48
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ FAESPI CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS TERESINA PI 2017

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

0

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – FAESPI

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA

DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

TERESINA – PI

2017

Page 2: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

1

FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA

DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Monografia apresentada a Faculdade de

Ensino Superior do Piauí – FAESPI como

requisito para obtenção do grau de Bacharel

em Psicologia. Orientadora: Profª. Me. Laís de Meneses

Carvalho Arilo.

TERESINA – PI

2017

Page 3: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

2

FRANCIVANIA OLIVEIRA LIMA

DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Monografia apresentada a Faculdade de

Ensino Superior do Piauí – FAESPI como

requisito para obtenção do grau de Bacharel

em Psicologia.

Aprovada em: _____ / _____ / 2017.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ Prof.ª Ma. Laís de Meneses Carvalho Arilo

Orientadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

________________________________________________________

Prof.ª Me. Karolyna Pessoa Teixeira Carlos 1ª Examinadora

Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

________________________________________________________ Prof.ª Esp. Ligia Damasceno Cronemberger Neiva

2ª Examinadora Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI

Page 4: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

3

A Deus, que se mostrou criador, foi criativo.

Sеu fôlego devida еm nós nos foi sustento е

nos deu coragem para questionar realidades е

propor sempre um novo mundo de

possibilidades. À família, pela capacidade de

acreditarеm nós е coragem de investirеm mim.

Аоs nossos velhos amigos e aos amigos

conquistados nessa trajetória, pеlаs alegrias,

tristezas е dores compartilhadas. A todos

aqueles que de alguma forma estiveram е estão

próximos de nós, fazendo nossas vidas vale

cada vez mais а pena. A todos nossos

professores que convivemos no decorrer do

curso, que foram tão importantes na nossa vida

acadêmica е de forma indireta no

desenvolvimento deste trabalho.

Page 5: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por renovar

a cada momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo dessa

jornada.

Aos meus pais: Fernando e Lucia pelo apoio.

Ao meu esposo: Domingos pela compreensão e o incentivo.

A minha filha Letícia pelas palavras de apoio e por compreender minha ausência nos

momentos de estudo.

A minha professora orientadora pelo apoio, disponibilidade de tempo e material,

sempre com uma simpatia contagiante, conhecimentos e experiência, pela paciência e

incentivo tornando possível assim a realização deste trabalho.

A Faculdade de Ensino Superior do Piauí - FAESPI, pelo ambiente acadêmico

criativo, amigável agradável que proporciona, cumprindo com êxito a sua missão, por

oferecer com extrema qualidade o curso de psicologia. Disponibilizando uma equipe

dedicada e qualificada nas áreas administrativas assim como os docentes.

Agradeço а todos os professores por proporcionarem о conhecimento nãо apenas

racional, mas а manifestação do caráter е afetividadeda e ducação no processo de formação

profissional, ensinando pelo exemplo que acredito que, amelhor maneira de educar, pоr tanto

quе se dedicaram а mim, naо somente pоr terem mе ensinado, más porterem mе feito

aprender. Aоs professores dedicados оs quais sеm nominar terão оs meus eternos

agradecimentos.

Aos professores que demonstraram disponibilidade em compor a banca examinadora,

pelo suporte no pouco tempo que lhes coube, pelas suas correções, sugestões е incentivo,

foram de crucial importância na elaboração desse trabalho.

Aos amigos...

Aos que direta ou indiretamente contribuíram.

Page 6: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

5

“O intervalo de tempo entre a juventude e a

velhice é mais breve do que se imagina. Quem

não tem prazer de penetrar no mundo dos

idosos não é digno da sua juventude [...]”

(Augusto Cury)

Page 7: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

6

RESUMO

A depressão em idosos é um dos principais problemas apresentados na sociedade moderna,

devido a vários fatores de risco que podem estar associados, tais como a perda de autonomia,

abandono, ansiedades, viuvez recente, dores crônicas. Adepressão não é uma doença

específica da pessoa idosa, ocorre em jovens, adultos e crianças, porém no idoso aparece com

maior frequência, e quando não tratada tende à cronicidade causando grande sofrimento

psíquico e uma piora na qualidade de vida do paciente. Buscar evidências científicas, e

analisar as principais características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada.

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Foram analisados estudos dos ultimos

cinco anos, onde os artigos selecionados foram publicados entre 2012 a 2017. Sendo quatro

artigos publicados em 2012, dois em 2013, dois em2014, dois em 2016 e um em 2017.

Totalizando os 11 artigos selecionados. Para melho rcompreensão organizou-se categorias

temáticas, a saber: Quadros depressivo em pessoas idosas que vivem em ILPI; suas

características, tais como humor deprimido, e a perda de prazer diante de atividades

rotineiras; impactos dos quadros depressivos no cotidiano de idosos residentes em ILPI; a

presença de quadros depressivos em idosos institucionalizados e os principais fatores que

favorecem o surgimento da depressão. O presente estudo permitiu analisar as principais

características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada, bem como

identificar as principais conseqüências da depressão em idosos residentes de instituições de

longa permanência, pode-se definir também, os principais fatores que desencadeiam quadros

depressivos em idosos institucionalizados, bem como verificar a relação entre abandono

familiar e depressão em idosos institucionalizados. Os resultados de depressao em idosos

institucionalizados mostraram que em todos os estudos encontrados e analisados mostravam a

presença de depressao nesses idosos, esse estudo trouxe também resultados com relação a

idosos que viviam no contexto familiar, pois esse contato familiar atuava como fator de

proteção reduzindo as taxas de depressao nesses sujeitos, percebeu se também que apesar da

visão negativa que se tem a respeito das Instituições de Longa Permanecia-ILPI’s, em alguns

casos a institucionalização vem como beneficio para aqueles idosos que não possui de um

cuidador ou até mesmo possui um familiar, porém vivem em situação de maus tratos tendo

seus direitos violados, justificando assim a relevância dessa pesquisa e considerando esse

estudo de suma importância para pesquisas futuras. Palavras-chave: Depressão. Família. Idoso institucionalizado.

Page 8: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

7

ABSTRACT

Depression in the elderly is one of the main problems presented in modern society, due to

several factors such as loss of autonomy, abandonment, anxieties, recent widowhood, chronic

pain are some of the factors that increase the risk of depressive symptoms. Depression is not a

specific disease of the elderly, occurs in young people, adults and children, but in the elderly

appear more frequently, and when untreated tend to chronicity causing great psychological

suffering and worsening of the quality of life of the patient. To search for scientific evidence,

and to analyze the main characteristics of depressive disorders in the institutionalized elderly

person. To identify in the literature the main consequences of depression in elderly residents

of long-term institutions. Define the main factors that trigger depressive disorders in

institutionalized elderly. To verify the relation between family abandonment and depression in

institutionalized elderly. It is a bibliographical research, where it was used the method based

on evidences. When analyzing the studies found, the temporal cut was performed for twelve

years, where the selected articles were published between 2012 and 2017, four in 2012, two in

in 2013, two in 2014, two in 2016 and one in 2017. Totaling the 11 selected articles. All the

analyzed studies have exploratory method with quantitative approach. For better

understanding, thematic categories were organized, namely: Depressive pictures in elderly

people living with ILPI and some of their characteristics. Impacts of depressive disorders in

the daily life of elderly people living in ILPI. The presence of depressive symptoms in

institutionalized elderly people, and the main factors that trigger them. The binomial elderly /

family, and the relationship between family abandonment and depression. The present study

made it possible to analyze the main characteristics of depressive disorders in the

institutionalized elderly person, as well as to identify the main consequences of depression in

elderly people living in long-term care facilities. It is also possible to define the main factors

that trigger depressive disorders in the institutionalized elderly; it was also possible to verify

the relationship between family abandonment and depression in institutionalized elderly. This

research is of great relevance to the entire scientific community, since it allows students,

professionals and researchers in general to extract information with high level of reliability of

the results in a fast and practical way,It also invites all psychologists and other professionals

working in the context of mental health to open new research in this area, which is of great

importance, since the scientific production by the same in this area of knowledge is still timid.

Keywords: Depression. Family. institutionalized elderly.

Page 9: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABVD Atividades Básicas de Vida Diária

AIVD Atividades Instrumentais da Vida Diária

BVS Biblioteca Virtual em Saude

DSM Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

IBGE Instituto Brasileiro de Geografiae Estatísticas

ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos

LILACS Literatura Latino Americano e do caribe em Ciencia da Saude

OMS Organização Mundial de Saúde

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio

PNI Política Nacional do Idoso

PSH Programa de saúde do homem

PEPSIC Periodicos eletrônicos em Psicologia

SCIELO Scientific Eletronica Library Online

SUS Sistema Único de Saúde

Page 10: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 13

2.1 IDOSOS NO BRASIL .............................................................................................. 13

2.2 DEPRESSAO NO IDOSO ........................................................................................ 14

2.2.1 Idosos de instituições de longa permanência versus convívio familiar .............. 17

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 26

4.1.1 Quadros depressivos em idosos moradores de ILPI e suas características ....... 29

4.1.2 Impactos de quadros depressives no cotidiano de idosos de ILPI ...................... 35

4.1.3 Depressão em idosos residentes de ILPI ............................................................... 36

4.1.4 Relação entre o abandon familiar e a depressão .................................................. 39

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 43

Page 11: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

10

1 INTRODUÇÃO

Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatisticas) a população tende a envelhecer cada vez mais e esse é um fenômeno mundial,

com o aumento da população idosa a velhice transforma-se em uma questão de saúde pública,

o que gera várias problemáticas e dentre elas encontra-se a depressão (BRASIL, 2012).

A depressão no idoso é um dos principais problemas apresentados na sociedade

moderna, devido a vários fatores de risco, tais como a perda de autonomia, abandono,

ansiedades, viuvez recente e dores crônicas. A depressão não é uma doença específica da

pessoa idosa, ocorre em jovens, adultos e crianças, porém no idoso aparece com maior

freqüência, e quando não tratada tende a se tornar crônica causando grande sofrimento

psíquico e uma piora na qualidade de vida do paciente (CHAIMOWICZ, 2013).

Conforme estudos de Souza et al.,(2015), esse aumento do envelhecimento da

sociedade é impactante nos âmbitos culturais, econômicos e políticos, passando aexigir

atenção da população e necessitando de estudos por parte da comunidade científica a fim de se

estimular estratégias de envelhecimento saudável. Deve-se atentar que envelhecimento não é

sinônimo de adoecimento, no entanto torna-se evidente o aumento de doenças entre idosos.

As instituições de longa permanência para idosos (ILPI) são domicílios coletivos para

pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, tem caráter residencial e abrigam idosos com

ou sem o suporte da família. É importante ressaltar que essas instituições mesmo nãotendo

caráter de serviço de saúde, realizam essa demanda em função de grandes dependências dos

idosos residentes de abrigos. Muitas vezes, a ILPIs constitui-se na única alternativa viável para

preservar mecanismos de sobrevivência diante de dificuldades sócio-econômicas, afetivas e

familiares vivenciadas no processo de envelhecer (SALCHER, 2015).

Hartmann destaca que:

A transição de idosos do seio familiar paraas instituições de longa permanência para

idosos (ILPI) traz impactos abrangentes na psique destes indivíduos, pela radical

mudança a que são submetidos, alterando todo o contexto sócio cultural que já

estavam habituados. Portanto tais mudanças engatilham nos idosos sentimentos de

abandono pelos filhos, de perda de liberdade, de autonomia, de identidade, de

isolamento e de inatividade física, especialmente quando as ILPI contemplam

exclusivamente a assistência social (HARTMANN, 2012, p.45).

Os idosos afastados do ambiente familiar e transferidos para um abrigo sofrem com

essa mudança, encontra-se em um novo lar, convivendo com novas pessoas a sentem a perda

de liberdade, da autonomia e o isolamento, o que repercute um grande desafio a ser

Page 12: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

11

enfrentado, despertando sentimentos de abandono, inutilidade e desesperança (HARTMANN,

2012).

Os filhos ou responsáveis por pessoas idosas se encontram impotentes em relação ao

cuidado devido a esses indivíduos, muitas vezes motivados por questões sociais, como por

exemplo, suas obrigações particulares, à necessidade vital de trabalhar para o próprio

sustento, bem como para garantir o bem estar do parente idoso. Portanto devidos à

adversidade de tantos fatores sociais, esses em sua grande maioria, que determinam a

institucionalização de idosos por parte dos seus familiares. Os idosos muitas vezes tornam-se

um peso para sua família, pois perde sua independência, ficando sob os cuidados de algum

familiar, necessitando de cuidadose atenção que esse cuidador não dispõe, a família optam

pela institucionalização, os idosos são encaminhados por questão de sobrevivência, cujo

cuidado ficou impossível em casa (CORREA, 2012).

