62
design coletivo Arte Moda Design Literatura Fotografia Ilustração Jornalismo elo dança # 01

ELO - Design Coletivo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A revista Elo nasceu de um projeto de graduaçao da Escola de Design da UEMG, em Belo Horizonte, com a intençao de misturar arte, moda, design, literatura, fotografia, ilustração e jornalismo atraves do trabalho de novos profissionais. Com a proposta de ser uma publicação semestral com tiragem limitada de 500 exemplares, Elo respeita cada área e cada função em prol de um objetivo comum: a construção de uma linguagem contemporânea através do design. Procurando reunir profissionais criativos por um tema diferente a cada edição, a revista é voltada para potenciais empregadores em busca de um profissional para estágio, emprego ou atuação como freelancer e para a comunidade profissional e a sociedade como um todo, numa contribuição para o crescimento da cultura do design.

Citation preview

Page 1: ELO - Design Coletivo

design coletivo

A r t e

M o d a

D e s i g n

L i t e r a t u r a

F o t o g r a f i a

I l u s t r a ç ã o

J o r n a l i s m o

elo dança # 01

Page 2: ELO - Design Coletivo

2 elo dança

Dança de salão, dança de rua, vídeo-

dança, corpo-dança, dança contem-

porânea, dança para a internet. É dan-

çando conforme a música do design

que nasce a revista Elo Design Coletivo.

Elo acredita na dança em conjunto,

valorizando os passos individuais e a

forma de cada um pisar no salão.

E nesta edição de estréia, o baile está

cheio de belos passos: fotografia, infor-

mação, poesia, moda, ilustracões, con-

ceitos, idéias, so nhos, papéis e cores.

Você está convidado a entrar na dança

conosco. Divirta-se!

Letícia Raposo

CAPA

concepção e direção Lucas Magalhães

fotografia Gianfranco Briceño

produção de moda Julia Valle

cabelo e maquiagem Ronnie Peterson

modelo Fabiana Mayer

Page 3: ELO - Design Coletivo

próxima

elo: cada um dos anéis que faz parte de uma cadeia; gavinha; ligação.

arte moda design literatura fotografia ilustração jornalismo

a revista elo chega para apresentar o trabalho de novos profissionais dessas áreas que embora

s ainda são tão pouco aproveitadas em sua coletividade design coletivo é isso que

a revista elo se propões a fazer com publicação semestral e tiragem limitada

de 500 e xemplares elo r espeita c ada á rea e cada f unção em prol d e um objetivo comum

a construção de uma linguagem contemporânea através do design

para baixar a versão em pdf www.elodesigncoletivo.com para colaborar [email protected]

Page 4: ELO - Design Coletivo

próxima

elo: cada um dos anéis que faz parte de uma cadeia; gavinha; ligação.

arte moda design literatura fotografia ilustração jornalismo

a revista elo chega para apresentar o trabalho de novos profissionais dessas áreas que embora

s ainda são tão pouco aproveitadas em sua coletividade design coletivo é isso que

a revista elo se propões a fazer com publicação semestral e tiragem limitada

de 500 exemplares elo respeita cada área e cada função em prol de um objetivo comum

a construção de uma linguagem contemporânea através do design

para baixar a versão em pdf www.elodesigncoletivo.com para colaborar [email protected]

Page 5: ELO - Design Coletivo

elo dança 5

editora letíciaraposo criação letíciaraposo colaboradores bárbararenault camilacortielhaclarisseraposo diogodroschi lucasdosanjos lucasmagalhães marialutterbach nianpissolatirenatamaia gráfica delrey tiragem 500exemplares agradecimentos thiagocolares andréluizgomes

para baixar a versão em pdf www.elodesigncoletivo.com para colaborar [email protected]

Page 6: ELO - Design Coletivo

6 elo dança

08

Prin

cipa

l

14

Em p

auta

16

Cont

o

19

Mod

a

Page 7: ELO - Design Coletivo

26

Expe

rim

enta

l

30

Foto

grafi

a

40

Entrev

ista

46

Ensa

io

50Po

esia

52

Ilust

raçã

o

56

Cola

bora

dore

s

Page 8: ELO - Design Coletivo

Principal nian pissolati

Linhas Tortas

8 elo Dança

Page 9: ELO - Design Coletivo

por Nian Pissolati fotos Guto Muniz/divulgação

O reto que contorna e define

o espaço. Entre quadrados e

retângulos, um conjunto de

linhas deixam bem claro os

espaços e limites. Concretismo

e contemporaneidade. >>

Numa época em que parece não haver

mais limites e fronteiras para a arte,

onde tudo parece ser possível, é no

mínimo instigante pensar no inverso:

a partir de limites pré-estabelecidos,

a criação e a subversão. Falamos de

desenho. Falamos de contornos e de

cores. E dentre tantas delimitações o

movimento orgânico, capaz de nos

fazer questionar a linearidade. Ou

melhor, a coreografia dos corpos que

ao se movimentarem mostram a bele-

za do simples.

Desenhos que saem do papel e se

apresentam num palco. E nesse

palco, a interferência dos corpos.

Essa é a Quik Companhia de Dança,

que desde 2000, quando foi criada

em Belo Horizonte, tenta trabalhar

a questão do desenho que o corpo

constrói no espaço. O corpo como

escultura, que se molda, se constrói

e se move num ambiente traçado e

configurado em linhas e formas geo-

métricas. Daí a relação com as artes

plásticas. Nas próprias palavras de

Rodrigo Quik, criador da companhia,

com sua expressão artística “há uma

preocupação em se trabalhar não só

com a dança, mas com a imagem”.

