Caderno de tipografia 12

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  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design, n

    October 11th - November 23th, 2008:

    An exhibition with 100 designs by Wim

    Crouwel celebrating his 80th birthday and

    also celebrating 20 years Nijhof & Lee, at

    Vivid Gallery, Rotterdam. The exhibition

    will be accompanied by an illustrated

    catalogue designed by David Quay.

    12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 2

    Ficha tcnicaOs Cadernos de Tipografia e Design so redigidos,paginados e publicados por Paulo Heitlinger;

    so igualmente propriedade intelectual deste

    editor. Qualquer comunicao dirig ida ao editor

    calnias, louvores, ofertas de dinheiro ou outros

    valores, propostas de suborno, etc.

    [email protected].

    Os Cadernos esto abertos mais ampla

    part icipao de colaboradores, quer regulares,

    quer episdicos, que queiram ver os seus artigos e

    as suas opinies di fundidos por este meio.

    Os artigos assinalados com o nome do(s) seu(s)

    autor(es) so da responsabilidade desse(s)mesmo(s) autor(es) e tambm sua

    propriedade intelectual.

    Conforme o nome indica, os Cadernos de Tipografia

    e Design incidem sobre temas relacionados com

    a Tipografia, o typeface design, o design grfico,

    e a anlise social e cultural dos fenmenos rela-cionados com a visualizao, edio, publicao e

    reproduo de textos, smbolos e imagens.

    Os Cadernos, publicados em portugus, e tambm

    em brasileiro, castelhano, galego ou catalo, diri-

    gem os seus temas a leitores em Portugal, Brasil,

    Espanha e Amrica Latina.

    Os Cadernos de Tipografia no professam qualquer

    orientao nacionalista, chauvinista, partidria,

    religiosa, misticista ou obscurantista. Tambm no

    discutimos temas pseudo-cientficos, como a Semi-

    tica, por exemplo.

    Em 2008, a distribuio feita grtis, pordivulgao do PDF posto disposio do pblico

    interessado em www.tipografos.net/cadernos

    2007,8 by Paulo Heitlinger. All r ights reserved.

    80Ser o typefae deign uma garantia de longevida-

    de? Se olharmo para a biografia de Wim Crou-

    wel, Hermann Zapf e Kurt Weidemann, pare-

    e bem que im. Poi todo ele ontinuam de boa

    ade e ainda eso acivo na ua profio. am-

    bm Adrian Frutiger (j fesejou o oitenta) e G.G.

    Lange (a aminho do noventa) pareem provar

    que quem deenha tipo, pode viver eternamente!

    Comprove-o na pgina dese Caderno.

    TemasAdobe lana CS vero .................................. ...............

    Epidemia Deign .................................... ..........................

    ipografia argentina .......................................................Sreen font em Loul ..................................... ................

    Wim Crouwel ................................... ...............

    O monge da ipografia...................................................

    Kurt , o perpiaz .................................... .........................

    Zapf, o diligente ............................... ................................

    Book Wonderful! ............................................................

    Um lifesyle magazine do ano ..........................

    Manurito hebraio na Pennula Ibria .......

    Prototipgrafo judeu em Epanha e Portugal ..

    Online? San? Qualidade? Inunbulo eImpreo Raro em bibliotea portuguea .... .

    O amor de Joo ao livro antigo ........................

    XML, dez ano depoi ................................ ...................

    Annio ..........................................................................

    mailto:[email protected]://tipografos.net/http://tipografos.net/mailto:[email protected]
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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 3

    A Adobe apresentou a sua nova suite 4, com

    nova cara. A empresa californiana

    presenteou-nos com muitas novidades:

    Adobe Photoshop CS 4 (edio debitmaps)

    Aelerao grfia via GPU, zoom mai uave.

    Ferramenta Content-Aware Saling:

    reompe imagen em tempo real enquanto

    o redimenionada, mantendo elemento

    vitai da ompoio.Novo painel de ajuse no-desrutivo.

    Pintura e ompoie em modelo D,

    inluiv om apliao de textura D.

    Canva rotativo.

    Reuro de auto-alinhamento e auto-

    melagem de layer para panorama em

    .

    Correo de ore melhorada. Melhor

    integrao om o Photohop Lightroom. Nova

    interfae om aba e janela que oupa da

    rea de trabalho.

    Bridge CS4 (para que serve?)Com uma performane melhor e agilidade na

    tranfernia de imagen para o Photohop.

    Illustrator CS4 (edio de vectores)Nova ferramenta Blob, para deenho mai

    naturai.

    Suporte a projeco om mltipla pgina via

    rop de Artboard.

    Habilidade de riar gradiente elptio e om

    tranparnia.

    Melhoria na Smart Guide.

    Integrao do Kuler na funionalidade Live

    Color.

    Modo de iolamento de objeco aprimorado.

    InDesign CS4 (paginao e tipografia)Chegada do IDML (InDeign MarkupLanguage), repreentao XML de

    doumento do InDeign.

    Nova ferramenta Live Preflight paraidentifiao de erro de produo em deign.

    Painel de Link peronalizavel.

    Exportao de arquivo XFL e integrao

    om o Flah CS

    Profeional para a adio de interatividade,

    animae e navegao.

    Nova opo Conditional ext poibilita a

    riao de mltipla edie de um memo

    doumento, ptimo para a gerao de vere

    em outro idioma.Reuro Cro-Referene failita a geso

    de doumento om formulrio longo.

    Dreamweaver CS4 (edio html, web)Pr-viualizao (Live View) mai preia,

    inluiv om tese de interae.

    O isema de renderizao WebKit, do Safari.

    Novo reuro Related File e Code

    Navigator aprimoram o proeo de

    trabalhar om ite e digo de doumento

    que inluam arquivo CSS externo,

    bibliotea JavaSript, fiheiro onecado e/

    ou digo erver-ide.

    rabalho om esilo CSS aprimorado,

    redireionamento automtio para a regra

    e parmetro relaionado. Integrao om o

    Photohop via Smart Objec.

    Flash CS4 Professional (animaes)Novo modelo de animae elimina

    neeidade de inero manual de keyframe

    e ajuse de tween.

    Nova apaidade de tranformao de

    objeco D.

    Interfae unifiada om outro programa

    CS e nova ope de exportao.

    Suporte ao XFL para abertura de doumento

    do After Effec e InDeign direcamente no

    Flah.

    Premiere Pro CS4 (edio de video)Vria melhoria no fluxo de trabalho.

    Suporte a nova mara e formato de vdeo.

    Adobe lana CS verso 4

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 4

    Codifiao e exportao de projeco em

    maa via Adobe Media Enoder.

    Reuro Speeh Searh, para pequia em

    vdeo via identifiao de udio.

    After Effects CS4 (special effects)Habilidade de realizar bua em linha do

    tempo e projeco.

    Importao e animao de Layer D do

    Photohop.

    Integrao mai profunda om o Flah CS

    Profeional.

    Soundbooth CS4 (edio de audio)Suporte de mltipla faixa.

    Reuro para nivelamento automtio de

    volume atrav de mltipla entrada e

    altifalante.

    ese de odifiao MP em tempo real para

    ada.

    Speeh Searh, para bua de texto em

    udio.

    Device Central CS4 (bibliotecas)Mai de novo aparelho inludo.

    Aeo a bibliotea virtuai om

    informae de fabriante de aparelho.

    Proeo de tese automatizado via ript.

    Poibilitade de exportar proeo em

    reen-hot ou video H..

    Epidemia Design com enorme prazer que convidamos voc para

    fazer parte dessa febre que est tomando conta detodos. Uma epidemia que ir contaminar todos com

    o Design. Essa disseminao est contagiando cada

    vez mais pessoas, que hoje focam seus olhares no

    Centro Drago do Mar de Arte e Cultura -

    Fortaleza/Cear, nos dias 05, 06, 07 e 08 de

    Novembro.

    Datas em que acontecer o Epidemia Design-

    evento para disseminar a Cultura do Design e

    incentivo novas ideias, conceitos e estmulos para

    os profissionais da rea ou reas afins, empresrios e

    estudantes de design e reas afins.O Epidemia Design um evento organizado por

    estudantes de design da FANOR- Faculdades

    Nordeste e apoiado por alguns professores. Porm

    busca agregar pessoas de qualquer outra faculdade,

    cidade, estado, enfim, qualquer um que sinta a

    vontade de ser contaminado.

    Se voc possui uma marca ou um produto que tem o

    design como diferencial, ento voc poder fazer

    parte do bazar. O bazar uma feira onde os

    participantes tero um espao cedido pelo evento

    para expor e comercializar seus produtos.

    O bazar acontecer nos dias 5, 6 e 7 de novembro (

    noite), e estar localizado no Espao Mix do Drago

    do Mar, local onde acontecer o evento durante a

    semana (bazar, exposio e palestras sero l).

    Portanto tudo estar concentrado l e qualquer

    pessoa, seja ela participante do evento ou no,

    poder circular pelo local e adquirir os produtos l

    expostos. Para mais informaes acesse o blog do

    evento e acompanhe os detalhes:

    www.epidemiadesign.blogspot.com

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 5

    Tipografia argentina

    De Jose Scaglione recebemos a seguinte mensagem:

    Griselda Flesler y Rubn Fontana estn trabajando en

    forma conjunta con un grupo de colaboradores en la

    edicin de un libro que pretende explorar la historia

    tipogrfica Argentina en su complejidad, y dar cuenta de

    las formas que adopt la prctica tipogrfica, de sus

    mltiples cruces con otros campos profesionales y de

    las condiciones contextuales que incidieron en ella.

    Asimismo intenta establecer un puente entre las

    generaciones precedentes que actuaron hasta

    comienzos de los aos 50 del siglo xx y el momento

    actual, que desde los 80 es regido por la educacin

    sistemtica y universitaria de la disciplina.

    Para uno de los captulos de ste trabajo estoy

    realizando un trabajo de compilacin de tipografas

    realizadas por profesionales argentinos. Las fuentes que

    se seleccionen sern publicadas en el libro con mencin

    de su autor y una breve memoria del proyecto.

    Es por este motivo que me gustara convocar a aquellos

    diseadores argentinos que hayan diseado tipografas,

    aun si estas no fueron publicadas, a que se pongan en

    contacto conmigo para coordinar una posiblepublicacin de dichos trabajos en este libro.

    Por favor contactarme en forma directa a estas

    direcciones de correo para obtener mas informacin

    sobre el proyecto.

    [email protected]

    [email protected]

    Screen fonts em Loul

    No INUAF, em Loul, Algarve, Paulo Heitlinger far no

    dia 24 do corrente ms, s 19:30, uma apresentao como titulo Dos screen fonts Gtica Rotunda.

    Comeando com uma discusso das particularidades

    especficas dos screen fonts legibilidade, hinting, font

    smooting, bitmap fonts, etc, a retrospectica que se

    segue a esta temtica relata as perdas de qualidade

    tipogrfica verificadas quando da transio de uma

    tecnologia tipogrfica para a prxima.

    Seguindo o trajecto histrico da Escrita manual,

    Fundio de Tipos e composio manual de caractres

    de chumbo, Linotipia, Fotocomposio, e, finalmente, o

    Digital Typefacing, Paulo Heitlinger aborda os dficits

    registados quando da introduo de novas

    tecnologias e a forma como esses problemas foram

    superados. As tecnologias do Kerning e Hinting, os

    Bitmap fonts, as fontes vectoriais e os potenciais do

    formato OpenType sero analizados e demonstrados.

