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Faculdade Integradas Einstein de LimeiraFaculdade Integradas Einstein de Limeira
Curso: BiomedicinaCurso: Biomedicina
Drogas de AbusoDrogas de Abuso
Prof. Ms. Rafael Menck de [email protected]
OMS: 10% da população mundial tem algum tipo de dependência
química
BRASIL: USO DE DROGAS
United Nations Office on Drug and CrimeUnited Nations Office on Drug and Crime(2000-2001)
BRASIL:-5,8% usam maconha;-0,8% cocaína;-0,7% anfetaminas.
CEBRID:107 maiores cidades brasileiras:-11,2% dependente de álcool;-6,8% relato de uso de maconha;-2,3% cocaína;-1,5% anfetaminas.
MACONHA
O tetraidrocanabinol (delta-9-THC) é oprincipal constituinte ativo encontrado naCannabis sativa.
CH3
OCH3
CH3
OH
C5H11
Cannabis sativa.
PRODUTOS DA CANNABIS
Maconha - 1- 2%THC‘Marijuana’
Skunk - 7-14 %
Óleo de haxixe- 20-50%THC.
‘Marijuana’
Ganja/ Sinsemilla- 6-7%THC.
Haxixe- 5-12%THC.
TRÁFICO DE MACONHA Cannabis herb seizures 2003-2004: extent and trends (countries reporting seizures of more than 10kg.)
Fonte: UNODC – World Drug Report, 2006
MACONHA
Efeitos comportamentais:Os efeitos comportamentais da maconha em humanos são
complexos e dependem de muitas variáveis (consumidor, ambientede consumo, personalidade, expectativa).Baixas doses: depressor, mas pode se tornar excitatório dependendodo ambiente.Doses altas: são claramente do tipo depressor.Doses altas: são claramente do tipo depressor.
Efeito a curto prazo:-Período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade,seguido de relaxamento e sonolência)-Perda de discriminação de tempo e espaço.-Coordenação motora diminuída. Perda de equilíbrio-Prejuízo da memória recente.-Falhas em funções cognitivas.-Prejuízo nos reflexos.
MACONHA
-Prejuízo nos reflexos.-Aumento do apetite, secura da boca e garganta-Hiperemia da conjuntivas (olhos vermelhos)
Memória
Cognição
Efeitos a longo prazo:Os efeitos relatados decorrentes do uso crônico da maconha
são muitos, mas poucos deles são totalmente comprovados. Dentreeles: decréscimo na resposta imune, disfunção de hormôniossexuais, síndrome amotivacional, má-formação congênita.
Efeitos pulmonares e cardiovasculares são bemcaracterizados.
MACONHA
FARMACODEPENDÊNCIA????
De acordo com a classificação da OMS, é de leve amoderado o potencial para a maconha induzir dependência. É menorque o álcool e a heroína.
É estimado que cerca de 10% das pessoas que usamfreqüentemente cannabis desenvolvam algum grau de dependênciada droga. Sintomas da síndrome de abstinência é caracterizada por
MACONHA
da droga. Sintomas da síndrome de abstinência é caracterizada poransiedade, disforia, irritabilidade, insônia, anorexia, sudorese efotofobia.
COCAÍNA
A cocaína é o principal constituinte ativoencontrado nas folhas da Erytroxilum coca,planta originária da zona tropical dos Andes.