O estatuto do idoso, art. 3º dispõe:

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar

ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, à cultura, a o esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à

liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária

(BRASIL, 2003).

Segundo o estatuto do idoso, os direitos da pessoa idosa vêm sendo atribuídos às

famílias, comunidade e sociedade, além do poder público. E é através desse estatuto que

buscou-se trazer algumas reflexões pertinentes a cerca dessa polêmica temática, que é de

grande interesse para a sociedade em geral, já que o processo de envelhecimento é fisiológico

e inevitável. Assim, procurou-se saber se os idosos que vivem em instituições de longa

permanência para idosos, apresentam quadros depressivos, em comparação a idosos que são

cuidados pela família e participam do ciclo de vida familiar.

A pesquisa teve como objetivo buscar produções científicas sobre o tema e analisar

as principais características de quadros depressivos na pessoa idosa institucionalizada. Acerca

dos objetivos específicos procurou-se ao longo desse estudo: identificar na literatura as

principais conseqüências da depressão em idosos residentes de instituições de longa

permanência; definir os principais fatores que desencadeiam quadros depressivos em idosos

institucionalizados e verificar a relação entre abandono familiar e depressão em idosos

institucionalizados.

O que impulsiona a realização desse trabalho é entender o processo de adoecimento

psíquico que a institucionalização de pessoas na terceira idade pode vir a ocasionar,

Page 13: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

12

apresentando os motivos, causas e determinantes que favoreceu o fato, para que a sociedade,

estado e família pensem estratégias de cuidado e assistência a pessoas da terceira idade e para

que possam ajudara pessoa idosa aultrapassar os obstáculos comuns que surgem na terceira

idade, justificando assim a relevância desse estudo.

A inclusão de idosos em instituições de longa permanência tem sido tema de muitas

outras pesquisas e os resultados têm apontado a existência de muitos estigmas e estereótipos

sobre o processo do envelhecimento. Esse fato vem gerando muita preocupação no meio

científico, uma vez que esses idosos,assim como as demais,precisam ser considerados e

valorizados. E pela necessidade de analisar quais as principais causas de depressão e os

impactos apresentado pelo idoso como rompimento dos vínculos familiares, e assim como

compreenderem que momento e por quais razões esse dá a quebra de tais vínculos. As

respostas a essas questões propiciarão informações que consideramos importantes para a

prática da psicologia, especialmente direcionadas para idosos institucionalizados que

apresentam quadros depressivos, ocasionados pela quebra de vínculo familiar.

Page 14: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. IDOSOS NO BRASIL.

Analisando apopulação brasileira por faixa etária, observa-se que a população idosa

vem crescendo constantemente nos últimos anos (IBGE, 2010).

Em uma visão panorâmica, utilizando dados históricos, a população idosa no Brasil

cresceu consideravelmente. Segundo o IBGE, (2010) antes de 2010, a taxa de pessoas idosas

as sempre esteve abaixo dos 10% da população, o que se assemelhava aos índices registrados

em países subdesenvolvidos. Ainda com base no mesmo documento, em 2015 a população

brasileira era composta por um total de 204, 9 milhões de pessoas, com uma taxa de

crescimento variando em torno de 1% entre 2005 e 2015. Nesse mesmo período, quando

inserindo a população idosa,observam-se um crescimento variante de 9,8% para 14, 3% da

população.

Os dados mostram que a população brasileira está envelhecendo, e a tendência é a

continuação deste fenômeno. Segundo as projeções oficiais, em 2025 a estimativa é que o

Brasil tenha aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade,

alcançando a sexta colocação no ranking mundial de países mais longevos (BRASIL, 2016).

Paralelo a este crescimento da população brasileira com 60 anos ou mais, surgem os

desafios para o incremento de políticas públicas que visem atender a esta faixa etária. A

maioria desta não está inserida na população economicamente ativa. Nisso surgem questões

relacionadas à dependência dos idosos, quando se comparado à outra faixa etária (BRASIL,

2016).

Com o envelhecimento da população se torna necessários investimentos na promoção

da autonomia e da vida saudável dos idosos, assim como prover planejamento, para uma

atenção adequada às suas necessidades. Envelhecer não significa estar ou ser doente, mas

significa que cuidados diferenciados devem ser oferecidos a essa população. Pois chegar à

velhice remete às mudanças, que podem ser isoladas ou não, dependendo de cada invididuo

(MINAYO, 2012).

Com base no IBGE, entende-se por pessoas dependentes à razão entre as pessoas

economicamente dependentes jovens e idosas e aquelas potencialmente ativas. Nisso,

identificou que no Brasil, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicilio) 2015, a razão de dependência de jovens diminuiu significativamente, passando de

41,7 jovens por 100,0 pessoas sem idade potencialmente ativa, em 2005, para 32,5 em 2015,

os jovens passaram a ser mais independentes, enquanto a razão de dependência dos idosos

Page 15: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

14

aumentou de 15, 5 para 22,2 no mesmo período o que mostra a perda de autonomia com o

aumento da idade (BRASIL, 2016).

Toda essa alteração no aumento da idade da população tem se apresentado como um

grande desafio para as políticas públicas. As mudanças vao se alargando numa média de 2,5%

de crescimento anual, o que gera preocupações para o sistema de saúde, porque mesmo sem

ter solucionado os problemas sanitários relativos à infância, à adolescência e aos

trabalhadores, terão de se equipar para dar respostas eficientes relativas à prevenção de

enfermidades e à atenção aos idosos. Além disso, as famílias também estão se adequando a

essa nova realidade.

Silva, Araújo e Cardoso (2017), afirmam que a própria sociedade atribui

características negativas ao idoso, como sendo o um sujeito incapaz, que vive doente, pessoas

solitárias, e ainda os enxergam como alguém que perdeu a independência em todos os

âmbitos. Essa visão estereotipada contribui para o crescimento da visão negativa que se tem

do envelhecimento.

Para Prevelato (2015) envelhecer é:

{...} um martírio e um exílio social forçado causando temor às pessoas que

envelhecem. Esse “suposto martírio” é percebido aos primeiros sinais da passagem

do tempo e é importante compreender o envelhecimento como um processo que

ocorre naturalmente com os indivíduos ao longo de suas vidas, e que não é um

fenômeno que ocorre rápida e isoladamente (PREVELATO, 2015, p. 20).

2.2 DEPRESSÃO NO IDOSO

Entende-se por depressão um conjunto de distúrbios, provocado por vários fatores na

área afetiva ou do humor, exercendo forte impacto funcional e aspectos de ordem biológica,

psicológica e social, tendo como principais sintomas o humor deprimido e a perda de interesse

ou prazer diante de atividades rotineiras, aumentando a vulnerabilidade e o agravamento de

quadros patológicos da depressão (NOBREGA et al., 2012).

A depressão é conhecida pela presença de sintomas tais como, apatia, irritabilidade,

perda de interesse, tristeza, atraso motor ou agitação, idéias agressivas, fadiga, insonia,

anorexia. Seu diagnóstico requer um bom conhecimento teórico por parte do profissional.

Porém, suas origens, suas relações objetais e suas concepções ainda podem levantar

questionamentos e levar a interpretações equivocadas prejudicando um possível tratamento

(ESTEVES; GALVAN, 2006).

Além disso, segundo DSM -V, (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais) depressão pode ser conceituada como:

Page 16: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

15

[...] presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações

somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento

do indivíduo. O que difere entre ele são os aspectos de duração, momento ou

etiologia presumida (DSM 5.2014, p. 155).

Sentir-se triste é uma resposta natural a eventos da vida, como o sofrimento frente

uma perda ou um desapontamento. O transtorno afetivo denominado depressão, é algo muito

mais grave e caracterizado pela falta de controle sobre o próprio estado emocional (GARCIA

et al., 2006).

Duarte (2011) afirma que:

Há uma prevalência de transtorno depressivo em jovens com idade entre20 e 40anos.

Acontece com maior freqüência em mulheres e em indivíduos com baixa renda e

menor grau de escolaridade, a pessoas viúvas, separadas, divorciadas do que em

solteiros e casados (DUARTE etal., 2011, p.129).

Segundo dados da OMS, (Organizaçao Mundial de Saúde) divulgados em relatório

no ano 2015, o número de pessoas acometidas por transtornos depressivos têm aumentado

progressivamente no mundo, afetando algo em torno de 322 milhões de pessoas, ao se fazer

uma comparação no período de 10 anos, iniciando-se em 2005 e terminando em 2015,

observou-se o aumento em de 18,4%%, chegando a ser identificada a presença de transtornos

depressivos em 4, 4% da população mundial. Nesses índices, o Brasil apresenta algo em torno

de 5,8% da população afetada por este problema, sendo colocado em 2º lugar no continente

americano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (BRASIL, 2016).

Quando colocando em destaque a população idosa, a depressão está relacionada a um

transtorno mental recorrente, que afeta os idosos em geral. Essa prevalência pode ser maior

em idosos de instituições de longa permanência, vindo a se diferenciar de tristeza por sua

persistência, podendo durar semanas, meses ou anos, interferindo diretamente na vida do

idoso. A depressão vem se destacando, tornando-se um problema de saúde pública gerando

gastos. Estima se que a depressão ficara em segundo lugar em países desenvolvidos, perdendo

apenas para as doenças cardíacas graves, até 2020 poderá atingir o primeiro lugar em países

em desenvolvimento. A incidência de depressão é maior em idosos de abrigos ou internados

com doenças agudas (SIQUEIRA et al ., 2009).

Depressão no idoso não pode ser ignorada, por apresentar-se como um distúrbio

crescente na sociedade, gerando conseqüências negativas em relação a aspectos funcionais e

biológica afeta a qualidade de vida, levando a perda de autonomia e o agravamento de quadros

patológico, consequentemente elevando riscos de morbidades e mortalidade nessa população,

Page 17: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

16

muitas vezes não é diagnosticada, devido às diferenças acentuadas em relação a sentimentos

melancólicos que são erroneamente visto como manifestações naturais do processo de

envelhecimento (TESTON, 2014).

Rodrigues (2012) afirma que sociedade tem um papel fundamental no

reconhecimento do idoso como um ser social.

[...] importante nessa fase e ser aceite pela sociedade assim como em qualquer fase,

mas aqui o mais importante é a pessoa aceita-seela própria com as mudanças se

alterações que sofre. A nível físico é sempre possível atrasar. Alterar algum aspecto,

mas a nível psicológico tem de estar tudo muito bem definido para que a pessoa

consiga viver em paz consigo própria (RODRIGUES, 2012, p. 38).

A depressao pode interferir nas atividades mais simples diárias do idoso, ocasionando

um dos principais problemas nessa fase, a perda de autonomia e o agravamento de quadros

patológicos (FRADE et al., 2015).

É importante observar a diferença entre tristeza e depressão, tristeza é um estado

fisiológico do ser humano com pouca duração, vários fatores podem desencadear sentimentos,

como perdas, desilusões, distúrbios dos mais variados e diversas formas, porém, vale ressaltar

que quando esses sintomas persistem e são acompanhados de apatia, indiferença,

desesperança, apresentam-se sinais claros de depressão, o que é comum no público idoso, por

muitas vezes, perderem a independência que tinham anteriormente (LIMA et al., 2016).

De acordo com Prevelato (2015) a discriminação internalizada leva os idosos a uma

atitude de negação das mudanças físicas que ocorrem nessa etapa da vida, são socialmente e

culturalmente construídos, os idosos não serão aceitos e acolhidos, tornando a velhice um

verdadeiro martírio sinônimo de sofrimento, dependência e solidao.

Segundo Whitaker (2010) o idoso:

{...} não podem mais contar com o apoio da extensa parentela que lhes garantia

apoio e bem-estar. Hoje, os idosos devem resolver a maior parte dos seus problemas

sozinhos, devem freqüentar grupos de terceira idade e ler livros de auto-ajuda, porque

a depressão é ameaça constante, face às doenças que os ameaçam durante o

envelhecimento (WHITAKER, 2010, p.183).

