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Alma Brasileira
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Inspirações e Tendências para Design de ModaOutono - Inverno 2008
SENAI - Instituição mantida e administrada pela indústria.
“O homem leva sempre consigo sua história toda e a história da humanidade.”
Jung
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA | CNIArmando de Queiroz Monteiro NetoPresidente
SENAI-DN | SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIALDepartamento NacionalJosé Manuel de Aguiar MartinsDiretor Geral
Regina de Fátima TorresDiretora de Operações
PROGRAMA SENAI DE GESTÃO DA INOVAÇÃO E DO DESIGNOrlando ClappGerente Executivo da Unidade de Tecnologia Industrial | UNITEC
Sergio Luiz Souza MottaGerente de Serviços Técnicos e Tecnológicos da Unidade de Tecnologia Industrial | UNITEC
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRAIS DO ESTADO DA BAHIA | FIEBJorge Lins FreirePresidente
SENAI-BA | DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIAGustavo Leal Sales FilhoDiretor Regional
SENAI DENDEZEIROS Cid Carvalho ViannaGerente da Unidade
Djalma Henrique JuniorGerente da Área de Couro, Calçados e Vestuário
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRAIS DO ESTADO DO CEARÁ | FIECRoberto Proença de MacêdoPresidente
SENAI-CE | DEPARTAMENTO REGIONAL DO CEARÁFrancisco das Chagas MagalhãesDiretor Regional
Mônica Machado CavalcantiGerente da Unidade de Educação e Tecnologia
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ANA AMÉLIA BEZERRA DE MENEZES E SOUZAMaria Oirta VasconcelosGerente da Unidade
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRAIS DO ESTADO DA PARAÍBA| FIEP Francisco de Assis Benevides Gadelha Presidente
SENAI-PB | DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBA Maria Gricélia Pinheiro de Melo Diretora Regional
Maria Berenice de Figueiredo Lopes Diretora de Operações
CENTRO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA INDUSTRIAL - CITI Josué Casimiro de Lima Gerente
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ | FIEPRodrigo Costa da Rocha LouresPresidente
SENAI-PR | DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARANÁCarlos Sérgio AsinelliDiretor Regional
Luiz Henrique BuccoDiretor de Operações
Amilcar Badotti GarciaCoordenação de Alianças Estratégicas e Projetos Especiais | CAEPE
SENAI CIETEP - CENTRO INTEGRADO DOS EMPRESÁRIOS E TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS DO PARANÁAdilson GracianoGerente da Unidade de Negócios
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO | FIEPEJorge Wicks Côrte RealPresidente
SENAI-PE | DEPARTAMENTO REGIONAL DE PERNAMBUCOAntônio Carlos Maranhão de AguiarDiretor Regional
Uaci Edvaldo Matias da SilvaDiretor Técnico
ESCOLA TÉCNICA SENAI DE CARUARU - JOSÉ VICTOR DE ALBUQUERQUEEdson Simões de MeloDiretor
ESCOLA TÉCNICA SENAI DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBEMaria Cristina BarbosaDiretora
ESCOLA TÉCNICA SENAI DE PAULISTA - DOMÍCIO VELLOSO DA SILVEIRA Vicente CalazansDiretor
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO | FIRJANEduardo Eugenio Gouvêa VieiraPresidente
SENAI-RJ | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO DE JANEIRORoterdam SalomãoDiretor Regional
SENAI MODA-RJCristiane AlvesGerente Executiva
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE | FIERNFlávio José Cavalcanti de AzevedoPresidente
SENAI-RN | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO NORTEJayme Dias Fernandes FilhoDiretor Regional
Josenilson Dantas de AraújoDiretor Técnico
CENTRO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS CLÓVIS MOTTAFrancisco Pondofe CavalcantiDiretor
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL | FIERGSPaulo Gilberto Fernandes TigrePresidente
SENAI-RS | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SULJosé ZortéaDiretor Regional
Paulo Fernando PresserDiretor de Educação e Tecnologia
Carlos Artur TreinGerente da Unidade de Negócios em Serviços Tecnológicos | UNET
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE MODA E DESIGNMaria Evelise Castaldi Araújo BlazDiretora
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI JOSÉ GAZOLASaul João DevenzDiretor
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA | FIESCAlcantaro CorrêaPresidente
SENAI-SC | DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINASérgio Roberto ArrudaDiretor Regional
Antonio José CarradoreDiretor de Educação e Tecnologia
Marco Antônio DociattiDiretor de Desenvolvimento Organizacional
CENTRO DE TECNOLOGIA DO VESTUÁRIOJacir Luiz LenziDiretor
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO | FIESPPaulo Antonio SkafPresidente
SENAI-SP | DEPARTAMENTO REGIONAL DE SÃO PAULOLuis Carlos de Souza VieiraDiretor Regional
Roberto Monteiro SpadaDiretor Técnico
Osvaldo Lahoz MaiaGerente de Tecnologia Industrial
ESCOLA SENAI “ENGENHEIRO ADRIANO JOSÉ MARCHINI”Edmundo da Silva PedroRespondendo pela Direção
ESCOLA SENAI “FRANCISCO MATARAZZO”Fernando da Silva AfonsoDiretor
Inspirações e Tendências para Design de ModaOutono - Inverno 2008
São Paulo, 2007
O outono-inverno 2008 traz propos-tas duais e únicas. Estruturas rígidas e aconchegantes. Sóbrias e irreve-rentes. Gráfi cas e tridimensionais. Globais e regionais. No entanto, inquestionavelmente provocativas. Qual o fl uxo que a moda brasileira deseja percorrer diante da exposi-ção exógena dessas informações e tendências?
Conscientes da histórica verticalida-de proclamada pelas previsões de tendências eurocêntricas, inseridas na celeridade do mundo globalizado de informações diversas e dispersas; a moda brasileira se candidata ao posto da diferença.
A multiplicidade de nossa gente, de nossas crenças, de nossas cores e, acima de tudo, a convivência harmô-nica que resulta nessa mistura única e nos pontua nesse universo de signos. Nossos valores mais originários são resgatados, em seus sabores, aro-mas, cores e toda a sua pluralidade.
O urbanismo recorrente desse ou-tono-inverno abre espaço para a sensualidade e ganha naturalidade e recortes. Nas mulheres, a linha da cintura, que em estações passadas estava abaixo do busto, retorna à sua origem em um revival ao New Look de Dior.
A elegância, palavra-chave do mo-mento para homens e mulheres, permite ousadias ao tingir-se de vermelho-urucum, roxo-açaí, preto do Rio Negro e de suculento e bra-sileiríssimo amarelo-piquí. Tecidos preciosos, mesmo que sintéticos ou despojados, permanecem ricos por sua natureza sedosa, aveluda-da, texturizada e elaborada.
por Letícia Diniz& Renata Gadelha
Arriscar é a palavra. Estruture a modelagem com foco nos anos 40, ouse na cor como nos 80, experi-mente a tridimensionalidade e faça experiências. Use a criatividade a seu favor. Nunca antes existiu um período tão democrático para aco-lher novas idéias, de onde quer que elas venham.
