Upload
trandang
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Juliana Gomes de Sa
DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES pasACIDENTE VASCULAR CEREBRAL, QUE INTERROMPERAM
o TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Trabalho apresentado como requisitoparcial de conclusao para obten~ao dagradua~ao pelo Curso de Fisioterapia,Faculdade de Ciencias Biologicas e daSaude, da Universidade Tuiuti doParana.
Orientadora: Profa. Regina MariaCamargo Ferrari.
Orientadores Metodologicos: Profs.Luiz Antonio Negrao Dias e FredericoBurigo
CURITIBA
2004
TERMO DE APROVACAO
Juliana Gomes de Sa
DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES POS
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL,QUE INTERROMPERAM 0
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
, Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtengao do titulo de Bacharel
em Fisioterapia do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do
Parana.
Curitiba de de 2004, -,-- -----.--------------
Coordenador
,-- --- ~---- - ---,-----,-----Orientadora: Profa. Regina Maria Camargo Ferrari.
---------- -----------, ,--Prof.
-,-------------,---,-. ---------,Prof.
DEDICATORIA
Esta monografia e dedicada aos meus queridos pais: Marilys e Paulo,
pela ajuda durante todo 0 percurso da Faculdade, e aos amigos sempre
presentes.
•••III
Agrade~o aos meus pais, em especiala minha mae Marilys, pelacompreensao, paciencia e apoio,sempre dedicados e 0 incentivo quepermitiram alcan~ar 0 meu objetivo.
A Deus, pela possibilidade de auxiliare reabilitar quem necessita.
Aos amigos, Maria Cristina, Dayane,Evelyn, Fernanda, Maira e Rodrigo, osquais me apoiaram durante todo 0percurso da minha vida universitaria,incentivando a seguir em frente.
Aos professores, pela aten~ao eorienta~oes dispensados a mim,principalmente a minha orientadora,Profa. Regina C. Ferrari, sem a qualnao seria possivel concluir estetrabalho .
•IV
SUMARIO
LISTA DE QUADROS.......................................................... vii
LIST A DE SIGLAS.............................................................. viii
RESUMO . •IX
AB STRACT . X
-1 INTRODUCAO.................................................................... 1
2 REVISAO DA LITERATURA............................................... 2
2.1 FISIOPATOLOGIA II 11.............. 2
2.2 ETIOLOGIA............................ 3
2.3 EPIDEMIOLOGIA................................................................ 4
2.4 FATORES DE RISCO 4
2.5 SINAIS E SINTOMAS.......................................................... 5
2.6 AVALIAC;Ao DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNC;OES ..... 5,
2.7 QUADRO CLINICO............................................................. 7
2.8 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC...................... 7,
2.9 PROGNOSTICO................................................................. 8
2.10 GRAUS DE INCAPACI DADES APOS 0 AVC II.. 9
2.11 A DURAC;Ao DA REABILITAC;Ao E AUSENCIA DESTA...... 10
2.12 DISTURBIOS SENSORIAIS: AS ALTERAC;OES
SENSORIAIS APOS 0 AVC 11
2.13 DISTURBIOS DO MOVIMENTO.... 13
2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados ao tonus postural.. 13
2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais
estaticos 14
2.13.2.1 Os disturbios nos membros superiores ...11.................... 15
v
2.13.2.2 Os disturbios nos membros inferiores 17
2.13.3 Os disturbios do movimento e a funy80 motora................. 18
2.14 0 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO DO AVC.............. 21
3 METODOLOGIA 23
3.1 ABORDAGEM EPIDEMIOL6GICA.................................... 23
3.2 MATERIAIS...................................................................... 23
3.3
3.4
3.5
4
5
6
7
,METODOS....................................................................... 23
-POP ULAQA0 24ANALISE ESTATISTICA................................................... 24RESULTADOS................................................................. 25
-DISCUSSAO.................................................................... 39
CON SID ERAC0 ES FINAIS. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1
RE FE RE NCIAS BIB LIOG RAFICAS.................................. 42
APENDICE - QUESTIONARIO.......................................... 44
•VI
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - IDENTIFICACAO DOS PACIENTES PESQUISADOS 26
QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAO 27
QUADRO 3 - DADOS DO PERfoDO DURANTE E APOS A
FISlOT ERAP IA. .................................................................. 28
QUADRO 4 - POSTURA SUPINO E TRANSFERENCIAS................ 29
QUADRO 5 - CAPACIDADE E PREFERENCIA DE DECUBITO
LATERAL............................................................................ 30
QUADRO 6 - DADOS REFERENTES A POSTURA SENTADA E-usa DAS MAOS 31
QUADRO 7 - DADOS REFERENTES A POSTURA AJOELHADA... 32
QUADRO 8 - DADOS REFERENTES A POSTURA SEMI-
AJOELHADA...................................................................... 33
QUADRO 9 - REACOES A POSTURA EM PE..................... 34
QUADRO 10 - REACOES A REALIZACAO DA MARCHA.............. 35
QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAO TOPOGRAFICA............. 36
QUADRO 12 - PRESENCA DE ENCURTAMENTOS....................... 37
QUADRO 13 - PRESENCA DE DEFORMIDADES 38'
••VII
LISTA DE SIGLAS
AVC
AVD
MMII
MMSS
SNC
Acidente Vascular Cerebral
Atividade de Vida Diaria
Membros Inferiores
Membros Superiores
Sistema Nervoso Central
•••VIII
RESUMO
o acidente vascular cerebral e definido como um deficit neurologico subitodevido a uma lesao vascular; acometendo principalmente pessoas idosas,homens e negros. A sequela neurologica depende da etiologia, local eextensao da lesao encefalica. Este estudo do tipo observacional descritivotern como objetivo analisar os disturbios do movimento em 10 paciente posacidente vascular cerebral que interromperam 0 seu tratamentofisioterapeutico, demonstrando as incapacidades resultantes. Apos a analiseproposta neste estudo, evidenciou-se a importancia do tratamentofisioterapeutico na preserva~ao das posturas anti-gravitacionais facilitadoradas habilidades motoras diarias.
Palavra-chave: acidente vascular cerebral, conseqOencia neurologica,tratamento fisioterapeutico, disturbios do movimento, incapacidades .
•IX
ABSTRACT
Stroke or accident vascular cerebral is defined as sudden neurological deficitdue to a vascular lesion .It happens more usually on senior people, men andblacks mainly. The neurological consequence depends on etiology, place andlesions extension. This observation study has as objective analyzesdisturbances of movement in ten patients powders cerebral vascular accidentabout ten patients who let go the physical treatment, attempting the disability.After proposal analysis on this study it was proved the relevance of thephysical treatment to keep body on a position to have your motor abilityfunctional.
Key words: accident vascular cerebral ,neurological consequence, treatment,physical therapy, disturbances of movement and disability
x
1 INTRODUCAO
o Acidente Vascular Cerebral e considerado a primeira causa de
incapacitagao funcional, sendo a,mais devastadora patologia neurol6gica, pois
impede a independencia funcional e comunicag80 do paciente (CHARLES,
1999).
Os principais fatores que influem na capacidade funcional sao 0 AVC
pregresso, deficiencia cognitiva, incontinencias e problemas de percepgao
corporal, os quais sao responsaveis pelos graus de dependencia nas AVD's.
(PICKLES, 2000).
Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios dos movimentos
e as incapacidades funcionais instaladas em pacientes que, ap6s 0 derrame,
interromperam 0 seu tratamento fisioterapeutico nao mais retornando ao
mesmo. Para 0 desenvolvimento deste trabalho fez-se necessario urn estudo
bibliografico da patologia, para compreender os pacientes e suas alteragoes
motoras. A presente pesquisa foi realizada com 0 exemplo de dez pacientes
p6s AVC, de uma clinica escola em Curitiba.
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
o Acidente Vascular Cerebral e definido como um deficit neurol6gico
subito, devido a uma lesao vascular. esta lesao tem instalagao aguda,
duragao variavel, podendo causar ate a morte. As les5es emb6licas e
hemorragicas subaracn6ideas tern inicio abrupto e as hemorragias cerebrais
e infartos instalam-se de minutos a horas, sendo que os infartos constituem
cerca de 70% dos casos. (CHARLES, 1999).
A consequencia neurol6gica depende da etiologia, local e extensao da
lesao (EKMAN, 2000).
A gravidade pode variar de quadros leves ate uma hemiplegia maciga,
alterando a consciencia corporal. Os ataques isquemicos transit6rios sao
deficits temporais e focais, os quais regridem em ate vinte e quatro horas
(CHARLES, 1999).
Os acidentes vasculares cerebrais tern como principal sequela a
hemiplegia, uma sind rome caracterizada pela perda da mobilidade voluntaria
e sensibilidade em um hemicorpo, que pode ser organica ou funcional, esta
apresentando disturbios motores (FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995).
Durante a reabilitagao, a hemiplegia necessita de tecnicas apropriadas
no tratamento fisioterapeutico de inibigao e facilitagao de padr6es motores
que permitam retornar a uma vida diaria com maiorfuncionalidade e qualidade
possiveis (UMPHRED, 1994).
2.1 FISIOPATOLOGIA
o AVC pode ser urn infarto tromb6tico, infarto emb6lico ou
hemorragico (SULLIVAN, 1993).
