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Tema: Transporte Marítimo e Fluvial 1 ANÁLISE PRELIMINAR DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO HIDROANEL METROPOLITANO DE SÃO PAULO PARA O TRANSPORTE DE CARGAS Autores: Newton Narciso Pereira, Nayara Amaral Lima de Valois; Jussara dos Santos Neto; Rui Carlos Botter. USP Universidade de São Paulo Avenida Professor Mello Moraes, 2231 Cidade Universitária São Paulo - Brasil CEP: 05.508-970 Emails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] Telefone: +55 11 3091 1724 Resumo: O sistema de transportes da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP tem sido alvo de diversos estudos de alternativas para transporte de cargas, devido ao constante crescimento populacional e aumento da demanda de produtos e serviços que refletem nos problemas viários. Estes problemas geram congestionamentos, aumentos de custos de transporte que refletem no preço final dos produtos e serviços, além de impactar na qualidade de vida das pessoas. Entretanto, se minimizados, podem melhorar a logística de na região metropolitana de São Paulo, além de propiciar redução na emissão de poluentes. Dentre as alternativas propostas neste trabalho, sugere-se a implantação de um anel hidroviário (Hidroanel) na RMSP, que pode conectar os rios de São Paulo, possibilitando o aproveitamento dos corpos d’água, especialmente os rios Tietê e Pinheiros.

ANÁLISE PRELIMINAR DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO ... · Figura 3: Localização de aterros sanitários e áreas de transbordo na área de influência do Hidroanel Fonte: Prefeitura

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Tema: Transporte Marítimo e Fluvial

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ANÁLISE PRELIMINAR DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO HIDROANEL METROPOLITANO DE

SÃO PAULO PARA O TRANSPORTE DE CARGAS

Autores: Newton Narciso Pereira, Nayara Amaral Lima de Valois; Jussara dos Santos Neto; Rui Carlos Botter.

USP – Universidade de São Paulo

Avenida Professor Mello Moraes, 2231 – Cidade Universitária São Paulo - Brasil – CEP: 05.508-970

Emails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Telefone: +55 11 3091 1724

Resumo:

O sistema de transportes da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP tem

sido alvo de diversos estudos de alternativas para transporte de cargas, devido

ao constante crescimento populacional e aumento da demanda de produtos e

serviços que refletem nos problemas viários. Estes problemas geram

congestionamentos, aumentos de custos de transporte que refletem no preço

final dos produtos e serviços, além de impactar na qualidade de vida das

pessoas. Entretanto, se minimizados, podem melhorar a logística de na região

metropolitana de São Paulo, além de propiciar redução na emissão de

poluentes. Dentre as alternativas propostas neste trabalho, sugere-se a

implantação de um anel hidroviário (Hidroanel) na RMSP, que pode conectar

os rios de São Paulo, possibilitando o aproveitamento dos corpos d’água,

especialmente os rios Tietê e Pinheiros.

Page 2: ANÁLISE PRELIMINAR DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO ... · Figura 3: Localização de aterros sanitários e áreas de transbordo na área de influência do Hidroanel Fonte: Prefeitura

Tema: Transporte Marítimo e Fluvial

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1 – INTRODUÇÃO

O projeto “Hidroanel Metropolitano” de São Paulo foi primeiramente concebido

na década de 70 e retomado pelo Departamento de Transportes do Estado de

São Paulo em 2007 com o objetivo de avaliar o aproveitamento dos corpos

d’água, os rios Tietê e Pinheiros, além da inclusão de um canal artificial

conectando estes rios para atrair cargas e passageiros, em vários trechos

delimitados pelo projeto.

O Hidroanel está localizado na Bacia do Alto Tietê e ocupa uma área de 5.985

km2, com população estimada de 17,8 milhões de habitantes distribuídos entre

os 35 municípios da Grande São Paulo (JORDÃO, 2007). A região em que está

inserida possui uma rede de transportes complexa e apresenta seus pontos

fortes e fracos que abrem lacunas para implantação do Hidroanel, com objetivo

de minimizar os impactos dos sistemas de transporte atuais.

