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167 CHOPPEIRA AUTOMATIZADA- SISTEMA DE CONTROLE POR CLP DE BAIXO CUSTO ¹ Francisco Masaji Saito [email protected] Tiago da Silva [email protected] Prof. Gustavo Adolfo M. S. Coraini 2 [email protected] ABSTRACT-This article to treat a mechatronic system applied in a tank draftbeer that to improve self-service drinks to the final consumer, its operation to form in a management system that detects the presence of a glass at the base of active taproom to become active a solenoid valve and the liquid begins to circulate through the cooling worm then goes the drink to dose an injector and when the free oneself level is reached, another solenoid valve is actuated the get rid of the drink into the cup. At the end of filling, the solenoid valve is switched off, interrupting the flow of the liquid, then return the cup filled at the starting point of the process. Keywords: Mechatronic, Automation, ATM. RESUMO-Este artigo trata-se de um sistema mecatrônico aplicado em uma choperia que, aperfeiçoa o autoatendimento de bebidas ao consumidor final, seu funcionamento constitui- se em um sistema de gerenciamento que ao detectar a presença de um copo na base da choperia ativa-se uma válvula solenoide e o liquido começa circular pela serpentina fazendo o resfriamento, em seguida, o líquido vai para um dosador e quando o nível desejado for atingido, outra válvula solenoide é acionada despejando a bebida no copo. No término do envasamento, a válvula solenoide será desacionada, interrompendo a vazão do liquido, em seguida o copo retornará cheio no ponto inicial do processo. Palavra-chave: Mecatrônico, Automação, Autoatendimento. 1 INTRODUÇÃO O grande aumento da demanda no seguimento de bebidas, aliado ao avanço de tecnologia em sistemas de automação, permite o desenvolvimento de tecnologias para o autoatendimento no ramo de choperias. Neste caso o consumidor pode efetuar seu próprio atendimento no envasamento de copos de chopp ou cerveja, em máquinas automáticas disponibilizadas pelo fornecedor. Este sistema permite a comercialização do produto com pequena quantidade de mão-de-obra, agilidade e a eficácia no atendimento aos clientes, incentivando o consumo, a produção, gerando maior renda e emprego no setor, o que motivou a escolha do tema, por sua relevância social, econômica e cientifica. Esse trabalho apresenta a pesquisa desenvolvida sobre um sistema de choperia automática, utilizando os recursos da mecatrônica industrial. O objetivo geral é aplicar recursos e ferramentas da mecatrônica industrial no desenvolvimento de sistemas automatizados para o autoatendimento de clientes. O objetivo específico é desenvolver a automação de uma choperia. Pesquisou-se sobre o funcionamento de sensores, programação em CLP, (controlador Lógico Programável) e atuadores (válvula solenoide).

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CHOPPEIRA AUTOMATIZADA- SISTEMA DE CONTROLE POR CLP DE BAIXO

CUSTO

¹ Francisco Masaji Saito [email protected] Tiago da Silva [email protected]

Prof. Gustavo Adolfo M. S. Coraini

2 [email protected]

ABSTRACT-This article to treat a mechatronic system applied in a tank draftbeer that to improve self-service drinks to the final consumer, its operation to form in a management system that detects the presence of a glass at the base of active taproom to become active a solenoid valve and the liquid begins to circulate through the cooling worm then goes the drink to dose an injector and when the free oneself level is reached, another solenoid valve is actuated the get rid of the drink into the cup. At the end of filling, the solenoid valve is switched off, interrupting the flow of the liquid, then return the cup filled at the starting point of the process.

Keywords: Mechatronic, Automation, ATM.

RESUMO-Este artigo trata-se de um sistema mecatrônico aplicado em uma choperia que, aperfeiçoa o autoatendimento de bebidas ao consumidor final, seu funcionamento constitui-se em um sistema de gerenciamento que ao detectar a presença de um copo na base da choperia ativa-se uma válvula solenoide e o liquido começa circular pela serpentina fazendo o resfriamento, em seguida, o líquido vai para um dosador e quando o nível desejado for atingido, outra válvula solenoide é acionada despejando a bebida no copo. No término do envasamento, a válvula solenoide será desacionada, interrompendo a vazão do liquido, em seguida o copo retornará cheio no ponto inicial do processo.

Palavra-chave: Mecatrônico, Automação, Autoatendimento.

