, transparente como cristal. Havia também 24 anciãos assentados em tronos, e quatro criaturas, diferentes de tudo o que conhecemos na terra, cobertas de olhos. Eles tavam eternamente o que vive pelos séculos dos séculos (vv. 4-7).

Lá no céu, ao redor do trono, acontecia uma constan-te, contínua, eterna adoração.

Ele é SantoDuas palavras, em particular, caracterizam esta ado-

ração na sala do trono. A primeira, explodindo repetida-mente das quatro criaturas viventes, é “santo”: “Santo, san-to, santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, que é e que há de vir” (v. 8b).

Quando pensamos em santidade, tipicamente pensa-mos em pureza moral. Contudo, santidade é muito mais. Ser santo é ser completamente separado e destacado do que é comum ou profano. Proclamar que Deus é santo é dizer que ele é completamente “outro”, diferente de qualquer outro ou qualquer outra coisa que já existiu.

10 ARAÚJO FILHO, Caio Fábio de. Avivamento total: o cristão como verdadeiro modelo para a sociedade da qual faz parte. 4. ed. Niterói, RJ: Vinde Comunicações, 1995, p. 6.

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Lição 11 - Sábado, 10 de Dezembro de 2011.

Juntamente à adoração e à sua santidade, as quatro criaturas viventes também declaravam sua eterna natureza (v. 8). Ele é o Deus “que era”. Ele não tem princípio; sempre existiu na eternidade passada. Ele é o Deus “que é”. O úni-co verdadeiro Deus, onipresente, que se identi cou como “EU SOU”. Ele é o Deus “que há de vir”. Seu reino nunca terminará, e nós desfrutaremos a eternidade com ele. Eles deram-lhe glória, honra e graças, porque Deus vive eterna-mente (v. 9).

Ele é DignoA segunda palavra, proferida pelos 24 anciãos em

resposta à adoração das quatro criaturas viventes, é “digno” (vv. 5-8). Segundo Caio Fábio: “Os Seres viventes O louvam porque Ele é digno. Os Vinte e Quatro Anciãos O louvam porque Ele é digno. João diz que os trilhões de seres do uni-verso se curvam diante dEle proclamando que Ele é digno (5:12-13)”11.

Dignidade normalmente implica que conquistamos algo pela virtude do que zemos. Mas Deus é digno, não somente por causa do que faz; porém, mais importante, por causa de quem ele é. Ele é o Criador Soberano, pela vontade de quem tudo existe. Ele é digno de ser louvado, honrado, glori cado e agradecido.

Enquanto lemos e estudamos este capítulo, não ne-gligenciemos a verdade da adoração, que vemos exempli- cada aqui. Essa não é somente a adoração que Deus es-

tabeleceu para si, no céu, mas creio que é a que deseja de nós também. Havia barulho, cores brilhantes e ashes de luz, muitas pessoas e vozes. Mas, acima de tudo, havia uma

11 ARAÚJO FILHO, Caio Fábio de. Obra citada, p. 12.

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Adoração Celestial

incessante, persistente, adoração a ele. Aqueles que contem-plavam o Glorioso não conseguiam cessar sua adoração a ele; eram incapazes de parar.

Um Chamado à AdoraçãoO trecho a seguir foi retirado das anotações do ser-

mão do Rev. Stephen Venable. Suas palavras desa aram-me muito; creio que é um clamor à Igreja sobre o que está por vir, dando-nos uma chance de alinhar nosso coração com os propósitos de Deus.

Atualmente o globo está dominado por um barulhento desrespeito à glória de Cristo. Aquele que é Formoso, que criou todas as coisas e contempla todas as coisas, a cada novo momento, é esquecido, ignorado, desobedecido e blasfemado, dia e noite, nas cidades da terra. A desonra e a difamação empedernidas do Único, que dizemos ser tão precioso para nós, devem ser uma constante provocação nas profundezas de nossas almas. Ao invés disso, mal nos movemos – a ausência de estima pela glória dele nas nações nos causa pouca a ição e não evoca uma indignação. Mas, se estamos enxergando bem, devemos olhar as nações e clamar: “Deve haver um movimento de adoração [na terra]! Deus é digno de toda a glória!” O pensamento de um movimento de adoração é tão irrelevante para nós, porque o valor in nito de Cristo di cilmente molda nossa realidade. 12

12 VENABLE, Stephen. The glory of Christ in the end-time worship movement. DVD Sermon. May 2, 2010.

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Lição 11 - Sábado, 10 de Dezembro de 2011.

Dicas para os Professores

Metas da Lição 1. Dar assistência aos participantes para identi carem a ori-

gem dos símbolos usados no texto.

2. Ajudar os participantes a identi carem seções do texto que os impulsionem a adorar.

3. Encorajar os participantes a usarem símbolos contempo-râneos e textos para criarem adoração.

Atividade pedagógicaComece uma discussão sobre o uso de símbolos,

fazendo com que os participantes falem sobre símbo-los comuns que encontram na vida cotidiana. Liste os símbolos usados nesta passagem e discuta seu signi -cado. Como os símbolos podem ser usados em nossa adoração, hoje em dia? Planeje um culto de adoração junto aos participantes, que enfatize o uso de símbolos de novas e diferentes maneiras.

Apocalipse 7:9-17

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Salmos 23Este é o amado Salmo do Pastor; re ete o cenário de

Davi como pastor de ovelhas. O salmo de ne o imaginário do Senhor Deus sendo nosso pastor; e nós, o povo, sendo suas ovelhas (cf. Lc 15:4-7; Is 53:6). Ainda é apontada a pro-visão de Deus, usando a ilustração do cuidado do pastor por suas ovelhas (vv. 1-3) e da proteção de Deus contra o mal, usando a imagem do cajado e da vara do pastor e da mesa (vv. 4-5). Talvez a conclusão seja mais signi cativa, expressando a previsão de habitar eternamente na presença de Deus como parte de sua família.

Segunda – Ezequiel 34:11-16Ezequiel tinha acabado de terminar de profetizar

contra os pastores de Israel que não estavam cuidando das ovelhas, o povo de Israel. O povo, sem dúvida, sentia-se muito abusado, pois alguém tirava vantagem dele. Era uma situação que produzia desesperança. Com isso, o Senhor Deus contrastou o tipo de pastoreio e de cuidado que traria para seu povo. Observe os paralelos entre o cuidado retrata-do aqui e o apresentado no salmo 23. Essas são as palavras

Apocalipse 7:9-17

Adoração Grata

142

Adoração Grata

que restauram a esperança para os abusados e negligencia-dos.

Terça – João 10:11-16Aqui, o ato de pastorear é erguido a um novo pata-

mar: o do pastor dando sua vida pelas ovelhas. Eis o ato de nitivo no cuidado com as ovelhas, e Jesus é o último Pastor, o “Bom Pastor”. Observe as características de seu pastoreio: 1) Ele conhece suas ovelhas (v. 14); 2) Suas ove-lhas conhecem-no (v. 14); 3) Ele reunirá todas as variedades de “ovelhas” em um rebanho (v. 15); 4) Suas ovelhas ou-virão e responderão à sua voz (v. 15). Não é interessante, contudo, que nada seja feito das ovelhas que não têm um pastor, depois que o pastor deu sua vida? Ele sabe de algo que não sabemos?

Quarta – Mateus 9:35-38Você consegue sentir o clamor do coração de Deus

nesta passagem? Jesus estava “movido de compaixão”, por-que o povo era como ovelhas sem pastor. As pessoas esta-vam sobrecarregadas e espalhadas, e não era isso que Deus pretendia para seu povo quando o criou. Vemos a compai-xão ainda mais fortemente demonstrada quando ele chora por Jerusalém, em Lucas 19:41-44. Note, contudo, que há uma responsabilidade ao cuidar das ovelhas, passada a nós nos versículos 37-38.

