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Feito por Guedes, Proibida a reprodução sem prévia autorização

Curso de fotografia digital

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Guedes.

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Thursday, February 17, 2005 1:16:47 AM

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INDICE

Fotografia digital........................................................................................................... 3

Origens da foto digital ................................................................................................ 3

Imagens Inusitadas ..................................................................................................... 6

Resgatando Álbuns de Família....................................................................................... 9

Diferenças entre tradicionais e digitais................................................................... 10

Conceitos e procedimentos...................................................................................... 11

Controles da câmera e criatividade ........................................................................ 13

O obturador e a exposição ....................................................................................... 14

O momento certo ....................................................................................................... 15

Os controles de abertura e profundidade de campo............................................ 16

Obturadores das câmeras digitais .......................................................................... 18

Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo tempo 19

Escolhendo modos de exposição ........................................................................... 20

Usando o flash ........................................................................................................... 21

A qualidade da imagem ............................................................................................ 22

Capacidade de resolução da imagem .................................................................... 24

O Tamanho da Imagem ............................................................................................ 27

Bits e Bytes ................................................................................................................. 28

Resoluções de Monitor ............................................................................................. 29

Reprodução das cores .............................................................................................. 30

Sistemas de gerenciamento de cor ........................................................................ 33

Ambiente de trabalho ................................................................................................ 35

Cores Subtrativas ...................................................................................................... 37

Armazenamento da imagem .................................................................................... 40

Formatos de imagens ............................................................................................... 42

Compressão ............................................................................................................... 42

Formatos para câmera digital .................................................................................. 44

Cartões de memória .................................................................................................. 47

Equipamentos para armazenamento de arquivos de imagens .......................... 48

Cartões de Memória Flash ....................................................................................... 49

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Discos magnéticos..................................................................................................... 53

Transferindo arquivos ............................................................................................... 54

Gerenciando fotos ..................................................................................................... 55

Verificando o sistema operacional .......................................................................... 56

Editando as imagens................................................................................................. 56

Ajustando a imagem.................................................................................................. 58

Onde e como imprimir............................................................................................... 61

Detalhes sobre a impressão .................................................................................... 62

A imagem no monitor ................................................................................................ 63

Entendendo pixels por polegada............................................................................. 65

Imprimindo em papel fotográfico ............................................................................. 66

Imprimindo fotos......................................................................................................... 66

Como as cores são impressas ................................................................................ 67

Critérios para escolha de impressora..................................................................... 68

Impressoras de jatos de tinta................................................................................... 69

Capturando imagens por scanners......................................................................... 70

Dynamic Range.......................................................................................................... 71

Profundidade de cor .................................................................................................. 72

Scanners para filmes................................................................................................. 73

Scanners de mesa..................................................................................................... 73 Curso retirado da internet – autor desconhecido

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Fotografia digital

Este manual terá como tema uma introdução à fotografia digital, permitindo

que os internautas tenham noções básicas de uso da câmera digital, seu

funcionamento e recursos, de como transferir e gerenciar as imagens num

computador, editá-las e, finalmente, de como imprimi-las através de

impressoras caseiras e de laboratórios fotográficos.

Como se sabe, a fotografia digital surgiu graças ao computador, a partir do

qual imagens digitalizadas puderam ser salvas em forma de arquivos. Esses

arquivos podem ter várias extensões, que variam conforme o modo pelo qual

as informações sobre a imagem digitalizada são armazenados na linguagem

do computador (informações binárias).

É importante notar que já existem dezenas, talvez centenas de modelos de

máquinas fotográficas digitais no mercado, divididas por categorias, cada uma

das quais com qualidades e recursos para usos diversos. De fato, um dos

pontos mais importantes que temos de tratar, em primeiro lugar, é o da

escolha de uma câmera fotográfica digital.

Para essa decisão, é fundamental definirmos o que pretendemos de uma

câmera digital. Comecemos, portanto, estudando os usos que podemos fazer

delas, e os recursos que nos oferecem.

Origens da foto digital

A fotografia digital é uma

evolução recente da fotografia.

Surgiu com o advento do

computador, que trouxe todo um

mundo novo de possibilidades e

de mudanças para a sociedade

moderna. Na verdade, foi a pesquisa espacial a principal responsável pelo

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surgimento da fotografia digital, com a necessidade de um sistema que

enviasse imagens capturadas por sensores remotos e retransmitidas via

rádio para a Terra.

No campo que nos interessa, da fotografia, as transformações estão

ocorrendo de forma radical, possibilitando que as imagens não sejam mais

necessariamente capturadas através de processos químicos, mas sim por

meio digital, ou seja, capturadas por câmeras fotográficas equipadas com

sensores por fotocélulas e interpretadas em termos de números binários pelo

computador. Em seguida, a imagem digital pode ser transferida para a

memória do micro e apresentada no monitor, para posterior edição e

impressão, ou ainda ser impressa diretamente através de uma conexão entre

a câmera digital e impressoras que reconheçam os arquivos de imagens

digitais.

Embora as câmeras fotográficas digitais ainda sejam novidade em termos

tecnológicos, isso não quer dizer que a fotografia digital ainda esteja na

infância, muito pelo contrário. Mesmo que a maioria dos fotógrafos

(amadores ou profissionais) ainda estranhe a fotografia digital, e

independentemente das limitações que ainda cercam este equipamento, as

câmeras digitais são com certeza o futuro da fotografia, e é apenas questão

de tempo sua plena aceitação pela maioria dos usuários.

De fato, na realidade está cada vez mais difícil distinguir, uma vez impressa,

uma fotografia tirada por uma máquina 35 mm tradicional utilizando filme

fotográfico de uma imagem produzida por uma câmera digital – a única

diferença substancial ainda é o custo dos equipamentos digitais mais

sofisticados de última geração. A verdade é que as câmeras digitais estão

incorporando controles sofisticados e até mesmo novidades jamais sonhadas

pelo fotógrafo tradicional, como o benefício de se ver no mesmo instante se a

foto ficou boa ou não, deletá-la se não estiver de acordo, refazê-la quantas

vezes forem necessárias até que seja aprovada...

É claro que existem câmeras digitais mais populares, por questão de

marketing (preço final baixo). Nesses modelos, a qualidade de imagem é

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limitada e a falta de controles manuais são um problema (para fotógrafos

experientes), mas tudo é questão de custo-benefício, e do que o usuário

pretende de sua máquina fotográfica. Se a idéia for apenas produzir imagens

para serem vistas na tela, ou mesmo em apresentações, ou ainda enviar

imagens rapidamente pela Internet para parentes e amigos (mesmo

profissionais precisam de imagens de baixa resolução para apresentação na

WEB), então câmeras de baixo custo, que geram imagens em baixa

resolução, são mesmo as mais indicadas. Nas câmeras digitais mais

sofisticadas já existentes e em novos modelos que estão surgindo, o

panorama é bem diverso. Na verdade, atualmente a qualidade da imagem

rivaliza ou até excede, em alguns casos, as obtidas por câmeras SLR 35 mm

tradicionais. Isso porque câmeras digitais com lentes intercambiáveis e

tantos controles quanto qualquer modelo reflex tradicional já são realidade,

caso das Fuji FinePix SL-1 e SL-2, Nikon D100, Olympus E-20 e Cânon EOS

D-60, entre outras.

O mais importante nesta discussão é que os preços estão caindo

rapidamente agora que o sensor de imagem (o item mais caro desta

tecnologia, através do qual a imagem é capturada e formada no

equipamento) está atingindo um nível tecnológico satisfatório. Assim, boas

câmeras digitais, com recursos exigidos por amadores avançados e

profissionais, estão chegando ao mercado. É preciso entender que se um

fotógrafo amador pode tirar boas fotos com uma câmera digital (dado o grau

de automação existente), também pode conseguir excelentes fotos se

dominar esta tecnologia e utilizar recursos e capacidades que mesmo o mais

capaz dos fotógrafos profissionais acostumado apenas com imagens

captadas em filmes tradicionais ainda precisam conhecer e se adaptar. Este

é um dos objetivos deste curso, ajudar tanto ao amador quanto ao

profissional ainda não familiarizados com as novas tecnologias e recursos

tornados possíveis com as câmeras fotográficas digitais. A compreensão de

alguns detalhes e recursos ao alcance da fotografia digital pode tornar

possível, ao bom fotógrafo, resultados espetaculares e melhoria da

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produtividade. E mais, com grande vantagem econômica, já que na câmera

fotográfica digital, se o custo inicial é alto, em pouco tempo o benefício do

custo zero em termos de filmes, revelação, envio de material à laboratórios,

etc, a tornam muito atraente.

Imagens Inusitadas

A fotografia digital está

encontrando rápida aceitação

em muitas áreas da fotografia.

Um dos campos na qual está

ganhando muitos adeptos, por

exemplo, é o da macrofo-

tografia. Quase todas as

câmeras digitais permitem

fotos em distâncias de apenas

dois ou três centímetros.

Assim, fica fácil obtermos

imagens inusitadas de pequenos objetos, insetos, etc. Outro lado da

fotografia que ganhou impulso com a chegada das câmeras digitais é o da

fotografia artística. Fotos digitais podem se tornar em imagens incríveis a

partir de softwares especiais ou montagens a partir de cópias trabalhadas

posteriormente por meio de técnicas diversas.

Um ponto interessante na fotografia digital é que as fotos podem ser vistas

instantaneamente. Desse modo, praticamente fica afastada a possibilidade

de erros. Outra vantagem é a facilidade de se repetir a foto em caso de

necessidade - acabam assim as surpresas desagradáveis, como, por

exemplo, quando se vai buscar um filme no laboratório e se descobre que

a tampa da máquina ficou cobrindo a objetiva, que o filme estava vencido

Macrofotografia fica versátil com câmeras digitais

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A maior de todas as

vantagens, contudo, é que

ninguém precisa mais

economizar “cliques”, ou seja,

hesitar em fazer qualquer foto,

preocupar-se com o custo de

filmes, revelação ou a

quantidade disponível de

material. Com a foto digital,

utilizando-se uma câmera

equipada com um cartão de

grande capacidade de

armazenamento, clica-se à

vontade, e com isso o

fotógrafo acaba obtendo boas imagens que de outra forma poderiam ser

perdidas num momento de dúvida... Já que o custo da imagem é zero, ou

melhor, apenas limitado ao custo inicial da máquina fotográfica, clicar à

vontade não causa nenhum tipo de preocupação.

Recomendo inclusive, para quem quer fotografar em externas (viagens por

exemplo), além da câmera digital, o uso de um notebook, pois assim pode-

se produzir centenas e centenas de imagens num único dia, sem qualquer

preocupação com limites. Já que o custo da imagem é zero, ou melhor,

apenas limitado ao custo inicial da máquina fotográfica e do computador

portátil, clicar à vontade não causa nenhum tipo de preocupação.

Outra vantagem da fotografia digital é que ficou fácil mostrar fotos para

outras pessoas. Por exemplo, publicando-as em páginas da Internet.

Também se pode mostrar as fotos pela tela de uma televisão, bastando

conectar a câmera digital à entrada de vídeo do aparelho de TV. Graças a

esse recurso, é possível selecionar as melhores fotos que estão gravadas

no computador, regravá-las no cartão de memória da câmera digital e

depois apreciá-las num aparelho de TV. Softwares podem fazer

Fotos na WEB são uma das principais aplicações da foto digital

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apresentação de fotos como se fosse uma projeção de slides. E mais,

como a maioria das câmeras digitais de melhor qualidade também podem

produzir vídeos, filmar também é muito simples, bem como transferir as

imagens para uma fita de videocassete.

Alguns fotógrafos comerciais de estúdio foram os primeiros a adotar a

fotografia digital, já que graças a backs digitais as fotos são tiradas,

corrigidas, editadas, impressas e enviadas com rapidez ao cliente, sem

custos de transporte, provas, filmes, revelação, etc.

Com tudo o exposto acima,

fotojornalistas e empresas

como jornais e agências de

notícia já adotaram ou estão

adotando as câmeras digitais

como padrão pela rapidez de

captura e envio de imagens:

fotografa-se um assunto, e do

próprio local transmite-se a

imagem digital por telefone ou

outros meios à redação.

Não podemos esquecer ainda que a fotografia digital também é ideal para

aplicações científicas. De fato, em astronomia, os sensores digitais já estão

sendo usados há anos, até mesmo no telescópio orbital Hubble. Também

nos microscópios estão sendo utilizados sensores digitais.

Hoje em dia, os maiores usuários de imagens fotográficas digitais são os

desenvolvedores de multimídia e os webmasters (fotos digitais poupam

tempo e dinheiro). Desde que tanto a multimídia como páginas da WEB

são apresentadas sempre em monitores de computador (ou projetadas por

meio de equipamentos computadorizados), as imagens digitais são uma

necessidade. Em pouco tempo o usuário doméstico também estará lidando

com desenvoltura com a fotografia digital.

O telescópio Hubble transmite imagens digitais do espaço

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Finalmente, outro campo para imagens digitais é o de fotos de identificação

para empresas, por exemplo. Pode-se também usar fotos para cartões de

visitas, não obrigatoriamente da pessoa, mas de temas que tenham

relação com a profissão, atividade ou empresa.

Resgatando Álbuns de

Família

Quantos de nós não possuem

gavetas ou pastas lotadas de

fotografias, familiares ou de

viagens, em sua maioria

esquecidas e totalmente

desorganizadas? Certo dia a

gente lembra de uma ocasião especial, recorda ter alguma foto daquele

momento ou lugar, quer ver ou mostrar a alguém, mas como encontrar a

imagem? Pois é, a maioria das pessoas tira montes de fotografias para

depois abandoná-las.

Com a fotografia digital isso muda drasticamente, já que as imagens são

facilmente inseridas em arquivos de texto, e-mails ou mesmo páginas da

Web, além de impressas em impressoras caseiras (papel fotográfico e

impressoras jato de tinta oferecem ótimos resultados) ou mesmo em papel

fotográfico tradicional em laboratórios que lidem com arquivos digitais.

Assim, fica muito fácil mostrá-las e compartilhá-las com outras pessoas.

Por outro lado, é possível resgatar velhos álbuns de família esquecidos em

gavetas, amarelando e estragando com o tempo. Se as imagens que eles

contém forem escaneadas, podem ser recuperadas (e também as

memórias que evocam), e depois apresentadas do mesmo modo que as

novas fotos digitais. Sem falar da vantagem de que, enquanto fotos e

negativos perdem cor e nitidez com o tempo, um arquivo digitalizado é

Softwares resgatam álbuns de família digitais

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perene (não esquecendo que devem sempre ser “becapeados” em CDs ou

discos rígidos).

Existem ainda softwares que simulam álbuns tradicionais de fotos na tela

do computador, permitindo assim organizar e apresentar as imagens com

facilidade.

Diferenças entre tradicionais e digitais

Para qualquer pessoa

acostumada a fotografar com

máquinas fotográficas

tradicionais, o uso da câmera

digital, apesar de incorporar

novidades, não exige muito

esforço para adaptação. Vamos relacionar as principais semelhanças e

diferenças:

• Nas câmeras digitais não se utilizam filmes, e sim um cartão de memória para armazenamento das imagens. Esse cartão permite que se grave, copie e apague (delete) arquivos de imagens (inclusive vídeo).

• A luz do flash funciona quase como numa câmera comum, e dependendo do modelo da câmera digital, pode vir embutido no corpo e/ou utilizando um flash externo através de conexão por sapata ou pino (a diferença, tecnicamente, é que na fotografia digital existe um pré-disparo para avaliar a luz branca, ou whitepoint, o que obriga ao uso de flashes especiais)

• As câmeras digitais, além de um visor idêntico às das máquinas fotográficas tradicionais (não SLR), incorporam talvez a maior novidade que é um visor através de tela de cristal líquido (LCD) localizado na parte posterior do corpo da câmera. A principal vantagem é que o fotógrafo vê a imagem exatamente como será fotografada. A maior desvantagem é que em ambientes de muita luz (sob o sol, por exemplo), é praticamente impossível usar o visor LCD e, além disso, o uso contínuo do visor acaba rapidamente com a bateria.