3
o infarto trornb6tico corresponde a forrna9ao de urn coagulo de sangue
ou trombo na arteria cerebral ou em seus ramos. As placas ateroscler6ticas
e a hipertensao interagem para produzir os infartos. Estas placas formam-se
geralmente em frente aos primeiros ramos principais das arterias cerebrais,
sendo que urn bloqueio intermitente pode progredir para urn dana
permanente. Os trombos resultam da a9re9a9ao plaquetaria, coagula90es de
fibrina e queda da fibrin6lise, levando a oclusao ou isquemia de uma arteria,
causando 0 infarto, e, quando deslocam-se sao os embolos (SULLIVAN,
1993).
o infarto emb6lico tern um embolo causador que pode vir do COra9ao,
uma trombose da car6tida ou placa ateromatosa. Os ramos da arteria cerebral
media sao infartados mais comumente. 0 suprimento sangOineo colateral nao
se estabelece, devido a velocidade da forma9ao da obstru9aO. Sao pequenas
por90es de materia na corrente sangOinea, que deslocam as arterias
cerebrais, levando a oclusao (SULLIVAN, 1993).
No hemorragico, as hemorragias intracranianas mais comuns sao 0
aneurisma sacular hipertensivo rompido e a rna forma9ao atrioventricular. A
hemorragia provoca sangramento dentro dos tecidos cerebrais, em uma
massa que desloca as estruturas da linha media. Os aneurismas resultam de
defeitos nas camadas media e elasticas e as ma-forma90es resultam em
fistulas arteriovenosas no tecido cerebral (SULLIVAN, 1993).
2.2 ETIOLOGIA
A hemiplegia e urn complexo sintomatico, sendo 0 disturbio principal
no acidente vascular cerebral e pode ocorrer conseqOente a processos
patol6gicos por uma lesao parcial ou total do feixe piramidal. As causas mais
freqOentes para sua instala980 sao a hemorragia, trombose e embolia
(LEITAO, 1974).
4
Mas pode haver outras causas como: fraturas, traumatismos,
ferimentos, lesao vascular, compressoes por tumores, cistos, entre outros.
(FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995).
2.3 EPIDEMIOLOGIA
o AVC constitui a terceira causa mais comum de mortes (CHARLES,
1999). Cerca de 40 a 50% dos individuos morrem ap6s seis meses. Econsiderado a primeira causa de incapacitagao funcional (CHARLES, 1999).
E a mais devastadora ds complicagoes, pois retira a independencia e
comunicagao do paciente (NITRINI, 1991).
Esta patologia afeta 1.750.000 pessoas e causa 180.000 morte ao
ano. A incidencia anual e de 3,5 em 1.000 entre 55 e 64 anos, e 9 em 1000
pessoas de 65 a 74 anos (SULLIVAN, 1993).
Embora a incidencia venha diminuindo nos ultimos 25 anos, 0 AVe euma causa muito comum de morte nos Estados Unidos. Aumenta com a idade
em homens e negros (UMPHRED, 1994).
2.4 FATORES DE RISCO
Os tras fatores mais comuns sao a hipertensao, diabetes e doengas
eardiaeas, sendo a hipertensao a mais importante pois prevalece 0 AVC em
todas as idades. Esta associado a altos niveis de gordura, a obesidade e ao
fume (UMPHRED, 1994).
A hipertensao, tabagismo, diabetes, dislipidemia e 0 uso excessive de
aleool aumentam as chances de urn AVe em 2 ate 4 vezes (CHARLES, 1999).
Outros fatores relacionados sao a inatividade, estresse, altas taxas de
colesterol, uso de contraceptiv~s, pre-disposi980 genetica e eleva9ao dos
hemat6critos (NITRINI, 1991; SULLIVAN, 1993).
5
2.5 SINAIS E SINTOMAS
A extensao da lesao e determinante para a intensidade da lesao,
estabelecendo os sinais clinicos especificos da patologia. Podem ser
observadas: a perda da consciencia, a perda da mobilidade voluntaria, a
perda da sensibilidade, paralisia, incontinencias, desvio da cabega e olhos,
claudicagao e fraqueza das maos (LEITAo, 1974).
Outros sinais clinicos sao: cefaleia, vomitos, depressao,
incoordenagao, marcha alterada, convulsoes, afasia e disartria (CHARLES,
1999).
2.6 AVALIAQAo DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNQOES
A primeira parte da avaliagao e a analise das possibilidades de
movimentos, mecanismos posturais e as atividades funcionais. A segunda
parte e a avaliagao da fungao articular e, por fim, a terceira parte com analise
do sistema sensorial (UMPHRED, 1994).
A avaliagao e 0 tratamento devem estar intimamente relacionados. 0
tratamento deve ser baseado nas avaliagoes realizadas e seus resultados.
Estas avaliagoes sao realizadas para medir a capacidade e nao a qualidade
da fungao (BOBATH, 1978).
A avaliagao da amplitude de movimentos e baseada no conceito de
que movimentos passiv~s informarao quanta a limitagao de ADM pela
obstrugao devido aos tecidos moles e a capacidade do paciente em utilizar
ativamente os movimentos, se os musculos sao eficientes para realiza-Ios. A
amplitude dos movimentos e sua limitagao sao inconstantes e variaveis
(BOBATH, 1978).
6
Quanto aos testes de for<;a, sao os fatores determinantes das
incapacidades do paciente em realizar seus movimentos (BOBATH, 1978).
o conceito que fundamenta a avaliac;ao dos padroes motores baseia-
se na avalia<;ao qualitativa e va a avalia<;ao da ADM e a fraqueza muscular
como fatores secundarios. Avalia qualitativamente a fun~ao motora no lado
afetado (BOBA TH, 1978).
A avalia<;ao de padroes motores da informa<;oes sobre as capacidade
funcionais. E necessario verificar os padroes motores que necessita para
tarefas especificas e tambem os anormais, que interferem nestas atividades.
Isto permite ao terapeuta planejar objetivos de combina<;oes de padroes
necessarios a funcionalidade, inibindo os que interferem nesta fun<;ao normal
(BOBATH, 1978).
A avalia<;ao tambem envolve 0 tone postural, como a for<;a e
distribui<;ao da espasticidade. A associac;ao da espasticidade com os padroes
posturais anormais, faz com que seja desnecessaria uma avalia<;ao a parte,
somente para a espasticidade (BOBATH, 1978).
Os testes para os padroes motores sao designados como testes para
rea<;oesposturais normais e anormais, em resposta a movimenta<;ao passiva,
testes para a movimenta<;ao ativa e testes para equilibrio e rea<;oes de
prote<;ao. Os dois primeiros foram divididos em tres graus, de acordo com a
dificuldade, sendo grau 1 os mais faceis. Os testes para equilibrio e rea<;oes
s6 podem ser realizados em pacientes leves a moderados (BOBATH, 1978).
Os testes para rea<;oes posturais sao os unicos que informam quanto
ao grau e distribui<;ao do tonus, e os padroes anormais que interferem no
exercicio ativo. Se a atividade postural reflexa for normal, ocorre 0 ajuste dos
musculos as modifica<;oes da postura.O grau de resistancia indica 0 grau de
espasticidade, tornando 0 exercicio ativo contra estes padroes, impossivel ou
dificil e anormal (BOBATH, 1978).
Os testes para movimenta<;ao ativa apresentam a capacidade de
realizar padroes avaliados no teste anterior. S6 sera possivel se as reac;oes
espasticas nao se opuserem.
7
Os testes iniciam dos mais simples para os mais seletivos (BOBATH,
1978). E 0 terceiro grau sao testes de equilibrio e rea90es que sao parte do
movimento voluntario. 0 mecanisme reflexo postural e quem fundamenta-o
e deve estar normal antes que se espere movimentos normais (BOBATH,
1978).
2.7 QUADRO CLINICO
Em pacientes apos acidente vascular cerebral, 0 quadro clinico e
composto por perda do equilibrio, disturbio sensitiv~, inibindo 0 movimento,
espasticidade, perda dos movimentos de precisao, hemiplegia ou
hemiparesia, diminuigao do tonus e sequelas motoras no hemicorpo
contralateral ao hemisferio lesado (JOHNSTONE, 1979).
2.8 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC
o uso de antiagregantes plaquetarios e recomendado para pacientes
com AVC, sendo urn acidente isquemico transitorio; estes reduzem 23% dos
derrames (CHARLES, 1999).
A aspirina ou acido acetil-salicilico e a melhor droga para prevengao,
pois inibe a fun9aO plaquetaria pelo bloqueio completo da enzima ciclo-
oxigenase que reduz a formagao de trornbonano responsavel pela
vasoconstrigao e agrega9ao plaquetaria, reduz 300/0 dos derrames (CHARLES,
1999).
o cloridrato de ticlopidina e usado para aumentar a reversibilidade da
agregagao plaquetaria por ATP, tern eficacia antitrornbotica pela redu9ao de
fibrinogenio serico (CHARLES, 1999).
o clopidogril e semelhante a ticlopidina, mas com menor toxicidade
(CHARLES, 1999).
8
A heparina venosa deveria ser restrita a pacientes com alto risco de
recorrencias (CHARLES, 1999).
o paracetamol a recomendado para 0 alivio do quadro algico
(CHARLES, 1999).
Para a espasticidade sao recomendados Dantrolene, Diazepan,
Badofen, Meprobamato e Carisoprodol (CHARLES, 1999).
