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Guia Do Jogador - Succubus Club

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Todas as informações para os interessados em jogarem live action de World of Darkness - no Succubus Club, um grupo do interior de Campinas/SP.

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  • From this time Unchained Were all looking at a different picture

    Through this new frame of mind A thousand flowers could bloom

    Glory Box - Portishead

  • P r o j e t o S u c c u b u s C l u b L i v e A c t i o n

    G u i a d o J o g a d o r

    Verso 1.01

  • Projeto Succubus Club Live-Action

    Por Danilo Perucchi, Fernando Kael Martin, Gabriel Drex Andrade e Johann Lucke

    Este livro foi feito para uso exclusivo de narradores e jogadores do Projeto Succubus Club Live-Action, e no deve ser publicado fora de seu contexto e utilidade, seja em parte ou na ntegra.

    NO VENDA E NO COMPRE ESTE DOCUMENTO

    O Grupo Entropia no tem finalidades lucrativas. Promovemos este livro, nosso website (www.succubus.com.br), e as sesses de jogo deste Projeto puramente com o intuito de prover entretenimento aos indivduos interessados em participar como jogadores de uma campanha

    de RPG no modelo Live-Action atravs de um cenrio fictcio.

    O Grupo Entropia utiliza o sistema de RPG World of Darkness/Mundo das Trevas em sua verso conhecida como classic WoD, baseando-se na srie de livros criados para crnicas no

    formato Live Action (Minds Eye Theatre Teatro da Mente), adaptando-a em aspectos mecnicos e de cenrio para melhor se encaixar nas dinmicas de jogo propostas neste Projeto.

    O Grupo Entropia no tem a inteno de ir contra os direitos autorais, copyrights ou

    propriedades intelectuais dos estdios criadores do sistema. (White Wolf, CCP, OnyxPath, ByNight Studios)

    Este Guia de Jogador do Projeto Succubus Club complementa os sistemas de RPG do classic

    WoD em cenrio e mecnicas, mas ainda se refere s obras originais para a maioria das descries de cada cenrio sobrenatural, portanto ter cpias oficiais do(s) livro(s) um

    pressuposto para usufruto pleno deste documento, incompleto sem os mesmos.

    O Grupo Entropia no incentiva e contra o uso de material pirateado referente aos livros oficiais, em cpia virtual ou fsica. Dispomos de cpias oficiais de cada livro para uso da equipe

    de narrao e dos jogadores.

    Agradecimentos:

    - s companias criadoras deste RPG White Wolf, CCP, OnyxPath e ByNight Studios ; - organizao de Live Action Shadowplay International que nos proveu material (autorizado

    pelas editoras criadoras do sistema) com adaptaes mecnicas do sistema Demon: the Fallen para a estrutura de Live-Action da srie Minds Eye Theatre ;

    - Aos respectivos artistas e criadores das imagens e fontes utilizadas neste livro.

  • n d i c e

    P r l o g o - C o n t o I n t r o d u t r i o ............................ 6 C a p t u l o 1 - I n t r o d u o ......................................... 10

    C a p t u l o 2 - C e n r i o ................................................ 20

    C a p t u l o 3 - C r i a o d a F i c h a ........................ 51

    C a p t u l o 4 - S i s t e m a s e R e g r a s .................... 82

    C a p t u l o 5 - C o m p l e m e n t o s ............................... 129

    F i c h a s e m B r a n c o .................................................... 174

  • Conto Introdutrio - Succubus Club Live Action Sem fazer um som, Joshua expressou uma cara de surpresa e aprovao quando olhou pela janela do avio: a

    cidade esta enorme, pensou, antes de colocar o cinto e subir a bandeja para o pouso do avio. A vista daquelas luzes l

    embaixo o deixou meio nostlgico, fez ele pensar em como as coisas eram mais fceis quando morava no Brasil. Com um

    suspiro se despediu mentalmente do Sprawl, que era como os Tenoctleanos apelidaram a capital de sua recm criada

    ptria. Joshua gostava de morar l, mas as tenses entre os grupos estavam crescendo e achou que o convite de Peter

    tinha vindo em boa hora. Apesar de duvidar um pouco, ele achava bem interessante como os grupos de Altopianna

    tinham entrado em um consenso, formando uma associao por assim dizer, chamada, vejam s, O Consenso. Ele riu

    mentalmente desse nome to fantasticamente ordinrio e sem criatividade.

    Enquanto passava por uma plataforma de desembarque do Aeroporto Internacional de Altopianna Comendador

    Franz Mller, Joshua quase esqueceu que tinha escolhido o dia 23 de Dezembro pra viajar, mas a primeira viso do

    saguo principal o lembrou. Lotadssimo era um eufemismo vlido para aquela quantidade de pessoas, de etnias e

    nacionalidades diversas, que preenchiam o saguo em seu visual hypermoderno. Os pisos eram todos de um porcelanato

    preto com pequenos caminhos luminosos coloridos indicando as direes. As lminas de vidro do teto transparente eram

    to perfeitamentes unidas que no se podia ver as emendas no daquela distncia pelo menos, a quase 20 metros de

    altura. O que mais impressionava era que esse mesmo saguo no possua uma nica coluna de susteno, um belo

    trabalho de arquitetura. Por um minuto se distraiu com um Outdoor interativo da El Divino Altopianna, que mostrava

    umas garotas de biquini o perseguindo por uns bons 30 metros no corredor de acesso ao Saguo 2. Parou numa cafeteria

    pra recarregar os cigarros, e aproveitou para tomar um caf, j que o vo estava adiantado. Ficou maravilhado em ver os

    avies passando pertssimo do teto de vidro, enquanto luzes informativas os acompanhavam, em uma silhueta azul neon

    em volta do avio, com a hora de partida, hora de chegada, destino e origem de cada avio. Ele imaginou que aquilo

    deveria ser projetado ali de alguma maneira, talvez um daqueles novos vidros com leds embutidos. Deixou soltar um

    assobio quando processou mentalmente o quo caro aquilo teria custado. Olhou para o relgio mais uma vez, e se dirigiu

    para a MassaCreations no saguo 3-A, que era onde Peter tinha combinado de se encontrarem. Ao longe j reconheceu: o

    mesmo All-Stars vermelho, jeans surrado e moleton preto de sempre, a barba por fazer e o cabelo desgrenhado que se

    lembrava da adolescncia. Sem dvida era seu irmo.

    Depois de se abraarem e trocarem conversas saudosas enquanto andavam at o carro de Peter (o que demorou

    uns bons 15 minutos), Joshua no pestanejou em perguntar tudo aquilo que o deixara to incrdulo desde que decidiu

    voltar Metrpole Altopianna.

    - Como esse consenso deu certo? Perguntou Joshua, assim que o carro saiu do estacionamento, na certeza de que

    ningum mais os ouviria. Peter no demonstrou a mnima preocupao no volume ou escolha de palavras em sua

    resposta.

    - Bom, alguns dizem que foi questo de sorte, outros batem o p que no tem como dar certo. Ns sabemos que os

    sobrenaturais jamais se dariam bem uns com os outros, pelo menos no do jeito que o mundo estava, e de fato no se

    deram nada bem aqui na Metrpole tambm por dcadas. Foram vrios anos de vampiro matando lobisomem,

    lobisomem trucidando muita gente, fae declarando guerra por motivos absurdos, e os tecnocratas conspirando contra

    todo mundo, alm das outras raas menos populosas jogando lenha na fogueira alheia sempre que possvel. S que foi

    aquilo; com essas revolues civis que deixaram os humanos mais ariscos, e a consequncia de sociedades sobrenaturais

    e mundanas que se aproveitavam da sociedade humana terem desmoronado quase que completamente umas seitas

    vampricas, o Conselho dos 9, a toda-poderosa Tecnocracia, a Pentex, e at mesmo, quem diria, o grande Estados Unidos

    da Amrica , o mundo enloqueceu, tudo ficou sem rumo... restando apenas medo.

    - Medo?

    - . Medo uns dos outros, da prpria natureza e, principalmente, medo dos humanos. Nenhum grupo admitiria, mas todos

    tm medo das outras raas, afinal sempre temos medo do que no compreendemos. Mas agora o receio de que a

    Humanidade termine o servio das ltimas duas dcadas (de extinguir-nos por completo sem nem saber exatamente

    sobre nossas... diferenas) maior que todo esse histrico de picuinhas entre as raas. A em algum momento,

    algum com bom senso e colhes resolveu chamar todo mundo pra conversar e se acertar. Pelo que soube foram

    umas 5 tentativas at que houvesse algum dilogo produtivo. Nem todos foram, claro, e nem todos foram convidados

    por no terem sido descobertos nessa metrpole gigantesca, com seus 11 milhes de habitantes. Mas eventualmente

  • foram indivduos o bastante, com status dentro de seus respectivos grupos para que surgisse um... encontro e acordo,

    pleno e neutro entre vrias raas. Os vampiros, se no me engano, insistiram em chamar a coisa toda de Elsio.

    - A todos deram as mos e saram ingenuamente cantarolando? Chato assim? Eu vi e vivi o suficiente para simplesmente

    no acreditar que um enredo de filme da Disney assim tenha dado certo...

    - Haha. Longe disso. Estamos mais para um castelo de cartas. Como disse, velhas rixas no so esquecidas facilmente.

    Ns continuamos nos odiando como boas criaturas esquecidas por Deus, s que dessa vez ningum burro o suficiente

    pra dar o primeiro tiro e arriscar a sua espcie toda, alm da estrutura inteira. Ningum tem recursos e pessoal o

    suficiente pra acabar com o resto de maneira limpa e eficiente, sem ser obliterado pelo resto (e pela populao muito

    bem armada e reativa, caso seu ataque seja chamativo aos humanos). A verdade que quando velhas convices foram

    colocadas em segundo plano, numa tentativa mais estruturada de sobrevivncia, todos ns samos ganhando. Por mais

    que certos grupos continuem com suas idias tapadas do tipo est escrito na borra de caf: fulanos odeiam sicranos,

    relutantemente todos que ainda esto aqui concordam com um fato, pelo menos: difcil argumentar contra resultados.

    - E quem foi que teve essa idia toda?

    - Ento... No sei. Uns falam que foram os magos ou tecnocratas, outros que foram os vampiros, fae, aparies e etc...

    cada um sempre puxando a brasa pra sua sardinha. Eu honestamente prefiro pensar que de fato foi um consenso; o

    bom senso agregado em anos de rdua sobrevivncia somado boa e velha Tentativa-e-Erro.

    - E por falar nisso, que nome estpido esse, Consenso?

    - A ideia exatamente essa, sem nome, sem marca... sem pistas pra nenhum terico da conspirao sair fuando por a.

    At mesmo as leis do Consenso, se lidas ou ouvidas sem ter em mente o contexto sobrenatural, parecem um

    aglomerado de sentenas sem detalhe ou refinamento, escritas por um calouro de sociologia ou algo do gnero.

    Joshua sequer tentou disfarar sua expresso carregada de desaforo:

    - J comeou com leis? Quem as escreveu sem dvida ficou com vantagem nessas decises. a que vejo perigo.