Nessas longas buscas de que são feitas nossas vidas, os anseios glo-bais se encontram. O escapismo tão presente no mundo contempo-râneo, dá margem ao imaginário que se metamorfoseia em roupas e, assim, podemos reviver nossas fantasias múltiplas.
Tecnologia e natureza prosseguem na relação imbricada que, se a prin-cípio as tornam incongruentes, na verdade proclamam uma fusão de futuro. Processos e benefi ciamen-tos têxteis avançados trazem à tona os aspectos naturais. Látex de cou-ro ecológico, pele de tilápia, tecido de bambu e tramas rústicas exalam cheiros, ora amadeirados e fl ores-tais, ora de iodo forte, sinalizando sua proximidade ao mar.
Os signos das culturas populares regionais reaparecem para nos re-lembrar que o mundo é grande, mas o melhor lugar dessa imensi-dão fi ca nos pequenos lugarejos em que despimos nossas máscaras e encaramos nossa inocência. A arte naïf, o tear secular, o bordado de ponto cheio, as técnicas manu-ais, os enchimentos históricos do vestuário retornam aos paddings, caracterizando modifi cações óticas em nossa antropometria.
Um falso quadril mais largo, uma gola armada ou um ombro de estru-tura maior, repensam o vestuário de sua civilização originária. Reeditam seus tons, refazem suas estruturas, pesquisam seus adornos.
Cenários surrealistas, com todos os seus artistas, se afi rmam. A irreverência rouba a atenção. Se o clima é invernal, o astral deve ser alegre para esquentá-lo. Pop Art, Toy Art e grafi tes urbanos nos tiram do lugar comum. Valem relevos, etiquetas, serigrafi as e aplicações. Todos juntos em uma única peça.
Texturas com toques empapelados beiram a excentricidade. A procura é pelo aspecto autoral, pelo resgate de nossas ludicices. Costuras inco-muns, bolsos, ferragens, colagens, dobraduras e amarrações em pro-fusão, encontrados em locais inu-sitados tangenciam uma atmosfera kitsch e fl ertam com as multicores de inspiração setentista. Pense em conforto com sobreposições e tec-nologia com alta performance. Pen-se em ser feliz.
Tenha coragem e curiosidade. Ex-ponha conosco a sua história. Co-nheça os rumos da moda, mas exercite o desenvolvimento de seu próprio design. Desvende esse baú tão rico e esquecido. É a nossa alma que está contida nele. E alma é elemento etéreo que quer ganhar espaço, quer pertencer ao mundo. Não segue tendência, estação do ano ou ciclo de moda. Tudo passa isenta por ela.
COORDENAÇÃO DO PROJETO MULTIESTADUAL EM DESIGNSENAI-RSCarlos Artur Trein
APOIO TÉCNICO AO PROJETO MULTIESTADUAL EM DESIGNSENAI-DNZeide Lúcia GusmãoSENAI-RSSandra Kaplan
COORDENAÇÃO DO PROJETO NA ÁREA DO VESTUÁRIOSENAI-SPFabiana Santos Gomes
COORDENAÇÃO TÉCNICASENAI-SPValéria Feldman
PESQUISA E DESENVOLVIMENTOEstamparia – Design têxtilSENAI-SPAnderson Juarez Cunha
PESQUISA E DESENVOLVIMENTOInspirações, tendências, formas e cores - Design de modaSENAI-BALetícia Pedreira DinizRenata Neves
SENAI-CECecília AlvesLuanda ReisRita Reis
SENAI-PREdson Korner
SENAI-PBRenata Gadelha
SENAI-PEYane Ondina de Almeida
SENAI-RNMaria Neuma Varela BacurauPaulo Honório da Costa Fonseca
SENAI-RJAna Carla Coutinho TorresMilena Rodrigues CarielloValéria Miranda Delgado
SENAI-RSClenice Pinheiro da CruzMarcos HamerskiNeura Rita ColomboVerônica Gomes Serpa Lopes
SENAI-SPLuciana Betiol AviValéria Feldman
SENAI-SCRosenei Terezinha Zanchett
DESENVOLVIMENTODesenhos Planifi cadosSENAI-BALetícia Pedreira DinizRenata Neves
© 2007. SENAI. Departamento Nacional | Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. | 1ª Edição: 5.000 exemplares.
SENAI-CECecília AlvesLuanda ReisRita Reis
SENAI-PBCatarina CatãoRenata Gadelha
SENAI-PEYane Ondina de Almeida
SENAI-RNPaulo Honório da Costa Fonseca
SENAI-RJAna Carla Coutinho TorresMilena Rodrigues Cariello
SENAI-RSMarcos HamerskiNeura Rita ColomboVerônica Gomes Serpa Lopes
SENAI-SPLuciana Betiol AviValéria Feldman
SENAI-SCRosenei Terezinha Zanchett
ESTAGIÁRIOSSENAI-BAEirianne PimentelIvana Paula SantosLaíse Santos
SENAI-PRHeloíse GruilMaria Caroline Pires LopesThiago AneciskiJuliana Cavalcanti
S491m
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.Alma Brasileira: Inspirações e Tendências para Design de Moda outono-inverno 2008. — São Paulo: Escola SENAI “Engenheiro Adriano José Marchini”, 2007. 104 p. il.
ISBN
Inclui CD-ROM e encarte com informações complementares.
1. Moda 2. Tendências de Moda 3. Estampas 4. Outono-inverno 2008I. Título
CDU: 391
SENAI-PEMorgana Leopoldino Marcolino
SENAI-SCDaniel Philipi Knop
ILUSTRAÇÕESStéfany Rodrigues Macedo
TEXTO EDITORIALSENAI-BALetícia Pedreira DinizSENAI-PBRenata Gadelha
TEXTO DESIGN AMBIENTALSENAI-PEDaniela VasconcelosSENAI-RSVerônica Gomes Serpa Lopes
TEXTOS CONCEITOSENAI-SPValéria Feldman
TEXTOS TECIDOS E PADRONAGENSSENAI-SPAnderson Juarez CunhaCarlos PiresJorge Marcos RosaValmir Neuman
REVISÃO DE TEXTOMilena Oliveira Cruz
BIBLIOTECÁRIOS RESPONSÁVEISSENAI-SPAntonio Marcos de CarvalhoVera Lúcia Terumi Saegussa Saito
CONTATO PARA INFORMAÇÕES:
SENAI-BA | DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIASENAI DendezeirosCid Carvalho Vianna Gerente de Unidade(71) 3310 9921
SENAI-CE | DEPARTAMENTO REGIONAL DO CEARÁCentro de Formação Profi ssional Ana Amélia Bezerra de Menezes e SouzaMaria Oirta VasconcelosGerente de Unidade(85) 3292 7016
SENAI-PB | DEPARTAMENTO REGIONAL DA PARAÍBACentro de Inovação e Tecnologia Industrial Josué Casimiro de Lima Gerente(83) 3331 0231
SENAI-PE | DEPARTAMENTO REGIONAL DE PERNAMBUCOEscola Técnica SENAI de Santa Cruz do CapibaribeMaria Cristina BarbosaDiretora(81) 3705 1767
SENAI-PR | DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARANÁSENAI CIETEP - Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do ParanáAdilson GracianoGerente da Unidade de Negócios(41) 3271 7541
SENAI-RJ | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO DE JANEIROSENAI MODACristiane AlvesGerente Executivo(21) 2563 4309
SENAI-RN | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO NORTECentro de Educação e Tecnologias Clóvis MottaFrancisco Pondofe CavalcantiDiretor(84) 3211 4586
SENAI-RS | DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SULCentro de Educação Profi ssional de Moda e DesignMaria Evelise Castaldi Araújo BlazDiretora(51) 3211 2013
SENAI-SC | DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINACentro de Tecnologia do VestuárioJacir Luiz LenziDiretor(47) 3321 9612
SENAI-SP | DEPARTAMENTO REGIONAL DE SÃO PAULOEscola SENAI “Engenheiro Adriano José Marchini”Neli Fernandes de Moraes MinettoCoordenadora Técnica(11) 3361 3787
MÚSICADenis Mandarino
PROJETO GRÁFICOTre Comunicação
Direção de Arte Juliana CarvalhoKito CastanhaSilas Akira Yamakami
Desenhos Planifi cadosGiovana SampaioMarcia MolinaMarcio Rogerio BonatoMichelle MenegareRaquel MenegareSilas Akira Yamakami
ColaboraçãoFernando OkiSilvia Patrícia Marchetti
Criação MultimídiaMarcia Molina
IMPRESSÃOPropress Editora e Gráfi ca Ltda.
