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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO
PCC 3556 2019
Materiais, reciclagem e gestão de resíduos da construção
NA AULA PASSADA
Consumo de materiais cresce mais rapido que a população
4,3
5,6
8,7
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0,41,0
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Total
Minerais para Construção
Cimenticios
Dados: Krausman et al (2009), Materialsflows.net (2015) & CDIAC (2006), UN (2015)
A massa de resíduos:
Krausmann in Fundamentals of Materials for Energy and Environmental Sustainability MRS/Cambridge 2012 p.82
There is no enough waste
Haas et al. How Circular Is the Global Economy?. J Industrial Ecology 19, no. 5 (2015): 765–77. https://doi.org/10.1111/jiec.12244.
13%nowadays
43%maximum
Desacoplar: Desenvolvimento x uso de recursos
Fisher-Kowalski et al. Decoupling natural resource use and environmental impacts from economic growth. UN Environment 2011
K. Breene, Can the circular economy transform the world’s number one consumer of raw materials?, World Economic Forum Global Agenda. (2016). https://www.weforum.org/agenda/2016/05/can-
the-circular-economy-transform-the-world-s-number-one-consumer-of-raw-materials.
Economia Circular
Objetivos da aula
• Apresentar a diversidade de materiais e componentes construtivos presentes nos resíduos de construção.
• Discutir como classificar os resíduos de construção e suas vantagens.
Exercício
• Analise as imagens seguintes de resíduos de construção.
• Descreva os materiais e componentes construtivos presentes.
Materiais de Construção
• Cimentícios– Peças estruturais (vigas, pilares) de
concreto– Revestimento de argamassa– Blocos de concreto– ....
• Cerâmicos– Telhas, tijolos e blocos cerâmicos– Placas cerâmicas, peças sanitárias– ....
• Rochas– Piso de Granito– Pia/bancada de mármore, etc– ....
• Solos (escavação)• ....
• Metais– Vergalhão de aço– Esquadrias de alumínio– Cobre (fios elétricos)– .....
• Materiais poliméricos– Tubos, etc (plásticos)– Embalagens (plásticos, papel)– Madeiras (fôrmas, estruturas
de cobertura)– Asfalto– Tintas (revestimentos)– ..........
• ......
Resíduos de Construção
• Cimentícios– Peças estruturais (vigas, pilares) de
concreto– Revestimento de argamassa– Blocos de concreto– ....
• Cerâmicos– Telhas, tijolos e blocos cerâmicos– Placas cerâmicas, peças sanitárias– ....
• Rochas– Piso de Granito– Pia/bancada de mármore, etc– ....
• Solos (escavação)• ....
• Metais – Vergalhão de aço– Esquadrias de alumínio– Cobre (fios elétricos)– .....
• Materiais poliméricos– Tubos, etc (plásticos)– Embalagens (plásticos, papel)– Madeiras (fôrmas, estruturas
de cobertura)– Asfalto– Tintas (revestimentos)– ..........
• ......
Materiais + Embalagens
ANALISE DETALHADAMENTE AS IMAGENS A SEGUIR.
Exercício
QUAIS AS DIFICULDADES PARA A RECICLAGEM?
Com base nas imagens anteriores,
Reciclagem de RCD: dificuldade
• Mistura de produtos
– Construção, demolição ou vizinhos
– Segregação na obra ou na recicladora
• Produtos aderidos
– Como separar?
Reuso de Resíduos de Construção
• Exige desmontagem com peças “integras”
– Como separar sem quebrar?
• Peças danificadas → reciclagem
Gestão de Resíduos de Construção
• Devem ser separados:– Resíduos perigosos
– Resíduos comercializáveis (metais, peças para reuso...)
– Demais resíduos: de acordo com classes.
• Reuso– Desmontagem preserva a função do componente construtivo
– Porta, janelas, blocos, tijolos, telhas, peças sanitárias.
– Não depende da natureza do material.