O processo de envelhecimento é considerado uma etapa do ciclo vital, na perspectiva

do desenvolvimento psicológico, que tem despertado interesse de pesquisadores, devido às

mudanças físicas, sociais e biológicas que ocorre nessa fase da vida, estudos apontam uma

preocupação por parte da sociedade, para que esse processo passe a ser visto como novas

possibilidades, para um processo saudável. Porém, pare que isso ocorra é necessário estimular

o idoso a práticas de independência e auto cuidado. Diante dessas transformações a família

Page 18: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

17

deve se torna rum aliado junto ao idoso, proporcionando bem-estar e segurança, compreender

o comportamento do idoso favorece o bom desempenho dos cuidadores facilitando a

interação, diminuindo as possibilidades da inserçãodo idoso em ILPI (SILVA; COMIN;

SANTOS, 2013).

Lana (2014) afirma que o envelhecimento pode ser entendido:

{...} como um processo dinâmico e progressivo, em que há modificações

morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, com perdas progressivas da

capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, assim como maior

prevalência de processo patológico que demonstram maior incapacidade com as

inúmeras perdas, incluindo papel social, renda, posição social, independência e

estrutura anatômica (LANA. 2014, p.674).

2.2.1 Idosos de Instituiçoes de Longa Permanencia Versus Convivio Familiar

Os idosos são mais vulneráveis a transtorno mentais, o que justifica a relevância da

investigação das manifestações psicológicas nessa população, dessa forma planejarem

intervenções adequadas, promovendo saúde mental e qualidade de vida para o idoso

(RESENDE et al., 2011).

Para Tavares fragilidade no idoso é:

{...} uma síndrome medica com múltiplas causas e fatores contribuintes

caracterizada pela diminuição da forca, Resistência e funções fisiológicas reduzidas

que aumentam a vulnerabilidade de um individuo para o desenvolvimento de

dependência funcional ou morrer (TAVARES, 2014, p. 348).

Há um declínio geral na capacidade do indivíduo, aumentando o risco de contrair

doenças, devido à redução das funções fisiológicas, o que pode resultar no falecimento. Os

idosos muitas vezes não conseguem adaptar se a novas situações, provocando um sentimento

de incapacidade e insegurança, deixando de acreditar em seus planos, mergulhando em uma

depressão profunda, o que lhes causa medo e vontade de não viver (RODRIGUES, 2012).

Idosos moradores de ILPI são limitados ao desenvolvimento de suas atividades

básicas de vida diária (ABVD) tais como vestir-se, limpa a casa, banhar sozinho, alem de

oyras atividades instrumentais de vida diária (AIVD), ou seja, tomar o próprio medicamento,

tomar decisões, administrar seu dinheiro favorecendo o compromentimento do estado

funcional do idoso (SOARES; COELHO; CARVALHO, 2012).

Os idosos excluídos da interação familiar ficam mais expostos a conflitos que podem

levar a depressao, causando impactos negativos, tais como ansiedade, baixa auto-estima,

Page 19: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

18

tristeza, solidão e outros agravos psiquiátricos considerados comuns na velhice, contribuindo

para o seu isolamento e insatisfação com as relações sociais (RABELO, 2015).

Os idosos passam por transformações importantes durante o envelhecimento, essas

transformações ocorrem também dentro das famílias, há um realinhamento de papeis,

acompanhada de dificuldades de adaptação para ambas as partes, por um lado o idoso não

consegue aceitar a perda de independência, por outro as famílias na maioria das vezes não

estão preparadas para fazer o papel de cuidado. Além da questão familiar, existe um agravante

que engloba a morte das pessoas que o idoso convivia. Isso faz com que ele vá percebendo

que a sua hora está chegando, principalmente com o aparecimento das doenças crônicas. “É

uma série de sentimentos que começam a aparecer tornando essa fase mais complicada

(HORTA; FERREIRA; ZHAO, 2010)”.

Os idosos têm vivido uma espécie de discriminação social e por conta dessa visão

eles acabam sendo excluídos do ambiente em que ocorrem as trocas de relações interpessoais.

A destacar o período de adesão da aposentadoria onde ocorre o afastamento da atividade

ostornando ociosos e consequentemente os afastando dos grupos sociais (SILVA; ARAÚJO;

CARDOSO, 2017).

A compreensão do envelhecimento na atualidade traz reflexões sobre as categorias

identitárias e os termos utilizados para descrever o processo. A partir desse ponto, que a

terceira idade é compreendida como uma faixa etária que vem modificandoos discursos

políticos, práticas sociais e interesses econômicos (SILVA, 2008).

As familias sentem dificudade no cuidado com idoso, pois desenvolver o papel de

cuidador não e tarefa fácil, requer cuidados, atenção e disposição de tempo, diante das

dificuldades sócias econômicas enfrentadas pela maioria da população brasileira, as ILPI

torna se uma saída encontrada por muitas famílias. O idoso ao ser institucionalizado

geralmente sentem se desmotivados sem expectativas, porém ainda resta lhe esperanças de

voltar ao convívio familiar, diante de um novo lar, atravessa a fase de adaptação, aprender a

conviver com pessoas diferentes e a privação do convívio social, sendo obrigado a aceitar a

institucionalização, mergulhando numa espécie de isolamento que limita e prejudica o

convívio, e as relações sociais (MARIN et al, 2012).

A Família tem um papel fundamental na vida do idoso e pode ser compreendida

como, um conjunto de pessoas que residem no mesmo domicilio ou não, ligadas por laços de

parentesco, afetividade, reprodução, dependências domesticas que compartilham as mesmas

normas de convivências interagindo entre si, a família e a base na formação do caráter do

individuo dentro de um processo histórico,constituindo um local de apoio para seus

Page 20: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

19

membros,formadora de pessoas emocionalmente estáveis ,felizes e equilibradas,constituindo

um espaço de proteção social (SOUSA et al., 2015).

A família constitui-se, como um suporte fundamental vida do idoso, possibilitando

vinculo, atenção direta e auxílio para possíveis problemas graves de saúde que podem

ocasionar a perda de autonomia dessa pessoa (ARAUJO et alt., 2012).

O processo de envelhecimento e sua vivência constituem uma experiência particular

a cada indivíduo, pois, são varias as circunstâncias vivenciadas de diferentes formas pelas

pessoas idosas, tais como as perdas cognitivas, físicas e mentais e as mudanças na

personalidade, na vida social e produtiva, que afetam de algum modo a autonomia e a

independência para o viver diário e a qualidade de vida esses eventos sao negativos e

estressantes, que levam à baixa qualidade de vida, tanto para quem vivencia essa condição

como para aqueles que convivem com o idoso.

À medida que envelhecemos o organismo tende a reduzir suas capacidades

funcionais e aptidões. Por exemplo, as alterações que ocorrem nos domínios biopsicossociais

e que acabam comprometendo a qualidade de vida das pessoas idosas (SILVA; ARAÚJO;

CARDOSO, 2017).

Essa visão sobre o declínio da funcionalidade é defendida por Cancela (2007) quando

ele diz que o envelhecimento depende do estilo de vida que a pessoa assume na infância, na

adolescência. O organismo envelhece como um todo, sendo que órgão, células e tecidos vão

envelhecendo em diferentes momentos.

Assim como qualquer outra etapa da vida e por se tratar de um processo individual,

universal e irreversível, o envelhecimento é marcado por mudanças biopsicossociais que se

manifestam em momentos distintos na vida. Porém essa etapa não pode ser encarada como

uma perda. O estilo de vida que a pessoa leva durante as etapas anteriores, tem influência

marcante nesse processo de envelhecimento assim como os fatores genéticos e hereditários

(PELEGRINO, 2009).

O envelhecimento pode ser dividido em três etapas: o envelhecimento primário refere

se como um processo gradual e inevitável de deterioração do corpo. Envelhecimento

secundário que se refere às consequências de doenças está ligado ao estilo de vida da pessoa.

E a terceira é a idade funcional que diz que, é a capacidade de uma pessoa funcionar

efetivamente em seu espaço físico e social, isso comparando com outras pessoas da mesma

idade cronológica. O declínio da saúde mental nos idosos não é tão comum, porém quando

ocorrem os problemas mentais e comportamentais podem ser severos (PAPALIA; OLDS;

FELDMAN, 2006).

Page 21: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

20

A caracterização de “velho” é dada ao indivíduo, quando este começa a apresentar

alguns traços como lapsos de memória, dificuldade de aprendizagem, falhas de atenção,

orientação e concentração, além da capacidade cognitiva que o individuo possuía

anteriormente, porem isso se trata de um processo normal que ocorre ao logo do

envelhecimento, pois durante esse processo o indivíduo começa a passar por uma lentificação

das capacidades cognitivas (SCHNEIDER; IRIGRAY, 2008).

Segundo os mesmo autores isso se trata de um processo normal que ocorre ao logo

do envelhecimento, pois durante esse processo o indivíduo começa a passar por dificuldades

de capacidades cognitivas. Porém eles ressaltam que isso podem ser compensados através do

ganho de sabedoria e experiência. Esse processo leva o indivíduo a uma menor

disponibilidade para colocar em prática medidas essenciais para a manutenção dos afazeres

diario.

Schneider e Irigaray (2008) defendem que:

Os idosos podem apresentar uma imensa capacidade de se adaptar a novas situações

e de pensar estratégias que sirvam como fatores protetores. O conceito de resiliência,

que pode ser definido como a capacidade de recuperação e manutenção do

comportamento adaptativo mesmo quando ameaçado por um evento estressante, e o

de plasticidade, caracteriza do como o potencial para mudança, são vividos pelos

idosos e constituem fatores indispensáveis para um envelhecimento bem-sucedido

(SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008, p. 592).

Uma das alternativas encontrada por algumas famílias diante das dificuldades para

cuidar integralmente desse idoso, são as ILPIs. Nem sempre a institucionalização é uma

decisão que parte da família e que também não é fácil para os familiares aceitar a decisão

tomada pelo idoso, fatores como a existência de familiares e a qualidade dessa relação irão

influenciar bastante, bem como o grau de autonomia do idoso (SCHARTSTEIN;

CAMARANO, 2010).

A história dessas instituições de longa permanência recai sobre a ideia de asilos que

faziam obras de caridade abrigando pessoas carentes financeiramente e que não tinham para

onde ir, O primeiro asilo foi construído no ano de 1890 no Rio de Janeiro, denominado como

Asilo São Luiz para a Velhice Desamparada, era uma instituição filantrópica, porém em 1909,

foi divide por alas e destinando uma parte para pessoas que pagavam mensalmente, hoje, com

o nome de Casa São Luiz, atende a classe mais favorecida (CAMARANO; KANSO, 2010).

A institucionalização de idosos é um assunto delicado, pois ainda nao se tem um

consenso sobre sua aceitação. Os asilos, atualmente chamados de Instituições de Longa

Permanência, representam uma alternativa para um perfil específico de idosos há uma grande

Page 22: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

21

procura por vagas, não só por parte dos idosos com alta dependência, mas também por

idosos jovens entre 60 e 65 anos, independentes, que foram excluidos do mercado de trabalho

e da proteção familiar, devido às transformações sócio economicas, no qual o idoso e tido

como invalido,pois não conseque mais produzir e se manter no trabalho ( PESTANA, 2008).

Enquanto alguns idosos são retirados bruscamente do seio familiar e colocados em

instituições acolhedoras, existe outra parte de idosos, que mesmo morando com seus

familiares sentem se solitários, falta afeto, atenção, conforto e até mesmo de auxilio com suas

necessidades básicas, as ILPI surgi como uma saída (FORTUNATO, 2011).

O idoso institucionalizado transforma-se em uma pessoa isolada, ociosa e

acomodada, perdendo por inércia as aptidões físicas e sociais, com isso se fecha em um

círculo vicioso socialmente isolado, sente-se frágil, fraco, inoperante, podendo ser acometido

por diversos tipos de sofrimento psíquico, entre eles a depressão (HARTMANN et al., 2012).

Quando esses idosos percebem que foram abandonados pela família, perderam a

convivência com a sociedade e os amigos não vêm visitar, geralmente apresentam os sintomas

de depressao, A solidão provoca um sentimento de vazio interior aliado ao situaçao que se

encontra, tais como o isolamento social, o abandono ou mesmo um luto, a incapacidade fisica

e outras comorbidades favorece o surgimento da depressão, alem desses fatores advindos da

velhice, a internaçao pode surgir como um fator estressante e desencadeador da depressão.

Esses idosos que reside em instituições correm maiores riscos de apresentarem quadros

depressivos, principalmente no início da internação. As ILPI surgem como alternativas para as

famílias que não dispõe de cuidadores para auxiliar o idoso na família, dessa forma recorrem

aos cuidados fora do âmbito familiar nas ILPI (NEU, 2012).