Será que exercitamos a mesma compaixão de Jesus?

Quinta – Mateus 25:31-40Julgar não é um elemento do pastoreio, no qual pen-

samos com frequência. O versículo seguinte, depois da lei-tura de segunda, também se refere a Deus julgando: “Quan-to a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus:

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Lição 12 - Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes” (Ez 34:17).

Sim; Deus é um deus que se importa profundamente conosco e tem compaixão para conosco. Mas é também um deus que tem expectativas quanto a seu rebanho, e somos responsáveis por cumpri-las. Observe como as expectativas focam-se na compaixão pelos feridos.

Sexta – Salmos 107:1-9“Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom!” De que

maneira ele é bom? Livrando seu povo da a ição. Observe que o salmo não diz “livrar de sua a ição”. Deus não remo-ve nossos problemas; mas, em sua força, superamos nossos problemas. A questão é que tentamos salvar a nós mesmos ao invés de olhar para o Salvador, para que ele salve-nos.

É um paradoxo que os tempos difíceis, mais do que qualquer outro, façam com que nos aproximemos de Deus. E é em seu livramento que a bondade e a misericórdia divi-na são reveladas.

Sábado – Apocalipse 7:9-17Como o sábado é o ponto alto da semana, mais uma

vez Apocalipse traz o ápice do pastoreio. Paradoxalmente, o Cordeiro agiu como o Pastor, aqui. Finalmente chegamos à plenitude das intenções de Deus para com suas ovelhas. A roupa é a túnica branca de pureza contra o pecado (vv. 9,14). O canto é o máximo em adoração; e eles cantam, dizendo: “O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos sé-culos dos séculos. Amém!” (v. 12). Não há mais fome, nem sede; apenas o clima certo. Chega de lágrimas! (vv. 16-17).

144

Adoração Grata

Estudo Contexto DevocionalApocalipse Apocalipse Salmo7:9-17 Cap. 7 23

Verso Áureo “E clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso

Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”. (Ap 7:10)

Núcleo da LiçãoEm tempos de tribulação, as pessoas tendem a

focar seus problemas. Onde podemos procurar inspira-ção para focarmos Deus, em tempos de tribulação? João retratou um grande grupo de adoradores extasiados que tinham passado por uma difícil provação.

Questões para Estudo do Texto

1. Revise Mateus 24 e partes de Apocalipse que discutem um tempo de grande tribulação. Descreva como esse tempo será para os crentes que nele viverem. Que luz isso derrama em sua compreensão sobre a adoração retratada em nossa passagem?

2. A multidão que João viu vestia túnicas brancas (vv. 9,13,14). Onde mais, nas Escrituras, encontramos essas vestimentas e qual seu signi cado?

145

Lição 12 - Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

3. O que a ação de “prostrar-se com o rosto em terra” (v. 11) acrescenta à adoração dos anjos? Você já tentou adorar dessa maneira?

4. A lista de sete atributos de Deus proclamada pelos anjos (v. 12) tem sido dita para expressar louvor completo ou perfeito. O que cada um desses sete atributos diz sobre nosso Deus? Se você estivesse fazendo sua própria lista dos melhores atributos divinos, quais incluiria?

5. O que signi ca dizer que “Deus estenderá sobre eles o seu tabernáculo” (v. 15)? Ele faz isso pelos crentes, hoje em dia?

146

Adoração Grata

Entendendo e Vivendo

Um Culto de Adoração que Nunca TerminaComo seria ver Deus em seu trono no céu? Pou-

cas pessoas escreveram sobre suas experiências a respei-to disso; apenas Paulo, Ezequiel e Isaías. Talvez o mais conhecido e menos compreendido desses textos seja o do discípulo João, no último livro da Bíblia, conhecido como Apocalipse (ou, menos comum, A Revelação). A tradução literal da palavra grega apocalipse é “tirar o véu”. Que título maravilhoso para usar para um relato das experiências celestiais de João! Deus tirou o véu do que acontecerá no m das eras.

Ao lermos esta passagem, que cena maravilhosa estava diante de João! Ele foi levado até o céu e estava assistindo a eventos futuros desdobrarem-se diante de seus olhos. Neste ponto do drama, ele viu uma “grande multidão, que ninguém podia enumerar, de todas as na-ções, tribos, povos e línguas” (v. 9), reunida em um cul-to in nito de adoração, diante do trono de Deus. Esse grupo incontável estava vestido com roupas brancas, com palmas nas mãos, adorando-o dia e noite. Havia uma adoração responsiva eterna acontecendo, enquanto a multidão clamava: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (v. 10).

Em resposta, os anjos, os 24 anciãos e as qua-tro criaturas viventes prostraram-se diante do trono de Deus, em adoração. Eles clamavam: “Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!” (v. 12). Ninguém estava forçan-

147

Lição 12 - Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

do a adoração; ela parecia espontânea. A bondade e a grandeza de Deus impulsionam esse tipo de adoração extravagante de sua criação, em todo o tempo, no céu e na terra.

Segundo Caio Fábio, “no Apocalipse, esses seres viventes são criaturas sacerdotais, cujas existências se explicam e se pleni cam no culto a Deus, diante do Trono. Em outras palavras: a razão de ser deles é Deus, o culto e o Trono”. 13

A Grande TribulaçãoEnquanto João estava ali, tentando processar o

que estava acontecendo à sua volta, foi perguntado por um dos anciãos quem era a multidão de vestes bran-cas e de onde veio (v. 13). Você acha que João cou surpreso em saber que o grupo era formado pelos san-tos que passaram pela Grande Tribulação? Acha que a mente de João estava relembrando os acontecimentos, lembrando-se do que Jesus dissera sobre a Tribulação e os últimos tempos?

Em Mateus 24:21-22, Jesus descreveu esse tempo na História como único. Nenhum outro seria cheio de tamanho sofrimento e opressão. Mesmo as 50 milhões de pessoas mortas durante a Segunda Guerra Mundial não ameaçaram eliminar a população da terra. Mas Je-sus disse que, se esse tempo não fosse encurtado por Deus, “ninguém teria sido salvo”.

Dá para imaginar como estava a terra para isso ser verdade? (Você pode encontrar várias passagens so-bre a Tribulação em diferentes livros da Bíblia. Apenas alguns: Mt 24:4-31; Mc 13:5-27; 2 Tm 3:1-5; 2 Pd 3:3-4; Ap 6,8,9,13,14,16.)

13 ARAÚJO FILHO, Caio Fábio de. Obra citada, p. 24.

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Adoração Grata

Será um tempo no qual o amor das pessoas es-friar-se-á. Muitos cairão em sua fé em Deus. Homens, ricos e pobres, semelhantemente, deixarão seus lares, até mesmo suas mansões de milhões de dólares, e vi-verão em cavernas, por causa de seu grande terror. As pessoas amarão o engano e tudo o que for maligno, como bruxaria, imoralidade, pornogra a, maledicên-cia, assassinato, roubo, mentira, adorar as obras de suas mãos, idolatria e adoração aos demônios. Haverá mui-tos desastres naturais e coisas estranhas acontecendo nos céus. O alimento será escasso e caro, e as fontes de água estarão envenenadas. Mais de metade da popu-lação mundial será morta pela espada, pela fome, por pestilência e por animais selvagens. Quem não aceitar a marca do anticristo será incapaz de comprar ou vender qualquer coisa!

É desse modo que o mundo será durante a Gran-de Tribulação e, ainda assim, pessoas de toda língua e nação estarão seguindo a Jesus, não apenas umas pou-cas, mas uma multidão grande demais para se contar! O ancião falou das condições difíceis que a multidão su-portou na terra quando mencionou: “jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum. [...] E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (vv. 16,17b). A igreja se manteve rme em seu compromisso com Jesus, e agora compartilha a vitória nal.

