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    Semana 2 – Enero, 29:  Nociones elementares de fonética.Portugués Continental y Dialectos de Açores e Madeira; símbolosdel AFI utilizados en la transcripción fonética (TF) del portugués;

    (7 págs.)2. Fonética  

    É a disciplina científica quese ocupa dos sons da falahumana, do modo comoesses sons são produzidospelos locutores e como sãopercebidos pelos ouvintes.

     As propriedades físicas dos

    sons da fala, a sua produçãoe percepção, definem as trêsgrandes áreas em que afonética tradicionalmente sesubdivide: fonética acústica,fonética articulatória efonética perceptiva.

     A fonética é uma área deconhecimento interdiscipli-nar que faz apelo a áreascientíficas tão diversas comoa linguística, a anatomia, afisiologia, a neurologia, a

    aerodinâmica, a acústica, apsicologia, o processamentode sinais.No estudo da fala humanahá que fazer a distinçãoentre os segmentosfonéticos entendidos comorealizações fonéticas, quesão factos concretosfisicamente mensuráveis, eos segmentos fonológicos 

    (ou fonemas) que são unidades linguísticas abstractas. De forma a distinguir-se claramente estes dois níveis de análise, convencionou-se representar ossegmentos fonológicos entre barras oblíquas (/a/, /o/) e os segmentosfonéticos entre parênteses rectos ([a], [o]).

    1 – lábio inferior 5 – alvéolos 9 – passagem oral 13 – faringe 17 – esófago2 – lábio superior 6 – palato 10 – ápice da língua 14 – epiglote 18 – coluna cervical3 – dentes incisivosinferiores

    7 – véu palatino 11 – dorso da língua 15 – glote 19 – cavidade nasal

    4 – dentes incisivossuperiores

    8 – úvula 12 – raiz da língua 16 - traqueia

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    2. Alfabeto Fonético Internacional :

    Fonemas da língua portuguesa:

     Vogais orais: i, !, u, e, ", o, #, $, a

     Vogais nasais: "               !, %,  & , õ, ' 

    Semi-vogais: j, w

    Consoantes: p, b, t, d, k, g, m, n,  (, r, ) , R, f, v, s, z,  * , +, l, , 

    Ditongos: #j (papéis), "j / ej (lei), aj (pai) , $j (rói), oj (noite), uj (cuida), iw (riu), ew (meu),# w (véu), " w (saudade), aw (pau).ow / o (pouco)."               !j (mãe), õj (põe), 'j (muito), ãw (mão) 

    Diacríticos:-  - [ -kaz" ]    !  - [ "   ! ] ; [  . ]     !  - [k     ! ]      !  - [d     ! ]/      !  - [t     ! ]

    /  - [p/ ]; [t/ ]  0  - [p 0 ] 1  - [r1 ]  !   - [e !" ]

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    3. Tipos de transcrição fonética

    Quando uma análise tem prioritariamente em conta a representação dos contrastes que asseguram a

    distinção entre diferentes palavras, opta-se por uma transcrição que anota apenas os segmentossonoros que podem comutar com outros num determinado contexto, desde que daí resulte umamudança de significado como em [ -#)  v " ] e [ -#lv " *  ]. Este tipo de transcrição designa-se, em geral, portranscrição fonética larga. A expressão transcrição fonética estreita emprega-se para designar transcrições que especificammaior detalhe fonético. Por exemplo, na maioria das variedades do Português Europeu a consoante/l/ é geralmente realizada de modo diferente, conforme se encontra em início ou em fim de sílaba(levas / Elvas). Essa modificação do /l/ em fim de sílaba – em que o corpo da língua tende a recuare a elevar-se – designa-se por velarização e é anotada mediante o diacrítico [~]: [ -#2 v " *  ], [m#2 ]. Asduas realizações de /l/ [l] e [ 2 ] são percebíveis como distintas mas a sua alternância não altera osignificado das palavras.

