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    Ve t e r i n a r i a n Do c swww.veterinariandocs.com.br

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    Doenas Infecto-Contagiosas

    Bactrias

    01-Actinomicose

    -Etiologia:

    -Actinomyces bovis eActinomyces viscosus.

    -Caractersticas do Agente:

    -Gram positivos;

    -Crescem lentamente;

    -Aerbicos ou anaerbicos facultativos;

    -Colonizam mucosas de mamferos;

    -Actinomyces bovis: presente na orofaringe de bovinos e outrosmamferos;

    -Actinomyces viscosus: presente na cavidade oral de ces e de

    humanos;

    Actinomicose Canina

    -Causada peloActinomyces viscosus

    -Leses:abscessos subcutneos (piogranulomas e podem conter grnulosamareladosgrnulos de enxofre), piotrax, peritonite, artrite sptica e osteomielite,.

    -Sinais Clnicos:dispnia;

    -Tratamento:penicilinas

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    Actinomicose Bovina

    -Causada peloActinomyces bovis;

    -Leso: osteomielite rarefaciente crnica, afetando ossos como a

    mandbula e o maxilar (menos comum);-Patogenia:Actinomyces bovis invade o tecido aps trauma na mucosa

    por alimentos speros ou pelo alvolo dental durante a erupo dos dentes. Huma tumefao ssea indolor nos ossos afetados, aumentando de volume em um

    perodo de vrias semanas. O aumento de volume torna-se doloroso,desenvolvendo um trato fistuloso e descarregando exsudato purulento. Podehaver tambm a disseminao para tecidos moles, envolvimento mnimo doslinfonodos regionais.

    -Diagnstico:-Sinais Clnicos (em casos avanados);

    -Radiografia (verifica-se o grau de destruio ssea);

    -Exsudatos, aspirados e amostras de tecidos para cultura ehistopatologia;

    -Colorao: colorao de gram;

    -Tratamento:

    -Cirurgia (quando as leses so pequenas);

    -Antibiticos: terapia prolongada com Penicilinas;

    -Iodeto de Potssio (1g/12kg de PV);

    -Isoniazida (VO por 30 dias);

    02-Actinobacilose

    -Etiologia: Actinobacillus lignieresii, Actinobacillus pleuropneumoniae,Actinobacillus equuli, Actinobacillus suis eActinobacillus seminis.

    -Caractersticas do Agente:

    -Bacilos Gram-negativos;

    -Anaerbios facultativos;

    -Comensais de mucosas do trato respiratrio superior e cavidade oral

    02.1-Actinobacillus lignieresii

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    -Bovinos:causa leses na lngua, nos linfonodos, no rmen e na pele;

    -Inflamao piogranulomatosa crnica de tecidos moles. Aprincipal manifestao clnica o endurecimento da lngua (lngua de pau);

    -Doena espordica;-Patogenia: h a penetrao dos microorganismos em tecidos

    moles atravs de eroses e laceraes da mucosa e da pele. H ento uma respostapiogranulomatosa localizada que se dissemina via linftica para os linfonodos regionaiscausando uma linfadenite piogranulomatosa;

    -Sinais Clnicos:timpanismo intermitente (por leso no esfago),linfadenite retrofarngea, disfagia, respirao ostertosa, leso piogranulomatosa emlinfonodos, leses podem se tornar ulceradas e contaminar o ambiente.

    -Diagnstico:

    -Sinais Clnicos (endurecimento da lngua);

    -Histria Clnica (pastoreio em pastagens secas, sperasque possam causar leses);

    -Esfregao do Exsudato/Grnulos: tritura-se os grnulos,faz a colorao de gram e verifica-se bacilos gram-negativos ao microscpio ptico.

    -Isolamento: bactria cresce em meio de Agar-sangue 37Cforma-se colnias translcidas, lisas e brilhantes.

    -Tratamento:

    -Iodeto de potssio (VO ou Parenteral);

    -Sulfonamidas;

    -Penicilina em associao com Estreptomicina;

    -Isoniazida VO por 30 dias

    -Controle:

    -Evitar alimentos ou pastagens speras que possamlesionar a mucosa.

    -Ovinos: causa leses na pele;

    02.2-Actinobacillus pleuropneumoniae

    -Sunos: causa pleuropneumonia;

    02.3-Actinobacillus seminis

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    -Carneiro: causa epididimite;

    -Cordeiros: causa poliartrite;

    02.4-Actinobacillus equuli

    -Potros: causa septicemia e enterite;

    -Leites: causa septicemia;

    -Sunos: causa atrite e enterite;

    -gua: causa aborto;

    -Bezerros: causa enterite;

    02.5-Actinobacillus suis

    -Leites e Potros: causa septicemia e pneumonia;

    -Sunos e Eqinos: causa pneumonia

    03-Clostridioses

    -Caractersticas dos Agentes:

    -Gram positivos;

    -Esporulados;

    -Anaerbios;

    -Divididos em 3 grupos: Clostrdeos neurotxicos, Clostrdeoshistotxicos e Clostrdeos enterotxicos.

    03.1-Clostrdeos Neurotxicos

    03.1.1-Ttano

    -Etiologia:Clostridium tetani-Hospedeiros:muitas espcies, inclusive o ser humano

    -Suscetibilidade:eqinos > humanos > ruminantes > sunos > carnvoros

    *Aves so resistentes;

    -Patogenia:os endsporos so inoculados nos tecidos por traumatismos. A presena detecido necrtico, de corpos estranhos e microorganismos anaerbios facultativos emferidas pode criar condies de anaerobiose nos quais os esporos de Clostridium tetani

    podem germinar. O esporos produzem 2 tipos de exotoxinas: a tetanoespasmina ehemolisina.

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    -Tetanoespasmina: responsvel pelo aparecimento dos sinais clnicos. Age naspr-sinapses dos neurnios motores, bloqueando a liberao de neurotransmissores(principalmente a glicina).

    -Hemolisina: responsvel pela necrose tecidual e favorece a multiplicao do

    endsporo.

    -Sinais Clnicos:

    -PI: 5 a 10 dias, mas pode durar at 3 semanas;

    -Ttano latente: ocorre depois que h cicatrizao da ferida (tem-se sinaisclnicos retardados);

    -A severidade dos sinais clnicos depende: do local da leso, quantidade detoxina produzida e suscetibilidade das espcies.