    - Ah... essas leis j passaram por umas duas ou trs revises, e se voc visse o tanto de conversas que levaram verso

    atual, veria ser grande o perigo em morrer de tdio, isso sim. Parece que cada um dos grupos sobrenaturais possuem

    meia dzia de advogados preparados para essas situaes. No final, ficou decidido que a interpretao das leis deveria

    ser feita de mente aberta e sempre nos dispondo a avaliar a diplomacia entre os grupos. Afinal se essas regras fossem

    rgidas e unilaterais essa sociedade jamais teria durado todo esse tempo. Fazem o qu, quase 10 anos j? Sem dvida

    houve deslizes aqui e ali (eu mesmo presenciei alguns); s vezes era resolvido na conversa, e s vezes at mesmo por

    combate, tipo aqueles desafios de cavalheiros meio anacrnico pro meu gosto, mas se o que t tendo pra manter o

    consenso funcionando... ao meu ver, deixa os caras duelarem, u.

    - Acho que terei de ver essas leis com detalhes pra ter uma opinio.. Suspirou Joshua.

    A essa altura do trajeto, Joshua comeou a reconhecer o bom, velho, e poludo distrito norte, sinal de que estavam

    chegando em casa. Mas o caminho estava diferente do que ele se lembrava.

    - Voc ainda mora perto da faculdade?

    - Sim! exclamou Peter E a vizinhana ainda excepcional!

    - Mas por que estamos indo pelo caminho mais longo, da pista? Detesto o cheiro da Pentex.

    - Ah, que o caminho curto passa dentro de Orientown, que no mais um lugar exatamente seguro para ns entrarmos

    sem sermos convidados. E outra, eles instalaram filtros nas chamins, no fede mais tanto assim.

    - O que aconteceu em Orientown? Eu adorava o yakissoba da praa em frente Pagoda.

    - Bom, todo mundo tretou com algum, e conosco no foi diferente. Alguns outros caad... ehr, Imbudos Peter se

    corrigiu ficaram meio fascinados com seus novos poderes e resolveram sair pregando a justia divina por a, vrios

    anos atrs. Deu certo contra os Lobisomens, muito certo contra os Vampiros... mas bem errado contra os Cataianos.

    - Cata-quem? Indagou Joshua.

    - Cara, esse grupo basicamente uma fuso medonha de Yakusa, mais Trade, mais poderes sobrenaturais bizarros. E

    depois que nossos irmos tretaram com eles, eles no curtem muito a gente, saca? Voc no vai querer ir l. Ponto.

  • - U, mas no estava tudo em paz?

    - To em paz quanto a URSS e os EUA nos anos 80. Guerra Fria.

    - Mais algum bairro que eu no deva pisar? Joshua j estava em seu tom de voz irritado, ao perceber que o tal Consenso

    era menos preto-no-branco do que ele gostaria. Peter sabia da intelectualidade, mas tambm de certa ingenuidade de

    seu irmo.

    - Olha, no assim tambm, voc at pode ir l em Orientown comer seu yakissoba... mas isso provavelmente vai gerar

    indagaes em algum momento. Ser que aquele yakissoba vale um carro cheio de mafiosos te seguindo por a durante

    semanas? Tem coisa bem melhor no centro, vai por mim.

    - Hm... Joshua vocalizou em afirmao, e ficou em silncio por uns trinta segundos, ponderando algo e olhando as

    multinacionais passando beira da Rodovia Anhanguera. Aps recompor-se da histria desagradvel, retomou o assunto

    das leis, sendo algo que considerou importante:

    - Voc estava falando sobre as leis, quais so elas afinal?

    - ....... minha memria pessima pra coisas que exigem enumerao, e eu j sabia que voc ia perguntar, ento t a

    Peter pegou no console do carro meia folha de caderno dobrada e amassada e jogou no colo de Joshua.

    Joshua abriu e comeou a ler em voz alta, com um pouco de desdm no comeo, mas retomando uma seriedade e

    talvez at satisfao conforme progredia.

    O Silncio Sua individualidade e o resultado de suas aes devem sempre ser mantidas em sigilo e silncio para os

    olhos e ouvidos daqueles indignos do consenso;

    O Anonimato - Ningum obrigado a revelar sua exata natureza individual, e todos devem respeitar isso;

    A Cordialidade - Um indivduo digno do consenso no pode ser rejeitado pelos outros simplesmente devido a uma

    determinada natureza ou origem individual, seja ela qual for;

    A Difuso - Todos os indivduos dignos so responsveis por difundir o consenso a novos indivduos potencialmente dignos;

    A Viglia - Cada grupo ou indivduo se dispe viglia no invasiva de outro grupo e/ou indivduos;

    A Igualdade - Todos os indivduos so iguais e possuem os mesmos deveres e direitos perante ao consenso;

    A Organizao - Todas a decises relevantes devem ser tomadas da maneira mais democrtica possvel, e devem

    tambm ser abertas a todos os indivduos dignos que se interessem nos resultados de tais decises;

    Quid Pro Quo (uma coisa por outra) - Todos os indivduos dignos tm o direito de ter seus favores justamente reconhecidos e retribudos, quando prestados a outro indivduo digno;

    Sine Qua Non (sem o qual no pode ser) - Todos os indivduos dignos tm o direito de propor mudanas ao consenso ou, na plena discordncia do mesmo diante da opinio da maioria, retirar-se da regio e tornar-se indigno.

    - Realmente a idia parece bacana... continuou Joshua ...mas no entendi algumas coisas muito bem. Digno?

    Viglia? Natureza indiv...

    - Calma, Peter interrompeu seu irmo esse um documento sagrado. Voc deve concluir o ritual de aceitao para

    compreender e fazer parte do Consenso.

    Joshua suspirou e olhou com uma cara de eu sabia que ia ter algo desse tipo pra Peter:

    - O qu preciso fazer...?

    - Voc deve absorver as leis de maneira simblica, comendo o papel.

    - ... Srio?

    - Sim, muito srio disse Peter, tentando segurar o riso, e falhando logo em seguida.

    - Eu sabia que era zoeira sua.

  • - No. Voc acreditou, nem vem! Peter falou ente risos Voc ia comer heim! At engoliu seco que eu vi!

    - Idiota... enfim, como esse negcio da Viglia?

    - Tipo, quando a gente se rene, uma vez por ms ou a cada dois meses no mximo, decidimos entre ns quem vai ficar...

    responsvel por quem. assim: intervir, ajudar e depois dar bronca caso o lazarento cague no pau e arrisque a

    segurana do Consenso fazendo alguma porquice. Por exemplo, esse ms a gente tem que ficar de olho nos magos, que

    relativamente tranquilo; e os vampiros esto de olho na gente, que tenso. Bem tenso.

    - De olho? Quo de olho? Joshua perguntou, repentinamente receoso e olhando para o banco de trs do carro,

    baixando o quebra-sol e revirando o porta-luvas, como que procurando por escutas, cmeras ou um vampiro invisvel.

    - Acho que isso vai ficar bem claro em alguns instantes. Peter apontou para o espelho retrovisor do carro. Nisso Joshua

    percebeu uma viatura da polcia seguindo o carro, com as sirenes desligadas. Com uma sincronia perfeita ao aviso de

    Peter, a viatura acendeu as sirenes e fez o alerta luminoso para eles encostarem. Para a tristeza de Joshua, bem na frente

    da Pentex do Brasil S.A..

    Um PM mal-encarado desceu de dentro da viatura, desses com boina de lado e arma em punho. Ele d trs

    batidinhas desnecessrias com o cano de sua Glock no vidro de Peter para que ele o baixasse, enquanto apontava uma

    daquelas lanternas tticas extremamente fortes na cara dos dois irmos.

    - Documento do veculo e habilitao por favor.

    Peter entrega o que foi solicitado, v o PM voltando para a viatura para verificar os documentos, e com uma cara

    de descaso, diz baixinho pra Joshua: Agora ele vai voltar e vai querer dar uma batida completa. Um minuto depois

    (tempo que Joshua usou para concentrar todo seu potencial, caso medidas drsticas fossem necessrias) o PM voltou:

    - Desam do veculo, por favor.

    Enquanto saam do carro, Peter j foi falando com um tom debochado, apontando para Joshua:

    - Olha, amigo, avisa seu mestre que esse cara elegante aqui meu irmo, acabou de voltar Metrpole, fui busc-lo no

    aeroporto e estamos passeando. Ele puxou a esperteza de nossos pais, e se partir de agora vocs ficarem muito

    grudados na nossa cola por conta dele, eu vou entender como uma ofensa pessoal nossa capacidade intelectual vinda

    de seu mestre. Peter virou de frente para o policial e olhando diretamente nos olhos, continuou em tom firme, mas

    diplomtico. - Assim que nos for conveniente, acredito que na prxima reunio, vou apresent-lo ao resto da turma.

    Agora que vocs j se mostraram presentes e exercendo seu dever de viglia, entendi o recado perfeitamente bem. Volte

    para seu mestre sem criar confuso comigo que talvez ele te d um osso de recompensa. Bom garoto. Peter vira

    novamente ao carro, j preparando para entrar de volta, e encontra a face assustada de Joshua expressando um E se no

    fosse?!. Joshua percebe brevemente a nica reao do policial foi a de erguer uma sobrancelha.

    - Calma, irmo. Olhe-o com mais... foco. Peter fala meio baixo j entrando no carro, por educao ao guarda que ainda

    estava plantado ali na mesma posio que foi deixado aps o sermo.

    Joshua deixa escapar um leve sorriso ao perceber uma fraca emanao sobrenatural do policial. Ele deduziu que

    provavelmente o policial era um dos muitos serviais que os vampiros mantm pela cidade.

    - Ah, entendi a treta. Joshua exclamou entrando no carro, enquanto Peter j o ligava, dava seta e comeava a acelerar

    para voltar pista. Mas que palhaada isso heim, como ele sabia onde te achar?

    - Se tem uns caras paranicos nesse mundo, so esses sanguessugas viu. E outra, minhas economias to meio apertadas

    ainda, tenho o mesmo carro, mesma placa, h uns 3 anos. Eles devem saber at o nmero da minha cala. Francamente,

    ainda bem que o PM era mutretado, seno ia ser um saco explicar os rifles e as granadas no porta-malas. Peter deu de

    ombros, concluindo com um sorriso malicioso na cara. Sabe como , a cidade anda muito perigosa.

    E os dois continuaram seu caminho para casa, Joshua sabendo que velhos costumes no morriam to fcil.

  • C a p t u l o 1

    I n t r o d u o

    Imagine um mundo que visto de fora se assemelha com o nosso mundo real, mas quando visto

    sob perspectivas individuais revela como um n na garganta medo, corrupo e decadncia muito

    mais presentes. Um mundo em que todos os contrastes da sociedade so puxados aos extremos, at um

    ponto a partir do qual o ser humano no tem mais alternativas a no ser atacar, tentar tomar de volta o

    que um dia considerou ser paz e felicidade da nica maneira violenta que o mundo lhe ensinara.

    Imagine criaturas sobrenaturais existindo neste cenrio, se antes produto de pesadelo e monstros

    vorazes, agora enfrentando to arduamente a realidade de sobrevivncia e tenso; medo e parania.

