20
ANÁLISE DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EM UMA BIBLIOTECA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Rodrigo Costa Silva (UFPI) [email protected] Matheus das Neves Almeida (UFPI) [email protected] Helio Cavalcanti Albuquerque Neto (UFPI) [email protected] O conforto acústico em ambientes de ensino é de fundamental importância para o melhor desenvolvimento de tarefas e atividades daqueles os usufruem. Quando se trata de uma biblioteca, o bom desempenho acústico torna-se imprescindível, uma vez que os usuários tem este espaço como um ambiente calmo e tranquilo para leitura e realização de outras atividades educativas. Diante disso, o objetivo do estudo está em verificar se há ou não a existência do conforto acústico nos espaços de leitura da biblioteca estudada. Para isso, a pesquisa contemplou medições dos níveis de pressão sonora na área interna da biblioteca com o uso de decibelímetro e dosímetro digital, a organização e comparação desses dados com os valores estabelecidos pelas NBR 10152 (1987) e NR-15 e análise estatística para possíveis correlações entre esses dados. A partir da análise, pode-se constatar que os níveis de ruído encontrados não estão dentro do limite aceitável, configurando assim o ambiente dessa biblioteca como ruidoso e barulhento. Percebeu-se que os elevados níveis de pressão sonora são ocasionados por fontes internas, como sistema de ventilação interno e os próprios usuários. Ademais, também identificou-se que há diferenças estatisticamente significativas entre os locais de coleta e os diferentes pisos, contudo não há diferenças entre os turnos. Por fim, traçou-se sugestões que visam garantir o conforto acústico para o ambiente estudado. Palavras-chave: Acústica, biblioteca, ruído XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

ANÁLISE DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EM UMA ...pelas NBR 10152 (1987) e NR-15 e análise estatística para possíveis correlações entre esses dados. A partir da análise, pode-se

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • ANÁLISE DO NÍVEL DE PRESSÃO

    SONORA EM UMA BIBLIOTECA DE

    UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

    SUPERIOR

    Rodrigo Costa Silva (UFPI)

    [email protected]

    Matheus das Neves Almeida (UFPI)

    [email protected]

    Helio Cavalcanti Albuquerque Neto (UFPI)

    [email protected]

    O conforto acústico em ambientes de ensino é de fundamental

    importância para o melhor desenvolvimento de tarefas e atividades

    daqueles os usufruem. Quando se trata de uma biblioteca, o bom

    desempenho acústico torna-se imprescindível, uma vez que os usuários

    tem este espaço como um ambiente calmo e tranquilo para leitura e

    realização de outras atividades educativas. Diante disso, o objetivo do

    estudo está em verificar se há ou não a existência do conforto acústico

    nos espaços de leitura da biblioteca estudada. Para isso, a pesquisa

    contemplou medições dos níveis de pressão sonora na área interna da

    biblioteca com o uso de decibelímetro e dosímetro digital, a

    organização e comparação desses dados com os valores estabelecidos

    pelas NBR 10152 (1987) e NR-15 e análise estatística para possíveis

    correlações entre esses dados. A partir da análise, pode-se constatar

    que os níveis de ruído encontrados não estão dentro do limite

    aceitável, configurando assim o ambiente dessa biblioteca como

    ruidoso e barulhento. Percebeu-se que os elevados níveis de pressão

    sonora são ocasionados por fontes internas, como sistema de

    ventilação interno e os próprios usuários. Ademais, também

    identificou-se que há diferenças estatisticamente significativas entre os

    locais de coleta e os diferentes pisos, contudo não há diferenças entre

    os turnos. Por fim, traçou-se sugestões que visam garantir o conforto

    acústico para o ambiente estudado.

    Palavras-chave: Acústica, biblioteca, ruído

    XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    2

    1. Introdução

    A saúde e a qualidade de vida do indivíduo em seu espaço de trabalho podem estar

    relacionadas a aspectos econômicos, sociais e tecnológicos, bem como em certos casos, onde

    os problemas são causados pelos riscos de natureza físico-química, mecânica ou ergonômica,

    contribuindo para um agravo na condição e saúde do sujeito ao longo da vida (SERVILHA;

    LEAL; HIDAKA, 2010).