    4. Fonemas, fones e alofones

    O objectivo da fonologia como estudo dos sistemas de sons das línguas é o de explicar ofuncionamento desses sistemas, enquadrando a explicação numa teoria da linguagem edesenvolvendo métodos e técnicas que permitam determinar os sistemas fonológicos das línguasparticulares. Por outro lado, cada língua possui também a sua fonologia, ou seja, a organizaçãoespecífica do seu sistema de sons. Ao estudarmos a fonologia de uma língua com base numa teoriada gramática comum ao estudo de outras línguas estamos, ao mesmo tempo, a contribuir para oestabelecimento de princípios universais que organizam o funcionamento de todos os sistemasfonológicos.É o conhecimento fonológico de um falante que lhe permite associar determinados sons a um únicofonema, e que permite distinguir a sucessão de sons que formam uma palavra em línguas quedesconhecemos.Em todas as línguas existem palavras que têm significados diferentes e se distinguem apenas por umsom. Em Português, por exemplo, as palavras bala   e  pala , com significados diversos, só sediferenciam nas consoantes iniciais que são, respectivamente, [b]e [p]. Estes sons que distinguempalavras são unidades distintivas e correspondem a fonemas do Português; os pares de palavrascomo bala  e  pala  que servem para os determinar são pares mínimos porque só se distinguem numaunidade. O método de substituição (ou de comutação) de um som por outro mantendo a mesma

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    sequência foi aplicado pela escola estruturalista. Utilizando este método de comutação, se formos verificando alterações de significado das palavras poderemos determinar todos os fonemas doPortuguês. As realizações fonéticas dos fonemas são os fones. Nas palavras calo e caldo, que se pronunciam[ -kalu], [ -ka2du], temos duas pronúncias do /l/. No entanto essas duas pronúncias não

    correspondem a dois fonemas distintos porque nunca podemos opor esses dois sons num parmínimo. Na realidade, os sons correspondentes ao /l/ em início de palavra ou entre vogais e em fimde palavra ou antes de uma consoante são dois fones do mesmo fonema que se denominam alofones(ou variantes) contextuais. Neste caso, os alofones dependem da posição do fonema na palavra;como os dois sons nunca ocorrem na mesma posição – estão distribuídos  em diferentes contextos –diz-se que se encontram em distribuição complementar.Existem ainda alofones que distinguem socioletos ou dialectos: por exemplo, o /s/ pronuncia-se emcertas regiões de Portugal com o ápice da língua junto dos alvéolos (é o s ‘beirão’) e em outrasregiões, como Lisboa, a sua pronúncia é dental. No primeiro caso representa-se como [ 3 ] e nosegundo como [s]. Mas como nunca se podem opor um ao outro no mesmo dialecto correspondemao mesmo fonema /s/. As diferentes pronúncias que decorrem da diversidade dialectal ou sociolectaldesignam-se como alofones (ou variantes) livres por não dependerem de um contexto fonético. A aplicação do método dos pares mínimos a partir de palavras do Português Europeu (dialecto deLisboa) permite-nos identificar as consoantes e vogais que fazem parte do sistema fonológico.

     As consoantes em língua portuguesa podem distinguir-se quanto à posição que podem ocupar napalavra.

    Consoantes iniciais: Os seguintes fonemas consonânticos nunca se encontram em início depalavra: ,,  (, ) .Exemplos: pala, bala, tom, dom, calo, galo, f ala, v ala, selo, zelo, chá, já,mata, nata, lato, rato.

    Consoantes mediais(entre vogais): 

     Todos os fonemas consonânticos da língua portuguesa. Exemplos: ri pa, riba, lato, dado, rasca, rasga, estaf a, esta v a, caça, casa, acha,haja, mala, malha, cama, cana, senha, caro, carro.

    Consoantes finais:   Apenas os fonemas consonânticos /l/ – que foneticamente é um l velarizado[ 2 ] – , /) / e / * / e /n/ (em casos raros como hímen ou hífen) se encontramem fim de palavra. O m em fim de palavra não corresponde a um fonemapara indica a nasalidade da vogal anterior que o antecede como em sim   =/s & / ou fim  = /f  & /.Exemplos: mal, mar, más 

     A pronúncia de /s/ em posição final decorre do contexto em que se encontra:-  se a palavra anteceder uma pausa, o fonema realiza-se como [  *  ]-  se for seguida de outra palavra, a sua realização será [z] se anteceder uma vogal ( más  aves  –

    [ -maz-av ! *  ] e [ + ] ou [  *  ] conforme a consoante que se seguir for vozeada ( más bolas   –[ -maz-b$l" *  ]) ou não vozeada ( más passas  – [ -maz-pas" *  ]).