    Revolues civis brutais derrubaram governos e instituies, mas em meio ao confronto para

    resgatar sua Sociedade, os humanos lutaram tambm para resgatar sua Sanidade. Neste confronto,

    seres sobrenaturais foram pegos de surpresa na chama apocalptica da humanidade, enquanto temiam

    outras profecias mitolgicas. Os poucos sobreviventes agora vem este mundo sob prismas

    completamente distintos, com o segredo de sua existncia por um fio, com a populao extremamente

    atenta a tudo que tente manipul-la, e com o que tinham como verdade, virado ao avesso.

    Esta a oportunidade que este jogo de interpretao de personagens quer entregar aos

    jogadores, ao participarem de uma narrativa em um mundo onde criaturas sobrenaturais precisam

    rever suas prioridades no mais capazes de abusar do controle e segredo sobre a humanidade

    impunemente , e carregam terrores pessoais, instintos de sobrevivncia e moralidades adaptadas a um

    mundo muito mais dinmico e reativo. Eventos improvveis em cenrios cannicos de tais

    sobrenaturais passam a ser possibilidade, seno necessidade, para que haja alguma chance para as

    mais diversas criaturas msticas existentes em um Mundo das Trevas.

  • Tudo aquilo que sempre deve ser dito

    - Live Action uma modalidade de RPG (jogo de interpretao de papis) com razes no teatro

    de improviso, em que cada ator (no caso jogador) conduz seu personagem a partir de caractersticas e

    personalidades atribudas por criao prpria, sem seguir roteiros pr-estabelecidos. Os focos nessa

    atividade so entretenimento, diverso, imerso em interpretaes srias, interao social e a

    participao em uma narrativa, atravs da criao de cenrios e histrias.

    - Saiba que o jogo traz temticas fortes e exige discernimento e maturidade de todos os

    envolvidos. Em uma ambientao moderna centrada nos temas de horror pessoal, intriga e superao

    de desafios, todos devem sempre manter em mente a diferena de fico e realidade.

    - Respeitem as regras de conduta escrita em todos os livros de Teatro da Mente (em portugus no

    Leis da Noite Revisado) pois tais regras so fundamentais para um jogo to intenso como um live-action.

    - No toque. Nada de faanhas. Sua ficha representa tudo que seu personagem pode fazer, no quer dizer que voc precisa fazer a mesma coisa com perfeio para que seja vlido. Este conceito vale para aspectos Fsicos em especial (pulos, golpes, etc) e sobrenaturais, mas tambm se estende a aes socias e mentais. Descreva com detalhe as aes de seu personagem, e no mximo represente-as por movimentos simples, no ar.

    - No usar armas. Uma continuao da primeira regra, armas podem machucar e brandi-las considerado Faanha. Se quiser adaptar verses de E.V.A., tudo bem, mas no porque o brinquedo macio que te permite bater (tocar) outros jogadores. O mais fcil e correto mostrar a arma descrita em um papel.

    - Sem lcool ou drogas. A modalidade de jogo Live Action mistura conceitos de RPG e teatro de improviso. Ambos requerem ateno plena e discernimento entre o real e o fictcio. Qualquer tipo de entorpecente vai reduzir a qualidade de seu jogo e ainda arriscar brigas e discusses (e outros comportamentos de bbado).

    - apenas um Jogo. Saiba diferenciar uma discusso, uma ofensa ou uma afronta que um personagem venha a fazer contra o seu personagem, no contra voc, Jogador. O jogo acaba, tudo o que aconteceu naquelas horas de interpretao (fico) deve ser esquecido e relevado, no crie inimizades na sua vida (real).

    - Seja cuidadoso com os outros. Jogue com todos sua volta sabendo o que est acontecendo, de preferncia em um ambiente exclusivo e fechado. No seja grosso ou estpido, controle sua interpretao com bom senso.

    - Faa o que funciona para voc. Nosso projeto usa essa regra de ouro pra contextualizar o cenrio e permitir esse super-crossover.

    - Divirta-se Pra que mais algum iria a um *JOGO*? Se o mau humor te consome hoje, considere ficar em casa.

    Adaptado do livro Leis da Noite

  • - Regras e descries de cada sistema so amplamente explorados em seus respectivos livros

    oficiais, preferencialmente da srie Minds Eye Theatre (Teatro da Mente). Este guia tem como

    objetivo esclarecer as regras adaptadas para o cenrio desta crnica, inspiradas nos sistemas de RPG

    do Mundo das Trevas clssico, mas no visa de forma alguma substituir a utilidade, propriedade

    intelectual ou direitos autorais dos livros oficiais (referenciados diversas vezes neste guia).

    - Tambm no o foco deste jogo otimizar pontos nas fichas de seus personagens para ser o

    mais combado, nem ter personagens que sigam a alegrica noo de Cainitas do Zodaco, Garou

    Ball Z e similares dentre a pletora de sobrenaturais do Mundo das Trevas clssico. Garantimos que

    personagens que persistam em ignorar a interpretao de terrores e dramas pessoais e superestimem

    suas prprias capacidade sobrenaturais sero absorvidos pelo cenrio de forma rpida, sem nem

    mesmo precisar de intervenes la Deus Ex Machina ou o uso de NPCs mediadores ultra-poderosos.

    - Claro que outra parte interessante do jogo justamente o uso da ficha de personagem para

    feitos e poderes sobrenaturais, e incitar a imaginao de todos os envolvidos que presenciem as

    capacidades de sua persona fictcia. Entretanto, entenda que enquanto alguns sistemas de RPG focam

    e recompensam jogadores por matar, pilhar e destruir, no o caso do Mundo das Trevas, tampouco

    o interesse nesta crnica. Quanto melhor um jogador interpreta seu personagem, mais experincia ele

    recebe para continuamente melhorar sua ficha, e isso no necessariamente est atrelado quantidade

    de alvos destrudos. Se dentre os objetivos do personagem surge o motivo de destruir algum outro

    personagem, o jogador receber experincia de acordo com a conduo de sua meta, no de acordo

    com a morte do outro personagem, per se. Uma vitria sobre um rival numa mesa de pquer pode ter

    muito mais significado (e experincia) para um personagem do que teria ao resolver tudo por violncia.

    - No traga picuinhas pessoais para o jogo, e saiba diferenciar intrigas dos personagens da

    relao entre jogadores, que deve ser mantida, ao menos, neutra. Confrontos pessoais trazidos a um

    jogo interpretativo apenas criam tenso desnecessria e corroem o entretenimento de todos sua volta. - A jornada , muitas vezes, mais importante que o destino final. Este ditado o

    mago de um jogo narrativo. As histrias que surgem durante as sesses so o motivo da atividade

    existir. Traga vontade de interpretar intensamente todos os personagens que voc venha a ter, e sem

    dvida as experincias sero dignas de lembrana por anos e anos dentre seus outros amigos nerds.

    A Equipe Entropia espera propiciar entretenimento e muito XP a todos.

  • Avisos Principais aos Jogadores

    O projeto de Live-Action Succubus Club um experimento com cenrio e regras bastante abrangentes. Portanto ao participar deste, todos devem entender a importncia de dinamismo em decises de Narrao durante as sesses de

    jogo, bem como a importncia das opinies dos jogadores para que o projeto se ajuste conforme jogado.

    Entenda que adaptaes de regras foram feitas e so mencionadas neste livro, mas outras ainda podero ser

    adicionadas enquanto o projeto perdurar (tentando mant-las em um mnimo), visando o equilbrio do jogo a longo prazo.

    Jogadores so incentivados a entenderem as regras e mecnicas oficiais e adaptadas (inclusive com atividades

    durante as sesses de jogo valendo XP), mas quando for insistido por um Narrador que algum evento acontea de

    forma diferente ao previsto em regras descritas, sugere-se acatar a deciso dando um benefcio da dvida ao ST (pois

    provavelmente h algum fator misterioso que seu personagem no previu para que algo ocorresse fora do esperado).

    Resumindo: Jogadores advogados de regras tero uma experincia rdua e amarga neste projeto. Sugesto: Pegue leve.

    Considere que todas as descries de habilidades, Poderes e mecnicas de cada sistema (que seu personagem

    possui acesso) so de conhecimento do personagem, na forma de experincia prpria ou ensinamentos. Por exemplo,

    seu personagem vampiro provavelmente sabe que receber luz do sol o queima e o destri rapidamente, mas no

    necessariamente que luz solar direta causa x agravados por turno e luz solar indireta causa y (menor que x)

    agravados por turno. Se ele acha que isso ocorre porque um anjo amaldioou Caim ou porque o organismo

    vamprico extremamente suscetvel ao conjunto de emisses de radiao solar pode ser interpretado e discutido entre

    personagens vontade, mas no deve ser algo que um jogador v perder seu tempo argumentando com os ST.

    Nas ocasies que o narrador conduz uma cena em que algo esperado acontecer de uma maneira A, mas

    acontece inesperadamente de uma maneira B, sugere-se ao jogador confirmar com o ST brevemente (o Narrador pode

    ter se equivocado, afinal), mas caso confira que a conduo da cena foi correta, interpretar o personagem como

    surpreso, indignado, se adaptando alterao ou teimando no que sabe ser como funciona, todas so alternativas

    vlidas e sempre potencial XP se estiver de acordo com conceitos e definies do personagem, mas o jogador ficar

    quebrando cena para discutir extensivamente sobre regras no ir mudar a resoluo do ST, alm de arruinar a imerso

    da cena e diminuir a diverso para todos os outros jogadores. Com o tempo, provavelmente ser explicado pelo prprio

    desenrolar das sesses de jogo o porqu de cada situao conduzida de forma inesperada e misteriosa, tornando aquela

    discusso feita ainda mais infrutfera. Pedimos que se esforcem em ter pacincia, manter-se em ON e confiar nos ST.

    Supondo que voc no queira se aprofundar neste Guia de Jogador para um projeto to

    especfico sem antes saber do que se trata, explicamos aqui os aspectos fundamentais para se ter

    uma idia da proposta. Entenda que o texto a seguir no de forma alguma suficiente para a

    criao de personagem e o entendimento do cenrio, sendo apenas observaes em off sobre o que

    pra ser esperado do projeto, da equipe de narrao, dos jogadores envolvidos (e seus personagens).

  • Sistemas do Mundo das Trevas clssico que podem ser usados [e seus livros dedicados a Live-Action]:

    Vampiro [Leis da Noite / Camarilla / Sabbat / Anarch / Elysium / Dark Epics / Liber des Goules]

    Metamorfo [Laws of the Wild / Book of theWyrm / Changing Breeds 1 a 4 / Hengeyokai]

    Mago [Laws of Ascension / Laws of Ascension - Companion]

    Changeling [The Shining Host / The Shining Host - Players Guide]

    Apario [(Laws of) Oblivion]

    Cataiano [Laws of the East]

    Imbudo [Laws of the Reckoning]

    Numin / Humano [Laws of the Hunt]

    Mmia [Laws of Ressurection]

    Demnio [Demnio: A Queda (adaptado para Teatro da Mente)]

    Observao: Os livros com mecnicas e descries para jogos Live-Action (Teatro da Mente) j cobrem a

    grande maioria do contedo disponvel, mas livros suplementos (desde que sejam oficiais e dos sistemas permitidos)

    podem ser usados para referncias e aspectos dos personagens, contanto que os detalhes desejados sejam trazidos a um

    ST (com antecedncia do incio de jogo com o personagem) para adaptao e aprovao.

