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Jubileu do Ano Santo da Misericórdia www.mitrascs.com.br 1. Dar de comer aos famintos. É missão dada pelo próprio Cristo (Lc 9,13) – Ao dar de comer, recor- damos o gesto da Eucaristia que gera comunhão en- tre aquele que tem fome e o que possui o pão. 2. Dar de beber aos que tem sede. Quan- do nos deparamos com a falta de água, nos damos conta de sua fundamental importância. Dar de be- ber não se restringe ao gesto estrito, mas se estende à consciência do cuidado da nossa casa comum. 3. Vestir os nus. É um ato ligado à dignidade do nosso corpo. O gesto de cobrir o corpo não significa que nos envergonhamos dele, mas, antes pelo con- trário, expressa respeito, por ser ele o templo de Deus. 4. Acolher o estrangeiro. Jesus se fez estran- geiro no Egito e podia encontrar abrigo entre seus amigos na casa de Marta, Maria e Lázaro. A Igreja deve ser casa acolhedora para todos os que sofrem com a necessidade de ter que deixar sua terra em busca de melhores condições. 5. Visitar os enfermos. Deus não suprime o sofrimento, mas dá-lhe sentido redentor. A experi- ência do sofrimento faz maturar quem o experimen- ta e quem se coloca misericordiosamente ao lado do enfermo. 6. Visitar os encarcerados. É sinal de que depositamos nossa confiança no julgamento miseri- cordioso de Deus e de que não perdemos a espe- rança na pessoa humana. 7. Sepultar os mortos. É estar junto aos que sofrem com a morte de um ente querido, cho- rar sua dor e ser presença de esperança. Os cristãos caminham, sem temor, para o encontro definitivo com o Ressuscitado. AS OBRAS DE MISERICÓRDIA OBRAS CORPORAIS A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel vi- ver uma ou mais dessas obras, pessoalmente, obterá a indulgência jubilar. OBRAS ESPIRITUAIS 1. Aconselhar os duvidosos. Não consiste em decidir pelo outro, mas sim em ajudá-lo a com- preender seu real problema e, por si mesmo, chegar a uma solução para sua dúvida. O conselho parte de nossa própria vida, a partir da nossa experiência com o Senhor. 2. Ensinar os ignorantes. A ignorância, seja da fé ou da educação em geral, constitui-se um mal. A misericórdia reside em resgatar das trevas do erro e do relativismo aqueles a quem o Cristo redimiu por sua paixão. 3. Admoestar os pecadores. Deus nos faz cuidadores de nossos irmãos, pois nosso desejo de cristãos é que todos se salvem. Dessa forma, deve- mos admoestar os que se encontram em pecado, mas sem condená-los. 4 . Consolar os aflitos.“Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”. (Mt 5,5) Não é obra fácil consolar o irmão" aflito. Para isso não existe receita pronta. Somente uma coisa consola a pessoa aflita: o amor. 5. Perdoar as ofensas. Sabe perdoar aquele que se compreende um “perdoado”, ou seja, aquele que fez a experiência do erro, mas logo após foi aco- lhido. Não perdoar é carregar consigo uma mágoa e um fardo desnecessários. 6. Suportar com paciência as injustiças. “Sede pacientes com todos” (1Ts 5,14b). Ser pacien- te com os cometem injúrias contra nós é asseme- lhar-se ao Senhor, que foi injustamente condenado, mas suportou as injustiças por amor. 7. Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos. Traduz vivamente a comunhão dos santos e mani- festa o desejo sempre vivo de relação com Deus. Quem não reza não se percebe necessitado de Deus e dos irmãos, e acaba fechando-se no egoís- mo que sufoca a alma humana. 2015 - 2016

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Jubileu do Ano Santo da Misericórdia

www.mitrascs.com.br

1. Dar de comer aos famintos. É missão dada pelo próprio Cristo (Lc 9,13) – Ao dar de comer, recor-damos o gesto da Eucaristia que gera comunhão en-tre aquele que tem fome e o que possui o pão.

2. Dar de beber aos que tem sede. Quan-do nos deparamos com a falta de água, nos damos conta de sua fundamental importância. Dar de be-ber não se restringe ao gesto estrito, mas se estende à consciência do cuidado da nossa casa comum.

3. Vestir os nus. É um ato ligado à dignidade do nosso corpo. O gesto de cobrir o corpo não significa que nos envergonhamos dele, mas, antes pelo con-trário, expressa respeito, por ser ele o templo de Deus.

4. Acolher o estrangeiro. Jesus se fez estran-geiro no Egito e podia encontrar abrigo entre seus amigos na casa de Marta, Maria e Lázaro. A Igreja deve ser casa acolhedora para todos os que sofrem com a necessidade de ter que deixar sua terra em busca de melhores condições.

5. Visitar os enfermos. Deus não suprime o sofrimento, mas dá-lhe sentido redentor. A experi-ência do sofrimento faz maturar quem o experimen-ta e quem se coloca misericordiosamente ao lado do enfermo.

6. Visitar os encarcerados. É sinal de que depositamos nossa confiança no julgamento miseri-cordioso de Deus e de que não perdemos a espe-rança na pessoa humana.

7. Sepultar os mortos. É estar junto aos que sofrem com a morte de um ente querido, cho-rar sua dor e ser presença de esperança. Os cristãos caminham, sem temor, para o encontro definitivo com o Ressuscitado.