    Considerando que o ambiente de trabalho das bibliotecas é mais do que uma fonte de livros e

    periódicos acadêmicos, pois desempenham um papel importante nas escolas, faculdades e

    universidades. Elas funcionam como espaço de trabalho, estudo, reuniões e difusão de

    acessibilidade ao conhecimento, cumprindo dessa forma, uma função social.

    Assim, a preocupação em estudar os níveis de ruído neste ambiente torna-se necessária

    quando níveis de pressão sonora inadequados podem interferir no desenvolvimento e

    execução das atividades de seus usufruístes (LEVANDOSKI, 2013). Diante disso, o presente

    trabalho tem por objeto analisar os níveis de pressão sonora em que usuários de uma

    biblioteca de uma Instituição de Ensino Superior estão submetidos durante sua permanência

    neste tipo de recinto.

    2. Fundamentação teórica

    2.1 Ergonomia

    O termo ergonomia significa, etimologicamente, o estudo das leis do trabalho; da relação

    entre o homem e seus meios, os métodos e o ambiente de trabalho; tendo como objetivo

    central uma melhor da adaptação dos meios tecnológicos de produção e dos ambientes de

    trabalho e de vida do homem. Logo, essa ciência consiste numa importante ferramenta para o

    bom desempenho do trabalhador em seu cotidiano, tendo em vista todas as normas e leis que

    visam garantir a segurança do trabalho nas mais diversas funções a serem executadas no meio

    laboral (SILVA; LUCAS, 2009; FALZON, 2009; FIDELIS; FERNANDES, 2015).

    Portanto, a ergonomia pode ser vista como uma ciência capaz de prover resoluções para os

    problemas entre o homem, os componentes do sistema e o meio ambiente de trabalho,

    adaptando-os para a melhora da qualidade de vida, bem-estar e satisfação do trabalhador e sua

    produtividade, e consequentemente, para uma melhor eficiência do desenvolvimento de suas

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    3

    tarefas e de um ambiente de trabalho favorável. Para tanto, é necessário que seja feita uma

    análise ergonômica, cabendo ao empregador realizar esta análise, e esta deve abordar, no

    mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido pela Norma Regulamentadora 17

    (PAULA; HEIDUKE; MARQUE, 2016).

    2.2 Análise ergonômica

    A análise ergonômica apoia-se no conjunto de coletas de dados e informações que

    possibilitam ao ergonomista realizar as modelagens necessárias para prover mudanças no

    ambiente laboral (AGAHNEJAD, 2011).

    As cinco principais áreas mais abordadas pela análise ergonômica são: "métodos e técnicas",

    "características humanas", "projeto de trabalho e de organização", "saúde e segurança" e

    "design do local de trabalho e equipamento". O estudo das tarefas, dos postos de trabalho, dos

    produtos, dos ambientes e dos sistemas é imprescindível, de modo a torná-los mais

    compatíveis e coerentes às necessidades, habilidades e limitações dos seres humanos,

    podendo receber, dessa forma, contribuições significativas dos profissionais da área de

    ergonomia (RADJIYEV et al, 2015; ABERGO, 2016).

    Moreira Neto, Tavares e Almeida (2009) relatam que a partir da análise ergonômica também é

    possível identificar situações problemáticas sobre as condições ambientais, que podem

    representar focos de risco, causando danos ao desempenho e à saúde do trabalhador. Dentre

    estas variáveis, os autores destacam as condições de temperatura, iluminação e ruído. O

    conjunto dessas variáveis ajudam a compor o conforto ambiental identificado por um

    indivíduo.

    2.3 Conforto ambiental

    O conforto ambiental pode ser definido como o equilíbrio harmônico do sujeito no ambiente

    em que ele está inserido, ou seja, a situação de conforto ambiental proporciona ao homem a

    sensação de bem-estar, em seu espaço de atividade. Essa condição é alcançada a partir do

    equilíbrio de três parâmetros: conforto térmico, conforto lumínico e conforto acústico

    (COUTINHO FILHO, et al, 2007; OCHOA, 2010).

    A sensação de conforto ambiental é relativa, visto que varia da percepção de cada pessoa, de

    acordo com o seu tipo de vida, sua atividade, sua idade, e pode ser extremamente trabalhosa e

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    4

    complexa a sua quantificação, quando se consideram todos os parâmetros envolvidos nessa

    questão (RITTER, 2014).