A inter-relação das artes, para se

chegar a um ponto singular de ex-

pressão. Até aqui, isso não é novi-

dade na arte contemporânea, o inter-

câmbio, as trocas e relações entre os

vários sentidos e metáforas que cada

expressão tem, na particularidade da

junção. Mas a força está na simplici-

dade. Em toda a complexidade que o

simples pode conter.

As cores básicas. As formas básicas. O

movimento básico. >>

elo Dança 9

Page 10: ELO - Design Coletivo

Dos tornozelos à alma :: Esse

é o nome do segundo espetáculo

da companhia, que em sua história

de vida, possui três, no total. O es-

petáculo, que estreou em 2004, é,

na verdade, o primeiro trabalho da

companhia que trabalha com tais

questões mais diretamente. A partir

da dança que se constrói no chão,

com corpos nus que se movem em

retângulos iluminados, o grupo traba-

lha a relação do corpo com a cultura

e a natureza. A simetria. A dificuldade

e a beleza em dois ou três corpos se

encaixarem, deitados no chão, num

balé meticulosamente coreografado,

desde os tornozelos, até a cabeça,

para enfim se chegar à alma.

Na realidade o que a companhia

propõe, só é possível com a simplici-

dade e exatidão das linhas. O desenho

básico e simples, o cenário, também

desenvolvido por Rodrigo Quik, se

torna o lugar mais adequado para se

conhecer o corpo humano. Ossos que

se desenham na pele, as texturas, on-

dulações e contornos dos corpos, que

impressionantemente se tornam um. A

beleza dos traços que os próprios cor-

pos constroem ao lado da dificuldade,

da luta e do esforço pela simetria. De

um lado, a exatidão dos traços e con-

tornos geométricos, de outro a sime-

tria imperfeita dos corpos, as perfeitas

imperfeições do ser humano.

A linguagem dos corpos, metáfora

da vida. Novas formas que se apre-

sentam, que se desenham. No final,

a vida não é isso? Corpos que ten-

tam se tocar, se entender, que a cada

dia tentam na junção um sentido? A

dificuldade da aproximação. Mesmo o

mais simples exige muito esforço. O

retângulo branco, os corpos nus, só

a forma e o trabalho da tentativa de

completude. A beleza dos pequenos

gestos, que em sua pequenez guar-

dam a grandeza do ser humano. >>

Page 11: ELO - Design Coletivo

Do limite à libertação :: Ainda

nesse sentido, chegamos ao terceiro

e mais novo espetáculo da compa-

nhia, chamado Formas e Linhas.

Dessa vez, o grupo vai mais fundo na

sua relação com as artes plásticas, e

inspirado no concretismo do começo

do século XX, se propõe a mais uma

experimentação. Mais uma vez se im-

pondo limites, a companhia trabalha

com a extrapolação.

Um cubo branco, sem paredes, re-

cortado por linhas elásticas. Esse é o

cenário para a movimentação dos cor-

pos. “Não queremos fazer uma dança

baseada na emoção mais forte que o

movimento. Queremos que o movi-

mento, por si só, faça a comunicação

com o público”, explica Quik. Assim, a

narrativa livre é construída a partir do

diálogo do corpo com o espaço.

Como no concretismo, a importância

do abstracionismo. As formas, linhas

e desenhos que por si só se expli-

cam. Apesar disso, o bailarino afirma

que a dança não pode ser abstrata,

mas figurativa, pois trabalha com

corpos. Porém, é a relação desses

corpos com o espaço trabalhado que

trazem toda a complexidade e rique-

za de seu trabalho.

As direções possíveis a se tomar no

cubo, no mundo. As dimensões espa-

ciais, até onde se pode chegar? A poli-

dez do movimento num espaço cheio

de linhas, informações que se cruzam.

O movimento redondo no espaço

quadrado, a curva dentro da exatidão.

A fluidez dentro da rigidez. A harmonia

construída a partir dos limites da de-

sarmonia. A utopia do perfeccionismo.

A preocupação com a comunicação. A

forma do desenho e do corpo como

elemento capaz de interação e cons-

trução de sentidos entre público e

dançarinos. >>

elo Dança 11

Page 12: ELO - Design Coletivo

Diálogos :: Estamos numa época

em que há cada vez menos limites

para arte. Hoje se pode fazer tudo,

ou quase tudo, experimentações e

tentativas de expressões que nos ex-

pliquem, ou que antes, e ainda mais

importante, exprimam nossos senti-

mentos. A infinitude dessas possibili-

dades pode gerar expressões maravi-

lhosas, mas muitas vezes podem ser

perigosas. No caminho do não-limite

se perder é muito fácil.

Talvez o que a Companhia Quik nos

mostre, é que o limite é necessário.

Linhas, formas, cores. Movimentos a

princípio simples, mas que mostram

a complexidade da limpeza, do enxu-

to, do básico.

Limites podem ser extrapolados. Mas

a companhia prova algo, que há muito

parece ter se esquecido. Só conhecen-

do seus limites pode-se subevertê-los.

Consciência é arte. E das melhores.

12 elo Dança

12 elo dança

Page 13: ELO - Design Coletivo

Nian Pissolati é jornalista formado pela UFMG em dezembro de 2005 e dança um samba de vez em quando pra ficar feliz.elo dança 13

Page 14: ELO - Design Coletivo

Design, fotografia, literatura, moda , arte, ilustração,

jornalismo... Tanta coisa para ser abordada em apenas seis

“gotas”. A revista Elo reservou este espaço para as novi-

dades e aceita sugestões: [email protected]

01.

02.

03,

04.

