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Nova Petrópolis 2016 FACULDADE CENECISTA DE NOVA PETRÓPOLIS FACENP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS JOICE DAIANI WOLSCHICK MICHEL ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE DAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Nova Petrópolis

2016

FACULDADE CENECISTA DE NOVA PETRÓPOLIS – FACENP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JOICE DAIANI WOLSCHICK MICHEL

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE

DAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO SEGMENTO DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

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Nova Petrópolis

2016

Joice Daiani Wolschick Michel

Análise dos Índices de Liquidez e Rentabilidade das Empresas de Capital Aberto do

Segmento da Construção Civil

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Ciências Contábeis da

Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis como

parte dos requisitos para obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Esp. Márcio Schumann dos Santos

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JOICE DAIANI WOLSCHICK MICHEL

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE DAS

EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO SEGMENTO DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção do

grau Bacharel em Ciências Contábeis no Curso de Ciências Contábeis da Faculdade

Cenecista de Nova Petrópolis.

Habilitação: Ciências Contábeis

Data de Aprovação:

___/___/___

Banca Examinadora:

___________________________________________

Prof. Esp. Márcio Schumann dos Santos

Orientador

Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis

___________________________________________

Prof. Ms. Jorge Gerson Silva da Silva

Presidente da Banca

Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis

___________________________________________

Prof. Ms. Gisela Schaffer

Secretário da Banca

Faculdade Cenecista de Nova Petrópolis

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu pai João, que sempre será meu maior

tesouro. À minha mãe Sirlei, a quem devo meu existir e meu respirar.

Ao meu esposo Diego, “anjo bom, amor perfeito no meu peito”. E por

fim, dedico não somente este trabalho, mas, minha vida por inteiro, às

minhas filhas, Érica e Letícia, que me ensinaram o que é amar sem

medida antes mesmo de nascerem!

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente aos meus pais, João e Sirlei, que foram a

peça fundamental para a concretização deste trabalho. Obrigada pai

por me ajudar a escolher minha formação. Obrigada, minha mãe, que

cuidou das minhas filhas enquanto eu estudava, me incentivou a

concluir o curso e me tranquilizou nos vários momentos tensos pelos

quais passei até a conclusão deste trabalho.

Diego, pessoa com a qual escolhi compartilhar minha vida. Te

agradeço imensamente pelo carinho, pela paciência e pela sua

capacidade de me trazer paz na correria do dia a dia.

Minhas filhas, Érica e Letícia, que embora ainda não tenham

conhecimento disto, iluminam de maneira muito especial meus

pensamentos e deixam meus dias mais cheios de cor.

Amanda, minha irmã, que suportou minhas mais variadas emoções no

decorrer do curso.

Agradeço ainda, meu orientador prof. Márcio pela paciência! Assim

como também aos demais docentes e colaboradores da FACENP, que

não mediram esforços quando precisei de ajuda durante minha

trajetória acadêmica.

Por fim, agradeço a todos os amigos e familiares que me apoiaram de

alguma forma, em especial aos amigos André e Jéssica, pelo

companheirismo.

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“Tenha talento, trabalhe como um condenado, sue sangue, e você

conseguirá tudo sem esforço”.

(Humberto Gessinger)

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RESUMO

A construção civil é considerada um setor expressivo na economia de um país, pelos altos

valores investidos, pela quantidade de pessoas a qual emprega, bem como pelos valores

tributários que repassa aos cofres públicos. No entanto, em meio aos diversos programas

governamentais e eventos macroeconômicos aos quais o setor da construção civil está

submetido, tais como o Programa de Aceleração do Crescimento, Minha Casa Minha Vida,

Plano Brasil Maior, Copa do Mundo e Olimpíadas e ainda, a operação Lava-Jato da Polícia