• Reciclagem– Tipo de componente (função) não é importante
– Natureza do material (relevante)
CLASSIFICAÇÃO DOS RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO
Classificação: resíduos de construção(Resolução CONAMA nº 307/2002)
Classe Materiais Finalidade
AConcreto, argamassa, cerâmica vermelha, solo, etc
Produzir agregadosou material de aterramento para construção
BMadeira, metais, plásticos, gesso, etc
Fornecer energia ou produzir produtos reciclados para setores industriais específicos
CCompósitos (Poliesterc/ fibra de vidro), etc
Não reciclados, por razões tecnológicas ou econômicas
DSolventes, adesivos Lâmpadas, cimento amianto, etc
Destinação como resíduos perigosos
Maximizando a reciclagem, minimizando custos de aterro
• Separação de
– Classe A Cerâmicos, cimentícios, rochas
– Classe B Metais
– Classe B Polímeros
– Classe B – Gesso → destinação
– Classe D Perigosos
– Solos
– Classe C - demais
SIGOR (lista ampliada e unificada)
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
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A.1 II A100 17 01 01
Resíduos de cimento (cimento, argamassa, concreto, blocos e pré moldados e artefatos de cimento)
A.2 II A100 17 01 02 Tijolos (tijolos e blocos de cerâmica vermelha)
A.3 II A100 17 01 03 Ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos (cerâmica vermelha)
A.4 II A017 17 01 03
Ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos (azulejos, pisos cerâmicos vidrados (grês, porcelanatos) ou louças sanitárias (cerâmica branca))
A.5 II A100 17 05 04 a Solos e rochas não contendo substâncias perigosas
A.6 II A100 17 05 04 b Lama bentonítica não contendo substâncias perigosas
A.7 II A100 17.05.06 Lodo de dragagem não contendo substâncias perigosas
A.8 II A100 17 01 07 Misturas de cimento, tijolos, ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos não contendo substâncias perigosas
A.9 II A100 17.05.04 c Areia e Brita
A.10 II A100 17.09 Resíduos de reforma e reparos de pavimentação
http://www.cetesb.sp.gov.br/residuos-solidos
SIGOR (lista ampliada e unificada)
http://www.cetesb.sp.gov.br/residuos-solidos
B
B.12 II A099 17 02 01 bMadeira - (Compensado (resinado ou não), painéis OSB, e outras madeiras industrializadas (laminada, aglomerada) e pintadas ou envernizadas)
B.13 II A007 17 02 03 Plásticos (mantas de cura, telas de proteção, PVC, PP, PPR, PEAD, PEBD, PET, EPS - isopor, etc)
B.14 II A006 15 01 01 Embalagens de papel e cartão
B.15 II A007 15 01 02 Embalagens de plástico
B.16 II A009 15 01 03 Embalagens de madeira
B.17 II A104 15 01 04 a Embalagens de metal (ferroso)
B.18 II A105 15 01 04 b Embalagens de metal (não-ferroso)
B.19 II A099 15 01 06 Mistura de embalagens
B.20 II A117 15 01 07 Embalagens de vidro
B.21 II A010 15 01 09 Embalagens têxteis
B.22 II A117 17 02 02 Vidro (plano,liso, translúcido, refletivo ou temperados)
B.23 II A099 17 08 02 Materiais de construção a base de gesso não contaminados com substâncias perigosas
B.24 II A099 17 03 02 Misturas betuminosas não contendo alcatrão (asfalto modificado, emulsão asfaltica e mantas asfálticas)
B.25 II A010 17 09 04 a
Misturas de residuos de construção e demolição não contendo mercúrio, PCB e substâncias perigosas (resíduos têxteis, carpetes, tecidos de decoração)
B.26 A09917 06 04 Materiais de isolamento não contendo amianto ou substâncias perigosas (Lã de vidro e lã de rocha)
B.27 II A008 19 12 11 Resíduos de Borracha exceto pneus
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DESCRIÇÃO
