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Caspar David Friedrich
1774-1840
Turma: 3 AAQ Alice Franco Amanda Favaro Beatriz Attab Bianca Atalla Carolina Dulcinoti
"Fecha teu olho corpóreo para que possas antes ver tua pintura com o olho do espírito. Então traz para a luz do dia o que viste na escuridão, para que a obra possa repercutir nos outros de fora para dentro” Caspar David Friedrich
Contextualização • Século XIX - Fortes mudanças sociais, políticas e culturais decorrentes
de dois movimentos:
Revolução Industrial: Novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra. Revolução Francesa: Luta por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados. • A atividade artística tornou-se complexa.
• A visão se tornou contrária ao racionalismo
• Procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista e voltam-se para si mesmos, retratam o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos, desejos de escapismo.
• Anticiência • Nacionalismo • Ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. • Negação das massas • Individualismo e egocentricidade • Visão subjetiva e pessimista do mundo • Valorização dos sentimentos e da imaginação; • Valorização da natureza como princípio da criação artística
(Relação com a natureza é a forma como se relaciona com Deus) • Lirismo
Características Conceituais
• Aproximação das formas barrocas • Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao
observador • Composição em pirâmide dinamizada por linhas obliquas gerando
ritmos e movimento • Valorização das cores e do claro-escuro • Fortes contrastes cromáticos e não harmônicos • Luz focada para o assunto que se queria evidenciar • Dramaticidade • Composição sombrias • A pincelada larga, fuída, vigorosa e espontânea define os volumes • Noção de perspectiva e profundidade
Características Estéticas
Mar de gelo
Temática da Pintura Romântica • Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas,
representadas de uma maneira gloriosa e nobre.
• Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas: dramatismo naturalista
• Sentimentos imperativos (amor, melancolia, medo, etc)
• Mitologia Grega e a mitologia do sonho e do pesadelo: povoado por monstros imaginários e visões do subconsciente
• Romances medievais e da cavalaria da literatura clássica
• Amores impossíveis e a idealização da mulher amada
• Conteúdos exóticos com cenas do Oriente ou norte da África
Temática do Artista • Atmosfera nostálgica, com brumas, árvores secas, e dramáticos
efeitos de luz, onde ele foi um mestre e um inovador. • O uso da paisagem para evocação de sentimentos religiosos, e daí
sua fama de místico. Buscava não só descrever a beleza natural, como faziam os neoclássicos, mas fazia daquela beleza uma ponte para uma reunião sublime entre o observador solitário e o ambiente magnífico.
• São freqüentes em suas telas os céus grandiosos, as tempestades, as ruínas e as cruzes, testemunhas da presença de Deus.
• Símbolos da morte também não são raros, como o barco que se afasta da praia, motivo tirado do mito de Caronte, ou a árvore seca, outra referência pagã.
• Equilibrando o sentimento de abandono e desespero estão em outros momentos os símbolos da Redenção (como a cruz contra um céu claro que promete a vida eterna, a âncora na praia que alude à esperança, ou a lua crescente que sugere o renascimento e uma progressiva aproximação a Cristo).
• À medida que os anos passam o pessimismo parece ganhar terreno, refletido em obras mais sombrias e de uma monumentalidade opressiva.
• Atmosfera de solidão, silêncio, introspeccão e sobrevivência
• Figuras sempre de costas para explicitar a solidão e a fragilidade humana, insere o expectador diante daquela atmosfera, onde a natureza é caótica e incontrolável.
Paisagem Romântica • A paisagem deixa de ter obrigatóriamente a figura humana
• Passou a desempenhar o papel principal, nao mais como cenário da composicão, mas em estreita relação com os personagens da obra e como seu meio de expressao.
• Os grandes cenários naturais, horizontes abertos colocam o individuo em confronto com a natureza.
• Expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado
• Resalta a pequenes do homem em relação a grandiosidade natureza
• O homem moderno não sabe seu lugar no mundo
O Artista • Nasceu em 5 de dezembro de 1774
• Pintor alemão aclamado pela crítica
• Conceito da fusão do mundo real com o espiritual
• Paisagens: ▫ Sensação de contemplação da paisagem ▫ Personagens de costas à contemplação
• Cemitérios: ▫ Passagens para outro mundo
• A perda do irmão que caiu dentro de um buraco na superfície congelada de um lago, é tema de uma das suas obras mais conhecidas: o Mar de Gelo
• A perda da mãe e dos irmãos, somados a sua rígida educação luterana são uma das causas que criaram uma atmosfera melancólica e nitidamente romântica em suas obras.
