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1º Ano de Mestrado em Multimédia Seminário Multimédia Docente Soraia Ferreira Aluna Ana Filipa Sousa Alves up200905795

Assassin's Creed: Transmedia Storytelling Case Study

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Seminário Multimédia 2015/2016Ana Alves (up200905795)

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1º Ano de Mestrado em Multimédia Seminário Multimédia

Docente Soraia Ferreira

Aluna Ana Filipa Sousa Alves

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Índice 1 – Story __________________________________________________________________3 1.1 - Logline__________________________________________________________3 1.2 – Treatment ______________________________________________________4 1.3 – World Overview________________________________________________10 1.4 - Characters_____________________________________________________12 2 – Platforms____________________________________________________________16 3 – Audience_____________________________________________________________19 4 – User Journey and Design_____________________________________________21 5 – Bibliografia__________________________________________________________ 27

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1 - Story

Assassin's Creed é uma série de videojogos, vídeos, livros e bandas desenhada de ficção histórica.

Actualmente o Assassin’s Creed consiste em dez jogos principais lançados em diversas plataformas, tais como: PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox

One, Microsoft Windows, Mac OS X e Wii U. Outros jogos, considerados secundários, foram lançados nas seguintes plataformas: Nintendo DS, PlayStation Portable, PlayStation Vita, iOS, HP webOS, Android, Nokia, Symbian, Windows Phone e até um jogo no Facebook.

Assassin’s Creed teve na verdade origem num spin-off chamado “Prince of Persia: Assassin”. Depois do lançamento de “Prince of Persia: Tha Sands of Time” em 2003, Patrice Désilets, diretor creativo, levou este projecto mais além. Este projecto resultou em algo mais obscuro e historicamente correcto que originou Assassin’s Creed.

Inspirado em personagens e eventos históricos, esta obra de ficção foi projectada, desenvolvida e produzida por uma equipa multicultural de diversas crenças e fés religiosas.

Tudo começou no Éden, habitado pela Primeira Civilização. Nesse local existiam distintas criações, entre elas os humanos. Estes eram uma espécie de mão-de-obra dócil, mais tarde escravizados pela tecnologia conhecida por “Pedaços de Éden”. Adão e Eva foram os primeiros humanos a resistir ao poder destes pedaços, conseguindo até roubar um, uma das “Maçãs do Éden”.

1.1 - Logline

O enredo de “Assassin’s Creed” desenvolve-se a partir de uma rivalidade entre duas sociedades secretas ancestrais: a Ordem dos Templários (que procuram todos os pedaços do éden com o objetivo de ter o poder suficiente para governar o mundo) e a Ordem dos Assassinos (que tentam devolver os pedaços ao seu lugar).

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1. 2 - Treatment

Assassin’s Creed

Assassin’s Creed é o primeiro jogo da saga. Desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela mesma, foi lançado em Novembro de 2007 para a Xbox 360, Playstation 3 e para computador (Windows) em Abril de 2008.

O jogo inicia-se remete-nos a uma máquina chamada “Animus”, construída pelas indústrias Abstergo, que permite ao utilizador ver memórias que estão gravadas no seu código genético.

Desmond Miles é um bartender que é sequestrado por membros das Indústrias Abstergo. No entanto, estas são apenas uma fachada para os Cavaleiros Templários que tencionam descobrir um dos “Pedaços do Éden”, utilizando as memórias dos ancestrais de Desmond. Só com estes artefactos é que os Templários se mantêm no poder.

Por sua vez, Desmond, incorpora a pele do assassino Altaïr Ibn-La'Ahad que viveu na Terra Santa, Jerusalém, durante a Terceira Cruzada. Nesta memória, Desmond encontra-se no meio de uma batalha entre os Cavaleiros Templários e a Ordem dos Assassinos, onde ambas as partes procuram a “Maçã”, um dos “Pedaços do Éden”.

Assassin’s Creed II

Assassin’s Creed II trata-se da sequela do jogo anterior. Foi novamente desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela mesma. Foi lançado para a PS3 e Xbox 360 em Novembro de 2009 e para computador (Windows) em Março de 2010.

Neste jogo, Desmond Miles consegue escapar às Indústrias Abstergo. Na tentativa de eliminar a Abstergo e os Templários actuais, Desmond volta a utilizar a “animus”, tentando encontrar o “Pedaço do Éden”. Desta vez incorpora Ezio Auditore da Firenze, que viveu em Itália durante o séc XV (Renascimento). Desmond está separado de Ezio por 7 gerações, e vive na sua pele desde 1476 até 1499.

Ezio é um jovem nobre que se tornou assassino recentemente. O seu pai e seus irmãos foram acusados de trair a cidade de Florença, e por isso, condenados em praça pública. Porém, Ezio consegue escapar, partindo com a sua mãe e irmã para a vila de Auditore onde descobre que o seu pai e os seus irmãos eram assassinos.

O jogador depara-se com um mundo aberto, podendo vaguear livremente pelas ruas de Itália, comprando armas, equipamentos e medicamentos, nadar nos canais de Veneza e até entrar em contacto com o jovem Leonardo Da Vinci, Niccolò Machiavelli, Catarina Sforza, Lorenzo de Medici, Rodrigo Bórgia e Cesar Bórgia.

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Assassin’s Creed Brotherhood Assassin’s Creed: Brotherhood trata-se da continuação do jogo anterior. Desenvolvido novamente pela Ubisoft, foi lançado em Novembro e Dezembro de 2010 para a PS3 e Xbox 360 e mais tarde para computador (Windows). É também o primeiro a ter o modo multiplayer.