O contexto institucional também favorece ao idoso vivenciar perdas em vários

aspectos da vida, aumentando a vulnerabilidade a quadros depressivos que podem desencadear

desordens psiquiátricas, perda da autonomia e agravamento de quadros patológicos

preexistentes (CARREIRA et al., 2011).

Costa (2015) pontua que:

Em algumas ocasiões, o idoso, “quando debilitado ou sob outras situações (sem

condições de prover a família com os custos financeiros de sua permanência no lar,

por exemplo) acaba sendo considerado um peso” para a família que tem que se

revezar para atender as necessidades deste, ou mesmo encontrar outras formas de

prover suas necessidades, ou ainda o abandona em ILPIs (COSTA, 2015, p.4).

A velhice é uma fase em que o idoso necessita de maior cuidado, muitas vezes já não

existem condições de ajudar nos custos financeiro tornando se improdutivo, gerando um peso

Page 23: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

22

familiar que os levam ao rompimento dos vínculos familiares, e como alternativos os

abandona em instituições de longa permanência (COSTA, 2015).

Mesmo que as pessoas da familia não disponibilizem de tempo ou de boa vontade

para cuidar do idoso, o ideal seria que o mesmo permanecesse no seu seio familiar, apesar de

muitas vezes, nao oferecer um tratamento necessario para o idoso, ainda é o ambiente

saudável para a preservação dos vínculos afetivos, transmitindo aos seus descendentes

valores, respeito e união a quem um dia também se dedicou a eles ( CARMO et al, 2012).

É indiscutível que a família seja importante para o idoso, porem algumas delas

terminam por “abandoná-los” em instutuiçoes acolhedoras, sintomas depressivos são mais

frequentes em idosos, porém a depressão é mais comum em subgrupos específicos, como os

idosos internados em ILPI (SILVA et al., 2006).

A maior dificuldade dos idosos é conseguir admitir para si próprios que o tempo

passou e que terá que se adaptar a um novo lar associada e essa fase de vida, porém, isto não

deve ser visto como algo ruim e negativo. É importante que os idosos busquem desenvolver

estratégias para enfrentar as mudanças inevitáveis, adquirindo habilidades para lidar os

desafios e dificuldades decorrentes deste período. Para isso é preciso ser resiliênte, ter

adquirido hábitos saudáveis e positivos (SILVA; ARAÚJO; CARDOSO, 2017).

Depressão em idosos é marcada por um quadro de irregularidades das emoções e

sentimentos, para diagnosticar é preciso olhar o sujeito como um todo, com suas

potencialidades e particularidade, idosos depressivos precisam ser vistos de uma forma ampla

e integrada, desconstruindo estigmas direcionados a velhice, e assim, contribuir para cuidados

adequados à realidade do idoso (HARTMANN, 2012).

As instituiçoes asilares caracteriza se como um ambiente de solidão, mesmo

abrigando varias pessoas, a solidão que não significa estar sozinho numa ocasião, solitário

com seus problemas cotidianos, impedindo o convivio social, tira a libertade e o direito de ir e

vi, seria uma solidão múltipla, nesse sentido, os idosos estão isolados do convivio familiar e

da sociedade (MAIA, 2008).

Segundo Souza (2011) a prevalência de depressão é maior em:

“Idosos institucionalizados em relação à queles que não vivem em instituições. A

prevalência de cerca de 1% a10% de depressão na população idosa (acima de 60

anos) pode chegar até 25% a 80% nos idosos institucionalizados” (SOUZA;

PAULUCCI, 2011, p.41).

A insatisfação do idoso se explica, em parte, pelo fato do idoso ser obrigado a

conviver com desconhecidos, ter que seguir uma rotina de horários, nao tem o poder de

Page 24: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

23

escolha e o sentimento de ser apenas mais um abandonado dentro de uma instituição, o que

podem levar ao aumento da incidência de depressão. Dessa forma faz-se necessário

conhecimento teorico para idenfificarr os sintomas de depressão em idosos, compreender que

as pessoas não vivenciam a depressão da mesma forma e que o cuidado deve ser direcionados

para atender a singularidade de cada indivíduo (ELISA, 2012).

Page 25: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

24

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa e classifica como bibliográfica, tendo em vista que se utilizou de

informações publicadas em periódicos para se averiguar a situação pertinente do problema.

Segundo Neves (2013) pesquisa bibliográfica é:

O levantamento de um determinado tema, processado em bases de dados nacionais e

internacionais que contêm artigos de revistas, livros, teses e outros documentos.

Como resultado obtém-se uma lista com as referências e resumos dos documentos

que foram localizados nas bases de dados (NEVES, 2013.p. 2).

Partindo da perspectiva que a depressão no idoso envolve modificação psicológica e

funcional no organismo, diminuindo a vitalidade, favorecendo o surgimento de doenças

relacionadas a essa etapa da vida, com o objetivo de compreender a depressão nos idosos

institucionalizados.

Do ponto de vista da abordagem do problema, esta pesquisa é caracterizada como

qualitativa.

“A pesquisa qualitativa pressupõe que o pesquisador fará uma abordagem empírica

de seu objeto. Para tal, ele parte de um marco teórico-metodológico pré estabelecido,

para em seguida preparar seus instrumentos coleta de dados, que se bem elaborados e

bem aplicados fornecerão uma riqueza ímpar ao pesquisador. De posse desses dados,

resta analisá-los apartir de suas categorias analíticas, e assim proceder a

umadiscussão dos resultados de sua pesquisa” (GUERRA, 2014, p.15).

No que diz respeito à interpretação dos dados, trata-se de uma pesquisa descritiva,

pois vis aà descrição das causas ou dos fatores que levam os idosos institucionalizados a

desenvolverem quadros depressivos identificados na literatura analisada, sendo também

explicativa, ou seja, o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois

tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos (OLIVEIRA, 2011).

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que deve

proporcionar respostas aos problemas propostos, sendo que esta é desenvolvida medianteos

conhecimentos disponíveis e o uso cuidadoso de métodos, técnicas, e outros procedimentos

científicos desenvolvidos ao longo de um processo de inúmeras fases, desde a formulação do

problema até a apresentação dos resultados. A pesquisa bibliográfica é elaborada baseada em

materiais que já foram publicados, sendo utilizados materiais impressos ou contidos em

diversificados outros tipos de fontes como em bancos de dados ou internet (GIL, 2010).

A revisão de literatura é descrita como a busca de informações sobre um tema ou

tópico que resuma a situação dos conhecimentos sobre um problema de pesquisa. O principal

Page 26: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

25

objetivo da revisão de literatura é fornecer uma síntese dos resultados de pesquisa, para

auxiliar o profissional a tomar decisões. Neste tipo de estudo são abordados os tópicos

relevantes sobre o tema, de forma a proporcionar ao leitor uma compreensão do que existe

publicado sobre o assunto. Assim a revisão tem uma função integradora e facilita o acúmulo

de conhecimento (POLIT; HUNGLER, 1995).

Para busca dos artigos que foram revisados, realizou-se buscas através da Biblioteca

Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS) Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Periódicos Eletrônicos em

Psicologia (PePSIC ), no período de 29/09/2017 a 31/11/2017. A escolha por utilizar essas

fontes se deu pela legitimidade e credibilidade que essas bases possuem, bem como de todo

material nela encontrado, e foram utilizados como descritores: Depressão, família, idoso

institucionalizado.

Foram utilizados como critérios de inclusão, os artigos publicados em português,

disponíveis online nos bancos de dados escolhidos, que abordaram a temática do estudo,

estudos do tipo exploratórios, produções dos últimos 5 anos, entre os anos de 2012 e 2017, e

como critério de exclusão, os artigos que não estão publicados em português, que não estão

disponíveis online nos bancos de dados escolhidos, que não abordavam a temática do estudo,

que não sejam estudos do tipo exploratórios.

Após a leitura e análise dos artigos selecionados, os resultados foram disponibilizados

através de tabela contemplando: Autor/título, periódico/ano de publicação/base de dados,

objetivos e tipo de estudo. Realizando em seguida uma breve discussão dos resultados. Para

melhor compreensão dos resultados, os estudos foram agrupados, analisados e correlacionados

por meio de categorias temática, discutidas de acordo com os resultados dos artigos

selecionados para o estudo.

Segundo Minayo (2010), a análise temática compreende três etapas: pré-análise,

exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação. Aexploração do

material pressupõe aplicar o que foi definido na pré-análise, sendo essa a mais demorada das

três etapas, pois talvez haja necessidade de repetir várias vezes a leitura do material. A análise

de conteúdo ocorreu no sentido de apreender os eixos temáticos e categorias emergentes e

significativas, que foram agrupadas, organizadas, classificadas e fundamentadas à luz do

universo teórico, pertinente à temática, respondendo o problema da pesquisa e aos objetivos

proposto.

Page 27: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a realização das buscas, foram encontrados 260 artigos, no entanto, após

exclusão de artigos repetidos e aqueles que nao atendiam os critérios de inclusão referentes à

pesquisa, embora tenham sido encontrados 12 puplicaçoes no SCIELO, nenhum artigo

contemplou os critérios de inclusão na pesquisa sendo descartados todos os artigos, ao final da

busca, apenas 11 artigos contemplaram os critérios de inclusão na pesquisa, apresentados na

tabela 1, de acordo com a base na qual estavam disponibilizados.

Tabela 1. Distribuiçao de artigos nas bases de dados.

45

Após a leitura minuciosa dos artigos selecionados, os resultados foram organizados

em categorias temáticas, que serão apresentados no quadro a seguir.

Quadro1-Distribuição dos artigos selecionados de acordo com autor/título, periódico/ano

de publicação/objetivos e tipo de estudo. Teresina, 2017.

Nº AUTOR/ TÍTULO PERIODICO/ANO/B

ASE DE DADOS

OBJETIVOS TIPO DE

ESTUDO

1 SOARES, E.

COELHO, M.de O.

CARVALHO, S. M.

R. de./ Capacidade

Rev. Kairós

Gerontol./

2012/BVS

Verificar a existência de

possíveis correlações

entre tais fatores e a

possível intervenção de

Metodologia

epidemiológica,

com abordagem

quantitativa e

Revisão sistemática

260 artigos

60 selecionados na

primeira etapa

LILACS

18 artigos

BVS

30 artigos

SCIELO

12

04 artigos

selecionados

Nenhum artigo

selecionado

07 artigos

selecionados

Page 28: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

27

funcional, declínio

cognitivo e depressão

em idosos

Institucionalizados:

Possibilidade de

relações e correlações.

outras variáveis, tais

como idade e

escolarização no

ambiente de uma ILPI.

qualitativa.

2 ROSSETTO. Maíra et

al.,/

Depressão em idosos

de uma

instituição de longa

permanência

Rev. Enferm. UFSM/

2012/ BVS

Determinar a

prevalência depressão

em idosos residentes em

uma ILPI no Rio

Grande do Sul através

da

Aplicação da Escala de

Depressão Geriátrica de

Yesavage em versão

reduzida

(EDG-15)

Estudo

descritivo,

transversal, de

abordagem

quantitativa.

3 SILVA ER, SOUSA

ARP, FERREIRA LB,

PEIXOTO HM/

Prevalência e fatores

associados à depressao

entre idosos

institucionalizados:

subsidio ao cuidado de

enfermagem.

Rev. Esc

Enferm USP/

2012/BVS

Avaliar a prevalência de

sintomas de depressão

em idosos

institucionalizados e

verificar possíveis

fatores associados além

de verificar possíveis

fatores associados que

subsidiar a assistência

de enfermagem.

Delineamento

observacional,

com metodologia

seccional do tipo

corte transversal.

4 ALENCAR, Mariana

Asmar et al.,/Perfil

dos idosos residentes

em uma instituição

de longa permanência.

Rev. Bras.

Geriatr.

Gerontol.

2012/LILACS

Traçar o perfil clínico-

funcional de idosos de

uma instituição de longa

permanência para idosos

(ILPI).

Pesquisa

quantitativa, do

tipo exploratório

e descritivo.

5 MARTIN, Inacio;

PÓVOA, Vanessa

Oliveira/ Estudo piloto

para validação da

escala de qualidade de

vida para residentes de

instituições delonga

permanência para

idosos.

Estud. Interdiscipl.

envelhec.

2013/BVS

Realizar um estudo

piloto para validação da

escala de qualidade de

vida para residentes de

instituições de

Longa permanência

para idosos para o

Português.

Metodologia

epidemiológica,

com abordagem

quantitativa e

qualitativa.