Sob o aspecto macro logístico, o Hidroanel se agrega a um sistema intermodal

maior, composto por ruas, avenidas, estradas, ferrovias de carga e de

passageiros, linhas de metrô, ônibus, veículos associados, complexa gestão de

cargas e de passageiros, e possibilita uma visualização de projeção racional do

sistema de transporte composto por veículos, terminais, gestão operacional e

infraestrutura.

O modal rodoviário é responsável por grande parte do transporte de cargas na

região, já o ferroviário é responsável pela conexão da Região Metropolitana de

São Paulo com outros municípios e com outras regiões do país. A análise

dessas movimentações se torna crucial para estabelecer e identificar as cargas

potenciais que podem ser atraídas para o Hidroanel.

Este artigo tem, como objetivo apresentar a Análise Preliminar da Viabilidade

de Implantação do Hidroanel Metropolitano de São Paulo para o Transporte de

Cargas, sendo assim apresentamos as cargas de maior potencial de

transporte:

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1. Resíduos Sólidos (lixo urbano);

2. Lodo de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs);

1.1. ETAPAS DO HIDROANEL

O estudo sobre a viabilidade de implantação do Hidroanel, se integra aos

demais modais da cidade, refletindo diretamente na atração de cargas a serem

transportadas pela hidrovia, com a finalidade de amenizar o congestionamento

das vias principais que estão no entorno dos rios. A implantação do “Hidroanel

Metropolitano” pode tornar-se um instrumento para otimizar a logística de

transporte de cargas na cidade de São Paulo, sendo uma solução logística

viária.

Na área de influência do Hidroanel, os modais rodoviário e ferroviário são os de

mais alta competitividade com o modal hidroviário. O modal rodoviário é o mais

utilizado para o transporte de cargas na região, e o ferroviário é responsável

pela conexão da Região Metropolitana de São Paulo com outros municípios e

regiões de divisa do país. A análise dessas movimentações foi fundamental

para estabelecer e identificar as cargas potenciais que poderiam ser atraídas

para o Hidroanel. Os estudos de movimentação de cargas revelaram a

necessidade da análise de sua demanda e da capacidade de transporte e

movimentação.

Conforme figura 1, o projeto foi dividido em etapas (Etapa I e Ia, Etapa II, Etapa

III, Etapa IV). A subdivisão foi detalhada de modo que pudesse apontar as

condições e infraestrutura básica de navegação nas áreas de influência do

Hidroanel. As delimitações de interferência de implantação foram divididas em

duas áreas: influência direta e influência indireta. Para a área de influência

direta admitiu-se 300 metros às margens dos rios Tietê e Pinheiros e para área

direta, os 18 municípios que estão no entorno dos rios.

Etapa I: Implantação da navegação entre as imediações da empresa

Nitroquímica até a usina UHE Edgard de Souza. Este trecho tem

aproximadamente 57 km de extensão e permite a ligação hidroviária entre as

zonas leste e oeste da Região Metropolitana da grande São Paulo. Este trecho

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foi subdividido entre Etapa Ia: UHE Edgard de Souza – Barragem da Penha: 41

km e Etapa Ib: Barragem da Penha – Nitroquímica: 14km.

Figura 1: Subdivisão do Hidroanel em 4 etapas.

Fonte: INPH

A Etapa Ia encontra-se com a sua infraestrutura básica de navegação

concluída, incluindo-se aí a eclusa da barragem móvel do Cebolão. Encontra-

se em projeto a Eclusa da Penha, com conclusão da implantação prevista para

2012.

Etapa II: Canal do Rio Pinheiros do Cebolão até a Usina de Pedreira, numa

extensão aproximada de 25 km. Este trecho permite a ligação hidroviária entre

a região oeste, Barueri e Carapicuíba, com a zona sul da capital.

A Etapa III: Trecho de 28 km no Rio Tietê, à montante da barragem da Penha e

mais 8 km de canal a serem ampliados até a barragem de Taiaçupeba. Nesta

etapa do projeto “Hidroanel Metropolitano”, é possível contar com a efetivação

do projeto “Várzeas do Tietê”, previsto para conclusão em 2016, conforme a

Prefeitura de São Paulo, e que pode resultar em 75 km de extensão e 110 km2

de área (PREFEITURA, 2010).