Ezio Auditore da Firenze é agora um Assassino Mestre que luta pela reconstrução da Irmandade dos Assassinos (Assassin Brotherhood) em Roma. Para isso, ele terá que destruir uma família de Templários, os Bórgia. Só desta forma ele poderá devolver à cidade a verdadeira riqueza e maravilhas do Renascimento.

Ezio esconde a “Maçã do Éden” no coliseu. Desmond recupera-a com ajuda de Juno, membro da Primeira Civiização.

Assassin’s Creed Revelations

Assassin’s Creed: Revelations é o quarto jogo desta série. Desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft, foi lançado em 2011.

Desmond Miles entrou em coma quando estava ligado à “animus” e encontrou o Sujeito 16 (o utilizador anterior) numa espécie de limbo. Este conta-lhe que ao utilizar a máquina a sua alma desvinculou-se do seu corpo, tal como sucedeu a Desmond. No entanto, os controladores da “animus”, ao julgarem que não havia solução, desfizeram-se do corpo do Sujeito 16, fazendo com que a sua alma ficasse para sempre presa na máquina.

Para evitar o mesmo fim, Desmond terá que reviver as últimas memórias significativas do Assassino Ezio Auditore da Firenze.

Em 1511, Ezio procura por segredos escondidos pelo seu antepassado Altaïr ibn La-Ahad em Masyaf, Jerusalém. Nessa busca, ele encontra a biblioteca secreta de Altaïr que por sua vez era mentor dos Assassinos de Levantine (aka Hashashins, irmandade de assassinos durante a idade média).

Ezio é surpreendido por Templários e visto que não tem as chaves para abrir a biblioteca secreta (que era mais valiosa que todo o ouro do mundo), viaja até à capital do Império Otomano, Istambul (Constantinopla). Aí, encontra Yusuf, líder dos Assassinos da cidade. Descobre que as cinco chaves foram escondidas pelo Nicolau Polo (pai de Marco Polo) e distribuídas por quatro distritos. Ezio junta-se a este grupo de assassinos para encontrar as chaves de Masyaf e derrotar os Templários.

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Assassin’s Creed III

Assassin’s Creed III foi desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft. Foi lançado em 2012 para a PS3, Xbox 360, Wii U e computador (Windows).

No início do jogo é-nos dada a informação que o mundo terá um apocalipse em Dezembro de 2012. Para evitar a tragédia, Desmond Miles, na posse da “Maçã”, desloca-se ao Grand Temple, em Turin, Nova Iorque, onde ela pertence. Aqui, volta a mergulhar na “animus” para reviver memórias do passado.

Neste jogo, ele incorpora vários antecessores, começando por Haytham Kenway, que viaja até Boston para recrutar mais cinco homens para a sua causa. Neste caso, todos pertencentes aos Templários, provocando uma revolta em Desmond, que se desliga da “animus” para confrontar o seu pai.

Desmond regressa à máquina, incorporando agora Ratonhnhaké:ton, também conhecido por Connor, filho de Haytham. Este antepassado, de ascendência Mohawk e inglesa, presenciou a Revolução Americana, onde tenta deter os Templários de assassinar George Washington.

Assassin’s Creed III Liberation

Assassin’s Creed III: Liberation foi originalmente lançado para a PlayStation Vita em 2012, ao mesmo tempo que o Assassin’s Creed III. No entanto, este jogo desenvolvido pela Ubisoft Sofia, foi relançado com mais missões para a Xbox 360, PlayStation 3 e computador (Windows) no início de 2014, passando a chamar-se Assassin’s Creed: Liberation HD.

Esta história não inclui Desmond Miles, trata-se de um produto lançado pelas Indústrias Abstergo, que tentam manipular a história, ocultando acções realizadas pelos Templários e enaltecendo os seus pontos fortes. “Liberation” é hackeada pelas Indústrias Erudito, a oposição. Estes dão permissão ao utilizador da “animus” para aceder a memórias escondidas pela Abstergo, revelando assim a verdade entre a guerra entre os Templários e os Assassinos.

Este jogo segue a história de Aveline de Grandpé, uma assassina de origem Africano-Francesa. A acção decorre em Nova Orleans, entre 1765 e 1780, abrangendo o fim da guerra Franco-Indígena e a Revolução Americana. Aveline chega a cruzar-se com Connor, pois ambos percorrem o mesmo espaço, na mesma altura.

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Assassin’s Creed IV Black Flag

Assassin’s Creed IV: Black Flag foi desenvolvido pela Ubisoft Sofia em colaboração com a Ubisoft Singapura, Quebec, Montreal, Chengdu, Milão e Bucareste estúdios. Foi lançado em finais de 2013 para PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e para computador (Windows)

A personagem principal é Edward Kenway (pai de Haytham Kenway) um jovem pirata e corsário galês, que no meio de uma luta entre piratas, mata um Assassino. Edward veste a sua indumentária e tenciona receber a recompensa que lhe estava destinada. Com o seu domínio de espada, este conquista o respeito de lendas como o Capitão Barba Negra e trava amizade com outras figuras históricas, como Benjamin Hornigold, Jack Rackham e Anne Bonny.

Agora sem Desmond Miles, é o próprio jogador que se torna o utilizador da “Animus”. Após uma breve apresentação de Edward Kenway, o jogador descobre que é funcionário das Indútrias Abstergo, agora Abstergo Entertainment. Estes ainda possuem o adn de Desmond para que os seus analistas possam reviver as suas memórias.

Contudo, anteriormente o jogador não conseguia aceder a todas as memórias do seu antepassado, encontrava o caminho vedado. Neste jogo, o mesmo não se verifica. As barreiras foram substituídas por oponentes mais fortes que a personagem, que após derrotados, permitem que a área seja explorada.