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B.1 II A005 17 04 01 Cobre, bronze e latão (fios, cabos, ferragens, etc)
B.2 II A005 17 04 02 Alumínio
B.3 II A005 17 04 03 Chumbo
B.4 II A005 17 04 04 Zinco
B.5 II A004 17 04 05 Ferro e aço
B.6 II A005 17 04 06 Estanho
B.7 II A005 17 04 07 Mistura de sucatas metálicas
B.8 II A005 17 04 11 Cabos que não contenham hidrocarbonetos, alcatrão ou outras substâncias perigosas
B.9 II A005 17 04 12 Magnésio
B.10 II A005 17 04 13 Níquel
B.11 II A009 17 02 01 a Madeira serrada sem tratamento - tábua, pontalete, vigas e/ou serragem
SIGOR (lista ampliada e unificada)
http://www.cetesb.sp.gov.br/residuos-solidos
B
B.12 II A099 17 02 01 bMadeira - (Compensado (resinado ou não), painéis OSB, e outras madeiras industrializadas (laminada, aglomerada) e pintadas ou envernizadas)
B.13 II A007 17 02 03 Plásticos (mantas de cura, telas de proteção, PVC, PP, PPR, PEAD, PEBD, PET, EPS - isopor, etc)
B.14 II A006 15 01 01 Embalagens de papel e cartão
B.15 II A007 15 01 02 Embalagens de plástico
B.16 II A009 15 01 03 Embalagens de madeira
B.17 II A104 15 01 04 a Embalagens de metal (ferroso)
B.18 II A105 15 01 04 b Embalagens de metal (não-ferroso)
B.19 II A099 15 01 06 Mistura de embalagens
B.20 II A117 15 01 07 Embalagens de vidro
B.21 II A010 15 01 09 Embalagens têxteis
B.22 II A117 17 02 02 Vidro (plano,liso, translúcido, refletivo ou temperados)
B.23 II A099 17 08 02 Materiais de construção a base de gesso não contaminados com substâncias perigosas
B.24 II A099 17 03 02 Misturas betuminosas não contendo alcatrão (asfalto modificado, emulsão asfaltica e mantas asfálticas)
B.25 II A010 17 09 04 aMisturas de residuos de construção e demolição não contendo mercúrio, PCB e substâncias perigosas (resíduos têxteis, carpetes, tecidos de decoração)
B.26 A099 17 06 04 Materiais de isolamento não contendo amianto ou substâncias perigosas (Lã de vidro e lã de rocha)
B.27 II A008 19 12 11 Resíduos de Borracha exceto pneus
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B.1 II A005 17 04 01 Cobre, bronze e latão (fios, cabos, ferragens, etc)
B.2 II A005 17 04 02 Alumínio
B.3 II A005 17 04 03 Chumbo
B.4 II A005 17 04 04 Zinco
B.5 II A004 17 04 05 Ferro e aço
B.6 II A005 17 04 06 Estanho
B.7 II A005 17 04 07 Mistura de sucatas metálicas
B.8 II A005 17 04 11 Cabos que não contenham hidrocarbonetos, alcatrão ou outras substâncias perigosas
B.9 II A005 17 04 12 Magnésio
B.10 II A005 17 04 13 Níquel
B.11 II A009 17 02 01 a Madeira serrada sem tratamento - tábua, pontalete, vigas e/ou serragem
SIGOR (lista ampliada e unificada)
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DD.1 I K053 08.01.11
Tintas, produtos adesivos, colas e resinas contendo substâncias perigosas (restos e borras de tintas e pigmentos, graxas, solventes, selantes, desmoldantes, aditivos)
D.2 I F104 15 01 10 Embalagens de qualquer tipo contendo ou contaminadas por substâncias perigosasD.3 I D099 12 01 13 Resíduos de soldadura (Eletrodos)
D
D.4 I D09917 01 06
Misturas ou frações separadas de cimento, tijolos, ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos contendo substâncias perigosas -
D.5 I D09917 02 04
Vidro, plástico e madeira, misturados ou não, contendo ou contaminados com substâncias perigosas -(Madeiras tratadas com creosoto, fungicidas, poliuretano, etc)