    -Sinais Clnicos: rigidez, espasmos localizados, freqncia cardaca erespiratria alteradas, disfagia, expresso facial alterada, estmulos auditivos e tteis

    precipitam contraes clnicas dos msculos, rigidez generalizada (aspecto decavalete);

    -Diagnstico:

    -Sinais Clnicos;

    -Esfregao da leso: verifica-se bastonetes em forma de raquete;

    -Inoculao experimental em camundongos;

    -Tratamento:

    -Antitoxina EV (por 3 dias);

    -Toxides (estimula a resposta imune);

    -Penicilina (em grandes doses);

    -Local: lavagem, debridamento cirrgico e aplicao de perxido de hidrogniona ferida (proporciona condies aerbicas);

    -Animais afetados devem ficar isolados em locais silenciosos, escuros e devemreceber reposio de fludo, sedativos e relaxantes;

    -Controle:

    -Vacinao (com toxide tetnico) fazer reforo quando animal apresentarferimento profundo;

    -Imediato debridamento da ferida quando houver;

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    dilatao das pupilas, mucosas secas, constipao, temperatura normal e animal noperde a sensibilidade.

    -Em aves:

    -Postural anormal da cabea (flacidez de pescoo), olhos fechados, asasfechadas, pernas esticadas abaixo do corpo.

    -Diagnstico:

    -Sinais Clnicos;

    -Histria Clnica (histrico de alimentao com carcaas);

    -Inoculao em camundongos (demonstrao da toxina);

    -PCR;

    -ELISA;

    -Tratamento:

    -Anti-soro polivalente;

    -Tetraetilamida e Hidrocloridrato de Guanidina (melhoram a liberao deneurotransmissores): EV

    -Animais moderadamente afetados podem se recuperar espontaneamente.

    -Controle:

    -Vacinao (com toxides);

    -No fornecer alimentos suspeitos;

    -Eliminao de fontes de intoxicao;

    03.2-Clostrideos Histotxicos

    03.2.1-Carbnculo Sintomtico

    -Sinnimos:black leg, perna negra ou peste da manqueira

    -Etiologia:Clostridium chauvoei

    -Hospedeiros:bovinos e ovinos

    *Infeco geralmente endgena, sendo que os esporos so ativados por lesotraumtica;

    -Patogenia:o agente penetra no organismo pela ingesto de esporos que esto no solo echega via hematgena ao tecido muscular, onde, ao encontrar condies timas de

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    desenvolvimento (hematomas, leses, rompimentos e necrose), localiza-se e formatoxinas e gs. Estes provocam o aparecimento do edema gasoso inflamatrio (celulitegangrenosa e miosite), que se estendem por massas musculares maiores. Os produtos dedecomposio do tecido e as toxinas do agente provocam febre e alterao da atividadecardaca e da respirao.

    *As grandes massas musculares de membros, do dorso e do pescoo so as maisafetadas;

    -Sinais Clnicos:

    Forma Superaguda: de 8 a 12 horas;

    Forma Aguda: de 36 a 72 horas;

    -Claudicao, edema, tumores enfisematosos com crepitao (por acmulo de

    gs), dispnia, morte sbita (por leso no miocrdio e diafragma) e elevao datemperatura.

    -Necropsia:

    -Rigidez cadavrica, leso local nas grandes massas musculares (necrose eenfisema), lquido citrino ou sanguinolento nas cavidades, sangue escuro e coagulado,fgado congesto e bao normal ou diminudo.

    03.2.2-Edema Maligno

    -Infeco exgena e necrosante de tecido mole.

    -Pode surgir a infeco a partir de contaminao de feridas, leses no parto e locais deinjeo.

    -Etiologia:Clostridium septicum embora possa ocorrer em associao comClostridiumchauvoei, Clostridium sordellii, Clostridium novyi tipo A e Clostridium perfringens tipoA.-Leso:celulite com mnima formao de gangrena e gs;

    -Patogenia:semelhante ao Clostridium chauvoei-Sinais Clnicos:

    -Edema tecidual local;

    -Frieza e descolorao da pele;

    -Depresso e prostrao;

    -Morte pode ser rpida quando as leses so extensas;

    -Tratamento:

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    -Cirrgico;

    -Antibiticos: penicilinas, oxitetraciclinas e cloranfenicol (na fase inicial);

    -Inciso do edema e inoculao de perxido de hidrognio ou manganato de

    potssio;

    03.2.3-Gangrena Gasosa

    -Infeco exgena e necrosante de tecido mole.

    -Etiologia: Clostridium perfringens tipo A, embora possa ocorrer em associao comClostridium chauvoei, Clostridium sordellii, Clostridium novyi tipo A.

    -Sinais Clnicos:semelhantes ao Edema Maligno;

    03.2.4-Cabea Inchada

    -Etiologia:Clostridium novyitipo A

    -Ocorre em ovinos devido brigas;

    -Leso: aumento de volume edematoso em tecidos subcutneos da cabea e do trax;

    03.2.5-Febre Carbuncular (edema maligno de abomaso ou braxy)

    -Etiologia:Clostridium septicum

    -Hospedeiros: ovinos jovens;

    -Patogenia:os esporos so ingeridos ao comer pastagens contaminadas e congeladas(causando leso ao abomaso). Ento produzida uma desagregao e inflamaosubclnica da mucosa do abomaso, o que permite a entrada do agente. Comoconseqncia da intensa multiplicao dos micrbios e da rpida formao de toxina, instaurada, no prazo de poucas horas, uma afeco enfisematosa que, partindo doabomaso e intestino delgado, estende-se a todo o organismo e apresenta evoluorapidamente fatal.

    -Sinais Clnicos:

    -Apatia, recusam alimento, rangem os dentes, apresentam dispnia, clica,edema, timpanismo, diarria e sada pela boca de espuma sanguinolenta.

    03.2.6-Hepatite Necrtica Infecciosa (hepatite necrosante)

    -Sinnimos:doena negra ou Black disease

    -Hospedeiros:ovinos e raramente bovinos e sunos;

    -Etiologia:Clostridium novyi tipo B

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    -Patogenia: o agente ingressa com o alimento ou gua. Os esporos chegam viahematgena ao fgado, sem que se manifestem sinais da doena. Quando, comoconseqncia da migrao de parasitas hepticos (Dicrocoelium lanceolatum,Cysticercus tenuicollis e Fasciola heptica) ocorre uma necrose que propicia umambiente anaerbico local. Ento h a instalao do clostrdeo com produo de toxinasas quais vo afetar a pele, causando congesto cutnea (manchas pretas)

    03.2.7-Hemoglobinria Bacilar

    -Etiologia:Clostridiumhaemolyticium

    -Leso:Fasciola hepatica causa reas de fibrose e satura O2, facilita a instalao deClostridiumhaemolyticiume tem-se hemoglobinria (causada por grande hemlise porao da exotoxina), ictercia e rea grande de infarto.

