Upload
bruno-valle
View
1.243
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 1/27
i\- t J \'3 ~ c ; ~ \ . ~ ~ 1;(J 1\'\
ESCOlA DA M A G ' I S T R A T U R ) \ DO ESTADO DO RIO DE JAN_EIRO
Turma: CPII A 12010
. Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGA<;OES-------:--Ses·sa-o-:-Ol--:-DiIClO/05!201-0-::-08:00-as-09:50-------- -------- ..- -_ .. - - --. ------.-.-------- - .- ..- ..
Professor: CONSUELO AGUIAR HUEBRA
01 Tema: Direito das Obrigacoes: conceito. Fontes das obrigacdes. Estrutura da relacao
obrigacional: sujeitos, objeto e patrimonialidade da prestacao, vinculo juridico e causa. Debito e
responsabilidade. Obrigacfies naturais. Obrigacoes reais (propter rem) e figuras afins. DistincaoI
entre obrigacoes reais, onus reais e obrigacoes com eficacia real. Obrigacdes civis e consumerista.
PQUESTAO:
XXII Concurso da MagistraturaIRJ:
Debito e responsabilidade sao doutrinariamente diferentes? Formule urn exemplo de responsabilidade
sem debito e outro de debito sem responsabilidade.
A fundamentacao da resposta deve ser acompanhada da indicacao de dispositivos legais e/ou
principios juridicos pertinentes.
RESPOSTA:
o direito civil alemao criou a Teoria Dualista, que diferencia 0 debito (shuld) da responsabilidade
(haflung). 0 debito e a obrigacao propriamente dita, previamente definida na lei ou no neg6cio
jurfdico, Todavia, a responsabilidade e a consequencia do descumprimento do dever originario.
Existem situacdes em que, excepcionalmente, teremos urn ou outro, como se verifica nas obrigacoes
naturais, em que existe 0 debito, mas 0 credor nao esta legitimado a exigir 0 seu cumprimento. Nessa
hipotese, h.i 0 debito, mas nao ha responsabilidade. No contrato de fianca, ao contrario, alguem, 0
fiador, responsabiliza-se pelo debito de terceiro, a evidenciar a existencia de responsabilidade sem
debito.
23QUESTAO:
Joao Marques interpos ayao de execucao par titulo extrajudicial em face de Lucas Ribeiro, a fim de
receber quantia garantida atraves de nota promiss6ria.
Em embargos a execucao, 0 embargante sustenta que a divida e decorrente de aposta e, por isso, na
forma do artigo 814 do Codigo Civil, nao pede ser cobrada judicialmente.
Par sua vez, 0 embargado sustenta que mesmo tratando-se de divida de jogo, a garantia dada em nota
promiss6ria e autonoma, nao se podendo mais indagar a origem do quantum aposto na cartula.
Decida, indicando os fundamentos legais.
RESPOSTA:
Ver ementa e fundarnentacao do Recurso Especial n"; 266.529 - STJ - Relator: Ministro WaldemarZveiter. .
PROCESSUAL CIVIL - REGIMENTAL - NIATERIADE FATO (EXECU<;AO DE AVALISTA
POR DiVIDA DE JOGO) - RECURSO QUE NAO REBATE FUNDAMENTOS DA DECISAO
AGRA VADA.I - Inviavel e a Regimental instrumentalizado para impugnar a materia fatica do aresto
recorrido (Surnula 07/STJ) mas nao rebate os fundamentos da decisao agravada.II - Regimental
improvido. .
3aQUESTAO:
o Condorninio Edificio Boa Morada ajuizou as:ao de cobranca de taxas de condominiais em face de
Rua Construcces S JA que alegou preliminar de ilegitimidade passiva, pois a posse do imovel foi
transferida, atraves de compromisso de compra e venda irrevogavel e irretratavel, fato conhecido peloCondominio, Merece ser acolhida a preliminar?
J
"
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 10PERiODO 2010 19/05/2010 - Pagina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 2/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao do Recurso Especial n": 194.481 - STJ - Relator: Ministro Ruy Rosado
de Aguiar. .
. - - - - - - - -C( )NDOMiNIO~D espeM-S-~- -Ayao-de t- ( jbran9-a : -Legi t imiaade pa-ssivlC~-A:-a~aodecoDranya -de:quotas - - --- -
condorniniais pode ser proposta tanto contra0
proprietario como contra0
promissario comprador,pois 0 interesse prevalente e 0 ds coletividade de receber os recurs os para 0 pagamento de despesas
indispensaveis e inadiaveis, podendo a credor eseolher, - entre aqueles que tenham uma relacao
jurfdica vinculada ao imovel (proprietario, possuidor, promissario comprador, etc.), - 0que mais
prontamente podera cumprir com a obrigacso, ressalvado a este 0 direito regressivo contra quem
entenda responsavel. - Ayao promovida contra 0proprietario. Recurso conhecido, mas improvido.
Parte da doutrina, como 0Desembargador Sylvio Capanema, entende que 0 legitimado passive 6 0
titular da unidade autonoma, ou seja, 0 titular e a pessoa cujo nome constar no Registro de Imoveis,
uma vez que a obrigacao cabe apenas ao alienante enquanto 0 adquirente ao registrar 0 imovel em seu
nome (artigo 1.245, §10 do Codigo Civil). Entretanto, existe entendimento diverso, tal como 0
apresentado no Recurso Especial 194.48 liSP, no sentido que em se tratando de obrigacao propter
rem, estabelecida entre 0 condominio e 0 titular da unidade, admite-se que a ayao de cobranca possa
ser ajuizada em face do promissario comprador, mesmo nao estando 0 contrato registrado, au contra 0
simples possuidor, por forca da teoria do enriquecimento sem causa e da teoria da aparencia, uma vez
que as despesas oriundas do imovel devem ser de pronto satisfeitas, no interesse comum. Assim, cabe
ao credor a escolha entre aqueles que ocupam uma certa posicao jurfdica em relacao ao im6vel.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPII -1°PERiODO 2010 19/05/2010 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 3/27
r4AGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPU A 12010
Discirli?a~Aateria:DI~ITO ClyIL OBRI0AQOES
Sessao; 02 - Dia 20/0 5/201 0 - 10:10 as 12:00
Professor: CONSUELO AGUIAR HUEBRA
02 Tema: Classificacfio das Obrigacfies quanta ao objeto L Obrigacfies positrvas e negativas.
Obrigacfies de dar e de restituir. Obrigacao de dar coisa certa, Modalidades. Obrigacoes de dar
eoisa ineerta. Obrigacdes alternativas. Obrigacoes facultativas.
laQUESTAO:
Renato aderiu ao Consorcio X pretendendo adquirir urn automovel Fiat Uno, zero km, cor a sua
eseolha. Quitadas todas as quotas previstas no contrato, 0 consorcio colocou 0veiculo it disposicao de
Renato. Este, porem, pretende reeeber uma carta de credito eorresponclente ao valor do bern, com 0
que a aclministradora do consorcio nao concorda.
Em aC;Ropropria, Renato pleiteia que 0 consorcio X seja compelido a entregar-Ihe a carta de credito.Contestando a a9ao, 0 consorcio sustenta nao haver previsao contratual que imponha a substituicao da
obrigacao, razao pela qual insiste na entrega do veiculo Fiat Uno. Decida a questao .
.RESPOSTA:
Ver ementa e fund am enta cfio da A pela ca o C ivel n ''; 1995.001.02657 - TJRJ - 23 Camara Civel -
Relator: Des. Sergio Cavalieri Filho.
OBRIGA(,:!AO DE DAR COISA CERTA. Principio Cardeal, Identidade da Coisa. E principio cardeal
de direito que a obrigacao deve ser cumprida na forma como foi convencionada. Se 0 credor de coisa
certa nao pode serobrigado a receber outra, ainda que mais valiosa, a inversa 6, igualmente,
verdacleira. 0 eredor nao pode exigir coisa diferente, ainda que men os valiosa. Assim, estabelecido no
contrato que a obrigacao do consorcioea de entregar um cleterrninado veiculo, nao pode 0
consorciado exigir em seu lugar a carta de credito correspondente ao valor do veiculo, sem que tal
opcilo esteja prevista no contrato ou com eia concorde 0 cons6rcio. Desprovimento do recurso.
Trata-se de obrigacao de dar coisa certa, que tern como principio cardeal a cumprimento da obrigacao
na forma convencionada pelas partes. Ass im, 0 credor de coisa certa nao pode ser obrigado a receber
outra, ainda que mais valiosa, bern como, 0 mesma ocorre em relacao ao devedor. Nessa direcao,depreende-se que 0 credor nao pode exigir coisa diferente, ainda que menos valiosa,
2aQUESTAo:
XXVII Concurso da MagistraturalRJ:
A e B realizararn urn negocio juridico em que 0primeiro se obrigou a fornecer, no curso de 90 dias,
por preco certo, de logo adiantado, 20 cabecas de vacas Ieiteiras da raca holandesa, dentre as
melhores de seu pasta, no Municipio de Cacces. Clausula especial estabeleceu que, no dies ad quemdo terrno, poderia A desobrigar-se, entregando, no lugar do gado, 5 cavalos da raca manga larga
marchador, em criacao no Haras Solar, situado no municipio vizinho. Uma subita epidemia dizimou
todo 0 rebanho bovine de A, impedindo a entrega das 20 vacas. B, entao, exigiu as 5 cavalos,
invocando 0 artigo 253 do Codigo Civil.
Responds objetivamente:
a) Que tipo ou especie de obrigacao assurniu A?
b) Cabe aplicar-se ao easo 0 artigo 253 do Codigo Civil?
Resolva, sucintamente, a questao, fornecendo os esclarecimentos e a fundamentacao necessaries e
pertinentes.
nTRFTTO ("fVTl - ("'PO') - ()I - ("'PH - 10PFRtono 2010 19105/2010 - Pazina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 4/27
f.~_.,
ESCOlA DA [\1AGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DlEJANEIRO
RESPOSTA:
A hip6tese afasta a aplicacao do artigo 253 do C6digo Civil, pela impossibilidade de aplicacao do
referido dispositive, uma vez que 0mesmo regula as obrigacoes alternativas e a presente hip6tese
tratade obrigacaofacultativa. Assimperecendoo objetd principaC extinguir-se-a aobrigacao, ainda
que subsista ooutro objeto, resolvendo-se 0 vinculo.
