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Magistraturas romanas (o cursus honorum) Questores (quaestores): tratavam dos impostos e geriam a contabilidade pública, eram os pagadores do exército. Nas províncias, eram subordinados ao governador. Durante as reformas de Sila, no ano 81 a.C. (República, época de Cícero), a idade mínima para a questura era de 20 anos para os patrícios e de 32 para os plebeus, dando acesso automático ao Senado. Na época de César: 40 (um ano no cargo). Edis (aediles): dois patrícios e dois plebeus. Supervisores do policiamento, da limpeza, do saneamento, dos abastecimentos e dos jogos públicos. 1 ano no cargo. Idade mínima: 36 anos. Censores: em número de 2, eleitos por 18 meses. Faziam o recenseamento dos cidadãos e eram os guardiões dos bons costumes. Encarregados de revisar a lista de cidadãos e senadores e de controlar as contas do Estado, promovendo novos projetos de obras públicas, como templos, aquedutos e estradas. Ao término dos 18 meses, era realizada uma cerimônia pública de purificação da Urbs, chamada lustrum. Segundo alguns autores, não fazia parte do cursus honorum. Pretores (de prae ire): 16 no tempo de César. 1 ano no cargo. Administravam a justiça e substituíam os cônsules. Pretor urbano: julgava processos entre os cidadãos. Pretor peregrino: julgava processos entre estrangeiros e romanos. Cônsules: 1 ano no cargo. Eqivalentes a chefes de Estado. Comandavam o exército e presidiam as assembleias do Senado e dos Comícios, além de presidir os principais atos de culto, vigiar a aplicação das leis e a manutenção da ordem pública. Usavam a toga praetexta bordada de púrpura e tinham direito à cadeira curul e a uma escolta de 12 lictores. Tribunos da plebe: em número de 10, ficavam 1 ano no cargo. Presidiam aos Concílios da Plebe e aos comícios, sendo invioláveis e quem lhes tocasse era 7

Cursus honorum

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Page 1: Cursus honorum

Magistraturas romanas (o cursus honorum)

Questores (quaestores): tratavam dos impostos e geriam a contabilidade pública, eram os pagadores do exército. Nas províncias, eram subordinados ao governador. Durante as reformas de Sila, no ano 81 a.C. (República, época de Cícero), a idade mínima para a questura era de 20 anos para os patrícios e de 32 para os plebeus, dando acesso automático ao Senado. Na época de César: 40 (um ano no cargo).

Edis (aediles): dois patrícios e dois plebeus. Supervisores do policiamento, da limpeza, do saneamento, dos abastecimentos e dos jogos públicos. 1 ano no cargo. Idade mínima: 36 anos.

Censores: em número de 2, eleitos por 18 meses. Faziam o recenseamento dos cidadãos e eram os guardiões dos bons costumes. Encarregados de revisar a lista de cidadãos e senadores e de controlar as contas do Estado, promovendo novos projetos de obras públicas, como templos, aquedutos e estradas. Ao término dos 18 meses, era realizada uma cerimônia pública de purificação da Urbs, chamada lustrum. Segundo alguns autores, não fazia parte do cursus honorum.

Pretores (de prae ire): 16 no tempo de César. 1 ano no cargo. Administravam a justiça e substituíam os cônsules. Pretor urbano: julgava processos entre os cidadãos. Pretor peregrino: julgava processos entre estrangeiros e romanos.

Cônsules: 1 ano no cargo. Eqivalentes a chefes de Estado. Comandavam o exército e presidiam as assembleias do Senado e dos Comícios, além de presidir os principais atos de culto, vigiar a aplicação das leis e a manutenção da ordem pública. Usavam a toga praetexta bordada de púrpura e tinham direito à cadeira curul e a uma escolta de 12 lictores.

Tribunos da plebe: em número de 10, ficavam 1 ano no cargo. Presidiam aos Concílios da Plebe e aos comícios, sendo invioláveis e quem lhes tocasse era considerado maldito. Tinham a prerrogativa de proteger os cidadãos e gozavam do direito de veto às deliberações do Senado.

SENADO

Inicialmente, era a assembleia dos anciãos, chefes das grande famílias, guardiões das tradições, homens de grande prestígio e do poder (auctoritas). O senador deveria residir em Roma, não exercer atividade profissional (podendo ser possuidor de terras), ser patrício ou cavaleiro, pertencer à primeira classe censitária e ter exercido pelo menos uma magistratura.

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