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Ve t e r i n a r i a n Do c swww.veterinariandocs.com.br
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Doenas Infecto-Contagiosas
Bactrias
01-Actinomicose
-Etiologia:
-Actinomyces bovis eActinomyces viscosus.
-Caractersticas do Agente:
-Gram positivos;
-Crescem lentamente;
-Aerbicos ou anaerbicos facultativos;
-Colonizam mucosas de mamferos;
-Actinomyces bovis: presente na orofaringe de bovinos e outrosmamferos;
-Actinomyces viscosus: presente na cavidade oral de ces e de
humanos;
Actinomicose Canina
-Causada peloActinomyces viscosus
-Leses:abscessos subcutneos (piogranulomas e podem conter grnulosamareladosgrnulos de enxofre), piotrax, peritonite, artrite sptica e osteomielite,.
-Sinais Clnicos:dispnia;
-Tratamento:penicilinas
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Actinomicose Bovina
-Causada peloActinomyces bovis;
-Leso: osteomielite rarefaciente crnica, afetando ossos como a
mandbula e o maxilar (menos comum);-Patogenia:Actinomyces bovis invade o tecido aps trauma na mucosa
por alimentos speros ou pelo alvolo dental durante a erupo dos dentes. Huma tumefao ssea indolor nos ossos afetados, aumentando de volume em um
perodo de vrias semanas. O aumento de volume torna-se doloroso,desenvolvendo um trato fistuloso e descarregando exsudato purulento. Podehaver tambm a disseminao para tecidos moles, envolvimento mnimo doslinfonodos regionais.
-Diagnstico:-Sinais Clnicos (em casos avanados);
-Radiografia (verifica-se o grau de destruio ssea);
-Exsudatos, aspirados e amostras de tecidos para cultura ehistopatologia;
-Colorao: colorao de gram;
-Tratamento:
-Cirurgia (quando as leses so pequenas);
-Antibiticos: terapia prolongada com Penicilinas;
-Iodeto de Potssio (1g/12kg de PV);
-Isoniazida (VO por 30 dias);
02-Actinobacilose
-Etiologia: Actinobacillus lignieresii, Actinobacillus pleuropneumoniae,Actinobacillus equuli, Actinobacillus suis eActinobacillus seminis.
-Caractersticas do Agente:
-Bacilos Gram-negativos;
-Anaerbios facultativos;
-Comensais de mucosas do trato respiratrio superior e cavidade oral
02.1-Actinobacillus lignieresii
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-Bovinos:causa leses na lngua, nos linfonodos, no rmen e na pele;
-Inflamao piogranulomatosa crnica de tecidos moles. Aprincipal manifestao clnica o endurecimento da lngua (lngua de pau);
-Doena espordica;-Patogenia: h a penetrao dos microorganismos em tecidos
moles atravs de eroses e laceraes da mucosa e da pele. H ento uma respostapiogranulomatosa localizada que se dissemina via linftica para os linfonodos regionaiscausando uma linfadenite piogranulomatosa;
-Sinais Clnicos:timpanismo intermitente (por leso no esfago),linfadenite retrofarngea, disfagia, respirao ostertosa, leso piogranulomatosa emlinfonodos, leses podem se tornar ulceradas e contaminar o ambiente.
-Diagnstico:
-Sinais Clnicos (endurecimento da lngua);
-Histria Clnica (pastoreio em pastagens secas, sperasque possam causar leses);
-Esfregao do Exsudato/Grnulos: tritura-se os grnulos,faz a colorao de gram e verifica-se bacilos gram-negativos ao microscpio ptico.
-Isolamento: bactria cresce em meio de Agar-sangue 37Cforma-se colnias translcidas, lisas e brilhantes.
-Tratamento:
-Iodeto de potssio (VO ou Parenteral);
-Sulfonamidas;
-Penicilina em associao com Estreptomicina;
-Isoniazida VO por 30 dias
-Controle:
-Evitar alimentos ou pastagens speras que possamlesionar a mucosa.
-Ovinos: causa leses na pele;
02.2-Actinobacillus pleuropneumoniae
-Sunos: causa pleuropneumonia;
02.3-Actinobacillus seminis
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-Carneiro: causa epididimite;
-Cordeiros: causa poliartrite;
02.4-Actinobacillus equuli
-Potros: causa septicemia e enterite;
-Leites: causa septicemia;
-Sunos: causa atrite e enterite;
-gua: causa aborto;
-Bezerros: causa enterite;
02.5-Actinobacillus suis
-Leites e Potros: causa septicemia e pneumonia;
-Sunos e Eqinos: causa pneumonia
03-Clostridioses
-Caractersticas dos Agentes:
-Gram positivos;
-Esporulados;
-Anaerbios;
-Divididos em 3 grupos: Clostrdeos neurotxicos, Clostrdeoshistotxicos e Clostrdeos enterotxicos.
03.1-Clostrdeos Neurotxicos
03.1.1-Ttano
-Etiologia:Clostridium tetani-Hospedeiros:muitas espcies, inclusive o ser humano
-Suscetibilidade:eqinos > humanos > ruminantes > sunos > carnvoros
*Aves so resistentes;
-Patogenia:os endsporos so inoculados nos tecidos por traumatismos. A presena detecido necrtico, de corpos estranhos e microorganismos anaerbios facultativos emferidas pode criar condies de anaerobiose nos quais os esporos de Clostridium tetani
podem germinar. O esporos produzem 2 tipos de exotoxinas: a tetanoespasmina ehemolisina.
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-Tetanoespasmina: responsvel pelo aparecimento dos sinais clnicos. Age naspr-sinapses dos neurnios motores, bloqueando a liberao de neurotransmissores(principalmente a glicina).
-Hemolisina: responsvel pela necrose tecidual e favorece a multiplicao do
endsporo.
-Sinais Clnicos:
-PI: 5 a 10 dias, mas pode durar at 3 semanas;
-Ttano latente: ocorre depois que h cicatrizao da ferida (tem-se sinaisclnicos retardados);
-A severidade dos sinais clnicos depende: do local da leso, quantidade detoxina produzida e suscetibilidade das espcies.
