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    DIFFICULTÉS DES ÉLÈVES LIÉES

    AUX DIFFÉRENTES ACTIVITÉS COGNITIVES

    DE RÉSOLUTION DE PROBLÈMES

    Andrée Dumas Carré

    Monique Goffard

    Daniel Gil

    Pour résoudre des problèmes de physique  il faut utiliser des connaissances

    conceptuelles mais  il faut aussi effectuer d ifférentes activités cognitives dont

    l'enchaînement constitue le processus de résolution. Dans cet article nous

    nous intéressons aux difficultés d es élèves liées à ces activités cognitives de

    résolution. A partir de l'observation des élèves résolvant (en groupe) une série

    de problèmes différents nous repérons leurs difficultés spécifiques et nous

    recherchons des racines'' comm unes reliées à l'une ou l'autre des activités

    cognitives du processus de résolution.

    un échec

    généralisé

    remettre en

    question des

    évidences

    L a r é s o l u t i o n d e p r o b l è m e s p a p i e r - c r a y o n e s t , d e p u i s

    que lques décenn ies , comme le mon t r e une abondan te l i t t é

    ra ture (Garre t t , 1986) une des l ignes impor tan tes dans les

    r e c h e r c h e s e n d i d a c t i q u e d e s S c i e n c e s . C e l a e s t d û à

    l ' impor tance que ces ac t iv i tés on t dans l ' apprent is sage des

    s c iences e t dans l ' éva lua t ion des acqu i s i t ions des é l èves

    (Dumas-Carré, 1987) et au constat de l 'échec généralisé des

    é tu dia n ts (Gil, Mar t inez-Torregrosa & S enen t ,1988-a) .

    Généra lement , les causes de ce t échec sont a t t r ibuées , par

    les professeurs , p resque exclus ivement à des lacunes chez

    les é tud ian t s . Cec i exp r ime , s ans dou te , un des t r a i t s l e s

    p lus ca rac té r i s t iques de l a "pens ée s pon tanée" des ens e i

    gn an ts (Gil, 1991). Un a rg um en t souv ent en te nd u es t : il y a

    tou jou r s des é tud ian t s qu i app rennen t co r r ec temen t ce qu i

    prouverait que l 'enseignement es t correct et que l 'échec des

    autres élèves es t dû à leurs propres déficiences , même s i ces

    "autres élèves" sont la majori té . De façon cohérente avec ce

    poin t de vue , les recherches en réso lu t ion de problèmes , en

    généra l , ne s ' in téressent pas suf f isamment à l ' ac t iv i té des

    professeurs . Sans une remise en ques t ion profonde e t to ta le

    des activi tés de résolution de problèmes, les solutions pro

    posées par les chercheurs peuvent, au mieux, être eff icaces

    loca lemen t ma i s l e manque d ' in t e rp ré ta t ion dans un cad re

    généra l les rédui t à ne t ra i te r que des cas par t icu l iers .

    I l es t bien établi , en his toire et en philosophie des sciences ,

    q u e l ' u n d e s o b s t a c l e s m a j e u r s a u d é v e l o p p e m e n t d ' u n es c ience e s t dû à l ' a ccep ta t ion d ' idées e t de s uppos i t ions

    i m p l i c i t e s q u i é c h a p p e n t a i n s i à t o u t e x a m e n c r i t i q u e

    (Bachelard, 1938). Nous avons mené une étude cr i t ique de

    ASTER

      N° 14. 1992.

      Raisonner en sciences

      INRP. 29. rue d'Ulm. 75230 Paris Cedex 05

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    la pédagogie uti l isée et des recherches en résolution de pro

    b lèmes ; ce l le -c i , tou t en remet tan t en cause ce qui es t habi

    tue l lement accepté comme évident , essaye de cons t ru i re un

    f o n d e m e n t t h é o r i q u e q u i t i e n n e c o m p t e d e s a c q u i s d e s

    r e c h e r c h e s s u r r e n s e i g n e m e n t / a p p r e n t i s s a g e ( P o s ne r,

    Str ike, Hewson & Gertzog, 1982 ; Driver & Olsdham, 1986).

    C e t r a v a i l q u i

      s est

      d é v e l o p p é e n p a r a l l è l e e n F r a n c e

    ( D u m a s - C a r r é , 1 9 8 7 ; G o f f a rd , 1 9 9 0 ) e t e n E s p a g n e

    ( M a r t i n e z - T o r r e g r o s a , 1 9 8 7 ; R a m i r e z - C a s t r o , 1 9 9 0 ) a

    ent ra îné une profonde réor ien ta t ion de l ' ense ignement de la

    résolution de problèmes (Gil & Martinez-Torregrosa, 1983 ;

    Gil,

      Dumas-Carré , Cai l lo t , Mar t inez-Torregrosa & Ramirez-

    Cas t ro , 1990) que nous avons mis à l ' ép reuve , dans des

    classes, avec des résultats très positifs ((GÜ D. et al 1988-a).

    Nous re je tons l ' in terpré ta t ion de l ' échec généra l i sé comme

    étant dû pr inc ipalement aux déf ic iences des é tudian ts , de

    p l u s ,

      p lu tô t que de r a i s onner en t e rmes de manques nous

    nous in téresserons aux d i f f icu l tés des é lèves e t nous mon

    t rerons dans ce t a r t ic le que la nouvel le or ien ta t ion que nous

    p ropos ons pe rme t de l e s ce rne r p lu s f inemen t e t , pa r l à

    même, de mieux les prendre en compte e t les t ra i te r . Nous

    commencerons donc pa r p rés en te r b r i èvemen t l e s ca rac té

    r i s t iques essent ie l les de not re modèle de réso lu t ion . Ensui te

    nous r e l a t e rons l e s d i f f i cu l t é s dé tec tées en s i tua t ion de

    c l a s s e p e n d a n t d e s s é a n c e s e n r e g i s t r é e s e n v i d é o . N o u s

    m o n t r e r o n s a i n s i q u e l e s d i f f i c u l t é s r e n c o n t r é e s p a r l e s

    é lèves sont b ien p lus complexes que ce l les habi tue l lement

    cerner les cons idérées , l iées d 'avan tage au x pro ce ss us de réso lu t ion

    difficultés pour qu 'à de s la cu ne s d a n s les co nn ai ss an ce s de s élèves et, pa r-

    mieux les tan t , du es à un m an qu e d 'ap pren tissa ge pl us qu 'à de s défi-

    dépasser c iences des é tu dia n ts . La cohérence en t re un e analyse ép is -

    témologique a pr ior i et ce que nous avons observé devient

    a ins i un appui supplémenta i re au modèle e t une a ide à sa

    mise en oeuvre.

    L RÉSOLUTION DE PROBLÊMES C O M M E

    CTIVITÉ DE RE CH ERCH E

    C o m m e n o u s l ' a v o n s d é j à d i t d a n s l ' i n t r o d u c t i o n n o t r e

    convic t ion de dépar t es t que , pour expl iquer un échec mas

    s if comme i l l 'es t , on ne peut pas ne pas remettre en ques

    t ion l 'enseignement lui-même.

    Nous ne pouvons pas reproduire ic i l ' ensemble de l ' a rgu

    menta t ion qui nous a condui ts à chois i r comme act iv i té de

    référence, pour la résolution de problèmes, les act ivi tés de

    r e c h e r c h e ; n o u s e s s a y e r o n s s i m p l e m e n t d e r é s u m e r l e s

    t ra i t s fondamentaux de ce modèle en renvoyant à d 'au t res

    a r t i c l e s p o u r u n e x p o s é p l u s c o m p l e t ( G i l & M a r t i n e z -

    Torregrosa, 1983 et 1987 ; Gil , Martinez-Torregrosa, 1983 ;

    Gii,

      Du m as -C ar ré , Ca il lo t, & M ar t inez -Tor reg ros a , 1990 ;

    Ga rret t , Gil, M artinez-Torregros a & Satter ly, 1990).

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    Notre poin t de dépar t es t une analyse de l ' idée même de pro

    b lème . B ien é t r angemen t , beaucoup de che rcheu r s en r é s o -

    qu 'es t ce qu 'un lut ion de problè m es ne se po se nt pa s cette que stio n et ut i l i -

    problème ?

      s e n t

      sans cr i t ique les énoncés de problèmes usuels (Krul ik

    & Ru dnik , 1980). Pa r cont re i l y a acco rd, pa rm i ceux qui se

    posent ce t te ques t ion , pour cons idérer un problème comme

    une s i tuation qui présente des diff icultés , pour lesquelles le

    réso lveur ne possède pas de so lu t ion tou te fa i te . Par tan t de

    ce t t e idée nous nous s ommes demandés dans que l l e mes u re

    la façon habituelle de conduire les act ivi tés de résolution de

    p rob lèmes s e r app roch e d 'un t r a i t emen t de s i tua t ions incon

    nues pour lesquel les on ne possède pas de so lu t ions tou tes

    fai tes.

