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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA ICS INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM GUIAS ALIMENTARES FABIANA SOUZA RA: B9638H2 FABRICIO VILAS BOAS PIOVEZAN RA:B7456A3 GABRIELE CRISTINA DE LIMA FERNANDES RA: B828HD1 STEPHANIE CAROLINE RODRIGUES DOS SANTOS RA: B492546 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2013

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guias alimentares

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  • UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA ICS INSTITUTO DE CINCIAS DA SADE

    GRADUAO EM ENFERMAGEM

    GUIAS ALIMENTARES

    FABIANA SOUZA RA: B9638H2 FABRICIO VILAS BOAS PIOVEZAN RA:B7456A3

    GABRIELE CRISTINA DE LIMA FERNANDES RA: B828HD1 STEPHANIE CAROLINE RODRIGUES DOS SANTOS RA: B492546

    SO JOS DOS CAMPOS

    2013

  • RESUMO

    Guia Alimentar um instrumento que define as diretrizes alimentares sero utilizadas na orientao de escolhas saudveis. O guia tem como finalidade orientar em prticas alimentares que visam a promoo da sade e preveno de doenas. O mesmo conta com nove diretrizes sendo duas especiais, ele conta com duas propostas : a primeira, ser um guia de sade pblica, e a segunda, uma ferramenta de educao nutricional. Palavras-chave: guia alimentar, diretrizes, sade, doenas, nutricional.

  • ABSTRACT Food Guide is a tool that defines dietary guidelines will be used in the direction of healthy choices.The guide aims to advise on feeding practices that promote health and disease prevention.The same has nine guidelines including two special, he has two proposals: the first, as a guide to public health, and the second, a tool for nutrition education. Keywords: food guide, guidelines, health, diseases, nutritional

  • SUMRIO 1 INTRODUO .................................................................................................... 4

    2 DEFINIO DE GUIAS ALIMENTARES ........................................................... 5

    3 OBJETIVOS DO GUIA ALIMENTAR ................................................................. 6

    4 REFERENCIAL TERICO ................................................................................. 7

    5 GUIA ALIMENTAR PARA CRIANAS .............................................................. 9

    6 GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAO BRASILEIRA ............................. 10

    7 DIRETRIZES DO GUIA ALIMENTAR ............................................................... 11 7.1 Diretriz Especial 1 - Atividade Fsica .......................................................... 12 7.2 Diretriz Especial 2 - Qualidade Sanitria dos Alimentos .......................... 12

    8 O PANORAMA EPIDEMIOLGICO NO BRASIL: O PESO MULTIPLICADO

    DA DOENA ............................................................................................................. 13

    9 TIPOS DE PIRMIDES ALIMENTARES .......................................................... 14

    9.1 Pirmide Alimentar Infantil Brasileira ......................................................... 14 9.2 Pirmide de Harvard .................................................................................... 15 9.3 Pirmide Funcional ...................................................................................... 15 9.4 Pirmide da Dieta Mediterrnea .................................................................. 16 9.5 Pirmide Americana ..................................................................................... 16 9.6 Roda de alimentos ....................................................................................... 16

    10 O GUIA ALIMENTAR E A POLTICA NACIONAL DE ALIMENTAO E

    NUTRIO (PNAN) .................................................................................................. 17

    11 CONCLUSO ................................................................................................. 19

    REFERNCIAS.................................................................................................... 20

  • 4

    1 INTRODUO

    De acordo com a Organizao Mundial de Sade, os guias alimentares

    oferecem recomendaes dietticas, atravs de comunicados populao, para

    promover o bem-estar nutricional, podendo ser expressos sob a forma de

    orientaes nutricionais ou atravs de grupos alimentares. So baseados nas

    recomendaes nutricionais, hbitos e comportamentos alimentares e informam os

    indivduos sobre a seleo, a forma e a quantidade de alimentos a ser consumida.