A Etapa IV: no trecho de aproximadamente 28 km entre o reservatório de

Taiaçupeba e o remanso da represa Billings, existe um divisor de águas com

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cotas estimadas entre 780 e 800 m sobre o nível do mar. Cabe advertir que os

reservatórios da Billings e Taiaçupeba operam com cotas semelhantes. O

trecho de 35 km entre a Represa de Taiaçupeba e a Usina de Pedreira

completa 63 km de extensão.

O projeto “Hidroanel Metropolitano” admite que é possível à população

paulistana conviver harmonicamente com os rios, utilizando-se deles para o

lazer, turismo e transporte de cargas.

2 – ENTENDIMENTO DO PROBLEMA

No desenvolvimento metodológico para essas análises foram avaliados

cenários para desenvolvimento e caracterização do sistema de transporte de

cada carga e a avaliação da viabilidade de utilização dos trechos que

compreendem o Hidroanel, bem como sua interação com a rede modal na

RMSP. A implantação e operação do Hidroanel na cidade de São Paulo

aproveita o corpo hídrico inexplorado da cidade.

Embora seja um dos rios mais importantes economicamente para o estado de

São Paulo e para o país, o rio Tietê ficou mais conhecido pelos seus problemas

ambientais, tornando-se um grande problema para a cidade. Comparado aos

países de várias partes do mundo, principalmente na Europa, a interação entre

hidrovia e cidade é comum. Este modal acaba sendo uma alternativa para

escoamento da produção.

Admitindo que os rios que permeiam o Hidroanel correm em paralelo entre as

duas maiores vias da cidade de São Paulo (marginais), estas vias ligam as

regiões norte, sul, leste e oeste e a demais rodovias e ferrovias na capital..

Sendo assim, o estudo de alternativas logísticas para o Hidroanel foi concebido

dentro da ótica de integração com a cidade, com o aproveitamento dos

recursos hídricos existentes, e para minimização dos impactos e custos do

transporte.

Outra importante consideração para o dimensionamento do Hidroanel é a

interrupção do transporte de cargas e passageiros em casos de cheia do rio

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(“enchentes”), que ocorrem com muita frequência no verão. Este fator

significativo pode comprometer e inviabilizar o transporte das cargas e

passageiros, exigindo maior capacidade de armazenamento nos terminais em

função dos efeitos climáticos que podem interromper o transporte fluvial.

3- RESÍDUO SÓLIDO

Considerando os resíduos sólidos como a carga potencial de maior volume a

ser transportadapelo Hidroanel, apresenta-se aqui algumas de suas

características.

De acordo com a empresa ECOURBIS, são gerados cerca de 15.000 toneladas

de resíduos sólidos por dia na cidade de São Paulo. Ele é composto

basicamente de resíduos orgânicos provenientes dos domicílios e resíduos

recicláveis misturados. A taxa de crescimento dos resíduos sólidos aumenta a

cada ano, devido ao aumento da condição financeira e consequentemente

social da população brasileira, assim sendo os aterros existentes têm reduzido

rapidamente a vida útil, quando comparados com o tempo inicialmente

projetado.

O conceito de gestão sustentável para o problema dos resíduos sólidos é

aplicado nas grandes metrópoles do exterior, o que aponta para este sistema

de tratamento que também pode ser utilizado na cidade de São Paulo com a

integração ao Hidroanel.

Na região metropolitana da cidade de São Paulo, todo o processo de coleta

dos resíduos sólidos das residências é realizado através dos caminhões

coletores, como o que é mostrado na figura 2.

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Figura 2: Transferência dos resíduos sólidos do caminhão coletor para fosso de recepção

Fonte: Ecourbis (2010).

A cidade de São Paulo dispõe de um dos mais complexos sistemas de coleta

de resíduos sólidos do Brasil, sendo um sistema estruturado de transferência,

armazenagem e destinação final de resíduos sólidos, domiciliar e industrial. O

caminhão coletor, além de coletar os resíduos sólidos, também o pré-compacta

para que seja enviado ao destino final. A frota de caminhões coletores nas

regiões leste e sul da cidade de São Paulo são de cerca de 70 veículos com

capacidade de 12 t cada (ECOURBIS, 2010). Segundo a ECOURBIS, esta

frota atende a aproximadamente 52% do total da demanda gerada para os

resíduos sólidos por dia na cidade.