Federal, tem-se por objetivo geral deste trabalho, calcular e analisar os índices de liquidez e

rentabilidade apresentados por oito empresas de capital aberto deste segmento, a fim de avaliar

o comportamento destes indicadores entre os anos de 2006 e 2015. No referencial teórico

conceitua-se a análise das demonstrações contábeis com ênfase nos índices de liquidez e

rentabilidade e, pontua-se alguns pontos macroeconômicos aos quais acredita-se ter influência

direta nos resultados obtidos pelas empresas analisadas. A metodologia utilizada para

elaboração desta pesquisa aplicada foi exploratória e descritiva quanto aos objetivos, qualitativa

e quantitativa quanto à abordagem e quanto ao meio, fez-se uso de pesquisa bibliográfica e

documental. Os dados obtidos por meio documental foram organizados em planilhas e a partir

destas realizou-se o cálculo dos índices. Além de comparar os resultados calculados entre as

empresas, foi analisado também o comportamento dos índices de liquidez e rentabilidade

durante o período proposto e relacionou-se este comportamento aos eventos macroeconômicos.

Através da análise realizada verificou-se que os eventos macroeconômicos tiveram influência

nos índices apresentados pelas empresas analisadas.

Palavras-chave: Índices econômico-financeiros. Construção civil. Eventos macroeconômicos.

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ABSTRACT

The building is considered a significant sector in the economy of a country, the high amounts

invested by the amount of people which employs, as well as the tax values that passes on to the

public coffers. However, among the various government programs and macroeconomic events

to which the construction sector is submitted, such as the Programa de Aceleração do Crédito,

Minha Casa Minha Vida, Plano Brasil Maior, Copa do Mundo e Olimpíadas and also the

operation Lava Jato Federal Police, it has the general objective of this work, calculate and

analyze the liquidity ratios and profitability presented eight public companies in this segment

in order to evaluate the behavior of these indices between the years 2006 and 2015 . in the

theoretical framework conceptualizes the analysis of the financial statements with an emphasis

on liquidity and profitability ratios and if scores-some macroeconomic point which is believed

to have direct influence on the results obtained by the companies analyzed. The methodology

used for the preparation of this applied research was exploratory and descriptive about the

objectives, qualitative and quantitative on the approach and on the environment, was made use

of bibliographic and documentary research. Data obtained through documentary were

organized in spreadsheets and from these there was the calculation of the indices. In addition to

comparing the calculated results between companies, it was also analyzed the behavior of

liquidity and profitability ratios during the proposed period and was related to this behavior to

macroeconomic events. Through the analysis carried out it was found that the macroeconomic

events had an influence on the indices provided by the companies analyzed.

Key words: Economic and financial indices. Construction. Macroeconomic events.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Principais aspectos revelados pelos índices financeiros ......................................... 39

Figura 2 – Notícia Lava Jato 1.................................................................................................. 60

Figura 3 – Notícia Lava Jato 2.................................................................................................. 60

Figura 4 – Notícia Lava Jato 3.................................................................................................. 61

Figura 5 – Notícia Lava Jato 4.................................................................................................. 62

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Média de Liquidez Geral ....................................................................................... 73

Gráfico 2 – Média de Liquidez Corrente .................................................................................. 75

Gráfico 3 – Média de Liquidez Seca ........................................................................................ 77

Gráfico 4 – Média de Liquidez Imediata .................................................................................. 79

Gráfico 5 – Índices de Liquidez – Brookfield Incorporações S.A. .......................................... 80

Gráfico 6 – Índices de Liquidez – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações

.................................................................................................................................................. 81

Gráfico 7 – Índices de Liquidez – Gafisa S.A. ......................................................................... 82

Gráfico 8 – Índices de Liquidez – MRV Engenharia e Participações S.A. .............................. 82

Gráfico 9 – Índices de Liquidez – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações ......... 83

Gráfico 10 – Índices de Liquidez – Rodobens Negócios Imobiliários S.A. ............................. 84

