FCC Exercicios Avancados e Revisao

Embed Size (px)

Citation preview

  • qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty

    uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd

    fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx

    cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq

    wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui

    opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg

    hjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxc

    vbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq

    wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui

    opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg

    hjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxc

    vbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq

    wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui

    opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg

    hjklzxcvbnmrtyuiopasdfghjklzxcvbn

    mqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwert

    yuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopas

    dfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklz

    FCC EXERCCIOS AVANADOS

    REVISO POR TEMAS

    15/10/2012

    Flvia Rita Coutinho Sarmento

  • 2

    PROVAS COMPLETAS

    FCC/DNOCS/Administrador/2010/20Q

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto abaixo.

    Cultura de massa e cultura popular

    O poder econmico expansivo dos meios de comunicao parece ter abolido, em vrios

    momentos e lugares, as manifestaes da cultura popular, reduzindo-as funo de folclore

    para turismo. Tal a penetrao de certos programas de rdio e TV junto s classes pobres, tal

    a aparncia de modernizao que cobre a vida do povo em todo o territrio brasileiro, que,

    primeira vista, parece no ter sobrado mais nenhum espao prprio para os modos de ser,

    pensar e falar, em suma, viver, tradicionais e populares.

    A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador da periferia, ocupando-

    lhe as horas de lazer em que poderia desenvolver alguma forma criativa de autoexpresso; eis

    o seu primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa aproveita-se dos aspectos

    diferenciados da vida popular e os explora sob a categoria de reportagem popularesca e de

    turismo. O vampirismo assim duplo e crescente; destri-se por dentro o tempo prprio da

    cultura popular e exibe-se, para consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no

    artesanato, nas festas, nos ritos. Poderamos, aqui, configurar com mais clareza uma relao

    de aparelhos econmicos industriais e comerciais que exploram, e a cultura popular, que

    explorada. No se pode, de resto, fugir luta fundamental: o capital procura de matria-

    prima e de mo de obra para manipular, elaborar e vender. A macumba na televiso, a escola

    de samba no Carnaval estipendiado para o turista, so exemplos de conhecimento geral.

    No entanto, a dialtica uma verdade mais sria do que supe a nossa v filosofia. A

    explorao, o uso abusivo que a cultura de massa faz das manifestaes populares no foi

    ainda capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas seguro e poderoso da vida

    arcaico-popular, que se reproduz quase organicamente em microescalas, no interior da rede

    familiar e comunitria, apoiada pela socializao do parentesco, do vicinato e dos grupos

    religiosos.

    (Alfredo Bosi. Dialtica da colonizao. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp. 328-29)

    1. Tomando como referncias a cultura de massa e a cultura popular, o autor do texto considera

    que, entre elas,

    a) no h qualquer relao possvel, uma vez que configuram universos distintos no tempo e no espao.

    b) h uma relao de necessria interdependncia, pois no h sociedade que possa prescindir de ambas.

    c) h uma espcie de simbiose, uma vez que j no possvel distinguir uma da outra. d) h uma relao de apropriao, conforme se manifestam os efeitos da primeira sobre a

    segunda.

    e) h uma espcie de dialtica, pois cada uma delas se desenvolve medida que sofre a influncia da outra.

    2. Atente para as seguintes afirmaes:

    I. No primeiro pargrafo, afirma-se que a modernizao determinante para a

    sobrevivncia de algumas formas autnticas da cultura popular.

    II. No segundo pargrafo, a expropriao sofrida pela cultura de massa vista na sua

    concomitncia com o desprestgio da cultura popular.

    III. No terceiro pargrafo, aponta-se a resistncia das manifestaes de cultura popular,

    observadas em determinados crculos sociais.

  • 3

    Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em

    a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

    3. Um mesmo fenmeno expresso pelos segmentos:

    a) poder econmico expansivo e socializao do parentesco. b) aparncia de modernizao e forma criativa de autoexpresso. c) aspectos diferenciados da vida popular e reportagem popularesca. d) aparelhos econmicos e a dialtica uma verdade mais sria. e) o dinamismo lento e se reproduz quase organicamente. 4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

    a) reduzindo-as funo (1 pargrafo) = incitando-as extrapolao. b) vampirismo (...) crescente (2 pargrafo) = progressiva avidez. c) seu primeiro tento (2 pargrafo) = sua primitiva meta. d) estipendiado para o turista (2 pargrafo) = estilizado para o visitante. e) socializao do parentesco (3 pargrafo) = sociabilidade dos vnculos.

    5. No 3 pargrafo, o autor vale-se do termo dialtica para indicar

    a) a dinmica pela qual a cultura popular ainda resiste cultura de massa. b) a absoluta absoro que a cultura de massa impe cultura popular. c) a contradio entre interesse econmico e a macumba na televiso. d) o contraste entre manifestaes populares e relaes de vicinato. e) o apoio que a cultura de massa acaba representando para a popular.

    6. Quanto concordncia verbal, est inteiramente correta a frase:

    a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicao, a constncia com que promovem abusos, na explorao da cultura popular.

    b) Nem mesmo um pequeno espao prprio querem conceder cultura popular os que a exploram por interesses estritamente econmicos.

    c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente ncleo de prticas comunitrias.

    d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por boa parte desses processos de falseamento da cultura popular.

    e) Produzem-se nas pequenas clulas comunitrias, a despeito das presses da cultura de massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular.

    7. No segundo pargrafo, o elemento sublinhado na construo

    a) ocupando-lhe as horas de lazer refere-se ao termo casa. b) eis o seu primeiro tento refere-se expresso forma criativa. c) eis o seu primeiro tento refere-se expresso cultura de massa. d) ocupando-lhe as horas de lazer refere-se expresso cultura de massa. e) eis o seu primeiro tento refere-se expresso horas de lazer.

    8. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto:

    a) O autor considera que os vnculos estabelecidos nas relaes entre grupos sociais, firmadas pelo parentesco ou pelo sentimento comunitrio, ainda resistem fora dos meios de comunicao de

    massa.

    b) Entende o autor de que, no obstante hajam fortes presses dos meios de comunicao de massa sobre elas, as relaes autenticamente populares podem resistir to pesada influncia.

    c) Graas a aqueles laos estabelecidos em relaes de parentesco ou mesmo comunitrias, entre grupos sociais mais estritos, a cultura popular ainda oferece sua firme capacidade de resistncia.

    d) Relaes de parentesco e laos comunitrios, no obstante a fora que caracterizam os meios de comunicao de massa, ainda lhes resistem, preservando-se essa forma de cultura popular.

  • 4

    e) A cultura popular, ingratamente pressionada pela cultura de massa, manifesta-se ainda sob a forma de pequenos grupos cujos valores autnticos persiste o sentimento comunitrio.

    9. O poder econmico expansivo dos meios de comunicao aboliu as manifestaes da cultura

    popular e as reduziu a folclore para turistas.

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais resultantes sero:

    a) aboliram-se e tm sido reduzidas. b) tm sido abolidas e reduziram-se. c) vm abolindo-as e vm reduzindo-as. d) esto abolindo e esto reduzindo. e) foram abolidas e foram reduzidas.

    10. A pontuao desta frase est inteiramente correta:

    a) A dialtica sendo uma verdade mais sria, do que se costuma crer, manifesta-se no processo de resistncia, da cultura popular.

    b) De fato a cultura de massa com a enorme fora de que dispe, costuma apropriar-se das formas da cultura popular, inapelavelmente.

    c) A socializao, proveniente das boas relaes comunitrias constitui, sem dvida, uma bela forma de autopreservao, na cultura popular.

    d) As escolas de samba, nas festas promovidas para turistas, constituem matria-prima e mo de obra, simultaneamente, para o capital.

    e) Costumam, as diferentes manifestaes de cultura popular, descaracterizar-se de vez que no resistem, s presses da cultura de massa.

    Ateno: As questes de nmeros 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.

    Assdio eletrnico

    Quem j se habituou ao desgosto de receber textos no solicitados de cem pginas

    aguardando sua leitura? Ou quem no se irrita por ser destinatrio de mensagens automticas

    que nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais sinistros como os hackers e os

    vrus, como aturar os abusos da propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da

    liberdade de acesso informao?

    Entre as vantagens do correio eletrnico indiscutveis , a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a apurar se a propagao do e-mail veio ressuscitar a carta. A

    esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos comeos, Janus Bifronte, a quem era consagrado o

    ms de janeiro. No templo de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e outra

    para trs. A divindade presidia simultaneamente morte e ao ressurgimento do ciclo anual,

    postada na posio privilegiada de olhar nas duas direes, para o passado e para o futuro.

    Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando a obsolescncia da carta como pode dar-

    lhe alento novo.

    Sem dvida, o golpe certeiro na velha prtica da correspondncia, de quem algumas

    pessoas, como eu, andam com saudades, no foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O

    assassino foi o telefone, cuja difuso, no comeo do sculo XX, quase exterminou a carta,

    provocando imediatamente enorme diminuio em sua frequncia. A falta foi percebida e muita

    gente, poca, lamentou o fato e o registrou por escrito.

    Seria conveniente pensar qual a lacuna que se interpe entre a carta e o e-mail.

    Podem-se relevar trs pontos em que a diferena mais patente. O primeiro o suporte, que

    passou do papel para o impulso eletrnico. O segundo a temporalidade: nada poderia estar

    mais distante do e-mail do que a concepo de tempo implicada na escritura e envio de uma

    carta. Costumava-se comear por um rascunho; passava-se a limpo, em letra caprichada, e

    escolhia-se o envelope elegante tudo para enfrentar dias, s vezes semanas, de correio. O terceiro aspecto a ponderar a tremenda invaso da privacidade que a Internet propicia. Na

    pretensa cumplicidade trazida pelo correio eletrnico, as pessoas dirigem-se a quem no

    conhecem a propsito de assuntos sem interesse do infeliz destinatrio.

    (Walnice Nogueira Galvo, O tapete afego)

  • 5

    11. As frases interrogativas do primeiro pargrafo valem, de fato, como afirmaes implcitas.

    A cada uma dessas frases corresponde, na ordem dada, a seguinte afirmao:

    I. difcil acostumar-se com o recebimento compulsrio de textos para ler, por vezes

    longos.

