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INSTITUTIONAL WORK NA TRANSFORMAÇÃO DE UM CAMPO ORGANIZACIONAL: A INTERAÇÃO DE BOUNDARY WORK E PRACTICE WORK Charlene Zietsma; Universidade de Victoria; Thomas Lawrence B. Traçamos uma análise em profundidade longitudinal do conflito sobre práticas de colheita e autoridade de decisão na indústria floresta costeira da Colúmbia Britânica para entender o papel do trabalho na transformação institucional de campos organizacionais . Examinamos o trabalho dos atores para criar, manter e interromper as práticas que são consideradas legítimas dentro de um campo (practices work) e as fronteiras entre conjuntos de indivíduos e grupos de trabalho (boundary work), e da interação destas duas formas de trabalho institucional em efetuar a mudança. Estes resultados contribuem para desembaraçar o paradoxo da agência imersa – como aqueles sujeitos às instituições em um campo pode efetuar mudanças neles . Nós também contribuir para a compreensão dos processos e mecanismos que conduzem alterações no ciclo de vida institucional. Portanto, a questão torna-se: como é possível a imersão da agência . Nosso foco é a interação do trabalho realizado pelos atores para afetar as fronteiras e o trabalho feito para afetar as práticas neste processo. Boundary work representa as tentativas dos atores para criar, dar forma, e desfazer fronteiras (Gieryn, 1983, 1999). Seguindo a noção de boundary work, nos referimos ao trabalho institucional que visa criar, manter ou interromper práticas como práticas representam rotinas compartilhadas (Whittington, 2006) ou "formas reconhecidas de atividade" (Barnes, 2001: 19; "practice work." grifo do autor), ao invés de atividade em si . Assim, adotamos uma compreensão de campo como sistemas co- evolutivo em que existem limites e práticas em uma relação recursiva significativamente afetadas pela obra de boundary e practices work heterogêneo de atores interessados. Nosso objetivo neste trabalho é entender como o boundary work e practice work afetam uns aos outros, como eles afetam junto a mudança e a estabilidade institucional, e que condições levam a

Fichamento _ Zietsma, Lawrence_2010_Institutional Work in the Transformation

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INSTITUTIONAL WORK NA TRANSFORMAO DE UM CAMPO ORGANIZACIONAL: A INTERAO DE BOUNDARY WORK E PRACTICE WORK

Charlene Zietsma;Universidade de Victoria;Thomas Lawrence B.

Traamos uma anlise em profundidade longitudinal do conflito sobre prticas de colheita e autoridade de deciso na indstria floresta costeira da Colmbia Britnica para entender o papel do trabalho na transformao institucional de campos organizacionais.

Examinamos o trabalho dos atores para criar, manter e interromper as prticas que so consideradas legtimas dentro de um campo (practices work) e as fronteiras entre conjuntos de indivduos e grupos de trabalho (boundary work), e da interao destas duas formas de trabalho institucional em efetuar a mudana.

Estes resultados contribuem para desembaraar o paradoxo da agncia imersa como aqueles sujeitos s instituies em um campo pode efetuar mudanas neles.

Ns tambm contribuir para a compreenso dos processos e mecanismos que conduzem alteraes no ciclo de vida institucional.

Portanto, a questo torna-se: como possvel a imerso da agncia.

Nosso foco a interao do trabalho realizado pelos atores para afetar as fronteiras e o trabalho feito para afetar as prticas neste processo.

Boundary work representa as tentativas dos atores para criar, dar forma, e desfazer fronteiras (Gieryn, 1983, 1999).

Seguindo a noo de boundary work, nos referimos ao trabalho institucional que visa criar, manter ou interromper prticas como prticas representam rotinas compartilhadas (Whittington, 2006) ou"formas reconhecidasde atividade" (Barnes, 2001: 19; "practice work." grifo do autor), ao invs de atividade em si.

Assim, adotamos uma compreenso de campo como sistemas co-evolutivo em que existem limites e prticas em uma relao recursiva significativamente afetadas pela obra de boundary e practices work heterogneo de atores interessados.

Nosso objetivo neste trabalho entender como o boundary work e practice work afetam uns aos outros, como eles afetam junto a mudana e a estabilidade institucional, e que condies levam a mudanas em um campo de estabilidade a mudar e de mudana para a estabilidade.

INVESTIGAO SOBRE BOUNDARY WORK E PRACTICES WORK NA MUDANA E ESTABILIDADE INSTITUCIONAL

A Ao Recproca de Limites e Prticas

Limites.Em pesquisa sociolgica, a concepo mais geral de uma fronteira como uma distino que estabelece categorias de objetos, pessoas ou atividades (Lamont e Molnar, 2002).Neste trabalho, adotamos uma concepo estreita de fronteira como uma distino entre pessoas e grupos.