Gráfico 11 – Índices de Liquidez – Rossi Residencial S.A. ..................................................... 85

Gráfico 12 – Índices de Liquidez – Tecnisa S.A. ..................................................................... 85

Gráfico 13 – Média do Giro do Ativo ...................................................................................... 87

Gráfico 14 – Giro do Ativo – Brookfield Incorporações S.A. ................................................. 88

Gráfico 15 – Giro do Ativo – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações .. 89

Gráfico 16 – Giro do Ativo – Gafisa S.A. ................................................................................ 89

Gráfico 17 – Giro do Ativo – MRV Engenharia e Participações S.A. ..................................... 90

Gráfico 18 – Giro do Ativo – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações ................ 90

Gráfico 19 – Giro do Ativo – Rodobens Negócios Imobiliários S.A. ...................................... 91

Gráfico 20 – Giro do Ativo – Rossi Residencial S.A. .............................................................. 92

Gráfico 21 – Giro do Ativo – Tecnisa S.A. .............................................................................. 93

Gráfico 22 – Média de Margem Líquida .................................................................................. 94

Gráfico 23 – Margem Líquida – Brookfield Incorporações S.A. ............................................. 95

Gráfico 24 – Margem Líquida – Cyrela Brazil Realty S.A. Emp. e Part. ................................ 95

Gráfico 25 – Margem Líquida – Gafisa S.A. ........................................................................... 96

Gráfico 26 – Margem Líquida – MRV Engenharia e Participações S.A. ................................ 97

Gráfico 27 – Margem Líquida – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações ........... 97

Gráfico 28 – Margem Líquida – Rodobens Negócios Imobiliários S.A. ................................. 98

Gráfico 29 – Margem Líquida – Rossi Residencial S.A. ......................................................... 98

Gráfico 30 – Margem Líquida – Tecnisa S.A. ......................................................................... 99

Gráfico 31 – Média de Rentabilidade do Ativo ...................................................................... 101

Gráfico 32 – Rentabilidade do Ativo – Brookfield Incorporações S.A. ................................. 102

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Gráfico 33 – Rentabilidade do Ativo – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e

Participações ........................................................................................................................... 102

Gráfico 34 – Rentabilidade do Ativo – Gafisa S.A. ............................................................... 103

Gráfico 35 – Rentabilidade do Ativo – MRV Engenharia e Participações S.A. .................... 103

Gráfico 36 – Rentabilidade do Ativo – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações

................................................................................................................................................ 104

Gráfico 37 – Rentabilidade do Ativo – Rodobens Negócios Imobiliários S.A. ..................... 105

Gráfico 38 – Rentabilidade do Ativo – Rossi Residencial S.A. ............................................. 106

Gráfico 39 – Rentabilidade do Ativo – Tecnisa S.A. ............................................................. 106

Gráfico 40 – Método DuPont ................................................................................................. 107

Gráfico 41 – Média de Rentabilidade do Patrimônio Líquido ............................................... 109

Gráfico 42 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Brookfield Incorporações S.A. .......... 110

Gráfico 43 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Cyrela Brazil Realty S.A.

Empreendimentos e Participações .......................................................................................... 111

Gráfico 44 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Gafisa S.A. ......................................... 111

Gráfico 45 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – MRV Engenharia e Participações S.A.

................................................................................................................................................ 112

Gráfico 46 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – PDG Realty S.A. Empreendimentos e

Participações ........................................................................................................................... 113

Gráfico 47 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

................................................................................................................................................ 114

Gráfico 48 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Rossi Residencial S.A. ....................... 114

Gráfico 49 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Tecnisa S.A. ....................................... 115

Gráfico 50 – Média de EBITDA ............................................................................................ 117

Gráfico 51 – EBITDA - Brookfield Incorporações S.A. ........................................................ 118

Gráfico 52 – EBITDA - Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações ......... 118

Gráfico 53 – EBITDA – Gafisa S.A. ...................................................................................... 119