1) Cultivo de coca(região dosAndes)
2) Plantas de cocapodem demorardois anos para‘maturar’
3) Folhas expostasao sol (secagem)
CULTIVO E “PRODUÇÃO” DE COCAÍNA
ao sol (secagem)4) Maceração das
folhas5) Adição de água e
bicarbonato6) Gasolina é
adicionada7) Extração de coca
base8) Cocaine.HCl9) Crack
Fonte: DEA
“PRODUÇÃO” DE COCAÍNAFolhas de cocaErytroxylum coca
éter querosenegasolina
+Água + NaHCO3
Solvente orgânico
folhas Solvente orgânico
CLORIDRATO DE COCAÍNA
Ácido clorídricoÉter/acetona
pasta de coca
Ácido sulfúricoNaHCO3 Merla
+ base (bicarbonato)“CRACK”
Pureza das várias formas de apresentação da cocaína
Pasta de 30-85%
20-80%
50-95%
0,5- 1%
Pasta de coca
30-85% 50-95%
Solventes Orgânicos e Adulterantes-Anestésicos locais- Lidocaína
Estimulantes- CafeínaAçúcaresFarinhaTalco
Pureza da cocaína apreendida em São Paulo-SP
Fonte: Carvalho, D.G., Mídio, A.F. Quality of cocaine seized in 197 in the street-drug market of São Paulo city, Brazil, Rev. Bras. Ciênc. Farm, v.39, n.1, 2003.
TRÁFICO DE COCAÍNA Cocaine seizures in 2004 (only highest ranking countries represented)
Fonte: UNODC – World Drug Report, 2006
COCAÍNA
Tráfico – “Mulas”Na Mídia....
Risco de overdose
“Mula” preparando-se para ingerir cápsulas de cocaína.
‘CRACK’
+Cl-
N
C
CH3
OO CH
H
BicarbonatoN
C
CH3
OO CH3
Cloridrato de cocaína
197°°°°C
C
O
O CH3
CO
Base livre de cocaína
96-98°°°°C
C
O
O CH3
CO
EFEITOS:
-Baixas doses (25 a 100mg)- hiperatividade motora, taquicardia,vasoconstrição, hipertensão, broncodilatação, aumento datemperatura corporal e midríase.
COCAÍNA
Efeitos psicológicos: aumento no estado de alerta euforia imediata,sensação de bem-estar.
EFEITOS:
-Com o passar do tempo: diminuição e síntesede neurotransmissores.
Efeitos prazerosos dão lugar à depressão,fadiga, desconforto físico e paranóia.
COCAÍNA
-Doses mais elevadas: loquacidade aumenta. Intensificação de efeitosdesagradáveis: incoordenação motora, agitação, inquietação,tremores, convulsões.
-Possibilidade de AVC e infarto do miocárdio.
OUTROS EFEITOS (relacionados à via de exposição):
• Via intranasal: rinite crônica, perda de olfato, infecções crônicas dascartilagens nasais, perfuração de septo.
Via intravenosa: doenças infecciosas (HIV, hepatite)
COCAÍNA
• Via pulmonar (“crack”): bronqueoliteobstrutiva, edemas pulmonares, dorestoráxicas.
Usuário de ‘crack’ com edema pulmonar
Tubo endotraqueal
ANFETAMINAS
CH2 CH
CH3
NH
HCH2 CH
CH3
NCH3
H
Anfetamina Metanfetamina
CH2 CH
CH3
NH
H
O
OCH2 CH
CH3
NCH2CH3
H
O
O
CH2 CH
CH3
NCH3
H
O
O
MDA
MDMA
MDEA
ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS
•FEMPROPOREX
•DIETILPROPIONA
BRASIL:
ENTRE OS 4 PAÍSES COM MAIOR CONSUMO DEANOREXÍGENOS.
Fonte: INCB – International Narcotic Control Board, 1996ANOREXÍGENOS.
Controle de peso Motoristas de caminhão
Femproporex “rebite”
Fonte: INCB – International Narcotic Control Board, 1996
ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS
Estudo:
108.215 prescrições de medicamentos psicotrópicos:
26.930 anorexígenos (femproporex e dietilpropiona)
Fonte: Noto et al. Analysis of prescription and dispensation of psycotropic medications in two cities in the state of São Paulo. Rev. Bras. Psiqu., v.24, p.68-73, 2002.