1 INTRODUÇÃO

O grande aumento da demanda no seguimento de bebidas, aliado ao avanço de tecnologia em sistemas de automação, permite o desenvolvimento de tecnologias para o autoatendimento no ramo de choperias. Neste caso o consumidor pode efetuar seu próprio atendimento no envasamento de copos de chopp ou cerveja, em máquinas automáticas disponibilizadas pelo fornecedor. Este sistema permite a comercialização do produto com pequena quantidade de mão-de-obra, agilidade e a eficácia no atendimento aos clientes, incentivando o consumo, a produção, gerando maior renda e emprego no setor, o que motivou a escolha do tema, por sua relevância social, econômica e cientifica.

Esse trabalho apresenta a pesquisa desenvolvida sobre um sistema de choperia automática, utilizando os recursos da mecatrônica industrial. O objetivo geral é aplicar recursos e ferramentas da mecatrônica industrial no desenvolvimento de sistemas automatizados para o autoatendimento de clientes. O objetivo específico é desenvolver a automação de uma choperia.

Pesquisou-se sobre o funcionamento de sensores, programação em CLP, (controlador Lógico Programável) e atuadores (válvula solenoide).

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2 JUSTIFICATIVA

Com o avanço tecnológico em todos os setores, percebe-se a necessidade

de se aprimorar o conhecimento em automação e implementar a automatização no

segmento de bebidas como a choperia.

3 PROTÓTIPO FUNCIONAL

O projeto realizado para a conclusão do curso de Mecatrônica Industrial, na

Fatec Garça foi à implantação e funcionamento de uma choperia automatizada

utilizado tecnologias de automação.

Foram utilizados para o protótipo os seguintes materiais: botoeiras, fonte de

alimentação de 24 V, choperia, reservatório para controle de volume do liquido,

sensores capacitivos e indutivos, válvula solenoide de 127V, unidade mecânica para

sustentação e movimentação do copo e CLP, estes materiais serão explicados um

pouco melhor no tópico Materiais Utilizados.

Cada material foi estudado para diminuir os custos do projeto na faculdade de

tecnologia além de utilizar materiais que podem ser reaproveitados e a facilidade de

encontrar os componentes para o trabalho didático. Alguns itens podem e devem ser

substituídos em caso de fabricação em escala comercial deste protótipo, como por

exemplo: reservatório e encanamento de aço inox, CLP de menor custo que atende

as necessidades, etc.

Para realizar o funcionamento do protótipo será acionada uma botoeira,

deixando o sistema em espera, ao ser colocado o copo na unidade mecânica em

que o sensor capacitivo reconhecerá a presença do copo e enviará um sinal para o

CLP, que através deste controlador acionará o motor da unidade mecânica, este

motor está acoplado em um jogo de engrenagens e correntes onde fará com que o

fuso movimente o suporte onde se localiza o copo para envasamento. O ponto de

parada para envasamento é definido com a utilização de um sensor indutivo, quando

este sensor identificar o suporte do copo, então mandará um sinal para o CLP, este

fará com que o motor pare. Ao parar o copo no local especificado, será acionada a

válvula solenoide, colocada junto a choperia, a circulação do chopp se dá com a

pressurização da bebida por meio da bomba manual ou automática, e então o

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Chopp circulará pela serpentina imersa no gelo e fará o resfriamento do liquido, em

seguida ele irá para um reservatório, onde será feito a dosagem através de um

sensor capacitivo.

Quando atingir o volume desejado no reservatório de dosagem, o controlador

mandará um sinal para que a válvula solenóide localizado na choperia interrompa o

fluxo e ao mesmo tempo mande um sinal para outra válvula solenoide, que este

localizado junto ao reservatório de dosagem libere o liquido derramando no copo.

Passado um determinado tempo à válvula solenóide do reservatório de

dosagem desacionará, através do sinal dado pelo CLP, e será acionado o motor

para que o suporte do copo retorne ao inicio do processo, permitido que o

consumidor retire o copo. Lembrando que o tempo para o fechamento da válvula

será programado no CLP.

4 MATERIAIS UTILIZADOS

4.1 Choperia

A choperia utilizada é composta por um reservatório para liquido, uma

serpentina, compartimento para o gelo e uma bomba manual, Conforme a figura 1.

A bomba manual fará o processo de pressurização do sistema do protótipo,

que permitirá a circulação da bebida, esta circulação passará pela serpentina e

neste momento será realizado o resfriamento.