Gráfico 54 – EBITDA – MRV Engenharia e Participações S.A. ........................................... 119

Gráfico 55 – EBITDA – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações...................... 120

Gráfico 56 – EBITDA – Rodobens Negócios Imobiliários S.A. ........................................... 121

Gráfico 57 – EBITDA – Rossi Residencial ............................................................................ 121

Gráfico 58 – EBITDA – Tecnisa S.A. .................................................................................... 122

Gráfico 59 – Média da % de EBITDA em relação à receita líquida ...................................... 124

Gráfico 60 – % EBITDA em relação à receita líquida ........................................................... 125

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial .......................................................................... 29

Quadro 2 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício ........................................ 31

Quadro 3 – Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ....................... 32

Quadro 4 – Estrutura da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados ......................... 33

Quadro 5 – Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa – Modelo Indireto .................... 34

Quadro 6 – Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa – Modelo Direto ...................... 35

Quadro 7 – Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado ................................................. 36

Quadro 8 – Liquidez Seca X Liquidez Corrente ...................................................................... 44

Quadro 9 – Outras definições de Custo de Oportunidade ........................................................ 50

Quadro 10 – Diagrama do Método Du Pont. ............................................................................ 51

Quadro 11 – Investimentos Realizados e/ou a Realizar ........................................................... 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Liquidez Geral ........................................................................................................ 72

Tabela 2 – Liquidez Corrente ................................................................................................... 74

Tabela 3 – Liquidez Seca.......................................................................................................... 76

Tabela 4 – Liquidez Imediata ................................................................................................... 78

Tabela 5 – Giro do Ativo .......................................................................................................... 86

Tabela 6 – Margem Líquida ..................................................................................................... 94

Tabela 7 – Rentabilidade do Ativo ......................................................................................... 100

Tabela 8 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido ................................................................... 108

Tabela 9 – EBITDA ................................................................................................................ 116

Tabela 10 – % EBITDA em Relação a Receita Operacional Líquida .................................... 123

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

BP – Balanço Patrimonial

CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CFC – Conselho Federal de Contabilidade

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

DFLC – Demonstração dos Fluxos de Caixa

DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados

DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DRA – Demonstração do Resultado Abrangente

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

DVA – Demonstração do Valor Adicionado

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

MCMV – Minha Casa Minha Vida

NBC TG – Norma Brasileira de Contabilidade – Técnica Geral

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17

1.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS ............................................................. 19

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 21

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 21

1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 22

1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 22

1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 25

2.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS ............ 25

2.1.1 Demonstrações Contábeis ..................................................................... 26

2.1.1.1 Balanço Patrimonial .................................................................. 26

2.1.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício ................................ 29

2.1.1.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ............... 31

2.1.1.4 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados ................. 32

2.1.1.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa .......................................... 33

2.1.1.6 Demonstração do Valor Adicionado ......................................... 35

2.1.1.7 Demonstração do Resultado Abrangente .................................. 37

2.1.2 Técnicas de Análise ................................................................................ 37

2.1.2.1 Indicadores ................................................................................ 38

2.2 ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS ............................................................ 40

2.2.1 Índices de Liquidez ................................................................................ 41

2.2.1.1 Liquidez Geral ........................................................................... 41

2.2.1.2 Liquidez Corrente...................................................................... 42

2.2.1.3 Liquidez Seca ............................................................................ 43

2.2.1.4 Liquidez Imediata...................................................................... 45

2.2.2 Índices de Rentabilidade ....................................................................... 45

2.2.2.1 Giro do Ativo ............................................................................ 46

2.2.2.2 Margem Líquida ........................................................................ 47

2.2.2.3 Rentabilidade do Ativo ............................................................. 48

2.2.2.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ....................................... 49