D.6 I D099 17 03 01 Misturas betuminosas contendo alcatrão D.7 I D099 17 03 03 Asfalto e produtos de alcatrão - ( solução asfáltica)D.8 I D099 17 04 09 Resíduos metálicos contaminados com substâncias perigosasD.9 I D099 17 04 10 Cabos contendo hidrocarbonetos, alcatrão ou outras substâncias perigosasD.10 I F100 17 05 02 Solos e rochas contendo contaminados com bifenilas policloradas (PCB)D.11 I D099 17 05 03 Solos e rochas contendo outras substâncias perigosas -D.12 I D099 17 05 03 Lama bentonítica contaminadaD.13 I D099 17 05 07 Britas de linhas ferroviárias contendo substâncias perigosasD.14 I F041 17 06 01 Materiais de isolamento contendo amiantoD.15 I D099 17 06 03 Outros materiais de isolamento contendo ou constituídos por substâncias perigosasD.16 I F041 17 06 05 Materiais de construção contendo amianto (por exemplo, telhas, tubos, etc.)D.17 I D099 17 08 01 Materiais de construção à base de gesso contaminados com substâncias perigosasD.18 I D011 17 09 01 Resíduos de construção e demolição contendo mercúrio
D.19 I F10017 09 02
Resíduos de construção e demolição contendo PCB (por exemplo, vedantes com PCB, revestimentos de piso à base de resinas com PCB, condensadores de uso doméstico com PCB)
http://www.cetesb.sp.gov.br/residuos-solidos
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E.1 II A099 20 01 36Produtos eletroeletrônicos e seus componentes fora de uso não contendo substâncias perigosas (Lâmpadas
incandescentes)
E.2 II A008 16 01 24 Pneus inservíveis/usados de automóveis
E.5 II A001 20 01 08 Residuos biodegradáveis de cozinha e cantinas
E.6 I D09917 05 05 (*) Lodos de dragagem contendo substâncias perigosas
E.7 II A019 20 03 04 Lodos de fossas sépticas (inclui efluentes de banheiros químicos)
E.8 II A021 19 08 09 Misturas de gorduras e óleos, da separação óleo/água, contendo apenas óleos e gorduras alimentares -
E.11 I F130 13 02 01 Óleos de motores, transmissoes e lubrificacao usados ou contaminados
E.14 I F04420 01 21 (*) Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista
E.15 I D09920 01 23 (*) Produtos eletroeletrônicos fora de uso contendo clorofluorcarbonetos (geladeira, ar condicionado)
E.16 II A099 20 01 25 Óleos e gorduras alimentares
E.17 I F042 20 01 33 Pilhas e acumuladores a base de chumbo,niquel/cadmio ou mercurio
E.20 I D004 18 01Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, pode apresentar risco de infecção (GRUPO A da Resolução CONAMA 358)
E.22 I D099 18 04 Materiais perfurocortantes ou escarificantes (GRUPO E da Resolução CONAMA 358)
E.23 II A003 20 02 01Resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana biodegradáveis (podas/vegetação, limpeza de terrenos)
E.24 II A003 20 02 03Resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana não biodegradáveis (varrição de canteiro de obra)
Em demoliçoes
É possível recuperar componentes
Cerâmicos e Cimentícios
Metais
Madeiras
Gesso
IDENTIFICANDO RESÍDUOS PERIOGOSOS
Classificação de Resíduos NBR 10004
Perigosos – Classe I
• Inflamável?
• Reativo ?
• Corrosivo ?
• Patogênico ?
• Tóxico ?
• Listado comoresiduo perigoso ?
Não Perigosos Classe II
• Constituintes solubilizados acima dos limites?– Sim: Não inertes Classe II A
– Não: Inertes, Classe II BNão
a todas perguntas
Classificação de resíduos(NBR 10.004)
Estes resíduos são perigosos?
www.cpt.com.br
A Classificação e os Custos de Deposição
Destino Custo (R$ / m3)
Resíduo Classe I 350
Resíduo classe II A 100
Construão classe II Áreas de triagem p/reciclagem
15-50
A Classificação e os Custos de Deposição
Destino Custo (R$ / m3)
Resíduo Classe I 350
Resíduo classe II A 100
Construão classe II Áreas de triagem p/reciclagem
15-50
Exigem resíduos perigosos na construção?