Em 2010, foram gerados cerca de 5,4 milhões de toneladas de resíduos

sólidos, que foram enviados para aterros sanitários, seja diretamente pelo

caminhão coletor ou por caminhões de maior capacidade (23 t). Existem, na

RMSP, dois aterros em operação (São João e Caieiras – Figura 3), para onde

são enviados os resíduos coletados (ECOURBIS, 2010).

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Figura 3: Localização de aterros sanitários e áreas de transbordo na área de influência do Hidroanel

Fonte: Prefeitura da Cidade de São Paulo (2010).

3.2. USO DE ATERROS

É comum encontrar nos aterros, ou lixões, milhares de pessoas que retiram

dos resíduos sólidos sua forma de subsistência, o que mostra um problema

social, e como consequência, surgem problemas de saúde pública. Além disso,

os aterros causam um impacto visual nas áreas adjacentes às cidades, que

poderiam ser ocupadas para uso mais nobre, como moradias e indústrias.

Outro problema associado aos aterros sanitários é o custo de transporte para

levar os resíduos sólidos coletados até o ponto de destinação final. Para

minimizar esses custos, a cidade de São Paulo implantou três estações de

transbordo de resíduos sólidos. O objetivo das estações de transbordo é

reduzir a distância percorrida dos caminhões coletores até os aterros da

cidade. Nas estações de transbordo, os resíduos sólidos coletado pelos

caminhões são descarregados em fossos e transferidos para carretas que

levam os resíduos sólidos até o aterro.

Segundo a LIMPURB, baseando-se nos contratos realizados em 2004, antes

da concessão, os custos de transbordo dos resíduos sólidos nas estações de

Ponte Pequena, Vergueiro e Santo Amaro eram de R$ 0,32/t, R$ 0,21/t e

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0,51/t, respectivamente. O custo médio da coleta domiciliar era de R$ 0,40

t/km. Contudo, não foram encontrados dados sobre os custos mais recentes do

transporte dos resíduos sólidos na cidade de São Paulo.

Os resíduos sólidos domiciliares são levados para os aterros, mas outros

resíduos como os inertes, hospitalares e industriais são destinados para os

seus devidos locais de tratamento, conforme mostrado na Tabela 1.

Tabela 1 - Destinação dos resíduos sólidos por tipo de tratamento, município de São Paulo, 2002

Média Mensal (t) Anual (t) %

Município de São Paulo 553.348 6.640.160 100%

Aterro Sanitário e de Inertes 326.472 3.917.661 58,999%

Compostagem 40.896 490.750 7,391%

Incinerador Grupo B1 (1) 44 522 0,008%

Incinerador Animais Transbordo 49 590 0,009%

Transbordo 185.791 2.229.489 33,576%

Triagem 96 1.148 0,017%

DestinaçãoTipo de Tratamento

Fonte: Secretaria de Serviços e Obras/SSO – Departamento de Limpeza Urbana/Limpurb

Os aterros existentes na cidade de São Paulo não possuem área disponível

para atender à crescente demanda para disposição de resíduos sólidos, ainda

assim é importante ressaltar que é necessário existir aterros no entorno da

cidade pois por mais que aja outros tipos de tratamento tais como; incineração,

compostagem, reciclagem etc, sempre haverá rejeito destes processos que por

hora deverão ser encaminhados ao aterro para dar fim ao ciclo de tratamento.

Diante do problema da disponibilidade de novas áreas para a construção de

aterros, muitos países estão empregando o uso de incineradores.

Recentemente, com a melhoria dos incineradores e com a crescente pressão e

preocupação ambiental dos órgãos de controle de emissões, estão sendo

instaladas estações de tratamento e recuperação de energia.

Internacionalmente, este sistema é conhecido como Waste-to-Energy, ou seja,

recuperação de energia através dos resíduos sólidos.

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No presente artigo são apresentados exemplos do conceito de gestão

sustentável para o problema dos resíduos sólidos nas grandes cidades no

exterior, que pode ser utilizado na cidade de São Paulo com a integração ao

Hidroanel.