    *Os endsporos esto em latncia no fgado (clulas de Kupffer).-Diagnstico Geral:

    -Imunofluorescncia

    -Cultivo: difcil;

    -PCR: para Clostridium chauvoei

    -Material para Laboratrio: msculos afetados ou tecido heptico;

    03.3-Clostrdeos Enterotxicos

    O modelo de produo da toxina varia com cada tipo de Cl.perfringens edetermina a sndrome clinica observada

    Fatores que predispem o aparecimento de enterotoxemias em ovinos:

    -Baixa atividade proteoltica no intestino de neonatos.

    -Presena de inibidores da tripsina no colostro.

    -Baixas taxas de secreo pancretica.

    -Estabelecimento incompleto da microbiota intestinal normal emneonatos.

    -Influncia da dieta em animais mais velhos.

    -Mudanas bruscas para uma alimentao mais rica.

    -Dieta hipercalrica.

    -Hipomotilidade intestinal em funo de excesso de alimentao.

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    03.3.1-Disenteria em Ovinos

    -Etiologia:Clostridium perfringens tipo B

    -Hospedeiros:ovinos recm-nascidos;

    -Sinais Clnicos:distenso abdominal, dor e febre.

    -Leses:

    -Enterite hemorrgica com reas de ulcerao no intestino delgado;

    -Acmulo de lquido nas cavidades (toxina leva aumento da permeabilidadevascular);

    03.3.2-Doena do Rim Pulposo

    -Etiologia:Clostridium perfringens tipo D

    -Sinnimos: doena da superalimentao

    -Doena se desenvolve pela ingesto rica em gros (carboidratos) que um substratopara a proliferao de clostrdeos;

    -Hospedeiros:ovinos

    -Sinais Clnicos:

    Cordeiros: apatia, opisttono, convulses, cegueira e head-pressing,

    Adultos: diarria e andar cambaleante

    -Necropsia: reas hipermicas no intestino, hidropericrdio, rpida autlise do rim,encefalomalcia focal simtrica e hemorragias simtricas nos gnglios basais e nomesencfalo;

    -Diagnstico Geral

    -Clnico;

    -Esfregao: de mucosas ou do contedo intestinal (verificar bacilos gramnegativos);

    - Teste de neutralizao de toxina em camundongos;

    -ELISA: para demonstrao da toxina;

    -Material para laboratrio: fragmentos do intestino e contedo;

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    04-Leptospirose

    -Etiologia:gnero Leptospira, espcies (L. borgpetersenii, L. fainei, L. inadai,L. kirschneri, L. meyeri, L. noguchii, L. santarosai, L. weilii, L. alexandere, L.

    interrogans eL. biflexa)

    -Diviso:

    -Compleo Interrogans: leptospiras patognicas com 23 sorogrupos commais de 250 sorovares;

    Ex.: L. icterohaemorrhagiae, L. gripptyphosa, L.canicola,L.pomona, L. hardjo, L. bratislava, L. tarassovi eL. wolffi

    -Complexo Biflexa: leptospiras no patognicas;

    -Hospedeiro:todos os animais so suscetveis;

    -Caractersticas do Agente:

    -Forma: espiroquetas;

    -Mveis;

    -Aerbios estritos;

    -Sensibilidade: so sensveis ao ressecamento, congelamento, calor (50C

    por 10 minutos), sabo, detergentes, cidos biliares e putrefao. No ambiente soresistentes em ambientes midos, quentes e de neutro alcalino.

    -Epidemiologia:

    -Afeta animais domsticos, selvagens e humanos;

    -Principais hospedeiros:

    -Roedores;

    -Carnvoros selvagens;-Leptospira interrogans: presente nos tbulos renais de

    mamferos;

    -Hospedeiros adaptado ao sorovar (hospedeiros de manuteno);

    -Hospedeiro no adaptado ao sorovar (hospedeiro incidental);

    -Transmisso:

    -Urina, excrees genitais, fetos abortados, contaminando gua,alimentos e fmites.

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    -Portas de Entrada: via orofarngea, ocular, genital, pulmonar e pele.

    -Patogenia:

    Fase Leptospirmica:

    As leptospiras penetram ativamente no organismo devido ao seu prpriomovimento, alcanando a corrente sangunea. Via hematgena, alcanam outros rgose no fgado se multiplicam. Os agentes so encontrados no sangue e rgos

    parenquimatosos aos 8 dias aps infeco (fase septicmica).

    Fase Leptospirrica:

    A partir disso, leptospiras comeam a ser destrudas na correntesangunea (fase txica) por anticorpos e se localizam nos tbulos renais. Devido as

    leptospiras produzirem lpases, liberam do tecido adiposo cidos graxos os quais so

    hemolticos e citolticos (alteraes degenerativas).

    *Eliminao na urina: ocorre em sunos e bovinos;

    Aborto e complicaes reprodutivas (retorno ao cio, natimortos, nascimento deanimais fracos) ocorre quando h infeco dos fetos na fase de leptospiremia da me.

    Leptospira pomona produz exotoxina hemoltica, que causa uma anemiahemoltica.

    04.1-Leptospirose em Bovinos

    -Etiologia: -Leptospira hardjo

    -Leses:aborto, mastite (bere flcido, dor e indcios de sangue no leite);

    -Leptospira pomona, L. bratislava, L. wolffi, L.icterohaemorrhagiae

    -Leses:aborto, pirexia (em animais jovens), hemoglobinria, ictercia,anemia e anorexia.

    *Os abortos acontecem geralmente no tero final da gestao e os fetos apresentam-seautolisados e ictricos.