2.2.3 Método Du Pont ..................................................................................... 51

2.2.4 EBITDA .................................................................................................. 52

2.3 MACROECONOMIA ............................................................................................ 53

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2.3.1 Programa de Aceleração do Crescimento - PAC ................................ 54

2.3.2 Minha Casa Minha Vida - MCMV....................................................... 55

2.3.3 Plano Brasil Maior ................................................................................. 56

2.3.4 Copa do Mundo de Futebol 2014 e Olimpíadas Mundiais 2016 ........ 57

2.3.5 Operação LAVA-JATO......................................................................... 59

3 MÉTODO ............................................................................................................................. 64

3.1 TIPO DE PESQUISA À NATUREZA ................................................................... 64

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS ............................................ 65

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM ............................................ 66

3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS ..................................................... 68

3.5 COLETA DOS DADOS ......................................................................................... 69

3.6 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 69

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................ 71

4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ....................................................................................... 71

4.1.1 Liquidez Geral ........................................................................................ 72

4.1.2 Liquidez Corrente .................................................................................. 74

4.1.3 Liquidez Seca .......................................................................................... 76

4.1.4 Liquidez Imediata .................................................................................. 78

4.1.5 Liquidez por Empresa ........................................................................... 80

4.2 ÍNDICES DE RENTABILIDADE ......................................................................... 86

4.2.1 Giro do Ativo .......................................................................................... 86

4.2.2 Margem Líquida .................................................................................... 93

4.2.3 Rentabilidade do Ativo ........................................................................ 100

4.2.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ............................................... 108

4.3 EBITDA ................................................................................................................ 116

4.3.1 EBITDA em relação à Receita ............................................................ 122

4.4 EVENTOS MACROECONÔMICOS .................................................................. 125

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 129

5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ............................................................................... 132

5.2 PESQUISAS FUTURAS ...................................................................................... 132

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 133

APÊNDICE 1 – DADOS DA EMPRESA BROOKFIELD ............................................... 139

APÊNDICE 2 – DADOS DA EMPRESA CYRELA BRAZIL ......................................... 141

APÊNDICE 3 – DADOS DA EMPRESA GAFISA ........................................................... 143

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APÊNDICE 4 – DADOS DA EMPRESA MRV ................................................................ 145

APÊNDICE 5 – DADOS DA EMPRESA PDG ................................................................. 147

APÊNDICE 6 – DADOS DA EMPRESA RODOBENS ................................................... 149

APÊNDICE 7 – DADOS DA EMPRESA ROSSI .............................................................. 151

APÊNDICE 8 – DADOS DA EMPRESA TECNISA ........................................................ 153

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17

1 INTRODUÇÃO

A construção civil, economicamente, é fundamental para o crescimento de um país uma

vez que é o setor com maior capacidade de absorção de mão de obra, elevando as taxas de

emprego e consequentemente a renda em um curto prazo de tempo.

Segundo reportagem na revista eletrônica EXAME (2016) “o setor da construção civil

é responsável por cerca de 6,5% do produto interno bruto do país e emprega, diretamente, mais

de 3 milhões de pessoas”.

De acordo com Amorim (2016), dados apresentados em uma pesquisa realizada pelo

Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais, refletem que:

Entre 1994 e 2013, a construção civil brasileira cresceu 74,25%, sendo que o auge do

desenvolvimento neste período foi registrado no ano de 2010, quando o PIB brasileiro

da construção civil teve alta de 11,6%.

Também, segundo Amorim, em relação ao desemprego do setor da construção civil, a

pesquisa apresentou que o mesmo sofreu uma expressiva redução, passando de 8,9% em abril

de 2003 para 2,5% em abril de 2014.

Evidentemente, há alguns fatores político-econômicos que contribuíram para o

crescimento da construção civil no Brasil.

Em 2009, o governo brasileiro deu início ao programa Minha Casa, Minha Vida, este

que, segundo a Caixa Econômica Federal (2016), alavancou o crédito imobiliário.