CD-ROMMídia Company CDs
Escola SENAI “Francisco Matarazzo”Fernando da Silva AfonsoDiretor(11) 3227 5852
SENAI - Instituição mantida e administrada pela indústria.
Apoio do Departamento Nacional PJ-ME0652 - Gestão Estratégica em Design II - Setor Vestuário
editorial
Sonho Intenso
Margens Plácidas
Impávido Colosso
Terra Adorada
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TEXTO AMBIENTAL
Com a maior floresta tro-pical do mundo, a Ama-zônia é uma região de estoque de biodiversidade sem igual em todo o pla-neta, com várias espécies animais e vegetais ainda desconhecidas.
A Bacia Amazônica cobre 5% da superfície do planeta, estendendo-se por cerca de 7,8 milhões de quilômetros quadra-dos, incluindo o Brasil, Guiana, Venezuela, Co-lômbia, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru e Bolívia. Possui 25 mil quilômetros de rios na-vegáveis e contém cerca de 20% da água doce do planeta. Suas florestas são um dos mais importantes ecossistemas da Terra, respondendo por 45% das florestas tropicais úmi-das e armazenando 40% do carbono existente na vegetação terrestre.
Cerca de 30% das espé-cies conhecidas vivem na
Amazônia. Dentre elas, 353 espécies de mamíferos, mais de 3 mil espécies de peixes, mil espécies de pássaros, 60 mil espécies de plantas e uma esti-mativa de 10 milhões de espécies de insetos.
Vivemos hoje uma pre-ocupação intensa com as mudanças climáticas sofridas pelo planeta. A preservação dos ecossis-temas existentes pode ser a garantia de um futuro “mais limpo”, seguro e tranqüilo. Ao longo dos últimos 40 anos, quase 20% da Floresta Amazô-nica foi derrubada – mais que em todos os 450 anos anteriores de coloniza-ção do País. Os cientistas temem que outros 20% de árvores sejam elimina-das nas próximas duas décadas. Será o início do colapso ecológico da floresta.
A responsabilidade ambiental deve ser um compromisso expresso por atitudes que possam refletir positivamente na sociedade, e dessa manei-ra a moda cumpre esse
papel. Através de novas propostas de design, algu-mas marcas trabalham com a preocupação em preservar a natureza e auxiliar comunidades de tribos indígenas locais.
As bio-jóias são produ-zidas seguindo preceitos ecologicamente corretos contribuindo para a divulgação da região sob a forma de um design ino-vador, respeitando sem-pre em primeiro lugar o meio ambiente.
E a floresta virou moda. Sendo considerada por alguns como um negócio rentável, sustentável, dinâmico e gerador de empregos, tem a seu favor toda a biodiversidade.
A natureza dá sua con-tribuição quando cede gratuitamente ao homem materiais como o tururi (fibra extraída do ubuçu, árvore típica da Amazô-nia), de onde são aprovei-tadas até as folhas caídas no chão. Essa fibra dá origem a um tecido vege-tal utilizado por vários setores da moda.
Seus 25 mil quilômetros de rios navegáveis contri-buem com a moda for-necendo sapatos, bolsas,
cintos, carteiras, entre ou-tros acessórios confeccio-nados das peles de peixes amazônicos. Esse artigo, que há bem pouco tempo era totalmente descarta-do, agora é transformado em produto de luxo.
O luxo extraído do que era considerado lixo, demonstra que ações sustentáveis e menos agressivas ao ecossistema podem e devem ser de-senvolvidas para prestar socorro ao planeta Terra. Gerações futuras depen-dem da aplicação de medidas de conservação imediatas.
Com esses exemplos, mostramos que é possível preservar as nossas ri-quezas naturais – sempre com responsabilidade – e divulgar o nosso “verde louro” com tamanha pai-xão quanto o poeta ro-mântico Gonçalves Dias, em seu poema:
AmazôniaAmazônia, pulmão do mundo(Porque a Moda também precisa respirar!)
Por Daniela Vasconcelos e Verônica Serpa
Minha terra
tem palmeiras,
Onde canta
o sabiá,
As aves que
aqui gorjeiam,
Não gorjeiam
como lá,
Nosso céu tem
mais estrelas,
Nossas várzeas
têm mais flores,
Nossos bosques
têm mais vida,
Nossa vida mais
amores.
10
Fontes
http://vbookstore.uol.com.br/
http://lba.cptec.inpe.br/
http://invertia.terra.com.br/
Amazônia: salvar ou destruir? Greenpeace Brasil: http://www.greenpeace.org.br
Preserve a Amazônia: http://www.preserveamazonia.org
http://ritaprossi.com.br/
http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=50631
http://www.courodaguaamazonia.com.br/conhecanos.htm
“Foi desindianizando o índio, desafricanizando o negro, deseuroperizando o europeu e fundindo suas heranças culturais
que nos fi zemos.Somos em conseqüência, um povo síntese, mestiço na carne e
na alma, orgulhoso de si mesmo, porque entre nós a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Um povo sem peias que nos atenham
a qualquer servidão, desafi ado a fl orescer, fi nalmente, como uma civilização nova, autônoma e melhor.”
Darcy Ribeiro
12 13
Todos nós temos um baú.
Escondido ou revelado, guar-
da nossos segredos, essên-
cias, histórias e identidades.
Assim, nele mergulhamos
na busca por um resgate da
essência original da alma
brasileira. Uma história que
começa nos contando sobre
a estranheza do índio peran-
te um elemento físico que
ele nunca havia visto: o baú.
Imaginavam, sem entender
por que aqueles homens
brancos os faziam carregar
tantos pertences. E, quais
eram eles, espelhos ou a sua
essência?