    -Morbidade:entre 3 e 30%;

    -Letalidade:100%;

    -Diagnstico:

    -Anamnese e Histrica Clnica (baixa eficincia reprodutiva,presena de roedores e precipitao pluviomtrica);

    -Sinais Clnicos;

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    -Laboratorial:

    -Cultivo e Identificao;

    -Inoculao em animais sensveis (hamsters);

    -Exame direto;

    -Microscpio de campo escuro (rotina para urina);

    -Histopatologia (colorao de prata);

    -IF e PCR;

    -Sorologia:

    -ELISA;

    -Teste da aglutinao microscpica (teste sensvele especfico);

    -Fixao do complemento;

    -Material para laboratrio:

    -Animais vivos: sangue, urina, LCR e lquidos uterinos;

    -Animais mortos: rins, fgado, fetos, pulmo, crebro e

    olhos.

    -Tratamento:

    -Antibiticos:

    Estreptomicina:

    -Bovinos: 5-10mg/kg IM

    -Sunos: 25-30mg/kg IM 2 aplicaes separadas

    por 2/3 dias;-Caninos: 50mg/kg IV por 3-6 dias;

    Tetraciclina:

    -Bovinos: 5-10mg/kg IM

    Penicilina G:

    -Bovinos: 10.000-15.000UI/kg IM

    Fluorquinolonas;

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    -Etiologia: Brucella sp.

    -Caractersticas do Agente:

    -Coco-bacilo gram negativo;

    -Ziehl-Neelsen modificado positivo;

    -Colnias lisas (possuem antgeno de superfcie A ou M) e colniasrugosas (antgeno REx.:Brucella canis);

    -Lipopolissacardeo*: esto ligadas diretamente patogenicidade;

    -Lisas: possuem na membrana externa;

    -Rugosas: no possuem (menos patognicas):

    -Resistncia: luz solar direta (5 horas), solo seco (4 dias), solo mido (66dias), fezes (120 dias), gua potvel (entre 5 e 144 dias), gua poluda (entre 30 e 150dias), feto sombra (180 dias), exsudato uterino (200 dias), temperatura 60C (10minutos) e temperatura 71,7C (15 segundos);

    Espcie Biotipos Hospedeiro Hospedeiro Ocasional

    B. abortus 8 Bovinos Ovinos, caprinos, sunos, eqinos e humanos

    B. mel itensis 3 Caprinos e Ovinos Bovinos e Humanos

    B. suis 5 Sunos Humanos

    B. ovis Ovinos

    B. canis Caninos Humanos

    B. neotomae N. lpida

    B. mari s Focas e Golfinhos

    *B. suis, B. melitensis e B. abortus podem ter reao cruzada e B. canis e B. ovistambm tem reao cruzada.

    05.1-Brucelose em Humanos

    -Etiologia:B. abortus,B. suis,B. melitensiseB. canis.

    -Transmisso: contato com excrees ou secrees de animaisinfectados, leite e derivados no pasteurizados, leses na pele, ingesto einalao.

    -Sinais Clnicos:pirexia flutuante, mal-estar, fadiga e dores musculares earticulares;

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    *No causam aborto em humanos porque os humanos no produzem o eritritol,substncia a qual a bactria tem tropismo.

    05.2-Brucelose em Bovinos

    -Etiologia:Brucela abortus-Cadeia de Transmisso:

    -Fonte de Infeco: animais infectados;

    -Vias de Eliminao: fetos e anexos fetais, secrees vaginais,leite, smen, fezes e urina;

    -Vias de Transmisso: gua, pastagem e fmites contaminados,smen, leite e derivados crus.

    -Porta de Entrada:orofarngea, mucosas (conjuntiva, respiratriae genital), pele com soluo de continuidade.

    -Suscetveis:mamferos domsticos e silvestres e humanos

    -Patogenia:

    As brucelas que penetraram no corpo alcanam a corrente sangunea e o sistemavascular linftico aps ter superado os gnglios linfticos regionais, podendo

    permanecer neles por 10 a 21 dias. Este estgio bactermico expresso por elevao da

    temperatura corprea. Os agentes chegam a distintos rgos via hematgena eproduzem, neles, alteraes inflamatrias. Os principais rgos afetados so:linfonodos, bao, fgado, tero, bere e articulaes. O tero e a mama dos animaisgestantes constituem um meio especialmente favorvel para a multiplicao das

    brucelas. No curso da infeco so formados anticorpos como conseqncia do estmuloantignico e estes anticorpos (17-S e 9-S) so utilizados para o diagnstico (fixao docomplemento ou precipitinas);

    -Patogenia na Fmea:

    As brucelas tm tropismo pelo tero gestante e placenta, causando umaplacentite necrtica (principalmente nos cotildones), levando ao aborto, natimortos ounascimento de bezerros fracos (depende da poca que a brucela atinge o feto). Pode-seter tambm reteno de placenta, endometrite e infertilidade.

    -Patogenia no Macho:

    As brucelas tm tropismo pelos rgos do sistema reprodutivo (testculos,epiddimo, vesculas seminais e ampolas seminais), causando orquite uni ou bilateral,epididimite, vesiculite ou infertilidade. Ou pode se tornar crnico, sendo assintomtico.

    -Sinais Clnicos:

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    -Vacas: abortos, reteno de placenta e metrite;

    -Touros: orquites e epididimites;

    -Geral: higromas (acmulo de lquido nas articulaes) e artrite.

    -Diagnstico:

    -Mtodos Diretos:

    -Pesquisa de antgenos;

    -Isolamento do agente em meio de cultura e identificaobioqumica;

    Meio de Farrell: Agar triptose + soro (5%) +antibiticos (polimixina B, bacitracina, cicloheximide, nistatina, cido nalidxico evancomicina);

    -PCR;

    -Mtodos Indiretos:

    -Pesquisa de anticorpos;

    -Infeco por brucelas lisas induzem anticorpos anti-brucelas lisas: reao cruzada entre: B. abortus, B. melitensis

    e B. suis.-Infeco por brucelas rugosas induzem anticorpos anti-

    brucelas rugosas: reao cruzada entre:B. canis e B. ovis.

    -Provas Oficiais:

    Teste de triagem diagnstica:

    Teste do Antgeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa de Bengala;

    - um teste de rotina.

    -30l soro + 30l do reagente;

    Teste confirmatrio de diagnstico:

    Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME - 2-Mercaptoetanol + Soroaglutinao Lenta)

    Teste de referncia para trnsito internacional:

    Teste de Fixao de Complemento (FC);

    -IgG tipo 1;

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    Teste para vigilncia epidemiolgica:

    Teste do Anel em Leite (TAL);

    -Tem resultados falso-positivos em vacas com mastite, leite com sangue ou

    colostro;-Vacinao:

    -Vacina B19:

    -Amostra B19B. abortus,lisa, viva atenuada;

    -Aplicao em bezerras entre 3 e 8 meses de idade (preferencialmente at os 6meses);

    -Cuidados na aplicao: patognica para o homem.