FIGURA 1. A. Serpentina e local para o gelo FIGURA 1. B Local do Chopp e bomba

Fonte: Autor (2013).

Fonte: Autor (2013).

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4.2 Reservatório para controle de volume

O reservatório para controle de volume do liquido foi um meio para que

se possa determinar a quantidade antes de ser despejado no copo, o material

utilizado no projeto é de garrafa pet, mas havendo a possibilidade de ser utilizado

um reservatório de vidro ou aço inox (Aço Inox AISI 316L).

Aço Inox AISI 316L é o Aço cromo-níquel molibdênio, inoxidável

austenítico, não-temperável, não magnético. Possui resistência à oxidação até a temperatura de 875 °C, porém a resistência à corrosão intercristalina é garantida até a temperatura de 300 °C. (FAVORIt Aços Especial, 2012).

Neste reservatório foi colocado um sensor capacitivo para controlar o nível do

liquido, este sensor foi escolhido porque através de algumas regulagens o sensor

pode ser colocado do lado de fora da garrafa, tanto pet ou ate mesmo se for utilizado

vidro como reservatório. Em caso de utilizar um reservatório de aço inox, o sensor

recomendado usar um sensor de nível.

A figura abaixo demostra o reservatório utilizado no protótipo funcional.

Figura 2- Reservatório para controle de volume

Fonte: Autor (2013)

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4.3 Sensores capacitivos

Sensor capacitivo é um tipo de sensor de proximidade que consegue

identificar materiais dos tipos líquidos e sólidos. Este consiste em um oscilador

interno, circuito de disparo e circuito de saída conforme a figura 3.

Figura 3- Diagrama em corte do sensor capacitivo

Fonte: Franchi e Camargo (2008).

Segundo o autor Franchi e Camargo, quando o material é aproximado na face

do sensor o oscilador oscila devido à mudança da capacitância do capacitor que se

situa na face do sensor, este capacitor faz parte do circuito de um oscilador. Para

que o sensor mude de estado de funcionamento a capacitância do oscilador é

aumentado com a proximidade do material a ser detectado, conforme demostra a

figura 4.

Figura 4: Sensor de proximidade capacitivo

Fonte: Franchi e Camargo (2008).

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4.3 Sensores indutivos

É um componente eletrônico digital ou analógico que tem capacidade

de fazer a detecção de materiais metálicos sem que haja nenhum contato com este

objeto.

Segundo os autores Franchi e Camargo (2008) os sensores indutivos têm seu

funcionamento baseado no princípio da variação da indutância da bobina, através do

metal que ao aproxima-se do campo de alcance do sensor a bobina emite um

campo magnético alternado, que é irradiado através da face do sensor, então o

circuito de disparo detecta a peça, proporcionando uma perda da oscilação de saída,

fazendo com que o sensor mude de estado baixo para o estado alto, conforme a

figura 5 e a figura 6. (FRANCHI E CAMARGO, 2008).

Figura 5: Descrição do funcionamento de sensores indutivos

Fonte: Franchi e Camargo (2008).

Fonte: Pereira (2008). .

Figura 6. : Simbologia do sensor

Indutivo

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4.3 Válvulas solenoide

A válvula solenóide é um atuador que controla o fluxo de materiais

líquidos e gasosos, é composto por um solenóide que através por meio magnético

atua sobre o êmbolo abrindo e fechando a linha de fluxo do liquido ou gás, conforme

a figura 7.

Segundo Cetinkunt (2008, p.382), o solenóide que é o componente principal da válvula solenóide, o solenóide é um atuador de translação com uma faixa de movimento bastante limitada. Os solenóides são usados em válvulas de controle de fluxo e em atuadores de deslocamento de translação de pequeno curso. Um solenóide é composto de uma bobina, de uma carcaça, que é feita de um material com alta permeabilidade para guiar o fluxo magnético, de um êmbolo, de um batente (e de uma mola central na maioria dos casos) e um carretel. [...].

Figura 7: Funcionamento do Solenoide.

Fonte: Centinkunt (2008).

A figura 8 demostra a válvula solenóide usada no protótipo funcional. No

protótipo utilizamos duas dessas válvulas solenóiede com a bobina de acionamento

de 127 V. E para fazer o acionamento delas, através do CLP, cuja têm a tensão de

saída de 24 V, utilizamos relés para fazer o seu chaveamento.

