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AVM FACULDADE INTEGRADA
TERAPIA SISTÊMICA: E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR
LENIR DA SILVA
Prof. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TERAPIA SISTÊMICA: E A CONSTELAÇÃO FAMILIAR TRABALHO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em terapia Sistêmica
Por: Lenir da Silva.
Rio de janeiro
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todas as professoras da AVM.
A professora orientadora Fabiane Muniz, pela paciência.
Agradeço também aos meus colegas de sala.
Agradeço as forças superiores do bem, por essa jornada.
Agradeço aos professores e aos colegas do curso de magistério da
Escola Nelson Vieira Pimentel, Viana Espírito Santo, que quando
estivemos juntos foi um período significativo para mim.
Agradeço á família que sempre me inspiram a ver um mundo melhor, e
me fazendo acreditar que posso fazer diferente, dos meus
antepassados, e que a geração que virá, será mais consciente da
importância de estudar.
E a todos aqueles que, indiretamente ou diretamente me ajudaram e
contribuíram na conclusão da monografia.
EM QUE ACREDITO Os portais da sabedoria e do conhecimento estão sempre abertos
A vida na verdade é muito simples. O que damos, recebemos.
(LOUISE HAY, 1995)
RESUMO
Este trabalho teve como foco principal, investigar as famílias que estão em conflitos e, que estão buscando ajuda na constelação familiar, que teve como objetivo identificar as contribuições da constelação familiar. Os dados coletados foram organizados em categorias e analisados a partir do referencial teórico estudado e observado pelos constelandos. Conclui-se que, a Constelação e uma movimento do observador, que auxilia as famílias a caminhar com mais leveza no processo da compreensão de entendimento com seus antepassados.
METODOLOGIA
A análise desse trabalho teve como base a pesquisa exploratória, embasada
nos livros do psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, o criador da constelação
familiar. Com o questionário, buscou investigar as questões das contribuições da
constelação. O instrumento utilizado foi uma entrevista com perguntas e
respostas, que foram respondidos por pessoas anônimas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................08
CAPITULO I Sistêmica Famíliar...........................................................................10
1.1. Conceito de Terapia Familiar Sistêmica....................................................................15.
CAPITULO II Conflitos..................................................................................................15
2;1 Os Conflitos Familiares..............................................................................................21
CAPITULO III A constelação familiar..........................................................................22
3.1 As Contribuições das Praticas da Constelação Familiar e o Desenvolvimento das
Famílias que foram consteladas.......................................................................................30
CONCLUSÃO...................................................................................................................32
BIBLIOGRAFIACO CONSULTADA...............................................................................34
ANEXO..............................................................................................................................35
ÌNDICE
AVALIAÇÃO
8
INTRODUÇÃO
Para tanto foi construído um problema que levasse a entender a terapia
familiar sistémica na constelação familiar. A terapia de família na visão da
constelação familiar esta sendo eficaz no tratamento do desenvolvimento
humano.
Este trabalho busca investigar os benefícios da terapia familiar sistêmica,
dentro do contexto da constelação sistêmica familiar. A ideia surgiu quando tive
conhecimento da constelação familiar e o contato com as pessoas que foram
consteladas.
A partir deste momento, passei a pesquisar sobre as conquistas alcançadas
das pessoas que foram consteladas.
Na atualidade, a família atual passou por muitas transformações, e podemos ver
que antigamente quem comandava a casa era o patriarcal, o homem saia para
trabalha, para prover, e era um membro muito importante da era respeitado por
todos.
Assim, a mulher, era submissa, ficava em casa, fazendo os afazeres
domésticos, e educando os filhos. Porém, hoje, com os avanços da modernidade,
a mulher ganhou espaço, sai para o mercado de trabalho e passou a ser a
matriarca, desempenhando um papel tanto importante, quanto ao homem. Então,
o homem perdeu espaço, sentindo-se oprimido, e as famílias se modificaram.
Assim, a família é como um emaranhado de questões, nas suas
complexidades de relações e emoções.
O pensamento sistêmico iniciou nos anos oitenta, chegando ao Brasil, já
introduzido na terapia familiar, onde o objetivo era tratar a família num sistema
aberto. Em que cada um regula o outro dentro da estrutura familiar. Assim sendo,
todos os membros importantes sendo sistematizado no comportamento do grupo
familiar.
9
A teoria da terapia familiar sistêmica foi fundamentada de que o indivíduo não
é um ser isolado, e sim, um membro ativo dos grupos sociais. O homem é parte
de um subsistema maior que a família, maior que a sociedade, da linha de terapia
constelação familiar, estruturas familiar na modernidade proposta.
A análise, do principal objetivo é compreender a terapia sistêmica familiar,
decorrentes dos novos modelos das famílias, e as mudanças do mundo pós-
moderno desencadeadores dos conflitos atual das famílias.
Como objetivos específicos, buscamos entender, na terapia sistêmica familiar a
aplicação da constelação familiar que tem sido eficaz no entendimento das famílias
da contemporaneidade. Sendo uma das formas de resolver os conflitos familiares.
O estudo está organizado em capítulos: sendo o primeiro capítulo a abordar o
conceito de terapia familiar sistémica.
No segundo capítulo: conhecendo a origem dos conflitos familiares
No terceiro capítulo e último, abordo: as contribuições das práticas da constelação
familiar e o desenvolvimento das famílias que foram consteladas.
Outro ponto basal no presente trabalho é investigar a fundamentação legal que
sustenta a base do entendimento familiar das gerações novas que estão
chegando.
Tornar mais explicativo o problema aprofundar ideias sobre objetivos de estudo.
Esse tipo de pesquisa permite o levantamento bibliográfico e o uso de entrevistas
com pessoas que já tiveram experiência com a constelação familiar sistêmica.