Em estagios iniciais utiliza-se a heparina e em estagio avangado a
warfarina. Medicamentos anticonvulsivos tambam podem ser utilizados
(UMPHRED, 1994).
2.9 PROGNOSTICO
Ha varios fatores que influenciam na recuperagao destes pacientes,
como: perturbag6es emocionais, falta de motivagao, doengas associadas,
tratamento tardio, acidente vascular anterior, extensao da lesao e grau de
espasticidade, assim como a idade e 0 tipo de AVC. 0 tratamento tardio a
responsavel pela piora pois permite a instalagao das deformidades (LEITAO,
1974).
Estudos em comunidades mostram 24 a 30% de mortalidade nas tres
primeiras semanas e em pacientes internados este indice sobe para 30 a
60%. A mortalidade tardia a maior do primeiro ata 15 anos ap6s 0 AVC. 0
numero de sobreviventes decresce de 160/0 em homens e 180/0 para mulheres
(NITRINI, 1991).
o local e a extensao da lesao determinam a recuperagao funcional;
quanto maior a lesao, rnais disseminados sao os danos. A recuperagao a
influenciada pela plasticidade do Sistema Nervoso Central- SNC (SULLIVAN,
1993).
A recidiva do derrame ocorre em 15 a 38% dos pacientes, sendo 50%
fatais. Na taxa anual sao 8 a 11% (N ITRI NI, 1991).
9
2.10 GRAUS DE INCAPACIDADES AP6s 0 AVC
Os fatores que mais influenciam nas capacidades funcionais sao 0
AVC pregresso, deficiancia cognitiva, as incontinancias e problemas de
percepgao. As vitimas idosas que vivem em casas de repouso apresentam
baixa capacidade funcional e deficiencias cognitivas. Mesmo ap6s a
reabilitac;ao, 29 a 50% dos pacientes acabam com certo grau de dependencia
nas AVO's. A melhoria funcional ocorre de 3 a 6 meses ap6s 0 derrame, ou
seja, qualquer atraso no inicio da reabilitagao afeta as capacidades funcionais
(PICKLES, 2000).
Segundo KALRA, et aI., (1993),80% dos pacientes com mais de 75
anos receberam alta, sendo 32,7% ap6s tras meses do derrame e 67,3% p6s
tres meses de reabilitagao, os outros 20% apresentaram deficiencia no
cognitiv~ e capacidade funcional. Destes, 66% deambularam sem auxilio, 230/0
necessitaram de cadeira de rodas e 11 % precisaram de ajuda para locomover-
se. A mortalidade era de 27% e a recidiva em 19% dos pacientes (PICKLES,
2000).
Segundo LEITAO (1974), 0 grau de recuperagao motora e associado
a extensao local e intensidade da lesao cerebral, sendo que 900/0 dos
pacientes voltam a andar mas 50% necessitam de auxilio e, quanto aos
membros superiores, a maioria tem pouca ou nenhuma recuperagao da
fungao util (LEITAO, 1974).
Quanto a classificac;ao de NITRINI (1991), 15% dos pacientes
sobrevivem sem qualquer incapacidade; 370/0 tern pequena incapacidade, nao
realizando algumas atividades; 16% necessitam de auxilio em atividades para
vestir-se e 32% tem incapacidade intensa, sendo restritos ao leito (NITRINI,
1991 ).
10
Em cada cern sobreviventes do AVC, 10 voltam ao trabalho sem
comprometimentos; 40 tern leves incapacidades e 50 ficam incapacitados,
necessitando de servigos especiais e continuos (UMPHRED, 1994).
2.11 A DURAQAO DA REABILITA9AO E AUSENCIA DESTA
A recuperagao e relacionada a extensao da lesao, mas, ainda que os
efeitos da fisioterapia permanegam incertos, ha evidencias de que 0
tratamento imediato e continuo podem minimizar a recuperagao (STOKES,
2000).
STINEMANM e GRANGER, citado por PICKLES (2000), realizaram
uma revisao sobre a reabilitagao e constataram que pacientes submetidos a
programas de reabilitagao tern mais freqOentemente alta e em periodo menor,
do que pacientes que nao tern tratamento. Na determinagao quantitativa dos
resultados funcionais constatou-se que algum tipo de fisioterapia sempre e
melhor do que nenhum (PICKLES, 2000).
A reabilitagao precoce otimiza a recuperagao funcional. 0 tratamento
pode ser em varios servi90s ou em urn unico local, e ambos apresentam
melhores resultados do que pacientes que nao realizam fisioterapia. A epoca
ideal e relacionada com a condigao de cada paciente. Estudos demonstram,
por exemplo, que hemiplegias a esquerda tem mais deficiencias cognitivas,
necessitando de mais tratamento (SULLIVAN, 1993).
A estabilidade do quadro, motivagao e resistencia do paciente, e
estagio de reabilitagao determinam 0 tempo de tratamento (SULLIVAN, 1993).
Com exce9ao dos pacientes que tem retorno da fungao motora, 0
paciente precisa continuar 0 tratamento por muito tempo, ou ate
indefinidamente. A experiencia demonstra que e necessario urn programa de
manuten980 da fun980 motora para prevenir deteriora90es, e que, mesmo
dois a tres anos p6s AVC, pode haver melhoras apreciaveis (LEITAO, 1974).
11
Esta questao e muito individual, mas seria razoavel a permanencia na
reabilitagao, enquanto apresente melhoras, pois 0 usa continuo do membro
afetado pode melhorar a fungao. 0 paciente deve conhecer a verdade e
esperar melhorar as vezes em menores graus, mas por urn longo periodo
(SARNO, 1977).
A cicatrizagao das celulas cerebrais ocorre em semanas, mas 0
desenvolvimento da recuperagao nao depende desta e leva alguns meses ou
anos (SARNO, 1977).
A enfase para pacientes cronicos e progressivos seria manter 0
tratamento para evitar complicagoes secundarias e manter a fungao existente
(THOMPSON, 1999).
o importante e iniciar a fisioterapia ainda na fase aguda e durar 0
necessario para demonstrar melhoras e a reabilitagao do paciente (REVISTA
BRASILEIRA DE CLfNICA E TERAPEUTICA, 1991).
Se nao existir tratamento, 0 paciente compensara com 0 lado nao
acometido, 0 que levara a alteragoes na marcha e tronco, fazendo com que
o paciente nao inicie mais movimentos com 0 membro afetado. A unica
maneira de reabilitar e atraves da repetigao constante e continua dos
movimentos funcionais (JOHNSTONE, 1979).
2.12 DISTURBIOS SENSORIAIS: AS ALTERA<;OES SENSORIAIS APOS
DAVC
o disturbio sensorial pode ser a perda total da sensibilidade tatil e
proprioceptiva, mas, na maioria dos pacientes, ocorre urn comprometimento
parcial, afetando as sensagoes discriminativas superiores. Neste
comprometimento 0 paciente perde 0 controle e a coordenagao dos seus
movimentos (UMPHRED, 1994).
Os movimentos sao direcionados pelos estimulos dos proprioceptores
dos musculos, tendoes e articulagoes; os estimulos sensitivos iniciam e
12
dirigem a funC;ao motora. Se ocorre esta perda sensitiva, a capacidade de
iniciar estes movimentos esta alterada e ocorre a perda funcional.
Simultaneamente ocorre a perda da imagem corporal, minimizando a
capacidade de sentir 0 membro (JOHNSTONE, 1979).
Falta 0 impulso para 0 movimento, altera-se 0 processo
neurofisiol6gico do movimento coordenado, estabelecendo as perdas motoras
(LEITAO, 1974).
Os mecanismos posturais e antigravitacionais sao dependentes do
sentido proprioceptiv~ (JOHNSTONE, 1979).
A lesao causa problemas de transmissao e insuficiencia da area
receptora sensitiva, assim, 0 paciente esquece 0 movimento normal, e passa
a utilizar os anormais (JOHNSTONE, 1979).
As alterac;oes mais freqUentes sao:
agnosia: dificuldade de reconhecimento;
anosognosia: nega posse do membro acometido;
apraxia: incapacidade de manipular objetos;
hemianestesia: perda de sensaC;ao;
hemianopia: perda do campo visual no lado acometido;
estereognosia: reconheer objetos em suas maos (JOHNSTONE,
1979).
Estes disturbios ocasionam as alteragoes dos padroes motores
normais (JOHNSTONE, 1979).
13
2.13 DISTURBIOS DO MOVIMENTO
2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados ao tonus postural
As alteragoes do tonus muscular estao relacionadas e determinam os
disturbios do movimento e assim, do sistema motor. As alteragoes sao a
hipotonia, hipertonia ou distonia (GALHARDO, 1989).
A hipotonia resulta de lesoes do arco reflexo do musculo, ate a ponta
inferior da medula, se esta permanece, indica maior gravidade progn6stica;
ocorre na fase inicial do AVe. Junto a hipotonia ocorrem as contraturas
antagonistas que sao confundidas com hipertonia (GALHARDO, 1989).
Na hemiplegia flacida, que e transit6ria, ocorre a paralisia facial, no
mesmo lade da lesao. Ha paralisia braquial e crural, reflexos cutaneos
abolidos, reflexos de automatismo medular. No membro superior ha
subluxagao do ombro, no quadril, rotagao interna e extensao do pe (LEITAO,
1974).