Estudo:
728 motoristas de caminhão (Sul, Sudeste e Nordeste)
5.63% uso de drogas – 85.4% anfetaminas (“rebite”)
Fonte: Silva et al. Drug abuse by truck drivers in Brazil. Drugs: educ. prev. policy., v.10, p.135-9, 2003.
CH2 CH
CH3
NCH3
H
Conhecida no mercado ilícito pelos nomes de “speed”, “cristal”e“ice”.
METANFETAMINA
Década de 60-70PERVITIN
“Ice” - “Cristal”(forma a ser
fumada)
“Speed”(forma injetada)
PERVITIN
METANFETAMINA
•O abuso de ICE começou no Hawai, se espalhou no Japão (onde éconhecido como “shabu”) e se espalhou nos EUA.
“PRODUÇÃO”
•Produção em Laboratórios•Produção em Laboratóriosclandestinos no México, EUA(Califórnia), Sudeste da Ásia.Produção em larga escala: “SuperLabs”Produção em pequena escala “BoxLabs”
•Precursores: efedrina epseudoefedrina
Laboratório clandestino de metanfetamina
ANFETAMINAS
EFEITOS:
•Potente estimulante:aumenta o estado dealerta, a auto-confiança e
•Após cessarem osefeitos estimulantes,observa-se aumento de
alerta, a auto-confiança ea sensação de força físicae mental.
observa-se aumento defadiga e depressão.
Efeitos:
-Doses tóxicas difíceis de determinar - tolerância
-Neurotóxica: causa lesões irreversíveis no cérebro.
-Complicações cardiovasculares: hipertensão, arritmia, colapso cardiovasculare morte súbita.
ANFETAMINAS
-Grande potencial de induzir dependência. Pessoas que utilizamfreqüentemente altas doses de anfetamina podem apresentar comportamentoestereotipado, repentinos ataques de agressão e violência, paranóia, psicose,alucinações.
-Síndrome de abstinência: caracterizada por aumento no apetite e aumentode peso, letargia e sonolência. Dependendo do estado psiquiátrico, depressãosevera e tendências suicidas poderão ocorrer.
O “Ecstasy” ou 3,4-metilenodioximentanfetamina (MDMA) é umderivado sintético da anfetamina. Também é conhecido como “XTC”, “E”,Adam, MDM ou “droga do amor”.
Compostos análogos são a MDA (3,4-metilenodioxianfetamina)conhecida como “pílula do amor” e a MDEA (3,4-metilenodioxietilanfetamina)conhecida como “Eve”.
“ECSTASY” (MDMA)
O
MDA MDEAMDMA
CH2 CH
CH3
NH
H
O
O CH2 CH
CH3
NCH2CH3
H
O
O
CH2 CH
CH3
NCH3
H
O
O
PADRÃO DE USO:
Via oral: comprimidos redondos de várias cores e tamanhos, ecápsulas gelatinosas contendo entre 50-150mg de MDMA.
Seu uso é mais freqüente nos finais de semana, em clubes de dançaou festas, onde multidões dançam vigorosamente (“raves”)
“ECSTASY” (MDMA)
AFRODISÍACO?? O uso de “ecstasy” produz elevação daauto-estima, simpatia com sensação de proximidade e intimidade comas pessoas ao redor. A comunicação e a relação com as pessoasmelhoram, produz-se um sentimento de euforia, aumento de energia
“ECSTASY” (MDMA)
Efeitos:
melhoram, produz-se um sentimento de euforia, aumento de energiaemocional e física.
O uso de “ecstasy” produz efeitos característicos dosestimulantes do SNC como taquicardia, aumento da pressão arterial,midríase e arritimias cardíacas. Em doses excessivas, sãoalucinogênicas. Mortes devido ao uso de “ecstasy” são atribuídas adistúrbios cardiorrespiratórios, hipertermia e susceptibilidadeindividual.