05.

06.

14 elo Dança

* Agradecimento à Carolina Mansur

Page 15: ELO - Design Coletivo

1. Brilhantes novidadesUma das maiores fabricantes de papéis

do mundo, a Arjo Wiggins, incrementou

a linha Color Plus Metálico com uma

nova opção de cor, o Oxford (preto

com brilho prata) e trouxe uma opção

texturizada às cores já existentes, in-

clusive ao Oxford. A linha é composta

de papéis com brilho em ambas as

faces, gerando um incrível efeito dife-

renciado com a incidência da luz, o

que sofistica ainda mais os trabalhos

impressos. www.arjowiggins.com.br

5. Tenha FéA nova marca mineira de bolsas arte-

sanais e acessórios A FÉ é uma ótima

opção para mulheres que gostam de

produtos com estilo e identidade.

Sempre apostando na mistura criativa

de tecidos finos e rústicos, e materiais

como rendas, flores, broches e botões,

os mimos enriquecem qualquer visual,

apostando na originalidade das pecas.

www.tenhafe.com

3. Poesia na redePara os internautas que se interes-

sam por literatura moderna, o blog

formado pelo jorna lista Nian Pissolati

e pelo publicitário Lucas dos Anjos é

uma boa opção. Descompromissados

com qualquer estilo formal, os meni-

nos, que também são cola boradores

desta edição da Elo, emocionam com

seus posts tão cheios de contempo-

raneidade. A começar pelo título inu-

sitado: “Maisoumenando Nadismos”

maisoumenandonadismos.blogspot.com

4. Camiseteria.comPara fugir da camiseta convencional a

dica é ousar, comece então pelo site

camisetaria.com. Lá, você pode encon-

trar o que procura. As estampas ide-

alizadas por designers de todo o país

tem agradado a clientela fiel. E para

quem acha que acabou, mais uma

novidade, quem decide qual camiseta

entra para a coleção é o público. Faça

sua moda. www.camiseteria.com

2. Cultura de bolsoCom apoio da Lei Estadual de Incentivo

à Cultura, a revista MININAS entra no

bolso e encanta os o lhos de leitores há

mais de três anos. Em formato 10x10 cm,

a publicação de li teratura é belo-hori-

zontina e dá conta de crônicas, ensaios

fotográficos, ilustrações e artigos assina-

dos por mocinhas de Minas, Rio e São

Paulo. Distribuída em livrarias e sebos,

cafés e universidades, cinemas e centros

culturais, MININAS também pode ser es-

piada na rede, anote: mininas.com.br

6. Idea fixa

No gigantesco mundo das revistas

digitais essa é apenas mais uma, mas

com a diferença de ser um “produto

genuinamente brasileiro”. Idea Fixa,

é uma revista digital internacional de

fotografia, design, ilustração e artes

plásticas. Seu objetivo é inspiração,

visão e, assim como a Elo, promo ver

os artistas participantes. Vale a pena

dar uma olhada: www.ideafixa.com

elo Dança 15

Page 16: ELO - Design Coletivo

16 elo Dança

Estranho de roxopor Camila Cortielha ilustração Aruan Mattos

Já é muito tarde quando eu chego. Essa é a única coisa que me incomoda, o horário que trabalho. Nunca é o melhor da festa,

é sempre tão tarde... Quando chego, trago um vento tão frio e estranho no ambiente que todo mundo vira a cabeça na minha

direção, mas só ela me enxerga. Já está na pista, mesmo meio contrariada, depois de um dia cheio de frustrações da vida e

de dois ou três tragos tomados por causa da pressão das amigas. Hoje, ela chama Torem. Gostei do nome dela, assim como

eu gosto do meu trabalho. Até dessa roupa roxa que me fazem vestir eu gosto, mas o mais atraente de tudo o que eu faço

é dançar. A dança muda tudo nas pessoas: as roupas são cuidadosamente adquiridas para não atrapalhar a dança, o corpo

se acostuma e o andar se molda de acordo com seus movimentos. A música identifica as pessoas parecidas e, quando elas

dançam, o momento compartilhado faz com que elas se encontrem uma na outra. E é assim que ela se encontra em mim.

Ela se entrega e eu a tomo. Em silêncio, no começo não nos tocamos. Ela dança quase sem querer, eu danço por obrigação,

mas é gostoso se encontrar ali. Quando a Torem pergunta, eu digo que chamo Álvaro. E ela acha que é de alvo, de branco,

de luz, “tão branco você é”, ela diz. E ela acha que é de alvo, de mira, de seta, mas isso ela não me conta. A Torem sabe de

pouca coisa. Naquela pista lotada e escura, só dá para perceber que todos dançam por causa das luzes e das sombras que

chegam até a parede, em outra dança particular. Mas nós dois nos vemos ali, um no olho do outro, de várias formas e profun-

didades. Outro mundo começa a crescer ao nosso redor. A Torem deseja, brevemente, não dançar com ninguém mais, nunca

mais. Ela sonha em segundos ter uma vida feliz comigo, um casamento, três filhos, uma casa e um presente. Faz charme e

rebola na minha frente, pensa em me conquistar e tenta. Eu gosto dela, cheirosa de alecrim. Eu até penso em me chamar

Lauro, já que ela é loura. E sonho um sonho muito esquisito, que desperta a Torem e eu ao mesmo tempo, mas nenhum

fala nada. No meu sonho mudo, começamos a dançar e esperamos a realidade mudar outra vez à nossa volta, torcendo para

amanhã acordarmos de outro sonho parecido para experimentar tudo de novo, mais uma vez, sempre a primeira. Mas não

posso. Forço a concentração no trabalho e deixo que ela me abrace. Ela se entrega e eu a tomo. A outra realidade vai estar

pronta, rapidinho, assim que a Torem abrir os olhos dos devaneios de casamento-casa-três filhos. E ela nem sente direito,

tomada pelo mundo novo que a espera, mas morre ali, em um beijo da madrugada, como é o meu trabalho fazer. E, como

tem que ser, eu saio todas as noites seguintes para fazer o mesmo com outras e outras. Eu sou Morte.

conto camila cortielha

Page 17: ELO - Design Coletivo

Camila Cortielha é formada em Relações Públicas pela PUC-MG, mas “baila” maravilhosamente pela literatura e o design.