Embora as pessoas tenham experimentado con-dições físicas difíceis e tempos emocionalmente desa- adores, ainda responderam com uma adoração total-

mente extravagante a Deus ao estarem em pé diante de seu trono.

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Lição 12 - Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

Ronald L. Nickelson, em seu comentário, assim a rma:

Estes dois versos estão entre os mais reconfortantes que encontramos no Apocalipse. Eles nos dão um vislumbre do que o futuro reserva para a Grande Multidão no reino consumado de Deus. Mas esta não é apenas uma imagem de felicidade futura. Muito disso é uma imagem espiritual de nossas vidas hoje. Somos protegidos por nosso Salvador. Nós não sofremos nenhum dano eterno no mundo natural. Vivemos com o conforto de Deus em nossas vidas. Nós realmente sofremos as dores da vida diária, mas Deus supera a cada uma delas em nossa vida. 14

Para aqueles que devem suportar as tribulações na terra, esta mensagem traz a esperança de que Deus ainda está no controle e exercerá o julgamento nal so-bre os ímpios. Esta passagem também nos ensina que a nossa resposta a Deus é para louvar e adorá-lo indepen-dentemente das nossas circunstâncias.

Respondendo à AdversidadeQuem dera nossa resposta a Deus, em meio a

tempos duros, fossem assim! Será que podemos, como Paulo e Silas, cantar hinos de louvor a despeito do des-conforto físico e da pressão emocional (At 16:22-34)?

Na maior parte do tempo, tudo o que quero é reclamar e sentir pena de mim mesmo em meus tempos difíceis. Não quero louvar a Deus; quero que os outros vejam minha tristeza e juntem-se a mim, lamentando

14 NICKELSON, Ronald L. The KJV Standard Lesson Commentary 2010-2011. Cincinnati, OH: Standard Publishing, 2010, p. 313.

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Adoração Grata

todas as injustiças da minha vida. Minhas experiências recentes não são exceção. Descobri ser muito importan-te não apenas meditar sobre a bondade de Deus, mas também falar sobre ela frequentemente, lembrando-me de que “o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e a paz” (Rm 8:6).

Minha carne é sempre rápida para se levantar e acusar Deus de ser, de alguma forma, injusto e impiedo-so quando, na verdade, a bondade divina nunca esteve em discussão. É apenas minha própria carne tentando declarar Deus como errado, porque eu estou desconfor-tável ou, de alguma maneira, as coisas não saíram do meu jeito. É em tempos como esses que meu vício de me sentir bem ou confortável ca tão evidente.

O que sentimos é muito real; mas o que fazemos com esses sentimentos é muito importante. Quando clamamos pela graça de Deus em meio à adversidade, às vezes vemos pouca ajuda vir em resposta. Os céus assemelham-se a cobre, e Deus parece muito silencioso. É difícil declarar a in nita bondade de Deus. Todavia, far-nos-ia bem lembrarmos de que sua bondade é eterna e nunca deve ser questionada. Ele é tão maior, tão mais amplo! Ademais, é bem maior do que, possivelmente, podemos compreender.

É tão importante permitir que Deus examine-nos nesta vida para nos preparar para o tempo que está por vir... É crucial aprendermos a cruci car nossas emoções e nossos desejos carnais, sabendo que estamos nos pre-parando para um momento eterno de adoração, decla-rando para sempre a bondade e a grande misericórdia de Deus.

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Lição 12 - Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Ajudar os participantes a pesquisarem as imagens visuais

e os símbolos no texto.2. Fazer com que os participantes meditem sobre as razões

para louvar a Deus, tanto do texto como da experiência pessoal.

3. Encorajar os participantes a incorporarem, em suas vidas diárias, os princípios da adoração descritos nesta passa-gem.

Atividade pedagógicaAbra um espaço em sua sala e tente reencenar

a adoração na sala do trono, retratada nesta lição e na anterior – incluindo posicionamento, grupos envolvi-dos, ações e palavras especí cas mencionadas. Discuta sua experiência. Como foi adorar dessa maneira? Por que alguns grupos reagiram de tal forma? Há elemen-tos úteis que poderíamos incorporar ou imitar em nossa adoração pessoal ou corporativa?

Quem é o Missionário?Diante de algum desa o missionário, talvez você

já tenha se perguntado: eu também posso ser um mis-sionário? Bem, eu não sei qual foi a resposta que você obteve, mas qualquer que tenha sido, espero que tenha lhe conduzido até a verdade bíblica de que todo rege-nerado é potencialmente um missionário. Ou seja, você deve fruti car e trabalhar na seara do Senhor a partir do campo em que está inserido.

Porém, muitas vezes, temos de nido o termo “missionário” como sendo aquele que atua num am-biente transcultural, que abdica do conforto do seu lar, da presença dos seus familiares e até mesmo da sua pá-tria, para cumprir o propósito divino, vivendo como peregrino em terras distantes e proclamando o Evange-lho do Reino.

Ainda assim, o missionário é uma pessoa comum. O missionário não é um ser humano perfeito, mas é

um perfeito ser humano em toda sua constitui-ção. Ele tem sentimentos como qualquer outra pessoa. Ele sofre, chora, se aborrece e sente saudades (cf. 2 Co 7:5). O missionário é aquele que, como você, vive en-frentando todo tipo de di culdades e tentando vencer as suas lutas diárias diante do trono da graça de Deus.

O problema é que temos a tendência de colocar o missionário numa posição tão elevada que acabamos deduzindo que tal estatura é inatingível. A obra missio-nária passa a ser algo distante e nos sentimos pequenos e sem condições de participar.

É comum encontrar pessoas que pensam que a obra missionária é algo restrito e de responsabilidade apenas de um pequeno grupo que foi divinamente sepa-rado para este m, quando, na verdade, Deus espera a participação de cada crente, por mais insigni cante que pareça a sua contribuição.

Todos aqueles que receberam uma nova vida, um novo espírito, uma nova natureza, um novo coração, um novo destino, uma nova morada, também receberam a ordem de pregar o evangelho ao mundo (Mt. 28:19-20). De forma que direta ou indiretamente, sempre haverá algo que poderão fazer para cumprir esta ordem.

Martin Luther King Jr., disse certa vez, num ser-mão:

Tu não tens que ter um curso universitário para servir. Tu não tens que saber ligar o predicado ao verbo para servir. Não precisas ter conhecimento sobre Platão e Aristóteles para servir... Precisas apenas ter um coração cheio de graça, e uma alma movida pelo amor.

O desejo de Deus é que todos se cheguem a Ele, por meio da salvação que há em Cristo ( Jo 12:17), e, se não estamos realmente comprometidos e empenhados neste propósito, precisamos nos ajustar e nos posicionar rapidamente no reino de Deus.

Deixe-me lembrá-lo: foi o Senhor Jesus quem mandou pregar o evangelho a todas as nações e até ao último recanto desta terra!

13º SÁBADO – Faça a diferença!

FAÇA SUA DOAÇÃO PARA MISSÕES

AG. 2037C.C. 36573-4

Novas IgrejasIgreja Batista do Sétimo Dia de Campinas

No dia 26 de março de 2011, realizou-se, o cial-mente, a primeira Escola Bíblica Sabatina e o culto da Igreja Batista do Sétimo Dia de Campinas, São Paulo, sob a direção do Pr. Bernardino de Vargas Sobrinho e do Pr. Daniel Miranda Gomes.