3aQUESTAO:
Ana vendeu a Beatriz urn quadro pintado par artista plastico consagrado e obrigou-se a proceder atradicao elacoisa no proprio domicilio da credora em determinado elia. Beatriz planejou, para exibicao
do quadro adquirido, uma festa, para a qual gastou uma vultosa quantia.
Ocorre que, as vesperas do prazo avencado, Ana, inutilizou a obra ele arte, por inteiro, ao tentarlimpa-Ia.
Pergunta-se: Que tipo ou especie de obrigacao assumiu Ana e quais as consequencias de seu ato?
RESPOSTA:
Trata-se de dividaportavel, da especie obrigacao de dar, cujo objeto pereceu par culpa do devedor,incumbindo-Ihe, par consequencia, 0 dever de responder pelo equivalente, mais perdas e danos.
DIRETTO CTVIl. - (,P02 - 02 - ('PIT - 10PERrODO 201 0 1 9/0 51 20 10 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 5/27
Turma: CPU A 12010
Disciplina/Materia: DIREITO CI'iiIL OBRIGA\ . -6~s
Sessao: 03 - Dia 21/05/2010 ~ 08:00 its 09:50
Professor: ANDREA RODRIGI}ES AllAIN
03 Tema: Classificacao das Obrigacoes quanta ao objeto II. Obrigacoes de fazer e nao fazer.
Execucao generic a e especifica, Obrigacoes de meio, de resulrado e consumerista, Obrigacao
condicional e a terrno. Obrigacao principal e acessoria.
l<lQUESTAO:
x..'CXIl Concurso da Magistratura/Rl:
Urn pintor de arte obrigou-se a fazer 0 retrato de uma pessoa, mas, quando assumiu a obrigacao,
estava acomerido de uma doenca que 0 impediu de pintar, a qual ele pensava que era curavel, embora
houvesse sido diagnosticada como incuravel, Qual 0 sen reflexo na obrigacao?
RESPOSTA:
Desde 0 seu nascimento, essa obrigacao era impossivel, em razfo do conhecimento do devedor de
estar acometido de doenca incuravel, S o havera cleverde reparacao se 0 pintor tiver agido de ma-fe,
Se river recebido qualquer importfincia devera devolver, porque as partes volram ao estado anterior no
momenta em que tentaram constituir 0vinculo.
23QUESTAO:
Mauro vendeu a Osvaldo seu vciculo usado. Ajustararn as partes que 0 comprador ficaria responsavel
pela transferencia do registro junto ao Detran, Dois anos apes, 0 veiculo ainda estava registrado em
nome de Mauro, e diversas notificacoes com multas chegaram it sua casa,
Em i l y J O propria, Mauro pleireia que Osvaldo seja compelido a proceder it transferencia, inclusive das
multas de transite posteriores a data da venda, sem requerer, todavia, a aplicacho de multa destinada a
compelir ao curnprimeruo da obrigacao,
Em contestacao, Osvaldo alega que na o procedeu a transferencia porque perdera 0 CRV(Certificacio
de Registro do Veiculo), cuja segunda via 0 autor na o Ihe entregou (alegacao niio demonstrada).
Decida a questfio, indicando os dispositivos Iegais apIiciiveis. Caso seja.acolhido 0 pedido, podera 0
juiz aplicar a rnulta cominatoria?
RESPOSTA:
Ver emenra e fundamentacao da Apelacao Civel n''; 2001.001.18830 - TJRJ - T' Camara CiveI -
Relator: Des. Luiz Roldao.
COrvlPRA E VENDA DE VEICUlD.TRANSFERENCIA DE PROPRlEDADE. OBRJGA\. -AO DE
FAZER . ]V IULT A DIAIUA.REDU~Ao DA IvIU L T A. SUClJlvlBENCIA REcIPROCA.
PROVlIvIENTO PARCIAL. Civil. Processual. Ayao de obrigacao de fa ze r, consistente em proceder
cornprador de automovel a transferencia, a que se comprometeu em sua cornpra e venda, para seu
nome, a que foi condenado, sob pena de multa diaria de um salario minima. Reparacao de dana moral
negada, Alegacao, nao demonsrrada pelo.reu, de que nao adimpliu a obrigacao, porque, havendo se
extraviado ° Certificado de Registro do Veiculo.inao Ihe fomeceu ° autor sua segunda via. Multa, que
pede ser imposta independenternenre de pedido (paragrafo 5°, do artigo 461, do CPC), a qual se
reduz, entretanto, a meio salario rninimo. Sucurnbencia reciproca, Recurso do reu parcialmente .
provide. (IRP)
A quesraorrara de obrigacso de fazer atribuivel JO adquirente, urna vez que 0 documento hiibil para a
transferencia do veiculo, junto .10DETRAN, encontra-se com 0 comprador. Assim, 0 pedido inicial
de Mauro devera ser julgado procedente, sericlofacultado ao juiz fixar multa cominaroria (e.~officio), .com amparo no artigo 461, §4° do CPC. .
EITO CIVIL - CP02 - 02 - epn - 10PERiOOO 2010 '20!()5'<W 1n - p~c!in:l 1 de 7 .
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 6/27
~'. . . - , . . . :~ ~, f · · ~ ; : : ~ < - i [ ; ~ ~ ~ c :(j~~.1,~:~:~!
L. ,':j
: : ~ ~ Z ~ Y ~ i ± i / : · i_"j&_;;:~:tfl~
3a QlffiSTAO:
o contratopelo qual 0Banco assume a custodia dos bensguardados no cofre, tern natureza de
obrigacao de meio au de resultado? Decida a questao fundamentadamente.
RESPOSTA:
Apelacao Civel n": 2006.001.23710 - TJRJ -183 Camara Civel - Relatora: Des. Cassia Medeiros.'
REPONSABILIDADE CIVIL - COFRE DE ALUGUEL £ 1 \ 1 1 AGENCIA BANCAruA -
Ar.J~O;\fBA.lvffiNTO -:f1\)DEl"J1ZA<;Ao POR DANO IvlORAL - COISA J1JLGADA - FOR~A
NIA.IOR CO!v1PROV AC;AO DA PROPR IEDADE DOS BENS Th.lDENIZA< ;Ao . Ay30 de
Indenizacao pOl' Danos Morais decorrentes do fOUUO de joias emassalto a uma das agencies do Banco
do Brasil, quando foram arrombados 156 cofres, dentre os quaiso das auroras, £1 0 fundamento de que
as joias roubadas representavam a memoria de suns respectivas families. Ac;ao Civil Coletiva
proposta pela Associacao dos Locatarios de Vitimas do Arrombamento dos Cofres do Banco do
Brasil na qual este foi condenado a ressarcir 0 dane material. 0 acordao proferido no julgarnento da
Ayao Civil Coletiva deu provimento ao recurso para afastar 0 dana moral, assinalando que a
indenizacao par dana moral e in re ipsa, todavia, a dificuldade de quantificar a extensao desse clano .
refletido sobre cada um, justifica a afastabilidade, sem que viole 0 disposto no inciso X do artigo So
da Constituicao Federal de 1988, que funciona como regra geral de reconhecimento da assistencia
desse direito, A hiporese, in casu, se resume i 1 reparacao de danos patrimoniais sofridos, Nos termos
do artigo 16 da Lei n." 7.347/85, a senrenca civil faz coisa julgada, exceto se 0 pedido for julgado
improcedente por falta de provas, podendo qualquer legitimado intentar outra a« ao com idenrico
fundamcnro valendo-se de nova prova, Rejeicfto, portanto, cia preliminar de coisa julgada. De acordo
com a mclhor doutrina, 6 atipico 0 contrato pelo qual 0 Banco assume a custodia dos bens guardados
nos cofres. Porforca da clausula de seguranca insita no contrato, 0 Banco assume uma obrigaciio de
resultado, que n50 pede ser afastada pelo C,)80 fortuito, nem pela forca maior, nem per fato exclusivo
de terceiro. Dana moral configura do, em razso ci a tristeza, da magoa e do abalo emocional sofridos
pel as auroras com a perda das joias de familia, que marcaram momentos especiais nas vidas das
mesmas.Valor da indenizacao, arbitrado na sentence em R$ 90.000,00, que se afigura excessivo e
deve ser reduzido. Rcjeicao da p re lim in a r de coisa julgada e provimento parcial do recurso para
reduzir 0 valor da condcnacfio para R$ 30.000,00, mantida no mais a sentenca .
.)IREITO CP\"!I, - CP02 - 02 - CPII - 10 PERiOJ)O 2010 20/05/2010 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 7/27
i! c . ,_ : " . . i
( : : ~ ~ : : ; . ~ : / ) . J
. - - t
~i _ c ,; . ~ ": .
"::'.,1 - . "'.-.
: _ := - : ', " - .~ .~."..... : .-"
~: _ . _ . " .: . . . : . o ' . - . : , " _ . . - •
'-~ .;,/~~ -". :~,~.. .
.:.:_<: .t, .:_:. . : " _ :.. '\ ~-~-:
Tunna: cnr ,j,. 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRlGAt;()ES
Sessao:04 -Dia 2l!05!2010.:.10:10,ls-12:00
Professor: A:N1)REA RODRIGlJES A~vrrN
04 Terna: Classificacao das Obrigacoes quanta ao sujeito, Indivisibilidade e solidariedade, Conceito
de indivisibilidade. Efeitos da indivis ibi l idade, Pluralidade (10devcdores 0 de credores. Pcrda da
in div isib ili da de , S olid arie da de , C on ce it o. S olid arie da de ativa. Solidariedade passiva , Extincao cia
solidariedade,
13Ql.JESTAo:
o Condom in ia do Edificio Pedro ) dv a re := ;C ab r al a ju iz ou 3y ao de cobranca em bee de proprietaria e
locadora do apurramenro 301, para receber valores relatives a mulras aplicadas ao locatario do imovel
por descumprimento de regras previstas n a c onven cf io de condomi nio, Em contestacf io, a 1'6arguiu ser
parte ilegirirna, pois a mulra imposta e pessoal e s6 alcanca 0 infrator, nJo vinculando a locadora,Qual das partes esrri com a razao?