No estudo das organizaes, uma fronteira dominante de interesse o campo organizacional, que descreve "uma comunidade de organizaes que compartilham sistemas de significados comuns e cujos participantes interagem mais frequentemente e decisivamente entre eles do que com atores de fora do campo" (Scott de 2001: 56)

Na prtica, os limites agem como "instrumentos atravs dos quais indivduos e grupos se esforam mais e vm de acordar definies da realidade" (Lamont e Molnar, 2002: 168).

Prticas.Prticas so rotinas (Whittington, 2006) ou formas reconhecidas de atividades compartilhadas (Barnes, 2001: 19). Que o comportamento guia de acordo com a situao (Goffman, 1959; Pentland e Reuter, 1994)

Como tal, as prticas "pertencem" a grupos sociais, em vez de indivduos: os grupos definem a correo de uma prtica e fornecem meios para que os membros aprendam-as (Barnes, 2001; Schatzki, 2001).

Assim prticas no so simplesmente o que as pessoas fazem (Whittington, 2006).Para a atividade de um indivduo ou grupos ser reconhecvel por outros como uma instncia de uma prtica, deve obedecer a certas expectativas sociais.

Embora os boundary works e practices work estabilizam o outro, a sua relao tambm pode conduzir a uma mudana significativa.Limites e prticas tm efeitos relevantes sobre a distribuio de poder e privilgio, que pode alimentar os conflitos dentro e atravs das fronteiras (Collins, 1981; Bourdieu, 1993).

Boundary work.Boundary work (Gieryn de 1983, 1999) refere-se aos esforos dos atores a estabelecer, expandir, reforar ou minar fronteiras (Llewellyn, 1998; Arndt e Bigelow, 2005).

Practice work.Practice work difere de boundary work no tipo de objetos a quem se dirige-prticas, em vez de limites.

Os esforos dos atores para criar prticas e construir mecanismos para assegurar seu uso tm sido estudados como empreendedorismo e inovao institucional (DiMaggio, 1988; Hargrave e Van de Ven, 2006).

Recentes estudos de limites e prticas existem, em paralelo, mas permanecem desconectados.

A Figura 1 resume as relaes entre fronteiras, prticas, boundary work e practice work sugeridas pela pesquisa existente.

Figura 1. As relaes recursivas entre fronteiras, prticas, boundary work e practice work

O primeiro diz respeito a interao de boundary work e trabalhar prtica em relao estabilidade institucional e mudana.

Isso nos leva a nossa primeira questo de pesquisa:

Quais so potenciais configuraes de trabalho de fronteira e de practice work e quais os padres de estabilidade institucional ou alterao suportam?

A segunda questo diz respeito ao movimento do sistema como um todo de condies de estabilidade para mudar e vice-versa.

Isto leva a nossa segunda questo de pesquisa:

Qual o papel limites, practices work e prtica de fronteira, jogo trabalho ao efetuar mudanas entre estabilidade institucional e mudana institucional?

MTODOS

Contexto emprico: Mudana Institucional em British Columbia Coastal Florestal

Para lidar com as nossas perguntas de investigao, traamos um estudo sobre a indstria florestal, em British Columbia, Canad, de 1985 a 2006.

Durante este perodo, as empresas florestais e suas partes interessadas envolvidas em uma "guerra das madeiras" sobre prticas de explorao madeireira. O campo de silvicultura foi altamente institucionalizado e estvel antes de um longo perodo de instabilidade em meados da dcada de 1980, seguido de inovao significativa, ento reestabilizou-se depois de 2003. Durante este tempo, prticas de colheita florestal mudaram, assim como os participantes na tomada de deciso sobre as prticas florestais. Em outras palavras, tanto a mudana prtica e mudana de fronteira ocorreu.

Dados

Os dados consistiu de entrevistas, pesquisa de campo, documentos organizacionais e relatos da mdia.

RESULTADOS

Nossa primeira pergunta pesquisa perguntou se existem configuraes de boundary work e practice work que suportam padres de mudana institucional e estabilidade.

Encontramos quatro ciclos distintos de estabilidade ou mudana institucional, sustentada por padres especficos de boundary work e practice work que operavam de forma recursiva:

(1) a estabilidade institucional, envolvendo manuteno de limite e prtica;

(2) conflito institucional, envolvendo violar e reforar a fronteira e rompendo e defender prticas;

(3) a inovao institucional, envolvendo estabelecer limites experimentais que foram protegidas da disciplina institucional e inventando novas prticas;e

(4) restabilizao institucional, envolvendo crossboundary conexo e prtica difuso.