Consequentemente, pode-se inferir que o ingresso destes recursos tenha alavancado também os

índices de lucratividade do setor imobiliário (construtoras e incorporadoras) como um todo.

Outro fato impactante para o crescimento do setor imobiliário foram os preparativos

para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, que se iniciaram em 2010.

A crise econômico-financeira que o país passou a vivenciar a partir de 2014, acredita-

se que tenha influenciado negativamente o setor imobiliário. Para Amorim (2016) da revista

eletrônica EXAME “o mercado brasileiro de construção civil vive uma crise sem precedentes”.

Ainda segundo Amorim, ocorreram 600.000 demissões entre junho de 2014 a junho de

2015, queda de 5,6% nas vendas imobiliárias em 2014 e diminuição de 98% dos lucros das

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empresas de capital aberto no primeiro trimestre de 2015. Dado este confirmado por noticiário

em setembro de 2015 no Portal G1 da Rede Globo de Televisão:

Mais de meio milhão de trabalhadores serão demitidos na construção civil este ano.

O mercado de imóveis está quase parado e a retomada do programa "Minha Casa,

Minha Vida", que era esperança, está sem previsão. Um dos setores que mais emprega

está parado. O problema não é de hoje, a crise começou ainda no ano passado. Os

corretores de imóveis foram os primeiros a sentir, porque os clientes sumiram. Um

outro sinal foi a queda nas vendas de concreto. Agora, a situação se agravou. Muitas

obras pararam, ou estão atrasadas. E o setor contava com a contratação imediata da

fase 3 do programa “Minha Casa, Minha Vida” para tentar evitar demissões.

Para Amorim (2016), os escândalos que estão sendo investigados pela operação Lava-

Jato da Polícia Federal também podem estar influenciando a crise do setor da construção civil.

Investigação esta, que prendeu executivos das maiores empreiteiras brasileiras. Outro motivo

da crise, acredita-se ser, o processo de recuperação judicial pelo qual estão passando duas

grandes empresas do setor da construção civil, a OAS e a Galvão Engenharia.

Como colocado anteriormente, acredita-se que a recuperação do setor dar-se-á de forma

lenta. Porém, o governo tenta, de alguma forma, acelerar esse processo. Uma vez que fevereiro

de 2016, autorizou a liberação de recursos do FGTS em valor superior a R$ 21,7 bilhões para a

habitação. Em entrevista a EBC (2016), Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência

Social afirmou que “Esses recursos, todos eles voltados para habitação, representam mais

empregos e a construção de, em média, 140 mil novas unidades habitacionais”.

Os fatos citados anteriormente sobre os motivos que levaram à crise o setor da

construção civil, inibe, de certa forma, os investimentos no setor. Colocando em xeque,

inclusive, as obras de infraestrutura que estão sendo realizadas no momento e até mesmo os

preparativos para as Olimpíadas 2016.

Para as pessoas que têm pretensão de adquirir e/ou investir no setor imobiliário é

indispensável que conheçam a empresa com a qual irão relacionar-se. Pode-se conhecer a

situação econômica e financeira de uma empresa pela análise das demonstrações contábeis que

a mesma apresenta.

Pretende-se com este estudo avaliar de que forma os índices de liquidez e rentabilidade

das empresas de capital aberto do segmento da construção civil se comportaram entre os anos

de 2006 e 2015. Tendo em vista que o setor passou por momentos de fomento, tendo um

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aumento expressivo no valor dos imóveis, e atualmente, segundo Amorim (2016) uma queda

de até 50% no valor dos mesmos.

Amorim (2016), afirma que os indícios de corrupção que envolvem várias grandes

empresas do setor da construção civil como OAS, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez e

Odebrecht, esta última que teve uma queda de 32% nas vendas em 2014, faz com que se tenha

vários questionamentos sobre o futuro destas empresas, e do setor como um todo,

principalmente, pela quantidade de pessoas empregadas, direta ou indiretamente pela

construção civil. Portanto, quer-se analisar se o fator “corrupção” está influenciando o resultado

no setor e de que forma se dá esta influência.