2.2. TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS

No caso da RMSP, o meio mais adequado para transportar resíduos sólidos

urbanos é por meio de contêineres, que deve ser devidamente carregado nas

estações de transbordo para evitar possíveis dispersões de carga. A utilização

de contêineres no transporte dos resíduos sólidos confere melhor flexibilidade à

movimentação da carga assim como maior segurança no transporte. Além

disso, o uso do contêiner não causa impacto visual na cidade, nem para os

usuários nas vias paralelas no Hidroanel. Na Bélgica, o transporte dos resíduos

sólidos é feito em contêineres abertos no topo, e o mesmo fica totalmente

exposto, coberto somente por uma rede. Em termos mundiais, mesmo para

cidades bem menores que São Paulo, nota-se a progressiva eliminação dos

aterros, substituídos principalmente por novos processos “limpos” de

incineração.

O cenário atual da região metropolitana (RMSP) é crítico, pois só possui 02

aterros sanitários que possuem apenas mais cinco anos de capacidade, os

aterros CTR Caieiras e CDR Pedreira. Desta forma, a EcoUrbis, com Licença

de Operação aprovada em 2010, inicia sua operação de ampliação do aterro

São João, com uma célula nova que terá vida útil de 10 anos, em espaço

localizado ao lado do antigo aterro São João.

Deste modo, pode-se utilizar o Hidroanel como elemento-chave da logística do

transporte de resíduos sólidos, no intuito de buscar redução dos custos de

transporte e impactos diversos oriundos destas movimentações na cidade, sem

grandes modificações no sistema já praticado atualmente.

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4 – LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO-ETEs

A RMSP dispõe de diversas estações de tratamento de esgoto distribuídas na

capital do Estado que capturam o esgoto gerado pelas residências e indústrias

para o tratamento. A produção de esgoto é de 20 l/dia por pessoa. A Região

Metropolitana de São Paulo tem uma população de 19.889.559 habitantes.

Segundo a Sabesp (2010), há uma produção de 397.791.180 l/dia por pessoa

de esgoto na RMSP. Uma vez tratado o esgoto, a água residual do tratamento

é lançada nos rios da cidade.

Na área de influência do Hidroanel estão localizadas cinco estações de

tratamento. A Tabela 2 mostra a área de atendimento de cada estação de

tratamento na cidade. A Tabela 333 mostra os volumes de lodo produzido

anualmente.

Tabela 2 - Localização das estações de tratamento e atendimento

Localização Atendimento Tipo Eficiência

(DBO)

ETE ABC

Entre os

municípios de

São Paulo e São

Caetano do Sul.

Região do ABC,

Mauá e uma parte da

cidade de São Paulo.

Lodo ativado

convencional e

em nível

secundário

90 %

ETE

Barueri

Município de

Barueri.

Maior parte da

cidade de São Paulo,

e região

metropolitana a

Oeste da capital.

Lodo ativado

convencional e

em nível

secundário.

90 %

ETE Pq.

Novo

Mundo

Município de São

Paulo, a jusante

da foz do rio

Cabuçu de Cima.

Parte das zonas

Leste e Norte do

município de São

Paulo.

Lodo ativado

por alimentação

escalonada e em

nível

secundário.

90 %

ETE São

Miguel

Km 25 da

Rodovia Airton

Senna, ao lado da

Companhia

Nitroquímica

Brasileira.

Extremo leste do

Município de São

Paulo.

Lodo ativado

por alimentação

escalonada e em

nível

secundário.

90 %

ETE

Suzano

Município de

Suzano, a sudeste

de São Paulo.

Mogi das Cruzes,

Suzano, Poá,

Itaquaquecetuba e

Ferraz de

Vasconcelos.

ETB por

processo de

lodos ativados

convencional e

em nível

secundário.