Acreditaram o conteúdo
ser suas almas contidas em
baús. Mas por que aprisio-
transita por diversidades e
aculturações, resultou em
um baú miscigenado – cheio
de estórias, lendas e magias
– e na conectividade entre
a natureza, a civilização que
se constrói permanente-
mente e a alegria de sermos
brasileiros.
Povos, culturas e costumes
ligados pelo amor a esta
terra tão especial, onde
coexistem tradição e futuro,
natureza e progresso... Lugar
ideal para a realização dos
sonhos e para a transforma-
ção plural e constante dessa
alma brasileira.
Multiplicidade que se formou
misturando fragilidades,
riquezas, curiosidades e,
principalmente, as combi-
nações de ser, pensar e agir
nar algo tão precioso? Alma
e corpo que se conectam
como uma possessão e não
como extensão?
Para os índios isso não era
compreensível, pois em seu
entendimento, a extensão de
todos nós está além e nas
pequenas coisas que nos ro-
deiam. Alma e corpo livres,
em uma natureza muito além
das condições civilizatórias,
em um compartilhar da
essência.
Um redescobrimento liberto,
que sai de seu invólucro e
se propaga exalando a alma
brasileira, a nossa alma.
A criação ininterrupta des-
sa identidade própria, que
desde seu início formativo
do qual somos portadores e
representantes desde então.
Uma fusão que traz sentido
entre imaginação e história,
criando uma unidade de
sentido real ou ideal pela
variedade de fatos que se
consegue evidenciar; e que
transforma tudo na mais
autêntica essência formativa
de um povo.
Um mergulho na riqueza
contida em nosso baú, no
qual nos descobrimos e re-
descobrimos a cada minuto,
seja no presente, passado ou
futuro. Assim, vamos escre-
vendo a nossa história.
Por Valéria Feldman
14
Terr a encantada, observada de perto e atentamente
por olhos divinos. Transita entre o
lúdico, o imaginário
e o surr eal. Cantigas, es t
órias, danças, magias e rituais
brasileiros perpass am entre o
inocente e o diabólico
, o real
e o irr eal.
Sentimentos e fatos são tra
nsmitidos de gerações a gerações
e defi nem seus contornos atravěs de narr ativas e oralidade.
Lendas e folclores se
constroem em noss a hist ória e
cultura, criando um imaginário que se mes cla
ou se funde
em noss o imenso terr itório. Ass im
, educam, encantam e se
perpet uam.
Onde realidade e sonhos se m
ist uram, met amorfoseando
homens em bichos, magias em fatos, medos em energias
e animais em seres fantástico
s – movimento incess a
nte,
primitivo e intrínsec o
ao homem, construindo um
repertório cheio d
e contornos.
Cenários pec uliares e
encantados se criam, com
pequenos ges tos simples .
Porém, com uma força que
impress iona e ex press a
ess a
arte em permanente construção.
Sonhar é prec iso, e e
ntre luzes e s
ombras criamos
transições mágicas, que transformam lendas, fol
clores
e tradições em verdades absolutas.
Ness a atmosfera lúdica, os volumes e formas se
arr edondam, se ampliam ou se alongam. Criam
embates entre materiais ora leves , ora pes ados.
Surge também uma cartela em que cores quentes
se contrastam e se complementam com cores fr
ias e
revelam toda a sua ess ência.
Palavras-chave
metamorfose, efeitos especiais, construção x desconstrução, movimento, escapismo, surrealismo,
mimetismo, vida, morte.
Referências estéticas e culturais
Art Dèco, folclores, lendas e mitos brasileiros, catolicismo, umbanda, candomblé, máscaras,
sacramentos – casamento, comunhão, batismo —, rituais de guerra, vida e morte, cultura popular, iconografi a religiosa, arquitetura vernacular, artesanato de luxo,
modifi cações corporais, literatura de cordel, histórias da carochinha, cantigas de roda e de ninar, cantos
populares, Monteiro Lobato, Labirinto do Fauno, Hell Boy, Surrealismo, Bosch, anos 20, Paul Poiret, Madeleine
Vionnet, Harry Potter.
Sonho Intenso
15
16 17
18 19
20 21
feminino masculino infantil
Híbrido que provém do cruzamento de espécies diferentes; que se desvia das leis naturais; anômalo, que insinua um rompimento forçado junto a qualquer coisa viva distinta de uma única entidade em duas ou mais partes, separando um único objeto em dois, transformando uniformidade em diferença.
Moramos em um estado de constantes mudanças, agarrados a semelhanças de uniformidade, até que nos vimos em condições de tomarmos consciência do fato de que nada permanece o mesmo.
No outono/inverno 2008 esses movimentos constantes combinam-se com a rapidez e a evolução das tecnologias que estão mudando as pessoas no modo como consomem e se vestem. A percepção que se tem entre o natural e o artifi cial, tomando-se como exemplo as fi bras sintéticas que de forma imperceptível imitam pêlos ou tecidos como cetim híbrido onde a mistura de fi os sintéticos e naturais resulta em materiais que buscam um leve brilho natural.
Os artigos podem ser considerados como artifi ciais ou naturais; nossos padrões de consumo tornaram-se híbridos sofi sticados, sendo necessário a utilização extrema de materiais fi brosos, fi os e tecidos. Nos artigos em estilo híbrido, obtemos no tecido a constante mutação, combinando fi bras irregulares e fi os regulares, artesanais ou industriais.
Produtos para consumidores novos misturam o tradicional e o experimental, o analógico e o digital, o artesanal e o de alta tecnologia, o chique e o barato, a construção e a desconstrução.
O conceito de híbrido apresenta-se como uma força motriz, a ação principal que permitirá em artigos têxteis uma constante evolução e trará possibilidades de tecer o novo.
Brocados e seus aspectos visuais, relevos inspirados em rituais sagrados.
Efeitos de tingimento com alterações de tonalidades, descolorações.
Na malharia retilínea o brilho e a sombra se fazem presentes em malhas construídas, com aspecto caótico.
Organza em nuances de cores quentes e cinzas, simbolizam luz e sombra.
Seda estampada com efeitos de vitrais ou em tons de ferrugem.
Tecidos tradicionais como sarjas e relevos discretos.
Veludo enquanto representação de pêlos de seres encantados, de leve gramatura e com leve brilho, cores sóbrias como o azul, tons terrosos e vermelhos.
Para o feminino infantil, motivos de peles de animais e étnicos se transformam em jacquards lúdicos na malharia, produzidos com materiais sintéticos.
Matelassê tecido duplo, com
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diversas texturas e padrões geométricos.
Padronagens como espinha de peixe, risca de giz, pied-de-poule representadas e tecidas na malharia retilínea.
Estampa com fl ores da Amazônia sobre tecidos de malha como jersey em tons pastéis.
Desenhos na estamparia, que buscam o lado sombrio dos contos de fadas, símbolos antigos, tons surrealistas e formas medievais.
Padronagens em tecido jacquard de malha, com formas inspiradas na cultura, religião e festas regionais.
Tranças tecidas em lã e algodão, com pontos abertos na malharia. Inspirados nos tecidos planos, os desenhos imitam o favo de abelha.
Tecidos de malha com toques e brilhos do cetim, tecidos fi nos e transparentes, bem como malhas em plush e tecidos de moletom.