Espera-se que o resultado deste trabalho seja o encontro de uma variação significativa

nos índices de lucratividade das empresas analisadas e que seja possível correlacionar essa

variação com os fatos político-econômicos atuais.

Como o setor da construção civil é considerado um dos setores de maior importância da

economia brasileira, o mesmo necessita de análise econômico-financeira mais específica.

Sugere-se analisar os indicadores das empresas do setor em questão utilizando-se aprimoradas

técnicas de análise das demonstrações contábeis.

1.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS

As empresas objeto de estudo deste trabalho, são empresas nacionais do setor da

construção civil, incorporadoras de projetos de prédios residenciais, comerciais e industriais. A

análise das demonstrações contábeis a qual se propõe este estudo, será realizado a partir dos

dados das seguintes empresas, importante ressaltar que as informações citadas a seguir, foram

extraídas dos sites das empresas em questão:

Brookfield Incorporações S.A.: tem por principal atividade a gestão de ativos

reais, empresa presente em quinze estados brasileiros, empregando cerca de

dezoito mil pessoas no Brasil além de atuar em outros dezenove países. Os

escritórios estão localizados em Rio de Janeiro e São Paulo, onde também se

encontra a estratégia geográfica adotada para os investimentos no Brasil tendo

como foco a aquisição e/ou o desenvolvimento de edifícios comerciais de alto

padrão.

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Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações: está presente

em dezesseis estados brasileiros e no Distrito Federal, empregando cinco mil

pessoas. O foco da empresa está nos empreendimentos de alto padrão e luxo.

Gafisa S.A.: há empreendimentos Gafisa em mais de trinta cidades brasileiras,

porém, atualmente o foco da empresa está em prédios comerciais e industrias em

São Paulo e Rio de Janeiro.

MRV Engenharia e Participações S.A.: a empresa foi fundada em Belo

Horizonte, Minas Gerais, em 2007 deu-se a abertura do capital. Em 2015, pelo

quarto ano consecutivo foi considerada a maior construtora do país, pelo

Ranking ITC. A atuação primordial da empresa é no Programa Minha Casa

Minha Vida, sendo que o foco são os empreendimentos residenciais populares.

Atuando também em parceria com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica

Federal para concessão de créditos imobiliários aos clientes. Possui vasta

diversificação geográfica, atuando em dezenove estados brasileiros.

PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações: empresa presente em 13

estados brasileiros e no Distrito Federal, o foco da empresa é o mercado

residencial complementando-se com o segmento comercial e de loteamento.

Emprega cerca de quatro mil brasileiros.

Rodobens Negócios Imobiliários S.A.: além de negócios imobiliárias, o grupo

Rodobens é formado por Banco, Consórcio, Corretora de Seguros, negócios

automotivos e de comunicação empresarial. Atua imobiliariamente em doze

estados brasileiros. A abertura do capital ocorreu em 2007. O foco da empresa

são condomínios fechados de médio/alto padrão, seguindo o conceito de clube

privativo com diversas áreas de lazer. Em 2012, iniciou a atuação também em

grandes áreas destinadas a loteamentos fechados e bairros planejados.

Rossi Residencial S.A.: empresa fundada em São Paulo com o foco em imóveis

residenciais de alto padrão na região metropolitana de São Paulo. Em 2009 o

foco da empresa voltou-se ao lançamento dos projetos da linha Rossi Ideal,

voltados ao segmento econômico e dentro das diretrizes do Programa Minha

Casa Minha Vida. No ano de 2012, passou a atuar também na construção de

Shopping Centers em cidades de médio porte e com grande potencial de

crescimento.

Tecnisa S.A.: empresa fundada em 1977 com o foco de edifícios residenciais.