Page 18: ELO - Design Coletivo

De

s(co

m)p

ass

oconcepção e direção Lucas Magalhãesfotografia Gianfranco Briceñoprodução de moda Julia Vallecabelo e maquiagem Ronnie Petersonmodelo Fabiana Mayer

Page 19: ELO - Design Coletivo

elo Dança 19elo Dança 19

moda lucas magalhães

vest

ido

Filk

biq

uíni

Gig

len

ço e

mei

a ca

lca

acer

vo

elo Dança 19

Page 20: ELO - Design Coletivo

20 elo Dança

casa

co x

adre

z Fi

lk v

estido

Alp

horr

ia

Page 21: ELO - Design Coletivo

elo Dança 21

mol

etom

e b

lusa

Filk

sho

rt e

mei

a ca

lca

acer

vo

Page 22: ELO - Design Coletivo

22 elo Dança

saia

Voi

le leo

tard

e c

asac

o ac

ervo

Page 23: ELO - Design Coletivo

vest

idos

Alp

horr

ia c

asac

o Fi

lk s

aias

e m

eia

calç

a ac

ervo

elo dança 23

Page 24: ELO - Design Coletivo

24 elo Dança

vest

ido

Alph

orria

faix

a re

nda

Filk

mei

a ca

lça

e pe

rnei

ras

acer

vo

Page 25: ELO - Design Coletivo

Lucas Magalhães é designer formado pela Escola de Design da UEMG em 2005. Agora, além de inventar moda, ele também inventa sets de “ferver” as pistas de dança. elo Dança 25

Page 26: ELO - Design Coletivo

Cada movimento que o corpo faz entre-

ga um sinal, uma pulsão qualquer que

nasce interna e precisa escapulir em

manobras de braços, pernas, pescoço,

mãos se mexendo. Passa o tempo, o

corpo fica viciado, repete ações ou va-

ria sobre o mesmo tema, escondendo

a essência lá atrás, querendo enganar

quem vê, às vezes querendo enganar

a si próprio. Esse instinto que mora

na gente, estopim pra expressão do

nosso interior é a matéria de trabalho

do Zikzira Teatro Físico, companhia

que brotou do encontro entre o diretor

suíço Andre Semenza e a coreógrafa

Fernanda Lippi, cujos olhos estavam

injetados quando ela disse: “O nosso

corpo é um trem de bagagem, de coi-

sas, de manias, mas se a gente começa

a limpar isso, dissecar de várias manei-

ras, é quase um ataque pro real”. >>

No Impulsopor Maria Lutterbach ilustração Letícia Raposo fotos Fábio Cançado/divulgação

Page 27: ELO - Design Coletivo

elo dança 27

Mas o corpo como foco único não in-

teressa à Zikzira. O que interessa é a

desconstrução de uma capa, de uma

coisa que protege, de um vício. O que

interessa é o ser humano, sua alma e o

desconhecido. Para isso, o grupo criado

em 1999 em Londres - e com uma sede

recém-inaugurada em Belo Horizonte -

desenvolveu uma identidade muito clara

e traçou uma direção. Fazendo filmes ou

espetáculos, a Zikzira costuma bulir não

só com os questionamentos e julgamen-

tos do público. “Mexe internamente com

alguma coisa que faz as pessoas deixa-

rem de estar confortáveis. Sempre mexe

em outros canais. Não tem jeito de sair

ileso, ou a pessoa entra e sente muita

raiva ou ela adora, mas sair imune do

processo é difícil”, fala Fernanda.

Até então, a companhia vinha mos-

trando projetos em que a palavra não

aparecia. Era só movimento e som. No

espetáculo que está preparando agora,

com três atores convidados que vão tra-

balhar juntos durante um ano, chegou o

momento de fazer com que os sons pos-

sam se transformar em palavras para o

diálogo finalmente acontecer em cena.

“Depois que os sons saíram, a gente

teve um entendimento grande de onde

esses impulsos estão acontecendo, aí

deu para trazer a palavra”. Terreno de

limites e conceitos ainda obscuros no

Brasil, o teatro físico explora o trabalho

do ator centralizado no físico - corpo

e voz – em uma busca visceral por

transmitir idéias e sensações através de

movimento e som.