• As objetivas são muito semelhantes, mas na fotografia digital muitas câmeras incorporam o recurso de zoom digital, além do zoom ótico. Acontece que o zoom digital é irreal, uma “aproximação”, ou, melhor ainda,

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uma “ampliação” gerada por software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores inconsistentes. De qualquer modo, mais tarde, através de qualquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquer parte da imagem.

• Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de diafragma, nos modelos mais simples de câmeras digitais, são totalmente automáticos. Contudo, nas câmeras digitais mais modernas, pode-se regular não apenas cada um desses itens individualmente, mas também estabelecer “sensibilidade do filme”, ou seja, definir se a captura da imagem se dará numa sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou até mais, dependendo da sofisticação do modelo.

• Muitos dos mais modernos modelos de câmeras digitais também incorporam o recurso de áudio e vídeo, ou seja, é possível filmar alguns segundos ou minutos (depende da capacidade de armazenamento em cartão de memória do equipamento). Também é possível anexar “anotações” de voz numa imagem.

As câmeras digitais, diferenciando ainda das tradicionais, vem equipadas

com um cabo (geralmente USB) para conexão da câmera à um

computador, para transferência das imagens, mais uma ou mais baterias

recarregáveis de longa duração, um cabo de áudio e vídeo que pode

inclusive ser conectado a uma aparelho de TV ou videocassete, e o cartão

de memória (existem vários tipos que estudaremos adiante) onde as

imagens são armazenadas.

Conceitos e procedimentos

Uma grande fotografia

começa quando se reconhece

uma grande cena ou motivo.

Mas reconhecer uma grande

oportunidade não é o suficiente

para fotografá-la; o fotógrafo

deve estar preparado. E isso envolve o conhecimento de sua câmera de

Capturar uma boa cena requer oportunidade

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modo a fotografar o que se vê.

• Conceitos de fotografia são os princípios sob os quais está a câmera que o fotógrafo está utilizando. Incluem coisas tais como a relação entre nitidez e tempo de exposição e seus efeitos numa imagem. Entender conceitos responde a qualquer questão de “por que”, que se pode ter sobre fotografia.

• Procedimentos são aquelas características específicas de um tipo de câmera, e a explicação, passo a passo, de como utilizar os controles de uma câmera para capturar uma imagem. Entender procedimentos dá a resposta às questões de “como”.

Discussões sobre procedimentos que se usa para câmeras específicas

estão integradas aos conceitos, aparecendo quando se aplicam. Esta visão

integrada permite que o fotógrafo entenda primeiro os conceitos de

fotografia e depois veja como procurar no manual de sua câmera os

passos necessários para utilizá-los em qualquer situação.

Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotógrafo

precisa entender como e quando usar um mínimo de recursos de sua

câmera, como profundidade de campo e controle de exposição. Assim,

estará pronto para manter tudo numa cena com nitidez absoluta para exibir

melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso para dar um ar impressionista

à um retrato. Ou tomar closes dramáticos, congelar ações rápidas, criar

maravilhosos panoramas, e capturar a beleza de arco-íris, por-de-sol,

queimas de fogos e cenas noturnas.

Não existem regras ou “melhores” modos de fazer fotos. Grande fotógrafos

aprenderam o que sabem experimentando e tentando novos modos de

fotografar. Câmeras digitais tornam isso muito fácil porque não existem

custos de filmes ou demoras para se ver os resultados. Cada experiência é

livre, e cada fotógrafo poderá registrar os resultados imediatamente, ou

passo a passo.

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Controles da câmera e criatividade

Câmeras digitais com recursos oferecem controles criativos sobre as

imagens. Elas permitem que se controle a luz e o movimento em

fotografias, bem como o que deve aparecer nítido e o que não deve.

Embora a maioria das câmeras digitais simples sejam totalmente

automáticas, algumas permitem que se faça pequenos ajustes que

afetarão a imagem. As melhores câmeras oferecem uma ampla gama de

controles, em alguns casos mais do que se pode encontrar em uma

câmera 35 mm SLR. De qualquer modo, independentemente de quais

controles a câmera oferece, os mesmo princípios básicos estão presentes.

Mesmo que a câmera seja totalmente automática, é possível controlá-la

indiretamente, ou tirar vantagem desses efeitos para controlar as imagens.

Automatismo

Todas as câmeras digitais possuem um modo automático que determina o

foco, a exposição e o balanço de cor (White-balance). Tudo o que o

fotógrafo tem a fazer é apontar a câmera e apertar o botão do disparo.

• Preparando. Ligue sua câmera e deixe no modo automático. Para conservar as baterias, desligue o monitor LCD e componha a cena pelo visor ótico. Se a câmera tem capa de lente, lembre-se de removê-la antes de ligar a câmera.

• Enquadrando a imagem. O visor apresenta a cena que está para ser fotografada. Para enquadrar melhor, experimente o zoom da lente, aproximando ou afastando a cena para escolher a melhor composição. Atenção, se a imagem aparecer embaçada, existe um botão de regulagem do foco do visor para ajuste.

• Autofoco. A área que estiver no centro da imagem será utilizada pela câmera como ponto de nitidez principal. O quanto se pode focar dependerá da câmera que se estiver usando.

• Autoexposição. A autoexposição programada pela câmera mede a luz refletida pela cena e usa a leitura para estabelecer a melhor exposição possível.

• Autoflash. Se a luz estiver muito fraca, o sistema de autoexposição irá disparar o flash da câmera para iluminar a cena. Se o flash será disparado, uma lâmpada de aviso na câmera, geralmente vermelha, irá piscar quando você pressionar o disparador metade do caminho.

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• Balanço de luz (White balance). O colorido de uma fotografia será afetado pela cor da iluminação que afeta a cena, assim a câmera automaticamente ajusta o balanço de cor para fazer os objetos brancos na cena parecerem brancos na foto.

O obturador e a exposição

O obturador mantém a luz

longe do sensor exceto

durante uma exposição (foto),

quando abre sua cortina para

permitir a luz de atingir o

sensor de imagem. O período de tempo em que a cortina do obturador fica

aberta afeta tanto a exposição da imagem como o movimento.

Velocidades baixas de exposição do obturador deixam luz atingir o sensor

da imagem por mais tempo, permitindo uma foto mais brilhante.

Velocidades mais rápidas permitem menos tempo de luz, e assim a foto

resulta mais escura.

Em adição ao diafragma (a quantidade de luz que atingirá o sensor de

imagem), a velocidade do obturador é o mais importante controle que se

tem para a captura da imagem na fotografia. Entender a velocidade do

obturador é vital quando se pretende que um objeto apareça nítido ou

tremido na fotografia. Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, mais

tremido ficará o objeto na imagem (tanto em função de movimentos do

objeto como por qualquer tremor do fotógrafo).

Apesar das câmeras digitais poderem selecionar qualquer fração de

segundo para uma exposição, há uma série de ajustes que tem sido

tradicionalmente utilizados quando se usa uma câmera manualmente (que

não podem ser feitas em algumas câmeras digitais simples). A velocidade

tradicional de disparo (listada a seguir das velocidades mais rápidas às

mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4,

Velocidade alta de obturador congela a imagem

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1/2, e 1 segundo (em câmeras mais sofisticadas podem chegar a 1/35.000

num extremo e no outro ficar o obturador aberto pelo tempo que o fotógrafo

quiser).

O momento certo

Fotógrafos tornaram-se

famosos por capturar sempre

“o momento certo” quando

ações acontecem e apenas

um único momento a torna

interessante. Para isso

precisavam estar sempre pronto. Nunca se atrapalhar com controles e

oportunidades perdidas. A grande maioria das câmeras digitais tem um

sistema de disparo automático que deixa o fotógrafo livre de preocupações,

mas por outro lado essas câmeras têm problemas que torna os momentos

decisivos mais difíceis de serem obtidos.

Nas câmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora entre

o momento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso porque, no

primeiro momento em que se pressiona o botão, a câmera rapidamente

realiza um certo número de tarefas. Primeiro limpa o CCD, depois corrige o

balanço de cor, mede a distância e estabelece a abertura do diafragma, e

finalmente dispara o flash (se necessário) e tira a foto. Todos esses passos

tomam tempo e a ação pode ter já ocorrido quando finalmente a foto é

feita. Assim, fotografia de ação com uma câmera digital amadora (esportes,

por exemplo), é praticamente impossível. Somente as chamadas câmeras

avançadas, ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, têm

capacidade de fazer fotos em sequências rápidas inferiores a um segundo.

Depois ocorre um longo intervalo entre a foto tirada e a disponibilidade da

câmera para uma nova foto porque a imagem capturada primeiro precisa

ser armazenada na memória da câmera. Como a imagem precisa ser

Momento decisivo, quando ações acontecem

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processada, uma certa quantidade de procedimentos são requeridos, e

isso pode tomar alguns segundos (que parecerão uma eternidade para um

fotógrafo que precisa fotografar uma ação rápida, já que não poderá ser

feita outra foto enquanto isso tudo não for processado).

Mesmo nas câmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer uma

limitação na quantidade de fotos que se tira em sequência, em função do

tempo que a câmera necessita para gravar a imagem num cartão de

memória (o que pode depender da velocidade de gravação e leitura do

próprio cartão). Por exemplo, uma câmera digital pode fazer fotos numa

velocidade de 3 tomadas por segundo, mas até um máximo de 8 imagens.

Os controles de abertura e profundidade de campo

A abertura do diafragma, um

série de placas sobrepostas

formando uma espécie de

anel, ajusta o tamanho da

abertura das lentes através da

qual passará a luz para atingir

o sensor. Conforme isso muda

de tamanho, afeta tanto a

exposição da imagem como a

profundidade de campo (o

espaço dimensional no qual

tudo ficará em foco).

A abertura do diafragma pode ser mais aberta para permitir mais luz, ou

fechada para deixar passar menos luz. Enquanto o obturador regula o

tempo de exposição, a abertura do diafragma controla a quantidade de luz.

Portanto, quanto maior a abertura, mais luz atinge o sensor de imagem,

quanto menor, menos luz atinge o sensor.

A área escura representa a profundidade de campo

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Assim como a velocidade do obturador, a abertura do diafragma também

afeta a nitidez da fotografia, mas de um modo diferente. Mudando-se o

valor da abertura, muda-se a profundidade de campo, ou seja, o espaço

dimensional que ficará nítido na cena, entre o primeiro plano e o segundo

plano da imagem. Quanto menor a abertura usada, mais área da cena

ficará nítida. Por exemplo, numa fotografia de paisagem, o fotógrafo vai

querer uma abertura menor, de modo a que toda a paisagem (dos detalhes

mais próximos aos mais distantes) estejam focados com nitidez; num

retrato, o melhor será uma abertura maior, definindo a nitidez apenas na

pessoa, tornando desfocado o restante da imagem e mantendo o interesse

da foto apenas na pessoa.

Ajustes da abertura são determinados por números (F), e indicam o

tamanho da abertura dentro da lente (no diafragma). Cada número deixa

entrar metade da luz da abertura seguinte, e consequentemente duas

vezes mais luz que a anterior. Da maior abertura possível para a menor, os

número f tradicionalmente tem sido f/1, f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6,

f/8, f/11, f/16, f/22, f/32 e f/45. Nenhuma lente possui toda a gama de

ajustes; por exemplo, uma câmera digital padrão pode vir com uma lente

de f/2 a f/16. A chamada “luminosidade” da lente é definida pela maior

abertura, ou seja, no exemplo acima, f/2. Quanto mais luminosa a lente,

melhor a qualidade e mais sofisticado o sistema ótico (e mais caro o

preço).

Atenção para o fato de que quanto maior o número, menor a abertura para

a luz. Assim, f/11 é menos luz que f/8, e assim por diante. Um detalhe é

que a abertura maior pode mudar numa lente zoom, de modo a acomodar

o sistema ótico, por exemplo, numa lente zoom de 35 a 200 mm, a abertura

máxima (a luminosidade) pode ser f/2-f/4 (variando de f/2 a f/4 conforme se

move o zoom de distância focal de 35 mm para 200 mm).

Observação: distância focal é a distância entre a lente e o filme (ou

sensor). Conforme essa distância, a imagem parecerá mais próxima ou

mais distante. Uma lente zoom permite diferentes distâncias focais,

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mudando assim a proximidade dos objetos na foto.

Obturadores das câmeras digitais

Quando um obturador se abre, ao invés de expor um filme, na câmera

digital ele coleta luz no sensor de imagem – um dispositivo eletrônico de

estado sólido. Como se viu anteriormente, o sensor de imagem contém

uma grade de pequenas fotocélulas. Conforme a lente foca a cena no

sensor, algumas fotocélulas gravam as luzes mais fortes, outras as

sombras, enquanto terceiras os níveis de luzes intermediárias.

Cada célula converte então a luz que cai sobre ela numa carga elétrica.

Quanto mais brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o obturador fecha e

a exposição está completa, o sensor recorda o padrão gravado. Os vários

níveis de carga são então convertidos para números binários que podem

ser usados para recriar a imagem.

Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, esta precisa ser

convertida, ou seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagem

armazenada no sensor não é lida de uma vez, mas em partes separadas.

Existem dois modos de se fazer isso – usando escaneamento interlaçado

(interlaced) ou progressivo.

Num sensor de escaneamento interlaçado, a imagem é inicialmente

processada por linhas ímpares, depois por linhas pares. Este tipo de

sensor é freqüentemente utilizado em câmeras de vídeo porque a

transmissão de TV é interlaçada. Num escaneamento progressivo, as

colunas são processadas uma após outra em seqüência.

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Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo tempo

Como tanto a velocidade do

obturador como a abertura do

diafragma afetam a exposição

(a quantidade total de luz que

atinge o sensor da imagem),

assim se pode controlar se a foto será mais clara ou escura, mais nítida ou

menos nítida, e assim por diante. A velocidade do obturador controla o

tempo que o sensor da imagem será exposto à luz e a abertura controla a

quantidade de luz que entrará para compor a imagem. O fotógrafo, ou o

sistema automático da câmera, pode casar uma velocidade de obturador

curta (para deixar entrar luz num período curto) com uma abertura grande

(para deixar entrar mais quantidade de luz); ou uma velocidade de

obturador longa (para deixar entrar luz por um período maior) e uma

abertura pequena (para deixar entrar menos luz). Em termos técnicos, não

faz diferença a combinação usada. Contudo, os resultados não serão os

mesmos, daí a magia de se controlar manualmente a câmera, ao invés de

deixar ao sistema automático. É controlando de forma criativa essa

combinação que se pode obter grandes fotografias.

O objeto sempre se move, ou pelo menos a câmera poderá ser mover num

curto espaço de tempo. Também a profundidade de campo será afetada.

A conjugação desses fatores, e o controle sobre eles, é que fazem a

diferença entre fotos convencionais e fotos de grande qualidade.

Como vimos, cada abertura de um número f/ determina metade ou o dobro

da abertura seguinte (para mais ou para menos). Assim, uma abertura de

f/8 deixa entrar metade da luz de uma abertura de f/5.6. Já uma velocidade

de obturador de 1/60 s deixa passar metade da luz que uma abertura de

Obturador em 8 segundos e movimento de câmera

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1/30. Se o fotógrafo mudar a regulagem de uma exposição que mostra luz

correta (balanceada) de f/8 com 1/30 s para f/5.6 com 1/60, obterá o

mesmo resultado técnico correto – só que a profundidade de campo muda,

assim como o controle dos movimentos – portanto, na primeira foto,

teremos maior profundidade de campo com menos velocidade, na

segunda, o contrário. Quanto maiores as diferenças nos controles, mais

dramáticos serão os resultados da foto.