Efeitos na lavanderia que exploram a luz e a sombra também no black jeans.
Renda artifi cial
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Artigos e efeitos:
Têxteis
HíbridosPor Valmir Neuman
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26 27
Feminino Feminino
28 29
MasculinoMasculino
30 31
FitnessMalharia
32 33
InfantilInfantil
Palavras-chave
Sensualidade, urbanismo, multi-colorido, elegância, maximalismo,
minimalismo.
Referências estéticas e culturais
Debret, Hércules Florence, Jorge Amado, Victor Breche-ret, Cândido Portinari, Albert
Eckhout, Lasar Segall, Érico Veríssimo, Pero Vaz de Caminha,
Frei Caneca, Felipe Camarão, Caramuru e Catarina Paraguaçu,
Darcy Ribeiro, Monumento às Bandeiras, Guerra dos Farra-
pos, Quarup, escritos de José de Anchieta e Padre Vieira, pintura
corporal, cultura afro, cultura indígena.
34 35
36 37
38 39
40 41
O mundo vem cada vez mais ressignifi cando a noção de praticidade. No outono/inverno 2008 cabe à Indústria têxtil e de vestuário agilizar o desenvolvimento dos artigos têxteis e pensar na praticidade dos produtos, principalmente pela variação diária do clima das grandes metrópoles. Por isso, é importante procurar desenvolver tecidos com fi bras que atendam às necessidades das pessoas em relação à proteção, ao conforto e bem-estar do dia-a-dia, adequado ao clima brasileiro.
Na busca de misturas não tradicionais, a moda masculina, com fi os metalizados misturados a matérias-primas como viscose, seda e algodão apresenta-se como uma opção atraente.
O cashmere, misturado com fi bras mais frias, adequa-se perfeitamente ao inverno brasileiro e resulta em tecidos leves e fi nos, com toque macio na malharia ou na tecelagem plana.
Ao encontro desse pensar poderíamos obter a verdadeira “fi bra inteligente”, adaptável às variações climáticas, com características reunidas em uma única fi bra. A fi bra de bambu, com sua troca de calor, o isolamento térmico bem característico da fi bra de acrílico e a durabilidade e praticidade da fi bra de poliéster. Características individuais – de origem física e química – encontradas em diversas fi bras naturais e obtidas quimicamente, possibilitam aos designers têxteis liberdade em suas criações.
Fios em matérias-primas quentes e geladas causam contraste. São ideais para o inverno brasileiro.
Fios mesclas, em lã cardada em tecido feltrado.
Tecidos naturais em algodão, bambu e soja, trabalhados e tingidos.
Pontos caseados, vazados e abertos, trabalhando com fi os de viscose enrugada ou crespa.
Couro liso ecológico, de aspecto macio, trabalhando com materiais como tecido plano, tecido de malha e tricô.
Detalhe em tecidos incomuns, feitos em teares manuais e de cores escuras, que criam um ambiente artístico.
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Tecidos de malha rústicos, com fi os leves e pesados e toque natural das fi bras de cashmere, mohair, lã com aspecto de feltro e algodão stonado.
Peças de malharia retilínea com ponto de barra enrolada.
Texturas em relevo obtidos em tecidos de malha como canelados, efeitos de ponto com tranças.
Estamparia ikat com misturas de referências étnicas e cores, gerando novas formas.
Denim com toque peletizado ou rústico, com maior gramatura.
Moletom de gramatura leve com desenhos geométricos, trabalhando com duas cores contrastantes.
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Artigos e efeitos:
feminino masculino infantil
CalorPor Carlos Pires
&
Frio
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Formas: assimétricas, arejadas, longilíneas, amplas, sofi sticadas e ousadas.
Volumes: estruturados.
Modelagem: peças de montaria e esgrima, capas, infl uência militar, saia-lápis, pelerine, cintura New Look de Dior,
ênfase no colo, coletes, alfaiataria.
Detalhes: recortes, jabot, babados, plissados, drapeados, variedades e excessos, falsos bordados, adornos com sementes.
Materiais e Padronagens: látex, couro ecológico, penas e plumas, teares manuais, palha, bambu, rendas artesanais, rústico com aspecto
natural, padronagens graúdas.
Texturas: rústica x macia, pátina, aspecto oxidado.
Estampas: fauna e fl ora brasileira, grafi smos tribais.
Cheiros e Sensações: iodo, maré, barro, estrume, mato seco e terra molhada, ervas medicinais, cheiros amadeirados.
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MasculinoMasculino
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LingerieMalharia
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InfantilInfantil
Como numa colagem dos tempos, natureza e paisagens urbanas se mesclam, interagem, ou muitas vezes se per-dem, em uma mistura ousada entre as rique-zas culturais e naturais do Brasil.
Silhuetas se formam ou desaparecem atra-vés das mudanças de luz. Ora naturais, ora citadinas, refratam como meio para novas percepções.
Uma linguagem pop, na intenção de misturar e difi cultar a identifi -cação de suas origens. Nela o homem transita, percebe e fi ltra suas sensações, cria novos universos e percorre diversos territórios.
Há poucos limites, o que é sustentado pela justaposição de peças apenas aparentemente desconectadas entre si.
Tecnologia, natureza e toques sociais criam
Metamorfoses. Pesso-as, lugares, muros e natureza criam movi-mentos incessantes que transformam a paisa-gem. Surgem fusões e superposições na criação de identidades, arquiteturas e culturas que se transformam, se reciclam e se sincreti-zam em misturas cada vez mais inusitadas.
Artes, comportamentos e religiões se condensam em casulos, renascem e revelam novos contornos.
uma cartela de cores inspirada em suas riquezas. Contrastes en-tre materiais naturais, sintéticos e tecnológicos criam volumes extre-mos e formas fl exíveis, mutáveis e inusitadas.
Nesse universo cheio de contornos, o homem se metamorfoseia e se sincretiza, assim como a natureza.
riqueza, povo, natureza, sincretismo, metamorfose.
Lúcio Costa, Lígia Clark, Hélio Oiticica, Carybé, Vik Muniz, Ted Polhemus – supermercado de estilos, Naïf, Constru-tivismo, arquitetura eco-vernacular, sincretismo, tribos urbanas, pop, kitsch, colagem, cubismo, anos 50, 60, 80, 90, grafi te, caleidoscópio, teatro de sombras, reciclagem, favela, fado, lego.
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A contemporaneidade encontra-se em um contexto de imagens sobrepostas, iniciada a partir da “colagem”, procedimento inaugurado pelos cubistas que consiste em aplicar, na obra, pedaços ou partes inteiras de objetos; ou ainda fragmentos de gravuras e desenhos, diferentes ao trabalho, no sentido de procurar combinações que levem ao entendimento de velhos e novos sentidos.
O conceito tem como objetivo apresentar a união e/ou a quebra de fronteiras entre arte, design e moda, nos possibilitando estudar a interconexão de técnicas e materiais na criação de respostas complexas para produtos que o designer têxtil possa desenvolver.
Temos como técnica o processo de tecimento jacquard e suas possibilidades de
texturas diversas; como materiais, as fi bras têxteis naturais, artifi ciais e sintéticas.