Figura 8: Válvula Solenoide

Fonte: Autor (2013).

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4.4 Suporte para o copo de sistema mecânico

A estrutura do sistema mecânico é composta por um motor de corrente

continua, de 12 V, corrente de dentes invertidos, engrenagens, fusos, sensores

indutivos e um sensor capacitivo para identificar o copo.

O movimento do copo até o local desejado se faz através do motor que atuará

em um conjunto de engrenagens e corrente de transmissão com isso o suporte do

copo deslocará até o sensor indutivo localizado no inicio e no fim do curso,

identificado o suporte e enviando um sinal para o CLP, que desligará o motor da

unidade mecânica.

Figura 9: Relação de transmissão da Unidade mecânica

Fonte: Autor (2013).

Figura 10: Motor da unidade mecânica

Fonte: Autor (2013).

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4.5 CLP do protótipo

Com base no conhecimento adquirido no curso de Mecatrônica Industrial foi

decidida a utilização de um CLP da Festo disponibilizado junto a FATEC-Garça para

a realização do projeto conforme a figura 11. A utilização se deve na facilidade de

programação tanto para as pessoas que dominam comandos elétricos, utilizando a

Linguagem LADDER (Figura 12), e aqueles profissionais que dominam a linguagem

C, programando em STATEMENT LIST (Figura 13).

Figura 11: CLP Standard da festo

Fonte: Autor, 2013.

Figura 12: Linguagem de programação LADDER

Fonte: Autor 2013.

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Figura 13: Linguagem de programação STATEMENT LIST

Fonte: Autor 2013.

4.5.1 Historia do CLP

Os CLP foram desenvolvidos na década de 1960, pois antes os controladores

eram compostos por grandes armários de relés eletromecânicos com vários

quilômetros de fios, aonde toda ou qualquer operação original exigiam grande

trabalho, cujas mudanças nos cabos e componentes eram significativas. Buscado

suprir essa necessidade foi desenvolvido um dispositivo que funcionaria em varias

operações distintas, e com fácil reprogramação, e com isto surgiu o primeiro CLP

comercial, o MODICON (Modular Digital Controller) (CAPELLI, 2011).

4.5.2 Definição do CLP

Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é um

equipamento eletrônico digital e analógico com hardware e software compatíveis

com aplicações industriais que implementa funções de controle e faz a monitoração

das variáveis de um processo ou de uma maquina. Este dispositivo usa memória

programável armazenando varias instruções e podem executar atividades como o

controle de ON/OFF, contagem, temporização, operações matemáticas e

manipulação de dados.

Os CLP’s podem proporcionar uma flexibilidade de mudanças nas lógicas de

controle e alta confiabilidade além de aumentar a expansão tanto de entrada e de

saída, e também ser reutilizados em outras aplicações, pois as lógicas são similares

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e são reprogramáveis podendo alterar os parâmetros de controle. Possui a

manutenção fácil, diminuindo a mão-de-obra na manutenção.

Segundo o IEC (International Electrotechnical Commission) “CLP é um sistema eletrônico operando digitalmente, projetado para uso em um ambiente industrial, que usa uma memória programável para a armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário para implementar funções especificas, tais como lógica, seqüencial, temporização, contagem e aritmética para controlar, através de entradas e saídas digitais ou analógicas, vários tipos de maquinas ou processos. O controlador programável e seus periféricos associados são projetados para serem facilmente integráveis em um sistema de controle industrial e facilmente usados em todas suas funções previstas.”

4.5.3 Estrutura Básica do CLP

Conforme a figura 14 o CLP é composto por uma fonte de alimentação que

converte a corrente de 110 ou 220 V em 5 VCC, 12 VCC ou 24. A unidade de

processamento (CPU) que é composta por microcontroladores ou processadores

também faz parte da estrutura básica do CLP.

O controlador Logico programável também Possui uma bateria do tipo Ni-ca

Recarregável. O CLP possui três memorias, que são:

Memória para o programa supervisor- É aonde faz o gerenciamento de

todas as atividades do CLP.

Memória do Usuário- Esta memória é responsável pelo o programa do

usuário, e é constituída por memória do tipo RAM, FHASH-EEPROM.

Memória de dados- Faz o armazenamento dos valores do programa,

como por exemplo: Dados dos contadores, senhas, valores dos temporizadores

(SILVA, 2005).