    No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego estabelece condições mínimas de ergonomia e

    conforto ambiental segundo a Norma Regulamentadora NR-17 – Ergonomia, fixando

    parâmetros para as condições ambientais de trabalho, levando em conta as características

    psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado (BRASIL, 2007).

    2.4 Conforto acústico

    O conforto acústico, para Ochoa (2010), está relacionado ao processo de se ouvir o

    necessário, sem interferências que acarretem o estresse ou distorções sobre o foco de atenção

    da atividade desenvolvida. Para o autor, o som tem características subjetivas, visto que o ruído

    de um inseto, durante a noite, pode representar tanto incômodo quanto o ruído da turbina de

    um avião, apesar de apresentarem grande diferença de pressão sonora entre si.

    O ruído é considerado um dos aspectos do conforto acústico mais importante da saúde

    ocupacional, quando inadequado, pode provocar às lesões do aparelho auditivo, à fadiga

    auditiva, e, provavelmente, aos efeitos psicofisiológicos negativos, relacionados ao estresse

    psíquico - perturbação da atenção e do sono, sintomas neurovegetativos tais como taquicardia

    e aumento da tensão muscular (WACHOWICZ, 2013).

    Os estudos de Teles e Medeiros (2007) afirmam que a exposição ao ruído pode causar trauma

    acústico agudo ou crônico, e de ordem extra-auditiva, como distúrbios cerebrais, distúrbios

    nos sistemas nervoso, circulatório, digestivo, endócrino, imunológico, vestibular, muscular,

    nas funções sexuais e reprodutivas, e ainda, distúrbios psíquicos, no sono, na comunicação e

    no desempenho de tarefas físicas e mentais.

    3. Materiais e métodos

    3.1 Descrição do ambiente estudado

    A Biblioteca escolhida faz parte de uma Instituição de Ensino Superior, localizada na cidade

    de Teresina-PI. Mais especificamente, as áreas analisadas foram: os espaços reservados para

    leitura individual e em grupo, localizados respectivamente no piso inferior e piso superior da

    biblioteca, como delimitados e apresentados pela Figura 1 e 2. As figuras apresentam também

    os pontos definidos para coleta de dados.

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    5

    Figura 1 - Pontos definidos na planta baixa do piso inferior

    Figura 2 - Pontos definidos na planta baixa do piso superior

    3.2 Ferramentas e procedimentos de coleta de dados

    Inicialmente, a coleta de dados referente ao processo de avaliação dos níveis de ruído na

    biblioteca, foi dividida em duas etapas: medições pontuais em pontos específicos da área

    interna da biblioteca (Figura 1 e 2) e realização de dosimetria em usuários em pontos

    específicos dentro da biblioteca (Anexo 5 e 6).

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    6

    Para as medições pontuais, utilizou-se o decibelimetro da marca Vectus, modelo SL-824,

    seguindo os procedimentos definidos de acordo com a NBR-10151 (ABNT, 2000), além das

    instruções no manual do aparelho, que especifica alguns ajustes, como: ponderação de

    frequência “A”, que simula a forma que o ouvido humano captura as frequências e o tempo de

    resposta Slow (lento), que faz as medições em intervalos de 1 segundo. Dentre as faixas para

    medição pelo aparelho - 30 a 80, 50 a 100 ou 60 a 120 - a faixa escolhida foi a de 50 a 100

    dB, que apresentou melhor compatibilidade com os níveis sonoros presentes nos ambientes de

    leitura da biblioteca.

    Os pontos definidos e a delimitação dos espaços de leitura na planta baixa da biblioteca

    podem ser visualizados com melhor resolução nos Anexos 1, 2, 3, 4. Os pontos na planta

    baixa do piso inferior da biblioteca foram nomeados com a sigla “PI”, juntamente com a

    numeração do ponto. Para os pontos definidos no Piso Superior, seguiu-se o mesmo

    protocolo, só que sendo enumerados com a sigla “PS”.