O cenário deste jogo é bastante diferente dos anteriores, sendo que 60% da aventura passa-se na terra e os restantes 40% na água. O jogador pode agora navegar, explorar ambientes aquáticos e até caçar animais.

Assassin’s Creed Rogue

Assassin’s Creed: Rogue foi lançado em finais de 2014 para a PS3 e Xbox 360 e em 2015 para computador (Windows). Este é também o jogo que encerra o capítulo dos Kenway.

Tal como no jogo anterior, o jogador é o utilizador da “animus”. Aqui, o jogador desempenha o papel de outro funcionário da Abstergo Entertainment, que ao reviver as memórias de Shay Patrick Cormac, acede a um arquivo de memória oculta que corrompe os servidores da Abstergo. É-nos então pedido que continuemos a pesquisar nessas memórias para que possamos encontrar o problema.

A história de Shay Cormac decorre um ano após os eventos do jogo anterior, durante a Guerra Franco-Indígena, no Atlântico Norte. Ele é um Assassino impetuoso e insubordinado. Achilles Davenport, seu chefe, confere-lhe uma missão importante na esperança que Shay se acalme ao assumir um papel mais activo na irmandade. Shay Cormac, a bordo do navio “Morrigan”, deve então perseguir uma célula de Templários que tentam decifrar um artefacto que revela os vários locais dos “Pedaços do Éden”. Este artefacto tinha sido roubado aos Assassinos durante um terremoto no Haiti.

Juntamente com Benjamin Franklin, descobre que um “Pedaço do Éden” está escondido em Lisboa. Todavia, desconfiado por ver que os Assassinos recusam dialogar com os Templários,

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este nega assassinar o comandante Templário (já moribundo), Lawrence Washington (meio-irmão de George Washington). Em Lisboa a sua tentativa de recuperar o pedaço desencadeia um terremoto que destrói a cidade. É aqui que Shay repara na semelhança do evento que aconteceu no Haiti e fica desapontado quando descobre que os Assassinos pretendiam continuar a busca pelos restantes “Pedaços do Éden”. Revoltado, Shay rouba o manuscrito necessário para decifrar o tal artefacto e foge, sendo perseguido pelos Assassinos. Em casa, é surpreendido por um Assassino que dispara nas suas costas, deixando-o a morrer. Este acredita que se tratava de Liam, o seu melhor amigo.

Shay Cormac é resgatado por um navio que o leva até Nova Iorque. Aí, utiliza as habilidades que aprendeu com os Assassinos para expulsar gangues criminosos da cidade. George Monro, governador da cidade, oferece-lhe uma hipótese de ajudar a reconstruir a cidade. Shay aceita, ajudando também o exército britânico nas campanhas contra os franceses, que por sua vez são apoiados por Achilles. Monro é na verdade Templário, e apesar de saber o passado de Shay, oferece-lhe um lugar na sua Ordem. Mais tarde, Shay Cormac é formalmente empossado na Ordem dos Templários pelo Grande Mestre, Haytham Kenway. Os dois aliam-se, perseguindo e matando os Assassinos um a um, restando apenas Achilles e Liam.

Estes Assassinos dirigem-se para um templo, no entanto derrubam o “Pedaço do Éden” causando novamente um terremoto. Haytham persegue Achilles enquanto que Shay luta com Liam no templo. Contudo, Shay Cormac convence Haytham a não matar Achilles, pois o seu testemunho irá ajudar a deter os outros Assassinos de tentarem localizar outros templos.

Shay passa os 20 anos seguintes à procura do artefacto. A sua procura termina em Versalhes, França, onde descobre que o artefacto está na posse de Charles Dorian.

Voltando aos dias actuais, o jogador (funcionário da Abstergo) apercebe-se que Achilles Davenport esteve muito perto de destruir o mundo. Como recompensa pela ajuda prestada à Abstergo, esta faz uma proposta ao jogador: juntar-se à Ordem dos Templários ou morrer.

Assassin’s Creed Unity

Assassin’s Creed: Unity foi produzido pela Ubisoft Montreal com o apoio de nove estúdios da companhia. Foi lançado para a PS4, Xbox One e computador (Windows) em 2014, sendo este, juntamente com o Assassin’s Creed: Rogue, a sequela de Assassin’s Creed: Black Flag.

A Abstergo Entertainment aperfeiçoou a “animus”, conferindo-lhe um novo nome: Helix. Desta vez, o jogador não interpreta nenhuma personagem, o jogador é apenas o jogador. Isto é, a plataforma com a qual jogamos Assassin’s Creed “transforma-se” na Helix. No início do jogo é-nos apresentado uma introdução para jogarmos na Helix, seguida por um menu onde podemos escolher quais as personagens com as quais vamos jogar, sendo essas os Assassinos presentes em todos os jogos anteriores. Faz parte do senso-comum do utilizador que já está familiarizado com todo o enredo da história, que os jogos apresentados pela Helix são adaptações feitas pelos Templários. Porém somos forçados a escolher o jogo “A Tragédia de Jacques de Molay” pois todos os outros se encontram bloqueados. A sinopse desse jogo: “O último dos heroicos cavaleiros templários, Jacques de Molay foi um homem de princípios, um intelectual genial traído pelo homem em que mais confiava, o rei corrupto da França.”

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O jogo começa no lado dos Templários, em França. Estes são assaltados por assassinos que levam o Codex (um dos “Pedaços de Éden”). Mais tarde, estes templários são condenados à morte pelo Rei Filipe. Jacques de Molay, antes de ser queimado vivo, amaldiçoa o Rei e as suas próximas três gerações.