    Sistemas que NO podem ser usados :

    No Oficiais (Highlander: The Gathering, Anjo: A Salvao, World of Cthulhu, Outsider: The Calling, etc.) ;

    Qualquer sobrenatural exclusivamente mencionado no Laws of Judgment (No usaremos este livro) ;

    Sobrenaturais que no tenham livro prprio (ou ao menos um captulo dedicado com criao de ficha) ;

    Sobrenaturais do Novo Mundo das Trevas (Vampiro: o Rquiem, Lobisomem: os Destitudos, etc) .

    Simplesmente por causa do projeto abrir oportunidades para jogarem com qualquer criatura do mundo das

    trevas, no pensem que se algum jogar com algo raro e OP apenas com o intuito de zoar, v destruir a integridade

    do projeto. Este indivduo estaria na verdade perdendo uma chance de provar sua maestria como jogador, em encaixar

    um personagem extico no cenrio, a troco de meramente marcar-se como inepto caso sua criao seja impossvel de

    conformar-se com o cenrio proposto e com os outros personagens (leia-se: fazer sentido, possibilitar interaes e

    adicionar-se histria da crnica, no quer dizer ser um personagem passivo ou sem inteno de gerar conflito).

    Um projeto de Live-Action com tal abrangncia (de sistemas, cenrios e liberdades criativas) exige um esforo

    maior por parte de todos os envolvidos para ter uma vida prspera:

    Dos narradores em aspectos de regras e conduo de cenas; e

    Dos jogadores para a construo do cenrio social (seja este pacfico ou completamente catico).

    Ento, se pretende fazer algo para dar trabalho aos narradores e/ou rivalizar com o cenrio como um todo, por

    favor, FAA BEM FEITO. A diverso de todos os envolvidos depende tanto dos narradores quanto de voc, jogador.

  • Os narradores criaram vrias histrias fictcias (captulo 2 deste Guia) para dar suporte ao cenrio, nos quesitos:

    Presena das criaturas sobrenaturais nos arredores;

    O local geogrfico far sentido, junto de suas escalas;

    O metaplot foi retocado e, principalmente, continuado;

    Desta forma, fortalecemos uma base lgica para a possibilidade de existncia de tudo que possa vir a ser

    adicionado ao jogo, removendo limitaes do lore, do tipo isso no tem como, sem torn-lo uma vrzea sobrenatural.

    Pedimos que os jogadores tenham sempre duas fichas de personagem feitas e em mos. No sabemos se as

    interaes podero alcanar uma co-existncia ou no, isso ser em grande parte servio dos jogadores e a conduo de

    seus personagens, no pretendemos interferir em grande escala (no haver plot shield para ningum, NPC ou

    personagem de jogador). Assim sendo, personagens podem durar meia hora ou um ano ou mais (se continuarem vivos e

    interessantes ao jogador), dependendo de fatores impossveis de prever, pois cada deciso de cada personagem a cada

    momento uma varivel a mais. Por isso duas fichas: caso perca ou abandone um personagem no meio da sesso,

    pegue o outro personagem pronto e j entre novamente no jogo (Ficar sem jogar por falta de ficha bem chato, acredite).

    O XP (experincia para evoluo do personagem) ser dado conforme a interpretao de seu personagem da

    maneira que vocs nos apresentarem os mesmos, sem precisarem se prender a barreiras do tipo mas esse meu grupo

    TEM QUE MATAR/FUGIR daquele outro grupo! sabido! ou limitaes do gnero, enfraquecidas em nosso cenrio.

    Interpretar algum que cause conflitos ou algum que forje alianas, no te assegura o recebimento de mais nem

    de menos pontos de experincia; a nica coisa que garantidamente no desenvolver seu personagem ficar no canto

    fazendo nada, interagindo com ningum, a sesso toda. Se seu personagem morre no meio do caos que ele mesmo

    criou ou no plano meticuloso de outro personagem tambm no traduz em pouco ou muito XP, tudo depende da viso

    do personagem que for passada aos narradores antes e durante o uso do personagem, e tambm como o jogador o

    interpretou. No geral, tenham em mente que o XP tender a ser bastante generoso para quem interagir, interpretar

    vividamente e mergulhar na imerso do jogo, e ajudar narradores sabendo regras e com criao de cenrios e plots.

  • Premissas bsicas para seu personagem no cenrio da crnica

    Os itens a seguir faro mais sentido aps leitura do Cenrio, no Captulo 2 deste guia, e no incio da crnica ao receberem os Rumores.

    1) A metrpole de Altopianna enorme, est entre as vinte mais populosas do mundo, e possui mais de 11 milhes

    de habitantes. Se voc est aqui h algum tempo e sabe a mobilizao que a populao do mundo todo teve para as

    Amricas e para a frica, nem mais te ocorre como extica a enorme diversidade tnica da populao, bem como a

    quantidade e variedade de criaturas sobrenaturais que esto aqui (ou que podem estar nas proximidades). Tendo em

    vista as revolues que o mundo passou, a situao muito mais arisca e defensiva da populao, e as dificuldades de

    sobrevivncia que cada grupo sobrenatural sem dvida enfrentou, mesmo odiando trombar com outros sobrenaturais

    semanalmente, se voc preza por sua existncia, sabe que atac-los publicamente significa sua prpria destruio.

    2) Voc sobreviveu ao Apocalipse Sobrenatural e ao Despertar Poltico da sociedade humana sendo

    esperto/estratgico, seja protegendo-se de forma astuta ou simplesmente desaparecendo; voc pode at ter lutado em

    algum momento, mas no foi dependendo de brutalidade ou do abuso de suas capacidades sobrenaturais que voc

    conseguiu se salvar, definitivamente.

    Alternativamente, se voc existe h muito pouco tempo como um ser sobrenatural e no teve mentor algum para

    te explicar as mudanas pelas quais o mundo passou nos ltimos 20 anos, voc tambm no saberia como eram as

    coisas antigamente, e provavelmente poucos pr-conceitos e predefinies descritas a seu tipo sobrenatural devem

    existir no seu comportamento. (Por exemplo: um Metamorfo provavelmente no tomou partido quanto trade, no

    sabe a prol de que ele vai viver, ou muito menos saberia sobre a rivalidade entre os Garou e Fera; uma Apario no

    saberia os detalhes do dictum mortuum revisado; um Imbudo no relacionaria necessariamente seus poderes ao dever

    de caar compulsivamente as outras criaturas sobrenaturais sem motivo; etc).

    3) Voc prudente; No importa o que seu mestre te ensinou, o que algum deus te obrigou ou o que a etiqueta

    sobrenatural dos anos 90 avisava. Voc tem todo o direito de pensar no que melhor para voc e/ou para seu grupo

    e/ou para a comunidade sobrenatural, antes de ter que agir por alguma regra preestabelecida. Seu mestre esta morto ou

    desaparecido, seu deus provavelmente afrouxou as rdeas, e as etiquetas de conduta foram todas queimadas. Por

    exemplo, um lobisomem pode sentir um cheiro absurdo de Wyrm em quase tudo sua volta, mas no por isso que ele

    vai, por necessidade fisiolgica, atacar primeira vista ele tem todo o direito de raciocinar a respeito com as

    dezenas de variveis que estaro frente dele. Um caador no precisa, necessariamente, matar a todos sem distino:

    eles tambm sofreram represlias da humanidade em todas as situaes em que tentaram conduzir as revolues para

    interesses prprios (sendo at mesmo colocados em alguns casos na mesma gaveta que Magos, Tecnocratas e Numinas).

    O Despertar Poltico foi assustador para todos, do ordinrio poltico corrupto ao mais bem protegido dos

    criminosos, incluindo todos os grupos sobrenaturais que intervinham com os humanos. A Mscara no quebrou

    completamente, mas boa parte das sociedades ocultas foram destrudas. Isso sem dvidas afrouxou as convices dos

    que restaram; sobrevivncia agora muito mais importante que velhas rixas ( por outro lado, seu personagem pode ter rixas de

    acordo com preldio e conceito, e voc o nico responsvel com o que vai fazer a respeito delas: abandonar, nutrir, espalhar... ).

  • 4) Se voc j sabe e participa da sociedade sobrenatural estabelecida na metrpole de Altopianna, voc sabe de

    alguns dos lugares em que reunies oficiais j ocorreram e tambm alguns lugares que se tornaram pontos de encontro

    casuais. O local que recentemente tem sido ligeiramente mais utilizado o bar conhecido como Succubus Club, e voc

    suspeita que as razes da preferncia geral, no momento, so: localizao estratgica; poucas ocorrncias catastrficas

    no local talvez por permitir mais espao a cada grupo; e algo l parece sutilmente facilitar a vida de cada sobrenatural,

    de alguma maneira, e voc suspeita disso mesmo que inconscientemente. Por tais motivos, voc provavelmente no

    est disposto a deixar que outros grupos de alguma forma dominem o lugar e te deixem de fora, pois isso alm de ser

    uma tremenda desvantagem estratgica, te deixaria sem este local agradvel para ir casualmente. Seja por interesse e

    entretenimento ou parania e viglia, so rarssimas as ocasies em que o local esteja aberto e no tenha pelo menos

    meia dzia de indivduos sobrenaturais por ali.

    Alternativamente, se voc at ento no participou de nada de cunho sobrenatural na metrpole, basta uma

    semana em contato com pelo menos um outro sobrenatural (ou socialites, ou headbangers, ou universitrios...) e voc

    fica sabendo sobre alguns locais muito bons, entre meia dzia e uma dzia, e sem dvida o bar/restaurante/boate/pub

    chamado Succubus Club mencionado entre eles, principalmente tendo em vista as reformas e ampliaes recentes.

    5) Antes do incio da crnica, o que existe de envolvimento de sua espcie com o clube ser anunciado a voc

    dependendo do seu personagem na forma de uma variedade de Rumores gerais e especficos (Preldios e fichas de

    personagens podem afetar tal fator). Entretanto, voc saber que o bar definitivamente frequentado por outras criaturas

    sobrenaturais no h problema algum. Apenas lembre-se de manter o bom senso nesse tipo de deciso de acordo com a

    construo da interpretao do personagem (conceito, conhecimentos possudos, metas e etc.).

    6) Voc tem BOLAS pra frequentar a sociedade sobrenatural que foi formada; depois de tudo que aconteceu (o

    mundo mortal aniquilando, meio que sem querer, cerca de 80% da existncia sobrenatural com uma proverbial mo

    nas costas), outros sobrenaturais deveriam estar entre as coisas que menos te mete medo nos ltimos tempos, pois

    todos eles tm uma ameaa em comum imensamente maior: o sculo XXI sua volta. Assim sendo, comentrios como

    no tem razo de eu estar em um lugar to bizarro ou meu personagem nunca iria interagir com ELE! apenas

    provam que o personagem criado com tais mentalidades no seria apropriado para o cenrio adaptado desta crnica.

    7) Seu personagem tem motivos, metas, e/ou algo de valor que o prende fortemente regio, que ele vai lutar com

    intensidade para manter/alcanar/destruir/proteger/etc. Usar a desculpa de fugir da regio para abandonar um

    personagem ser relevada, seu prximo personagem no somar todo o XP adquirido pelo personagem anterior, e

    provavelmente o personagem abandonado ser usado como NPC, de uma forma ou de outra. Personagens sem causa ou

    interesse no devem ser interpretados, pois eles muito dificilmente fariam parte de qualquer associao como a que

    existe no consenso entre os sobrenaturais na Metrpole. Alm disso, o cenrio local rico e plenamente suficiente,

    metas ou interesses externos regio devem ser evitados (os ST no vo narrar ou te recompensar por sair da metrpole).