Atualmente a Igreja se reúne no auditório do Ho-tel Dan Inn Cambuí e o Senhor tem constantemente acrescentado ao grupo aqueles que por Ele são salvos. Oremos para que Deus dê à Igreja Batista do Sétimo Dia uma poderosa visão de plantio de novas Igrejas.

Igreja Batista do Sétimo Dia de Arcos

No dia 07 de maio de 2011, a Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira recebeu a mais nova Igreja Ba-tista do Sétimo Dia, na cidade de Arcos, Minas Gerais, sob a direção do Pr. Rodrigo Cesar Carvalho Pe ster. O trabalho tem prosperado grandemente e a Igreja está desenvolvendo o projeto de evangelização de casa em casa. Oremos por estes novos irmãos em Cristo Jesus.

Novo Campo MissionárioAssociação Vôo Livre

No dia 30 de Abril de 2011, a Igreja Batista do Sétimo Dia de Brasília, sob a direção do Pr. Luciano B.N. de Moura, iniciou um novo trabalho em Águas Lindas de Goiás – GO, em parceria com a Associação Vôo Livre, dirigida pela missionária canadense Joyce Alma Hancok, cujo objetivo é promover cursos, espor-tes, música, aconselhamento, direção espiritual e treina-mento pro ssional que possa equipar estas pessoas para trabalhar e dar os meios de procurar uma vida melhor para eles e as suas famílias.

Departamento de Missões e Evangelismo

Apocalipse 21:1-8

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Isaías 43:25-21Que tipo de coisa nova Deus vai fazer? O que

quer que ele faça de novo, é sempre rmado e nunca se-parado do que já zera. Como Batistas do Sétimo Dia, que cremos que o Sábado é tão válido hoje como nos tempos do Antigo Testamento, isso é importante. Veja as coisas novas que Deus prometeu nesta passagem. Elas eram consistentes com o passado, além do que ele tinha feito antes, além do que poderíamos imaginá-lo fazendo.

Que a ação de Deus em sua vida vá além do que você possa imaginar. Ele está fazendo algo novo!

Segunda – João 13:31-35O novo mandamento que Jesus dá é amar uns

aos outros. De que forma ele é novo? Certamente en-contramos, no Antigo Testamento, os dois grandes mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo. O que mudou é como o povo de Deus é identi cado. Para os judeus, a identi cação era encontrada em guardar a lei e

Apocalipse 21:1-8

Novas Todas as Coisas

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Novas Todas as Coisas

a circuncisão. Se você guardasse a lei da maneira pres-crita e/ou não fosse circuncidado, não era um judeu; era classi cado como não espiritual. Mas, e agora, como identi camos o povo de Deus? Não é pelo modo como amamos uns aos outros?

Terça – Lucas 22:14-23Esta foi a Última Ceia, durante a qual Jesus ins-

tituiu a observância da Ceia do Senhor. Nossas igrejas, atualmente, observam-na como a ordenança da Co-munhão. Quando ele passou o cálice, no versículo 20, chamou-o da “nova aliança no meu sangue.” Tenha em mente que isso foi construído sobre o que acontecera antes. A chave para a adoração do Antigo Testamento era o sacrifício de sangue para a puri cação do pecado. Tudo isso apontava a um tempo futuro, quando o sis-tema de sacrifício seria cumprido no Sacrifício Perfeito. A novidade da Nova Aliança é a oferta desse Sacrifício Perfeito, de uma vez por todas.

Quarta – Efésios 4:17-24Hoje estamos falando sobre algo completamente

novo, realmente separado do velho (veja segunda). Já não estamos mais discutindo o que foi construído sobre o antigo; na verdade, falamos sobre destruir o antigo.

O novo modo de vida é tão radicalmente diferente do antigo que é descrito como uma pessoa inteiramente nova, em contraste à velha. Nascemos de novo e fomos libertos do cativeiro do pecado. Agora, devemos come-çar o processo de viver como pessoas livres da garra do pecado. Isso deve ser feito no poder do Espírito Santo que vive em nós.

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Lição 13 - Sábado, 24 de Dezembro de 2011.

Quinta – Apocalipse 21:9-14

De alguma maneira, este texto me lembra da can-ção “Eu só posso imaginar”15, interpretada por Eduardo e Silvana . Na verdade, vai além da minha imaginação! Enquanto leio a passagem, tenho a impressão de que João, o escritor de Apocalipse, estava tentando descre-ver algo indescritível. Que futuro maravilhoso aguarda aqueles que cremos no Senhor Jesus Cristo!

A Nova Jerusalém é descrita como a noiva, a es-posa do Cordeiro. Isso quer dizer a Igreja de Jesus Cris-to, a reunião de todos os crentes de todos os lugares e tempos. Que esperança nós, como cristãos, podemos ansiar!

Sexta – Apocalipse 21:22-27

A construção do novo sobre o que já aconteceu está em nalização. Encontro-me na posição dos dis-cípulos quando, antes de sua cruci cação, morte e res-surreição, Jesus descreveu-lhes o que aconteceria. Deve ter sido completamente incompreensível. Agora, entre-tanto, pelos olhos da fé, é incompreensivelmente mara-vilhoso!

As trevas, que são o domínio de Satanás, são não existentes. A luz temporária do sol e da lua é substituí-da pela permanente e verdadeira luz da glória de Deus. Qual é a condição para ingressar? É preciso ter seu nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro.

15 Veja vídeo da música no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=f1BEPPCdEpo

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Novas Todas as Coisas

Sábado – Apocalipse 21:1-8O Novo Céu e a Nova Terra são revelados. Con-

sidere as coisas que caracterizam-nos. Nós, que somos seguidores do Senhor Jesus Cristo, estaremos inteira-mente na presença de Deus. Toda a solidão, rejeição, o despropósito e a desesperança não mais existirão. Não haverá lágrimas, nem lamentos. A promessa é que todas as coisas serão feitas novas. Mas tenha cuidado; o versí-culo 8 diz que nem todos serão admitidos.

Você está pronto para a admissão? Está pronto para desfrutar da plena presença de Deus?

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Lição 13 - Sábado, 24 de Dezembro de 2011.

Estudo Contexto Devocional

Apocalipse Apocalipse Isaías

21:1-8 Cap. 21 43:15-21

Verso Áureo“E aquele que está assentado no trono disse: Eis

que faço novas todas as coisas”. (Ap 21:5a)

Núcleo da LiçãoMuitas pessoas gostariam de ter um novo come-

ço que apagasse tudo pelo que já passaram. Como deve ser um começo inteiramente novo? O Apocalipse de João diz que Deus, que é o princípio e o m, fará novas todas as coisas.

Questões para Estudo do Texto

1. Identi que as características listadas para o novo céu e a nova terra. Qual deve ser o propósito de tornar “novas todas as coisas” (v. 5)?

2. Descreva como uma noiva enfeita-se para seu esposo. Que entendimento essa imagem nos dá sobre a Nova Jerusalém? Podemos obter alguma compreensão sobre como devemos preparar nossas vidas diante do Senhor?

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Novas Todas as Coisas

3. Pesquise, na Bíblia, várias palavras relacionadas a “habi-tar”, no versículo 3 (ex.: tabernáculo, templo, viver, Ema-nuel). O que a Bíblia diz sobre a presença de Deus junto aos homens (Jo 1:14)?

4. O que nós devemos superar no versículo sete? De que forma essa promessa encaixa-se no conceito de graça como um dom gratuito?

5. O que mais sabemos sobre este “lago que arde com fogo e enxofre” (v. 8)? A imagem deve ser entendida literal ou gurativamente? Como é a “segunda morte”?

6. De que maneira nossos atos de misericórdia podem aju-dar as pessoas a entenderem a obra de Deus ao eliminar tristeza, choro, dor e morte?

