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Centro de Ciências da Vida e da Saúde Bacharelado em Ecologia Biogeografia Anfíbios da Região Subtropical da América do Sul Profº Marcelo Burns Acadêmicos: Marcella Terra,Rosa Ilha e Tânia Mariza Padrões de distribuição

Anfíbios Da Região Subtropical Da América Do Sul

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Centro de Ciências da Vida e da Saúde

Bacharelado em Ecologia

Biogeografia Anfíbios da Região Subtropical da América do Sul

Profº Marcelo BurnsAcadêmicos: Marcella Terra,Rosa Ilha e Tânia Mariza

Padrões de distribuição

Anfíbios Da Região Subtropical Da América Do Sul

Anfíbios Da Região Subtropical Da América Do Sul

Vida inicia-se na água fase larval e fase adulta é terrestre, por isso possuem vida dupla Anfi = duas e Bio = vida;

Dependentes da água -reprodução e respiração;

Anfíbios Da Região Subtropical Da América Do Sul

• Limitações: Respiração cutânea, fecundação externa e ovos sem casca;

• Vivem, respiram e se alimentam tanto na água quanto na terra;

• Alimentam-se principalmente de insetos e minhocas;• A maioria são insetívoros, portanto podem ser

considerados controladores de pragas;• Existem espécies sensíveis à alterações ambientais e

são excelentes bioindicadores.

Distribuição dos anfíbios da região subtropical da América do Sul de acordo

com o conceito de ecorregiões

Distribuição dos anfíbios da região subtropical da América do Sul de acordo com o conceito de ecorregiões

• Regiões com isolamentos geográficos e climáticos.

• Condições ecológicas semelhantes em áreas distintas.

• Gradiente altitudinal.• Grandes variações de

temperatura e precipitação média alta.

•Grupo de ampla distribuição terrestre e aquática.•Abundância e a distribuição de água doce na natureza,desempenha importante papel na sua distribuição geográfica.•Dependem do ambiente aquático para o desenvolvimento embrionário e larvário.

Riqueza de espécies

• Restingas da Costa Atlântica do Brasil (RES)• Floresta Atlântica de Interior (FAI)• Floresta de Araucária (FAA)• Floresta atlântica da Serra do Mar (FAT)

Endemismo• Área de endemismo (AE): uma área

onde houve restrição espacial de parte de uma biota causada por um processo comum de isolamento.

• Vários tipos de processos históricos podem causar esta restrição, como eventos orogenéticos, flutuações climáticas, mudanças na fisionomia vegetal ou o surgimento de barreiras geográficas.

Ecorregiões Com Maior Grau De Endemismo

• Floresta Atlântica da Serra do Mar (FAT), 40%.

• Florestas de Yungas (FYU), 24%.

• Floresta Patagônica (FPA),79% .

• Puna (PUN), 73%.

Floresta Atlântica da Serra do Mar Florestas de Yungas

Floresta Patagônica (Subpolar Magellanic )

Floresta Patagônica (Floresta Temperada Valdivian-)

Puna (Seca)Puna

Prováveis Causas: Floresta Atlântica da Serra do Mar (FAT)

• Maior bloco contínuo de floresta montanhosa do Atlântico.

• Complexo gradiente topográfico, com a presença imponente das formações serranas

• Florestas compreendem conjuntos distintos de espécies, várias endêmicas.

• Heterogeneidade Ambiental .• Gradiente Altitudinal de 1200 a 1900m

Ecorregião Florestas de Yungas (FYU)

• Pode ser a última das florestas isoladas 'verdes' resultantes da glaciação do Quaternário (Nores 1992).

• Muitas espécies tropicais conhecem seus limites meridionais de distribuição geográfica nesta região ( Ojeda e Mares 1989 ) .

• Gradiente altitudinal e latitudinal.

Ecorregião Floresta Patagônica (FPA)

• Paisagem de Montanhas e vales, Cordilheira dos Andes.

• Floresta Subpolar Magellanic -Fauna relacionada com as da ecorregiões fronteiriças,alta precipitação, ao Sul turfa,pântanos.

• Floresta Temperada Valdivian- Ilha biogeográfica, alto endemismo por relações biogeográficas do terciário.

Puna (PUN)

• Sul da Cordilheira dos Andes• Alta elevação montanhosa• Montanhas Vulcânicas, altiplanos e salinas.• Em altas altitudes Pântanos.• Diversas comunidades Climax.