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Figura 14: Estrutura do CLP

Fonte: Departamento de eletromecânica e sistemas de potência (2006).

4.5.4 Princípios de Funcionamento do CLP

Segundo autor Silva (2005), o CLP tem o seu funcionamento sequencial, que

faz um ciclo de varredura nas etapas, e para fazer esta varredura o controlador

demora um tempo que é chamado de Clock.

Quando acionado o CLP verifica se a CPU esta funcionando, também verifica

as memórias, e os circuitos auxiliares, e a existência de um programa do usuário, e

verifica o controlador desaciona todas as saídas. Depois de inicializado, o CLP faz a

verificação dos estados das entradas, lendo cada uma das entradas, e buscando o

sinal de acionamento destas entradas, cuja este processo recebe nome de ciclo de

varredura. Após a varredura os dados das entradas são transferidos para a memória

interna do controlador, e então é feito a comparação com o programa feito pelo o

usuário, e com as instruções passada pelo o usuário para o Controlador, ele sabe

que decisões tomar e então ele atualiza as saídas, acionando ou desativado,

conforme a decisão da CPU. (SILVA. 2005), como este representado na figura

abaixo.

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Figura 15: Ciclo de varredura do CLP

Fonte: Silva (2005).

4.5.6 CLP de baixo custo Recomendado para o protótipo funcional

Em caso de Implantação deste protótipo funcional no mercado consumidor, o

adequado é fazer a aquisição de um CLP de pequeno porte, que realiza funções

básicas, cuja já é o necessário para fazer o controle do protótipo, assim minimizado

o custo de fabricação do protótipo. E com base em pesquisa de preço e buscando

sempre a marca reconhecida no mercado consumidor, o CLP que pode ser usado

na implantação do protótipo no mercado de trabalho é o CLP CLICK 02 da marca

WEG.

Segundo a WEG (2006) o CLIC-02 é um CLP de pequeno porte e inteligente com

até 44 pontos de entrada e saída (E/S), possui programa gráfico em ladder, é

aplicado em aplicações em operação automática de pequena escala. Ele pode ser

expandido em até três módulos que possui quatro saídas e quatro entradas.

4.6.5.1 CLP de pequeno porte

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Os CLP’s de pequeno porte são caracterizados por ter o seu tamanho

compacto, proporcionando uma economiza espaços nos painéis elétricos, e pode

ser sempre expandidos sempre que necessários. O controlador dessa categoria é

ideal para atividade de pequeno porte em tarefas de Intertravamento, temporização,

contagem e operações matemáticas simples, etc. Possuem na maioria unidade

integrada de operação e visualização, assim podendo fazer a programação no

próprio controlador. Eles conectam diretamente em trilhos DIN dos painéis, e são

resistentes a vibrações. (ALIEVI, 2008).

Eles são aplicados nas atividades de controle de silos, gestão de casas e

edifícios, iluminação, automação de portas e portões, fornecimentos de água,

simulação de trânsito, irrigação, caldeiras, ou seja, estes tipos de dispositivo de

automação são utilizados em atividade de simples compressibilidades. (SIEMENS,

2013).

.As figuras abaixo demostra alguns modelos de Controlador lógico programáveis

de pequeno porte.

Figura 16: CLP de pequeno porte do fabricante WEG

Fonte: Weg (2013).

Figura 17: CLP de pequeno porte do fabricante SIEMENS

Fonte: Siemens (2013).

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4.5.7 Linguagem de Programação de CLP utilizada no protótipo

Como o CLP vai fazer o controle do protótipo funcional, a linguagem usada

para a programação do controlador foi a Linguagem LADDER, aonde foi utilizado

Software de programação da Indústria Festo, o FESTO 4.10 conforme a figura 16.

Figura 18: Software de Programação Festo 4.10

Fonte: Autor (2013).

A programação utilizada para fazer a automação do protótipo funcional é a

seguinte:

Quando a entrada I0.1 (botão Start) for pressionado e I0.0 (botão Stop)

desativado uma FLAG 0 (F0.0) será seta, e então o sistema estará acionando,

esperando o copo de Chopp Para iniciar o processo.

Se o Botão Stop (I0. 0) for pressionado a FLAG 0 (F0.0), reseta e

desligara todo o sistema, pois é a FLAG 0 que permite que o sistema esteja

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acionando.