90 %

Fonte: SABESP (2010)

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Tabela 33 - Volume de lodo anual produzido pelas estações de tratamento

ETE Aterro Distância

(km)

Produção de

Lodo Base

úmida (t/ano)

Transporte

(R$/ano)

ABC Essencis -- 31.755 ----

Barueri Essencis 42 73.000 2.100.000,00

Pq Novo

Mundo

CDR Pedreira 20 25.550 320.000,00

São Miguel CDR Pedreira 37 6.205 118.000,00

Suzano CDR Pedreira 48 15.330 645.000,00

TOTAL (R$) 151.790 3.183.000,00

Fonte: SABESP (2010)

Características do lodo:

A combinação de efluentes industriais e não industriais resulta em lodos com

características diferentes. Entre essas características destacam-se as

concentrações de metais pesados (tais como cádmio, cobre, zinco, níquel,

cromo, chumbo) e também de organismos patogênicos (tais como bactérias,

protozoários e helmintos). O tratamento tem que ser diferente para cada tipo de

efluente, do contrário, não é eficaz. Para cada tipo de tratamento o lodo gerado

tem diferentes características.

Destinação final do lodo:

Utilização na agricultura

Pode ser utilizado para fabricação de fertilizantes organo-minerais. Salmonelas,

ovos de helmintos, enterovirus e cistos de protozoários não são encontrados

em lodo com pH maior do que 12,0, e, portanto, não apresentam riscos à

saúde humana.

Secagem térmica do lodo

Tem como vantagens a redução do volume de lodo a ser transportado e da

área de armazenamento com redução substancial de patogênicos, no

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aproveitamento do gás oriundo do digestor e reciclagem de nitrogênio, fósforo

e potássio.

O custo com destinação final do lodo para a SABESP é somente o transporte,

pois a deposição no aterro não é cobrada. As ETEs tratam o chorume

produzido pelos aterros e estes dispõem o lodo produzido nas ETEs.

(SABESP, 2010)

Conforme SABESP (2010), o lodo é transportado para os aterros sanitários ao

custo de R$ 30,00/t (trinta reais por tonelada), entretanto, o preço real de

transporte de lodo é bem mais elevado devido à mistura com a areia na

proporção de 1:4, ou melhor, numa taxa de 20% de lodo para 80% de areia,

presumindo-se um custo real de transporte de R$ 100,00, sem computar o

preço de transporte da areia até a ETE.

5- RESULTADOS

Foram desenvolvidos vários cenários para o estudo do transporte da carga

Resíduos Sólidos no Hidroanel de São Paulo. Dentro dos 5 cenários estudados

para a carga resíduos sólidos, foram escolhidos 3 cenários que melhor

apresentam os dados desenvolvidos neste estudo de transporte de cargas do

Hidroanel Metropolitano de São Paulo.

5.1 – CENÁRIOS ESCOLHIDOS

Cenário 1A

O cenário 1A corresponde ao transporte de resíduos sólidos da estação de

transbordo de Santo Amaro e da estação de transbordo da Ponte Pequena

para uma Usina Termoelétrica no entorno do Cebolão, posicionada à montante

da eclusa do Complexo Viário Cebolão.

Para o trecho do Rio Tietê, onde se localiza a estação de transbordo da Ponte

Pequena, percorre-se um trecho de 17,5 km até a localização suposta para

implantação do terminal para transbordo de carga e da Usina Termoelétrica. O

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transbordo Santo Amaro perfaz o trecho do Rio Pinheiros numa distância de

23,75 km até o Complexo Viário Cebolão.

Os resultados serão apresentados na tabela 4, representando um resumo das

análises realizadas para dimensionamento da frota necessária para

atendimento da demanda, bem como precificação do custo deste transporte.

Tabela 4 – Resultados de avaliação quantitativa para Cenário 1A.

Em função do volume de resíduos sólidos transportado, quantificou-se o

potencial de geração de energia que esse sistema pode produzir no local

indicado de instalação da usina termoelétrica.