  • Consideraes Adicionais

    Tenha Bom Senso. Tudo muito raro de se ter em uma determinada ficha tem que ser justificado em preldio.

    Ex. Sumrio antigo em um nefito, armadura de placas em um humano sem recursos, Lore: Sabbat x3 em um Garou...

    etc. Quanto menos bom senso aparentemente tiver, mais zelo deve ser dado nas explicaes para que seja aceito.

    Descreva seu refgio/morada. Caso voc no descreva nada, os narradores vo definir o que for necessrio

    como um ou mais locais genricos (coerentes com os Recursos e modo de vida do personagem). Isso serve para evitar

    que personagens que no tenham descrito onde vivem sejam intocveis durante as aes de entre-lives.

    O refgio zero de cada personagem, caso no seja descrito, ser genrico e relativamente de fcil deteco para

    qualquer um com o mnimo de conhecimento sobre o tipo sobrenatural em questo.

    A compra do antecedente REFGIO ser possvel para justificar a adio de coisas/servos/esquisitices que esto

    fora do leque de habilidades e/ou antecedentes possudos pelo seu personagem. Mas se esses pontos extras no

    forem descritos (forma de aquisio excntrica e modo de operao), sero simples e genricos.

    Por fim, saiba que seu personagem ser representado por um local num mapa (restrito aos ST, e a princpio no

    pblico, claro). O local ser decidido pelos ST caso o jogador no se d ao trabalho de decidir por conta prpria. A

    metrpole dividida por bairros quadrantes, estes definidos por nveis de Recursos (0 a 6). Se voc criar seu refgio,

    poder escolher seu bairro, limitado apenas pelos Antecedentes Recursos e Refgio de seu personagem.

    Nenhuma mecnica desta crnica (e sugerido em diversos livros) permite morte instantnea, todos os tipos de

    personagens e jogos adaptados para live action valorizam mais aspectos de roleplay que combates super-poderosos.

    Apenas no caso dos jogadores envolvidos em determinada cena concordarem em uma Execuo encenada (ou ento o

    personagem ter tido vrias oportunidades para resistir contra uma imobilizao ou tomando decises arriscadas, e mesmo assim

    se deixar levar a uma situao derradeira), que ento um personagem poder ser destrudo em uma nica ao.

    Coisas a se fazer numa campanha Live-Action (a maioria opcional, todas recomendadas e valendo XP)

    Antes de entrar com um personagem: Elabore um Preldio (simples e com plots em aberto, traga contedo ao jogo com

    seu personagem, no queremos um calhamao apenas justificando sua ficha); Crie Cenrios (temos um mapa interativo, a inteno encher

    de locais de interesse. Associados ou no ao seu personagem, se bem feitos sero adicionados, enriquecendo o jogo); Monte a Ficha;

    Descreva parte o que for preciso (como Recursos, Influncias, Lacaios, Mentores, qualidades e defeitos especficos, etc).

    Durante as sesses de jogo: Se esforce na Caracterizao (representar seu personagem de forma mais vvida ajuda a

    todos na imerso no jogo); siga seus Objetivos pessoais (ver Captulo 4); Encontre e desvende Rumores interessantes ao seu

    personagem (podem ativar plots, recompensas, mistrios e mais cenrio); siga plots; crie plots (os ST trabalharo muito mais em cima

    de plots iniciados por jogadores do que os criados pela equipe de ST); interaja e socialize (reforce alianas, crie inimigos, no se isole, etc).

    Entre as sesses de jogo: Decida suas Aes de Intervalo; faa seu Jogo de Influncias, monte o Relatrio Ps-

    Live sucinto; organizem-se para mini-ONs ao vivo/por internet (e encontrem um ST disponvel); atualize a ficha (com XP).

  • Sobre a Narrao no Projeto

    Durante cada sesso de jogo, os Narradores se dividiro entre trs funes: o HST (Narrador principal, Head

    StoryTeller); os Assistentes de Regras e Narrao ; e o SST (ST Suporte). [Entre cada sesso de jogo, todos os ST so HST]

    O HST de cada sesso ser responsvel pela conduo de plots grandes e cenas de grupos, alm de decises de

    maior impacto na crnica. Ele pode, claro, realizar rolagens simples e tirar dvidas enquanto estiver livre.

    Plots e aes feitas (ou no concludas) em uma sesso sero passadas em detalhes de HST para o HST

    seguinte, que conduzir a prxima sesso. Nessa estrutura, alguns detalhes devem ser vistos:

    - Os Plots podem se alterar em natureza e estilo de Narrao quando passados de HST para HST. Isso previsto no tipo de

    jogo que este projeto baseado. Desta forma, pedidos do tipo Quero/Prefiro Narrador Fulano conduzindo meu Plot devem ser

    evitados a menos que existam crticas pertinentes narrao do outro HST, caso resolvido com o detalhe a seguir ;

    - Caso alguma reclamao por parte de narrao/jogadores sobre um evento narrado persista aps uma breve discusso do

    ocorrido, existe a possibilidade dos 4 ST's se reunirem dias/semanas aps o evento narrado, o ST do evento descreve o motivo das

    decises por ele tomadas e os outros 3 ponderam sobre tudo dito pelo ST do evento e pelos jogadores envolvidos. Os 3 podem

    ento, ao chegar a uma deciso unnime, alterar o ocorrido. Tais ocasies sero avisadas a todos os jogadores envolvidos no

    evento. (Moral da histria: todo ST erra. No se espera que haja troca de desculpas em excesso toda vez, mas o ST deve sim ao

    menos explicar aos outros narradores a linha de raciocnio que usou numa ao que tenha incomodado em demasia os jogadores, e

    assim, visando a sade geral do projeto, alteraes em eventos passados ocasionalmente podero ocorrer.)

    Apesar de que Plots dados pelos STs existiro, ser em escopo diferente do que j utilizamos em projetos

    anteriores. No espere sentado at surgir um Plot dado pelo HST para que voc comece a jogar, pois pode ser que o

    HST esteja esperando por aes de jogadores para comear a conduzir cenas grandes. Nossa sugesto: SEJA o Plot.

    Os 2 Assistentes de cada jogo usaro seus prprios personagens, feitos com a mesma pontuao dos

    personagens de jogadores. Mas a qualquer momento que lhes for requisitadas rolagens, eles param o prprio ON para

    ajudar a resolver. Eles podem ser chamados para qualquer dvida e rolagem, e podero tambm conduzir plots

    menores. Em casos de interao entre personagens de Assistentes e personagens de jogadores, quem far as rolagens

    mais complicadas ser o outro Assistente, o HST ou o SST, nessa ordem de disponibilidade.

    O SST de cada sesso ficar prximo de um computador e livros, numa rea designada do ambiente, vlida em

    ON e explicada no comeo de cada jogo. Ele ter em mos o Controle de Gastos (Pontos de Sangue, Fora de Vontade,

    Quintessncia, Gnose, Caractersticas, Habilidades e Antecedentes gastos, etc), Reviso de Regras, o Som Ambiente e

    o Quiz. Ser em ON um personagem semi-ativo e em OFF quem anota tudo. Os 4 narradores trocaro informaes

    de tudo que acontece de relevante no jogo atravs de WalkTalk (eventos, rolagens, gastos, interpretaes boas e ruins..).

    - Ultimato de Regras viso neutra de um evento, sem saber quem est envolvido ou o que est em jogo. Usado apenas

    em complicaes de rolagem e regras que no concluam em 1 Minuto com o HST e Assistente, passa-se o problema para o SST.

    - Caada No comeo ou logo antes de cada jogo, todos os jogadores fazem (individualmente) uma ou mais rolagens

    com o SST para determinar pontos iniciais (gnose / quintessncia / etc...). Alguns Antecedentes podem melhorar as rolagens.

    - Quiz Folhas com explicaes de Regras faro parte do cenrio. Acertar as perguntas feitas resultar em XP extra.

  • C a p t u l o 2 C e n r i o

    , o pessoal da El Divino no deve ter ficado muito feliz Pensou Luana, enquanto olhava pra'quilo, que um

    dia fora um pequeno bar chamado Succubus Club. A sensao que dava ao olhar era algo como se algum tivesse pegado

    Sodoma e Gomorra, colocado alguns painis de LED e arcades, embrulhado em 100 toneladas de nen e jogado ali, no

    meio de um distrito antes quase medocre de Altopianna. Ela ainda no havia visitado o clube aps sua polmica reforma

    e colossal ampliao, mas se houve na vida dela at ento um lugar que parecia ser divertido, sem dvida este era o lugar.

    A fachada da construo principal era complicada de se descrever, muitos ngulos, terraos e palmeiras iluminadas

    por nen pra fazer algum sentido, e definitavamente todo aquele projection mapping geomtrico entre os andares no

    ajudava nem um pouco. O logo minimalista em forma de S, iluminado por LEDs, que o enorme painel cncavo central

    exibia era um dos poucos indcios de que aquilo no era um delrio de fico cientfica, mas sim algo real que voc poderia

    aproveitar de quarta a domingo, das 18 s 7, como dizia a voz sexy e robtica na propaganda da TV.

    Quando notou a balbrdia que acompanhou a chegada de alguma celebridade em sua limousine, seguido de um

    tapete vermelho e dezenas de flashs fotogrficos, Luana lembrou que no estava ali por lazer, exatamente. Franziu a

    testa ao ver a fila do estacionamento, mas logo aliviou-se ao pegar seu convite especial, que deveria poup-la da espera.

    O pacote deixado na tera-feira de manh em uma de suas casas era bastante ordinrio um papel pardo com

    apenas uma caixa postal como remetente mas definitivamente seu contedo no era. Envolto em um pedao de veludo

    vermelho: uma pulseira de metal dourado com as letras SC, grafadas com o que seria a maestria de um arteso ou a

    preciso de um laser; uma credencial de estacionamento impressa em um papel hologrfico dourado com um nmero

    qualquer; e um pequeno pedao de papel cinza escuro e fosco com letras em preto brilhante dizendo hora e data sem

    dvida coisa do pessoal do Consenso, e pela extravagncia, provavelmente supervisionada por um Sidhe ou um Toreador.

    Ainda no carro, colocou a pulseira e pendurou a credencial no retrovisor. Quase que imediatamente um manobrista

    surgiu oferencendo-se gentilmente para estacionar o veculo, enquanto um segundo rapaz, vestido com um terno bem

    acinturado de algum tipo de cetim grafite, guiou-a atravs da fila o mais graciosamente que poderia ser possvel furar

    uma fila de 800 pessoas , passando pelo lado do detector de metais. Luana se entreteu com a ideia de ser revistada,

    sabendo que o grafeno especial de seus braos e pernas binicos revestidos por uma pele branca e sedosa no algo que

    ser detectado por tecnologia mundana pelos prximos 70 anos. Parou na frente de um espelho na recepo para arrumar

    o vestido, que para o deleite dos observadores era curto e justo sobre seu corpo atltico. Pensou em mudar o azul de sua

    ris e a matiz ruiva de seu cabelo, mas considerou sensato esperar at que no mais houvesse umas cem pessoas secando-a.