Nesse sentido, o ator e o bailarino

aparecem como sujeitos criadores,

figuras que se libertam ao deixar suas

histórias serem apalpadas durante

o processo criativo. Fernanda Lippi

conta que o trabalho sempre deman-

da disponibilidade e muita coragem

dos envolvidos: “O corpo da gente é

a casca da nossa alma. O que une a

gente nesse trabalho é como vamos

desconstruir. Temos um interesse

muito grande no ser humano, nas

pessoas, na psíquica humana, então

a nossa tendência é sempre estar fa-

lando de gente”. A proposta é que os

atores alcancem entre si um nível de

comunicação tamanho que a platéia

do outro lado sinta que alguma coisa

chacoalhou por dentro. >>

experimental maria lutterbach

Page 28: ELO - Design Coletivo

Na procura por histórias de vida e ras-

treando sentidos esquecidos no tempo,

a Zikzira leva a abordagem site specific

para locações não convencionais. O espa-

ço que vai abrigar o espetáculo que está

começando a ganhar formas é um exemplo

de que a companhia é atraída por lugares

com preciosidades escondidas. Trata-se de

um prédio antigo e abandonado, nos ar-

redores da rodoviária de Belo Horizonte,

onde já funcionou uma grande padaria e,

depois, um bordel ilegal. “Na época em

que Mussolini estava no poder, o italiano

dono do bordel protegia as prostitutas

italianas que moravam ali para elas não

serem atacadas. Essa história faz parte da

cidade, faz parte da nossa história, mas

quase ninguém fica sabendo. São 36 quar-

tos, a quilo era uma pequena cidade. Vamos

levar uma tragédia grega que fala sobre o

amor impossível pra dentro da realidade

de hoje nesse lugar. A gente vai morar lá e

vivenciar esse espaço. Quem esteve lá, o

que aconteceu”, adianta a coreógrafa.

A disposição em se infiltrar sorrateiramente

nesses universos e trazer alguma coisa

deles aqui para fora é um dos focos de

movimento da Zikzira. O desejo é de ativar

a liberdade através de construções poé-

ticas, deixar caírem as máscaras para fazer

possível dividir dor, alegria ou qualquer

coisa que seja. Com reflexos, sons e agora

palavras, as perguntas que essa trupe se

faz o tempo todo e também joga no ar

são: O que queremos com nosso corpo? O

que podemos buscar com ele?

Page 29: ELO - Design Coletivo

elo dança 29

Maria Lutterbach é jornalista formada pela PUC Minas em 2003. Adora bailar pelos eventos culturais mundo afora.

Page 30: ELO - Design Coletivo

Neste ensaio, a fotógrafa nos empresta o seu olhar sobre a dança.

Tendo como pano de fundo um ambiente tipicamente urbano,

suas lentes expressam a idéia de dança como lugar, espaço e

tempo. Movimento, ritmo e repetição. Caos e harmonia.

fotografia bárbara renault

O Espaço em Ritmo

por Bárbara Renault

30 elo Dança

Page 31: ELO - Design Coletivo

elo Dança 31

Page 32: ELO - Design Coletivo

32 elo Dança

Page 33: ELO - Design Coletivo

elo Dança 33

Page 34: ELO - Design Coletivo

34 elo Dança

Page 35: ELO - Design Coletivo

elo Dança 35

Page 36: ELO - Design Coletivo

36 elo Dança

Page 37: ELO - Design Coletivo

elo Dança 37

Page 38: ELO - Design Coletivo

38 elo Dança

Page 39: ELO - Design Coletivo

Bárbara Renault é artista plástica formada pela Escola Guignard da UEMG em 2004. Está sempre dançando entre a fotografia o design e a moda.

elo Dança 39

Page 40: ELO - Design Coletivo

40 elo Dança

O corpo virtual

entrevista renata maia

Page 41: ELO - Design Coletivo

elo Dança 41

O “Mini@tures” foi considerado um

projeto pioneiro de dança para a

internet. Quais são os desafios de se

criar dança para a web?

Tenho certeza que estamos entre os

primeiros na criação de um projeto es-

pecífico para a internet (http://www.

mulleras.com). No entanto, somos todos

herdeiros daqueles que estavam lá, na

pesquisa de novos formatos e usos tec-

nológicos, antes de nós, e que deixaram

seus traços, como Georges Méliès e

Merce Cunningham. Em “Mini@tures”

a tecnologia é um vetor e não uma fi-

nalidade. Os clipes de vídeo de curtís-

sima duração, acessados on-line servi-

ram como ponto de partida para uma

escritura coreográfica pós-web, dando

nascimento a uma performance em cena

com dançarinos. É um projeto nômade,

um itinerário de criação evolutivo, que

nos permite “viajar” realmente para

criar fora de nossos muros, em outros

lugares e países. Nós desejamos, com

a internet, ultrapassar as funções, os

gêneros, ir além dos hábitos de trabalho

e dos formatos geralmente reservados

à nossa criatividade. E além disso, so-

bretudo, desejamos nos impregnar com

a sensação de liberdade que banha a

rede. Internet é poder escolher: escolher

ver e descobrir o que quisermos. É ser

livre, a todo momento, para interromper

a conexão. É nessa liberdade que cria-

mos, para a web, projetos livres para um

público livre...

Do ponto de vista do bailarino, o que

muda, quando ele passa a dançar para

esse tipo de cenário on line?

Para o projeto “Mini@tures”, nós leva-

mos em conta esta dificuldade da passa-

gem para a imagem. Fizemos um roteiro

de como poderíamos colocar a imagem

de dança na web. As imagens deveriam

ser curtas, acessíveis e leves. E contorna-

mos voluntariamente os eventuais pro-

blemas de restituição da nossa imagem

em movimento: é uma criação desejada

e prevista pelas ferramentas “câmera-

computador-monitor”. Adaptamos sem

cessar nossa escritura dos corpos a este

objetivo. Eu queria que o dançarino esti-

vesse numa pequena janela de 4x5 cm,

no monitor. Quando um dançarino sabe

que vai ser visto dia e noite na web e

que vai medir menos de 2 cm de altura,

ele não vive sua identidade de artista de

modo habitual. Ele passa por um ques-

tionamento de sua imagem, incorporan-

do outro tipo de restrições, diferentes

das que se dão na cenografia habitual

(relação com o palco, duração da obra)

e relativas ao espaço-tempo da web: ta-

manho da tela, formato da imagem, tem-

po de download. >>

Considerado o primeiro projeto

de dança contemporânea

concebido para a rede, o

espetáculo “Mini@tures”, da

companhia francesa Mulleras,

é uma das mais interessantes

e vanguar distas experiências

entre dança e novas

tecnologias realizadas nos

últimos tempos. Exibido nos

principais eventos de arte

e tecnologia do mundo,

“Mini@tures” utiliza recursos

da computação gráfica que

mais do que produzir

miniaturas de uma dança que

pode caber na palma da mão,

ampliam e refinam a discussão

a respeito da relação da dança

com as novas tecnologias.