A história continua, agora revivendo as memórias de Arno Dorian ainda menino que vê o seu pai, Charles Dorian, assassinado no Palácio de Versalhes. Este é adoptado pelo Grande Mestre De La Serre, templário, pai de Élise. Arno e Élise desenvolvem um romance ao longo da sua juventude. Anos mais tarde, o Mestre De La Serre é assassinado e Arno é preso por pensarem que foi ele o culpado. Na prisão conhece Bellec, Assassino, que é impressionado pelas habilidades de Arno e convida-o para se juntar aos Assassinos. Ambos conseguem escapar durante a Tomada da Bastilha. Quando regressa a casa é rejeitado por Élise, entretanto templária. Compromete-se então a vingar a morte De La Serre, eliminando todos os templários.

Mais uma vez, o jogador interage com figuras histórias, como por exemplo, Napoleão Bonaparte.

Assassin’s Creed Syndicate

Assassin’s Creed: Syndicate foi desenvolvido durante dois anos pela Ubisoft Quebec em conjunto com oito estúdios (Montreal, Singapura, Annecy, Montpellier, Chengdu, Shanghai, Kiev e Reflections). As primeiras imagens do jogo foram publicadas a 2 de Dezembro de 2014, porém o jogo só sairá a 23 de Outubro de 2015 para a Playstation 4 e Xbox One, e para computador a 19 de Novembro.

Pela primeira vez teremos dois protagonistas gémeos, ambos jogáveis. Os dois chegam a Londres em 1868, durante a Revolução Industrial, quando a cidade é controlada pelos Templários.

O mapa será 30% maior que Paris do jogo anterior. Existirão missões extra que o jogador poderá descarregar, conforme a edição de jogo que adquiriu. Entre elas “The Darwin and Dickens Conspiracy” e “Jack the Ripper”.

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1.3 - WorldOverview Cada um destes jogos são open world, ou seja, o jogador pode-se movimentar livremente num mundo virtual. Conforme a evolução da história, também o mapa evolui, sendo cada vez maior e pormenorizado. O jogador tem bastante liberdade em oposição a outros jogos de estrutura mais linear. O universo apresentado em Assassin’s Creed é uma réplica do mundo real, as personagens circulam nas ruas de Boston, Paris, etc. Mas só no próximo jogo, Assassin’s Creed: Syndicate, é que o mapa será mais fiel à realidade, recorrendo a fotografias de Londres do séc XIX.

A partir de Assassin’s Creed: Brotherhood, o utilizador pode jogar online com outras pessoas, tornando-se um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game).

O jogador completa tarefas ao longo do jogo, tendo um objetivo principal durante a execução de determinada tarefa. Sendo open world, é dado ao jogador a opção de poder iniciar uma tarefa secundária sem interferir com a principal.

Um dos __ únicos destes jogos é permitir que a personagem se misture entre a multidão, para poder passar despercebido ao inimigo. Conforme a evolução dos jogos, esta multidão, torna-se mais “inteligente”, afastando-se ou interagindo na altura certa com a personagem principal.

Os últimos jogos de Assassin’s Creed permitem que o jogador possa explorar o interior das casas, tornando o jogo mais aliciante e realista.

Paris, Assassin’s Creed: Unity Imagem retirada de: http://www.classenerd.com.br/wp-

content/uploads/2014/10/cshnxJH.jpg

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Os principais mundos abertos que o jogador explora são os seguintes:

AC I – Masyaf ACII – Florença AC Brotherhood – Roma AC Revelations – Istambul AC III – Nova Iorque, Boston e Filadélfia (durante a Revolução Americana) AC Liberation – Nova Orleães AC IV Black Flag – Bahamas, Caraíbas, Flórida, Ilha do Príncipe, entre outros ( durante a Era Dourada da Pirataria) AC Rogue – Atlântico Norte, Alabama, Quebeque, Lisboa, entre outros (durante a Guerra dos Sete Anos) AC Unity – Paris (durante a Tomada da Bastilha) AC Syndicate – Londres (durante a Revolução Industrial)

Paris, Assassin’s Creed Unity. Imagem retirada de: http://i.imgur.com/cshnxJH.jpg

Boston, Assassin’s Creed III. Imagem retirada de: http://videogamesuncovered.com/reviews/assassins-creed-3-review

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1.4 - Characters

Desmond Miles (1987 - 2012)

Descendente de uma longa linhagem de assassinos, incluindo Altaïr Ibn-La'Ahad, Ezio Auditore da Firenze, Edward Kenway, and Ratonhnhaké:ton.

Em Setembro de 2012 é raptado pelas Indústrias Abstergo mas consegue escapar com a ajuda de Lucy Stillman, uma assassina disfarçada. Junta-se aos Assassinos de Itália, cujo grupo é constituído por Lucy, Shaun Hastings e Rebecca Crane.

Com o conhecimento adquirido a partir das memórias de Ezio, ele encontra a “Maçã do Éden”. Assim, ele abre o “sanctum” mas descobre que foi enganado. Este aparelho salvaria o mundo mas também libertaria Juno, membro da primeira civilização. Tendo esta um ódio à humanidade reclama a vida de Desmond. Desmond sacrifica-se pela sobrevivência da humanidade, depositanto a sua fé nos seus companheiros Assassinos perante esta nova ameaça.

Altaïr Ibn-La'Ahad (1165 - 1257)

Membro dos Assassinos de Levantine, foi mentor desde 1191 até à sua morte em 1257. Altaïr fez imensas descobertas e invenções que ajudaram significativamente o progresso da Ordem.

Foi criado como assassino desde que nasceu, tornando-se mestre aos 25 anos. No entanto, não conseguiu recuperar a “Maçã do Éden” e como consequência deixou os templários atacar a cidade de Masyaf em 1191. Para compensar esta falha, foi-lhe dado uma tarefa: teria que matar nove indivíduos pertencentes à Ordem dos Templários para libertar o reino da sua corrupção.