    Os guias so elaborados de acordo com a disponibilidade de alimentos e

    necessidades nutricionais dos diferentes grupos populacionais.

  • 5

    2 DEFINIO DE GUIAS ALIMENTARES

    Guias, ou diretrizes, da dieta so citaes de rgos governamentais ou

    entidades reconhecidas por sua autoridade cientfica. Estes rgos ou entidades

    transformam recomendaes nutricionais tcnico- cientficas em conselhos

    (mensagens) simples, fceis de compreender e prticos ao pblico em geral. Os

    guias no tm somente o objetivo de assegurar a ingesto adequada de nutriente

    Os guias alimentares so classificados em qualitativos e quantitativos. Os

    qualitativos apresentam recomendaes somente sobre alimentos a serem ingeridos

    ou evitados, j os quantitativos fazem recomendaes de quantidades a serem

    ingeridas de cada grupo alimentar, geralmente expressas em nmero e tamanho de

    pores.

    O Guia Alimentar um instrumento oficial que define as diretrizes alimentares

    para serem utilizadas na orientao de escolhas mais saudveis de alimentos pela

    populao.

    O guia tem o propsito de contribuir para a orientao de prticas alimentares

    que visem a promoo da sade e a preveno de doenas relacionadas

    alimentao. As doenas conhecidas como Doenas Crnicas No Transmissveis

    (DCNT) so: Diabetes Mellitus, Obesidade, Hipertenso, Doenas cardiovasculares

    e cncer.

  • 6

    3 OBJETIVOS DO GUIA ALIMENTAR

    Os Guias Alimentares possuem duas propostas: a primeira, ser um guia de sade

    pblica, e a segunda, uma ferramenta de educao nutricional.

    O primeiro guia alimentar foi proposto por Caroline Hunt (1916), Anos depois em

    1940 foram propostos outros guias.0 a forma de um arco-ris; a Costa-Rica o formato

    de Outros pases, como Cuba e Venezuela, no utilizam representao grfica.

    As medidas caseiras, os pesos em gramas e os equivalentes em energia dos

    diferentes alimentos consumidos em refeies representam as orientaes bsicas

    para uma alimentao saudvel. O nmero de mensagens nos guias oscila entre

    seis e oito, evitando um grande nmero de informaes a fim de que a populao

    possa assimilar com facilidade as orientaes alimentares.

    O Brasil utiliza o modelo de Pirmide para referncia de Guia Alimentar.

  • 7

    4 REFERENCIAL TERICO

    Afirmaes como estas que remontam a centenas de anos j atestavam a

    relao vital entre a alimentao e a sade. Este guia, como parte da

    responsabilidade governamental em promover a sade, concebido para contribuir

    para a preveno das doenas causadas por deficincias nutricionais, para reforar

    a resistncia orgnica a doenas infecciosas e para reduzir a incidncia de doenas

    crnicas no- transmissveis (DCNT), por meio da alimentao saudvel. A

    abordagem conjunta desses trs grupos de doenas, tendo como instrumento a

    alimentao saudvel, uma das estratgias de sade pblica brasileira com vistas

    melhoria dos perfis nutricional e epidemiolgico atuais. Especificamente, as

    diretrizes fornecem a base para a promoo de sistemas alimentares saudveis e do

    consumo de alimentos saudveis, com o objetivo de reduzir a ocorrncia dessas

    doenas na populao brasileira maior de 2 anos (crianas, adolescentes, adultos e

    idosos). O guia destinado a todas as pessoas envolvidas com a sade pblica e

    para as famlias. D-se destaque aos profissionais de sade da ateno bsica,

    incluindo os vinculados Estratgia de Sade da Famlia, que recebero

    informaes sobre alimentao saudvel a fim de subsidiar abordagens especficas

    no contexto familiar; bem como se explicitam as atribuies esperadas do setor

    produtivo de alimentos. Outro pblico-sujeito deste guia so os formuladores e

    implementadores de aes de governo em reas correlacionadas; e, finalmente,

    destacam-se as mensagens destinadas famlia. As mensagens principais das

    diretrizes, apresentadas em destaque, visam a enfatizar os principais aspectos a ser