-Sinais Clnicos: rigidez, espasmos localizados, freqncia cardaca erespiratria alteradas, disfagia, expresso facial alterada, estmulos auditivos e tteis
precipitam contraes clnicas dos msculos, rigidez generalizada (aspecto decavalete);
-Diagnstico:
-Sinais Clnicos;
-Esfregao da leso: verifica-se bastonetes em forma de raquete;
-Inoculao experimental em camundongos;
-Tratamento:
-Antitoxina EV (por 3 dias);
-Toxides (estimula a resposta imune);
-Penicilina (em grandes doses);
-Local: lavagem, debridamento cirrgico e aplicao de perxido de hidrogniona ferida (proporciona condies aerbicas);
-Animais afetados devem ficar isolados em locais silenciosos, escuros e devemreceber reposio de fludo, sedativos e relaxantes;
-Controle:
-Vacinao (com toxide tetnico) fazer reforo quando animal apresentarferimento profundo;
-Imediato debridamento da ferida quando houver;
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dilatao das pupilas, mucosas secas, constipao, temperatura normal e animal noperde a sensibilidade.
-Em aves:
-Postural anormal da cabea (flacidez de pescoo), olhos fechados, asasfechadas, pernas esticadas abaixo do corpo.
-Diagnstico:
-Sinais Clnicos;
-Histria Clnica (histrico de alimentao com carcaas);
-Inoculao em camundongos (demonstrao da toxina);
-PCR;
-ELISA;
-Tratamento:
-Anti-soro polivalente;
-Tetraetilamida e Hidrocloridrato de Guanidina (melhoram a liberao deneurotransmissores): EV
-Animais moderadamente afetados podem se recuperar espontaneamente.
-Controle:
-Vacinao (com toxides);
-No fornecer alimentos suspeitos;
-Eliminao de fontes de intoxicao;
03.2-Clostrideos Histotxicos
03.2.1-Carbnculo Sintomtico
-Sinnimos:black leg, perna negra ou peste da manqueira
-Etiologia:Clostridium chauvoei
-Hospedeiros:bovinos e ovinos
*Infeco geralmente endgena, sendo que os esporos so ativados por lesotraumtica;
-Patogenia:o agente penetra no organismo pela ingesto de esporos que esto no solo echega via hematgena ao tecido muscular, onde, ao encontrar condies timas de
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desenvolvimento (hematomas, leses, rompimentos e necrose), localiza-se e formatoxinas e gs. Estes provocam o aparecimento do edema gasoso inflamatrio (celulitegangrenosa e miosite), que se estendem por massas musculares maiores. Os produtos dedecomposio do tecido e as toxinas do agente provocam febre e alterao da atividadecardaca e da respirao.
*As grandes massas musculares de membros, do dorso e do pescoo so as maisafetadas;
-Sinais Clnicos:
Forma Superaguda: de 8 a 12 horas;
Forma Aguda: de 36 a 72 horas;
-Claudicao, edema, tumores enfisematosos com crepitao (por acmulo de
gs), dispnia, morte sbita (por leso no miocrdio e diafragma) e elevao datemperatura.
-Necropsia:
-Rigidez cadavrica, leso local nas grandes massas musculares (necrose eenfisema), lquido citrino ou sanguinolento nas cavidades, sangue escuro e coagulado,fgado congesto e bao normal ou diminudo.
03.2.2-Edema Maligno
-Infeco exgena e necrosante de tecido mole.
-Pode surgir a infeco a partir de contaminao de feridas, leses no parto e locais deinjeo.
-Etiologia:Clostridium septicum embora possa ocorrer em associao comClostridiumchauvoei, Clostridium sordellii, Clostridium novyi tipo A e Clostridium perfringens tipoA.-Leso:celulite com mnima formao de gangrena e gs;
-Patogenia:semelhante ao Clostridium chauvoei-Sinais Clnicos:
-Edema tecidual local;
-Frieza e descolorao da pele;
-Depresso e prostrao;
-Morte pode ser rpida quando as leses so extensas;
-Tratamento:
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-Cirrgico;
-Antibiticos: penicilinas, oxitetraciclinas e cloranfenicol (na fase inicial);
-Inciso do edema e inoculao de perxido de hidrognio ou manganato de
potssio;
03.2.3-Gangrena Gasosa
-Infeco exgena e necrosante de tecido mole.
-Etiologia: Clostridium perfringens tipo A, embora possa ocorrer em associao comClostridium chauvoei, Clostridium sordellii, Clostridium novyi tipo A.
-Sinais Clnicos:semelhantes ao Edema Maligno;
03.2.4-Cabea Inchada
-Etiologia:Clostridium novyitipo A
-Ocorre em ovinos devido brigas;
-Leso: aumento de volume edematoso em tecidos subcutneos da cabea e do trax;
03.2.5-Febre Carbuncular (edema maligno de abomaso ou braxy)
-Etiologia:Clostridium septicum
-Hospedeiros: ovinos jovens;
-Patogenia:os esporos so ingeridos ao comer pastagens contaminadas e congeladas(causando leso ao abomaso). Ento produzida uma desagregao e inflamaosubclnica da mucosa do abomaso, o que permite a entrada do agente. Comoconseqncia da intensa multiplicao dos micrbios e da rpida formao de toxina, instaurada, no prazo de poucas horas, uma afeco enfisematosa que, partindo doabomaso e intestino delgado, estende-se a todo o organismo e apresenta evoluorapidamente fatal.
-Sinais Clnicos:
-Apatia, recusam alimento, rangem os dentes, apresentam dispnia, clica,edema, timpanismo, diarria e sada pela boca de espuma sanguinolenta.