R. .ESPOSTA:
Vcr eme rit a c : fundam entacao do Rccurso Especia l n '': 25 4.5 20 - ST .f - R ela tor: M inistro Barros
Monte i ro .
CONDO r- vITN lO . Z vlULTA POR INFRACAo PRATICA DA PELO LOCA T:\R1 0.
RESPONSABUJDADE SOUDARIA.l)O TITULAR DO DOrvU l'-ITo. - 0 proprietario do
a pa rta rn cn to re sp on de in solidum por Jato im putavel ao set! loca ta rio , em face da obrigacao de
vig ilancia q ue deve tcr a titular de dom inic sobre os acontecim entos relacionados com 0 im ovel de
sua propriedadc. Rccurso especial conhecido e provide.
A prop rieuiria -Io ca do ra ~ solida ria mcntc rcspo ustivel pe la s multus impostas 41 0 inq uiline da un idadeh abita cion al, a nte 0 q u e d isp fic 0 art igo 1 0. Iff c/ c 0 se u paragrafo 10da Lei 4.591/64. A p ala vra
" tra nsgre sso r" nilo d0V~ scr intcrprctada apcnas para a lcancar q uem infringiu os canones cia
convivencia social, mas tambem 0 locador, proprierario e possuidor indireto, lima vez que a ele ~
conferida a obrigacfio de vigi lfincia sobre os acontecim entos relacionados com 0 imovel de SlW
propriedade, Ass im, entende Sidney Alves Pacheco e Carlos Bittar. No enranto, tal enrendimento s o eaplicado em relacfio J terceiros se J convenciio condominia! est iver regularmente registrada 110 RL
_;fPFITO ('"[\,iI. - CP01 - 02 - ('PH - 1 '\ pudc:nn 2010 20'-05:2010 - Pagina 1 de 3
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 8/27
I·'
)
l'~..,..1~
j~~J2 a QUESTAo:
A m ed ica Renata a ju iz ou a~50 de embargos a ex ecu ca o em face da ex~paciente Paula, dizendo, em
resume, que a em bargada foi viroriosa ern . 1 « 5 " 0 indenizatoria, em q ue-a medica foi re, emlitiscolls6rcio como HospiralBoa Sande. .
Aduz que ambos foram condenados no pagamenro da quantia de duzentos salaries rninimos, a titulode danos rnorais, e em indenizacso por danos rnareriais referentes a s despesas C01l111ova cirurgia,
totalizando-se 0 valor devido em RS 25.467,34. Esclarece que a embargada firmou acordo com a
Hospital e receheu < 1 quantia de RS 16.552,00, restando reccbcr RS 8.915,.H.
Sustenta a embargante que...a ernbargada pretende valor excessive, qual seja: a quantia de R$
15.920,00, devendo tal cobranca indevida trazer, par conseqtiencin, a condenaca 0 da credora no
pagamenro em dobro do que pretende, na forma ci a artigo 940 do C6digo Civil. Pretende a
procedencia dos ernbargos pnra ver afasrado 0 valor cobrado em excesso, prosseguindo-se a execucao
pelo v< 11 0rde RS 8.915,34 e condenando a embargada a r ep et ir 0valor cobrado excessjvamente,deduzindo-o do valor devido .
..\ embargada afirma, com base no disposro no arrigo 604. do cre, estarem as calculos corretos.
Entende que, por se tratar de obrigacao solid.iria, devem responder a medica eo hospi tal , a metade
cada urn, e que, se 0 hospi tal pagou a mai or, tal nfio pock scr aproveitado para diminuir ~Iparre devida
peb medica, nao se aplicando il especie 0 al'tigo 940 do Codigo Civil. Frisou que a coisa julgada
materia l condenou a ora embargante e [) o utre rcu, solidariamenre, a pagnr a em bargada 0 \/;1101' roral
cia condenacao. Se 0 OIUro reu pagou algum valor a mats, cabe a ele buscar a repeticao cia quanria
sobejante, se 0 desejar, G comprovar eITO l1tSS(; pagameruo. 0 que nan pode e a embargarue pretenderse bencficinr com 0 valor do pagamento f~ito pclo (;O-}"I.:U.
Autos concl I1S0S, dccida Iundamenradamente.
" '-.~ ,
. " '. - .- '" ... .
; ;. -- -'.- ~ ..~ :.·,7, i .. ' {,.. ~.. ;',
RESPOSTA:
Vel' emenra L: fllndam.:ml:H;;JO da Apda;;:!o Civcl n'': 1999.001.11937 - Tffi..T_ 3a Camara Civel _
Relator: Des. Muril 0 Andrade de Carvalho.
PRO CESSO C IV IL E C IV IL . SO LID AR IED AD E. E XC ESSO D E EX ECU(..A o. OCOrm.ENCIA.
DECIS:\O INTERLOCUT6RIA Q C T E IvI .· \NDOU RECOLHER INCIDENTEI\IE:N'TE A TAXA
JUDIC l! \R IA , IN "E FIC AZ , ANT E A IN FORlvIN .," Ao DO CONTADOR DO .1 1.T iZ OD E QUE
REFERIA-SE AO PROCESSO P1UNCIPAL E N.~O AO DE ErvtBARGOS. DESACOLImvfENTO
DO AGRAVO R.Ec
I1DO. DEC ISAO DE CON 1 -fE CH v IENTO CONDENAT()RIA DE H OSPITAL E
lVrEDICA A . COMPOR DANOS IvfORA[S A PACIENTE. SOLID/-\RIEDADE, NA FOR.Tvi,\ DO
ARTIGO 1.5J8, PARTE FINAL) DO C 6D IG O C IV IL APLICA(":AO A I - ITPC)TESE,DA 21
PARlE, DO AR 'DGO 904, AINTIA DO DIPLO~'M I\{ATERIAL. PAGA l\'IEN~O DE GRA?{DE
PARTE POR VI\'l DOS DE\'EDORES. 013R1GACAO DO OUThO PELO RESfDUO. EXCESSO
DE EXECUC;Ao I~ 'ILUDfVEL ANiE 0 PLEne) QUE D1V1D1U A PRESTA\"Ao I : . IDIV1Si_VELE CALCULOU OS HONOR.L\RlOS ADVOCATICIOS SOBRE o 'VALOR D.-\ C{)l 'vUENAC;AO,
DIVERSA~v1ENTE DA COISA JU LG ADA, QUE FE-LC) INCID IR SOBRE 0 VALOR DA
CAUSA. E \'fP OS SIB IL IDA ..DE DE SUA RE\'rs.~o 0 !A SEDE DE E ?\fR .- \R GO S DE DEYEDOR.
PROVII 'v1ENTO PARCIAL DO PRIlvfEIRO RECURSO LVIPRO\/UvfE?\"TO DO SEGUf.- iTIO. \ "OTOVENClDO.
'UJTO CIVIL - CP02 - O~ - eF'Il ~ 1') PEF ioDn ?(}11)
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 9/27
, ."·r· , ~_~,:r_
' c " i · · 1 L > .<
t' · t
1 : .;~(.~;~.~:):J'..~·~~jl:'~.~;(l,:~d
3a QUESTAo:XL Concurso ciaMagistrnturn/Rj:
Caio e c re do r d e T ic io , 1 1 .'1 6vi o Semp ro ni o, da q u an ti a d e RS 1 .2 00 ,QO , o bri ga ndo- se s oli da ri amen teos devedores, cujos quinhoes.sao .iguais. Atendendoainsistentes pedidosde Ticio, 0 eredoro ..... _._ ..
e xone ro u, Logo depois, i \ '16v10ficou insolvente . Semprcnio pagou a divida . P odera ele reg redir contra
o insolvenre e 0 exonerado? E se 0 credor em vez de exonerar Tfcio, 0 tivesse remitido? Selia a
mesma solucao? Quaisquer que sejam as respostas, justifique-as, aludindo aos principios que as
, .. _ ' • , ; .~ • ~ __ • ; __ . _ • ' •
'1{EITO CI\T. - ('POl - 01 - (~PIl - 1°PERfUJ)O 20 H i 2(}'05/2010 - P:igina 3 de 3
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 10/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tunna: CPII A 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGAC;OES
.. --Sessao:-05 --Dia-24/05!20IO--08:00 as-09:-50- . .--._ ..- --.- .. ----.-
Professor: lVIARIADA GLORIA OLIVEIRA BANDEIRA DE Iv1ELLO
05 Tema: Extincao das Obrigacoes 1. Pagamento. Natureza juridica, Elementos. Solvens e accipiens,
Pagamento pol' terceiro interessado e nao interessado. Prova, Iugar e tempo do pagamento.
Pagamento antecipado, Pagamento indevido. Pagamento feito a credor putativo e incapaz.
I t l QUESTAO:
Atraves de escritura publica de cessao de direitos e obrigacoes, Matheus adquiriu 0 im6ve1 hipoteeado
de PaoIos, nao tendo, toclavia, a Caixa Economica Federal, eredora hipotecaria, partieipado do ato.
Em seguida, Matheus pretende pagar a divida de Paolos e extinguir a hipoteca, sendo que a Caixa
Economica Federal nega tal possibilidade, alegando que 0pagamento niio pede ser feito por pessoa
estranha ao vinculo obrigacional, EMatheus parte legitima para ingressar com a9ao de consignacao
em pagamento? lustitique.
RESPOSTA:
Vel' emerita e fundamentacao do.Recurso Especial n''; 57766 - STl - Relator: Ministro Costa Leite.
CONSIGNACAO EM PAGAMENfO. IvruTUO HIPOTECARIo. CESSAO DE DIREITOS.
TERCEIRO INI'ERESSADO, SE I-lOUVE CESSAO DE DlREITOS, NAO ASSrnviiNDO RELEVO
A CIRCUNST ANCIA DE 0 CREDOR NAo TER ANUIDO, DESDE QUE NAO SE EXECUTOU
o rvrU11J0 HIPOTECARIO, 0 CESSIONARIO SE APRESENT A COMO TERCEIRO
INTERESSADO NA EXTINt;AO DA DivIDA, PODENDO, ASSllv~ NESSA QUALIDADE,
SArisr AZER 0 DEBITO E,SE 0 CREDOR SE OPUSER, THE E DADO CONSIGNAR, COlv'IORESSAI DO ARTIGO 730 DO C6DIGO CIVIL. RECURSO NAo CONHECIDO.