  • Argumento :

    Para melhor ambientao no cenrio da crnica, importante conhecer alguns eventos

    histricos que marcaram o Mundo das Trevas nesta campanha. O contedo descrito de

    conhecimento enciclopdico e comum e podem ser relevantes a personagens dependendo muito da

    poca e localidade de cada indivduo. Quaisquer incoerncias com o mundo real (histria,

    datas, locais, leis, etc) devem ser RELEVADAS, por se tratar de uma obra de pura fico. (d)

    Os Mecanismos do Poder

    Os Mecanismos do Poder (Em russo: , traduzido - Merranizmy vlasti)

    foi encontrado em 1993, em um poro na universidade de Columbia (EUA), inteiramente

    datilografado em sulfite, referindo-se a Isaac Asimov como sendo o autor, porm sem nenhuma

    assinatura ou caligrafia indicando que o livro realmente houvesse sido escrito por ele. Os

    especialistas em Asimov divergem fortemente sobre a veracidade da autoria do livro, j que o

    estilo narrativo em boa parte no condiz com Asimov, porm a genialidade e contexto so

    equiparados aos de grandes gnios da histria, como Marx e Descartes. Os direitos sobre a obra

    ficaram para seus filhos, que a tornaram pblica e gratuita. Foi publicada em 45 idiomas no 1 ano.

    Capa da primeira edio do livro Os Mecanismos do Poder

  • O Anti-Mecanicismo Poltico : Doutrina filosfica baseada na obra atribuda a Isaac

    Asimov Os Mecanismos do Poder, que prega contra os mecanismos ilegtimos, como as foras

    secretas detentoras do poder, denominando-os de Outros. Essas foras ocultas so entendidas

    como: partidos, camarilhas, sindicatos, grupos, associaes, entidades de capital e outros que

    exercem poder sobre o Estado de maneira ilegal, ilegtima ou discreta. (Descrio encontrada por

    qualquer personagem na pgina da Wikipdia sobre o tema)

    Imagem icnica da primeira manifestao Anti-Mecanicista (Frana, 1995)

  • Cenrio do Mundo

    As notcias a seguir no estaro, necessariamente, em exata ordem cronolgica.

    Europa

    Frana (Paris) : A Batalha de Montmartre

    O Movimento Anti-Mecanicista de Montparnasse (Lemam - Le Montparnasse Anti-

    Mcaniste) : Surgiu entre os estudantes da Sorbonne em meados de 1995, e apesar das origens

    nobres foi muito popular entre as classes mdia e baixa, j que pregavam principalmente contra

    os controles polticos ilegtimos, geralmente exercido pelas classes mais poderosas. Manifestaes

    pacficas tomaram as ruas de Paris em Janeiro de 95, espalhando-se por toda a Frana, Alemanha,

    Inglaterra e Espanha antes do fim do mesmo ano e pelo sul dos Estados Unidos, Amrica Central,

    Brasil, Chile, Japo e China at o final de 1996. Impulsionadas pelo boom da Internet, se tornou o

    movimento de mais rpida disseminao da Histria segundo o New York Times.

    A Batalha de Montmartre e o inicio da Primavera Global :

    Depois de uma extensa investigao pelo jornal Le Monde, chegou mdia Francesa que o

    primeiro ministro Alain Marie Jupp teve sua campanha financiada majoritariamente pela

    multinacional farmacutica Magadon, que se beneficiava de uma srie de leis e subsdios ilegais

    providos pelo prprio ministro. Em 13 de Janeiro de 1996, cerca de 3 mil revoltosos de uma

    diviso radical do Lemam liderados por Jean Baptiste Delacroix (figura muito popular na poca),

    invadiram e pilharam a sede da fabrica na Frana; evento que ficou conhecido como a Batalha de

    Montmartre. Durante o evento, foi utilizada intensa fora repressiva policial, causando a morte de

    Delacroix e Marie Camille, segunda no comando. As mortes, com claros sinais de execuo,

    causaram intensa revolta civil na Frana, com o Impeachment de Alain no mesmo ano.

  • Irlanda (Dublin, Belfast, Cashel, Galway): A Queda dos Quatro Reis

    2 de Fevereiro de 1994

    Durante as festividades do Imbolc, 281 pessoas so oficialmente relatadas desaparecidas, e

    estima-se que mais de 200 sejam intercambistas. Os nmeros de fontes extra-oficiais haviam

    somado mais de 500 nos dois meses anteriores. Tais eventos comoveram o mundo e culminaram

    em investigaes conduzidas pelos mais diversos grupos, oficiais e no-oficiais. O primeiro

    suspeito abordado pelas polcias envolvidas (Garda Sochna, Scotland Yard e Interpol) foi o

    Exrcito Paramilitar Republicano Irlands (IRA). Alm do grupo negar participao, algo sem

    precedentes na histria irlandesa se seguiu: extremistas como o IRA e os Legalistas Protestantes se

    juntaram em cooperao nas buscas de escala nacional. Grupos civis surgiam dia aps dia por toda

    a Gr-Bretanha, tendo como causa de oposio a falta de segurana pblica e o descontentamento

    com o governo.

    Numa operao conjunta das foras policiais foram encontrados indcios de cativeiro de um

    grande numero de pessoas nas runas de um castelo nos arredores de Belfast, conduzindo

    investigaes a mfias de trfico de pessoas. Duas semanas aps o estopim, um protesto massivo

    de civis extremistas tomou as ruas do subrbio de Belfast. Durante a passeata alguns manifestantes

    ouviram gritos de socorro, e localizaram em um armazm abandonado cerca de 50 vtimas

    aprisionadas. A turba linchou 6 sequestradores presentes no local. A polcia tentou impedir com

    armas de efeito moral mas isso no dispersou a turba enfurecida, que acabou matando os seis

    criminosos com ferramentas de madeira e ferro que tinham em mos. Outros linchamentos de turba

  • ocorreram em alguns pontos da cidade, apesar de no serem atribudas causas oficias s mesmas.

    No passar dos dias outros trs grupos mafiosos foram tambm linchados em outras regies da

    Irlanda, em situaes semelhantes de difcil controle policial. Somando os resgates pontuais de

    equipes de investigao e as investidas civis, mais de 300 vtimas das recentes abdues foram

    resgatadas.

    Acredita-se que por referncias histricas europias, os Irlandeses surgiram com um grito de

    guerra que se tornou o mote da mobilizao: The Kings are dead, Long live the People. O evento

    foi rotulado pelos civis como A queda dos quatro reis, sem explicaes coerentes divulgadas

    pela mdia. A Famlia Real Inglesa no se pronunciou oficialmente sobre o assunto, e opinies

    divergem sobre a origem do nome, algumas pessoas acham que representam a vitria sobre as 4

    ltimas monarquias da Gr-Bretanha, enquanto outros com viso mais anti-mecanicista afirmam

    que seria contra quatro grandes reis do crime que detinham controle sobre vrios setores por toda

    a Gr-Bretanha.

    Em nota oficial, a polcia afirma que nunca antes houve registro de organizaes criminosas

    desse ramo de atividade no Pas. O modus operandi de tais mfias consistia no uso de

    alucingenos nas vtimas enquanto eram mantidas em cativeiro para que mesmo se fugissem, no

    conseguiriam descrever os eventos. Muitos sobreviventes disseram ter vivenciado delrios, histeria

    e medo incondicional, sem conseguir explicar o que acontecia quando alguma outra vtima

    desaparecia. Desde ento nenhum outro ocorrido relativo a desaparecimentos em massa foi

    relatado, mas tambm nenhuma das vtimas ainda desaparecidas fora encontrada.

    O evento teve sua reverberao em escala global, com dedicao aumentada em casos de

    trfico de pessoas, a pontos marcantes de outras mfias serem desmascaradas em Moscou, Madri e

    So Paulo nos anos seguintes.

    Algum tempo aps o evento na Irlanda, uma sutil tenso diplomtica entre os pases da Gr-

    Bretanha percebida, em nveis civil, militar e poltico. Intervenes da ONU comeam a

    aumentar em frequncia, mas tambm provam-se cada vez menos eficazes.

  • Romnia (Valquia) : Catstrofe nos Crpatos

    21 de Junho de 1997

    Entre 11:30 e 13:30 desta data foram relatadas exploses no sistema de gasoduto

    Nabucco, recentemente nacionalizado no territrio da Romnia, que abastecia cinco pequenas

    distribuidoras de gs para cidades e usinas eltricas da regio. Os principais afetados foram

    vilarejos prximos e diversas construes de importncia histrica do Pas.

    Fontes oficiais determinaram que a causa das exploses foram diversos pontos de

    vazamento e contato do gs combustvel com fontes de ignio. A investigao tcnica indicou

    possibilidade de sabotagem, pois danos na tubovia foram facilmente diferenciados entre rasgos

    causados pela exploso e pontos de vazamento. Parte da mdia local especulou grupos extremistas

    de esquerda como causadores da catstrofe, mas houve tambm a discusso sobre uma reao

    internacional consequncia das decises romenas de nacionalizar o gasoduto e vender as

    distribuidoras para uma multinacional rabe. As relaes diplomticas com os dois pases vizinhos

    (Hungria e ustria) tm sido dificultadas desde tal deciso do governo da Romnia.

    Trs sobreviventes de uma das vilas prximas ao gasoduto, apesar de desacreditados pelas

    mdias oficiais, disseram em programa de rdio terem visto clares em alguns pontos nas

    montanhas, e alm disso traos rasantes em alta velocidade, e enfim sons ensurdecedores segundos

    depois dos traos, antes das exploses e avalanches comearem. Outro detalhe de nota foi eles

    comentarem o lamento dos sobreviventes com a morte da famlia de nobres que vivia no nico

    castelo prximo vila, legado do sculo 17, que praticamente geriam e supriam o vilarejo. O

    interessante, entretanto, foi ao observar que outras 29 famlias nobres com suas grandes e antigas

    residncias foram vtimas dos soterramentos consequentes das exploses da linha hecto-

    kilomtrica por todo o Crpato. O total de vtimas fatais no evento foi estimado em 2100 pessoas, e

    mais de 6000 foram confirmadas feridas sria ou levemente pela catstrofe. Engenheiros e

    especialistas determinaram que as exploses do gasoduto no seriam, em teoria, suficientes para o

    deslizamento de terra em tantos pontos quanto foi reportado, deixando cerca de 60 % da catstrofe

    como inconsistente com o poder das exploses do gs.

  • Onze anos depois, o Discovery Channel produziu um documentrio invasivo sem

    autorizao ou conhecimento do governo romeno sobre os Crpatos, incluindo 30 minutos de

    comentrios sobre o Nabucco Disaster de 1997. Eles conseguiram localizar um ex-oficial da

    reserva da fora area romena em asilo poltico na ustria, refugiado desde 1998 por acusaes de

    falso testemunho diante de corte marcial sobre reportagem do evento. Segundo Mihail Bochinsky,

    s 11h03m do dia do incidente, a fronteira romena com a Bulgria reportara interferncia nos

    radares localizadores por 19 segundos, e com os clculos feitos pela base, o esquadro intercepta

    um grupo de 5 caas F15 Eagle pretos, sem bandeiras ou insgnias, por menos de 10 segundos ao

    sul da Valquia, at que eles percebem o grupo romeno e manobram para o outro lado das

    montanhas com grande habilidade, sem serem vistos novamente. O ex-militar atribui com grande

    confiana os ocorridos a este grupo no identificado, que teriam atravs de lanamentos de msseis,

    segundo ele, causado as exploses iniciais no gasoduto.