Em entrevista à Elo, Didier

Mulleras comentou seu

tra balho e o da companhia.

por Renata Maia fotos divulgação Mulleras

Page 42: ELO - Design Coletivo

42 elo dança

Os Mulleras se tornaram conhecidos

graças a internet?

Sim. Mas o que nos ajudou também

foi a repercussão de nossas criações

nos jornais e televisões: mais de 300

reportagens em dois anos. Isso foi

muito rápido e quase surrealista para

uma companhia implantada no inte-

rior da França. Desde o fim de 98, os

mais importantes veículos da impres-

sa rádio e televisão da França e no

exterior falaram de nós e de “Mini@

tures”. Isso ajudou muito o projeto na

sua difusão junto ao público.

O processo de criação do

“Mini@tures” durou quatro anos e

desenvolvido em etapas. Como foi

este processo? Como as microdanças

foram pensadas e executadas?

Seguindo um princípio de base, “do real

ao virtual e vice-versa”, as “Mini@tures”

são fruto de uma reflexão sobre o pos-

sível questionamento de nosso universo

criativo face às novas tecnologias.

Os projetos de dança para web intro-

duzem novas concepções de corpo?

Com a dança, tratamos de corpos de

carne em movimento, sem artifícios.

A passagem para a tela, a dança fil-

mada, retira por vezes do movimento

muito de sentido e sensibilidade, uma

vez que ele foi previsto inicialmente

para ser visto em cena, na relação

frontal dançarino/espectador. A máqui-

na é um parceiro e uma ferramenta ao

mesmo tempo. Uma entidade híbrida,

nem monstro, nem mestre, antes, ami-

ga sempre disponível, freqüentemente

muito obediente, sempre estimulante

na lógica de um trabalho preciso a re-

alizar. Mas, se eu coloco máquinas no

meu estúdio e começo a lhes propor

um movimento a construir, sei de an-

temão que mesmo com o avanço da

tecnologia o resultado é improvável:

uma máquina não se “mexe”. Dançar

é encontrar sentido para os seus sen-

tidos. Uma máquina ainda não sabe

fazê-lo. O “verdadeiro” corpo nos é

então sempre indispensável.

“Dançar é encontrar sentido para os seus sentidos.

Uma máquina ainda não sabe fazê-lo. O ‘verdadeiro’

corpo nos é então sempre indispensável”

Page 43: ELO - Design Coletivo

Renata Maia é jornalista e fotógrafa formada pelo UNI-BH. Entre valsas e boleros, ela acaba sempre dando uma dançadinha nas festas que fotografa.

Page 44: ELO - Design Coletivo
Page 45: ELO - Design Coletivo
Page 46: ELO - Design Coletivo

O Corpo Violentado ou A Queda de Adão

Page 47: ELO - Design Coletivo

elo Dança 47

Quando pensamos no mote “dança”, as primeiras associações que nos vem à

mente são informadas sobretudo pela potência do corpo. Mais ainda, somos

tomados por imagens esteticamente harmoniosas que remetem à virtuosidade

desses seres perfeitos encarnados pelos bailarinos. Sempre fui fascinada por

seus corpos, por sua simples presença no espaço... Como são belos os bailari-

nos que, justamente por sua, digamos, hiper-imanência, mostram-se diante dos

meus olhos embriagados como símbolos da transcendência do corpo humano

– que, diga-se de passagem, é“demasiadamente humano” para se transcender a

si mesmo. É o que desejo esboçar com esse breve ensaio, que diz um pouco de

parte do muito que aprendi com antropologia – essa filosofia infectada de pes-

soas de verdade. Pessoas-humanas? Há controversas. Mas isso é outro assunto.

No Gênesis, diz-se que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Mas,

para nosso eterno flagelo, a deidade humana logo fora subvertida, ou melhor,

invertida, por uma cosmologia (judaico-cristã) que localiza no próprio Homem a

origem do mal. Desde a queda de Adão (ou do Homem), a condição de humani-

dade para nós, é não só a origem de toda espécie de sofrimento, como o corpo

torna-se o lócus primordial da dor. Desde o crime de Adão, “toda a criação geme

e sofre junta as dores do parto” ( Romanos 8:22). Todos pecamos, a vida humana

se tornou penosa e o corpo amaldiçoado. Somos uma complexa síntese de dor e

prazer, impulsionados pela necessidade a que fomos condenados deste que aban-

donamos, por vontade própria, ou se quiserem, pelo livre arbítrio, o Jardim do

Éden. Somos imperfeitos. Não mais à imagem e semelhança de Deus, mas bestas

cujo o triste trope se resume na busca da satisfação e no alívio da dor. Amém!