OUTRAS DROGASNARCÓTICOS ANALGÉSICOS (OPIÁCEOS):
-MORFINA E HEROÍNA
ópio
PAPOULA (Papaver somniferum)
morfina
O
H
OHHO
N.CH3
H
OUTRAS DROGASNARCÓTICOS ANALGÉSICOS (OPIÁCEOS):
-MORFINA E HEROÍNA
H
N.CH3
H
N.CH3
morfina
O
H
OHHO
H
heroína
O
H
O.CO.CH3CH3.CO.O
H
OUTRAS DROGASHeroin and morphine seizures 2003-2004: extent and trends (only highest ranking countries represented)
Fonte: UNODC – World Drug Report, 2006
OUTRAS DROGAS‘CLUB DRUGS’:
-‘ECSTASY’
- GHB
- SPECIAL K (CETAMINA)
‘DATE RAPE DRUGS’:
- ESCOPOLAMINA
- FLUNITRAZEPAM
ANÁLISES TOXICOLÓGICASIdentificar a exposição a drogas de abusoIdentificar a exposição a drogas de abuso
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS PARA VERIFICAR EXPOSIÇÃO A DROGAS DE ABUSO
APLICAÇÕES:
� INVESTIGAÇÃO MÉDICO-LEGAL� INVESTIGAÇÃO MÉDICO-LEGAL� PROGRAMAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
DO USO DE DROGAS NO AMBIENTE DE TRABALHO
� CONTROLE DA DOPAGEM NO ESPORTE
� DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÕES
AMOSTRAS BIOLÓGICAS
� AR EXALADO� SALIVA� SUOR
� VÍSCERAS(FÍGADO, RINS,
CORAÇÃO,
VIVOS POST-MORTEM
� SUOR� MECÔNIO � CONTEÚDO
GÁSTRICO� SANGUE� URINA� CABELO� UNHA
CORAÇÃO, HUMOR VÍTREO)
URINA
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO INVASIVA� DISPONIBILIDADE DE GRANDES
VOLUMES DE AMOSTRACONCENTRAÇÃO ALTA� CONCENTRAÇÃO ALTA
� FACILIDADE DA ANÁLISE� POSSIBILIDADE DE ADULTERAÇÃO DA
AMOSTRA
� PERÍODO DE DETECÇÃO: ALGUNS DIAS
CADEIA DE CUSTÓDIA
Procedimentos administrativos quecertificam a preservação e integridade daamostra durante todos os passos (coleta,amostra durante todos os passos (coleta,recebimento, análise), garantindo avalidade dos resultados.
-Confidencialidade.
BIOTRANSFORMAÇÃOCocaína
NCH3
Éster metil ecgonina
(15-35%)
N
C
CH3
O
O CH3
OH
NCH3NorcocaínaN
H
Cocaína
(3%)
C
O
O
O CH3
CO
Benzoilecgonina
(15-50%)
N
C
O
CH3
O
CO
OH
Ecgonina
(1-8%)
N
C
3
O
OH
OH
(2-6%)
N
C
O
O
O CH3
CO
Taxa de excreção urináriaCocaína e produtos de biotransformação
BE = Benzoilecgonina
EME = Ecgonina Metil
horas
BE
EME
COC
EME = Ecgonina Metil Ester
COC = Cocaína
BIOTRANSFORMAÇÃOCocaína
NCH3
N
C
O
CH3
O
O CH2CH3
C
O
Cocaetileno
Cocaína
C
O
O
O CH3
CO
O
N
C
CH3
O
O CH3Anidroecgonina
metil éster
BIOTRANSFORMAÇÃOAnfetaminas
CH2 CH
CH3
N
CH3
H
metanfetamina
Hanfetamina
CH2 CH
CH3
NCH3
H
OH
efedrina
CH2 CH
CH3
NH
H
anfetamina
CH CH
CH3
NH
H
OH
fenilpropanolamina
CH2 CH
CH3
N
CH2CH2CN
H
femproporex
BIOTRANSFORMAÇÃOOpiáceos
OHOH3C
H
N.CH3
H
O
codeína
N.CH3
O
H
O.CO.CH3CH3.CO.O
N.CH3
H
heroína
O
H
OHHO
N.CH3
H
morfina
H