    Caas tambm explicariam os estrondos anteriores s exploses reportados pelos

    sobreviventes dos vilarejos tais aeronaves voam a vrias vezes a velocidade do som, assim o

    barulho de seus sistemas propulsores s so ouvidos segundos aps eles sarem do campo de viso.

    Mihail Bochinsky faleceu por ataque cardaco fulminante, aos 43 anos, 2 meses aps

    exibio do documentrio, em sua casa no norte da ustria.

  • ustria (Viena) : A Chacina de uma Guerra Moderna

    Junho de 1998

    Em maro de 1998 devido s acumuladas tenses diplomticas e evidncias de espionagem

    militar entre os pases do centro europeu, embargos e bloqueios de divisas tornaram-se evidentes

    em pases vizinhos, da Bulgria Sua, culminando na declarao de guerra da Romnia com a

    ustria. As intervenes da ONU h anos estavam se tornando progressivamente menos efetivas,

    ao ponto de que durante a terceira semana de Junho, tropas e ataques militares foram noticiados

    nos arredores de Viena.

    Durante o 21 de Junho do mesmo ano, o caos atingiu Viena de forma que militares e civis

    se envolviam de formas mais exticas possveis, alguns visando sobrevivncia, outros uma

    carnificina: diversas casas, prdios, e estabelecimentos comerciais foram queimados, civis em

    transportes pblicos fuzilados por indivduos disfarados, pessoas atacadas e dilaceradas por

    animais selvagens trazidos cidade, alm de exploses - com diversas vtimas - de construes

    artsticas, esttuas e esculturas por toda a cidade, at o anoitecer.

    Com o cair da noite, alguma tecnologia anti-comunicao foi ativada, de forma que

    gravaes no eram transmitidas, e pouqussimos fotgrafos de guerra retornaram com imagens e

    relatos perturbadores. Pessoas em chamas atacando outras, a escurido com as quedas do

    suprimento eltrico remediada apenas com chamas e exploses espordicas, e at mesmo fotos

    com vultos horripilantes nas sombras, oficialmente explicados como deformao pelo calor da

    soluo de prata das fotografias. Construes altas de estrutura de concreto caiam com frequncia,

    algumas vezes sem nenhuma exploso aparente de dentro da mesma. Do esgoto ocasionalmente

    ouvia-se sons de agonia e combate, e muitas exploses que saam de bocas de lobo e deformavam

    o solo ao seu redor.

    Perto da meia noite, tremores intensos comeam a ser sentidos e o ponto imediatamente

    mais afetado o centro da cidade, com a Capela Central sendo a primeira a desmoronar, com

    magma brotando de seu interior. Tais fotografias e relatos foram os mais controversos, gerando

    discusses e teorias at os dias atuais.

  • Na manh seguinte, cinzas e detritos forravam o que seria a rea urbana da cidade. estima-se

    cerca de 300 mil mortos, apesar de que menos de 10 mil corpos tenham de fato sido identificados.

    O governo da Romnia nega participao na chacina apesar de no retirar sua declarao de guerra

    com motivos polticos e econmicos, e tambm questiona que tipo de potencial blico

    transformaria a cidade de Viena em um cenrio ps-apocalptico surreal como aquele. Apesar de

    toda a mobilizao da ONU em neutralizar as condies de guerra, o governo austraco decidiu

    render-se e submeter-se a todas as exigncias da Romnia para evitar a reincidncia do que quer

    que tenha sido o estopim do evento que ficou conhecido como A queda de Viena.

    Alguns grupos extremistas acusavam Viena de ser a base de um poder secreto milenar que

    movia os interesses da Europa com intenes dbias, e assumiram ser parcialmente responsveis

    pela queda da cidade. Os indivduos apreendidos por continuar a disseminar violncia fsica e

    miditica com o tempo diziam se arrepender de assumir os crimes, que queriam apenas a ateno

    devida s causas de seu movimento. O governo austraco no permitiu liberdade a nenhum deles, e

    muitos diplomatas do pas temiam uma repreenso da Romnia, mas esta jamais se pronunciou em

    defesa ou acusao de tais indivduos.

  • EUA : 2 Guerra Civil Estadunidense, Independncia do Sul e criao de Tenochtl

    O Censo de 1996 e a Formalizao dos Ilegais

    Dia 15 de janeiro de 1996 vem a pblico os dados do censo demogrfico de 1996 dos EUA,

    que mostrava mais de 80 % dos habitantes dos estados do sudoeste eram de origem Latina ou

    Negra. 4 meses depois, no dia 19 de Maio, o Governador Ernst Smith proclama o dia do orgulho

    latino na Califrnia, que conta com mais de 5 milhes de participantes. No dia 20 de Junho,

    aprovada na Califrnia a Lei de Nacionalizao do Povo que legaliza a permanncia de

    imigrantes que estejam em situao ilegal por mais de 3 anos no Pas, tal lei aplaudida pela

    populao, j que alm de tudo renderia um aumento de 25 % na receita do estado. Washington

    investe 35 Bi na polcia de fronteira, tornando-a a fora policial mais poderosa do mundo.

    O Assassinato de Cotrell, a Latin Liberation League e a lei Kill on Sight

    No dia 1 de Julho o Governador Cotrell declarado abertamente contra as polticas liberais

    para os imigrantes latinos e sua famlia so mortos em uma exploso em sua casa de veraneio em

    Miami. O evento considerado um ato terrorista e atribudo ao grupo extremista L3 (Latin

    Liberation League), que nega autoria no crime. Devido forte reao dos estados do centro-norte,

    Washington aprova a emenda constitucional 66, que ficou conhecida como Kill on Sight Law

    que permite a execuo, aps um tiro de aviso, de qualquer um que se aproxime da fronteira dos

    EUA de maneira ilcita.

    A Tragdia na fronteira e os Protestos da Independncia

    Quatro dias depois da aprovao da lei, 5 pessoas de uma mesma famlia so assassinadas

    enquanto tentavam atravessar a fronteira. 4 possuam visto e 1 era Estadunidense nato. O nico

    sobrevivente do incidente disse que no houve tiro de aviso. Eles tentavam atravessar a fronteira s

    pressas de carro pois a esposa do sobrevivente estava em trabalho de parto. Protestos massivos se

    espalham pelas ruas de San Diego, Austin e Dallas durante o Feriado do dia da Independncia

    contra a Kill on Sight e contra a opresso de Washington. 10 pessoas morrem durante as

    manifestaes, todas caucasianas, fazendo os brancos aderirem fortemente ao movimento. na

    mesma poca o Homeland Security fecha contrato bilionrio com a Herculean Firearms. Algumas

  • semanas depois, Washington, apoiado pelos estados do centro-norte exige que todos os imigrantes

    legalizados pela lei de Nacionalizao do povo se cadastrem em um Banco de Dados do Governo.

    So criados bairros inteiros de conjuntos habitacionais para imigrantes sem-teto. A L3 alerta para

    as fases de um Genocdio, taxando os novos conjuntos habitacionais de campos de concentrao.

    O Atentado ao Pentgono e o Estopim da Guerra

    No dia 1 de Agosto de 1997, uma poderosa bomba caseira explode na frente do pentgono,

    matando mais de 100 pessoas, entre elas o General Whitaker, comandante das Foras Armadas. O

    atentado atribudo L3, que novamente nega a autoria. Washington entende atentado como ato de

    guerra, e exige estado de stio na Califrnia, Novo Mxico, Arizona e Texas at que o grupo fosse

    capturado. Os governadores negam o pedido de sitiar, e Washington exige priso dos

    governadores, acusando-os de proteger o grupo terrorista. No dia seguinte, os governadores so

    presos na base militar de San Diego, e decretada Lei Marcial nos estados da Califrnia, Novo

    Mxico, Arizona e Texas.

    Depois de um relatrio da CIA informando que o grupo L3 estava a menos de um ano nos

    EUA, Washington exige que todos os imigrantes recm-legalizados fossem encaminhados para os

    conjuntos habitacionais para averiguao. O General John Wasp se nega, dizendo que tal ato seria

    nazista, inumano e anticonstitucional, durante o histrico Refusal Speech, transmitido ao vivo:

    O dia em que o Governo exigir que o exrcito dessa nao retire as pessoas de seus

    lares fora e os joguem em campos de concentrao; este Governo estar podre, e essa nao

    estar desfeita. Eles se acham protegidos em suas imensas sombras de poder, mas o povo sabe a

    verdade e os retirar de seus tronos obscuros, trazendo suas maquinaes luz de uma nova

    era. Esse comando no acatar nenhuma ordem emitida pelos sombrios do poder, que de to

    covardes no mostram suas verdadeiras faces. Gen. John Wasp

    A Batalha de San Diego e a reunio da Cpula do Sul

    Aps a recusa do Gen. Wasp, uma diviso de blindados pesados e 3 de infantaria so

    enviadas Califrnia para retomar a base militar, que estava marcada como traidora por

    Washington. O prprio Gen. Wasp tentou negociar os termos de rendio da base de San Diego

    sem lutar, mas foi assassinado por um atirador de elite, causando revolta dos seus subalternos que

  • revidaram imediatamente com fora total, eliminando as tropas atacantes completamente. Aps

    esse conflito, os governadores e os generais das bases do Sul se reuniram no que ficou conhecido

    como reunio da Cpula do Sul, em que traaram uma linha de defesa contra as foras de

    Washington, e comearam a discutir um processo de independncia do resto dos EUA.

    Washington desdenhou no primeiro ano, mas lanou um ataque frontal contra o Sul no final de

    1998, sendo rechaados em pouco tempo, graas ao suporte civil e das naes meso-americanas.

    A Destruio de Nova York e a formao da Nao Tenoctla

    A Marinha dos estados do Sul, juntamente com o Mxico e diversos pases da Amrica

    Central, lanaram um ataque surpresa contra as principais cidades da costa Leste, subindo at Nova

    York onde trs ogivas tticas foram detonadas beira da ilha de Manhattan, na alegao de que

    Washington escondia uma base nuclear secreta e planejava atacar os estados do sul com tal acervo

    blico (a teoria jamais foi provada). Washington rendeu-se em nome dos EUA desta guerra que a

    fragilizaria diante de possveis ataques internacionais mais srios, e assim reconheceu a

    independncia dos estados do sul, que se uniram Amrica Central, formando a nao Tenoctla.

    Ilha de Manhattan aps ataque de Tenoctla (Fevereiro de 1999)

  • sia, 1999

    ndia Paquisto entrou em guerra com a ndia. Oeste da China e Afeganisto se

    envolveram. Uma repentina onda de violncia aparentemente no-militar percebida nos arredores

    de Calcut dois dias aps incio da guerra, e considerada como invases paquistanesas. Foi o

    estopim para lanamentos de bombas nucleares entre os dois pases na madrugada seguinte.

    considerada a Guerra de maior estrago pelo curtssimo tempo que durou: todo o territrio do

    Paquisto e da ndia foi obliterado pela radiao. Alm disso, parte do Oeste da China e do

    Afeganisto foram afetados por tabela pela desolao nuclear. Estima-se 1,1 bilho de mortos.

