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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ITAPIRA “OGARI DE CASTRO PACHECO” GABRIEL TALTARI MARCHI JAIR BATISTA JUNIOR WARNNER ATTILIO FERNANDES SINOTTI CONNECTLAYER: SOFTWARE EDUCACIONAL PARA COMPREENSÃO DA CAMADA FÍSICA DO MODELO DE REFERENCIA OSI ITAPIRA-SP 2017

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ITAPIRA

“OGARI DE CASTRO PACHECO”

GABRIEL TALTARI MARCHI

JAIR BATISTA JUNIOR

WARNNER ATTILIO FERNANDES SINOTTI

CONNECTLAYER:

SOFTWARE EDUCACIONAL PARA COMPREENSÃO DA CAMADA

FÍSICA DO MODELO DE REFERENCIA OSI

ITAPIRA-SP

2017

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ITAPIRA

“OGARI DE CASTRO PACHECO”

GABRIEL TALTARI MARCHI

JAIR BATISTA JUNIOR

WARNNER ATTILIO FERNANDES SINOTTI

CONNECTLAYER:

SOFTWARE EDUCACIONAL PARA COMPREENSÃO DA CAMADA

FÍSICA DO MODELO DE REFERENCIA OSI

Trabalho de Graduação apresentado ao Curso

de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da

Informação da Faculdade de Tecnologia de

Itapira como pré-requisito para a obtenção do

Título de Tecnólogo em Gestão da Tecnologia

da Informação.

Orientadores: Prof. Ms. Luiz Henrique

Biazotto; Prof. Esp. Adriano Ricardo Ruggero;

Prof. Dr. Joaquim M. F. Antunes Neto.

ITAPIRA-SP

2017

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Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Faculdade de Tecnologia de Itapira –

Ogari de Castro Pacheco

MARCHI, Gabriel Taltari; BATISTA JÚNIOR, Jair; SINOTTI, Warnner Atílio Fernandes.

Connectlayer: Software Educacional para Compreensão da Camada Física do Modelo de Eeferência OSI

/ Gabriel Taltari Marchi; Jair Batista Júnior; Warnner Atílio Fernandes Sinotti. 2017. 40p.

Orientadores: Luiz Henrique Biazotto; Adriano Ricardo Ruggero

Monografia (Graduação) – Curso Tecnologia da Gestão da Tecnologia da Informação da Faculdade de

Tecnologia de Itapira, 2017.

1. Tecnologia da Informação. 2 Modelo de Referência OSI. 3 Software Educacional. 4

Programação Orientada a Objeto. I. MARCHI, Gabriel Taltari; BATISTA JÚNIOR, Jair;

SINOTTI, Warnner Atílio Fernandes. II Monografia (Graduação) – Faculdade de Tecnologia

de Itapira. III. Título

M332c CDD 005.3

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ITAPIRA

“OGARI DE CASTRO PACHECO”

GABRIEL TALTARI MARCHI

JAIR BATISTA JUNIOR

WARNNER ATTILIO FERNANDES SINOTTI

CONNECTLAYER:

SOFTWARE EDUCACIONAL PARA COMPREENSÃO DA CAMADA

FÍSICA DO MODELO DE REFERENCIA OSI

Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da

Informação da Faculdade de Tecnologia de Itapira como pré-requisito para a obtenção do

Título de Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação.

STATUS:

CONCEITO:

BANCA EXAMINADORA

Prof. Esp. Nilton Cesar Sacco:

Prof. Dr. Pedro Domingos Antoniolli:

Prof. Esp. Adriano Ricardo Ruggero:

Prof. Ms. Luiz Henrique Biazotto (orientador):

ITAPIRA – SP, 30 de junho de 2017

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por iluminar e estar sempre presente em nossas vidas.

Aos nossos pais e familiares, que foram essenciais nessa caminhada rumo ao sucesso,

pois dedicaram tempo e carinho quando mais necessitamos.

Aos professores que estiveram presentes durante os três anos que foram aplicadores de

conhecimento e permitiram enriquecer a nossa bagagem acadêmica.

Em especial, ao professor Luiz Henrique Biazotto, que disponibilizou o seu tempo e

conhecimento para nos auxiliar e incentivar com este projeto, mesmo estando distante.

Ao professor Adriano Ricardo Ruggero, que assumiu a tarefa de nos ajudar e se

comprometeu nesta empreitada. Ao professor Joaquim M. F. Antunes Neto, que

colaborou e lutou ao nosso lado para que conseguíssemos atingir nosso objetivo.

Também a amiga Pamela Soares Baldessini, que disponibilizou seu tempo e intelecto para

poder colaborar conosco.

Além do amigo e colega Fabio Stefanini Silveira, que particípio de maneira unilateral

neste trabalho, nos auxiliando e compartilhando conhecimento, sem sua ajuda impar não

teríamos obtido sucesso.

Ainda, a toda equipe de apoio da faculdade Fatec (portaria, secretaria, biblioteca e entre

outros) que também estiveram presentes durante o dia a dia.

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“Para se ter sucesso, é necessário amar de

verdade o que se faz. Caso contrário,

levando em conta apenas o lado racional,

você simplesmente desiste. É o que acontece

com a maioria das pessoas.”

Steve Jobs – 1955 - 2011

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RESUMO

Atualmente são componentes chaves a inovação e a capacidade de criação e intelectual,

para tanto a sociedade busca por conhecimento para suprir essas necessidades. O

desenvolvimento de habilidades e a flexibilidade pelo “saber” exige soluções eficazes,

que em contrapartida cria preocupações entre os educadores e educandos. O desinteresse

do ser humano em aprender e compreender novos conhecimentos é de grande importância

para a sociedade e um problema existente deste o século XVIII. Agora, com os avanços

tecnológicos, as informações passaram a ter cada vez mais conteúdos abrangentes e de

fácil acesso. Porém, alguns termos técnicos requerem a utilização manuais extensos o que

torna o processo da compreensão muitas vezes lento e ineficaz, por se tratar de uma leitura

repetitiva e que que exige muito tempo. O ConnectLayer, busca facilitar a questão do

ensino de aprendizagem, fornecendo um conteúdo didático e de fácil compreensão,

especifico da disciplina de Redes de Computadores, referente ao conteúdo relacionado ao

modelo de referencia OSI (Open Systems Interconnection), abstraindo sua camada física,

que é por muitos literários, pouco comentada e de difícil compreensão para o corpo

discente.

Palavras-chave: ConnectLayer, Rede de Computadores, Tecnologia da Informação.

Software Educacional. Modelo de Referencia OSI.

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ABSTRACT

The key components nowadays are innovation, creativity and intellectual capacity, for

which society seeks knowledge to meet these needs. Skills development and flexibility

through "knowledge" requires effective solutions, which in turn creates concerns among

educators and learners. The interest of the human being in learning and understanding

new things is of great importance to society and an existing problem of this eighteenth

century. Now, with technological advances, information has become increasingly

understandable and easier to access. However, some technical terms require the use of

extensive manuals, which makes the understanding process often slow and ineffective

since it is a repetitive and time-consuming reading. The ConnectLayer seeks to facilitate

this teaching issue, providing a didactic and easy to understand, specific content on

Computer Networks, related to the OSI (Open Systems Interconnection) reference model,

abstracting its physical layer, which is by many literary, little commented and difficult

understanding for the student body.