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    5. As sílabas: o ataque, a rima, o núcleo e a coda

    Numa palavra não encontramos apenas os fonemas, mas estes agrupam-se numa unidade que é asílaba e que são constituídas maioritariamente por uma consoante e uma vogal. Nesta formacanónica da sílaba (CV), a consoante constitui o ataque  a vogal a rima . Mas como uma sílaba pode serconstituída apenas por uma vogal, esta é o elemento mais importante da sílaba, é o seu centro que sedenomina núcleo. Em Português, diferentemente de outras línguas, os núcleos silábicos são sempre vogais. As glides (ou semi-vogais) nunca podem funcionar sozinhas como núcleos de sílaba (e isso asdistingue das vogais) mas podem, ao formarem ditongos, integrar-se no núcleo da sílaba como nosexemplos judeu [ +ud# w] ou faliu [f "-liw]. A consoante (ou consoantes) que termina(m) a sílaba constitui(em) a coda . Em Português, em posiçãofinal de sílaba e de palavra, só ocorrem /l/, /r/, /s/ e muito raramente /n/ (em casos como hímenou hífen).Uma tendência observada por diversos linguistas é a de abrir as sílabas e evitar a coda (evitando aconsoante em final de sílaba ou de palavra).

    1.5. Área linguística galego-portuguesa: diversidade dialectal

    O espaço linguístico galego-português tem a configuração de um rectângulo que corresponde à faixaocidental da Península Ibérica delimitado em três lados pelo mar e a oriente por uma linha que correde norte a sul, desde as Astúrias até à foz do Guadiana. Esta linha foi definida por Menéndez Pidalcomo sendo a fronteira linguística que, desde a Idade Média, separa o leonês das línguas que lheficam a ocidente: os dialectos galegos a norte e os dialectos portugueses mais a sul.Para Lindley Cintra há três grandes grupos dialectais:

    1)  dialectos galegos;2)  dialectos portugueses setentrionais;3)  dialectos centro-meridionais.

    Dialectos galegos :

    - Não existem as sibilantes sonoras /z/ nem /4 / próprias do português (a sibilante de rosa  articula-secomo a de passo ) [ 3 ] apical ou [s] predorsal; - A sibilante de  fazer  como a de caça , [s] predorsal ou [ 5 ] interdental, consoante que corresponde àgrafia th  inglesa. - A palatal sonora /+/ (  j  e g  antes de e, i) não existe, mas apenas a sua correspondente surda / * / .

    Dialectos portugueses setentrionais :

    - Existem sibilantes surdas e sonoras, ao contrário de em galego, predominando nos meios rurais assibilantes ápico-alveolares, surda [ 3 ] (idêntica à do castelhano setentrional e padrão) e sonora [ 4  ], àsquais se reduziram as predorsodentais. Nos dialectos mais conservadores, as ápico-alveolarescoexistem com as predorsais.- A pronúncia com oclusiva bilabial [b] ou fricativa bilabial [ ! ] da letra v nos dilectos setentrionais. - A conservação dos ditongos /ow/ e /ej/ nos dialectos setentrionais.- A pronúncia como africada palatal [t *  ] da grafia ch (tchave, atchar).- Vocábulo de origem latina ou germânica no norte.

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    Dialectos portugueses centro-meridionais :

    - Não há sibilantes apicais mas apenas as sibilantes predorsodentais, que também são característicasda língua padrão (s) e (z): seis, passo = caça (s); rosa = fazer (z).- A pronúncia como fricativa labiodental [v] nos dialectos do sul e no português padrão.- A monotongação para [o] e [e] nos dialectos centro-meridionais (ouro, ferreiro, para ôro, ferrêro).- A pronúncia como fricativa [  *  ] da grafia ch (chave, achar).- Vocábulos de origem árabe no sul.