    1 Feira do Livro deJaguarina

    22 a 26 de Outubro de 2008

    Parque Santa Maria, Jaguarina - SP

    10:00 s 22:00 h

    A 1 Feira Nacional do Livro de Jaguarina nasce como

    uma das maiores feiras a cu aberto do Brasil, num

    espao de 24 mil m, sendo 5 mil m de rea coberta.

    Programado para acontecer entre os dias 22 e 26 de

    outubro (quarta-feira a domingo), sempre das

    10h00 s 22h00, no Parque Santa Maria, em Jaguarina.O evento tem como grande objectivo social actuar

    como disseminador e incentivador da cultura e

    educao por meio da literatura em toda a regio.

    Pensando na valorizao da cultura brasileira, a

    organizao promove o evento com entrada franca.

    A Feira reunir diversas actividades culturais

    para crianas, jovens e adultos dos mais diversos

    segmentos, promovendo a venda de livros, exposies,

    workshops, palestras, oficinas, concurso cultural,

    apresentaes artstico-culturais com ar tistas derenome nacional, alm de artistas regionais.

    http://www.feiradolivrodejaguariuna.com.br

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 6

    To celebrate the 80thbirthday of Wim Crouwel

    and the 20 years of Nijhof & Lee, Vivid

    Gallery in Rotterdam organises the exhibition

    80 | 20 | 100

    One hundred works by Crouwel will be on

    display. For this, Vivid Gallery made a

    selection out of the superb Crouwel collection

    of Frank Nijhof and Warren Lee. The

    exhibition will be accompanied by a fully

    illustrated catalogue designed by David Quay.

    Wim Crouwel i a deigner, artis, pro-

    feor and mueum direcor. Hi long

    and rih areer inlude esablihing

    a sudio with the indusrial deigner Kho Liang

    Ie (www.kholiangie.nl). He wa reponible for

    many poser and atalogue of the Van Abbe

    Mueum in Eindhoven and the Stedelijk Mueum

    in Amserdam from till .

    Crouwel ofounded otal Deign, the firs

    multi-diiplinary deign sudio in the Nether-

    land, whih beame a dominant fore in Duth

    graphi deign. Crouwel and hi olleague had

    influene on the national and ultural identity

    of the Netherland. In Crouwel deigned

    the font New Alphabet; he extended the grid to

    beome a matrix within whih letterform were

    onsruced a unit on a grid.

    Beginning in Crouwel sarted teahing

    part time at the Delft ehnial Univerity, and

    in , he left otal Deign to be a full time pro-

    feor. In he beame the direcor of the

    Mueum Boijman van Beuningen, Rotterdam

    and alo held the Private Chair at Eramu Uni-

    verity, Rotterdam (-). Nowaday Crouwel

    i sill working a a deigner, primary deigning

    important art exhibition like the Vereniging

    Rembrandt exhibition in the van Gogh Mueumin Amserdam alo opening in Ocober thi year.

    Nijhof & Lee, a buine for new and anti-

    quarian book, wa founded by Frank Nijhof

    and Warren Lee in . Te hop i ituated in

    the Staalsraat in the hisorial entre of Am-

    terdam, near the Waterlooplein market and

    City Hall/Opera houe. Speialied in book on

    fine art, photography and deign the hop ha

    beome the peialis in the field of graphi

    deign and typography, with a ollecion of newand antiquarian book unique for the Nether-

    land. Nijhof & Lee alo arrie a large olle-

    tion of poser by Duth graphi deigner of the

    eond half of the twentieth entury.

    Vivid Gallery

    William Boothlaan a

    NL- VH Rotterdam

    Te Netherland

    + []

    Opening hour: ueday - Sunday, - pm

    www.vividvormgeving.nl

    Wim Crouwel 80 20 100

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    O monge daTipografia graphi deigner, typefae deigner, formador

    e urador de expoie. Foi direcor do reputa-

    do Mueum Boyman-van Beuningen em Roter-

    do. Quem viu o filme Helvetia apreiou (ou

    no) o eu depoiamento a favor da famoa letra

    ua. Fundou o famoo atelier otal Deign.

    Hoje, o holand Wilm Hendrik Crouwel (nai-

    do em Groningen, ), volta a er alvo de home-

    nagen, omo o ao da importante expoio

    montada na Galeria Vivid, em Roterdo (pgina

    anterior).Para algun, Wim Crouwel, tambm onhe-

    ido por Mr. Gridnik, tem esatuto de ulto;

    moda dar-lhe j piropo omo o de Papa da ipo-

    grafia Moderna. Esa honra o tanto mai

    impreionante quanto ao faco que o typefae

    deign do famoo holand puramente onei-

    tual, aqutio e formal, negando qualquer preo-

    upao pela legibilidade e uabilidade rit-

    rio que no aosummo a exigir a uma boa

    tipografia.

    Comparando o eu deign de letra experi-

    mentai om o da fina-flor do typefae deign

    holand ontemporneo itando nome

    badalado omo Frank E. Blokland, Erik van

    Blokland, Petr van Blokland, Jelle Boma, Jo

    Buivenga, Bram de Doe, Lua de Groot, Jan

    van Krimpen, Martin Majoor, Chrisoph Noor-

    dzij, Gerrit Noordzij, Peter Matthia Noordzij,Albert-Jan Pool, Jus van Roum, Fred Smeijer,

    Gerard Unger verifiamo rapidamente que a

    afinidade o pratiamente ...nula.

    Wim Crouwel. Foto: Xavier Encinas

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 8

    Contudo, e formo pequiar um pouo

    mai atr, perebemo que Wim Crouwel mo-

    tra uma relao intena om o trabalho expe-

    rimental deenvolvido pelo ampeo do movi-

    mento vanguardisa De Stijl, Teo van Doeburg

    (-). E perebemo tambm que Crou-

    wel ontinuou a experimentao onduzida naBauhau no ampo do alfabeto elementare,

    amplamente diutido no Caderno de ipo-

    grafia Nr. . Ser poi ea a razo da devoo

    mosrada por tanto entuiasa da obra dese

    experimentalisa, oniderado um do one

    do deign holand ontemporneo, onheido

    pela ua isemtia abordagem do deenho da

    forma da letra, que, e quiermo er impti-

    o, nuna deixou de er humorsia e ldia.

    Num intereante e eluidativa entrevisa

    patente no Youube.om, Crouwel alienta a ua

    abordagem onsrutivisa ao deenho de letra,

    ignorando a evoluo hisria e onentrado-

    e em exerio metdio e formai.

    O fanio exerido pelo alfabeto elemen-

    tare, por aracre univerai, omposo a

    partir do mai imple elemento no eu ao,

    bloo recangulare, levou Crouwel a ontinuar

    abcdefghijklmnopqrstuvwxyznew alphabet two

    Wim Crouwel publicou o seu new alphabet em 1967.

    o prottipo realizado na Bauhau por Herbert

    Bayer, Joos Shmidt e Alber.

    Em , trabalhando para o direcor do

    Mueu Stedelijk de Arte Contempornea, Wim

    Crouwel no reisiu ao prazer de fazer uma

    experinia no esilo do alfabeto elementa-

    re. O reultado foi um invulgar poser para umamosra de Deigner Vormgever.

    Semelhante tentativa foi o eu new alphabet,

    um projeco de , om uma vero digitali-

    zada pela fundio londrina Te Foundry.

    Wim Crouwel omeou a ua acividade gr-

    fia em , e em foi io-fundador da

    otal Deign uma agnia de omuniao que

    realizou, entre muito outro grande projeco,

    a inaltia do Aeroporto Shiphol, em Amser-

    do. A otal Deign atingiu grande reputao

    pelo eu intranigente empenho pelo Funiona-

    limo e pelo Esilo Internaional, o que e tradu-

    zia, muita veze, por optar pelo failimo ha-

    mado Helvetia.

    A riae tipogrfia de Crouwel foram

    publiada em formato digital: o New Alphabet,

    a fonte Fodor e o Stedelijk Mueum Alphabet, e

    ainda a famlia de fontes Gridnik

    abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

    van doesburg archi typeLetras desenvolvidas por Teo van Doesburg, 1919, digitalizadas por The Foundry, 1996.

    abcdefghi jk lmnopqrstuvwxyz

    sturmblond herbert bayerAlfabeto sturmblond, desenvolvido por Herbet Bayer em 1925, digitalizado

    por Paulo Heitlinger, www.tipografos.net/fontes

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 9

    Obra-mestra da ar te reducionista ou simplesmente o cmulo dasimplificao, montona e aborrecida? Desenho de selos de

    correio de Wim Crouwel.

    vormgevers

    abcdefghijkklmn

    opqrstuvwxyzwim

    crouwelA fonte Stedelijk, de Wim Crouwel.

  • 7/25/2019 Caderno de tipografia 12

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 10

    BibliografiaKee Broo. Wim Crouwel Alphabet. Layout de

    David Quay Engel, p. ilu. ISBN: --

    -. Em onvera om o hisoriador de arte

    Kee Broo, Wim expliou o raionio e a meto-dologia por detr do eu trabalho tipogrfio;

    dilogo que originou um intereante livro .

    Frederike Huygen, Hugue Boekraad. Wim

    Crouwel Mode en module. Deign editorial de

    Karel Marten, Jaap van ries. pp / x

    mm / paperbak / .. ISBN .

    With over olour graphi image and pho-

    tograph, and more than a thouand illusra-

    tion overall, thi volume i a true graphi deign

    dicionary, not jus a a referene for Crouwelwork, or for Duth graphi deign, but for a

    whole period of development of modern graphi

    deign.

    Wim Crouwel, Paul Verhoeven, Derrik de

    Kerkhove. Mattmo. Englih, paperbak with

    tab, page, illusration, , x , m ,

    ISBN ---

    Heitlinger, Paulo. Tipografia: origen, forma e

    uo da letra. ISBN ---. Dinalivro.

    Liboa, .

    Curriulo profiional

    - Art Aademy Minerva, Groeningen.

    - Military ervie.

    - Amserdam Arthool IVKNO.

    - Deigner with an exhibtion om-

    pany, Amserdam.

    - Free-lane deigner, Amserdam.

    - eaher at the Royal Art Aademy,

    Hertogenboh.

    - eaher at the Amserdam Art-

    hool IVKNO.

    - Deignsudio together with interior

    deigner Kho Liang le, Amserdam.

    - Freelane deigner, Amserdam.

    - Co-founder and partner otal

    Deign, Amserdam.

    - Lecurer ehnial Univerity, Delft

    (indusrial deign).- Profeor extraordinary ehnial

    Univerity, Delft.

    - Lecurer ehnial Univerity, Delft

    Wim Crouwel, Visuele Communicatie Nederland,

    1969, Stedelijk Museum Amsterdam

    - Conultant otal Deign, Amser-

    dam

    - Full Profeor ehnial Univerity,

    Delft.

    - Viiting profeor Royal College of

    Art , London.

    - Direcor of the Boyman van Beu-

    ningen Mueum, Rotterdam.

    - Private hair Eramu Univerity,

    Rotterdam (art and ultural iene).

    From on: Free-lane deigner and on-

    ultant, Amserdam.

    One man exhibition: Stedelijk Mueum, Am-

    terdam , Mueum Wiebaden , Deign

    Center, Stuttgart ook part in many group

    exhibition in the Netherland, and abroad.