      I l es t fac i le de cons ta ter qu 'habi tue l lement nous pro

    p o s o n s l e s s o l u t i o n s d e s p r o b l è m e s s a n s t e n t a t i v e s n i

    do u te s ; no us con na i s s on s l a s o lu t ion (pou r no us p ro fes

    seurs i l ne

     s agit

      pa s de problème ) e t no us la développons

    de façon l inéaire et le plus clairement possible. En consé

    q u e n c e , l e s é l è v e s p e u v e n t a p p r e n d r e c e t t e s o l u t i o n , l a

    reproduire dans des s i tua t ions suf f isamment vois ines mais ,

    en aucun cas , les élèves n 'apprennent à faire face aux diff i

    c u l t é s d ' u n v r a i p r o b l ê m e . D e p l u s , i m p l i c i t e m e n t , n o u s

    véhicu lons une fausse image du problème.

    C'es t à part ir de la mise en évidence de cette profonde inco

    hé rence ( cons équence d 'une concep t ion de l ' en s e ignemen t

    c o m m e s i m p l e t r a n s m i s s i o n d e c o n n a i s s a n c e s ) q u e n o u s

    a v o n s é l a b o r é n o t r e m o d è l e d e r é s o l u t i o n d e p r o b l è m e s

    comme une ac t iv i té proche de ce l le du chercheur sc ien t i

    fique.

    pas de données

    1 . 1 . L a s u p p r e s s i o n d e s d o n n é e s d a n s l ' é n o n c é

    Le fa i t que dans les problèmes usuels on t rouve les données

    ( l i t t é r a l e s e t / o u n u m é r i q u e s ) c o m m e p o i n t d e d é p a r t e s t

    révéla teur d 'une concept ion empir is te , aux an t ipodes de ce

    qu 'es t une ac t iv i té de recherche , où la quête des données

    per t inentes dér ive des hypothèses émises e t des s t ra tég ies

    d e r é s o l u t i o n r e t e n u e s . L a s u p p r e s s i o n d e s d o n n é e s e s t

    do nc abs olu m ent néce ssa i r e ; e lle contr ib ue à t rans form er

    le s énoncés f e rmés hab i tue l s en s i tua t ions p rob lémat iques

    ouver tes .

    1 . 2 . L e c h o i x d ' u n e o r i e n t a t i o n m é t h o d o l o g i q u e

    Cel le-c i v ise à év i ter une réso lu t ion mécanique e t à rappro

    che r l a r é s o lu t ion des p rob lèmes d 'une démarche s c ien t i

    f ique. Dans cette optique, les différentes activi tés que doi

    vent accomplir les élèves sont :

    1 ) Commencer pa r une é tude qua l i t a t ive en p réc i s an t l a

    s i t u a t i o n , e n f o r m u l a n t u n p r o b l è m e , e n p r e n a n t d e s

    décis ions à propos des condi t ions . Nous ins is tons sur la

    nécessi té de conduire les élèves à élaborer et explici ter

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    une

    représentation

    qualitative

    d abord

    de là

    représentation

    phénoméno-

    logique aux

    concepts

    physiques

    une représenta t ion( l ) du problème. Pour ce la nous avons

    élaboré des "a ides métacogni t ives" qui sont des heur is

    t iques guidant et faci l i tant l 'é laboration d 'une représen

    tat ion globale quali tat ive. Ces aides suivent une double

    démarche ana ly t ique / s yn thé t ique (pou r p lu s de dé ta i l s

    voir l 'annexe en f in d 'ar t icle) . D'une part el les décompo

    sent la représenta t ion to ta le en représenta t ions par t ie l les

    in termédia i res p lus s imples (chacune cent rée sur un seu l

    type de descripteurs) , d 'autre part el les organisent l 'ar t i

    cu la t ion , l a s yn thès e de ces r ep rés en ta t ions pa r t i e l l e s

    (Dumas Carré, Cail lot , Martinez Torregrosa & Gil 1989 ;

    Ca i llo t & D um as -C ar ré 1987 ; Ca i llo t & Du m as -C ar ré

    1989) .  L'analyse du but du problème fai t par t ie de cette

    représenta t ion . Cet te ac t iv i té de représenta t ion es t c r i

    t ique dans le processus de résolution car c 'es t là que le

    passage de la vie courante (fai ts , événements) à la phy

    s ique (grandeurs physiques) se fai t .

    2 ) Emet t re des hypothèses fondées (en s 'appuyant sur les

    conna i s s ances "dé jà l à " que l l e s s o ien t de phys ique ou

    qu' i l s 'agisse de conceptions) à propos des facteurs qui

    peuvent intervenir sur ce que l 'on cherche et de la façon

    dont i ls vont jouer (en envisageant, par exemple, des cas

    limites d'interprétation facile).

    Nous a t t i rons l ' a t ten t ion sur le fa i t que ce t te cons t ruc

    t ion d 'hypo thès es e s t u r t e bonne oppor tun i t é pou r que

    les é lèves expr iment leurs concept ions . Dans la pra t ique

    habi tue l le ce t te ac t iv i té de cons tuct ion d 'hypothèses , qu i

    pourtant es t le coeur de la pensée scientif ique, es t totale

    men t abs en te des ac t iv i t é s de r é s o lu t ion de p rob lèmes

    (Gil & M artinez- Torreg rosa , 1984).

    3) Elaborer et explici ter des chemins de résolution (plani

    f ier) avant de commencer à trai ter dans le détai l . Notre

    modèle demande d 'envisager  p lus ieurs  chemins de réso

    lu t ion pour rendre poss ib les les compara isons des résu l

    ta ts ob tenus par les d i f féren ts chemins e t pour met t re en

    évidence la cohérence du corpus des connaissances .

    4 ) I n s t a n c i e r c o m p l è t e m e n t u n c h e m i n d e r é s o l u t i o n e n

    expl iquant ce qui es t fa i t , en verbal isan t au maximum ;

    c e c i p o u r e m p ê c h e r e n c o r e u n e f o i s , u n e r é s o l u t i o n

    mécanique sans s ign i f ica t ion phys ique .

    5) Analyser les rés u l ta ts à la lumière des hyp othès es e t tou t

    par t icu l ièrement des cas l imi tes cons idérés .

    6 ) E n v i s a g e r d e s p r o l o n g e m e n t s p o s s i b l e s : p o u r r a i t - o n

    r é s o u d r e à u n n i v e a u d e m o d é l i s a t i o n e t / o u d e c o m

    plex i té d i f féren t ? Pourra i t -on envisager une s i tua t ion

    expérimentale pour vérif ier les résultats ? . . .

    Nous ins is tons sur le fa i t que les or ien ta t ions précédentes

    ne cons t i tuen t pas un a lgo r i thme pour gu ide r pas à pas

    l 'activité des élèves ; bien au contraire, il

     s agit

      d ' indications

    g é n é r i q u e s d e s t i n é e s à a t t i r e r l ' a t t e n t i o n s u r d e s " b i a i s

    ( 1 )

      Représentation

     du

     problème

    au sens de LARKIN

     &

     REIF ( 1979)

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    imagination,

    créativité et

    rigueur

    méthodo log iques " né fas te s du compor temen t hab i tue l dés

    élèves . Parmi ces biais on peut ci ter la tendance à accepter

    les "év idences" de sens commun, ce qui condui t à penser en

    termes de cer t i tudes e t non d 'hypothèses , à ne pas douter

    des résu l ta ts . . . Ce modèle pré tend donc a ider les é lèves à

    trai ter des problèmes ouverts de façon imaginative, créatr ice

    et r igoureuse en accord avec la pensée scientif ique.

    2 .  L E S T A T U T D E S D I F F I C U L T E S E T / O U E R R E U R S

    D A N S C E T T E C O N C E P T I O N D E L A R E S O L U T I O N

    D E P R O B L È M E S

    les raisons

    d échec citées

    par des

    enseignants

    statut des

    difficultés et

    erreurs

    Nous al lons considérer les diff icultés des élèves lors de réso

    lu t ions dans une perspect ive qui rompt avec les concept ions

    s pon tanées des ens e ignan t s . Une é tude r éa l i s ée avec p lu

    s i eu r s cen ta ines de p ro fes s eu r s de phys ique e t ch imie de

    l ' ense ignement secondaire (Mar t inez-Torregrosa , 1987) sur

    les causes d 'échec des élèves dans les act ivi tés de résolution

    de problèmes a montré que les seu les ra isons invoquées par

    un pourcentage s ignif icat if d 'enseignants sont :

    a ) le ma nqu e de conn a i s s an ces théo r iques ,

    b ) le ma nqu e de conn a i s s an ces m a thém at ique s ,

    c) le m a n q u e d ' a t t e n t i o n l o r s d e l a l e c t u r e d e

    l 'énoncé.

    Ces explications révèlent une conception de la résolution de

    p r o b l è m e s c o m m e s i m p l e a p p l i c a t i o n d e c o n n a i s s a n c e s

    théoriques déjà acquises ; les diff icultés seraient donc dues

    seulement à un manque d 'é tude e t d 'a t ten t ion des é lèves ;

    ce t te concept ion va souvent de pa i r avec un ense ignement

    s ' appuyan t s u r l a t r ans mis s ion / r écep t ion de conna i s s ances

    toutes fa i tes (concept ion d 'a i l leurs sous- jacente aux com

    menta i res de programmes e t Ins t ruc t ions Off ic ie l les ) . Les

    pos s ib i l i t é s de r eméd ia t ion s e r a ien t a in s i t r è s l imi tées e t

    r e l ève ra ien t exc lus ivemen t de l a r e s pons ab i l i t é de l ' é l ève

    et /ou de la répét i t ion .