     A fronteira entre os dialectos galegos e os dialectos setentrionais portugueses corresponde à fronteirapolítica entre Portugal e Galiza.

     A fronteira entre os dialectos portugueses setentrionais e os centro-meridionais corresponde a umalinha que atravessa obliquamente o centro de Portugal, partindo da costa ao norte de Aveiro eencontrando a fronteira com Espanha na região de Castelo Branco.

    Para Luísa Segura e João Saramago há os seguintes dialectos que se agrupam em duas regiões, umaconstituída pelo noroeste e o centro atlântico do país, prolongando-se geralmente pela Galiza, e aoutra ocupando o sul e leste de Portugal.

    1. Dialectos portugueses setentrionais :1.1. dialectos transmontanos e alto-minhotos1.2. dialectos baixo-minhotos-durienses-beirões

    2. Dialectos portugueses centro-meridionais :2.1. dialectos do centro litoral2.2. dialectos do centro interior e do sul

    3.  Falares fronteiriços : A fronteira linguística que separa as zonas de ditongação e não ditongação das vogais breves tónicaslatinas O e E, não coincidem exactamente com a fronteira política que separa Portugal e Espanha,pelo que existem territórios muito pequenos que são politicamente portugueses, mas quelinguisticamente se integram na área linguística do leonês.Situados ao longo da fronteira de Trás-os-Montes, os principais são os falares de Rio-de-Onor, deGuadramil, o mirandês rural em torno de Miranda do Douro e o sendinês. A este conjunto defalares, que têm características próprias muito vincadas, pode dar-se a designação geral de mirandês. Todos eles têm em comum serem variedades dialectais leonesas e, portanto, não integradas na árealinguística galego-portuguesa.

    Encontramos, para sul, ao longo da fronteira portuguesa, em território politicamente espanhol,aldeias fronteiriças que conservam variedades dialectais do português. São, de norte para sul, asaldeias de Ermesinde, Alamedilla, San Martín de Trevejo, Eljas, Valverde del Fresno, Jerez de Alcántara, Cedillo, esta já situada nas margens do rio Tejo. A sul do Tejo, na fronteira do Alentejo,encontra-se ainda Olivença e mais a sul, a região de Barrancos.

    Isoglosa   – linha imaginária que circunscreve num mapa a área geográfica onde se apresenta umdeterminado fenómeno linguístico. Geralmente as isoglosas não aparecem em separado mas antesformando um conjunto de isoglosas que marcam limites ou fronteiras entre dialectos.

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    Isófona  – fronteira linguística que separa duas regiões em que comportamentos fonológicos diversospodem ser observados. A fronteira que separa a área linguística galego-portuguesa das áreas que lheficam imediatamente a oriente pode considerar-se uma isófona, pois separa uma região em que osdois fonemas latinos breves e tónicos (E e O) são conservados a seu ocidente, enquanto são objectode ditongação a seu oriente (IE, UE).

    Os cinco traços fonéticos diferenciadores de Lindley Cintra :

    1. b e v : região setentrional (Minho, norte de Trás-os-Montes, Douro e Beira Litoral) onde osfonemas /b/ e /v/ dificilmente se distinguem um do outro, fundindo-se normalmente num único/b/, oclusiva com articulação fricatizada, por oposição a uma região constituída pelo sul de Trás-os-Montes, as duas Beiras interiores, a Estremadura, o Ribatejo, o Alentejo e o Algarve, onde osfonemas labiais /b/ e /v/ são claramente distinguidos.

    2. s = x j  : é o grande traço diferenciador dos dialectos do Norte contra os dialectos do Centro edo Sul. O S latino, consoante que era apenas surda, na evolução do latim falado, se desdobrou numacorrespondente sonora, igualmente grafada com S, mas que corresponde ao /z/ intervocálico.