    Speaker at many ongree, ympoia, and

    workhop.

    Prmio: Werkman Prize , Duwaer Prize

    , Piet Zwart Prize , Stankowky Prize

    . Knight of the Order of Leopold II, Bel-

    gium. Offier of the Order of Orange Naau.

    Offier of the Mos Exellent Order of theBritih Empire. Knight of the Order of the

    Duth Lion. Docor Honori Caua, ehni-

    al Univerity, Delft

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    Logtipo desenhado por Piet Swart para o arquitecto Jan Wils, em 1921.

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    aLetra a, fonte new alphabet, desenhada por Wim Crouwel.

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    aLetra a, fonte Stedelijk, desenhada por Wim Crouwel.

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    aLetra a, fonte Fodor, desenhada por Wim Crouwel.

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    aLetra a, fonte Gridnik, desenhada por Wim Crouwel.

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    Kurt, o perspicazNotas de Paulo Heitlinger

    Mal tinha ido apreentado ao typefae

    deigner alemo, iso por volta do ano

    , j esavamo ao balo do bar do Edi-

    fio do Congreo em Hamburgo, para abo-

    rear uma boa erveja. Weidemann onhei-

    do no pela ua exelente tipografia e pela

    ua oniderae obre a legibilidade, omo

    tambm pela ua afiada (m-)lngua e pela ua

    inrvel reisnia bebida fermentada.

    Kurt Weidemann naeu na Maria (Pria)

    em ; j ultrapaou, portanto a bblia idade

    de ano. Bom bebedor, apreiador de tudo o

    que belo, deenhador grfio, typefae deig-ner e tipgrafo, doente e autor ontemporneo.

    Autor do l de fonte Corporate ASE.

    Kurt Weidemann. Foto: nike, 2006

    Em terminou o Lieu Johanneum em

    Lbek. De a fez o ervio militar na

    Ria, de a foi priioneiro de guerra. S

    em - que Weidemann onegue fazer a

    ua aprendizagem profiional omo tipgrafo-

    ompoitor.

    De at frequenta a Aademia da

    Bela Arte em Stuttgart. De - ub-edi-

    tor da revisa profiional de arte grfia Der

    Druckpiegel.

    De at leiona na Aademia da

    Bela Arte em Stuttgart. Freelane deigner,

    opywriter, ounellor, CI deigner. Dede

    d aula na Eola de Geso Emprearial emKoblenz, um esabeleimento privado, de ar-

    ter univeritrio. Dede , foi onultor da

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 17

    Daimler Benz, dede , foi doente na Aade-

    mia de Deign Karlruhe. Em , Weidemann

    ganhou o Luky Strike Deign Award.

    A Corporate ASE um l de aracre,

    uma trilogia de fonte que Weidemann dee-

    nhou para ervir omo Corporate ipography da

    multinaional Merede-Benz (hoje: Daimler-

    Chryler). A ASE foi adoptada por esa multina-

    ional a partir de . Weidemann deenhou

    esilo de letra. Esa triologia inlui:

    A vero A (Antiqua), erifada, para uo em

    todo o diplay, annio publiitrio,

    revisa de Marketing e outro ampo de

    repreentao da mara om a esrela de tr

    ponta.

    a vero S (Serifloe), em-erifada, reervada para tema mai informativo, em tendnia

    repreentativa. Dentro da trilogia ASE, esa

    em-erifada a que meno impaco viual

    tem; ontudo ontrasa bem om a vero A

    a vero E (Egyptienne), de erifa groa, erve

    para a doumentao tnia: manuai,

    brohura, et. Esa erifa groa tem

    inpirao na Claredon.

    oda a tr vere tem o memo equeleto,

    a mema esrucura interna, e o memo peo

    e itlia, pelo que harmonizam bem entre i e

    at o interambivei, quando eja neerio

    fazer ubsituie.Hoje, a Corporate ASE es

    diponivel atrav da Fundio Berthold. www.

    bertholdtype.om.

    Outra fonte de Kurt Weidemann o a IC

    Weidemann, vero omerial (e alargada) da

    fonte Biblia. A Biblia foi pela primeira vezuada em .

    Digitalizao de uma letra para o

    jogo de fontes ASE

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 18

    Zapf, o diligenteNotas de Paulo Heitlinger

    Por oaio do eu aniverrio, a emprea

    Linotype rende homenagem obra de Her-

    mann Zapf, e da ua epoa Gudrun Zapf.

    Exelente algrafo e empenhado tipgrafo ale-

    mo, que deixou vasa obra. A arreira de Her-

    mann Zapf omeou quando omprou o livro de

    Rudolf KohDa Schreiben al Kunsfertigkeit, e

    em breve esava a aprender autodidacimamen-

    te.

    Com vinte ano, entiu-e eguro para dee-

    nhar a ua primeira typefae: a Gilgengart

    Fraktur, uma gtia. Mai tarde apereem a

    Palatino, a Melior, a Optima, a Comeniu-Anti-

    qua. A AMS Euler foi deenvolvida na StanfordUniveritypara ompor expree matemtia

    e ientfia. AMS Euler foi deenhada por Her-

    mann Zapf, om a ajuda de Donald Knuth, para

    a Amerian Mathematial Soiety. It i inten-

    ded for etting mathemati text, whih mean

    that it bai roman haracer et i omplemen-

    ted by Greek, ript and fraktur haracer. AMS

    Euler wa deigned uing MEAFON, a font

    manipulation program developed by Knuth, a

    Stanford omputer ientis, in .

    Depoi vieram a fonte Mihelangelo, Sisina,

    Hunt Roman e Maroni. Contudo, a ua letra

    no tiveram o harme e a elegnia de outra

    olue ontempornea, estiamente mai

    apelativa e onvinente.

    Durante a ua longa arreira, Zapf tambm

    foi onultor da Hallmark, produtora degreeting

    carda nvel mundial. Da fonte ript de Zapf,alienta-e a Jeanette e a de tipo hanelereo

    epeialmente a IC Zapf Chanery,

    Fonte: Aldu (), Aurelia (), Edion

    (), Kompakt (), Maroni (-, a pri-

    Parabns,Hermann Zapf,

    por ocasio do seu90 aniversrio!

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 19

    meira fonte totalmente digital), Medii Sript

    (), Melior (), Nori Sript (), Optima

    (), Optima Nova (), Orion (), Palatino

    (), Saphir (), Sisina (), Vario (),

    Venture (), Linotype Zapf Eential (),

    Zapfino (), Zapfino Extra (), IC Zapf

    Chanery () IC Zapf International (),

    IC Zapf Book (), Zapf Renaiane Antiqua

    (-), IC Zapf Dingbat ().

    Segundo o autor, a ua riae favorita

    o a Palatino, a Optima e a Melior.

    Zapf foi o riador de fonte onheida mun-

    dialmente, omo a Optima, Palatino, Mihelan-

    gelo e Sisina. Contudo, a riatividade de Zapf

    no foi brilhante; muita da ua fonte tm

    um apeco algo too e torpe. A ua melhore

    riae o a letra de inpirao aligrfia

    omo a Zapfino, por exemplo.

    Alguma fonte omeam a er redeenha-

    da. Por exemplo, a Optima, uma famlia de fon-

    te em-erifa deenhada por Zapf entre

    e . Em , Hermann Zapf, em olabora-

    o om Akira Kobayahi, direcor de arte na

    Linotype GmbH, redeenhou e riou a variante

    Optima Nova. Esa nova famlia de fonte apre-enta a fonte no esilo itlio, autntio (ao on-

    trrio da original); aim omo uma rie de fon-

    te ondenada, e a Optima Nova itling om

    ligadura. Esa fonte omerializada om

    outro nome por outra emprea. A Bitsream

    omerializa-a om o nome de Zapf Humanis;

    a WSI Font om o nome de Optane; a Rubion

    om o nome de Opulent; CG Omega; Eterna.

    O Manuale TypographycumPequena obra de Zapf, publiada em , o

    Manuale Typographicum um exerio e, laro,

    um manual de utilizao de tipo e layout. Com

    a tr ore nobre da tipografia e o mero uo de

    aixa, forma e tamanho, apreenta a his-

    ria e a inmera poibilidade e entido que

    a arte tipogrfia permite. No propriamente

    um livro para er lido, ma im um reuro, uma

    ferramenta viual para todo que trabalham ou

    que e inteream pela tipografia. O Manuale

    uma homenagem ultura oidental, na medida

    em que reorre a inmera lngua e tradie

    para tentar definir o que a ipografia.

    Autobiografia, PDF

    download.linotype.om/free/howtoue/

    ZapfBiography.pdf

    Te Art of Hermann Zapfhttp://www.linotype.om/en//thearto-

    fhermannzapf.html

    A Marconi, produzida por Zapf para a Hell

    em 1973-5, foi uma das primeirissimas

    fontes digitais. Marconi was the first

    original typeface to be produced with the

    Ikarus computer design and digitizationsystem. Ikarus, developed in 1973 by Peter

    Karow of URW, was the dominant type

    design and production tool well into the

    1990s. A Marconi foi criada para o Digiset,

    um digital typesetting system produzido

    pela empresa alem Dr.Ing. Rudolf Hell

    GmbH. Uma fonte para texto corrido, para

    aplicao em livros e magazines. As formas

    arredondadas da Marconi seguem o

    principio da superellipse. Em 1990, a

    Linotype AG fusionou com Dr.Ing. Rudolf

    Hell GmbH, formando a Linotype-Hell AG

    (hoje: Linotype GmbH).

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    Book Wonderful!Na Renaena, quando j floria em eplendor a nobre arte da Impreo, alguma

    ofiina no Norte da Itlia ontinuavam a produzir preioimo livro aligrafa-

    do e iluminado mo, feito por enomenda, em exemplare nio. O reipiente

    de um dee arimo exemplare foi o noo venturoo rei Manuel I, que reebeu

    a prenda da mo de meradore italiano om interee no omrio da epeia-

    ria orientai, monoplio europeu pratiado por Manuel I. Diga-e que hoje impo-

    vel equaionar o valor dese livro, que pratiamente j no mudam de propriet-

    rio. Se foem poso venda, atingiriam preo de milhe de dlare, em dvida.

    A ignora Marilena Ferrari aa-

    bou de lanar, valha a omparao

    om qualquer outro artigo de luxo,

    o Ferrari Tesaroada edie de

    livro de luxo. O livro que upo-

    tamente o mai aro do mundo,

    Michelangelo La Dotta Manousa

    ridulo . Euro. A primeira

    tiragem dese livro egotou-e era

    de um m ap eu lanamento.

    O exemplare foram vendido

    a biblifilo e oleionadore euro-

    peu e ameriano, que no preia-

    ram de ir pedir um rdito Cofidipara omprar o livro.

    Outro livro da edio - limi-

    tada a exemplare - j eso a er

    Marilena Ferrari

    Um preciosssimo manuscrito do sculo XVI.

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    fabriado. Cada unidade leva entre tr e ei

    mee a er produzida, em virtude do proeo

    manual arteanal om tnia utilizada na

    poa do Renaimento italiano.

    Publiado pelo grupo editorial FMR (www.gruppofmr.om), por oaio do ano do

    inio do trabalho de Mihelangelo no le-

    bre freo da Capela Sisina, no Vatiano. O

    eplendoroo livro obre a vida e obra do artisa

    pea ... quilo. A edio pretende poiionar o

    FMR Group a a key player on the world top end

    luxury produc market, a a sandard bearer for

    Italian producion.

