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1ª Série Faces da Memória Histórias de memórias contadas Coordenadora Prof. Dra. Ana Maria Strohschoen Organizado por Lilian Alves

Faces da Memória

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Livro - Faces da Memória - Histórias de Memórias Contadas

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Page 1: Faces da Memória

1ª Série

Faces da MemóriaHistórias de memórias contadas

Coordenadora Prof. Dra. Ana Maria Strohschoen

Organizado por Lilian Alves

Page 2: Faces da Memória
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Faces da MemóriaHistórias de memórias contadas

1ª série

Organizado por LilianAlves

Coordenadora Prof. Dra. Ana Maria Strohschoen

Page 4: Faces da Memória

Layout da capa:

Beatriz Regina Luchese

Diagramação interna:

Beatriz Regina Luchese

Berenice Bohnen

Natália Machado

Edição das histórias:

Berenice Bohnen

Natália Machado

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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO

O Projeto pesquisa e extensão de Memória Institucional da UNISC –

Universidade de Santa Cruz do Sul propõe-se trabalhar a

viabilização de acervo que reforcem, junto à comunidade, a

importância de salvaguarda a memória das instituições, bem como

da necessidade de viabilização dos recursos materiais necessários

à preservação e disseminação de informações através de

históricos.

Foi com base em tais considerações que organizamos o Livro

“Faces da Memória: Histórias de Memória Contadas”, que

congregará diversos históricos empresarias os quais foram

produzidos por alunos da disciplina de metodologia da pesquisa. O

Livro configurasse como espaço que oportuniza a comunidade

acadêmica, bem como ao público externo com interesse sobre a

temática, conhecer os trabalhos de pesquisa que vêm sendo

desenvolvidos pelos alunos da Universidade.

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Page 9: Faces da Memória

2004 – Inicia dentro de uma disciplina de teoria da comunicação 1

através de um trabalho onde os alunos precisavam pesquisas sobre

como surgiram as empresas de comunicação na região. Neste

momento deparamos coma dificuldade de registros sobre este

tema.

2006 - “Um estudo sobre como algumas empresas da região

trabalham seu histórico: o que pode ser memória institucional no

contexto destas práticas”

Este artigo foi realizado pela profa. Ana Maria Strohschoen e

apresentado ao Grupo de Trabalho "Políticas e Estratégias de

Comunicação", do XV Encontro de Compós, da Unesp, Bauru, em

junho de 2006.

2007 - Um grupo de alunos sugeriu utilizar os relatos e histórias já

elaborados na disciplina e tê-los como arquivo de memória

institucional para futuramente colocar num site de memória de

empresas da região.

Nesta proposta chamou a atenção que não bastava apenas

montar o acervo, mas coloca-lo à disposição não apenas da

empresa (devolver o projeto), mas da extensão criar um mecanismo

para dispor este material para a comunidade.

Trabalhando agora em uma perspectiva de memória

institucional, pensando não no histórico de documentos, mas com

produtos de memória.

2008 – Aprovado o projeto de pesquisa realizado pela profa. Ana

1 - Histórico Projeto de Pesquisa e Extensão/Memória Institucional

9

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Maria Strohschoen, que busca discutir a Memória Institucional com

biografias. “Possibilidades de uso da Memória Institucional na

Região a partir do Projeto de Pesquisa Desenvolvido na UNISC”

· Outro artigo foi elaborado a partir das atividades realizadas

pelo projeto em 2007 pela profa. Ana Maria Strohschoen e

apresentado no NP de Comunicação Organizacional e

Relações Públicas, do XXXI Congresso Brasileiro de

Ciências da Comunicação, Intercom - Sociedade Brasileira

de estudos Interdisciplinares da Comunicação - Natal-RN,

ocorrido entre os dias 2 e 6 de setembro de 2008 foi “Os

históricos e as histórias contadas pelas empresas: mídia ou

memória institucional?”.

· 02 de outubro , apresentação do projeto "Possibilidades de uso da

Memória Institucional na região a partir de projeto de pesquisa

desenvolvido na UNISC" , no XIV Seminário de Iniciação

Científica e XIII Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da

UNISC.

2009 – Segundo semestre surgi o site “pesquisar é bom”, para suprir

as necessidades dos alunos.

· Apresentação do projeto “Possibilidades de uso da memória

institucional na região” coordenado pela a Professora Drª.

Ana Maria Stroschöen, juntamente com os alunos de

Comunicação Social da Unisc, Aline de Moura, Michele Roth,

Lílian Fengler e Douglas Souza.No III Abrapcorp que

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Page 11: Faces da Memória

ocorreu durante os dias de 28 a 30 a abril de 2009 na

Universidade de São Paulo (USP).

2010 – A entrada dos vídeos para o site verificou-se a melhoria da

qualidade dos mesmos: após à referência explicita dos trabalhos

com a exposição pelo site de memória criado observamos um

aprendizado mais consistente e gratificante para os alunos e

também para as empresas envolvidas.

· Apresentação do trabalho de pesquisa “A Importância da

História Individual para a Memória de Empresa e vice-versa”,

da Professora Dra. Ana Maria Strohschoen (UNISC),

juntamente com as alunas Angélica Weisse e Daiane

Carpes, na categoria GT Iniciação Científica, o trabalho de

pesquisa no 4º ABRAPCORP, maior congresso de

comunicação organizacional que ocorrerá nos dias 20, 21 e

22 de maio na PUC-RS.

· O 1º Encontro entre Colaboradores e Alunos” realizado no

dia 06 de outubro na sala 101 da UNISC

· 20 de outubro 2010 bolsista Elisio Rodrigues de Freitas

apresentou no XVI Seminário de Iniciação Científica, o Salão

de Ensino e de Extensão, o projeto de extensão no qual está

inserido: “A Memória de Empresas na Internet: um site de

históricos de empresas desenvolvido pelos alunos da

graduação da UNISC”, coordenado pela professora Ana

Maria Strohschoen.

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· Artigo Premiado, no Salão de Ensino e Extensão ocorrido em

outubro de 2010 na UNISC.

“O estudo do site de históricos de empresas desenvolvido

pelos alunos da graduação da UNISC: o que pode ou não ser

um produto de memória”, de autoria da profa. Ana Maria

Strohschoen e do bolsista Elisio Rodrigues de Freitas.

· No dia 08 de Junho de 2010 foi entregue o Prêmio Honra ao

Mérito aos autores dos artigos que foram destaque no Salão

de Ensino e Extensão 2010, onde o acadêmico Elisio

Rodrigues de Freitas (aluno do curso de Comunicação

Social/Publicidade e Propaganda da UNISC) e a Dra. Ana

Maria Strohschoen (Professora do curso de Comunicação

Social da UNISC), foram premiados.

2011 - A Profa. Ana Maria Strohschoen e o bolsista Elisio Rodrigues

de Freitas participaram do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências

da Comunicação – INTERCOM, que ocorreu entre os dias 2 e 6 de

setembro de 2011 na Universidade Católica de Pernambuco, Recife

– PE.

· Laçou na ocasião, o livro “Integração entre Ensino e

Extensão: Aprendizagem e Conhecimento” PUBLICOM no

DT: Relações Públicas e Comunicação Organizacional.