Para fotografia “padrão”, precisa-se de uma média de velocidade em torno

de 1/60 e de abertura f/5.6. Velocidades menores resultarão em tremores

(embora um tripé possa ajudar) e aberturas menores limitarão a

profundidade de campo. Uma câmera automática “pensa” pelo padrão,

assim dificilmente se obterão fotos espetaculares com um sistema

automático.

• Para objetos em movimento rápido, será necessária uma velocidade maior para congelar o movimento (embora a distância focal das lentes, a proximidade do objeto e a direção do movimento também afetem a nitidez final da foto)

• Para uma máxima profundidade de campo, com a cena nítida do mais próximo ao mais longinquo, será necessária uma abertura de diafragma menor (embora a distância focal da lente e a distância aos objetos do cenário também afetem)

Escolhendo modos de exposição

Muitas câmeras oferecem mais de um modo de exposição. No modo

totalmente automático, a câmera faz um ajuste de velocidade e abertura

para produzir a melhor exposição possível. Geralmente, existem dois

outros modos, que são muito usados, o de prioridade de abertura, ou de

prioridade de velocidade. Todos oferecerão bons resultados na maioria das

condições de fotografia. De qualquer modo, alternar entre esses modos

pode trazer algumas vantagens.

Vamos examinar cada um desses modos.

• Totalmente automáticos – este modo configura a velocidade e abertura,

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mais o balanço de cor (White-balance) e foco sem a intervenção do fotógrafo. Permite que o fotógrafo preste atenção na cena e ignore a câmera.

• Modo programado – pemite que o fotógrafo selecione uma variedade de situações como fotos de retrato, cenários, esportes, crepúsculo, etc. Ainda é a câmera que estabelece a abertura e a velocidade nessas condições.

• Prioridade de abertura – este modo permite que o fotógrafo selecione a abertura necessária para obter uma certa profundidade de campo enquanto o sistema combina essa abertura com a velocidade de obturador necessária para correto balanço da exposição. Usa-se esse modo sempre que a profundidade de campo for importante. Para ter certeza de um foco geral num cenário, escolhe-se uma pequena abertura (ex, f/16). O mesmo funciona para uma foto close-up (onde o foco é crítico). Já para deixar o fundo fora de foco e concentrar a nitidez num único plano, seleciona-se uma abertura grande, exemplo f/4.

• Prioridade de obturador – este modo permite que se escolha a velocidade do obturador como prioritária, e é necessária quando se pretende congelar uma imagem ou tremer propositalmente um objeto, deixando a escolha da abertura para a câmera. Por exemplo, quando se fotografa ação de esportes, animais ou em fotojornalismo, a escolha de velocidade de obturador é quase obrigatório, com velocidades maiores, 1/500 por exemplo, para congelar a ação, ou baixas velocidades, 1/8 por exemplo, para tremer a imagem.

• Modo manual – permite que se selecione tanto a velocidade como a abertura. Recomendado somente para fotógrafos experientes e profissionais.

Um dos fatores que fazem da fotografia algo tão fascinante é a chance que

temos de interpretar a cena do nosso ponto de vista. Controles de

velocidades de obturador e de abertura são dois dos modos mais

importantes de fazer fotos únicas. Conforme o fotógrafo vai se tornando

mais familiar com os efeitos da foto, encontrará a oportunidade de fazer

escolhas instintivamente.

Usando o flash

O flash incorporado em câmeras digitais, apesar de suas limitações, pode

ser aproveitado com criatividade pelo fotógrafo. Existem basicamente os

seguintes modos de uso de flash em câmeras digitais (algumas

acrescentam mais ou menos recursos)

• Automático – neste modo, a câmera faz a leitura da luz ambiente, e se for

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necessário, dispara o flash para melhor iluminar a cena • Nunca disparar – neste modo, a câmera não dispara mesmo que tenha

detectado iluminação insuficiente. Este é um recurso interessante para se conseguir efeitos especiais em fotos noturnas

• Sempre disparar – obriga a câmera a disparar o flash mesmo que as medições concluam que há luz suficiente. Este é um recurso bom para melhorar a iluminação de rostos em contra-luz, por exemplo, ou para melhorar o contraste em cenas de pouco contraste

• Redução de olhos vermelhos – um recurso da câmera para evitar o chamado efeito de olhos vermelhos que ocorrem às vezes no uso de flash

A qualidade da imagem

Existem câmeras de baixo

custo e recursos equivalentes,

que se refletem não apenas na

simplicidade de uso (para

fotógrafos inexperientes), mas

também na simplicidade da

fotografia digital gerada. Assim

como existem câmeras extremamente sofisticadas, cheias de recursos

manuais (regulagens de sensibilidade à luz, abertura prioritária de

diafragma, velocidade de obturador, etc), mais indicadas para profissionais

e amadores avançados. Contudo, o ponto fundamental, para

simplificarmos, na tecnologia de uma câmera digital, é a sua capacidade

de resolução da imagem. Para entendermos isso, vamos estudar como as

máquinas fotográficas digitais capturam a imagem.

Fugindo do sistema das câmeras tradicionais que utilizam filmes

(processos químicos baseados em halogenetos de prata) para gravar e

armazenar uma imagem, as câmeras digitais usam um equipamento

chamado sensor de imagem (image sensor). Trata-se de chips de silício

do tamanho de uma unha, também conhecidos como CCD (Charge-

Coupled Device), que contém diodos fotossensíveis, ou fotocélulas. No

curto espaço de tempo em que o obturador é aberto, cada fotocélula grava

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a intensidade ou brilho da luz que a atinge por meio de uma carga elétrica;

quanto mais luz, maior a carga. O brilho gravado por cada fotocélula é

então armazenado como uma série de números binários que podem ser

usados para reconstruir a cor e o brilho dos pontos da tela ou da tinta que

imprimirão a imagem a partir de uma impressora.

Chegamos aqui a um ponto importante

- a relação entre pixels e imagem.

As fotografias digitais são feitas de

centenas de milhares ou até milhões

de pequenos pontos chamados

elementos da imagem, ou

simplesmente pixels. Cada um desses

pixels é capturado por uma única

fotocélula do sensor de imagem ao se

tirar uma foto, assim a quantidade de

fotocélulas do sensor é que determina

a quantidade de pixels numa imagem

(e conseqüentemente, sua resolução,

ou seja, a relação entre nitidez e

tamanho da imagem). Portanto, numa

câmera digital, cada fotocélula captura

o brilho de um único pixel. O modo

como essas fotocé-lulas estão

dispostas determina a forma física da

teia (ou grade, como queiram), que é

por fileiras e colunas simples. Isso

pode ser bem observado se

ampliarmos demais as fotos, pois a

imagem aparece montada em pequenos quadrados.

O computador e a impressora utilizam cada um desses pequenos pixels

OS INVENTORES

George Smith e Willard Boyle inventaram os sensores de imagens, os CCDs, nos laboratórios Bell, em 1969. Em 1970, os pesquisadores dos laboratórios da Bell construíram o primeiro CCD para vídeocâmera. Em 1975, eles apresentaram a primeira câmera equipada com CCD com imagem de qualidade suficiente para a televisão.

Hoje a tecnologia do CCD atinge não apenas a televisão comum, mas também aplicações em vídeo que vão de monitoramento de segurança à televisão de alta definição, e do endoscópio à videoconferência. Fax, copiadoras, scanners, câmeras digitais e leitores de barras também empregam CCDs para transformar padrões de luz em informação útil.

Desde 1983, quando telescópios foram equipados com CCDs, foi possível aos astrônomos estudar objetos milhares de vezes menores que os mais sofisticados filmes comuns podiam detectar, e gravar imagens em segundos que antes exigiam horas de exposição. Atualmente todos os telescópios, incluindo o Hubble (no espaço), utilizam sistemas de informação digital proporcionados por chips CCDs ultrasensíveis. Pesquisadores em outros campos do conhecimento, como em química, utilizam CCDs para observar reações químicas.

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capturados pelas fotocélulas do sensor da câmera para apresentar a

imagem na tela ou imprimir as fotos. Para isso, o computador divide a área

do monitor onde será apresentada a imagem (ou a página de impressão

onde será impressa) numa teia de pixels, de modo muito parecido ao

modo como o sensor divide a imagem ao capturá-la. São utilizados os

valores armazenados pelas fotocélulas para especificar o brilho e a cor de

cada pixel dessa teia – uma forma de reprodução da imagem por números.

Por isso, endereçar uma teia de pixels individuais desse modo se chama

bit mapping (mapeamento de bits).

Concluindo, a qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a

apresentada na tela, depende principalmente do número de pixels

utilizados para criar a imagem (fator também conhecido como resolução).

Esse número, como vimos, é determinado pela quantidade de fotocélulas

existentes no sensor de imagem da câmera.

Capacidade de resolução da imagem

Quanto mais fotocélulas e conseqüentemente mais pixels, melhores serão

os detalhes gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e

continuar ampliando qualquer imagem digital, chegará um momento em

que os pixels vão começar a aparecerem multifacetados (esse efeito se

chama pixelização). Portanto, quanto mais pixels existirem em uma

imagem, mais ela aceitará ampliações com qualidade; quanto menos

pixels, menor a ampliação possível.

Portanto, aqui está a diferença básica entre modelos de câmeras digitais (e

seus preços): a capacidade de resolução da imagem (e sua subseqüente

qualidade e tamanho final). Outras diferenças são pertinentes à quantidade

de recursos disponíveis na câmera e seu grau de automação ou

possibilidade de ajustes manuais.

Voltando a falar sobre resolução, como vimos, os sensores de imagens

contém uma teia (ou grade) de fotocélulas, cada uma delas representando

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Page 26: Curso de fotografia digital

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um pixel na imagem final - assim a resolução de uma câmera digital é

determinada pela quantidade de fotocélulas que existem na superfície de

seu sensor. Por exemplo, uma câmera com um sensor no qual cabem

1600 (largura) x 1200 (altura) fotocélulas gera uma imagem de 1600 x 1200

pixels. Então, para efeito de terminologia e definição da capacidade de

uma câmera, dizemos simplesmente que ela tem uma resolução de 1600 x

1200 pixels, ou 1,92 megapixels.

Atualmente as câmeras mais simples geram arquivos de 640 x 480 pixels,

enquanto câmeras de capacidade média estão por volta de 1600 x 1200

pixels, e câmeras de ponta produzem imagens de 2.560 x 1.920 pixels

(perto de 5 megapixels). Importante notar que isto se refere às câmeras

amadoras, pois algumas profissionais já produzem mais de seis milhões de

pixels. Quanto maior a capacidade de resolução, geralmente maior

também o preço.

Outro detalhe importante é que quanto maior a imagem em pixel, maior o

tamanho do arquivo resultante. Por isso, normalmente as câmeras digitais

possuem uma regulagem para o tamanho do arquivo, dando a opção para

o fotógrafo de escolher o modo de resolução. Assim, se alguém vai

capturar imagens para a WEB e possui uma câmera de 3.3 megapixels,

pode regulá-la para gerar imagens de apenas 640 x 480 pixels, bem mais

fáceis de armazenar e lidar. Por exemplo, uma câmera de alta resolução,

2048 x 1560 pixels, gera uma imagem média em arquivo JPEG (depende

das tonalidades e intensidade de luz retratadas) de aproximadamente 1,2

MB (megabytes). Já na resolução de 640 x 480 pixels, no mesmo formato

JPEG, gerará um arquivo de apenas 220 Kb (kilobytes), ou seja, menos de

1/5 do tamanho.

Além da preocupação com espaço de armazenamento e rapidez em

transmissão pela Internet, em termos práticos deve-se levar em conta o

tamanho com o qual se pretende imprimir a imagem. Ainda seguindo os

exemplos acima, a imagem de 2048 x 1560 pixels (3.3 MB) pode ser

impressa, sem qualquer perda, em alta resolução (300 dpi), no tamanho de

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17,34 x 13 cms, enquanto a imagem de 640 x 480 pixels permite apenas

uma boa imagem impressa no tamanho 5,42 x 4,06 cms. Como se calcula

o tamanho em termos de resolução é assunto que trataremos mais adiante

neste curso, quando abordarmos a impressão.

Resolução Tamanho em pixels

Tamanho do arquivo

Tamanho da impressão

300 dpi 640x480 938.292 bytes 5,42x4,06 cm 300 dpi 800x600 1.456.648 pixels 6,77x5,08 cm 300 dpi 1024x768 2.375.728 bytes 8,67x6,50 cm 300 dpi 1600x1200 5.375.728 bytes 13,55x10,16 cm 300 dpi 2048x1536 9.453.572 bytes 17,34x13,00 cm

Apesar de quanto maior o número de fotocélulas num sensor melhores

imagens serem produzidas, acrescentar simplesmente fotocélulas à um

sensor nem sempre é fácil e pode resultar em problemas. Por exemplo,

para se colocar mais fotocélulas num sensor de imagem, o sensor

precisaria ser maior ou as fotocélulas menores. Chips maiores com mais

fotocélulas aumentam as dificuldades de construção e os custos para o

fabricante. Fotocélulas menores, por outro lado, serão menos sensíveis e

irão capturar menos luz que as de um chip normal. Concluindo, colocar

mais fotocélulas num sensor, além de sua complexidade e alto custo,

acaba resultando em arquivos maiores, de difícil armazenamento. Por isso

a constante corrida tecnológica entre os fabricantes na busca de sensores

de maior resolução, com qualidade e preço competitivo.

A tecnologia Foveon

Recentemente, em 2002, surgiu um novo tipo de sensor digital no

mercado, o Foveon X3, que por enquanto equipa apenas uma câmera

digital, a Sigma SD9. Este sensor, do tipo CMOS, é uma verdadeira

revolução no mercado, pois apresenta os sensores de imagem em

camadas, e não mais num único nível com três fotocélulas diferentes para

capturar cada cor (como os CCDs comuns). A vantagem desse sistema,

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que aproveita a capacidade do silício de absorver as ondas de luz, é que

permite ao sensor funcionar como um filme fotográfico (que também

captura a luz em camadas, embora tenha como sensor uma película

química). Assim, cada pixel é formado por todas as cores, e não por

cálculos e interpolações entre as informações colhidas por três fotocélulas

diferentes (o que gera perdas). Teoricamente, com isso obtêm-se mais

resolução, nitidez na imagem, e melhor amplitude de cores, igualando ou

até superando a qualidade da fotografia convencional.

Contudo, a tecnologia ainda está em seu começo, com o amadurecimento,

se for comprovada a sua eficiência, deve se constituir no futuro da

fotografia digital.

O Tamanho da Imagem

Vamos começar por uma pequena revisão do visto até aqui. Como já

sabemos, a qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a

apresentada na tela, depende principalmente do número de pixels

utilizados para criar a imagem (fator também conhecido como resolução).

Esse número, como vimos, é determinado pela quantidade de fotocélulas

existentes no sensor de imagem da câmera (algumas câmeras usam o

artifício de acrescentar pixels “artificiais”, inflando o tamanho da imagem,

mas na prática isso não funciona; apenas aumenta o tamanho da imagem

à custa da qualidade).

Quanto mais fotocélulas e conseqüentemente mais pixels, melhores serão

os detalhes gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e

continuar ampliando qualquer imagem digital, chegará um momento em

que os pixels vão aparecer multifacetados (esse efeito se chama

pixelização). Portanto, quanto mais pixels existirem em uma imagem, mais

ela aceitará ampliações com qualidade; quanto menos pixels, menor a

ampliação possível.