    A apa do livro ontm uma rplia em mr-

    more da eultura Madonna della Scala, umada primeira obra de Mihelangelo, realizada

    quando era adoleente. A reproduo da eul-

    tura foi realizada om mrmore de Carrara,

    onde Mihelangelo osumava adquirir a pedra

    para eulpir a ua estua.

    O veludo de eda que obre a apa foi onfe-

    ionado em teare antigo. O papel, elaborado de

    algodo, foi produzido mo. A enadernao

    tambm foi toda feita arteanalmente. A prei-

    dente da FMR, Marilena Ferrari, afirma que o

    livro da oleoBook Wonderfulrepreentam

    uma maneira de reagir ameaa de deaparei-

    mento do livro impreo, auada pela Internet

    (Bla, bla).

    O texto da autoria de um amigo de Mihe-

    langelo Buonarotti: o pintor e arquiteco Giorgio

    Vaari, onheido plea ua biografia de arti-

    ta italiano. Outro exemplare eso desi-

    nado a mueu do mundo todo, omo o Prado

    em Madrid, que j reebeu um exemplat da obra,

    grti. Vrio arteo da rem-riada Officina

    dello Splendore trabalharam na realizao do

    livro: enadernadore, impreo grfia, ali-

    grafia, entre outro.

    Michelangelo La Dotta Mano o primeiro

    livro da oleo Book Wonderful, da FMR. O

    egundo, obre o eultor italiano Canova, er

    lanado em Janeiro prximo. Um outro, obre

    a rainha Catarina de Mdii, er totalmentealigrafado mo e ter apena ino exem-

    plare, que no ero vendido. Para o projeco

    Catarina de Mdii, a FMR riou eola de

    aligrafo e miniaturisa. O primeiro exemplar

    dea obra deve fiar pronto no final dese ano e

    ervir omo uma amosra do trabalho de re-

    gate da tnia renaentisa deenvolvido

    pela editora de livro e revisa de luxo.

    A preidente da FMR afirma que ir perorrer

    o mundo para mosrar ea obra. Segundo ela, a

    iniiativa tem o objecivo de mosrar e preer-

    var a origen da produo italiana. A Chai-

    rwoman do grupo FMR, Marilena Ferrari, expli-

    ou que the objecive of Offiina dello Splen-

    dore are far from being a mere learned and no-

    talgi elebration of a Renaiane undersood

    a the golden age et in time. Te Renaiane i

    not jus hisory, but alo preent: it i the matrix

    of the modern eonomy of reativity and osen-

    tation, it i the raion dtre of Italian produ-

    tion, that i to ay the greates expreion of the

    reativity and exellene of fine workmanhip.

    However, even more o, the Renaiane wa

    and ould one again be a way of eeing art and

    beauty a virtue put into pracie, an ethial

    and aesheti way of eeing thing able to rege-

    nerate a oexisene worthy of thi name in on-

    temporary oiety.

    O que a ignoraFerrari e equee de alien-tar que foi preiamente na Itlia renanen-

    tisa que Aldu Manutiu inventou o livro de

    bolo, edie ompaca, a bom preo. Um pro-

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    jeco demortio, bem longe do ideai invo-

    ado pela disinta ignora, que, obviamente,

    quer poteniar o eu invesimento no FMR,

    atraindo ainda mai milionrio biblifilo e

    oleionadore de arte.Alm da ede em Bolonha, na Itlia, a editora

    FMR mantem eritrio em Pari, Madrid e

    Nova Iorque, onde a obra pode er visa. A nia

    livraria da FMR es em Pari, na Galrie Vro-

    Dodat. O livro da oleo tero garantia de

    ano. A ompoio do papel e do demai

    materiai foi penada pelo arteo para reisir

    ao tempo, diz Ferrari. O luxuoo papel no on-

    tm ido nem derivado de lorina, que au-

    am a deteriorao do material om o tempo.Vo aabar por me hamar retino, ma, tenho

    que onfear: e tivee dinheiro para gasar em

    ben de luxo e osentao, omprava um Ferrari

    esaroa, no omprava o livro da ignora Fer-

    rari. Deulpem o meu mau goso.ph.

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 23

    Revista Contempornea. Capa da

    autoria de Jos Pacheco. Julho 1922.

    Digitalizao da Hemeroteca

    Nacional.

    Um lifestyle magazine dos anos 20

    Impressa em Lisboa entre 1915 e 1926 pela Imprensa Libnio da Silva, a

    revista Contemporneateve como colaboradores Alfredo Pimenta, AlmadaNegreiros, lvaro de Campos, Amadeu Sousa-Cardoso, Antero de

    Quental, Antnio Botto, Antnio Ferro, Antnio Sardinha, Aquilino

    Ribeiro, Artur Portela, Bernardo Marques, Camilo Pessanha, Carlos

    Malheiro Dias, Columbano Bordalo Pinheiro, Drdio Gomes, Eduardo

    Viana, Eugnio de Castro, Fernanda de Castro, Hiplito Raposo, Homem

    Cristo, Joo Ameal, Jorge Barradas, Leito de Barros, Maria Amlia Vaz de

    Carvalho, Mrio de S-Carneiro, Ramalho Ortigo, Reinaldo dos Santos,

    Ramn Gmez de la Serna, Stuart Carvalhaes, Teixeira de Pascoaes,

    Tefilo Braga, Virglio Correia, entre outros. Um projecto de grande

    qualidade, se atendermos ao mbito scio-cultural da poca. O

    conhecimento desta interessante publicao portuguesa possvel no

    site da Hemeroteca Nacional: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 24

    Revista Contempornea,

    Nr.2. Capa, da autoria de

    Almada Negreiros. Junho

    1922. Digitalizao da

    Hermoteca Nacional.

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    A produo dos scriptoria judaicos,

    especialmente a oficina de Lisboa,

    lanou as bases estticas e tecnolgicas

    para o rpido desenvolvimento de uma

    tipografia hebraica de grande qualidade, na

    poca manuelina. Apontamentos de P.H.

    emelhana do que aonteera no meio

    riso (moseiro, hanelaria, mai

    tarde na idade), deenvolveram-e

    na omunidade efardita criptoria, ofii-

    na dediada pia e iluminura de livro

    religioo e filofio. Foi notrio o aperfei-oamento da iluminura hebraia; alguma

    eola de opisa insalada em Liboa e

    na prinipai idade da Peninula Ibria

    Manuscritos hebraicos naPennsula Ibrica

    A Lisbon Bible

    (imagem da

    Biblioteca Britnica)

    um dos mais

    refinados cdices daEscola portuguesa de

    iluminura hebraica,

    com oficina em

    Lisboa.

    Finissimamente

    caligrafada e ornada,

    terminada em 1482,

    ao fim de trs anos

    de labor, a Lisbon

    Bible um

    testemunho da

    riqueza da vidacultural que os

    Judeus portugueses

    tinham desenvolvido

    antes da sua expulso

    e converso forada

    em Dezembro de

    1496.

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    formaram grande artisa que i lusraram obra

    de temtia judaia e outro manurito impor-

    tante da poa. Entre o opisa mai impor-

    tante enontramo Samuel Iaac de Medina,

    Eleazar GagoheSamuel Mua Filho.

    Um exemplo dese trabalho aBblia de Abra-

    vanel guardada na Bibiotea da Univeridade

    de Coimbra; um manurito em pergaminho

    atribuvel eola de algrafo de Liboa, da

    egunda metade do ulo xv, rarimo, porque

    a maioria desa Bblia, na Pennula Ibria,

    foram queimada pela Inquiio. No tem olo-

    fo (folha onde e inrevem o loal e data) que

    no informe da ua data e do nome do eu autor.Ese manurito tem a pgina iniiai intei-

    ramente preenhida om erita meria

    mirogrfia, de goso mudjar, a tinta asanha

    e ouro, emelhante a exemplare ainado pelo

    algrafo Samuel Iaac de Medina, datado entre

    e , e que e onervam na Palatina de

    Parma, em Cininnati e em Oxford. Ma faltam-

    lhe alguma aracersia deorativa tpi-

    a da eola liboeta (tarja e iluminura de or

    malva). em anotae e pertene que a rela-

    ionam om a famlia Abravanel, de Liboa e de

    Sevilha. , por io, onheida omo a Bblia de

    Abravanel.

    Na oleo da Bibliotea Naional em Liboa

    desaa-e a Bblia hebraia do . XIII, preioo

    exemplo da qualidade de exeuo e da deora-o, onheida porBblia de Cervera, iluminada

    por Joeph Aarfati, entre e .

    A Jewish National e a

    University Library em

    Jerusalem tm um site

    devotado ao Mahzor

    Worms, um two-

    volume parchment

    festival prayerbook

    from the 13th century,

    featuring Ashkenazi

    calligraphy, with

    illumination and

    decoration in ink and

    color. The Mahzor

    was in use in the

    community of Worms

    until the synagoguesdestruction on

    Kristallnacht,

    November 1938. It was

    rescued by the citys

    archivist, who hid it in

    the cathedral. In 1957,

    following legal

    proceedings in

    Germany, the

    manuscript was

    transferred to theJewish National and

    University Library in

    Jerusalem.

    http://jnul.huji.ac.il/

    dl/mss/worms

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    Spanish Hebrew Bible, Solsona, Catalunha, 1384. Tetragrammaton. Este

    manuscrito pertence a um grupo de Bblias hebraicas espanholas designadasMikdashyot (Templos do Senhor). A Bblia hebraica era considerada um

    substituto do Templo de Jerusalm destrudo, e estes cdices eram geralmente

    prefaciados com ilustraes dos utenslios do Templo. Esta Bblia pertenceu a

    uma sinagga em Jerusalem e foi, mais tarde, transferida para Alepo, na Sria. BL

    Kings MS I, f. 2r The British Library Board.

    AhamadaLibon Bible um do mai

    refinado die da Eola portu-

    guea de iluminura hebraia, om

    ofiina em Liboa. Finiimamente aligra-fada e ornada, terminada em , ao fim de

    tr ano de lavor, a Libon Bible um te-

    temunho da riqueza da vida ultural que o

    Judeu portuguee tinham deenvolvido

    ante da ua expulo e onvero forada

    em Dezembro de .

    Samuel ben Samuel Ibn Mua, onhe-ido omo Samuel, o Eriba, opiou o

    texto bblio num elegante esilo aligr-

    fio om letra quadrada, por enomenda

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    de Yoef ben Yehudah al-Hakim. A ump-

    tuoa deorae, na quai e misuram

    influnia italiana, epanhola e flamen-

    ga, foram apliada por um grupo de arte-o epeializado nese ofio.

    Samuel ereveu o texto em dua oluna

    a linha om um sylu de ana, no ara-

    tersio esilo efardita, poiionando a

    vogai debaixo da letra hebraia. A pri-

    meira palavra, apitular, foi exeutada em

    letra de ouro, dentro de um painel filigrano

    integrando folhagen multiolorida.

    Um egundo eriba ter ompletado a

    pgina om o minulo texto inerido namargen uperiore e inferiore, e tambm

    entre a oluna; o a nota maortia.

    Empregando uma tnia deignada por

    mirografia, o eriba ereveu ao longo de

    linha urva.

    No olofo, Samuel identifia-e omo

    endo o eriba, e relata que finalizou a obra

    em Kilev , o que orreponde a Novem-

    bro/Dezembro de .