Estes ciclos foram contguos, com alguma sobreposio, e teve consequncias cumulativas, distintivos para o status da fronteira e prticas.

A Tabela 2 fornece provas qualitativas para cada ciclo.

Transies entre mudana institucional e Estabilidade

Considerando que o nosso primeiro conjunto de resultados mostrou como a interao de boundary work e practice work refora estados particulares de estabilidade institucional ou mudana, a nossa segunda questo de pesquisa focada em compreender os fatores que levam s transies entre estabilidade institucional e mudana.

Do nosso caso, identificou-se conjuntos de condies endgenos e exgenos, que foram associados com o movimento do campo de um ciclo para o outro, cada um dos quais gira em torno de trs dimenses:

(1) o estado do limite em volta do campo,

(2) o estado das prticas florestais centrais, e

(3) a existncia de um ou mais atores com a motivao ea capacidade de iniciar o trabalho e as prticas de boundary work relacionado com o ciclo subsequente.

A Figura 2 resume os resultados em transies entre ciclos.

Figura 2. Boundary work, practice work e ciclos de estabilidade institucional e mudana.

Movimento de Estabilidade Institucional (Ciclo 1) para Institucional de Conflitos (Ciclo 2)

Descobrimos que trs condies foram associadas com o movimento de estabilidade inicial de conflito:

disputada prticas,

fronteiras intactas protegem essas prticas,

e a existncia de pessoas de fora com a capacidade de desafiar as prticas e limites.

A segunda condio que acionou a transio de estabilidade para o conflito foi o surgimento de atores com a capacidade e motivao para se engajar no trabalho e prtica de boundary work do ciclo dos conflitos.

Uma terceira condio- fronteira intacta ao redor da deciso florestal tornou impossvel para pessoas de fora para afetar diretamente prticas.

Proposio 1:estabilidade institucional se deslocar para o conflito institucional quando (a) a legitimidade das prticas centrais torna-se disputado, (b) limites proteger essas prticas de interrupo, e (c) um outsider existe com a capacidade e motivao para se engajar no trabalho de fronteira e practice work para desafiar as prticas e limites.

Movimento de conflito Institucional (Ciclo 2) para Inovao Institucional (Ciclo 3)

A transio de um conflito institucional para a inovao institucional em BC indstria florestal do litoral foi desencadeada por uma combinao de um limite comprometida em torno de autoridade de tomada de deciso, as prticas de corte raso que havia sido interrompido, e uma fonte com a capacidade de iniciar o ciclo de inovao, estabelecendo novas fronteiras temporrias.

A mudana de um conflito institucional para a inovao institucional dependia da existncia de um insider cujos interesses foram ameaados por um limite de tomada de deciso comprometida e uma prtica interrompida e a capacidade de que insider para estabelecer novos limites dentro dos quais projetos seriam protegidos de disciplina institucional.

Proposio 2:conflito institucional se deslocar para a inovao institucional, quando (a) prticas so interrompidas, (b) os limites que protegem essas prticas esto comprometidos, e (c) h um insider motivado com a capacidade de estabelecer novas fronteiras para proteger os experimentos de disciplina institucional.

Movimento de Inovao Institucional (Ciclo 3) Institucional de reestabilizao (Ciclo 4)

A transio final, de inovao institucional para reestabilizao institucional, dependia de uma combinao de novas prticas que foram aceites por uma variedade de atores, um limite ainda comprometida em torno de tomada de deciso silvicultura, e uma coalizo de outsiders e insiders com capacidade e motivao para difundir as novas prticas e reparar o limite.

O experimento final, o projeto conjunto Solutions, levou criao de uma gesto baseada nos ecossistemas e sua aceitao por um grupo-chave de empresas, ambientalistas, Primeiras Naes, vrios outros grupos de interessados, e do governo.Este novo conjunto de prticas que formam a base para a reestabilizao de campo florestal litoral BC.

Assim, a capacidade da coalizo de difundir novas prticas e legitimar o limite dependia de um processo que refletia o poder relativo e interesses dos atores envolvidos, ou ento o processo provavelmente teria revertido ao conflito.

Proposio 3:inovao institucional se deslocar para restabilizao institucional quando (a) novas prticas que so criados so amplamente consideradas legtimas, (b) limites previamente legtimos esto comprometidos, e (c) uma coalizo de outsiders e insiders existe que tem a capacidade de cooperar para difundir as novas prticas e legitimar um novo limite ou re-legitimar o limite comprometida.