Dessa forma, buscou-se fundamentar teoricamente com alguns autores nas
quais compactuam com conceitos de terapia sistêmica a fim, de podermos
conhecer mais o universo da constelação familiar.
10
CAPÍTULO I
Conceitos da terapia familiar sistémica
Dentre os processos históricos, a terapia familiar antes dos anos 50 era
conduzida pelos terapeutas que usavam a técnica da teórica, proposta pela
psicanalise. Os psicoterapeutas avaliavam os pacientes esquizofrénicos na
possibilidade de trazer para as sessões os familiares, focando no intrapsíquico da
família.
A origem do modelo sistémico, é um tipo de terapia que se aplica as
famílias, nas quais os membros possuem algum nível de relacionamento familiar,
que se organiza, na construção e desconstrução das realidades cotidianas, onde
todos os participantes são reconhecidos como membros importantes atuantes na
terapia, um agrupamento de pessoas que vivem juntas.
O modelo sisteminco e as escolas principais iniciaram em 1952, com
Gregory Bateson, em Palo Alto, California, no hospital VA. Bateson, convidou
duas pessoas para trabalhar em seu projeto de pesquisa, Jay haley e John
Weakland. Após dois anos, 1952, o supervisor do programa, dos residentes em
psiquiatria. Don Jackson começou a participar das pesquisas.
Pode-se dizer que o antropologo Basteson e o psiquiatra Jackson, foram
os primeiros a desenvolver a teoria sistêmica, juntos com colaboradores e
assitentes Weakland e Haley. O projeto de Basteson, em 1952, perde força e
acaba.
Dessa forma, em 1959, ocorre um evento muito importante no movimento da
terapia sistêmica. Virginia Satir, que residia em Chicago, mudou-se para Palo Alto,
11
Califórnia, vinculando-se ao Mental Research institute.
De acordo com os pesquisadores da psicoterapia, Virginia Satir, (1916 -
1989) foi considerada uma pioneira do pensamento sistêmico, foi uma das
idealizadoras, fundadora do instituto de pesquisa metal em Palo Alto. Califórnia.
A terapia familiar nasceu e cresceu, sob a influência cibernética, que
possibilitou e originou a circularidade do sistema, criando uma relação entre o
observado e o observador.
Desse modo, a teoria cibernética iniciou em 1942. A teoria cibernética de
primeira ordem está centrada como ciência da engenharia na organização do
sistema, separado do observado para o observador. A segunda teoria cibernética
da segunda ordem, esta centrada na construção da realidade que está sendo
observada.
Assim, na história da evolução, que nunca parou de um pensamento que
vive na evolução do seu tempo, e que muda com a sensibilidade clínica, social e
cientifica.
Em 1968, com a ideia, do grupo de Bateson. Mara Selvinii Palazzolli, uma
psiquiatra infantil da Itália, organiza o instituto para os estudos da família em
Milão, formando um grupo composto por três psiquiatras: Luigi Boscolo, Guiliana
Prata e Gianfranco Cecchin. Esta equipe acabou por desenvolver em seus
estudos, e dados clínicos, uma abordagem sistêmica, utilizando famílias de
crianças que apresentavam distúrbios emocionais, e famílias com distúrbios de
anorexia.
.Entretanto, eles eram assistidos por, Paul Watzlawick, no grupo de Palo alto
pela Dr: Maria Palazzolli, que estava encantada, persistindo nas pesquisas e
assim, surge uma experimentação, experimental sistêmico estratégico, no núcleo
do modelo fundador de Milão,
12
Em um artigo publicado em 1975, de levantamento de hipótese, no artigo
cientifico do grupo original, foi destacado que o efeito das hipóteses não é
selecionar uma explicação possível, para concluir aquela verdade, mas, produzir
um diálogo com a família. Explicando diversas alternativas sobre uma mesma
realidade, encorajando na leitura do problema e no dissolver da rigidez de uma
única explicação unificado a família. O texto que fora publicado, circulou no mundo
inteiro e foi absolutamente revolucionário, e inovador
Neste contexto, a teoria geral dos sistemas, desenvolveu a teoria da técnica
que o terapeuta sabe como, desenvolver estratégias que possam auxiliar o
paciente. Esta compreensão, do sintoma do Paciente Identificado na terapia
sistêmica, que atua para identificar a compreensão do problema do cliente.
Assim, descrevendo as clínicas de outros países, que inspiraram anos
consecutivos, divulgando o trabalho, dos terapeutas de Milão, que foram se
perpetuando pelo mundo. Eles inovaram um novo modelo de fazer terapia, cada
vez mais centrada na pesquisa de casal, estrutura, relacionada a disfunção
familiar.
A partir dos anos 1970, sobre a influência da segunda ordem cibernética
construtivismo constitucionalismo social, não existe uma realidade absoluta, só
concepções subjetivas. Assim, a terapia estratégia breve, está centrada no
problema e centrada na solução.
Em 1990, A terapia moderna, sofre grande influencias sob um novo prisma
de ideias novas sobre construções da realidade, que incide mais um novo modelo
de trabalho, descrito do ponto de vista, mais criativo, consistindo em procurar
diferentes formas de conversas com as famílias.
Dessa forma, a teoria sistêmica, iniciou na, década de 50, oriundo, do
pensamento sistêmico, que veio investigar a compreensão do sistema humano.
13
No entanto, a construção da concepção da terapia sistêmica familiar, foi corajosa
ao desenvolver o foco na atuação de estudar as relações humanas, e psícas
centrada no estudo do individuo.
De acordo com Minuchim (1980), que criou o modelo de estratégia para
resolver o problema que pertencia a familia, observando as diferentes clases do
individuo, estabilizada no cotidiano sobre a influencias internas e externas, que
favorece algunas disfuncionalidades da familia.