    Comment peut-on envisager ce t te même ques t ion s i la réso

    lution de problèmes devient une activi té proche de celle des

    che rcheu r s ?

    L' idée de diff iculté change de s tatut : el le perd sa connota

    tion négative (déficience de l 'élève) pour devenir un passage

    "normal" , "nature l" . En ef fe t les d i f f icu l tés pour résoudre

    sont consubs tancie l les à tou te s i tua t ion rée l lement problé

    mat ique , résoudre un problème ne se l imi te pas à se rappe

    ler une so lu t ion déjà vue mais cons is te à chercher , essayer ,

    surmonter des obs tac les (e t cec i tou t au long du processusde résolution) . Les diff icultés , dans ce cadre, ont alors un

    rôle posit if ; une diff iculté explici tée, s i tuée, surmontée au

    cour s d 'un p rob lème donné cons t i tue un app ren t i s s age pou r

    l e s p r o b l è m e s s u i v a n t s , a l o r s q u ' é v i t e r o u c o n t o u r n e r l a

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    même diff iculté (ce qui es t t rès souvent fai t dans les pro

    b lèmes usuels ) n 'appor te r ien en termes d 'apprent is sage .

    Nous a l lons main tenant décr i re une expér ience au cours de

    laquelle nous avons observé, en s i tuation de classe, les diff i

    cultés effectivement rencontrées par les élèves et nous les

    in terpré terons e t les s i tuerons par rappor t aux d i f féren tes

    activi tés cognit ives de résolutio n ex plici tées pa r le modè le.

    3 .  S I T U A T I O N E X P É R I M E N T A L E

    Le premier pas (premier dans le temps e t p remier par son

    impor tance) pour apprendre à af f ronter e t à surmonter une

    difficulté est qu'elle soit identifiée comme telle, qu'elle soit

    d 'abord ressent ie pu is expl ic i tée . En conséquence , i l fau t

    que le t ravai l des é lèves cons is te à résoudre de vra is pro

    b lèmes , pour eux , en la is san t rée l lement à leur charge les

    diverses activi tés cognit ives , sans les court-circuiter par des

    énoncés t rop s téréo typés . Ensui te , b ien que le modèle ép is -

    témologique ne dise r ien à propos du mode de travail péda

    gogique , i l fau t , pour ê t re cohérent , met t re les é lèves en

    mode de travail s i tu at io n d ' identif ier et d 'exp lici ter le ur s diff icultés . Po ur

    pédagogique ce la , un e so l u t io n con s is te à les fa ire t ravai l le r de façon

    au tonome , en pe t i t s g roupes , avec des mis es en commun

    pér iodiques an imées par le professeur . De te l les mises en

    commun ar r ivent après que chaque groupe a i t é laboré une

    r e p r é s e n t a t i o n q u a l i t a t i v e d e l a s i t u a t i o n , d e f a ç o n à

    confronter ces représentat ions . De même i l convient de faire

    une mise en commun pour obten i r un accord sur les déci

    s ions e t s impl i f ica t ions chois ies , de confronter les hypo

    thèses fai tes , de comparer les différents chemins de résolu

    t ion p ropos és . La de rn iè r e mis e en commun conce rne l a

    d i s cus s ion des r é s u l t a t s e t l e s ouver tu res pos s ib le s . Ce t t e

    façon de gérer l 'act ivi té permet à chaque groupe de confron

    ter son travail à celui des autres (ce qui obligera à mieux

    explici ter et à jus t if ier sa pensée) et aux résultats établis par

    la "communauté sc ien t i f ique" représentée par le professeur .

    Cette façon de travail ler se rapproche ainsi d 'une recherche

    fa i t e pa r des che rcheu r s débu tan t s s ous l a d i r ec t ion d 'un

    c h e r c h e u r c o n f i r m é - le p r o f e s s e u r - ( G il & M a r t i n e z -

    Torregrosa, 1987). De cette manière les difficultés ont l 'occa

    s ion d 'être exprimées, explici tées , s i tuées et surmontées .

    L ' expér i ence que nous déc r ivons

      s est

      dé rou lée au lycée

    Henry IV, dans une classe de Première S, à l 'occasion d 'un

    p r o j e t d ' é t a b l i s s e m e n t . L e s é l è v e s , p a r d e m i - c l a s s e ( 1 6

    élèves ) , on t eu , pendant un semes t re , une séance supplé

    menta i re de lh30 consacrée exclus ivement à la réso lu t ion

    de problèmes avec leur professeur de phys ique habi tue l . Les

    quels élèves élèves trava illent en su iv an t le m odèle déc rit et en ut ilis an t

    concernés ? l

    e s

      aides métacognit ives pour élaborer la représentat ion (ces

    aides ont été enseignées pendant l 'horaire "normal") ; ces t la

    p remiè re fo i s qu ' i l s t r ava i l l en t de ce t t e f açon . A chaque

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    5 9

    séance nous avons enregistré en vidéo le travail d'un groupe

    et les mises en comm un (soit 2 x 1 1 séances différentes).

    Nous sommes donc dans des conditions d 'observation de

    classe privilégiées, nous avons, grâce aux enregistrements

    vidéo, la possibilité de voir et revoir, de revenir en arrière

    pour ressituer, si besoin est, une intervention d'un élève...

    Ces conditions, hélas, ne sont pas celles du professeur seul

    da ns sa classe. C'est pourquoi no us avons pu analyser fine

    ment et "voir" des choses qui échappent habituellement à

    l'enseignant.

    Nous avons analysé différentes séances à partir des trans

    criptions (nous ne travaillons que sur le verbal ; la prise en

    compte du gestuel étant en dehors de nos compétences ).

    Séance par séance nous avons repéré les difficultés rencontrées par les élèves pendant les phases de travail autonome

    en petits groupes (qu'elles débouchent sur une erreur ou

    non).

      A ce niveau d'analyse il  s agit  de difficultés particu

    lières, contextualisées, exprimées dans le cadre de la situa

    tion physique étudiée. Puis nous avons comparé, mis en

    parallèle ces cas particuliers pour détecter des "racines"

    communes reliées à l'une ou l'autre des activités cognitives

    explicitées da ns le modèle de résolution.

    4 .

      LES DIFFICULTÉS RENCONTRÉES PAR LES

    ÉLÈVES AU COURS D'ACTIVITÉS DE RÉSOLUTION

    DE PROBLÊMES

    Pour organiser notre analyse no us avons reten u la catégori

    sation suivante :

    1) les difficultés liées aux connaissances,

    2) celles liées au processus de résolution (plus ou moins

    ponctuelles mais toujours de l'ordre des métaconnais-

    sances),

    3) celles liées à la situation de travail, aux interactions

    entre individus da ns un groupe ou entre groupes.

    Nous allons centrer la suite de l'exposé essentiellement sur

    les catégories 2 et 3, la catégorie 1 étant bien connue de

    tous.

     En effet les cau ses d'erreu rs a) et b) citées par les pro

    fesseurs (cf 2.) relèvent de cette catégorie 1 ; la cause c) est

    plus complexe et app araîtra dan s l'analyse suivante.

    4.1.

      Difficultés liées aux connaissances

    A propos des connaissances nous ne détaillerons qu'un seul

    point , qui au cours de ce travail , nous es t apparu très

    important : il

     s agit

     de la modélisation du tem ps ; celle-ci est

    catégories de

    difficultés

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    6 0

    une modélisation

    de base en

    physique toujours

    ignorée

    un dialogue

    révélateur

    considérée comme acquise par les professeurs mais , de fai t ,

    ne l ' es t pas pour une propor t ion non négl igeable d 'é lèves

    ( rappelons que les é lèves inc lus dans ce t te expér ience sont

    en Première S d 'un très bon lycée paris ien donc de "bons"

    élèves , s i ces é lèves - là n 'on t pas les prérequis supposés on

    peut penser que cette diff iculté sera présente chez d 'autres) .

    Dès lors que l 'on formalise, que l 'on uti l ise des pr incipes i l

    e s t i n d i s p e n s a b l e d e m o d é l i s e r l e s s i t u a t i o n s é t u d i é e s .

    C e r t a i n e s m o d é l i s a t i o n s s o n t c o n s i d é r é e s c o m m e d é j à

    c o n n u e s e t , e n c o n s é q u e n c e , r e s t e n t n o n e x p l i c i t é e s n o n

    d i s cu tées . Or bon nombre d ' é l èves de P remiè re ( ceux de

    cet te expér ience mais auss i d 'au t res inc lus dans les expé

    r iences du groupe PROPHY 1987) n 'ont pas conceptualisé le

    temps en d i f férencian t l ' ins tan t e t la durée . I l s res ten t auniveau événement ie l ce lu i des phénomènes . I l y a des événe

    ments longs e t d 'au t res brefs , mais l ' ins tan t de durée nul le

    comme passage à la l imi te n 'a pas de sens pour eux . Cet te

    modél isa t ion n 'es t généra lement jamais expl ic i tée n i d iscu

    tée el le es t considérée comme déjà acquise (quand ? on peut

    se poser la question) .