DISCUSSO

Neste trabalho, buscou-se uma melhor compreenso da relao entre o boundary work e de practice work e seu papel na mudana institucional e estabilidade.

Em contraste, encontramos, uma relao de apoio mtuo entre o trabalho recursiva fronteira e trabalhar prtica que sustentou ciclos de estabilidade institucional, o conflito, a inovao e a restabilizao.

Implicaes para o Paradoxo da Agncia embutido

Nossos resultados sugerem que agncia incorporado s pode ser paradoxal quando vistos distncia, sem ateno suficiente para o estado de limites e prticas e atores 'fronteira e trabalhar prtica.O aparente paradoxo pode ser desembaraado, pelo menos em parte, conectando formas heterogneas de agncia habitual, prtico e projetiva (Emirbayer e Mische, 1998) -para vrios estados de limites e prticas.

Implicaes para o estudo de campos organizacionais

A segunda questo a que nosso estudo contribui a natureza de campos organizacionais.

Nosso estudo sugere que os sistemas de significado dominar compartilhada quando limites de campo esto intactos, enquanto o conflito e a concorrncia surgem quando os limites de longa data esto comprometidos, porque as diferenas no contexto institucional dentro vs. fora do campo vantagem para disputas prticas.

A segunda implicao do estudo de campos organizacionais diz respeito ao papel das fronteiras no sentido de facilitar a sua estabilidade

Um tema de destaque no trabalho de investigao de fronteira tem sido os esforos dos insiders para estabelecer e manter as fronteiras, a fim de proteger a autonomia e acesso a recursos (Gieryn, 1983).

Implicaes para a compreenso de ciclos de vida Institucionais

Em terceiro lugar, nosso estudo contribui para uma melhor compreenso dos mecanismos envolvidos na mudana institucional (Tolbert e Zucker, 1996; Greenwood, Suddaby, e Hinings, 2002), que permanecem pouco estudados e teorizadas (Mizruchi e Fein, 1999; Heugens e Lander de 2009 ).

Mostramos que as condies que levam transies de campo dependem da interao das fronteiras e prticas e a presena de atores capazes de se envolver em formas especficas de fronteira e de practice work.

Nossos resultados tm implicaes para trs como ns entender e estudar os ciclos de vida institucionais.

Em primeiro lugar, nosso estudo sugere uma ligao entre os ciclos de mudana institucional e estabilidade que observamos e literaturas institucionais especficas.

O ciclo de estabilidade documentamos caracterstica da literatura sobre isomorfismo institucional e difuso, com seu foco em limites fortes e mecanismos de controle social que levam estabilidade e semelhana dentro de campos organizacionais (DiMaggio e Powell, 1983; Tolbert e Zucker, 1983; Greenwood e Hinings, 1988; Van de Ven e Hargrave, 2004).

O ciclo de conflito institucional mapeia de forma significativa para a literatura de movimento social (McCarthy e Zald, 1977; Davis et al., 2005), com seu foco em batalhas sobre prticas e autoridade (Ingram e Rao, 2004; den Hond e de Bakker, 2007) .

O ciclo de inovao encontramos corresponde a pesquisa sobre empreendedorismo institucional (Garud, Jain, e Kumaraswamy, 2002; Maguire, Hardy, e Lawrence, 2004) ou desenho institucional (Van de Ven e Hargrave, 2004), que incide sobre a criao de novos instituies de atores interessados (DiMaggio, 1988), e da sua promoo a diversos crculos eleitorais (Maguire, Hardy, e Lawrence, 2004).

Em segundo lugar, esta pesquisa fornece o estudo dos ciclos de vida institucionais com uma imagem mais matizada de sua evoluo e identifica conjuntos mais especficos de condies susceptveis de desencadear mudanas nos ciclos de mudana e estabilidade.

Em contraste, nosso estudo sugere um modelo de equilbrio pontuado, mas em que o conflito institucional e inovao, bem como a estabilidade, pode ser a equilbrios que so pontuadas.

Por fim, nosso estudo sugere que a evoluo das instituies pode envolver uma srie de caminhos alternativos.

Os detalhes sobre estes exemplos destacam a necessidade de atender ao estatuto de fronteiras, prticas, e a capacidade e a motivao dos intervenientes para se envolver em limite ou practice work.

Tal como acontece com todos os estudos, este tem limitaes.

Ele baseado em um estudo de caso nico, criando limites para a generalizao.