Dessa forma, as concepções do comportamento voluntário era observar:
poder, liberdade, metáfora, sequencia lateral, hierarquia, igualdade, hostilidade,
amor, interesses pessoal, altruísmo.
Nos anos 50, a importância das famílias e da melhora das crises psicóticas,
marca a primeira teoria de Cibernética, na década de 50, que veio influenciar a
atuação realizada nas sessões da família do paciente. e das terapias familiares
cibernética, no primeiro período.
Portanto, na história e raízes de estudo do instituto de Palo Alto, na teoria
geral sistêmica e na teoria cibernética. A teoria sistêmica é aplicada à famílias,
que se comportam em diferentes forma de individualização, que governam, a
adaptação, da auto organização do desenvolver das estratégias, do
comportamento familiar sistêmico. A família é a origem das suas próprias
modificações, e o comportamento de um membro familiar, compromete toda a
saúde da família.
A esse respeito, a teoria sistêmica, possibilita e sustenta ao afirmar que o
aspecto fundamental é que, o ser doente ou a pessoa que apresenta problemas, é
apenas um representante circunstancial de alguma disfunção no sistema familiar
Assim, na teoria sistêmica, o mais importante em termos de experiências
passadas foram as possibilidades de entender os sintomas.
14
Portanto, quando um casal decide que vão construir uma família, eles são os
representantes das suas famílias, passando, para adaptação de casas, espaços,
costumes e culturas diferentes.
No entanto, com a chegada dos filhos, inicia-se, uma nova família, um novo
ciclo, A chegada de mais um membro, pai, mãe e filho, normalmente a mãe e o pai
são os responsáveis, pelo desempenho e equilíbrio funcional dessa nova família
que está desenvolvendo. Isto acontece, devido á necessidade que a família tem
de manter um ritmo de aberturas de novos caminhos.
Assim, com a nova experiência, as famílias podem apresentar insegurança,
rigidez, medo tensões, excesso de responsabilidades, que ao longo do tempo, vão
minado a base do sistema familiar.
O nascimento de uma criança caracteriza uma mudança radical na organização familiar, As funções dos esposos devem diferenciar para satisfazer as exigências da criança, em termo de cuidado e alimentação e para manejar as restrições assim impostas pelos pais. (SALVADOR 1980, P. 28).
Neste sentido, a família é um sistema aberto, que está sempre em
movimento, aos quais os membros estão em conjunto, regulando, o
comportamento dos membros que estão envolvidos. O terapeuta tem a função de
promover a volta à movimentação, ao processo dinâmico da família.
Assim, o terapeuta e família se associa para formar um sistema
terapêutico., sendo uma terapia de ação, que trabalha as mudança no
funcionamento da dinâmica do sistema familiar, de maneira a intensificar o
crescimento psicossocial de cada membros, que naquele grupo estão envolvidos.
15
CAPÍTULO II
Os conflitos familiares
Neste contexto, a família é a primeira instituição organizada do mundo.
Nesta linha de pensamento.
A compreensão de família como um sistema implica na consideração de que ela é um grupo de pessoas ligadas através de vínculos, que os vínculos compõem a estrutura mesma dos sistemas e das relações familiares. O vinculo pode se definido como estrutura dinâmica que liga numa pessoa á outra e que engloba a pessoa em sua totalidade. O mesmo pode ser edificador ou não, podendo ajudar na edificação de personalidades sadias ou comprometendo definitivamente a integridade pessoal. (GOMES, 1987, P.54).
Para entender, o referencial do modelo da família antiga, da família nova,
sentiu-se, necessidade de investigar a trajetória do desenvolvimento das famílias,
que vem mudando de acordo com a evolução do tempo, acompanhadas de
mudanças econômicas, religiosas, sócio- cultural.
Assim a família distingue-se, por graus de pessoas, ligados por
descendências ancestrais, ligados por matrimonio, vínculos, afinidades, adoção,
ou como, o casal e os filhos.
Entretanto, a família pode diferenciar-se segundo o grau de parentesco
fazendo-se lembrar da musica dos Titãs, Família á, membros familiares, incluindo
papai, mamãe, titio, titia, primo e os avós.
Entende-se, que o filme, de comédia de Alain Chabat,(2004), na idade da
pedra. “Na história antiga, as famílias primitivas, na pré-história da humanidade,
(35 mil, a. C), traz um modelo primitivo dos grupos, que se organizavam,
apoiavam-se ali mesmo, constituindo suas famílias que viviam em tribos, todos
16
chamam pelo mesmo nome e todos se reconheciam.”
A constituição das famílias mais antiga era necessária pela necessidade de
subsistência, que controlava as uniões e o número de filhos.
Portanto, na idade média, era o homem que garantia o sustento da casa,
amparo aos seus membros, doentes, inválidos. O modelo baseado na organização
de família era constituído através de casamento cristão. O casamento era um
contrato estabelecido pelo casal, assim, a família fundia a união homem e mulher
e filhos que nasceriam dessa união. Era o modelo da sagrada família. O homem
era o chefe da família, o proprietário da mulher e dos filhos. Todos eram
submissos lhe deviam obediências enquanto estivessem vivos, os filhos, netos e
bisnetos.
Já no período clássico, a formação de uma família, começa a se formar de
acordo com suas origens. Os camponeses se casavam com as camponesas, era
comum se conhecerem nas lavouras. No caso das moças de origem nobres, os
casamentos eram arranjados de acordo com interesses das famílias. A mulher
tinha que se doar para o marido e os filhos, abdicando-se dos seus interesses e
vontades. Sua função era cuidar do lar, da educação dos filhos, ser fiel ao esposo
e se embelezar para o marido.
