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Cirurgia da Obesidade Manual do paciente João Ettinger www.ettinger.med.br Desde 1999 12 Anos de Cirurgia Bariátrica

Cirurgia da Obesidade Manual do paciente - ettinger.med.br · – Menor chance de abscessos na parede abdominal – Retorno mais rápido ao trabalho – Retorno precoce às atividades

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Cirurgia da Obesidade

Manual do paciente

João Ettinger

www.ettinger.med.br

Desde 1999

12 Anos de Cirurgia Bariátrica

Prof. Dr. João Ettinger Cirurgião Bariátrico

Cirurgião do Aparelho Digestivo

O tratamento cirúrgico de pacientes com obesidade mórbida nos traz grande

satisfação, pois podemos observar a melhora clínica progressiva dos

pacientes, após a realização da cirurgia bariátrica. Pessoas com doenças

graves como hipertensão arterial, diabetes, apnéia do sono, colesterol e

triglicérides elevados, podem ficar curados com a realização da cirurgia da

obesidade, logo, além da perda de peso acentuada, podem ficar livres de

várias doenças causadas pela obesidade mórbida.

Ao completar 12 anos de cirurgia bariátrica, e mais de 2200 casos operados,

temos a sensação de estar contribuindo positivamente, para a saúde e bem

estar da nossa população. Nosso objetivo é o aprimoramento constante da

nossa prática cirúrgica, melhorando também o atendimento oferecido pelo

Bahia Gastro Center.

Este manual on-line, que pode ser adquirido por download no nosso site

www.ettinger.med.br, faz parte do nosso programa de melhora do

atendimento. Tem como objetivo, esclarecer e auxiliar o paciente bariátrico,

tanto no pré quanto no pós-operatório.

Copyright – João Ettinger - 2009

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A Obesidade Mórbida é uma doença grave e perigosa, na qual o

acumulo de tecido gorduroso no corpo se torna excessivo causando

alterações e lesões nos órgãos, levando a complicações de saúde

graves e ameaçadoras à vida do paciente que são chamadas

comorbidades, ou seja doenças relacionadas à obesidade mórbida. A

obesidade mórbida é definida como aumento do peso corporal, às

custas de tecido adiposo(gordura), 45kg acima do peso considerado

ideal, ou Índice de massa corpórea (IMC) acima de 40kg/m2.

Se considerarmos a avaliação em termos de índice de massa corporal,

obtido dividindo-se peso do paciente pela superfície corporal (estatura

ao quadrado), índices de massa corporal de 30 a 40kg/m2 classifica-se

como obesidade, de 40 para cima são considerados números

indicativos da chamada obesidade mórbida. Índice de massa corpórea -

IMC = Peso(Kg)/Altura2. Por exemplo:Uma pessoa com 102Kg de peso

e 1,60 metros de altura. Multiplica-se 1,6 por1,6 que é igual a 2,56.,

divide-se então o peso 102 por 2,56 que é igual a um IMC de

40(obesidade mórbida).

CLASSIFICAÇÃO DO PESO

Normal < 25 Kg/m2

Sobrepeso 25 a < 27 Kg/m2

Obeso leve 27 a < 30 Kg/m2

Obeso moderado 30 a < 35 Kg/m2

Obeso grave

35 a < 40 Kg/m2

Obeso mórbido 40 a < 50 Kg/m2

Superobeso

50 a < 60 Kg/m2

Supersuperobeso

> 60 Kg/m2

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QUAIS SÃO AS CAUSAS DA OBESIDADE MÓRBIDA?

São inúmeras as causas da obesidade como as genéticas e ambientais. Deve-se

prestar atenção no que se pode corrigir para evitar que o indivíduo continue obeso.

Causas orgânicas como distúrbios hormonais e a compulsão alimentar por bulimia,

distúrbio de reaproveitamento de serotonina no cérebro, além de outras podem ser

corrigidas por medicamentos.

QUAL O OBJETIVO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO?

O objetivo do tratamento cirúrgico é o de reduzir o peso em níveis nos quais os

riscos da obesidade se tornem aceitáveis e a mortalidade seja próxima à da

população não obesa. Este nível corresponde a um peso no máximo 30% acima do

ideal, ou seja um IMC inferior a 35 kg/m2.