03.2.6-Hepatite Necrtica Infecciosa (hepatite necrosante)
-Sinnimos:doena negra ou Black disease
-Hospedeiros:ovinos e raramente bovinos e sunos;
-Etiologia:Clostridium novyi tipo B
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-Patogenia: o agente ingressa com o alimento ou gua. Os esporos chegam viahematgena ao fgado, sem que se manifestem sinais da doena. Quando, comoconseqncia da migrao de parasitas hepticos (Dicrocoelium lanceolatum,Cysticercus tenuicollis e Fasciola heptica) ocorre uma necrose que propicia umambiente anaerbico local. Ento h a instalao do clostrdeo com produo de toxinasas quais vo afetar a pele, causando congesto cutnea (manchas pretas)
03.2.7-Hemoglobinria Bacilar
-Etiologia:Clostridiumhaemolyticium
-Leso:Fasciola hepatica causa reas de fibrose e satura O2, facilita a instalao deClostridiumhaemolyticiume tem-se hemoglobinria (causada por grande hemlise porao da exotoxina), ictercia e rea grande de infarto.
*Os endsporos esto em latncia no fgado (clulas de Kupffer).-Diagnstico Geral:
-Imunofluorescncia
-Cultivo: difcil;
-PCR: para Clostridium chauvoei
-Material para Laboratrio: msculos afetados ou tecido heptico;
03.3-Clostrdeos Enterotxicos
O modelo de produo da toxina varia com cada tipo de Cl.perfringens edetermina a sndrome clinica observada
Fatores que predispem o aparecimento de enterotoxemias em ovinos:
-Baixa atividade proteoltica no intestino de neonatos.
-Presena de inibidores da tripsina no colostro.
-Baixas taxas de secreo pancretica.
-Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal normal emneonatos.
-Influncia da dieta em animais mais velhos.
-Mudanas bruscas para uma alimentao mais rica.
-Dieta hipercalrica.
-Hipomotilidade intestinal em funo de excesso de alimentao.
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03.3.1-Disenteria em Ovinos
-Etiologia:Clostridium perfringens tipo B
-Hospedeiros:ovinos recm-nascidos;
-Sinais Clnicos:distenso abdominal, dor e febre.
-Leses:
-Enterite hemorrgica com reas de ulcerao no intestino delgado;
-Acmulo de lquido nas cavidades (toxina leva aumento da permeabilidadevascular);
03.3.2-Doena do Rim Pulposo
-Etiologia:Clostridium perfringens tipo D
-Sinnimos: doena da superalimentao
-Doena se desenvolve pela ingesto rica em gros (carboidratos) que um substratopara a proliferao de clostrdeos;
-Hospedeiros:ovinos
-Sinais Clnicos:
Cordeiros: apatia, opisttono, convulses, cegueira e head-pressing,
Adultos: diarria e andar cambaleante
-Necropsia: reas hipermicas no intestino, hidropericrdio, rpida autlise do rim,encefalomalcia focal simtrica e hemorragias simtricas nos gnglios basais e nomesencfalo;
-Diagnstico Geral
-Clnico;
-Esfregao: de mucosas ou do contedo intestinal (verificar bacilos gramnegativos);
- Teste de neutralizao de toxina em camundongos;
-ELISA: para demonstrao da toxina;
-Material para laboratrio: fragmentos do intestino e contedo;
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04-Leptospirose
-Etiologia:gnero Leptospira, espcies (L. borgpetersenii, L. fainei, L. inadai,L. kirschneri, L. meyeri, L. noguchii, L. santarosai, L. weilii, L. alexandere, L.
interrogans eL. biflexa)
-Diviso:
-Compleo Interrogans: leptospiras patognicas com 23 sorogrupos commais de 250 sorovares;
Ex.: L. icterohaemorrhagiae, L. gripptyphosa, L.canicola,L.pomona, L. hardjo, L. bratislava, L. tarassovi eL. wolffi
-Complexo Biflexa: leptospiras no patognicas;
-Hospedeiro:todos os animais so suscetveis;
-Caractersticas do Agente:
-Forma: espiroquetas;
-Mveis;
-Aerbios estritos;
-Sensibilidade: so sensveis ao ressecamento, congelamento, calor (50C
por 10 minutos), sabo, detergentes, cidos biliares e putrefao. No ambiente soresistentes em ambientes midos, quentes e de neutro alcalino.
-Epidemiologia:
-Afeta animais domsticos, selvagens e humanos;
-Principais hospedeiros:
-Roedores;
-Carnvoros selvagens;-Leptospira interrogans: presente nos tbulos renais de
mamferos;
-Hospedeiros adaptado ao sorovar (hospedeiros de manuteno);
-Hospedeiro no adaptado ao sorovar (hospedeiro incidental);
-Transmisso:
-Urina, excrees genitais, fetos abortados, contaminando gua,alimentos e fmites.
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-Portas de Entrada: via orofarngea, ocular, genital, pulmonar e pele.
-Patogenia:
Fase Leptospirmica:
As leptospiras penetram ativamente no organismo devido ao seu prpriomovimento, alcanando a corrente sangunea. Via hematgena, alcanam outros rgose no fgado se multiplicam. Os agentes so encontrados no sangue e rgos
parenquimatosos aos 8 dias aps infeco (fase septicmica).
Fase Leptospirrica:
A partir disso, leptospiras comeam a ser destrudas na correntesangunea (fase txica) por anticorpos e se localizam nos tbulos renais. Devido as
leptospiras produzirem lpases, liberam do tecido adiposo cidos graxos os quais so
hemolticos e citolticos (alteraes degenerativas).
*Eliminao na urina: ocorre em sunos e bovinos;
Aborto e complicaes reprodutivas (retorno ao cio, natimortos, nascimento deanimais fracos) ocorre quando h infeco dos fetos na fase de leptospiremia da me.
Leptospira pomona produz exotoxina hemoltica, que causa uma anemiahemoltica.
04.1-Leptospirose em Bovinos
-Etiologia: -Leptospira hardjo
-Leses:aborto, mastite (bere flcido, dor e indcios de sangue no leite);
-Leptospira pomona, L. bratislava, L. wolffi, L.icterohaemorrhagiae
-Leses:aborto, pirexia (em animais jovens), hemoglobinria, ictercia,anemia e anorexia.
*Os abortos acontecem geralmente no tero final da gestao e os fetos apresentam-seautolisados e ictricos.