    Le t emps , g r andeu r phys ique , néces s i t e comme tou tes l e s

    au t res un t ravai l de conceptual isa t ion pour le d i f férencier

    du sens commun de la v ie courante ; ce t ravai l de concep

    tua l isa t ion es t fa i t pour des grandeurs comme la force , par

    exemple, pourquoi le temps du physicien serai t- i l "compris"

    spontanément sans é labora t ion conceptuel le ? Une modél i

    sa t ion cor rec te demandera i t deux é tapes :

    1) l ' ins tant es t de durée nulle, l ' ins tant es t à la durée ce que

    le point es t à la longueur ;

    2) cer ta ins événements peuvent ê t re modél isés comme ins

    t a n t a n é s .

    Hab i tue l l emen t on pas s e d i r ec temen t au deux ième as pec t

    sans avoir abordé le premier (supposé connu) d 'où la confu

    s ion en t re ins tan t e t phase t rès cour te qu i peut même a l ler

    Jusqu 'au refus du concept d ' ins tan t ( refus lég i t ime tan t que

    c e c o n c e p t r e s t e a c c r o c h é a u x é v é n e m e n t s q u i n e s o n t

    j ama is v ra imen t in s t an tanés ) .Voici un exemple. La s i tuation étudiée es t la suivante : un

    ressor t hor izonta l es t main tenu compr imé par une f ice l le ,

    une bil le es t posée contre l 'extrémité du ressort , on brûle la

    f icel le . Décrire temporellement cet événement. Deux élèves

    ( représentan ts de deux groupes d i f féren ts ) on t le d ia logue

    suivant :

    ...élève 1" On a

      défini deux phases

      (2),

      une phase où la bille

    est contre le ressort com primé et une phase où la

    bille a quitté le ressort, où le ressort est détendu et

    entre les deux laficelìe  a  brûlé...

    (2) Dans les aides cognitives du groupe PROPHY le mot phase désigne

    une durée bornée par deux instants caractéristiques identifiés

    comme correspondant

     à

     un changement des conditions physiques.

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    61

    .élève 2  (on a une phase de plus) une phase où le ressort

    se détend et la bitte est con tre

      be

      ressort...

    .élève 1

      c'est un instant ça, ça c'est un Instant, c'est très

    court parce que le ressort est comp rimé et dès que

    la ficelle aura fini d e se casser, toc, la bille va par

    tir. Donc c'est un instant...

    différentes

    activités

    cognitives

    entraînent

    différentes

    difficultés

    les difficultés de

    représentation

    sont

    généralement

    masquées

    4 .2 .  Difficultés liées aux processus de résolution

    Dans le processus de résolution on peut identif ier différents

    types d 'ac t iv i tés cogni t ives (que nous n 'appel lerons pas des

    é tapes ou des phas es pou r ne pas in t rodu i r e une idée de

    success ion dans le temps qui ne pourra i t qu 'ê t re fausse) que

    n o u s a v o n s p r é s e n t é e s d a n s l e s p a r a g r a p h e s p r é c é d e n t s .Nous avons organisé les diff icultés des élèves en suivant ce

    découp age en ac t iv i tés de réso lu t ion de na tu re s d i f féren tes .

    • Difficultés liée s à 1 analvse quali tat ive, la

    représenta t ion du problème, l ' émiss ion

    d 'hypothèses

    Cet te ac t iv i té dans le processus de réso lu t ion de problème

    es t première à la fo is dans le temps e t par son impor tance .

    De nombreus es r eche rches on t mon t r é que c ' e s t s u r tou t s u r

    ce poin t - là que les exper ts e t les novices ont des compor te

    ments différents (entre autres : Chi M.T.H. et al . , 1982).

    Dans l ' u t i l i s a t ion hab i tue l l e des p rob lèmes , l ' é l abo ra t ion

    d 'une r ep rés en ta t ion e t l ' émis s ion d 'hypo thès es s on t r a r e

    ment pr ises en compte ( i l n 'es t que de voir les corr igés pro

    pos és d an s l e s man ue l s qu i l e s igno ren t to t a l emen t ) . Les

     dif

    f i cu l t é s des é l èves co r r es pondan t à ces ac t iv i t é s ne s on t

    donc pas vues . La seu le chose observable es t la propor t ion

    élevée d 'é lèves qui ne démarren t pas du tou t le problème.

    S ouven t , cec i e s t ana lys é comme u n m anq ue de co mpréh en

    s ion de l ' énoncé e t a t t r ibué à des p rob lèmes de l angue ;

    mais en fa i t l 'obs tac le es t de passer d 'une descr ip t ion phé

    noménologique à une descr ip t ion en termes de concepts de

    phys ique e t qu i fasse in tervenir des re la t ions causales . Ce

    n 'es t pas la compréhens ion du langage qui es t en jeu mais

    bien celle de la physique. Notre façon de travail ler ( les aides

    PROPHY, les énoncés uti l isés , la gest ion des activi tés . . . ) , au

    contraire, réunit des condit ions pour que les diff icultés des

    é lèves concernant l ' ana lyse phys ique e t la représenta t ion du

    problème puissent émerger .

    Nous a l lons donner des exemples spéci f iques observés qui ,

    dans not re in terpré ta t ion , incarnent les d i f f icu l tés de ce t te

    par t ie du processus de réso lu t ion .

    A

      propos de l'élaboration ou de la prise de conscience

    d'une modélisation

    Cette diff iculté des élèves se retrouve, sous des formes un

    peu d i f féren tes , auss i b ien dans les problèmes ouver ts que

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    6 2

    da n s des prob lèm es fermés (3) . D an s les prem iers e lle es t de

    faire la modélisat ion, les passages à la l imite, les épurations .

    Dans les deuxièmes e l le es t de prendre conscience , de don

    n e r d u s e n s à l a m o d é l i s a t i o n p r é s e n t é e t o u t e f a i t e p a r

    l 'énoncé. Il es t diffici le d e don ne r un ex emp le suff isam me nt

    bref car cette difficulté est diffuse, présente tout au long de

    l 'élaboration de la représentat ion. I l faudrait ci ter des trans

    cr ip t ions en t ières .

    A propos de Vexplicitation ou de la prise de conscience

    du but du problème

    Résoudre un problème n 'a de sens que s i l 'on sa i t ce que

    quel but ? l '

    o n

      cherche Di t au t rem en t le problème doi t avoir u n bu t .

    Combien d ' é l èves commencen t à " f a i r e des chos es " s ans

    s a v o i r c e q u ' i l s c h e r c h e n t O n p e u t d i f fé r e n c ie r d e u x

    causes : le but n 'es t pas identif ié (pour les problèmes fer

    més) ou n 'es t pas explici té (pour les problèmes ouverts) ou

    bien le but identif ié es t erroné non pert inent ou oublié.

    Dans nos t ranscr ip t ions d 'observat ion nous re t rouvons t rès

    s o u v e n t d e s p h r a s e s d u t y p e " à

      propos qu'est-ce qu'on

    cherche  ?" qui i l lus tren t la prem ière de s diff icultés ci tées ;

    ou des ph ras es du type  n'oublie pas que c'est X que Von

    cherche qui i l lus t ren t la seco nde.

    A propos de la précision de la situation étudiée et des

    décisions à prendre

    Cec i conce rne e s s en t i e l l emen t l e s p rob lèmes ouver t s pou r

    lesquels i l faut décider de la s i tuation à étudier en précisant

    les condit ions ( les hypothèses de travail) .

    A ce niveau nous avons observé trois causes de diff icultés et

    d 'e r reurs .

    1)  L e s d é c i s i o n s p r i s e s r e s t e n t i m p l i c i t e s  (pas seu lement

    I'explication est

      a u

      n iveau de la communicat ion dans le groupe mais pour

    nécessaire à la celui m êm e qu i les a pr ises ) . U ne m anife s tat io n en es t la

    communication pein e qu e les élèves on t à pre nd re cons cienc e du fait que , à

    par t i r du moment où i l s décr ivent le compor tement d 'un d is

    positif,

      i l s on t pr is des décis ions à propos des condi t ions de

    fonct ionnement .

    P a r exemple : nous donnons une des c r ip t ion phénoméno lo

    g ique d 'un d ispos i t i f (une meule pour a iguiser des out i l s )

    s ans aucune ind ica t ion s u r l e s cond i t ions de fonc t ionne

    men t (que l type de mo teu r . . . ) e t nous l eu r demandons de

    décr i re ce qui se passe . Bien sûr , les d i f féren ts groupes ,

    ayant fai t des choix différents (moteur à vi tesse constante

    pour l e s uns , mo teu r à pu i s s ance cons tan te pou r l e s au t r e s )

    mais non expl ic i tés , décr ivent des fonct ionnements d i f fé

    r e n t s .

      I l nous a fa l lu presque une séance en t ière pour les

    amener à prendre conscience qu ' i l s avaien t fa i t des choix

    (3) Par problème fermé nous entendons un problème à solution e t réso

    lution unique puisque la modélisation, les conditions, les données

    sont imposées par l'énoncé ; à l'opposé un

     problème ouvert

     même

    s'il a une et une seule solution peut avoir plusieurs résolutions pos

    sibles.