Entretanto, as mulheres que viviam na cidade de espartas eram mais livres,
mulheres mais independentes. A cidade vivia em conflitos, e os homens
precisavam do apoio dessas mulheres. Em caso de conflitos, essas mulheres
saiam para ajudar, os homens. Elas usavam a força bruta, então, recebiam
treinamento militar,
Neste contexto, a revolução industrial, trouxe grandes mudanças
significativas nas organizações das famílias. A ideia de família foi alterada, o mito
da família grande foi abandonado.
Durante o período industrial á maioria das famílias trabalhavam juntas,
incluindo as crianças que trabalhavam nas usinas e fabricas. As mulheres
17
assumiam grande quantidade de trabalhos remuneradas igual ao dos homens,
esta separação de homem e mulher no trabalho doméstico começou na classe
média e depois na classe trabalhadora.
A partir desta análise, as transformações ocorridas no âmbito da evolução
das famílias foram se modificando, desde os primórdios ate os dias atuais. O
modelo de família patriarcal reinou por muitas gerações, deixando o legado da
importância da família.
Entende-se, que a família é uma instituição organizada, a base de todas as
outras, a principal unidade do desenvolvimento humano, dos muitos, trazendo
grandes influências, formando a base das famílias com força, e novos modelos de
famílias foram se constituindo.
Assim, as famílias nucleares eram constituídas por pai, mãe, filhos. Hoje na
atualidade, outros modelos de famílias estão presentes na sociedade.
Ainda, neste contexto, remontando a Pré-história, sempre existiu diferentes
modelos de famílias. Os modelos de famílias veem mudando historicamente a
cada tempo. Passamos da família matriarcal, para família patriarcal, sendo cada
modelo discutido intensamente de acordo a cada época. Quando saímos do
modelo casal que não havia dissolução na união, para aquela época também tinha
comoção social, não existia a mídia em massa, mas existia, radio, vizinho, cartas,
que divulgavam as noticias.
Entretanto a família nuclear ainda existe, mas não é um modelo padrão. Na
atualidade não existe modelos padronizado de famílias,
De acordo com Boechat (2011), hoje os casamentos são efêmeros, O casal
se separa por conflitos interpessoais.
Segundo Bucher (1999), o modelo de famílias da atualidade constituem-se
de famílias sem casamentos legais, ou religiosos, casais com filhos, ou sem filhos,
mulheres e homens solteiros sem filhos, mulheres e homens solteiros com filhos,
divorciados gerando novas uniões, mulheres que são mães através da reprodução
18
independente, casais homossexuais, pessoas do mesmo sexo..
Já para Glaucia (1999), a mulher, que antes era dona de casa, educava os
filhos, que era submissa ao esposo, dependendo exclusivamente do cônjuge,
deixou para traz, o complexo de inferioridade ao homem, inseriu-se, no mercado
do trabalho, conquistando maior autonomia.
De acordo com Coulette (1981) A mulher foi educada para cuidar do lar, ser
protegida pelo homem. As profissões também eram escolhidas, como forma de
submissão, ser professora infantil, enfermeira, assistente social.
A mulher não era educada para ser competitiva com o homem, no mercado
de trabalho.
Entretanto, a mulher se reinventou, voltou a estudar, deixou de ser dona de
casa, recolocou-se no mercado, continuo a educa os filhos, divide as despesas em
casa com o marido, sai para trabalhar. Na atualidade, a mulher da modernidade
esta competindo no mercado do trabalho com os homens, profissões e direitos de
igualdade.
Segundo Bucher (1999), entende-se, que a família tem passado por
transformações na estrutura familiar, decorrente de mudanças significativas da
atualidade.
Assim, no modelo antigo o provedor, o homem patriarcal, era espeitado por
todos na família, com forte domínio de autoridade sobre a mulher, que ao longo da
evolução, foi declinando, sobre o direito de mandar, em todos os membros da
família. A mulher ganha liberdade, deixando de ser propriedade do homem.
Portanto, o homem deixa de ser o chefe da família, que é dirigido pelo casal,
a mulher passa a ser chefe da família. E assim, o homem ainda sobre o domínio
do machismo, entra em conflito consigo mesmo. O modelo antigo da família
começa a enfraquecer, desintegrando as famílias.
Dessa forma, a relação família, sempre foi complexa, lembrando que a
família, bem no começo, segundo relatos bíblicos. Por ciúme, dois irmãos se
19
mataram, Caim matou Abel, “GÊNIESIS, 3.,4, V, 4,”. Assim, desde o começo já
nas escrituras antiga, a questão familiar é singular em relação a história da
humanidade, que iniciou com conflitos.
Dessa forma, na construção da família, todos pensam em paz, harmonia,
felicidade, ninguém pensa em discórdia conflitos. No relacionamento, entre
indivíduos, os percalços vão surgindo, por inversão de valores e dos despreparo
dos pais, e de todos os apelos que cercam as famílias, que acabam contribuindo
para moldar a personalidade do individuo. O lar é o primeiro afeto da criança, a
família é a célula base da sociedade, ela é um reflexo da humanidade o núcleo
familiar se compões pelo lar.
Portanto, na modalidade famílias, os indivíduos se relacionam, compondo
alianças com intuito de formar um casal, a partir do convívio. Entretanto, com a
chegada dos filhos, e com a responsabilidade, em cria-los, o casal para por novas
transformações, conflitos, educação, filhos crescendo entrando na adolescência.
Tudo isso, emergir as diferentes percepções sobre a vida, tornado á base para os
conflitos.
Assim, os pais influenciam os filhos na construção da identidade,
transmitindo modelos de relacionamento, que os filhos vão levar para o convivo
social.
Portanto, alguns pais foram pais muito jovens e não assumem
responsabilidade com os filhos deixando-os com os avós, tios, tias, vizinhos, para
assim, cuidarem, dos seus filhos, fugindo das responsabilidades que lhes cabem.