QUAIS SÃO OS PACIENTES CANDIDATOS A CIRURGIA?

Indicações (requisitos mínimos)

Índice de massa corpórea - superior a 40 Kg/m2(obesos mórbidos, superobesos e

supersuperobesos) ou entre 35 e 40 Kg/m2 (obesos graves) na presença de

doença associada que pode ser melhorada com perda de peso ( Hipertensão,

dislipidemia, diabetes, artrite radiologicamente comprovada, dislipidemia, apnéia do

sono, hipoventilação, comprometimento psicossocial, infertilidade).

QUAIS OS PACIENTES QUE PODE SER INCLUÍDOS?

Critérios de inclusãoIdade - entre 18 e 65 anos. Em alguns casos podem ser

operados pacientes mais jovens e mais velhos. Obesidade estável por mais que 5

anos. Obesidade estável (Indivíduos que tenham perdido menos que 5% do peso

ou até 10% com novos ganhos freqüentes). Fracasso na terapia dietética ou com

drogas por mais que um ano, com programa de supervisão. Ausência de doença

endócrina que cause obesidade.

“Somente a cirurgia bariátrica tem se mostrado eficaz

como tratamento da obesidade mórbida a longo prazo”

NHI – Consenso Americano 1991

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QUAIS OS PACIENTES QUE NÃO PODEM SER OPERADOS?

Nem todos podem ser operados, Pacientes com distúrbios psicóticos graves,

pacientes com alto risco anestésico ou com doenças associadas de alto risco

não deverão ser operados. No restante, pacientes bem investigados e com

doenças associadas bem controladas podem ser operados (desde que

tenham índice de massa corporal > 40Kg/m2 ou > 35Kg/m2 associados a

doenças decorrentes da obesidade.

Critérios de exclusão

– Pacientes com depressão uni e bipolar endógenas.

– Pacientes com tendência a uso de drogas e álcool em excesso, exceto

os abstêmios nos últimos 5 anos.

– Pacientes gestantes(grávidas).

– Pacientes não adultos(menos que 18 anos), sem indicação médica

específica.

– Pacientes com doença cárdio-pulmonar grave ou outra doença orgânica

severa.

– Pacientes incapazes de seguir as restrições dietéticas requeridas.

– Pacientes que tenham ou suspeitem ter reações alérgicas aos materiais

usados na cirurgia.

– Pacientes com infecção em alguma parte do organismo.

– Pacientes com potencial para sangramento gastrintestinal (Ex. Varizes

esofágicas e gástricas).

– Pacientes com instabilidade emocional ou com características que na

opinião do cirurgião tornem o acompanhamento impossível ou a cirurgia

inapropriada.

– Pacientes com diagnóstico ou sintomas pré-existentes de doenças auto-

imunes como LES (lúpus eritematoso sistêmico), esclerodermia ou

outras doenças inflamatórias do trato gastrointestinal como ulceração

gástrica ou doença inflamatória específica como Doença de Crohn.

– Pacientes com doença que leve a pouca sobrevida(câncer por exemplo).

– Pacientes com expectativas irreais.

– Bulimia.

– Tentativa de suicídio prévio.

– Pacientes que não assegurem seguimento regular.

– Inteligência inadequada.

– Família hostil (não disposta a colaborar)

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Tipos de cirurgia bariátrica

Derivação Bílio-pancreática – Nesta técnica cria-se um estômago que vai ficar com cerca de 500ml e se faz uma derivação intestinal longa fazendo com que o paciente tenha uma disabsorção dos alimentos muito intensa. É considerada uma operação predominantemente disabsortiva com um pouco de restrição.

Gastrectomia vertical – Nesta técnica retira-se verticalmente grande parte do estômago diminuindo-se o seu tamanho, o que faz com que o obeso coma menos e fique saciado. É uma operação restritiva, e também atua na parte hormonal.