    Lisbon Bible, Lisbon, Portugal, 1482 / BL Or. MS

    2626, Vol. 1, f. 23v / The British Library Board.

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 29

    Rabi Elieer oledano, Liboa, .

    Prototipografia sefardita

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 30

    Perush Ha-Berakoth Ve-Ha-

    Tefillot, um incunbulo hebraico

    impresso em Portugal. Oficina

    de David Abudrahan em Lisboa,

    1489. Note a excelente

    qualidade e regularidade dos

    tipos e a consistncia do

    desenho grfico.

    Este livro hebraico saiu do

    prelo no mesmo ano que o

    Tratado de Confissom (Chaves,

    Agosto de 1489, o segundo livro

    impresso em lngua

    portuguesa).

    A Vita Christi, o mais

    esplendoroso incunbulo

    realizado em Portugal, ser

    impresso em Lisboa sete anosmais tarde por Valentim

    Fernandes, em 1495.

    O primeiro incunbulo

    hebraico Perush ha-Torah,

    foi publicado em 17 de

    Fevereiro de 1475 por Abraham

    ben Garton.

    A implementao da Imprensa chegou a

    Portugal 30 anos depois das invenes de

    Johanes Gutenberg (cerca de 1455).

    O primeiro incunbulo hebraico Perush

    ha-Torah , foi impresso em Itlia, em 17 de

    Fevereiro de 1475 por Abraham ben Garton.

    Ao judeu Samuel Gacon devemos a edio do

    primeiro incunbulo portugus, em 1487, na

    cidade de Faro. Apontamentos de Paulo

    Heitlinger.

    Em , exisiam em Portugal era de

    omunidade e algun milhare de famlia

    judia, na data da hegada de Colombo

    Amria haveria mai de judiaria e

    dezena de milhar de habitante judeu em olo

    portugu. Esimando a populao num total de

    um milho, era de do Portuguee era de

    ultura judaia. Coniderando que, alm desa

    ignifiativa parte da populao er judaia,

    tambm exisia uma populao moura, omafinidade lingua e ultura rabe e religio

    do Ilo, Portugal era nea poa, em qualquer

    Prototipgrafos judeusem Espanha e Portugal

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 31

    Do Pentateuco de Faro, o nico exemplar conhecidoest guardado na British Library em Londres. Foi

    roubado em Portugal, aquando do saque cidade de

    Faro, pelos ingleses, em 1596. (De recordar que, nessa

    data, Portugal fazia parte de Espanha). 3.000 livros

    foram roubados em Faro, em 1596 por Robert Devereux,

    II. Earl of Essex (mais conhecido como playboy da rainha

    Elisabeth I). De volta a casa, Robert, conde de Essex,

    ofereceu o saque ao seu amigo Thomas Bodley. Estes

    livros integraram uma das cinco grandes bibliotecas

    histricas do Reino Unido, a chamada Biblioteca

    Bodleiana de Oxford - produto da pilhagem do incursor

    ingls. O Pentateuco de Faro foi o primeiro livro

    impresso em Portugal.

    dvida, um pa multi-ultural e multi-tnio,

    onde e falava (e algun ereviam) Portugu,

    Mirand, Caselhano (no mbito orteo),

    Latim, rabe, Hebraio e Ladino.

    No ulo xv, Portugal tinha-e tornado o

    mai importante entro da ultura efardita.Aolheu temporariamente o bio judeu da

    poa, entre o quai Iaac Aboab, o lder epi-

    ritual da omunidade judaia da Pennula Ib-

    ria, Salomo Ibn Verga, autor de Schbet Yehu-

    dah(Vara de Jud, rnia que narra a vida do

    Judeu na Pennula), e Abrao Saba, exegeta,

    pregador e abalisa.

    Se bem que a ofiina tipogrfia judia e

    tiveem onentrado na produo interna,

    dirigida ao fiei, abemo que alguma ofii-na em Epanha tambm imprimiram para o

    pblio riso, em latim ou em linguagem ver-

    naular. o ao de impreore hebreu em

    Epanha que imprimiam oua e pame! Cer-

    tifiado de Indulgnia emitido pelo anto Papa

    de Roma.

    O Pentateuco de FaroA Protipografia judaia em Portugal, mai que

    um mero epidio de importnia eundria,

    foi uma ontribuio eenial para o avano

    do pa multiultural que Portugal era na poa

    manuelina pelo meno, at riminoa expul-

    o do Judeu por Manuel I.

    A mai importante omunidade judaia

    loalizavam-e em Liboa, Leiria e Faro. Foi pre-

    iamente em Faro, apital do Algarve, que aiu

    do prelo o primeiro inunbulo impreo em

    Portugal, um Pentateuco. Segundo o olfone,

    ese livro religioo foi onludo em de Junho

    de , na ofiina de Samuel Gaon. Esa pro-

    duo tinha obviamente omo pblio-alvo a

    omunidade judaia em Portugal.

    Gaon erviu-e da mema lgia omerial

    que Gutenberg: imprimiu o livro religioo que

    mai proura tinha na ua repeciva omuni-

    dade religioa. E de erteza que o vendeu om

    ueo, porque pouo tempo depoi apare-

    em em Portugal outro livro impreo emHebraio. Comparando ese inunbulo om

    a relativamente fraa ompoie tipogrfi-

    a, memo de mesre omo Valentim Fernan-

    de, a qualidade tipogrfia pratiada dentro da

    omunidade judaia em Portugal era exelente.

    Vrio vecore apontam que a tipografia

    hebraia portuguea (e tambm a epanhola)

    teve a ua origen na Itlia. Antnio Ribeiro

    do Santo ereveu na ua Memria obre a

    Origen da Tipografia em Portugal no Sculo :

    O primeiro Impreore que apparero

    entre n ... foro Judeo Esrangeiro, que vie-

    ro a Portugal de divera parte de Itlia. A pra-

    tia em que esavo o Judeu de multipliarem

    o exemplare da Lei para uo de ua Synago-

    ga, e do memo partiulare, fazia om que

    tambem e multipliaem o impreore da

    Nao.

    O Doutor Adri Offenberg (urador da Biblio-

    theca Roenthaliana, UniveriteitbibliotheekAmserdam) dereve a evoluo: Hebrew pre-

    e generally purued a development eparate

    from that of the Chrisian workhop, but the

    very earlies book in Hebrew an be onneced

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    Os Comentrios ao Pentateuco, do sbio Mose ben

    Nachmann, foi o segundo incunbulo hebraico impressoem Portugal - desta vez em Lisboa - e publicado por

    Rabi Eliezer Toledano. Comentrios ao Pentateuco foi o

    primeiro livro impresso em Lisboa. Um exemplar est

    exposto em Paris, no Museu da Arte e Histria do

    Judasmo daquela cidade.

    to the early Latin book printed in Rome by their

    material and tehnique.

    Analyi of a erie of ix edition how that

    they were mos likely printed in Rome in the

    period between and . Only the las on-tain the name of the printer, Obadiah, Mana-

    eh and Benjamin of Rome.

    Printing in Hebrew then pread outh to Reg-

    gio in Calabria , in the Spanih dominion, where

    the firs dated Hebrew inunable,Rahi Peruh

    ha-Torah, wa publihed on February

    by Abraham ben Garton; and north to Piove di

    Sao near Venie, where two edition were prin-

    ted later in the ame year by Mehullam Cu.

    Te pre of Abraham Conat, whih beganwork at nearby Mantua about , ha eve-

    ral notable feature: he printed work of living

    author, and hi producion reveal omething

    of the Italian Renaiane tase in book deora-

    tion.

    Hi wife, Esellina, wa the firs woman to

    be involved in the operation of the printing

    pre, a one of everal informative olophon

    tell u. Later Italian Hebrew printing, from

    onward, wa dominated by member of the Son-

    ino family, initially at the mall Lombard town

    of Sonino. Te variou member of the family

    then printed at Naple, Breia, Baro and other

    town in easern Italy, ending up finally at Salo-

    nia and Consantinople in the thentury.

    Like mos other Jewih printer, the Sonino

    hiefly produed biblial and rabbinial text

    and ommentarie a well a liturgial work,

    ome of them illusrated with attracive deora-

    tive initial, border and woodut.

    Te beginning of Hebrew printing in the Ibe-

    rian Pennula i obured by the desrucion

    of muh hisorial evidene. One of the earlies

    pree ha ix book attributed to it whih ur-

    vive in a few fragment only. Te earlies urvi-

    ving book ome from the pre of Solomon ben

    Moe Alkabiz at Guadalajara in Old Casile,

    dating from onward. Hebrew printing then

    pread to Hijar in Aragn and to Zamora.Te produc of ome anonymou pree an-

    not be eurely loalized, but it i ertain that

    printing in Portugal began with the HebrewPen-

    tateuchprinted by Samuel Gaconat Faro in .

    Later work of the pre urvive only in frag-

    ment. Hebrew printing alo took plae at Leiria

    and Libon, the pre of Eliezer oledano at the

    latter iuing partiularly fine deorated book.

    It wa probably a refugee from Spain that

    the brother Nahmia produed in Consantino-

    ple the firs book printed in the Ottoman empire,

    Jaob ben AherArbaah Turimof .

    Desaaram-e Eliezar Toledano, Samuel

    Gacon, Samuel dOrtae Abrao dOrta, o tr

    nome que definem o primrdio da Imprena

    em Portugal. Conheemo treze ttulo, aido

    de prelo hebraio entre e , que atesam

    a vitalidade ultural desa omunidade portu-

    guea. Mai de metade do inunbulo impre-

    o em Portugal foram omposo em Hebraio!

    Eliezer ben AlantansiSob a proteo de Juan Fernndez de Hjar y

    Cabrera, esabeleeu-e durante urto epao

    de tempo uma olnia efardita em Hjar, dio-

    ee de Saragoa, entre e . O tipgra-fo Eliezer ben Alantani, eolsio efardita

    oriundo de oledo, trabalhou na ofiina tipogr-

    fia que e insalou no aselo do primeiro duque

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    de Hjar. Nesa ofiina judaia epanhola impri-

    miram-e livro hebraio e riso.

    a esa ofiina que e atribue o Pentateuo

    em dado de identifiao tipogrfia, publi-

    ado em ou . Conheemo uma egundaedio datada nesa ofiina para o ano de ,

    imprea por Alantani e editada por Salomn

    ben Maimon Zalmati. Nesa edio emprega-e a

    mema eradura om motivo florai e animai

    que utilizou o protipgrafo aselhano Alono

    Fernndez de Crdoba num Manuale Cearau-

    gusano, em .

    A acividade da ofiina eou om a morte do

    Duque de Hjar, em . Eliezer teve que aban-

    donar a acividade tipogrfia em Epanha em, quando o Judeu foram expulo dese

    pa; fiou em Liboa, onde paou a er onhe-

    ido omo Eliezer oledano.

    Eliezer foi prototipgrafo que imprimiu o

    primeiro livro em Liboa. A ua ofiina li-

    boeta produziu entre e vria

    obra em Hebraio. O material da ua ofiina em

    Liboa era proveniente de Hjar.

    Em Liboa, Rabi Eliezer oledano aabou de

    imprimir em de Julho de Hidduhe ha-

    Torah(aNova da Leiou Comentrio ao Penta-

    teuco), obra do bioMoe ben Nahman(

    ?), um rabi atalo, tambm onheido pelo

    nome latino Namnide. Ese Comentrio

    ao Pentateucode Moe ben Nachmann foram o

    egundo inunbulo hebraio impreo em Por-

    tugal.