    destacados na abordagem do profissional de sade junto aos usurios dos servios

    de sade, pela indstria alimentcia e pelos governos e ainda pelas famlias. So

    informaes importantes que estimulam o olhar intersetorial das questes relativas

    alimentao e nutrio no Brasil. A promoo da alimentao saudvel, embora

    tenha o setor sade como um dos protagonistas, requer a integrao de outros

    setores e atores sociais, chaves na consecuo da segurana alimentar e

    nutricional. Neste guia sero abordadas as questes necessrias, em termos de

    base conceitual, sobre o que uma alimentao saudvel e como podemos

    alcan-la no cotidiano de nossas vidas. Uma alimentao saudvel no deve ser

    vista como uma receita pr-concebida e universal, pois deve respeitar alguns

  • 8

    atributos individuais e coletivos especficos impossveis de serem quantificados de

    maneira prescritiva. Contudo identificam-se alguns princpios bsicos que devem

    reger a relao entre as prticas alimentares e a promoo da sade e a preveno

    de doenas. Uma vez que a alimentao se d em funo do consumo de alimentos

    e no de nutrientes, uma alimentao saudvel deve estar baseada em prticas

    alimentares que tenham significado social e cultural. Os alimentos tm gosto, cor,

    forma, aroma e textura e todos esses componentes precisam ser considerados na

    abordagem nutricional. Os nutrientes so importantes; contudo, os alimentos no

    podem ser resumidos a veculos deles, pois agregam significaes culturais,

    comportamentais e afetivas singulares que jamais podem ser desprezadas. Portanto,

    o alimento como fonte de prazer e identidade cultural e familiar tambm uma

    abordagem necessria para promoo da sade. Esta primeira edio das diretrizes

    oficiais brasileiras parte da estratgia de implementao da Poltica Nacional de

    Alimentao e Nutrio, integrante da Poltica Nacional de Sade (BRASIL, 2003f) e

    se consolida como elemento concreto da identidade brasileira para implementao

    das recomendaes preconizadas pela Organizao Mundial da Sade, no mbito

    da Estratgia Global de Promoo da Alimentao Saudvel, Atividade Fsica e

    Sade (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004).

  • 9

    5 GUIA ALIMENTAR PARA CRIANAS

    Em relao aos guias alimentares infantis, o USDA (Departamento de Agricultura

    dos Estados Unidos) realizou uma adaptao da pirmide alimentar para crianas de

    dois a seis anos de idade com o objetivo de focar as preferncias alimentares e as

    recomendaes nutricionais para essa faixa etria. Sabe-se que, nessa fase, a

    criana deve consumir a quantidade de alimentos necessria para alcanar seu

    potencial de crescimento. Existem dois Guias Alimentares para crianas no Brasil,

    um direcionado populao menor de dois anos (Organizao Pan-Americano de

    Sade) e o outro desenvolvido por Philippi et al., adaptada s crianas brasileiras de

    dois e trs anos de idade. So baseados em uma dieta padro para essa faixa

    etria, contendo os alimentos mais comumente consumidos.

  • 10

    6 GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAO BRASILEIRA

    Em 2005-2006 foi apresentado pelo Ministrio da Sade o Guia Alimentar para a

    Populao Brasileira. Esse documento contm as primeiras diretrizes oficiais para a

    populao acerca dos hbitos alimentares saudveis e est inserido nas

    preocupaes que tm inspirado as aes do governo, tanto na necessria poltica

    de segurana alimentar e nutricional, como preveno de agravos sade advindos

    de uma alimentao insuficiente ou inadequada.