Resíduos Inflamáveis
• Tintas contendo solventes, solventes
Tóxicos (benzeno)
• 70-80% absorvido rapidamente pelas vias respiratórias.
• Afeta sistema nervoso, gerando tonturas, perda de consciência.
• É metabolizado no fígado, gerando fenol que são transportados para a medula óssea.
• Lá é convertido em benzoquinona, formando ligações com o DNA e os danificando. É responsável por leucemias (câncer grave).
Liu, Z.; Little, Materials responsible for formaldehyde and volatile organic compound (VOC) emissions. In: Toxicity of building materials. Pacheco-Torgal et al (eds). 2012.
fenol
benzoquinona
Tóxicos: Chumbo
Chumbo (dano à saúde)
http://www.inchem.org/documents/ehc/ehc/ehc165.htm
Tóxicos: Mercúrio
Lâmpadas fluorescentes
http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-lampadas/lampadas-fluorescentes-e-sua-reciclagem/
Metais pesados
• Metais pesados são presentes em muitos materiais– Antimônio (metais, retardantes de chama, vidros)– Mercúrio (lâmpadas, tintas), – Cromo (ligas)
• Metais geralmente são estáveis (persistência)– Bioacumulativos (ingestão)– Estado oxidado (mais solúveis)
• São tóxicos para os seres vivos– Inibem respiração– Geram degeneração de células (câncer)
Orisakwe. Other heavy metals: antimony, cadmium, chromium and Mercury. In: Toxicitymaterials. Pacheco-Torgal et al (eds). 2012
Oxidative Stress
PARTICULAS BIOPERSISTENTESRESPIRÁVEIS
Fibras de amianto
• crisotila
• Anfibólio
• Cimento amianto:
– Risco ocupacional
Gualtierri, Mineral fi bre-based building materials and their health hazards. In: Toxicity of building materials. Pacheco-Torgal et al (eds). 2012.
Mecanismo (dano à saúde)
• Mortes por asbestosis
– 100.000-140.000
• Fibras inflamam as vias respiratórias, dificultam troca O2-CO2 e desenvolvem câncer.
• Período de latência
– 10-20 anos
– Fumo contribui.
Banimento – 55 dos 195 países no mundo (~30% do total).Gualtierri, Mineral fi bre-based building materials and their health hazards. In: Toxicity of building materials. Pacheco-Torgal et al
(eds). 2012.
Risco do Cimento-Amianto
Material integro
Desprendimento – simples raspagem Desprendimento – perfuração, cortes....
Ref: Alberta Asbestos abatement manual; Safe work practices for handling asbestos
Material em desagregação
Silicose
• Respiração de poeira de quartzo produzidas por
– Corte
– Britagem / moagem
– Manuseio de pós
– Construção
– Mineração
– Metalurgia
– Fabricação de vidro..
• Consequenicas
– Dificulade de respirar
– Febre
– Dor pulmonar...
https://en.wikipedia.org/wiki/Silicosis
Madeira Tratada (CCA)
• Cobre-Cromo-Arsênio (biocida)
• Arsênio – alta solubilidade
• Todos metais pesados (toxicidade)
Biocidas usados em madeira (CCA)
• São solúveis em água.
• Tóxicos aos rins e aos pulmões (câncer).
• Osteoporose– Compete com íon cálcio
(osso).
• Pode afetar crianças.
• EPA – proibição de uso residencial (> 2003)
Doi: 10.1021/es0514702
Lixiviação de Arsêniode madeira tratada com CCA
https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2006.10.037
“Borras” Alcalinas
• Lavagem de caminhões betoneira
• Lavagem de betoneiras estacionárias
Exemplos de Resíduos Perigosos na Construção Brasileira
• Madeira tratada– Cresoto, CCA (arsênio), etc
• Cimento amianto– Fibras de amianto
• Tintas ou misturas asfálticas contendo solventes, solventes puros– xileno, tolueno, benzeno, aguarrás
• Tubulações ou tintas antigas– Chumbo, cromo
• Lâmpadas – Mercúrio
• Óleos de máquinas– Metais pesados (cromo, níquel, etc)
• Transformadores elétricos– bifenilas policloradas (PCB)
• Solos urbanos contaminados....