6 MARTINS, E.

Constituição e

significação de família

para idosos

institucionalizados:

uma visão hitórico-

cultural do

envelhecimento.

Estudos e pesquisas

em psicologia.

Estud. em pesq. de

psicolo.

2013/ BVS

Compreender a

perspectiva histórico-

cultural, a significação

dada ao envelhecimento

e os sentidos atribuídos

à família em seu

processo de constituição

e manutenção.

Pesquisa

quantitativa, do

tipo exploratório

e descritivo.

7 TESTON E. F;

CARREIRA L;

MARCON S. S.

Rev. Bras Enferm.

2014/ BVS

Comparar os sintomas

de depressão entre

residentes em um

Estudo seccional,

de natureza

quantitativa.

Page 29: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

28

Sintomas depressivos

em idosos:

comparação entre

residentes em

condomínio específico

para idoso e na

comunidade.

condomínio para

idosos e na

comunidade.

8 ROCHA, Josemara de

Paula; KLEIN, Otavio

José; PASQUALOTTI

Adriano/Qualidade

devida, depressão e

cognição a partir da

educação

gerontológica mediada

por uma rádio-poste

em instituições de

longa permanência

para idosos.

Rev. Bras. Geriatr.

Gerontol.

2014/LILAC

Identificar possíveis

mudanças na qualidade

de vida, cognição e

depressão de idosos

advindos de oficinas de

educação gerontológica

mediadas por uma rádio-

poste oferecidas em

instituições de longa

permanência para

idosos.

Pesquisa com

natureza de dados

qualitativa e

quantitativa, que

contemplou

variáveis

descritivas e de

associação.

9 HARTMANN, José

Antônio Spencer

Júnior; GOMES, iliane

cordeiro/ Depressão

em idosos

institucionalizado:

padrões

cognitivos e qualidade

de vida.

Ciências &Cognição

2016/BVS

Determinar o percentual

de depressão, os padrões

cognitivos e a qualidade

de vida de idosos

institucionalizados.

Estudo descritivo,

transversal,

observacional,

com comparação

de grupos.

10 VERÇOSAVSL;

CAVALCANTISL,

FREITASDA./

Prevalência de

sintomatologia

depressiva em idosos

institucionalizados.

Rev. Enferm.

UFPE online.

2016/BVS

Identificar a presença de

sintomatologia

depressiva em idosos

que vivem em

instituições de longa

permanência.

Estudo descritivo,

transversal, de

caráter

quantitativo.

11 GÜTHS, Jucélia

Fátima da Silva et

al.,/Perfil sócio

demográfico, aspectos

familiares, percepção

de saúde capacidade

funcional e depressao

em dosos

institucionalizados no

Litoral Norte do Rio

Grande do Sul,Brasil.

Rev. Bras. Geriatr.

Gerontol.

2017/LILACS

Conhecer o perfil sócio

demográfico e aspectos

familiares dos idosos

institucionalizados na

região do litoral norte

gaúcho brasileiro, bem

como a percepção de

saúde referida

limitações funcionais e

depressao.

Estudo descritivo

Quantitativo

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS)

Ao analisar os estudos encontrados, identificou-se que o recorte temporal realizado

foi de cinco anos, onde os artigos selecionados foram publicados entre 2012 a 2017. Sendo

quatro em 2012, dois em 2013, dois em 2014, dois em 2016 e um em 2017. Totalizando os 11

artigos selecionados.

Page 30: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

29

Nos artigos analisados observou-se que a maioria das pesquisas realizadas utilizou

escalas pré-estabelecidas validadas para medir ou avaliar a susceptibilidade dos idosos

desenvolverem depressão, quanto à territorialização, a maioria dos estudos foram realizada em

estados do centro-sul e sul, a minoria realizados em estados do nordeste do Brasil, pois deve-

se levarem conta o contexto cultural, sócio econômico, escolaridade. E o nordeste ainda é

assolado com a má distribuição de renda e altos índices de analfabetismo, principalmente

entre a população idosa dos quais nas décadas passadas o acesso aos bens de consumo e a

educação formal eram bem mais difícil o acesso.

Observou-se ainda que a maioria das publicações analisadas foram pesquisas

realizadas por profissionais de outras áreas da saúde que não a psicologia, a maioria das

pesquisas são de enfermeiros, sendo que encontra-se em número significativo trabalhos feitos

por fisioterapeutas, a menor quantidade de produção foi por profissionais da saúde mental, o

que é preocupante por se tratar de um tema relevante e que faz parte do campo de atuação do

psicólogo.

4.1.1 Quadros depressivo em idosos moradores de ILPI, e suas características

Os autores já citados anteriormente abordararam alguns pontos que colaboraram

com objetivo da pesquisa. As dificuldades encontradas pelas famílias para cuidar do idoso são

expressa, e muitas vezes ficam claras para o próprio idoso que naquele ambiente em que ele

vive, existem pessoas que possuiem um cotidiano difícil e que nem sempre a família dispõe de

tempo para prestar cuidados de maneira integral. Desse modo gerando um intenso sofrimento

no idoso, ao sentir se abandonado, menosprezado e inútil.

A convivência com idosos vem se tornando algo complexo devido às mudanças

ocorridas nas configurações familiares e sociais. Para a análise dos dados encontrados como

fatores que levam o idoso a pararem em abrigos, segue abaixo um quadro que demonstra os

motivos segundo apontados pelos autores:

Tabela 2 – Motivos apontados para o Surgimento de Depressao no Idoso.

Autores Doenças

Crônicas

Situação

Financeira

/Ausência da

Família

Baixa Escolaridade Prevalência

de Gênero

Alencar

(2012)

X X

Page 31: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

30

Rosseto

(2012)

X

X

X

Silva

(2012)

X

X

X

Soares

(2012)

X

X

X

Martin

(2013)

X

X

Martins

(2013)

X

X

X

X

Teston

(2014)

X

X

Rocha

(2014)

X

X

X

Oliveira

(2014)

X

X

Verçosa

(2016)

X

X

Ruths

(2017

X

X

X

Total 8 8 7 6

Fonte: própria autoria, com base na literatura pesquisada.

Em seu trabalho, Soares e Coelho (2012), buscou compreender o processo do

envelhecimento, e os impactos provocados na qualidade de vida de idosos institucionalizados,

com o objetivo de verificar a existência de possíveis correlações entre os fatores culturais,

sociais, psicológicos e biológicos, e a possível intervenção de outras variáveis, como idade e

escolarização dentro de uma ILPI. Esses autores abordaram alguns pontos que colaboram com

a hipotese da pesquisa. As dificuldades encontradas pelos idosos com quadros de demência

acarretam o aumento da dependência física e mental desses idosos, em relação ao gênero, na

ILPI estudada, observou se que a variável sexo não influencia na capacidade cognitiva e

funcional e no aparecimento da depressao, em relação a idade ,não foram observado

diferença, porém foram observados que indivíduos mais escolarizados apresentaram menor

Page 32: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

31

desempenho funcional e melhor desempenho cognitivo, com o aumento da idade o idoso

perde a autonomia na realização de tarefas diárias,o que favorece o surgimento de episódios

depressives, observaram que idosos escolarizados e independentes apresentam menor risco de

desenvolver depressão.

No artigo de Rosseto et al (2012) foi destacado a necessidade de atenção redobrada,

para a prevenção das doenças mentais e de outros transtornos físicos e de cognição que

possam acometê-los. Percebeu-se que 1/4 dos idosos que participaram dessa pesquisa não

apresentavam sinais de depressão, outro 1/4 apresentavam sinais de depressão severa, a

metade apresentavam sinais de depressao leve ou moderada, As mulheres apresentaram

quadro depressivo com mais freqüência do que os homens.

De acordo com Silva (2012) quadros depressivos são frequentes entre idosos

institucionalizados, conforme os estudos outrora citados ocorrem mais em mulheres, e em

indivíduos com mais idade, que apresentam algum tipo de limitação e dependência e que estão

insatisfeitos com a sua instituição. As autoras pontuam sobre o declínio da capacidade

funcional em que gradativamente vai comprometendo a capacidade que esse idoso tem de

desempenhar suas atividades básicas do seu dia a dia, isso faz com que esse idoso precise de

alguém que o auxilie no seu cotidiano. Esse é um problema que gera não só uma perda de

autonomia para o idoso, mas que também exige de uma boa estrutura física e psicológica para

atender as necessidades da demanda por parte de profissionais da saúde.

Dos estudos já analisados outrora, mostraram a semelhança em relação a gênero,

estado civil, quantidade de filhos e nível de escolaridade, alterações cognitivas e a perda de

autonomia, são fatores apresentados pela a maioria dos idosos com quadros depressivos, a

dependência dos idosos conta como forte fator que ative pensamentos negativos por esses

sujeitos, pois não querem se sentir como obstáculos na vida das pessoas, o que tende a

desenvolver o isolamento social. Em relação ao grau de dependência dos institucionalizados,

observou-se que a maioria não necessitava receber assistência para as atividades diárias,

destes, menos da metade não recebiam assistência para o banho, menos da metade não

recebiam assistência para vestir-se, metade não recebia assistência para a higiene pessoal; a

minoria necessita de auxílio para alimentar-se. Em relação à alimentação, dos idosos

institucionalizados que apresentaram independência para alimentar-se, alguns já sofreram

quedas no último ano, sendo que os casos de quedas são outros agravantes, pois na maioria

dos casos apresentam complicações relacionadas, muitas vezes os deixando com nível de

dependência parcial ou até mesmo total. Percebe se uma relaçao entre independência e

depressão em idosos asilados, ou seja, quanto mais independentes forem os idosos e mais

Page 33: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

32

satisfeitos estiverem com a vida, menores serão as chances de apresentarem depressão

(ALENCAR, 2012).

Ainda refletindo sobre a situação de abandono por familiares, esses idosos refletem

consequências de tal ação, principalmente impactos cognitivos. O resultado do estudo de

Martin, mostrou que os participantes que não recebiam visitas, alguns tinham deterioração

cognitiva. Relativamente à funcionalidade e estado mental, no que diz respeito à realização

das atividades, a maioria era dependente na execução das atividades básicas da vida diária ou

precisa de alguma ajuda, o que lhes fornece um pouco da autonomia. A minoria dos

participantes da amostra eram dependentes na realização destas tarefas, tornando-os mais

propensos a pensamentos negativos, isolamento, declínio de humor e até mesmo a depressao,

a avaliação do estado mental identifica alguns participantes da amostra com deterioração

cognitiva e outros com sintomas depressivos, depressão média, moderada ou severa, sendo

que a maioria apresenta sintomas de depressão média (MARTIN; PÓVOA, 2013).

Esse estudo reforçou a importância da participação da família na vida das pessoas

idosas, essa relação tem um impacto positivo para essas pessoas.

Quanto ao gênero, no estudo de Martins, predominou pessoas do sexo feminino, as

quais a maioria eram solteiras ou viúvas, sendo que a prevalência de depressao grave

prevalece nas mulheres (MARTINS, 2013).

No quesito caracterização dos idosos propensos a terem depressão vivendo em

abrigos, mostrou que a maioria dos participantes era do sexo feminino; destes, alguns têm de

generação cognitiva e a média de idades da população da amostra situa-se nos 82 anos,

relativamente ao estado civil, a grande maioria são viúvos e a menor proporção eram solteiras.

Quanto ao nível de escolaridade, alguns participantes freqüentaramo primeiro ciclo do ensino

básico e uma parte deles nunca freqüentaram o ensino formal. Dos que freqüentaram o ensino

básico, alguns têm deterioração cognitiva. O tempo de permanência na Instituiçãode Longa

Permanência para Idosos variaram entre 2 meses e 20 anos, sendo a média de 5 anos. No que

se refere ao número de visitas, uma parte dos participantes afirmaram receber regularmente

visitas na instituição. Como demonstrado nesse estudo, esses resultados assemelham-se com

os demais apresentados, em relação à idade, gênero, formação formal.