    II. A recepo de mensagens despropositadas, sem interesse para ns, h muito j no

    nos causa dissabores, resignados que somos.

    III. No fosse pelo direito livre divulgao de informaes, haveria que se condenar o

    hbito de enviar propaganda por e-mail.

    Atende ao enunciado desta questo o que est SOMENTE em

    a) I. b) I e II. c) II. d) II e III. e) III.

    12. A lembrana da imagem de Janus Bifronte ocorre por conta de uma especfica duplicidade,

    representada pelos segmentos:

    a) vantagens do correio eletrnico // propagao do email. b) receber textos no solicitados // ser destinatrio de mensagens automticas. c) obsolescncia da carta // dar-lhe alento novo. d) lacuna que se interpe // entre a carta e o e-mail. e) invaso da privacidade // pretensa cumplicidade.

    13. Ao afirmar a convenincia de pensar qual a lacuna que se interpe entre a carta e o e-

    mail, a autora mostra seu interesse em

    a) compreender a razo do vazio histrico que ocorreu entre os dois processos de comunicao.

    b) denunciar uma inoperncia que costuma ocorrer com frequncia nesses dois meios de comunicao.

    c) investigar a deficincia dos meios de comunicao que se interpuseram entre esses dois. d) confrontar as especificidades que identificam cada um desses meios de comunicao. e) estabelecer uma comparao pela qual se possa provar qual dos processos o mais eficaz.

    14. Representam uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos:

    a) desgosto de receber // textos no solicitados. b) o telefone (...), no comeo do sculo XX // golpe certeiro. c) muita gente, poca, lamentou o fato // a falta foi percebida. d) costumava-se comear por um rascunho // escolhia-se um envelope elegante. e) a tremenda invaso da privacidade // assuntos sem interesse para o infeliz destinatrio.

    15. Est adequada a correlao entre os tempos e modos verbais na frase:

    a) A pergunta que percorresse todas as bocas visa a apurar se a propagao do e-mail venha a ressuscitar a carta.

    b) Quem no se irritava por ter sido destinatrio de mensagens automticas que no lhe diro respeito?

    c) O e-mail tanto poderia estar completando a obsolescncia da carta como pudesse estar representando um novo alento para ela.

    d) Teria sido conveniente pensar qual fosse a lacuna que se interponha entre a carta e o e-mail. e) Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma levar para que uma

    carta seja escrita e postada.

    16. O e-mail veio para ficar, ainda que alguns considerem o e-mail uma invaso de

    privacidade, ou mesmo atribuam ao e-mail os desleixos lingusticos que costumam caracterizar

    o e-mail.

  • 6

    Evitam-se as viciosas repeties do trecho acima substituindo-se os elementos sublinhados, na

    ordem dada, por

    a) lhe considerem lhe atribuam caracteriz-lo. b) o considerem lhe atribuam caracteriz-lo. c) considerem-no o atribuam caracterizar-lhe. d) considerem-lhe atribuam-no o caracterizar. e) o considerem atribuam-no lhe caracterizar.

    17. Est correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

    a) Quem no se irrita por ser o destinatrio de mensagens por cujo assunto no tem o menor interesse?

    b) Como reagir recepo de textos aos quais jamais houve solicitao nossa? c) A autora refere-se ao deus Janus Bifronte, s duas faces suas em cujas representavam-se o

    passado e o futuro.

    d) Quem matou o hbito das cartas foi o telefone, em que o reinado comeou junto com o sculo XX.

    e) Os e-mails acabam chegando a destinatrios de cuja privacidade no costumam respeitar.

    18. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto:

    a) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a diferena mais patente, segundo a autora, so o suporte, a temporalidade e a privatizao da correspondncia.

    b) Pretextando a liberdade de acesso da informao, muitos abusam dos e-mails, enviando-os quem deles no pretende saber o teor nem tomar conhecimento.

    c) H quem, como a autora, imagine que o e-mail possa acabar sendo o responsvel por um novo alento para uma forma de correspondncia como a carta.

    d) Fica at difcil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o tempo na preparao das cartas, desde o rascunho at o envio das mesmas, cuja durao era de dias.

    e) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicaes se impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas passou a ser indesejvel.

    19. (...) as pessoas dirigem mensagens a quem no conhecem, a propsito de assuntos que no

    dizem respeito ao infeliz destinatrio.

    Dando nova redao frase acima, e iniciando-a com O infeliz destinatrio recebe mensagens, a

    complementao que se mantm clara, correta e coerente com o sentido original

    a) em que o emissor lhe desconhecido, tanto quanto o assunto dela, que no lhe diz respeito. b) sobre assuntos que em nada dizem respeito, haja visto que tambm desconhece os prprios

    emissores.

    c) aonde os assuntos no lhe cabem conhecer, dando-se o mesmo com as pessoas que as enviaram.

    d) de pessoas desconhecidas, sobre assuntos que em nada lhe despertam o interesse. e) cujos temas no o interessam, provindos de pessoas que to pouco vieram a conhecer.

    20. preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase:

    a) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ningum imagina viver sem se valer dele a todo momento.

    b) Se uma mensagem eletrnica contiver algum vrus, o usurio incauto ser prejudicado, ao abri-la.

    c) Caso no nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, ser preciso que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet.

    d) Se uma mensagem provier de um desconhecido, ser preciso submet-la a um antivrus especfico.

    e) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivrus, para evitar que algum e-mail o contaminasse.

  • 7

    RESPOSTAS

    001 D 002 C 003 E 004 B 005 - A

    006 B 007 C 008 A 009 E 010 - D

    011 A 012 C 013 D 014 B 015 - E

    016 B 017 A 018 C 019 D 020 E

    FCC/DNOCS/Agente Administrativo/2010/20Q

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    A explorao dos recursos naturais da Terra permite humanidade atingir patamares

    de conforto cada vez maiores. Diante da abundncia de riquezas proporcionada pela natureza,

    sempre se aproveitou dela como se o dote fosse inesgotvel. Essa viso foi reformulada. Hoje se

    sabe que a maioria dos recursos naturais de que o homem depende para manter seu padro de

    vida pode desaparecer num prazo relativamente curto, e que urgente evitar o desperdcio. Um

    relatrio publicado recentemente d a dimenso de como a explorao desses recursos saiu do

    controle e das consequncias que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padro

    de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de

    recuper-los. Ou seja, a natureza no d mais conta de repor tudo o que o bicho-homem tira

    dela.

    A explorao abusiva do planeta j tem consequncias visveis. A cada ano, desaparece

    uma rea equivalente a duas vezes o territrio da Holanda. Metade dos rios do mundo est

    contaminada por esgoto, agrotxicos e lixo industrial. A degradao e a pesca predatria

    ameaam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentao. As emisses de

    CO2 cresceram em ritmo geomtrico nas ltimas dcadas, provocando o aumento da

    temperatura do globo.

    Evitar uma catstrofe planetria possvel. O grande desafio conciliar o

    desenvolvimento dos pases com a preservao dos recursos naturais. Para isso, segundo os

    especialistas, so necessrias solues tecnolgicas e polticas. O engenheiro agrnomo

    uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao,

    prope que se concedam incentivos e subsdios a agricultores que produzam de forma

    sustentvel. "Hoje a produtividade de uma lavoura calculada com base nos quilos de

    alimentos produzidos por hectare. No futuro, dever ser baseada na capacidade de economizar

    recursos escassos, como a gua", diz ele.

    Como mostra o relatrio, preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do

    que a natureza capaz de repor. (Adaptado de Roberta de Abreu Lima e Vanessa Vieira. Veja, 5 de novembro de 2008, pp. 96-99)

    1. A afirmativa correta, condizente com o assunto do texto, :

    a) O colapso atual no fornecimento dos recursos naturais indispensveis para o conforto da humanidade j colocou em risco a qualidade de vida no planeta.

    b) A produo de alimentos em todo o mundo est diminuindo, com a falta de interesse de governos no sentido de oferecer incentivos aos agricultores.

    c) O acesso irrestrito aos recursos naturais a garantia de manuteno de um patamar de conforto que possa favorecer as condies de vida no planeta.

    d) O desenvolvimento dos pases s ser mantido se houver condies favorveis para a plena explorao dos recursos naturais de que eles dispem.

    e) O ritmo atual de consumo dos recursos naturais j supera a capacidade do planeta em se refazer, o que constitui sria ameaa para o futuro da humanidade.

  • 8

    2. No 2 pargrafo,

    a) cria-se a possibilidade de catstrofes ambientais, caso no sejam tomadas medidas eficazes de controle da devastao ambiental.

    b) desenha-se um panorama de destruio do meio ambiente, resultado da ao inconsequente do homem.

    c) expem-se as metas a serem consideradas na conscientizao da necessidade de preservao ambiental.

    d) discutem-se as causas que deram origem a inmeras catstrofes ambientais, devido presena humana.

    e) especula-se sobre um previsvel cenrio de devastao, em razo do desrespeito a que est sujeita a natureza.

    3. Ou seja, a natureza no d mais conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela. (1

    pargrafo)

    A expresso grifada acima assinala

    a) a retomada, em outros termos, do sentido da afirmativa anterior, para enfatizar a importncia do respeito ao ritmo da natureza na reposio de seus elementos.

    b) uma oposio informao anterior, tomando por base os dados contidos no relatrio, de que h na natureza sinais de esgotamento de suas riquezas.

    c) uma retificao ao que foi informado anteriormente, a respeito da importncia do fornecimento de recursos naturais para que o homem sobreviva no planeta.

    d) a adio de novos dados ao contexto, para que os problemas que vm sendo mencionados sejam devidamente solucionados.

    e) uma dvida a respeito da possibilidade de percepo de que o homem deve tornar-se um auxiliar da natureza na reposio de suas riquezas.

    4. ... e das consequncias que isso pode ter no futuro. (1 pargrafo)

    O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,

    a) a reformulao de uma viso consumista das riquezas da Terra... b) a necessidade de se evitar desperdcio dos recursos naturais... c) a abundncia de recursos naturais encontrados no planeta... d) a explorao descontrolada dos recursos naturais da Terra... e) a manuteno de um padro de vida confortvel para a populao...