Sobretudo, o modelo de família pós-moderna, esta em crise, está em
conflito. Pais que separam, e não vão visitar os filhos, pais que querem assumir
responsabilidade com a família. Porém, trabalham freneticamente, assumindo, o
modelo de família que a sociedade acha correto. Assim, em busca desse modelo
de família perfeita, os pais se perderam na função do papel de pais, normais, pais
humanos, para a função de maquina, que não disponibiliza tempo para cuidar dos
20
filhos.
Neste contexto, os filhos, por sua vez, não tem autonomia, são pequenos
ou adolescentes e acabam ficando com os avós, ou são criados por babas, ou
irmãos mais velhos.
Contudo, o sustendo da família, provem desses pais que priorizam os bens
materiais para á família, não conseguindo acompanhar a educação dos filhos, se
tornam pais ausentes. E assim, querem recompensar a ausência, não
conseguindo dizer não, para os filhos, sentem culpa, e dão muitos presentes aos
filhos, de valores inestimáveis, como forma de recompensar a culpa, e a omissão
em lançar um olhar observador sobre o comportamento dos filhos. Contudo, isto,
reflete nas crises que desestruturam as famílias.
Portanto, a falta do não, o tudo é permitido, os filhos, vão ficando privando
de afetos, atenção, e carinho. Possibilitando filhos, vazios, tristes, agressivos,
angustiados, depressivos e problemáticos.
Assim, como resultado, acompanhando os noticiários de jornais, radio, TV,
todos os dias os noticiários informam sobre o crescentes conflitos familiares,
madrasta que mata enteada, (o), filhos, que matam os pais, pais que matam as
mães perto dos filhos, pais que abusam sexualmente dos filhos, netos (a) que
roubam seus avós, mãe que abandona criança no lixo e assim sucessivamente.
Na atualidade os conflitos familiares e, as novas configurações da família
atual, veem mudando para uma nova adaptação de novos modelos de famílias
aberto a um sistema de transformação contemporâneo dos moldes moderno de
famílias.
De acordo, com a autora da novela, sete vidas, conforme aponta Lícia
Manzo e Daniel Adjafre, com colaboração de Cecília Giannettti, Dora Castelar,
Marta Góes e Rodrigo Castilho; conta com direção de Adriano Melo, Thiago
Teitelroit, Bruno Martins e Pedro Freire, sob direção geral e núcleo de Jayme
Monjardim, (2015), A novela sete vidas, conta a história de um doador de sêmen,
21
baseado em um documentário, "Donor unknown", uma história real, que relata o
encontro de mais de dez irmãos nos Estados Unidos, que fizeram contato por
conta do numero do doador.
Sete vidas é uma telenovela brasileira exibida pela rede globo, que foi ao ar
entre nove de marco e dez de junho de 2015, no horário das 18 horas com 106
capítulos
A novela sete vidas, conta a história de um homem que sente muita culpa,
pela morte da mãe. Então, muda-se, para os Estados Unidos. Após passar por
muitas dificuldades, estando sem dinheiro resolve doar seu esperma em um banco
de esperma. O que este homem não sabia é que década depois este sêmen
geraria seis filhos.
Entretanto, os personagens da ficção da novela sete vidas representam a
modernidade do novo modelo de familiar em conflito. Os irmãos da novela sete
vidas, foram adotados por famílias e todos os irmãos, se conheceram.
22
CAPÍTULO III
As contribuições das práticas da constelação familiar e o desenvolvimento
das famílias que foram consteladas
Neste capítulo foram apresentados os dados coletados a cerca das
contribuições das praticas da constelação familiar e o desenvolvimento das
famílias que foram consteladas, analisando as repostas de cinco pessoas que
foram entrevistadas, a partir das práticas da constelação familiar, sob uma visão
da análise dos profissionais. Como você se vê no processo da constelação
familiar? Como a constelação familiar contribui para a melhor convivência em
família? Aponte alguns benefícios que você utiliza para conviver de forma passiva
com sua família?
Nesse sentido, a análise será organizada em cinco perguntas,
entrevistando cinco pessoas diferentes acima dos 30 anos. Está será uma
concepção de pesquisa que norteará a prática da constelação familiar no contexto
do desenvolvimento das famílias que foram consteladas e as suas contribuições.
Quem esta em consonância com o mundo e o aceita tal como ele é, sabe o que prejudica e o que ajuda, o que é bom e o que é ruim. Por esta em sintonia, ele segue esse saber, independentemente das opiniões favoráveis ou contrarias. Ele repousa em seu centro, em equilíbrio, simultaneamente recolhido e dedicado, neste centro sentimos leveza. Toda as conferencias giram em torno dele, todos conduzem a ele. Neste centro alcançamos paz e nos sentimos, como relaxados e inteiros. (HELLINGER, 2004,P,13).
Através do desenvolvimento, a constelação familiar incorporou
23
possibilidades de uma nova ordem afim de, identificar emaranhados familiares. A
constelação familiar nos permite rever algo dentro da nossa história, consciência,
que está presente no sistema familiar.
A consciência nos vincula ao grupo que é importante para nossa sobrevivência, sejam quais forem as condições que ele nos imponha. Ela não está acima desse grupo, nem acima de sua fé ou superstição. Esta a serviço dele. (HELLINGER, 2004, P. 59).
Dessa forma, a consciência, leve, pesada, não tem nada haver com o certo,
errado, existindo apenas um principio sistêmico que faz com que, nos como
individualidade, nos encontremos e vamos experimentar algo Ninguém erra,
porque quer errar, simplesmente deixa de fazer alguma coisa porque não teve
indicação.
Numa constelação familiar pode-se perceber a ordem que governa o amor.
Além das técnicas instrumentais, a psicoterapia também precisa da assistência espiritual. Isto se aplica sobretudo a psicossomática, aquela psicoterapia que pretende, em colaboração com a medicina aliviar e também curar doenças do corpo através da alma. (HELLINGER, 2004,P, 101).