Keywords: Information Technology; Software; OSI Reference Model. Java. Object

Oriented Programming.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Camadas do modelo de referência OSI.......................................................... 17 Figura 2 - Comunicação de dados emissor e receptor .................................................... 22 Figura 3 - Protocolo humano e protocolo de redes ......................................................... 23 Figura 4 - Camadas do protocolo TCP/IP ...................................................................... 25 Figura 5 – Principais linguagens de computação mais utilizadas .................................. 28 Figura 6 – Raspberry PI 2 Modelo B .............................................................................. 31 Figura 7 – Editor de Fluxo do Node-RED ...................................................................... 32 Figura 8 – Transformação de comunicação de rede humana em bits ............................. 33 Figura 9 – ConnectLayer – Layout correspondente ao modelo transmissor/receptor .... 33 Figura 10 – ConnectLayer – Interface do usuário .......................................................... 34 Figura 11 – ConnectLayer – Caixa de diálogo ............................................................... 36 Figura 12 – ConnectLayer – Modelo Prático ................................................................. 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Ranking de linguagens de programação mais utilizadas. ............................. 27

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACK Acknowledge

ARM Advance Risc Machine

ARPA Advanced Research Projects Agency

API Application Programming Interface

ASP AppleTalk Session Protocol

ASCII American Standard Code for Information Interchange

CPD Centro de Processamento de Dados

CPU Central Processing Unit

CRC Cyclical Redudancy Check

GE General Eletric

IBM International Business Machines

IDC International Data Corporation

IEC International Electrotechnical Commission

IP Internet Protocol

IOT Internet Of Things

IPX Internetwork Packet Exchange

IPTO Information Processing Techiniques Office

ISO International Organization for Standardization

MAC Media Access Control

MIT Massachusetts Institute of Technology

NASA National Aeronautics and Space Administration

NBR National Board of Review

NFS Network File System

NIO Non-Bloking I/O

OSI Open Systems Interconnection

RAM Random Access Memory

RPC Remote Procedure Call

SD Secure Digital Card

SPX Sequenced Packet Exchange

SQL Structured Query Language

TCP Transmission Control Protocol

TI Tecnologia da Informação

UCLA University of California at Los Angeles

UDP User Datagram Protocol

UML Unified Modeling Language

UTP Unshielded Twisted Pair

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12

2 METODOLOGIA ............................................................................................ 15 2.1 Tipo De Pesquisa ............................................................................................... 15

3 RESULTADOS ................................................................................................. 17 3.1 Aspectos Teóricos Do Modelo De Referência OSI ........................................... 17

3.1.1 NÍVEL 7 – CAMADA DE APLICAÇÃO ................................................................... 17

3.1.2 NÍVEL 6 – CAMADA DE APRESENTAÇÃO ............................................................. 18

3.1.3 NÍVEL 5 – CAMADA DE SESSÃO .......................................................................... 18

3.1.4 NÍVEL 4 – CAMADA DE TRANSPORTE ................................................................. 18

3.1.5 NÍVEL 3 – CAMADA DE REDE ............................................................................. 19

3.1.6 NÍVEL 2 – CAMADA DE ENLACE (LINK DE DADOS) ............................................ 19

3.1.7 NÍVEL 1 – CAMADA FÍSICA ................................................................................. 19

3.2 Comunicação De Dados ..................................................................................... 20 3.3 Protocolos ........................................................................................................... 22 3.3.1 TCP/IP ................................................................................................................ 24

4 O CONNECLAYER ........................................................................................ 26 4.1 Requisitos Do Sistema/Linguagem Operacional ............................................... 26 4.2 Java ..................................................................................................................... 28

4.3 Netty IO .............................................................................................................. 29 4.4 Rapsberry PI ....................................................................................................... 30 4.5 Node-RED .......................................................................................................... 31 4.6 Características Do Sistema ................................................................................. 32

5 PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO METODOLÓGICA .......................... 38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 41

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 42

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1 INTRODUÇÃO

Entre o início da década de 90 e o novo milênio eram consideradas mídias de

massa a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão (SILVEIRA, 2004), no entanto mídias

emergentes como a rede mundial de computadores e a telefonia vinham ganhando força

(DEFLEUR; BALL-ROKEACH, 1993).

Nos dias de hoje, apoiando-se na globalização, a Internet abrange expressivas

parcelas da população mundial, o que a transformou em parte da cultura de massa

(CASTELLS, 2000, 2003; LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2000, 2003). Em meio às

novidades e a velocidade com os quais os avanços tecnológicos vêm se destacando, o

atual mercado de Tecnologia da Informação (TI) deve possibilitar grandes oportunidades,

de acordo com IDC Brasil (International Data Corporation), responsável por pesquisas

e consultorias em relação ao setor, a prospecção para o ano de 2016, é de um crescimento

de 2,6% em relação ao ano anterior (IDC Brasil, 2016).

Porém, as comunicações entre computadores iniciaram-se anos antes no auge da

guerra fria pelo departamento de Defesa Americano, a partir da criação da ARPA

(Advanced Research Projects Agency), agencia militar de pesquisas (NORBERG;

O'NEILL, 1996), juntamente com o apoio de algumas universidades, como a UCLA

(University of California at Los Angeles) e o MIT (Massachusetts Institute of

Technology) (HAFNER, 1996).

Robert Taylor, então psicólogo experimental da NASA (National Aeronautics and

Space Administration), assumiu o comando do IPTO (Information Processing

Techiniques Office), departamento vinculado a ARPA, e deu inicio a um projeto para

interligar as diferentes instituições de apoio, com intuito de compartilhar informações e

conhecimento, então em 1966, nasce a ARPANET (ABBATE, 2000).

Contudo haviam muitas dificuldades no andamento do projeto ARPANET, uma

delas era a grande diversidade de computadores que deveriam ser interligados, na época,

fabricantes como IBM (International Business Machines), GE (General Eletric) e outros,

eram totalmente incompatíveis. Para solucionar este problema, foi adotada a implantação

de uma arquitetura que consentisse em quebrar a complexidade das tarefas em camadas,

ou seja, transforma-las em tarefas de menor dificuldade e que interagissem de forma

hierárquica, de um nível mais “baixo” – (Meios físicos de comunicação, sinais elétricos

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e transmissão de bits), a um nível mais alto – (Informações e dados próximos da

compreensão humana) (ABBATE, 2000).

Foi então que em meados de 1983, Day e Zimmermann deram início a uma

padronização, chamada de Modelo de Referencia OSI (Open Systems Interconnection),

conhecida como o padrão de protocolos de comunicação (DAY; ZIMMERMANN,

1983), normalizado pela organização ISO (International Organization for

Standardization), em conjunto com a IEC (International Electrotechnical Commission);

o primeiro é o órgão internacional responsável pela padronização e normalização em

todos os campos técnicos; já, a segunda entidade, trata-se de uma comissão internacional

responsável pela especificação de normas técnicas a serem utilizadas nas áreas de

telecomunicações e eletrônica, por tanto, se trata de uma norma técnica internacional –

ISO/IEC – 7498-4/1994, revista em 1995 (DAY, 1995).

Este trabalho é uma pesquisa de caso, cujo o foco é facilitar o aprendizado a

respeito do funcionamento da camada um, do modelo de referencia OSI, nomeada camada

física, onde o ensino de arquitetura de redes de computadores dos cursos de graduação

tem se mostrado um desafio.

Em livros como Tanenbaum (2010) e Stallings (2005), existem tentativas de

descrever a maioria das arquiteturas em uso. Segundo Hannessy (2008) a palavra

arquitetura abrange todos os três aspectos do projeto de computadores: arquitetura do

conjunto de instruções, que se referem ao conjunto de instruções visíveis pelo

programador, organização, que inclui os aspectos de alto nível do projeto de um

computador; hardware, que se refere ao projeto lógico detalhado e a tecnologia de

empacotamento do computador.