Como funciona o artifício de acrescentar pixels “fantasmas”, artificiais, na

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imagem, para simular maior resolução? Como o leigo pode distinguir entre

a realidade e a ficção no mundo dos pixels e das câmeras digitais?

As questões acima são pertinentes, pois é preciso cuidado com algumas

propagandas de câmeras digitais e também de scanners. Acontece que

existem dois tipos de resolução, a ótica e a interpolada. A resolução ótica é

o número absoluto de pixels que o sensor da imagem consegue capturar

fisicamente durante a digitalização. Ou seja, corresponde exatamente à

realidade. Contudo, por meio de software incorporado na câmera (qualquer

programa editor de arquivos de imagem também pode fazer isso), é

possível “acrescentar” mais pixels fictícios, num processo chamado

“interpolação”. Para isso o software avalia os pixels ao redor de cada pixel

que o cerca, para “imaginar” como deveria ser um novo pixel vizinho em

termos de cor e brilho. O que na prática nunca dá certo - as imagens assim

geradas apresentam geralmente inúmeras deficiências. O importante é ter

em mente que a resolução interpolada não adiciona nenhuma informação à

imagem – só acrescenta pixels que fazem o arquivo ficar maior. A

qualidade final da fotografia fica geralmente comprometida.

Contudo, como toda regra tem sua exceção, em nível de software hoje em

dia já existe um que realmente consegue a façanha. Ele não “imagina”

nada. Realmente cria pixels que funcionam. Só que não está embutido em

nenhuma câmera digital, é vendido somente para instalação em

computadores - este incrível software, que recomendamos, é o Genuine

Fractals. Alguns fabricantes de câmeras digitais já estão distribuindo cópias

“lights” deste software especial junto com suas câmeras, como a Nikon.

Bits e Bytes

Quando lemos textos sobre sistemas digitais, freqüentemente

encontramos os termos bit e byte. Alguns conceitos abordados nesta

apostila exigem algum conhecimento básico a respeito, portanto, antes de

prosseguirmos, façamos um pequeno resumo destes conceitos.

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Um bit é a menor unidade digital, e também a unidade básica de

informação que um computador utiliza. O termo tem como origem o termo

binary digit, ou seja, dígito binário. Pode ser representado por dois

possíveis estados, ligado (indicado pelo número um) e desligado (indicado

pelo zero).

Já os bytes são grupos de 8 bits (agrupados para fim de processamento).

Como cada grupo de 8 bits também tem dois estados (ligado-desligado), e

o total de informação contido é 28 , ou seja, 256 combinações possíveis.

É interessante acrescentar ainda que kilobyte é uma medida que

representa cem bytes, enquanto um megabyte corresponde à mil bytes.

Resoluções de Monitor

A resolução de um monitor é definida por sua largura e altura em pixels.

Por exemplo, um monitor pode apresentar na tela 640 x 480 pixels, 800 x

600, 1024 x 768 pixels e assim por diante. O primeiro número é o número

de pixels ao longo da tela (largura), e o segundo o número de linhas.

As imagens apresentadas num monitor são sempre em baixa-resolução.

Geralmente as imagens mostradas na tela são convertidas para uma

resolução de 72 pixels por polegada. Na verdade, não é esse o número

exato em cada monitor, mas serve como base. Por exemplo, um monitor

de 14 polegadas terá muito menos espaço físico para distribuir uma

imagem com 800 x 600 pixels do que um monitor de 17 polegadas (onde

os pixels terão mais espaço para se espalhar). Por isso, quanto maior o

monitor, o ideal é ir aumentando a resolução padrão na tela para se obter

imagem mais nítida. Um monitor de 21 polegadas, por exemplo, pode

perfeitamente apresentar imagens em 1600 x 1200 pixels, enquanto para

um monitor de apenas 14 polegadas isso seria impossível.

Resoluções de impressoras e scanners

As resoluções de impressoras e dos scanners são geralmente definidas

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pelo número de pontos por polegadas (em português, a abreviação pouco

usada seria ppp, correspondente ao inglês dpi) que imprimem ou

escaneiam. No monitor, como os pontos correspondem aos pixels, pode-se

dizer também pixels por polegada, enquanto na impressora prevalece o

termo pontos por polegada, pois cada pixel pode ser representado por

vários pontos de impressão1. Como comparação, um monitor tem resolução

de 72 dpi, uma impressora jato de tinta caseira de 600 a 1400 dpi, e uma

impressora jato de tinta comercial de 1400 a 2880 dpi ou mais. Contudo, é

importante diferenciar entre a resolução da imagem e as resoluções dos

dispositivos de saída. 1 Isso gera confusão para muita gente, pois quando se salva um arquivo de imagem, a resolução é dada em pixels por polegada, sendo um arquivo de alta resolução geralmente igual a 300 pixels por polegada, ou seja, 300 dpi (que correspondem à capacidade máxima de impressão para impressoras de qualquer tipo). Ora, numa impressora jato de tinta, cada pixel pode ser representado por vários pontos de impressão, e portanto, mesmo que a resolução da impressora seja de 2880 dpi, na verdade essa resolução diz respeito apenas a recursos para melhor representar cada pixel na resolução padrão de 300 dpi.

Reprodução das cores

Como se sabe, a luz não passa de uma forma de energia

eletromagnética, relacionada com o rádio, o radar, os raio-x, etc. Ela se

propaga a partir de uma fonte de luz (de lâmpadas ao nosso Sol) em

movimentos retilíneos, descrevendo ciclos em forma de ondas regulares

que vibram perpendicularmente à direção de sua propagação. Embora não

seja de nosso interesse estudar física, é importante compreender algumas

de suas propriedades, principalmente em função das cores.

A luz, vista pelos olhos humanos, constitui uma faixa relativamente estreita

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de sua energia magnética irradiada, que se distribui aproximadamente

entre 400 e 700 nm2. Esta faixa constitui o chamado espectro visível, e

dentro dele cada comprimento de onda produz um estímulo diferente na

parte posterior de nossos olhos – assim são percebidas as cores. A

mistura de todos os comprimentos de onda do espectro visível é o que

chamamos de luz branca.

A cores são assim distribuídas no espectro visível:

Antes dos 400 nm existe a chamada luz ultravioleta, invisível para a vista

humana. A partir dos 400 nm, a luz passa a ser perceptível, e é de um

violeta profundo, tornando-se azul na medida em que o comprimento da

onda se aproxima de 450 nm. Esse azul vai cedendo lugar à um verde

azulado por volta dos 500 nm, e a partir dos 580 nm começa a surgir o

amarelo. Já nos 600 nm o amarelo vai passando para o laranja, e perto

dos 650 nm, o vermelho vai escurecendo paulatinamente, até que a vista

humana não consegue mais enxergar a luz, que passa ao infra-vermelho.

É importante notarmos que tudo o que vemos (e pode ser fotografado),

dependo dos objetos que refletem os raios de luz, e que são tanto mais

visíveis quanto mais próximos estiverem de uma fonte luminosa. Isso tem

conseqüências práticas importantes para a fotografia em geral,

principalmente em função da exposição correta (abertura do diafragma e

velocidade do obturador), e no caso da fotografia digital não é diferente,

em função da sensibilidade necessária para um sensor de imagem

capturar as cores. Existem diversas implicações no modo como as

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Page 33: Curso de fotografia digital

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fotocélulas que compõem um sensor percebem a luz, e como o chip do

sensor processa essas informações, conforme veremos adiante.

Um dos grandes problemas da fotografia em geral, desde os seus

primórdios, sempre foi o da captura correta das cores tais como as vemos

na natureza, pois isso é praticamente impossível de ser reproduzido por

material fotográfico. A amplitude de cor existente na natureza não pode

simplesmente ser embalada por nenhum mecanismo humano, exceto os

nossos próprios olhos.

Nas primeiras emulsões fotográficas, em branco e preto, apenas os

objetos azuis eram percebidos pelo filme, ficando os de outras cores

invisíveis. Mais tarde surgiu o filme orthocromático, que chegava até o

verde, ignorando os tons laranja e vermelho. Finalmente, com o

pancromático, as fotos passaram a cobrir quase todas tonalidades, mas

com limitações. Os filmes a cores também sempre sofreram do mesmo

problema, principalmente na hora de copiar a imagem em papel

fotográfico. De qualquer modo, até hoje nenhum tipo de filme conseguiu

cobrir com perfeição as cores da natureza.

A fotografia digital enfrenta o mesmo problema. A amplitude de cores que

um sensor digital consegue capturar também é ligeiramente inferior, por

exemplo, ao de um filme de slides, embora já esteja ao nível do filme

tradicional em negativo (colorido)2. Vejamos como a câmera digital

“enxerga” as cores e as apresenta na tela de um monitor.

RGB

As cores na imagem fotográfica apresentada no monitor de um

computador diferem em muito das cores naturais. Na verdade, são mais

uma simulação de cores de modo a “enganar” a vista humana, e permitir

que nós enxerguemos as cores na tela.

As cores num monitor são baseadas em três cores primárias – vermelho,

verde e azul (em inglês; red, green and blue, ou RGB). Este modo é

chamado aditivo, porque quando as três cores são combinadas em

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quantidades iguais, formam o branco. O sistema aditivo é utilizado sempre

que a luz é projetada para formar cores, como em monitores. Assim, num

monitor, cada pixel é composto por um grupo de três pontos, cada um de

uma cor (vermelha, verde e azul).

O grande problema com os monitores para a fotografia digital, é que

existem centenas de modelos de monitores, cada um com um modo

próprio de apresentar cores na tela. É importante estudarmos o que fazer

a respeito, pois de repente, vemos uma foto linda em nosso monitor, e

quando é impressa (seja numa impressora caseira ou num laboratório

fotográfico), temos uma decepcionante foto descolorida ou com cores

fortes demais... 2 Os filmes em transparência, ou slides, conseguem maior amplitude de cor que os de negativo impressos em papel fotográfico

Sistemas de gerenciamento de cor

Conforme as imagens passam da câmera digital ou de um scanner para

as telas dos monitores, e depois para impressoras ou páginas da WEB, as

cores mudam porque cada equipamento tem seu modo de apresentá-las.

Desse modo, se você imprime uma página da Internet em sua impressora,

perceberá que as cores aparecem bem diferentes olhando essa página na

tela e observando o resultado da impressão no papel...

Para se conseguir cores mais consistentes em uma grande variedade de

equipamentos, é preciso um sistema de gerenciamento de cores. As cores

não coincidem (tela e folha impressa), por bons motivos. Vejamos o

porque:

O monitor e a impressora usam sistemas diferentes de cores – RGB na tela

e CMYK na página. RGB produz cores, não pigmentos ou tintas. CMYK

(cores ciano, magenta, amarela e preta) produz cores combinando

pigmentos ou tintas. E o processo de conversão de RGB para CMYK não é

perfeito.

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Page 35: Curso de fotografia digital

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Como já salientei antes,

fotógrafos experientes sabem

que slides tem mais contraste e

riqueza de cores do que as f

impressas. Isso acontece

porque os slides são vistos por

luzes transmitidas, enquanto as

fotos são vistas por luz refletida.

O mesmo é verdadeiro para uma tela de monitor e uma imagem impressa.

otos

Os monitores não precisam usar meio-tons para criar cores porque podem

variar a intensidade da cor em cada pixel (a única impressora que

consegue isso é a que utiliza um sistema chamado dye sub, ou

sublimação).

Para conseguir imagens impressas mais próximas do resultado da tela, é

preciso fazer testes, imprimindo uma foto e depois ajustando as cores na

tela para se assemelharem à foto impressa (pelos ajustes de brilho e

contraste). Mesmo assim isso pode ser muito complicado, principalmente

se as tonalidades não conferirem (cada monitor funciona com sua própria

temperatura de cor, o que gera tons mais azulados (frios) ou mais

avermelhados (quentes). Para superar esses problemas, só utilizando-se

um sistema de gerenciamento de cor, ou CMS.

Eu, particularmente, acerto a luminosidade e contraste de meu monitor

aproveitando que o laboratório digital, para o qual envio minhas fotos,

trabalha num determinado perfil de cor que é idêntico ao de minha câmera

digital. Assim, tenho assegurado que tanto a câmera digital como o

laboratório trabalham com as mesmas cores. A partir daí, pedi para o

laboratório enviar uma imagem fotográfica de amostra (conhecida como

target). Observando então a fotografia na tela e confrontando com a

mesma imagem nas mãos, pude ir acertando brilho, contraste e

tonalidades.

De qualquer modo, existem cores que nunca aparecem corretamente, do

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Page 36: Curso de fotografia digital

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mesmo modo como dificilmente um laboratório de fotografia tradicional

envia cópias idênticas de um mesmo negativo em datas diferentes... O jeito

é o fotógrafo se conformar com as pequenas diferenças - afinal, desde que

fotografia existe, esse problema nunca foi completamente solucionado.

Sistemas de gerenciamento de cor são projetados para manter as cores

das imagens o mais consistentes possíveis entre os processos de

escaneamento ou digitalização da imagem, apresentação na tela e

impressão. Isto pode ser uma dor de cabeça para muita gente, e sem

dúvida é o maior entrave ao uso da imagem digital por parte dos leigos.

Nada pior que você olhar na tela uma linda foto colorida, e imprimi-la

apenas para ver no papel uma foto que parece ter sido feita com um filtro

cinza em frente à objetiva.

Um sistema de gerenciamento de cor adota um padrão independente em

termos de cores como RGB ou CMYK. Existem muitos sistemas, mas os

mais conhecidos são o Microsoft Image Color Management (ICM), para

computadores PC, e o ColorSync para computadores Mac.

Ambiente de trabalho

As cores mudam conforme a

fonte de luz. Até mesmo a luz

do dia muda conforme o sol vai

percorrendo seu caminho no

céu. Se as cores mudam tão

facilmente, como lidar com

elas? Para isso é preciso

estabelecer condições bem

controladas e atribuir números a essas condições.

O ideal ao se trabalhar num determinado monitor, seria utilizar sempre da

mesma luz ambiente. Se você costuma editar suas fotos digitais com a

lâmpada comum do teto, de 100 watts, se abrir a janela ou trocar a

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Page 37: Curso de fotografia digital

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lâmpada por uma de 60 watts, estará comprometendo seu gerenciamento

de cor. Pequenas mudanças de luz ambiente geram grandes diferenças

nas cores que você percebe em seu micro.

Uma vez que o modelo de cor tenha sido estabelecido (monitor e luz

ambiente), uma parte do trabalho está feita, mas e quando a foto muda de

um ambiente de cor para outro? Por exemplo, quando passa do monitor

(modelo RGB) para a impressora (modelo CMYK)? Um perfil de cor é

usado justamente para relacionar diferentes modelos de cores como esses.

Então, para tudo funcionar corretamente, o software usado no computador

para visualizar e otimizar as fotos deve ser capaz de incorporar a

transferência de perfis de cores das imagens.

Por exemplo, quando uma luz vermelha na tela é enviada para a

impressora como uma série de números 255,0,0 (valores que identificam a

cor para o monitor, sendo cada cor representada numa escala de 0 a 255),

a impressora usa o perfil de modo que a cor será impressa corretamente.

Esse valor deve ser convertido para CMYK (isso é feito por uma tabela), e

seguindo o exemplo acima do vermelho, para 0,100,100,0 (valores de cor

para impressoras variam de 0 a 100 para cada cor, mais preto).

Então, para tudo funcionar corretamente seu software deve ser capaz de

incorporar a transferência de perfis de cores das imagens.

O melhor modo de se administrar as cores é através de um software editor

de imagens, como o Adobe Photoshop. As câmeras digitais, em geral,

quando salvam uma imagem em formato JPEG ou qualquer outro,

incorporam um perfil de cor, normalmente o sRGB-ICE61966-2.1 (super

RGB).