Derivação Gástrica (Fobi-Capella) – Nesta operação cria-se

um pequeno estômago com cerca de 30ml e coloca-se um anel

de silicone ao redor, também um bypass é feito fazendo com

que o paciente tenha uma menor absorção dos

alimentos(disabsorção). É uma cirurgia mista pois causa

restrição e disabsorção ao mesmo tempo, além de atuar na

parte hormonal. É a operação mais realizada no Brasil e

também pelos médicos do Bahia Gastro Center.

Procedimento endoscópico

Balão gástrico – Este balão é passado por endoscopia e

posicionado no estômago, e é insuflado com cerca de 500ml

de ar, fazendo com que o paciente coma menos durante as

refeições. É retirado após 6 meses.

Banda Gástrica – Nesta operação um anel de silicone é colocado ao redor do estômago criando-se um pequeno estômago com cerca de 30ml, fazendo com que o paciente coma menos e tenha uma saciedade precoce, é considerada uma cirurgia restritiva (diminui a quantidade de alimento ingerida).

Cirurgia laparoscópica

Todas as operações podem ser realizadas por laparoscopia.

Vantagens da laparoscopia

–Técnica mais estética

–Menos dor no pós-operatório

–Retorno precoce ao trabalho

–Menos chance de infecção na ferida operatória

–Menos chance de hérnias

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DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUX ( FOBI-CAPELLA)

Nós consideramos a derivação gástrica, uma excelente operação, porque oferece a melhor combinação de máximo controle de peso e de mínimo risco nutricional. Esta cirurgia é considerada o "padrão ouro"(a melhor) da cirurgia moderna para obesidade, é a referência na qual as outras operações são comparadas para avaliação das suas qualidades e efetividade.

É uma cirurgia mista, restritiva e disabsortiva.

A operação de Capella (Derivação Gátrica), consiste em criar uma pequena bolsa gástrica utilizando-se grampos metálicos de titânio, chamados de sutura mecânica, dividindo-se o estômago e fazendo-se uma anastomose (ligação) entre esta bolsa e o intestino delgado. O reservatório gástrico assim criado ao receber em média 30ml ( copinho descartável para cafezinho) de alimentos distende o suficiente para informar ao paciente que já está cheio, e o alimento passa diretamente para o intestino delgado evitando as outras etapas de absorção dos nutrientes, logo o paciente aproveita menos o alimento ingerido ou seja além de ser uma cirurgia restritiva é uma cirurgia disabsortiva. O paciente então refere estar satisfeito. Nova alimentação é feita em breve e novamente o paciente sente-se satisfeito. Somando o volume ingerido no fim do dia, este total acaba sendo 10 a 20% do que seria normalmente ingerido nos tempos da obesidade. Há uma diminuição progressiva do peso.

Com o advento da técnica em Y de Roux conhecida como técnica de Fobi-Capella, a câmara gástrica criada, (ver esquema), é desviada para o intestino delgado. Com isto o alimento passa direto e com isto é menos absorvido. A perda de peso após a cirurgia baseia-se no princípio de que o paciente ingerindo pequena quantidade do alimento se sente saciado(satisfeito), devido a distensão da nova bolsa gástrica, ou caso for ingerida uma quantidade excessiva de alimento é provável que ocorram vômitos.

Além disso, o paciente, que por acaso venha a abusar de alimentos calóricos (pudins, sundaes, milk-shake, leite condensado, sorvete,etc...), sentirá mal-estar, com tontura, queda de pressão arterial e diarréia, sintomas conhecidos como "síndrome de dumping". Este sério inconveniente não ocorrerá se forem evitados estes alimentos e dessa forma mantem-se a perda de peso. Logo a perda de peso é mais intensa e mais garantida. É uma excelente técnica para os grandes obesos. Garante uma perda de peso média de 40% do peso total, e de 80% do excesso de peso com índice elevado de bons resultados.

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A cirurgia pode ser realizada pelo método convencional (aberta) ou

laparoscópico (fechado), isto vai depender principalmente do convênio do

paciente, pois alguns só liberam a cirurgia aberta, porém hoje em dia a

maioria das seguradoras liberam a realização do procedimento

laparoscópico. A maioria das operações que realizamos são feitas por

laparoscopia.