Para muitos alunos, a variedade de arquiteturas com diferentes possibilidades de

implementação traz confusão e, consequentemente, desestímulo, ainda mais por ser uma

abordagem superficial em função ao grande leque de variedade de casos a serem

estudados (SANTOS; SILVA; MACEDO, 2011).

Por se tratar de um tema muito específico, e com pouco referencial teórico

conceitual, assim sendo realizado em maior parte por estudos práticos. Para que se tenha

um conhecimento mais amplo de tais tópicos, será necessário um estudo mais

aprofundado dos tópicos aqui referidos, sendo todo tópico uma base para estudos futuros.

A partir de então, ao longo da história da rede de computadores, diversas

tecnologias vêm se desenvolvendo e influenciando profundamente a forma como os

sistemas computacionais eram organizados. O que até então era conhecido como CPD

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(Centro de Processamento de Dados), hoje chamado de Departamento de Tecnologia da

Informação, local onde os usuários levavam os dados para serem processados, tornou-se

obsoleto e foi substituído por um novo conceito, no qual os dados podem ser processados

de maneira distribuída simultaneamente por uma grande quantidade de computadores

separados, porem interconectados, dando cara ao que conhecemos hoje com internet ou

rede mundial de computadores (TANENBAUM, 2010).

Desta forma, o objetivo geral deste trabalho é cooperar junto ao corpo docente,

com a transmissão de informação bibliográfica dos conceitos da camada física do modelo

de referência OSI. Os objetivos específicos residem em: elaborar um software capaz de

demonstrar a importância da transmissão de dados em bits e seu funcionamento; facilitar

a compreensão do conteúdo relacionado ao modelo de referencia OSI, mais

especificamente a camada física.

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2 METODOLOGIA

Tartuce (2006) descreve que a metodologia científica é concebida no estudo

sistemático e lógico dos métodos aplicados nas ciências, levando-se em conta seus

fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas. De forma geral, “[...]

o método científico compreende basicamente um conjunto de dados iniciais e um sistema

de operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões, de acordo com certos

objetivos predeterminados” (GERHARDT; SOUZA, 2009, p. 11).

2.1 TIPO DE PESQUISA

O projeto se enquadra na categoria de pesquisa exploratória e aplicada. Souza e

colaboradores (2013, p. 13) descrevem que a pesquisa aplicada “[...] visa adquirir ou gerar

novos conhecimentos, novos processos, para a solução imediata de problemas

determinados e específicos, com objetivo prático. Usa a pesquisa básica como suporte

para isto. A pesquisa aplicada operacionaliza as ideias”.

Além do mais, o presente estudo traz a abordagem de uma pesquisa experimental.

Trata-se de um método de investigação que se utiliza da manipulação de tratamentos na

perspectiva de estabelecer relações de causa-efeito nas variáveis investigadas. A variável

independente é manipulada para avaliar seu efeito sobre uma variável dependente

(CERVO; BERVIAN, 1983). O cunho de pesquisa tecnológica não pode ser esquecido,

pois o presente trabalho se trata de um tipo de pesquisa científica aplicada

(VALERIANO, 1998), que visa a materialização de um software voltado para a

compreensão de uma metodologia de ensino, que neste caso é o estudo da camada física

do modelo de referencia OSI (TANENBAUM, 2010).

A argumentação científica deste estudo deu-se por meio de uma revisão

bibliográfica narrativa. Não se utilizou critérios explícitos e sistemáticos para a busca e

análise crítica da literatura. A busca pelos estudos não necessariamente esgotou as fontes

de informações. A seleção dos estudos e a interpretação das informações estiveram

sujeitas de acordo com as necessidades dos autores e da temática em estudo (CERVO;

BERVIAN, 1983).

Os descritores utilizados para a busca foram: modelo de referencia OSI, software

pedagógico, arquitetura de redes, linguagens de programação, orientação a objeto, Java,

rede de computadores e comunicação de dados. Os trabalhos incluídos foram publicados

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entre os anos de 1983 a 2016 no idioma português e inglês. Em relação aos aspectos

éticos, as normas de autorias foram respeitadas sendo que todas as obras utilizadas têm

seus autores referenciados e citados de acordo com a ABNT/NBR 6023/2002 e NBR

10520/2002.

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3 RESULTADOS

Neste capitulo serão tratados os aspectos técnicos para que seja possível entender

os conceitos utilizados no ConnectLayer, como o Modedelo de Referencia OSI e o

funcionamento de suas camadas, com foco nos resultados esperados para este projeto.

3.1 ASPECTOS TEÓRICOS DO MODELO DE REFERÊNCIA OSI

Como já citado anteriormente o modelo de referência OSI, se trata de uma

especificação que normaliza como a rede de computadores e seus protocolos devem

funcionar de forma abstrata, porem complementar. Isso se faz graças a organização da

rede em níveis ou camadas, alinhadas uma sob a outra, como se estivessem empilhadas.

Cada camada difere uma da outra em relação a sua função especifica, porem a finalidade

de cada nível é oferecer determinados serviços aos níveis superiores, desta forma isolando

a implementação de cada recurso (TANENBAUM, 2010), como mostra a Figura 1.

Figura 1 - Camadas do modelo de referência OSI.

7 Aplicação

6 Apresentação

5 Sessão

4 Transporte

3 Rede

2 Enlace

1 Física

Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2010).

3.1.1 NÍVEL 7 – CAMADA DE APLICAÇÃO

Na camada de aplicação estão os aplicativos propriamente ditos, dos usuários ou

os serviços dos sistemas. Esta camada cuida da comunicação entre as aplicações, sendo

que cada aplicação possui protocolos específicos de comunicação. As aplicações que

oferecem recursos aos usuários ou aos sistemas mais conhecidos atualmente são aquelas

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que oferecem serviços no padrão da internet, como: navegadores; programas para

transferência de arquivos e envio e recebimento de e-mails (FILIPPETTI, 2002).

3.1.2 NÍVEL 6 – CAMADA DE APRESENTAÇÃO

Neste nível de camada, diferente das outras de nível inferior que serão vistas

adiante, que tratam da movimentação dos bits, está relaciona-se diretamente com sintaxe

e à semântica das informações transmitidas. Isso possibilita a comunicação entre

diferentes dispositivos que possuem distintas representações de dados, definindo as

estruturas de dados de forma abstrata, além de uma codificação padrão usada na conexão

(TANENBAUM, 2010; ROSA, 2016).

3.1.3 NÍVEL 5 – CAMADA DE SESSÃO

A responsabilidade da camada de sessão é estabelecer, gerenciar e finalizar as

sessões entre o dispositivo transmissor e receptor de dados. Segundo Tanenbaum (2010),

uma sessão oferece diversos serviços, como manter o controle de quem deve transmitir a

cada momento, impedir que as duas partes tentem executar a mesma operação e realizar

a verificação periódica de longas transmissões para permitir que elas continuem a partir

do ponto em que estavam ao ocorrer uma falha). Alguns exemplos de protocolos dessa

camada são: Network File System (NFS), Structured Query Language (SQL), Remote

Procedure Call (RPC), AppleTalk Session Protocol (ASP), entre outros (FILIPPETTI,

2002).