Sé a FLAG 0 estiver setada então liga uma Lâmpada que indica que o

sistema esta ativado.

Com FLAG 0 setada o sistema fica em espera do copo, e quando os

sensores S1 (sensor que lê o copo), o S2 (sensor inicio de curso da bandeja), e o S3

com contato normalmente fechado, cuja envia nível logico 0 (Sensor fim de Curso da

bandeja) estiver acionado, então dado condições para que a saída O0.0 (Motor

Avança) o motor será acionado e o suporte do copo se movimenta até o fim de curso

da unidade mecânica.

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Com a FLAG 0 Acionada e o sensores S1 (sensor que lê o copo), e o

S3 (Sensor fim de Curso da bandeja) enviando nível logico 1, e também a FLAG 1

(F0.1) desativada, então seta a solenoide (Y1), que então permite o Chopp Circular

na serpentina.

Com a FLAG 0 acionada e a solenoide (Y1) ativado e o sensor (Nível)

identificar o nível desejado de Chopp no reservatório de dosagem, então seta FLAG

1 (F0.1) e desliga a solenoide (Y1), que corta a circulação do Chopp na serpentina,

pois na sentença anterior o contato da FLAG 1 (F0.1) esta fechado, e quando ela é

acionado, abre o contado e então desliga a solenoide (Y1).

Com a FLAG 0 acionada e o sensores S1 (sensor que lê o copo), e S3

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(Sensor fim de Curso da bandeja), e o sensor (Nível) acionados seta uma

terceira Flag, a FLAG 2 (F0.2).

E com a FLAG 0 e a FLAG 2 (F0.2) setada, aciona o temporizador (TON0),

com um tempo de 5 segundos, e seta também a solenoide (Y0) que abre o fluxo do

Chopp do reservatório de dosagem para o copo, e depois do tempo determinado

pelo temporizador (TON0), a solenoide (Y0)e desacionada, interrompendo o fluxo do

Chopp para o copo.

Com FLAG 0 e a FLAG 2 acionadas, o temporizador (TON0) contar o tempo

de 5, e o sensores S2 (sensor inicio de curso da bandeja S3 (Sensor fim de Curso

da bandeja) ou o contato do O0.1 (Motor retorna) acionado liga o motor, fazendo

assim a unidade mecânica retorne ao seu inicio do curso, pronto para que o cliente

possa pegar o copo com o Chopp.

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Em caso de algum problema no processo, o sistema pode reinicializado com

o botão reset. Que funciona da seguinte forma: Se a FLAG 0 setada e a entrada I0.2

(Botão Reset) ou O0.1( Retorno do Motor) acionado, e o sensor S2 (Inicio de Curso

da Bandeja) com contato fechado, então seta o O0.1( Retorno do Motor), fazendo o

processo voltar ao ponto inicial.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No desenvolvimento do protótipo, ficou constatada que forma para adaptar a

quantidade certa de Chopp e a espuma é a utilização uma célula de carga ao invés

do sensor capacitivo como controle de nível. E usar também uma serpentina de

maior comprimento para fazer o Chopp chegar ao fim do processo com uma

temperatura melhor para o consumo.

O protótipo é viável com a introdução de um CLP de baixo custo e fazendo a

sua fabricação em grande escala.

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6 REFERÊNCIAS

CAPELLI. Alexandre. Automação Industrial- Controle do Movimento e

processos Contínuos. 2ªEd. São Paulo: Érica

CENTINKUNT, Sadri. Mecatrônica. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

DIAS, Victor F. 18 fev.1999. Disponível em:

<http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_07/senscapa.htm>. Acesso

04 jun. 2012.

DEPARTAMENTO DE ELETROMECÂNICA E SISTEMAS DE POTÊNCIA,

disponível em:

http://coral.ufsm.br/desp/geomar/automacao/Apostila_032012.pdf acessado

no dia: 12/03/2013.

FRANCHI, Claiton M.; CAMARGO, Valter Luís A. de. Controladores Lógicos

Programáveis- Sistemas Discretos. 2ª Ed. São Paulo: Èrica, 2008.

FUENTES, Prof. Rodrigo C, disponível em:

http://w3.ufsm.br/fuentes/index_arquivos/CA03.pdf, acesso: 04 de junho de

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APÊNDICE

Apêndice 1

Programação Completa para a automação do protótipo funcional:

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