    Estas diretrizes oficiais brasileiras fazem parte da estratgia de implementao

    da Poltica Nacional de Sade (Brasil, 2005) e c consolida-se como elemento

    concreto da identidade brasileira para implementao das recomendaes

    preconizadas pela Organizao Mundial da Sade (OMS), no mbito da Estratgia

    Global para Alimentao Saudvel, Atividade Fsica e Sade (WHO,2004). As

    recomendaes especficas sobre dieta no documento da Estratgia Global so:

    Manter o equilbrio e o peso saudvel;

    Limitar a ingesto energtica procedente de gorduras ; substituir as gorduras

    saturadas por insaturadas e eliminar as gorduras trans (gordura hidrigenada);

    Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, cereais integrais e

    leguminosas ( feijes);

    Limitar a ingesto de acar livre;

    Limitar a ingesto de sal de toda procedncia e consumir sal iodado.

  • 11

    7 DIRETRIZES DO GUIA ALIMENTAR

    1: Alimentos saudveis e as refeies

    Objetivo: Estimular o convvio familiar nas refeies cotidianas

    Desestimular "pular" as refeies

    Valorizar todos os grupos de alimentos para refeies variadas e coloridas

    2: Cereais, tubrculos e razes

    Objetivo: Orientar o consumo de alimentos ricos em carboidratos complexos

    (amido), como cereais de preferncia integrais, tubrculos e razes, para garantir

    45% a 65% da energia total diria de alimentao.

    Proteger as pessoas contra o excesso de peso e obesidade, alguns tipos de

    cncer, pois uma alimentao rica em carboidratos possivelmente ter menor

    quantidade de gorduras e menos acar.

    3: Frutas, Legumes e verduras

    Objetivo:

    Diminuir o risco de desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis e

    manter o peso adequado, por meio do consumo de pelo menos 400 g/dia de frutas,

    legumes e verduras.

    Aumentar a resistncia contra infeces por meio do consumo de frutas,

    legumes e verduras que so fonte da maior parte de vitaminas e minerais

    necessrios ao organismo.

    Informar sobre a grande variedade desses alimentos disponveis em todas as

    regies do Pas e incentivar diferentes modos de preparo destes alimentos para

    valorizar o sabor.

    4: Feijes e outros vegetais ricos em protenas.

    Objetivo: Orientar e estimular o consumo de feijo, que quando combinado com o

    arroz, na proporo de 1 parte de feijo para 2 partes de arroz, fornecem uma fonte

    completa de protenas para o ser humano.

    Aumentar a resistncia contra doenas nutricionais, j que os feijes contm

    carboidratos complexos e rico em fibra alimentar, vitaminas do complexo B, ferro,

    clcio e outros minerais.

    5: Leite e derivados, carnes e ovos.

    Objetivo: Garantir uma alimentao saudvel por meio dos alimentos de origem

  • 12

    animal que so nutritivos, desde que consumidos com moderao. Orientar o

    consumo de carnes e peixes j que so boas fontes de todos os aminocidos

    essenciais, substncia qumica que compe as protenas, necessrias para o

    crescimento e a manuteno do corpo humano, alm de serem fontes importantes

    de ferro e vitamina B12.

    Orientar o consumo de leite como uma fonte importante de riboflavina (B2) e

    principal fonte de clcio na alimentao.

    6: Gorduras , acares e sal

    Objetivo: Orientar quanto a diminuio reduo do consumo de gorduras e

    acares ,e sal (mximo de 5g/dia) para diminuir o risco de ocorrncia de obesidade,

    hipertenso arterial, diabetes, colesterol e doenas cardiovasculares.

    7: gua

    Objetivo: Incentivar o consumo de gua independente dos outros lquidos j que

    a mesma desempenha papel fundamental na regulao de muitas funes vitais ao

    organismo.

    7.1 Diretriz Especial 1 - Atividade Fsica

    Abordar maneira integrada a promoo da alimentao saudvel e o incentivo

    prtica regular de atividade fsica e orientar sobre o equilbrio entre o consumo

    alimentar e o gasto energtico para manuteno do peso saudvel.