3.1.4 NÍVEL 4 – CAMADA DE TRANSPORTE

A transferência de dados, na camada de transporte, ocorre de modo transparente,

independente da tecnologia, topologia ou configuração das redes nas camadas inferiores

e superiores (FRANCISCATO; CRISTO; PERLIN 2014). Basicamente, quando no lado

transmissor, este nível é responsável por dividir em pacotes os dados da camada de Sessão

repassando-os para o nível inferior, a camada de Rede. Já quando no lado receptor, a

função desta camada é remontar os pacotes recebidos do nível de Rede para o dado

originalmente transmitido e envia-lo para a camada de Sessão (GUERRA, 2002).

Além disso para Guerra (2002), a camada de transporte faz o controle de fluxo de

pacotes, colocando-os em ordem caso cheguem de forma desordenada, faz a correção de

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erros, respondendo para o lado transmissor que a informação foi recebida com sucesso,

processo chamado de ACK (Acknowledge), este nível ainda faz a intermediação entre as

camadas físicas (camadas de 1 a 3) e as camadas de aplicação (camadas de 5 a 7).

3.1.5 NÍVEL 3 – CAMADA DE REDE

Está camada cuida do endereçamento dos pacotes, convertendo endereços lógicos

em endereços físicos, podendo desta forma determinar origem que os pacotes cheguem

ao endereço de destino corretamente. Ainda é responsabilidade da camada de rede

determinar a rota que os pacotes devem seguir para atingir seu destino, baseando-se em

fatores como as condições de trafego da rede e suas prioridades (GUERRA, 2002).

Para Tanenbaum (2010), cabe a camada de rede superar os problemas que podem

ocorrer, a fim de permitir que redes heterogêneas sejam interconectadas.

3.1.6 NÍVEL 2 – CAMADA DE ENLACE (LINK DE DADOS)

A camada de Enlace ou Link de Dados, é responsável por detectar e tentar corrigir

opcionalmente os erros de transmissão do nível inferior, a camada de Física, sendo assim

alterando uma transmissão não confiável em confiável, para o uso da camada de Rede

(FRANCISCATO; CRISTO; PERLIN, 2014).

Para tanto neste nível é assegurado, quando do lado transmissor, que os dados

sejam transmitidos para o equipamento apropriado e convertidos em bits, para serem

enviados através dos meios físicos. Além disso é função deste nível formatar as

mensagens em frames adicionando-as ao cabeçalho customizado contendo o endereço de

hardware, conhecido como endereço MAC (Media Access Control), que define como os

pacotes são alocados e transmitidos no meio físico (FILIPPETTI, 2002).

3.1.7 NÍVEL 1 – CAMADA FÍSICA

Este nível, é de fato o foco da demonstração do software ConnectLayer. A camada

física considera a transmissão e recepção de bits brutos através de um canal de

comunicação, para tanto é necessário garantir que, quando o dispositivo transmissor

enviar o bit 1, o dispositivo do lado receptor deverá receber um bit de valor 1, e vice-

versa (GUERRA, 2002; TANENBAUM, 2010).

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A camada Física, descreve todas as interfaces elétricas, óticas, mecânicas e

funcionais ligadas ao meio físico, exemplo o cabo de rede UTP (Unshielded Twisted

Pair), utilizado para interligar dispositivos e computadores, sendo esta camada

responsável pela conversão dos sinais elétricos/analógicos para sinais digitais, também

chamados de binários, os transportando para os níveis superiores (TANENBAUM, 2010).

Além dos cabos UPTs, também chamados de cabos de par trançado, existem

diversos outros meios de conexão entre os meios físicos, como: cabos coaxiais e cabos

de fibra ótica. A tecnologia das redes sem fio usam o ar como meio de transmissão, neste

caso, se dá tanto por meio de ondas de rádio como por luz infravermelho.

De maneira geral, a camada física, é a responsável por converter todos os sinais

digitais gerados pelas camadas superiores, em algum tipo de sinal analógico e transporta-

los usando de um meio de transmissão, seja por cabos elétricos, luz ou ar.

Mesmo sabendo dessas informações para muitos estudantes da área de Tecnologia

da Informação é difícil poder vislumbrar como esses dados digitais são transformados em

sinais e transmitidos pelos meios de comunicação físicos, sendo que, o ConnectLayer,

tenta abstrair essa dificuldade, mostrando como isso acontece a partir de um modelo

prático e lógico, no qual, é possível visualizar essa transformação.

3.2 COMUNICAÇÃO DE DADOS

A comunicação de dados é a troca de informação entre dois dispositivos por algum

meio de comunicação, para que o envio de dados aconteça é necessário uma combinação

entre hardware, toda infraestrutura física como os equipamentos e cabos usados para

transportar os sinais de um lugar a outro; e software, que viabiliza o processo de

comunicação, já que são necessários serviços para resolver problemas de alta

complexidade que não só envia sinais de um dispositivo de origem para um dispositivo

de destino. A eficiência de um sistema de comunicação depende fundamentalmente de

três características, entrega – o sistema deve entregar os dados ao destino correto;

confiabilidade – o sistema deve garantir a entrega dos dados; e tempo de atraso – o sistema

deve entregar dados em um tempo limite e pré-determinado (FOROUZAN, 2006).

Além disso um sistema básico de comunicação é composto por 5 elementos:

Mensagem – é a informação a ser transmitida e pode ser constituída de

texto, números, figuras, áudio ou vídeo ou qualquer combinação desses;

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Transmissor – é o dispositivo que envia a mensagem de dados e pode ser

um computador, um smartphone, uma câmera fotográfica, etc.;

Receptor – é o dispositivo que recebe a mensagem de dados e também

pode ser um computador, um smartphone, uma câmera fotográfica e assim

por diante;

Meio – é o caminho físico por onde viaja a informação que sai do

transmissor e vai até receptor e pode ser um cabo de par trançado, cabo

coaxial, fibra ótica ou ondas de rádio (micro-ondas terrestre ou via

satélite).

Protocolo – é um conjunto de regras que rege a comunicação de dados e

representa um acordo entre os dispositivos que se comunicam, sendo que

sem um protocolo até podem ser conectados, porem não estabelecem uma

comunicação;

Uma maneira análoga de representar a comunicação de dados é relacionar o

sistema de transmissão e recepção de dados, como o serviço de correios (FOROUZAN,

2006), como exemplifica a Figura 2, a seguir.

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Figura 2 - Comunicação de dados emissor e receptor

Fonte: Adaptado de Forouzan

Ainda uma comunicação de dados pode acontecer de três maneiras diferentes,

simplex – modo de comunicação unilateral, como em uma via de mão única, apenas um

dispositivo é capaz de transmitir enquanto o outro só é capaz de receber; half-duplex –

neste modo cada dispositivo pode transmitir ou receber, mas nunca ao mesmo tempo,

enquanto um dos dispositivos está transmitindo o outro está recebendo e vice-versa; e

full-duplex – já este modo ambos os dispositivos podem transmitir e receber

simultaneamente, como em uma via de mão dupla, o trafego de dados pode fluir nas duas

direções ao mesmo tempo.

3.3 PROTOCOLOS

Uma rede computacional possui diversos dispositivos conectados a ela, contudo

esses aparelhos não podem simplesmente trocar dados e esperar que sejam

compreendidos, para que isso ocorra e a comunicação seja de fato estabelecida, é

necessário que ao menos dois dispositivos estejam de acordo com o protocolo utilizado.

Um protocolo é um conjunto de regras que rege a comunicação de dados entre

dois dispositivos ou mais, definindo o que é e como a informação serão comunicadas,

tendo como elementos chaves a sintaxe, a semântica e a temporização (FOROUZAN,

2006).