A hipertonia pode ser decorrente da lesao do sistema motor piramidal
ou do extra-piramidal e a a mais comum. No voluntario ocorre a espasticidade
pela perda da inibigao deste sistema motor sobre 0 neuronio motor periferico
(GALHARDO, 1989).
A espasticidade (estado mais comum), dura de dois a seis meses em
madia, iniciando pelos flexores do punho, dedos da mao e flexores plantares;
assim como adutores e flexores do brago e extensores da perna (LEITAO,
1974).
Na hemiplegia espastica ha paralisia facial central, flexao, abdugao e
rotagao externa do membro superior enos membros inferiores, extensao,
adugao e plantiflexao (LEITAO, 1974).
14
A ataxia e um disturbio relacionado ao feedback inadequado e ahipotonia. Nao existe a no~ao de posi~ao corporal no espa~o modificando as
altera<;oes posturais normais (DAVI ES, 1997).
Este disturbio, assim como a distonia, ocorre raramente nos
pacientes apos AVC (DAVIES, 1997).
Ha um padrao espasmodico tipico onde ocorre: a retra~ao, depressao
e rota~ao interna do ombro, flexao do antebra~o, flexao digital, retra~ao e
rota~ao interna da pelve, extensao do quadril, joelho e tornozelo e inversao
do tornozelo (JOHNSTONE, 1979).
Ja 0 padrao antiespasmodico ou de recupera<;ao seria 0 inverso do
padrao demonstrado acima (JOHNSTONE, 1979).
Os fatores que contribuem para 0 do tonus sao aquisi~ao de nova
habilidade motora, perda do equilibrio, dor, tensao mecanica e 0 emocional
(DAVIES, 1997).
A distonia e 0 terceiro disturbio do tonus por um aumento paroxistico
ou varia~oes simultaneas e sucessivas em um grupo muscular sem ritmo. Ebastante rara a sua ocorrencia (GALHARDO, 1989).
2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais estaticos
A hemiplegia e a disfun~ao motora do AVC, e um dos sinais clinicos
mais obvios (UMPHRED, 1994).
Embora 0 local e tamanho da lesao vascular determina 0 grau de
fun~ao motora, 0 comprometimento sensorial soma-se (UMPHRED, 1994).
o movimento e refinado, coordenado e adaptado atraves da intera~ao
de mensagens exteroceptivas e cinestesicas (UMPHRED, 1994).
Apos a hemiplegia, inicialmente, ha um estado de baixo tone ou
flacidez, sendo que sua dura~ao e de urn pequeno intervalo ate semanas ou
meses. Este e acompanhado de padr5es de aumento do tono. A velocidade
15
que estes retornam e ditada pelo local e gravidade da lesao e 0 enfoque da
reabilitagao (UMPHRED, 1994).
o movimento precoce e visto nos extensores espinhais e elevadores
do ombro e cintura pelvica (UMPHRED, 1994).
o retorno distal ocorre cedo e e para refor~ar a musculatura fraca.
Quando estes componentes motores sao usados para a fungao, sao vistos
padr5es de movimentos estereotipados como extensao do occipto, resultando
em posigao anteriorizada da cabega; 0 uso dos paracervicais unilaterais do
pescogo e rotagao contralateral; uso dos levantadores do ombro e uso dos
levantadores pelvicos (UMPHRED, 1994).
A espasticidade ocorre nos bragos, pernas, cabega, pescogo e tronco.
A musculatura do tronco, ombro e cintura pelvica e a inicial para desenvolver
a espasticidade. Na cintura escapular resulta inicial na rotagao para baixo da
escapula e inclinagao para cima da pelve, fazendo 0 tronco do lade afetado
parecer fletido lateralmente (UMPHRED, 1994).
A extensao vertebral e das cinturas sem os flexores abdominais leva
a caixa toracica a rodar parecendo 0 corpo estar retraido (BOBATH, 1978).
Ocorrem padr5es sinergistas tipicos pelo desenvolvimento do tone
anormal no tronco e tragao da gravidade para baixo, sendo que estes tem
sempre base neurol6gica (UMPHRED, 1994).
2.13.2.1 Os disturbios nos membros superiores
Nao apresenta movimentos ativos e a escapula assume posigao
rodada para baixo; assim, a cavidade glen6ide orienta-se para baixo e 0
mecanismo de trava passiv~ do ombro e perdido. Isto resulta em subluxagao
inferior do umero do ombro hemiplegico (CAILLIET, 1981).
o umero fica pendente ao lade do corpo, em rotagao interna e
extensao do cotovelo (UMPHRED, 1994).
Assim que 0 tronco ganha mais extensao do que flexao. A cervical e
lombar ganham extensao evidentes. A cabega e pesc090 fazem flexao
16
ipsolateral e contralatera. A caixa toracica roda para baixo. A escapula rodada
para baixo move-se superiormente sobre 0 t6rax e 0 umero hiperestende com
rota9ao interna. Essas rea90es fazem a cabe9a do umero subluxar
anteriormente (UMPHRED, 1994).
A luta contra a gravidade geralmente e responsavel por
compensa90es, como para impedir de cair tracionando a cabe9a para frente
e curvando os ombros, traciona para frente os peitorais e junto a
espasticidade, 0 umero pode ser tracionada para frente em adu980 horizontal
(UMPHRED, 1994).
Outro padrao e pela coativa9ao anormal dos musculos, dando
aparencia de flexao em massa do MMSS hemiplegico. Os padroes de controle
nao sao suficientemente integrados para permitir combina90es seletivas do
movimento. A escapula fica elevada e abduz sobre 0 t6rax e a cabe9a do
umero mantida embaixo do acromio. N80 ha dissocia<;80 entre escapula e
umero. Ha eleva<;ao do ombro com abdu<;ao umeral, rota<;ao interna e flexao
de cotovelo (UMPHRED, 1994).
Ocorre associada a espasticidade, a perda da amplitude dos
movimentos que estara diminuindo a fun9ao, causando deficits nos
movimentos passiv~s. Associado a isto ocorre 0 desequilibrio muscular,
padroes de movimentos alterados e encurtamentos musculares, causando
algia (UMPHRED, 1994).
A sind rome designada como ombro-mao inicia com edema e
hipersensibilidade nas maos e diminui9ao da amplitude de movimento em
ombros e dedos, ocorrendo a atrofia com grave contratura (UMPHRED,
1994 ).
Existe a disfun<;ao nas maos, causando a preensao reflexa quando um
estimulo e provocado na superficie palmar (UMPHRED, 1994).
Na coluna vertebral pode ser observada a presen<;a da escoliose. Ha
tendencias a curvaturas pela distribui<;ao desigual de peso associada as
retra90es musculares e rota<;ao da caixa toracica (UMPHRED, 1994).
17
2.13.2.2 Os disturbios nos membros inferiores
No estagio agudo, quando 0 controle motor e baixo e 0 tone postural
tambem, ha pouca atividade motora e 0 padrao de movimento e influenciado
pela gravidade (UMPHRED, 1994).
Quando tenta uma postura em pe a pelve inclina anterior ou
posteriormente, ou para baixo, sobre 0 lade afetado. Como resultado 0 quadril
e 0 joelho se fletem pela perda do controle motor e a perda da fun~ao de
sustentar 0 peso no lado afetado mantem 0 tornozelo em plantiflexao. Todo
o peso da perna e colocado sobre 0 antepe (UMPHRED, 1994).
Durante a recupera~ao, 0 retorno motor provoca um desequilibrio de
controle entre flexores e extensores do tronco, sendo que os padroes
extensores sao mais faceis (UMPHRED, 1994).
Em pe 0 uso ativo dos levantadores pelvicos faz a pelve inclinar
anteriormente e elevar-se. 0 joelho extende, 0 tornozelo faz plantiflexao e 0
talus move-se anteriormente. Pela retra~ao em tecidos moles a dorsiflexao e
perdida (UMPHRED, 1994).
Para a fase de balan~o da marcha realizam a extensao de tronco e
eleva~ao pelvica. 0 quadril e pelve se tornam uma unidade; 0 joelho fica
estendido e e empurrado em flexao plantar. Quando tenta tirar 0 pe do chao,
este supina (UMPHRED, 1994).
No contato de calcanhar 0 antepe encosta primeiro no solo. Quando
o peso e colocado sobre 0 pe a parte media do mesmo colapsa e 0 peso e
transferido para 0 calcanhar (UMPHRED, 1994).
Durante 0 apoio a extensao do quadril e bloqueada e a pelve nao inicia
movimento a frente. Assim compensam com 0 tronco superior ou 0 membro
nao afetado para iniciar a transferencia sobre 0 membro de apoio. A pelve
eleva, inclina anteriormente e roda para tras; 0 quadril fica em flexao e leve
rota~ao interna (UMPHRED, 1994).
18
E um terceiro padrao seria uma coativa~ao anormal dos musculos, a
"flexao em massa". 0 controle de tronco tem padroes extensores e flexores
mas nao e integrado para permitir movimentos seletivos. Ha padrao flexor na
fase de balanceio e padrao extensor no apoio. 0 recrutamento do movimento
distal e usado e a fase de balanyo tem uma inclinayao pelvica posterior; 0
quadril se move em flexao e abdu~ao (UMPHRED, 1994).