    O processo de medição foi realizado durante os turnos de funcionamento da biblioteca, que no

    período de medição funcionou apenas nos turnos manhã e tarde, devido à greve dos técnicos

    administrativos da Instituição de Ensino Superior. Esse processo aconteceu entre os dias

    07/11/2016 à 11/11/2016, nos horários e 09:00h às 12:00h (manhã) e 13:30h às 17:00h

    (tarde), de acordo com a disponibilidade do pesquisador. Esta etapa consistiu na mensuração

    dos níveis de pressão sonora, onde as medições foram feitas nos pontos especificados na

    planta baixa, com intervalos de 1 minuto, tendo duração de 5 minutos cada, para se

    estabelecer o máximo de nível de pressão sonora captado em cada ponto.

    Para a fase de dosimetria foi utilizado o dosímetro da marca Instrutherm, Modelo DOS-600,

    devidamente calibrado, que segundo seu fabricante, está de acordo com as normas IEC

    61672-1 tipo 2, IEC 61252, IEC 60651 tipo 2, IEC 60804 tipo 2, e ANSI S1.25 tipo 2, além

    de atender a todas as especificações da norma NR-15. O equipamento opera em faixas de

    medição de 60 a 130dB e de 70 a 140dB, e realiza medições em escalas de compensação “A”

    e “C”, e de resposta fast (rápida) e slow (lenta).

    A função do aparelho é fornecer e armazenar as medidas do nível de pressão sonora

    equivalente, ao mesmo tempo em que faz a dosimetria. No caso deste estudo, o processo de

    dosimetria seguiu os parâmetros específicos de medição conforme a recomendação da NR-15,

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    7

    como tempo de resposta “Slow” e a escala de compensação “A”, que indica que os níveis

    medidos estão sendo ponderados pelas frequências de acordo com a subjetividade.

    Foram realizadas 6 dosimetrias em usuários distintos da Biblioteca. Esse processo foi

    realizado entre os dias 30/01/2017 e 11/02/2017. Cada dosimetria contemplou 6 horas diárias

    em dias distintos e pontos específicos da biblioteca. O Anexo 5 e 6 apresentam a localização

    dos usuários na biblioteca durante esse processo. Cada usuário foi nomeado com numeração

    de 1 a 6.

    3.3 Ferramentas e procedimentos de análise dos dados

    Todos os dados referentes aos valores do nível de pressão sonora levantados nos processos de

    medição pontual e dosimetria foram reunidos em planilhas eletrônicas do software Microsoft

    Excel (versão estudantil), de forma que cada aspecto levantado pôde ser tabulado

    distintamente em uma planilha. Posteriormente, foi utilizado o software R project x64 2.15.0

    ® para efetuar os cálculos estatísticos e gerar tabelas e gráficos dos resultados.

    Após a tabulação, os dados coletados passarão por uma análise que comtempla: 1)

    comparação dos dados com a norma e; 2) análise estatística inferencial sobre os dados.

    1) Comparação dos dados com as normas:

    Os dados levantados quanto ao nível de pressão sonora foram confrontados com os valores

    estabelecidos pela NBR-10.152 (1987), para verificação da aceitabilidade dos níveis de ruído

    presentes na biblioteca, além do cumprimento aos valores estabelecidos pela NR-15 para o

    turno de 8 horas.

    2) Análise estatística inferencial sobre os dados:

    Os dados mensurados quanto a nível de pressão sonora foram confrontados, buscando

    verificar se há diferenças estatisticamente significativa entre as medições feitas nos turnos de

    manhã e da tarde, além dos pisos superior e inferior. No mais, também buscou-se verificar se

    há diferenças estatisticamente significativa entre os diferentes locais de coleta. Para a

    realização dessas análises, adotaram-se testes não paramétricos de acordo com eixo de

    comparação dos dados, conforme pode ser observado no Quadro 1.

    Quadro 1 – Questionamentos, eixos comparativos e tipo de teste estatístico utilizado

    Perguntas a nível geral Eixo de comparação Tipo(s) de teste

    Há diferença entre os turnos? Comparação de dois grupos Mann-Whitney Mediana

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    8

    Há diferença entre os locais de coleta? Comparação de quatro grupos Kruskal-Wallis

    Há diferença entre o piso superior e

    inferior? Comparação de dois grupos Mann-Whitney Mediana

    3.4 Resultados e discussões

    Os dados levantados foram organizados de forma sistêmica para uma análise detalhada. O

    processo de tratamento dos dados constou de tabulação e organização das medições com o

    auxílio de planilha eletrônica do software Microsoft Excel. Os níveis de pressão sonora

    coletados nos pontos definidos do piso inferior estão dispostos de acordo com o tipo do

    espaço, respectivamente, na Tabela 1 e 2;