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Para entender mais facilmente o conceito por traz de um protocolo, uma analogia

pode ser feita quando um ser humano faz uso de boas maneiras, um dos protocolos

humanos, ao iniciar uma conversa. O protocolo de rede é muito parecido com o protocolo

humano, com a diferença explicita de que são os componentes de hardware e software

que fazem a troca das mensagens (KUROSE; ROSS, 2010), a Figura 3, exemplifica as

diferenças de dialogo entre pessoas e máquinas.

Figura 3 - Protocolo humano e protocolo de redes

Fonte: Adaptado de Kurose e Ross (2010).

Com isso é possível compreender como funciona a troca de mensagens e a

necessidade dos protocolos de rede, já que se faz necessário que os dispositivos

conectados a rede conversem com o mesmo idioma, para que um entenda o outro. De

modo transparente os diversos protocolos no estão presentes no dia-a-dia de todas as

pessoas, isso ao utilizar desde o uso de smartphone para checar e-mails, que emprega os

protocolos IMAP (Internet Message Access Protocol) e SMTP (Simple Mail Transfer

Protocol), ou navegar na internet, que utiliza o protocolo HTTP (Hypertext Transfer

Protocol), até nas empresas que possuem maquinário de grande porte que se conectam a

rede para transmitir indicadores em relação ao seu estado produtivo, embora todos os

protocolos tenham sua importância de maneira especifica, não faz parte desse estudo

explicar cada um deles, mas sim mostrar o protocolo de camadas da internet, o TCP/IP

(Transmission Control Protocol/Internet Protocol), que é a junção de dois protocolos e

base para a grande maioria dos demais (CASTELUCCI, 2011).

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3.3.1 TCP/IP

Como já citado os protocolos são camadas de dados ou uma linguagem que

definem como os dados enviados por programas serão transferidos para a rede e como a

rede deve funcionar (FRANCISCATO; CRISTO; PERLIN, 2014). Uma rede pode

utilizar outros tipos de protocolos, como o NetBEUI (Network Basic Input/Output System

Extended User Interface), o IPX/SPX (Internetwork Packet Exchange/Sequenced Packet

Exchange), entre outros, mas neste projeto será dada ênfase ao protocolo TCP/IP, cujo o

seu funcionamento será explicado de maneira ampla e fácil entendimento de informações.

Seguindo algumas proposições, deve ser considerado que a maioria das

transmissões de redes locais utilizam uma sequência do tipo half-duplex, será explicado

mais adiante, quando utiliza-se um transmissor e um receptor; as redes que utilizam hubs,

no qual cada computador é conectado a um cabo individual, neste caso o componente

funciona como repetidor, enviando para as máquinas da rede as informações que recebe;

se alguma transmissão esteja sendo executada entre dois dispositivos, nenhuma outra

transmissão pode ser realizada ao mesmo tempo; se a transmissão ocorrer de um arquivo

grande, o restante da rede terá que esperar com o tempo proporcional ao tamanho da

transmissão de dados, caso ocorra interferências no meio do caminho de transferência ou

o não a finalização de envio de dados corretamente ao seu destino, a transmissão retoma

novamente o processo de envio dos dados faltantes ou pacotes. Os protocolos são

responsáveis por esta funcionalidade, no qual, primeiramente os dados são divididos em

pequenos “pedaços” de tamanho fixo que são chamados de pacotes ou quadros. Dentro

de cada pacote há uma informação de endereçamento qual informado a origem e o destino

do pacote. As placas de rede dos computadores possuem um endereço fixo, que é gravado

em hardware. As placas são como os endereços de ruas, no qual os dados a serem

transmitidos, adiciona o endereço origem ou destino de seu trajeto. Vale ressaltar que a

velocidade de transmissão de dados em uma rede é altamente dependente do número de

transmissões simultâneas efetuadas e a placa de rede, ao adicionar um pacote de dados

no cabo da rede, inicia uma conta chamada Checksum ou CRC (Cyclical Redudancy

Check) (FRANCISCATO; CRISTO; PERLIN 2014).

De acordo com Cyclades, Checksum ou CRC é nada mais que uma conta que

consiste em somar todos os bytes presentes no pacote de dados e enviar o resultado dentro

do próprio pacote. A placa de rede do dispositivo receptor irá refazer esta conta e verificar

se o resultado calculado corresponde ao valor enviado pelo dispositivo transmissor. Se os

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valores forem iguais, significa que o pacote chegou íntegro ao seu destino. Caso

contrário, significa que houve algo de errado na transmissão, no qual os dados recebidos

são diferentes dos originalmente enviados e os dados chegaram corrompidos ao destino

(TANEMBAUM 2010).

Figura 4 - Camadas do protocolo TCP/IP

Aplicação

Transporte

Internet

Interface de Redes

Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2010).

Tendo como conceitos técnicos e teóricos tudo o que foi abortado até este ponto,

pode-se dizer que o software em questão, busca apresentar o funcionamento de alguns

desses tópicos, dentro de cenário da Camada Física do Modelo de Referencia OSI, sendo

um facilitador da transmissão deste conteudo de forma dinâmica e didática.

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4 O ConnecLayer

O software do qual este documento faz referência é chamado ConnectLayer, de

um modo geral o sistema se trata de uma plataforma ou serviço para troca de mensagens

que simula a transferência de informações entre homem e máquina, mas restringindo o

assunto a camada física do modelo de referência OSI, desta forma a ferramenta é capaz

de exibir as mensagens transmitidas e recebidas em conjuntos binários, ou seja bits puros,

convertendo-os em sinais elétricos que são exibidos em um circuito contendo 8 leds, que

representam o estado binário de cada mensagem, transmitida pela rede.

O circuito de leds é controlado por um microcomputador, chamado Raspberry PI,

e sistema operacional linux, e seu foco é para fins didáticos como será descrito.

4.1 REQUISITOS DO SISTEMA/LINGUAGEM OPERACIONAL

Dentro do contexto de desenvolvimento de software, diversas abordagens fazem

parte do conteúdo disciplinar de introdução ao que se refere a programação de

computadores. Isso geralmente implica na escolha de um modelo ou paradigma de

programação, como por exemplo a programação funcional, lógica, estruturada e por fim

a programação orientada a objetos (MARIANI, 1999).

Entre tantos paradigmas referentes as linguagens de programação, fez-se a opção

pelo modelo de POO (Programação Orientado a Objeto), que parte do pressuposto de sua

compreensão por meio da relação existente entre as diversas entidades que fazem parte

do domínio do problema, essas entidades normalmente são chamadas de classes. Uma

classe descreve quais os atributos e quais as funcionalidades de um objeto específico.

Paralelo a isso, a orientação a objeto busca por meio de métodos tradicionais de

modelagem e desenho, uma forma que exemplifique facilmente todo o universo-

problema, de modo que, seja vislumbrado como os programas executam processos sobre

os dados, para tal geralmente é utilizada a notação UML (Unified Modeling Language)

(RICARTE, 2001).

O enfoque da programação orientada a objeto, se trata da visualização do mundo

real como um conjunto de objetos, no qual cada um possui diferentes características

representadas por seus atributos (dados) e métodos (processos), sempre interagindo uns

com os outros (YAMAGUTI, 2006).