Se o seu monitor já vem com um driver adequado, o Windows utiliza o

espaço de cor desse monitor. Caso contrário, procure um driver no site do

fabricante, na Internet. Se não for possível, o jeito é estabelecer um padrão

do modo mais difícil, manualmente, através de testes com impressora.

Com o espaço de cor do monitor definido, o software editor de imagens,

por sua vez, deve reconhecer esse ambiente do monitor, e ao abrir um

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Page 38: Curso de fotografia digital

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arquivo digital transferido de uma máquina fotográfica, imediatamente o

converter para o espaço de cor adequado do computador, ou fazer as

conversões necessárias para apresentar as cores corretamente.

Para imprimir, a mesma coisa. Será necessário configurar o software editor

de imagens para usar perfil de cor de sua impressora, assim, na hora de

imprimir, o programa converte novamente as informações de cores para

que sejam impressas.

Portanto, também no caso da impressora, mais uma vez é fundamental o

usuário dispor de equipamentos que venham com os drivers para o

funcionamento correto. Muita gente, quando compra equipamentos, por

desconhecimento não exige os arquivos que configuram o espaço de cor,

ou não dá atenção aos CDs e/ou disquetes com essas informações. No

momento de trabalhar com imagens ou imprimir, contudo, é fundamental

que tudo esteja corretamente instalado e configurado.

Por outro lado, um software editor de imagens é indispensável para quem

quer trabalhar seriamente com fotografia digital. Mais adiante daremos

algumas dicas do Adobe Photoshop, sem dúvida um dos melhores

programas do gênero, para otimizar as fotografias tiradas por câmeras

digitais. Além desse software, podemos citar outros interessantes, como o

Paint Shop Pro, o PhotoBrush, o Corel Photo-Paint, e a própria versão light

do Photoshop, voltado para amadores, o Adobe Elements.

Em termos de gerenciamento de cores, o Photoshop dispõe de um

excelente sistema para lidar com ambientes de cor. Para acessar esse

gerenciamento, basta ir ao menu Edit, Color Settings, e estabelecer então

o espaço de cor desejado. Desse modo, é possível gerenciar diversos

espaços de cores, para diferentes finalidades.

Cores Subtrativas

Voltando às cores no monitor e impressoras. Apesar da maioria das

câmeras utilizar o sistema de cores aditivas RGB, algumas câmeras mais

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Page 39: Curso de fotografia digital

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sofisticadas e todas as impressoras usam o sistema CMYK (de quatro

cores). Este sistema, chamado de cores subtrativas, usa três cores

primárias, Ciano, Magenta e Amarelo. Estas três cores são combinadas em

quantidades iguais, e o resultado é um preto porque todas as cores são

subtraídas. O sistema CMYK é largamente usado pela indústria de

impressão, mas suas cores não podem ser perfeitamente transmitidas

numa tela de monitor, pois precisam ser convertidas para RGB e acontece

alguma perda na conversão.

Na saída da impressora, cada pixel é formado por pequenos pontos de

ciano, magenta, amarelo e tinta preta. Quando esses pontos se

sobrepõem, várias cores são formadas.

Dos Cinzas Nascem as Cores

Já os sensores de imagens das câmeras digitais, que trabalham com o

modo de cores RGB, o mesmo dos monitores, gravam apenas em escala

de cinzas – uma série de 256 tons de cinza que vai do branco puro ao

preto puro. Basicamente, só capturam o brilho.

Como então os sensores capturam cores quando tudo o que fazem é

gravar cinzas? A resposta está no uso de filtros azuis, verdes e vermelhos

para separar as luzes refletidas de um objeto colorido. Existem alguns

modos de se fazer isso:

• Três partes separadas do sensor de imagem podem ser usadas, cada uma com seu próprio filtro. Deste modo cada parte do sensor captura a imagem numa única cor.

• Três exposições separadas podem ser feitas, mudando o filtro a cada vez. Deste modo, as cores são “pintadas” no sensor.

• Filtros podem ser colocados em fotocélulas individuais para que cada uma capture uma das cores. Neste modo, 1/3 da foto é capturada em luz vermelha, outro 1/3 em azul e o 1/3 restante em verde.

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Page 40: Curso de fotografia digital

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Quando três exposições

separadas são feitas através

de diferentes filtros, cada

pixel no sensor grava uma

cor específica na imagem e

três diferentes arquivos são

mesclados para gerar uma

imagem colorida. De

qualquer modo, quando três

sensores separados são

utilizados, ou quando

diferentes filtros são

colocados diretamente sobre

as fotocélulas num sensor, a

resolução ótica desse sensor

é reduzida para 1/3. Isto

porque cada uma das

fotocélulas disponíveis grava

apenas parte da imagem (no

caso, uma única cor). Por

exemplo, em alguns sensores

com 1.2 milhões de

fotocélulas, 400 mil utilizam

filtros vermelhos, 400 mil

filtros azuis e 400 mil filtros

verdes.

Cada fotocélula armazena a

cor capturada (pelo filtro) em

valores de 8, 10 ou 12 bits. Para criar imagens completas coloridas de 24,

30 ou 36 bits, usa-se interpolação. Esta forma de interpolação utiliza as

cores nos pixels vizinhos para calcular as duas cores que a fotocélula não

Canal Azul (acima)

Canal Verde (acima)

Canal Vermelho (acima)

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Page 41: Curso de fotografia digital

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gravou. Combinando essas cores interpoladas com a cor medida

diretamente pela célula, a cor original do pixel é reconstituída (se o pixel é

de um vermelho brilhante, e se os pixels azuis e verdes ao lado também

são brilhantes, contabiliza-se um branco brilhante). Isto requer muito

cálculo, pois exige comparações com os 8 pixels vizinhos de forma a esse

processamento ter sucesso. Também resulta em mais informação na

imagem, assim os arquivos ficam maiores.

Canais de Cores

Cada uma das cores de uma imagem podem ser controladas

independentemente e isto é chamado canal de cor. Se um canal de 8 bits

de cor é usado para cada cor num pixel – vermelho, azul e verde – as três

cores combinadas somam 24 bits de cor. Na seqüência na página anterior,

observamos três imagens de uma mesma foto, cada uma delas

apresentada num único canal de cor (utilizei o Photoshop para este

exemplo). Observe as diferenças, de como o computador trata cada um

dos canais.

Quando se usa o recurso de interpolação para ampliar artificialmente uma

imagem é preciso haver informação suficiente ao redor dos pixels para

contribuir com a informação de cores, o que nem sempre é o caso.

Sensores de imagens de baixa resolução tem um problema de cores irreais

que ocorrem quando um ponto de luz na cena original é somente grande

suficientemente para um ou dois pixels. Os pixels vizinhos não contém

nenhuma informação de cor sobre o pixel, assim a cor naquele ponto pode

aparecer sem qualquer ligação com a imagem que o cerca.

Armazenamento da imagem

Imagens digitais são armazenadas em arquivos de bitmaps – uma série de

pixels individuais. Ao longo dos anos, grande número de diferentes

formatos de arquivos de bitmap foi desenvolvido. Cada um tem suas

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Page 42: Curso de fotografia digital

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características únicas que o tornam interessante para determinado uso.

Entretanto, vários desses formatos também caíram em desuso ou são

encontrados somente em circunstâncias especiais. Conforme novas

necessidades surgem, como imagens para serem vistas na WEB, novos

formatos de arquivos aparecem. De qualquer modo, todas as imagens

(não-animadas) que se encontram na WEB ou em programas multimídia,

bem como a maior parte das imagens que se vê impressas, foram criadas

ou editadas no computador como digitais.

Imagens em bitmap (ou mapa de bits)

Imagens em bitmap são formadas por pixels e são definidas por suas

dimensões (em pixels) bem como pelo número de cores incorporadas. Por

exemplo, quando se amplia uma pequena área de uma imagem de 640 x

480 pixels, os pequenos pixels misturam-se a tons contínuos do mesmo

modo que fotos ampliadas num jornal apresentam uma mistura de pontos

indefinidos. Cada um dos pequenos pixels pode ter uma escala de cinza ou

uma cor. Utilizando-se 24 bits de cor, cada pixel pode assumir qualquer

uma das 16 milhões de cores possíveis. Todas as fotografias e pinturas

digitais são em bitmaps, e qualquer tipo de imagem assim pode ser salva

ou exportada. De fato, quando se imprime qualquer formato de imagem

numa impressora laser ou jato de tinta, a imagem é primeiro convertida

(rasterized) tanto pelo computador como pela impressora em bitmap, de tal

modo que seja impresso em forma de pontos.

Bitmaps são amplamente usados mas sofrem de dois problemas

inevitáveis:

• só podem ser impressos ou visualizados no tamanho determinado pelo número de pixels existentes na imagem. Imprimindo-se ou visualizando-se em outro tamanho pode resultar numa imagem com aberrações óticas.

• para manter a qualidade, o arquivo salvo deve ter informações precisas sobre cada pixel e cores. Desse modo, os arquivos gerados em bitmap serão muito grandes. Para diminuir este problema, alguns formatos gráficos, como GIF e JPEG foram criados para armazenar imagens num formato

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Page 43: Curso de fotografia digital

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comprimido.

Formatos de imagens

Existem dois tipos de formato para imagens: os formatos próprios de

softwares (padrões), e os formatos de aplicação geral para transferência

entre diferentes mídias e até sistemas operacionais. Conforme novos

programas surgem, os desenvolvedores tem apresentado a tendência de

criar formatos próprios para suas aplicações, que só podem ser “lidos”

pelos seus próprios softwares. Parte disso é em função de levar vantagem

sobre a competição, e parte a necessidade de se projetar novos

procedimentos e possibilidades. De qualquer modo, formatos próprios

podem causar problemas quando se quer transferir as imagens para outros

programas.

Como formatos próprios são limitados, os formatos para transferência são

projetados para possibilitar que as imagens possam ser abertas por

praticamente qualquer programa. Alguns se tornaram assim padrões –

qualquer aplicativo pode abri-los e salvar imagens com sua extensão.

Compressão

Quando se digitaliza uma foto, o tamanho do arquivo é grande se

comparado a outros arquivos de um computador. Uma imagem de baixa

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Page 44: Curso de fotografia digital

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resolução em 640 x 480 pixels, por exemplo, pode ter até 307.200 pixels, o

que resulta num tamanho de arquivo, sem compressão, de quase um

megabyte. Portanto, a compressão de imagens é uma necessidade, ou o

disco rígido do computador ficará lotado somente com as fotos.

Durante a compressão, a informação é duplicada e tudo o que não tiver

valor é eliminado ou salvo de modo resumido, reduzindo o tamanho do

arquivo. Quando a imagem é editada ou apresentada, o processo de

compressão é revertido.

Existem dois modos de compressão – com ou sem perda – e a fotografia

digital utiliza os dois modos.

A chamada lossless compression (menos perda) comprime uma imagem

de tal modo que a qualidade é mantida. Embora pareça a ideal, não

proporciona redução significativa do arquivo, que geralmente fica reduzido

a um terço do tamanho original. O padrão mais utilizado é o LZW (Lempel-

Ziv-Welch), que tanto em arquivos GIF como TIFF produz compressão de

50 a 90%.

A maioria das câmeras digitais utiliza o sistema de compressão com perda,

já que o espaço para armazenagem de imagens é extremamente

complicado e caro (falaremos dos cartões adiante) e, em geral, a qualidade

é mantida por meio do JPEG em qualidade máxima de compressão. O

formato descarta informações não importantes da imagem. Por exemplo,

se grandes áreas do céu são azuis, só o valor de um pixel precisa ser salvo

– quando a imagem é aberta, aquele valor é aplicado para todo o conjunto

(por isso os tamanhos de arquivos comprimidos variam muito, pois

dependem de quanta informação de cor existe na imagem).

Contudo, como a qualidade é afetada pelo grau de compressão, para o

usuário mais exigente e para profissionais, as câmeras mais avançadas

permitem que se opte pela imagem em TIFF (o que obriga a um cartão de

memória de grande capacidade).

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Page 45: Curso de fotografia digital

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Formatos para câmera digital

Praticamente todas as câmeras

digitais salvam as fotos no

formato JPEG, embora algumas

poucas (as mais sofisticadas)

também o façam em TIFF.

Algumas ainda salvam no modo

original em que capturam a imagem, também conhecido como formato

RAW (palavra que significa cru, natural, matéria-prima). Vejamos as

principais características de cada um desses formatos.

JPEG

O formato JPEG (Joint Photographic Experts Group), que os americanos

pronunciam “jay-peg”, e no Brasil “jota-peg”, é um dos mais populares,

principalmente para fotos na Web. Ele tem duas características

importantes:

A primeira é que o JPEG utiliza um esquema de compressão que sofre

perdas, mas o grau de compressão (e conseqüente perda de qualidade)

pode ser ajustado. Em resumo, muita compressão, muita perda, pouca

compressão, pouca perda.

A segunda é que este formato suporta 24 bits de cores. Já o formato GIF, o

outro tipo de arquivo muito utilizado na Internet suporta apenas 8 bits.

Um detalhe importante é que se uma foto em JPEG for aberta e depois

salva novamente, cada vez que é salva torna a ser comprimida, o que gera

mais perda. Portanto, a perda de qualidade é acumulativa. Para evitar que

uma imagem vá se deteriorando, deve-se abri-la e tornar a salvá-la o

menos possível. Uma recomendação quando se trabalha com imagens em

JPEG é salvar um original em TIFF (formato sem compressão como

veremos adiante), e sempre que for necessário trabalhar nesse formato,

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Page 46: Curso de fotografia digital

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para somente no momento de enviar a foto ou disponibilizá-la por outros

meios (como a WEB) gravar a imagem em JPEG.

Em termos práticos, quando se utiliza o formato JPEG, que é praticamente

o padrão utilizado pelas câmeras digitais por causa do problema de falta de

espaço para armazenamento de arquivos, na primeira vez em que o

arquivo é aberto a perda é quase imperceptível em relação a uma mesma

foto salva sem compressão. Contudo, se a mesma imagem for sendo

editada, aberta e novamente salva, consecutivamente, vai chegar um

momento em que a perda será notável.

O formato de imagem JPEG pouco tem mudado desde que surgiu.

Contudo, recentemente se trabalhou num novo projeto de formato JPEG

pelo Digital Imaging Group (DIG).O novo formato JPEG tem 20% a mais de

compressão com menos perda de qualidade, ou seja, ficou ainda melhor.

Contudo, ainda não está sendo utilizado pelos softwares mais importantes.

Sua extensão pode ser J2K ou JP2.

TIFF

O formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmente desenvolvido

para salvar imagens capturadas por scanners e para uso em programas

editores de imagens. Este formato, sem compressão e sem perda de

qualidade, é largamente aceito e praticamente reconhecido por qualquer

software e sistema operacional, impressoras, etc. Além disso, é o formato

preferido para aplicações em editoração eletrônica. O TIFF também é um

modo de cores de 24 bits.

CCD RAW

Quando um sensor de imagem captura informação que gera uma imagem,

algumas câmeras digitais permitem que se salve um arquivo não

processado, ainda “cru” (por isso é chamado RAW). Este formato contém

tudo o que a câmera digitalizou. O motivo para seu uso é livrar o

processador da câmera digital da tarefa de realizar os cálculos necessários

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Page 47: Curso de fotografia digital

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para otimização da imagem digital, possibilitando que

isso seja feito no computador. Uma imagem em RAW

terá, depois de aberta no computador e otimizada, de ser

salva num formato qualquer para ser utilizada.