Durante a execução desta tarefa, Altaïr descobre uma conspiração ainda mais sinistra do que o que pensava. Após desvendá-la, torna-se o mentor dos Assassinos de Levantine.

Altaïr escreve o Codex, uma série de “regras” para gerações futuras seguirem.

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Desmond_Miles

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Alta%C3%AFr_Ibn-La'Ahad

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Ezio Auditore da Firenze (1459 - 1524)

Foi um nobre Florentino, Mentor da Irmandade Italiana dos Assassinos, cargo que manteve de 1503 a 1513.

Após a sua fuga para a vila Auditore, Ezio iniciou o seu treino de Assassino com o seu tio, Mario Auditore. A vingança tornou-se no seu objetivo, eliminar a Ordem dos Templários e o Grande Mestre Rodrigo Borgia, que ordenou a execução do seu pai e irmãos, Federico e Petruccio.

Durante a sua demanda, Ezio conseguiu reunir as páginas do Codex, escrito por Altaïr ibn La-Ahad, e também salvar Florença, Veneza e Roma do poder dos templários.

Uma década após a sua aventura em Constantinopla, retira-se para uma vila em Toscana com a sua mulher, Sofia Sartor, e filhos. Depois de ensinar o assassino chinês Shao Jun, Ezio morre de ataque cardíaco aos 65 anos, durante uma visita a Florença.

Haytham Kenway (1725 - 1781)

Filho do Assassino Edward Kenway, foi o Grande Mestre da Ordem dos Templários desde 1754 até 1781. Viajou até às colónias britânicas na América para localizar um templo da Primeira Civilização, estabeleceu a Ordem dos Templários, quase que aniquilou os Assassinos de uma vez e controlou o governo a todos os níveis. Durante esta estadia, teve um filho com Kaniehtí:io, Ratonhnhaké:ton, também conhecido por Connor. Em 1781, Connor, Assassino, consegue finalmente matar o seu pai.

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Ezio

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Haytham_Kenway

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Ratonhnhaké:ton Kenway (1756 - ?)

Ratonhnhaké:ton, mais conhecido por Connor, fez parte da Ordem dos Assassinos durante a Revolução Americana (1715-1783). É filho de Haytham Kenway, templário, e de Kaniehtí:io, pertencente à aldeia Kanatahséton.

Em 1760 a sua aldeia foi assaltada por Charles Lee e outros membros dos Templários que procuravam o Templo da Primeira Civilização, que por sua vez era protegido pelo povo Kanien'kehá:ka. Pouco depois, George Washington e as suas tropas assaltarama sua aldeia, pegando fogo às casas. Como consequência, a sua mãe não consegue escapar e morre no incêndio.

Connor, pensando tratar-se novamente dos templários, alia-se aos Assassinos e convence Achilles Davenport a ser seu treinador.

Edward James Kenway (1693 - 1735)

Edward, filho de agricultores, sempre aspirou à fama e riqueza. Fez parte da Marinha Real Inglesa, mas a vida de pirata seduziu-o com as suas promessas de tesouros e glória. Essa aspiração levou-o mais tarde a tropeçar no conflito entre os Assassinos e os Templários.

Após perder os seus amigos no caminho para a fama, resolveu juntar-se aos Assassinos na batalha contra os Templários. Após uma década nas Caraíbas, este regressa a Inglaterra onde se casa com Tessa Stephenson-Oakley que lhe dá um filho, Haytham.

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Ratonhnhak%C3%A9:ton

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Edward_Kenway

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Shay Patrick Cormac (1731 - ?)

Shay, filho de imigrantes, perdeu os seus pais muito cedo, juntou-se ao seu amigo Liam O’Brien e ambos aliaram-se aos Assassinos.

Shay foi incumbido de recuperar duas “Peças do Éden” que os Templários roubaram. No entanto, questiona-se sobre os métodos dos Assassinos. Quando Achilles o envia para Lisboa na busca de uma “maçã”, Shay desencadeia um terramoto. Shay sente-se enganado e junta-se aos Templários.

Em 1760, a busca pela Caixa do Precursor (uma das “Peças do Éden”) leva-o a Versalhes, onde mata o Assassino Charles Dorian e reclama o artefacto para os Templários em 1776.

Arno Dorian (1768 - ?)

Filho de Charles Dorian, foi adoptado por François De La Serre, Grande Mestre da Ordem dos Templários. Quando este ultimo foi assassinado, Arno foi preso e conheceu o Assassino Pierre Bellec.

Durante a sua jornada fez vários aliados como o Marquês de Sade, Napoleão Bonaparte e Élise, templária, filha de François De La Serre. Contudo, uma conspiração originada nos Templários resultou na morte de Élise, tornando Arno num homem cínico.

Mais tarde descobre que Napoleão procurava um dos “Pedaços de Éden” para controlar França. Arno revolta-se, recupera o pedaço e leva-o para o Egipto.

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Shay_Cormac

Imagem retirada de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Arno_Dorian

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2 - Platforms

Todo este universo foi projetado para ser explorado em consolas de videojogos. Tal como foi referido anteriormente, cada jogo está disponível em mais do que uma consola, tendo entre elas ligeiras diferenças a nível de interface. Para além disso, as consolas estão ligadas à internet e permitem que o jogador descarregue missões extra de forma a ampliar a experiência do jogo.

No entanto, a procura incessante do público levou à ampliação do leque de escolhas. Assim, para satisfazer todos os fãs, o Assassin’s Creed teve que se adaptar a livros e filmes. As plataformas oferecem experiências pessoais (como ler um livro) e interactivas (como aplicações para telemóvel).