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A principal vantagem deste tipo de programação está na abstração, já que é

possível definir estruturas e operações, que partem do conceito de herança, que se trata

de uma técnica na qual, o objeto no topo da hierarquia, chamado de objeto (pai), transfere

todas suas características para os objetos abaixo na cadeia hierárquica, chamados de

objetos (filhos), favorecendo assim o reaproveitamento de código. Outro fator diferencial

é o polimorfismo, que permite por parte do desenvolvedor a adição de determinadas

funcionalidades que um programa necessitará executar, de maneira mais rápida e eficiente

(RICARTE, 2001).

Atualmente existem muitas linguagens no mercado voltadas para este modelo de

programação, entre as mais populares podemos citar, C++, C# (Sharp) e Java.

Para o desenvolvimento do ConnetcLayer, a opção foi feita pela linguagem de

programação Java. Por estar em primeiro lugar no ranking de plataformas mais utilizadas,

como aponta pesquisa realizada pela TIBE, empresa especializada na qualidade de

software, como demostra a Tabela 1, o Java possui uma imensa biblioteca de frameworks

disponíveis no mercado prontos para o uso, como o JavaFX e o Netty.IO, que

abordaremos mais adiante.

Tabela 1 – Ranking de linguagens de programação mais utilizadas.

Fonte: Adaptado de TIBE (2016), empresa especializada em qualidade de software.

dez/16 dez/15 Linguagem de Programação Classificação

1 1 Java 17.85%

2 2 C 8.72%

3 3 C++ 5.33%

4 4 Python 4.23%

5 7 Visual Basic.NET 3.30%

6 5 C# 3.17%

7 6 PHP 2.91%

8 8 JavaScript 2.86%

9 11 Assembly Language 2.53%

10 9 Perl 2.33%

11 15 Objetive-C 2.32%

12 10 Ruby 2.14%

13 14 Swift 2.13%

14 12 Visual Basic 1.96%

15 13 Delphi/Object Pascal 1.95%

16 50 Go 1.93%

17 18 R 1.82%

18 16 MATLAB 1.81%

19 24 Groovy 1.78%

20 19 PL/SQL 1.49%

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4.2 JAVA

O Java surgiu em 1991, criado por um grupo de engenheiros da até então

desconhecida Sun Microsystems, com o foco de ser uma linguagem simples para

dispositivos de uso doméstico, como controles remotos de TVs, aparelhos telefônicos,

fornos elétricos e geladeiras; contudo, isso nunca aconteceu conforme o planejado. Como

o Java foi criado para funcionar em qualquer tipo de arquitetura, utilizando o conceito de

máquina virtual, a linguagem acabou caindo no gosto dos desenvolvedores e sendo usada

para diversas finalidades e hoje é uma linguagem de programação mais usada em todo o

mundo (MENGUE, 2002).

Após adquirir tantos adeptos e se estabelecido no mercado a Sun Microsystems, é

comprada pela Oracle, uma das gigante da tecnologia, no ano de 2008, dando sequência

no desenvolvimento da plataforma. Isso deu ainda mais força para a plataforma Java, que

atualmente possui uma grande biblioteca de frameworks, como os famosos Spring

Framework, Jersey e Hibernate, cada um com uma função específica com a finalidade

de ajudar o trabalho do desenvolvedor (RICARTE, 2001).

Como já foi dito anteriormente o Java é atualmente a linguagem mais utilizada

entre os desenvolvedores, além disso ela tem se mantido entre a 5 primeiras desde 2001,

como mostra a imagem a seguir.

Figura 5 – Principais linguagens de computação mais utilizadas

Fonte: Adaptado de TIBE (2016) empresa especializada em qualidade de software.

Além da forte relação com a comunidade e o mercado de desenvolvimento de

software, existem outros quesitos para a utilização do Java, para o desenvolvimento do

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ConnectLayer, podemos citar o Garbage Collector, ou Coletor de Lixo, que faz o

gerenciamento automático de alocação e limpeza dos dados da memória liberando blocos

que não estão sendo mais usados pela aplicação, podendo evitar leitura e escrita fora do

limite do arrays, acesso a memória não iniciada e remover explicitamente a referência a

objetos sinalizando que não são mais necessários, a aplicação é totalmente transparente

ao desenvolvedor. O Java também é uma plataforma open-source, ou seja, de código

aberto, não agregando custos com a compra de licenças para o seu uso e é atualizado

frequentemente, podendo ser considerada uma linguagem segura neste aspecto

(RICARTE, 2001).

4.3 NETTY IO

Netty é uma estrutura que conecta cliente-servidor NIO (Non-Bloking I/O),

permite o desenvolvimento rápido e fácil de aplicações de rede, tais como servidores de

protocolo e clientes.

A biblioteca Netty oferece uma nova forma de desenvolver suas aplicações de

rede, o que torna mais fácil e escalável. Desta forma, é possível prescindir a complexidade

envolvida e fornecendo uma API (Application Programming Interface) de fácil utilização

que desacopla a lógica de negócios a partir do código de manipulação de rede.

Geralmente, os aplicativos de rede têm problemas de escalabilidade, caso sua construção

é construída em Netty ou em outras APIs. O componente chave do Netty é a natureza

assíncrona, oferecendo um tal nível de vias indiretas que possibilita uma simplificação a

programação de rede TCP ou UDP servers. Atualmente, a Netty está inserida em

companhias conhecidas como Twitter, Apache Cassandra, RedHat, HornetQ entre outros,

por ter uma arquitetura robusta, de fácil utilização e manuseio, adquirir excelentes

performances e robustez, segurança e suporte. Além de visar soluções alternativas para

erros e limitações conhecidas em Java NIO (MAURER, 2013).

O processamento assíncrono funciona de forma mais eficiente, permitindo-lhe

iniciar uma seção, obter notificação de conclusão sem ter que encerrar outra seção,

resumindo, processamento assíncrono funciona em linhas paralelas com um mesmo

proposito. A técnica mais utilizada com o processamento assíncrono são chamadas de

Callbacks (Chamada de retorno), que possibilita passar a informação para o método após

ser concluído. O Non-blocking I/O ou NIO é um pacote utilizado no Java, um acesso de

baixo nível de operações do sistema. Suas características principais são buffers de dados

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de tipos primitivos, codificadores e decodificadores de conjuntos de caracteres, canais de

I/O, interface de arquivo que suporta bloqueios e mapeamento de memória de arquivos,

facilidade de entrada e saída multiplexada e não bloqueadora para escrever servidores

escaláveis (MAURER, 2013).

A transferência do Non-blocking I/O constituída em buffers, permite transferência

de um número pequeno de operações possibilitando uma extensão continua de memória.

Embora sua implementação pode selecionar memória para alinhamento ou características

de paginação. Exclusivamente, isto permite que o conteúdo do buffer ocupe a mesma

memória física usada pelo sistema operacional subjacente para suas operações de entradas

e saídas nativas, permitindo o mecanismo de transferência direcionada e eliminando a

necessidade de qualquer cópia adicional. Em grande parte dos sistemas operacionais,

desde que a área específica da memória tenha as propriedades corretas, a transferência

pode ocorrer sem usar a CPU (Central Processing Unit). O buffer Non-blocking I/O, são

intencionalmente limitados em recursos para apoiar essas metas (MAURER, 2013).

4.4 RAPSBERRY PI

O hardware conhecido como Raspberry PI (RPi), surgiu na Universidade de

Cambridge, Reino Unido, com a finalidade de reduzir o desinteresse de alunos dos cursos

de Tecnologia de Informação, pelo desenvolvimento de hardwares eletrônicos, para

mudar esse cenário foi desenvolvido o microcomputador (SILVA; SÁ; FERREIRA,

2015).

