18
DANIEL LIE . LIE LIONG KHING

DAniel lie . LIE LIONG KHING - casatriangulo.com · traços indefinidos, ele é uma espécie rara e afrodisíaca que habita a cidade de São Paulo. ... exemplo, uma fotografia feita

  • Upload
    lynga

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

DAniel lie . LIE LIONG KHING

Guilhermina Esperança, 2015instalação composta por frutas, plantas, terra, cordas tingidas, lona plástica, turmalina, roldanas, ganchos, correntes e fitas refletivas[Installation made of fruits, plants, earth, dyed ropes, pulleys, plastic canvas, Tourmaline, hooks, chains and reflective tapes]dimensões variadas [variable dimensions]

vista da instalação / primeiro andarinstallation view / first floor

vista da instalação / primeiro andarinstallation view / first floor

vista da instalação / primeiro andarinstallation view / first floor

vista da instalação / primeiro andarinstallation view / first floor

vista da exposição / segundo andarexhibition view / second floor

vista da exposição / segundo andarexhibition view / second floor

vista da exposição / segundo andarexhibition view / second floor

vista da exposição / segundo andarexhibition view / second floor

Condomînio II, 2015corda, ilhós, lona plástica, fotografia, cabeça de estátua de dragão, fita refletiva, quartzo rosa, pirita e calcário [string, eyelets, plastic canvas, photography, dragon head statue, reflective tape, rose quartz, pyrite, limestone] 173 x 26 cm

Transição, 2015corda tingida, ilhós, lona plástica, chaveiro de caveira, cristal de quartzo, dentes de leite, ossos, borracha japonesa e fita refletiva [dyed rope, grommets, plastic canvas, keychain skull, quartz crystal, first teeth, bones, japanese rubber and reflective tape]110 x 11 cm

Honestidade, intenção e objetivo, 2015opala, madeira, ametista, folha de ouro, fotografia, corda, fita refletiva, ilhós, ganchos e lona plástica [opal, wood, amethyst, gold leaf, photography, rope, reflective tape, eyelets, hooks and plastic canvas]109 x 66 cm

Memory stick ou pau de memória, 2015cajado de madeira, corda, lona plástica, ilhós, fita refletiva, fotografia, aquarelas, estátua de cobra boliviana, borracha japonesa, figura de buda tailandês, chaveiro egípcio, madeira e rebite do trilho de trem do deserto de sal da bolívia, moedas gregas, caixa de cigarros da Indonésia, rocha, quartzo com turmalina [wooden stick, rope, plastic canvas, eyelets, reflective tape, photography, watercolors, bolivian snake statue, japanese rubber, thai buddha figure, photograph, egyptian keychain, wood and rivet train rail bolivian salt desert, greek coins, indonesian cigarette box, rock, quartz with tourmaline]132 x 175 cm

My pussy is my power, 2015couro de jaqueta, corda, lona plástica, fotografia, ágata e obsidiana[leather jacket, rope, plastic canvas, photography, agate and obsidian]172 x 22 cm

Pernambuco (Brasil) e Ilha de Java (Indonésia) dividem as mesmas coordenadas latitu-dinais no mapa-múndi. Entre a cidade de Garanhuns em Pernambuco e Semarang na Ilha de Java, existe uma linha que se conecta. Uma linha que é traçada por dois pontos que percorrem uma reta de aproximadamente 16.000 quilómetros de distância, pontos que na vida de Daniel Lie nomeiam-se Iranlida Elias da Costa e Lie Liong Khing. Com mãe pernambucana e pai indonésio, o artista é o fruto desta interessante mistura tropical. Com traços indefinidos, ele é uma espécie rara e afrodisíaca que habita a cidade de São Paulo.