    -Vacina RB51:

    -Amostra rugosa viva atenuada deBrucella abortus;

    -No interfere nas provas sorolgicas oficiais;

    -Vacina oficial nos EUA e Chile;

    -Uso permitido, juntamente com B19, na Colmbia, Mxico, Costa Rica,Paraguai e Venezuela;

    -EUA: vacinao de bovinos entre 4 a 12 meses de idade;

    -Outros pases: revacinao aps 12 meses;

    -Proteo semelhante B19;

    -Recomendaes:

    -Fmeas adultas que nunca foram vacinadas;

    -Falha na imunidade do rebanho (FOCO), com eliminao dos animaisreagentes ao teste, seguido de vacinao dos restantes;

    -Situaes de alto risco de infeco;

    -Vacinaes estratgicas;

    -No deve ser utilizada em machos e fmeas prenhes;

    -Cuidados na aplicao;

    -No pode ser usada fora das especificaes;

    -Potencialmente patognica para o homem;

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    -Controle e Profilaxia:

    Educao sanitria, vacinao, rotina de testes sorolgicos, abatesanitrio ou destruio dos animais reagentes, desinfeco das instalaes edestruio de restos placentrios, fetos abortados e secrees, piquetes

    maternidade, quarentena de animais introduzidos no rebanho e exame de sadedas pessoas envolvidas.

    05.3-Brucelose em Ovinos e Caprinos

    -Etiologia:Brucela melitensis

    -Caprinos a doena mais severa e prolongada, mais suscetveis;

    -Sinais Clnicos: altas taxas de aborto, orquite, higromas e artrites;

    -Diagnstico: sinais clnicos, Ziehl Neelsen Modificado, isolamento,testes sorolgicos;

    -Vacinao: vacina viva modificada de aplicao via subcutnea ouconjuntival em caprinos e cordeiros com at 6 meses de idade;

    05.4-Brucelose em Caninos

    -Etiologia:Brucela canis

    -Forma rugosa: baixa virulncia, infeces moderadas ou assintomticas;

    -Sinais Clnicos:abortos, diminuio da fertilidade, reduo no tamanhodas ninhadas e mortalidade neonatal;

    -Ces machos:infertilidade, orquite e epididimite;

    -Diagnstico: teste rpido de aglutinao em lmina, teste confirmatriode aglutinao em tubo e imunodifuso em gar gel;

    -Tratamento:combinao de tetraciclinas e aminoglicosdeos;

    -Vacinao: no existem vacinas e o controle a retirada dos animaisinfectados dos cruzamentos;

    06-Staphylococcus

    -Etiologia: Staphylococcus aureus, Staphylococcus intermedium eStaphylococcus hycus;

    -Caractersticas do Agente:

    -Gram-positivos;

    -Anaerbicos facultativos, imveis e catalase positivo;

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    -Comensais de mucosas e pele;

    -Causam infeces piognicas (leses supurativas);

    -A produo de coagulase importante indicador de patogenicidade (pois

    protege das clulas fagocitrias);-Fatores de Virulncia: enzimas (lpase, estearase, elastase,

    estafiloquinase, desoxiribonuclease, hialuronidase e fosfolipase), protena A, cpsula,cidos teicicos, leucocidina, alfa-toxina ou alfa-hemolisina, beta-toxina ou beta-hemolisina, toxinas esfoliativas, enterotoxinas e toxina da sndrome do choque txico.

    -Doenas:

    06.1-Staphylococcus aureus

    -Bovinos:mastite e impetigo no bere;

    -Ovinos: mastite, piema pelo carrapato, foliculite benigna (cordeiros) edermatite;

    -Caprinos:mastite e dermatite;

    -Sunos:botriomicose da glndula mamria e impetigo na glndula mamria;

    -Equinos:botriomicose do cordo espermtico e mastite;

    -Carnvoros: pioderma, endometrite, cistite, otite externa e outras condiessupurativas;

    -Aves domsticas: artrite e septicemia (perus), pododermatite ulcerativa eonfalite.

    *Botriomicose: infeco bacteriana crnica, granulomatosa, supurativa, que afeta apele.

    06.2-Staphylococcus intermedius

    -Bovinos:mastite (rara)

    -Carnvoros: pioderma, endometrite, cistite, otite externa e outras condiessupurativas;

    06.3-Staphylococcus hycus

    -Bovinos: mastite (rara);

    -Sunos:Epidermite exsudativa (eczema mido) e artrite;

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    -Definio: uma dermatite seborreica generalizada ou localizada.Atinge principalmente leites nas primeiras semanas de vida criados emconfinamentos sob condies de higiene deficiente.

    -Porta de Entrada: a bactria no invasiva e necessita de leses na

    pele. Estas leses podem ser causadas pelo ato de marcar leites, do corte de dentes, dacastrao, do corte de cauda e de brigas entre leites.

    -Patogenia:Staphylococcus hyicus multiplica-se no sangue, espalhando-se por todo o organismo e atingindo principalmente os rins, fgado, articulaes, sistemanervoso e pele. Assim tem-se 2 formas de manifestao clnica: forma localizadacrnica e forma generalizada aguda.

    -Sinais Clnicos:

    -Forma Generalizada:-Febre, apatia, desidratao, perda de peso, diarria,

    leites procuram ficar amontoados, vesculas pelo corpo que podem se romperemliberando lquido e formando crostas marrons. O corpo dos leites cobre-se com umexsudato gorduroso e mal cheiroso e os animais no apresentam prurido.

    -Forma Localizada:

    -Pequenas reas circunscritas na pele, recobertas porcrostas escamosas localizadas principalmente nas regies dorsal e lateral do corpo.

