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Cartas Chilenas As Cartas Chilenas narram os mandos e desmandos do despótico governador Fanfarrão Minésio na cidade de Santiago do Chile. O poema satírico de autoria de Tomáz Antônio Gonzaga ataca de forma sagaz a administração corrupta, medíocre e ineficiente dos órgãos públicos. O poema é dividido em 13 cartas e um epílogo. As cartas são escritas por um morador da cidade de Santiago do Chile chamado Critilo e endereçadas ao seu grande amigo chamado Doroteu, que por sua vez as repassou a um brasileiro que as teria traduzido para o português. Durante o decorrer de toda a história (que se inicia com a posse do novo governador), Fanfarrão Minésio se mostra um verdadeiro tirano sem o menor pendor para tomar decisões relacionadas à cidade. A trama gira em torno da crueldade, das ordens absurdas e dos crimes cometidos pelo político. Logo na 2ª Carta Critilo relata a libertação de todos os condenados da prisão local, e em seguida, na 3ª Carta, a construção de uma nova prisão suntuosa para atender à vaidade do soberbo Fanfarrão. Esta seria feita utilizando-se quase que exclusivamente do trabalho forçado dos pobres que contraíram dividas com o governo. A partir daí a loucura do governador apenas aumenta. Após o anúncio da vinda da infantaria de Portugal para a cidade (5ª Carta), a população é obrigada a dar tudo que possui para a realização de uma festa de proporções gigantescas. As cartas seguintes, além da crueldade em si, também trazem outros crimes, como as manobras burocráticas realizadas com o objetivo de roubar as terras dos pobres para posterior divisão entre os nobres da cidade. Em todas as 13 cartas que compõem a obra, o sentimento de rebeldia do autor contra o nepotismo político, o abuso de poder e o autoritarismo militar estão bastante presentes.Elas representam um descontentamento evidente com aquilo que os mais poderosos podem fazer com os oprimidos.

Cartas Chilenas, resumo

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Cartas Chilenas

As Cartas Chilenas narram os mandos e desmandos do despótico governador Fanfarrão

Minésio na cidade de Santiago do Chile. O poema satírico de autoria de Tomáz Antônio

Gonzaga ataca de forma sagaz a administração corrupta, medíocre e ineficiente dos órgãos

públicos.

O poema é dividido em 13 cartas e um epílogo. As cartas são escritas por um morador da

cidade de Santiago do Chile chamado Critilo e endereçadas ao seu grande amigo chamado

Doroteu, que por sua vez as repassou a um brasileiro que as teria traduzido para o português.

Durante o decorrer de toda a história (que se inicia com a posse do novo governador),

Fanfarrão Minésio se mostra um verdadeiro tirano sem o menor pendor para tomar decisões

relacionadas à cidade. A trama gira em torno da crueldade, das ordens absurdas e dos crimes

cometidos pelo político.

Logo na 2ª Carta Critilo relata a libertação de todos os condenados da prisão local, e em

seguida, na 3ª Carta, a construção de uma nova prisão suntuosa para atender à vaidade do

soberbo Fanfarrão. Esta seria feita utilizando-se quase que exclusivamente do trabalho forçado

dos pobres que contraíram dividas com o governo.

A partir daí a loucura do governador apenas aumenta. Após o anúncio da vinda da infantaria

de Portugal para a cidade (5ª Carta), a população é obrigada a dar tudo que possui para a

realização de uma festa de proporções gigantescas.

As cartas seguintes, além da crueldade em si, também trazem outros crimes, como as

manobras burocráticas realizadas com o objetivo de roubar as terras dos pobres para posterior

divisão entre os nobres da cidade.

Em todas as 13 cartas que compõem a obra, o sentimento de rebeldia do autor contra o

nepotismo político, o abuso de poder e o autoritarismo militar estão bastante presentes.Elas

representam um descontentamento evidente com aquilo que os mais poderosos podem fazer

com os oprimidos.