Uma vantagem desse formato é gerar um arquivo menor

do que no formato TIFF (pelo menos 60%). Como um computador terá

muito mais capacidade de processamento que a câmera, a imagem final

também terá melhor qualidade do que se for diretamente salva pela própria

câmera em formatos JPEG ou TIFF. Contudo, vale notar que o usuário

deverá ter domínio de técnicas de otimização de imagem para poder

aproveitar este formato.

Aqui uma observação importante: de qualquer modo, utilize a câmera que

for, o fotógrafo mais exigente terá que aprender a conviver com softwares

editores de imagens de modo a corrigir pequenos problemas de

processamento incorreto gerado no arquivo da imagem pela câmera digital

- os processadores desta sempre serão mais limitados do que os dos

computadores, e assim, a imagem sempre terá algum trabalho a ser feito.

O básico sobre o que fazer e como fazer veremos adiante.

GIFs (.GIF)

O formato GIF (Graphics Interchange Format) é amplamente usado na

Internet, mas principalmente para artes e desenhos, não para fotografias.

Este formato armazena apenas 256 cores numa tabela chamada “palette”.

Contudo, em termos de fotografia, podemos deixá-lo de lado a não ser que

se pretenda exibir uma animação – no caso, o GIF funciona bem para isso.

Mais como curiosidade, existem duas versões do GIF na Web; o original

GIF 87a e uma nova versão mais nova, a 89a. Ambas utilizam um

processo chamado interlacing (entrelaçado) – as imagens são

armazenadas em quatro passadas ao invés de uma, como na versão

antiga. Assim, quando a imagem é exibida num browser, vai surgindo uma

linha por vez. Outra característica importante é que o fundo pode ser

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Page 48: Curso de fotografia digital

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transparente, para isso é preciso especificar que cor da tabela será assim

considerada; quando o browser abrir a imagem, substituirá a cor

selecionada como transparente pelo que estiver sendo apresentado na

janela do browser sob a imagem.

Quanto à animação, uma imagem em GIF consegue simular um pequeno

filme, o que pode tornar interessante para uso com fotos. Só que a

resolução tem que ser baixíssima, e a qualidade muito ruim, já que apenas

256 cores serão apresentadas (ou até menos). Caso contrário, será muito

demorado de carregar a imagem e o visitante pode se desinteressar.

Cartões de memória

Muito bem, agora que já se tem uma idéia de como uma máquina

fotográfica digital captura e salva a imagem, vamos tocar num ponto muito

importante: o armazenamento das fotos.

Gravar as fotografias (como arquivos de imagem) é uma das tarefas mais

difíceis e (ainda) limitantes para um equipamento digital. O problema é que

fotografias em alta resolução, com qualidade para ser impressa em

tamanhos razoáveis, formam arquivos muito grandes.

Este é, de fato, ainda um dos fatores não resolvidos da fotografia digital.

Para se ter melhor idéia, vamos relacionar formatos de arquivos,

resoluções de fotos e tamanhos estimados de arquivos:

Formato Resolução Tamanho (estimado)

TIFF 2048x1536 9,0 MB JPEG 2048x1536 1,2 MB JPEG 1600x1200 0,7 MB JPEG 640x480 0,2 MB

Como se observa pela tabela acima, para se tirar 36 fotografias no formato

TIFF em alta resolução (o que corresponderia a quantidade de fotos de um

filme tradicional) seriam necessários nada mais nada menos que 324 MB

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Page 49: Curso de fotografia digital

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de espaço num cartão de memória. Sim, já existem cartões dessas

dimensões, mas ainda custam muito caro. Para baratear custos, os

fabricantes costumam entregar, junto com a câmera, cartões digitais de 8

ou 16 MB de capacidade. Muito pouco, como se percebe, quando se fala

em altas resoluções. Contudo, quando a idéia são fotos para a Internet,

tipo 640 x 480 pixels (que representam arquivos por volta de 10 kbs), pode-

se tirar centenas de fotos num cartão de memória de 8 MB.

Equipamentos para armazenamento de arquivos de imagens

Com câmeras tradicionais, o filme é utilizado tanto para gravar como

armazenar a imagem. Com câmeras digitais, equipamentos separados

realizam essas duas funções. A foto é capturada pelo sensor de imagem,

e depois gravada num equipamento de armazenamento.

Praticamente todos os novos modelos de câmeras digitais usam alguma

forma de mídia de armazenamento removível, normalmente cartões de

memória flash. Também são usados pequenos discos rígidos e até

mesmo disquetes.

Qualquer que seja o tipo utilizado, a câmera permite que se remova o

equipamento quando este ficar com o espaço de armazenamento

completo e que se insira outro. O número de imagens que se pode gravar

até completar o espaço disponível depende de uma série de fatores:

• A capacidade em tamanho (expressa em Megabytes) do equipamento • A resolução com a qual as fotos são feitas • O quanto de compressão é usada no arquivo salvo

O número de imagens a ser armazenada é importante porque uma vez

que se atinja esse limite não há outra escolha senão parar de tirar fotos

ou apagar algumas já feitas de modo a criar espaço. O quanto de espaço

o usuário precisa depende parcialmente do uso que pretende da câmera.

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Page 50: Curso de fotografia digital

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Mídias para armazenagem de imagens

Desde que cartões de memória flash e discos

magnéticos (rígidos e disquetes) são

amplamente usados em câmeras digitais, v

examinar e comparar os diferentes formatos

disponíveis.

amos

Em comum:

• Ambos são reutilizáveis, pode-se apagar arquivos • Normalmente são removíveis, assim podem ser trocados quando se chega

ao limite do armazenamento • Podem ser removidos da câmera e conectados no computador ou na

impressora para transferir as imagens

Diferenças:

• Discos magnéticos tem partes móveis, enquanto cartões de memória flash não

• Discos magnéticos são geralmente mais baratos (por foto armazenada) e mais rápidos

• Cartões de memória são menores, mais leves e menos sujeitos a danos

Vejamos agora os principais tipos de equipamentos para armazenamento

de fotos em câmeras digitais.

Cartões de Memória Flash

Conforme a popularidade das câmeras

digitais e outros equipamentos portáteis

cresce, também aumenta a demanda por

equipamentos de armazenamento baratos e

de pequeno tamanho. O de maior sucesso é

o cartão de memória flash, que usa chips de estado sólido (solid state) para

armazenar os arquivos de imagem. Embora os chips de memória flash

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Page 51: Curso de fotografia digital

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sejam similares ao chips RAM usados dentro do computador, existe uma

importante diferença: cartões flash não precisam de baterias e não perdem

as imagens se forem desligados. As fotos são mantidas indefinidamente

sem qualquer energia.

Cartões de memória flash consomem pouca energia, ocupam pouco

espaço e são muito robustos. São também muito convenientes, fáceis de

transportar e trocar conforme o necessário.

Tipos de cartões flash

Existe grande quantidade de cartões de memória flash disponíveis no

mercado, contudo é preciso cuidado pois a maioria deles não são

compatíveis. Ou seja, se uma câmera adota um tipo, dificilmente pode

acomodar outro. Quando se investe num determinado tipo de cartão, fica-

se preso ao tipo de câmera que o utiliza e vice-versa.

Até recentemente, a maioria dos cartões de memória vinham no formato

PC Card (PCMCIA) que eram originalmente usados em computadores tipo

notebook. De qualquer modo, com o crescimento do mercado digital e

outros, surgiram novos formatos ainda menores. Como resultado, existe

uma confusa variedade de cartões de memória incompatíveis uns com os

outros, e que são:

• PC Cards • CompactFlash • SmartMedia • xD Cards • MemorySticks • Multimedia Cards

Quando os computadores laptop tornaram-se populares, não tinham

espaço suficiente para os acessórios e equipamentos tradicionais dos

microcomputadores, assim surgiram os cartões tipo flash. Chamados

inicialmente cartões PCMCIA (Personal Computer Memory Card

International Association), mais tarde tiveram o nome mudado para PC

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Page 52: Curso de fotografia digital

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Cards. De qualquer modo, muita gente os conhece pelos dois termos.

Seja como for, eles eram usados na maioria dos computadores tipo

notebook e logo em algumas câmeras. Mais ou menos do tamanho de um

cartão de crédito, PC Cards vinham com uma grande variedade de

modelos e espessuras, mas eram os do tipo I e II os usados para memória

flash.

Do mesmo modo como Compact Flash e SmartMedia, os PC Cards são

compatíveis com ATA, assim podem ser intercambiados de sistema.

Qualquer cartão compatível ATA pode funcionar com qualquer sistema

compatível ATA, incluindo câmeras digitais e quase todos os computadores

portáteis. Estes cartões armazenam até 1.2 GB

Os PC Cards possuem a maior capacidade de armazenamento entre os

cartões, mas por causa das dimensões maiores são usados somente em

câmeras digitais profissionais.

Cartões CompactFlash

Os cartões de memória CompactFlash foram desenvolvidos pela SanDisk,

e usam a popular arquitetura ATA que simula um disco rígido. Os cartões

tem 36.4 mm de largura por 42.8 mm de comprimento. É o formato mais

usado entre os fabricantes e atualmente o mais avançado modo de

armazenamento para câmeras digitais destinadas ao consumidor comum e

avançado. O CompactFlash type I chega a 1 GB. Existe ainda o

CompactFlash type II, de menores dimensões.

Cartões SmartMedia

O modelo SmartMedia é o maior competidor para o CompactFlash e é

usado por alguns importantes fabricantes. Também é baseado na

arquitetura ATA. A maior vantagem do SmartMedia é a simplicidade; não

passa de um chip tipo flash num cartão. Não contém controladores nem

circuitos de suporte, o que resulta numa miniaturização de acordo com os

interesses do fabricante. O problema com esta abordagem é que são

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Page 53: Curso de fotografia digital

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necessárias funções de controle, que precisam então ser construídas na

câmera, assim compatibilidade entre velhos modelos e novos modelos não

fica garantida.

Podem armazenar até 128 MB e são menores em tamanho que o

CompactFlash.

Cartões xD-Picture Card

Os cartões xD-Picture Card são cartões flash de memória desenvolvidos e

de propriedade de um consórcio formado pela Olympus, FujiFilm e

Toshiba. São os de concepção mais recente, caracterizando-se por

dimensões bem diminutas. Surgiram no final de 2002, e tem ganho espaço

no mercado por estarem equipando as novas câmeras digitais da Olympus

e da Fuji. Atualmente atigem capacidade de até 512 MB, e podem chegar,

com o desenvolvimento natural por parte de seus fabricantes, até 8 GB. Os

cartões xD-Picture podem representar o fim dos cartões SmartMedia, vindo

a substituí-los.

Cartões Sony MemorySticks

A Sony desenvolveu um novo tipo de cartão de memória flash chamado

Memory Stick. A versão atual tem capacidade para até 128 MB. É um

formato próprio de câmeras Sony

Cartões MultiMedia

Um cartão MultiMedia pesa menos que duas gramas e é do tamanho de

um selo postal. Idealizado inicialmente para telefones celulares e pagers,

outros mercados como fotografia digital e tocadores de música MP3 o

adotaram principalmente pelo tamanho reduzido. Capacidade varia muito,

e pode chegar até 1 GB

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Page 54: Curso de fotografia digital

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Discos magnéticos

Disquetes

Um dos mais antigos e baratos meios de armazenagem de informação

continua sendo o velho disquete. Difícil encontrar um computador sem um

drive para ele. A grande vantagem é a simplicidade e o uso universal, sem

a necessidade de instalação de softwares, drivers ou qualquer outro

recurso para se acessar a imagem. Contudo, a grande desvantagem é o

espaço extremamente limitado de armazenagem.

Discos rígidos

Um dos pontos fracos dos cartões de memória CompactFlash é a

capacidade de armazenamento relativamente pequena. Para câmeras

digitais de alta resolução, isso é um problema grave. Uma solução é o uso

dos ultra-rápidos discos rígidos, iguais aos dos computadores mas em

tamanho miniatura. A solução é da IBM, que criou o Microdrive, um disco

rígido do tamanho de um cartão de memória flash, e que pode ter até 1 GB

de espaço para armazenamento.

O microdrive da IBM é menor em volume e mais leve do que um rolo de

filme tradicional. Tão pequenos que podem ser conectados num slot do

CompactFlash Type II (compatível) numa câmera digital ou num leitor de

cartões. O Microdrive apareceu primeiro nas câmeras mais caras, mas

eventualmente, com os preços caindo, poderá ser adotada por

equipamentos mais acessíveis.

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Page 55: Curso de fotografia digital

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Transferindo arquivos

Vamos agora ao que mais

interessa na prática ao

fotógrafo, ou seja, uma vez feita

a foto, como transferi-la para o

computador, otimizá-la através

de software e depois armazená-

la adequadamente.

Existem diversos modos de transferir as imagens para um computador. O

menos recomendado é através de porta serial, por ser um processo de

comunicação muito lento. Portanto, o mais prático é usar uma câmera com

saída USB diretamente no computador.

Funciona de um modo bem simples: basta instalar o drive da câmera no

sistema operacional, depois é só conectar a câmera na porta USB através

de cabo apropriado que já vem com a câmera. Surge um menu de

transferência na tela, ou o cartão de memória da câmera aparece como se

fosse mais um disco de armazenamento do computador, sendo-lhe

atribuído uma letra. Por exemplo, se o seu computador tem o disco rígido

como C: e o CD-ROM como D:, o cartão da câmera (uma vez acoplada)

surgirá como E:

Assim, bastará clicar sobre o ícone de E: para acessar o cartão da câmera

diretamente do computador. Depois basta selecionar e arrastar os arquivos

de fotos (como se faz para copiar ou mover arquivos entre pastas do

Windows, por exemplo) para transferir as fotos para o disco rígido.

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Page 56: Curso de fotografia digital

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Gerenciando fotos

Quando se fala de imagens

digitais num computador,

existem dois passos a serem

tomados para quem quer lidar

com fotografia: organizar as

imagens de modo a encontrá-

las facilmente, ou seja, criar

uma espécie de álbum de fotografia virtual, e saber como retocar as

imagens para que estas fiquem otimizadas tanto para visualização como

para impressão. Comecemos para organização das fotos.

Logo que você começa a trabalhar com imagens digitais, vai se deparar

com o problema de como encontrar rapidamente aquela fotografia do

aniversário de seu filho. Ou das últimas férias. E assim por diante. Isso

porque, se num álbum real a gente reconhece as fotos enquanto vai

folheando as páginas, no computador a coisa é um pouco diferente.

Quem está acostumado a organizar seus arquivos de texto ou outro tipo

qualquer já tem noção de alguns princípios de organização. Normalmente a

gente adota pastas com nomes adequados para cada assunto, e vai

colocando os arquivos pertinentes dentro de cada pasta.

Recomendamos o mesmo sistema para fotografias. Independente do

software de catalogamento que você adotar, por princípio sempre é bom

ter um sistema pessoal de organização em seu computador independente

de softwares.

Existem inúmeros softwares para gerenciar imagens num micro. Alguns

interessam apenas a amadores, que pretendem visualizar pequena

quantidade de imagens na tela, outros são projetados para profissionais,

permitindo gerenciar extensos bancos de imagens por palavras-chave,

inclusive por meio de servidores na Internet.

E se você for levar mesmo fotografia digital a sério, outra recomendação

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Page 57: Curso de fotografia digital

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fundamental é adquirir um gravador de CD-ROM. Assim, é possível

armazenar uma quantidade ilimitada de imagens, mesmo em alta

resolução, gravando-se em CDs.

Verificando o sistema operacional

Antes de prosseguirmos, se você quer ver em seu sistema a cor correta

de uma foto, deve configurar o sistema operacional, como o Windows, para

apresentar o modo “True Color” na tela do monitor (se sua placa de vídeo

suportar isso). Vá ao painel de controle, e entre em propriedades do

monitor. Na caixa de diálogo, entre com a maior capacidade de cores que

tiver o driver da placa (true color, ou 24 bits, ou ainda 36 bits). Em high

color (12 ou 16 bits) a imagem ainda não está ideal.