    Tabela 1 - Níveis de Pressão Sonora (em dB) coletados no Espaço de Leitura Individual 1 (Piso Inferior)

    TURNO PI01 PI02 PI03 PI04 PI05 PI06 PI07 PI08 PI09 PI10 PI11 PI12 PI13 PI14 PI15 PI16 PI17

    MANHÃ 76,1 77,7 73,1 71,3 74,8 79,5 72,6 69,7 71,3 73,3 71,0 71,6 70,8 70,7 69,2 73,6 71,2

    TARDE 73,3 72,2 67,9 79,1 67,9 73,3 72,9 73,9 75,8 70,9 70,7 71,6 70,1 73,2 75,5 72,6 72,1

    PI18 PI19 PI20 PI21 PI22 PI23 PI24 PI25 PI26 PI27 PI20 PI29 PI30 PI31 PI32 PI33 PI34

    MANHÃ 69,7 71,2 74,1 72,3 70,1 74,4 79,1 73,1 75,5 71,9 67,1 69,2 72,1 70,3 72,6 69,9 67,6

    TARDE 74,2 70,3 76,0 70,3 73,4 79,1 75,0 73,3 71,0 73,5 73,5 71,2 73,3 75,1 72,4 71,3 69,1

    Tabela 2 - Níveis de Pressão Sonora (em dB) coletados no Espaço de Leitura Individual 2 (Piso Inferior)

    TURNO PI35 PI36 PI37 PI38 PI39 PI40 PI41 PI42 PI43 PI44 PI45 PI46 PI47 PI48 PI49 PI50 PI51

    MANHÃ 70,9 73,1 79,1 70,4 74,2 70,8 71,6 72,6 69,2 71,3 75,1 76,3 73,7 72,6 72,9 69,1 71,9

    TARDE 69,2 70,3 72,6 76,0 75,2 76,1 72,9 71,6 73,3 69,1 73,3 74,4 75,3 76,1 70,8 70,7 70,1

    PI52 PI53 PI54 PI55 PI56 PI57 PI58 PI59 PI60 PI61 PI62 PI63 PI64 PI65 PI66 PI67 PI68

    MANHÃ 67,7 73,0 70,1 73,0 74,6 69,1 70,7 70,3 69,3 70,3 69,7 79,5 74,4 77,7 70,7 67,8 67,3 TARDE 73,8 71,8 72,0 69,1 71,9 72,6 71,3 73,2 79,1 73,3 74,8 69,7 79,5 73,2 71,3 72,6 76,0

    PI69 PI70 PI71 PI72 PI73 PI74

    MANHÃ 74,4 79,1 71,3 75,5 73,3 72,3

    TARDE 72,3 72,0 71,3 72,6 73,6 70,8

    A média dos níveis de pressão sonora correspondentes aos pontos de medição no Espaço de

    Leitura Individual 1 apresentados na Tabela 1, foi igual a 72,3 dB(A) no período da manhã, e

    72,8dB(A) no período da tarde. De acordo com NBR-10.152 (1987), os valores aceitáveis de

    níveis de pressão sonora para este tipo de ambiente devem estar entre 35-45dB(A). Logo,

    constata-se que os níveis de ruído ultrapassam os valores estabelecidos pela norma. O mesmo

    acontece com os dados coletados no Espaço de Leitura Individual 2, da Tabela 2, a média dos

    valores foi igual a 72,4dB(A) no período da manhã, e 72,9 dB(A) no período da tarde. Mais

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    9

    uma vez, constata-se que os níveis ruído presentes no recinto não estão dentro do limite

    tolerável estabelecido pela norma.