O.CO.CH3HO
N.CH3
H
O
6-acetil morfina
O
H
OHO
N.CH3
H
ácido glicurônico
morfina conjugada
URINA
PERÍODO DE DETECÇÃO:
MaconhaUso eventual ±±±± 7 diasUso freqüente ±±±± 25 dias
CocaínaUso eventual ±±±± 3 diasUso freqüente ±±±± 7 dias
Anfetaminas ±±±± 3 dias
SANGUE
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA INVASIVA� NECESSIDADE DE PROFISSIONAL
TREINADO � MATRIZ RELATIVAMENTE COMPLEXA� PERÍODO DE DETECÇÃO: ALGUMAS
HORAS� CORRELAÇÃO COM ESTADO CLÍNICO� CONTROLE TERAPÊUTICO
AR EXALADO
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO-INVASIVA� DETECÇÃO DE COMPOSTOS VOLÁTEIS
(ETANOL) - uso de etilômetros (bafômetro)(ETANOL) - uso de etilômetros (bafômetro)� SOLVENTES� PERÍODO DE DETECÇÃO: ALGUMAS
HORAS
� CORRELAÇÃO COM ESTADO CLÍNICO
AR EXALADO
� ETANOL
Fator r (razão massa/massa de etanol contido na corrente sangüínea e no ar exalado. sangüínea e no ar exalado.
r = 2100:1 (34ºC)A massa de etanol determinada
em 2100 mL do ar expirado corresponde à massa de etanol contida em 1 mL de sangue.
SALIVA
TRANSFERÊNCIA SANGUE/ SALIVA:
-SECREÇÃO ATIVA,-ULTRAFILTRAÇÃO -ULTRAFILTRAÇÃO
(POROS)-DIFUSÃO PASSIVA
Formas ionizadas e ligadas a proteínas plamáticas têm o transporte dificultado
SALIVA
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO-INVASIVA� FACILIDADE NA COLETA� CORRELAÇÃO COM CONCENTRAÇÃO
SANGÜÍNEA� PERÍODO DE DETECÇÃO: ALGUMAS
HORAS� POUCO VOLUME DE AMOSTRA� CONCENTRAÇÃO BAIXA
SALIVA
Concentração de etanol em saliva e plasma
0,6
0,8
1
1,2
1,4
Eta
no
l (m
g/m
L)
plasma
saliva
0
0,2
0,4
0,6
0 100 200 300 400
tempo (min)
Eta
no
l (m
g/m
L)
saliva
razão S/P
Kidwell, D.A., Holland, J.C., Athanaselis, S. Testing for drugs in saliva and sweat. J. Chromatogr. B. 713:111-135, 1998.
SALIVA
Concentração de cocaína em saliva e plasma
100
1.000
10.000
100.000
co
nc
. co
ca
ína
(ng
/mL
) saliva (fumada)
plasma (fumada)
Kidwell, D.A., Holland, J.C., Athanaselis, S. Testing for drugs in saliva and sweat. J. Chromatogr. B. 713:111-135, 1998.
1
10
100
0 50 100 150 200 250
tempo (min)
co
nc
. co
ca
ína
(ng
/mL
)
Razão S/P (fumada)
Razão S/P IV
SALIVA
RELAÇÃO SALIVA/PLASMA
� ETANOL ~ 1,1� ANFETAMINA ~ 2,0� ANFETAMINA ~ 2,0� COCAÍNA ~ 1,3 A 10� CANABINÓIDES ~ Correlação não
determinada
POSSÍVEL APLICAÇÃO: TRÂNSITO
Código de Trânsito Brasileiro (1997):Art. 165: “Dirigir sob a influência de álcool, em
SALIVA
Art. 165: “Dirigir sob a influência de álcool, emnível superior a seis decigramas por litro desangue, ou de qualquer substânciaentorpecente ou que determine dependênciafísica ou psíquica.”