Sendo um mini microcomputador, seu tamanho é equivalente a um cartão de

crédito, exigindo pouco espaço fisico; O RPi utilizado neste projeto, possui um

processador ARM (Advance Risc Machine) Cortex A7 32 bits 900 MHz, 1 GB de

memória RAM (Random Access Memory), cartão micro-SD (Secure Digital Card) e o

Sistema Operacional Linux; bem como, possibilita conexões GPIO (General Purpose

Input/Output), que são portas programáveis de entrada e saída de dados, utilizadas para

prover interface entre periféricos.

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Figura 6 – Raspberry PI 2 Modelo B

Fonte: Raspberry Foudantion (2017)

4.5 NODE-RED

O Node-RED é editor de workflows multiplataforma que possui interfaces ricas

baseadas em Javascript e Node.js, criado em 2013, como um projeto paralelo da IBM,

que pode ser utilizado dentro do contexto de IoT (Internet Of Things), ou Internet da

Coisas, o qual não será abordado neste trabalho (MARIANO, 2016)

A ferramenta foi escolhida, por já possuir integração nativa com o hardware da

Raspberry PI, além da facil implementação de fluxos, baseados em drop-down, arrastar

e soltar.

Dentro do cenário do ConnectLayer, o Node-RED irá permitir construir um

gráfico (fluxo) composto de nós, os quais podem ser mensagens de entrada e saída ou

uma lógica. Essas mensagens são passadas pelos nós, podendo ser processadas ou

transformadas. Sendo que no o objetivo final do fluxo será controlar o acender e apagar

do circuito de leds, a partir da GPIO da Raspbery PI.

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Figura 7 – Editor de Fluxo do Node-RED

Fonte: Próprios autores (2017).

4.6 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA

O ConnectLayer é um sistema de código fonte aberto desenvolvido na linguagem

de programação Java e faz uso de interfaces gráficas ricas, além do framework NettyIO,

que implementa o uso de Java Sockets, conforme descrito nos tópicos anteriores, o que

nos da os recursos necessários para realizar a camada de comunicação com uma rede local

de computadores.

Para executar o aplicativo em qualquer computador é necessário ter a máquina

virtual do Java, ou JRE (Java Runtime Environment), instalada em sua versão 1.8 ou

superior.

O sistema é constituído de uma única tela, e sua interface foi construída de acordo

com a Figura 8, baseado no conceito de camadas do modelo de referência OSI, dando

destaque ao transmissor – chamado de nó de origem, e o receptor – chamado de nó de

destino, além do próprio processamento das informações em conjuntos binários.

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Figura 8 – Transformação de comunicação de rede humana em bits

Fonte: Repositório público do Google Imagens (2017).

Já a Figura 9, mostra o layout do prótotipo da aplicação representando as mesmas

caracteristicas do modelo anterior, podemos notar o né de origem em verde, o nó de

destino em azul e a area de processamento em vermelho.

Figura 9 – ConnectLayer – Layout correspondente ao modelo transmissor/receptor

Fonte: Próprios autores (2017).

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O modelo final da interface de aplicação sofreu pequenas mudanças entre a etapa

de prototipagem até a etapa de desenvolvimento, foram adicionados ícones de leds que

representam o estado ativo ou inativo do conjunto binário, mas manteve as mesmas ideias

e conceitos, como mostra a Figura 10, em destaque podemos ver em tom de verde o nó

de origem e em tom de azul o nó de destino, centralizado ao layout, temos a fila de

processamento que está destacada em vermelho nas imagens anteriores.

Figura 10 – ConnectLayer – Interface do usuário

Fonte: Próprios autores (2017).

Como pôde ser visto na figura anterior, o designer da aplicação segue um modelo

simples e didático, sendo que, a disposição dos componentes e botões de ação seguem

um fluxo lógico de operações, detalhado a seguir:

1. Nó de origem: o nó de origem representa o transmissor da mensagem, do

qual, tem como responsabilidade servir como meio de entrada do texto do

usuário e transforma-lo em binário a medida que os valores são imputados.

No exemplo, temos a mensagem “Olá mundo”, escrita em linguagem

natural, que pode ser facilmente interpretada pelo homem, já na caixa de

texto inferior, temos o mesmo conteúdo, porem em linguagem de maquina,

mas facilmente processada pelo computador.

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2. Botões de ação: o botão processar, ao disparar a ação de clique, enfileira

todo o texto, de acordo com sua ordem escrita e inicia o envio de

mensagens para o receptor, letra a letra. Já o botão de reset, limpa todas as

informações tanto da tela, quanto da memória da aplicação;

3. Lista de processamento: a lista de processamento armazena todo o texto

de acordo com sua ordem de inserção, no caso “Olá mundo”, exibindo o

conteúdo que será processado em uma ordem lógica, baseado no conceito

de fila, ou seja, o primeiro item que entrar será o primeiro item a ser

processado;

4. Processo atual: simplesmente mostra qual dos itens da lista de

processamento está sendo executado naquele determinado momento,

exibindo a letra, no exemplo nota-se a letra “o”, e seu código hexadecimal,

nota-se o código “0x6f”, de representação na tabela ASCII (American

Standard Code for Information Interchange), que se trata de um padrão

internacional de representação, que utiliza até 8 bits, para formar um

caractere, e que pode ser utilizado para confrontar se a informação contida

no ConnectLayer, está mesmo correta;

5. Estado do circuito de leds: este componente exibe qual é o estado do

circuito de leds, do modelo físico, sendo que sua representação

ligado/desligado, deve estar de acordo com a sequencia binária do item em

processamento. Caso não o software não esteja ligado a seu modelo físico,

o conteúdo é exibido de forma a representa-lo, fazendo seu uso opcional;

6. Nó de destino: o nó de destino representa o receptor da mensagem, no

qual, todo o texto será montado passo a passo, após a transmissão de cada

informação da lista, como pode ser visto no exemplo na caixa de texto

superior é exibido o conteúdo binário da mensagem “Olá mundo”, que

aparece na caixa texto inferior, sendo esse o estágio final do processo;

7. Configuração/Conexão: este componente exibe o estado de conexão da

aplicação, bem como abre a caixa de diálogo de configuração e conexão

com a rede de dados.

Além da interface com o usuário a aplicação mostra um caixa de diálogo, que é

aberta ao clicar no botão de ação de configuração, encontrado no item 7, como visto

anteriormente na imagem, a Figura 11, representa o diálogo.

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Figura 11 – ConnectLayer – Caixa de diálogo

Fonte: Próprios autores (2017).

Nesta caixa de diálogo podem ser definidas as configurações correspondentes a

conexão da rede, como:

Endereço IP: endereço de rede que está aguardando uma conexão com a

aplicação, por padrão a configuração é o endereço local 127.0.0.1;

Porta: porta que está aberta, esperando por uma conexão e transmissão de

dados do ConnectLayer, por padrão seu valor é 7879;

Delay: este é tempo em segundo que o software vai esperar para enviar

cada item da fila de processamento, por padrão este valor é 1 segundo;

Botão Conectar: inicia a conexão com a rede de acordo com as

informações inseridas nos itens anteriores;

Botão Cancelar: simplesmente fecha a caixa de diálogo, sem fazer

qualquer alteração.

O ConnectLayer tende a ser uma ferramenta simples, de fácil manipulação e de

pouquíssima interação, no que diz respeito a interface gráfica, seu foco está em manter

tudo centralizado para que seja possível acompanhar rapidamente o que está acontecendo

passo a passo, dentro do processo de transmissão e recepção de dados.