Ecorregião Restingas da Costa Atlântica do Brasil (RES)

• Formações vegetais sob influência direta do mar;

• Ocorrem entre zero e 30m nível do mar;• Ilhas Costeiras;• Florestas de baixada da planície litorânea;• Florestas paludosas ao longo da ecorregião;

Floresta Atlântica da Serra do Mar (FAT)

• Clima Subtropical;• Chuvas anuais ( 1.400 a 4.000 mm) s/ seco;• Importantes formações Serranas

(Mar/Paranapiacaba) SP até norte SC;• Altitudes de 1.200 a 1.900m (PR,SP,SC);• Planícies Costeiras ;• Floresta Ombrófila Densa não homogênea (floresta

terras baixas, Submontana de 30 a 600m e Montana de 600 a 1.200m, florestas de Altitude acima de 1.200m)

Ecorregião Floresta Atlântica de Interior ( FAI)

• Grandes fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual e Decidual;

• Clima Subtropical;• Precipitações entre 1.200 e 1.600mm anuais;• Possui estação seca bem definida (baixas

temperaturas);

Ecorregião Floresta de Araucária (FAA)

• Predomínio de Coníferas e Laurales , típicas da Floresta Ombrófila Mista;

• Planalto Meridional brasileiro(800 e 1.200m);• Disjunções de Floresta de Araucária, dificultando os limites

florísticos;• Áreas de campo em cima da serra (600 a 1.800m acima do

nível do mar;• Ocorrem Turfeiras em diversas áreas;• Clima Subtropical(secos acentuados e frio intenso no

inverno)• Queimadas para o pastejo e substituição da vegetação para

o cultivo de arroz, milho e reflorestamento ex. Pinus spp.

Ecorregião Campos (CAM)

• Terras baixas em algumas áreas e de coxilhas e serras, topografia ondulada;

• Clima Subtropical úmido (sup. 1.000mm);• Vegetaço pastagens (Pradarias) e bosques;• Bosques nativos e terra úmidas são outros

ecossistemas típicos da ecorregião;• Terra úmidas de maior extensão encontram-se

sobre a costa Atlântica e nas bacias das Lagoas Mirim e dos Patos;

Ecorregião Campos Mesopotâmicos (CME)

• Paisagem ondulada ao norte e plana ao sul;• Banhados e áreas de inundações;• Clima quente e úmido com chuvas ao longo do

ano e média anual de 1.500mm;• Vegetação predominante são os campos de

gramíneas de 1 a 1,5m de altura, matas de galeria nas margens dos rios e lagoas, ou capões nas áreas de solo úmido.

Ecorregião Chaco Seco (CHS)

• Paisagem consiste planície ondulada, com algumas serra isoladas ;

• Clima quente e seco (23°C no norte e 18°C no sul, com precipitações estivais que oscilam entre 500 e 800mm;

• Solos mais ricos na porção norte e arenosos e pobres ao sul, onde são frequentes afloramentos salinos;

• Vegetação dominante caracteriza-se por um bosque xerófito de encostas e planícies, alternados com savanas e pastos;

Ecorregião Chaco Úmido (CHU)

• Paisagem planície ondulada com inclinação suave para o leste e alternando-se com terras drenadas por banhados, depressões e regiões inundáveis nas margens dos rios;

• Clima quente (23°C norte e 18°C sul) ligeiramente úmido com precipitações estivais (700 e 1.300mm), solos ricos e férteis nas regiões altas e plásticos nas áreas mais baixas;

• Vegetação mosaico de bosques altos, baixos (adensados ou espaçados) e pastos.

Ecorregião Deltas e Ilhas do Paraná (DIP)

• Paisagem fluvial e uniforme;• Vegetação constituída por matas de galeria,

alternadas com pastos, comunidade hidrófilas e extensas áreas de vegetação flutuante;

Ecorregião Esteros do Iberá (EIB)

• Caracterizada por uma paisagem de lagoas, balsas de vegetação flutuante, esteros (charcos) e banhados separados por barras de areia de origem aluvial;

• Nas áreas emergentes os solos são orgânicos e ricos;

• A vegetação configura um mosaico de ilhotas e bosques, pastos e diversos tipos de vegetação aquática enraizada e flutuante.

Ecorregião Pampa (PAM)

• Clima seco e frio e durante o inverno são frequentes as nevascas;

• Paisagem de planícies, planaltos e morros, com solos geralmente pobres, pedregosos e arenosos;

• Vegetação arbustiva e herbácea domina, existindo também estepes halófitos e turfeiras de musgos.