· Participação do bolsista Elisio Rodrigues de Freitas no

INTERCOM Junior (VI Jornada de Iniciação Científica em

Comunicação), com a apresentação de sua monografia, cujo

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título é “Memória Institucional: Estudo de Caso a partir do

Encarte da AFUBRA (Associação dos Fumicultores do Brasil)

55 anos veiculado no Jornal Gazeta do Sul”.

· 09 de abril 2011, foi a apresentação do Projeto de Extensão

"A Memória de Empresas na Internet: um site de históricos de

empresas desenvolvido pelos alunos da graduação da

UNISC", onde os Bolsistas Elisio Rodrigues de Freitas e

Luiza Amanda Scherer fizeram a apresentação,

coordenados pela Profa. Dra. Ana Maria Strohschoen, no 1º

Encontro Gaúcho de Ensino de Jornalismo e 1º Fórum Sul-

Brasileiro de Professores de Jornalismo, na categoria GT

Relatos de Extensão, realizado na UNISC - Universidade de

Santa Cruz do Sul.

· O 2º Encontro entre Colaboradores e Alunos” realizado no

dia 17 de outubro na ADUNISC da UNISC

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2004Percebia-se

a falta deregistros sobre

a origem das empresasna Região.

2006Apresentação do artigo daProf. Ana Maria Strohschoen “Políticas e Estratégias de Comunicação”, XV Encontro de Compós, da Unesp..

2008Aprovação do projeto

de pesquisareferente

a Memória Institucional,da Profª Ana Maria

Strohschoen

2009Nasce o site

‘Pesquisas é bom’

2010Melhorias multimídia

no site com a produção de vídeos

referente a memória institucional das empresas.

Diversas premiaçõescom o projeto.

2009O projeto ganha amplitude

com a participação da Profª Ana Maria

Strohschoenem Congressos e Eventosda Comunicação Social.

2012O desenvolvimento da

1ª Edição do Livro‘Faces da Memória’

coordenado pela acadêmicaLilian Alves e orientado

pela Profª Ana Maria Strohschoen

Page 14: Faces da Memória

Em 10 de agosto de 1962 nasce, em Santa Cruz do Sul, a

Agro Industrial Mohr Ltda, hoje Metalúrgica Mor S.A. A empresa

surge pelas mãos de Guilherme e seu filho Ruby Mohr e dos irmãos

Cláudio e Luiz Backes.

Acho que os momentos mais marcantes foram

vários né, começo do trabalho da empresa em fevereiro

de 77, apesar de já ter trabalhado em duas empresas é

uma coisa que marcou muito por ter começado a

participar do dia-a-dia da empresa que foi um processo

de sucessão do meu pai e em 83 o falecimento dele, 15

de março, que foi uma data marcante, porque criou um

divisor de águas dentro da empresa, que até o

momento era uma empresa familiar, eram duas famílias

que participavam do dia-a-dia da empresa, a MOHR e a

BACKES, acho que essa foi uma data muito

marcante.Depois a saída da família MOHR que foi no

mês de março de 85, quase um ano após o falecimento

do meu pai, meu pai morreu em março e eles saíram 31

de janeiro de 85, mais ou menos 1 ano e 9 meses

depois, então foi outra data marcante. (André Luiz

Backes)

Ainda na década de 80, assume a direção da empresa o atual

presidente, André Luiz Backes, filho de Cláudio Backes, que falece

em 1983. A família adquire as ações de Guilherme e Ruby Mohr,

assumindo o controle acionário da empresa, e a razão social

Metalúrgica Mohr S.A. tem uma pequena alteração, com o Mor

2 - Metalurgica Mor

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Page 15: Faces da Memória

sendo redigido sem a letra “h”, como a marca é hoje conhecida.

De acordo com André Luiz Backes, atual presidente da

empresa, um dos primeiros momentos marcantes evidenciados na

mesma, foi o falecimento de seu pai, no ano de 1983. E, 1 ano e 9

meses depois a dissociação, com a saída da família Mohr, criando

assim um divisor de águas dentro da metalúrgica, que até o

momento era uma empresa familiar. André considera que estes,

1984, 1985 foram anos muito difíceis, a empresa estava sem

crédito, sem credibilidade, com muitas dívidas. A saída de uma das

famílias (Mohr) acarretou dificuldades, antes dividas entre ambas.

Os cargos e as responsabilidades preenchidas por esta família,

tiveram de ser supridas e preenchidas pela família Backes, que

adquiriu a administração e propriedade da empresa.

Novas instalações são adquiridas, em 1985, para

incrementar a produção de cadeiras de praia. A Mor instala um

escritório de vendas em São Paulo e, assim, amplia sua atuação nos

mercados do centro do país. O Departamento de Exportação é

criado é em 1991, organizando as vendas para o mercado externo

que aconteciam de forma tímida e isolada.

Desde 91. Foi quando eu voltei lá dos Estados

Unidos e isso foi final de julho, inicio de agosto e ai eles,

o André me deu o setor. Só que não tinha nada né, eu

sempre falo pras gurias que trabalham comigo. Não

tinha fatura comercial, não tinha pekliss, não tinha

certificado de origem, hoje casualmente eu trouxe um

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Page 16: Faces da Memória

livro que sábado eu fiz um seqüestro lá em casa, um

livro que eu comprei na época para poder me guiar um

pouco. Hoje é tudo mais fácil, você vai na internet, você

coloca lá no google, modelo de invoice, e tá ali né, e isso

na época nós não tínhamos, então era bem, como é

que eu vou dizer assim, olhando pra trás eu vejo assim

ó, a gente eu, no meu caso, eu trabalhei com muita

paixão, eu acho que essa paixão que me fez acreditar

sempre que a Mor tinha condições de ser uma empresa

para exportar, mas o meu grande sonho, se, vamos em

falar em sonho, seria ver a Mor exportando volumes

grandes pra Europa e Estados Unidos. Apesar que seu

André sempre diz, o dólar que tu ganha da Bolívia e do

Paraguai é o mesmo dólar que um americano e um

europeu te pagam né, então o dólar é o mesmo. (Lialice

Schmitt)

A vinda para o Distrito Industrial, há 11 anos, foi um segundo

grande momento vivido pela metalúrgica, citado pelo presidente

Backes e pelo diretor financeiro Luiz Eduardo, onde houve grande

investimento em uma fábrica com extensão maior que a planejada.

As despesas ocasionadas no começo desta nova fase acarretaram

em uma grande crise no ano de 2005.

O momento mais marcante na empresa acho

que foi a virada de sair do centro da cidade, fazer todo o

investimento que a gente tem aqui no distrito industrial,

e começar uma nova fase. E em um segundo momento,

foi em 2005, quando a gente fez umas mudanças

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Page 17: Faces da Memória

drásticas na empresa e começou a evoluir como um

todo. (Luiz Eduardo)

E a vinda pro distrito industrial, fazem 11 anos,

outra data marcante. Acho que outra data que marcou

muito foi final dos anos 2005, foi quando a empresa fez

um processo de reestruturação muito pesado, um

enxugamento no nosso quadro de pessoas e tal, a

partir daí a empresa voltou a contratar um numero

muito mais expressivo de pessoas do que tinha aqui

dentro, acho que foi também outra data marcante.