Considerando que 0 adquirente do imovel e terceiro interessado, nao tern ele clever, mas
responsabilidade, em relacao ao imovel, na medida em que esse bern encontra-se hipotecado. Por
conseguinte, 0 adquirente tern legitimidade para usar dos meios conducentes it exoneracao do
devedor, dentre os quais, inclui-se a ayao de consignacao em pagarnento, a ser ajuizada em face do
banco (artigo 304 do Codigo Civil).
2t1QUESTAO:
Francisco lose propos acao de cobranca em face de Nova America Cia. de Seguros S IA, postulando 0
recebimento de diferenca de indenizacao em razao de seguro por roubo de veiculo, Alegou que 0
objeto da avenca era uma indenizacao correspondente ao valor arualizado da importancia segurada,
limitado ao valor medic de mercado do veiculo.
Confiando na informacao da seguradora, recebeu e deu quitacao pela quantia que aquela the pagou,
certo de que a mesma correspondia ao valor referido,
Constatou, logo em seguida, que 0 valor recebido era bern inferior 410 devido e manifestou imediato
protesto, recorrendo ao Judiciario a tim de ver solucionado 0 litigio.Em contestacao, a empresa 1 '6 alega que 0 autor, pessoa acostumada a praticar atos de cornercio,
recebeu 0 valor ciaindenizacao e outorgou it seguradora plena, rasa, geral e irrevogavel quitacao,
liberando a devedora e transferindo-Ihe a propriedade, de sorte que nada rnais pode dele reclamar em
decorrencia do evento. Ademais, sustenta que, somente em casos excepcionais, a quitacao pode ser
invalidada, dentre os quais nao se incluem os motivos expostos pelo autor.
Dando os fatos alegados na exordial como provados, decida fundamentadamcnte,
DlREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 10PERiODO 2010 24/05/2010 - Pagina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 11/27
ESCOLADA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao dos Embargos Infringentes n": 78/95 na Apelacao Civel n?
1994.001.3206 - TJRJ - 2° Grupo de Camaras Civeis - Relator: Des. Sergio Cavalieri Filho,
__QUIJAy_AO,CLAuSDLA CONTRATI!AL. ANULA<;AO. QUITA<;AO._Presunyao Juris.Tantum
do Adimplemento, Possibilidade de Ser Elidida, Principio da Integridade da Prestacao. A quitacao
estabelece mera presuncao juris tantum de adimplemento da obrigacao, e, como tal; pode ser elididapelo credor mediante prova inequivoca de que 0 pagamento nao foi complete, ou mesmo da
invalidade do ate liberat6rio em virtude de qualquer vicio da vontade. Por Dutro lade, em resguardo
ao principio da integric1ade e da identidade da prestacao, que se aperfeicoa mediante 0 exato
cumprimento da obrigacao, 0Codigo do Consumidor considera nulas de pleno direito, entre outras, as
clausulas que restringem direitos ou 0 brigacoes fundamentais inerentes it natureza do contrato, de tal
modo a ameacar seu objeto ou 0 equilibrio contratual. Desprovimento dos embargos.
33 QUESTAO:
o Condominio do Edificio Gentileza sofreu cisao entre as moradores que se dividiram em relacfio as
deliberacoes pertinentes a conveniencia do condominio, tendo cada urn dos dois grupos divcrgentes
procedido it eleicao de seu proprio sindico, sendo que urn desses grupos contratou determinadaadministradora incumbida de proceder it cobranca das cotas eondominiais.
Urn ano depois foi ajuizada ayao de nulidade da assembleia que votou 0 segundo sindico e esta foi
julgada procedente, acarretando 0 reconhecimento de que 0 condominio somente poderia ter urn
sindico.o condominia reunificado ajufza aytio de cobranca de colas condominia is em face (1\15 pessoas que
pagaram a cola condominial a quem nao devia e estas se defendem aleganclo que j i i teriam realizado 0
adimplernento.
Diante do conflito (it! interesses, qual a decisao correra?
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao na apelacao n'': 2003.001.23745 - TJRJ - 5a Camara Civel - Relator:Des. Antonio Saldanha Palheiro,
CONDOwllNIO DE EDIFICIo. DESPESAS CONDOlVIINIAIS. COBRAN<;A. DISSIDENCIA
ENTRE CONDOMINOS, COM ELEIyAO SIlVITJLTANEA DE DOIS SINDICOS E PAGAlVlENTO
DAS PARCELAS CONDOMINIAIS A ADMINISTRADORAS DIVERS AS. SOLU<;AO
JUDICIAL DO CONFLITO ORIGINARIO, DECLARANDO A NULIDADE DA ELEICAO
DrSSIDENrE, RETORNANDO A TOTALIDADE DOS CONDOMINOS A ADwllNIS1RADORA
ORIGINAL. COBRAN<;A JUDICIAL DAS COTAS DOS CONDOMINOS DIVERGENTES QUE
FORAM PAGAS A ADivIINISlRADORA POR ESTES CON1RATADA. RELEV ANCIA DA
MOTIV A<;AO PARA 0 PAGA~vlENTO A NOVA ADIvIINISlRADORA EMFACE DA
LEGITINIIDADE, EM Ir:SE, DA ELEI<;AO DO SiNDICO QUE A ESCOLHEU, ENSEJANDO
DUVIDA FUNDADA, SOJ\;IENTEDIRIIvIIDA POR DECISAo JUDICIAL HIP6TESE CLARADE PAGAMENTO REALIZADO A CREDOR PUTA TIVO COM INCIDENCIA DO ARTIGO 935,
ATUAL 309 DO C6DIGO CIVIL, DE IDENTICA REDA<;AO. CERCEAl\'IENTO DE DEFESA
INEXISTENTE EM FACE DA NATUREZA DA I v L < \ ' ruRIA E DA SUFICIENCIA DAS PROV AS
DOCU1'vIENTAIS DISPONIBILIZADAS. NEGADO PROVINIENTO AO RECURSO.
Trata-se de pagamento feito de boa-fe a credor putative, inexistindo debito.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPII - 1°PERiODO 2010 24 /0512010 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 12/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Tunna: CPII A 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGA<;OES
--- _Sessao:_06", Dia24/05/2010---JO:1O as 12:00.-
Professor: GUILHERNIE MAGAlRAES j\lIARTINS
06 Tema: Extincao das Obrigacoes II. Formas indiretas. Pagamento em consignacao, Pagamento em
sub-rogacao, Imputacao de pagamento. Dacao em pagamento.
PQUESTAo:
Empresa de seguros ajuizou ayao indenizat6r:ia para obter de Fabricio 0valor da quantia que
desembolsou na reparacao dos danos de veiculo de segurado, oriundos de acidente por ele provocado.
Alegou que, pagando os referidos danos, sub-rogou-se em todos os direitos, ayoes e privilegios de seu
segurado. Em defesa, Fabricio exibiu recibo oriundo de acordo extrajudicial firmado com 0 segura do,
no qual este dava plena e geral quitacao por danos sofridos em decorrencia do sinistro. Assim,
quitados os danos, nao haveria credito a ser sub-rogado. Pergunta-se: diante desse acordo
extrajudicial, ocorre a sub-rogacao? Justifique.
RESPOSTA:
Vel' emerita e fundamentacao do Recurso Especial n"; 274.768 - STJ - Relator: Mininstro Salvio de
Figueiredo.
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRf\.NSITO. ACORDO
EXTRAJUDICIAL FIRNV\.DO PELA SEGURADA COM 0CAUSADOR DO DANO.
SEGURADORA. SUB-ROGA<;AO. INOCORRENCIA. PRECEDENTE DA TERCEIRA TURl\1A.
RE,CURSO DESACOLHIDO. I - Na sub-rogacao, 0 sub-rogado recebe toelos os direitos, ayoes,
privilegios e garantias que desfrutava 0 primeiro credor em relacao a divida (artigo 988 do Codigo
Civil). 0 sub-rogado, portanto, nflo tera contra 0 devedor mais direitos do que 0 primitive credor. II -
Assirn, se 0 proprio segurado (primitivo credor) nfio poderia mais demandar emjuizo contra 0
causador do dano, em razao de acordo extrajudicial com plena e geral quitacao, nao lui que falar em
sub-rogacao, ante it ausencia de "direito" a ser transmitido.
Na sub-rogacao, como leciona Caio Mario da Silva Pereira, 0 sub-rogatario recebe 0 credito com
todos os seus acessorios, inclusive com seus defeitos e inconvenienres. Diante do acordo extrajudicial
firmado entre 0 segurado e 0 causador do dano, no qual 0 segurado manifesta a plena e geral quitacao
pelos danos sofridos, tal acordo afasta a pretensiio da seguradora em demandar em face de Fabricio,
pOl' niio haver mais direito a ser satisfeito; nao havia credito a ser sub-rogado. Antes, Codigo Civil de
1916, a resposta era nesse sentielo. Agora e funclamentada pelo artigo 786, §2° do Codigo Civil.
2a QUESTAO:
XL Concurso da MagistraturalRJ:
Quais as diferencas entre a obrigacao al ternat iva, cabendo a escolha ao dcvedor; a obrigacao com
faculdade de substiruicao; e a clayao em pagamento, especialmente quanto a seus efeitos?
Fundamente.
DlREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPII - 10 PERiODO 2010 2 .lJ05/2010 - Pagina 1 de 1
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 13/27
ESCOlA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: em A 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGA<;OES
Sessao:bf-b-ia 25/05/2010- 08:00 a s 09:50
Professor: SYLVIO CAPANENlt\DE SOUZA
07 Tema: Extincao das Obrigacoes III. Formas indiretas. Novacao. Compensacao. Confusao.
Remissao de dividas.
PQUESTAO:
Joao ajuizou embargos it execucao de nota promiss6ria que lhe move Banco do Brasil S/A, alegando ailiquidez do titulo pois decorrente de emprestimo para cobrir saldo devedor de conta corrente, com
presenca de clausulas abusivas de juros remunerat6rios acima do limite legal de 12% a.a,
capitalizacao mensal e cobranca de multa de 10%.