    5. Identifica-se relao de causa e consequncia, respectivamente, entre os seguintes fatos

    expostos no texto:

    a) abundncia de riquezas naturais // reformulao das condies de seu aproveitamento. b) desaparecimento de grande parte dos recursos naturais // aceitao do descontrole na

    explorao dessas riquezas.

    c) crescimento acentuado das emisses de CO2 // aumento evidente da temperatura global. d) possibilidade de se evitarem catstrofes // controle do desenvolvimento de algumas naes. e) concesso de incentivos e de subsdios a agricultores // produo de alimentos por prticas

    sustentveis.

    6. ... a agricultores que produzam de forma sustentvel. (3 pargrafo)

    A forma verbal grifada acima indica, no contexto,

    a) condio necessria. b) hiptese possvel. c) ao real e concreta. d) fato a se realizar no futuro. e) fato passado anterior a outro.

    7. ... preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza capaz de

    repor. (ltimo pargrafo)

    A forma verbal que traduz exatamente o sentido da que est grifada acima :

    a) foram usados.

  • 9

    b) tinha sido usado. c) possa ser usado. d) sejam usados. e) tenha sido usado.

    8. ... que a maioria dos recursos naturais de que o homem depende ... (1 pargrafo)

    A frase cuja lacuna estar corretamente preenchida pela expresso grifada acima :

    a) Hoje um tero da populao mundial vive em regies ...... a gua escassa ou imprpria para consumo.

    b) O aquecimento global permite a disseminao de micro-organismos ...... pem em risco o equilbrio do ecossistema.

    c) Catstrofes naturais, ...... estudiosos vm se referindo ultimamente, trazem enormes prejuzos economia de todo o planeta.

    d) Os dados ...... contavam os especialistas serviram de base para a previso dos problemas e a melhor maneira de enfrent-los.

    e) Clculos relativos explorao de recursos naturais levam concluso ...... necessrio evitar o desperdcio.

    Ateno: As questes de nmeros 9 a 15 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    A Chapada do Araripe, no Cear, abriga tesouros que conjugam importncia e poesia.

    Maior stio arqueolgico em registro de peixes fsseis do mundo, suas rochas de cerca de 110

    milhes de anos conservam animais nos quais possvel pesquisar clulas musculares e

    aparelhos digestivos com as ltimas refeies. Foi tambm o primeiro lugar do mundo onde

    surgiram flores, datadas do perodo Cretceo, quando as placas continentais do Brasil e da

    frica ainda se separavam. Incrustadas em rochas, as plantas fsseis so exemplares que

    deram origem aos vegetais com flores atuais.

    A regio, que serviu de campo de estudos para a concepo de alguns dos animais

    mostrados no filme Jurassic Park, de Steven Spielberg, abriga o Parque dos Pterossauros, a

    quatro quilmetros de Santana do Cariri. Ali so expostas rplicas artsticas desses animais

    voadores que possuam at cinco metros de envergadura. Ao lado de dinossauros de cerca de

    trs metros de altura e oito de comprimento, disputaram espao na regio que corresponde aos

    Estados do Cear, de Pernambuco e do Piau h cerca de 100 milhes de anos. De todos os

    exemplares fsseis dessa ave j achados no mundo, um tero est na Chapada do Araripe.

    Em 2006, foi aprovado pela Unesco um projeto para transformar a rea de pesquisas

    arqueolgicas da Chapada no primeiro geopark da Amrica uma regio de turismo cientfico e ecolgico que propicia o autocrescimento sustentado da populao. O parque abrange 5 mil

    quilmetros, oito municpios e nove stios de observao.

    (Adaptado do texto de Juliana Winkel. Brasil. Almanaque de

    cultura popular. So Paulo: Andreatto, ano 8, n. 95, maro de 2007, p. 20).

    9. A afirmativa correta, de acordo com o texto, :

    a) A exposio dos achados arqueolgicos na Chapada do Araripe pode prejudicar a rotina dos moradores da regio com o afluxo de turistas, pouco preocupados com a conservao desse

    tesouro natural.

    b) Os habitantes da Chapada do Araripe esto sujeitos s imposies de uma natureza hostil, vivendo em meio a rochas e a vestgios pr-histricos, que devem ser mantidos intocados,

    apenas como atrativo turstico.

    c) A importncia do stio arqueolgico da Chapada do Araripe est no s nos exemplares fsseis ali existentes, como tambm na deciso de incentivar o turismo cientfico e

    ecolgico na regio.

    d) A criao de um parque de grande dimenso, voltado para os estudos cientficos, poder criar obstculos ao desenvolvimento regional, tendo em vista a priorizao das pesquisas

    com material arqueolgico.

  • 10

    e) A presena de vegetais entre os restos arqueolgicos de animais alerta para a destruio das condies de vida em uma regio brasileira, que era bastante frtil durante determinado

    perodo prhistrico.

    10. correto inferir do texto que a poesia, na Chapada do Araripe, mencionada pelo autor no 1

    pargrafo, se refere

    a) s plantas fsseis, primeiros exemplares com flores. b) criao e extenso do primeiro geopark da Amrica. c) s rplicas dos animais mostrados no filme Jurassic Park. d) preservao de inmeros achados arqueolgicos. e) antiguidade das rochas, datadas de 110 milhes de anos.

    11. A Chapada do Araripe, no Cear, abriga tesouros... (incio do texto)

    A afirmativa acima s NO se explica pelo fato de que a Chapada

    a) constitui o maior registro de peixes fsseis do mundo. b) se tornou campo frtil para pesquisas cientficas. c) guarda plantas fsseis que originaram os atuais vegetais com flores. d) possui um tero dos exemplares fsseis de pterossauros do mundo. e) era uma extensa rea geogrfica h cerca de 100 milhes de anos.

    Instruo: Para responder s questes de nmeros 12 e 13, considere o segmento transcrito do

    ltimo pargrafo.

    uma regio de turismo cientfico e ecolgico que propicia o autocrescimento sustentado da populao.

    12. O emprego do travesso isola

    a) repetio para realar o termo precedente. b) afirmativa de sentido explicativo. c) retificao da afirmativa anterior. d) introduo de novo assunto no pargrafo. e) opinio que reproduz a ideia central do texto.

    13. O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado est na frase:

    a) ... que conjugam importncia e poesia. b) ... as plantas fsseis so exemplares ... c) ... que serviu de campo de estudos... d) ... um tero est na Chapada do Araripe. e) ... que corresponde aos Estados do Cear, de Pernambuco e do Piau ...

    14. ... quando as placas continentais do Brasil e da frica ainda se separavam. (1 pargrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que est o grifado acima encontra-se na

    frase:

    a) ... suas rochas de cerca de 110 milhes de anos conservam animais ... b) ... onde surgiram flores ... c) ... abriga o Parque dos Pterossauros ... d) ... que possuam at cinco metros de envergadura. e) O parque abrange 5 mil quilmetros ...

    15. A quantidade e a qualidade dos vestgios arqueolgicos na Chapada do Araripe

    surpreendem.

    As rochas contm fsseis.

    As rochas so utilizadas em pisos e revestimentos de paredes e muros.

    O perodo em que as frases acima se articulam com clareza, correo e lgica, :

  • 11

    a) As rochas, conquanto utilizadas em pisos e revestimentos de paredes e muros, contm fsseis, onde a quantidade e a qualidade dos vestgios arqueolgicos na Chapada do Araripe

    surpreende.

    b) Com a quantidade e a qualidade dos vestgios arqueolgicos na Chapada do Araripe surpreendem que as rochas contm fsseis, utilizados em pisos e revestimentos de paredes e

    muros.

    c) A quantidade e a qualidade dos vestgios arqueolgicos so surpreendentes na Chapada do Araripe, cujas rochas contm fsseis e so utilizadas em pisos e revestimentos de paredes e

    muros.

    d) Com a quantidade e a qualidade das rochas que contm fsseis de vestgios arqueolgicos na Chapada do Araripe, que surpreende na utilizao em pisos e revestimentos de paredes e

    muros.

    e) As rochas na Chapada do Araripe contm fsseis, utilizadas em pisos e revestimentos de paredes e muros, em quantidade e qualidade dos vestgios arqueolgicos surpreendentes.

    Ateno: As questes de nmeros 16 a 20 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

    O brasileiro tem elevado grau de conscincia sobre sustentabilidade, superior ao de

    moradores de pases ricos como Alemanha e Sucia. Ao mesmo tempo, tem grande dificuldade

    em trazer o conceito para o seu dia a dia e para suas decises de consumo. Escassez de gua e

    poluio ambiental, por exemplo, figuram em terceiro lugar entre as maiores preocupaes de

    61% da populao e ficam atrs de educao (68%) e violncia (72%). Mudanas climticas e

    aquecimento global, por sua vez, so motivo de preocupao para 49% dos brasileiros.

    Quando a sociedade questionada sobre suas aes efetivas para proteger o meio

    ambiente, os nmeros so mais modestos: 27% dos brasileiros reciclam seus resduos e fazem

    uso de produtos reciclveis; 20% afirmam conservar rvores; 13% dizem proteger a natureza e

    apenas 5% controlam o desperdcio de gua.

    Esses dados constam de uma pesquisa atual, em que foram ouvidas mais de 24 mil

    pessoas em dez pases diferentes. O estudo tambm aponta o brasileiro como um dos mais

    atentos no mundo s prticas de sustentabilidade das empresas: 86% afirmam estar dispostos a

    recompensar companhias com boas prticas e 80% dizem punir as que agem de forma

    irresponsvel nas questes socioambientais.

    H tambm ceticismo em relao falsa propaganda sobre as atitudes "verdes" das

    empresas. Para 64% dos brasileiros elas s investem em sustentabilidade para melhorar sua

    imagem pblica. Outro obstculo que os produtos "verdes" ainda so vistos como nichos de

    mercado e ficam restritos a consumidores de maior poder aquisitivo.

    O porta-voz do estudo no pas acredita que o elevado grau de conscincia sobre

    sustentabilidade pode ser explicado pela presena do tema na mdia e pela percepo de que os

    recursos naturais so um diferencial no Brasil, considerado um pas rico nesse aspecto.