    Para os Espaços de Leitura em Grupo do Piso Superior da biblioteca, os níveis de pressão

    sonora coletados estão dispostos nas Tabelas 3 e 4:

    Tabela 3 - Níveis de Pressão Sonora (em dB) coletados no Espaço de Leitura em Grupo 1 (Piso Superior)

    TURNO PS01 PS02 PS03 PS04 PS05 PS06 PS07 PS08 PS09 PS10 PS11 PS12

    MANHÃ 73,0 77,6 76,3 75,4 76,3 79,5 76,8 72,6 77,1 77,0 77,0 72,6

    TARDE 76,3 76,7 75,1 78,3 73,9 76,8 77,1 77,5 73,9 77,8 76,0 75,5

    PS13 PS14 PS15 PS16 PS17 PS18 PS19 PS20 PS21 PS23 PS23

    MANHÃ 78,1 79,9 74,5 75,5 76,0 76,4 72,1 83,2 77,3 90,1 77,0

    TARDE 75,2 77,0 79,2 74,9 73,8 72,4 76,2 79,4 74,1 75,5 73,2

    Tabela 4 - Níveis de Pressão Sonora (em dB) coletados no Espaço de Leitura em Grupo 2 (Piso Superior)

    TURNO PS23 PS24 PS25 PS26 PS27 PS28 PS29 PS30 PS31 PS32 PS33 PS34

    MANHÃ 79,5 74,9 78,5 75,5 73,8 76,3 75,4 74,6 76,0 77,1 76,4 73,9

    TARDE 78,1 77,3 74,9 75,3 73,9 74,5 76,3 76,4 76,0 74,8 72,3 75,5

    Os valores encontrados a partir das medições no Piso Superior apresentaram médias

    superiores às médias calculadas das medições do Piso Inferior. No Espaço de Leitura em

    Grupo 1, a média dos valores coletados da Tabela 3, foi de 75,7dB(A) no período da manhã, e

    76,8dB(A) no período da tarde. O Espaço de Leitura em Grupo 2 registrou médias de

    75,4dB(A) e 76,0dB(A) nos respectivos períodos. Esse aumento na média dos níveis de

    pressão sonora nestes espaços justifica-se pela grande movimentação e conversação de

    pessoas no ambiente. O resultado da dosimetria em cada usuário está disposto no Quadro 2.

    Quadro 2 – Resultados da dosimetria realizada nos usuários

    Localização (Piso) Usuário Tempo de

    exposição

    Dose projetada

    (8h)

    Nível médio

    de exposição

    Nível médio de

    exposição (8h)

    Inferior

    1 366 min 0,9 51,8 dB(A) 49,9dB(A)

    2 364 min 0,9 51,8 dB(A) 49,7dB(A)

    3 386 min 1,2 53,7 dB(A) 52 dB(A)

    4 388 min 1,7 56,0 dB(A) 54,3dB(A)

    Superior 5 392 min 7,9 67,6dB(A) 66 dB(A)

    6 368 min 8,12 71,8 dB(A) 67 dB(A)

    A partir do Quadro 2, pode-se constatar o nível de exposição em que os usuários dos distintos

    pontos da planta baixa da biblioteca, estão em conformidade com a Norma Regulamentadora

    15, a qual estabelece o nível máximo de exposição de 85dB (A) para o turno de 8 horas

    diárias. Os usuários localizados no piso inferior da biblioteca registraram menores níveis de

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    10

    exposição se comparado aos usuários localizados no piso superior. Como citado

    anteriormente, na análise dos dados coletados nas medições pontuais, essa diferença justifica-

    se pela grande movimentação e conversação de pessoas no pavimento superior da biblioteca.

    Percebeu-se que os elevados níveis de ruído encontrados sofrem influência direta de fatores,

    como: ruído de fundo constante ocasionado pelo sistema de ventilação da biblioteca, arrasto

    de cadeiras para acomodação dos usuários nas cabines e grande circulação e conversas entre

    os usuários no piso superior. Vale ressaltar, que esses níveis foram medidos nas condições de

    funcionamento pleno da biblioteca, onde haviam grande circulação de usuários no edifício.

    A análise dos resultados dados do nível de pressão sonora nesta etapa indicou que, em geral,

    os ambientes investigados, nos turnos matutino e vespertino, embora estejam em

    conformidade com a NR-15, ainda não estão adequados aos valores estabelecidos pela Norma

    NBR-10.152, caracterizando esse ambiente acusticamente como desconfortável e barulhento.