Cabe destacar que, a frota de comboios e chatas adicionais foi estipulada para

garantir que o empurrador tenha o menor tempo ocioso possível. Deste modo,

Cenario 1A

Demanda total (t) 4230 2040

Tempo Ciclo Total (contingencia) (h) 4,81 8,00

Viagens dia por comboio 4,99 3,00

Empurradores Necessarios 2 2

Chatas Necessarias 4 4

Qtde Caminhoes que atendem demanda 38 21

Custos e Tarifas

Custo de aquisição 7.834.665,87R$ 7.834.665,87R$

Tarifa R$/t/km 0,08R$ 0,09R$

Viagens

Comboios (ano) 2486 1199

Caminhões (ano) 119323 57546

Poluição gerada

Indice Ambiental (CaminhãoXEmbarcação) 2,67 3,22

Queima do lixo

Energia gerada (MW) 1097,25

Potencial Energético (MWh/t) 45,72

Nº de domicilios atendidos 143.120

Porcentagem da cidade de são paulo atendida 6,51%

Fluxo - Estação de

Transbordo Ponte

Pequena até Usina

Termoelétrica no

Cebolão

Fluxo - Estação de

Transbordo Santo

Amaro até Usina

Termoelétrica no

Cebolão

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sempre que o empurrador chegar ao terminal trazendo uma chata carregada

deverá existir outra chata vazia para o transporte no sentido contrário.

A frota necessária para atender à demanda neste cenário, em ambos os fluxos

(Ponte Pequena-Cebolão e Santo Amaro-Cebolão) é de 2 empurradores e 4

barcaças.

O índice ambiental calculado para este cenário é de 2,67 para o fluxo Ponte

Pequena-Cebolão e de 3,22 para o fluxo Santo Amaro-Cebolão. Este índice é

usado para mostrar quantas vezes a poluição gerada pelo caminhão (emissão

de gases poluentes) é maior que a poluição gerada pela embarcação, no

mesmo trecho. Este valor mostra que ao utilizar-se do modal hidroviário mesmo

em curtas distâncias podem-se obter ganhos pela substituição do modal. O

potencial energético deste cenário é capaz de alimentar 143.120 mil domicílios.

Cenário 1E

O cenário 1E - Transporte de Resíduos sólidos dos transbordos Ponte

Pequena e Santo Amaro para Usina Termoelétrica em Barueri. A carga

transportada pela via resulta do material vindo da estação de transbordo Ponte

Pequena somado aos resíduos sólidos vindo da estação de transbordo Santo

Amaro. Levando-se em conta uma possível variação de aproximadamente

6.500 toneladas por dia, obtêm-se um valor de aproximadamente 320

contêineres por dia. A única diferença deste cenário para o cenário 1A é que a

carga é transportada até a ETE de Barueri.

Neste cenário, a eclusagem é realizada no Cebolão e o transporte, realizado

via navegação até a Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri. Para

variação nos resultados do cenário, pode ser considerado que as possíveis

cargas sejam também provenientes de São Miguel e Parque Novo Mundo,

totalizando uma quantia de 30.000 toneladas ao ano. Todos os cálculos devem

ser realizados com base na planilha de resultados da avaliação quantitativa. A

Tabela 3 mostra os resultados das análises realizadas para o cenário 1E, com

os seguintes pontos, para os dois fluxos, a demanda para transporte é de 6.270

toneladas de resíduos sólidos.

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Tabela 3 - Resultados de avaliação quantitativa para Cenário 1E.

Para este valor, são necessários um total de 5 empurradores e 9 chatas. Em

termos rodoviários, para este trecho (dividido em dois fluxos distintos), são

necessários 79 caminhões para atender à mesma demanda.

Cenário 2

Este cenário considera o transporte de lodo de várias Estação de Tratamento

de (Suzano, São Miguel e da ETE Parque Novo Mundo), que somam 30.000

t/ano, para a ETE de Barueri.

Este cenário considera o transporte de lodo de várias ETEs (Suzano, São

Miguel e da ETE Parque Novo Mundo), que somam 30.000 t/ano, para a ETE

de Barueri.

A origem e o destino do lodo das ETEs, a produção de lodo em base úmida, o custo com o transporte e a distância das estações até o aterro são mostradas na