Como bits e cores se relacionam? É simples aritmética. Para calcular

quantas diferentes cores podem ser capturadas ou apresentadas na tela,

simplesmente use exponenciação. Por exemplo, 8 bits de cores

corresponderão a 28 = 256 cores.

Imagens em preto e branco requerem somente 2 bits para indicar que

pixels serão brancos e quais serão pretos. Escalas de cinza exigem 8 bits

para apresentar 256 diferentes tons de cinza. Imagens coloridas são

mostradas utilizando-se 4 bits (16 cores), 8 bits (256 cores), 16 bits (65 mil

cores, este é o chamado High Color), e 24 bits (16 milhões de cores).

Algumas câmeras e monitores podem apresentar até 30 ou 36 bits. Esta

informação extra serve para melhorar ainda mais as cores, mas é

processada, no final, em 24 bits de cor no máximo. A própria vista humana

jamais enxergará esses milhões de cores que o computador pode

oferecer...

Editando as imagens

A maioria das fotografias digitais, quando são abertas no computador,

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Page 58: Curso de fotografia digital

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estão teoricamente prontas para impressão. Contudo, nem sempre se

encontram otimizadas, ou seja, é como se alguém tirasse uma foto comum

e percebesse que a imagem está sem contraste, ou muito escura, etc. No

caso da foto tradicional nada há a fazer (a não ser que a pessoa possua

um quarto escuro e inúmeros recursos e equipamentos para preparar

cópias corrigidas dentro de certos limites). Só que enquanto a fotografia

convencional permitiria que se corrigisse num processo demorado apenas

uma cópia em papel por vez, no computador o fotógrafo pode editar a

imagem, melhorando sua qualidade em um minuto ou menos de tempo

dispendido, e nunca mais mexer nela – depois, sempre que tirar uma cópia,

seja para distribuição on-line ou imprimir, o original estará perfeito...

Para isso, utilizam-se programas específicos para correção de detalhes,

que vão de problemas simples (como olhos vermelhos, brilho, contraste) a

mais sofisticados (como correção de cores por canais individuais, etc).

Se o usuário é amador, ou seja, não tenha necessidade de enviar a foto

para impressão em revistas ou uso publicitário, softwares simples resolvem

os pequenos problemas. Contudo, se você é um fotógrafo mais exigente,

ou profissional, então o jeito é adotar o Adobe Photoshop.

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Page 59: Curso de fotografia digital

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Ajustando a imagem

Muito bem, uma vez garantido

que as cores que você vê na

tela estarão muito próximas da

realidade, o próximo passo

importante na otimização da

imagem é verificarmos os

levels (níveis de cor) da

imagem. Ocorre que muitas

vezes a foto vai gerar uma

amplitude de cores que na

verdade não existe, e com isso as cores na imagem aparecerão incorretas,

pois a imagem é gravada com a amplitude completa. Existem vários

softwares que podem corrigir isso, mas vamos nos limitar ao Adobe

Photoshop. Nesse programa, é possível corrigir os níveis de cor tanto

automaticamente como manualmente pelo menu para correção do

histograma, em Image, Adjust, Levels...

Um histograma é um gráfico que mostra todos os níveis de brilho possíveis

dentro de uma imagem, a partir de um ideal que vai de puro preto (valor 0),

a puro branco (valor 255). Muitas vezes uma foto possui falhas dentro

desse gráfico, que podem ser corrigidos arrastando-se pequenos triângulos

corretivos no Photoshop. Na maioria dos casos, escolher a opção de

correção automática resolve o problema.

Contudo, corrigir automaticamente nem sempre gera um bom resultado. O

ideal é experimentarmos a correção manualmente, pela ferramenta “conta-

gotas” visível no menu, ou arrastando-se com o mouse os indicadores de

canal (pequenos triângulos ao longo da linha que acompanha o

histograma). Só com a prática se aprenderá melhor a utilizar este recurso.

Outra correção fundamental é em termos de brilho e contraste. Geralmente

O controle Levels do Photoshop

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as imagens digitais são pouco contrastadas ou com pouco brilho,

dependendo do modelo e marca da câmera. Um ajuste quase sempre

funciona bem, e isso é melhor resolvido pelo menu Image, Adjust, Curves...

Contudo, o uso deste recurso

do Photoshop é mais

sensível, também exige

prática. Para simplificar, pode-

se corrigir os níveis de brilho e

contraste no menu Image, Adjust, Brightness/Contrast..., mas se você conseguir

trabalhar no modo Curves... o

resultado será melhor.

A maioria das fotos tiradas

com uma câmera digital

contém ainda algum desfoque

que pode ser corrigido

usando-se um processo

chamado, no Photoshop,

unsharp masking. A

ferramenta funciona

localizando bordas dentro da

imagem procurando por pares de pixels adjacentes que tenham uma

específica diferença de brilho (chamada pelo Photoshop “threshold”) e

aumenta o contraste entre esses pixels em certo valor. Isso afeta não

O modo Curves do Photoshop

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Os controles desse filtro são

três:

1. threshold é a diferença entre o brilho de dois pixels antes deles serem considerados bordas e ganhar nitidez pelo filtro. Se for deixado em 0, todos os pixels na imagem ganharão nitidez. Em raros casos deve-se alterar para valores entre 2 e 20, o ideal é deixar sempre em zero.

2. O valor amount é a porcentagem em que o contraste entre cada borda é melhorado. Um bom valor para começar é por volta de 100%.

3. O radius é o número de pixels ao redor da borda que ganham nitidez. Para começar, deve-se usar um valor entre 1 e 2 pixels, mas dependendo da foto, até 0,5 serve.

Enfim, estes são os retoques básicos. Com o tempo você poderá se divertir

com as centenas de outros recursos, filtros, etc, que o Photoshop é capaz.

Basta adicionar sua criatividade.

Com o Unsharp Mask ganha-se nitidez na imagem

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Page 62: Curso de fotografia digital

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Onde e como imprimir

Finalmente, chegou o momento aguardado

de imprimir as fotos. Você pode tanto mandar

para um laboratório de modo a fazer cópias

em papel fotográfico comum, como imprimir

em sua impressora caseira (mas use sempre

papel fotográfico para isso, ou terá

decepções).

A resolução em pixels necessários para bons resultados na impressão

depende muito da impressora que estiver usando. Em qualquer impressora

jato de tinta, serão necessários pelo menos uns 300 dpi para simular uma

foto. Um detalhe, se a imagem tiver sido obtida por escaneamento a partir

de uma revista ou folha impressa, conterá pequenos pontos (retícula) e

será mais difícil a imagem ficar correta (existe um filtro no Photoshop, o

Gaussian Blur, para atenuar esse efeito).

Impressoras postscript e profissionais utilizam uma medida de resolução

chamada linhas por polegada (LPI). É baseada na grade que usam para

“quebrar” uma imagem de meio-tons, como uma fotografia, em pequenos

pontos (que o computador chama pixels). Historicamente, essas grades

(halftone line screens) têm linhas retas que variam em largura, e a

terminologia LPI permaneceu. Impressoras postscript alcançam entre 85 e

180 lpi – e estes números podem ser considerados padrões de impressão.

O número menor é usado em impressão para jornais, e o maior em

imagens de alta qualidade. Quando se escaneia fotografias para uso

específico, procure capturar a imagem no dobro do valor de lpi para dpi.

Por exemplo, se a imagem será impressa em 133 lpi, escaneie ao menos

em 266 dpi.

Normalmente, as fotos tiradas por câmeras digitais gravam imagens com

resolução de 72 dpi (seja em JPEG ou TIFF). Ocorre que essa é uma

opção para uso no vídeo (WEB), então o primeiro passo, quando se abre

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um arquivo recém-chegado da câmera, é converter a imagem para 300 dpi.

Vejamos um exemplo prático. Quando abro uma foto vinda diretamente da

minha câmera digital no Photoshop, ela aparece configurada para 72 dpi.

Ora, como essa imagem tem 2048 x 1536 pixels, se eu imprimir

diretamente isso surgirá uma imagem de 72,25 x 54,19 cms em baixa

resolução! Então, basta mudar para 300 dpi, que a impressão surgirá

correta, em alta resolução e no tamanho de 17,34 x 13 cms.

Detalhes sobre a impressão

Para entendermos melhor o processo de

impressão de uma imagem digital, em

primeiro lugar é preciso entender que

um pixel não tem tamanho ou forma. No

momento em que “nasce”, é

simplesmente uma carga elétrica. Seu

tamanho e aparência são determinados

apenas e tão somente pelo equipamento

que o apresenta. Entender como o pixel

e o tamanho da imagem se relacionam

um como o outro exige um pequeno

esforço - mas nada além do que um

conhecimento de matemática básico.

Um pixel torna-se visível no sensor de

imagem de uma câmera desde o momento exato em que o obturador abre.

O tamanho de cada fotocélula no sensor pode ser medido, mas os pixels

em sí são apenas cargas elétricas convertidas em números digitais. Esses

números, como qualquer outro número que se imagine, não tem tamanho

físico.

Com 300 dpi a imagem fica correta para o olho humano

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Page 64: Curso de fotografia digital

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Embora os pixels capturados não tenham dimensões físicas, pela

quantidade de fotocélulas existentes sobre a superfície de um sensor pode-

se estabelecer uma quantidade de pixels na fotografia digital.

Como os pixels armazenados num arquivo de imagem não têm tamanho

físico ou formato, não é de estranhar que o número de fotocélulas não

indique por sí mesmo a definição da imagem ou mesmo seu tamanho. Isso

porque as dimensões de cada pixel capturado e a imagem da qual faz

parte são determinados pelo equipamento de saída. Este equipamento de

saída (digamos um monitor ou um impressora), por sua vez, pode expandir

ou contrair os pixels disponíveis na imagem por uma pequena ou grande

área da tela ou do papel de impressão.

Se os pixels de uma imagem são comprimidos numa área menor, a nitidez

perceptível ao olho humano aumenta. Imagens em alta resolução

apresentadas em monitores ou impressas parecem mais nítidas porque os

pixels disponíveis na imagem são agrupados numa área menor – não

porque existam mais pixels. Se os pixels são ampliados, passando assim a

mesma imagem a cobrir uma área maior, a percepção de nitidez da

imagem diminui. E se aumentarmos a imagem além de certo ponto, os

pixels passam a parecerem quadrados.

Assim, como no exemplo citado quando abrimos o arquivo da foto recém

tirada, ela aparece com 72 dpi, o que expande a imagem para aquele

tamanho enorme de mais de meio metro, e com certeza torna a foto

completamente tomada por visíveis pixels quadrados.No momento em que

determino que a saída deve ser de 300 dpi (a maior resolução possível), os

pixels se agrupam corretamente para o olho humano, e a imagem a ser

gerada diminui para os pouco mais de 17 centímetros.

A imagem no monitor

Como já vimos, quando uma imagem digital é apresentada na tela do

computador, o tamanho é determinado por três fatores – a resolução do

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monitor, o tamanho da tela, e o número de pixels na imagem. Vamos rever

isso tudo para uma melhor compreensão do momento da impressão.

O tamanho de cada pixel na tela é determinado pela resolução do monitor.

Esta resolução é quase sempre dada a partir de um par de números que

indicam a capacidade da tela em largura e altura. Por exemplo, a resolução

básica de um monitor de 14 polegadas é de 640x480 pixels – uma

resolução pequena. Um tamanho médio de resolução seria 800x600 pixels,

enquanto uma resolução alta para o mesmo monitor seria de 1024x768

pixels. O primeiro número significa a largura, ou seja, quantos pixels

ocupam a largura da tela, enquanto o segundo número corresponde a

quantas linhas (altura) de pixels cabe na tela. Lembrando que a

apresentação dos pixels é sempre em 72 dpi num monitor.

Assim, a quantidade de pixels por polegadas (ppi) que aparece num

monitor de computador depende da resolução utilizada, já que serão

necessários muito mais pixels num monitor de 14 polegadas numa

resolução de 1024x768 do que numa de 640x480.

Do mesmo modo que a resolução da tela afeta o tamanho da imagem,

assim acontece com o tamanho do monitor. Se você tiver um monitor de 14

polegadas e outro de 21 polegadas, e usar a mesma resolução nos dois,

digamos, 800x600 pixels, as imagens aparecerão de tamanhos bem

diferentes, pois os pixels (como não tem dimensão), irão se acomodar para

preencher todo o espaço da tela. Assim, uma mesma imagem em 800x600

pixels, no monitor de 14’ aparecerá nítida, enquanto no de 21’ poderá se

apresentar sem nitidez nenhuma.

Finalmente, o que determina a resolução do monitor, além da capacidade

do próprio equipamento em apresentar determinados modos de resolução,

é a placa de vídeo do computador. Para um fotógrafo, uma boa placa de

vídeo é tão importante quanto dispor de um bom monitor. Existem

diferenças significativas de qualidade tanto entre monitores como placas de

vídeo (como todo garoto que joga games no computador bem sabe).

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Page 66: Curso de fotografia digital

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Entendendo pixels por polegada

Infelizmente todas as medidas utilizadas por impressoras e computadores

foram determinadas nos Estados Unidos, onde se continua utilizando esse

nonsense que são as medidas em pés, polegadas e assim por diante.

Então o jeito é nos adaptarmos. Lembrem sempre que 1 polegada vale

2,54 cms, ou seja, pouco mais de 2 centímetros e meio.

Normalmente o usuário não tem como mudar o número de pixels de uma

imagem para assim mudar o tamanho da imagem impressa. Esta tarefa é

gerenciada pelo software que se utiliza para imprimir a imagem. Portanto, a

primeira coisa a ser checada é se a imagem terá a resolução correta (de

300 dpi) no tamanho que você pretende imprimir.

Aqui, uma dica. Se você estiver imprimindo na sua impressora caseira,

pode conseguir um maior tamanho de imagem sem praticamente nenhuma

perda de qualidade observável se colocar uma resolução de até 267 dpi.

Menos que isso já surgirão problemas com a qualidade da imagem. Agora,

se estiver mandando para um laboratório para impressão em papel

fotográfico tradicional, terá que usar os 300 dpi, pois as máquinas são

geralmente calibradas para essa definição.

Então, um exercício; qual o maior tamanho que se pode imprimir, sem

perda, uma imagem com 2048 x 1536 pixels e 300 dpi?

A resposta será dividirmos o número de pixels na largura

(2048/300=6,826), e depois multiplicarmos por 2,54, ou seja,

(6,826x2,54=17,33). A resposta é 17,33 cms!

Uma vez ajustada a largura, qualquer programa ajusta automaticamente

também a altura (1536 pixels). Mas se quiserem fazer a conta,

(1536/300=5,12) depois (5,12x2,54=13,00). Resposta, 13 cms. A fotografia

será impressa em alta resolução, sem perdas, no tamanho de 17,33 x

13,00 centímetros.

Uma observação importante: alguns equipamentos, como plotters e

impressoras especiais, utilizam outros números ideais de resolução, e no

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caso deve-se consultar as empresas que fornecem o serviço a respeito da

resolução com a qual o arquivo deve ser enviado. Isso pode variar de 125

a 400 dpi, portanto, é bom sempre perguntar a respeito antes de gravar um

CD para envio de material.

Imprimindo em papel fotográfico

Você pode imprimir todas as

suas fotografias digitais

normalmente em laboratórios

fotográficos do mesmo modo

que manda imprimir fotos a

partir de filmes comuns. Hoje

em dia já existem empresas que atendem inclusive pela Internet. Assim,

basta enviar a imagem digital por e-mail (o ideal para quem quer trabalhar

assim é ter conexão a cabo ou ISDN ou ASDL). Outra opção é ter um

gravador de CD e utilizar CD-Roms para levar as fotos para impressão, ou

ainda disquetes (em caso de imagens em menor definição).