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    sans explicitation

    les déc isions

    peuv ent f luctuer

    hypothèses,

    décision,

    inferences ce

    n st pas la

    mêm e chose

    différents et que, dans le cadre de ces choix, bien que leurs

    des c r ip t ions s o ien t d i f f é r en tes , l e s r a i s onnemen ts é t a i en t

    éga lemen t va lab les . Nous ne cons idé rons pas que ce long

    tem ps pas sé so i t du tem ps perd u , b ien au contra i re I l é ta i t

    nécessaire pour explici ter et surmonter , cet te fois- là , la diff i

    cu l té ; c ' es t du temps gagné pour la su i te . Cet te remarque

    es t val ide de façon géné ra le ; pa s s e r be au co up de t e m ps

    pour surmonter une d i f f icu l té c 'es t acquér i r des out i l s des

    moyens pour p lus ta rd ; c 'es t donc du temps gagné puisqu ' i l

    y a eu un apprentissage s ignif icat if .

    2)   C e r t a i n e s c o n d i t i o n s d e f o n c t i o n n e m e n t n e s o n t p a s

    p r é c i s é e s

      ( ce r t a ines déc i s ions ne s on t pas p r i s e s ) ce qu i

    condui t généra lement à les fa i re changer en cours de réso lu

    t ion au gré des in tervent ions des par t ic ipants du groupe ou

    selon la plus grande facil i té du moment. En définit ive, la

    r é s o lu t ion pa ra î t i ncohéren te e t on ne s a i t pas à que l l e s

    condi t ions cor respond le résu l ta t ob tenu .

    Ains i dans le problème "autoroute" (on é tudie le mouvement

    de deux vo i tu res qu i rou len t dans l e même s ens s u r une

    autoroute où la v i tesse es t rég lementa i rement l imi tée ; sur

    une por t ion avec des t ravaux, la v i tesse es t l imi tée à une

    valeur infér ieure à la vi tesse réglementaire : t racer l 'a l lure de

    la courbe donnant en fonct ion du temps la d is tance sépa

    ran t les deux voi tures ) à aucun moment les é lèves ne préc i

    sent où se fai t le ralentissement (on peut inférer que pour

    cer ta ins c 'es t avant le début des t ravaux -en accord avec le

    code de la rou te- a lors que pour d 'au t res c 'es t à par t i r du

    début des travaux) et cet implici te perdure jusqu 'à la f in , les

    conclusions part iel les se référant à l 'une ou l 'autre de ces

    condi t ions .

    3) Une mé con na i s san ce de la d i f férence d e na ture entre

    - d e s d é c i s i o n s  : des choix arb i t ra i res parmi des poss ib les

    également per t inents ,

    -  d e s h y p o t h è s e s  : de s cons t ru c t ions t en ta t ives qu i p r en

    nent leur source dans les connaissances des é lèves e t qu i

    t iennent compte des décis ions pr ises ,

    -

      d e s d é d u c t i o n s f a i t e s

      : l e d é r o u l e m e n t d ' u n r a i s o n n e

    ment à par t i r de prémisses c la i res , e t s ' appuyant sur les

    principes et les lois de la physique.

    Le s tatut différent de ces trois act ions différentes mais inter

    dépendan tes n ' e s t pas r econnu .

    Une manifes tat ion de cette diff iculté es t un emmêlement des

    t ro is ac t ions : des hypothèses sont émises e t des débuts de

    déduct ions hâ t i f s sont fa i t s a lors même que les condi t ions

    n 'on t pas é té suf f isamment préc isées , ce qui condui t sou

    v e n t à d e s i m p a s s e s . P a r e x e m p l e d a n s u n p r o b l è m e d e

    mouvement sur un p lan inc l iné les é lèves ne font pas la

      dif

    férence entre l 'hypothèse "vi la vitesse initiale de l 'objet en

    mouvemen t e s t un f ac teu r in te rvenan t dans l ' é tude" e t l a

    décis ion " vi

     m

      0".

    Une au t re manifes ta t ion de ce t te non connaissance des s ta

    tu ts d i f féren ts appara î t lo rsqu 'on change une (des ) condi

    t ion^) de fonctionnement chois ie(s) , alors , pour les élèves i l

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    s agit  d 'un p rob lème nouveau , i l s on t beaucoup de ma l à

    cons idé re r qu 'un e pa r t ie des hypo thès e s e t du r a i s onn em en t

    peut ê t re conservée .

    Ains i nous avons enchaîné t ro is s i tua t ions découlan t , pour

    n o u s ,

      l 'une de l 'autre : dans la première i l n 'y a pas de frot

    tem ents , da ns la second e il y a u n f ro t tement c on s ta n t ( le

    res te étant inchangé) enfin le frottement devient proport ion

    nel à la v i tesse ; dans la présenta t ion ora le , le professeur

    précise la modif ication intervenue d 'un problème à l 'autre.

    Malgré cela, la plupart des élèves trai tent les s i tuations 2 et

    3 comme des s i tua t ions nouvel les en recommençant la to ta

    l i té du ra isonnement sans ten i r compte du fa i t que seu le

    une force es t changée.

    A propos du statut de l'hypothèse

    Généra lement les é lèves ne savent pas ce qu 'es t une hypo

    thèse ; cec i se t radui t pour eux , commençant à t ravai l le r de

    cet te façon , par cer ta ins compor tements .

    I l s n 'a rgumentent que t rès peu e t généra lement se conten

    ten t d 'a f f i rmat ions (auss i b ien comme émet teur que comme

    les arguments récepteur) ; i ls én on ce nt les facteu rs do nt po urr ai t dép en dre

    employés I

    e

      r é s u l t a t che rché s an s au cu ne ju s ti f ica t ion , s an s au cu ne

    référence à des connaissances . I l s pensent en te rmes de cer

    t i tudes , d 'év idences qui n 'on t pas beso in d 'ê t re ques t ionnées

    ou a rgumen tées .

    Dans l e s s éances obs e rvées l e s exemples en s on t pe rmanents ; c ' es t le compor tement "normal" ; i l n 'y a argumenta

    t ion qu 'en cas de confl i t , de désaccord reconnu.

    Dans une s i tua t ion donnée i l y a des var iab les ( la v i tesse

    d 'un obje t par exemple) e t des paramètres qu i ne var ien t pas

    variables e t d a n s ce t te s i tu a t i on m ais qu i po urr a ie n t avoir un e au t r e

    paramètres va leu r da ns u n e expérience sem blable ( la m as se d 'u n objet

    par exemple) . Les élèves ont beaucoup de mal à faire inter

    v e n i r d e s p a r a m è t r e s c o m m e h y p o t h è s e ( p u i s q u e d a n s

    l 'expérience étudié e ils ne var ient pa s ). Un par am ètr e part i

    cu l ier g ( in tens ité de la pesante ur ) e s t encore p lus probléma

    t ique que les au t res (e t c 'es t b ien compréhens ib le pu isque g

    garde la même valeur dans la t rès grande major i té des expé

    r iences é tudiées ) . La p lupar t des groupes ignorent complè te

    m e n t c e p a r a m è t r e l o r s d e l ' é m i s s i o n d e s h y p o t h è s e s e t

    quand, par fo is , l 'un des membres du groupe le propose les

    autres le refusent , souvent avec violence.

    Ains i dans l e p rob lème " s ka te boa rd" (où l ' on che rche à

    déterminer la v i tesse acquise par un spor t i f sur sa p lanche

    au bas d 'une pente sachant que la force de f ro t tement peut

    ê t r e cons idé rée comme cons tan te l e long de l a pen te ) un

    seul groupe sur les c inq propose g comme paramètre in ter

    venant dans la va leur de ce t te v i tesse .

    Pour beaucoup d 'é lèves t rouver un paramètre qui expl ique

    une variat ion es t suff isant , i l es t inuti le de pousser l 'analyse

    plus lo in e t de chercher d 'au t res causes . En fa i t , le p lus

    souvent , i l s n 'émet ten t pas des hypothèses i l s cherchent des

    facteurs explicatifs et un seul leur suffit.

  • 8/16/2019 ASTER_1992_14_53.pdf

    13/23

    6 5

    • Difficultés liée s à l'élaboration de plu sie ur s

    chemins de résolution

    A

     propos de plusieurs

    Un des aspects les plus nouveaux de notre façon d'envisager

    la résolution de problèmes par rapport à la tradition est la

    demande de prendre en considération plusieurs chemins de

    réso lut ion poss ib le s (même s i on ne l e s mène pas tous

    une solution Ju sq u'a u bo ut) . Les élè ve s, au dé bu t, ré si st en t à cet te

    suffit dem an de. On peu t rapproch er ceci de difficultés déjà sign a

    lées : cel le de prendre en compte plusieurs paramètres et

    cel le de prendre conscience des choix implicitement faits.

    Un même comportement les sous-tend : i ls ont trouvé une

    so lut ion (un paramètre qui expl ique ou un chemin pour

    résoudre ou une façon de fonctionner) cela suff it , i l est

    inutile de poursuivre plus loin

    Souvent un chemin de réso lut ion appara î t év ident aux

    élèves, c'est l'utilisation de la définition générique formelle

    définition n'est G

    a

      formule qui a servi pour définir la grandeur cherchée à

    pas chemin de partir de grandeu rs déjà conn ues). Ce chem in de résolution

    résolution es t tellem ent pre gna nt pou r les élèv es qu'ils ten ten t de le

    mettre en oeuvre même s'il n'est pas viable dans la situation

    particulière étudiée.