Outro padrao tende a sentar mais do que andar e a pelve pode rolar
para inclina~ao posterior. Quando em pe mantem a pelve em posi~ao
posterior e inclina a coluna toracica para tras, anteriorizando a cabe~a
(UMPHRED, 1994).
2.13.3 Os disturbios do movimento e a funyao motora
A hemiplegia e caracterizada pela perda do controle motor em um lado
do corpo (DAVI ES, 1996).
Ha uma perda muito importante da atividade seletiva nos musculos
que contraem 0 tronco, principalmente a flexao, rota~ao e flexao lateral deste
(DAVIES, 1996).
Ocorre a dificuldade em mobilizar 0 tronco, os musculos abdominais
demonstram perda da atividade e tonus. Em supin~ a caixa toracica e
alterada, fazendo 0 pesco~o parecer encurtado. A distancia da coluna a borda
lateral do tronco e maior do lade afetado. Ocorre a perda do controle do
tronco. A ausencia de estabiliza~ao proximal influencia totalmente nos
membros pois estes sao movidos em sinergias espasticas (DAVIES, 1996).
Como 0 resultado da hemiplegia 0 paciente parece ser lan~ado de
volta a um nivel inicial do desenvolvimento motor. Se nao for cuidadosamente
tratado continua a usar 0 padrao primitiv~ de extensao e 0 controle flexor nao
e atingido, pois, quanto mais usar a extensao, menos estimula os abdominais.
Ele geralmente compensa, ativando os extensores das costas, mudando a
posigao dos quadris. Sem 0 treino de controle e coordenay80, os musculos
19
ficam inativos e a inibigao pode estabelecer-se e produzir uma inibigao
automonitorada dos neuronios motores (DAVI ES, 1996).
Quanto aos MMII, BROOKS (1986) explica que como os extensores
hiperativos inibem tonicamente os flexores fisiol6gicos, os quais assim ficam
menos espasticos, e portanto, mais paralisados (DAVIES, 1996).
Ao sentar fica com os quadris em extensao e a coluna flexionada
passivamente para compensar 0 peso (DAVIES, 1996).
Quando em pe a postura adotada e cif6tica para evitar cair para tras
(DAVIES, 1996).
Devido a perda seletiva 0 paciente e incapaz de estabilizar sua coluna
em extensao, enquanto esta usando abdominais inferiores, como na marcha
(DAVIES, 1996).
E incapaz de mover membros isoladamente, sem que ocorra um
padrao semelhante no tronco e vice-versa (DAVI ES, 1996).
Ha a incapacidade de mover-se em padroes normais, sendo incapaz
de virar-se ou mobilizar-se ativamente no leito e andar. Esta regressao refere-
se a fungao motora (DAVI ES, 1996).
o paciente s6 e capaz de ativar musculos no lade afetado em uma ou
duas sinergias de massa e estas sao inadequadas para atividades funcionais
(DAVIES, 1996).
A reagao de endireitamento da cabega e inadequada nestes pacientes
(DAVIES, 1996).
A partir de supin~, muitos pacientes sao incapazes de atingir 0 sentar
sem auxilio. Com auxilio de elevar os bragos para usar os extensores do
dorso e a perna afetada eleva-se do solo pela perda da atividade seletiva
tronco e membros. Ao tentar este movimento, com rotagao do lade
hemiplegico e ativado 0 forte padrao flexor espastico (DAVIES, 1996).
Para 0 sentar, a coluna e flexionada e 0 pesco~o estendido, nao
devido a fraqueza dos extensores do tronco e sim pela falta de abdomen
adequados para impedir a queda (DAVIES, 1996).
20
Na posi~ao ortostastica nao tern musculatura abdominal para suportar
o tronco contra a gravidade, caindo para tras se estende coluna e quadril
simultaneamente. Assim, normalmente flexiona quadril e joelho, para trazer
o tronco para frente e para cima a cifose toracica (DAVIES, 1996).
AlteraQoes da fase de apoio: e incapaz de transferir 0 peso sobre a
perna afetada. Da urn passo muito curto com 0 pe sadio, como urn passo
protetor, dando 0 "equilibrio". (DAVIES, 1996).
Se os abdominais sao fracos ele hiperestende 0 joelho pois a pelve
nao inclina e 0 quadril entao nao extende. Assim, gera hipertonia nos
plantiflexores (DAVIES, 1996).
Deve trabalhar abdominais e extensao seletiva dos MMII, para nao
mais hiperestender 0 0 joelho na transferencia de peso (DAVIES, 1996).
Fase de impulso: Nesta fase, a perna hemiplegica cai pois nao e
sustentada. A perna parece ser "Ionga". 0 tonus extensor esta maior,
tornando a flexao do joelho e quadril dificeis, necessitando compensar para
trazer esta perna a frente. A perna aduz enquanto vai a frente, usa padrao de
flexao em massa para dar urn passo. 0 tronco flexiona e circunduz 0 quadril.
Os artelhos sao acima do chao para permitir tirar 0 pe hemiplegico do chao.
Assim, 0 bra~o mantem-se em padrao espastico de flexao (DAVIES, 1996).
Atrasam a marcha: a largura maior da passada, a velocidade lenta e
o numero menor de passos, pela altura do tronco. Ha perda da oscila~ao dos
bra~os, 0 bra~o se torna mais espastico. A posi~ao do ombro e escapula nao
sao controladas e 0 controle proximal depende da atividade seletiva do tronco.
Ja em supin~ ap6ia a escapula, mobilizando-a melhor.
Os rotatores internos e abdutores estao mais abaixo, pois exigem
menor fixa~ao da caixa toracica e escapula (DAVI ES, 1996).
A espasticidade deve sempre ser inibida para tentar a atividade
seletiva (DAVI ES, 1996).
21
2.14 0 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO DO Ave
A principal restrigao destes pacientes e a incapacidade em dirigir
estimulos aos musculos e combinar padroes de movimento, devido as lesoes
do sistema nervoso central (REVISTA FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO,
1995).
o tratamento dos deficits no controle motor objetiva a melhora da
func;ao e prevenc;ao de incapacidades por complicac;oes secundarias
(UMPHRED, 1994).
Os objetivos do tratamento seletivo baseiam-se em principios
neurofisiol6gicos elaborados para reaprender 0 controle postural e padroes
de movimentos basicos. Sao eles: reestabeleero controle postural, normalizar
impulsos tateis e proprioceptivos, facilitar pad roes de movimentos normais,
impedir contraturas e deformidades e inibir padroes de movimentos
indesejados (UMPHRED, 1994).
o tratamento pode ser realizado de acordo com a fase da patologia.
No estagio de flacidez inicial que e logo ap6s a hemiplegia, dura dias ou
semanas. Ha a perda do contato com 0 lade afetado e perda dos padroes de
movimento. Devem ser realizados exercicios de rolar e deitar, treinar
movimentos primitiv~s do tronco, para entao reabilitar membros superiores e
inferiores e evitar pad roes de postura adotados como a retrac;ao do ombro,
depressao da cintura escapular, rotac;ao interna de membros superiores e
extensao de membros inferiores (BOBATH, 1978).
No estagio de espasticidade sao atingidos os musculos flexores de
membros superiores e extensores de membros inferiores, onde deve-se
treinar 0 movimento passiv~, treino de marcha, amenizar padroes obtidos e
melhorar a adaptac;ao dos movimentos as atividades funcionais (BOBATH,
1978).
22
E a fase de recuperagao relativa, onde a espasticidade e leve e deve-
se amenizar padr6es, dissociar cinturas, transferencia de peso deve ser
treinada, e treinar marchas. assim como 0 retorno as atividades funcionais da
vida diaria (BOBATH, 1978).
o metodo BOBATH e um tratamento neuroevolutivo, utilizado para
inibigao e facilitagao de padr6es, possibilitando 0 desenvolvimento das
habilidades motoras (BOBATH, 1978).
3 METODOLOGIA
3.1 ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA
Este estudo realizado e do tipo observacional descritivo.
3.2 MATERIAlS
A ficha utilizada para avaliar os pacientes desta pesquisa consiste em
perguntas iniciais referentes a data de avalia~ao do AVC, recidiva, inicio da
fisioterapia, interrompimento, melhora dos movimentos durante a reabilita~ao,
dificuldades afastado do tratamento, inten~ao de retorno, realiza~ao de
orienta~ao e a queixa principal do paciente.
o segundo item e a identifica~ao atraves do nome, sexo, idade, data
de nascimento, endere~o, profissao e diagn6stico fisioterapeutico.
o terceiro item e a analise das posturas: supin~, decubito lateral,
sentado, ajoelhado, semi-ajoelhado e em pee Neste item, foi analisado
tambem 0 tonus, marcha, encurtamentos e deformidades.
3.3 METODOS
o presente trabalho foi iniciado atraves da escolha de prontuarios de
pacientes p6s AVC, que haviam interrompido seu tratamento fisioterapeutico,
em uma clinica escola na cidade de Curitiba. Entre estes, foram contactados
e escolhidos dez pacientes, os quais concordaram em participar do estudo.
Foram realizadas visitas na casa de nove pacientes e urn foi avaliado na
pr6pria clinica.
24
Estas visitas e avalia90es foram realizadas no periodo de abril a julho
de 2004, no turno da tarde, totalizando dez avaliagoes dos disturbios do
movimento, as quais foram respondidas verbalmente a academica
pesquisadora. Alem das respostas obtidas, foram observadas e analisadas as
transferencias posturais, conforme consta no apendice 0 modelo de avalia~ao.