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Lição 13 - Sábado, 24 de Dezembro de 2011.

Entendendo e Vivendo

IntroduçãoNosso foco, nesta unidade, é a adoração cristã. A pa-

lavra grega para adoração, encontrada 22 vezes em todo o livro de Apocalipse, é proskuneo, que signi ca reverenciar ou homenagear alguém de posição superior. Esta palavra era “usada para designar o costume de se prostrar diante de uma pessoa e beijar seus pés, a orla de sua veste, o chão, etc.”16. Adoração é um ato de respeito e de honra; uma expressão de maravilha diante de Deus e de seus feitos (Apocalipse 21 não usa a palavra; mas o capítulo 22, sim).

O signi cado em relação à adoração vem quando se considera a beleza e a grandeza da cena magní ca lavrada por Deus, em seu ato de renovação no m dos tempos. O pensamento das coisas grandes e impossíveis (de uma perspectiva humana) que Deus fará deveria nos levar a parar e cair de joelhos, maravilhados. A obra da renovação, neste capítulo, deveria fazer com que adore-mos a Deus.

Anteriormente, em Apocalipse 20, Cristo tinha retornado; o reinado milenar começara, e o julgamento do trono branco já iniciara e terminara. Aqui recebemos uma descrição de nosso novo lar e uma mensagem do trono. João descreveu as bênçãos, aguardando os éis e uma destruição nal dos ímpios.

16 BAUER, Walter. A greek-english lexicon of the New Testament and other early Christian literature. 3 ed. Chicago: University of Chicago Press, 2000, p. 716.

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Novas Todas as Coisas

Descrição do Novo LarOcasionalmente, tenho a oportunidade de assistir a

programas de televisão nos quais algumas famílias infelizes têm uma nova casa construída, ou têm a casa reformada e expandida. Elas desaparecem, enquanto o trabalho é termi-nado. Depois, voltam com vendas nos olhos. Quando as vendas são removidas, revelando a nova casa, com frequên-cia há lágrimas de alegria ou expressões de choque com o que foi feito. Sempre se ouvem grandes palavras de louvor e de gratidão pela generosidade dos que realizaram a obra. Essa é a mesma resposta que devemos ter ao ler Apocalipse 21:1.

O mundo no qual vivemos está dani cado, por anos de ocupação humana. Ele tem sofrido a contaminação de gerações de pessoas vivendo no pecado. No princípio, o que Deus criou era bom (Gn. 1:1). Mas a criação original tornou-se corrompida pelo pecado, e caiu em decadência e morte. Então, Deus prometeu que um dia irá criar “novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, ja-mais haverá memória delas” (Is 65:17; cf; Rm 8:19-22; 2 Pd 3:12,13).

Descrição da Nova CapitalQuando criança, fui a uma viagem de campo para

o capitólio estadual do Texas. Eu vi um belo edifício, feito com pedras externas, de granito cor de “vermelho pôr do sol”. Perto dele, havia outros edifícios bonitos e monumen-tos a grandes heróis locais. Eu quei fascinado por essas estruturas e impressionado por sua história e beleza. Esses são os sentimentos que a descrição da “Nova Jerusalém” deveria nos trazer.

Os versículos dois, ao descrever sua imagem, diz que a sua beleza é igual à de uma noiva. Na Bíblia, o povo de

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Lição 13 - Sábado, 24 de Dezembro de 2011.

Deus, procedente de todas as tribos, línguas e nações, é vis-to coletivamente como uma noiva adornada para seu mari-do. Israel, em tempos antigos, tinha esta promessa: “Você, porém, será chamada He zibá, e a sua terra, Beulá, pois o Senhor terá prazer em você, e a sua terra estará casada” (Is 62:4 – NVI). Da mesma forma, a Igreja, no Apocalipse de João, é retratada como “noiva de Cristo” (Ap 19:7; 21:2,9).

O Deus dos céus e da terra fará seu lugar de habita-ção em meio à Criação e reinará a partir da Nova Jerusalém (v. 3). João a rma o mesmo fato três vezes: tabernáculo de Deus (ou “morada”) com os homens; Deus habitará com eles; e Deus mesmo estará com eles. Nos dias de Jesus Cris-to, os discípulos tiveram uma antecipação do signi cava vi-ver na presença de Deus. Como João escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:14). Aqui a palavra “habitar” (gr. skenoo) transmite a ideia de xar um tabernáculo (ou tenda), com o propósito de ali residir temporariamente. Porém, no capítulo nal da história da salvação, o próprio Deus habitará para sempre com seu povo. Todas as promessas e prenúncios ali se cumprirão.

Então, Deus enxugará dos olhos toda a lágrima e encerrará o processo de decadência e de morte, que tem se apresentado por toda a História (v. 4). A Terra tem sido mui-tas vezes chamada de “vale de lágrimas”, e não sem uma boa razão. Todas as pessoas têm a sua quota de tristeza, dor e sofrimento. Nem uma família está imune à morte. Mas Deus vai mudar tudo isso. A pena de morte, trazida para a raça humana por meio de Adão e Eva, será plenamente re-movida (Gn 2:17; 3:19). Viver para sempre será uma alegria, porque todas as coisas negativas da vida antiga serão arran-cadas. A tristeza dos funerais terá desaparecido. O choro de frustração e decepção não mais será ouvido. Nunca mais

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Novas Todas as Coisas

a dor da doença, sofrimento ou lesão será sentida. Toda a ordem antiga das coisas terá passado.

Re exões sobre as implicações de Deus governando a partir de sua capital e vivendo entre nós deveriam trazer alegria e espanto diante de sua presença.

Palavras do TronoOs versículos cinco a oito reiteram que Deus fez no-

vas todas as coisas. João contou sobre as bênçãos, aguardan-do os éis neste novo mundo. Ele descreveu os não crentes e sua destruição.

Natureza das PalavrasNos versículos um a seis, devemos car chocados

com o conceito de um mundo regenerado, preparado por Deus. João descreveu “um novo céu e uma nova terra” (v. 1). Haverá um novo mundo, com um governo sem corrupção e uma nova sociedade cheia de cidadãos regenerados. Eis a mensagem que Deus estava nos trazendo com as palavras: “Faço novas todas as coisas” (v. 5).

Bênçãos para os FiéisTudo começa e termina em Deus, porque ele é o Alfa

e o Ômega (a primeira e a última letra do alfabeto grego). Deus promete suprir nossas necessidades. Esta não é uma promessa nova (cf. Sl 36:8, 9). E, estas promessas eternas, de um novo mundo, pertencem aos éis (v. 6). Essa vida está cheia de tempos de privações. Os éis foram perseguidos por séculos. Mas, um dia, aqueles que foram éis não mais passarão por di culdade. As necessidades dos cristãos serão supridas, gratuitamente, por toda a eternidade.

O versículo sete diz que aquele que vencer será consi-derado como lho de Deus. Várias vezes o livro do Apoca-

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Lição 13 - Sábado, 24 de Dezembro de 2011.

lipse promete bênçãos para aqueles que vencerem. Em cada uma das cartas às sete igrejas da Ásia, há uma promessa es-pecí ca a esse respeito (cf. 2:7,11,17,26; 3:5,12,21). Sempre que estamos cansados da luta, devemos considerar o resul-tado nal da vitória: herdaremos todas as coisas. Devemos nos maravilhar com a realidade dessa esperança.

No salmo oito, Davi expressou a maravilha e o es-panto de um homem que considerou a vastidão do universo e a pequenez do homem. Eis o trecho a seguir:

Quando contemplo teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o lho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo que percorre as sendas dos mares. Ó Senhor, Senhor nosso, quão magní co é o teu nome! (Sl 8:3-9)

As bênçãos prometidas para os vitoriosos deveriam nos causar a mesma maravilha e o mesmo espanto. Isso deve nos impulsionar a adorar e a louvar a Deus.