    Conheemo ei inunbulo impreo

    por Eliezer Toledano. Imprimiu o Comentrio

    Ordem da Orae, de David Abudarham. Em

    imprimiu em Liboa o Livro de Orae e

    Caminho do Mundo, de Jou Levi, o Livro do

    Temor, de Jonah Gerondi, o Segredo da Penitn-

    cia, de Ionm ovb, todo formando um volume.

    Em deu esampa umPentateuco, na ver-

    o de Onkelo e om omentrio de Rahi e, em

    , oProvrbio de Salomo. Nese ano impri-

    miu tambm Iaa e Jerema, omentrio de

    David Kimji e aLei da Matanade Moi benMaimon.

    Algun autore defenderam que Elieer Tole-

    dano no foi impreor, ma im propriet-

    rio de tipografia e editor. Segundo Konrad Hae-

    bler, o invesigador alemo que mai intena-

    mente esudou a produo de inunbulo, Rabi

    Elier provavelmente nuna foi impreor, ma

    dava a ilo na ua aa ao tipgrafo emigran-te e enarregava-e do gaso que a impreo

    do livro exigia Na ua ofiina grfia trabalha-

    ram Judah Gedaliah, Zaqueu, eu filho, e Moi-

    , filho de Semtob. Como revior de alguma

    obra imprea na tipografia de Eliezer aparee

    o nome deJoeph Calphon.

    Elieer Toledano teve que abandonar nova-

    mente a acividade tipogrfia, quando o judeu

    foram expulo de Portugal. povel que tenha

    partido para Fez, e a tenha proeguido a uaacividade de impreor ou editor.

    O j menionadoJudah Gedaliahfoi um tip-

    grafo judeu naido em Liboa; trabalhou na

    ofiina de Eliezer Toledano at expulo do

    judeu de Portugal em . Depoi foi para Sal-

    nia (?), onde fundou a primeira tipografia na

    idade om o material trazido de Liboa. Depoi

    da ua morte, a ofiina foi ontinuada pelo

    filho.

    As tabelas astronmicas de Zacuto,auxiliar essencial da navega0 nuticamanuelina

    Em Leiria, a ofiina familiar de Samuel e

    Abrao dOrta exeutava trabalho de

    impreo. Foi dee prelo que aiu a pri-

    meira edio imprea doAlmanach Perpetuum

    de Zauto, em . Ese Almanachfoi um do

    quatro primeiro livro impreo em Portugal

    e o primeiro de ariz ientfio, referente no a

    tema literrio ou religioo, ma Matemtia

    e Asronomia. Qual o ontedo dese ingular

    livro, to diferente do outro lanado no mer-

    ado livreiro pelo prototipgrafo?

    O Almanach reproduz o movimento do

    asro por refernia a oordenada asronmi-

    a. Prev o momento e oordenada de aon-

    teimento elese, a hamada efemride.

    A tabela permitiam determinar a poio doasro, determinar o momento do elipe e

    fazer divero lulo asronmio e asrol-

    gio.

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    Moses ben Nahman.

    Hiddushe ha-Torah. Impresso

    na oficina de Lisboa de Eliezer

    Toledano, em 16 de Julho de

    1489.GW M25521. Typ.1:230 Heb,

    Typ.4:117/118Heb. Imagem:

    National Diet Library, Japo.

    O Almanach o primeiro livro que ai da

    omunidade judaia, ma que no e desina ao

    pblio de religio judaia. Impreo em Latim,

    a lingua-frana da Europa de ento, ese livro de

    ariz ientfio, matemtio e asronmio, de-

    tina-e a um merado vaso, tranpondo o hori-

    zonte da omunidade religioa do Judeu.

    A vero original doAlmanach Perpetuumfoi

    erita entre e , data que referida pelo

    eu autor na ua introduo. O livro, ou eja a ver-

    o tipogrfia, foi impreo em Leiria em ,

    tendo ido o ontedo traduzido do Hebraio

    para o Latim e do Latim para o Caselhano por

    Mesre Jo Vizinho, mdio da orte de Joo II,

    asrnomo e dipulo do autor.Vicor Crepo: A urioidade pela determi-

    nao da poio do asro na efera elese em

    funo do tempo no era meramente ientfia.

    Servia eenialmente fin asrolgio, utili-

    zando a palavra no entido da previo de aon-

    teimento e do omportamento da peoa

    em funo do asro. Servia ainda propito

    de mediina, agronmio, meteorolgio, reli-

    gioo e outro, endo a organizao da tabela

    desinada, em muito ao, a atifazer ee

    fin.

    Ma oAlmanach Perpetuumno diute ee

    aunto, fornee apena o dado asronmio

    a partir do quai e faziam a epeulae rela-

    tiva referida inia. Comprova Fernando

    Rei: Redigido em hebraio, ob o ttulo Haji-

    bur Hagadol, o Almanach Perpetuum CelesiumMotuum um onjunto de tbua asronmia

    de divero tipo e para divero fin, preedida

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    Pgina das tabelas do Almanach Perpetuum de Abrao Zacuto,

    exemplar existente na Biblioteca Nacional. As tabelas tm mais

    de 300 pginas. Escrito entre 1473 e 1478, foi impresso em Leiria

    em 1496. Trata-se de um dos primeiros livros impressos em

    Portugal e o segundo em Latim.

    O facto de ter sido impresso pouco aps a introduo da

    Imprensa em Portugal, ilustra a importncia posta na divulgao

    da informao neles contida. Os textos traduzidos por Mestre

    Jos Vizinho foram os nicos textos no hebraicos sados daoficina do impressor, tambm ele judeu: Abrao Samuel d'Ortas.

    A impresso foi co-financiada por Manuel I.

    de expliae ou none obre o eu uo.

    OAlmanachfoi preparado para o ano raiz

    de ( ea a ua poa, omo e diz),

    o que ignifia que o nmero inrito

    na ua tabela eso alulado paraee ano, ou para determinado perodo

    de vrio ano que nele e iniiam, endo

    neerio fazer orree quando e

    pretendee onheer o valore do ele-

    mento tabelado para qualquer ano po-

    terior ao perodo fixado na tabela.

    Com a primeira quatro tabela ola-

    re do Almanach era povel determi-

    nar om rigor o lugar do ol na elptia.

    Com ese valor, reorrendo a uma quintatabela, era povel obter o valor da deli-

    nao do Sol, parmetro neerio ao

    lulo da latitude do lugar de oberva-

    oquando utilizada a medida da altura

    meridiana dee asro.

    A tabela eram utilizvei direca-

    mente para o ano a . Para o

    ano poseriore, era neerio fazer

    algun lulo, failitado por uma

    outra que Zauto inluiu na obra. O grau

    de preio era tal que ela foram utiliza-

    da omo bae de divera outra tabela

    desinada ao navegante, onde e indi-

    avam o reultado do lulo requeri-

    do pela tbua de Zauto. A tabela de

    Zauto foram um auxiliar eenial para

    o bom ueo da navagae portugue-

    a.

    Abraham bar Samuel Abraham

    Zaut (-) foi um judeu

    efrdio, rabino, asrnomo,

    matemtio e hisoriador que erviu na

    orte de Joo II. Naeu em Salamana.

    Esudou Asrologia e Asronomia e tor-

    nou-e doente desa diiplina na Uni-

    veridade de Salamana, e mai tarde na

    de Saragoa e Cartagena. ambm e for-

    mou em lei judaia e tornou-e rabino.

    Quando da expulo do judeu deEpanha em , Zauto refugiou-e em

    Liboa, em onequnia da promulgao

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    O astrolbio um instrumento nautico, inventado por

    Hiparco e usado para medir a altura dos astros acima

    do horizonte. Foi utilizado para a navegao martima

    com base na determinao da posio das estrelas.

    Mais tarde foi simplificado e substitudo pelo

    sextante. Era formado por um disco de lato graduado

    na sua borda, num anel de suspenso e numa

    mediclina (espcie de ponteiro). O astrolbio nutico

    era uma verso simplificada do tradicional e tinha a

    possibilidade apenas de medir a altura dos astros para

    ajudar na localizao em alto mar. O astrolbiomoderno de metal foi inventado por Abrao Zacuto

    em Lisboa, ao servio da coroa portuguesa, mediante

    melhoria de verses rabes.

    do dereto do rei atlio Iabel e Fernando,

    que obrigava o Judeu onvero ao Crisia-

    nimo ou ao exlio. H notia de que j esa-

    ria em Portugal em Junho de . Foi hamado

    orte e nomeado Asrnomo e Hisoriador Realpor Joo II, argo que exereu at ao reinado de

    Manuel I.

    Foi onultado por ese monara aera da

    poibilidade de e viajar por mar at ndia,

    projeco que apoiou e enorajou. Segundo Ga-

    par Correia, um do ronisa do reino, Zauto

    teria influeniado tambm na eolha de Vaco

    da Gama para hefiar a expedio que aabou

    por deobrir o aminho martimo para a ndia.

    Viveu em Portugal apena ei ano, uma vezque em Manuel I eguia o exemplo do Rei

    Catlio e deretou a expulo do pa de todo

    o Judeu que reuaem a onvero imediata

    ao Catoliimo. Zauto refugiou-e em une,

    no Norte de fria, tendo depoi paado para

    a rquia, vindo a morrer em Damao em ano

    poserior a .

    Zauto publiou ainda a rnia Livro da

    Genealogia, que inlui dado autobiogrfio,

    e doi tratado asrolgio,Juzo asrolgicoe

    Tratado de la Ynfluencia del cielo, ao qual es

    anexo o textoDe lo eclipe del Sol y de la Luna.

    OAlmanach Perpetuum um livro raro, e por

    io Joaquim Benade fz reproduzir em

    um exemplar que exise na Bibliotea de Aug-

    burg, na Alemanha, e a traduo em Case-

    lhano do Cnone(Regra para o eu uo), que

    exise na Bibliotea Pblia de vora.

    Expulso e pogromas

    Ohisoriador David Lande viu na expulo

    da omunidade efardita da Pennula

    Ibria no ulo um facor prejudiial

    para a oiedade e eonomia ibria, anun-

    iando o delnio de Portugal e Epanha no on-

    erto da nae, ento no auge da ua influnia.

    Na (ontrovera) obra A riqueza e pobreza da

    nae, Lande relata: Quando o portuguee

    onquisaram o Atlntio Sul, esavam na linhada frente da tnia de navegao. A abertu-

    ra para a aprendizagem om bio esrangei-

    ro, muito dele judeu, tinha trazido onhei-

    mento que e traduzia direcamente na aplia-

    o prtia, e quando em o epanhi dei-

    diram obrigar o eu Judeu a adoptar o Crisia-

    nimo ou a air, muito enontraram refgio em

    Portugal, ento om uma poltia mai relaxada

    fae ao Judamo.

    Ma em , a preo da Igreja e de Epanha

    levou a oroa portuguea a abandonar esa tole-

    rnia. Cera de . judeu foram forado a

    um baptimo formal. Em , Liboa viu o eu

    primeiro pogroma, que matou doi mil judeu

    onvertido; a Epanha j vinha fazendo o

    memo dede h duzento ano.