Ecorregião Monte de Sierras e Bolsones (MSB)

• Solos pouco desenvolvidos, arenosos, pobres em M.O e frequentemente salinos, comum afloramentos rochosos;

• Clima seco com chuvas estivais (80 a 200 mm);• Radiação solar intensa e variações diárias e

estacionais de temperatura bem marcadas;• Vegetação de estepe arbustiva alta, muito aberta

localizada no fundo dos vales, nas encostas ocorrem cactos colunares, matas e pastos dispersos.

Montes de Llanuras e Mesetas (MLM)

• Paisagem caracterizada por planícies, planaltos escalonados, colinas e depressões com algumas salinas dispersas que se desenvolveram entre 0 e 1.000m de altitude;

• Solos pedregosos e salinos;• Clima seco (norte/sul 100 a 200mm);• Temperaturas anuais vão de 14°C norte e 10°C no

sul;• Vegetação arbustiva, rala e dispersa mostra-se

dominante.

Ecorregião Puna ( PUN)• Clima frio e seco com precipitações quase exclusivamente

estivais que vão diminuindo num gradiente norte-sul, até alguma áreas onde praticamente não ocorrem chuvas;

• Paisagens de montanhas, planaltos e ravinas com solos pedregosos ou arenosos, pobres em M.O;

• Vegetação estepes arbustivas, formações herbáceas e turfeiras com alturas que variam entre 20 e 100cm,

• Comunidades de vegas, formadas por plantas de pequeno tamanho que se desenvolveram em solos saturados de água;

Ecorregião Andes Altos (ANA)

• Clima frio e seco, precipitações em forma de neve ou granizo em qualquer estação do ano;

• Paisagem típica de cume de montanha, com solos rochosos, pedregosos ou arenosos, soltos e imaturos, pobre em M.O, exceto nas turfeiras de fanerógamas alto andinas, que atuam como reservatório de água;

• Vegetação estepe de gramíneas;

Ecorregião Matorral Chileno (MAT)

• Clima mediterrâneo temperado, invernos chuvosos e verões secos;

• Vegetação formada por arbustos, matagais e bosques de pouca altura;

• Solos sedimentares e férteis, cobrem região drenada pelos rios que descem da Cordilheira dos Andes;

• A Ecorregião forma um dos hot spots definidos para a América do Sul.

Ecorregião Deserto Costeiro (DES)

• Clima quente e extremamente seco (considerado o mais seco do mundo), barreira da Cordilheira dos Andes que impede as chuvas;

• Solos pedregosos ou arenosos e soltos;• Vegetação permanente só aparece em alguns

oásis e nas margens de alguns rios em todo o restante do território.

Physalaemus riograndensis

• Argentina , Brasil , Paraguai e Uruguai;•Campos de gramíneas de baixa altitude de regiões subtropicais;•Biologia: as desovas ocorrem de janeiro a março. O ninho de espuma é pequeno (3-4 cm de diâmetro);•Insetívoros. RES

Melanophryniscus admirabalis

Um animal que cabe na palma da mão de uma criança ameaça a construção de uma hidrelétrica em Arvorezinha, no Vale do Taquari. Atrasada, a obra pode não avançar por colocar em risco de extinção do sapo que só existiria no Rio Grande do Sul. FAI

Chthonerpeton indistinctum pam

•Espécie terrestre e aquática e pode estar ameaçado pela poluição das águas pelas indústrias ou práticas agrícolas;•Vivíparos;• pode chegar até 54 cm;•Ecorregiões Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai

Leptodactylus chaquensis cme

•Savanas úmidas, matagal •Clima temperado•Ovíparos•Insetívoros•Ocorre no chão, áreas de lagoas e áreas alagadas, •Consumida como alimento na Argentina

Considerações Finais

• Anfíbios, um único grupo de vertebrados contendo mais de 6.300 espécies conhecidas estão ameaçadas em todo o mundo. A recente avaliação de todo o grupo (iucnredlist.org / anfíbios) constatou que quase um terço (32%) das espécies de anfíbios do mundo estão ameaçadas, representando 1.856 espécies.

• Anfíbios existem na terra há mais de 300 milhões anos, mas apenas nos últimos duas décadas, tem havido um número alarmante de extinção, quase 168 espécies acredita-se que foram extintas e, pelo menos, 2.469 (43%) mais têm populações que estão em declínio .

• Isso indica que o número de espécies extintas e ameaçadas provavelmente continuará a subir (Stuart et al., 2004).

Obrigada!