(André Luiz Backes)

Nesta ano, a empresa teve um processo de reestruturação e

modificação no quadro de funcionários. Investia mais do que

faturava. Para Cairu Alexandrino a empresa teve de “arregaçar as

mangas, e fazer as coisas acontecerem, para virar o jogo”, esta crise

foi superada e segundo André, com muita facilidade, mas que se

torna marcante devido a proximidade “fazem só 6 anos”.

Entre 1997 e 1999, a Metalúrgica Mor desenvolve um ousado

projeto de re localização, expansão e modernização. São investidos

R$ 13,8 milhões em edificações e tecnologia, a maioria importada

dos Estados Unidos, Alemanha e Itália. Novos produtos são

incorporados a empresa. Mesas de passar roupas, varais e escadas

domésticas colocam a Mor no segmento de utilidades domésticas.

Em 2001, a empresa adquire a empresa paulista Alutron e passa a

fabricar também utensílios domésticos com antiaderente, como

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Page 18: Faces da Memória

panelas e leiteiras.

Novas medidas tiveram de ser adotadas, a empresa passou

a contratar um numero mais expressivo de pessoas, havendo uma

maior integração entre seus membros, diferente de outras crises. A

Mor começou a evoluir como um todo. Trabalhando a parte de

gestão, obteve bons percentuais de crescimento nos anos

seguintes, em evolução constante conforme o tempo. Comprou

uma concorrente, além de evoluir nos serviços já prestados.

Bom acho que ruim, que depois não tão ruim, em

2005 quando teve, que , eu entrei em 2004 então em

2005 ainda era muito nova, mas era um empresa que

eu ,logo quando eu entrei logo acreditei, essa empresa

tem potencial. Em 2005 teve um, dezembro teve uma

demissão de muita gente, depois da reestruturação a

empresa não tinha lucro suficiente e tava empacando ,

aí fizeram uma avaliação de todos os cargos então

muita gente foi embora , ã, foi uma época de muita,

muito corte, corte de pessoas, corte de material de

economia, gritante, então, muita gente que gostava,

tava no teu lado foi embora e saia chorando, daí a gente

não sabia quem era, quem era, o que era melhor ter ido

embora ou era ter ficado , porque o clima fico muito,

muito de medo de, de quem é o próximo, né e … e na

cidade perguntavam : mor vai falir? A mor vai falir? A

gente dizia, não mas eu sentia que o grupo, quem fico, a

gente montou o grupo especial que é hoje os

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Page 19: Faces da Memória

supervisores né então é um grupo que tinha muita

certeza assim de vamos fazer junto, e isso eu sinto até

hoje, até quando as coisas estão boas, eu fico

pensando, começo de lá. Talvez quem chegue agora na

or diga há que beleza a empresa tá crescendo e tal,

mas então, não cresceu sem dor. Foi uma coisa que

muito ruim na época, mas era uma coisa que foi

necessária, então quem tava lá aquela época tem muito

presente que, o que a gente avançou hoje não é em

vão, eu sei que, muito, a geração Y que eu até me sinto

um pouco parte da geração é muito ansiosa, e vamos

fazer a coisa agora, mas as coisas tem seu tempo de

acontecer, então a gente tem que acreditar, e tipo na

época não me impressiono se ia dar certo ou não, tinha

uma convicção, não, isso vai dar certo, é aqui que eu

gostei de trabalhar e tem potencial, e eu acho que esse

meu sentimento é o sentimento geral assim, ninguém

Era um ajudando o outro, enfim,como que a

gente vai, vamos usar papel das duas folhas, tipo

ocupar um clips, a pessoa que tava pra comprar um

clips tinha que pensar duas vezes, pra compra assim

tinha que fazer as coisas da forma mais barata, o nosso

departamento mesmo, a gente corto as cor das

piscinas, que cor assim, não é um design bonito a gente

vez com pra baixar o preço, a gente tiro as arara da

piscina pra baixar o preço, pra trabalha com o

competitivo, pra que a gente conseguisse vender e tal.

E foi um ano muito difícil, foi muito... Mas daí logo 19

Page 20: Faces da Memória

naquele ano, daí a gente reverteu completamente o

quadro que veio um presente sem tamanho. Então me

marcou assim, não sei dizer hoje se foi positivo ou

negativo, talvez se não tivesse acontecido aquilo da

forma que foi, não, não, hoje mesmo não teríamos esse

cenário que agente tem hoje, então, han, acho que o

pessoal novo que vem é bom saber o que que

aconteceu sabe? Daí tu sabe, “é só oba oba” tu nunca

vai muda, ou tipo né, a gente pode deixar o barco, a la, a

la vontade, assim, acho que foi isso. (Patricia Louise

Rosa)

Hoje a MOR conta com 3 empresas. Marcio Bandeira conta

que a metalúrgica, inicialmente era de pequeno porte, passando por

médio, e neste ano chegando a grande porte.

É a segunda maior empresa em arrecadação de Santa Cruz do Sul,

perdendo somente para a Philip Morris. E relata que conquistas

como o ISO 9000, a renovação da empresa, o aumento no seu

quadro de funcionários de 400 para 1400, 1500, variando conforme

o período são marcantes dentro da empresa.

Entre as realizações pessoais, aliadas ao seu trabalho na

empresa, os entrevistados fizeram algumas citações. Para Luiz

Eduardo, em seus 15 anos de MOR, seu casamento, o nascimento

do filho, dentre muitas coisas que ocorreram em sua vida, evoluções

profissional e pessoal, foram acompanhadas das muitas pessoas

que conheceu em seu ambiente de trabalho. Marcio Bandeira,citou

sua promoção a supervisor, mostrando seu crescimento profissional

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Page 21: Faces da Memória

e comparando a realização de um sonho. Cairu Alexandrino, citou o

crescimento da empresa, e o fato de ter acompanhado isto desde

sua entrada, até os dias atuais.

Pra mim, para minha carreira foi quando fui

promovido a supervisão, este foi o momento mais

marcante, porque é todo...todo aquele sonho que a

gente tenta realizar, alguma coisa neste sentido.

Chegar, começar embaixo como auxiliar de produção,

vai começando devagarzinho (gestos apontando

subida gradativa de degraus) isso para mim foi o que

mais me marcou na minha carreira. (Marcio Bandeira)

Na minha vida pessoal foi, nos 15 anos que eu

tenho de MOR, eu casei, nasceu o meu filho, então, em

um tempo bem grande, muitas coisas aconteceram na

minha vida. Minha evolução profissional e pessoal

foram acompanhadas de muitas pessoas que conheci

aqui. (Luiz Eduardo)

André Luiz Backes diz que foram vários, seus momentos

marcantes. Destacando seus 33 anos de Metalúrgica Mor,

completados em fevereiro deste ano. O seu começo de trabalho na

empresa e sua participação no dia a dia desta empresa, foram

marcantes. O presidente cita também outra data marcante, em

2012, quando a empresa completará seus 50 anos.