-Morbidade:entre 3 e 30%;
-Letalidade:100%;
-Diagnstico:
-Anamnese e Histrica Clnica (baixa eficincia reprodutiva,presena de roedores e precipitao pluviomtrica);
-Sinais Clnicos;
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-Laboratorial:
-Cultivo e Identificao;
-Inoculao em animais sensveis (hamsters);
-Exame direto;
-Microscpio de campo escuro (rotina para urina);
-Histopatologia (colorao de prata);
-IF e PCR;
-Sorologia:
-ELISA;
-Teste da aglutinao microscpica (teste sensvele especfico);
-Fixao do complemento;
-Material para laboratrio:
-Animais vivos: sangue, urina, LCR e lquidos uterinos;
-Animais mortos: rins, fgado, fetos, pulmo, crebro e
olhos.
-Tratamento:
-Antibiticos:
Estreptomicina:
-Bovinos: 5-10mg/kg IM
-Sunos: 25-30mg/kg IM 2 aplicaes separadas
por 2/3 dias;-Caninos: 50mg/kg IV por 3-6 dias;
Tetraciclina:
-Bovinos: 5-10mg/kg IM
Penicilina G:
-Bovinos: 10.000-15.000UI/kg IM
Fluorquinolonas;
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-Etiologia: Brucella sp.
-Caractersticas do Agente:
-Coco-bacilo gram negativo;
-Ziehl-Neelsen modificado positivo;
-Colnias lisas (possuem antgeno de superfcie A ou M) e colniasrugosas (antgeno REx.:Brucella canis);
-Lipopolissacardeo*: esto ligadas diretamente patogenicidade;
-Lisas: possuem na membrana externa;
-Rugosas: no possuem (menos patognicas):
-Resistncia: luz solar direta (5 horas), solo seco (4 dias), solo mido (66dias), fezes (120 dias), gua potvel (entre 5 e 144 dias), gua poluda (entre 30 e 150dias), feto sombra (180 dias), exsudato uterino (200 dias), temperatura 60C (10minutos) e temperatura 71,7C (15 segundos);
Espcie Biotipos Hospedeiro Hospedeiro Ocasional
B. abortus 8 Bovinos Ovinos, caprinos, sunos, eqinos e humanos
B. mel itensis 3 Caprinos e Ovinos Bovinos e Humanos
B. suis 5 Sunos Humanos
B. ovis Ovinos
B. canis Caninos Humanos
B. neotomae N. lpida
B. mari s Focas e Golfinhos
*B. suis, B. melitensis e B. abortus podem ter reao cruzada e B. canis e B. ovistambm tem reao cruzada.
05.1-Brucelose em Humanos
-Etiologia:B. abortus,B. suis,B. melitensiseB. canis.
-Transmisso: contato com excrees ou secrees de animaisinfectados, leite e derivados no pasteurizados, leses na pele, ingesto einalao.
-Sinais Clnicos:pirexia flutuante, mal-estar, fadiga e dores musculares earticulares;
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*No causam aborto em humanos porque os humanos no produzem o eritritol,substncia a qual a bactria tem tropismo.
05.2-Brucelose em Bovinos
-Etiologia:Brucela abortus-Cadeia de Transmisso:
-Fonte de Infeco: animais infectados;
-Vias de Eliminao: fetos e anexos fetais, secrees vaginais,leite, smen, fezes e urina;
-Vias de Transmisso: gua, pastagem e fmites contaminados,smen, leite e derivados crus.
-Porta de Entrada:orofarngea, mucosas (conjuntiva, respiratriae genital), pele com soluo de continuidade.
-Suscetveis:mamferos domsticos e silvestres e humanos
-Patogenia:
As brucelas que penetraram no corpo alcanam a corrente sangunea e o sistemavascular linftico aps ter superado os gnglios linfticos regionais, podendo
permanecer neles por 10 a 21 dias. Este estgio bactermico expresso por elevao da
temperatura corprea. Os agentes chegam a distintos rgos via hematgena eproduzem, neles, alteraes inflamatrias. Os principais rgos afetados so:linfonodos, bao, fgado, tero, bere e articulaes. O tero e a mama dos animaisgestantes constituem um meio especialmente favorvel para a multiplicao das
brucelas. No curso da infeco so formados anticorpos como conseqncia do estmuloantignico e estes anticorpos (17-S e 9-S) so utilizados para o diagnstico (fixao docomplemento ou precipitinas);
-Patogenia na Fmea:
As brucelas tm tropismo pelo tero gestante e placenta, causando umaplacentite necrtica (principalmente nos cotildones), levando ao aborto, natimortos ounascimento de bezerros fracos (depende da poca que a brucela atinge o feto). Pode-seter tambm reteno de placenta, endometrite e infertilidade.
-Patogenia no Macho:
As brucelas tm tropismo pelos rgos do sistema reprodutivo (testculos,epiddimo, vesculas seminais e ampolas seminais), causando orquite uni ou bilateral,epididimite, vesiculite ou infertilidade. Ou pode se tornar crnico, sendo assintomtico.
-Sinais Clnicos:
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-Vacas: abortos, reteno de placenta e metrite;
-Touros: orquites e epididimites;
-Geral: higromas (acmulo de lquido nas articulaes) e artrite.
-Diagnstico:
-Mtodos Diretos:
-Pesquisa de antgenos;
-Isolamento do agente em meio de cultura e identificaobioqumica;
Meio de Farrell: Agar triptose + soro (5%) +antibiticos (polimixina B, bacitracina, cicloheximide, nistatina, cido nalidxico evancomicina);
-PCR;
-Mtodos Indiretos:
-Pesquisa de anticorpos;
-Infeco por brucelas lisas induzem anticorpos anti-brucelas lisas: reao cruzada entre: B. abortus, B. melitensis
e B. suis.-Infeco por brucelas rugosas induzem anticorpos anti-
brucelas rugosas: reao cruzada entre:B. canis e B. ovis.
-Provas Oficiais:
Teste de triagem diagnstica:
Teste do Antgeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa de Bengala;
- um teste de rotina.