Dentro do conceito de uma relação, existem leis que governam o
relacionamento dentro e fora da família. Lei do amor, lei do pertencimento, lei do
equilíbrio.
Assim, como herdeiros da cor dos olhos, tipo sanguíneo, herdamos também
os resíduos traumáticos que aconteceram na nossa família. Repetimos decepções
de nossos pais. Nossos relacionamentos falham, como nossos avós ou pais.
Entretanto, os traumas não resolvidos Perduram por duas ou três gerações,
24
podendo enredar sentimentos e situações por décadas.
Nos sistemas familiares, frequentemente, uma outra pessoa assume o destino rejeitado ou a culpa recusada por alguém. Isso tem efeitos duplamente nefastos. Um destino alheio ou uma culpa não nos da força,. Pois só são capazes disso o nosso próprio destino e a nossa própria culpa Ao mesmo tempo, enfraquecer-se a própria pessoa cujo destino ou cuja culpa assumimos, pois eles também perdem força para ela. (HELLINGER, 2004, p. 31).
Através do desenvolvimento sistêmico da constelação familiar, cada
membro familiar representa um papel diferente. O que muitas não sabem e, que
essas posições acabam sendo invertidas, ao longo da vida, sem que as pessoas
percebam. Então surgem as inversões de lugares, os conflitos familiares,
causando dores e sofrimentos.
Desta forma, a importância da constelação familiar, beneficia com a prática
do método, as famílias., ajudando a entenderem os percalços do relacionamento.
E assim, avaliarem juntos, os conflitos, que estavam limitando, aprisionando, a
convivência grupo familiar.
Atualmente a constelação familiar, tem sido utilizada constantemente para
ajudar as famílias que estão em desequilíbrio querendo encontrar uma nova forma
de melhorar a convivência entre os membros que estão vivendo juntos.
Quando se trata de família, todos estão envolvidos com a ampliação dos
laços afetivos e seus desequilíbrios, podendo criar uma ordem de amor,
amorosamente.
Assim, os participantes da constelação familiar, aprendem com as formas
de aprender a identificar onde o nosso amor está preso, e onde precisa ser
modificado e que, maneira eles entendem as explicações, da constelação,
podendo perceber o alcance ou o nível dessa compreensão.
Neste sentido, a constelação envolve, questões de famílias que se vê
25
inserido no processo da convivência familiar.
A participante da constelação familiar diz
Vejo-me de forma bem pacífica, uma vez que, meus familiares
entenderam a constelação.
Enquanto a Cliente A: argumenta que:
Após ter participado das sessões do movimento sistêmico,
comecei a entender todos os emaranhado que estavam
acontecendo na minha família. Hoje me vejo de forma bem
pacífica, uma vez que consigo entender o comportamento do
meu filho.
Já a Cliente B:
Dentro dos processos da constelação familiar, me vejo
observando o cotidiano dos meus familiares, procurando ver a
melhor forma de conviver com capacidade de cada um.
A Cliente C:, diz:
Vejo-me inserida no processo da família como mediadora.
Para Cliente E:
O convívio com a família melhorou muito, não conseguia
entender a separação dos meus pais, estava paralisada, não
conseguindo me relacionar nos casamentos, pois já tinha
casado duas vezes e já havia separado duas vezes.
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A e D nos apresenta o posicionamento de que:
Como parte integrante e mediadora da família, ajudando a
todos que ainda estão fragilizados com a desarmonia familiar.
Na verdade, a constelação sistêmica familiar, acaba abrangendo todo um
sistema, que esta inconsciente, vindo a tona as lembranças do passado que muita
vezes não damos importância.
A partir do que foi descrito, os clientes aprendem com as informações
relevantes extraídas da constelação sistêmica, que os ajudará a corrigir erros que
possam levá-los as interpretações corretas. É um meio, para o constelado
compreender os motivos infundados, de respostas deduzidas e até justificáveis, a
agir com uma consciência mais clara, dos atos. Inconscientes.
Entretanto, deve-se salientar que a constelação converte-se em ação de
reflexão e de pesquisa no campo da fenomenologia que é a ciência da filosofia,
que trata do principio, onde o corpo como expressão, está falando o tempo inteiro,
entendendo que o consciente se manifesta através do corpo, dando possíveis
dicas, para dar os passos, dentro da técnica da constelação familiar.
Acredita-se que a constelação poderá ser simplesmente uma ação que
deverá ser bem definida para que o processo venha favorecer a competência de
todos.
Assim a constelação familiar sistémica, deverá imputar padrões de qualidade
aos resultados das famílias que estão sendo consteladas.
Partindo do pressuposto, a constelação contribuir para a qualidade dos
resultados das famílias.
Nesse sentido, pensamos então que a constelação familiar contribui para o
esclarecimento das desarmonia familiares.
Segundo a cliente A:
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A constelação contribuiu de forma positiva, passando a
priorizar apenas o resultado, a participante do grupo, vivenciou
uma prática de investigação interior, questionando a relação,
com o filho, buscando identificar os conflitos na relação e as
dificuldades de entender o distanciamento do filho.
Para a cliente B:
A constelação contribui a partir do momento que entendi as
brigas familiares. Assim ficou claro, o entendimento e a
contribuição da clareza da constelação.
Segundo a Cliente C:
A constelação é eficaz, auxiliando-nos diferentes tipos de
comportamento, mostrando ao individuo, diferentes formas de
entender as etapas da vida e com isso, estar preparada, com
recursos da constelação.
Desta maneira, a discussão da questão da constelação. Sistêmica, (um
estudo que estuda as energias e as emoções do inconsciente), uma técnica da
psicoterapia breve, que pode olhar para a nossa história, aspectos
incompreensível, gerando bloqueios em nossas vidas, e esses bloqueios podem
está relacionado as dificuldade de se relacionar.