Desta forma, qualquer pessoa pode aceder à história de diversas maneiras, e mesmo os que pensam que já sabem tudo descobrem sempre algo novo para explorar.

Assassin’s Creed: Altaïr’s Chronicles Jogo lançado em 2008 para a Nintendo DS, iPod Touch/iPhone 4, Symbian Mobile, Windows Phone 7 e Sony Ericsson Xperia Play. Desenvolvido pela Gameloft e lançado pela Ubisoft, o jogo tem início em 1190, em Jerusalém. É aqui que a história de Altaïr começa. Assassin’s Creed II: Discovery Jogo para a Nintendo DS e iOS, lançado em 2009. Este jogo inicia-se 15 anos após o fim de Assassin’s Creed II. Novamente com Ezio Auditore da Firenze, o jogador tem como missão resgatar os Assassinos presos pela Inquisição Espanhola. Entra em contacto com várias figuras históricas, como Cristóvão Colombo e Rainha D.Isabel.

Assassin’s Creed: Lineage Série de três vídeos criados pela Ubisoft publicados no YouTube. O primeiro foi lançado a 26 de Outubro de 2009 e os dois seguintes a 12 de Novembro. Estes vídeos explicam os acontecimentos antes de Assassin’s Creed II, contando a história de Giovanni de Auditore da Firenze, pai de Ezio, enquanto Assassino ao serviço dos Medici.

Assassin’s Creed: Bloodlines Este jogo foi lançado a 20 de Novembro de 2009 para a PlayStation Portable. O jogador explora a história que se segue ao Assassin’s Creed, com Altaïr como protagonista.

Assassin’s Creed: Renaissance Livro de Oliver Bowden foi lançado a 26 de Novembro de 2009. Trata-se de uma adaptação do jogo Assassin’s Creed II. A narrativa não inclui Desmond, focando-se apenas em Ezio no século XV. Contém pormenores que não constam no jogo, como por exemplo, o casamento da irmã de Ezio, Claudia, com o capitão do seu tio Mario.

Assassin’s Creed: Project Legacy Foi um jogo lançado no Facebook a 30 de Setembro de 2010. O jogador é um recruta das Indústrias Abstergo, onde utiliza a DDS (Data Dump Scanner, similar à “Animus”) para reviver as memórias de alguém que pode ou não ser seu antepassado.

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Assassin’s Creed II: Ascendence Vídeo de animação lançado pela Ubiworkshop a 16 de Novembro de 2010, acessível pela PlayStation Store, Xbox LIVE e iTunes. Este pequeno vídeo faz uma ponte entre o Assassin’s Creed II e Assassin’s Creed Brotherhood, narrando-nos a história dos Bórgia e a sua ascensão ao poder.

Assassin’s Creed: Brotherhood Livro de Oliver Bowden foi lançado a 25 de Novembro de 2010. Trata-se de uma adaptação do jogo com o mesmo título, indicado para os que não jogam mas se interessam pelo enredo. É a sequela do livro anterior, Assassin’s Creed: Renaissance, e tal como esse, a história é mais completa.

Assassin’s Creed: The Fall Trata-se de um livro de banda desenhada, cujos capítulos foram publicados ao longo de 2010 e 2011 através da Ubiworkshop. Cameron Stewart e Karl Kerschl, autores, contam uma história paralela à de Desmond. Neste caso, Daniel Cross incorpora o seu antepassado, um Assassino Russo, Nikolai Orelov, durante os finais do séc. XIX.

Assassin’s Creed: Recollection É uma aplicação para iOS e foi lançada em 2011. Esta app inclui um jogo de cartas intitulado de “Tactics”, uma galeria com fotografias dos jogos, o filme de Assassin’s Creed: Embers e uma loja onde se pode comprar créditos e cartas.

Assassin’s Creed: The Secret Crusade Este livro de Oliver Bowden foi lançado em Junho de 2011. É narrada por Nicolau Pólo que conta a sua história e também a de Altaïr.

Assassin’s Creed: Embers Este vídeo criado pela Ubisoft foi lançado a 15 de novembro de 2011. Trata-se da continuação do jogo Assassin’s Creed: Revelations, e conta o fim da história de Ezio, incluindo a sua morte.

Assassin’s Creed: Revelations Mais uma vez, Oliver Bowden lança em livro uma adaptação do jogo com o mesmo nome. E tal como no outro, contém mais detalhes que o jogo. Este livro foi lançado em Novembro de 2011.

Assassin’s Creed: The Chain Trata-se da sequela da banda desenhada Assassin’s Creed: The Fall. Esta conclui a história de Nikolai Orelov.

Assassin’s Creed: Forsaken Escrito por Oliver Bowden, este livro foi lançado a 4 de Dezembro de 2012. Trata-se do diário de Haythem Kenway. Conta-nos como é que este se tornou Templário e como se desenrolou o Assassin’s Creed III pela sua perspectiva.

Assassin’s Creed: Brahman Banda desenhada publicada pela Ubiworkshop a 30 de Outubro de 2013. O escritor Brenden Fletcher juntou-se aos artistas Cameron Stewart e Karl Kerschl para criar a história de Monima Das que incorpora o seu antepassado, o Assassino Arbaaz Mir na Índia em 1839.

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Assassin’s Creed: Black Flag Oliver Bowden volta a fazer uma adaptação do jogo Assassin’s Creed: Black Flag, publicando o livro em Novembro de 2013.

Assassin’s Creed: Pirates Este jogo é um spin-off para smartphones e tablets, desenvolvido pera Ubisoft de Paris. Foi lançado em Dezembro de 2013 e segue a história de Alonzo Batilla que possui as chaves do tesouro do pirata francês La Buse. A 4 de Setembro de 2014 o jogo passou a ser gratuito.