Da cosmologia do gêneses até a maravilhosa Civilização Capitalista, com todo

o seu séqüito de teorias e apologias morais respectivas ao tão sonhado Pro-

gresso da Humanidade, a mesma ladainha se repete obsessivamente: O Homo

Economicus é o Adão Caído, só que com uma pitada de glamour, pois as ne-

cessidades do corpo, que ora eram indicativas da perdição eterna, estão agora

travestidas de luxúria consumista, a nossa salvação terrena. Pois afinal de con-

tas, o homem civilizado é o homem que consome as benesses do progresso. >>

por Clarisse Raposo ilustração Letícia Raposo

“Ah! Por mais que com

o espírito trabalhes

A perfeição dos seres

existentes

Hás de mostrar a cárie

dos teus dentes

Na anatomia horrenda

dos detalhes.”

Augusto dos Anjos

O Corpo Violentado ou A Queda de Adão

ensaio clarisse raposo

Page 48: ELO - Design Coletivo

48 elo dança

Somos mais humanos que os índios, por exemplo, que são mais afeitos às

pulsões animais, e “tiram da natureza tudo o que precisam”. Aliás, como é bom

transformar a dor ontológica da humanidade em uma bolsa Louis Vuitton de

três mil reais! Viva a Civilização!

Só que ninguém parece ter notado o paradoxo em que vivemos, entre o “pro-

gresso” que supostamente representa o triunfo do espírito humano sobre o

corpo animal, e a dependência dessa feliz redenção diante de uma crescente

preocupação com a aflição corporal: mais necessidade. Diga-se de passagem que

a “moda” para mim é a própria encarnação de Lúcifer, se levarmos em considera-

ção a inter-relação entre maldade e necessidade de consumo. Ainda bem que eu

não sou católica e assim posso me esbanjar nos fetiches da mercadoria.

Isso tudo é para tentar dizer que o corpo não é só potência - o que um des-

lumbramento superficial diante dos feitos fantásticos dos espetáculos de dança

poderia nos levar a concluir. O corpo é antes de tudo imperfeito, incompleto. O

corpo é necessidade. O corpo é carne viva na anatomia horrenda dos detalhes.

A dança só potencializa o corpo na medida em que super-expõe tal limitação.

“Se eu pudesse te dizer tudo o que eu quero transmitir, não precisaria dançar”

- disse uma das genitoras do que chamamos hoje de “dança contemporânea”.

O corpo tem poder através da e pela limitação do espírito (ou da linguagem) e

vice-versa. Ou na proposta de Alejandro Ahmed (Coreógrafo do Cena 11 Cia. de

Dança), em um espetáculo justamente intitulado “In’Perfeito”: “Cada vez que

meu corpo foge da Tua imagem, distancio o risco da perfeição e torno-me mais

humano”. Nessa versão, o corpo tem potência de expressão nele mesmo, mas

justamente ao se assumir demasiadamente humano para ser perfeito. É esse

tipo de beleza a que me referi no início desse ensaio. A que reside no que, de

tão imperfeito, torna-se um feixe de forças prodigiosas sustentando dois mons-

tros: a alma e o instinto. Eis do que é feito o homem e seu corpo - de incomple-

tude e ausência. Mas como é bela a dança dos corpos imperfeitos.

No Brasil, ainda temos carnaval e dançamos gloriosamente quatro dia seguidos.

Talvez por isso alguns digam que temos “o diabo no corpo”... Talvez não seja-

mos tão católicos... A Humanidade é uma cicatriz talhada no rosto de Deus.

Page 49: ELO - Design Coletivo

Clarisse Raposo é antropóloga (!) formada pela UFMG em 2005. Aqui, faz o papel de ensaísta, mas ela gosta mesmo é de ensaiar dança indígena no meio da Amazônia.

Page 50: ELO - Design Coletivo

Era de Dó a sinfonia

Que de lá regia inquietos e fugidios

Era desafinado esse silêncio

Movimentos (a dois) em agonia.

Era a véspera do encontro

Sentido há versos em agouro

Doçuras e leveza vencidas

Por um tanger de cortar couro

Era de resignação o tal final

Era sem futuro nosso par

Era, de fato, mais outra era

Uma vez em casa, descalçar.

E agora tudo dançamos:

Nada machuca tanto quanto não tirar os sapatos ...

Nada como um dia e um passo depois do outro.

Um pra lá e um pra cá.

poesia lucas dos anjos

por Lucas dos Anjos ilustração Raquel Meira

Era de quadris meu flagelo,

Tantos ésses e mil cedilhas.

Era outra Era

De outras massas e sapatilhas

Meu pulso saltitava em desafio

Num balé descompassado

Na faca, o andar no fio,

Promessas soltas num salão riscado

No desenrolar dos medos

Um presságio, uma insana euforia!

Um mais-que-perfeito solo

Trágica coreografia

Era valsada nossa côrte

Um Pas de Deux sem lugar

Balé de desencontros

Um pra lá e um pra cá

50 elo dança

Page 51: ELO - Design Coletivo

elo dança 51

Lucas dos Anjos é formado em Publicidade e Propaganda pela UFMG (2005). Além de escrever, ele fotografa, pinta, compõe, canta... e dança.

Page 52: ELO - Design Coletivo

ilustração diogo droschi

Diogo Droschi é designer (quase) formado pela UEMG. Adora dançar entre a UEMG e a UFMG, onde também está (quase) se formando na escola de Belas Artes.