-30l soro + 30l do reagente;
Teste confirmatrio de diagnstico:
Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME - 2-Mercaptoetanol + Soroaglutinao Lenta)
Teste de referncia para trnsito internacional:
Teste de Fixao de Complemento (FC);
-IgG tipo 1;
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Teste para vigilncia epidemiolgica:
Teste do Anel em Leite (TAL);
-Tem resultados falso-positivos em vacas com mastite, leite com sangue ou
colostro;-Vacinao:
-Vacina B19:
-Amostra B19B. abortus,lisa, viva atenuada;
-Aplicao em bezerras entre 3 e 8 meses de idade (preferencialmente at os 6meses);
-Cuidados na aplicao: patognica para o homem.
-Vacina RB51:
-Amostra rugosa viva atenuada deBrucella abortus;
-No interfere nas provas sorolgicas oficiais;
-Vacina oficial nos EUA e Chile;
-Uso permitido, juntamente com B19, na Colmbia, Mxico, Costa Rica,Paraguai e Venezuela;
-EUA: vacinao de bovinos entre 4 a 12 meses de idade;
-Outros pases: revacinao aps 12 meses;
-Proteo semelhante B19;
-Recomendaes:
-Fmeas adultas que nunca foram vacinadas;
-Falha na imunidade do rebanho (FOCO), com eliminao dos animaisreagentes ao teste, seguido de vacinao dos restantes;
-Situaes de alto risco de infeco;
-Vacinaes estratgicas;
-No deve ser utilizada em machos e fmeas prenhes;
-Cuidados na aplicao;
-No pode ser usada fora das especificaes;
-Potencialmente patognica para o homem;
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-Controle e Profilaxia:
Educao sanitria, vacinao, rotina de testes sorolgicos, abatesanitrio ou destruio dos animais reagentes, desinfeco das instalaes edestruio de restos placentrios, fetos abortados e secrees, piquetes
maternidade, quarentena de animais introduzidos no rebanho e exame de sadedas pessoas envolvidas.
05.3-Brucelose em Ovinos e Caprinos
-Etiologia:Brucela melitensis
-Caprinos a doena mais severa e prolongada, mais suscetveis;
-Sinais Clnicos: altas taxas de aborto, orquite, higromas e artrites;
-Diagnstico: sinais clnicos, Ziehl Neelsen Modificado, isolamento,testes sorolgicos;
-Vacinao: vacina viva modificada de aplicao via subcutnea ouconjuntival em caprinos e cordeiros com at 6 meses de idade;
05.4-Brucelose em Caninos
-Etiologia:Brucela canis
-Forma rugosa: baixa virulncia, infeces moderadas ou assintomticas;
-Sinais Clnicos:abortos, diminuio da fertilidade, reduo no tamanhodas ninhadas e mortalidade neonatal;
-Ces machos:infertilidade, orquite e epididimite;
-Diagnstico: teste rpido de aglutinao em lmina, teste confirmatriode aglutinao em tubo e imunodifuso em gar gel;
-Tratamento:combinao de tetraciclinas e aminoglicosdeos;
-Vacinao: no existem vacinas e o controle a retirada dos animaisinfectados dos cruzamentos;
06-Staphylococcus
-Etiologia: Staphylococcus aureus, Staphylococcus intermedium eStaphylococcus hycus;
-Caractersticas do Agente:
-Gram-positivos;
-Anaerbicos facultativos, imveis e catalase positivo;
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-Comensais de mucosas e pele;
-Causam infeces piognicas (leses supurativas);
-A produo de coagulase importante indicador de patogenicidade (pois
protege das clulas fagocitrias);-Fatores de Virulncia: enzimas (lpase, estearase, elastase,
estafiloquinase, desoxiribonuclease, hialuronidase e fosfolipase), protena A, cpsula,cidos teicicos, leucocidina, alfa-toxina ou alfa-hemolisina, beta-toxina ou beta-hemolisina, toxinas esfoliativas, enterotoxinas e toxina da sndrome do choque txico.
-Doenas:
06.1-Staphylococcus aureus
-Bovinos:mastite e impetigo no bere;
-Ovinos: mastite, piema pelo carrapato, foliculite benigna (cordeiros) edermatite;
-Caprinos:mastite e dermatite;
-Sunos:botriomicose da glndula mamria e impetigo na glndula mamria;
-Equinos:botriomicose do cordo espermtico e mastite;
-Carnvoros: pioderma, endometrite, cistite, otite externa e outras condiessupurativas;
-Aves domsticas: artrite e septicemia (perus), pododermatite ulcerativa eonfalite.
*Botriomicose: infeco bacteriana crnica, granulomatosa, supurativa, que afeta apele.
06.2-Staphylococcus intermedius
-Bovinos:mastite (rara)
-Carnvoros: pioderma, endometrite, cistite, otite externa e outras condiessupurativas;
06.3-Staphylococcus hycus
-Bovinos: mastite (rara);
-Sunos:Epidermite exsudativa (eczema mido) e artrite;
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-Definio: uma dermatite seborreica generalizada ou localizada.Atinge principalmente leites nas primeiras semanas de vida criados emconfinamentos sob condies de higiene deficiente.
-Porta de Entrada: a bactria no invasiva e necessita de leses na
pele. Estas leses podem ser causadas pelo ato de marcar leites, do corte de dentes, dacastrao, do corte de cauda e de brigas entre leites.
-Patogenia:Staphylococcus hyicus multiplica-se no sangue, espalhando-se por todo o organismo e atingindo principalmente os rins, fgado, articulaes, sistemanervoso e pele. Assim tem-se 2 formas de manifestao clnica: forma localizadacrnica e forma generalizada aguda.
-Sinais Clnicos:
-Forma Generalizada:-Febre, apatia, desidratao, perda de peso, diarria,
leites procuram ficar amontoados, vesculas pelo corpo que podem se romperemliberando lquido e formando crostas marrons. O corpo dos leites cobre-se com umexsudato gorduroso e mal cheiroso e os animais no apresentam prurido.
-Forma Localizada:
-Pequenas reas circunscritas na pele, recobertas porcrostas escamosas localizadas principalmente nas regies dorsal e lateral do corpo.