A cirurgia bariátrica é aprovada pelo:

Conselho Federal de Medicina

Ministério da Saúde

Colégio Brasileiro de Cirurgiões

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Cirurgia Laparoscópica

A cirurgia laparoscópica para cura da obesidade

mórbida trouxe muitas vantagens, como:

– Pequenos cortes no abdome

– Menos dor no pós-operatório

– Menor chance de hérnias

– Menor chance de abscessos na parede abdominal

– Retorno mais rápido ao trabalho

– Retorno precoce às atividades físicas

– Melhor estética em relação às cicatrizes

Todas as técnicas bariátricas podem ser realizadas

por videolaparoscopia, como:

– Banda gástrica

– Derivação gástrica ( Fobi-Capella)

– Gastrectomia em manga

– Derivação biliopancreática.

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PREPARO PARA A CIRURGIA

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

Qualquer procedimento cirúrgico necessita antes de uma avaliação

clínica. Na cirurgia bariátrica esta avaliação é especialmente importante

pela freqüência aumentada de doenças associadas a esta condição. O

médico endocrinologista avalia o candidato à cirurgia para detectar as

doenças, que podem ser fatores de complicação para o ato cirúrgico e

anestésico. Para isto é necessário realizar a consulta médica e os exames

laboratoriais.

É importante uma avaliação minuciosa, já que doenças como diabetes,

hipertensão arterial, apnéia do sono, doenças do fígado, doenças do

aparelho cardiovascular, varizes, úlceras de membros inferiores,

alterações do colesterol e de outras gorduras sanguíneas, artrose, gastrite

e esofagite, costumam associar-se à obesidade mórbida. Há um cuidado

especial com o coração e os pulmões. A identificação e tratamento destas

doenças é importante para a redução das complicações cirúrgicas. A

análise dos achados clínicos possibilitam ao médico estabelecer o "risco

cirúrgico". Esta classificação permite ao cirurgião e anestesista saber a

condição pré-operatória do paciente, bem como quais serão os cuidados

especiais a serem tomados em cada caso.

Como a cirurgia para a obesidade mórbida é eletiva, ou seja não é uma

emergência médica, esta avaliação deve ser realizada entre 2 a 12

semanas antes da cirurgia. O endocrinologista estimulará o paciente a

perder peso, o ideal é que o paciente tenha uma redução de no mínimo

10% do peso antes da operação. Depois da cirurgia o paciente poderá

necessitar de acompanhamento clínico para doenças associadas a

obesidade mórbida. É importante o controle nutricional no pós-operatório

para que não ocorram hipovitaminoses, desnutrição e anemia, a perda de

peso deve acontecer sem que o paciente fique desnutrido. O paciente

deve seguir as orientações da nutricionista rigorosamente e fazer uso das

vitaminas prescritas.

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EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS

LABORATORIAIS

– Hemograma

– T4 livre e TSH

– Coagulograma

– Glicemia

– Teste de Tolerância a glicose

– Tipagem sanguínea

– Proteínas totais e frações

– Transferrina

– Bilirrubinas totais e frações

– Colesterol Total e frações

– Triglicérides

– TGO, TGP e Gama GT

– Cortisol urinário livre de 24 horas

• Endoscopia Digestiva Alta com pesquisa de H. pylori

• Ultrassonografia de abdome total

• Ecocardiograma

• RX Tórax

• Espirometria

• Polissonografia

• Hemogasimetria Arterial

• Eletrocardiograma

• Sumário de urina

• Parasitológico de fezes

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COMO É O PÓS-OPERATÓRIO?

Após a cirurgia o pós-operatório imediato é realizado preferencialmente no

quarto. Logo no primeiro dia de pós-operatório, o paciente ingere 30ml de

líquido a cada hora e já começa a andar, o que é muito importante para

prevenir complicações respiratórias e trombose, no segundo dia já pode

ingerir líquido à vontade e com 48h o paciente tem alta hospitalar. A revisão

é feita após uma semana e no primeiro mês o paciente só ingere dieta

líquida e semi-líquida, após este período evolui para pastosa e sólida.

QUE ACONTECE DEPOIS DA CIRURGIA?