    -Diagnstico:

    -Anamnese e Histria Clnica;

    -Sinais Clnicos (leses caractersticas);

    -Swabdas leses e material (rins e linfonodos);

    -Tratamento:

    -Antibiticos: penicilinas;-Tpico: anti-spticos;

    -Melhoria de higiene nas instalaes;

    -Diagnstico Geral:

    -Material para laboratrio:exsudato e leite (em casos de mastite);

    -Tcnicas: esfregao e colorao de gram;

    -Meios de Cultivo:Agar-sangue (aps 24 horas e 37C verifica-se colnias lisas,brilhantes, circulares com bordos lisos e hemolticas e algumas espcies podem ter

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    pigmentao amarela) e MacConkey (Staphylococcus no cresce pois uma grampositiva);

    -Meio Seletivo de Cultivo:Agar-manitol;

    -Identificao Definitiva:prova da coagulase ou por fagotipagem;

    07-Streptococcus

    -Etiologia: Streptococcus pyogenes, Streptococcus suis, Streptococcus canis eStreptococcus equi.

    -Caractersticas do Agente:

    -Cocos gram-positivos;

    -Fastidiosos (difcil cultivo);-Anaerbios facultativos, imveis e catalase negativo;

    -Comensais de mucosas;

    -Causam infeces piognicas;

    -Streptococcus beta-hemolticos so mais patognicos que os alfa-hemolticos;

    -Fatores de Virulncia: enzimas e exotoxinas (estreptolisinas,hemolisinas, hialuronidase, DNase, NADase, estreptoquinase e proteases) e cpsulas

    polissacardicas e protena M (so antifagocitriasescape do sistema imune);

    -Streptococcus suispode causar meningite em humanos;

    -Doenas:

    -Primrias:garrotilho;

    -Secundria:pneumonia estreptoccica aps infeco viral;

    -Septicemias neo-natais:associadas a infeco no trato genital materno;

    -Streptococcus pyogenes (humano): eventualmente causa mastite bovina,tonsilite em ces e linfangite em potros.

    -Streptococcus canis: septicemia neonatal, muitas condies supurativas,sndrome do choque txico.

    07.1-Garrotilho

    -Etiologia:Streptococcus equi

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    -Doena:doena febril altamente contagiosa que acomete eqinos, envolvendoo trato respiratrio superior e formando abscessos nos linfonodos regionais. Podedesenvolver um estgio crnico de portador convalescente, com as bactrias presentesna bolsa gutural.

    -Epidemiologia:

    -Geralmente acomete animais jovens;

    -Agrupamento de eqinos para vendas, apresentaes e corridasaumentam o risco da infeco.

    -Transmisso:exsudato purulento do trato respiratrio superior ou das descargasde abscessos.

    -Sinais Clnicos:

    -PI: entre 3 e 6 dias;

    -Febre alta, depresso, anorexia, descarga culo-nasal (torna-sepurulenta), linfadenite e sensibilidade dolorosa em linfonodos da cabea e pescoo e oslinfonodos submandibulares afetados podem, eventualmente, romper-se descarregandomaterial purulento, empiema das bolsas guturais e morte por pneumonia, envolvimentoneurolgico, asfixia devido a presso na laringe pelos linfonodos aumentados ou

    prpura hemorrgica.

    *Garrotilho Bastardo:abscessos se desenvolvem em muitos rgos, complicao sriaem cerca de 1% dos animais afetados.

    -Diagnstico:

    -Anamnese e Histria Clnica;

    -Sinais Clnicos;

    -Laboratoriais: cultura e testes bioqumicos

    *Faz-se 3 coletas com intervalo de 2 semanas para confirmar que no positivo.-PCR: para portadores assintomticos;

    -Tratamento:

    -Antibiticos: penicilina;

    -Controle e Profilaxia:

    -Isolamento dos animais clinicamente suspeitos;

    -Isolar por 10 dias os eqinos quando estiverem sendo introduzidos numapropriedade;

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    -Vacina inativada (bacterina): eficcia questionvel.

    -Evitar fatores predisponentes: superlotao, misturas de grupos comidades diferentes;

    -Limpeza e desinfeco de construes e equipamentos aps surtos dadoena;

    08-Tuberculose

    -Micobactrias do complexoM. tuberculosis:

    Ex.:M. tuberculosis,M. bovis,M. africanum, M. microti,M. canettii

    -Micobactrias no tuberculosas:

    Ex.: Complexo MAIS (M. avium, M. intracellulare, M. scrofulaceum) eM. avium subsp. Paratuberculosis.

    08.1-Tuberculose em Bovinos

    -Definio: enfermidade infecto-contagiosa de evoluo crnica,provocando leses de aspecto nodular principalmente em linfonodos e pulmes.

    -Hospedeiros:bovinos e bubalinos, podendo afetar o homem;

    -Etiologia:

    Famlia: Mycobacteriaceae

    Gnero: Mycobacterium

    Espcie: Mycobacterium bovis

    -Caractersticas do Agente:

    -No se coram por gram e sim por Ziehl Neelsen (por causa doaquecimento, o corante penetra no citoplasma);

    -Crescimento lento (at 60 dias);

    -Resistncia: instalaes (2 anos), fezes (2 anos), gua (1 ano),solo (2 anos), pastagens (2 anos) e carcaa (10 meses);

    -Agentes inativantes: hipoclorido de sdio 5%, fenol 5%, formol7,5%, hipoclorido de clcio 5%, autoclave (120C por 20 minutos), pasteurizao lenta(65C por 30 minutos), pasteurizao rpida (74C por 20 segundos) e fervura;

    -Epidemiologia:

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    *Granulomas: Parte central com rea de necrose de caseificao, circundada por clulasepiteliides, clulas gigantes, linfcitos, macrfagos e camada externa de fibroblastos

    -Aspecto da Leso: presena de granulomas caseosos, com a progressopode-se se denominar necrose caseosa e a calcificao dos granulomas um achadotpico.

    -Sinais Clnicos:

    -Assintomticos:diminuio na produo de carne e leite;

    -Sintomticos:emagrecimento, hipertrofia ganglionar, dispnia etosse seca.

    -Material para laboratrio:

    -Formaldedo 10%: para histopatologia;

    -Resfriado ou Congelado: para microbiologia;

    -Diagnstico:

    -Diretos (pela presena do antgeno):

    -Isolamento do agente em meio de Stonebrink eidentificao bioqumica (demora muito tempo, em torno de 60 dias);

    -PCR;

    -Indiretos (pela resposta do animal ao antgeno):

    -Tubercul inizao* :

    Vantagens:

    -Alta eficincia dos testes padronizados;

    -Capacidade de detectar infeces recentes;

    -Simplicidade de execuo dos testes.