    7.2 Diretriz Especial 2 - Qualidade Sanitria dos Alimentos

    Orientar sobre as medidas preventivas e de controle, incluindo prticas de

    higiene que devem ser adotadas a fim de garantir a qualidade sanitria dos

    alimentos.

  • 13

    8 O PANORAMA EPIDEMIOLGICO NO BRASIL: O PESO MULTIPLICADO

    DA DOENA

    As deficincias nutricionais e as infeces ainda so desafios fundamentais da

    sade pblica no Brasil. Ao mesmo tempo o perfil epidemiolgico adquiriu uma maior

    complexidade, tendo os padres de doenas mudado radicalmente. As doenas

    crnicas no-transmissveis vm assumindo importante magnitude, estando

    associadas s causas mais comuns de morte registradas atualmente.

  • 14

    9 TIPOS DE PIRMIDES ALIMENTARES

    Pirmide Americana

    Pirmide da Dieta Mediterrnea

    Pirmide Funcional

    Pirmide de Harvard

    Rode de Alimentos

    Pirmide Alimentar Infantil Brasileira

    9.1 Pirmide Alimentar Infantil Brasileira

    A representao grfica do guia alimentar Os Dez Passos para a Alimentao

    Saudvel para crianas Brasileiras Menores de Dois Anos, publicada pelo Ministrio

    da Sade, no formato de pirmide. Ela representa, graficamente, os alimentos

    complementares que podem ser utilizados nas recomendaes do Guia.

    A pirmide Alimentar Infantil para crianas de 6 a 23 meses uma adaptao da

    pirmide americana original. O cone qualitativo,assim como quantitativo, e ilustra

    trs conceitos bsicos: variedade, moderao, moderao e proporcionalidade. Ela

    tem a distribuio dos alimentos da base para o topo. Os alimentos da base so

    aqueles recomendados em maior proporo em quantidade, diminuindo conforme se

    aproxima ao topo. composta de oito sees ( grupos alimentares), distribudas em

    quatro nveis.

    Nvel 1: Grupo dos pes, Cereais e Tubrculos( 3 a 5 pores).

    Nvel 2: Grupo das Verduras e Legumes( 3 pores) e Grupo das frutas( 3 a 4

    pores)

    Nvel 3: Grupo dos Leites, Queijos e Iogurtes( 3 pores), Grupo das Carnes

    e Ovos( 2 pores) e Grupo dos Feijes ( 1 poro).

    Nvel 4: leos e Gorduras ( 2 pores), e Acar e Doces ( 1 poro).

    As pores dos alimentos so equivalentes em calorias. Esse fator foi mais

    simplista do que o modelo americano,que estabeleceu as pores em equivalncia

    quanto aos nutrientes principais, alm das calorias, fazendo parte de cada grupo

  • 15

    alimentar.

    O leite materno o melhor alimento para o beb. Essa a mensagem que

    apresentada no cone da Pirmide .

    9.2 Pirmide de Harvard

    Especialistas da Escola de Sade Pblica da Universidade de Harvard fizeram

    dois estudos por dez anos e chegaram concluso de que a pirmide atual no

    diminui o risco de doenas crnicas e obesidade. Alguns dos principais erros da

    pirmide atual, considerados pelos estudiosos so:

    - Sugerir que todas as gorduras so prejudiciais sade, colocando-as no topo

    (consumo em menor quantidade). Isso no verdade, pois o consumo de algumas

    gorduras, como o mega 3 (encontrado em peixes como arenque, salmo e

    sardinha), reduz o risco de derrame e infarto;

    - Colocar todos os carboidratos (massas, cereais,pes, razes e tubrculos) na

    base, dando a ideia de que qualquer um deles faz bem para a sade. Os produtos

    de panificao (bolos, biscoitos...) tm carboidratos de absoro muito rpida. O

    consumo em excesso destes produtos interfere na secreo da insulina e aumenta o

    risco de diabetes. Alm disso, a maioria desses produtos tem gordura vegetal,

    oferecendo maior risco de doenas cardacas.