É necessário que o obeso tenha plena consciência que seu tratamento não

se encerra na alta hospitalar, mas que necessitará submeter-se às regras de

comportamento que lhe assegurem o melhor resultado possível, para isso

contará com o apoio e intervenção, sempre que necessário, da equipe

multidisciplinar. Após a alta hospitalar o paciente continua em tratamento

com acompanhamento clínico, psicológico, com especialistas em medicina

do exercício e finalmente com cirurgiões plásticos. O sucesso do tratamento

cirúrgico baseia-se não só na operação, como também no fato do paciente

não abandonar o programa pós-operatório de atendimento multidisciplinar e

aqui saliente-se a importância do atendimento psicológico, pois suprimir-se a

obesidade, freqüentemente um sintoma ou mudar e adquirir uma nova

imagem corporal pode levar os pacientes a severos conflitos, assim como os

desviam a outras situações clínico-psicológicas mais complexas. O retorno

ambulatorial ocorre uma vez por semana no primeiro mês, quinzenalmente

no segundo mês, após esse período um retorno a cada três meses e após

dois anos pelo menos uma vez por ano. Existem reuniões mensais com

participação de toda a equipe multidisciplinar, pacientes já operados,

candidatos a cirurgia, familiares e interessados, visando esclarecimentos.

A CIRURGIA PODE SER REVERTIDA ?

É possível reverter. Não é comum se reverter estas operações, se o paciente

optar por reverter a operação poderá voltar a comer como antes e engordar

novamente, a reversão em alguns tipos de cirurgia é possível, porém mais

difícil que a primeira cirurgia. Se o paciente tiver questionamentos pelas

saudades de comer, é necessário realizar uma reavaliação com a psicóloga.

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MEDICAÇÕES APÓS A CIRURGIA

Analgésico

Usamos o Lysador, em gotas geralmente na maioria dos pacientes cerca de 45 gotas de 6 em 6 horas, não devem ser utilizados antiinflamatórios pois podem causar úlceras principalmente nas cirurgia de grampeamento do estômago.

Heparina de baixo peso molecular

(Fraxiparina ou Fragmin ou Clexane) para prevenir a trombose venosa e embolia pulmonar, por dez dias após a cirurgia.

Prevenção de úlceras gástricas

Pantozol ou Nexium , é uma medicação utilizada para prevenir a formação de úlceras após a cirurgia, o paciente faz uso por dois meses após a cirurgia.

Vitaminas

Polivitamínico - Centrum ou Terragram ou All26 ou Supradyn de uso diário por toda a vida, para prevenir deficiências de vitaminas.

Vitamina B12 (Citoneurin ou Rubranova 5000) 1/3 da ampola via intramuscular de 45 em 45 dias durante 2 anos principalmente nas cirurgias mistas e disabsortivas(derivaçãogástrica e biliopancreática), pois nestas cirurgias a absorção de Vit. B12 está comprometida podendo acarretar complicações nos nervos.

Ferro (Neutrofer fólico 150mg), deve ser utilizado por toda a vida para prevenir queda nos níveis de ferro no sangue e anemia.

Cálcio + Vitamina D, pode ser feito uso de uma fórmula ou Miocalven D, que é encontrado nas farmácias, deve ser usado por toda a vida.

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Compromisso para toda vida

Pacientes que são submetidos a cirurgia bariátrica tem que se comprometer com o uso

de vitaminas e suplementos, alimentação saudável, acompanhamento médico no pós-

operatório, exercício físico e acompanhamento com a equipe multidisciplinar. O bem-

estar físico e emocional depende deste comprometimento. Aprenda com o seu cirurgião

quais as expectativas, e se comprometa para ter o sucesso desejado.

Responsabilidade pessoal

Estudos comprovam que pacientes que se comprometem com uma alimentação

saudável, tomando os suplementos necessários, que fazem os exames de rotina e

fazem exercícios físicos, são os que tem os melhores resultados.

Nutrição adequada

Ter uma alimentação saudável depois da cirurgia é essencial para um resultado de

sucesso a longo prazo.

Grupo de apoio

Uma parte integral do processo de cura, física e emocional. Todos pacientes são

estimulados a visitar a equipe multidisciplinar no pós-operatório.