    (Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, Vida & Sustentabilidade, H6, Especial, 30 de outubro de 2009, com

    adaptaes)

    16. De acordo com o texto,

    a) a maior preocupao dos brasileiros se reflete nos problemas oriundos da escassez de gua em algumas regies.

    b) a sociedade brasileira demonstra pouco interesse quanto aos problemas ambientais, embora se disponha a reciclar seus resduos.

    c) a percepo do aquecimento global parece superar as demais preocupaes encontradas na sociedade brasileira.

    d) a conscincia ambiental no Brasil mostra avanos, apesar de no se observarem realmente efeitos prticos dessa percepo.

    e) a riqueza natural do pas leva os brasileiros a no se preocuparem devidamente com o meio ambiente.

  • 12

    17. correto afirmar que o assunto do texto se desenvolve

    a) de modo a salientar o papel das empresas na sustentabilidade do meio ambiente. b) a partir de dados obtidos recentemente em pesquisa de mbito internacional. c) com base em observaes de empresas quanto comercializao de alguns produtos. d) por meio de informaes de consumidores de produtos diferenciados no mercado. e) com consideraes sobre o descaso da mdia na divulgao dos problemas ambientais.

    18. Considere as afirmativas seguintes a respeito do emprego de sinais de pontuao no texto:

    I. A presena de pontos-e-vrgulas no 2 pargrafo assinala pausa maior entre as

    afirmativas separadas por esses sinais.

    II. O segmento introduzido pelos dois-pontos no 3 pargrafo constitui um argumento

    que justifica a afirmativa que o precede.

    III. As aspas na palavra "verdes", em ambas as situaes no 4 pargrafo, conferem a ela

    sentido especial no contexto, como sinnimo de atitudes e produtos que respeitam o

    meio ambiente.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, somente. b) II, somente. c) I e II, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III.

    19. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a reciclagem de materiais nas cidades escolhidas no projeto-piloto.

    b) A conscientizao dos moradores daquela rea contaminada pelos resduos txicos acabaram surtindo bons resultados.

    c) Muitos consumidores se mostram engajados na luta pela sustentabilidade e traduzem seu compromisso em tudo aquilo que compram.

    d) Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na explorao dos recursos da natureza deve trazer lucros promissores para as empresas.

    e) Deveria ser divulgado claramente os princpios que norteiam as atividades empresariais, como diretriz para orientar os consumidores.

    20. Muitos consumidores no se mostram atentos ...... necessidade de sustentabilidade do

    ecossistema e no chegam ...... boicotar empresas poluentes; outros se queixam de falta de

    tempo para se dedicarem ...... alguma causa que defenda o meio ambiente.

    As lacunas da frase acima estaro corretamente preenchidas, respectivamente, por

    a) - a - a b) - a - c) - - a d) a - a - e) a -

    RESPOSTAS

    001 E 002 B 003 A 004 D 005 - C

    006 B 007 D 008 E 009 C 010 - A

    011 E 012 B 013 A 014 D 015 - C

    016 D 017 B 018 E 019 C 020 A

  • 13

    <

    FCC/DPSPO/Oficial Defensoria Pblica/2010/20Q

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 8 baseiam-se no texto abaixo.

    O herosmo um dos ltimos enigmas do comportamento humano. Quando se trata de

    entend-lo por meio de explicaes racionais, to incompreensvel quanto sua gmea

    maligna, a brutalidade.

    Os psicopatas so mais transparentes do que os heris. Pelo menos j descobrimos o

    que os torna perigosos: sua incapacidade de sentir qualquer empatia pelos outros. J o

    herosmo extremo de difcil explicao cientfica. Trata-se de um impulso ilgico que desafia

    a biologia, a psicologia e o bom senso. Charles Darwin tinha dificuldades em explicar a ideia

    de se expor para salvar a vida de um estranho. "Aquele disposto a sacrificar a sua vida, como

    muitos selvagens o fazem, em vez de trair seus companheiros, frequentemente no deixa

    descendentes para herdar sua nobre natureza", observou ele, que consequentemente no

    conseguia encaixar o herosmo na teoria da sobrevivncia do mais forte.

    Morrer pelos prprios filhos? Perfeitamente lgico. De acordo com Darwin, nossa

    nica razo de existir passar nossos genes para a prxima gerao. Mas, e morrer pelos

    outros? Contraproducente. Afinal, no importa quantos heris fossem gerados, bastaria uma

    besta egosta atleticamente sexual para minar toda a linhagem heroica. Os filhos dos egostas

    se multiplicariam, enquanto os filhos dos super-heris que seguissem o exemplo do superpai se

    sacrificariam at extino. No difcil de entender por que o comportamento heroico raro.

    Ento, se todas as foras evolutivas e consequncias desvantajosas conspiram contra o

    herosmo, por que tal comportamento existe? Segundo o bilogo Lee Dugatkin, o herosmo,

    uma forma de altrusmo, provavelmente data da poca em que vivamos em tribos nmades,

    onde as pessoas tinham entre si alguma conexo familiar. Ao praticar um ato heroico, elas

    estariam salvando uma parte de seu material gentico.

    Estamos cercados de situaes que banalizam o mal. Segundo Hannah Arendt, terica

    poltica alem, a brutalidade disseminada. Gostamos de pensar que a linha entre o bem e o

    mal impermevel, que as pessoas que cometem atrocidades esto no lado mau, ns no lado

    bom, e que jamais cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos

    construir circunstncias contrrias quelas que insidiosamente nos corrompem: uma sociedade

    detentora de sistemas que permitam a contestao, a crtica e a verdade. Quem sabe assim no

    precisaremos de super-heris para garantir direitos bsicos de cidadania.

    (Andrea Kauffmann Zeh, O Estado de S. Paulo, Alis, J7, 21 de junho de 2009, com adaptaes)

    1. Justifica-se a primeira afirmativa do texto porque

    a) as hipteses que tentam explicar a agressividade de algumas pessoas ficam comprometidas pela ocorrncia de atos de herosmo.

    b) o sacrifcio de uma vida sempre um exemplo notvel, do ponto de vista da sobrevivncia da espcie.

    c) as razes que levam as pessoas a praticarem atos de herosmo que colocam a vida em risco so de difcil explicao.

    d) a percepo da banalizao do mal nas sociedades modernas leva a atos de herosmo mais constantes.

    e) a oposio entre atos de herosmo e as aes marcadas por brutalidade insignificante para justificar certas atitudes humanas.

    2. O texto permite afirmar, corretamente, que

    a) somente a cincia capaz de oferecer explicaes para os atos de herosmo. b) a linha que separa os conceitos de bem e de mal tnue e quase imperceptvel. c) heris so capazes, por vezes, de agir com lgica e discernimento em seu grupo social. d) poucas vezes os descendentes de heris tentam reproduzir o exemplo dado por estes. e) a herana deixada por psicopatas a seus descendentes muito semelhante dos heris.

  • 14

    3. Conclui-se corretamente do texto que

    a) o altrusmo nas sociedades modernas decorre da tentativa de manuteno dos laos familiares originados em ncleos tribais.

    b) as explicaes cientficas so insuficientes para identificar indivduos potencialmente perigosos para a sociedade.

    c) aqueles que se dispem a comportamentos extremos, seja para o bem, seja para o mal, se identificam com os mais fortes no grupo social.

    d) a existncia de atos de herosmo numa sociedade moderna no condiz com a prpria histria da evoluo da humanidade.

    e) a prtica de aes benficas nas sociedades contemporneas deve impor-se fora que impele os indivduos ao mal.

    4. Em relao ao 3 pargrafo, est INCORRETO o que se afirma em:

    a) Identifica-se opinio pessoal em Perfeitamente e Contraproducente. b) Percebe-se inteno irnica no uso das palavras super-heris e superpai. c) O emprego de multiplicariam e sacrificariam denota possibilidade remota num tempo

    futuro, condicionada a determinada situao anterior.

    d) No h respostas possveis e lgicas para o fato de algum se sacrificar por pessoas desconhecidas, ou seja, pelos outros.

    e) O desenvolvimento leva concluso coerente de que o comportamento heroico raro.

    5. O assunto do texto est sintetizado em:

    a) Herosmo atitude sem explicao lgica quando analisado sob a tica dos impulsos do comportamento humano.

    b) O herosmo extremo geralmente confundido com a brutalidade manifestada por psicopatas.

    c) Heris e psicopatas apresentam habitualmente o mesmo tipo de comportamento num mundo incompreensvel.

    d) Charles Darwin falhou em suas explicaes para o comportamento heroico apresentado por certas pessoas.

    e) A sobrevivncia da espcie humana s explicada pelo comportamento heroico de certos indivduos.

    6. O segmento entre aspas no 2 pargrafo constitui

    a) repetio desnecessria de um mesmo assunto j abordado. b) enumerao de fatos condizentes com o assunto tratado. c) reproduo exata do pensamento de um cientista. d) resumo do assunto abordado no pargrafo. e) afirmativa de sentido oposto ao que vem sendo desenvolvido.

    7. Substituindo-se os segmentos grifados pelas expresses entre parnteses subsequentes, o

    verbo dever permanecer no singular em:

    a) O herosmo (Atos de herosmo) um dos ltimos enigmas do comportamento humano. b) ... j descobrimos o (as razes) que os torna perigosos. c) J o herosmo extremo (os herosmos extremos) de difcil explicao cientfica. d) Trata-se de um impulso ilgico (impulsos ilgicos). e) ... por que o comportamento heroico (os comportamentos heroicos) raro.

    8. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestao, a crtica e a verdade.

    (ltimo pargrafo)

    a) O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto, a) possibilidade de realizao de um fato. b) certeza imediata a respeito de uma ao real. c) dvida plausvel acerca da realizao de um fato.

  • 15

    d) ao prevista em um futuro imediato. e) fato realizado em um tempo indefinido.

    Ateno: As questes de nmeros 9 a 18 baseiam-se no texto abaixo.

    A memria ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada mais essencial para a

    identidade de uma pessoa do que o conjunto de experincias armazenadas em sua mente. E a

    facilidade com que ela acessa esse arquivo vital para que possa interpretar o que est sua

    volta e tomar decises. Cada vez que a memria decai, e conforme a idade isso ocorre em

    maior ou menor grau, perde-se um pouco da interao com o mundo. Mas a cincia vem

    avanando no conhecimento dos mecanismos da memria e de como fazer para preserv-la.

    Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que ser uma realidade a

    manipulao da mente humana. Isso j est sendo feito em animais. Cientistas brasileiros e

    americanos demonstraram ser possvel apagar, em laboratrio, certas lembranas adquiridas

    por cobaias. Tudo indica que as mesmas tcnicas podem ser usadas tambm para conseguir o

    efeito inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experincias na mente. H pouco tempo

    pesquisadores da Universidade da Califrnia detalharam como as protenas esto relacionadas

    ao surgimento de novas lembranas nos neurnios e modificao das j existentes.

    Como ocorreu com o DNA no sculo passado, os cdigos fisiolgicos que regulam a

    memria esto sendo decifrados. A neurocincia um campo to promissor que, nos Estados

    Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas mdicas do governo federal

    vai para as tentativas de compreender os mecanismos do crebro. Os estudos sobre a memria

    tm um lugar destacado nesse esforo cientfico. Afinal de contas, mant-la em perfeito

    funcionamento tornou-se uma preocupao central nas sociedades modernas, em que dois

    fenmenos a desafiam: o primeiro a exposio a uma carga excessiva de informaes, que o

    crebro precisa processar, selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo o

    aumento da expectativa de vida, que se traduz numa populao mais vulnervel a distrbios

    associados perda de memria.

    Um dos caminhos investigados pelos cientistas para deter as degeneraes que

    resultam em perda mnemnica induzir a produo de novos neurnios a neurognese. At pouco tempo atrs, acreditava-se que as clulas do crebro no se regeneravam. Esse mito foi

    derrubado e hoje se sabe que em algumas estruturas cerebrais o nascimento de clulas

    nervosas um fenmeno comum. O experimento indica que, se os cientistas conseguirem

    estimular de maneira controlada a neurognese, podero aplicar essa tcnica tanto para

    compensar a morte de clulas causada por uma doena degenerativa como, em tese, para

    melhorar a capacidade de memorizao de uma pessoa saudvel. Esse ser, certamente, um dia

    inesquecvel.

    (Diogo Schelp. Veja. 13 de janeiro de 2010, pp. 79-87, com adaptaes)

    9. Esse ser, certamente, um dia inesquecvel. (final do texto)

    Pressupe-se corretamente da afirmativa acima

    a) uma contradio intencional com o assunto que foi desenvolvido em todo o texto. b) o uso intencional do adjetivo, por sua correlao de sentido com o assunto abordado no

    texto.

    c) uma crtica velada a procedimentos cientficos, de certa forma invasivos, de manipulao da memria de pessoas.

    d) a concluso pessimista das dificuldades apontadas em relao s pesquisas sobre a memria humana.

    e) a aceitao total de que cada vez mais difcil descobrir as razes que levam perda de memria.

    10. Considerando-se o 2 pargrafo do texto, INCORRETO afirmar-se que:

    a) Os dois-pontos introduzem um segmento explicativo da expresso imediatamente anterior a eles.

  • 16

    b) A expresso as mesmas tcnicas refere-se s tcnicas usadas por cientistas brasileiros e americanos para apagar registros na memria de cobaias.

    c) O pronome demonstrativo Isso substitui, no contexto, a expresso uma realidade. d) O trecho grifado em demonstraram ser possvel apagar poderia ser substitudo por que

    possvel apagar.

    e) O substantivo capacidade exige um complemento expresso pelo segmento de reter fatos e experincias na mente.

    11. A neurocincia um campo to promissor que, nos Estados Unidos, nada menos que um

    quinto do financiamento em pesquisas mdicas do governo federal vai para as tentativas de

    compreender os mecanismos do crebro. (3 pargrafo)

    A relao entre as oraes do segmento acima , respectivamente, de

    a) explicao de um fato e a razo para sua realizao. b) constatao de um fato real e sua condio necessria. c) consequncia de uma situao e a explicao decorrente. d) condio de realizao de um fato e a finalidade de uma ao. e) causa que justifica uma ao e sua consequncia.

    12. ... em que dois fenmenos a desafiam ... (3 pargrafo) O pronome grifado acima substitui

    corretamente, considerando-se o contexto,

    a) memria. b) neurocincia. c) preocupao central. d) carga excessiva de informaes. e) populao mais vulnervel.

    13. E a facilidade com que ela acessa esse arquivo ... (1 pargrafo)

    A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima :

    a) ... e conforme a idade isso ocorre em maior ou menor grau ... b) Cada vez que a memria decai ... c) Os estudos sobre a memria tm um lugar destacado nesse esforo cientfico. d) ... o primeiro a exposio a uma carga excessiva de informaes ... e) ... que resultam em perda mnemnica ...

    14. Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que ser uma realidade a manipulao da

    mente humana. (2 pargrafo)

    A afirmativa acima est reproduzida de modo claro e correto, com outras palavras, sem

    alterao do sentido original, em:

    a) Com a proximidade do dia de manipulao do crebro humano, so as pesquisas recentes que ser a realidade.

    b) Ser possvel determinar o dia que se prope os pesquisadores para manipular a mente do homem.

    c) Manipular o crebro do homem, sonho de pesquisas da atualidade, est mais prximo do que imagina os cientistas.

    d) Est bem prxima a possibilidade de interferncia no funcionamento do crebro humano, segundo estudos atuais.

    e) Pesquisadores se dedicam a interferir na mente do homem, com seus estudos mais prximos desse dia.

    15. Esse mito foi derrubado ... (4 pargrafo)

    O verbo que admite transposio para a voz passiva, tal como na frase acima, est grifado em:

    a) Existem vrias hiptese para explicar o funcionamento do crebro humano, especialmente em relao memria.

    b) Certos tratamentos mdicos melhoram consideravelmente a capacidade de memorizao das pessoas.

  • 17

    c) Todos os seres vm ao mundo com memria gentica, resultado de milhes de anos de evoluo.

    d) Novas descobertas dependem, muitas vezes, de pesados investimentos nas reas pesquisadas.

    e) Alguns registros permanecem na memria por mais tempo do que outros, em razo at mesmo de treinamento.

    16. A memria ajuda a definir quem somos.

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est

    tambm grifado na frase:

    a) ... para que possa interpretar... b) Cientistas brasileiros e americanos demonstraram ser possvel apagar ... c) ... tornou-se uma preocupao central nas sociedades modernas ... d) ... que as clulas do crebro no se regeneravam. e) O experimento indica que ....

    17. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) As mais recentes descobertas da cincia pode levar ao desenvolvimento de tratamentos que controlem a perda de memria, melhorando a capacidade cerebral.

    b) Os pesquisadores descobriram que existe situaes que favorece a memorizao mais duradoura, possibilitando a realizao das tarefas cotidianas no trabalho, por exemplo.

    c) Est sendo feito estudos sobre a capacidade do crebro humano de reter informaes e process-las, o que torna possvel as lembranas do que aconteceu.

    d) A viso de uma obra de arte dispara a comunicao entre neurnios, e o tamanho do impacto causado pela imagem o que define como ser guardada na memria.

    e) Memria implcita aquela que se refere aos conhecimentos, hbitos e habilidades, como andar de bicicleta, que evocado de maneira automtica.

    18. O grau de emoo em torno de uma situao qualquer determina o tempo de armazenamento

    e as caractersticas relacionadas ...... ela, permitindo sua associao ...... outros fatos ocorridos

    durante ...... vida. As lacunas da frase acima estaro corretamente preenchidas, respectivamente,

    por:

    a) - a - a b) a - a - a c) a - - d) a - a - e) - - a

    19. A frase inteiramente correta :

    a) Vossa Excelncia, Senhor Embaixador, est sendo aguardado no salo nobre, para a cerimnia de apresentao das credenciais.

    b) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vs devereis determinar a ordem em que se apresentaro os conferencistas.

    c) Excelentssimo Senhor Prefeito, vossas determinaes esto sendo repassadas a seus funcionrios, encarregados da execuo dos servios.

    d) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as dificuldades que impedem a resoluo dos problemas apontados no relatrio que lhe entregamos.

    e) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos a programao do evento.

    20. A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redao de um ofcio, :

    a) O local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento direita da pgina. b) Devem constar o tipo e o nmero do expediente, seguido da sigla do rgo que o expede. c) Deve haver identificao do signatrio, constando nome e cargo abaixo da assinatura,

    exceto se for o Presidente da Repblica.

  • 18

    d) O fecho deve conter as expresses Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a autoridade a que se destina o documento.

    e) facultativa a indicao do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso no corpo do ofcio.

    RESPOSTAS

    001 C 002 B 003 E 004 D 005 - A

    006 C 007 D 008 A 009 B 010 - C

    011 E 012 A 013 C 014 D 015 - B

    016 E 017 D 018 B 019 A 020 E

  • 19

    QUESTES POR TEMA

    CONCORDNCIA

    01. As normas de concordncia verbal esto plenamente acatadas na frase:

    a) Muita gente, observando os movimentos de um bbado, devem supor que no se prestam a qualquer tipo de anlise.

    b) A sequncia de movimentos no percurso dos buracos de um campo de golfe aleatrios podem ilustrar princpios aleatrios.

    c) Dos trajetos seguidos pelas molculas pode advir uma srie de choques entre elas. d) A atuao do acaso nas circunstncias da vida e nas ocorrncias da natureza no podem ser

    ignoradas pela observao cientfica.

    e) A atuao dos fsicos, no acompanhamento dos fenmenos aleatrios, no os eximem do rigor cientfico.

    02. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se obrigatoriamente numa forma do

    singular para preencher de modo correto a lacuna da frase:

    a) Caso no se ...... (verificar) consequncias teis de determinada atividade, ela ser tida como inteiramente ociosa.

    b) A menos que ...... (haver) apanhado um peixe grande, zombaremos deles quando voltarem do lago diante do qual ficam a cismar.

    c) Aos que acham que com um pato nada ...... (poder) aprender, a escritora sugere observar seus movimentos e sua disciplina na gua.

    d) No ...... (caber) aos que costumam ficar longamente meditando beira de um lago justificar seu estado de contemplao.

    e) melhor que se ...... (reservar) para a contemplao as horas que costumamos gastar em esforos inteis.