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

OBRAS CORPORAIS

A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel vi-ver uma ou mais dessas obras, pessoalmente, obterá a indulgência jubilar.

OBRAS ESPIRITUAIS 1. Aconselhar os duvidosos. Não consiste

em decidir pelo outro, mas sim em ajudá-lo a com-preender seu real problema e, por si mesmo, chegar a uma solução para sua dúvida. O conselho parte de nossa própria vida, a partir da nossa experiência com o Senhor.

2. Ensinar os ignorantes. A ignorância, seja da fé ou da educação em geral, constitui-se um mal. A misericórdia reside em resgatar das trevas do erro e do relativismo aqueles a quem o Cristo redimiu por sua paixão.

3. Admoestar os pecadores. Deus nos faz cuidadores de nossos irmãos, pois nosso desejo de cristãos é que todos se salvem. Dessa forma, deve-mos admoestar os que se encontram em pecado, mas sem condená-los.

4 . Consolar os aflitos.“Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”. (Mt 5,5) Não é obra fácil consolar o irmão" aflito. Para isso não existe receita pronta. Somente uma coisa consola a pessoa aflita: o amor.

5. Perdoar as ofensas. Sabe perdoar aquele que se compreende um “perdoado”, ou seja, aquele que fez a experiência do erro, mas logo após foi aco-lhido. Não perdoar é carregar consigo uma mágoa e um fardo desnecessários.

6. Suportar com paciência as injustiças. “Sede pacientes com todos” (1Ts 5,14b). Ser pacien-te com os cometem injúrias contra nós é asseme-lhar-se ao Senhor, que foi injustamente condenado, mas suportou as injustiças por amor.

7. Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos. Traduz vivamente a comunhão dos santos e mani-festa o desejo sempre vivo de relação com Deus. Quem não reza não se percebe necessitado de Deus e dos irmãos, e acaba fechando-se no egoís-mo que sufoca a alma humana.

2015 - 2016

O Papa Francisco anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula de Procla-mação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericór-dia). O Jubileu inicia em 8 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.

A celebração do Jubileu se originou no judaísmo. Consistia na comemoração de um ano sabático de significado especial. A festa se realizava a cada 50 anos, quando os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdi-do, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam perma-necer sem cultivar e se descansava. Era um ano de reconciliação geral. Na Bíblia encontramos algumas passagens dessa celebração judaica (cf. Lv 25,8).

O QUE É O ANO SANTO?

A palavra Jubileu se inspira no termohebraico: yobel, que se refere ao chifre do cordeiro que ser-via como instrumento musical. Jubileu também tem uma raiz latina, iubilum, que representa um grito de alegria. Na tradição católica, o Jubileu consiste num ano em que se concedem indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições estabelecidas pelo Papa. O Jubileu, proclamado pelo Papa Francisco, é um convite para que, de maneira mais intensa, fixe-mos o olhar na Misericórdia do Pai.

POR QUE ABRIR UMA PORTA NO ANO SANTO?

O QUE SIGNIFICA O JUBILEU?

O QUE É A INDULGÊNCIA?Indulgência é a remissão, diante de Deus, da

pena devida aos pecados, cuja culpa já foi perdo-ada. Cada vez que alguém se arrepende e se con-fessa, é perdoado da culpa dos pecados cometidos, mas não da pena que lhe é devida.

Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e se ar-repende, depois pede perdão e procura o sacramen-to da Penitência, receberá o perdão. Contudo, como reparar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão.

Essa situação pode ter um indulto, uma indulgên-cia, que a Igreja oferece em certas condições espe-ciais e quando o fiel está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de Deus. A Igreja oferece a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos que sempre partici-pam da obra da salvação.

Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: "No sacra-mento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos com-

Visitando a Catedral ou os Santuários estabelecidos pelos bispos diocesanos como lugares do Ano Santo e passando pela Porta Santa dessas igrejas, percorrendo o caminho da misericórdia mediante:

• O Sacramento da Reconciliação (pode ser re-cebido em outra Igreja e não apenas naquelas que têm a porta da misericórdia);

• A celebração da Eucaristia; • As orações nas Intenções do Papa; • A realização de obras de misericórdia.

COMO RECEBER A INDULGÊNCIA?

> Catedral São João Batista (Santa Cruz do Sul);

> Igreja Nossa Se-nhora do Rosário (Rio Pardo);

> Igreja São Sebastião Mártir (Venâncio Aires);

> Igreja Santo Inácio de Loyola (Lajeado);

> Igreja São Pedro Apóstolo (Encantado);

> Santuário Nossa Se-

Porta Santa da Misericórdia em nossa Diocese

A Porta Santa, na Basílica de São Pedra em Roma, só se abre durante um Ano Santo, e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia de abertura, o Papa toca a porta 3 ve-zes com um martelo, enquanto diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com os seus colaboradores.

Em cada diocese, recordando o gesto de Roma e do Papa, o bispo abre a porta da Catedral. Igual-mente é aberta a Porta Santa nos Santuários dioce-sanos. Nesses locais se adquirem as indulgências.

portamentos e pensamentos permanecem. A mise-ricórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, à crescer no amor, em vez de recair no pecado." (Misericor-diae vultus, 22)

nhora de Czestochowa (Dom Feliciano);> Santuário São Paulo Apóstolo (Ilópolis).

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