-INFRAÇÃO GRAVíSSIMA
ESTUDO FCF/USP (2004):
Amostras de saliva foram obtidas de voluntários acima de21 anos, motoristas de caminhão (n=561) quetrafegavam em rodovias de São Paulo (Rod. RaposoTavares, Rod. Castelo Branco e Rod. Sen. José ErmírioTavares, Rod. Castelo Branco e Rod. Sen. José Ermíriode Moraes).
Resultado positivo para 3,0% das amostras:-8 para etanol-4 para anfetamina-2 para cocaína-2 para THC-1 para cocaína e THC
CABELO
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO-INVASIVA� PERÍODO DE DETECÇÃO: MESES
� retrospectiva e cronológica� retrospectiva e cronológica� DETECÇÃO: EXPOSIÇÃO FREQUENTE� DISPONIBILIDADE: ????� BAIXA CONCENTRAÇÃO� AMOSTRA ESTÁVEL
� POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO
Distribuição de cocaína, produtos de biotransformação e cocaetileno em fluidos biológicos e cabelo.
60
80
100
po
rce
nta
ge
m COCBEEME
CABELO
0
20
40
sangue saliva urina cabelo
po
rce
nta
ge
m
EMECE
Spiehler, V. Society of Forensic Toxicology Conference on Drug Testing in Hair, Tampa, FL, October 29, 1994.
‘LAG TIME’ E PERÍODO DE DETECÇÃO(CANABINÓIDES)
SANGUE
SALIVA
URINA
SUOR
URINA
CABELO
1 10 100 1000
LAG TIME TEMPO (DIAS)
MECÔNIO
CARACTERÍSTICAS:
� EXPOSIÇÃO FETAL� COLETA NÃO-INVASIVA� MATRIZ COMPLEXA -DIFICULDADE NA
ANÁLISE� PERÍODO DE DETECÇÃO: MESES
� DISPONIBILIDADE
MECÔNIO
ESTUDO FM-USP(2000):
� Critério: recém nascidos de baixo peso (< 2500g).(< 2500g).Análise de mecônio para ANF, COC, THC, OPI.
Resultado:17,7% positivos
UNHA
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO-INVASIVA� BAIXA CONCENTRAÇÃO� DIFICULDADE NA ANÁLISE� DIFICULDADE NA ANÁLISE� MATRIZ COMPLEXA� PERÍODO DE DETECÇÃO: MESES� EXPOSIÇÃO INTENSA
SUOR
CARACTERÍSTICAS:
� COLETA NÃO-INVASIVA� COLETA ATRAVÉS DE ADESIVOS “PATCH”� BAIXA CONCENTRAÇÃO� BAIXA CONCENTRAÇÃO� DIFICULDADE NA ANÁLISE� NÃO EXISTEM MUITOS ESTUDOS� MONITORAR PACIENTES
CONTEÚDO GÁSTRICO
CARACTERÍSTICAS:
� INTOXICAÇÃO AGUDA� VIA ORAL � (Envenenamento, tentativa de suicídio)� CONCENTRAÇÃO ALTA� RESÍDUOS NÃO ABSORVIDOS
VÍSCERAS
Distribuição de cocaína na intoxicação fatal
101520
2530
co
ca
ína
(m
g/L
ou
mg
/Kg
)
05
10
sang
ue
bile
cére
broco
raçã
o
rins
fígad
opu
lmõe
sba
çom
úscu
losad
iposo
humor v
.c
oc
aín
a (
mg
/L o
u m
g/K
g)
Poklis A, Mackell, M.A., Graham, M. Disposition of cocaine in a fatal poisoning in man. J. Anal. Toxicol. 9:227-229, 1985.