3.4 POPULACAO
Entre 0 grupo de pacientes avaliados, quatro eram do sexo feminine
e seis do sexo masculino, com faixa etaria de 42 a 82 anos, portadores de
Acidente Vascular Cerebral, os quais nao mais realizam tratamento
fisioterapeutico.
3.5 ANALISE ESTATfsTICA
Neste estudo a variavel nominal e 0 sexo, 0 qual foi analisado em
forma de porcentagem; e a variavel numerica, a idade, que foi analisada na
forma de valor minimo, valor maximo,media, mediana e desvio padrao.
4 RESULTADOS
GRAFICO 1 - DISTRIBUICAO POR SEXO
600/0
II masculino
IIfeminino
o Grafico 1 refere-se ao sexo dos pacientes analisados" dentre os quais
constata-se que 40% sao do sexo feminino e 600/0 do sexo masculino. Obtendo-se a
predominancia no sexo masculino.
GRAFICO 2 - DISTRIBUICAO POR FAIXA ETARIA
en 4CI)••••c.! 3(.)nsc.CI) 2
"C
e~ 1~
Z 042 43 55 61 63 75 78 82
Faixa etaria
o Grafico 2 demonstra as faixas etarias encontradas na analise, onde a maior
incidencia ocorreu na faixa etaria de 63 anos, enquanto as restantes faixas etarias
apresentam somente urn paciente.
26
o Quadro 1 demonstra 0 ana em que ocorreu 0 derrame, e que apenas
urn paciente teve recidiva. As avalia90es foram realizadas de abril a julho de
2004, onde tres pacientes tem 0 hemicorpo esquerdo afetado e sete 0
hernicorpo direito. Quanto a atividade profis.sional, foi observado que apenas
urn paciente, profissional administrador, retornou a funCf8o.
QUADRO 1 - IDENTIFICACAO DOS PACIENTES PESQUISADOS
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Data do AVe 1999 1989 1988 1999 1998 2000 2000 2000 2003 2002
Recidiva 0 0 1991 0 0 0 0 0 0 0
Data da 2 2 2 2 2 2 2 2 1 3avalia9ao
Hernicorpo D D D D E D D D E Eafetado
Profissao F Pr Pi A E V B D D M
Retorno 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0profissional
Quanto a recidiva, foi d~terminado:
o = se nao ocorreu Ano = quando ocorreu
Quanto a data de avalia<fao:
1 = 04/2004 2 = 06/2004 3 = 07/2004
Quanto ao hemicorpo afetado:
D = direito E = esquerdo
27
Quanto a profissao:
F = fiscal· ,
A = administrador
B = borracheiro
Pr = professor
E = eletricista
D = do lar
Pi = pintor
V = vendedor
M = motorista
QU,antoao retorno profissional:
o = nao ocorreu 1 = retornou
o Quadro 2 indica a data de inicio e interrompimento da reabilitac;ao,
demonstrando quanto tempo realizaram 0 tratamento. Observa-se a
permanencia minima de 1 ana e a maxima de 13 anos.
QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAOt
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Inicio 2001 1989 1988 1999 1998 2001 2000 2000 2003 2002Interrompimento 2003 2002 1989 2000 1999 2004 2003 2002 2004 2003
o Quadro 3 demonstra dados do periodo durante e ap6s a fisioterapia.
Conclui-se que somente dois pacientes nao referem melhoras durante 0
tratamento. Todos sentem maiores dificuldades sem 0 tratamento e todos tem
intenc;ao de retornar a fisioterapia, mesmo que nove dos dez pacientes
continuem realizando alguns exercicios em casa.
28
QUADRO 3 - DADOS DO PERioDO DURANTE E APOS A FISIOTERAPIA
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Melhora dos 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1movimentos
Dificuldades sem 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1o tratamento
Inten~ao de 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1retorno
Exercicios 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1domiciliares
Queixa principal A D An F Se Td An An P An
Quanto a melhora dos movimentos:
o = nao obteve 1 = obteve
Quanto as dificuldades nao tendo tratamento:
o = nao tem 1 = tem
Quanto a intenc;ao de retorno:
o = nao 1 = sim
Quanto a realiza~ao de exercicios em casa:
o = nao 1 = sim
Quanto as queixas principais:
A = ajoelhar-se
An = andar
Td = total dependencia
P = peso no brago
D = dor no ombro
Se = subir escadas
F = diminuigao da forga
29
o Quadro 4 demonstra a capacidade de realizar a posigao supin~ a
partir desta para outras posigoes. Verifica-se que 4 pacientes mantem a
posigao com flexao de MMSS e extensao de MMII; 3 mantem flexao de MMSS
e flexao de MMII; 2 tern extensao de MMSS e MMII, e 1 tern maior extensao
em MMII, mas tambem extensao de MMSS.
Conclui-se que 0 padrao mais incidente e a flexao de MMSS,
associada a extensao de MMII. Observa-se tambem que nove dos dez
pacientes passam a partir desta para outras posigoes.
QUADRO 4 - POSTURA SUPINO E TRANSFERENCIAS
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Padrao em 2/3 1/2 3/2 1/2 1/2 1/4 1/4 1/4 3/2 1/2.suplno
Passa para 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1outras posi~oes
Quanto ao padrao:
1 = flexao de MMSS
3 = extensao de MMSS
2 = extensao de MMII
4 = flexao de MMII
Quanto a passar para outras posturas:
o = nao passa 1 = realiza
o Quadro 5 indica quais as pacientes que sao capazes de manter 0
decubito lateral, se este e bilateral e se tern preferencia por algum dos
decubitos. Observa-se que somente urn nao realiza esta postura e as nove
que realizam mantem bilateral. Destes, quatro preferem 0 decubito esquerdo,
tres 0 direito e 2 sao indiferentes.
30
QUADRO 5 - CAPACIDADE E PREFERENCIA DE DECUBITO LATERAL
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10.
Decubito lateral 1/8 1/8 1/8 1/U 1/8 1/8 1/8 1/8 1/8 0
Preferencias DIE E DIE E 0 D E D E -
Quanto ao decubito lateral:
o = nao realiza
1 = realiza
U - unilateral
B = bilateral
Quanto a preferencia:
D = decubito lateral direito
E = decubito lateral esquerdo
o Quadro 6 explica a posi9ao sentado, se os pacientes mantem sem
apoio, qual 0 padrao dos MMII, se existe a rea9ao de prote9ao e se utiliza as
maos. Conclui-se que quatro dos pacientes nao realiza sem ter um apoio e
oito destes mantem a flexao dos MMII. Somente um paciente nao tem
capacidade de realizar a postura. Apenas um n80 tem a rea980 de prote98o
e seis deles tem rea9ao bilateral.
31
QUADRO 6 - DADOS REFERENTES A POSTURA SENTADA E usa DAS
MAOS
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sentar sem apoio 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1
Com flexao MMII 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0
Com extensao 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1MMII
Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Reayao de 1/8 1/8 1/U 1/8 1/8 0 1/8 1/U 1/8 1/Uproteyao
Uso das maos 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
Quanto a sentar sem apoio:
o = nao realiza 1 = realiza
Quanto a manter flexao MMII:
o = nao 1 = sim
Quanto a manter extensao MMII:
o = nao 1 = sim
Quanto a nao conseguir realizar a postura:
o = falso, pois realiza 1 = verdadeiro, nao realiza
Quanto a reac;ao de protec;ao:
o = nao tem
1 = tem
U = unilateral
B = bilateral
Quanto a usar as maos:
o = nao 1 = sim
32
o Quadro 7 refere-se a postura ajoelhada, se realiza sem apoio, se ha
reag80 de equilibrio ou se e somente com apoio. Foi constatado que somente
quatro pacientes realizam sem apoio, os quais tem reagao de equilibrio e que,
fornecendo um apoio, sete passam a realizar a postura.
QUADRO 7 - DADOS REFERENTES A POSTURA AJOELHADA
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sem apoio 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0
Rea~ao de 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0equilibrio
Com apoio 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0
Quanto a ajoelhar sem apoio:
o = nao realiza 1 = realiza
Quanto a ter rea<;ao de equilibrio:
o = n80 tem 1 = tem
Quanto a conseguir ajoelhar-se tendo apoio:
o = nao 1 = sim
o Quadro 8 analisa a postura semi-ajoelhada, se realiza, se e sem ou
com apoio e se ha reag80 de equilibrio. Observou-se que cinco pacientes nao
conseguem realizar, dois realizam sem apoio e, tendo algum apoio, este
numero sobe para cinco pacientes. Destes, tras apresentam reag80 de
equilibrio.
33
QUADRO 8 - DADOS REFERENETES A POSTURA SEMI-AJOELHADA
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sem apoio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
Rea~ao de 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0equilibrio
Com apoio 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0
Nao realiza 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1
Quanto a realizar sem apoio:
o = nao realiza 1 = realiza
Quanto a ter rea9aO de equilibrio:
o = nao tern 1 = tern
Quanto a realizar com apoio:
o = nao realiza 1 = realiza
Quanto a nao realizar:
o = falso, pois realiza 1 - verdadeiro, nao realiza
o Quadro 9 analisa a postura em pe, se existe a capacidade para a
mesma, se ocorre sem apoio ou somente com apoio, se ha reaCfaO de
equilibrio. Tambem demonstra se as transferencias posturais sao realizadas
somente com apoio. Foi constatado que somente urn paciente, 0 qual convive
acamado, nao realiza a postura. Entre os pacientes, oito mantem-se sem
apoio, seis distribuem 0 peso assimetricamente e quatro transferem as
posturas sem auxilio.