Destruição dos ÍmpiosDeus é justo; logo, ele exalta servos éis. Haverá uma

destruição futura dos ímpios. Eles serão aniquilados, por causa dos salvos, porque, se continuassem vivos, mancha-riam esse mundo, já que continuariam com suas naturezas pecaminosas. Seu estilo de vida sem arrependimento os le-vará à morte: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe

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Novas Todas as Coisas

será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (v. 8).

Temos visto Deus como o Criador de todas as coisas, o Rei dos reis e o Juiz de todas as coisas. Ele é gracioso, amoroso, misericordioso e justo. Cada uma dessas caracte-rísticas deve fazer com que o adoremos.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Estudar o novo céu e a nova terra descritos no Apocalipse

de João.2. Encorajar os participantes a re etirem sobre o que signi-

ca “Deus habitar conosco”.3. Ajudar os estudantes a descreverem de que forma o con-

ceito de Deus como Alfa e Ômega informa adoração.

Atividade PedagógicaPeça aos participantes que completem esta a r-

mação: “Se eu estivesse criando uma nova terra...”. Con-duza uma discussão sobre as diferenças entre a antiga terra, na qual vivemos atualmente, e a nova, descrita em Apocalipse 21. Como será viver na nova terra? Por que Deus não realiza essas mudanças agora?

Apocalipse 22:1-9

Meditações Bíblicas Diárias

Domingo – Efésios 3:14-21Alguns anos atrás, tive a oportunidade de ir a uma

conferência, na Comunidade Cristã do Aeroporto de Toron-to (Canadá). Oravam e ministravam aos que ali estavam, e uma das suas orações favoritas era: “Mais, Senhor”. O pas-tor John Arnott tinha até a frase - “Mais, Senhor” - escrita na placa de seu carro.

Esta passagem das Escrituras fala do “mais” que Deus quer derramar sobre nós. E que bênçãos e entendi-mentos incrivelmente maravilhosos, “além de tudo que pe-dimos ou pensamos” (Ef 3:20), Deus deseja nos dar! A úni-ca limitação é nossa habilidade de receber.

Segunda – Êxodo 33:17-23Deus disse a Moisés que ele faria toda a sua glória

passar diante de Moisés. A palavra-chave é “toda”. Isso nos ajuda a entender porque Deus disse: “Não verás mi-nha face”. Quando mostra suas costas a Moisés, a plenitude de sua glória está brilhando de seu rosto, longe de Moisés. Que compaixão de Deus, ao revelar de si mesmo somente o

Apocalipse 22:1-9

A Árvore da Vida

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A Árvore da Vida

quanto podemos suportar! Sim; entramos na presença divi-na pelo sangue de Jesus Cristo. Mas, mesmo lá, Deus revela o bastante de si mesmo para satisfazer; porém, somente o quanto podemos suportar.

Terça – Salmos 47:5-9Deus ascendeu ao seu trono e assumiu seu lugar de

domínio. O povo que ele governa ergueu um grito de louvor e de triunfo, um poderoso grito de alegria, reconhecendo que Deus está de fato em seu trono. Os reis da terra gover-nam apenas uma nação ou uma área limitada. Mas o domí-nio de Deus é sobre todas as nações. Com ele em seu trono, tudo vai bem para o povo de Deus. Isso é motivo para um louvor jubiloso.

É nesse sentido que Salmos 100:1 diz: “Celebrai com júbilo ao Senhor”. Que tal, povo de Deus? Vamos celebrar!

Quarta – João 4:7-15A água viva era tipicamente tida como água crista-

lina, corrente. Para um pastor, era algo distinto de “águas tranquilas” (Sl 23:2). As ovelhas bebem de um tanque de águas tranquilas, mas não de uma corrente de água (viva). Mas Jesus trouxe uma nova compreensão sobre água viva; uma compreensão que a mulher do poço, aparentemente, não entendeu (v. 15). A água viva de Jesus era uma fonte de água, uindo dentro de alguém, para a vida eterna. A sede da qual Jesus falava era a espiritual, e ele disse que a água viva que ele dá satisfaz completamente essa sede espiritual.

Quinta – Apocalipse 2:1-7A igreja em Éfeso era uma das sete às quais Jesus

dirigiu-se no livro do Apocalipse. O problema era que elas tinham perdido seu primeiro amor, a paixão por Jesus. O

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Lição 14 - Sábado, 31 de Dezembro de 2011.

remédio para o problema era arrependerem-se e agirem para retomar a como haviam sido a princípio.

A promessa para aqueles que vencerem é o privilégio de comer da Árvore da Vida, no meio do Paraíso. Você se lembra dessa árvore? Deus expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden, depois que eles pecaram, para que não comessem do fruto da árvore e vivessem eternamente em pecado (Gn 3:22-24). Agora, em Jesus, esse privilégio está sendo restau-rado.

Sexta – Apocalipse 22:10-21Esta é a esperança de nitiva para o cristão. Não im-

porta o quão ruim as coisas podem parecer, ou quão decré-pito o corpo do cristão possa se tornar; há sempre algo para esperar – o retorno do Senhor Jesus Cristo. O clamor dos nossos corações como cristãos é: “Vem, Senhor Jesus, vem”. Também encontramos o convite de Jesus a nós, dizendo: “Vinde!”. Como esse convite é caloroso!

Aqui vemos a Árvore da Vida completamente restau-rada (v. 14). E encontramos a água da vida, água viva se você preferir, plenamente disponível (v. 17).

Sábado – Apocalipse 22:1-9João estava extasiado com o que viu; pôde ver o rio

de águas vivas uindo do trono de Deus. Ele viu a Árvo-re da Vida crescendo de ambos os lados desse rio. Ele viu como as folhas da árvore ajudaram na cura das nações. Ele viu como os servos de Deus puderam “ver sua face” (v. 5).

João prostrou-se para adorar, mas o anjo diante de quem ele prostrou-se gentilmente o corrigiu e direcionou sua adoração a Deus. E quanto a nós? Deus é aquele a quem a nossa adoração é dirigida?

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A Árvore da Vida

Estudo Contexto Devocional

Apocalipse Apocalipse Efésios

22:1-9 Cap. 22 3:14-21

Verso Áureo“No meio da sua praça, de uma e outra margem

do rio, está a Árvore da Vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. (Ap 22:2)

Núcleo da LiçãoNossa vida é cheia de abundância. Qual é nos-

sa atitude ao receber a recompensa entregue a nós? O Apocalipse de João deixa claro que não há respostas mais apropriadas àquilo que Deus tem feito, além de adorá-lo.

Questões para Estudo do Texto

1. Qual era o signi cado do “rio de águas vivas” (v. 1) na visão de João, quanto à Nova Jerusalém? Há uma cone-xão entre isso e a água viva da qual Jesus falou, em João 4:10?

2. O que sabemos sobre a Árvore da Vida (vv. 2 e 7; cf. Gn 2:9; 3:22)? Qual o signi cado de sua aparição? Como tra-ria cura às nações? O que ela promete a nós?

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Lição 14 - Sábado, 31 de Dezembro de 2011.

3. Que maldição contra a humanidade será nalmente que-brada (v. 3)?

4. Descreva o que as promessas de servir a Deus, ver sua face, ter seu nome em sua fronte, viver na luz de Deus e reinar com ele signi cam para você (vv. 3-5). Que outras bênçãos você acha que esperam por você, no céu?

5. Descreva um tempo no qual você respondeu com adora-ção espontânea a algo que Deus fez. Como esse momen-to de adoração se compara a outras experiências suas de adoração, mais planejadas?