    9.3 Pirmide Funcional

    Esta pirmide baseada em alimentos funcionais. A base da pirmide consiste

    em exerccios dirios e controle de peso. A proposta recomenda a sugesto de

    suplementao de clcio, tendo como justificativa que no h recomendao para o

    consumo de laticnios, por sua composio ser rica em gorduras saturadas e o clcio

    presente no apresentar boa disponibilidade.

  • 16

    9.4 Pirmide da Dieta Mediterrnea

    Os leos vegetais esto juntos com os carboidratos (pes, massa, cereais e

    arroz). Frutas, hortalias e vinho so considerados alimentos essenciais na

    preveno da arteriosclerose e do infarto. As carnes vermelhas, no alto da pirmide,

    no deveriam ser consumidas mais de uma vez por ms.

    9.5 Pirmide Americana

    A base da pirmide a atividade fsica, estimulando e mostrando a importncia

    da prtica de exerccios fsicos para a sade e controle de peso. Acima aparecem os

    carboidratos (mas somente os integrais e in natura) e os leos vegetais (fontes de

    cidos graxos monoinsaturados e polinsaturados), demonstrando que o maior

    consumo de alimentos deve ser desses alimentos.

    No grupo das carnes foram includas somente as brancas, a carne vermelha foi

    para o topo da pirmide, juntamente com os doces, gorduras e os demais

    carboidratos refinados, devendo ser consumido com moderao. Alm dessas

    modificaes, fora da pirmide recomendado atravs de desenhos o uso de

    suplementos nutricionais (vitaminas) e a utilizao de meia taa de lcool (vinho

    tinto)

    9.6 Roda de alimentos

    A roda de alimentos mantm seu formato original, pois este j facilmente

    identificado e associa-se ao prato, sinal da cultura alimentar em torno da mesa. Ao

    contrrio das pirmides alimentares, o crculo no hierarquiza os alimentos, mas

    atribui-lhes igual importncia.

    A nova Roda dos Alimentos proposta, composta por 7 grupos de alimentos de

    diferentes dimenses, os quais indicam a proporo de peso com que cada um

    deles deve estar presente na alimentao diria.

  • 17

    10 O GUIA ALIMENTAR E A POLTICA NACIONAL DE ALIMENTAO E

    NUTRIO (PNAN)

    A Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN), homologada em 1999,

    integra a Poltica Nacional de Sade (BRASIL, 2003f). Tem como principal objetivo

    contribuir com o conjunto de polticas de governo voltadas concretizao do direito

    humano universal alimentao e nutrio adequadas e garantia da Segurana

    Alimentar e Nutricional da populao. Todas as aes de alimentao e nutrio,

    sob gesto e responsabilidade do Ministrio da Sade, derivam do princpio de que

    o acesso alimentao adequada, suficiente e segura, um direito humano

    inalienvel. Esse princpio, norteador do desenvolvimento da prpria PNAN e suas

    implicaes em termos de regulao, planejamento e prtica, uma iniciativa

    pioneira do Brasil no cenrio internacional. A PNAN tem como diretrizes a promoo

    de prticas alimentares saudveis e a preveno e o controle dos distrbios

    nutricionais e das doenas associadas alimentao e nutrio, o monitoramento da

    situao alimentar e nutricional, a garantia da qualidade dos alimentos colocados

    para consumo no Pas, o desenvolvimento de pesquisas e recursos humanos, bem

    como o estmulo s aes intersetoriais que propiciem o acesso universal aos

    alimentos. Muito embora, ao longo da histria das polticas de alimentao e nutrio

    no Brasil, a rea de Sade tenha chamado para si tais responsabilidades - mesmo

    porque sobre esse setor que recaem as conseqncias da insegurana alimentar

    e nutricional -, assegurar o direito alimentao adequada a toda a populao

    uma responsabilidade a ser compartilhada por outros setores governamentais e pela

    sociedade como um todo. Esse entendimento fica explcito ao se avaliar o conceito

    de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN),atualmente adotado pelo Brasil:

