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Do Rapto da Europa pelo Famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

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TítuloDo Rapto da Europa pelo famigerado Euro ao Papel de Portugal no Futuro

AutorRainer Daehnhardt

Director EditorialEduardo Amarante

CoordenaçãoDulce Leal Abalada

RevisãoIsabel Nunes

Grafismo, Paginação e Arte finalDivalmeida Atelier Gráficowww.divalmeida.com

CapaO Touro a raptar a Europa

Técnica da capaDivalmeida Atelier Gráfico

Impressão e AcabamentoEspaço Gráfico, Lda.www.espacografico.pt

DistribuiçãoBucelas - LisboaProjecto Apeiron, [email protected]

1ª edição – Maio 2013

ISBN 978-989-8447-29-6Depósito Legal nº 357042/13

© Rainer Daehnhardt & Apeiron Edições

Reservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial, por qualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográfico sem a prévia autorização do editor.

Projecto Apeiron, Lda.www.edicoes-apeiron.blogspot.comprojecto.apeiron@[email protected]ão – Algarve

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Rainer Daehnhardt

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Preâmbulo à obra – Eduardo Amarante

CAPÍTULO I

SEGREDOS DO EURO

CAPÍTULO II

NASCIDOS DE UM PLÁGIO

CAPÍTULO III

FORÇAS INVISÍVEIS COMBATEM NA EUROPA1.Duas explicações esclarecedoras

CAPÍTULO IV

A EUROPA ESTÁ SEM FUTURO COM O EURO

CAPÍTULO V

NOTAS DO EURO UTILIZADAS PARA A ESCRAVIZAÇÃO

CAPÍTULO VI

EURO – A MOEDA EUROPEIA SOB AMEAÇA DE MORTE

CAPÍTULO VII

O RENASCIMENTO DAS MOEDAS REGIONAIS

CAPÍTULO VIII

DESMORONAMENTO FINANCEIRO PLANEADO

CAPÍTULO IX

NOTAS FALSAS ASSUMIDAS COMO VERDADEIRAS

CAPÍTULO X

NÃO DERRETAM OS ESCUDOS!

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ÍNDICE

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CAPÍTULO XI

CONSIDERAM-NOS PIGS, "PORCOS", QUE DEVEM SER EXPULSOS

CAPÍTULO XII

A NECESSIDADE DE RESPONSABILIZAR OS POLÍTICOS PELOS ESTRAGOS QUE CAUSAM COM AS SUAS ACÇÕES

CAPÍTULO XIII

PORTUGAL – EXPERIÊNCIA PILOTO À DERIVA?

CAPÍTULO XIV

A NOSSA CRUZ EM PERIGO?

CAPÍTULO XV

MEDO DA CRUZ?

CAPÍTULO XVI

CAIU A MÁSCARA DA "UE"?

CAPÍTULO XVII

PÂNICO – A PODEROSA ARMA DA MENTIRA

CAPÍTULO XVIII

PEQUENAS GRANDES NOTÍCIAS1. Presidente da RFA nega-se a assinar o Tratado de Lisboa2. A Rússia devolve território à China3. Milho geneticamente manipulado é causador da morte de abelhas4. A Noruega oscila5. Quem, afinal, atacou quem?

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CAPÍTULO XIX

DESGRAÇA AMERICANA? – UM GRITO DE ALERTA

CAPÍTULO XX

ESCONDE-SE O SUICÍDIO DA AMÉRICA?

CAPÍTULO XXI

E DEPOIS DO DÓLAR?1. Índios Lacota criam o Banco Lacota Livre

CAPÍTULO XXII

Conclusão

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– Preâmbulo à Obra –

Este livro de Rainer Daehnhardt dá-nos muita matéria para reflectir

sobre os acontecimentos que estamos a vivenciar, na Europa em geral,

e no nosso País, em particular. Os antigos Gregos, recorrendo à mitolo-

gia – que contém sempre algo de verdade –, anteviram este dramático

momento histórico, que é o da Europa raptada por forças tenebrosas

que lhe são alheias. Eis o relato grego sob o nome O RAPTO DE EU-

ROPA NA MITOLOGIA GREGA:

“Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro, um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. O nome dela era Europa, e Zeus apaixonou-se perdidamente pela sua beleza.

– Que linda mulher! – exclamava o deus dos deuses, tomando cuidado, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua esposa ciumenta.

– Tenho de possuí-la a qualquer preço. Movido por essa determinação, Zeus decidiu servir-se do seu

estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre uma outra aparência qualquer.

Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Completada a transformação, Zeus desceu à Terra, envolto numa grande nuvem.

Numa das praias do rei de Tiro, um rebanho dócil de touros pastava num relvado próximo ao mar, sem que ninguém perce-besse. Uma grande nuvem foi-se aproximando, até que dela des-ceu o grande touro, indo colocar-se no meio dos demais. Os seus novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela sú-

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bita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a relva. Como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, foi logo admitido, sem maiores contestações.

Ali esteve misturado com os restantes, contrastando a sua brancura com o pêlo escuro dos outros touros, até que, de repente, a bela Europa surgiu com as suas amigas, rindo e cantando por en-tre as areias da praia. As suas companheiras eram também belas, mas assim como Zeus se destacava no seu rebanho, a filha de Age-nor destacava-se no meio do seu encantador e animado grupo.

Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro, que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.

– Vejam só que belo rebanho! – exclamou Europa, ao ver os bois. – Mas o que será aquela mancha branca no meio deles? A jovem, destacando-se do grupo, avançou a correr, levantan-

do a barra da sua túnica rendada, que lhe descia até um pouco abaixo dos joelhos.

Quando chegou perto de Zeus, os seus seios arfavam sob a fi-na gaze de suas vestes. Os grandes olhos azuis do touro branco pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça não pôde deixar de observar o seu intenso brilho.

– Um touro branco! – disse a moça, encantada. E que lindos olhos ele tem!

Todas as amigas reuniram-se à volta ao animal, que, no en-tanto, tinha os seus grandes olhos azuis postos somente sobre a bela filha do rei. A moça, postando-se ao lado dele, começou a alisar o pêlo sedoso do seu dorso branco, enquanto admirava os seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino das melhores pérolas. Embora o aspecto do animal fosse suave, a sua musculatura era rija, o que Europa pôde comprovar, ao alisar

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o seu pescoço. Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do touro a cada vez que Europa o acariciava. De vez em quando, o animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo flanco de Europa, erguendo, com suavidade, suas vestes. A filha de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas um brinquedo inocente do magnífico animal.

Retirando-o do grupo, Europa levou-o a passear nas areias da praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu alegremente. Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, en-quanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.

Como o sol começasse a tornar-se quente demais, pois era o auge do verão, as moças, cansadas da brincadeira, despiram-se para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, prefe-riu ficar na areia, a brincar com o seu touro branco.

Assim, enquanto as suas amigas se banhavam, Europa colhia outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que deposi-tou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso. Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em si-nal de orgulho e satisfação.

As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão que a filha do rei inventara, saíram todas do mar a correr.

Zeus, porém, ao vê-las avançarem para si, temeu que fossem desalojar Europa das suas costas. Realmente, uma delas tocou na cabeça do touro, com a mão coberta de sal:

– Vamos, Europa, deixa-nos andar um pouco! – disse a moça, impaciente.

Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifes-tava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando o rumo do mar.

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– Ei, esperem, aonde vão? – exclamou uma das amigas de Europa. Zeus, surdo aos gritos, arremeteu por entre as mulheres que

avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas, para todos os lados.

– Socorro! – gritava Europa, estendendo-lhes as mãos, apavo-rada com o ímpeto repentino do animal.

O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes.

Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultra-passassem a rebentação. Surpreendentemente, porém, o touro rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que aquele que usara nas areias fofas da praia.

E assim se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa procurava manter-se agarrada aos chifres do seu sequestrador.

– Pare! Para onde me leva? – perguntava Europa enquanto o touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas com a mesma destreza de um golfinho.

Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invo-cando a protecção de Neptuno:

– Ó deus dos mares, vê em que aflição me encontro! – disse a moça, recebendo no seu corpo o vento e as ondas geladas (…)

De repente, porém, tendo já avançado imenso pelo oceano, o touro virou a cabeça para trás e começou a conversar com a as-sustada Europa.

- Nada temas, bela Europa! – disse o animal. - Eu sou Zeus e levo-te comigo para a ilha de Creta, onde casa-

remos e serás honrada com uma ilustre descendência.

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Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres do seu fu-turo marido. Dentro em pouco chegaram ambos à ilha que o deus dos deuses anunciara. Mal pousou de novo os pés sobre o chão, Eu-ropa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus.

Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha, enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reacção. Das núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais Minos, futuro rei de Creta.” Com efeito, a Europa foi raptada por forças ocultas, que escravizam

os seus povos. Necessita de uma bússola que a oriente no sentido da sua libertação. E esta não se fará pela via da violência, da discórdia e do ódio. Far-se-á pela via do amor, do resgate da tradição, do cultivo do Bem e do Belo.

Como diz Rainer Daehnhardt “quem conhece e ama Portugal sabe que este é parte da Europa e que esta é parte de Portugal; só com uma grande diferença: PORTUGAL NÃO CABE NA EUROPA! A alma de Portugal será sempre grande demais…”

A condição do Português não é ser escravo, pois, para um Luso que se preze, “MAIS VALE MORRER LIVRE DO QUE EM PAZ SUJEITO”. Tal como os Lusitanos, luta para reconquistar a sua liberdade. Povo milenar, evoca através do canto e da música os seus ancestrais heróis. Os tambores e as gaitas-de-foles despertam as forças telúricas de uma Nação que se quer libertar do jugo de um poder tenebroso que aprisio-nou a Europa. A Alma Lusa está viva, pois canta o grito de libertação e de independência, mau grado o sofrimento atroz a que o Povo está a ser sujeito. Não sucumbe ao desânimo nem à revolta violenta, pois tem no seu gene a capacidade místico-guerreira de preservar a sua identidade, “conquistando” os outros povos pela via pacificadora da tolerância, da

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concórdia e do entendimento entre raças, credos e nacionalidades, den-tro de um espírito ecuménico e fraterno.

Portugal não morreu. A nossa força anímica – as forças vivas de Por-tugal –, e a história milenar que nos corre nas veias são mais fortes do que o desalento a que nos querem submeter, pois um povo abúlico, “sem alma”, é facilmente escravizado. O nosso canto é o clamor das nossas almas, que estão vivas e que não abdicam da sua liberdade. Foi esse can-to – proeza única na humanidade – que libertou o sofrido povo de Timor a milhares de quilómetros de distância. CANTEMOS, CANTEMOS A NOSSA LIBERDADE E A NOSSA IDENTIDADE. E com os nossos tam-bores e gaitas-de-foles, evoquemos os nossos símbolos e os nossos heróis. Eles indicar-nos-ão o caminho para libertarmos Portugal e a Europa pela via do Espírito Santo, isto é, da paz e da compreensão mútua.

CANTEMOS E ESPALHEMOS O NOSSO CANTO PELA EUROPA FORA. Cantemos em uníssono, imitando os nossos heróis lusitanos, que avançavam para a liberdade em passo cadenciado, ao som dos seus tambores e dos seus cânticos, e os inimigos do espírito e da dignidade humana tremerão1.

Eduardo Amarante

1 Tanto os Lusitanos das montanhas como os da planície tornaram-se famosos na arte da guerra. Diz Diodoro Sículo [Biblioteca Histórica, v, 34] que os Lusitanos marcham para a guerra com passo cadenciado, e cantando hinos.

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CAPÍTULO I _______________________________

SEGREDOS DO EURO

A falta de informação é tanta que pensamos ter “dinheiro nosso” na

mão quando seguramos uma nota de Euros! Porém, não é “nosso”, nem sequer dinheiro! O dinheiro só o foi verdadeiramente enquanto era metálico e o seu

valor correspondia ao do metal em questão. Dinheiro em papel é ape-nas uma emissão de notas promissoras de pagamento, que uns transmi-tem a outros.

O seu valor depende da sua aceitação! Quem escrever no seu cartão de visita que promete pagar ao portador uma determinada quantia, assume o compromisso de honra de o fazer.

Ora, as notas de Euro, embora cheias de símbolos de organizações secretas, nada nos dizem quanto a quem nos devemos dirigir para tro-car estes “papelinhos de promessas” por dinheiro!

Um dos símbolos presentes em todas as notas do Euro é o de uma ponte. Normalmente espera-se que uma ponte nos permita uma traves-sia de um lado para o outro. As pontes ali representadas, porém, não nos indicam para onde nos levam!

Somos, todos, uma espécie de “manada”, obrigada a andar em pon-tes sobre abismos!

Antigamente, as notas ainda diziam que prometiam pagar ao porta-dor uma certa quantia em ouro. Hoje já não prometem nada. Apenas valem, porque, como carneirada bem comportada, as passamos uns aos outros, na esperança de que o próximo as aceite.

Fala-se muito em RESERVAS DE OURO, para tranquilizar os preocupados. Mas isto é como o velho lema do: “CRÊ MAS NÃO APROFUNDES!”