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A Árvore da Vida

Entendendo e Vivendo

Introdução

Apocalipse 22:1-9 continua a narrativa da descri-ção do novo céu e da nova terra. Esta passagem foca a visão sobre a capital da nova terra – a Nova Jerusalém. O mensageiro de Deus levou João por essa jornada. A cena foi apresentada diante de João em detalhes, os quais ele passou adiante aos leitores.

O Rio Contendo a Água da Vida

Os versículos um e dois descrevem um rio uin-do do trono de Deus. Muito embora a terra tenha sido recriada, o rio tinha algumas das características do rio formado no retorno de Cristo. O profeta Zacarias des-creveu sua formação uindo do trono de Deus, dizen-do:

Naquele dia, estarão seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o Oriente; e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o Oriente e para o Ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte apartar-se-á para o Norte, e a outra metade dele, para o Sul. (Zc 14:4)

Ele prosseguiu, dizendo: “Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, meta-de delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isso” (Zc 14:8).

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Esse rio, com uma oresta de árvores crescendo ao seu lado (cada uma sendo a Árvore da Vida), é também men-cionado pelo profeta Ezequiel, que a rmou:

Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá sua folha, nem faltará seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque suas águas saem do santuário; seu fruto servirá de alimento, e sua folha, de remédio. (Ez 47:12)

Essa é parte da descrição de Ezequiel da área do templo, do rio e das divisões da terra no Reino, que se encontra em Ezequiel 40 a 48.

É dito que o rio contém a “água da vida” e, de fato, ele deu vida a toda a região. A terra de Israel hoje é, na maior parte, um deserto. A área do “Mar Morto” é um local inóspito à vida. O rio deveria reclamar a terra e dar-lhe vida. As árvores crescendo às suas margens de-veriam levar cura a todos os que comessem delas. Como resultado, cada uma merecia ser chamada de “Árvore da Vida”.

Ao contrário de árvores frutíferas comuns, no en-tanto, esta árvore irá produzir diferentes tipos de frutas. E a colheita é mensal, não anual como árvores comuns. Deus não somente fornece em abundância, mas tam-bém em grande variedade! A árvore da vida irá garantir uma boa saúde, com suas folhas, para a cura das nações (cf. Ez 47:12).

A Bênção dos Habitantes da Terra SantaÀ medida que a visão continuava, o escritor voltou

sua atenção ao povo vivendo na cidade. E, observou que este povo era abençoado de quatro maneiras:

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Primeiramente, a maldição da terra havia sido re-movida (v. 3a). Com uma breve declaração, João apaga o agelo do pecado na história humana: não mais haverá

maldição. O mundo caído, infestado de espinhos (Gn 3:18) e escravo da decadência e da corrupção (Rm 8:21), será redimido. A raça humana será liberta das a ições da dor, da tristeza e da morte (Gn 3:16-19). Todas as consequências do pecado serão nalmente removidas.

Em segundo lugar, Deus habitava pessoalmente entre eles (vv. 3b-4). O maior castigo que Adão e Eva receberam foi a perda da comunhão com Deus. Mas no céu, desfrutaremos a ilimitada presença de Deus, mais uma vez. O trono de Deus, indicando sua presença pes-soal, estará na cidade. Partilhando do trono e da glória estará o Cordeiro, que foi morto pelos pecados do mun-do (cf. Jo 1:36, 1 Pd 1:19). E, ainda, “os seus servos o servirão, e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome” (vv. 3c,4). João escreveu que “ninguém ja-mais viu a Deus” ( Jo 1:18). Mesmo Moisés, “a quem o Senhor conhecera face a face” (Dt 34:10 - ACRF), não foi permitido ver a Deus diretamente (Êx 33:20). Mas Jesus disse: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5:8). Os remidos, no Céu, deverão ver o seu rosto.

Terceiro, ali não havia mais a necessidade de sol, porque Deus os iluminava (v. 5a). O contraste da luz com as trevas é usado tanto literal quanto gurativa-mente na Bíblia. Em um sentido literal, os cidadãos da Jerusalém celestial não mais precisarão de luz solar nem de qualquer outra fonte de luz arti cial. O Senhor Deus lhes dará toda a luz que eles precisam (cf. Is 60:19,20; Zc 14:7; Ap 21:23,25).

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O sentido gurado nos faz lembrar que Jesus sal-va os santos do “império das trevas” (Cl 1:13) e nos con-vida a caminhar na luz ( Jo 8:12; 1 Jo 1:5,6). Aqueles que são “ lhos da luz e lhos do dia” não “da noite nem das trevas” (1 Ts 5:5) serão iluminados por uma luz eterna num céu livre de pecado.

Finalmente, o povo reinaria com Deus, eterna-mente (v. 5b). Os santos “reinarão pelos séculos dos sé-culos”, em um longo e ilimitado reinado. Este é o con-texto em que nós, os santos, reinaremos com Deus para sempre e sempre. Vamos beber do rio da água da vida, seremos alimentados pelos frutos da árvore da vida, se-remos curados pelas folhas desta mesma árvore, vamos caminhar na luz da glória de Deus e reinaremos no lu-gar designado pelo próprio Deus, para todo o sempre.

O Propósito e a Natureza da MensagemEsta mensagem, entregue por Deus por intermé-

dio de seu mensageiro, é con ável; é genuína, não so-mente em termos abstratos, mas também na realidade. Seu propósito é fazer com que saibamos (juntamente de todos os servos) o que acontecerá no futuro.

No início do livro do Apocalipse, Deus procla-mou uma bênção aos leitores e mantenedores dessa obra. Ele disse: “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1:3). Esse não é exatamente como o Clube do Livro do Mês, do qual você pode ter feito parte na escola. A bênção tem dois lados. Ela requer leitura da profecia, e também prestar atenção cuidadosa à sua mensagem. É a mensagem que Deus quer que você leia com gran-

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de atenção. Suas ações baseadas na mensagem trazem a bênção. E essa promessa é repetida aqui, no versículo sete, do capítulo 22,

Essas coisas são certas, absolutas. Elas falam de algo que acontecerá. Não importa o que o mundo e seus professores digam; Deus assegura que acontecerá. Ele veri cou a validade de sua mensagem e pôs seu selo de aprovação em seu conteúdo (v. 7).

A Mensagem Leva à Adoração

João reagiu à natureza espantosa e inspiradora da visão do futuro prostrando-se em adoração. Essa foi a reação correta ao conhecimento que ele obtivera. Houve um erro, contudo, da sua parte. Ele é retratado como adorando o mensageiro no lugar da fonte da men-sagem.

As duas passagens são o foco da visão em si. Es-sas cenas devem invocar a reposta de adoração daque-les que lerem e atentarem para seu conteúdo. Contudo, adorar por adorar é vão e falso. O mensageiro apontou que ele era um ser criado. A cidade e todo o novo céu e a nova terra eram coisas criadas, por isso não eram dignas da adoração de João.

Em Romanos 1:20-25, o apóstolo Paulo descre-veu os praticantes da falsa adoração. Ele observou que ainda que eles conhecessem Deus por quem era, falha-vam em adorar e reconhecê-lo. No versículo 25, decla-rou a razão pela qual os estava condenando: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendi-to eternamente. Amém!” (Rm 1:25).

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A adoração e o culto devem ser dirigidos somen-te a Deus. Jesus Cristo, em seu confronto com Satanás, no deserto, diz: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e so-mente a ele servirás” (Mt 4:10b). Ele atribuiu essas falas à Palavra de Deus. E citou o livro de Moisés (Dt 6:16) e Samuel (1 Sm 7:3), para argumentar. Adore e sirva ao Senhor teu Deus, pois somente ele merece adoração.