34
QUADRO 9 - REACOES A POSTURA EM PE
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sem apoio 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1
Transferencia de 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1peso assimetrico
Transferencia de 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0peso simetrico
Com apoio 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Em pe sem 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1auxilio
Em pe com 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0auxilio
Quanto a postura em pe sem apoio:
o = nao realiza 1 = realiza
Quanto as transferencias de peso:
o = nao 1 = sim
Quanto a posi<;ao com apoio:
o = nao 1 = sim
Quanto a nao realiza-Ia:
o = falso 1 - verdadeiro
Quanto a realizar sem auxilio:
o = nao 1 = sim
Quanto a realizar com auxilio:
o = nao 1 = sim
35
o Quadro 10 refere-se a marcha: se e realizada e se com apoio ou
nao, e a subir escadas sem auxilio ou nao. Destes, cinco realizam sem apoio
sendo seis com reac;ao de equilibrio. Somente urn dos dez nao realiza
marcha. Para subir escadas, 6 necessitam de apoio e 3 nao realizam.
QUADRO 10 - REACOES A REALIZACAO DA MARCHA
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sem apoio 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0
Rea~ao de 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1equilibrio
Com apoio 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1
Rea~ao de 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1equilibrio
Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Sobe escadas 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0.sem apolo
Sobe escadas 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0.com apolo
Neste item, tem-se como legenda:
o = nao 1 = sim
Somente 0 item "nao realiza":
o = falso 1 = verdadeiro
Quanto a realizar com auxilio:
o = nao 1 = sim
36
o Quadro 11 demonstra 0 tonus presente nos pacientes e a
distribui~80 topografica do mesmo. Pode-se observar que cinco dos pacientes
apresentam grau 2, tras apresentam grau 3 e dais apresentam grau 4, ou
seja, a maioria apresenta aumento de tonus durante grande parte da ADM,
mas a mobiliza~8o passiva e realizada canforme escala descrita baixo.
Quanto a distribui~80 topografica, seis pacientes tern maior acentuaC;8o de
tonus em MMSS.
QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAo TOPOGRAFICA
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Intensidade 2 4 3 2 2 4 3 2 2 3
DistribuiC;80 1 1 2 1 1 2 2 1 2 1topografica
A escala utilizada e de Ashword, descrita abaixa:
o = Tonus muscular normal
1 = Discreto aumento do tonus muscular, manifestado par contraC;8o
e relaxamento, ou por uma resistencia minima no final do
movimento, quando a articula~8o afetada e fletida ou estendida.
1+ = Discreto aumento do tonus muscular, manifestado par contraC;8o
assaciada a uma resistancia minima durante a restante (menos
da metade) da amplitude do movimento (ADM).
2 = Aumenta mais pronunciado do tonus muscular, durante a maior
parte da ADM, mas a movimentaC;8a passiva e facilmente
realizada.
37
3 = Aumento consideravel do tonus muscular, e a movimentaQ8o
passiva e realizada com dificuldade.
4 = ArticulaQ80 afetada rigida em flex80 ou extens80 (REVISTA
FISIOTERAPIA UNIVERSAL, 1998).
E para a distribui~ao topografica:
1 = + em MMSS
2 = + em MMII
A Tabela 12 refere-se a presenQa de encurtamentos, em tronco,
membro inferior e superior afetados. Em tronco foi verificado que seis dos
pacientes apresentam encurtamentos grau 3; dois apresentam grau 2 e dois
apresentam grau 1 em tronco. Em membro inferior, um apresenta
encurtamento grau 2 e nove apresentam grau 3. Ja em MMSS, um paciente
apresenta 0 grau 1; cinco pacientes apresentam grau 2, e 4 apresentam 0
grau 3.
QUADRO 12 - PRESENCA DE ENCURTAMENTOS
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tranca 3 2 3 3 3 1 3 1 2 3
MMII 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3
MMSS 3 1 3 2 2 2 2 3 3 2
A legenda utilizada:
1 = grave
2 = moderado
3 = leve
38
o ultimo quadro, de nO. 13, refere-se as deformidades presentes em
tronco, MMII e MMSS. Em tronco, tres pacientes apresentam grau 1; tres
apresentam grau 2 e quatro pacientes apresentam grau 3. Em MMII, oito
pacientes apresentam grau 3, urn paciente apresenta grau 2, e urn paciente
apresenta grau 1. Em MMSS, dois pacientes tern grau 1, qua\tro pacientes
tem grau 2 e quatro, grau 3.
QUADRO 13 - PRESENCA DE DEFORMIDADES
Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tronco 3 1 3 3 3 1 1 2 2 2
MMII 3 3 3 3 3 3 1 3 2 3
MMSS 3 1 3 3 3 1 2 2 2 2
Sendo:
1 = grave
2 = moderado
3 = leve
5 DISCUSSAO
De acordo com a literatura, 0 Acidente Vascular Cerebral e uma
patologia incapacitante de maior incidencia em idosos, homens e negros,
como verifica-se neste estudo, onde 60% das pessoas sao do sexo masculino
e na faixa etaria de 61 a 70 anos.
A revisao bibliografica relata que 0 tratamento fisioterapeutico deve
ter inicio precoce e permanecer por tempo indeterminado, pois e necessario
um programa de tratamento para a manuten<faO do quadro, prevenindo
complica<foes e preservando as fun<foes adquiridas.
No presente estudo foi observado que 100% dos pacientes tern
inten<faode retorno a fisioterapia pois todos apresentam maiores dificuldades
nas AVO's em rela<fao ao periodo em que permaneceram na fisioterapia.
Oestes, somente do is pacientes tern hist6ria de AVC rnais antigos e urn deles
ocorrendo uma recidiva; os outros 8 pacientes sao mais recentes e nao
tiveram recidivas. Entre estes, apenas 3 tern sequelas a esquerda, a qual,
segundo a literatura, necessita de maior tempo de tratamento.
Em rela<fao ao retorno ao trabalho, ocorreu somente uma pessoa,
hemipolegico a direita, com menor dificuldade motora, pois os outros
apresentam incapacidades adquiridas no periodo sem tratamento, que nao
permitem a execug80 de suas atividades adequadamente.
Entre 0 grupo analisado, somente 2 pacientes permaneceram por
maior tempo, tendo 14 anos consecutivos de tratamento; 0 restante teve °maximo de 3 anos de reabilita<fao, sendo que estes dois que permaneceram
tern deformidades rnais leves e atingem varias posturas, inclusive 0 semi-
ajoelhado, que e uma postura com maior grau de dificuldade para a maioria
dos pacientes.
Considerando 0 grupo que permaneceu menos tempo em fisioterapia,
2 pacientes nao observaram melhora durante 0 tratamento, porem assim
40
como 0 restante, referem maiores dificuldades nas AVO's no periodo sem
tratamento e desejam retornar pois apenas um deles nao consegue realizar
orienta90es domiciliares, 0 que contribui para a piora ou regressao do seu
quadro clinico. Isto pode ser observado pois a maior queixa entre eles a a
dificuldade com os MMSS e a marcha, 0 que interfere muito nas atividades
diarias.
Como demonstra a bibliografia, 0 decubito prono a de grande
dificuldade para estes pacientes, dando preferencia ao decubito supin~ e
outras posturas, 0 que foi observado nas avalia90es fisioterapeuticas
realizadas neste grupo de dez pessoas. Somente um paciente a totalmente
dependente, nao realizando a transferencia para outras posturas,
permanecendo 0 tempo todo em supin~. Nesta mesma postura pode ser
analisado tambam que 4 pacientes mantam 0 padrao classico de hemiplegia,
que seria a flexao de MMSS associada a extensao dos MMII e 0 restante, 3
pacientes, mantam a extensao dos membros e 3 a flexao.
Ao analisar 0 decubito lateral, foi possivel observar que somente urn
paciente nao consegue permanecer na postura e um deles com hemiplegia adireita mantam somente 0 decubito lateral esquerdo, nao transferindo 0 peso
para 0 lado afetado. 0 restante permanece em decubito lateralmente, sendo
a maior preferencia pelo decubito lateral esquerdo, nestes pacientes.
Oe acordo com pesquisas da literatura, ao sentar os pacientes p6s
AVC mantam 0 quadril em extensao e sua coluna fletida para manter a
postura e, neste estudo, a maioria dos pacientes mantem-se sentados, com
a flexao dos joelhos e apoio dos pas, pois a postura sentada com extensao
dos MMII fica muito limitada pela fixa9ao do quadril em extensao. Oestes 10
pacientes, 3 necessitam de apoio para sentar e um nao realiza; e dos que
precisam de apoio, um nao apresenta rea9ao de prote9ao e um s6 tem rea9ao
unilateral, sendo esta com a mao sadia; os outros apresentam bilateral.
Somente dois pacientes utilizam as maos para manter-se sentados, sendo
estes os mesmos que necessitam de apoio para sentar, comprovando a
dificuldade em manter 0 tronco e os MMSS livres nesta postura.