Em admitindo a vinculacao da nota promiss6ria quando da celebracao do contrato de conta corrente,
pode 0 clevedor ou avalista discutir em julzo 0 debito em cobranca?
Apos a apuracao do saldo devedor, assinada uma nota promiss6ria em realizacao de uma novacao da
divida, tern 0 estabelecimento bancario titulo habil para promover sua execucao?
A novacao impede 0 exarne da abusividade dos criterios de apuracao do saldo devedor?
Se vinculac1a a contrato de abertura de credito, percle a nota promiss6ria as atribuicoes de autonomia e
literalidade?
RESPOSTA:
Ver emerita e fundamentacao do Rescurso Especial n": 251.007 - STJ - Relator: Ministro Ruy Rosado
de Aguiar.
NOTA PROMISs6RIA. Conta corrente. Novacao, Embargos de devedor. 0 garante de contrato
bancario que emite nota promissoria em novacao da divida correspondente ao saldo devedor pode
discutir, nos embargos de executado, 0modo pelo qual forrnou-se a divida que 0 titulo expressa.Essanota prornissoria esta vinculada ao contrato bancario, e a novacao nao valida obrigacoes nulas au
extintas, Recurso conhecido e provide.
2;JQUESTAO:
Jurex Administradora de Cons6rcio SIC Ucla ajuizou em face de Jose Pereira da Silva ac;:aode busca e
apreensiio tenclo por objeto automovel alienado fiduciariamente como garantia em urn consorcio de
50 meses. A demanda fundamentou-se na comprovada mora do cleveclor fiduciante, Deferida a
liminar e citado 0 reu, este se defende clizendo que consultou 0 escrit6rio e verificou que havia salclo
em seu favor decorrente da formacao do fundo de reserva e que, portanto, 0 pedido deveria ser
julgado improcedente. 0juiz extinguiu 0 feito na forma clo artigo 269, II, clo Cf'C, condenando 0 reu
nas custas e honorarios fixados em 10 % sobre 0 valor cia causa.Analise as questoes juridicas que norteiam a demanda, abordando 0 acerto au desacerto cia decisao.
DlREITO CIVIL - CP02 - 02 - Cl'Il - 1Q PERiODO 2010 25.'05/2010 - Pagina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 14/27
ESCOlA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao da Apelacao Clvel n": 2003.001.25178 - TJRJ - 16J Camara Civel-
Relator: Des. Mario Robert Manheimer .
. . ...CONSOReIO. EXTINc;A01vIEDIAN1ECO.lv1PENSA<;A0.-BISCBSSAO DE-MERITO; RATEI0···
DAS CUSTAS. Processual Civil. Cons6rcio. Alienacao Fiduciaria. Ayao de Busca e Apreensao.
Compensacso entre 0 debito do Reu e a saldo resultante do rateio do fundo de reserva, existindo saldo
credor em favor do Suplicado. Sentenca que julgou extinto 0 pedido com julgamento do merito com
base no artigo 269, II, do CPC, condenando 0Reu no pagamento das custas e honorarios de
advogado. Apelacao do Reu pretendendo a partilha das custas. Configurando a cornpensacao defesa
indireta de merito, 0 processo deveria ter sido extinto com julgamento de merito na forma do artigo
269, inciso I, porern, para julgar improcedente 0 pedido autoral, com a consequente condenacao do'
autor nos onus da sucumbencia, 0 que, todavia, por niio ser objeto do recurso, inviabiliza sua
alteracao par este Tribunal, consoante 0principio tantum devolutum quantum appellatum.
Conhecimento e provimento da apelacao somente para que sejam as custas partilhadas.
A alegacao do reu funda-se no instituto da compensacao (artigo 368 do Codigo Civil), de modo que a
credito do autor se extingue nos exatos limites do credito liquido e vencido titularizado pelo reu, 0
Juiz deveria extinguir 0 feito com fundamento no artigo 269, I, do CPC, pais a cornpensacao e defesaindireta de mer ito. Se 0 saldo do reu fosse a bastante para extinguir 0 credito do autor, as custas e
honorarios advocaticios cleveriam ser suportados pelo autor. Se a compensacao fosse 0 bastante
apenas para reduzir a condenaciio do reu, as custas e honorarios deveriam ser rateados,
YQUESTAO:
Amanda cornprou de Bruno deterrninado bern, sendo 0 preyo fixado para pagamento num certo prazo,
Vencido 0 prazo, Amanda pediu prorrogacao do mesmo, que foi atendida, mas Bruno dela exigiu nota
promissoria no rnesmo valor, com nova data de pagarnento, sem que fosse feita qualquer ressalva.
Nao sendo pago 0 titulo na data aprazada, Bruno pediu a rescisao do contrato com a devolucao do
bern, devclvendo a nota prornissoria com sua juntada nos autos.
Como juiz, decida a questiio.
RESPOSTA:
Deve decretar a rescisao do negocio, sob fundamento de que, niio havendo ressalva e nao tendo
intencao do credor de fazer circular 0 titulo, houve simplesmente confirmacao da obrigacao e nao
novacao,
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - Cf'Il - 10PERIODO 2010 25/05/2010 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 15/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: ern A 12010
Disciplina/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGA<;OES- S " e s s a c ) " : " ' 0 - 8- : _' D i i l' ~ t 5 l ( j5 i ' 2 0 1 ' O " ' ~ ' ' 1 0 - : ' r o o a s " ' f 2 - :0 0 ' . ._ . . .. . .. _- _ - ,. .
Professor: RICARDO CYFER
08 Tema: Transmissao das Obrigacdes. Cessao de credito, Conceito e natureza. Validade da cessao
de credito entre as partes e em relacao a terceiros. Responsabilidade do cedente. Efeitos da
cessao. Assuncao de dfvida. Consequencias,
laQUESTAO:
o Banco "All ajuizou a9ao de rescisao eontratual em face de Belarmindo, alegando falta de
pagamento. Em sua defesa, Belarmindo alega que 0 Banco "A" nao tem legitimidade ativa para
prop or tal ayno, po is cedera seu credito em relacao ao contrato que pretenderia reseindir com 0 Banco
"8" e que este teria legitimidade, pais era a novo eredor. Replica 0 banco alegando que nao houve
cessao do contrato, e sim de urn credito dele decorrente.
Decida sobre a legitimidade ativa.
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao cloRecurso Especial n": 97.554 - STr - Relator: Ministro Ari
Pargendler.
CIVIL. CESSAO DE CREDITO. RESCISAO DO CONTRATO QUE 0 GEROU. A ayao de rescisao
contratual e de quem participou do contrato - nao, do cessionario dos creditos decorrentes desse
ajuste; acordao que atribuiu a cessao de credito efeito proprio da cessao de contrato. Recurso especial
conhecido e provido.
A a9ao de rescisao contratual e de quem participou do contrato. Se houve cessao de credito, e nao
cessao de contra to, 0Banco A tern legitim idade para propor a ayao. Diferente seria se tivesse ocorrielo
cessao de contrato. 0 artigo 287 do C6c1igo Civil transfere ao cessionario os acessorios, au seja, juros,
multas, gnra ntia s, m as niio ayao cle rescisiio contratual.
2aQUESTAO:
Com dificuldades financeiras para arcar com as despesas relativas ao pagamento do decimo terceiro
de seus funcionarios, determinada empresa acertou com uma instituicao financeira que 0 pagarnento
ciagratificacao natalina dependeria da assinatura de urn financiamento realizaclo em nome dos
funcionarios, Admitindo-se como provado que os funcionarios nao foram informados de que a valor
recebido a titulo de 130 seria na verclade a contracao de urn emprestimo, queira responder se
estariarnos diante de uma hipotese de assuncao da divida por parte do empregador frente a instituicaofinanceira e se 6 cabivel a exclusao do nome dos funcionarios do cadastro de inaclimplentes junto ao
SPC e SERASA.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 10PERiODO 2010 26/05/2010 - Pagina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 16/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Ver ementa e fundarnentacao na Apelacao CiveI n": 2004.001.09739 - TJRJ - 6a Camara Civel-
Relator: Des. Roberto de Abreu e Silva .
. - -DESFAZllV1ENTODO NEG6CIO JURIDICO: E1V1PRESTIMO: DECIMO-TERCEIRO SALARIO~ - -
ASSUN(,':!AO DE DivIDA. PROVIMENTO PARCIAL ANULABILIDADE DO NEG6CIO
JTJRiDICO. CONTRA TOS DE EMPRESTlMOS PESSOAIS. ACORDO DO EMPREGADOR
PARA PAGAMENTO DO 13° SALARIO DE SEUS FUNCIONARIOS. ASSUNC;AO DA DiVIDA.
o pagamento do 13° salario pelo empregador foi a causa determinante do comparecimento de seus
funcionarios na agencia bancaria, resultando na abertura de conta corrente e assinatura dos
documentos apresentados, inclusive contrato de emprestimo, por cada ~ dos empregados ancorou-se
em revelada assuncao da divida pelo empregador, mediante acordo entre a fomecedora do credito e 0
empregador, Os contratos de emprestimos celebrados entre as partes litigantes sequer adentraram 0
plano de existencia do negocio juridico, e, ainda, que se superasse tal fase, afiguram-se invalidos no
plano da validacle, consicleranclo 0 erro substancial e escusavel na manifestacao da vontade dos
contratantes. Impfie-se 0 decreto da anulacao dos contratos de emprestimos pessoais, assinados pelos
autores, nos termos do artigo 147, II, do entiio vigente C6digo Civil e por violacao da boa fe objetiva
dos consurnidores (artigo 4°, III e 51, IV e XVI, da Lei n'': 8,078/90), tao somente, quanta aosvalores referentes ao 13° salario, afastando-se outras importancias derivadas do fornecimento de
outros proclutos e services oferecidos pelo banco reu e aceitos por alguns autores. Imp6e-se a
exclusao dos nomes clos autores do cadastro de inadimplentes quanta aos referidos debitos. Nao
merece acolhimento 0 ple ito de reparacao por danos morais, considerando os efeitos ex nanc da
anulabilidade do neg6cio juridico, e a aparencia de credito do reu, clesvendado na presente decisao,
PROVI:NffiNTO PARCIAL DO RECURSO.