-Diagnstico:
-Anamnese e Histria Clnica;
-Sinais Clnicos (leses caractersticas);
-Swabdas leses e material (rins e linfonodos);
-Tratamento:
-Antibiticos: penicilinas;-Tpico: anti-spticos;
-Melhoria de higiene nas instalaes;
-Diagnstico Geral:
-Material para laboratrio:exsudato e leite (em casos de mastite);
-Tcnicas: esfregao e colorao de gram;
-Meios de Cultivo:Agar-sangue (aps 24 horas e 37C verifica-se colnias lisas,brilhantes, circulares com bordos lisos e hemolticas e algumas espcies podem ter
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pigmentao amarela) e MacConkey (Staphylococcus no cresce pois uma grampositiva);
-Meio Seletivo de Cultivo:Agar-manitol;
-Identificao Definitiva:prova da coagulase ou por fagotipagem;
07-Streptococcus
-Etiologia: Streptococcus pyogenes, Streptococcus suis, Streptococcus canis eStreptococcus equi.
-Caractersticas do Agente:
-Cocos gram-positivos;
-Fastidiosos (difcil cultivo);-Anaerbios facultativos, imveis e catalase negativo;
-Comensais de mucosas;
-Causam infeces piognicas;
-Streptococcus beta-hemolticos so mais patognicos que os alfa-hemolticos;
-Fatores de Virulncia: enzimas e exotoxinas (estreptolisinas,hemolisinas, hialuronidase, DNase, NADase, estreptoquinase e proteases) e cpsulas
polissacardicas e protena M (so antifagocitriasescape do sistema imune);
-Streptococcus suispode causar meningite em humanos;
-Doenas:
-Primrias:garrotilho;
-Secundria:pneumonia estreptoccica aps infeco viral;
-Septicemias neo-natais:associadas a infeco no trato genital materno;
-Streptococcus pyogenes (humano): eventualmente causa mastite bovina,tonsilite em ces e linfangite em potros.
-Streptococcus canis: septicemia neonatal, muitas condies supurativas,sndrome do choque txico.
07.1-Garrotilho
-Etiologia:Streptococcus equi
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-Doena:doena febril altamente contagiosa que acomete eqinos, envolvendoo trato respiratrio superior e formando abscessos nos linfonodos regionais. Podedesenvolver um estgio crnico de portador convalescente, com as bactrias presentesna bolsa gutural.
-Epidemiologia:
-Geralmente acomete animais jovens;
-Agrupamento de eqinos para vendas, apresentaes e corridasaumentam o risco da infeco.
-Transmisso:exsudato purulento do trato respiratrio superior ou das descargasde abscessos.
-Sinais Clnicos:
-PI: entre 3 e 6 dias;
-Febre alta, depresso, anorexia, descarga culo-nasal (torna-sepurulenta), linfadenite e sensibilidade dolorosa em linfonodos da cabea e pescoo e oslinfonodos submandibulares afetados podem, eventualmente, romper-se descarregandomaterial purulento, empiema das bolsas guturais e morte por pneumonia, envolvimentoneurolgico, asfixia devido a presso na laringe pelos linfonodos aumentados ou
prpura hemorrgica.
*Garrotilho Bastardo:abscessos se desenvolvem em muitos rgos, complicao sriaem cerca de 1% dos animais afetados.
-Diagnstico:
-Anamnese e Histria Clnica;
-Sinais Clnicos;
-Laboratoriais: cultura e testes bioqumicos
*Faz-se 3 coletas com intervalo de 2 semanas para confirmar que no positivo.-PCR: para portadores assintomticos;
-Tratamento:
-Antibiticos: penicilina;
-Controle e Profilaxia:
-Isolamento dos animais clinicamente suspeitos;
-Isolar por 10 dias os eqinos quando estiverem sendo introduzidos numapropriedade;
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-Vacina inativada (bacterina): eficcia questionvel.
-Evitar fatores predisponentes: superlotao, misturas de grupos comidades diferentes;
-Limpeza e desinfeco de construes e equipamentos aps surtos dadoena;
08-Tuberculose
-Micobactrias do complexoM. tuberculosis:
Ex.:M. tuberculosis,M. bovis,M. africanum, M. microti,M. canettii
-Micobactrias no tuberculosas:
Ex.: Complexo MAIS (M. avium, M. intracellulare, M. scrofulaceum) eM. avium subsp. Paratuberculosis.
08.1-Tuberculose em Bovinos
-Definio: enfermidade infecto-contagiosa de evoluo crnica,provocando leses de aspecto nodular principalmente em linfonodos e pulmes.
-Hospedeiros:bovinos e bubalinos, podendo afetar o homem;
-Etiologia:
Famlia: Mycobacteriaceae
Gnero: Mycobacterium
Espcie: Mycobacterium bovis
-Caractersticas do Agente:
-No se coram por gram e sim por Ziehl Neelsen (por causa doaquecimento, o corante penetra no citoplasma);
-Crescimento lento (at 60 dias);
-Resistncia: instalaes (2 anos), fezes (2 anos), gua (1 ano),solo (2 anos), pastagens (2 anos) e carcaa (10 meses);
-Agentes inativantes: hipoclorido de sdio 5%, fenol 5%, formol7,5%, hipoclorido de clcio 5%, autoclave (120C por 20 minutos), pasteurizao lenta(65C por 30 minutos), pasteurizao rpida (74C por 20 segundos) e fervura;
-Epidemiologia:
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*Granulomas: Parte central com rea de necrose de caseificao, circundada por clulasepiteliides, clulas gigantes, linfcitos, macrfagos e camada externa de fibroblastos
-Aspecto da Leso: presena de granulomas caseosos, com a progressopode-se se denominar necrose caseosa e a calcificao dos granulomas um achadotpico.
-Sinais Clnicos:
-Assintomticos:diminuio na produo de carne e leite;
-Sintomticos:emagrecimento, hipertrofia ganglionar, dispnia etosse seca.
-Material para laboratrio:
-Formaldedo 10%: para histopatologia;
-Resfriado ou Congelado: para microbiologia;
-Diagnstico:
-Diretos (pela presena do antgeno):
-Isolamento do agente em meio de Stonebrink eidentificao bioqumica (demora muito tempo, em torno de 60 dias);
-PCR;
-Indiretos (pela resposta do animal ao antgeno):
-Tubercul inizao* :
Vantagens:
-Alta eficincia dos testes padronizados;
-Capacidade de detectar infeces recentes;
-Simplicidade de execuo dos testes.