Exercício

Em um estado .de baixa ingestão calórica o corpo utiliza músculo para ter energia

imediata. É fundamental um programa de exercícios físicos após a cirurgia. Pelo menos

3 vezes por semana deve-se realizar exercícios o que evita a perda de massa muscular,

queima gordura e leva ao sucesso a longo prazo.

Vitaminas e minerais

É importante a reposição de vitaminas e minerais para se evitar deficiências de cálcio,

ferro, vitamina B12, zinco e outras.

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■ Coma alimentos saudáveis

■ Faça exercícios diariamente.

■ Comprometa-se com um acompanhamento a longo prazo

com seu cirurgião e equipe.

■ Frequente os grupos de apoio (Equipe multidisciplinar).

■ Tome vitaminas e suplementos para o resto da vida.

■ Evite álcool pelo menos durante um ano após a cirurgia.

■ Não fume nunca mais.

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Cirurgião

Prof. Dr. João

Ettinger

• Doutorado em Medicina Interna - EBMSP

• Preceptor da Residência de Cirurgia Geral - HSR, HC e HAN

• Preceptor da Residência de Cirurgia do Aparelho Digestivo - HSR

• Coordenador do Fellowship de Cirurgia Bariátrica do HSR

• Especialista em Cirurgia Geral

• Especialista Cirurgia do Aparelho Digestivo

• Título de Qualificação em Cirurgia laparoscópica

• Título de Qualificação em Cirurgia do Trauma e Emergência

• Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

• Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

• Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica

• Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

• Mestre do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Bahia 2010/2011

• Fellow of the International Federation for the Surgery of Obesity

• Fellow of the American Hernia Society

• Atuação- Bariátrica - Ap. Digestivo – Hérnias - Laparoscopia

O doutor João Ettinger, iniciou a prática de cirurgia bariátrica em 03 de

dezembro de 1999, tendo realizado o primeiro procedimento de derivação

gástrica(Cirurgia de Capella) na cidade do Salvador, desde então, mais de

2.200 cirurgias foram realizadas com sucesso, sempre operando em equipe,

conjuntamente com o seu sócio o Dr. Euler Ázaro o que traz mais segurança

para os procedimentos.

CRM BA - 11080

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EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Psic. Priscilla Silva Nut. Patrícia Jacob

A obesidade é considerada uma doença de

prevalência crescente e de caráter epidêmico.

Representa, para a sociedade moderna, uma

grande preocupação de saúde pública. As

Interações entre fatores culturais, psicológicos e

sociais induzem uma crescente susceptibilidade

à obesidade humana, indicando ser esta uma

doença complexa.

Dentre as possibilidades de tratamento da

obesidade classe III (mórbida), as que

proporcionam os melhores resultados, em termos

de emagrecimento significativo e duradouro, são

as cirurgias bariátricas. Tais procedimentos

induzem reduções do peso de grande magnitude

e em períodos curtos, de 1 a 2 anos. No entanto,

esta perda ponderal deve ser acompanhada de

forma contínua e estreita por um profissional

Nutricionista.

A Assistência Nutricional no pós-operatório

objetiva favorecer uma perda de peso estável

e segura, suficiente para que haja redução

das co-morbidades clínicas, diminuição do

risco cirúrgico, melhora dos padrões

metabólicos e respiratórios, prevenindo assim

complicações nutricionais e metabólicas

decorrentes da má-absorção.

O acompanhamento nutricional é fundamental

para conduzir as etapas de reintrodução de

alimentos e prevenir complicações que podem

ser causadas pela prática alimentar não

adequada. Ainda este acompanhamento deve

promover a instituição de uma reeducação

alimentar continuada e permanente, baseado no

estilo de vida de cada paciente.

O resultado deste acompanhamento se traduz na

identificação de um grupo de “ex-obesos”, com

estado nutricional adequado e possibilidades de

desempenhar plenamente o seu potencial de

saúde e qualidade de vida.