De acordo com Teston (2014) as pesquisas apontaram que a família é compreendida

como um pilar na vida idoso, mesmo passando por constantes transformações, com as

mudanças ocorridas nas famílias, percebeu o aumento da procura de ILPI por parte da família,

em busca de cuidados para o idoso, pois o ator de cuidar tornou se um dos principais

problemas enfrentados por familiares e muitas vezes ficam claras para o próprio idoso que

Page 34: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

33

naquele ambiente em que ele vive, existem pessoas que possui um cotidiano difícil e que nem

sempre a família dispõe de tempo para prestar cuidados de maneira integral. Em relação aos

sentimentos quando o assunto é familia, percebeu se que os idosos referiam lembranças

acompanhadas de emoçoes e saudades de suas infância. Quando questionados sobre a família

atual, os idosos lembrava dos netos se referiam aos com carinho e tristeza por estarem

distantes. Com relação institucionalização alguns relataram ter ido para a ILPI por vontade

própria, pois percebiam que estavam sendo um peso para os familiares, não queriam

incomodar os relataram também sentirem-se sozinhos, pois todos saiam para o trabalho,

aumentando o sentimento de inutilidade por parte desses idosos, portanto, observou se que

transformações ocorridas no âmbito familiar, levaram as famílias a recorrerem a instituições

para o cuidado com os seus idosos, porem, esse estudo mostrou que o ambiente familiar

continua sendo o melhor lugar se viver e de se relacionar com os outros, desse modo

preservando o direito de ir e vim dos idosos, bem como a interação social, outro fator bastante

mencionado pelos autores e também encontrado em outras literaturas foram questões de

disponibilidade de um familiar ou de alguém que fosse o responsável para cuidar do idoso,ou

seja, a falta de um cuidador para o idoso.

A depressão nos idosos institucionalizados, avaliados nesse estudo, identificaram que

63,6% deles, tinham baixa escolaridade, não recebiam visitas de familiares, e que somente

saiam para realização de exames de rotina, os idosos seguiam rotinas e normas da instituição,

o que os impediam de terem uma vida social, e o direito de ir e vir (ROCHA;

PASQUALOTTI, 2014).

O estudo de Hartmann (2016) descreveu a situação de saúde, o grau de

funcionalidade e depressão dos idosos institucionalizados no litoral norte gaúcho brasileiro.

Percebeu se que maioria dos idosos institucionalizados são mulheres entre 70 e 89 anos, com

baixa escolaridade, e baixa renda, solteiras ou viúvas sem ocupação. A maioria não tinha

filhos, porém, recebem visitas frequentemente de algum familiar. Em relação à saúde, a

maioria apresentava doenças crônicas e faziam uso de medicamentos e tratamento através do

SUS (Sistema único de Saúde), pois não tinha plano de saúde, alguns recebiam apenas um

salario minino, apesar de a maioria terem apresentado boa capacidade funcional, muitos

apresentavam quadros depressivos.

Corroborando com a idéia de Rosseto et al (2012) entende-se que a situação

econômica, a ociosidade, ausencia da familia, sao alguns dos fatores que favoreceram a

depressão, com isso a pesquisa demonstrou que a renda dos idosos por eles estudados

provinha predominantemente de aposentadoria, exclusivamente ou associada à ajuda ou à

Page 35: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

34

pensão, percebe se a importância de considerar o envelhecimento um processo complexo, no

qual o idoso não pode ser excluído, pois favorece o aparecimento de quadros depressivo,

como se verifica na presente pesquisa.

Esses artigos nos trazem resultados para que se possa refletir relação ao tema

proposta, a prevalência de sintomatologia depressiva foi de metade dos casos nos idosos

institucionalizados, parte foi classificada com sintomas de depressão leve. Analisando os

sujeitos da pesquisa, constatou-se, que a maioria é do sexo feminino e a minoria do sexo

masculino. A variação de idade foi valor mínimo 60 anos e o máximo, 96 anos. Os sujeitos da

pesquisa eram, em sua maioria, solteiros e não tinham escolaridade ou apenas o ensino

fundamental incompleto. Quantoa o tempo de institucionalização, a maioria dos idosos estava

há pelo menos cinco anos institucionalizados. Esse estudo também não apresentou variações

dos seus resultados comparados aos demais estudos já citados, em relação ao sexo a

predominância do sexo feminino, quanto à idade, também permanece na média de idade dos

sujeitos encontrados nos outros artigos, e a escolaridade não houve tanta alteração comparado

aos demais estudos (VERÇOSA; CAVALCANTI; FREITAS, 2016).

Conforme foi pesquisado, esse artigo trás a caracterização dos sujeitos propensos à

depressão, desse modo houve uma predominância do sexo feminino, de idosos com idade

acima de 80 anos, da cor branca e de solteiros. A média de anos de estudo da população foi de

5,6 anos e mais da metade dos indivíduos recebem aposentadoria. Dos indivíduos avaliados,

metade apresentava depressão. Alguns foram classificados como apresentando depressão leve

e a minoria depressão severa. Comparado aos estudos outrora analisados, essas características

se mantém em todos os artigos analisados (SILVA et al., 2012).

Esses estudos possibilitaram também fazer uma breve caracterização dos sujeitos,

onde os casos de depressão em idosos institucionalizados são em maiores proporções em

pessoas do sexo feminino do que no sexo masculino, não querendo dizer que as mulheres são

mais propensas ao adoecimento psíquico, mas por ser em maiores proporções no país,

população masculina que as mulheres, levando em consideração dados do ministério da saúde

em que mostra que os homens tendem a morrer mais imaturamente principalmente motivados

por diversos tipos de violência, pode-se inferir também que o Programa de Saúde do Homem

– PSH, atua timidamente quanto a prevenção de doenças e agravos. Quanto ao fator idade,

todas as pesquisas mostraram uma faixa etária de 60 anos até 100 anos, tendo alguns estudos

que apresentaram resultados com sujeitos com idade até mais de 100 anos.

Page 36: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

35

4.1.2 Impactos dos quadros depressivos no cotidiano de idosos de ILPI

Um diagnóstico precoce e preciso de sintomas da depressão, associado ao tratamento

adequado minimizam os efeitos da patologia aumentando as chances de reabilitação de

pessoas acometidas pela depressão. Os impactos da depressão são devastadores, pode-se

observar ainda inquietação psicomotora que é tida como depressão ansiosa, somatizações

variadas, sinais de alterações vegetativas, baixa autoestima, sentimentos de abandono e

dependência, eventuais sintomas psicóticos, déficit cognitivo variável e ideias de suicídio.

Existe a probabilidade que em casos de depressão severa seja fator predisponente de suicídio

entre homens idosos e em mulheres idosas apresentam pensamentos suicida, porém são os

homens que conseguem finalizar tal ato (ROSSETTO et al., 2012).

Em relação aos impactos na vida cotidiana dos idosos depressivos, esse estudo

mostra uma associação significativa entre insônia, taquicardia, parestesia, tontura e sudorese.

Entre os idosos deprimidos, a prevalência dos sintomas variou de metade dos casos de

problemas, que estavam associados a depressão relacionados à dor, e mais da metade referia

suor excessivo. Esses fatores interferem na qualidade de vida desses indivíduos, pois retira

totalmente o prazer de viver aproveitando possíveis eventos de inteiração social entre os

internos (SILVA et al., 2012).

Ainda discutindo tais impactos vivenciados por idosos ocasionados pela depressão,

estudos apontaram que esses indivíduos mesmo tendo acesso a atividades lúdicas, como

passeios culturais, idas ao cinema, boliche, ginástica e fisioterapia dentre outras atividades

desenvolvidas, com o apoio de instituições de ensino. Analisou-se que os idosos com

predisposição à depressão são os quais não buscam se inserir nessas atividades, sendo que

essas atividades de socialização são indispensáveis no que se refere à prevenção da depressão,

sendo que atitude de isolamento pode ser o primeiro sinal de depressão. Pensamentos suicidas

merecem atenção, desde que o suicídio entre pessoas idosas constitui um agravo de saúde

pública, mesmo não sendo muito difundido na mídia, devem-se atentar as constantes

tentativas claras de suicídio, más, também, as veladas que são das mesmas formas letais. A

pessoa com risco para cometer suicídio necessita de constante atenção e monitoramento e

terapia precoce, promovendo um ambiente seguro e promover escuta qualificada, de maneira

que ele se sinta capaz de expressar pensamentos, a fim de impedir que consumisse o ato

suicida (TESTON; CARRIRA; MARCON, 2014).

Discutindo-se sobre a mesma temática Guths (2017) Rocha (2014) buscaram retratar

um pouco dessa vivência em abrigos e os possíveis impactos de quadros depressivos na vida

Page 37: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

36

destes sujeitos. Observa-se que essa mudança de moradia apresenta limitações na liberdade de

escolhas nas atividades diárias da vida, promovendo insegurança em relação à morte que se

aproxima insatisfação com o número de oportunidades para novas realizações, quanto ao

reconhecimento recebido pelas ações desenvolvidas antes da institucionalização, com o que

alcançou na vida, ou ainda, não esperando um futuro melhor que o atual, essa vivência triste,

sem motivação para enfrentar as adversidades da vida, propicia alguns agravamentos para a

própria vida, no que já se inferiu em estudos anteriores como o caso do suicídio. Em relação

ao cenário tecnológico das ILPIs, os idosos estavam habituados a acessar a televisão, o

telefone, o rádio, o jornal impresso e revistas ou livros. No lazer, costumavam receber visitas;

andar pelo pátio; ir a igrejas ou participar de celebrações religiosas realizadas dentro da ILPI;

costurar, bordar, tricotar ou pintar; jogar carta, dama ou dominó e praticar jardinagem. Todas

essas atividades funcionam como fatores de proteção.

4.1.3 Depressao em idosos residentes de ILPI

Conforme encontrado nos estudos de Souza (2011) alguns dos principais fatores que

desencadeiam a depressão em idosos institucionalizados estaovam relacionados com vários

fatores. Escolaridade, tempo de institucionalização, sexo, dependência para realização de

atividades básicas do cotidiano influenciam nos sinais da depressão, a prevalência do

acometimento da depressão encontra-se entre sexo feminino, com idade superior à 80

anos,sem nenhum grau de escolaridade, viúvos ou solteiros, níveis elevados de dependência

física e ainda déficit cognitivo.

Esse estudo apontou ainda que a dependência física e a necessidade do consumo de

muitos medicamentos influenciam fortemente ocorrência de depressão. Com isso este estudo

mostrou que os principais fatores de risco, citados outrora: sexo feminino sendo

predominante, o fato de estar longe do convívio familiar por institucionalização, estado civil

desde que a maioria são solteiro e viúvos não contando com um companheiro, o fator idade,

baixos nível de escolaridade e dependência física e cognitiva, interferindo na autonomia.

Os resultados apresentados por Soares (2012) ainda sobre os fatores de risco

apontaram em relação à capacidade funcional, que: grandes partes dos residentes

apresentaram dependência funcional total; equiparando-se com o grau de dependência grave;

e a minoria apresentando dependência moderada e dependência leve. Em se tratar da

capacidade cognitiva, observou-se que metades dos sujeitos não apresentaram declínio

cognitivo que indicasse possível demência; e que menos da metade se enquadraram na

classificação de possível demência.

Page 38: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

37

O estudo nos trazem resultados relacionados à formação dos sujeitos, quanto maior o

nível de escolaridade, melhor a capacidade funcional. Porém levam-se em consideração outros

fatores como: melhor situação financeira, melhor estilo de vida, potencializar os cuidados com

a saúde, entre outros, com um maior grau de instrução torna-se possível interferir nesse

processo através do conhecimento. Esses resultados mostram que a escolaridade pode

influenciar positivamente a capacidade cognitiva dos indivíduos, indicam que a falta de

escolaridade tem influência no desenvolvimento de doenças. Desse modo entende-se que a

escolarização possa ser considerada como um fator de proteção para a depressão (SOARES;

COELHO; CARVALHO, 2012).

Como citado anteriormente pelos outros autores em sues estudos como fatores que

desencadeiam a depressão, analisou que o sentimento de invalidez, problemas físicos, sendo

assim o engajamento desses idosos em atividades que sejam prazerosas. Surge como

recursoque pode ser utilizado é a prática de atividade física regular. O exercício físico

apresenta, em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem de não apresentar efeitos

colaterais traz benefícios de uma vida ativa por parte do idoso que pode trazer melhorias da

auto-estima (ROSSETTO et al., 2012).

Como analisado em artigos ja citados entendeu-se que a situação econômica e a

ociosidade eram fatores que favorecem a depressão. Em comparação aos estudos já

relacionados, observa-se uma semelhança entre todos esses estudos, pois as formas similares

de obtenção dos dados, através de instrumentos que em sua maioria avaliam a qualidade de

vida e o risco de desenvolver depressão em idosos, nessa pesquisa um dos fatores citados é a

qualidade de vida. É possível constatar que os participantes que são independentes nas

atividades básicas da vida diária evidenciam maior conforto, melhores competências

funcionais, privacidade, participação em atividades significativas e maior autonomia.