    A partir dea data, a vida intelecual, ient-

    fia e omerial de Portugal deeu a um abimo

    de intolernia, fanatimo e pureza de an-

    gue. O delnio foi ontnuo. A Inquiio por-tuguea foi insalada na dada de e quei-

    mou o eu primeiro hertio em ; tornou-e

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 37

    David Landes nasceu em

    1924 em Nova Iorque.

    um dos historiadoresda Economia mais

    aplaudidos e

    criticados da

    actualidade.

    Doutorou-se em 1953

    pela Universidade de

    Harvard, onde se tornou

    professor em 1964.

    Ensinou em Harvard at

    se reformar, sendo hoje

    professor emeritus deEconomia da

    Universidade de Harvard

    (Coolidge Professor of

    History and Professor of

    Economics).

    ruelmente efiaz a partir de , ap a unio da oroa portuguea e

    epanhola ob a peoa de Filipe II de Epanha.

    BibliografiaAlbuquerque, Lu de.Zacuto, Abrao.In:Dicionrio de Hisria de Portugal, Porto,

    Figueirinha, , Vol. VI.Zacuto, Abrao , in Diionrio de Hisria do Deobrimento Portuguee, Liboa,

    Crulo de Leitore, , Vol. II. Cincia e Experincia no Decobrimento. Liboa, Livro Horizonte, .A Nutica e a Cincia em Portugal. Liboa, Livro Horizonte, .Amzalak, Moe Benabat. A tipografia hebraica em Portugal no culo xv.Coimbra. Impr.

    da Univeridade, .Baio, A.Hisria da Expano Portuguea no Mundo. Liboa, Editora tia, .Cantera Burgo, Franio,Abraham Zacut, Madrid, M. Agilar, . d. [].Cantera Burgo, Franio,El Judio Salmantino Abraham Zacut, Madrid, C. Bermejo, [].Crepo, Vicor,Abrao Zacuto e a Cincia Nutica do Decobrimento Portuguee. Revisa

    Oeano, , Jan-Mar. , -.Heitlinger, Paulo. Tipografia: origen, forma e uo da letra. Liboa, Dinalivro, .Rodrigue, Manuel Auguso [editor].Pentateuco. reproduo fa-imilada do mai antigo

    livro impreo em Portugal (om impreo onluda, no prelo de Samuel Gaon, em

    Faro em de Junho de ) - Reedio do exemplar depoitado na Britih Library,London. Faro: Ed. do Governo Civil, . Uma miervel oleo de fotopia, que denehuma maneira dignifia o original a que faz refernia.

    Lande, David S. The Wealth and Poverty of Nation: Why Some Are So Rich and Some SoPoor. . ISBN ---.

    Monvmenta ivdaica Portvcalenia . (hebr.). Esudo introd. por Manuel Auguso Rodrigue.Peruh Ha-Tora, impreo por Ben Nahman, Moi, -; Elieer oledano, impr.

    Liboa: Elieer oledano, Julho .avare, Maria Jo Pimenta Ferro.Judamo e Inquiio. Esudo, .Diaz-Ma, Paloma. Sephardim: The Jew from Spain. Chiago, IL: Univerity of Chiago

    Pre, .Watt, Montgomery.A Hisory of Ilamic Spain . Edinburgh: Univerity Pre, .

    Zauto, Abrao.Almanach Perpet uum. Liboa, Imprena Naional - Caa da Moeda, .[introduo de L. de Albuquerque].

    Almanach perpetuum

    sive tacuinus,

    Ephemerides z diarium

    Abrami zacutti hebrei.

    Theoremata autem

    Joannis Michaelisgermani ... (1525).

    Vrias reimpresses das

    tabelas de Zacuto

    demonstram o interesse

    que continuou a

    merecer. Nesta imagem,

    uma impresso de 1525,

    um exclente scan do

    Fundo Antigo da

    Faculdade de Cincias da

    Universidade do Porto,online em

    www.fc.up.pt/fa

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 38

    A gua da fonte era utilizada para consumo

    domstico e para tinturaria, pois a jusante da

    fonte existem tanques onde os tecidos eram

    tingidos; naquela poca o fabrico de fardas e

    tecidos era uma importante actividade dos

    judeus de Castelo de Vide.Nesta cidade existiu uma das mais importantes

    Judiarias de Portugal, cujas ruas ainda existem.

    A Judiaria desenvolveu-se na encosta da vila

    virada a nascente. Da presena judaica restam

    alguns testemunhos em que assume especial

    relevncia o edifcio onde se julga ter

    funcionado a Sinagoga.

    Outros edifcios da Rua da Judiaria, da Rua da

    Fonte ou da Ruinha da Judiaria mostram a

    tradio judaica de marcar simbolos da sua f

    nas ombreiras das portas.

    O estabelecimento da Inquisio e a publicaodo dito de Expulso dos judeus de Espanha

    por Fernando e Isabel, reis catlicos,

    contriburam para o crescimento da Judiaria

    que mantm o testemunho da presena

    judaica, mas tambm o da perseguio do

    Santo Ofcio aos Cristo-novos.

    Muito prximo da fronteira com Castela, esta

    vila alentejana foi um dos locais de acolhimento

    das vrias migraes de judeus. Estes entraram

    pelo porto seco de Marvo durante os sculos

    xiv e xv. Depois de 1496, permaneceram emCastelo de Vide muitas famlias de judeus

    convertidos.

    Aqui nasceu Garcia de Orta, filho de cristos-

    novos e autor de Colquio dos Simples e

    Drogas da ndia, uma das mais importantes

    obras da cincia mdica e Botnica do sculo

    xvi. Garcia de Orta (Castelo de Vide, 1501

    Goa, 1568 viveu na ndia no sculo XVI. Autor

    pioneiro sobre Botnica e Medicina tropical,

    descreveu a Clera asitica pela primeira vez.

    Filho do mercador Fernando (Isaac) de Orta e

    de Leonor Gomes. Os pais eram judeusexpulsos de Espanha em 1492. Estudou nas

    Universidades de Salamanca e Alcal de

    Henares, diplomando-se em Artes, Filosofia

    natural e Medicina, por volta de 1523.

    Regressou ento a Castelo de Vide e ali exerceu

    medicina. Em 1525 instalou-se em Lisboa, onde

    se tornou mdico de Joo III e onde conheceu o

    matemtico Pedro Nunes. Em 1530 tornou-se

    professor da cadeira de Filosofia Natural nos

    Estudos Gerais em Lisboa.

    Castelo de Vide, plo da vida judaica emPortugal

    Na imagem, uma fonte de estilo renanscentista no centro

    histrico de Castelo de Vide. Construda por volta de 1500 pela

    comunidade judaica, logo aps o dito de expulso dos Judeus,

    altura em que haveria vrias famlias convertidas em Castelo deVide.

    Situada entre a zona da Judiaria e a nova zona dos cristos-novos,

    est carregada de smbolos. A cpula foi construda sobre 6

    colunas que jogam com as 4 bicas da fonte.

    No cimo tem uma tlipa, flor que os Judeus levaram do Paquisto

    para a Holanda onde as tornaram num negcio muito rentvel. A

    tlipa suportada por duas crianas e na sua base tem uma

    caldeira para levar gua, onde, at meados do sculo passado, as

    pessoas mais idosas da terra deitavam gua e diziam que era para

    no deixar a tlipa secar. Nas colunas esto gravadas cruzes que

    representam os baptismos forados a que os Judeus foram

    submetidos.

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 39

    Curtas notas sobre o esplio e o grau de

    digitalizao da Biblioteca Nacional em

    Lisboa, a Municipal do Porto, a da Faculdade

    de Letras da Universidade de Lisboa e outras.

    Compiladas por Paulo Heitlinger.

    Biblioteca Nacional, Lisboa

    Na oleo de inunbulo da BN, onsi-tuda por era de . exemplare prove-

    niente da Livraria do Convento om

    desaque para S. Franio de Xabrega e de par-

    tiulare (por exemplo de D. Franio Manuel

    da Camra) exisem exemplare de grande rari-

    dade, algun nio no mundo. Sob esa deig-

    nao enontram-e reunida obra imprea e

    publiada durante o ulo . Catlogo edita-

    do em .

    A Bibliotea Naional de Portugal es loa-

    lizada em Liboa, om aervo de mbito naio-

    nal. Foi riada por alvar de de Fevereiro de

    , om o nome de Real Bibliotea Pblia da

    Corte, om o objecivo de diponibilizar o aeo

    a todo ao eu aervo, na ua grande maioria j

    exisente a todo o utente, ontrariando a ten-

    dnia da poa europeia de diponibilizar ape-

    na para bio e erudito, o teouro manu-

    rito e impreo, da ua Bibliotea Real.Mai informao: www.bn.pt/obre-a-bn/ro-

    nia--ano.html

    O objecivo da Bibliotea Naional dipo-

    nibilizar ao pequiadore e ientisa do pa,

    a memria ultural que ompe o eu aervo,

    deempenhando om desa forma o eu papel

    omo dieminadora de onheimento. A ua

    funo acual o reultado de uma evoluo e

    da onequente adaptao aracersia de

    omuniao e informao da oiedade on-

    tempornea. O atendidamento ao pblio mui-

    Online? Scan? Qualidade? Incunbulose Impressos Raros em bibliotecas

    portuguesas

    Esta mapa amarelado

    caracteriza de forma

    perfeita o actual estado das

    coisas na BN: tudo

    antiquado e amarelado.

    Sem dinmica. Sem ateno

    s modernas tecnologias de

    informao.Planta da Bibliotheca

    Nacional de Lisba, Des. pelo

    primeiro conservador Eduardo

    de Castro e Almeida. A data

    de elaborao anterior a

    1907, uma vez que foi

    parcialmente reproduzido

    (folha do 2 pavimento) no

    1 volume do Inventrio do

    Arquivo de Marinha e

    Ultramar, publicado pelaBiblioteca Nacional de

    Lisboa, em 1907.

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 40

    ta veze defiitrio; a insalae e o funio-

    nrio deviam de er urgentemente rejuvenei-

    do!

    Tipografia Portuguea Sculo uma ole-o inluda na eo de Reervado; foi indivi-

    dualizada em , quando da publiao do re-

    pecivo Catlogo. onsituda por era de

    edie, de autore portuguee e esrangeiro,

    impreo em Portugal. Inlui obra de divera

    proveninia, endo de desaar a Livraria da

    Real Mea Cenria do onvento extinto em

    e a Livraria de Franio de Melo Manoel da

    Cmara (Cabrinha). Para ompletar esa ole-

    o, tm ido adquirida obra em Portugal e noesrangeiro, por e tratar de um fundo priorit-

    rio.

    Loalizao: Campo Grande, Liboa, Portu-

    gal. BN Digital uma oleo de an de p-

    ima qualidade, feito em a devida ateno e

    reponabilidade, uma vergonha da Internet

    portuguea. Online em: purl.pt/index/geral/P/

    index.html

    Biblioteca Pblica Municipaldo Porto

    Fundada em , a Bibliotea oupou a

    acuai insalae em . A Bibliotea

    es insalada na aa que ervia de Hop-

    io do Religioo de Santo Antnio de Val-da-

    Piedade Convento de Santo Antnio da Cidade

    , ituada na Praa da Cordoaria. , dede ,

    esabeleimento muniipal. O eu aervo iniial

    reunia fundo bibliogrfio proveniente de

    bibliotea de orden religioa e de partiula-

    re. uma Bibliotea oniderada, por naionai

    e esrangeiro, om a mai numeroa e ria livra-

    ria partiular que exisia em Portugal.Segun-

    do Alexandre Herulano, ela onsava de .

    volume, alm de die manurito.