    03. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) O impacto econmico causado pela ocorrncia de fenmenos naturais esto atingindo os mais variados setores de produo em todo o mundo.

    b) Quando se tratavam de questes relativas aos conhecimentos espirituais, era os profetas religiosos que traduziam os sinais contidos nos astros.

    c) A ocorrncia de eventos naturais, nem sempre explicvel para os povos primitivos, deram origem s mais diversas teorias sobre o fim do mundo.

    d) Quando se discutem questes em que se misturam profecias e evidncias cientficas fica difcil o pensar com racionalidade.

    e) Fenmenos naturais, muitas vezes de propores locais, como a erupo de um vulco, visto como catstrofes que afetam toda a vida no planeta.

    04. As normas de concordncia verbal esto plenamente observadas na frase:

    a) Quando se questiona cientistas sobre assuntos religiosos, no se espere votos de f como resposta.

    b) Por que caberiam aos cientistas, podemos perguntar, explicar fenmenos tidos como sobrenaturais?

    c) Cobre-se dos cientistas a interpretao do mundo natural, e no o desvendamento de todos os mistrios.

    d) No se atribuam aos fsicos a responsabilidade de esclarecer fenmenos imateriais. e) Nem mesmo aos profetas costumam exigir-se explicao para todos os fenmenos de causa

    desconhecida.

  • 20

    05. As normas de concordncia verbal esto plenamente acatadas na frase:

    a) No devem os leitores de hoje imaginar que cabiam aos filsofos antigos preocupar-se com questes que j no fazem sentido.

    b) Leitores de hoje, no devemos imaginar que a um filsofo clssico ocorressem to somente questes especficas de sua poca histrica.

    c) Nenhum de nossos desejos, de acordo com Sneca, deveriam transpor nossos limites, fronteiras que se deve sempre determinar.

    d) A cada um dos princpios do estoicismo devem corresponder, como se postulavam entre os estoicos, lcida e consequente iniciativa nossa.

    e) queles que no temem refletir sobre a morte reserva-se as recompensas de uma vida mais lcida e mais intensa.

    06. Est adequada a concordncia verbal nesta construo:

    a) nem negligncia, nem incria: a combinao letal do medo e da ganncia trouxeram-nos at aqui.

    b) dizem muito, sobre ns e nossa espcie, o que nos fez chegar at aqui? c) diante do inimigo, real ou virtual, lanam-se mo dos recursos nucleares. d) so cada vez mais difceis considerar como permanentes as fronteiras entre os Estados. e) repousa nas providncias que levem a Estados sem fronteiras a expectativa de que

    sobrevivamos.

    07. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) Os dados obtidos nas pesquisas levam os especialistas concluso de que um pequeno grupo de uma das tribos africanas teria sado em busca de melhores condies de vida em lugares mais

    distantes.

    b) Pesquisas genticas abre caminho para a descoberta do tratamento de certas doenas, pois sabem-se que pessoas de grupos diferentes reagem de forma diferenciada aos medicamentos.

    c) O mapeamento gentico de povos africanos tm sido negligenciados porque, segundo pesquisadores, o acesso aos locais onde vivem difcil e ocorre limitaes em razo de hbitos e

    de crenas.

    d) Ser importante para o tratamento de doenas genticas de populaes, at mesmo as que se localiza em regies distantes e de difcil acesso, os resultados obtidos nas mais recentes

    pesquisas.

    e) A reconstituio feita a partir de fsseis faciais mostram como deveria ser o rosto dos homens primitivos, ou seja, daqueles que teria dado origem s atuais populaes dos pases europeus.

    08. Observam-se corretamente as regras de concordncia verbal e nominal em:

    a) Nada indica que o conflito no Oriente Mdio entre rabes e judeus, responsvel por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam prximos de serem resolvidos ou pelo menos de terem

    alguma trgua.

    b) Intelectuais que tm compromisso apenas com a verdade, ainda que conscientes de que esta at certo ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores que admiradores.

    c) No final do sculo XX j no se via muitos intelectuais e escritores como Edward Said, que no apenas era notcia pelos livros que publicavam como pelas posies que corajosamente

    assumiam.

    d) O desenraizamento, no s entre intelectuais como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas s mais humildes, so cada vez mais comuns nos dias de hoje.

    e) A importncia de intelectuais como Edward Said e Tony Judt, que no se furtaram ao debate sobre questes polmicas de seu tempo, no esto apenas nos livros que escreveram.

    09. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se numa forma do singular para

    preencher corretamente a lacuna da frase:

    a) Em meio s carncias, ...... (acabar) faltando s personagens de Vidas secas at mesmo o que as palavras trariam como consolo.

  • 21

    b) No ...... (costumar) suceder a um aluno de escola particular os mesmos embaraos de linguagem de que tomado o da pblica.

    c) Sempre ...... (haver) de ocorrer, para uma pessoa como aquela senhora no banco, to impiedosos constrangimentos?

    d) Jamais ...... (faltar) a um escritor como Graciliano Ramos, de reconhecido rigor tico, convices quanto ao poder das palavras.

    e) A falta ou a precariedade da linguagem esto entre as carncias que a ningum ...... (dever) tomar de assalto.

    10. Est plenamente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Se algum ainda vir a literatura como espelho fiel do mundo, talvez se decepcionasse com a tendncia que a considera um objeto de linguagem.

    b) Caso algum considere que o acaso no tenha qualquer influncia sobre a produo artstica, baste atentar para o destino de algumas obras.

    c) Mesmo que um autor admita se interessar to somente pela beleza de sua obra, ainda assim acabaro por interferir nela fatores que ele no preveja.

    d) O individualismo e a solido no so necessariamente negativos, sobretudo quando se percebe que representam condies ideais para que um artista produzisse.

    e) Embora a obra literria no seja concebida como um referencial de valores ticos, estes acabam por se agregar ao plano esttico, numa fuso instigante.

    11. Ainda que os termos sublinhados se flexionem no plural, todas as formas verbais

    permanecero as mesmas em:

    a) Mesmo que haja eventual hesitao, no apraz a muito escritor renunciar ao que lhe traz a solido mais fecunda.

    b) Outra influncia que pode incidir sobre o escritor representa-se nos modelos de linguagem dominantes.

    c) Exprime-se na obra literria a qualidade das coisas que somente nela se d a ver, com a singularidade de seu olhar.

    d) obra literria j se atribuiu a propriedade de um espelho; hoje, valoriza-se seu processo de construo.

    e) Falar por aquele a quem no se permite qualquer depoimento um dos objetivos a que visa a obra literria.

    12. O verbo indicado entre parnteses dever adotar uma forma do plural para preencher de

    modo correto a lacuna da frase:

    a) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova tcnica depende, para realizar-se, do que se chama vontade poltica.

    b) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia mais ousada capaz de satisfazer as aspiraes humanas.

    c) Quando no se ...... (reconhecer) nas cincias o bem que elas nos trazem, as sadas msticas surgem como soluo.

    d) Orson Welles talvez no imaginasse o risco da tragdia que ...... (poder) provocar as dramatizaes de sua transmisso radiofnica.

    e) Quaisquer que sejam as tcnicas, no lhes ...... (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganhar sua aplicao.

    13. Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto concordncia verbal em:

    a) Se todos espervamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando.

    b) Acabou culminando num final dramtico, naquele 18 de dezembro de 2009, o perodo de duas semanas de acaloradas discusses.

  • 22

    c) s naes pobres props-se uma ajuda de US$ 30 bilhes, medida a que no deu aval nenhum dos pases insatisfeitos com as conversas finais.

    d) Deveram-se s manobras de desconversas, na definio das tarefas dos pases, o impasse final das negociaes entabuladas em Copenhague.

    e) Sequer foi possvel, na COP-15, estabelecer um financiamento para os pases pobres a quem coubesse adotar polticas de mitigao das emisses.

    14. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) A sociedade deve reconhecer os princpios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decises.

    b) A confiana dos cidados em seus dirigentes devem ser embasados na percepo dos valores e princpios que regem a prtica poltica.

    c) Eleies livres e diretas garantia de um verdadeiro regime democrtico, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.

    d) As instituies fundamentais de um regime democrtico no pode estar subordinado s ordens indiscriminadas de um nico poder central.

    e) O interesse de todos os cidados esto voltados para o momento eleitoral, que expem as diferentes opinies existentes na sociedade.

    15. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se numa forma do plural para preencher

    corretamente a lacuna da frase:

    a) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianas semelhantes s de tempos passados?

    b) Crianas como as de hoje, ao que se sabe, jamais ...... (haver), to absortas e imobilizadas em seus afazeres.

    c) At quando se ...... (verificar), em relao s nossas crianas, tamanha incongruncia nos valores e nas expectativas educacionais?

    d) Quase todo prazer que hoje s crianas se ...... (reservar) por longas horas dirias, est associado tecnologia.

    e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar s crianas espao e tempo para as necessrias atividades fsicas.

    16.

    I. s vezes, um estratagema bem simples, como o utilizado por Gino Stada, ao ligar

    para o celular de Marco Garatti diante dos jornalistas, capaz de revelar a mentira das

    declaraes oficiais, por mais enfticas que paream.

    II. Nos conflitos internacionais, quase sempre se releva os fins em detrimento dos

    meios, chegando-se mesmo a desconsiderar direito e garantias individuais, constante

    dos prprios acordos de que signatrio a maioria dos pases do globo.

    III. Organizaes como a Emergency tm de enfrentar no apenas os enormes desafios

    da ajuda humanitria a que se propem, como tambm a desconfiana e mesmo a

    perseguio por parte dos que as veem como aliadas de seus inimigos.

    As regras de concordncia verbal e nominal esto corretamente observadas em

    a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III.

    17. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase:

  • 23

    a) Deveria caber ao governo de cada pas os encaminhamentos para o uso responsvel da informtica na rea da educao fundamental.

    b) No se peam s ferramentas que decidam por ns o tipo de emprego que faremos delas. c) No importam os excessos que houverem: a Internet sempre nos desafiar a sermos

    criteriosos no uso de seus recursos.

    d) Ultrapassa em muito os fceis benefcios das novidades tecnolgicas a conscincia de entend-las como simples ferramentas.

    e) No fossem pelas advertncias dos mais experientes, muita gente deixaria de se acautelar diante das magias da Internet.