O desenvolvimento desse tipo de tecido gera um produto semi-artesanal. O acréscimo de uma realidade inusitada à peça resultado de uma colagem. Essa nova realidade quebra o padrão de produção do tecido, caracterizado normalmente por desenhos bidimensionais e pela produção serial utilizando princípios básicos de entrelaçamento de fi os (por trama e urdume) na tecelagem plana e de malha.
O intuito é pensar a livre montagem na fusão e sobreposição de tecidos e materiais e buscar ultrapassar as disciplinas têxteis ao propor novas utilizações.
A colagem, dentro da história da arte, tem relação com a ampliação de consciência de
realidade, ao trazer um elemento real e colá-lo na tela. No caso dos tecidos o resultado de sua formatação muda ao se propor essa nova forma de defi nição do produto.
O designer pode se deparar, assim, com um tecido colagem em que ele realmente tenha um novo conceito para o desenvolvimento de artigos.
Ao trabalhar o conceito colagem não se pretende trabalhar questões do campo da arte, mas sim levar ao padrão industrial a defi nição mais livre de tecidos, na qual o acidental e o intencional entram como variáveis no auxílio do processo de criação de novos produtos. Para iniciar-se o processo de novos conhecimentos, é preciso transgredir a realidade existente.
Artigos e efeitos:
Fios fantasia semelhante ao bouclê opaco com detalhes metalizados de fi o lurex.
Tafetá e cetim de seda em tons de mostarda. Cetim de maior gramatura e densidade.
Tecidos feltrados, fl uidos e transparentes, sobrepostos a tramados rústicos brilhantes ou opacos.
Efeito ringado, lavado com jato de areia, lixados localizados e enzimagem leve.
Tecidos metalizados leves, obtidos por meio de efeitos na lavanderia, estampados ou em cores lisas.
Efeitos de tratamento com cera. A aplicação de resina sintética sobre o tecido lhe confere maior rigidez.
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Sintéticos na cor vinho vivo ou seco.
Vinil com alto brilho e maciez.
Processos de resinagem e enrugamento manual no jeanswear.
Estampas com grafi smos primitivos, padronagem geométrica da Pop Art e grafi tadas em tecidos jacquard plano ou de malha.
Materiais do início do século, como penas e plumas, aparecem discretamente.
Estampas de estruturas geométricas em tecidos crepe, veludo, chifon.
As padronagens geométricas com abstrações sinuosas, desenhando o losango em equilíbrio com
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as listras diagonais para o masculino, em tecidos de malha que utilizam o ponto intarsia dupla frontura e jacquard.
Tecidos com misturas de matérias-primas, tecnologias de tecimento e estampas de diferentes culturas.
Denim colors em tons de cáqui, azul, verde bandeira, verde militar, vermelho vivo de variantes saturadas ou mais escuras, com tons de preto e azul.
Estamparia t-shirts com textura em plush, inspirada em desenhos de grafi smos abstratos, lúdicos e criativos; o urbano e o regional centralizados na peça de cor lisa contrastam com a imagem.
• No infantil as estampas são inspiradas nos fl orais femininos adultos.
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feminino masculino infantil
Colagem no design têxtilPor Anderson Juarez Cunha
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Formas: fl exíveis, inusitadas,
arredondadas, trapézio.
Volumes: extremos como amplo e ajustado,
estruturados e desestruturados, gota.
Modelagem: assimétrica, curta x longa, justa x ampla.
Exemplos: capas/poncho, parangolé, túnicas, shorts, vestidos, saias rodadas,
alfaiataria desestruturada.
Detalhes: pop – excesso de misturas, colagens/patchwork, camadas de
peças, irreverentes, kitsch, aplicações de metais, pedrarias, zíperes, relevos e
cortes, torções, plissados, franjados, bordados, feitos à mão, tromp l’oeil.
Materiais e Padronagens: tafetá, cetim, algodão, bambu, soja, couro, vinil,
feltrado, metalizado, natural, tramado rústico, sintético, toque empapelado,
resinado, fl uido, transparente, embrutecido/rígido, brilhante, opaco, xadrez.
Texturas: plástico-bolha/bouclê, enrugado, aspecto natural, rolha, madeira
raspada, paquiderme, asfalto.
Estampas: Pop Art, fl oral, grafi smos primitivos, grafi te, peles de bichos,
penas, selos, mix de técnicas, sinais e placas urbanas, diversidades de
proporções – micro/macro.
Cheiros e Sensações: suor, comidas, temperos, café, favela, maresia,
esgoto, fl ores, mato, chuva no asfalto, terra quente, algodão cru.
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JeansMalharia
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InfantilInfantil
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TERRA ADORADA
Muito além das paisagens, existe algo sur-preendente em nosso país: o jeitinho bra-sileiro de levar a vida. Somos uma nação imensamente criativa, alegre e nossa maior vocação é a felicidade. Alegria 100% brasilei-ra não se procura, se encontra aos baldes...
Festas coloridas trazem intrínsecas tradi-ções e histórias. O carnaval, o grito emocio-nado das torcidas, o circo mambembe ou urbano encontrado em cada esquina – com meninos malabaristas e cuspidores de fogo. Enfi m, toda a expressão mais autêntica de
alegria que traça, mesmo inconscientemen-te, um caminho para a felicidade.
São fi gurinos despejados sobre cada indiví-duo, compondo uma fantasia de que cada brasileiro nunca se despe, em um espetácu-lo que celebra todas as diferenças, simbó-licas ou reais. Em um caos organizado, um carnaval de folia e ordem constrói um Brasil que é um convite à imaginação.
Imaginação que se traduz na felicidade que nutre a alma e o corpo. Estimula, inova e faz
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Terra Adorada“Nós brasileiros somos barrocos desde sempre.”
Ariano Suassuna
a diferença. Uma inventividade que resis-te a todos os percalços e mudanças pelos quais transitamos.
Basta possuir uma fagulha criativa, o desejo de se criar coisas novas, quebrar premissas, fazer a festa: cantar, dançar, criar. Ria, cho-re, extravase! O que mais importa é ser feliz e, se ser feliz é padecer no paraíso, este lu-gar é aqui!
Essa brincadeira não tem fronteiras, todos participam naturalmente, criando formas e
volumes inusitados, em que sobreposições e assimetrias se mesclam em construções e desconstruções.
Surgem cenários coloridos por uma cartela alegre e bem-humorada, complementada por materiais com texturas e misturas dife-renciadas.
Para essa terra adorada, cheia de contrastes, cores e sons, estão todos convidados. Apa-gam-se as luzes e o espetáculo começa...
Palavras-Chave
Escapismo, transgressão, surpreendente, criatividade,
democrático, irreverente, sedução, excêntrico.
Referências estéticas
e culturais
Carnaval, Mondrian, irmãos Campana, Gilbert and George,
Romero Brito, Heitor dos Prazeres, Aldemir Martins,
Gustavo Rosa, Volpi, Cirque du Soleil, Antônio Nóbrega
– Brincante, Escola Picadeiro, Commedia dell’arte, Second
Life, clowns.