    Japo Um terremoto (escala Richter 8) agravou as usinas nucleares de Fukushima,

    fragilizando-as a nveis crticos. O Japo, em todo seu orgulho, recusou ajuda internacional, e no

    se preparou o suficiente para um segundo terremoto meses depois (escala Richter 9) que rompeu

    todas as retenes do material nuclear, causando vazamento de difcil controle em larga escala. A

    nuvem radioativa se espalhou por 70 % do pas em apenas uma semana, forando a fuga de quase

    25 milhes de sobreviventes, deixando mais de 90 milhes de vtimas fatais no Japo, China (mais

    de 20 % do leste chins incluindo Beijing), pases vizinhos, e ilhas do Oceano Pacfico. A maior

    parte da imigrao nipnica desta catstrofe veio America do Sul, Oceania, leste dos EUA e

    Canad, e ao Sul da frica. Depois de 45 dias, devido a condies meteorolgicas, o efeito

    tercirio da radioatividade atingiu a costa oeste dos EUA/Tenoctla, mas a maioria da populao

    teve tempo para se planejar e evacuar rumo ao Leste dos EUA, Sul de Tenoctla, Canad e Amrica

    do Sul. Foi considerada oficialmente ao final de 1999 como zona de excluso radioativa at incio

    do sculo XXIV. Foi marcada como a maior catstrofe antroponatural (causada pela combinao

    de eventos naturais com erros humanos) da Histria.

    Rssia Putin tomou o Resto da sia para sua nao, formalizando o Novo Imprio

    Sovitico, sem se importar com a opinio do resto do mundo. Com a enorme instabilidade

    europia e as catstrofes nucleares, o Presidente lanou a misso de anexar a Monglia e parte do

    Norte chins Rssia para ajud-los a recuperar-se das crises provenientes das exploses

    nucleares. Isso, somado com a guerra com Tenoctla, fez com que os EUA se fechasse ainda mais

    em medo e parania de possveis investidas soviticas contra o pas fragilizado.

  • Brasil, 1980~2000

    A dcada de 80 e a 1 Guerra Sul-Americana

    No auge da Guerra Fria, os EUA, que ja vinham financiando regimes ditatoriais de direita

    pelo mundo todo, estavam pressionando seus aliados a acabarem com regimes comunistas em seu

    continente, e com o Brasil no foi diferente, forando-o a declarar guerra contra Colmbia,

    Venezuela e Bolvia em 1983. O casus belli justificado pelo Brasil foi a descoberta de documentos

    secretos, segundo os quais os trs pases (auto-intitulados Unio Rubra em resposta declarao

    de Guerra) tinham planos eminentes para tomar o territrio Amaznico do Brasil. A investida

    brasileira durou 2 anos, culminando em um cessar-fogo junto do final do regime militar, em 1985.

    Incio dos anos 90

    Com a criao do Plano Real em 1993, a inflao foi controlada e a moeda comeou a

    valorizar, chegando a 86 centavos de real pra 1 dlar e estabilizando em 1 pra 1. Porm a

    corrupo continuava absurda (imagine-a em uma escala 10 vezes mais intensa do que a nossa

    realidade na poca), atrasando a distribuio de renda e gerando insatisfao generalizada da

    populao. Alguns movimentos anti-corrupo surgiram, mas sem grande inrcia ou relevncia.

    O Brasil Anti-Mecanicista

    Aps diversos escndalos diante da descoberta de grandes esquemas envolvendo corrupo

    e abusos de poder do executivo, muitas vezes em conluio com poderosas e escusas iniciativas

    privadas em um curto perodo de tempo, a comunidade internacional comeou a pressionar o

    governo brasileiro a tomar medidas energticas, culminando em um relatrio da prpria ONU,

    apresentado durante a reunio do G8 em 1995, sugerindo uma reforma poltica no pas.

    Aps a apresentao desse relatrio, a especulao no mercado mobilirio impactou

    fortemente a economia, gerando a maior recesso da histria do pas. Os nveis de desemprego

    subiram a alarmantes 19 % entre 95 e 97, segundo o DIEESE. Para manter a galopante inflao

    sob controle, foi proposta uma reforma tributria de emergncia, em que impostos sobre bens e

    servios foram elevados em quase 60 %. Nisso a total revolta civil, junto de um enorme esquema

    descoberto de desvios da reserva da Unio, culminaram na Greve Geral contra a Corrupo, em

    dezembro de 1997 em que, segundo o IBOPE, 87 % da fora de trabalho do pas parou.

  • O Vox Populi

    s 21:34 do Primeiro de Abril de 1998, as principais redes de TV do Brasil tiveram seu

    sinal roubado, sobrepondo parte do captulo final da novela das oito. Durante os 496 segundos que

    se seguiram, foi transmitido o que depois ficou conhecido como O Vox Populi.

    Durante os primeiros 15 segundos da transmisso, uma tela com Aguarde escrito em

    branco, sobre um fundo preto. Em seguida se inicia a primeira parte do Hino Nacional Brasileiro,

    com um vdeo da Bandeira do pas tremulando ao vento. Aps o Hino, um gravao amadora

    mostrava 18 pessoas amarradas e vendadas em um enorme galpo. Eram eles as 4 mulheres e 14

    homens acusados do esquema de corrupo Os Anes do Oramento, envolvendo as verbas do

    oramento da Unio. Com a cmera parada mostrando os 18 polticos, uma voz feminina comea a

    cantar a antfona secular e simblica do comunismo, de Eugenne Pottier, A Internacional.

    Em seguida, a mesma voz feminina diz: Se vocs acham que esses indivduos no pagaram

    o suficiente por seus crimes hediondos contra nosso Pas, acendam todas as luzes de suas casas e

    vocs vero Justia. Caso contrrio, por gentileza, apague-as por alguns minutos.

    Nos 60 segundos seguintes, os picos de consumo eltrico domiciliar em todo o Pas atingem

    um novo recorde. Uma voz masculina responde na transmisso: O Jri Brasileiro decidiu.

    Um homem com uma mscara preta ento se aproxima dos refns com um fuzil, e executa

    os 18 acusados com tiros na cabea. Por fim, a voz feminina pronuncia com rigor na voz:

    Vox Populi, Vox Dei.

    A transmisso termina abruptamente.

    O IBOPE confirmou 78 pontos de audincia apenas na TV Globo.

  • A Guerra Civil Brasileira e a 2 Guerra Sul-Americana

    Aps o Vox Populi, uma onda de protestos inundou as ruas do Brasil. O despreparo da

    Polcia Militar resultou em 15 mortes de manifestantes entre as 3 maiores capitais do pas durante

    a Grande Passeata de 1 de Maio de 1998, desencadeando um represlia civil sem precedentes na

    histria do pas. Em 3 dias, as foras policiais de So Paulo e Rio de Janeiro foram totalmente

    subjugadas, e os respectivos governadores e prefeitos das capitais e cidades satlites assassinados

    em praa pblica, criando duas grandes zonas temporrias autonomas (ou ZTAs), que duraram 14

    dias, sendo dissipadas apenas aps declaraes de apoio ao movimento vindas de grandes

    representantes dos poderes Judicirio, Legislativo e Militar, com a promessa de novas eleies nas

    cidades afetadas e a instaurao de um poder executivo mais transparente e pblico.

    Duas semanas depois, o Presidente assassinado, junto com seu vice, bem como os

    Presidentes da Cmara e do Senado, e mais de 150 deputados e 12 Senadores durante a mesma

    noite, com tiros precisos na cabea. Quem assume a presidncia provisria um Juz do Supremo

    Tribunal Federal. O Exrcito afirma no ter a mnima inteno de instaurar uma nova ditadura.

    Ainda em 1998, a Unio Rubra aproveita a instabilidade scio-poltica do Brasil e quebra o

    cessar-fogo de 1985, com a inteno clara de apropriar o territrio Amaznico. Imediatamente

    aps a mobilizao militar brasileira para o norte do pas em resposta declarao de guerra da

    Unio Rubra, uma Bomba de Hidrognio explode na Amaznia, 300 km a oeste de Manaus. Cerca

    de sessenta megatons danificaram 8 km na exploso, e 400 km de raio permanecem com efeitos de

    radiao latente at os dias de hoje. Estipulou-se que a balstica do ataque errou o alvo desejado

    (Manaus), mas o efeito de radiao foi suficiente para a evacuao de quase todo o territrio

    Amaznico. H inconsistncias no argumento de ter sido a prpria Unio Rubra que lanou a

    bomba, pois antes disso eles assumiram interesse no territrio pelos direitos ao acesso a seus

    recursos naturais, que no estariam muito... disponveis aps a exploso de uma Bomba H.

    Poucos meses aps a exploso, a Unio Rubra invade o territrio nacional, sendo Braslia

    seu foco claro. O Exrcito de Tenoctla imediatamente aps receber a rendio dos EUA na

    guerra que ocorria na Amrica do Norte neste mesmo perodo prope aliana com o Brasil, e em

    trs meses as duas naes viram a guerra. Braslia, entretanto, estava em runas no final desta

    guerra, e foi decidido a realocao provisria da Capital poltica do Brasil para Campo Grande

    Mato Grosso do Sul, causando a indignao de cariocas e paulistas que previam seus respectivos

    estados como sede de uma nova capital brasileira. At os dias de hoje, a capital ainda a mesma.

  • Diante da rendio dos trs pases, (Bolvia, Venezuela e Colmbia), Tenoctla se mostra

    incisiva na deciso de suprimir a poltica de guerra da Unio Rubra, e prope apropriao dos

    pases: a Colmbia se torna territrio de Tenoctla, e os outros 2 pases viram territrio brasileiro.

    Aps o trmino da guerra, novas eleies gerais so estabelecidas. Uma reforma poltica

    proposta pela populao durante o plebicito de 2000 entra em vigor. O poder executivo, alm de

    rgos publicos e privados de diversas escalas, todos teriam que tornar-se mais transparentes,

    expondo (em mincia e em fcil acesso ao pblico) todas as transaes monetrias e acordos que

    direta ou indiretamente afetariam cidados, trabalhadores e a nao em todas as suas escalas (de

    prefeitura a presidncia). Com as filosofias Anti-Mecanicistas trazidas tona nesta reforma,

    reduziu-se as brechas para corrupo e abuso de poder. A ordem se reestabelece no pas.

    O Mundo nos Anos 2000 e o nascimento de uma Nova Era

    Um conjunto de pases recebe o ttulo de Sedes do Novo Mundo, por serem as naes

    mais abertas e receptivas aos povos exilados (polticos ou devido s catstrofes mundiais) do

    mundo todo, em especial da sia e Europa. O Brasil est entre tais pases, junto de Tenoctla,

    Canad, Autrlia e frica do Sul, todos eles oferecendo ajuda humanitria com especial ateno s

    vtimas do Holocausto Nuclear Oriental, ocorrendo um grande xodo asitico para estas naes.

    Uma nova ordem global se estabeleceu, com oportunidades de crescimento para novas

    grandes potncias polticas e econmicas, agora sob a luz e ateno total desta sociedade mais

    desperta, num cenrio ps