Além da propria aplicação, faz parte da plataforma o que é chamado de modelo

prático ou físico, que se trata propriamente de converter os sinais digitais em sinais

elétricos, através de uma conexão TCP/IP, e exibi-los em um conjunto de 8 leds que

fazem sua representação binária, como pode ser visto na Figura 12.

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Figura 12 – ConnectLayer – Modelo Prático

Fonte: Próprios autores (2017).

O modelo prático, é contituido apenas de uma Raspberry PI, como já citado em

tópico anteriror, acoplada de um simples circuito de conjunto de leds. Tambem é onde

está instalado o software Node-RED e o sistema operacional Linux.

Apesar de colaborar com a questão didática, seu uso é opcional, já que a aplicação

funciona mesmo sem a conexão com o modelo.

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5 PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO METODOLÓGICA

O plano de aula se trata do detalhamento do plano de ensino, possibilitando criar

uma situação didática em aula. Segundo Gil (2012, p. 39), ele esclarece que “o que difere

o plano de ensino do plano de aula é a especificidade com conteúdos pormenorizados e

objetivos mais operacionais”. Ao elaborar o plano de aula, é indispensável que seja

concebido o plano de ensino levando em conta suas fases “preparação e apresentação de

objetivos, conteúdos e tarefas; desenvolvimento da matéria nova; consolidação (fixação

de exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação e avaliação” (LIBÂNEO, 1993,

p.241), além disso, o controle de tempo auxilia o professor a se orientar sobre quais etapas

deve se dar maior ênfase em sua abordagem educacional.

Com base em seu plano de ensino, o professor pode preparar suas aulas, organizar

um cronograma, onde separa o conteúdo em módulos para cada aula, apresentando

atividades, leituras e dinâmicas a serem feitas e discutidas durante suas aulas. O plano de

aula facilita a sistematização das atividades para atingir os objetivos que foram propostos,

para que se possa ter um maior aproveitamento, “os professores devem levar em

consideração as suas fases: preparação e apresentação de objetivos, conteúdos e tarefas;

desenvolvimento da matéria nova; consolidação (fixação de exercícios, recapitulação,

sistematização); aplicação; avaliação” (LIBÂNEO, 1993, p.241). Um plano de ensino

passa pelas seguintes etapas:

O tema a ser abordado: assunto, conteúdo a ser trabalhado;

Objetivos gerais a serem alcançados: o que os alunos irão conseguir

absorver com o estudo do tema abordado.

Objetivos específicos: relacionados a cada etapa de desenvolvimento da

aula.

Etapas previstas: a previsão de tempo, onde o professor organiza o que

ira ser trabalhado em pequenas etapas.

A metodologia a ser utilizada: definir a forma que o conteúdo será

trabalhado, quais recursos utilizar para auxiliar a promover o aprendizado

e compartilhamento de conhecimento sugerido no plano da sala de aula;

Avaliação: a maneira que será utilizada pelo professor para avaliar a

aprendizagem do aluno.

A bibliografia: Todo o material que o professor utilizou para realizar seu

planejamento.

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A seguir, tem-se um plano de aula elaborado pelos orientandos e orientador, o

qual ministra a disciplina de Redes de Computadores, na Faculdade de Tecnologia de

Itapira “Dr. Ogari de Castro Pacheco”. O objetivo foi trazer mais subsídios de reflexão

para o desenvolvimento de uma aula sobre camada física, em uma próxima etapa de

continuidade deste projeto.

Plano de Aula

Dados de Identificação

Professor: Adriano Ricardo Ruggero

Disciplina: Redes de Computadores

Tema: Camada Física - Modelo Prático

Turma: 4 Período

Data: 17 de maio de 2017

Duração da aula: 1h 40 minutos

1 Objetivos

1.1 Geral

Observar, de forma interativa, o funcionamento da camada física de uma rede de

comunicação de dados.

1.2 Específicos

• Compreender na teoria o funcionamento da camada física de uma rede de comunicação

de dados;

• Aprender como a camada física converte as informações oriundas das camadas

superiores em sinais elétricos;

• Visualizar os sinais elétricos no modelo prático desenvolvido pelos alunos.

2 Conteúdos

• Modelo OSI (relembrando...);

• Função da Camada Física;

• Meios de transmissão;

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• Protocolos de transmissão de dados;

• Níveis de sinal;

• Apresentação do modelo prático;

• Interação com o modelo prático.

3 Procedimentos metodológicos

Introdução teórica ao Modelo OSI de camadas. Funções da Camada Física do Modelo

OSI. Exemplos de meios de transmissão de dados (cabo, fibra óptica, sinais de rádio).

Introdução a protocolos de transmissão e níveis de sinal. Apresentação do modelo prático

desenvolvido pelos alunos. Interação com o modelo prático.

4 Recursos didáticos

Lousa, notebook, projetor, plataforma ConnectLayer.

5 Avaliação

Participação e interesse dos alunos.

Referências

WETHERALL, David J.; TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 5 ed.

São Paulo: Peasrson, 2011.

KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Redes de Computadores e a Internet: uma

abordagem top-down. 3 ed. São Paulo: Addison-Wesley, 2005.

Baseado nos resultados deste trabalho, foi desenvolvido este plano de aula para

que seja um modelo sugestivo de implatação do ConnectLayer, dentro do plano de ensino

de qualquer instituição técnica, voltada para a area de Tecnologia da Informação, que

tenha interesse de usar-lo como recurso didático.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com (BERNARDES; MARCONDES 2006) é importante salientar que

as mudanças estão ficando cada vez mais rápidas e que estas provocam alterações em

todo ambiente global e isto também se insere nas organizações e principalmente em suas

práticas administrativas e tecnológicas.

Desta forma, a iniciativa de criar um software pedagógico capaz de auxiliar tanto

o corpo discente quando a compartilhamento de conhecimento para o corpo docente, se

mostra uma alternativa eficaz diante das dificuldades do ensino-aprendizagem. O

software é de caráter simples e tem a função de mostrar informações durante a troca de

mensagens binárias (0 ou 1), entre um transmissor e um receptor, assim, pôde-se entender

como funciona visualmente este processo no nível da Camada Física do Modelo de

Referencia OSI.

Espera-se que o software pedagógico desenvolvido ajude na maior compreensão,

por parte dos alunos, na disciplina de redes de computadores, mais especificamente, a

camada física do modelo de referência OSI, além contribuir na diminuição do

desinteresse dos discentes, transformando a abordagem prática em estímulos, também

para os docentes.

São perspectivas futuras: a melhoria e reavaliação do software; a realização-testes;

a identificação de bugs, falhas e gargalos; e a implementação do software em sua

instituição de origem.

Por fim a plataforma será distribuida a parte deste trabalho, sob licença livre, para

o sistema operacional Windows, tambem será compartilhado o código-fonte de toda

aplicação, para que os alunos e professores possam estudar, aprender e evoluir o projeto,

sendo que, o conteudo será disponibilizado pela sua instituição de origem.

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REFERÊNCIAS

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Administração: gerenciando organizações; Saraiva, São Paulo. 2006.

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comunicacao-em-redes-de-computadores/>. Acesso 10/12/2016.

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segundo a IDC. Disponível em: < http://br.idclatin.com/releases/news.aspx?id=2053>.

Acesso 14/10/2016.

KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Rede de Computadores e a Internet: Uma

abordagem Top-Down. Tradução Opportunity Translations, revisão técnica Wagner

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LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. Goiânia: Alternativa,

1993.

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1999.

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