Nestes 49 anos, a Metalúrgica Mor fabricou suprimentos para

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Page 22: Faces da Memória

a agricultura e apicultura, mudou seu foco, ampliou suas linhas,

conquistando novos mercados que acompanharam as

transformações globais.

Conquistou não só o mercado brasileiro, como também o

mercado internacional. Hoje, a empresa exporta para os 5

continentes, principalmente para os países do Mercosul. Nos

mercados onde atua, seus produtos são reconhecidos por sua

qualidade, inovação e conforto. São fabricados por profissionais

especializados e equipamentos de última geração.

No próximo ano, a Mor completa 50 anos de atuação, tendo

sua origem na cidade de Santa Cruz do Sul. A satisfação de seus

funcionários é evidenciada nas entrevistas e nos relatos dos

mesmos, mostrando que suas visões, missões e valores são

cumpridas no cotidiano.

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1962Nasce a Agro Industrial

Mohr Ltda, em Santa Cruz do Sul.

1983O atual presidente da empresa,André Luiz Backes, assume a direção da empresa/A razão social sofre alteraçõesdando origem ao nome‘Mor’.

1997/1999Expansão e

modernizaçãoda empresa.

2005A empresa

enfrenta crise.

2012Comemoraçãode 50 anos Mor

Page 23: Faces da Memória

O segredo deste hospital, estar completando 75 anos,

segundo seus colaboradores, é a recompensa de tantos esforços

não somente de quem está trabalhando hoje, mas também

daqueles que se por essa empresa, em outras épocas, e que hoje

seguem outros rumos.

Uma das primeiras funcionárias que entrou aqui no

hospital fui eu. Quando elas se mudaram para cá, em

seguida, inaugurei esse hospital aqui (...) o hospital

tinha só um corredor, era bem piquininho, e ali nós

fazia, cirurgia parto, tudo era ali naquele corredor.

Quando eu comecei a trabalhar, já comecei em tudo,

como parteira como enfermeira (...) Tinha uma irmã dos

Estados Unidos, muito boa, professora, ela que nos

dava aula (...) tudo nós fazia nós ia aprendendo já de

tudo (Lia Fagundes da Silva Carvalho)

Naquela época não tinha atendente de enfermagem

então meu cargo era servente.O que eu fazia auxiliava

os trabalhos, os pacientes: banhos, carregava e

conduzia pacientes na cadeira de rodas (...) trabalhava

também na recepção. Na época não tinha um sistema

como se tem hoje, mas a gente tinha que atender, na

época se chamava serviço de portaria, atendia,

conduzia o visitante, aquela coisa toda.” (Marionone

Lopes de Moura).

Agente fazia higienização, agente medicava (...)

3 - Hospital Santa Bárbara

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Page 24: Faces da Memória

aprendia se trabalhando(...) Naquela época só se tinha

a sala de parto, que era aqui num quarto (...) e o posto

clínico que tinha lá, a sala cirúrgica era aqui onde é o

raio x (...) Evoluiu muito daquele tempo pra cá, e eu

tenho certeza que eu contribuí. (Odete Escouto)

Na humildade destas pessoas, pude perceber que a felicidade

pode habitar os lugares menos prováveis. Pessoas simples, com

serviços simples, são tão felizes quanto, ao até mais, que aqueles

que ostentam grandes cargos e salários. Esta humildade, os levou à

caminhos que pareciam impossíveis, conquistaram oportunidades

de crescimento, por darem valor ao que iam adquirindo. Valorização

do funcionário, e oportunidades de crescimento para seus

colaboradores, sempre foi uma marca do Hospital.

Em 85, a irmã me chamou pra me oferecer um serviço

na área de radiologia onde eu entrei como auxiliar dela

na câmara escura, revelava, o processo todo sabe (...)

consegui fazer o técnico em radiologia, é uma função

que eu desempenho hoje (...) Uma coisa boa de frisar é

que nesses 28 anos eu nunca tive um atraso no meu

salário, o pagamento sempre foi em dia isso é uma

coisa muito importante pra uma empresa. É uma

empresa organizada, que não toma nenhuma decisão

em falso sempre toma uma decisão com os pés no

chão, isso faz com que a empresa cresça.

(Marionone Lopes de Moura).

24

Page 25: Faces da Memória

Depois de atendente veio o curso de auxiliar de

enfermagem, daí agente fez o curso, com o auxílio da

irmã Neusa, tá, daí eu fiz o auxiliar, fiquei um tempo

como auxiliar, hoje eu já sou técnica, fiz o curso de

técnico, agente conseguiu evoluir. (Odete Escouto)

O Hospital, também, sempre investiu na ampliação de suas

instalações e melhores condições de atendimento aos pacientes.

Quando eu comecei a trabalhar aqui tinha vinte

funcionários, hoje tem um quadro de sessenta e dois

(...) a luz era só da CEEE, quando faltava luz era um

dilema, uma correria, acender líquido aquela coisa

toda, a gente conseguiu um gerador que foi um avanço

muito bom, para o hospital e para comunidade (...) logo

em seguida a gente conseguiu um laboratório de

análises clínicas junto ao hospital que não se tinha,

tinha só fora do hospital (...) Outra coisa boa que

aconteceu foi a conclusão da obra, que teve mais de 20

anos parada, que é do segundo piso, também foi

adquirido com recursos do hospital e recursos do

governo, foi se lutando aqui e ali se conseguiu concluir

e isso ajudou também no desenvolvimento do hospital.

(...) O hospital adquiriu também um mamógrafo para

fazer as mamografias, antes a gente tinha que fazer em

outro lugar, hoje são feitas aqui inclusive vem gente de

outras regiões, vem fazer aqui na nossa cidade(...) A

direção atual conseguiu uma usina de oxigênio, antes a

gente conseguiu tinha que comprar, vinha um

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Page 26: Faces da Memória

caminhão de 30 em 30 dias, as vezes nem isso, pra

trazer os cilindros do oxigênio.Hoje o hospital produz o

seu próprio oxigênio, é um investimento que foi feito e

que tá trazendo bastante recurso pra cá. (...) As coisas,

tudo acontecem não é por acaso, acontece tudo

planejado, é uma decisão que se toma, toma com os

pés no chão, ele é muito bem administrado.

(Marionone Lopes de Moura).

Os funcionários não vêem o hospital apenas como empresa,

eles tem um carinho muito grande por ele, por situações diversas já

vivenciadas.

Eu sou filha do hospital, eu nasci aqui fui pra casa, com

dezessete dias voltei pra internar, desenganada pelos

médicos, uma criança fraca com problemas

respiratórios, não haveriam chance nenhuma de

sobrevivência de acordo com o médio (...) e em função

do trabalho das irmãs, da irmã Cacimira que trabalhava

aqui na época (...) ela olhou o bebezinho e decidiu que

não iria morrer, então ela velou o meu berço, dias e dias

a fio, até que eu tivesse em condições de ser transferida

daqui, para receber um tratamento mais adequado (...)

esse é o milagre do trabalho, é o milagre da fé da força e

da dedicação (...) que o bebezinho podia sobreviver e

trabalhou para isso, então não é o milagre, como

agente imagina, que desce dos céus e acontece, é o

milagre do trabalho e da dedicação. (Débora Silveira)

26

Page 27: Faces da Memória

(...), uma das coisas mais importantes que eu acho que

aconteceu dentro do hospital, na minha vida, foi o

nascimento dos meus três filhos, Diego, Matias, a

Clarissa, Cacá que é a caçula da turma. Foi um

momento de muita felicidade, porque a mãe deles

ganhou aqui. Nós fomos muito bem atendidos, isso

ficou marcante dentro da minha vida do hospital.