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feminino masculino infantil
Os processos atuais em lavanderias visam aumentar a produção e diversifi car os tratamentos nas peças. Os tecidos de sarja (brim ou índigo) transmitem certa irreverência e permitem liberdade de criação aliada à busca contínua por novas tecnologias, na intenção de obter peças que ofereçam maior conforto e dêem a impressão de peças sem customização. Por outro lado, as lavagens de peças confeccionadas têm tido em seus processos menor utilização de água, juntamente com a introdução de novos produtos que possibilitam efeitos especiais.
O denim white, tecido de ligamento sarja, e o denim color black, em tons escuros obtidos por meio de lavagens, podem também ter combinações com jogos ópticos. Assim obtemos o efeito positivo e negativo ou acabamentos encerados e
resinados, com efeitos ring e com aspecto de não lavado, lembrando o jeans bruto.
Na peças confeccionadas em tecido já preparado, existe a possibilidade da obtenção de tom sobre tom, sem demonstrar excentricidade, podendo ser em mesma tonalidade ou em tonalidades diferentes combinadas entre si. Podemos obter efeitos riscados no jeans, obtidos por meio de fi os-fantasia na tecelagem ou lixando e escovando pontos localizados da peça.
Em muitas peças, a utilização de resinas glioxálicas (resinas acrílicas utilizadas para acabamentos perolados, amassados e brilhantes) tem sido cada vez maior, na intenção de se obter efeitos amassados, bigodinhos ou até mesmo efeitos metálicos em índigo.
Tecnologia nas
LavanderiasPor Jorge Marcos Rosa
Artigos e efeitos:
Cetim e vinil em laranja vivo, gerando um brilho acobreado.
Tecidos brilhosos como o tafetá em cor azul vibrante.
Tecidos leves como voil, chifom, tule e meia malha lisos ou com estampas abstratas.
Tecidos jeans metalizados com camadas de películas metálicas.
Fibras com propriedades especiais (fi bras naturais).
Alfaiataria de tecidos acetinados obtida por meio da mistura de fi os, microfi bra de poliamida e seda.
Novas texturas em relevo, inovadoras, criadas por efeitos de pontos em malharia. Nervuras nos tecidos de malha em mistura com outros ligamentos, que utilizam materiais tecnológicos.
Mistura de texturas inusitadas em preto e suas tonalidades.
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Tweed feltrados ou lisos em lã.
Mistura de materiais leves e pesados.
Estampas de poás não tradicionais, de formas orgânicas.
Listras largas verticais, horizontais, com ângulos.
Estampas com motivos de festas da cultura regional do Brasil, em tecido jersey.
Origami. Os tecidos aqui são tratados como papel, por meio de técnicas de modelagem e corte.
Xadrezes em contraste com as padronagens listradas.
Tecido de malharia retilínea (tricô) com tingimento tie die.
Tecido denim com elastano.
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PraiaMalharia
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InfantilInfantil
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Cartela geral de cores
O inverno 2008 chega trazendo muito mais que o frio. Traz leveza,
conforto, equilíbrio e tranquilidade, presentes nas tendências
inspiradas por estilos estéticos contemporâneos. Traços simples,
diretos, longilíneos. Cores claras e sóbrias criam um clima de
serenidade. Cinzas e pastéis suaves contrastam com azuis e
roxos marcantes. Malhas texturizadas e drapeadas se abraçam
com veludos, tweeds e couros. Tons metálicos dão o toque fi nal
ao futurismo neominimalista que marca a linha da estação. No
inverno 2008 da Sultextil, a moda dá a direção para o estilo e a
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ASSARÉ, Patativa do. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escrituras Editoras, 2001.
BOIERAS, Gabriel; CATTANI, Luciana; SÁ, Marco Antônio. Maravilhas do Brasil: festas populares. São Paulo: Escrituras, 2006.
BROUGHTON, Kate. Textile dyeing: the step-by-step guide and showcase. Massachusetts: Rockport Publishers, 1995.
CLARK, Lygia. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies, 1997.
COLOMBINI, Fabio; MIRANDA, Evaristo Eduardo de. Natureza brasileira em detalhe / Brazilian nature in detail. 2. ed. São Paulo: Metalivros, 2007. (Série Olhar Brasil).
DEICHER, Susanne. Piet Mondrian 1872-1944: A construção sobre o vazio - Back to Visual Basics. [S.l] Ed. Taschen: 2001.
DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fatima Gameiro. Rugendas e o Brasil. São Paulo: Ed. Capivara, 2002.
FABRIS, Annateresa. Artistas Brasileiros – Cândido Portinari. 1. ed. São Paulo: Ed. Edusp, 1996.
FREIRE, Wilson. O cordel e suas histórias: Medicina Preventiva. [S.l]: Ed. Abooks,1959.
GOTLIB, Nadia battella. Tarsila do Amaral – A modernista. 3. ed. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2003.
GOUVEIA JR, Antonio Carlos. Arte Popular Book – Anuário Paulista de Arte Popular. [S.l], v.1, Ed. Decor & Arts, 2004.
LAGO. Pedro Corrêa do. Documentos & Autógrafos Brasileiros. Rio de Janeiro: Ed. Salamandra, 1997.
LOBELLO, Marino. Brasil: território, povo, trabalho, cultura. São Paulo: Prêmio Editorial,1997. 224 p. il.
LODY, Raul; SOUZA, Marina de Mello. Artesanato brasileiro, Madeira. Rio de Janeiro: Ed. Funarte. Instituto do Folclore, 1988.
MAMMI, Lorenzo. Volpi: espaços da Arte Brasileira. 2. ed. São Paulo: Ed. Cosac Naify, 2001.
MANCO, Tristan; NEELON, Caleb. Graffi ti Brasil. London: Thames & Hudson, 2005.
MEE, Margaret. Flowers of the amazon forests. Woodbridge, Suffolk, UK: Antique Collectors’ Club, 2006.
MELLO, Thiago de. Amazonas no coração encantado da fl oresta. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. A Travessia da Calunga Grande: Três Séculos de Imagens sobre o Negro no Brasil (1637 - 1899). São Paulo: Ed. Imprensa ofi cial, 2000.
NEWLAND, Amy; UHLENBECK, Chris. Ukiyo-e – The art of japonese woodblock Prints. [S.l]: Ed. Grange Books, 1999.
PIETRO, Maria Bardi. Lasar Segall. 2. ed. São Paulo: Ed. Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, 2000.
VASQUEZ, Pedro Karp. Fotógrafos Alemães no Brasil do Século XIX. São Paulo: Ed. Metalivros, 2000.
VILLAÇA, Antonio Carlos; MORAES, Rubens Borba de. O Brasil de Debret - Coleção Imagens do Brasil. [S.l]: 1. ed. Ed. Villa Rica, 1993.
ROOJEN, Pepin Van. Weaving Patterns. Amsterdam: Editora Pepin, 2002.
PERIÓDICOS
BOOK MODA BAMBINI. Milano: Publifashion, n. 7, autumn/winter 2007/08.
COLLEZIONI DONNA. Modena: Logos, n. 121, autumn/winter 2007/08.
COLLEZIONI DONNA. Modena: Logos, n. 122, autumn/winter 2007/08.