Cenario 1E

Demanda total (t) 4230 2040

Tempo Ciclo Total (contingencia) (h) 8,37 11,55

Viagens dia por comboio 2,87 2,08

Empurradores Necessarios 3 2

Chatas Necessarias 5 4

Qtde Caminhoes que atendem demanda 50 29

Custos e Tarifas

Custo de aquisição 10.205.123,81R$ 7.834.665,87R$

Tarifa R$/t/km 0,09R$ 0,09R$

Viagens

Comboios (ano) 2486 1199

Caminhões (ano) 119323 57546

Poluição gerada

Indice Ambiental (CaminhãoXEmbarcação) 3,25 3,52

Queima do lixo

Energia gerada (MW) 1097,25

Potencial Energético (MWh/t) 45,72

Nº de domicilios atendidos 143.120

Porcentagem da cidade de são paulo atendida 6,51%

Fluxo - Estação de

Transbordos Ponte

Pequena para

usina termoelétrica

em Barueri

Fluxo - Estação de

Transbordos Santo

Amaro para usina

termoelétrica em

Barueri

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Tabela 4. O custo com destinação final do lodo para a SABESP é somente o

custo de transporte, pois o custo da deposição não é cobrado. Há um acordo

de isenção entre a SABESP e os aterros: as ETEs tratam o chorume produzido

pelos aterros e estes dispõem o lodo produzido nas ETEs. Existe também a

possibilidade de uso do lodo na fabricação de blocos estruturais na ETE de

Barueri, utilizando uma proporção de 80:20 (areia/lodo) para a fabricação.

Tabela 4 – Produção de lodo nas ETEs

ETE Aterro Distância

(km)

Produção de

Lodo Base

úmida (t/ano)

Transporte

(R$/ano)

ABC Essencis -- 31.755 ----

Barueri Essencis 42 73.000 2.100.000,00

Pq Novo

Mundo CDR Pedreira 20 25.550 320.000,00

São Miguel CDR Pedreira 37 6.205 118.000,00

Suzano CDR Pedreira 48 15.330 645.000,00

TOTAL (R$) 151.790 3.183.000,00

Fonte: SABESP (2010)

O Cenário 2 foi dividido em 3 partes, devido aos diferentes fluxos de transporte

das cargas de lodo das várias ETEs para a ETE de Barueri.

Desta forma, foram relacionados os principais aspectos desses fluxos:

A frota total necessária para atender às demandas neste cenário é

de 3 empurradores e 9 chatas;

A tarifa calculada é uma função da distância e consumo de

combustível para esse cenário varia de 0,05 a 0,08 R$/ t/ km;

O índice ambiental calculado para este cenário, em cada um dos

fluxos, vai de 1,91 a 5,25.

6- CONCLUSÃO

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O presente trabalho discutiu o transporte de resíduos sólidos pelos rios que

cortam a Região Metropolitana de São Paulo, através do projeto “Hidroanel

Metropolitano”.

Foram realizados uma série de levantamentos e análises relativos às

condições das vias que compõem o Hidroanel, além de um mapeamento das

possibilidades de transporte pelas vias hidroviárias ao longo das etapas

definidas para a área de influência do Hidroanel.

Em relação à estação de transbordo de Santo Amaro, que está localizada

próxima ao rio Pinheiros, é necessário apenas viabilizar o acesso dos resíduos

sólidos até as margens do rio. Além disso, verificou-se que a melhor alternativa

para as embarcações é o cenário 1E Fluxo 1, visto que os resíduos sólidos

podem ser destinados a uma usina de reciclagem e ou queima, bem como para

um centro de triagem, localizado no Cebolão ou próximo à ETE de Barueri.

Neste último caso, os resíduos podem ser destinados na ETE de Barueri para

um tratamento final, cujo objetivo é a redução dos volumes gerados de

resíduos sólidos. Isso também se justifica pelo fato desta rota no rio dispor da

eclusa do Cebolão, que permite alcançar a região de Barueri, sem a

necessidade de grandes intervenções na via e a não remoção das estações

flotação existentes no rio Pinheiros. Por outro lado, existe a necessidade de

criar uma infraestrutura para reciclagem e queima dos resíduos.

Do ponto de vista do sistema atual de transporte poder-se-ia utilizar o Hidroanel

para transportar resíduos sólidos até próximo aos aterros existentes na região

metropolitana, no entanto, as distâncias rodoviárias entre os pontos de

transporte hidroviário até os aterros são elevadas. Conluindo este estudo, os

cenários 1A /1E/ 2 são apresentados os resultados em planilhas

semelhantemente, cada um em seus tópicos específicos. Todas as premissas

utilizadas para realização das análises quantitativas de todos os cenários foram

coletadas de bancos de dados disponíveis ao público ou entrevistas diretas

com os órgãos relacionados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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