A causa determinante que levou os funcionarios ao banco foi 0 recebimento da verba natalina e nao a
realizacao de urn ernprestimo. 0 acerto para a liberacao da verba foi levado a efeito entre 0
empregador e a instituicao financeira. Deste modo, quem e 0verdadeiro devedor e 0 empregador e
niio seus funcionarios.
3aQUESTAO:
Diferencie assunciio de divida por expromissao, delegacao, liberatoria e cumulativa, informanclo se h 5 .
previsao legal no C6digo Civil de 2002 para elas, Justifique.
RESPOSTA:
Assuncao de divida por expromissao e quando urn terceiro assume a dfvida do devedor originario,
sem que seja necessario a anuencia ou 0 conhecimento deste, em ramo de ajuste firmado entre 0
credor e 0 terceiro. Tal moclaliclade de assuncao nao esta expressa no C6digo Civil de 2002.
No que cliz respeito a assuncao de divida par delegacao, esta se configura quando urn terceiro assume
a divida, com anuencia cia devedor, e com 0 consentimento do credor, A refer ida hipotese esta
prevista no artigo 299 clo Codigo Civil.
Ja a assuncao de divida liberat6ria e aquela assumida por terceiro, com 0 consentimento clo creclor,
liberando 0 devedor originario que fica exonerado, salvo se insolvente - artigo 299 do C6digo Civil.
Por fim, a assuncao de divida cumulativa diz respeito a obrigacao assurnida por terceiro, com 0
consentimento do credor, s6 que sem desobrigar 0 devedor originario, razao pela qual tanto 0 clevedor
como terceiro seriio obrigaclos a pagar 0 debito. Esta ultima modalidade nao tern previsao legal no
C6cligo Civil.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - Cf'Il - 10PERioDO 2010 2 6/0 51 20 10 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 17/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: ern A 12010
Disciplina/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGA<;OES
__Sessao:' 09- 'Dia 26/05/2010 .;08:00 its 09:50
Professor: LEONARDO DE ANDRADE MA TIIETIO
09 Tema: Inadimplemento das Obrigacoes I. Inadimplemento absoluto e relativo. Mora. Especies.
Efeitos. Mora presumida. Juras de mora. Purgacao da mora.
laQUESTAO:
Em ac;:aode despejo par falta de pagamento, a reu requereu a purga parcial da mora e contestou
alegando que algumas pareelas cobradas nao eram devidas. Diante do artigo 62 da Lei 8.245/91, 6
possivel tal cumulacao?
RESPOSTA:
Ver emerita e fundamentacao do Reeurso Especial n": 153.434 - STJ - Relator.Ministro FelixFhischer.
LOCA<;AO. CERCEAlv1ENTO DE DEFESA. PROVAS NAO ESPECIFICADAS. DESPEJO.
PURGA DA MORA E CONTESTA<;.3..0. IlvlPOSSrnll.IDADE DE Cillv1ULAC;AO. - Naa
especificadas as provas a serem produzidas, bern como verificada a desnecessidade de soeorrer-se de
outros rneios p roba tor io s , e licit o a o ju iz p ro fe rir a julgamento antecipado da licle. - Em acao de
dcspejo por fa lta de pagamento, n50 se admire a cumulncso do pedido de purgacao da mora com 0
oferecimento de contestacao. - Recurso desprovido.
A doutrina apresenta controversias diante do artigo 62 da Lei 8.245/91, podendo existir tres situacoes
diferentes:
I) Se 0 reu niio concordar, por entencler serem abusivos os valores cobrados, devers, sirnplesmente,
contestar e niio pagar (sendo fundada sua irresignaciio, 0 pediclo sera julgado improcedente);
2) 0 reu podera purgar integralmente a mora, na forma desse dispositivo legal;
3) Existe a possibilidade do reu purgar parcialmente a mora.
Entende a corrente majori taria que a purgacao cia mora e u rn d ir ei to do Iocatario.
2a QUEST AO:
Fernanda Maia propos ayao Indenizatoria em face de Seguradora Sulamericana Ltda., ao fundamento
de que seu veiculo fora furtado e a empresa Re niio efetuou 0 pagamento do valor referente ao seguro
contratado, sendo inadmisslvel que apenas rejeite a prestacao quanclo ocorra 0 sinistro, tendo em vista
que sempre efetuou 0 pagarnento das prestacoes em atraso, sendo esta pratica aceita pela empresa
autora, sem qualquer restricao.
Em contestaciio, sustenta a empresa R6 que a ultima prestacao do premio, com vencimento anterior ao
sinistro, nao havia sido paga, fato que ensejou a extincao do eontrato de seguro.Decida fundamentadamente.
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao clo Recurso Especial n": 76.362 - STJ - Relator: Ministro Ruy Rosado
de Aguiar.
SEGURO. INADli\tfPLE1tfENTO DA SEGURADA. FALTA DE PAGAtv1ENTO DA ULTIMA
PRESTAC;AO. ADHvfPLEMENTO SUBSTANCIAL. RESOLU<;AO. A COlvfPANHIA
SEGURADORA NAO PODE DAR POR EXTINTO 0 CONTRA TO DE SEGURO, POR FAL TA
DE PAGAMENTO DA UL THvV\ PRESTAC;.A.O DO PREMIO, POR TRES RAZOES: A) SElv1PRE
RECEBEU AS PRESTAC;OES COM ATRASO, 0 QUE ESTAVA, ALIAs, PRE VIS TO NO
CONTRA TO, SENDO INADwIISsivEL QUE APENAS REJEITE A PRESTAC;AO QUANDOOCORRA 0 SINISTRO; B) A SEGURADORA CU1vfPRIU SUBSTANCIALlv[ENTE COM A SUA
OBRTGA \,AO , NAO SENDO A SUA FALTA SUFTCIENTE PARA EXTTN GU IR 0 CO NTRA TO ~
C) A RESOLU<;Ao DO CONTRATO DEVE SER REQUERIDA EM roizo, QUANDO SERA
POSSIVEL AVALIAR A nvIPORT.A.NCIA DO INADIlvlPLEMENTO, SUFICIENTE PARA A
EXTINyAO DO NEGOCIO.RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU _10 PERiODO 2010 26/05/2010 - Pagina 1 de 3
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 18/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
33QUESTAO:
Henrique propos ac;:aode consignacao em pagamento em face de Empresa " X " Administracso e
Participacoes Ltda. Alega que celebrou contrato de promessa de compra e venda com a R6 a fun de
- ---- ---- -adquirirum:apartamento;--sendo-avenc;:adoentreaspartes-o-pagamento-de-uma-entrada-e-o-- ---- - -----
parcelamento do restante em 60 prestacces. Ocorre que nao conseguiu cumprir com 0 pagamento de
quatro prestacoes na data convencionada. Apos 0 vencimento da obrigacao, dirigiu-se ate a empresa
Re, a fim de salclar seu debito, recusando-se esta ao recebimento das prestacfies, fato que ensejou 0
dep6sito judicial do valor devido.
Em contestacao, sustenta a R6 que ja havia proposto ac;:aode rescisao de promessa de compra e venda,
tendo em vista que 0 contrato preve expressamente a sua rescisao no caso de nao pagamento de tres
prestacoes consecutivas. Aduz que 0 fato de 0 clevedor estar em mora impede a propositura da a930
de consignacao em pagamento.
Decida fundamentaclamente.
RESPOSTA:
Ver emerita e fundamentacao da Apelacao Civel n": 2004.001.12925 e 2004.001.12927 - TJRJ - 16a
Camara Civel - Relator: Des. Antonio Saldanha Palheiro e Agravo de Instrumento n": 70000027623do Rio Grande do SuL
CONSIGNAc;AO m · A PAGAMENTO. RESCISAO DE CONTRI\TO. SENTENc;A
CONFIRlvIADA. Ac;AO DE CONSIGNA<;AO EM PAGAlvffiNTO. PRESTACOES RELATIVAS
AFINANCIAlvffiNTO llvIOBILIARIO. Ac;AO DE RESCIS.i\O DE PROlvffiSSA DE CONlPRA E
VENDA. POSSIBILIDADE DA CONSIGNACAO JUDICIAL lvffiSMO NA HIP6TESE DE MORA
DO DEVEDOR, QUE, PRETENDENDO PUl~GA-LA, ESBARRA NA RECUSA DO
RECEBI1v1ENTO. 0 ORDENANIENTO pATRIO AO PERMITIR QUE, EM SE TRATANDO DE
PRESTAC;OES PERI6DICAS, 0 DEVEDOR DEPOSITE AQUELAS QUE VENCEREM NO
CURSO DA DEMANDA (ARTIGO 892 DO CPC), CONFERE MERA FACULDADE E NAG UNl
REQUISITO NECEssARIO AO ACOLHIMENTO DA PRETENSAO CONSIGNAT6RLJ\_ A
PRESUNQ.3.0 DE VERACIDADE DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL DECORRENTE DAREVELIA E RELA TIVA, PODENDO SER ELIDIDA EM RAZAO DE PROVA EM CONTRARlo.
NEG ADO PROVIMENTO A AtvIBOS OS RECURSOS.
AGRA VO DE INSTRillvfENTO. AyAO DE BUSCA E APREENSAO. ALIENAQAO
FIDUCIARIA. FUN<;AO DE CONTROLE DA BOA-FE OBJETIV A. ADINIPLEMENTO
SUBSTANCIAL. TENDO 0DEVEDOR CUlVfPRIDO SUBSTANCIALlvIENTE SUA
OBRIGAQAO , IMPERIOSA SE REVELA A MANUTENQAO DO CONTRA TO ENTABULADO.