(Marionone Lopes de Moura).

Sistemas e diferenciais na Administração desta empresa:

Se teve várias direções de irmãs, o hospital

sempre foi coordenado pelas irmãs, elas são donas. A

cada seis anos ou até menos são trocadas, pra isso tem

uma votação entre elas... lá..., elas escolhem a

coordenadora, diretora do hospital (...) Antes a gente

não tinha administrador era apenas coordenado pelas

irmãs depois de passado um período começou a surgir

à parte administrativa e foi contratado o administrador,

hoje tem administrador, hoje tem os colaboradores, os

chefes de equipe, então, hoje, as coisas são muito mais

organizadas. (Marionone Lopes de Moura).

Eu acho aqui incrível, maravilhoso,

porque quando agente tá lá fora, agente não pode

imaginar o que tem aqui dentro, aqui tudo se faz tudo se

fabrica, aqui tem de tudo né, aqui tem comida tem roupa

tem tudo feito aqui dentro. (Graciane Costa de Vargas)

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Page 28: Faces da Memória

A emoção ao falar sobre como é trabalhar no hospital esteve

presente em todos os depoimentos.

Cada pessoa que entra aqui dentro,

parece que agente acolhe no coração da gente né. O

lugar aqui é um encanto, apesar de ser um hospital, de

ser um lugar que tem muita doença, agente graças a

Deus, agente que trabalha aqui é contente é feliz.

(Graciane Costa de Vargas)

Histórias emocionantes de pessoas que dão a vida por essa

empresa. Que consideram o trabalho e os colegas como um

segundo lar, uma segunda família.

Tem uma gratidão muito grande da

família com todo o trabalho que foi feito (...) eu cresci

muito vinculada ao hospital né, (...) foi uma coisa

maravilhosa quando eu tive a oportunidade de retornar

e trabalhar aqui (...) tenho um pouco de sentimento de

gratidão de dar em troca um pouco do que eu recebi.

(Débora Silveira)

Eu sei que é um egoísmo meu, pensar

qui, se eu pudesse escolher uma profissão para o meu

filho, eu queria que ele trabalhasse nessa área, queria

que ele fosse enfermeiro, médico, o que ele quisesse,

desde que ele ficasse aqui dentro, ai eu acho incrível,

maravilhoso mesmo! Eu acho que é um dos melhores

28

Page 29: Faces da Memória

lugares pra agente trabalhar e aprender, aii, o que

agente aprende de coisas aqui (...)Eu acho que o

gostar, faz com que o trabalho seja maravilhoso, e eu

gosto, eu coloco amor no meu trabalho, aqui é um lugar

que realmente eu gosto muito.

(Graciane Costa de Vargas)

Esse vinte e quatro anos, que eu estive

aqui, eu consegui levar, pra cá com que a minha filha se

envolvesse (...) minha filha hoje faz o curso de técnico

em enfermagem, pretende fazer o curso de

enfermagem mais tarde, e vai continuar no ramo.

(Odete Escouto)

Agente sabe que perto de outras

empresas que tem uma visão focada no lucro, aqui nós

temos uma visão focada nas pessoas, eu tive também

experiências foras, e sei bem a diferença. (Débora

Silveira)

Esta empresa prima pela qualidade do bom

atendimento ao seu paciente. Por se tratar de saúde, o

compromisso é ainda maior. Essa qualidade se dá, pela motivação

que recebem de seus superiores, e pelo carinho e companheiros

dos colegas de trabalho

Eu gosto muito de cantar, e eu não tenho

vergonha de dizer que as vezes eu to limpando um vazo

.

29

Page 30: Faces da Memória

e to cantando, e quanto mais eu limpo mais eu canto, e

mais vontade eu tenho de limpar, é porque não é feio

né, agente sabe, é o trabalho da gente né, agente

limpa, assim bem limpinho e pensa, que daqui a pouco

vai chegar uma pessoa, e vai determinar determinado

ambiente e vai ta bem limpinho. (Graciane Costa de

Vargas)

Cada paciente meu representa como se

fosse meu familiar. Eu trato cada um com muito carinho,

sinto que cada uma daquelas pessoas poderia ser

minha mãe, eu cuido todos com muito carinho. (Odete

Escouto)

Eu acho assim, lidar com a saúde

incrível, porque as vezes agente acha que não tem o

suficiente, e vê pessoas assim, lutando pela vida sabe,

lutando por um fiozinho de vida né. (Graciane Costa de

Vargas)

Grande parte dos funcionários, iniciou suas atividades

profissionais dentro desta empresa, e nela estiveram até se

aposentarem

Eu me aposentei e continuei, imagina

quanto tempo eu trabalhei, também tem gente velha ai

que eu fiz o parto(...) esse dias mesmo, vi um com

cinqüenta e quatro anos, e eu fiz o parto (...) parei, as

:

30

Page 31: Faces da Memória

irmãs não queriam que eu saísse, mas foi porque eu

quebrei um braço e daí tive que ir pra Porto Alegre, e

não tinha outra parteira. (Lia Fagundes da Silva

Carvalho)

Histórias e relatos ouvi, e com isso pude trazer para minha

vida profissional e pessoal, grades lições de carinho, amor e

dedicação pela empresa que aprenderam a amar.

Dentro do contexto geral, assim sabe, o hospital

Santa Bárbara faz parte da minha vida eu pretendo

continuar até que eu tenha força, tudo que eu consegui,

tudo que eu tenho hoje é graças ao hospital, o hospital

tá gravado no meu coração, o hospital vai continua

comigo, eu vou continuar com ele eu não sei viver sem

o hospital. Na minha folga eu não consigo fica sem dar

uma passadinha pra ver como é que estão as coisas.

Nossa maior satisfação é atender bem o nosso

paciente. (Marionone Lopes de Moura).

Eu gosta muito da minha profissão, mas muito,

eu nunca me senti mal, assim de dizer, ai eu não quero

mais trabalhar aqui. (Lia Fagundes da Silva Carvalho)

É uma honra muito grande poder trabalhar aqui,

e eu espero poder continuar com o trabalho e auxiliar na

31

Page 32: Faces da Memória

missão do hospital que é dedicação total. (Débora

Silveira)

Foi aqui que eu cresci que eu aprendi, alguma

coisa na vida (...) só tenho a agradecer a Deus por ter

me dado essa oportunidade, na vida né. (Odete

Escouto)

Aiii desejo que este hospital dure por muitos e

muitos setenta e cinco anos, que sempre seja bom

como ele é, que sempre tenha esse calor humano que

tem aqui dentro, esse amor que tem aqui dentro, que

acolhe as pessoas sabe, que nunca termine, que

sempre, esteja aqui e que, que cresça que cresça e que

possa abrigar muito mais pessoas. (Graciane Costa de

Vargas)

Tenho certeza que esta experiência, de pesquisa, ficará

gravada na memória de cada um destes funcionários que se dispôs

a colaborar. Muitas histórias puderam ser relembradas a partir desta

iniciativa, muitos ao irem para suas casas, rememoraram fatos que

até o no momento, não se recordavam, mas que assim continuaram

contribuindo para o resgate dessas memórias.