    18. As normas de concordncia verbal esto plenamente observadas na frase:

    a) Vejam-se que os intentos de formao de uma sociedade monorracial redundam em sentimento de intolerncia com a diversidade tnica.

    b) Devem-se rigidez da formao histrica dos Estados Unidos os conflitos dramticos de conscincia dos indivduos.

    c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivduos o intolervel arbtrio das discriminaes sociais.

    d) Corresponde ao duro modelo bblico do povo eleito as brutalidades com que so tratados os estranhos.

    e) No se permitem juzos e comportamentos mais flexveis quem se formou na mais rigorosa ordem legal e religiosa.

    19. As normas de concordncia verbal esto plenamente observadas na frase:

    a) No se costumam reconhecer nos funcionrios-escritores talento artstico, quando so pegos a escrever literatura na repartio.

    b) So injustas as razes pelas quais se maldizem, costumeiramente, a atividade literria de um funcionrio pblico.

    c) Como a um funcionrio no se oferecem a fome e o fausto, ele se aproveita dessa condio para desenvolver seu imaginrio.

    d) Do uma bela resposta s obrigaes no escolhidas, de que feito o nosso mundo, o talento dos escritores-funcionrios.

    e) Cabem a ns, zelosos fiscais das reparties pblicas, determinar se nossos funcionrios devem ou no produzir literatura?

    20. A concordncia verbal e nominal est inteiramente correta na frase:

    a) Existe clculos para dimensionar as responsabilidades de cada um dos pases na emisso de gases que provoca a poluio ambiental.

    b) O comprometimento das condies de vida no planeta sero irremediveis, caso no se obtenha bons resultados no controle de poluentes.

    c) O clculo da responsabilidade pelo agravamento dos fenmenos climticos esto trazendo dificuldades para a obteno de acordo entre os pases.

    d) Os prejuzos decorrentes de um alto ndice de poluio, trazidos pela ocorrncia de fenmenos climticos extremos, afetam todo o planeta.

    e) Seria importante acordos para que cada pas tomasse as medidas que julgasse cabvel nas atuais circunstncias inerentes vida moderna.

  • 24

    VERBO

    01. Os tmulos abrigavam treze ossadas... (2 pargrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est na

    frase:

    a) ... que s apareciam de vez em quando. b) A relao estvel tambm ganhou espao ... c) ... e as relaes entre membros consanguneos se do de outras formas. d) O achado constitui a mais antiga evidncia arqueolgica de famlia nuclear... e) Vrias hipteses apontam nesse sentido.

    02. O estudo foi feito com base num conjunto de quatro tmulos coletivos ... (2 pargrafo)

    O verbo que admite a transposio grifada acima est na frase:

    a) Massacres de famlias inteiras eram aparentemente comuns em pocas remotas da histria da humanidade.

    b) Segundo os arquelogos, machos aventureiros ficavam em desvantagem em relao queles mais constantes junto s fmeas.

    c) Uma vantagem evolutiva foi a consolidao de uma famlia com presena constante do pai, como guardio da prole.

    d) A existncia de uma famlia nuclear garantiu a separao entre a espcie humana e a dos demais primatas.

    e) Entre algumas espcies de primatas os cuidados com a prole competem exclusivamente fmea.

    03. Hoje se acredita que a famlia nuclear tenha se estabelecido por trazer vantagens

    evolutivas. (3 pargrafo)

    O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando-se o contexto,

    a) condio de realizao de um fato. b) ao terminada no passado. c) hiptese plausvel. d) dvida baseada em fatos. e) fato concreto.

    04. Esto corretamente flexionadas as formas verbais da frase:

    a) Temos a impresso de que um bbado, andando na rua, somente executar os movimentos que lhe aprazer.

    b) As teorias do acaso no granjeam muitos adeptos numa poca em que imperam os determinismos de todo tipo.

    c) Pode-se considerar aleatrio todo fenmeno ou comportamento que no provir, aparentemente, de um padro j definido.

    d) Os exemplos que o leitor se propor a acompanhar no livro convenc-lo-o do importante papel do acaso em nossa vida.

    e) Se no conviesse aos fsicos estudar a aleatoriedade, esta ficaria adstrita ao campo das crendices e supersties.

    05. Est plenamente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Um primeiro passo cientfico ser observar bem os fenmenos da aleatoriedade com os quais venhamos a nos deparar.

    b) Teria sido difcil, em pocas msticas, ter provado que o acaso poder reger fenmenos da vida cotidiana.

    c) O autor valeu-se de uma analogia para que fosse justificar o ttulo do livro que escreveu. d) Muita gente ter se espantado com o fato de o autor vir a estabelecer uma relao entre

    caminho profissional e partida de golfe.

    e) O objetivo desse livro seria o de ter ilustrado o papel do acaso para o leitor que venha a se interessar por essa questo.

  • 25

    06. Transpondo-se para a voz passiva a frase Cada um pode estar vivendo os seus dramas, a

    forma verbal resultante ser:

    a) poder t-los vivido. b) podem estar sendo vividos. c) podem viver-se. d) pode-se viv-los. e) podem-se estar a viv-los.

    07. ... que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos... (1 pargrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est na

    frase:

    a) ... e esse nmero no esteja aumentando. b) ... o acesso ao conhecimento era mnimo ... c) ... e, por isso, teme ... d) ... que lembra o dos profetas religiosos. e) ... porque come carne ...

    08. Esto corretamente empregadas e flexionadas todas as formas verbais da frase:

    a) Se no intervirmos no mundo em que vivemos, para garantir seu equilbrio, talvez nem mesmo Deus se interesse por nos favorecer.

    b) Se a religio no se dispor a refazer os clculos, o nmero de 7.000 anos que ela impele ao mundo parecer cada vez mais absurdo.

    c) Se os crentes requisessem e obtivessem a presena de Deus como prova de sua existncia, os cientistas passariam a examin-lo.

    d) Mesmo que todos os religiosos conviessem quanto existncia de um nico Deus, ainda assim pouco teria este a inspirar os cientistas.

    e) Mesmo que todos os cientistas fossem agnsticos, e se detessem no caminho exclusivo da cincia, a dvida acabaria por assaltar alguns.

    09. adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Logo acabaria por ficar claro que a natureza pudesse cuidar muito bem de si mesma, haja o que houver.

    b) Se Deus interviesse no mundo, os homens tero sido os responsveis por todas as deciss que vierem a tomar?

    c) A religio busca aliviar o sofrimento humano, mas tambm a cincia se preocupe com o bem estar da humanidade.

    d) Os cientistas que sentirem como conflituosa a relao entre a cincia e a religio acabaro, mais cedo ou mais tarde, por fazer uma opo.

    e) Caso venhamos todos a temer profundamente o desconhecido, a cincia no tem como enfrentar os desafios que nos cabiam.

    10. Transpondo-se para a voz passiva a construo de modo que os planetas no desenvolvessem

    instabilidades, a forma verbal resultante ser:

    a) sejam desenvolvidas. b) fossem desenvolvidas. c) tivessem desenvolvido. d) viessem a desenvolver. e) hajam desenvolvido.

    11. A construo que NO admite transposio para voz passiva :

    a) os que vivem na expectativa da felicidade absoluta. b) Os pensadores da antiguidade clssica deixaram-nos um tesouro. c) sigamos as coisas prximas d) E no invejemos os que esto mais alto e) favorecem nossa esperana.

  • 26

    12. Est INADEQUADA a correlao entre os tempos e modos verbais nesta reconstruo de uma

    frase do texto:

    a) Cercar-nos-amos de inimigos reais ou virtuais e precisaramos proteger nosso pas. b) O pacto que acabssemos por realizar com o poder teria um preo muito alto. c) A menos que as coisas venham a mudar profundamente, ser difcil ver essa estabilidade

    ameaada.

    d) Tivesse sido assim, ser que possamos contemplar um mundo com futuro? e) Teria sido bom se nos houvssemos perguntado como chegamos at aqui.

    13. No raro que a escola esteja completamente desvinculada das atividades culturais .... (1

    pargrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est na

    frase:

    a) Mas raramente h referncia ao analfabetismo funcional daquela larga parcela da populao ...

    b) ... porque est aqum do manejo minimamente competente da informao cultural ... c) ... ainda que saiba ler e escrever ... d) ... que se esmeram em falar o "computacions" incompreensvel. e) ... e permitem a qualquer semi-alfabetizado ...

    14. O estudo foi festejado como pea-chave para a compreenso da origem da humanidade ... (final do texto)

    O verbo que admite transposio para a voz passiva, como no exemplo acima, est grifado na frase:

    a) Nem sempre possvel chegar a respostas sobre questes importantes para o esclarecimento da origem da fala humana.

    b) As descobertas de fsseis no continente europeu contriburam para o esclarecimento das migraes de populaes africanas primitivas.

    c) Resultados prticos de pesquisas dependem muitas vezes do acaso ou, at mesmo, da prpria sorte de um pesquisador.

    d) O mapeamento gentico resultante de pesquisas recentes levar a cincia a descobrir a cura de inmeras doenas.

    e) Algumas doenas caractersticas de populaes africanas parecem ter explicao nos estudos de seus genes.

    15. Est inteiramente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Muitos j tero se indagado sobre que proporo do tempo de exposio infantil aos meios eletrnicos envolva diferentes formas de estmulo ao consumo, especialmente aquelas que

    sejam as mais sutis.

    b) Ainda que o mundo parea muito mudado, quando o comparamos com aquele de 50 anos atrs, um olhar mais atento revelar que a maior parte das mudanas deu-se apenas na

    superfcie das coisas.

    c) Um dos efeitos colaterais, se que assim poderamos classific-los, da expanso dos meios eletrnicos foi o aumento do abismo que separara aqueles que muito tinham dos que nada

    tm.

    d) Muitos dos jogos eletrnicos mais recentes parecem uma resposta queles cujas crticas seriam dirigidas ao sedentarismo e falta de atividade a que esses equipamentos costumam

    levar os usurios.

    e) A anlise do papel dos meios eletrnicos no poder ser feita sem que se levassem em conta outros aspectos fundamentais da vida contempornea, que a eles sempre estavam ligados.

  • 27

    16. ... o aparelho de tev era um mvel exclusivo da sala de estar ...