COLLEZIONI DONNA. Modena: Logos,
n. 123, prêt-à-porter, autumn/winter 2007.
COLLEZIONI PREVIEW KIDSWEAR 0/12. Modena: Logos, july/dec. 2006, fall/winter 2007/2008.
COLLEZIONI TRENDS. Modena: Logos, n. 76, autumn/winter 2007/2008.
COLLEZIONI TRENDS. Modena: Logos, n. 77, autumn/winter 2007/2008.
COLLEZIONI TRENDS. Modena: Logos, n. 78, spring/summer 2008.
COLLEZIONI TRENDS. Modena: Logos, n. 79, spring/summer 2008, previews autumn/winter 2008/09.
COLLEZIONI TRENDS. Modena: Logos, n. 80, preview autumn/winter 2008/09, forecast spring/summer 2009.
COLLEZIONI UOMO. Modena: Logos, n. 57, spring/summer 2007.
COLLEZIONI UOMO. Modena: Logos, n. 58, spring/summer 2007.
COLLEZIONI UOMO. Modena: Logos, n. 59, autumn/winter 2007/2008.
COLLEZIONI UOMO. Modena: Logos, n. 60.
COLLEZIONI 0/3 BABY. Modena: Logos, n. 41, jan./june 2007, spring/summer 2007.
CRÉATIONS LINGERIE. Paris: Advertising Managers, n. 149, fev./avril 2007.
CYL MODA INTIMA. Barcelona: Índice, n. 164, 2007.
DRESSING BOOK OF FASHION INFLUENCES. Paris: Edom Sarl, n. 5, winter 2007/08.
FASHION BOX MEN’S KNITWEAR. Carpi, Modena: PM Studio, fall/winter 2007/08.
FASHION TRENDS. Deutschland: Branche & Business, n. 74, summer 2008.
FASHION TRENDS. Deutschland: Branche & Business, n. 75, summer 2008.
INTIMA FRANCE. Lyon: Sonora Régie, n. 67, févr./avr. 2007.
INTIMO PÍU MARE. Modena: Editoriale Moda, n. 159, genn. 2007.
JOURNAL DU TEXTILE. Paris: Hebdo, n. 1902, 30 janv. 2007.
KEY MAGAZINE. São Paulo: House of Palomino, n. 5, abr. 2007.
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KNIT ALERT. New York: Overseas, autumno/inverno 2007/2008.
L’OFFICIEL BRASIL. São Paulo: Duetto, ano 1, n. 5, fev. 2007.
L’OFFICIEL BRASIL. São Paulo: Duetto, ano 1, n. 6, mar. 2007.
L’OFFICIEL BRASIL. São Paulo: Duetto, ano 1, n. 8, maio 2007.
L’UOMO VOGUE. Milano: Condé Nast, n. 378, 2007.
L’UOMO VOGUE. Milano: Condé Nast, n. 381, magg/giugno 2007.
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MAGLIERIA ITALIANA. Modena: Editoriale Moda, v. 38, n. 151, mar. 2007.
PROVIDER. Sydney: iSUBSCRiBE, may 2007. Giving form to colour and texture: hybrid.
666 PONTOS DE CROCHÊ. São Paulo, Editora Três, 2002.
SHOWDETAILS MEN. Bologna: Showdetails srl, v. 1, n. 1, jan. 2007.
SHOWDETAILS WOMEN. Bologna: Showdetails srl, v. 2, n. 3, jan. 2007.
TANK. London: Thank Publications, v. 4, 2007. Elitism for all.
TEXTILE REPORT. Montalivet: SLC Textile Report, n. 4, hiver 2006.
TEXTILE VIEW MAGAZINE. Amsterdam: Metropolitan, n. 75, autumn 2006.
TEXTILE VIEW MAGAZINE. Amsterdam: Metropolitan, n. 77,
NOTA: A numeração nas cartelas de cores são códigos da escala PANTONE® Têxtil. Todo cuidado foi tomado no sentido de reproduzir o mais fi elmente possível as cores têxteis neste livro; no entanto, devido às características do processo de impressão, pode haver variação na reprodução gráfi ca das cores.
spring 2007.
TEXTILE VIEW MAGAZINE. Amsterdam: Metropolitan, n. 78, summer 2007.
TOP. Paris: Secret Graffi k, 2007. Spring & Summer / Printemps & Été.
USEFASHION JOURNAL. Novo Hamburgo, RS: Sistema UseFashion de Informações, n. 40.
VIEW2 MAGAZINE. Amsterdam: Metropolitan, n. 1, winter 2006.
VIEW2 MAGAZINE. Amsterdam: Metropolitan, n. 2, summer 2007.
VOGUE BAMBINI. Milano: Condé Nast, n. 197, mar./apr. 2007. Fashion shows fall-winter 2007/2008. (Supllemento).
VOGUE BRASIL. São Paulo: Carta Editorial, n. 344, abr. 2007.
VOGUE ITALIA. Milano: Condé Nast, n. 681, magg. 2007.
VOGUE PARIS. Paris: Condé Nast, n. 875, mars 2007.
VOGUE (USA). Condé Nast, mar. 2007.
ZOOMONFASHIONTRENDS. Bologna: Nuova Libra Editrice, anno 14, n. 38, 2007. P/E - S/S 2008/09.
ZOOMONFASHIONTRENDS. Bologna: Nuova Libra Editrice, n. 36, autumn/winter 2007/08.
SITES
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ACHILDSCLOSET. Disponível em: <http://www.achildscloset.com>. Acesso em: 2007.
ANTONIO Nobrega. Disponível em: <http://www.antonionobrega.com.br>. Acesso em: 2007.
CHIC Glória Kalil, 2007. Disponível em: <http://www.chic.com.br>. Acesso em: 2007.
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FLICKR. Banco de imagens gratuitas. Disponível em: <http://www.fl ickr.com>. Acesso em: 2007
FORA de moda worldpress, 2007. Disponível em: <http://forademoda.wordpress.com>. Acesso em: 2007.
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MUSEU da Pessoa. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/index.shtml>. Acesso em: 2007.
ROMERO de Andrade Lima. Disponível em: <http://www.romerodeandradedelima.com.br>. Acesso em: 2007.
STOCK.XCHNG. Banco de imagens gratuitas. Disponível em: <http://www.sxc.hu>. Acesso em: 2007
STYLE, 2007. Disponível em: <http://www.style.com>. Acesso em: 2007.
TEATRO Brincante. Disponível em : <http://www.teatrobrincante.com.br>. Acesso em: 2007.
VOGUE, 2007. Disponível em: <http://www.style.com/vogue>. Acesso em: 2007.
USEFASHION. Novo Hamburgo, RS. Disponível em: <http// www.usefashion.com>. Acesso em: 2007.
CD-ROM
PANTONE for fashion and home: color chooser 3.0 New Jersey, 2003. 1 CD-ROM
referências...
CD-ROM
. Preferencialmente visualizar com resolução de 1024 x 768 pixels.
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. Caso o CD não seja executado automaticamen-te no Windows, clique duas vezes no arquivo ABRIR-PC.exe do CD e aguarde.
. No Macintosh, clique duas vezes no arquivo ABRIR-Mac.html do CD e aguarde.