Tentou com este trabalho, escrever capítulos, que são de extrema

importaância nas vidas e nas histórias destas pessoas.

Linha do tempo Hospital Santa Bárbara

32

Page 33: Faces da Memória

Através da análise da página da Bistex pelo Web Archive,

entidade que reúne o arquivo da Internet através dos anos, percebe-

se que o site da empresa passou por poucas mudanças desde que

entrou no ar, em 2001. Um detalhe interessante que o grupo

percebeu é que o histórico da empresa aparecia de forma mais

proeminente e completa nas versões mais primárias da página, e

chegou a desaparecer por completo do site por volta de 2004,

somente para ser retomado – com menos detalhes – em 2005, com

a mesma redação da versão no ar em 2009.

A Bistex Alimentos Ltda. pertence ao casal Geni João

Marquetto e Elaine Marquetto. Entretanto, o casal só entrou na

sociedade em 1988. Antes disso, a empresa tinha outros donos.

Porém, apesar das pesquisas e das tentativas, não conseguimos

descobrir os nomes de todos os antigos donos. Apesar de um de

nossos entrevistados dizer o contrário, descobrimos em pesquisas

que um dos antigos sócios era Arildo Bennech de Oliveira, hoje,

dono da Superpan. Em 1988, Geni Marquetto tornou-se sócio da

empresa.

eve sua fundação no ano de 1986. Na época, seu

nome ainda era Indústria de Produtos Alimentícios Biscopan.

Biscopan justamente porque produzia basicamente biscoitos e

pães. E a marca do salgadinho produzido era Bistex. Foi apenas

quando Geni Marquetto, atual sócio majoritário, entrou para a

empresa que foi fundada a Bistex. Em 1997, quando a empresa

A Bistex t

4 - Bistex

33

Page 34: Faces da Memória

mudou suas instalações para a atual sede, a Biscopan foi

incorporada pela Bistex. A escolha foi feita pela razão de “Bistex” ser

um nome mais forte e mais conhecido na região do que “Biscopan”.

“Então a Biscopan que iniciou. Iniciou

trabalhando... por que que o nome era Biscopan?

Justamente “biscoito e pão”, né. Então o irmão do cara

da Superpan era o sócio aqui, né. Aqui não, na outra

empresa. E eles começaram fabricando salgadinhos e

a razão social da empresa era Indústria de Produtos

Alimentícios Biscopan. E a marca do salgadinho era

Bistex” (Plínio Diehl – Gerente Industrial da Bistex).

Durante seus 6 primeiros meses de trabalho, a empresa

Biscopan apenas produzia para outra empresa, de São Paulo. Após

esses 6 meses, começou a comercializar na região, já com a marca

Bistex. Em 1988, fundou-se a Bistex, em Ramiz Galvão. Mas nesse

início, a Biscopan ficava no centro da cidade enquanto a Bistex

ficava em Ramiz Galvão. A sede do centro da cidade funcionava

como um escritório da empresa, enquanto àquela localizada em

Ramiz Galvão era a indústria que produzia os alimentos. Mas foi

apenas em 1998 quando inaugurou a atual sede que as duas

empresas firmaram-se em um mesmo local, e após, transformaram-

se em uma só.

“Depois que a gente veio pra cá, o que

aconteceu, deram baixa na empresa Biscopan e ficou

só a Bistex, que era bem mais conhecida, né. Era mais

34

Page 35: Faces da Memória

forte. Nós instalamos aqui em 97, mais ou menos.

Então, desde 97, a Biscopan deixou de existir. Então,

inclusive no contrato social da empresa, tudo consta

que a Bistex incorporou a Biscopan. Deixou de existir,

né. Pegou o passivo dela toda e... foi o que aconteceu”

(Plínio Diehl – Gerente Industrial da Bistex).

Em seu início, a Biscopan tinha cerca de 10 funcionários. Hoje,

a empresa conta com mais de 170 colaboradores. Mas a empresa já

contou com cerca de 300 empregados. Nessa época, a empresa

produzia cerca de 700 toneladas/mês e exportava para diversos

países. Sua preocupação era produzir em larga escala. Hoje a

preocupação é com a qualidade. Por isso, a produção está em torno

de 300 a 400 toneladas/mês. São feitos produtos diferenciados,

preocupando-se com a imagem da empresa. A preocupação deve-

se principalmente ao fato de a empresa ter certificado ISO de

qualidade. Dessa forma, há uma elitização dos produtos. A

preocupação com a imagem é refletida no investimento em

embalagens atrativas. Ao mesmo tempo, há uma preocupação com

o atendimento ao cliente. Os motoristas da Bistex são todos

uniformizados e treinados para relacionar-se com o cliente da

melhor forma possível. São pequenos detalhes que diferenciam o

produto tornando seu sabor único e inconfundível.

“Nessa época aqui, a gente tinha muitos

funcionários, porque a gente exportava, mandava pra

Cuba, países fora. Só o que que aconteceu,

35

Page 36: Faces da Memória

produzimos em larga escala, a nossa preocupação era

produzir. Hoje não. Hoje a nossa preocupação é

qualidade. Então a gente tá produzindo produtos

diferenciados, se tu olhar o mix de produtos, a gente se

preocupa com a imagem da empresa, porque a gente

tem a ISO, né. Hoje a gente trabalha tudo com

embalagem interna. Tem embalagem hoje que brilha

um pouco na prateleira, são embalagens caras, né.

Então, em toda nossa linha, tamo mudando o tipo de

embalagem. Isso faz com que o produto agregue um

pouco mais de valor também. Começa a elitizar um

pouco mais o teu consumidor. Mas isso é uma política

que a empresa adotou, né” (Plínio Diehl – Gerente

Industrial da Bistex).

Mas essa qualificação e diferenciação do produto só ocorrem

devido ao treinamento da equipe da empresa. Desde seu início, a

Bistex sempre buscou a qualificação de seus profissionais para

aprimoramento na indústria alimentícia. Todos os sábados há

treinamento da equipe. Uma vez por mês reúnem-se os motoristas

da empresa para falar sobre atendimento ao cliente. Além disso, a

Análise dos Pontos Críticos de Controle (APCC) foi implantada na

indústria. Dessa forma, cada processo da fábrica é analisado

criticamente por um comitê que avalia a produção da empresa,

determinando pontos positivos e negativos.

A preocupação com a qualidade pode ser percebida

principalmente durante a produção. Tanto treinamento deve-se ao

36

Page 37: Faces da Memória

fato de que, o produto feito no período da manhã deve ter a mesma

qualidade daquele produzido de tarde e a mesma do produzido

durante a noite. Para isso, treinamento e experiência são

fundamentais. Dessa forma, cada setor tem funcionários-chave

com muita experiência e muito conhecimento, que permitem manter

a qualidade dos produtos e que procuram repassar seu

conhecimento para os funcionários mais novos e menos

experientes.