ATENTAT6RIO AO PRlNciPIO DA BOA-FE OBJETIVA ALMEJAR-SE A REINTEGRAQAO
DE POSSE DO BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE QUANDO 0 DEVEDOR ADIMPLIU A
QUASE TOTALIDADE DO DEBITO (VINTE E UMA DE VINTE QUATRO PRESTACOES),
FALTANDO APENAS 'IREs PARCELAS A SEREM SOL VIDAS. LIMITAQAO DO DIREITO
FORMA TIVO EXTINTIVO DO CREDOR DE RESOL UQAO DO CONTRA TO DE
FINANCIA1vIENTO PEL A INDICENCIA DO PRINciPIO DA BOA-FE OBJETIVA EM SUAFlJNC;AO DE CONTROLE. EXERCICIO ABUSIVO DO DIREITO SUBJETIVO DE
RESOLUQAO, 1vIAXIME QUANDO vEIcULO E UTILIZADO COMO INSTRillvfENTO DE
TRABALHO PARA 0AGRAVAME (TRANSPORTE ESCOLAR). AGRA VO PROVIDO.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - Cl'Il - 10PERl ODO 2010 26/05/2010 - Pagina 3 de 3
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 19/27
ESCOlA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPU A 120 10
Disciplina/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGAC;OES. - -· ·· S e s s a o - : - - lO- --Bia- -26 /05 /2010- ;, '- lO:"10-as"" l2 :00 . .. -_. . ._ .__.-_ -_"_. ._. _-_.-_'".-
Professor: LEONARDO DE ANDRADE :MATIIETTO
10 Tema: Inadimplemento das Obrigacoes II. Clausula penal. Natureza e caracteres. Pena
convencion. 1moratoria e compensatoria. Clausula de arrependimento. Efeitos da clausula penal.
Arras: confirmatorias e penitenciais.
laQUESTAO:
Urn famoso pintor se obrigou a fazer urn quadro para exposicao em galeria de Arte, pelo preco certo
de R$ 10.000,00 (dez mil reais), e deveria entrega-lo quinze dias antes do evento, sob pena de pagar
multa diaria de R$ 1.000,00 (mil reais). Nao se desincumbiu. 0 dono cla galena, tres dias antes da
exposicao, aclquiriu outro quadro em substituicao e logo moveu ayao de indenizacao com as pedidos
seguintes:
L Pagamento de clausula penal cornpensatoria e mais 0 valor integral da c lau su la penal moratoria;
II. Reparacao dos danos materia is, emergentes e lucros cessantes, estimados em R$ 15.000,00 (quinze
mil reais) assim distribuidos:
a) Diferenca de R$ 2.000,00 relativo ao preco pago a maior pela compra do quaclro em substituicao:
b) Lucros cessantes de R$ 13.000,00, devido a melhor cotacao dos quadros clopintor inadimplente,
Responda,objdivamcnte:
1. Podern ser cumuiados os valores da clausula penal moratoria com os cia clausula penal
cornpensatoria?
2. E POSSIVe! a parte lesada pelo inadimplemento cobrar juntarnente com a clausula penal
cornpensatoria mais perdas e danos, provando, neste caso, a insuficiencia da clausula penal
cornpensatoria?
RESPOSTA:
A teor da norma do artigo 410 do C6digo Civil, a clausula penal compensatoria e uma alternativa do
credor, na hip6tese de frustrar-se a prestacao principal, sendo cletodo incabivel a cobranca cumulativa
com a clausula penal moratoria. No tocante a cobranca acrescida cle perdas e danos, essa questao
suscita controversies na melhor doutrina, havendo quem sustente 0 cabimento de perdas e danos nos
casas de insuficiencia cia clausula penal cornpensatoria. Ver artigo 416 do C6digo Civil.
2J QUESTAO:
A reducao proporcional da clausula penal prevista no artigo 413 do C6digo Civil, na hipotese de
cumprimento parcial cia obrigacao, pode ser deferida de oficio pelo magjstrado, au depende de
provocacao cia parte interessada? Para que a reducao tenha lugar, e necessaria a observancia de algum
requisite ou basta a ocorrencia de pagarnento parcial? Fundamente.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 10PERioDO 2010 2610512010 - Pagina 1 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 20/27
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
o meneionado dispositive, ensina a professora Judith Martins Costa (Comentarios ao novo C6digo
Civil. v. V tomo II. Rio de Janeiro: Forense, 2004 p. 468), estabeleee, com clareza, que a reducao da
clausula-penal naoconfigurafaculdade dojuiz, mas.pelocontrario; traduz-clev'er-do julgador. - --- - -- - -
Por consequencia, pode e deve 0 julgador, diante de tal situacao, agir de ofieio. Nas palavras da
mesma aurora, "quando configurados os pressupostos previstos abstratamente na regra, nao erequisito da revisao 0 pedido do interessado: a a«aO judicial e proeeclida de oflcio, nao cabendo
invocar, em nosso jUtZO, 0 principio dispositivo",
A norma, ensinam Gustavo Tepedino, Maria Celina Bodin de Moraes e Helofsa Helena Barboza,
pode ser aplicada tanto a clausula penal compensatoria quanta a moratoria (embora, neste caso, a
possibilidade seja mais dificil, tendo sido 0 ajuste realizado para prevenir e castigar a
impontualidade ).
Em ambos os cas OS, nao basta a ocorrencia do pagamento parcial, devendo ser revista a clausulapenal quando manifestamente excessiva, em face da natureza e finalidade do negocio.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPII - 1° PERioDO 2010 26/05/2010 - Pagina 2 de 2
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 21/27
Turrna: CPII A 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBRIGAC;OES
-Sessao:-rT-Dii27/0511oib ~08:oo-(kb9:50-
Professor: :MARlA DA GLORIA OLIVEIRA BANDEIRA DE lvIELLO
12 Tema: Prestacces pecuniarias. Dividas de valor. Obrigacao de pagamento em moeda estrangeira,
Indenizacao. Correcao monetaria.
13QUESTAO:
Jarbas firma com 0 Banco Pontual contrato de mutuo, cujo objeto foi vinculado ao d6lar norte-
arnericano, a ser convertido para a moeda nacional por ocasiao do vencimento, devendo 0 pagamento
ocorrer no Brasil. Cornente a legalidade da clausula acima, em face do curso forcado da moeda
nacional e da orientacao jurisprudencial sobre a materia.
DfP T 7 r r n ('fVT!. - C'PO~- O? - ('PIT - 10PERIODO 2010 26/05/2010 - P:12in:1 1 de 4 -
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 22/27
. t
~_ .30,~ESCOLA DA fa1AGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
" " " ' ~ , : ~ ~ f
RESPOSTA:
Ver ementa e fundamentacao do Recurso Especial n": 402.071- STJ - Relator: MinistrcCarlos Alberto
Menezes Direito .
.-C6ritriitCide ernprestimoem moeda estrahgeita. Resolucaon" 63--do'Banco-Centraldo-BrasiL- Nota - -
promissoria. Abusividade. TR. Precedentes da Corte. I. A jurisprudencia da Corte "ja assentou amelhor interpretacso do artigo 10 do Decreto-lei n? 857/69, admitindo a contrataciio em moeda
estrangeira, desde que 0 pagamento seja realizaclo pela conversso em moeda nacional" (REs}) n"
194.629!SP, da minha relatoria, DJ de 22/5/00; no mesmo sentido: REsp n° 90.875IRJ, da minha
relatoria, DJ de 01112/97; REsp n? 86.124/SP, Relator 0 Senhor Ministro "Valdemar Zveiter, DJ de
21110/96; REsp n? 57.S81/SC, Relator 0 Senhor Ministro Barros Monteiro, DJ de 18/10/99). Exempli
pare, esta Turma decidiu que quando 0 titulo requer, apenas, a elaboracao de calculos aritmeticos, nao
ha falar em falta de liquidez, ai incluida a conversao de moeda estrangeira (REsp n? 270.674IRS, da
minha relatoria, DJ de 20/8/01). 2. Desde que pactuada e possivel a adocao da TR como indice de
correcao monetaria. 3. Meras alegacoes genericas sobre a abusividade do contrato e 0 excesso de
execucao nao servem para derrubar a afirmacao do Acordao recorrido sabre a legaliclade das clausulas
contratadas e a ausencia de prova do excesso de execucfio. 4. Recurso especial nao conhecido,
Ver ernenta e fundarnentacao do Recurso Especial n": 86.124 -STJ - Relator: Ministro "ValdemarZveiter.
CO!vIERCIAL - VALIDADE DE CONTRA TO CELEBRADO EM MOEDA ESTRANGEIRA. -
PAGAl\1ENTO EM CRUZEill..O - EXEGESE DA NORlv1.t\ CONTIDA NO ARTIGO 10DO
DECRETO-LEI N. 857/69. 1- LEGITTh·10 1 2 0 PACTO CELEBRADO EM 1:fOEDA
ESTRANGEIRA, DESDE QUE 0 PAG ACvffiNTO SE EFETIVE PELA CONVERSAo NA MOEDA
NACIONAL. II - ALEGAC;:i\O DE NULIDADE DO AJUSTE POR SUPOSTA VIOLA<;AO AO
ARTIGO. 1. DO DECRETO-LEI N. 857/69, NAO FAVORECE OS PARTICIPES NA
CELEBRAc;AO DO NEG6CIO PORQUE ESTARIAM TIRANDO PROVEITO DA PROPRIA.
TORPEZA. III - 0 LEGISLADOR VISOU EVITAR NAO A CELEBRAc;AO DE PACTOS OU
OBRIGAC;:OES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS, MAS SIM, AQUELES QlJE ESTIPULASSEM
o SEU PAGA1vffiNTO EM OUTRO VALOR QUE NAO 0 CRUZEIRO - MOEDA NACIONAL -RECUSANDO SEUS EFEITOS OU RESTRINGINDO SEU CURSO LEGAL IV -
INTELIGENCIA DO ARTIGO 1°, DO DECRETO-LEIN. 857/69. PRECEDENTES RESPS NOS.
4.819-RJ E 11.801-0-RJ. V - RECURSO NAO CONHECIDO.
Ver ementa e fundamentacao do Recurso Especial n": 332.944 - STJ - Relator: MinistroAlclir
Passarinho Junior.
CIVIL E PROCESSUAL CONTRA TO DE REPASSE DE ElvfPRESTIMO EXTERNO EM
MOEDA ESTRANGEIRA, COM PREVISAO DE PAGAlvfENTO EM MOEDA NACIONAL.
VALIDADE. AVAL E HIPOTECA. NOTA PR011ISS6RIA EXECUc;AO CORRET AMENTE
DIRIGIDA CONTRA OS GARANTES. SUlvruLA N. 27/STJ. DEMONSTR.6.TIVO DA DIVIDA.