Algumas impressoras jato de tinta já imprimem com grande qualidade,

enquanto achar papel tipo fotográfico e ou de melhor qualidade para essa

finalidade está ficando a cada dia mais fácil – as principais papelarias já

oferecem uma ampla gama de escolha. Quanto às impressoras, existem

vários modelos projetados inclusive para lidar com imagens digitais.

Imprimindo fotos

Impressoras jato de tinta já evoluíram a ponto de imprimir fotografias com

grande qualidade, coisa que não acontecia até recentemente. A qualidade

é ótima na maioria das impressoras, mas sobressai nas impressoras jato

de tinta desenhadas especialmente para imprimir fotos. Contudo, essa

qualidade ainda não atinge os resultados que se pode obter com

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Page 68: Curso de fotografia digital

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impressão em papel fotográfico tradicional em laboratório.

É preciso citar, contudo, um tipo de impressora, que pelo custo e

dificuldade de ser encontrada no mercado nacional, ainda não é conhecida

pela maioria das pessoas, que é a por sublimação (dye sub). Essa

impressora, específica para imprimir apenas fotos, consegue qualidade

superior de impressão, comparável com a obtida por laboratórios.

Como as cores são impressas

Impressoras coloridas geram imagens dividindo a página em milhares ou

até milhões de pequenos pontos, cada um deles endereçado pelo

computador. Conforme a impressora move a página pela cabeça de

impressão, imprime um ponto de cor, usando duas ou três cores sobre

cada um desses pontos ou deixando-os em branco. Para entender como

as cores são impressas, devemos estudar o sistema CMYK, utilizado pelas

impressoras.

Na maioria das impressoras (dye sub são exceção), cada ponto impresso

tem a mesma densidade de cor. Se uma impressora combinar somente

essas cores sólidas, pode ficar limitada às cores primárias. Para capturar

os milhões de cores de uma fotografia, a impressora tem que usar um

recurso para enganar a vista humana, gerando um padrão aceitável de

pontos para visualização. Este processo é chamado de halftoning ou

dithering (meio tom).

O processo de halftoning é feito arranjando os pontos imprimíveis em

pequenos grupos chamados células, e utilizando-se esses grandes pontos

formados por células em unidades para a impressão dos pixels. Cada

célula mede 5 por 5 ou 8 por 8 pontos. As três ou quatro cores primárias

são combinadas num determinado padrão, que a vista humana percebe

como cores intermediárias. Para cores menos saturadas, a impressora

deixa alguns pontos sem imprimir e simula assim brancos de cor.

Este processo é utilizado faz muito tempo em impressão industrial, e pode

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ser percebido se você olhar uma fotografia de revista com uma lupa.

Até recentemente, não existiam impressoras de baixo custo capazes de

impressões de qualidade, mas grandes progressos aconteceram nos

últimos anos.

Critérios para escolha de impressora

Quando se escolhe uma

impressora colorida, não existe

melhor modo do que se

comparar as imagens im

em cada modelo. Algumas

coisas precisam ser lembradas, por exemplo, não espere que uma

impressora especializada na impressão de fotografias funcione bem para

imprimir documentos de texto. E mesmo que o faça direito, o custo por

página impressa pode ser elevado e a impressão demorada, e assim o

preço em sí da impressora não deve ser o único fator a ser considerado –

cartuchos de tinta e papéis especiais também podem ser caros.

pressas

Até recentemente, para qualquer tipo de saída, a imagem precisava passar

pelo computador. Isso está mudando conforme se pode enviar imagens

capturadas pela câmera diretamente para a Internet ou impressora

(embora eu não recomende isso, pois como vimos, as fotos sempre

precisam de correções).

Existem dois modos de proceder assim independentemente. Num deles, a

impressora com esse recurso possui um encaixe (slot) no qual se pode

conectar o cartão de memória (memory card), e no outro, a própria câmera

é diretamente acoplada à impressora.

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Impressoras de jatos de tinta

As impressoras jato de tinta funcionam jogando minúsculas gotas de tinta

sobre uma superfície de papel. No mercado atual, esta tecnologia é de

baixo custo e indicada para impressão doméstica ou de baixo volume.

Apesar do custo baixo, a qualidade de impressão, principalmente dos

últimos modelos, é excelente, principalmente com papéis especiais para

fotos.

Embora possa imprimir fotos em papel comum, as gotas serão em parte

absorvidas na folha, como num mata-borrão, perdendo qualidade de cor e

tons, principalmente se o papel for tipo absorvente. O ideal para imprimir

fotos é utilizar um papel próprio para isso.

Se a qualidade for importante, existem as impressoras por sublimação de

tinta, assim chamadas por utilizarem tinta sólida que, por um processo que

é conhecido cientificamente como “sublimação”, é convertida em estado

gasoso e aplicada no papel sem passar pela fase líquida.

Quando se imprimem fotografias coloridas, não existe nada parecido com o

resultado obtido por este tipo de impressora. Produzem imagens

fotorealísticas com tons contínuos como os que são produzidos pelo

laboratório de fotos. As impressoras desse tipo são recomendadas para

profissionais de desktop publishing, agências e bureaus para provas, lay-

outs e apresentações.

Impressoras dye-sublimation funcionam transferindo a tinta a partir de um

cilindro de transferência ou de uma fita. O cilindro contém quadros

consecutivos de tintas nas cores ciano, magenta, amarelo e preto.

Também existem cilindros sem o preto, mas que não produzem resultados

tão bons. O custo de cada folha de papel também é caro. Existem outros

tipos de impressoras, mas os mais indicados a nível pessoal para

fotografia são os citados acima.

Finalmente, papéis e tintas têm vida útil limitada. Com o tempo, as imagens

vão perdendo a cor. Este é um problema que existe desde os primórdios

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da fotografia. Quando a imagem vai sumindo, a memória se vai com ela.

Contudo, uma das grandes vantagens da imagem digital hoje é que um

arquivo, desde que não seja apagado de um computador (ou na mídia

onde estiver armazenada), não tem como desaparecer nem perder

qualquer qualidade. Portanto, se a imagem impressa e/ou filme tendem a

ter vida curta, a imagem digital não.

Capturando imagens por scanners

Mesmo que você não utilize câmera digital,

com certeza mais cedo ou mais tarde terá que

trabalhar com imagens digitais. Tudo o que

precisa para isso será um scanner e suas

fotos (cópias em papel fotográfico), cromos e

negativos. Se não tiver scanner, poderá

também mandar escanear fora e armazenar a

imagem num CD ou disquete. A resolução de imagens assim tratadas é

geralmente mais alta que a da maioria das câmeras digitais, portanto a

qualidade será a melhor possível.

Scanners coloridos trabalham criando imagens vermelhas, verdes e azuis

separadamente, para depois juntá-las para formar a imagem definitiva.

Alguns equipamentos fazem esse trabalho numa única passada, outros

fazem três passadas (mais lento porém geralmente com melhores

resultados). O método utilizado depende do sensor do aparelho. Muitos

utilizam CCDs lineares arranjados em linhas. Os que exigem três passadas

usam uma única linha de fotocélulas e filtros nas cores vermelha, verde e

azul na frente do sensor de modo a capturar uma cor por vez. Outros ainda

possuem três linhas de fotocélulas, cada linha com seu próprio filtro, de

modo que capturam todas as três cores numa única passada.

Quando a imagem é escaneada, uma fonte de luz desliza sobre a foto (ou

documento impresso). Alguns modelos fazem o contrário, “puxam” o

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documento pela fonte. A fonte de luz reflete a superfície da foto (ou

documento), ou passa através do slide ou negativo, sendo focado por um

sistema ótico (lente e espelho).

A capacidade de resolução ótica de um scanner é determinada pelo

número de fotocélulas em seu sensor. De qualquer modo, a resolução

vertical é determinada pela distância percorrida em cada passada. Por

exemplo, um scanner com uma resolução de 600x1200 possue 600

fotocélulas em seu sensor e se move, entre cada passada, numa distância

de 1/1200 de polegada.

Alguns scanners são projetados para escanear fotos e documentos –

operam por reflexão. Outros são desenhados para lidar com transparências

(slides e negativos). Ainda existem os que são basicamente para

documentos mas possuem adaptadores para transparências, contudo, a

qualidade nesse caso geralmente costuma ser inferior.

Quanto ao tamanho, a maioria dos scanners de reflexão pode escanear

imagens no tamanho A4 ou até maiores. Os scanners para transparências

podem escanear imagens de fotos 35 mm ou maiores. Conforme aumenta

o tamanho, também o custo.

Dynamic Range

Como estudamos anteriormente, cenas do mundo real são cheias de luzes

brilhantes e sombras fortes. Estes extremos são chamados de dynamic

range, ou amplitude de cores. Os filmes não tem de modo algum a

amplitude de cores que se observa na natureza, assim sempre é uma

tarefa difícil capturar uma cena real num filme. E quando o filme (a foto) é

impressa, perde ainda mais qualidade. Por isso é melhor escanear

originais (negativos e slides) do que imagens já impressas.

O quanto de amplitude de cores se pode capturar depende da habilidade

do scanner em registrar os tons que vão do puro branco ao puro preto. Se

o scanner não tiver um dynamic range suficiente, os detalhes serão

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perdidos nas áreas sombreadas ou de luz forte, ou em ambas.

O dynamic range de um scanner pode ser medido e determinado num

número entre 0.0 (branco) e 4.0 (preto) que indica a capacidade de

capturar todos os valores intermediários. Scanners comuns (flatbed)

normalmente registram valores entre 0.0 e 2.4. Os novos equipamentos de

30 ou 36 bits podem alcançar por volta de 3.0, apresentando melhores

detalhes nas áreas sombreadas.

Embora a densidade da imagem varie do puro branco ao puro preto,

nenhum detalhe pode ser visto nessas áreas. Conforme você progride do

puro branco para áreas levemente escuras, os detalhes aparecem. O

mesmo ocorre do outro lado do espectro. O ponto no qual o scanner

captura o detalhe é chamado Dmax (densidade máxima). O dynamic range

é calculado subtraindo-se a densidade mínima (Dmin) da máxima. Por

exemplo, se um scanner tem um Dmin de 0.2 e um Dmax de 3.2, o

dynamic range é de 3.0.

Profundidade de cor

Como vimos anteriormente, a profundidade de cor refere-se a quantos bits

são determinados por cada pixel na imagem. Os melhores scanners

utilizam 36 bits (12 para cada canal vermelho, verde e azul) para produzir

6.8 trilhões de cores. Quando esses arquivos são processados e

convertidos em arquivos de 24 bits, passam a ter mais graduações e cores

mais vívidas.

A qualidade das cores numa imagem escaneada não depende apenas da

profundidade mas também de seu “registro”. Desde que as cores são

capturadas por diferentes sensores em intervalos de tempo diversos,

podem não combinar perfeitamente na hora da mesclagem. Isso aparece

na forma de manchas ao redor de detalhes da imagem.

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Scanners para filmes

Os scanners para slides e negativos têm muito mais qualidade do que os de

papel porque possuem uma amplitude de cores (dynamic range) maior.

Utilizando-se um adaptador para rolos de filmes (filmstrip holder), pode-se

escanear em seqüência seis ou mais fotos com excelentes resultados.

Como slides e negativos são menores e precisam ser muito ampliados, estas

unidades precisam ter resoluções altas para serem úteis. Alguns dos

melhores scanners de filmes utilizam um software chamado Digital ICE que

elimina poeira e sujeira da superfície do fotograma escaneado.

Scanners de mesa

Os chamados scanners de mesa (flatbed scanners) são úteis tanto para

imagens branco e preto como coloridas. São excelentes para restauração de

fotografias antigas. E uma das vantagens do scanner de mesa é que são pau

para toda obra, podendo copiar documentos de todos os tipos e ainda utilizar

o OCR (reconhecimento de texto).

Muitos desses scanners possibilitam ainda digitalização de slides e negativos

através de adaptadores, geralmente embutidos na tampa superior do

scanner. Contudo, as resoluções neste caso são geralmente bem inferiores a

resolução que um verdadeiro scanner de transparências permite, e as cores

nem sempre saem muito boas.

É interessante notar que se pode fazer experiências interessantes com um

scanner, usando-o para gravar imagens, quase como se fosse uma máquina

fotográfica. Um bom truque é colocar algum material sobre o objeto que se

quer gravar, de modo a fazer fundos interessantes (como tecidos de diversas

texturas e cores).

E quando o preço e qualidade não são problemas, o ideal é usar scanner

cilíndrico. Nestes modelos, a transparência (slide ou negativo) ou ainda a

foto já impressa são fixados num cilindro de vidro. Conforme o cilindro gira, a

imagem é lida uma linha por vez num tubo fotosensível ao invés de um CCD.

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Estes equipamentos permitem a mais alta qualidade de RGB e CMYK com

grandes detalhes tanto nas partes claras como em áreas sombreadas. O

dynamic range é tão alto que você pode capturar detalhes ínfimos em

tonalidades, e a resolução chega a valores altíssimos, impossíveis de serem

obtidos em outros equipamentos. Contudo, somente bureaus e empresas

podem ter scanners cilíndricos, pois o custo chega a valores de milhares de

dólares. Assim, quando se necessitar de escaneamento de alta qualidade, o

melhor é procurar uma empresa especializada para o serviço.

Editores de imagens gratuitos e online Quando você precisa editar uma foto, ou seja, fazer um corte na imagem ou melhorar a cor e o contraste, a solução é usar os programas de edição de imagem, como o Photoshop, Corel Photo Paint ou Paint Shop Pro. Estes softwares devem ser comprados e não são baratos. Outras vezes você está no computador de um amigo, na empresa ou numa loja que oferece acesso à internet, mas não tem o software de edição de imagens instalado na máquina. Uma solução prática e gratuita são os editores “freeware”, “shareware “ e também os online, que funcionam no servidor da empresa que os oferece. Estes softwares fazem as operações básicas de edição de imagem e são fornecidos por vários sites. Uma característica comum a todos os sistemas online é o fato de você ter que enviar sua imagem para o site onde está instalado o programa. Confira abaixo algumas opções de editores gratuitos e online: Creative Anywhere (www.creativeanywhere.com) Usa os recursos do Corel Photo Paint por meio de uma aplicação em Java. Permite correção de brilho, contraste e efeitos especiais. Image Magick (www.imagemagick.org/ ) Um dos clássicos editores de imagem, que também oferece a função de edição online, com numerosas opções para tratamento de imagens. Pegasus Online JPEG Wizard (www.jpegwizard.com/) Possibilita usar todos os recursos do formato JPEG (compressão sem perda da qualidade, rotação, etc). PIE - Picture Information Extractor (www.picmeta.com/whatis.htm) Este software executa duas funções importantes para quem tem câmera digital: possibilita a transferência das imagens da câmera ou do cartão de memória para o micro, permitindo que se mude o nome dos arquivos na hora de gravar as fotos. O programa também possibilita que sejam visualizadas as informações contidas no arquivo da imagem, tais como velocidade, abertura, ISO, etc. Alguns recursos básicos de edição também estão disponíveis, como a rotação, corte de imagens e a criação de slide show. Photo Frame (www.creativepro.com/photoframe/welcome) Permite que sejam colocadas molduras nas imagens. É necessário fazer primeiro um cadastro para obter um login e

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senha e também baixar um plugin para o navegador. VCW VicMan's Photo Editor (www.vicman.net/vcwphoto/) Software gratuito com interface interativa e várias funções de edição de imagens, incluindo vários tipos de pincel, textos, gradientes e outras ferramentas artísticas. Pode ler mais de 30 formatos de imagens.

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