São 16.000 quilómetros de distância entre suas raízes, com uma história marcada pelos anos de 1.600, época que representa - tanto na região de Pernambuco como na Ilha de Java - um momento de colonização Holandesa. É por esta carga histórica que começa a união subjetiva do que vem a ser a família Costa Lie. União que apresenta-se nesta exposição em cada objeto, natureza e imagem apropriada pelo artista. São memórias de um passado presente, de uma herança familiar, cultural e afetiva que vêm sendo mantida e visitada de geração em geração. Assim como o título da exposição leva o nome do pai do artista, a instalação Guilhermina Esperança remete ao nome da estação de metrô em que viveram suas avós, tanto a mater-na, Lindinalva (94 anos), quando a paterna, Eleonora (1924-1984). São lembranças meta-morfoseadas em arte, a fim de sobreviver ao tempo e permanecerem atuais. Um proce-dimento que busca eternizar a efemeridade das coisas, nem que seja de forma simbólica. Uma busca aos costumes familiares de Costa Lie, através de riquezas naturais da terra natal de seus ancestrais e de suas tradições. O que faz da manga, por exemplo, um elemento icônico na produção do artista. Uma fruta de origem indiana, que foi introduzida através da coloniza-ção europeia no Brasil e na Indonésia, países que hoje apresentam uma das mais importan-tes áreas de cultivo de mangueirais. Fruta que, particularmente, esteve sempre presente na casa das avós, dos pais e mais recentemente na do artista com sua companheira Aline Tima.

DAniel lieLIE LIONG KHING

Desta forma, Guilhermina Esperança é uma instalação composta por elementos em constan-te transformação, amadurecimento e decomposição. Plantas guaimbes, cachos de banana, mangas, abacaxis, laranjas e limões são algumas das matérias inerentes ao tempo expostas. Frutas, que em sua maioria, encontram-se envelopadas por sacos plásticos em uma espécie de sarcófago translúcido. E é guiado por este constante paradigma entre morte e vida, que o artista ressuscita seus antepassados e homenageia seus familiares ao longo da exposição.

A série de OPP - que pode ser tanto lido como Objeto Parede Pescoço e/ou Objeto Para Pensar -, apresenta objetos do artista que contém uma força simbólica e pessoal, como, por exemplo, uma fotografia feita por seu pai, um maço de cigarro da indonésia e dentes de leite do próprio. Objetos afetivos que são combinados a elementos sintéticos (lona plástica, fita refleti-va e corda) e matérias orgânicas (pedras, frutas e plantas). Uma combinação inusitada, porém capaz de equilibrar a carga estética, conceitual e subjetiva nos trabalhos aqui apresentados.

Equilíbrio que tem como fio condutor a representação de uma linha. Uma linha capaz de conectar Garanhuns à Semarang, Iranlida Elias da Costa à Lie Liong Khing, Eleonora à Lindinalva, plantas guaimbes à cachos de banana, dentes de leite à cristais minerais e assim por diante... Uma linha viva e pulsante, que se move conforme a transformação das coisas e se prolonga com o passar do tempo

Paula Borghi Junho, 2015

Pernambuco (Brazil) and Java (Indonesia) lie along the same degree of longitude on the world map. There is line connecting Garanhuns, in Pernambuco with Semarang, in Java. The two points in the life of Daniel Lie that determined this 16,000-kilometer-long line are named Iranlida Elias da Costa and Lie Liong Khing. With a Pernambucan mother and an Indonesian father, the artist is the outcome of this interesting tropical mixture. With indefinite features and a rare, aphrodisiacal nature, he lives in the city of São Paulo.

His roots are separated by a distance of 16,000 km and share a common history that transpired in the 1600s, when both Pernambuco and Java went through a period of Dutch colonization. This historical background is what ultimately gave rise to the subjective union that constitutes the Costa Lie family – a union that is represented in this exhibition in each object, element of nature and image appropriated by the artist. They are memories of a past that is felt in the present as a familial, cultural and affective heritage, conserved and passed down from generation to generation.

Just as the title of the exhibition bears the name of the artist’s father, the installation Guilhermina Esperança takes its name from that of the subway station where his grandmothers lived – both his maternal grandmother, Lindinalva (age 94), and his paternal grandmother, Eleonora (1924–1984). They are memories metamorphosed into art, being thus immortalized and made permanently current. This artistic procedure is aimed at eternalizing the fleetingness of things, even if symbolically.

In his work, Daniel Lie investigates the customs of the Costa Lie family, through the natural wealth of the birthland of his ancestors and their traditions. This makes the mango, for example, an iconic element in the artist’s production. This fruit of Indian origin was introduced to the countries of Brazil and Indonesia during the process of their European colonization, and today it is an important food crop in both nations. In particular, this fruit was always present in the homes of the artist’s grandmothers, in that of his parents, and, more recently, in that of the artist and his companion, Aline Tima.