Desvantagens:
-Possibilidade de reaes inespecficas;
-Ocorrncia de animais anrgicos;
-Exigncia de intervalo mnimo entre testes;
-Exigncia de duas visitas propriedade.
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*Anergia: ausncia de reatividade cutnea tuberculina em indivduos previamentesensibilizadosmecanismo desconhecido, em animais em estado avanado de infeco,com alta concentrao de antgeno.
Mecanismo:
-Tem-se liberao de linfocinas com posterior atrao de macrfagos para olocal e tem-se tambm alteraes vasculares causando:
-Vasodilatao;
-Eritema;
-Aumento de permeabilidade vascular (edema epidrmico, passagem defibrinognio e outras protenas plasmticas ao tecido perivascularendurao);
*A tuberculinizao s pode ser repetida depois de 60 dias
Tuberculina
-Composio da Tuberculina:
-Tubrculo-protena oriunda do cultivo deM. bovisouM. avium;
-Concentrao:
-PPD bovino: 1,0 mg/mL (32.500UI/mL);
- PPD avirio: 0,5 mg/mL (25.000UI/mL);
-Apresentao:
-PPD bovino: lquido incolor;
-PPD avirio: lquido avermelhado;
-Conservao:
-Manter sob temperatura de 2 a 8C (no congelar);
-Validade: 1 ano;
Tipos de Tuberculinizao
1-Teste da Prega Caudal:apenas teste de triagem e somente para gado de corte;
-Local de Inoculao: na prega da cauda (direita ou esquerda), 6 a 10 cmda base da cauda, na juno das peles pilosa e glabra (inocular na pele glabra);
-Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino, via intra-drmica;
-Leitura:aps 72 horas (+- 6 horas);
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-Interpretao:avaliao visual e palpao;
-Positivo:qualquer aumento de volume;
-Negativo:ausncia de reao;
2-Teste Cervical Simples:permitido em gado de leite e de corte;
-Local de Inoculao:no tero mdio da tbua do pescoo e na regio daespinha da escpula;
-Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino, via intra-drmica;
-Leitura:antes da aplicao e aps 72 horas (+- 6 horas) com cutmetro;
3-Teste Cervical Comparativo:teste confirmatrio, permitido para gado de leitee gado de corte;
-Local de Inoculao:no tero mdio da tbua do pescoo e na regio daespinha da escpula;
-Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino e 0,1mL de PPD Avirio, via intra-drmica;
-Leitura:antes da aplicao e aps 72 horas (+- 6 horas) com cutmetro;
-Interpretao:
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-Falsos Positivos:
-Animais sensibilizados por outras micobactrias;
-Sensibilizados por outras bactrias (Actinomycesspp.,Nocardiaspp.);
-Falsos Negativos:
-Casos avanados de Tuberculose (anergia);
-Casos recentes (21-42 dias);
-Vacas que pariram a menos de 6 meses;
-Animais dessensibilizados;
-Animais idosos;
-Tratamento:
-No deve ser realizado;
-No existe tratamento efetivo;
-Controle:
-Testes: animais com mais de 6 semanas de idade (teste anual);
-Sacrifcio dos positivos (por um veterinrio cadastrado ao MAPA);-Exame clnico para identificao dos anrgicos;
-Limpeza e desinfeco do ambiente;
-Rebanhos positivos: retestados a cada 90120 dias;
-Animais positivos recebem uma marcao (Pna face direita);
-Inspeo sanitria e frigorfica;
-Humanos: pasteurizao do leite, vacina BCG, controle e erradicao datuberculose bovina;
08.2-Tuberculose em Sunos
-Etiologia:Mycobacterium avium
-Leses:no encapsuladas e sem calcificao;
08.3-Tuberculose Eqina
-Etiologia:Mycobacterium bovis,M. aviumeM. tuberculosis
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-Doena rara
-Leses:sem calcificao;
08.4-Tuberculose em Pequenos Ruminantes
-Etiologia:Mycobacterium bovis e M. avium
-Leses:sem calcificao;
08.5-Tuberculose em Carnvoros
-Etiologia:Mycobacterium bovis,M. aviumeM. tuberculosis
-Doena rara;
-Leses:tubrculos tpicos no so comuns, se presentes, sem necrose de
caseificao e granulao tecidual no especfica;
Suscetibilidade
Bovinos e Bubalinos > Sunos > Aves > Caprinos e Ovinos > Ces > Gatos > Eqinos
09-Mastite
-Definio: so infeces galactognicas do bere, quase sempre epidmicas,agudas ou crnicas, que alm de provocar alteraes patolgicas na glndula mamria,
promovem alteraes nas propriedades fsico-qumicas do leite (aumento daconcentrao de cloretos, CCS e do pH e diminuio da casena e lactose);
-Formas:
-Clnica:verifica-se alteraes visveis no leite (presena de grumos, pus,sangue e leite aquoso), no bere (edema, sensibilidade, hipertermia e hiperemia) ecomprometimento sistmico;
-Subclnica: apenas possvel verificar com a contagem das clulassomticas;
-Crnica:tem-se atrofia dos alvolos, sem cura;
-Etiologia:
-Contagiosos: Staphylococcus aureus (principal), Streptococcusagalactiae, Mycoplasma bovis e outros Streptococcus(Ex.: S. uberis, S. dysgalactiae, S.
zooepidermicus, S. faecalis eS. pyogenes);
-Ambientais: Escherichia coli, Klebsiella spp, Pseudomonas spp,Pasteurella multocidae Streptococcus (no agalactiae);
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-Oportunistas: Staphylococcus coagulase negativos, Corynebacteriumspp, Arcanobacterium pyogenes, Clostridium spp, Nocardia spp, Bacillus cereus,
Levedeuras, Fungos e Algas microscpicas (Prototheca sppno tem cura);
-Caractersticas do Agente:
-Staphylococcus aureus(principal);
-Gram-positivo;
-Coagulase-positivo;
-Hemoltico;
-Patogenia:
Mastite Primria
A infeco no inicio da lactao ascendente (geralmente via galactognica)pode resultar no aparecimento da forma hiperaguda, com gangrena do bere, devido ao necrosante aguda da alfa-toxina. Durante os estgios tardios da lactao ou duranteo perodo seco, novas infeces, em geral, no so acompanhadas por reao sistmica,mas resultam na forma crnica e aguda.