Observa-se também que os participantes que não padecem de incontinência urinária são mais

ativos e participativos e relacionam-se mais com outros residentes, funcionários, família e

amigos que os demais participantes. Os idosos sem distúrbios da visão certamente possuem

melhor relação interpessoal com os outros abrigados, o que vem apenas reforçar o que já

havia sido citado outrora pelos outros autores (MARTIN; PÓVOA, 2013).

Conforme o pesquisado e apresentado nesse estudo, no que diz respeito a assuntos

inerentes à depressão de idosos institucionalizados, a análise dos resultados aponta uma

relação significativa com a existência de algum tipo de limitação ou dependência e

insatisfação do idoso com a instituição na que reside. Entre os idosos com depressão, metade

possui algum tipo de limitação ou de dependência física e mais da metade se dizem

Page 39: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

38

insatisfeitos com a instituição que residem, essa insatisfação pode-se relacionar com o anseio

de voltar ao convívio familiar, lhes causando grande frustração. Tendo em vista que o

envelhecimento humano produz a diminuição progressiva da reserva funcional que pode ser

igual ao processo de envelhecimento e a uma piora da qualidade de vida dos idosos, o que

pode deixar o sujeito mais vulnerável aos sintomas da depressão (SILVA et al., 2012).

Conforme o mesmo tema observa-se que, Teston (2014) e Alenca (2012) em seus

estudos apontaram possíveis fatores que corroboram para o aparecimento de sintomas

depressivos. O relato de sentir-se com menos energia, sentir-se que estavam se tornando mais

lentos, são sintomas que geralmente está inserido nos casos de depressão em idosos, sendo

possível associar-se à dores nas costas, cefaléia e vertigem. O fato de sentirem-se cansados

pela redução da energia desfavorece o fortalecimento de vínculos que ajudariam como fatores

de proteção, desanimado, fraco sem iniciativa, esses idosos deixam de freqüentar as atividades

de socialização. Esse ato de envelhecer demanda alterações fisiológicas, que às vezes chega a

ser, que termina por desenvolver um idoso inativo, alterando-lhe redução do desempenho

físico, motor, concentração, reação, produzindo uma crença de auto desvalorização, tristeza,

insegurança, desmotivação, isolamento social e a solidão, tornando-se propícios quadros

depressivos.

Tais estudos como os demais analisados apontaram a relação do corpo e mente, a

somatização de doenças, e com isso favoreceram problemas psíquicos em especial a

depressão, nesses estudos os mesmos apontam que com relação à queixa principal relatada em

no quesito estado de saúde, a maioria dos participantes externaram dificuldades para andar,

seguidos de dor generalizada e problemas de visão. Em maioria, os idosos foram considerados

independentes funcionais, dos quais, alimentar-se independentemente foi a capacidade com

maior percentual de independência e a de banhar-se a de maior dependência, ou seja, mesmo

os idosos que possuem um grau de independência em alguns domínios, apresentam

necessidades de auxílio em atividades cotidianas, como higienizar-se, vestir-se, ou executar

tarefas simples, o que mais uma vez comprova o que já fora apresentados em outros estudos

citados anteriormente, que essas situações de dependências favorecem a percepção de

inutilidade por parte destes sujeitos, fazendo com que os sintomas depressivos venham a

aparecer .

Ainda sobre os fatores que desencadeia a depressão, muitos dos estudos já analisados

mostraram que a dependência dos idosos conta como forte fator que ative pensamentos

negativos por esses sujeitos, pois não querem se sentir como obstáculos na vida das pessoas, o

que tende a desenvolver o isolamento social. Em relação ao grau de dependência dos

Page 40: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

39

institucionalizados, observou-se que a maioria não necessitava receber assistência para as

atividades diárias, destes, menos da metade não recebiam assistência para o banho; menos da

metade não recebiam assistência para vestir-se; metade não recebia assistência para a higiene

pessoal; a minoria necessita de auxílio para alimentar-se; e quanto à continência, menos da

metade apresentavam controle esfincteriano completo. Em relação à alimentação, dos idosos

institucionalizados que apresentaram independência para alimentar-se, alguns já sofreram

quedas no último ano. E poucos apresentaram controle esfincteriano completo, desses sujeitos

alguns já sofreram quedas no último ano. Sendo que esses fatores favorecem a baixa estima

por parte destes, os casos de quedas são outros vilões, pois na maioria dos casos apresentam

complicações relacionadas, muitas vezes os deixando com nível de dependência parcial ou até

mesmo total, (OLIVEIRA; TAVARES, 2014), (ALENCAR et al., 2012).

4.1.4 Relação entre o abandono familiar e a depressão

Outra situação enfrentada por idosos institucionalizados é a mudança do ambiente,

onde o mesmo deve se readaptar a uma nova rotina de horários e costumes, alterando sua

cultura e valores, sendo obrigado a perder sua individualidade e privacidade, tendo que dividir

seu ambiente com desconhecidos e ter que aceitar conviver distante do seio familiar, conviver

com uma constante sensação de abandono. A autonomia é substituída pelo sentimento de ser

apenas mais um envolvido na mesma situação que os demais. Esses, entre outros, são fatores

determinantes para o aumento da incidência de depressão nos idosos institucionalizados, pois

é comum encontrar o idoso institucionalizado em um constante estado de tristeza e labilidade,

desta forma apresenta significativa piora de seu estado geral e por um declínio importante de

sua qualidade de vida (GOMES, 2016).

Hartmann; Gomes (2016). Demonstraram em suas pesquisas que os idosos tinham

média de tempo de moradia igual a 2 meses a 25 anos. Alguns declararam receber visitas

familiares, mas para a maioria deles, tais visitas eram raras. Os idosos que declararam não

receber visitas familiares também às consideraram raras. Quanto às saídas da instituição, uns

idosos não souberam informar, mas a administração da ILPI informou que não saíam; menos

da metade declararam usufruir de saídas, dos quais a minoria o fazia sempre acompanhado. A

outra metade informou nunca sair da instituição. Esses resultados comprovam a situação de

abandono e vulnerabilidade a quadros depressivos.

Ainda refletindo sobre a situação de abandono por familiares, esses idosos refletem

consequências de tal ação, principalmente impactos cognitivos. Os resultados desse estudo

nos mostram que os participantes que não recebem visitas, alguns têm deterioração cognitiva.

Page 41: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

40

Relativamente à funcionalidade e estado mental, no que diz respeito à realização das

atividades, a maioria é independente na execução das atividades básicas da vida diária ou

precisa de alguma ajuda, o que lhes fornece um pouco da autonomia. A minoria dos

participantes da amostra são dependentes na realização destas tarefas, tornando-os mais

propensos à pensamentos negativos, isolamento, declínio de humor e até mesmo a depressão.

A avaliação do estado mental identifica alguns participantes da amostra com deterioração

cognitiva e outros com sintomas depressivos, depressão média, moderada ou severa, sendo

que a maioria apresenta sintomas de depressão média. Esse estudo reforça a importância da

participação da família na vida das pessoas idosas, essa relação tem um impacto positivo para

essas pessoas (MARTIN; PÓVOA, 2013).

Em confronto aos outros artigos analisados, essa pesquisa mostra que a maioria dos

sujeitos receber visitas de seus familiares e estar há pelo menos 5 anos institucionalizados, não

impede de uma alta taxa de prevalência de depressão entre os idosos, o que entende-se pelo

fato que a depressão ser ocasionada por inúmeros fatores, sendo um dos mais impactantes as

visitas acontecerem apenas nos fins de semana. A falta da presença familiar é a principal

causa da institucionalização, tornando esses idosos, pessoas desmotivadas para viver,

Ansiosos ao retorno do ambiente familiar. Mesmo que essas instituições atendam em parte ao

idoso em suas necessidades básicas de moradia, alimentação e acompanhamento médico, por

outro lado, nem sempre estimula a atividade do idoso que tende a se tornar mais introspectivo

e isolado do convívio social (VERÇOSA; CAVALCANTI; FREITAS, 2016).

No que se refere à participação da família na vida dos idosos institucionalizados que,

o fato de alguns dos sujeitos, mesmo vivendo em condições precárias, estando junto à família,

apresenta menos chances de desenvolverem depressão, comparados aos que passaram a viver

sozinho. Ainda neste contexto deve-se considerar a possibilidade de ter havido um

rompimento na inteiração familiar destes idosos. Desde modo reforça-se o que em todos os

estudos vem mostrando, que essa inteiração família idosos produz impactos positivos no

processo de envelhecimento das pessoas em situação de abandono familiar (TESTON;

CARREIRA; MARCON, 2014).

Conforme declarado por alguns dos idosos nessas pesquisas, a institucionalização

deu-se pelo fato da família consider o idoso como um obstáculo, os quais impossibilitavam

dos familiares realizarem suas atividades laborais. Alguns dos sujeitos da pesquisa foram

institucionalizados por não terem filhos ou parentes próximos que pudessem se

responsabilizar pelos mesmos. Outros motivos que levam os idosos à institucionalização

referem-se à iniciativa pessoal, muitas vezes originada por pressões externas, como solidão no

Page 42: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

41

caso dos que morava sozinho, medo da violência urbana, exclusão da família e possibilidade

de apoio tanto de saúde, como no cuidado em si oferecido nas ILPIs, (OLIVEIRA;

TAVARES. 2014), (ALENCAR et al., 2012).

Continuando nessa temática esses estudos trazem em seus resultados, no quesito

institucionalização, esses sujeitos quando retirados do seio familiar e do contexto de suas

residências tendem à desorientar, e apresentar outros agravos psíquicos como a depressão,

essas mudanças experimentadas por eles, ou traumas, como a perda do companheiro, a

doença, a dependência física e a institucionalização podem ser o ponto de partida para a

desestruturação psíquica, tornando-os vulneráveis aos sintomas psicóticos (GUTHS et al.,

2017), (ROCHA; KLEIN; PASQUALOTTI, 2014).

Como consequências da depressão em todas as pesquisas analisadas mostraram como

conseqüência fatores de somatização de doenças tais como, dores, tremores, sudorese, mau

relacionamento interpessoal, tendências ao isolamento entre outros. Quanto aos principais

fatores que desencadeiam sintomas depressivos, o campeão deles citados em praticamente

todos os artigos analisados foi à perda da autonomia principalmente relacionada ao auto

cuidado, seguido de problemas motor relacionados principalmente a locomoção, baixo nível

de escolaridade, fatores econômicos, isolamento social entre outros.

No quesito abandono familiar, os estudos foram bem claros quando mostraram a

importância que as relações familiares possuem, gerando impactos positivos para a prevenção

do adoecimento psíquico, a participaçao nas atividades familiares é capaz de desenvolver

sentimentos positivos de aceitação por parte da família, sendo assim fator de proteção

indispensável.

Page 43: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

42

5 CONCLUSÃO

A depressão é uma condição clínica que pode causar grandes impactos negativos na

vida do idoso, afeta principalmente a capacidade funcional e a qualidade de vida desses

idosos, daí a importância de identificar os sintomas da doença e busca ajuda. O presente

estudo permitiu analisar as principais características de depressão em idosos

institucionalizados, bem como identificar as principais consequências da depressão em idosos

residentes de instituições de longa permanência, pode-se definir também, os principais fatores

que desencadeiam depressão nesses idosos, observou-se uma maior prevalência naqueles que

possuem menor grau de escolaridade, sexo feminino, viúvos.

Com essa pesquisa foi possível responder a questão que norteou o presente trabalho:

Idosos que convivem em instituições de longa permanência para idosos, apresentam quadros

depressivos, em comparação a idosos que são cuidados pela família e participam do ciclo de

vida familiar? Em todas as pesquisas encontradas e analisadas, mostraram presença de

quadros depressivos em idosos institucionalizados, esses estudos traziam também resultados

com relação aos idosos que viviam em contexto familiar, pois esse contato com familiares

atuava como fator de proteção reduzindo as taxas de depressão nesses sujeitos. Tendo em

vista que a quebra do elo familiar é um dos principais fatores predisponentes ao aparecimento

de depressão em idosos que residem em ILPI.

Page 44: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

43

REFERENCIAS

ALENCAR, M. A. et al., Perfil dos idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2012;15(4):785-796. ARAÚJO, C. K. et al.; Vínculos familiares esociais nas relações dos idosos.Rev. jovens Pesquisadores. Santa Cruz do Sul, n. 1, p. 97-107, 2012. BERNARDO, W. M; NOBRE, M. R. C; JATENE, F. B.A. prática clínica baseada em

evidências: parte II-buscando as evidências sem fontes de informação. Rev Assoc Med.Bras,

v. 50, n. 1, p.104-8, 2004.