    Desvantagens:

    -Possibilidade de reaes inespecficas;

    -Ocorrncia de animais anrgicos;

    -Exigncia de intervalo mnimo entre testes;

    -Exigncia de duas visitas propriedade.

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    *Anergia: ausncia de reatividade cutnea tuberculina em indivduos previamentesensibilizadosmecanismo desconhecido, em animais em estado avanado de infeco,com alta concentrao de antgeno.

    Mecanismo:

    -Tem-se liberao de linfocinas com posterior atrao de macrfagos para olocal e tem-se tambm alteraes vasculares causando:

    -Vasodilatao;

    -Eritema;

    -Aumento de permeabilidade vascular (edema epidrmico, passagem defibrinognio e outras protenas plasmticas ao tecido perivascularendurao);

    *A tuberculinizao s pode ser repetida depois de 60 dias

    Tuberculina

    -Composio da Tuberculina:

    -Tubrculo-protena oriunda do cultivo deM. bovisouM. avium;

    -Concentrao:

    -PPD bovino: 1,0 mg/mL (32.500UI/mL);

    - PPD avirio: 0,5 mg/mL (25.000UI/mL);

    -Apresentao:

    -PPD bovino: lquido incolor;

    -PPD avirio: lquido avermelhado;

    -Conservao:

    -Manter sob temperatura de 2 a 8C (no congelar);

    -Validade: 1 ano;

    Tipos de Tuberculinizao

    1-Teste da Prega Caudal:apenas teste de triagem e somente para gado de corte;

    -Local de Inoculao: na prega da cauda (direita ou esquerda), 6 a 10 cmda base da cauda, na juno das peles pilosa e glabra (inocular na pele glabra);

    -Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino, via intra-drmica;

    -Leitura:aps 72 horas (+- 6 horas);

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    -Interpretao:avaliao visual e palpao;

    -Positivo:qualquer aumento de volume;

    -Negativo:ausncia de reao;

    2-Teste Cervical Simples:permitido em gado de leite e de corte;

    -Local de Inoculao:no tero mdio da tbua do pescoo e na regio daespinha da escpula;

    -Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino, via intra-drmica;

    -Leitura:antes da aplicao e aps 72 horas (+- 6 horas) com cutmetro;

    3-Teste Cervical Comparativo:teste confirmatrio, permitido para gado de leitee gado de corte;

    -Local de Inoculao:no tero mdio da tbua do pescoo e na regio daespinha da escpula;

    -Dosagem: 0,1 mL de PPD Bovino e 0,1mL de PPD Avirio, via intra-drmica;

    -Leitura:antes da aplicao e aps 72 horas (+- 6 horas) com cutmetro;

    -Interpretao:

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    -Falsos Positivos:

    -Animais sensibilizados por outras micobactrias;

    -Sensibilizados por outras bactrias (Actinomycesspp.,Nocardiaspp.);

    -Falsos Negativos:

    -Casos avanados de Tuberculose (anergia);

    -Casos recentes (21-42 dias);

    -Vacas que pariram a menos de 6 meses;

    -Animais dessensibilizados;

    -Animais idosos;

    -Tratamento:

    -No deve ser realizado;

    -No existe tratamento efetivo;

    -Controle:

    -Testes: animais com mais de 6 semanas de idade (teste anual);

    -Sacrifcio dos positivos (por um veterinrio cadastrado ao MAPA);-Exame clnico para identificao dos anrgicos;

    -Limpeza e desinfeco do ambiente;

    -Rebanhos positivos: retestados a cada 90120 dias;

    -Animais positivos recebem uma marcao (Pna face direita);

    -Inspeo sanitria e frigorfica;

    -Humanos: pasteurizao do leite, vacina BCG, controle e erradicao datuberculose bovina;

    08.2-Tuberculose em Sunos

    -Etiologia:Mycobacterium avium

    -Leses:no encapsuladas e sem calcificao;

    08.3-Tuberculose Eqina

    -Etiologia:Mycobacterium bovis,M. aviumeM. tuberculosis

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    -Doena rara

    -Leses:sem calcificao;

    08.4-Tuberculose em Pequenos Ruminantes

    -Etiologia:Mycobacterium bovis e M. avium

    -Leses:sem calcificao;

    08.5-Tuberculose em Carnvoros

    -Etiologia:Mycobacterium bovis,M. aviumeM. tuberculosis

    -Doena rara;

    -Leses:tubrculos tpicos no so comuns, se presentes, sem necrose de

    caseificao e granulao tecidual no especfica;

    Suscetibilidade

    Bovinos e Bubalinos > Sunos > Aves > Caprinos e Ovinos > Ces > Gatos > Eqinos

    09-Mastite

    -Definio: so infeces galactognicas do bere, quase sempre epidmicas,agudas ou crnicas, que alm de provocar alteraes patolgicas na glndula mamria,

    promovem alteraes nas propriedades fsico-qumicas do leite (aumento daconcentrao de cloretos, CCS e do pH e diminuio da casena e lactose);

    -Formas:

    -Clnica:verifica-se alteraes visveis no leite (presena de grumos, pus,sangue e leite aquoso), no bere (edema, sensibilidade, hipertermia e hiperemia) ecomprometimento sistmico;

    -Subclnica: apenas possvel verificar com a contagem das clulassomticas;

    -Crnica:tem-se atrofia dos alvolos, sem cura;

    -Etiologia:

    -Contagiosos: Staphylococcus aureus (principal), Streptococcusagalactiae, Mycoplasma bovis e outros Streptococcus(Ex.: S. uberis, S. dysgalactiae, S.

    zooepidermicus, S. faecalis eS. pyogenes);

    -Ambientais: Escherichia coli, Klebsiella spp, Pseudomonas spp,Pasteurella multocidae Streptococcus (no agalactiae);

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    -Oportunistas: Staphylococcus coagulase negativos, Corynebacteriumspp, Arcanobacterium pyogenes, Clostridium spp, Nocardia spp, Bacillus cereus,

    Levedeuras, Fungos e Algas microscpicas (Prototheca sppno tem cura);

    -Caractersticas do Agente:

    -Staphylococcus aureus(principal);

    -Gram-positivo;

    -Coagulase-positivo;

    -Hemoltico;

    -Patogenia:

    Mastite Primria

    A infeco no inicio da lactao ascendente (geralmente via galactognica)pode resultar no aparecimento da forma hiperaguda, com gangrena do bere, devido ao necrosante aguda da alfa-toxina. Durante os estgios tardios da lactao ou duranteo perodo seco, novas infeces, em geral, no so acompanhadas por reao sistmica,mas resultam na forma crnica e aguda.