Dessa forma percebemos que a qualidade, seja do produto,

do atendimento, ou principalmente dos colaboradores, adquire uma

importância fundamental para a empresa. Como a própria Bistex

destaca em seu site,

a Bistex Alimentos Ltda, deu um passo importante para

qualificar ainda mais seus produtos, depois de passar

por uma série de mutações dentro de seus processos,

pois implantou um sistema de gestão da qualidade

baseado na NBR Iso 9001:2000, que é uma norma

internacional de requisitos da qualidade, e tem como

objetivo prevenção de falhas, e padronização em todos

os processos. Esta é a norma mais completa da família

9000, uma vez que trabalha com todas as fases do

processo, inclusive higiene e segurança alimentar.

Dessa forma, além de se preocupar com a legislação e suas

normas de higiene e qualidade mínimos, a empresa está introduzida

em um rigoroso programa de qualidade que ajuda a elevar o nível de

seus produtos, tornando-a referência estadual em sua área de

atuação.

37

Page 38: Faces da Memória

No início do ano de 2009 a empresa realizou pela primeira

vez a Semana da Qualidade e Segurança Alimentar. O objetivo era

aprimorar os conhecimentos dos diversos processos de

organização. Para isso, palestras, cursos e treinamentos foram

realizados sobre diversos temas. Nessa semana, uma curiosidade

foi um mural em que foram colocadas fotos antigas e novas de

funcionários e ex-funcionários. Uma forma de relembrar o passado

e preservar a história da empresa, com imagens daqueles que

fizeram a ainda fazem parte de uma vida de cheiros, gostos e

lembranças. Uma forma de saborear o presente sem esquecer do

passado, e pensando em um futuro de qualidade e sucesso.

38

Page 39: Faces da Memória

João Paulo Heck possui 30 anos de experiência na Rádio

RVA. Sua carreira na empresa começou como sonoplasta. Ele é o

funcionário mais “antigo” e acompanhou o desenvolvimento da

RVA.

“Foi fortuito porque eu trabalhava na prefeitura de

Venâncio, antes eu trabalhei em fumageira, trabalhei como

menor estagiário no banco do Brasil, e aí uma passagem

aqui pela rádio Venâncio Aires, pela frente da rádio. Eu

tinha um amigo meu, Luís Carlos Heinze, que trabalhava

aqui e me convidou pra ser sonoplasta, atuar na técnica da

emissora, né, e topei a parada, gostei do serviço, me

encontrei e inclusive fazia Universidade na ocasião, né,

era uma forma também de sustentação dos meus estudos,

né . Então acomodou uma série de fatores, porque a rádio,

com o horário que era a rádio naquela ocasião, viabilizava

que eu estudasse e tivesse mais tempo pra preparação.

Então naquela oportunidade assim, a porta de entrada foi

também isso, o horário de rádio, né, mas depois teve uma

configuração bem diferente isso aí e a gente vê que rádio

não é cinco ou seis horas por dia, como a técnica

possibilitava naquela ocasião.”(Jão Paulo Heck, em anexo

transcrição completa da entrevista, 2010)

Muitas mudanças aconteceram desde o início da rádio,

principalmente as alterações na programação. Moacir Emílio

Alberto Eisermann participou da construção do jornalismo da

empresa e possui percepção de quem iniciou em 1991.

5 - Rádio Venâncio

39

Page 40: Faces da Memória

“Bom, falando do horário da tarde, a gente tinha, antes, o

Clube da Amizade. Eu trabalhava de operador, né, e a

gente notava que era um programa feito diferenciado, no

sentido de atender cartas, apenas. Eram anúncios e

pedidos de música. Se fazia a leitura de 10, 15 pedidos de

música, e tocava três músicas na sequencia. E voltava pro

comercial, voltava o locutor, fazia uma abertura, dava

recado... Se trabalhava muito a questão do atendimento

do pedido musical. Rádio AM, naquela oportunidade.

Houve essa inversão pra um lado de se trabalhar mais a

busca de... se trabalhar com a comunidade, em busca de,

hã, oportunidades de se arranjar emprego, de se fazer

pedidos de cadeiras de rodas, de se atender a pessoas

que eram vítimas de sinistros, de incêndio... o que acabou

caindo de agrado porque muita gente precisa desse tipo de

serviço e a rádio tem uma força muito grande, e justamente

casou as ideias, né.” (Moacir Alberto Eisermann, em anexo

transcrição completa da entrevista, 2010)

A passagem

O pouco suporte oferecido na época fez com que a passagem da

programação meramente musical para a de jornalismo fosse lenta.

Tanto na estrutura, quanto da adaptação dos profissionais, como a

de João Paulo Heck.

“Bom, antes da ida pro jornalismo eu atuei também no

setor de discos da Rádio Venâncio, porque eu cheguei

esses dias, eu encontrei com os completamente

40

Page 41: Faces da Memória

estragados, capas rasgadas, discos atirados, o pessoal

não cuidava, né, então eu tinha por natureza já um apreço

por música um gosto pela capa também, pelo trabalho

inteiro. E eu propus também pro diretor da rádio de arrumar

estes discos e criamos todo um, uma discoteca

organizada, né, e aquilo não era organizado, tinha mais ou

menos uma divisão alfabética assim, mas feita, né, e de

improviso mesmo, e aí eu organizei toda a discoteca da

rádio, né. Os compactos, mandamos fazer capas de

compactos e a partir dali se criou uma relação porque o

pessoal do jornalismo trabalhava muitas vezes dentro da

nossa sala e eu ia pra sala deles né, então eu já criei uma

afinidade com redação, logo depois eu criei o Estampa

Nativa, né, que também foi, tudo meio junto, né, no

começo, né.” ( João Paulo Heck, em anexo transcrição

completa da entrevista, 2010)

Moacir Eisermann também relata a transição.

“Como a maioria dos funcionários, assim, que vai pra área

de locução, inicia, como, sempre, a gente fala aqui de uma

maneira geral, na mesa, de operador técnico. A gente

começou na central, por cerca de um ano, um ano e meio,

assumiu junto a gravação, que faria, naquela época então

o horário da manhã, junto a gravação, voltava pra casa,

fazia o horário do almoço e retornava, pra tarde, aí pra

novamente a central. E com o tempo, fazendo a central de

futebol, você, entra naquele ritmo, que é o ritmo de

funcionário de rádio, é 24 horas. Então você fazia de

41

Page 42: Faces da Memória

manhã, fazia a tarde, finais de semana, as vezes sábado e

domingo, e até muitas vezes, né, no sábado e domingo. E

a questão da, da, locução, né, ela surgiu com aquela

questão de você estar sempre na rádio. Daqui a pouco

pintou a oportunidade de uma leitura de uma nota, de um

pedido, não se tinha o locutor disponível na emissora e a

gente vai pro ar e acaba lendo aquela nota. E aí é uma

questão de esperar uma oportunidade. A minha chegou

em 1997, quando a emissora ficou, a tarde, sem uma

locução. Depois de um longo período em busca de um

locutor para fazer o horário, a gente teve a ideia de colocar

um programa no ar, naquela oportunidade ainda sem um

nome definido. Demos três sugestões de nomes pra

direção, com vários quadros, que seria o típico programa

de AM, com, hã, utilidade pública, novelas, horóscopos,

agendas... e a direção entendeu que era a oportunidade de

trabalhar naquela função muito de utilidade pública, de

trabalhar pela comunidade. E ali que o programa se

desenvolveu, a gente conseguiu depois definir um nome,

que seria Cidade Viva, com o slogan que seria O programa

que mais liga pra você, que direcionava justamente

naquilo que a direção buscava, né, que era a questão de

auxiliar a comunidade. Seria um programa que auxilia a

comunidade.” (Moacir Eisermann, em anexo transcrição

completa da entrevista, 2010).