    Em português medieval, a consoante C, quando seguida de vogal palatal E ou I, transformara-senuma africada palatal /t * /, a qual despalatizou para uma africada predorso-dental /ts/, desdobradanuma correspondente sonora /tz/.No português medieval, este par /ts/, /tz/, que correspondia às grafias C e Z, com a variante Ç paraas surdas, sofreu um desafricamento (com perda do elemento oclusivo), e fixou-se no par defricativativas predorso-dentais /s/ e /z/, fonologicamente distintas das ápico-alveolares /3/ e /4 /. Assim, era muito fácil distinguir pela pronúncia e pela escrita as palavras servo, coser  de cervo e cozer .Enquanto as primeiras tinham pronúncia apicalm as sibilantes de cervo e cozer eram predorsais.Nos dialectos do sul de Portugal ocorreu o sesseio que consiste na confusão entre as sibilantesapicais e predorsais, seguida da transformação das apicais em predorsais, com o consequentedesaparecimento das apicais. O sesseio generalizou-se no sul de Portugal e foi acolhido no português

    padrão. A norte da isófona – que atravessa de Aveiro a Castelo Branco – assiste-se à conservação da sibilanteapical, em duas formas:

    a)  no Minho litoral, na Beira Alta e na parte ocidental de Trás-os-Montes são as sibilantespredorsais que se fundem nas sibilantes apicais.

    b)  No norte e nordeste de Trás-os-Montes, conserva-se o sistema medieval quase intacto comas quatro sibilantes: duas apicais e duas predorsais.

    3. pronúncia do ch = t x   ou t ch : A única africada /t * / que subsiste no território português ocupauma área muito semelhante à da conservação das apicais, com uma significativa exclusão de toda afaixa litoral do Minho e do Douro, que, conserva a fricativa apical mas não a africada /t * /,

    aproximando-se dos dialectos do centro e sul, onde a africada desapareceu e o grupo CHcorresponde à pronúncia da palatal / * /.No português medieval havia uma oposição entre dois fonemas: a africada palatal surda ch = /t * / e africativa palatal surda x = / * /. Enquanto a fricativa palatal surda / * / era pouco comum, a africadapalatal surda /t * / encontra-se em galego e em português como evolução de grupos consonânticosiniciais com L (PL – pluvia; CL – clave; FL – flamma). Estes três grupos evoluíram para /t * /.

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     A distinção entre /t * / e /x/ existiu durante toda a Idade Média e até ao século XVIII. Foi noportuguês do sul do país que teve início o desaparecimento da africada e a sua substituição por / * /que depois progrediu para o norte.

    4. pronúncia do ditongo OU : no norte (Minho, Trás-os-Montes e Douro Litoral) este ditongo

    realiza-se como /ow/ ou como /aw/. A sul o ditongo sofreu uma monotongação, característica doportuguês padrão.

    5. pronúncia do ditongo EI : este ditongo é conservado no Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral eBeira Alta, por grande parte da Estremadura e ao norte de Lisboa. O padrão, tendo acompanhado osdialectos do sul na monotongação de OU, não fez o mesmo na monotongação de EI, preferindomanter o ditongo diferenciado como /"j/. 

    1. Dialectos insulares :

    1. Madeira :- a vogal tónica /i/ ditonga para /"j/ ou /!j/: assim navio tanto pode soar [n" v "ju] como [n" v !ju].- /l/ precedido de /i/ palatiza: vila  soa [vi,a] ou, com a ditongação, /v "j,"/.

    2. Açores :- na ilha de São Miguel : o vocalismo tónico sofre uma mudança geral, que tem afinidades com osdialectos do Algarve ocidental e da região de Portalegre – Castelo Branco. São mais destacáveis apalatalização de /u/ em /y/, semelhante ao /u/ francês, e a velarização de /a/ aberto.- na Terceira : está generalizado um traço que aparece noutras ilhas e na Madeira: harmonização vocálica que transforma a vogal tónica em ditongo crescente, quando na sílaba anterior se encontraum /i/ ou um /u/. A semivogal coincide em timbre com a vogal precedente: carro soará [u’kwaRu],mas mil carros será [mil’kjaRu *  ].

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