BORGES, M.G.S. et al Comparaçãodo e quilíbrio, depressão e cognição entre idosas

institucionalizadas e não-institucionalizadas.Rev. Cefac.V15,n. 5. 2013. BRASIL. Presidência da República. Lei n. 10.741, de1º de outubro de 2003. Estatuto do

Idoso. Diário Oficial da União, Brasília (DF); 2003 out 3. edição 192, p. 1.

CARREIRA, Lígia et al.Prevalência de depressão em idosos institucionalizados.Rev. nferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 abr/jun; 19 (2): 268-73.

CANCELA, D. M.G. O processo de Envelhecimento. Porto: portal dos psicólogos, 2007. Disponível em: http://www.psicologia.com.pt/artigos/texto/TL0097.pdf. Acesso em 18 ago. 2017.

CAMARANO, A. A; KANSO, S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev. Bras. Estudo. de População, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p. 233-235. mai. 2010.

CARMO, H. de O. et al. Institucionalização: Porque me trouxeram pra cá? Rev. Kairós Gerontol. São Paulo, v. 15, n. 3, p. 191- 201, jun. 2012.

CORREA, J. C. et al.Percepção de idosos sobre o papel do psicólogo em instituições de

Longa permanência. Rev. Bras. de Geriatr. e Gerontol. V. 15, n. 1. 2012. COSTA, C. S. COSTA, P. A. O significado dos vínculos familiares para os residentes da

instituição de longa permanência de idosos nosso lar. In: CONGRESSO NACIONALDE

ENVELHECIMENTO HUMANO, 12. 2015. João Pessoa. Anais... João Pessoa: ICNEH,

2016. P. 12. CHAIMOWICZ, F.Saúdedo Idoso. 2. ed. Belo Horizonte: Nescon, 2013.

DUARTE, D. V.T. Impacto Social da Depressao e suas repercuçoes no trabalho. Rev. Eficaz,

Maringá, mai. 2010.

ESTEVES, F. C; GALVAN, A. L. Depressão, numa contextualização contemporânea.

Aletheia, Canoas, dez. 2006. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php/.24/p127-

135>. acesso em 10 out. 2017.

ELISA, R. et al. Prevalencia e fatores associados a depressao entre idosos institucionalizados:

subsídio ao cuidado de enfermagem. Rev.Esc.Enferm. USP. Sao Paulo, dez. 2012.

Disponivel em <http:// www.scielo.br/scielo.php/v46n6/p1387-1393>.acesso

em 23 nov. 2017.

Page 45: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

44

FORTUNATO, L. M. de A. A decisão pela institucionalização de familiares idosos: Uma

revisão integrativa da literatura. 21. ed. 30 p. Monografia (Conclusão de Curso de

Enfermagem) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande – PB, 2011.

FRADE, J. BARBOSA, P. CARDOSO, S. NUNESC. Depressão no idoso: sintomas em indivíduos institucionalizados e não – institucionalizados. Rev. de Enferm. V.IV n.4, p. 41-49, 2015.

GARCIA, A. et al. A depressão e o processo de envelhecimento. Ciênc. cogn. Rio de

Janeiro, mar. 2006. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo/v7n1/p.111-121/>

acessado em 21 nov. 2017.

GALVÃO, C. M; MENDES, K. D. S; SILVEIRA, R. C. C. P. Revisão integrativa: método de revisão para sintetizar as evidências disponíveis na literatura. IN: BREVIDELLI. SP, 2010.

GIL, A C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo:Atlas, 2010.

GONÇALVES, L. T. H. et al. Convivio e cuidado familiar na quarta idade: qualidade de vida

de seus cuidadores. Rev. Bras. Gerontol. Rio de Janeiro, 2013, 16 (2). 315.325.

GÜTHS, Jucélia Fátima da Silva et al., Perfil sócio demográfico, aspectos familiares,

Percepção de saúde, capacidade funcional e pressão em idosos institucionalizados no Litoral. Norte do Rio Grande do Sul, Brasil.Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. Rio de Janeiro, 2017;

20 (2): 175-185.

HARTMANN, A. Set al., Qualidade de vida e depressão em idosas institucionalizadas.

Rev. Neurobiol. v. 75n. 8, p3-4, 2012. LIMA, A. M. P. et al. Depressão em idoso:uma revisão sistemática da literatura.Rev. Epidem. e Control. de Infecç. v. 6,n. 2, 2016. LANA, L. S: Síndrome de fragilidade no idoso: uma revisão narrativa. Rev. Bras. de

Geriatr. e Geront..,v17,n.3, p 673-680, 2014.

LIMA. T. V. da S. et al. Emoções e sentimentos revelados por idosos institucionalizados:

Revisão integrativa. Rev. Kairós Gerontol., São PauloSP. v. 19, n. 3, p. 51-65. Jul.- set.

2016. MARTIN, I; PÓVOA, V. O A. Estudo piloto para validação da escala de qualidade de vida

para residentes de instituições de longa permanência para idosos. Estud. interdiscipl.

envelhec., Porto Alegre,v. 18,n. 2, p.367-386, 2013. NEUD. K.M. et al.,Indicadores de depressão em idosos institucionalizados. Cogitare

Enfermagem. v.16,n.3, 2011.

MAIA, G. F.; LONDERO, S ; HENZ, A. O Velhice, instituição e subjetividade. Interface

(Botucatu), mar. 2008 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. v.12.n 24.p.49-59>.

acesso em 17 out. 2017.

Page 46: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

45

MARTINS, E. Constituição e significação de família para idosos institucionalizados: uma

visão hitóricp-cultural do envelhecimento. Estudos e pesquisas em psicologia, Rio de

Janeiro, v. 13, n. 1, p. 215-236, 2013.

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística. Censo demográfico 2010, características gerais da população, religião e

pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em:

<http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/popul/default.asp.>Acessoem: Mar. 2017.

MINAYO, M. C. S.O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12 ed; São Paulo, Rio de Janeiro: HUCITEC/ABRASCO, 2010.

MINAYO, M. C. S. O envelhecimento da população brasileira e os desafios para o setor de saúde.Cad. Saúde Publica,2012.

NOBRE M.R. C et al., Apráticaclínicabaseada em evidências. Parte I- questões clínicas bem

construídas. Rev. Assoc. Med.Bras 2003; 49(4): 445-9 Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/v49n4/18347.pdf>Acessado em: 21/11/17.

OLIVEIRA, D.A. A. P; GOMES, L; OLIVEIRA, R. F. Prevalência de depressão em idosos

que freqüentam centros de convivência.Rev Saúde Pública. 2006; 40(4): 734-6.

OLIVEIRA, P. B; TAVARES, D. M. S. Condições de saúde de idosos residentes em

Instituição de Longa Permanência segundo necessidades humanas básicas. Rev Bras.

Enferm. 2014 mar-abr; 67(2): 241-6.

POLITD F; HUNGLER B P. Fundamentos da pesquisa emenfermagem. 3a ed. Porto

Alegre: Artes Médicas; 1995.

PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8. ed. Porto

Alegre: Artmed. 2006. 868 p.

PELEGRINO, P. S. Saúde e Envelhecimento. Perspectiva biopsicológica do

envelhecimento. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2009. p. 11-37.

PESTANA, L. C.; ESPIRITO S. F. H. As engrenagens da saúde na terceira idade: um estudo

com idosos asilados. Rev. Esc. Enferm.USP, São Paulo, jun. 2008. Disponivel

http://www.scielo.br/pdf/ v42/268-275. pdf>Acesso em 21 nov..2017.

PREVELATO, G. M. Envelhecimento Humano: diferentes olhares. In. CORDEIRO, A.P

(Org.) SãoPaulo: Cultura Acadêmica, 2015.p. 296.

ROCHA, J.P.; KLEIN, O.J; PASQUALOTTI, A. Qualidadede vida, depressão e cognição

apartir da educação gerontológica mediada por uma rádio-poste em instituições de

longapermanência para idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. Riode Janeiro, 2014; 17(1):

115-128.

RODRIGUES, A. M. S. M.O medo de envelhecer: E o papel do gerontólogo. 2012. 40 p.

Monografia (Trabalho final da Licenciatura em Gerontologia Social)–Escola Superior de

Educação João de Deus, Lisboa.

Page 47: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

46

RABELO, D. F; NERI, L.A; Tipos de configuração familiar e condições de saúde física e

psicológica em idosos. Caderno saúde publica. v. 31 n.4. Apr. 2015.

RABELO, D.F. NERI, L.A; Arranjos domiciliares, condições de saúde física e psicológica dos

idosos e sua satisfação com as relações familiares. Rev. Bras. de Geriatr e Gerontol., v18,n.

3, 2015.

RESENDE, M. C. et al.Saúde mental e envelhecimento. Rev. Psicol. v. 42,n1, 2011.

ROSSETTO, M.et al.,Depressão em idosos de uma instituição de longa permanência.

Rev. Enferm.UFSM. 2012 Mai/Ago; 2(2):347-352.

SALCHER, E. B. G; PORTELLA, M. R. SCORTEGAGNA, H. M. Cenários de instituições

de longa permanência para idosos: retratos da realidade vivenciada por equipe

multiprofissional. Rev. Bras. Geriatr. e Gerontol.,v. 18,n. 2, p. 259-272, 2015.

SANTOS, C.M. C; PIMENTA, C.A. M; NOBRE. M.R.C. A estratégia pico para a construção

da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Rev Latino-Am. Enferm. 2007 mai-jun;

15(3). Disponível em:< http://www.scielo .br/pdf/rlae /v15 n3 /pt _v15 n3a23 >Acesso em:

21/11/17.

SILVA, E.R.; SOUSA, A. R.P; FERREIRA, L.B.; PEIXOTO, H. M. Prevalência e fatores

associados à depressão entre idosos institucionalizados: subsídio ao cuidado de enfermagem.

Rev Esc. Enferm. USP. 2012; 46 (6): 1387-93.

SILVA, R. J. S.; ARAÚJO, L. F. de; CARDOSO, A. C. de A. Resiliência e Velice: discussão

acerca do constructo e suas práticas. In: CARVALHO, C. M. R. G. de; ARAÚJO, L. F. de.

Envelhecimento e práticas gerontológicas. Teresina-PI: editora CRV, 2017, cap. 2, p. 39-

61.

SILVA, C. A. et al. Relacionamento de amizade na instituição asilar. Rev. Gaúcha de

Enferm, Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 274-283. jun. 2006.

SILVA, L. R. F. Da velhice à terceira idade: o percurso histórico das identidades atreladas ao

processo de envelhecimento. História, Ciência, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15,

n. 1, p.155-168, jan.-mar. 2008.

SIQUEIRA, G.R. et al. Análise da sintomatologia depressiva nos moradores do Abrigo

Cristo Redentor através da aplicação da Escala deDepressão Geriátrica(EDG). Ciência &

Saúde Coletiva, 14(1): 253-259 2009.

SOARES, E. ; COELHO, M. O; CARVALHO, S. M. R. Capacidade funcional, declínio

cognitivo e depressão em idosos institucionalizados: Possibilidade de Relações e Correlações.

Rev. Kairós Gerontol. 15(5), 117-139. 2012.

SOUZA. A. et al., Conceito de insuficiência familiar na pessoa idosa: análise crítica da

literatura.Rev. Bras. de Enferm. v. 68, n. 6.2015.

SOUZA, M. C. M. R; PAULUCCI, T. D. Análise da sintomatologia de pressiva entre idosas

institucionalizadas. Rev. Enferm. Cent. O. Min.2011 jan/mar; 1(1): 40-46.

Page 48: FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ …grupomagister.com.br/uploads/biblioteca/tcc/psicologia...Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI 3 A Deus, que se mostrou criador,

47

SCHINEIDER, R. H.; IRIGARAY, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos

cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudo de Psicologia, Campinas. v. 25, n. 4,

p. 585-593, out.-dez 2008.

TESTON, E. F; CARREIRA, L; MARCON, S. S. Sintomas depressivos em idosos:

comparação entre residentes em condomínio específico para idoso e na comunidade.

Rev.Bras.Enferm. 2014 mai-jun; 67 (3):450-6.

TAVARES, D. M. S.et al., Status de fragilidad e entre idosos com indicativo de depressão

segundo o sexo. Jornal brasileiro de Psiquiatria. v. 63,n4 ,p. 347-353, 2014