Assim, na história, um homem e uma mulher, eram casados, e o marido,
trabalhava em outra cidade distante, eles o casal, não conseguiam morar juntos,
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pois o marido sempre dizia que não encontrava trabalho próximo, onde a sua
esposa morava.
Portanto, ficou claro que havia uma razão oculta para explicar o seu
comportamento.
O pai daquele homem sofria de tuberculose, e passou muitos anos no
sanatório isolado. Quando, as vezes, visitava sua família, a mulher e o filho
corriam o risco de contágio. O perigo já passara havia muito tempo, mas agora o
filho, assumira o mesmo medo e o mesmo destino do pai, se mantinha afastado
da mulher, como se seu contato fosse perigoso. (HELLINGER, 2004, P.66).
Assim, a técnica da constelação, facilita esse movimento, de poder
desbloquear, fluir na vida, tendo um olhar muitas vezes dentro do campo sistêmico
familiar:
A segunda relação importante para nós nasce simultaneamente com nossa relação com nossos pais. Pois não pertencemos apenas aos nossos pais, pertencemos também ao nosso grupo familiar. Juntamente com nossos pais, temos também as linhagem de ambos e pertencemos a um grupo familiar em que ele se unem. (HELLINGER,2004, P. 98).
Entretanto, no pensamento sistêmico por amor honramos nossos pais,
seguindo o mesmo destino deles. Outro exemplo claro; é de um pai que nunca
teve sucesso profissional, que nunca teve ambição pelo trabalho.
Pais e filhos constituem uma comunidade que partilha um destino comum, Nela cada um depende do outro de muitas maneiras e, na medida de suas possibilidades, precisa cooperar para o bem comum. (HELLINGER, 2004, P, 98).
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Como foi colocado, esse filho boicotou o seu próprio destino, sendo fiel ao
pai. Isso é, sistêmico, vindo de um sistema maior, ele mesmo, recebendo de um
campo maior, energias, de impregnação e, de experiências dos seus
antepassados. Absorvendo desse campo, todas as possibilidades de repetir o
mesmo destino do pai.
Portanto quando num grupo familiar existe um comportamento autodestrutivo e quando um agente, aparentemente perseguindo nobres fins, encena cegamente o seu próprio fracasso e declínio, quem age assim é, na maioria dos casos, um sucessor que, como que aliviado pelo próprio fracasso, presta finalmente homenagem antecessor. Dessa maneira, o poder arrogado resulta em impotência a justiça arrogada em injustiça e o destino tragicamente. (HELLINGER, 2004, p. 65)
Assim, uma das experiências que ocorre na prática da constelação familiar
é que sempre, que as famílias entendem o movimento da constelação fica claro,
que o cliente experimenta uma forma maravilhada de compreensão, e
experimento sob um novo olhar para aquelas pessoas que apresentam um
entrave na sua vida, podendo assim olhar para elas com mais amorosidade.
Entretanto, a Cliente E:
Relata com muita propriedade a possibilidades de não mudar as pessoas, mas, pode reescrever uma nova história. A partir da técnica aplicada na constelação familiar.
Deste modo, a prática de constelação sistêmica familiar libera os
emaranhamentos familiares.
Nesta concepção, a constelação familiar, esta á muito anos a frente do
tempo, abordando um olhar observador, observando o que o cosmo nos revela, a
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ser visto, vivido e compreendido por cada um.
Assim, quando nos referimos ao trabalho da constelação familiar, buscamos
entender, que o trabalho pode acontecer individualmente ou em grupo. O cliente
traz um tema, pessoal, e o constelador, trabalha com possíveis representações,
pessoas ou bonecas, para representar papeis ou situações em questões, esta
deverá estar voltada para o bem daquele que está aprendendo, a prática da
constelação familiar.
Sendo assim, o constelante, ajuda o cliente a desenvolver através de frases
curativas, de movimentos sistêmicos curativos, no sistema de liberação para que o
cliente entenda melhor e libere do seu corpo o excesso de responsabilidade e, de
peso, que ele carregou durante muito anos.
Para o constelador não existe um instrumento, o constelador, pode
trabalhar sem nenhum recurso, precisa ser capaz de conduzir, suportar e deixar o
cliente entender o resultado da constelação.
Assim, através da observação, da constelação familiar, é possível analisar o
desempenho das famílias assistir e representar o cliente nos workshop,
compreendendo os movimentos da constelação.
Para B:
Nas experiências da vivencia da constelação, procurei observar, o desenvolvimento dos meus familiares, respeitando as dificuldades de cada um, sem me sentir culpada.
Segundo C:
O melhor meio de aprender é através da observação.
Para D:
São instrumentos de aprendizagem no processo de esta procurando, como, solução para os desequilíbrios emocionais
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e outros, levando em consideração a fenomenologia.
Para o cliente E:
A constelação é feita como a análise dos traumas, e emaranhados dos nossos ancestrais.
Assim, a constelação é feita como a análise dos traumas dos nossos ancestrais, que deverá estar incorporada às famílias, que querem entender as dificuldades de cada um, e assim procurar viver em harmonia. Acompanhando as manifestações no cotidiano em família, não deixando, que nada passe despercebido, ou simplesmente guardado na memória.
A família e o gripo familiar tem manifestamente um alma comum e uma consciência comum, que liga entre si os membros da família e os guia, de acordo com as ordens que permanecem largamente inconscientes, assim como a alma i individual, une e guia os membros e órgãos do corpo. Assim, a alma atua na família e no grupo familiar, como um corpo ampliado. (HELLINGER, 2004, P. 142).
Portanto, todos os dados sobre o desempenho da constelação familiar sistêmica, são relevantes, aprender a mudar uma nova história, aprender a perceber o emaranhado, dos antepassados, requer coragem para mudar e reescrever uma nova história de respeito e compartilhamento.