Histórias que marcam

Toda história é marcada por lembranças, estas viram

42

Page 43: Faces da Memória

histórias que marcam a vida. Moacir Eisermann relata uma delas.

“Aí teve várias. A gente fez, hã, praticamente nesses 19

anos, toda a virada de ano, hã, no caso, chegada do dia 1º,

né, de cada dia novo do ano, a virada a gente fazia as 24

horas aqui, chegada de Ano Novo. Então a gente passava

distribuindo vários produtos, hã, no caso carvão,

champagne, nas vilas e bairros, e a gente tinha uma

curiosidade: deixava sempre a vila hã, mais, pobre, vamos

dizer assim, o local mais carente, por último. E a gente

entrava no caminhão carregado com carvão, com

salsichão, com champagne. E aí a gente não conseguia

parar o caminhão. Porque se a gente parasse o caminhão,

seríamos saqueados! Mas a gente já sabia do que era, hã,

então o caminhão tinha que entrar numa velocidade bem

maior do que o normal nas outras ruas, porque senão

ficava tudo na primeira quadra, né. O pessoal

descarregava. E a gente tinha a dificuldade de poder

inclusive alcançar. As vezes jogávamos o salsichão,

jogávamos o pacote de carvão, até pra afastar as pessoas

do caminhão, né. Era, de certa maneira, hã, um jeito de

atender aquela, aquela área carente, mas, a única que se

tinha. Porque se você parasse o caminhão pra atender e

tentar conversar, aí você ficava ali. O caminhão seria

saqueado. Infelizmente era assim. Mas a gente fazia isso

com questão, fizemos vários anos, hã, eu acho que cerca

de 10 anos, e sempre o local mais carente, mesmo

sabendo como seria, a gente deixava pra visitar.” (Moacri

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Page 44: Faces da Memória

Eisermann, , em anexo transcrição completa da entrevista,

2010)

Ieda Biguelini relata histórias que marcaram sua trajetória na RVA.

Assim, oh: nós antigamente trabalhávamos no interior com

uma Variant velha. Então, num dia de trabalho no interior,

nós descemos o morro e na hora de voltar, bah... nós

perdemos a bobina, a bobina da Variant. (risos) Então é

todo um transtorno que, que tu tens assim, que tem que

chamar um socorro, mas assim, de história engraçada foi

uma delas, mas nós nunca ficamos empenhados assim de

dizer 'não, agora ficamos três horas na rua'. Não. Tu

conhece todo mundo, as pessoas te socorrem logo, tu logo

é bem visto pelas pessoas... assim, de colegas

engraçados, muitas histórias. Olha, histórias de jantas que

a gente fazia na época da rádio, a gente diz rádio velha, no

prédio antigo. Nós fazíamos no fundo da rádio, não tinha

lona, não tinha nada. A gente fazia embaixo de umas

árvores de laranjeira. Mas, muito legal assim, muitas boas

lembranças, que são as que mais marcam, né. (Ieda

Bigueline, em anexo transcrição completa da entrevista,

2010)

Linha do tempo - Rádio Venâncio

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Page 45: Faces da Memória

A Magoweb Marketing Digital é um projeto que surgiu dentro

da ITUNISC (Incubadora Tecnológica da UNISC) através da

Agência Web, que trabalhava na época na área de internet em

Santa Cruz do Sul.

A Incubadora Tecnológica da Unisc, que surgiu

em torno de 2005 , surgiu a ideia de incubar um projeto,

então surgiu o projeto da magoweb, este projeto foi

todo desenvolvido dentro da incubadora, onde teve

todo o apoio da Unisc. (Thiago Genehr)

Segundo Liane, coordenadora da ITUNISC na época da

Magoweb, o projeto é muito importante para pequenas empresas da

região.

A incubadora da UNISC é um projeto focado pra

pequenas empresas, apoio a elas, a gente sabe

quando uma empresa vai nasce ela precisa de auxilio e

a Unisc em 2005 ela criou a incubadora tecnológica,

naquela época eram salas no campus da Unisc, ela

oferece vários apoios aos pequenos empresários,

desde cursos, como fazer um plano de negócios,

empresas terem com base na inovação, mestres e

doutores ficam a disposição desses empresários para

que ele façam seu planos de negócio de um forma

correta,na parte da gestão, ela iniciou pequena, com

empresa muitas interessantes. (Prof Liane Kipper)

Após esta transformação da Agência Web para Magoweb, a

nova empresa que surgia tinha o foco em atuar com o sistema de

6 - Mago Web

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Page 46: Faces da Memória

franquia dentro da área de marketing digital, como comenta Atila

Genehr, o proprietário:

Esse projeto transformou no que hoje, um rede

de franquia, onde atua em 13 estados e no Brasil

inteiro, e somos especialistas em marketing digital.

Aonde a gente vai e trazer retorno financeiro, e vários

resultados para pequenas e medias empresas em

marketing digital, essas e nossa missão.

Como lembra Eduardo Rathke, ex-funcionário da empresa,

antes da transformação em Magoweb, a então Agência Web,

também trabalhou em parceria com a System Haus durante algum

tempo:

Em 2003 a agência era duas sociedades era

Agência Web e System House, dai eu fui contratado na

época como estagiário, aprendi muita coisa,

desenvolvimento básico de sites. As empresa

romperam a sociedade e eu fiquei com a Agência Web,

eu fiquei prestando serviços pra eles, como não queria

mudar para Novo Hamburgo, eu voltei a ser funcionário

da magoweb em 2003 e em 2007 continuei como

programação coordenando uma equipe de 13 pessoas.

Linha do tempo - Magoweb Marketing Digital

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Page 47: Faces da Memória
Page 48: Faces da Memória

Faces da MemóriaHistórias de memórias contadas

Projeto de Pesquisa em Memória Institucional tem por

finalidade resgatar a memória de empresas regionais.

Com a coordenação da Prof. Dra. Ana Maria Strohschoen,

desde 2004, os alunos do Curso de Comunicação Social da

Universidade de Santa Cruz do Sul, através da disciplina de

Metodologia da Pesquisa em Comunicação vem desenvolvendo esse

projeto. Várias empresas da região não tem nenhum tipo de acervo

histórico e o objetivo dos alunos é ajudá-las, através de métodos e

técnicas de pesquisas, a resgatar, organizar e arquivar suas

memórias.