SUFICrENCIA. L Valida a execucao que tern como titulos contrato de repasse de emprestimo externo
em moeda estrangeira, com previsao de pagamento equivalente em moeda nacional, acompanhado de
nota prornissoria. II. "Pode a execucao fundar-se em mais de urn titulo extrajudicial relativos aomesmo negocio" (Sumula n. 27/STJ). III. Cerreta a execucao movida contra os garantes, seja em
funcao de aval dado na nota prornissoria, seja em razao da hipoteca atrelada ao contrato. IV. Instrucao
suficiente daexecucao. V. Recurso especial c
26/05t20 10 - Pagina 2 de 4
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 23/27
. . .•
ESCOlA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
onhecido e provide.
A jurisprudencia do Superior Tribunal de Justica e hoje pacifica no senti do do cabimento da
contratacao em moeda estrangeira, desde que 0 pagamento seja realizado em moecla nacional. Logo, 0
realfigur aracomo i i i i S e a a ' d e p a g a m e n t O ; ' b T C s e j a , a q t i e 1 a T i x a d a -i: i~1taa -exe·cl.yr;ao·dcicon t a t 6 ~ ' - . . . .. . _. .
limitando-se a d6lar americana a funcionar como moeda de conta (aque1a em funcao da qual aobrigaqao e contratada), nao violando 0 curso legal da moeda nacional estabelecido no artigo 1°,
paragrafo unico da Lei n": 10.192/01, que dispfie sobre medidas complementares ao Plano Real, e no
artigo l " do Decreto-lei n": 857, de 11.09.69.
2ilQUESTAO:
Caio celebrou com Ticio contrato de mutuo feneraticio, dele recebendo a quantia de R$ 10.000,00,
com a taxa de 3% ao mes de Juras remuneratorios, vencendo-se 0 emprestimo no dia 30 de outubro de
2003; 0 mutuario nao realizou 0 pagamento no seu vencirnento.
o muiuante ajuiza a 8y30, dele exigindo 0 principal, correcao monetaria, pelo indice previsto no
contrato, que e 0 IGP1vf , Juras remuneratorios deviclos, Juras moratorios, multa morat6ria, tambem
avencada, de 20% sabre 0 debito, alem das perdas e danos, j a que insuficiente a multa para ressarci-lointegralrnente, rnais cusras e hononirios de advogado. Em sua defesa, sustenta Caio a excesso de
cobranca, alegando a existencia de "his in idem", ja que a multa e as perdas e danos tern a mesma
natureza juridica, aduz, ainda, a pratica de juros abusiva e impossibilidade de cumulacao entre juros
remunerat6rios e moratorios. Julgue a causa, dispensando relat6rio. Se for acolhida a pretensao, a
partir de quando fluirac a correcao monetaria e as juros? Justifique.
t
26105/2010 - P;I9.tna 3 de 4
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 24/27
ESCOlA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Inadmissivel a cumulacao entre a clausula penal compensatoria e as perdas e danos, na ausencia de
convencao nesse sentido, em face do que dispfie 0 artigo 416, paragrafo unico do C6digo Civil. Tal
. s ituacao nao se confundecom a doartigo -41 ]~q\Ienao falaern perdas 'e darios G i l prefixa das · n a - .
clausula penal), mas apenas na obrigacao principal, que pode ser objeto de execucao especifica.A cobranca de juros remuneratorios 6 abusive, em face do que disp6e 0 artigo 591 do C6digo Civil,
em cujos termos, destinando-se a mutuo a fins economicos, as juros nao poderao exceder a taxa de
1% prevista no artigo 161, §1o cloCTN, correspondente a 12%·ao ano e 1% ao meso Nesse sentido, 0
enunciado n": 20 aprovaclo pelo Conselho da Justica Federal na I Jomada de Direito Civil (setembro
2002).
Merece ainda referencia a Lei de Usura (Decreto n" 22.626, de 7.4.33), em seu artigo 10 .
o valor da clausula penal, em 20%, tambern se mostra excessive, ultrapassando 0 limite de 10%
previsto no artigo 9° ciaLei de Usura, sem prejuizo do disposto no artigo 413 do C6digo Civil, que
permite ao juiz reduzi-lo, se a seu montante for manifestamente excessivo. Embora 0 artigo go da Lei
de Usura determine que a prefixacao das perdas e danos par meio de clausula penal inclui as custas
judiciais e honorarios advocaticios, a jurisprudencia majoritaria nao afasta os onus sucumbenciais a
cargo do vencido, na forma da Iegislacao processual civil.Nada obsta Acumulacao entre juros morat6rios e compensatorios, cada qual visando a uma finalidade
diversa, au seja, punir a mora do devedor e remunerar 0 credor pelo capital colocado a disposicao do
devedor. Porern, faz-se necessario que haja uma sucessao entre ambos, au seja, apenas os Juras de
mora passem a £luir a partir do inadimplemento.
A fluencia dos Juras de mora comeca a COITer do vencimento, em se tratando de mora ex re, em
havendo termo, na forma do artigo 397 do C6digo Civil. a mesmo deve ser dito em relacao acorrecao rnonetriria, em face do que dispoe a artigo 1°, §10 da Lei n": 6.899, de 8.4.01.
PITt'T:"TTn ("'rVTT _ rpn.., _(P _ rPTT _ 11)pr;R f nnn 2n 1()
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 25/27
-ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPU A 12010
Discipline/Materia: DIREITO CIVIL OBru;GA<;()_~S_...__ __
---Sessao:lr ~Dia--l lJ65j20i6-~ j o : 1 i 5 . i s - { 2 ~ O O
Professor: ALVARO HENR1QUE TEIXEIRA DE ALMEIDA
11 Tema: Inexecucao das Obrigacoes. Dolo e culpa. Indenizacao: dane emergente e Iucro cessante.
Reducao pelo Juiz. Inexecucao da obrigacao sem indenizacao: caso fortuito de forca maier. A
clausula de nao indenizar.
laQUESTAo:
"A" ajuizou acao ordinaria de indenizacao ern face de "B" alegando que, ap6s quatro anos de
cumprimento do contrato, deixou 0ultimo de oferecer ao primeiro cs produtos que revendia, 0 que
ocasionou sua falencia, como estabelecirnento comercia1.
Considerando que A, na inicial, requereu indenizacao pelos lucros cessantes, mas nao particularizou 0
quantum devido a esse titulo, e possivel ao juiz, diante da prova cabal de sua existencia, concede-lo?
RESPOSTA:
Ver ementa e fundarnentacao do Recurso Especial n": 201.414 - STJ - Relator: Ministro Waldemar
Zveiter.
CIVIL. DANO MORAL. 0 inadimplemento contratuaI implica a obrigacao de indenizar as danos
patrimoniais; nao, danos morais, cujo reconhecimento irnplica mais do que os dissabores de urn
negocio frustrado. Recurso especial nao conhecido.
lrnpoe-se que na peticao in icial 0 autor apresente 0 pedido de indenizacao par danos emergentes e
lucros cessantes, mas sendo desnecessario que tais verbas sejam particularizadas desde a inicial,
Assirn, cabe ao autor comprovar 0 que efetivamente perdeu e 0 que razoavelmente deixou de ganhar,
pois, do contrario, nao podera 0juiz proceder it fixacao do quantum devido.
2a QUESTAo:
Stadi urn Produtora e Eventos LTDA propos acao de indenizacao em face de Roberto Caldas,
renomado cantor, por inadimplemento contratuaL
Sustenta que contratou os services do Reu para que este realizasse urn show de final de ano em uma
casa famosa de espetaculos, pagou 0 cache eo cantor nao compareceu para fazer sua apresentacao,
advindo de sua conduta diversos prejuizos, tendo em vista que teve que devolver 0 dinheiro do
publico pagante.
Em contestacao, sustenta 0 Reu que nao realizou a apresentacao, tendo em vista ter sido acometido de
forte gripe e rouquidao, 0 que ficou comprovado pelo laude medico. Precede a acao indenizatoria?
Resposta fundamentada.
YQUESTAo:
Jose ingressa com acao em face de Vao Linhas Aereas, requerendo a compensacao dos danos morais
decorrentes do atraso no voo programado entre Rio de Janeiro e Sao LUISem julho de 2007, com
escala program ada apenas em Recife. Afirma que, em razao de atrasos nos voos, oriundos de Sao
Paulo (Congonhas), e por nao ter a conexao aguardado seu voo, foi obrigado a fazer trajeto bern mais
longo (Rio de Janeiro/Salvador/Recife/Fortaleza/Sgo Luis), atrasando sua chegada ao destino final em
quatro horas.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - Cl'Il - 1°PERiODO 2010 31/05/20 I 0 - Pagina 1 de 4
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 26/27
I' - A empresa aerea, em contestacao, alegou caso fortuito, por ter ocorrido a fato durante a situacao de
eaos aereo que assolou e vern assolando 0pais, e, em especial, em virtude dos problemas operacionaisocorridos no Aeroporto de Congonhas, de onde proveio 0 voo.Decida a questao.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 1°PERiODO 2010 3 1 10 5/2 01 0 - Pagina 2 de 4
5/11/2018 Gabarito Civil CPIIB - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/gabarito-civil-cpiib 27/27
t:SCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
Embora a questao seja certamente polemica, nao pode ser negada a incidencia de mero fortuito
interno, ou seja, de fato inerente ao risco empresarial do transportador aereo, que nao rompe 0 nexo- - --- - causal,ao-contniriodofortuitoextemo.-·------ - - ---- ---- --- -- ----- .--- ---
o caos aereo, par si s6, ainda que devido em parte a terceiros, como a sistema de controle aereo(CINDACTA), nao exclui a responsabilidade do transportador. Preve 0 artigo 735 do C6digo Civil,com redacao identica it Surnula 187 do STF.
Ademais, 0 trajeto prestado ao consumidor na~corresponde ao contratado, tendo sido feitas escalasnao ajustadas, merecendo ser ressalvada apenas a norma do artigo 231 do C6digo Brasileiro da
Aeronaut ica, em cujos term os, -sendo 0 atraso superior a quatro horas, cabera ao transportadorsuportar as despesas de hospedagem e alimentacao do passageiro.
DIREITO CIVIL - CP02 - 02 - CPU - 1°PERlODO 2010 31/05/2010 - Pagina 3 de 4