    Par exemple dans un problème où i l leur est demandé de

    calculer un travail ils ne voient pas d'autres voies possibles

    que l'application de la formule W = F. 1. Ils ne pe ns en t pa s à

    relier ce travail à d'autres grandeurs physiques (l'énergie

    cinétique par exem ple).

    Une autre manifestation de cette difficulté à propos des che

    mins de résolution différents concerne les conditions de vali

    d i t é . L o r s q u ' o n d e m a n d e a u x é l è v e s d ' e n v i s a g e r u n

    deuxième chemin, i ls ne remettent pas en quest ion systéma

    tiquement les choix stratégiques faits pour mettre en oeuvre

    le premier. Ils les reconduisent sans se demander s ils  sont

    encore valides.

    Par exemple après avoir traité un problème (de chute libre)

    en appliquant le théorème de l'énergie cinétique (l'objet tombant étant le système pertinent) , lorsqu'on leur demande

    d ' u t i l i s e r la v a r i a t i o n d e l ' é n e r g i e m é c a n i q u e c o m m e

    deuxième chemin de résolution possible i ls conservent le

    même système, sans aucune réflexion à ce sujet (alors qu'il

    faut changer de système étudié e t considérer l 'ensemble

    objet-Terre, ou objet dans le champ de pesanteur) ce qui les

    condu it à une erreur.

    A propos de élaborer

    Les élèves planifient difficilement la résolution entière et

    c o n ç o i v e n t r a r e m e n t l ' e n s e m b l e d u c h e m i n d u d é b u t

    jusqu'au résu l ta t , à exécuter pas â pas . De façon p lusdétail lée no us décrirons de s manifestat ions plus ponctuelles

    et plus facilement observables.

  • 8/16/2019 ASTER_1992_14_53.pdf

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    6 6

    les hypothèses

    pour planifier

    refus des

    variables

    intermédiaires

    N'ayant pas été ini t iés à ce genre de démarche, i ls n 'ut i l isent

    pas les hypothèses comme guide pour la p lan i f ica t ion . Ceci

    se manifes te dans des d i f f icu l tés à chois i r le sys tème, e t /ou

    la (les ) ph as e (s) à pre nd re en c om pte . S i les hy po th ès es

    é ta ien t c la i res e t servaien t de guide ces choix se fera ien t

    p lus expl ic i tement sur des bases so l ides e t non pas de façon

    arb i t ra i re vo i re ch an ge an te en co urs de réso lu t ion De la

    même façon on cons ta te que par fo is , la mise en équat ion es t

    fa i te avec des grandeurs phys iques au t res que ce l les concer

    nées par les hypothèses ce qui prouve b ien que ce l les -c i ne

    sont pas u t i l i sées comme guide .

    Une autre diff iculté de la planif icat ion concerne les variables

    in termédia i res (des grandeurs que l 'on ne connaî t pas , que

    l 'on ne cherche pas , mais qu ' i l fau t momentanément u t i l i ser

    avant de les é l iminer ) . Les é lèves ont beaucoup de mal à

    identif ier et à donner leur s tatut à de tel les variables inter

    média i res . Souvent i l s refusent un chemin de réso lu t ion qui

    en fai t intervenir parce qu ' i ls n 'ont pas suff isamment anti

    cipé,

      qu ' i ls n 'ont pas vu qu 'à la f in , el les disparaîtront , et

    q u e n e p a s a v o i r l e s m o y e n s d e l e s c o n n a î t r e n ' a p a s

    d ' impor tance .

    Nous avons rencontré ce t te a t t i tude chaque fo is que la réso

    lu t ion dem and ai t l 'u ti l isa t ion d 'une var iab le in terméd ia i re .

    Ainsi dans le problème "f l ipper" (une bil le lancée par un res

    sor t qu i se décompr ime parcour t d 'abord un p lan hor izonta l

    puis monte le long d 'un plan incliné ; i l n 'y a pas de frotte

    ments e t on demande de re l ie r la hauteur h a t te in te par la

    bil le sur le plan incliné au travail donné par le ressort) le

    chemin de résolution uti l isant la vi tesse de la bi l le lors de sa

    sépara t ion d 'avec le ressor t comme var iab le in termédia i re

    (chemin pert inent et seul possible en classe de Première) es t

    évoqué par l 'un des élèves mais refusé par les autres "parce

    qu'on ne connaît pas cette vi tesse "

    U n e a u t r e m a n i f e s t a t i o n d u m a n q u e d ' a n t i c i p a t i o n , d e

    vis ion globale de la résolution es t la suivante : nous n 'avons

    jamais vu les é lèves u t i l i ser spontanément la compara ison

    e n t r e n o m b r e d e r e l a t i o n s i n d é p e n d a n t e s p o s s i b l e s e tnombre d ' inconnues a lors que ce t te compara ison sera i t un

    indicateur de planif icat ion. En effet cet te heuris t ique géné

    ra le demande de prendre en compte l ' ensemble des informa

    tions disponibles , la demande du problème et le pr incipe à

    u t i l i s e r ( s a n s r é s o u d r e m a t h é m a t i q u e m e n t p o u r a u t a n t ) ;

    c 'es t donc b ien une an t ic ipa t ion de l ' ensemble du chemin de

    réso lu t ion qui es t en ques t ion .

    • Difficultés l iées à l 'analyse de s ré su lta ts

    Dans l 'enseignement tradit ionnel i l arr ive que l 'on vérif ie le

    résu l ta t ob tenu (ordre de grandeur , cohérence de la préc i

    s ion du résu l ta t avec ce l le des données , analyse d imens ion-

    nelle...).  Pour nous i l ne s agit  pas seu lement d 'une vér i f ica

    tion, il

     s agit

      d 'une vér i tab le analyse au cours de laquel le on

    conf ron te l e r é s u l t a t e t l e s hypo thès es , l e r é s u l t a t e t l e s

    connaissances de physique que l 'on a déjà. I l ne suff i t pas

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    6 7

    confronter de s 'a ss ur er qu e le ré su lta t es t crédible i l faut le qu es tio nn er

    résultat ©t  e n p r o f o n d e u r , a l l e r a u x l i m i t e s p o u r , é v e n t u e l l e m e n t ,

    hypothèses m ettr e à jo u r des inc oh éren ces . La desc ription la pl us glo

    bale des diff icultés des élèves vis-à-vis de cette act ivi té peut

    ê t re fa i te en te rme de compor tement : leur tendance es t de

    conforter , pas de mettre en question. I ls cherchent à vérif ier

    que "c 'es t bon" , "que ça marche" e t se conten ten t d 'un pre

    m i e r a c c o r d m ê m e s u p e r f i c i e l , i l s n e c h e r c h e n t p a s d e

    con t r e - exemples . Nous a l lons ma in tenan t déc r i r e des man i

    fes ta t ions p lus ponctuel les de ce compor tement .

    En cas de désaccord en t re les hypothèses e t le résu l ta t , leur

    première et seule réaction es t de refaire les calculs , ce qui

    remenreen  n ' e s t pa s s tup ide compte t en u de ce qu e no us s avons s u r

    question les leu rs é tou rde r ies en m ath ém at i qu es , m ai s qu i sou ven t se

    hypothèses révèle insuffis ant.

    C e c o m p o r t e m e n t p e u t ê t r e i n t e r p r é t é c o m m e u n e c o n s é

    quence de ce que nous avons développé p lus haut à propos

    d e l a n o n c o n n a i s s a n c e d u s t a t u t d e l ' h y p o t h è s e . S i l e s

    hypo thès es é t a i en t v r a imen t des hypo thès es e l l e s pou r r a ien t

    ê t r e ques t ionnées .

    Un exemple observé es t le su ivant : au cours du problème

    "obje t je té vers le haut" (on lance un obje t vers le haut :

    dé te rmine r l a hau teu r qu ' i l a t t e ind ra ) ap rès avo i r che rché

    les f ac teu r s don t dépend l a hau teu r h l e s é l èves ava ien t

    ef fec t ivement ca lcu lé ce t te hauteur en appl iquant le théo

    rème de l 'énergie cinétique au système objet ; à l ' inci tat ion

    du professeur i l s on t reca lcu lé ce t te hauteur en u t i l i san t la

    conservat ion de l ' énerg ie mécanique , cec i sans remet t re en

    ques t ion le sys tème u t i l i sé (comme déjà s ignalé à propos du

    problème de chute l ibre) ce qui conduit à une erreur , le tra

    vai l du poids é tan t compté deux fo is . Face à ces deux résu l

    t a t s d i f f é r en t s l eu r r éac t ion e s t de r ep rend re l e s ca lcu l s

    depu i s l e débu t dans l e s deux démons t r a t ions ; ce t t e p r e

    m i è r e v é r i f i c a t i o n n e l e u r p e r m e t t a n t p a s d e s o r t i r d e

    l ' impasse , i l s la recommencent deux fo is pu is appel len t le

    professeur au secours . Une nouvel le expl ica t ion à propos de

    l ' éne rg ie po ten t i e l l e , du s ys tème conce rné . . . a , dans ces

    condit ions , toutes les chances d 'être bien reçue et eff icace.

    Dans l ' analyse du résu l ta t i l s ne cherchent pas les l imi tes

    du champ de val id i té ; i l s ne re l ien t pas condi t ions d 'é tude

    chois ies au début e t champ de val id i té du résu l ta t ob tenu . I l

    s emble qu ' i l s n ' a i en t pas du tou t l ' i dée que , pu i s que des

    condi t ions de fonct ionnement sont f ixées , par là même, es t

    fixé u n ch am p de val id ité res t re in t au résu l ta t .