Postos de gasolina
http://www.diariodaregiao.com.br/cidades/cetesb-aponta-que-regi%C3%A3o-tem-171-%C3%A1reas-contaminadas-1.246661
Como identificar TOXICIDADE
dos produtos da CONSTRUÇÃO
PCC 3556
Materiais, reciclagem e gestão de resíduos da construção
Toxicologia
• Estudo dos efeitos adversos que as substâncias químicas causam aos organismos vivos
• Informações toxicológicas de substâncias podem ser encontradas no site de diversas agências ambientais, incluindo a CETESB
http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia-ambiental/laboratorio/109-informacao
Informação resumida da CAS ( FIT-CETESB)
http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia-ambiental/laboratorio/109-informacao
CAS Registry search
Listas de substâncias perigosas(REACH)
http://echa.europa.eu/information-on-chemicals
Como procurar informações da toxicidade dos materiais
(ou resíduos) de construção?
FISPQ (ou MSDS)
• Documento onde devem ser apresentadas as informações sobre os perigos inerentes a cada produto relativos à segurança, saúde e meio ambiente. Segue o GHS.
• Exigida para produtos de construção que ofereçam riscos a saúde e segurança ocupacional (tintas, vernizes, solventes, desmoldantes, aditivos, selantes, ligantes, espumas).
CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL (CBCS). Perguntas e respostas sobre a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). BALDI, A.; PINHEIRO, F. 6 p. 2012. Disponível em: http://www.cbcs.org.br
Conteúdo da FISPQ (NBR 14725)
1. Identificação do produto.
2. Identificação das classes de perigos associadas as substâncias presentes.
3. Composição (teor, concentração) das substâncias que ocasionam os perigos.
4. Medidas de primeiros socorros e de combate a incêndio.
5. Manuseio e estoque do material.
6. Controle de exposição e medidas de proteção individual.
7. Propriedades físicas e químicas do material.
8. Estabilidade e reatividade.
9. Informações toxicológicas.
10. Informações ecológicas.
11. Considerações sobre a disposição.
12. Informações sobre o transporte.
Exemplo de FISPQ
Classe dos Perigos
• Danos a saúde humana
– Toxicidade Aguda
– Corrovisidade cutânea
– Danos sérios aos olhos
– Carcinogenicidade
– Toxicidade reprodutiva
– Mutagenicidade de embriões
– Sensibilização cutânea ou respiratória
Toxicidade é medida por função dose-resposta
A concentração do agente tóxico que causa a morte de metade da população testada é chamada de LD50, ou seja, dose letal para 50% dos indivíduos
BAIRD, C. Química Ambiental. 2. Porto Alegre: 2002. 622 ISBN 978-85-363-0002-3
Concentração Letal Mediana
• Vias de exposição– inalação, ingestão ou via dérmica/olhos
• DL50 (concentração limite da substância que causa a morte de 50% da população de animais exposto por ingestão ou por via dérmica)
• CL50 (concentração limite da substância que causa a morte de 50% da população de animais exposto por inalação.
NBR 14725. Fichas de Informação de Produtos Químicos.
Toxicidade Aguda (ATE)
UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS). Nações Unidas: Genebra e Nova Iorque. 5a edição. 2013. 530 p.
Toxicidade Aguda - ATE(Rotulagem)
UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS). Nações Unidas: Genebra e Nova Iorque. 5a edição.
2013. 530 p.
Carcinogenicidade
• Substância que induz ou aumenta a incidência de câncer. Deve ser classificada nas categorias abaixo:– Categoria 1A: carcinogênico para os homens, com
evidências claras (dados conclusivos).
– Categoria 1B: carcinogênico para os animais e, presumidamente, tem potencial carcinogênico para os homens.
– Categoria 2: há indícios de ser carcinogênico por estudos não suficientemente abrangentes (substância requer atenção).
UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS). Nações Unidas: Genebra e Nova Iorque. 5a edição.
2013. 530 p.
Carcinogenicidade(Rotulagem)
UNITED NATIONS ECONOMIC COMMISSION FOR EUROPE (UNECE). Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS). Nações Unidas: Genebra e Nova Iorque. 5a edição. 2013. 530 p.
Identifique algumas substâncias tóxicas presentes nos materiais (ou resíduos) de
construção.
Substâncias tóxicas na Construção
• Dioxinas/furanos– Queima imprópria de produtos a base de cloro (PVC) –
organoclorados - como fonte de energia.– Subst. cancerígena, que afeta sistema reprodutor e endócrino.
• Ftalatos– Plastificantes de polímeros (PET, PTFE) e tintas– Substância que afeta sistema reprodutor e endócrino.
• VOCs (Volatile Organic Compounds)– Substâncias (benzeno, etc) presentes em tintas ou vernizes (a
base solvente), que se volatilizam em ambientes internos pouco ventilados.
– Substância que afeta sistema nervoso central. Algumas são cancerígenas.
Pacheco-Torgal. Toxicity of building materials. 2011. DOI: 10.1080/19397038.2011.569583
Substâncias tóxicas na Construção
• Inseticidas e fungicidas – CCA (cobre, cromo e arsênio), creosoto, etc usados
para tratar a madeira contra a biodeterioração.– Tóxicos, bioacumulativos, lixiviam facilmente na água.
• Fumaças tóxicas– Poliuretano (PU), durante a queima, pode liberar
cianeto de hidrogênio.– Toxicidade elevada.
• Fibras de amianto– Presentes nos fibrocimentos.– Cancerígeno (pulmões).
Pacheco-Torgal. Toxicity of building materials. 2011. DOI: 10.1080/19397038.2011.569583
Tintas e seus resíduos (FISPQ)
• A base de água– Subst. tóxicas –
plastificante, biocida, solvente (2,5% da massa)
– Sem subst. cancerígena
– Ponto de fulgor > 100ºC
• Resíduo não perigoso (NBR 10.004)
• Coprocessamento ou incineração.
• A base de solvente orgânico– Subst. tóxicas –
aguarrás, tolueno (30-50% da massa)
– Subst. cancerígena –etilbenzeno.
– Ponto de fulgor < 60ºC
• Resíduo perigoso (NBR 10.004)
• Coprocessamento, incineração ou aterro industrial.
Madeiras e seus resíduos (FISPQ)
• Compensados/OSBs– Subst. cancerígena –
fenol-formaldeído (1-14%); difenilmetanodiisocianato (1-15%)
– Temp. de autoignição - > 200ºC
• Pode ser resíduo perigoso.
• Incineração é preferível. Não aterrar.
• Tratada com CCA– Subst. cancerígena –
cromo VI (1-5%); ácido arsênico (1-5%)
• Resíduo perigoso.
• Não incinerar (gases tóxicos). Dispor em aterros industriais.
Considerações Finais
• Classificar e separar resíduos é fundamental para se viabilizar o aproveitamento seguro, sem a presença de resíduos perigosos ou tóxicos.
• A classificação dos resíduos pode ser mais detalhada (por classes de materiais ou tipos de componentes, para reuso), dependendo das alternativas de aproveitamento disponíveis em cada região.
Leitura Obrigatória
• NBR 10.004 – classificação de resíduos sólidos
• Artigo “toxicity of building materials”
• NBR 14725-4 – produtos químicos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
• Todos estão disponíveis no Moodle USP.
Tarefa
• Selecionar uma foto contendo diversos resíduos da construção (com resolução suficiente/nitidez).
• Identificar se há e quais são os resíduos perigosos.
• Classificar os demais resíduos presentes em subcategorias, indicando, para cada resíduo, uma forma de reaproveitamento, ou de destinação final (aterro), se for o caso.
• Justificar as decisões tomadas, incluindo referências bibliográficas (textos técnicos ou sites consultados) que suportem essa decisão.