Page 53: ELO - Design Coletivo

elo dança 53

Page 54: ELO - Design Coletivo
Page 55: ELO - Design Coletivo

elo dança 55

Page 56: ELO - Design Coletivo

56 elo dança

PRINCIPAL :: Nian Pissolati é jornalista formado pela UFMG. Atua como colaborador para o site de

cinema e música www.pilulapop.com.br. Atualmente é produtor na JPZ Comunicação, onde produziu o

filme Vão dos Buracos, ganhador do concurso DOC TV III, em 2006. Em dezembro de 2006 dará início

ao seu primeiro filme, Remoinho, atuando como diretor e produtor. [email protected]

CONTO :: Camila Cortielha formou-se Relações Públicas na PUC-MG em 2005. Já autou como editora

de fanzine, redatora publicitária e assessora de comunicação. Atualmente, trabalha como designer na

Graffo Agência de Notícias e planeja a segunda graduação em Jornalismo. [email protected]

MODA :: Lucas Magalhães é designer gráfico graduado pela UEMG em 2005. Trabalhou para grandes

marcas mineiras como Patachou e Alphorria, e a internacional Tereza Santos. Atua como designer gráfico

focado em moda, fazendo direção de arte e desenvolvendo estamparias. [email protected]

EXPERIMENTAL :: Maria Lutterbach é jornalista graduada pela PUC Minas. Foi repórter de Cultura do jornal

O Tempo, para o qual atualmente escreve crônicas. É colaboradora permanente da revista de literatura

Mininas, repórter freelancer e assessora de imprensa da Noir Comunicação. [email protected]

FOTOGRAFIA :: Bárbara Renault é artista plástica formada pela Escola Guignard da UEMG com formação

complementar pela Pittsburg State University, EUA. Trabalhou em agências de renome em Belo Horizonte

como RC, New e Id&a e hoje atua como designer e fotógrafa freelancer. Está terminando sua pós-gradu-

ação em Design de Moda pela FUMEC, prestes a lançar sua primeira coleção. [email protected]

ENTREVISTA :: Renata Maia é jornalista, especialista em Novas Tecnologias em Comunicação pelo UNI-

BH e fotógrafa freelancer. Já trabalhou na área de moda, como assistente de estilo e produtora execu-

tiva de eventos. Trabalha como professora de fotografia na PUC Minas e na Faculdade Promove de Sete

Lagoas. Atualmente leciona fotografia no Colégio Padre Machado. [email protected]

ENSAIO :: Clarisse Raposo é bacharel em Ciências Sociais pela UFMG em 2005. Trabalhou no Instituto

de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, em Tefé-AM (Médio-Solimões), como consultora. Hoje é

mestranda do curso de Pós-Graduação em Antropologia da UFMG. [email protected]

POESIA :: Lucas dos Anjos é publicitário com formação complementar em Artes Gráficas pela UFMG

em 2006. Atualmente ministra um curso de Produção de Textos Visuais e Ilustração Digital para a ONG

Contato e atua como designer no Palácio das Artes em Belo Horizonte. É também músico e escritor e

está lançando seu primeiro CD com composições próprias. [email protected]

ILUSTRAÇÃO :: Diogo Droschi estuda Design Gráfico na UEMG e Belas Artes com habilitação em Artes

Gráficas na UFMG. Trabalhou com projetos de acessibilidade digital e EAD no Serpro e atulmente tra-

balha com projetos editoriais no Ceale UFMG e como ilustrador freelancer. [email protected]

Conheça melhor os “elos” que

encantaram a mente e os olhos

dos leitores desta primeira

edição da revista Elo Design

Coletivo. Aqui você encontra

o contato de cada um deles.

Se faltar alguma informação,

por favor, nos avise, teremos o

maior prazer em respondê-lo.

[email protected]

Page 57: ELO - Design Coletivo

elo dança 57

Os títulos desta edição de Elo foram compostos na fonte Democratica de Miles Newlyn (1991) e os textos na fonte Meta de Erik Spiekermann (2003). Capa a quatro cores com laminação fosca em papel Couchê 240g. Miolo a quatro cores em papel Aperg 120g e a uma cor em papel Vegetal 75g.

Page 58: ELO - Design Coletivo

se você é um desses elos, entre em contato: [email protected]

Page 59: ELO - Design Coletivo

Deposite aqui a sua idéia.

A revista E lo quer

conhecer o seu tra--ba-

lho. S e você v iu este

espaço e m branco a o

lado e “coçou o s de-----

dos” para trasnformá--

lo, fique à vontade. O

espaço é todo seu.

Lembre-se que para

dar continuidade a o

nosso trabalho, p re--

cisamos d e você que

faz moda, arte ou de-

sign, que i lustra, es-

creve ou f otografa e

tem até dois anos d e

formado. s e você se

encaixa n este p erfil,

envie a sua idéia para

nós. Teremos o m aior

prazer em conhecê-la.

- espaço para quem é de imagem -

- espaço para quem é de texto -

Page 60: ELO - Design Coletivo

Deposite aqui a sua idéia.

rua albita, 308/04 cruzeiro - belo horizonte - mg - brasil - cep 30310-160

Agora, conte-nos um pouco sobre você. Se for selecionado, entraremos em contato para conversarmos sobre a pauta da próxima edição.

Você quer colaborar com a revista elo fazendo:

design Coletivo

nome

endereço

e-mail

formação ano

website

designartemodafotografiatexto

rua albita, 308/04 cruzeiro - belo horizonte - mg - brasil - cep 30310-160

Agora, conte-nos um pouco sobre você. Se for selecionado, entraremos em contato para conversarmos sobre a pauta da próxima edição.

Você quer colaborar com a revista elo fazendo:

design Coletivo

nome

endereço

e-mail

formação ano

website

designartemodafotografiatexto

[email protected]

Page 61: ELO - Design Coletivo

se você é um desses elos, entre em contato: [email protected]

Page 62: ELO - Design Coletivo