Todas as outras formas de adoração são falsas. Como diz o mensageiro do Senhor, resumidamente, no versículo nove: “Adore a Deus”.

Dicas para os Professores

Metas da Lição1. Revisar todas as imagens da natureza neste texto.2. Ajudar os estudantes a entenderem e a apreciarem a ado-

ração como resposta apropriada por receber a abundância de Deus.

3. Investigar as implicações para nosso mundo ter acesso a uma “árvore da vida” como descrita em Apocalipse.

Atividade PedagógicaDivida a classe em grupos menores e entregue

alguns materiais para desenho e artes a cada um. Pe-ça-lhes que construam um modelo da Nova Jerusalém com base nas informações dadas em Apocalipse 21-22. Faça com que cada grupo compartilhe seu modelo com os outros. Depois, dê aos participantes oportunidade de compartilharem como será o céu. Concentre-se em como será estar na presença de Deus e adorá-lo eterna-mente.

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ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

ACRF - Almeida Corrigida e Revisada FielARA – Almeida Revista e AtualizadaARC – Almeida Revista e CorrigidaAS21 – Almeida Século 21ECA – Edição Contemporânea de AlmeidaNVI – Nova Versão InternacionalKJA –Tradução King James AtualizadaBV – Bíblia VivaNBV – Nova Bíblia VivaBJ – Bíblia de JerusalémTEB – Tradução Ecumênica da BíbliaNTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje

IATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

Versões Bíblicas

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Obras CitadasARAÚJO FILHO, Caio Fábio de. Avivamento total: o cristão como verdadeiro modelo para a sociedade da qual faz parte. 4. ed. Niterói, RJ: Vinde Comunicações, 1995.

BARCLAY, William. The letters to the Philippians, Co-lossians, and Thessalonians. Louisville, KY: Westmins-ter John Knox Press, 2003.

BAUER, Walter. A greek-english lexicon of the New Testament and other early Christian literature. 3 ed. Chicago: University of Chicago Press, 2000.

CESARÉIA, Eusébio de. História eclesiástica. São Paulo: Novo Século, 2002.

GETZ, Gene A. A estatura de um cristão: estudo em li-penses. São Paulo: Vida, 1986.

GOMES, Daniel Miranda (Org.). Manual da igreja. Curi-tiba: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira, 2011.

HINSON, E. Glenn. I e II Timóteo e Tito. In. ALLEN, Clifton J. Comentário bíblico Broadman: Novo Testa-mento: Rio de Janeiro, JUERP, 1985.

JENKINS, Ferrell. The Island Called Patmos. Dispo-nível em: <http://bibleworld.com/Patmos/patmos.htm>. Acesso em: 12 jul. 2011.

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LOCK, Walter. A critical and exegetical commentary on the pastoral epistles: I & II Timothy and Titus. Edinbur-gh: T&T Clark Press, 1924.

NICKELSON, Ronald L. The KJV Standard Lesson Commentary 2010-2011. Cincinnati, OH: Nickelson Stan-dard Publishing, 2010.

STOTT, John R.W. Tu, porém: a mensagem de 2 Timóteo. São Paulo: ABU Editora, 1982.

VENABLE, Stephen. The glory of Christ in the end-ti-me worship movement. DVD Sermon. May 2, 2010.

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Colaboradores

Tim & Jayme Osborn estão casados há mais de 25 anos. Eles têm sete lhos e três netos. Passaram os últimos seis anos trabalhando entre muçulmanos, no Norte da África. Recentemente se mudaram para Kansas City, Montana, nos Estados Unidos. Passam algum tempo buscando o Senhor quanto ao que o futuro reserva, obtendo o des-canso muito necessário e o cuidado com a saúde de seu lho caçula.

Dale Rood serviu como pastor da 7ª Igreja Batista do Séti-mo Dia por quase 40 anos, servindo 19 em New England, em Waterford, Connectut, em Westerly, Rode Island, e mais 20 anos em Dodge Center, Minnesota, nos Esta-dos Uni dos.. É casado com Althea, pai de Kristin (Sra. Andrew Camenga) e Jeff (Heather); tem dois netos. O interesse do Pastor Dale em trens e em ferrovias é bem conhecido, assim como sua curiosidade por clima. Ele es-pera ser mais conhecido por seu amor ao Senhor.

Ruth Burdick é a esposa do Pastor Ken Burdick. Eles têm três lhos. Ela trabalha como Assistente Médica de um podólogo, por meio-período. A família é membro da Igreja BSD na Área de Seattle, onde eles têm ministrado há 12 anos. Ler, colecionar objetos de vidro verde da épo-ca da Depressão e trabalhar na genealogia da família são seus hobbies.

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Bill Burks, DBL serve como pastor da Igreja Batista do Sétimo Dia Memorial, em Fort Worth, Texas, e é também funcionário da Motorola. É casado com Cynthia e tem um lho, Carl.

Daniel Miranda Gomes é advogado e Diretor do Depar-tamento Jurídico da Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira. É membro da Primeira Igreja Batista do Sé-timo Dia de Curitiba-PR e exerce o ministério pastoral junto à Igreja Batista do Sétimo Dia de Campinas-SP.

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Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e ou-tras contribuições destinadas à Conferência Batista do Séti-mo Dia Brasileira, sejam feitas por meio de cheques, ordens bancárias ou vales postais nominais, de preferência para as seguintes agências e contas bancárias:1) BANCO DO BRASIL - Agência nº. 1622-5 - Conta

Corrente nº. 57643-3 - Titular: Conferência Batista do Sé-timo Dia Brasileira

2) BANCO BRADESCO - Agência nº. 0049-3 - Conta Corrente nº. 153799-7 - Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira.

3) BANCO ITAÚ - Agência nº 3703 - Conta Corrente nº 06312-7 - Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Bra-sileira.

Após a remessa, enviar carta com a FICHA DE RE-MESSA ao tesoureiro geral, contendo as datas, os valores e indicando a sua natureza: se são remessas, ofertas em geral ou para uma nalidade especí ca.

Remessas

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Douglas Marcelo - Congregação BSD de Tubarão/SCEm 21 de

março o irmão Douglas Marcelo, da Igreja Batista do Sétimo Dia de Canoinhas-SC, mudou-se para a cidade de Tuba-rão-SC, para ser-vir à Congregação Batista do Sétimo Dia, ali existente. O mesmo tomou posse, como Obreiro, no dia 21 de maio, em culto especial, com a presença do Pr. Wesley e do Quarteto Adoração, da Primeira Igreja Batista do Sétimo Dia de Joinville,

A congregação de Tubarão é mantida pela Primei-ra Igreja Batista do Sétimo Dia de Joinville e a mesma já iniciou o processo eclesiástico visando à ordenação do Ob. Douglas ao Sagrado Ministério.

Marcelo - Congregação BSD de Tubarão/SCm 21 de

Novos Obreiros

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Gláucio Correia de Souza

IBSD de Bocaiúva do Sul/PR

No dia 30 de abril, o Diáco-no Gláucio assumiu, como obreiro, a Igreja Batista do Sétimo Dia de Bo-caiúva do Sul, que estava sendo pas-toreada interinamente pelo Pr. Jonas Sommer.

O diácono Gláucio era mem-bro da Igreja Batista do Sétimo Dia de Canoinhas/SC e respondeu ao chamado de Deus para o ministério em tempo integral. A Igreja de Bocaiúva do Sul já deu início o processo de ordenação dele ao Sagrado Ministério.

A IBSD de Bocaiúva do Sul está em fase nal da construção de seu novo Templo e pretende inaugurá-lo ain-da este ano.

Oremos pelos novos obreiros. Lembremos das pala-vras de nosso Senhor em Mateus 9:37, “Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua sea-ra.”

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