    • Difficultés affectant tou t le pr oc es su s de résolu tion

    Les d i f f i cu l t é s que nous déc r ivons ma in tenan t conce rnen t

    t o u t l e p r o c e s s u s d e r é s o l u t i o n e t s e r e t o u v e n t p l u s o u

    moins dans tou tes les ac t iv i tés .

    De façon générale les élèves verbalisent très peu, i l es t t rès

    diff ici le d 'obtenir d 'eux qu ' i ls expliquent ce qu ' i ls font . I ls

    ag issen t , écr ivent des formules , fon t des ca lcu ls mais argu-

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    6 8

    peu de m en te n t peu ne ju s t i f i en t que t r è s r a r em en t , n ' exp l iquen t

    verbalisation p as . Un e an al ys e superficielle po ur ra it ra tt ac he r ceci à de s

    problèmes de maîtr ise du langage "i ls ne savent pas s 'expri

    m er ". Notre inter préta t ion e s t qu e les rac ine s de ce com

    por tement sont au n iveau de la compréhens ion de la phy

    s ique e t d 'une pensée en termes d 'év idences (qui n 'on t donc

    pas beso in d 'ê t re expl iquées ou argumentées ) .

    S ouven t des e r r eu r s s on t dues à ce que nous appe lons des

    "ef fe ts de f ixa t ion" . Les not ions sont in t rodui tes , e t c 'es t

    incontournable , dans un cer ta in ordre . Par exemple on ren

    contre en premier le travail d 'une force constante au cours

    d 'un déplacement recti l igne ; on res te à ce niveau longtemps

    s a n s r ien conn a î t r e d ' au t r e ; en s u i t e on évo lue ve r s de s

    les effets de s i t ua tio ns pl us com plexes . Alors on voit f réque m me nt ap pa -

    fixation ra ître W = F . L m êm e si la force n'e st p a s co ns ta nt e ou le

    déplacement non rec t i l igne . C 'es t ce la que nous appelons un

    effet de f ixation : un cas part iculier s imple étudié en premier

    devient , pour les élèves , la règle générale, universelle , tou

    jours va lab le .

    Tout au long du processus la symbol isa t ion es t d i f f ic i le :

    quel les le t t res chois i r pour représenter les grandeurs dans

    les cas où la tradit ion n 'en impose pas ou dans les cas où i l

    y a possibil i té d 'ambiguïté. Mais aussi , et ceci es t plus déli

    cat , comment indicer les symboles ? Faut- i l 0 , 1 , 2 indices

    ou plus ? Comment chois ir ces indices pour à la fois avoir

    les notat ions les plus claires et les plus s imples possibles ?

    Nous avons f réquemment cons ta té ces d i f f icu l tés tou t spé

    c ia lement à propos des analyses temporel les où i l es t néces

    sa i re d ' ind icer de façon cohérente les phases à par t i r des

    ins tan ts e t les au t res grandeurs phys iques en re la t ion avec

    la phase concernée ; une ind ic ia t ion non commune aux  dif

    f é r en t s membres du g roupe condu i t ce r t a in s g roupes dans

    une impasse totale. De fai t , cet te opération d ' indiciat ion tra

    dui t une analyse t rès profonde de la s i tua t ion é tudiée : choi

    s ir de mettre deux indices (v

    A1

      par exemple) traduit le fait

    que p ou r un e m êm e gran de ur p hys ique (ici v la v i tesse) on

    aura besoin de repérer deux caractér is t iques différentes (A

    le corps co nce rné et 1 l ' ins ta nt con cern é pa r exemple) . Cette

    opération d'indiciation est donc loin d'être triviale, il n 'existe

    pas de " rece t te" généra le ; i l n 'es t donc pas surprenant que

    les élèves ne sachent pas le faire. Dans la pédagogie tradi

    t ionnelle ce travail de symbolisat ion es t déjà fai t , l 'énoncé

    donne tou tes l e s no ta t ions (qu i , b i en s û r , r e s pec ten t l e s

    deux cr i tères de s implici té et de non ambiguïté) cet embar

    ras des é lèves ne peut donc pas appara î t re . Mais comme i l

    n ' o n t j a m a i s à f a i r e c e t r a v a i l i l s o n t p e u d e c h a n c e s

    d 'apprendre à le faire.

    Nous pou r r ions r é s umer tou t ce que nous avons déc r i t dans

    refus de

      c e

      P

    a r a

    ê

    r a

    P

    n e e n

      disant que les élèves refusent l ' insécuri té ,

    l'insécurité l 'erreu r, les im pa ss es et les re to ur s en arr ière ce qu i révèle

    une méconnaissance ép is témologique de la démarche sc ien

    tifique.

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    le conflit affectif

    con tre le conflit

    cognitif

    les dangers de la

    spécialisation

    4 . 3 .  Difficultés liées à la situation de travail, aux

    interactions sociales

    Nous dis t inguerons deux catégories : cel les l iées à ce qui se

    passe à l ' intér ieur d 'un peti t groupe et cel les l iées aux inter

    ac t ions en t re groupes .

    • Intra-groupe

    Di f f é r en t s t r avaux ( en t r e au t r e s P e r r e t -C le rmon t , 1979 e t

    Mugny, 1985) on montré le rô le pos i t i f du conf l i t soc io-

    c o g n i t i f p o u r l a c o n s t r u c t i o n d e s c o n n a i s s a n c e s m a i s i l

    a r r ive que ce r t a in s g roupes fonc t ionnen t au n iveau d 'un

    conflit

      affectif.

      Dans ces cas le résu l ta t peut ê t re un b locage .

    En effet , au l ieu de coopérer , les part icipants du groupe, se

    c o n t r e n t m u t u e l l e m e n t , s ' e m p ê c h e n t d ' a v a n c e r p o u r q u e

    personne ne puisse avoir le rô le de leader . Nous avons ren

    contré une tel le s i tuation une fois au cours de notre expéri

    menta t ion ; en généra l , au contra i re les groupes sont p lu tô t

    coopératifs .

    Une autre diff iculté l iée au travail en groupe es t due au fai t

    q u e l e s d i f f é r e n t s é l è v e s o n t d e s r y t h m e s d e t r a v a i l

    différents ; mais ceci exis te toujours et n 'es t pas pire en tra

    va i l de g roupe que dans l e s au t r e s d i s pos i t i f s d ' ens e igne

    men t .

    Le nombre des par t ic ipants à un groupe es t c r i t ique . S ' i l es t

    trop faible il n 'y a pas assez d'idées différentes à confronter

    (on s 'éloigne peu du travail individuel) ; s ' il est trop élevé le

    groupe se sc inde en sous-groupes , i l ex is te des d ia logues

    différents qui se croisent et le risque est celui de la confu

    s ion to ta le . Dans not re expér ience les groupes a l la ien t de 2

    à 5 part icipants . A 2 cela fonctionnait t rès bien mais i ls n 'y

    avait pas assez d 'apports différents , à 5 la dispers ion étai t

    impor tan te ; pour le t ravai l p roposé le groupe de 3 nous a

    semblé le meil leur .

    Un au t re r i sque du t ravai l en groupe es t ce lu i soul igné par

    Meir ieu, (1987) : celui de la spécial isat ion, chacun faisant ce

    qu ' i l sa i t dé jà fa i re , ce pour quoi i l es t compétent , e t ne

    cherchant pas à fa i re le res te (ce qui es t an t inomique avec

    l ' idée d 'apprentissage) .

    Nous avons vu ce t te dér ive dans un groupe où , sys témat i

    quement , l 'un s ' in téressa i t à tou t ce qui é ta i t analyse qual i

    tat ive puis passait la main à un autre qui effectuait la for

    mal isa t ion e t les ca lcu ls .

    • Inter-groupe

    Nombreux sont les é lèves qui s ' expr iment à l ' in tér ieur d 'un

    peti t groupe mais qui , face à la classe entière n 'osent plus .

    I ls ont peur de se tromper, de dire des "bêtises" et s 'auto-

    censurent à te l po in t qu ' i l s évacuent tou te idée un peu or ig i

    na le ne cor respondant pas à ce que les au t res on t dé jà d i t .

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    7 0

    Au cour s des s éances , nous avons cons ta té de g rands p ro

    grès sur ce point ; t ravail ler en groupe et communiquer n 'es t

    pas s pon tané , l à aus s i un t emps d ' app ren t i s s age e s t néces

    saire .

    II a r r ive qu e la com mu nicat io n e n t re les groupe s se fasse

    communication

      m a

    *  »

      c n a c u n

      des groupes res te au tocentré e t ne s ' in téresse

    entre groupes P

    a s à c e

      qu'ont fait les autres. Dans ces cas il est difficile de

    démarrer la d iscuss ion de la c lasse en t ière qu i pour tan t es t

    cr i t ique dans cette façon de travail ler .

    Malgré tou tes ces d i f f icu l tés nous res tons persuadés que le

    t r a v a i l e n g r o u p e e s t  positif.  D ' u n e p a r t t o u t e s l e s

    recherches autour du confl i t socio-cognit if (Mugny, 1985 ;

    Perret Clermont, 1979) le prouvent ; d 'autre part les avis des

    élèves sont très majori tairement posit ifs .