    SAN a realizao do direito de todos ao acesso regular e permanente a

    alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a

    outras necessidades essenciais, tendo como base prticas alimentares promotoras

    de sade, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econmica e

    ambientalmente sustentveis.(BRASIL,2004a)

    Assim, entende-se que a garantia da SAN requer a conjugao e priorizao de

    esforos pelo Estado, conciliando aes pblicas de diferentes setores e esferas do

    governo e da sociedade civil. Essas aes do conseqncia prtica ao direito

    humano alimentao e nutrio adequadas (DHAA), extrapolando, portanto, o

    setor Sade e alcanando um carter intersetorial. Por outro lado, a adoo da

  • 18

    promoo da SAN como tema central do atual governo brasileiro reforou a

    compreenso do papel do setor sade no tocante alimentao e nutrio,

    reconhecidas como elementos essenciais para a promoo, proteo e recuperao

    da sade. Os programas e aes em alimentao e nutrio do Ministrio da Sade,

    dentre os quais este guia um exemplo, so desenvolvidos tanto para contribuir

    para a preveno e controle das doenas crnicas no-transmissveis (DCNT) como

    das deficincias nutricionais e doenas infecciosas, promovendo o consumo de uma

    alimentao saudvel e a adoo de modos de vida saudveis. A estratgia que

    orienta essas aes deve combinar iniciativas de articulao intersetorial,

    regulamentao, informao, comunicao e capacitao de profissionais. Em um

    pas como o Brasil, onde as desigualdades regionais so expressivas, importante

    destacar que a promoo da alimentao saudvel pressupe a necessidade de

    definio de estratgias de sade pblica capazes de dar conta de um modelo de

    ateno sade e de cuidado nutricional, direcionados para a preveno da

    desnutrio, incluindo a fome oculta e outras doenas relacionadas fome e

    excluso social, como tambm do sobrepeso, da obesidade e das demais DCNT

    resultantes da inadequao alimentar ou outra forma de manifestao da fome. A

    promoo de prticas alimentares saudveis, alm de uma diretriz explcita da

    PNAN, conforma uma ao transversal incorporada em todas e quaisquer outras

    aes, programas e projetos. A alimentao saudvel tem incio com o incentivo ao

    aleitamento materno - exclusivo at o sexto ms e complementado at, pelo menos,

    o segundo ano devida adoo de modos de vida saudveis, sendo, portanto,

    componente importante da promoo da sade e da qualidade de vida. Nessa

    abordagem, tem enfoque prioritrio o resgate de hbitos e prticas alimentares

    regionais relacionadas ao consumo de alimentos locais de elevado valor nutritivo,

    bem como de padres alimentares mais variados, desde os primeiros anos de vida

    at a idade adulta e a velhice.

  • 19

    11 CONCLUSO

    Nesse trabalho estudamos os guias alimentares, que so ferramentas

    importantes de educao e informao que promovem o bem-estar nutricional.

    Esses guias so desenvolvidos atravs de estudos, realizados com uma

    determinada populao, com o fim de estabelecer a forma de comunicar as

    informaes, e a alimentao de grupos especficos. O enfoque levemente hoolistico

    ocasiona pequenas variaes nos guias, devido apenas a disponibilidade de certos

    alimentos, tendo sempre como objetivo uma alimentao saudvel.

    Assim, conclumos que os guias alimentares, para serem efetivos, devem ser

    simples e prticos, amplamente divulgados, e impactantes, para que os individuos

    recordem as informaes sobre os alimentos, as devidas propores, aplicando-as

    no seu cotidiano. Este trabalho foi de extrema importncia para o nosso

    aprofundamento no assunto, esclarecendo que os guias alimentares so

    abrangentes, no sendo apenas uma dieta alimentar, mas um instrumento de

    promoo da sade.

  • 20

    REFERNCIAS

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