Na forma aguda, o foco comea com proliferao de bactrias nos ductoscoletores e em menor extenso nos alvolos. Estes pequenos ductos so bloqueados porgrumos de fibrina, clulas somticas (leuccitos) e floculao da casena.
Pode-se ter evoluo para a forma crnica, onde h menos focos de inflamao ea reao mais branda, restringindo-se ao epitlio dos ductos. A inflamao cessa em
poucos dias e substituda por proliferaes de tecido conjuntivo em volta dos ductos(atrofia dos alvolos).
Nestes processos pode-se ter hemorragia, dando a secreo lctea, aspectopurulento-hemorrgico.
Mastite Secundria
-Tuberculose;
-Brucelose;
-Salmonelose;
-Fatores Predisponentes:
-Relacionados ao animal: Injrias ao bere, m alimentao (Ex.:deficincia de Selnio e Vitamina E que agem contra radicais livres), tetos e bere
desequilibrados (baixos, com ligamentos frgeis), problemas de casco, estgio dalactao (maior nmero de casos no incio do perodo seco e prximo a parto), traumas
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no canal galactforo (ordenha mal executada), idade do animal (vacas mais velhas estomais susceptveis), estresse, animais com deficincia imunolgica.
-Relacionados ao ambiente:umidade e sujeiras no local do parto, localde ordenha mido, sujo e mal ventilado, camas de matria orgnica, equipamentos sujos
e mal regulados, gua contaminada (para limpeza de tetos, para diluio das solues delimpeza e desinfeco), falta de padronizao dos procedimentos de ordenha, fatoresque contribuem para a reteno de leite no bere, no adoo de linha de ordenha emanejo inadequado da ordenha.
-Sinais Clnicos:
-Aumento da temperatura corprea, taquicardia, anorexia, depresso,reduo da produo lctea, leite com colorao branco-amarelado ou rosado(geralmente com grumos), inflamao dos linfonodos retromamrios, glndula mamria
apresentando concrees duras e fibrosas, hiperemia, hipertermia e sensibilidade (quedificulta a locomoo do animal e a ordenha);
-Diagnstico:
-Anamnese e Histria Clnica;
-Sinais Clnicos;
-Mtodos auxiliares:
-Indiretos:
-Exames microbiolgicos (cultura e antibiograma);
-CCS (contagem de clulas somticas);
-Diretos:
-Caneca de fundo preto;
-Verificar:
-Odor:
-Ptrido: Corynebacterium pyogenes
-Adocicado: Cetose
-Colorao:
-Amarelada: colostro ou vaca seca
-Avermelhado: sangue
-Consistncia:
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-Viscoso: colostro ou vaca seca
-Aquoso: inflamao ou vaca seca
-Determinao do pH;
-CMT (California Mastitis Test);
-Caractersticas:
-Especfico para bovinos
-Acurado quando acima de 500.000 clulas/ml
-Aumento da CCS:
-2 semanas aps o parto (colostro)
-Final de lactao (perodo seco)
-Idade do animal
-Ideal: fazer o teste no meio da ordenha ou no inicio da ordenha,
-Relao entre o CMT e CCS
-:(suspeito) formam-se estrias e desaparecem com movimentos
+:formam-se estrias (viscosidade) e no desaparecem
++: viscosa e gelificao
+++: gelificao, coagulao com massas gelatinosas
Escore Clulas Somti cas/mL
0 0200.000
- 150.000500.000
+ 400.0001.500.000
++ 800.0005.000.000
+++ >5.000.000
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*Suspeito: repetir em 24 horas
*Suspeito e +: mastite subclnica (sem muitas evidncias, mas existe a infeco)
*++ ou+++: mastite clnica (dependendo do grau)
-WMT (Wisconsin Mastitis Test)somaticell
-Citometria de fluxo (contador automtico);
-Tratamento:
-Penicilina G;
-Cloxacilina + Ampicilina;
-Espiramicina;
-Estreptomicina + Penicilina;
-Tetraciclinas;
*Na mastite subclnica o tratamento com antimicrobianos no recomendado durante alactao (exceto em Streptococcus agalactiae).
-Antiinflamatrios
-Antitrmicos-Controle e Profilaxia:
-Ambiente: manter limpo e seco os locais onde os animais permanecem(local de ordenha e camas);
-Manejo da Ordenha: conduzir os animais com calma para a ordenha,garantir que o local esteja limpo e seco, realizar o teste da caneca de fundo escuro eordenhar tetos limpos e secos com toalha de papel.
-Limpar tetos, descartar os primeiros jatos, pr-dipping, secagem dostetos, inicio da ordenha e ps-dipping.
*Pr-dipping e Ps-dipping: imerso do mamilo em Iodo 0,5%, Clorhexidine 0,2 a 0,5%ou hipoclorito de sdio 4 a 5%.
-Ao final da ordenha, garantir que os animais mantenham-se de p(fornecendo alimento);
-Vacinao:
-Mastaph (IRFA)
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-Dose: 5mL SC1 dose 2 a 3 semanas antes do parto e 2 dose 2semanas aps o parto. Em vacas lactantes 2 doses com intervalo de 3-4 semanas.
-Composio: cepa mutante daEscherichia coli J5
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Referncias Bibliogrficas
JOACHIM BEER. Doenas Infecciosas em Animais Domsticos. 2 ed. So Paulo:Editora Rocca, 1999.
D.C. BLOOD, O.M. RADOSTITS.Clnica Veterinria.7 ed. Rio de Janeiro: EditoraGuanabara Koogan, 1991.
Acesso em 20 de Maio de 2011:
http://www.scielo.br/pdf/cr/v35n1/a38v35n1.pdf
http://www.fag.edu.br/professores/vgsilva/D%E7s%20Infecciosas/4%20Geral%20-%20Tuberculose.pdf
http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL21.pdf
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