Assassin’s Creed: Unity Livro de Oliver Bowden, é publicado em finais de 2014. O livro é escrito pela perspectiva de Élise de la Serre.

Assassin’s Creed: Memories É uma aplicação para iOS, lançado a 21 de Agosto de 2014 e retirado a 13 de Março de 2015. O jogador tem acesso a algumas memórias das personagens dos jogos principais e é através de cartas que revive várias épocas da história como a Terceira Cruzada, o Império Mongol, o Renascimento, o Período Sengoku, entre outros.

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3 - Audience

O jogo foi desenhado para um público-alvo específico, contudo, com o acrescento das várias plataformas, a audiência tornou-se mais diversificada.

Os jogos são vocacionados para os adolescentes e jovens adultos, pois para estes serem completados a 100% necessitam de destreza e de tempo da parte do jogador. Não são indicados para crianças devido à violência apresentada.

Para além de factores cognitivos, é também preciso que esta audiência tenha poder de compra. Os jogos principais foram lançados em consolas de marcas internacionais, consolas que o público alvo já conhece e/ou possui.

Os livros são indicados para os amantes de leitura em geral e para os fanáticos que pretendem aprofundar os seus conhecimentos sobre a história. É acessível a quase todas as idades, no entanto existem em apenas 5 línguas: Inglês, Francês, Português, Grego e Checo. As bandas desenhada, visto se tratarem de histórias paralelas, podem ser consumidas pelos fanáticos, por quem se interessa por BD ou por quem quer conhecer o conceito mas não tem tempo nem para jogar, nem para ler os romances de Oliver Bowden. Para além de todos estes produtos estarem presentes nas lojas, podem ser também descobertos na internet, sendo necessário marcar presença online para promoção do produto.

O site oficial do jogo possui um conteúdo muito diversificado. Por exemplo, “The XIX Century Search Engine” (http://searchengine.assassinscreed.com/en/), um motor de busca do séc. XIX. Aqui é recriado uma espécie de “Google” que revela curiosidades sobre o próximo jogo e também outros temas, como por exemplo uma receita de Pudim de Cerveja e Rins. Este pequeno “jogo” capta a atenção do utilizador, suscitando interesse. O site apresenta informações sobre os jogos, assim como vídeos sobre a próxima estreia. Por exemplo, um vídeo onde se apresentam as personagens históricas, fazendo ligação com o canal de YouTube da marca.

Nas redes sociais, Assassin’s Creed está presente no Facebook, com cerca de 10 039 138 likes na página. Facebook é a rede social mais utilizada, perfeita para as grandes marcas alcançarem mais público. Esta rede permite partilhar conteúdo multimédia, interagir diretamente com os fãs e até servir como plataforma para aplicações/jogos.

Aqui são publicados diversos assuntos, como Cosplays dos fãs nas Comic Con’s, eventos, vídeos de making of’s, imagens sobre os próximos jogos e promoção dos já existentes. A interacção com o público é fulcral, criando um diálogo entre o fã e a equipa de Assassin’s Creed.

Existe também uma conta oficial no Twitter, onde são publicados conteúdos distintos dos do Facebook. Têm cerca de 1 280 000 seguidores. As publicações são compostas por conteúdos originais assim como retweets de fãs ou outras entidades.

Assassin’s Creed está também presente no Google+. Apesar de ter 4 067 383 seguidores, o conteúdo é maioritariamente composto por vídeos. As redes sociais são acessíveis a todos os que possuam conexão à internet.

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Imagem retirada de: http://searchengine.assassinscreed.com/en/

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4 - User Journey and Design

Para explorar este universo, é necessário que o jogador circule entre as plataformas previamente referidas. Para que isso aconteça é preciso aliciar e motivar o utilizador para que este queira continuar a jogar, seguindo a história em qualquer plataforma. Mas qual o objetivo de uma marca para se dar ao trabalho de contar uma história em diversas plataformas? Se o Assassin’s Creed apenas se cingir às consolas como a PlayStation e Xbox, o seu produto não atingiria pessoas que por exemplo preferem ler a jogar. Para além de aumentar a quantidade e variedade com oferta de distintos produtos, aumenta também as vendas de forma exponencial. Mas não é tudo, é necessário haver um “isco” que leve o jogador a atravessar para outra plataforma. Neste caso, Assassin’s Creed optou por disponibilizar detalhes da história noutras plataformas. Por exemplo, antes do Assassin’s Creed: Brotherhood foi lançado um vídeo que relata a história do lado do inimigo, que de outra forma não teríamos acesso. A marca deve também manter o jogador interessado quando este termina uma plataforma e aguarda pela próxima. Daí o tempo entre os lançamentos dos jogos principais serem de um ano, aproximadamente. No entretanto são lançadas missões para os jogadores descarregarem da internet, fazendo com que o jogo “antigo” não caia em desuso. São lançados também figuras e outros objetos colecionáveis que fazem parte do merchandise da marca. Em contrapartida, o jogador deverá sentir-se de alguma forma recompensado, sentir que valeu a pena o tempo (e dinheiro) que investiu. Por isso, a marca tenta acompanhar os avanços tecnológicos, seguindo as plataformas recentes que o seu público alvo utiliza. Desta forma estará sempre disponível conforme as necessidades do utilizador. O avanço tecnológico permite melhorar os gráficos do jogo e a sua jogabilidade tornando o jogo cada vez mais aliciante. Além do fator técnico, a história que o jogador segue, também enriquece a sua cultura.