    C O N C L U S I O N

    Nous avions fixé deux objectifs à ce travail :

    - premièrement vérif ier que les tâches uti l isées et le mode

    de travail employé permettraient aux élèves d 'exprimer et

    de p rend re cons c ience de l eu r s d i f f i cu l t é s . Ce p remie r

    objectif semble largement at teint ;

    - deuxièmement met t re en p lace un cadre d 'analyse désen-

    g lué des s i tua t ions par t icu l ières , se s i tuant à un n iveau

    suf f isamment généra l pour que chaque d i f f icu l té spéci

    f ique r évé lée dans un p rob lème pa r t i cu l i e r pu i s s e ê t r e

    interprétée comme une incarnation d 'une diff iculté d 'ordre

    plus général rel iée à l 'une des activi tés cognit ives de la

    réso lu t ion . Nous avons cons t ru i t ce cadre e t nous avons

    vérifié qu'il fonctionne effectivement : d 'une part les nom

    breuses d i f f icu l tés observées au cours de nombreux pro

    b lèmes , tous d i f féren ts , s ' in terprè ten t dans ce cadre e t ,

    d 'autre part , on trouve des express ions part iculières diffé

    r en tes d 'une même d i f f i cu l t é dans p lu s ieu r s p rob lèmes

    (même s i nous ne donnons qu 'un seu l exemple à chaque

    fois).

    L e s r e l a t i o n s p o s s i b l e s e n t r e l e s d i f f é r e n t e s c a t é g o r i e s

    n 'appara is sen t pas dans ce cadre d ' in terpré ta t ion : cer ta ines

    d i f f icu l tés pourra ien t ê t re cons idérées comme conséquences

    d ' a u t r e s p r é a l a b l e s m a l s u r m o n t é e s . C e c i m é r i t e r a i t u n e

    étude p lus approfondie .

    S i n o u s a v o n s s y s t é m a t i q u e m e n t c h e r c h é à r é v é l e r e t à

    interpréter des diff icultés des élèves habituellement cachées

    ce n 'es t pas pour ê t re négat i f s e t désespérer les ense ignants

    en l eu r annonçan t des obs tac le s nouveaux

    Cet te analyse peut ê t re u t i l i sée comme une gr i l le de lec ture

    de ce que font les élèves . Elle permet de dépasser le niveau

    d e l a s i m p l e c o n s t a t a t i o n d ' u n e e r r e u r p a r t i c u l i è r e p o u r

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    in terpré ter à un n iveau p lus généra l qu i res te le même d 'un

    problème à l 'autre. C 'es t donc un moyen de diagnostic et de

    suivi des élèves ; on peut ainsi suivre pour chaque élève les

    progrès vis-à-vis de tel ou tel élément de la résolution.

    P a r t a n t d e c e t t e a n a l y s e , o n p e u t a u s s i m i e u x p r é v o i r e t

    mieux gérer les ac t iv i tés de réso lu t ion de problèmes (mieux

    au s ens de «é tan t p lu s e f f i caces v i s - à -v i s de l ' app ren t i s -

    déoasser les sage»). A pa rti r d u m o m en t où les difficultés de s élèves on t

    difficultés

      e

    *

    e c e r n e e s

    . s i tuées , interprétées , i l es t plus facile d 'envisa

    ge r des moyens d ' app ren t i s s age co r r es pondan t s . Ains i l e s

    t ravaux fa i t s d 'une par t en Espagne d 'au t re par t en France

    mon t r en t qu ' i l e s t pos s ib le d ' a ide r l e s é l èves à dépas s e r

    l 'état initial décrit ici.

    Les travaux de l 'équipe espagnole qui a ut i l isé l 'or ientat ion

    "réso lu t ion de problèmes comme des ac t iv i tés semblables à

    d e s r e c h e r c h e s " s y s t é m a t i q u e m e n t e t p e n d a n t u n e a n n é e

    ent ière avec les mêmes é lèves montre une net te amél iora t ion

    sur b ien des poin ts e t en par t icu l ier sur l ' émiss ion d 'hypo

    thèses , l 'é laboration de s tratégies et la verbalisat ion.

    En F ranc e , les a ides cogni tives é laborées p ar la groupe PRO-

    P HY, ens e ignées comme des heu r i s t iques e t des mé thodes

    (part iel les) de résolution ont été ass imilées par les élèves et

    leur ont permis , effectivement, d 'affronter cer taines activi tés ,

    qui ,

      habi tue l lement , c réa ien t des obs tac les . C 'es t le cas pour

    les analyses spat ia les e t temporel les . A propos de ces ac t iv i

    t é s - l à n o u s a v o n s c o n s t a t é q u e , t r è s r a p i d e m e n t ( 2 o u 3

    séances ) , les é lèves fa isa ien t ces analyses sans hés i ta t ions ,

    p ra t iquemen t s ans e r r eu r s e t s u r tou t s ans ango i s s es , avec

    une ce r t a ine a s s u rance .

    Andrée DUMAS-CARRÉ

    Monique GOFFARD

    G D S E P 7 - U R E S T ,

    Université Paris VII (France)

    Daniel GIL

    Dépar temen t de Didac t ique

    des Sciences ,

    Univers i té de Valencia (Espagne)

  • 8/16/2019 ASTER_1992_14_53.pdf

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  • 8/16/2019 ASTER_1992_14_53.pdf

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    74

    ANNEXE

    Les

     aides à l'élaboration de la représentation du problème

     (en m écanique au lycée)

    mises au point par le groupe "PROPHY" engagent les élèves dans une double

    démarche analytico-synthétique s'appuyant sur des représentations symboliques (dia

    grammes, schémas...). La partie analytique consiste à décomposer la représentation

    totale en plusieurs analyses partielles chacune centrée sur un type de descripteur phy

    sique ; la partie synthétique consiste à relier ces différentes représentations partielles.

    Ainsi les différentes activités demandées aux élèves sont :

    - La "représentation temporelle" qui demande d'analyser le déroulement au cours du

    temps du phénomène étudié, de repérer les "instants caractéristiques" et les "phases",

    d'attribuer à chacun un symbole et un (des) indice(s).

    - En complétant par des schémas représentant les objets et leurs positions relatives à

    chaque instant caractéristique et à chaque phase, on obtient une

     "représentation spa

    tio-temporelle".

    -

      Une

     analyse cinétique

     permet de décrire, en termes de vitesses, autant que faire se

    peut, le mouvement des différents objets au cours de chaque phase et ceci à partir des

    informations de l'énoncé et d'inférences immédiates, sans traitement formel et sans

    mise en oeuvre de principes. Après une indiciation des vitesses (cohérente avec celle

    faite au début) cette analyse cinétique complète la représentation spatio-temporelle

    déjà établie (figure

     1

      a).

    - La  représentation interactionnelle clot la représentation. Nous avons pris le parti de

    faire représenter les interactions entre objets et non pas les forces pour la raison sui

    vante : l'interaction est symétrique, prend en compte, à égalité, les deux objets

    concernés alors que représenter des forces ne peut être fait que si on a déjà choisi "un

    point de vue" c'est-à-dire si on a désymétrisé la situation étudiée en donnant à l'un

    des objet le statut de "système étudié", tous les autres objets devenant "le reste de

    l'univers" ; or, nous n'en sommes pas encore là  Nous n'en sommes qu 'à essayer de

    comprendre ce qui se passe et à en faire une représentation en termes de grandeurs

    physiques ; le choix du système ne peut se faire qu'à partir de celles-ci et de la ques

    tion posée. En représentant les interactions ce problème ne se pose pas. Pour réaliser

    concrètement cette représentation interactionnelle nous avons mis au point le

    Diagramme  Objets-Interactions (figure 1-b) dans lequel les objets sont repérés par

    leurs noms (sans tenir compte des positions relatives et des formes) et les interactions

    par des doubles flèches reliant les deux objets impliqués (de plus les interactions de

    contact et à distance sont différenciées par des codes différents). A chaque phase est

    associé un Diagramme

      Objets-Interactions.

    Nous appelons

      bande dessinée du problème

    le produit final de ce travail (figure 1).

    Cette bande dessinée a été élaborée en centrant l'analyse successivement sur le temps,

    l'espace, les mouvements et les interactions mais des allers et retours sont en général

    nécessaires. L'analyse du but du problème fait partie de cette représentation : il s agit

    d'expliciter la demande, éventuellement de la traduire

     d une

      formulation événemen

    tielle en une formulation en termes de grandeurs physiques.

    La représentation du problème ainsi élaborée présente les avantages suivants :

    • elle est compacte, articulée, systématique,

    • elle est extériorisée sur le papier et non plus seulement "dans la tête", par là même

    elle peut devenir un objet de communication, de discussion,

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    • elle est "permanente", ne risque pas d être oubliée comme

     c est

     souvent le cas quand

    elle est seulement interne. Ceci permet un comportement plus heuristique tout en

    étant raisonné et conscient, s'éloignant de l'essai-erreur sauvage. En effet, à partir de

    cette

      bande dessinée,

      il est facile de tenter des choix et/ou des stratégies de

    résolution ; si cela ne marche pas il est toujours possible d'essayer autre chose à par

    tir de la représentation du problème sans devoir tout recommencer.