    A frase cujo verbo est flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima :

    a) ... que no roubavam muito tempo dos estudos e das brincadeiras com amigos. b) ... a tev ganhou tempo de programao, variedade de canais e cores... c) O leitor com 50 anos talvez resgate na memria uma poca... d) ... adultos que passaram a maior parte de sua infncia e adolescncia ... e) ... com que aumentasse a exposio aos meios eletrnicos.

    17. Se a tendncia se mantiver, teremos cada vez mais... (ltimo pargrafo)

    Ao substituir o segmento grifado acima por Caso a tendncia, a continuao que mantm a correo e o sentido da frase original :

    a) se manter, teremos cada vez mais... b) for mantida, teremos cada vez mais... c) seja mantida, teramos cada vez mais... d) se mantenha, teremos cada vez mais... e) fosse mantida, teramos cada vez mais...

    18. O engajamento moral e poltico no chegou a constituir um deslocamento da ateno

    intelectual de Said ... (2 pargrafo)

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante :

    a) teria chegado a constituir. b) chega a se constituir. c) chegaria a ser constitudo. d) se constituiu. e) chegou a ser constitudo.

    19. Est plenamente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Se algum esperava um bom acordo na COP-15, frustrar-se-ia redondamente. b) No houve acordo capaz de orquestrar os interesses de que nenhum dos pases abrisse mo. c) Somente alguns pases chegariam a firmar um acordo, pelo qual se previra os cortes de

    emisso que deveram ser efetuados.

    d) Caso no se estabelecerem parmetros para a ajuda de US$ 30 bilhes, essa iniciativa sequer ter recebido o aval da maioria dos pases.

    e) A exigncia de metas obrigatrias, que as naes desenvolvidas impuseram s emergentes, ter sido uma das razes da discrdia.

    20. "O que temos de alcanar no Mxico tudo o que deveramos ter alcanado aqui."

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substitudas,

    na ordem dada, por:

    a) tem de ser alcanado - deveria ter sido alcanado b) ser alcanado - devia ser alcanado c) tinha de ser alcanado - deveria ser alcanado d) tem de alcanar-se - dever alcanar-se e) teremos alcanado - devia ser alcanado

    21. ... valores e princpios que sejam percebidos pela sociedade como tais. (2 pargrafo)

    Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passar a ser, corretamente,

    a) perceba. b) foi percebido. c) tenham percebido. d) devam perceber. e) estava percebendo.

  • 28

    22. A frase que admite transposio para a voz passiva :

    a) O cmulo da iluso tambm o cmulo do sagrado. b) O conceito de espetculo unifica e explica uma grande diversidade de fenmenos. c) O espetculo ao mesmo tempo parte da sociedade, a prpria sociedade e seu instrumento

    de unificao.

    d) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...). e) Por ser algo separado, ele o foco do olhar iludido e da falsa conscincia.

    23. Com efeito, agentes do servio de inteligncia do Afeganisto [...] prenderam nove

    funcionrios da Emergency. (2 pargrafo)

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante :

    a) haviam sido presos. b) prendeu-se. c) seria preso. d) foram presos. e) esto presos.

    24. Enquanto isso, Karzai falava que os servios de inteligncia... (3 pargrafo)

    A frase cujo verbo est flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima :

    a) No sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada... b) Durante oito dias, os funcionrios da Emergency ficaram incomunicveis. c) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administrao... d) O mvel dessa urdidura remonta a maro de 2007... e) A ligao completou-se com um soldado britnico...

    25. Todos os verbos esto corretamente flexionados na frase:

    a) Aqueles que preveram dificuldades trazidas pela globalizao devem reconhecer que ela trouxe tambm alguns benefcios.

    b) Alguns especialistas crm na reduo dos bolses de pobreza no pas, pois boa parte da populao brasileira obteu mais renda.

    c) Pesquisas feitas sobre a distribuio de renda indicam ter havido reduo das desigualdades, fato que constitui motivo de comemorao.

    d) O governo de muitos pases interviu na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comrcio pela crise mundial.

    e) Para que se mantessem os nveis sustentveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente s famlias de classe mdia.

    26. Transpondo-se para a voz passiva a frase Ela j est configurando os paradigmas de uma

    nova poca, a forma verbal resultante ser

    a) configuraram-se. b) esto sendo configurados. c) tm sido configurados. d) est sendo configurada. e) foram configurados.

    27. Est inteiramente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    a) Fossem todos os funcionrios pblicos grandes escritores, estar comprovada a tese de que a rotina acabe por levar ao ato criativo.

    b) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionrio no exemplar em sua funo, pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.

    c) Se Machado de Assis e outros no tivessem sido bons funcionrios e geniais escritores, debilita-se a tese defendida nessa crnica.

  • 29

    d) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas reparties, haviam-se disposto a cultivar seus respectivos gneros.

    e) Ao escreverem boas pginas de literatura, os funcionrios criavam laos de cumplicidade com os leitores que venham a cativar.

    28. ... quando h melhoria tambm em fatores de qualidade de vida ... (1 pargrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est na frase:

    a) ... que levou nota mxima... b) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins. c) ... era um dos estados menos desenvolvidos do pas. d) ... ainda que siga como um dos mais atrasados ... e) ... conseguiu se distanciar um pouco dos retardatrios.

    29. Pode ser, porm, o nico caminho justo que leve todos os pases a um acordo... (ltimo

    pargrafo)

    O emprego da forma verbal grifada denota

    a) hiptese plausvel. b) situao imprevisvel. c) condio futura. d) fato concreto. e) situao presente.

    REGNCIA / PRONOME

    01. A ocupao do cerrado por agricultores provenientes de outras reas ... (3 pargrafo)

    O mesmo tipo de regncia assinalado acima S NO se configura no segmento grifado em:

    a) graas ao investimento em novas tecnologias. b) nas condies de vida de milhes de brasileiros. c) o ingresso de centenas de milhes de pessoas. d) a expanso do comrcio. e) por uma combinao de aes polticas e empresariais.

    02. Uma pesquisa recente de um grupo de arquelogos alemes confirma a antiguidade da

    famlia nuclear entre humanos. (2 pargrafo)

    A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima :

    a) Vrias hipteses apontam nesse sentido. b) ... geravam mais descendentes que os aventureiros ... c) ... em que os animais andam em bandos ... d) ... que datam de 4.600 anos atrs ... e) ... de que a famlia nuclear era uma instituio apenas cultural.

    03. ... ela se ope chamada famlia estendida, em que os animais andam em bandos ... (1

    pargrafo)

    A expresso pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

    a) A noo ...... o ncleo familiar garantiria a sobrevivncia da prole propiciou um vnculo pessoal mais forte e duradouro.

    b) As hipteses ...... se referiam os pesquisadores ainda no haviam sido confirmadas, apesar de todo o material recolhido.

    c) Ainda no foi possvel obter os resultados dos estudos antropolgicos ...... os pesquisadores sonhavam.

    d) Arquelogos concluram, a partir de estudos recentes, ...... bastante remota a origem da famlia nuclear.

  • 30

    e) Estudos permitem datar de muito tempo atrs a poca ...... se consolidou a ideia de famlia nuclear.

    04. Est adequado o emprego do elemento sublinhado em:

    a) A prtica da arte de no fazer nada, qual muita gente se devota, valorizada pela autora. b) A arte de no fazer nada, da qual muita gente se insurge, costuma ser mal compreendida. c) Intil querer combater a arte de no fazer nada, de cuja muita gente praticante e entusiasta. d) No se imagine que a arte de no fazer nada, da qual a autora mostra bem compreender,

    deva justificar a mera preguia ou indolncia.

    e) na arte de no fazer nada, com a qual poucos respeitam, que muito gnio acabou encontrando inspirao para suas descobertas.

    05. ... o manuscrito em que informavam sobre disputas de gladiadores ... (ltimo pargrafo)

    A expresso pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

    a) Em pequenas cidades, um jornal o veculo ...... contam os moradores para obter informaes locais.

    b) Seria necessrio considerar os avanos da tecnologia ...... os tradicionais jornais se adaptem s necessidades de um mundo moderno.

    c) O grupo controlador de um jornal sempre aquele ...... se exige especialmente compromisso com a tica e a verdade.

    d) As manchetes, ...... atraem leitores, nem sempre apontam para fatos verdadeiramente relevantes para a maioria.

    e) O editorial trata de questes ...... so expostas as linhas de pensamento e a posio crtica do corpo diretivo de um jornal.

    06. Na Frana, o governo duplicou a verba de publicidade ... (1 pargrafo)

    O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que est grifado acima se encontra em:

    a) ... e tambm serve como fonte em geral gratuita de informaes. b) Mas em nenhum outro lugar a tormenta to assustadora quanto nos Estados Unidos. c) Vrios jornais, mesmo bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas. d) ... quando o jornal o smbolo e um dos ltimos redutos do jornalismo ... e) Mas, para chegar ao auge ...

    07. O Deus que interferia no mundo transformou-se no Deus criador: aps criar o mundo, deixou-o

    merc de suas leis. A frase acima permanecer correta e manter o sentido caso se substituam os elementos sublinhados,

    respectivamente, por:

    a) imiscua ao - tornou-o deriva em b) intercalava ao - p-lo ao acaso de c) intervinha no - abandonou-o s d) entronizava no - confiou-o s e) imputava ao - manteve-o entregue s

    08. Est correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

    a) O pensamento clssico encerra uma riqueza em cujo valor poucos prestam o devido reconhecimento.

    b) A morte, cujo o temor nos faz querer esquecer dela, uma questo permanente da filosofia estoica.

    c) Quase nunca atentamos para os limites a que devemos impor aos nossos desejos. d) Nossas esperanas no devem projetar-se para alm do espao cujo domnio estamos

    assegurados.

  • 31

    e) Quem vagueia sem propsito pela vida fere um dos princpios de que os estoicos jamais descuram.

    09. Nossa aniquilao inevitvel ou ser que seremos capazes de garantir nossa sobrevivncia mesmo tendo em mos armas de destruio em massa?

    Na frase acima,

    a) mesmo as tendo em mos correta alternativa de construo, com emprego pronominal. b) o termo ou expressa uma alternncia repetitiva. c) o segmento mesmo tendo pode se