Guilhermina Esperança is therefore an installation composed of elements in constant transformation, in various stages of ripening and decomposition. Guaimbe plants, bunches of bananas, mangos, pineapples, oranges and limes are some of the materials present in the show that bear a temporal aspect. Most of these foods are displayed inside plastic bags like a sort of translucent sarcophagus. And it is guided by this constant paradigm between death and life that the artist resuscitates his ancestors and honors his family members throughout the exhibition.

The series OPP – which can be read as Objeto Parede Pescoço [Wall Neck Object] or Objeto Para Pensar [Object for Thought] – presents objects of the artist that contain a symbolic and personal power, such as, for example, a photograph taken by his father, a pack of cigarettes from Indonesia, and his own baby teeth. Objects imbued with feeling are combined with synthetic elements (plastic tarp, reflective tape, and rope) and natural materials (stones, fruits and plants). This unusual combination achieves a balance among the aesthetic, conceptual and subjective charges in the works presented here.

The common thread of this balance is the representation of a line. A line able to connect Garanhuns to Semarang, Iranlida Elias da Costa to Lie Liong Khing, Eleonora to Lindinalva, guaimbe plants to bunches of bananas, baby teeth to mineral crystals, and so on and so forth… A living and throbbing line, which moves according to the transformation of the things and is lengthened with the passage of time.

Paula Borghi June, 2015

DAniel lie LIE LIONG KHING

DAniel lieNASCEU EM [BORN IN] SÃO PAULO, BRAZIL, 1988

VIVE E TRABALHA EM [LIVES AND WORKS IN] SÃO PAULO, BRAZIL

eDUCAÇÃO [eDUCATiOn]

2008 - 2013Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais, UNESP, São Paulo, Brazil

eXPOSiÇÕeS inDiViDUAiS [SOlO eXHiBiTiOnS]

2015Lie Liong Khing, Casa Triângulo, São Paulo, BrazilPacto com o Futuro, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, BrazilMeus Sentimentos, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brazil

2011Âmago, Instituto de Artes - UNESP, São Paulo, Brazil

eXPOSiÇÕeS COleTiVAS[GROUP eXHiBiTiOnS]

2015Abre Alas 11, Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, Brazil

2014Expo 14/15, Galeria Bolsa de Arte, Rio de Janeiro, BrazilIª Mostra do Programa de Exposições 2015, Centro Cultural São Paulo - CCSP, São Paulo, Brazil9ª Residência Artística do Red Bull Station, São Paulo, BrazilPrêmio EDP Tomie Ohtake, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, BrazilGaleria Transitória, Redbull Station, São Paulo, BrazilColetiva, Tofiq House, São Paulo, BrazilSP na Rua [instalação], São Paulo, BrazilDez/proposições, Espaço Hussardos, São Paulo, Brazil

2013Feira Parte, Paço das Artes, São Paulo, BrazilProjecto Múltiplo, Centro Cultural São Paulo - CCSP, São Paulo, Brazil

2012Lote, Instituto de Artes - UNESP, São Paulo, Brazil

Laço, Paço das Artes, São Paulo, BrazilPara Todos, Liceu de Artes e Oficio, São Paulo, BrazilFabrique à Rêves, Le 6B, Saint Denis, FranceNEO-TROPICALISM: Brazilian art in constant mutation, Camp and Furnace, Liverpool, UKNova Contemporary Culture Festival, Casa das Caldeiras e Museu da Imagem e Som [MIS], São Paulo, Brazilnós-moçada – TAZTU, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brazilnós-moçada #2, Ateliê Veredas, São Paulo, Brazilnós-moçada #1, Casa Contemporânea, São Paulo, Brazil

2011Programa Experiência, Itaú Cultural, São Paulo, BrazilGIRA, Peras Del Olmo, Buenos Aires, Argentina]ENTRE[, Instituto de Artes - UNESP, São Paulo, BrazilMônica Nador com autoria compartilhada, Pavilhão das Culturas Brasileiras, São Paulo, Brazil

2009Ateliê de Gravura, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brazil

2008Linha Poesis, Instituto de Artes - UNESP, São Paulo, Brazil

ReSiDÊnCiAS [ReSiDenCieS]

20149º Residência Artística Redbull Station, São Paulo, Brazil

2013Espaço Cultural Casa do Povo, São Paulo, Brazil

20126B, Le 6B, Saint Denis, FranceLOTE - UNESP, Fazenda Serrinha, Bragança Paulista, Brazil

2009Gravura em Metal, ateliê da artista plástica Eliane Santos Rocha, Porto Alegre, Brazil