• A morte de três de seus amigos numa batalha contra a França e o drama de Kleist Die Hermannsschlacht o inspiraram a tentar transmitir também conteúdos políticos através da paisagem, coisa inédita na história da arte.
• Casou-se com Caroline Bommer, o que levou um toque a mais
de leveza em suas obras, principalmente na figura feminina que começou a ganhar espaço em suas inspirações.
• Uma das características mais originais de sua obra é o uso da paisagem para a evocação de sentimentos de melancolia e de isolamento. Transmite a impotência humana diante das forças da natureza.
• Seus quadros apresentavam diversos planos e diversas
tonalidades de cor, associados a diferentes estados de espírito, mais carregados, mais escuros, ou pelo contrário, mais leves, mais luminosos e radiantes.
• Friedrich deixou também algumas esculturas onde o tema
dominante é a morte.
• Ao observarmos diversas obras de Friedrich, verificamos que existem elementos de presença quase constante, dos quais se podem retirar algumas interpretações:
▫ os carvalhos e as igrejas góticas estão associados ao cristianismo;
▫ as árvores mortas estão associadas à morte e ao desânimo;
▫ os barcos simbolizam a transição para o outro mundo, sendo isto bem visível em duas atmosferas uma escura e outra repleta de luminosidade, que provavelmente representa céu.
ANÁLISE DE OBRAS
Friedrich, Casal Contemplando a Lua, 1830-35. Óleo sobre tela, 34 x 44 cm. Alte Nationalgalerie
• Retratação dos personagens com vestimentas características dos patriotas que se engajaram na instauração de um regime liberal na Alemanha.
• Representação das árvores retorcidas e secas, o abismo, a distância e o inalcançável.
• Espectador deve ser aproximar e imaginar a visão dos personagens
• Os personagens vislumbram uma paisagem imensa e se perdem, transmitindo a mesma sensação ao espectador.
• Uso de camadas que produzem a ilusão de distância e proximidade para compor as pinturas
Friedrich, O monge à beira-mar, 18308-10. Óleo sobre tela, 110 x 171,5 cm. Staatliche Museen zu Berlin, Nationalgalerie
• Provavelmente o melhor quadro resumindo o romantismo, mostrando o mar como um fluido não firme, e um horizonte maravilhoso.
• No quadro parece haver um momento mágico, no qual um monge sente sobre ele uma atração e um poder ilimitado. Ao mesmo tempo existe a consciência de suas limitações físicas o que cria o medo e o poder da cena.
• Figura humana ajuda a tornar mais visível a superioridade da natureza
Friedrich, O Viajante Sobre o Mar de Névoa, 1818. Óleo sobre tela, 98 x 74 cm.
Hamburgo
• Visão privilegiada do horizonte.
• O desenho sugere que foi realizado de memória, tratando-se de uma paisagem inventada na cabeça do artista.
• Questiona-se a posição do indivíduo diante da grandiosidade da natureza.
• O viajante carrega consigo uma bengala, o único artefato que o ajudara a chegar ao alto da montanha
• A paisagem a sua frente é misteriosa e irreal
• O romântico sonhava com a solidão do cume da montanha, onde ele poderia encontrar a paz e serenidade.
Friedrich, Cemitério do Mosteiro na neve, 1817-19. Óleo sobre tela. Localização desconhecida.
• Desolada paisagem hibernal
• Valores simbólicos
• Representação do isolamento do ser humano em face da inadequação do sujeito com seus pares e da inacessibilidade do Absoluto.
• Sinistras figuras de monges vagando por entre ruínas e túmulos
• Sensação de amarga resignação
• Natureza inóspita sob o austero inverno.
• As igrejas sempre aparecem ao longe, como visões irreais, ou como ruínas.
• Elementos presentes também no romance gótico – gosto pela decrepitude, paisagens desoladas, ambientação sombria, arquitetura medieval, fantasmas, presença da morte e figuras religiosas.
Friedrich, As Fases da Vida, 1835. Óleo sobre tela, 72,5 x 94 cm. Museum der bildenden Künste,Leipzig
• Um de seus últimos quadros
• As figuras são o pintor e sua família
• Idoso é o artista e o jovem seu sobrinho
• As crianças e a jovem seus filhos
• Os cinco navios com diferentes distancias são uma alegoria aos estágios da vida humana