De seguida é apresentado um esquema da ordem pela qual a audiência deverá utilizar as plataformas de forma a seguir a história de forma coerente. Assassin’s Creed possui também histórias paralelas que não estão incluídas no esquema por não fazerem parte do enredo principal. Apesar de não fazerem parte, partilham o mesmo universo. Por exemplo as bandas desenhada Assassin’s Creed: The Fall e Assassin’s Creed: Brahman. Ainda como complemento, existem jogos e aplicações que também têm a sua própria história, como é o caso de Assassin’s Creed: Project Legacy (jogo para o Facebook), Assassin’s Creed: Recollection (app para iOS), Assassin’s Creed: Pirates e Assassin’s Creed: Memories ( ambos jogos para telemóvel/tablet).

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Quanto ao design do jogo podemos observar a sua constante evolução. A sua equipa de criativos é composta por Patrice Désilets, Maxime Béland, Steven Masters, Olivier Palmieri e Martin Capel.

A insígnia apresentada como logótipo de Assassin’s Creed varia conforme os períodos da história e países representados no jogo. Durante a idade média o símbolo estava presente à entrada da fortaleza de Masyaf. Em Itália, durante o Renascimento, ela aparecia nos mecanismos das tumbas dos Assassinos (elementos do jogo) e nas bandeiras e paredes de Monteriggioni (Tuscânia).

Alguns assassinos usavam este símbolo na sua armadura. Os assassinos actuais têm o símbolo tatuado.

Exemplos de várias insígnias presentes em diversos jogos Imagens retiradas de: http://assassinscreed.wikia.com/wiki/Assassin_insignia

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A interface do jogo sofre também alterações, adaptando-se à história. Por exemplo, os primeiros jogos têm um menu que se assemelha ao protótipo da “Animus” e os últimos recriam o menu da “Helix”.

O cenário, apesar de diferente (localizações diferentes), apresenta evoluções gráficas, em parte devido às consolas. Os mapas são cada vez maiores, mais detalhados e com mais formas de interação com o jogador.

O próximo jogo será o mais fiel à realidade. Visto que a história se desenrola durante a revolução industrial, é agora possível fazer uma réplica de Londres graças às fotografias que foram tiradas na época. Thierry Dansereau, director artístico de Assassin’s Creed: Syndicate, e Jonathan Dumont, world director, caminharam cerca de 40km pelas ruas de Londres durante uma semana com o objectivo de fotografar a essência e textura da cidade. Dumont afirma que o “world design” trata-se de criar um mundo que promove a exploração e descoberta. É necessário criar um mundo credível de forma a estimular a curiosidade e interactividade do jogador, oferecer o máximo de oportunidades para interacção possível e criar uma boa estética para as missões e história contada. Apesar do mundo apresentado ser bastante credível, é na verdade bastante alterado, a nível de proporções de edifícios e distâncias entre os mesmos. Para o jogador entrar no “flow”, o jogo tem que o acompanhar e por isso estas alterações foram necessárias. Em Assassin’s Creed: Syndicate, Dumont afirma que em certas ocasiões, a jogabilidade permitiu que a cidade não sofresse tantas alterações. Por exemplo, a equipa quis introduzir um novo modo para o jogador se movimentar mais rapidamente na cidade, utilizando uma carruagem. Assim não foi necessário encurtar distâncias entre edifícios. Esta novidade afectou também o modo como a multidão circula no jogo, sendo que agora as pessoas circulam apenas nos passeios e esperam que as carruagens passem para poderem atravessar a rua.

Menu de Assassin’s Creed: Brotherhood (Xbox 360) Imagem retirada de: http://www.mobygames.com/game/xbox360/assassins-

creed-brotherhood/screenshots/gameShotId,611558/

Menu inicial de Assassin’s Creed: Unity Imagem retirada de: http://venturebeat.com/2014/12/14/heres-whats-

up-with-assassins-creed-unitys-helix-menu/

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Imagem promocional de Assassin’s Creed: Syndicate Imagem retirada de: http://tech4gamers.com/assassins-creed-syndicate-features-two-protagonists-twin-siblings-jacob-and-evie-frye-new-screenshots/

Imagem promocional de Assassin’s Creed: Syndicate Imagem retirada de: http://nakedgameplay.com/ynnews/news/view/assassins-creed-syndicate-ships-on-pc-a-month-after-consoles/

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O movimento da personagem é também melhorado ao longo dos jogos, sendo cada vez mais fiel aos movimentos do parkour.

Para o jogador gravar o seu percurso terá que encontrar o sítio mais alto da cidade e “sincronizar”. Existem também vários “tesouros” escondidos que o jogador deverá encontrar para ganhar dinheiro. Para todas estas acções é necessário que a personagem consiga trepar com um movimento fluído. Esta mecânica, utilizada primeiramente em “Prince of Persia”, continuou a ser utilizada em todos os jogos de Assassin’s Creed devido ao seu sucesso. Este deve-se à motivação que provoca no jogador, é-lhe apresentado um objetivo, ele cumpre e é recompensado, aparecendo imediatamente uma nova missão. Este é um sistema eficiente, onde o jogador interage num loop muito apertado, entrando rapidamente em “flow”. Este método é bastante semelhante ao prazer que as crianças têm quando clicam no botão para chamar o elevador e obtêm uma resposta imediata, com feedback visual e sonoro. Nos primeiros jogos o jogador desbloqueava estas “mini” missões quando falava com personagens escondidas fora da cidade. Nos últimos, estas missões surgem discretamente, são mais acessíveis e mais fáceis para o jogador aceitar. Surgem também em maior número e em simultâneo, fazendo com que o utilizador se “prenda” mais ao jogo.

Sincronização em Assassin’s Creed: Unity Imagem retirada de: https://www.youtube.com/watch?v=Y0C2dEfXGz4

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