    O dereto que determinou a ua riao man-

    dava tambm que lhe foe entregue um exem-

    plar de toda e qualquer obra imprea em Por-

    tugal. Integrando eenialmente bibliografianaional, a BPMP ontinua a reeber, por Dep-

    ito Legal, toda a publiae orrentemente

    editada no pa.

    A Bibliotea muito prourada pelo eu

    fundo epeiai entre o quai e desaa, pelo

    eu arcer nio, o de manurito, dede a

    Idade Mdia at ao noo dia. Servio di-ponibilizado: leitura preenial de peridio

    e monografia, leitura em livre aeo, onulta

    de Reervado, pequia bibliogrfia (pre-

    eniai ou disnia), emprsimo domiili-

    rio, emprsimo interbibliotea, reproduo de

    doumento.

    Loalizao: Bibliotea Pblia Muniipal do

    Porto, Rua D. Joo IV (ao Jardim de S. Lzaro),

    - Porto

    el. ,Fax ,

    e-mail: [email protected]

    Fundo Antigo da Faculdade de Cincias daUniversidade do Porto (FCUP)

    OFundo Antigo um aervo de obra maio-

    ritariamente publiada anteriormen-

    te a . O fundo es ligado hisria da

    FCUP, tendo a ua origem na bibliotea da

    eola que a anteederam, deignadamen-

    te: a Aula de Nutia (), a Aula de Debuxo e

    Deenho (), a Aademia Real da Marinha e

    Comrio (), a Aademia Politnia () e,

    finalmente, a Univeridade do Porto, insituda

    em , om a Fauldade de Cinia, Medii-

    na, Farmia e Engenharia e que, regise-e, teve

    omo primeiro reitor o Gome eixeira, inigne

    matemtio e doente desa Fauldade.

    A apliao do dereto que insituiu a Real

    Bibliotea Pblia do Porto (), permitiu a

    valorizao dese eplio ao determinar que o

    exemplare dupliado da obra obre inia

    matemtia, navegao, omrio, agriultura,

    indsria e arte, geografia, ronologia e his-

    ria foem doado Aademia Real da Marinha

    e Comrio.

    O Fundo onsitudo por obra da Cinia

    Exaca, embora tenha tambm obra de outra

    natureza, por exemplo, artsia. Esa obrarepreentam maro na hisria da inia e te-

    temunham algun do momento alto da his-

    ria do penamento humano e tambm do deen-

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    Cadernos de Tipografia e Design / Nr. 12 / Outubro de 2008 / Pgina 41

    volvimento da ipografia. Veja, por exemplo, a

    Tabelade Zauto reproduzida nese Caderno.

    O Fundo tambm pouidor de elemento

    vrio pertenente ao arquivo da Aademia

    Politnia.A FCUP foi tranferida do eu bero na Praa

    Gome eixeira para o Plo do Campo Alegre da

    Univeridade do Porto, em , quando a Reito-

    ria da UP paou a oupar o edifio mai emble-

    mtio da univeridade. No proeo faeado

    de tranfernia da FCUP, a grande maioria de

    obra mai reente da Bibliotea Geral trani-

    tou em para a bibliotea departamentai

    num total de era de . volume.

    Em , deu-e inio ao Projeco de Informa-tizao, Digitalizao e Divulgao do Fundo

    Bibliogrfio Antigo que reebeu o patronio

    da Caixa Geral de Depito e om uma durao

    ompreendida entre e ..

    O objecivo do Fundo Antigo da FCUP o:

    Diponibilizao do aervo ao pblio

    Digitalizao de obra do aervo e

    diponibilizao na net,

    Realizao de onfernia, ae de

    formao, e expoie em torno na Hisria e

    Filoofia da Cinia e do Livro Antigo

    Conervao do aervo

    O Fundo Antigo da FCUP loaliza-e na Praa

    Gome eixeira, no Porto. O utilizadore devem

    dirigir-e ala , no pio, durante o horrio

    de atendimento.

    Na ala de leitura enontram-e loalizada

    a obra de refernia omo enilopdia, diio-

    nrio, atla e inia doumentai aim omo

    toda a obra poseriore a de arcer no

    ientfio e ainda obra de profeore da FCUP.

    No pio es onentrada a grande maioria da

    oleo de peridio. No pio enontram-e

    obra de natureza ientfia (matemtia, fia,

    qumia e inia naturai) poseriore a e

    anteriore a . A ala do pio antiga ala

    de leitura onde foi reintroduzido o mobilirio

    original desina-e a er epao ultural. No

    pio es o epao de reervado.Online: www.f.up.pt/fa

    Biblioteca da Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa

    Ovaso fundo antigo da Bibliotea da Faul-

    dade de Letra da Univeridade de Liboa

    onsitudo por livro do ulo xv at

    ao ulo . odavia, o trabalho que agora e

    publia online refere-e a edie do ulo

    e . O material digitalizado, online em http://

    www.fl.ul.pt/Bibliotea

    No abemo omo foram reunido ese

    livro e omo e quando entraram na Bibliotea

    da Fauldade. Do legado de Leite de Vaone-

    lo apena eso derita alguma da obra

    que esavam depoitada na bibliotea, ma no

    foi oniderado o reso da oleo. Do muito

    livro impreo em Portugal o mai preioo a

    Vita Chisi, do prelo de Valentim Fernande (ver-

    o digital online!) H obra de msio omoLu de Granada e Santa erea de Jeu e outro

    de autore portuguee do ulo omo Ga-

    Capitulo primeiro da conceiam de nossa senhora.

    Este liuro he do comeo da historea de nossa rede[n]am

    que se fez pera consolaao dos que nam sabe[m] latim,

    [12 Abril 1552 - 8 Agosto 1554]. Digitalizao de boa

    qualidade da Biblioteca Digital da Faculdade de Letras

    da Universidade de Lisboa.

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    par Barreiro, Jernimo Cardoo e Duarte Nune

    de Leo. H obra importante para a hisria de

    Portugal omo a Ordenae Manuelinaou o

    Esatuto da Univeridade de Coimbra, promul-

    gado por Filipe II.Da obra imprea em idade europeia,

    fazem parte texto originai e tradue de

    autore lio; Cato, Cero, Pndaro, Euli-

    de, Plnio, Aristele, Plato e Santo Agosinho,

    eritore italiano omo Arioso, Boaio e

    Petrara. Outro exemplare o de autore qui-

    nhentisa que e notabilizaram pela ua acivi-

    dade em univeridade europeia. Entre ese

    eso portuguee omo Aire Pinhel, Pedro

    Nune, Jernimo Orio e Diogo de eive. A Biblioteca Digitalda Fauldade de Letra

    da Univeridade de Liboa tem a ua gnee no

    projeco Patrimnio bibliogrfio e doumental

    da Fauldade de Letra da Univeridade de Li-

    boa, um projeco de onervao, digitalizao

    e difuo, que em foi objeco de andida-

    tura ao Programa Operaional de Cultura, e uja

    aprovao, em Agoso do memo ano, garantiu

    o meio finaneiro eeniai ua onretiza-

    o.

    Integrada na esratgia de deenvolvimento

    e modernizao da Bibliotea da FLUL, a Biblio-

    tea Digital, onsituda em torno da digitali-

    zao da oleo de inunbulo e impreo

    raro (ulo e ) umpre, apoiando-e na

    moderna tenologia de omuniao, a mi-

    o de tornar aevei ese reuro a todo

    quanto dele queiram uufruir, nomeadamente

    ao invesigadore, garantindo-lhe um aeo e

    viibilidade univerai. www.fl.ul.pt/bibliotea/

    bibliotea_digital/index.htm

    Biblioteca da Ajuda

    ABibliotea da Ajuda, em Liboa, poui no

    onjunto da vria ee de doumen-

    tao de arquivo e bibliotea um total de

    era de . unidade insalada em

    esante, ompreendendo prateleira, num

    total de metro.

    Biblioteca Joanina da Universidade deCoimbra

    C

    onsruda de raiz para albergar a bibliote-

    a univeritria, durou a ua onsruo

    de a . Apreenta grande unidadede esilo (edifio, deorao e mobilirio), ao

    goso barroo. O mobilirio, em madeira ex-

    tia, braileira e orientai, foi exeutado pelo

    entalhador Franeo Gualdini. Monumento

    naional, a tr ala do pio nobre fazem parte

    do roteiro habitual de viitante e turisa. Alm

    da utilizao protoolar em erimnia da Uni-

    veridade, o epao edido om frequnia

    para onerto, expoie e outra manifesa-

    e ulturai. Conerva-e nesa ala e nodoi pio inferiore, reformado no ano

    do ulo para depito e ala de trabalho,

    um preioo aervo bibliogrfio onsitudo

    por era de . volume enadernado de

    obra imprea no ulo , e que

    podem er requiitada e onultada no edif-

    io novo da Bibliotea Geral.

    eoriamente, o objecivo do projeco BGDi-

    gital faultar pela Internet, pia digitai de

    doumento da Bibliotea Geral, impreo

    e manurito. Em prtia, temo aqui outro

    exemplo da horripilante qualidade de digitali-

    zao pratiada por alguma da mai impor-

    tante bibliotea portuguea!

    Exeptuando a digitalizae de exempla-

    re da tipografia portuguea do ulo XVI, rea-

    lizada no mbito do Projeco DEBORA (Digi-

    tal Ae to Book of RennAiane UE ele-

    mati for Librarie Programm Projec ),

    e do manurito e impreo que integraro

    projeco da Bibliotea Geral reultante de an-

    didatura ao Plano Operaional de Cultura, uja

    eolha obedeeu a um plano esabeleido pre-

    viamente, a outra pia reultaram de pedi-

    do avulo, no obedeendo, portanto, a um

    ritrio preio de eleo.

    O aeo direco BGDigital poder er feito

    no ubatlogo reervado a ese ontedo e,

    dede j, na Bae SIIB/UC, ujo regiso biblio-grfio orrepondente obra digitalizada

    tero o endereo para aeo ao ontedo ele-

    trnio.

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    Biblioteca Pblica de vora

    Esa importante bibliotea foi fundada em

    por Frei Manuel do Cenulo Villa

    Boa. A Bibliotea Pblia e Arquivo Di-

    trital de vora foi dividida em dua insitui-e autnoma: a Bibliotea Pblia de vora

    e o Arquivo Disrital de vora, permaneendo

    ambo na dependnia do Insituto de Arquivo

    Naionai/orre do ombo.

    Fundao Casa de Bragana: Biblioteca deManuel II

    E

    m Vila Vioa es o Palio Dual, reidn-

    ia do Duque de Bragana dede o ulo

    . O enorme edifio inpira-e na arqui-tecura renaentisa e tem tr andare. No

    interior da inquenta ala podem ver-e pea

    de olee de arte e epie bibliogrfia

    pertenente a Manuel II, ltimo rei de Portugal.

    Ese palio pertene Fundao Caa de Bra-

    gana e es tranformado em mueu de arte

    deorativa. um intoma da noa debilidade

    republiana e demortia o faco da Biblio-

    tea dese palio ainda esar na poe de efe-

    ra monrquia, tendo o Esado equeido a

    neeidade de epropriar o proprietrio reai

    e de integr-la no Patri