    Posteriormente, com o intuito de analisar os dados de forma mais minuciosa deu-se início a

    análise inferencial, conforme evidenciado na subseção 3.3 intitulada Ferramentas e

    procedimentos de análise dos dados. Os resultados estão em sintonia com os testes estatísticos

    evidenciados no Quadro 2, nos quais verificavam-se os valores de p-value (p) calculados. Se o

    valor fosse menor que 0,05 (p0,05). Os resultados obtidos são exibidos sucintamente no Quadro 3.

    Quadro 3 – Questionamentos, resultados do testes estatísticos e conclusões holísticas

    Perguntas a nível

    geral Resultados do teste Conclusão(ões)

    Há diferença entre

    os turnos? p=0,602 p=0,684

    As distribuições dos dados é a

    mesma entre as categorias de

    turno

    As medianas dos dados é a

    mesma entre as categorias de

    turno

    Há diferença entre

    os locais de coleta? p=0,0

    As distribuições dos dados são diferentes entre as categorias de

    local de coleta de dados

    Há diferença entre

    o piso superior e

    inferior?

    p=0,0 p=0,0

    As distribuições dos dados

    são diferentes entre as

    categorias de piso

    As medianas dos dados são

    diferentes entre as categorias de

    piso

    Diante dos resultados do Quadro 3, constata-se que conforme se modifica os locais de coleta

    de dados e o piso, há diferença nos níveis de ruído. Sendo assim, o ruído no piso superior é

    diferente do ruído no piso inferior, tal como, o ruído no espaço de leitura individual é

    diferente do ruído no espaço de leitura em grupo, por exemplo. Por outro lado, não se

    verificou uma diferença estatisticamente significativa entre os turnos, ou seja, o nível de ruído

    pela manhã é semelhante ao nível de ruído encontrado a tarde.

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    11

    4. Considerações finais

    Este artigo teve como objetivo central, a verificação dos Níveis de Pressão Sonora (NPS)

    existentes na biblioteca de uma Instituição de Ensino Superior. Inicialmente, constatou-se, a

    partir de comparação dos valores de NPS encontrados com os estipulados pela Norma NBR-

    10152, que estes dados estão acima dos valores aceitáveis, configurando assim o ambiente

    deste recinto como barulhento e ruidoso. Posteriormente, a partir de dosimetria realizada nos

    usuários, verificou-se que os valores encontrados estão de acordo com os valores

    estabelecidos pela NR-15 para o turno de 8 horas, porém ainda não satisfazem aos valores

    elencados pela NBR-10152.

    Por conseguinte, fez-se a análise inferencial na qual constatou-se que há diferenças

    estatisticamente significativas entre os diferentes locais de coleta e os diferentes pisos o que

    revela que conforme altera-se o ambiente de estudo, os níveis de ruído sofrem modificações.

    Não obstante, revelou-se que não há diferenças estatísticas entre os turnos estudados,

    acarretando a conclusão que não importa o período temporal que o indivíduo está na

    biblioteca, pois os níveis de ruído tendem a se manter semelhante.

    A partir das observações in loco durante a coleta de dados, percebeu-se que as fontes de ruído

    que provocaram o desconforto acústico não são oriundas de uma fonte exterior a biblioteca,

    corredores e repartições próximas, mas sim originada no interior deste recinto, provocadas por

    aqueles que estão inseridos neste ambiente de trabalho, além do ruído de fundo constante

    ocasionado pelo sistema de ventilação.

    Logo, o tratamento acústico deve, então, ser priorizado, visto que as atividades desenvolvidas

    neste tipo de ambiente requerem alto grau de concentração, ficando evidente que nesta

    Biblioteca isso não acontece de forma facilitada.

    A partir dos resultados obtidos faz-se necessário sugerir alterações no ambiente da biblioteca,

    a fim de torná-lo mais confortável acusticamente aos seus usuários. Para isso, são sugeridas as

    alternativas a seguir:

    Manutenção ou troca do sistema de ventilação atual da biblioteca;

    Campanhas que visem conscientizar os usuários sobre a necessidade de

    silêncio neste recinto;

    Mudança das acomodações dos usuários, bem como cadeiras, pois estas são

    fontes consideráveis de ruído quando deslocadas pelos usuários;

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    12

    Aplicar as determinações da NBR 10152: Níveis de ruído para o Conforto

    Acústico, que recomenda que os níveis máximos de ruído, especificamente em bibliotecas,

    devem estar situados entre 35 a 45 dB;

    Por fim, tendo em vista que a biblioteca da Instituição de Ensino Superior é extremamente

    importante no contexto da universidade, faz-se a utilização de meios para garantir melhores

    condições de conforto acústico para a comunidade acadêmica e seus usuários.