41
Na postura ajoelhada tem-se 4 pacientes que realizam sem apoio e
com reagao de equilibrio, tendo boa qualidade e estabilidade na posigao; 3
necessitam de apoio para conseguir realizar; 3 nao realizam. Dos 3 que nao
tern estabilidade nessa posigao, 2 fazem parte do grupo que teve menor
tempo de reabilita~ao (2 a 3 anos), demonstrando assim a importancia da
continuidade do tratamento para a adequagao das posturas anti-
gravitacionais.
Ja na postura semi-ajoelhada que requer maior controle postural e de
equilibrio, foi constatado que 5 pacientes nao realizam; 3 somente com apoio
e 2 realizam sozinhos. Torna-se evidente 0 grau de dificuldade onde apenas
2 pacientes executam esta atividade.
Quanto a postura em pe, esta descrito que 0 paciente e incapaz de
transferir 0 peso sobre a perna afetada, dando passos curtos com 0 pe sadio
para obter equilibrio; dos dez pacientes analisados, somente tras apresentam
a transferancia de peso mais pr6xima do fisiol6gico, que sao pacientes que
nao tiveram recidiva e permaneceram maiortempo (5 a 6 anos) em tratamento
continuo; 2 andam sem apoio porem com maior dificuldade na transferencia
de peso para 0 lado afetado; 4 pacientes deambulam com apoio e 1 nao
deambula.
Segundo a Escala de Hoffer, que consiste de deambuladores
comunitarios, domiciliares terapeuticos e os nao deambuladores, estes
pacientes podem ser classificados em 5 comunitarios, 4 domiciliares e 1 nao
deambulador.
Quanto a subir escadas, somente urn paciente mantem com
estabilidade, nao necessitando de apoio e 6 conseguem realizar com apoio.
De acordo com a Escala de Ashword, 5 pacientes apresentam grau II,
3 apresentam grau III e 2 apresentam grau IV. E destes, 6 tem mais afetado
os MMSS e 4 os MMII. A literatura apresenta, em relagao ao tonus, tres
classificagoes: a hipertonia, a hipotonia e a distonia, sendo a primeira, a mais
incidente e a ultima a mais rara entre pacientes, como confirmado na
pesquisa acima, onde ha maior incidancia de tonus espastico flexor em
42
MMSS. A caracteristica do tonus demonstra que metade dos pacientes tem
pouco comprometimento (5 pacientes), 0 que confirma pelas habilidades
motoras que estes realizam, descritas anteriormente.
Quanto a presen~a de encurtamentos: 6 tem grau leve, 2 moderados
e 2 graves, sendo necessaria a reabilita~ao para prevenir a evolu~ao das
deformidades. Este e um fator importante, pois altera a qualidade de vida
destes pacientes em rela~ao a sua independencia motora, interferindo
diretamente na sua auto-estima.
43
6 CONSIDERACOES FINAlS
o enfoque dos programas de saude sao voltados para 0 bern estar da
populagao. 0 paciente p6s AVC tern como principal dificuldade os disturbios
do movimento, sendo que 0 tratamento fisioterapeutico e de grande
importancia na amenizagao destes sintomas, como relata a literatura.
Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios do movimento
em um grupo de pacientes ap6s AVC, que interromperam a sua fisioterapia.
Neles pode ser observado graus diferenciados de incapacidade funcional e
as varias Iimitag5es quanto a realizagao de posturas, principalmente as anti-
gravitacionais. Porem dando-se continuidade ao tratamento, 0 quadro clinico
mantem-se estavel, nao permitindo a sua regressao, melhorando a
funcionalidade dos movimentos, prevenindo conseqOentes deformidades, 0
que traz dificuldades para este individuo quanto ao seu retorno a sociedade.
Os pacientes que realizaram tratamento por maior tempo obtiveram
ganhos significativos quanto a mobilidade, e especialmente a deambulagao
independente, sendo evidentes os resultados que a fisioterapia os•proporclona.
Este trabalho ressalta a importancia da independencia motora que
somente e obtida atraves de movimentos repetitivos e do treino diario de
atividades, reaprendendo assim, os movimentos que nao eram mais
realizados.
A aquisigao desta independencia motora e fundamental para 0 retorno
a comunidade e possivelmente a atividade profissional, 0 que foi possivel
nesta amostra em urn individuo somente. Neste mesmo grupo ha urn individuo
totalmente dependente de auxilio, comprovando as diferengas individuais
quanto as capacidades funcionais.
44Considerando este estudo, nao se pode determinar um periodo
especifico para se realizar 0 tratamento fisioterapico, entretanto, nao se deve
encerra-Io antes de esgotar todas as possibilidades para a aquisigao da
marcha e posturas independentes, condigao esta a minima necessaria para
prornover a auto-estima e 0 resgate do individuo com sequelas ap6s urn
Acidente Vascular Cerebral.
45
7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICASBOBATH, Berta. Hemiplegia no adulto.Avalia9aO e tratamento. 3 ed.Sao Paulo: Manole, 2001.
CAILLIET, Rene. 0 ombro na hemiplegia. 2 ed. Sao Paulo: Manole,1981.
CHARLES, Andre. Manual do A VC. Rio de Janeiro: Revinter, 1999.
DAVIES, Patricia M. Exatamente no centro:atividades seletivas dotronco no tratamento da hemiplegia no adulto. Sao Paulo: Manole,1996.
_. Recome~ando outra vez: reabilita9ao precoce ap6s lesaocerebral traumatica ou outra lesao severa. Sao Paulo: Manole, 1997.
EDWARDS, Susan; THOMPSON, Alan J. Fisioterapianeurol6gica:uma abordagem centrada na resolu9ao de problemas. Porto Alegre:ArtMed, 1999.
FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO. Revista. v. III, n. 2, out./mar., 1995.
GALHARDO, Ivanilton. Propedeutica neurol6gica essencial. SaoPaulo: Pancast, 1989.
JOHNSTONE, Margareth. Recupera~ao da fun~ao motora no pacientehemiplegico: principios de reabilita9ao. Sao Paulo: Manole, 1979.
__ "0 paciente hemiplegico: principios de reabilita9ao. Sao Paulo:Manole, 1979.
LEITAo, R. E. de Araujo. Clinicade reabilita~aona hemiplegia. Rio deJaneiro: Artenova, 1974.
46
LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociencia: fundamentos para areabilitagao. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
NITRINI, Ricardo; BOCHECHI, Luiz A. A neur%gia que todo medicodeve saber. Sao Paulo: Santos, 1991.
PICKLES, Barrie; COMPTON, Ann; COTT, Cheryl; SIMPSON, Janet;VANDERVOORT, Anthoy. Fisioterapiana terceiraidade.Sao Paulo:Livraria Santos, 2 ed. 2000.
REVISTA BRASILEIRA DE CLiNICA E TERAPEUTICA. Ano XX, n. 8,Sao Paulo: Moreira Junior, ago., 1999.
SARNO, John E.; SARNO, Marta T. Derrame: tratamento e prevengao.Sao Paulo: Ibrasa, 1977.
STOKES,Maria. Neur%gia para fisioterapeutas.Sao Paulo: Premier,2000.
SULLIVAN, Susan B. 0'.; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia:avaliagaoe tratamento. 2 ed. Sao Paulo: Manole, 1993.
TEIXEIRA, L. F.; OLNEY, S. J.; BROWER, B. Mecanismos e medidasde espasticidade. Revista Fisioterapia Universal. Sao Paulo, v. 5, n.1, p. 4 - 19, jan./jun., 1998.
UMPHERED, Darcy Ann. Fisioterapianeuro/6gica. 2 ed. Sao Paulo:Manole, 1994.
APENDICE
48
APENDICE 1: QUESTIONARIO
Data da avaliagaoData do AVCRecidiva do AVCQuando iniciou a fisioterapia?Quando interrompeu a fisioterapia?Durante a fisioterapia teve melhora dos movimentos?Quando afastado do tratamento sentiu mais dificuldades?Em que atividades?Gostaria de retornar a fisioterapia? Porque?Em casa realiza exercicios aprendidos na fisioterapia?Maior queixa no momenta:
o que realiza sozinho? Para que necessita de auxilio?
Nome:Data de nascimento:Enderego:Fone:
Sexo: Idade:
Profissao: Atua:
Diagn6stico fisioterapeutico:o que realiza sozinho? Para que necessita de auxilio?
SUPINOPadrao de MMSS e MMII:Passa para outras posig5es?Tem reagao de anfibio?
Como?
DECUBITO LATERALPermanece na postura?Qual lade prefere?
Bilateral?
SENTADOFaz transferencias?Tern rea9ao de prote9ao?
Como?
Usa as maos?Com extensao, flexao MMII ou pes apoiados?
49
JOELHOMantem a posh/ao?Transfere peso?Tern equilibrio?
Como?
SEMI-AJOELHADOMantem posigao?Poe urn pe a frente?Tern equilibrio?
Com apoio?
EM PEMantem posigao? Com apoio?Distribui peso?Realiza ajoelhado, semi ate em pe?
MARCHACom auxilio?Fica sabre urn peTern equilibrio?Sobe escadas? Como?Apresenta as 3 fases da marcha?
TONUSQual?Intensidade?
ENCURTAMENTOS Apresenta?
DEFORMIDADES Apresenta?