Psicologia Nutrição

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A papel do psicólogo é de fundamental

importância, para o sucesso do paciente que irá

realizar a cirurgia bariátrica. Por conta disso,

faz-se necessário que o acompanhamento

psicológico ocorra tanto antes quanto após a

operação, para que seja possível avaliar se o

individuo está apto psiquicamente para a

intervenção cirúrgica, e auxiliá-lo quanto à

compreensão de todos os aspectos decorrentes

do pré-operatório e pós–operatório. O

psicodiagnóstico é o instrumento usado pelo

psicólogo na avaliação pré-cirúrgica para que

seja possível detectar a estrutura da

personalidade do paciente, e seus conseqüentes

mecanismos de defesa, fantasias, expectativas,

além de procurar detectar possíveis contra-

indicações psíquicas para a realização do

procedimento médico referente à cirurgia

bariátrica. Durante o acompanhamento

psicológico pré–operatório, deve-se auxiliar o

paciente quanto aos seus conhecimentos acerca

da cirurgia, riscos e complicações, benefícios

esperados, e conseqüências emocionais, sociais

e físicas, além das responsabilidades esperadas.

Após a cirurgia, o psicólogo deve procurar

auxiliar o paciente na compreensão das

rápidas alterações que ocorrem nos seus

hábitos alimentares e no seu próprio corpo,

ajudando-o a se compreender melhor durante

esse período de grandes mudanças, e

conseqüentemente aderir ao tratamento de

maneira mais eficiente, tornando-o responsável

pela vivência de criação de uma nova identidade

e estimulando a sua participação efetiva no

processo de emagrecimento. O grupo de

segmento psicológico no pós operatório é aberto

para os pacientes submetidos à cirurgia

bariátrica. Esses grupos pós-cirúrgicos ocorrem

uma vez por mês durante o primeiro ano de

cirurgia.

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1) O PACIENTE REALIZA A CONSULTA COM O CIRURGIÃO BARIÁTRICO

SEQUÊNCIA PARA REALIZAÇÃO

DA CIRURGIA BARIÁTRICA

Geralmente a primeira consulta é realizada com o cirurgião que vai avaliar e examinar o doente, para verificar se é candidato à cirurgia. Se o paciente tiver indicação para a operação bariátrica, o

2) AVALIAÇÃO COM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Na avaliação multidisciplinar o paciente realizará consultas com a psicóloga e a nutricionista, a nutricionista fará a avaliação nutricional do paciente e dará a orientação de como será a dieta pré e pós-

médico solicitará diversos exames pré-operatórios, encaminhará o paciente para avaliação multidisciplinar e consultas com médicos especialistas.

operatória. A psicóloga avaliará o paciente e verificará se o paciente terá condições de ser submetido a cirurgia, ou se precisará de uma preparação maior para o procedimento.

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3) REALIZAÇÃO DE EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS

4) CONSULTA COM MÉDICOS ESPECIALISTAS

5) SOLICITAÇÃO PARA AUTORIZAÇÃO DA OPERAÇÃO

Diversos exames pré-operatórios serão realizados para que o paciente possa ser submetido a cirurgia, que são: exames de sangue, urina, parasitológico de fezes, RX de

Consultas com médicos especialistas serão realizadas para avaliação do paciente e laudos serão emitidos atestando a possibilidade do doente realizar a operação bariátrica, médicos como endocrinologista, cardiologista , pneumologista, psiquiatra e ortopedista podem ser consultados.

Após a realização dos exames e consultas com equipe multidisciplinar e médicos, o cirurgião avaliará os exames e os laudos para verificar se o paciente pode ser submetido à cirurgia. Após isto o médico solicita a autorização ao convênio para realização da operação. Após a autorização pelo convênio o médico marcará a data da cirurgia.

tórax, eletrocardiograma,

espirometria, polissonografia, ecocardiograma, hemogasimetria arterial, ultrassonografia de abdomen total e endoscopia digestiva alta.

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7) INTERNAMENTO NO HOSPITAL

8) REALIZAÇÃO DA CIRURGIA

O paciente geralmente é internado no dia da operação, em alguns hospitais o internamento pode ocorrer no dia anterior. O paciente fica em dieta zero a partir das 22h00 do dia anterior à cirurgia, pois o estômago precisa estar vazio antes da indução anestésica para não ter risco de aspiração do conteúdo gástrico para os pulmões. A equipe de enfermagem prepara o paciente e encaminha para o Centro Cirúrgico.