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CONCLUSÃO
A presente pesquisa, dos dados apresentado, buscou investigar as
contribuições da constelação familair e os benéficios que as familias encontraram
ao conhecer a constelaçaõ.
Acredita-se que a terapia sistêmica, esta centrada em focar nas relações que
compreende o indivíduo integrado ao contexto familiar, realçando a
complementariedade existente entre os seres humanos.
Como foi colocado, O trabalho com a família de origem tem espaço
assegurado na terapia sistêmica. Pais preocupados com a educação dos filhos
percebem que repetem padrões de seus antepassados que não gostariam de
repetir. Casais reproduzem modelos relacionais de suas famílias de origem,
mesmo quando haviam se proposto a construir novos modelos para o seu
casamento.
Assim, as experiências com as famílias de origem na terapia, promovem as
reformulações necessárias para liberar o indivíduo da repetição destes padrões
familiares disfuncionais.
Deste modo, experimenta emoções distintas durante cada atendimento e, é
essencial que ele tenha consciência de si mesmo e de como sua história pessoal
e familiar interfere no seu modo de entender a realidade de relacionar-se com ela.
Nesse sentido, a família, é um grupo de pessoas, que se unem por um
sistema, exercendo um papel na trajetória humana, que vem evoluindo com o
tempo. As famílias mais primitivas uniam-se por motivo de subsistências.
Muito se fala na atualidade dos conflitos familiares que ao longo da história,
as famílias de origem passaram por varias transformações. Há muito tempo atrás
o modelo de família que existia, era patriarcal. A figura paterna era o superior, era
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o homem que provia a casa enquanto a mulher educava os filhos. Com a
revolução industrial, o controle da natalidade, a entrada da mulher no mercado de
trabalho, o advento do divórcio e o avanço científico, trouxeram mudanças para as
Famílias, propiciando novas formas de organização familiar.
Assim, a constelação familiar é uma terapia que foi criada pelo
psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que criou um método eficaz, que trabalha o
emaranhado das famílias e seus ancestrais, um método inovador que desperta o
inconsciente do cliente.
Os participantes são beneficiados nas sessões. Todos os representantes
que participam, são escolhidos energeticamente pelo inconsciente do cliente, no
qual este também se beneficia e, se cura.
A proposta da constelação é que, não devemos tentar entender o que
acontece numa constelação, quando se tenta compreender, de alguma forma
interrompemos ou atrapalhamos a energia que está no comando da situação.
Como seres humanos, confusos e tão pequenos, afirmo que é muito difícil ver
tamanha manifestação e não tentar compreendê-la. Mas aos poucos aprendemos
a apenas aceitá-la e não mais entendê-la.
Por fim, quando uma sessão acaba, pode ser que a mesma tenha indicado
uma tarefa a ser realizada, por exemplo: conversar com o cônjuge sobre algo do
passado, que transformou aquela união em algo ruim. Ou pode ser que nada mais
precise ser feito. A energia liberada ali continua se manifestando. E as mensagens
trocadas naquele momento agem como se realmente tivessem acontecido com as
pessoas reais ali representadas.
Dessa forma, conclui que a constelação familiar tem beneficiado muitas
famílias que buscam ajuda nos consultórios terapêuticos, por uma melhor maneira
de convivência entre grupos, onde todos possam respeitar e entenderem o
significado de ter nascido juntos dentro daquela família. Onde todos trazem
resquício dos seus antepassa.
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REFERENCIAS
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Wak Ed, 2011
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma compreensão científica dos sistemas vivos.
São Paulo: Editora Cultrix, 2000.
CASTILHO, Tai. Organizadora: Temas em Terapia Familiar, São Pualo, SP, Ed,
Plexus, 1994
CARNEIRO, F, Terezinha: Organizadora: Casal e Família: Entre a Tradição e a
Transformação, RJ- Ed, Nau, 1999
ENGLES, Friedrich, A origem da família, Da Propriedade Privada e do Estado, 15
ed,, tradução de, Leandro Konder- RJ, Ed, Bertrand Brasil, 2000
GOMES, C, V, José, Manual da Psicoterapia Familiar, Petrópolis- RJ- Ed Vozes
Ltda, 1087
HELLING, Bert, No centro Sentimentos Leveza, tradução Newton .de Araújo
Queiroz 2 - Ed- - São Paulo: ed, Cultrix,2004
HELLINGER/T.HOVEL, Constelações Familiares, São Paulo, Ed,.Cultrix,2001
ROUDINESC, Elisabeth: A Família em Desordem/; tradução André Telles.- Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed. , 2003
RAPIZO, Rosana. Terapia sistêmica de família: da instrução à construção. Rio de
Janeiro: Instituto NOOS, 1996.
VASCONCELLOS, Maria José Esteves de. Terapia familiar sistêmica: bases
cibernéticas. São Paulo: Editorial Psy, 199
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ANEXO I
Entrevista
Caro professor, esta entrevista é um instrumento para coletar dados para
uma pesquisa na sua área de atuação: Terapia de Família e suas contribuições na
área da Constelação Sistêmica Familiar, feita com clientes que participaram das
praticas da constelação familiar feitas com pessoas anônimas.
O objetivo dessa pesquisa é fazer um levantamento de como os clientes se
beneficiaram da constelação e como passaram a viver dentro do contexto das
contribuições e experiências vividas na atuação do sistema da constelação, neste
contexto investigado.
Para tanto, não é necessário se identificar, basta responder as questões
com objetividade.
Grata por sua participação.
1. Como você se vê no processo da constelação família?
2. Como a constelação familiar contribui para a melhor a convivência em família?
3. Aponte alguns benefícios que você utiliza para conviver de forma passiva com
sua família?