HUMOR VÍTREO
� MAIOR COMPONENTE FLUIDO DO OLHO� MAIOR COMPONENTE FLUIDO DO OLHO� ÚTIL EM CASOS DE CADÁVERES EM
ESTADO AVANÇADO DE PUTREFAÇÃO.� ETANOL, DIGOXINA, OUTRAS DROGAS
CUIDADOS EM ANÁLISE POST-MORTEM
Os processos de decomposição microbiológica podemdestruir substâncias que estavam presentes no momentoda morte ou produzir outras substâncias ou análogas quepodem confundir na interpretação de resultados.
EX:� ETANOL em sangue e tecidos: ação de bactérias em� ETANOL em sangue e tecidos: ação de bactérias em
glicose, lactato e aminoácidos. (Análise em humor vítreo).� ‘ALCALÓIDES CADAVÉRICOS’ (putrescina e cadaverina)
a partir da descarboxilação de aa ornitina e lisina.-Produz resultado de teste de coloração semelhante àquele
produzido por morfina.� Durante a decomposição, fenilalanina é convertida em
feniletilamina, substância semelhante à anfetamina.
TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS DE ABUSO
� FASE PRELIMINAR DE TRIAGEM� Imunoensaios� Cromatografia (TLC, GC, HPLC)� Cromatografia (TLC, GC, HPLC)
� FASE DE CONFIRMAÇÃO� Espectrometria de massa (GC/MS)
TRIAGEM
NEGATIVOPOSITIVO
RESULTADO FINAL
GRANDE PARTE DAS AMOSTRAS
ESQUEMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE DROGAS
CONFIRMAÇÃO
POSITIVO NEGATIVO
RESULTADO FINAL RESULTADO FINAL
RESULTADO FINAL
DROGAS DE ABUSO
“CUT OFF”
� Valores de referência de concentração dosfármacos/metabólitos em uma amostrafármacos/metabólitos em uma amostrabiológica, recomendados por entidadesinternacionais, para categorização dosresultados como indicativo ou não doconsumo da droga.
“CUT OFF”Valores de concentração urinária “cut off” recomendados paraProgramas de Controle e Prevenção do Uso de Drogas noAmbiente de Trabalho*.
Triagem (ng/mL) Confirmação (ng/mL)
Opiáceos 300 Morfina total 200
Cocaína (p.b.) 300 Benzoilecgonina 150
Anfetaminas 300 Anfetamina 200
Metanfetamina 200
Canabinóides 50 11-nor-THC-COOH 15
* Ref. De La Torre, R., Segura, J., De Zeeuw, R., Willians, J. Recommendations for the
reliable detection of illicit drugs in the European Union, with special attention to the workplace. EU Toxicology Experts workgroup. Ann Clin Biochem, 34 p.339-344, 1997.
IMUNOENSAIOSTécnica de triagem
Vantagens:-pouco volume de amostra-processa várias amostras de uma vez-sem necessidade de procedimentos de extração da amostra-sistemas automatizados-manipulação simples-manipulação simples-resultados rápidos-alta sensibilidade-especificidade
Desvantagens:-necessita de aparelhos específicos-kits importados-possibilidade de interferentes-resultados positivos devem ser confirmados
IMUNOENSAIOS
IMUNOENSAIOS
HETEROGÊNEO:-RIA (Radioimmunoassay)-ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent
Assay)Assay)
HOMOGÊNEO:-FPIA (Fluorescence Polarization Immuno
Assay)-EMIT (Enzyme Multiplied Immuno
Technique)
AMOSTRA NEGATIVA
+
ENZIMA
ANTÍGENO
EMIT IMUNOENSAIOS HOMOGÊNEOS
AMOSTRA POSITIVA
ANTICORPOSANTÍGENO MARCADO(fármaco ou produtode biotransformação)
Luz
ENZIMA INATIVA
NÃO ABSORVELUZ
absorbância
AMOSTRA NEGATIVA
Luz
S P
NAD NADH
AMOSTRA POSITIVA
ABSORVELUZ
absorbância
AMOSTRA NEGATIVA
RIA (RADIOIMMUNOASSAY)
ELEMENTORADIOATIVO
+ANTÍGENO MARCADO(fármaco ou produtode biotransformação)
ANTICORPOS
ANTÍGENO
AMOSTRA POSITIVAde biotransformação)
ANTI-IMUNOGLOBULINA
precipita
precipita
(NEG)
(POS)
Separação de fases
sobrenadante
precipitadoAlta
Rad.