A operação dura em torno de 01h15

a 02h00, antes disto o paciente é entubado pois a anestesia é geral, o abdômen é lavado e campos cirúrgicos são colocados, o equipamento de laparoscopia e instrumentos são preparados, este período dura cerca de 30min. Após o término da cirurgia o paciente é acordado pelo anestesista, período que dura cerca de 20min, depois do paciente acordado este é encaminhado para o centro de recuperação anestésica no centro cirúrgico, período que dura cerca de 02h00, após isto o paciente é encaminhado para o quarto.

Antes da operação o paciente participa de uma reunião pré-operatória com outros pacientes e familiares que tem como objetivo explicar as etapas do tratamento e tirar dúvidas que existam sobre a cirurgia bariátrica. O médico explica detalhes do preparo, internamento, técnicas bariátricas, medicações, dieta, acompanhamento pós-operatório e cuidados.

6) REUNIÃO PRÉ-OPERATÓRIA

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9) INTERNAMENTO POR 48 HORAS

10) REVISÃO APÓS 7 DIAS

11) DIETA NO PÓS-OPERATÓRIO

Quando o paciente chega no quarto é estimulado a caminhar, e fazer fisioterapia, e no mesmo dia já inicia a dieta via oral com 30ml de líquido a cada três horas, no outro dia já ingere dieta líquida restrita à vontade e no outro dia pela manhã (48 horas no total) vai de alta para casa. È recomendado que nos primeiros 10 dias não faça uso de líquidos nem muito gelados nem muito quentes.

Geralmente após sete dias o paciente faz a revisão com seu médico no consultório, o paciente volta a dirigir e retorna ao trabalho após 7 a 10 dias, pacientes que fazem trabalho que demanda esforço físico necessitam de um período maior, hidroginástica e academia após um mês e meio. O tempo de retorno à atividade sexual é em torno de 15 dias. No primeiro ano o paciente faz revisões de 3 em 3 meses, no segundo de 6 em 6, e do terceiro ano em diante uma vez por ano para o resto da vida.

No primeiro mês a dieta ingerida pelo paciente é líquida e semi-líquida, após o primeiro mês se evolui para uma dieta mais pastosa e progressivamente carne branca e por fim carne vermelha que é a mais difícil de ser digerida. Os detalhes da dieta são explicados pela nutricionista que prescreve a dieta específica para o pós-operatório.

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12) VITAMINAS NO PÓS-OPERATÓRIO

14) RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

O tratamento bariátrico depende de um acompanhamento com a equipe de cirurgia e multidisciplinar para o resto da vida, pacientes rebeldes que não seguem as recomendações tem grandes chances de voltar a engordar e ter complicações nutricionais e psicológicas graves.

Nos primeiros dois anos o paciente utiliza quatro suplementos que são, cálcio , ferro, um polivitamínico e complexo B, do segundo ano em diante somente três vitaminas.

13) EXERCÍCIO FÍSICO PÓS-OPERATÓRIO

O exercício físico é fundamental para que o paciente tenha êxito com a cirurgia bariátrica, os pacientes que fazem tem uma perda de peso maior e menos chance de voltar a ganhar peso, menos chance de atrofia muscular e uma maior qualidade de vida.

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ATENDIMENTO Consultórios

Bahia Gastro Center (Centro Médico Garibaldi)

3505 3350 / 8802 3774

Hospital São Rafael – Cirurgia Geral I

3281 6582 / 3281 6400

Hospital Aliança – Sala 702

2108 4711 / 3505 3350 / 8802 3774

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HOSPITAL SÃO RAFAEL- Avenida São Rafael, 2152 - São Marcos - Salvador BA

Cirurgia Geral I Térreo,

Sec 71 3409-8000 / 3281-6582 / 3281 6400

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HOSPITAL ALIANÇA – CENTRO MÉDICO - Av. Juraci Magalhães Jr. 2096, Sala 702

3505 3350 / 2108-4654 / 8802 3774

BAHIA GASTRO CENTER- Av. Garibaldi 1555, Centro Médico Garibaldi, Sala 401,

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Linha direta Dr. João Ettinger - Cel 9983 1304

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Deus seja louvado.

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