    REFERÊNCIAS

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10151: acústica –

    avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento.

    Rio de Janeiro, 2000.

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10152: níveis de

    ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro, 1987.

    BRASIL. Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 15 -

    Atividades e Operações Insalubres. Brasília, Ministério do Trabalho e Emprego, 1978.

    FIDELIS, N.V.W; FERNANDES, C. A. F. Análise Ergonômica do Trabalho de um Operador

    de Torno Mecânico em uma Universidade do Paraná. In: Encontro Nacional de Engenharia de

    Produção, 25., 2015, Fortaleza. Anais... Fortaleza, 2015.

    FALZON, Pierre. Manual de Ergonomia. Madrid: Modus Laborandi, 2009. 712p.

    SILVA, A. A.; LUCAS, E. R. O. Abordagem Ergonômica do Ambiente de Trabalho na

    Percepção dos Trabalhadores: Estudo de Caso em Biblioteca Universitária (2009). Revista

    ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.14, n.2, 382-406, jul./dez., 2009.

    AGAHNEJAD, Payman. Análise Ergonômica no Posto de Trabalho numa Linha de

    Produção Utilizando Método Niosh – Um Estudo de Caso no Pólo Industrial de Manaus.

    2011. 92 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal do Pará,

    Belém, 2011.

    RADJIYEV, A; et al. Ergonomics and sustainable development in the past two decades

    (1992-2011): Research trends and how ergonomics can contribute to sustainable development.

    Applied Ergonomics, Coreia do Sul, v. 46, part-A, p.67-75, jan. 2015.

    ABERGO. Associação Brasileira de Ergonomia. O que é ergonomia. Disponível em:

    Acesso em: 9 de nov. de

    2016

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    13

    MOREIRA NETO, L.Z; TAVARES, D.M.L.; ALMEIDA, A.V.C. Análise Ergonômica do

    Trabalho: O Caso de uma Empresa de Perfumaria e Cosméticos na Região Metropolitana de

    Belém. In: Simpósio de Engenharia de Produção, 12., 2015. Bauru. Anais... Bauru, 2015.

    OCHOA, J. H. Análise do Conforto Ambiental em Salas de Aula da Universidade

    Federal de Goiás. 2010. 149 f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia, Construção Civil e

    Mecânica das Estruturas) - Universidade Federal de Goiás, Goiania, 2010.

    COUTINHO FILHO, E. F.; et al. Avaliação do conforto ambiental em uma escola municipal

    em João Pessoa. In: Encontro de Extensão, 9, 2007, João Pessoa. Anais... João Pessoa:

    Editora Universitária, 2007, p.1-6.

    WACHOWICZ, M. C. Ergonomia. Curitiba: Rede e-Tec Brasil, 2013. 176p.

    TELES, R. M.; MEDEIROS, M. P. H. Perfil audiométrico de trabalhadores do distrito

    industrial de Maracanaú - CE. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia,

    Fortaleza, vol.12, n.3, p.233-239, 2007.

    PAULA, A.; HAIDUKE, I.; MARQUES, I.A. Ergonomia e Gestão: complementaridade para

    a redução dos afastamentos e do stress, visando melhoria da qualidade de vida do trabalhador.

    Revista Conbrad, Maringá, v.1, n.1, p.121-136, 2016.

  • ANEXO 1

    Delimitação e pontos definidos para medição pontual no Espaço de Leitura Individual

    1

    ANEXO 2

    Delimitação e pontos definidos para medição pontual no Espaço de Leitura Individual 2

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    15

  • ANEXO 3

    Delimitação e pontos definidos para medição pontual no Espaço de Leitura em Grupo 1

  • ANEXO 4

    Delimitação e pontos definidos para medição pontual no Espaço de Leitura em Grupo 2

  • ANEXO 5

    Pontos de localização dos usuários na planta baixa do piso inferior no fase de dosimetria

    ANEXO 6

    Pontos de localização dos usuários na planta baixa do piso superior na fase de dosimetria

  • XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

    avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

    19