Separação de fases
sobrenadante
precipitado
Baixa
Rad.
TESTES RÁPIDOS - TRIAGE (Merck)
CocaínaAnfetTHCOpiáceosPCPTCA
Área de reação
1CocaínaAnfetTHCOpiáceosPCPTCA
2
CocaínaAnfetTHCOpiáceosPCPTCA
3
CocaínaAnfetTHCOpiáceosPCPTCA
Área de detecção
4
TESTES RÁPIDOS - TRIAGE (Merck)
+
Amostra Negativa
Amostra Positiva
Antígeno marcado(fármaco ou produtode biotransformação)
Anticorpos
coranteantígeno
1) Area de reação
2) Área de
Anticorpos imobilizados Anticorpos imobilizados
Lavagem
Amostra PositivaVisualização faixa vermelha
2) Área de detecção
Anticorpos imobilizados
Lavagem
Anticorpos imobilizados
Amostra Negativa
2) Área de detecção
TESTES RÁPIDOS - RapidTest (k)Imunocromatografia
1 Syva RapidTest
THC
C
THC
Syva RapidTest
THC
C
THC
2
C
THC
NEGATIVO
C
THC
POSITIVO
Droga imobilizada Droga imobilizada
TESTES RÁPIDOS - RapidTest (k)Imunocromatografia
Visualização faixa vermelha
Amostra Negativa Amostra Positiva
TÉCNICAS ANALÍTICASCROMATOGRAFIA EM FASE GASOSA (GC)
CARACTERÍSTICAS:
� ALTA ESPECIFICIDADE E SENSIBILIDADE� POSSIBILIDADE DE DETECTAR VÁRIAS � POSSIBILIDADE DE DETECTAR VÁRIAS
SUBSTÂNCIAS EM UMA ANÁLISE� REQUER PROCEDIMENTO DE EXTRAÇÃO� MAIOR TEMPO DE ANÁLISE� REQUER EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS
CROMATOGRAFIA EM FASE GASOSA/ ESPECTROMETRIA DE MASSA (GC/MS)
VANTAGENS:� ALTO GRAU DE ESPECIFICIDADE� TÉCNICA INEQUÍVOCA DE IDENTIFICAÇÃO
DESVANTAGENS:� REQUER ETAPA DE EXTRAÇÃO DA AMOSTRA� MAIOR TEMPO DE ANÁLISE� EQUIPAMENTO DE ALTO CUSTO� NECESSIDADE DE PROFISSIONAL ALTAMENTE
ESPECIALIZADO
Esquema geral de um espectrômetro de massa
LENTES
3) QUADRUPOLOS
+ ++
+ + +++ + +
++ + + +
+
+
1) ENTRADA
GC OU HPLC
2) IONIZAÇÃO
(FONTE DE ÍONS)
4) DETECTOR DE MASSA
+ + + + +
++ + +
ESPECTROMETRIA DE MASSA (GC/MS)
Espectrometria de massa
cromatograma cocaínacromatograma cocaína
Espectro de massa
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFaculdade de Ciências Farmacêuticas
Departamento de Análises Clínicas e ToxicológicasLaboratório de Análises Toxicológicas
Prof. Dr. Mauricio Yonamine
E-mail: [email protected]
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