    Na forma aguda, o foco comea com proliferao de bactrias nos ductoscoletores e em menor extenso nos alvolos. Estes pequenos ductos so bloqueados porgrumos de fibrina, clulas somticas (leuccitos) e floculao da casena.

    Pode-se ter evoluo para a forma crnica, onde h menos focos de inflamao ea reao mais branda, restringindo-se ao epitlio dos ductos. A inflamao cessa em

    poucos dias e substituda por proliferaes de tecido conjuntivo em volta dos ductos(atrofia dos alvolos).

    Nestes processos pode-se ter hemorragia, dando a secreo lctea, aspectopurulento-hemorrgico.

    Mastite Secundria

    -Tuberculose;

    -Brucelose;

    -Salmonelose;

    -Fatores Predisponentes:

    -Relacionados ao animal: Injrias ao bere, m alimentao (Ex.:deficincia de Selnio e Vitamina E que agem contra radicais livres), tetos e bere

    desequilibrados (baixos, com ligamentos frgeis), problemas de casco, estgio dalactao (maior nmero de casos no incio do perodo seco e prximo a parto), traumas

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    no canal galactforo (ordenha mal executada), idade do animal (vacas mais velhas estomais susceptveis), estresse, animais com deficincia imunolgica.

    -Relacionados ao ambiente:umidade e sujeiras no local do parto, localde ordenha mido, sujo e mal ventilado, camas de matria orgnica, equipamentos sujos

    e mal regulados, gua contaminada (para limpeza de tetos, para diluio das solues delimpeza e desinfeco), falta de padronizao dos procedimentos de ordenha, fatoresque contribuem para a reteno de leite no bere, no adoo de linha de ordenha emanejo inadequado da ordenha.

    -Sinais Clnicos:

    -Aumento da temperatura corprea, taquicardia, anorexia, depresso,reduo da produo lctea, leite com colorao branco-amarelado ou rosado(geralmente com grumos), inflamao dos linfonodos retromamrios, glndula mamria

    apresentando concrees duras e fibrosas, hiperemia, hipertermia e sensibilidade (quedificulta a locomoo do animal e a ordenha);

    -Diagnstico:

    -Anamnese e Histria Clnica;

    -Sinais Clnicos;

    -Mtodos auxiliares:

    -Indiretos:

    -Exames microbiolgicos (cultura e antibiograma);

    -CCS (contagem de clulas somticas);

    -Diretos:

    -Caneca de fundo preto;

    -Verificar:

    -Odor:

    -Ptrido: Corynebacterium pyogenes

    -Adocicado: Cetose

    -Colorao:

    -Amarelada: colostro ou vaca seca

    -Avermelhado: sangue

    -Consistncia:

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    -Viscoso: colostro ou vaca seca

    -Aquoso: inflamao ou vaca seca

    -Determinao do pH;

    -CMT (California Mastitis Test);

    -Caractersticas:

    -Especfico para bovinos

    -Acurado quando acima de 500.000 clulas/ml

    -Aumento da CCS:

    -2 semanas aps o parto (colostro)

    -Final de lactao (perodo seco)

    -Idade do animal

    -Ideal: fazer o teste no meio da ordenha ou no inicio da ordenha,

    -Relao entre o CMT e CCS

    -:(suspeito) formam-se estrias e desaparecem com movimentos

    +:formam-se estrias (viscosidade) e no desaparecem

    ++: viscosa e gelificao

    +++: gelificao, coagulao com massas gelatinosas

    Escore Clulas Somti cas/mL

    0 0200.000

    - 150.000500.000

    + 400.0001.500.000

    ++ 800.0005.000.000

    +++ >5.000.000

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    *Suspeito: repetir em 24 horas

    *Suspeito e +: mastite subclnica (sem muitas evidncias, mas existe a infeco)

    *++ ou+++: mastite clnica (dependendo do grau)

    -WMT (Wisconsin Mastitis Test)somaticell

    -Citometria de fluxo (contador automtico);

    -Tratamento:

    -Penicilina G;

    -Cloxacilina + Ampicilina;

    -Espiramicina;

    -Estreptomicina + Penicilina;

    -Tetraciclinas;

    *Na mastite subclnica o tratamento com antimicrobianos no recomendado durante alactao (exceto em Streptococcus agalactiae).

    -Antiinflamatrios

    -Antitrmicos-Controle e Profilaxia:

    -Ambiente: manter limpo e seco os locais onde os animais permanecem(local de ordenha e camas);

    -Manejo da Ordenha: conduzir os animais com calma para a ordenha,garantir que o local esteja limpo e seco, realizar o teste da caneca de fundo escuro eordenhar tetos limpos e secos com toalha de papel.

    -Limpar tetos, descartar os primeiros jatos, pr-dipping, secagem dostetos, inicio da ordenha e ps-dipping.

    *Pr-dipping e Ps-dipping: imerso do mamilo em Iodo 0,5%, Clorhexidine 0,2 a 0,5%ou hipoclorito de sdio 4 a 5%.

    -Ao final da ordenha, garantir que os animais mantenham-se de p(fornecendo alimento);

    -Vacinao:

    -Mastaph (IRFA)

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    -Dose: 5mL SC1 dose 2 a 3 semanas antes do parto e 2 dose 2semanas aps o parto. Em vacas lactantes 2 doses com intervalo de 3-4 semanas.

    -Composio: cepa mutante daEscherichia coli J5

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    Referncias Bibliogrficas

    JOACHIM BEER. Doenas Infecciosas em Animais Domsticos. 2 ed. So Paulo:Editora Rocca, 1999.

    D.C. BLOOD, O.M. RADOSTITS.Clnica Veterinria.7 ed. Rio de Janeiro: EditoraGuanabara Koogan, 1991.

    Acesso em 20 de Maio de 2011:

    http://www.scielo.br/pdf/cr/v35n1/a38v35n1.pdf

    http://www.fag.edu.br/professores/vgsilva/D%E7s%20Infecciosas/4%20Geral%20-%20Tuberculose.pdf

    http://www.revista.inf.br/veterinaria10/revisao/edic-vi-n10-RL21.pdf

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