Apresentou lançamentos imobiliários em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus,

São José dos Campos, Salvador, Santos e São Paulo. Destaca-se por ser a

primeira empresa a vender um imóvel pela internet, sendo até hoje, uma

referência no que diz respeito à venda de imóveis por meio eletrônico.

Todas as empresas citadas, têm a obrigação legal de publicar suas demonstrações

contábeis no sítio da Bovespa. Logo, para realizar as análises a que se propõe esse trabalho,

utilizar-se-á as demonstrações contábeis disponíveis.

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1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

As obras realizadas pelas empresas do setor de construção civil são de suma importância

para a infraestrutura brasileira. Uma vez que essas edificações sustentam o progresso, criam

emprego e renda e aprimoram recursos tecnológicos inovadores.

O setor da construção civil em sua totalidade é indispensável para o país, pois, como

colocado anteriormente, têm grande capacidade de gerar renda diretamente às pessoas, através

da quantidade de empregos diretos que gera e ao governo, pela quantidade de tributos que

recolhe.

O governo utiliza-se de vários programas sociais para fomentar o setor da construção

civil, entre eles o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),

liberando recursos do FGTS para uso específico de habitação. Tais programas promovem o

incentivo ao emprego formal, aumentando a renda familiar, maior oferta de crédito imobiliário

e redução nas taxas de juros.

Os investidores que buscam investir em empresas de capital aberto do setor da

construção civil, esperam estar investindo seu recurso de forma rentável. Para que o investidor

possa ter maior segurança, deve conhecer e utilizar-se das técnicas de análise das demonstrações

contábeis.

Para Matarazzo (2010, p. 10) “As atuais técnicas de Análise de Balanços possibilitam

grande número de informações sobre a empresa”.

Desta forma, pretende-se com este estudo, responder a seguinte questão problema: Qual

a variação dos índices de liquidez e rentabilidade das empresas de capital aberto do

segmento da construção civil entre os anos 2006 e 2015?

1.3 OBJETIVOS

Para melhor compreensão deste trabalho, os objetivos serão subdivididos em geral e

específicos.

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1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é identificar e analisar qual é a variação que os índices

de liquidez e rentabilidade das empresas de capital aberto do segmento da construção civil

apresentaram entre os anos de 2006 e 2015, com base nas suas demonstrações contábeis.

1.3.2 Objetivos Específicos

São objetivos específicos deste trabalho:

Apresentar a revisão bibliográfica sobre análise de demonstrações contábeis,

especificamente para índices de liquidez e rentabilidade além de aspectos

econômicos;

Apurar os índices de liquidez e rentabilidade das empresas selecionadas;

Identificar se os eventos econômicos nacionais influenciaram de forma relevante a

variação dos índices das empresas analisadas;

Verificar se os programas governamentais influenciaram nos resultados, e se essa

influência foi positiva ou negativa, a partir da análise das demonstrações contábeis

das empresas analisadas;

1.4 JUSTIFICATIVA

A análise das demonstrações contábeis vem tornando-se cada vez mais relevante para

um grande número de pessoas. Assim como é fundamental para quem deseja relacionar-se com

uma empresa, seja como um investidor, fornecedor, cliente, governo, banco ou ainda, para os

administradores e/ou dirigentes das empresas.

Cada usuário das informações contábeis e das respectivas análises determina qual a

informação de seu interesse.

[...] a análise financeira organiza as informações contábeis e agrega outras

informações relevantes para auxiliar seus usuários [...] com o conjunto de informações

que melhor atenda às suas necessidades. (SILVA, 2010, p. 26-27)

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A colocação de Silva (2010) vai diretamente ao encontro do que Matarazzo (2010)

define sobre como iniciar um diagnóstico da empresa e a finalidade da análise das

demonstrações contábeis.

O diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de

Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de

imediato, apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas.

(MATARAZZO, 2010, p. 14)

Portanto, pode-se afirmar que a contabilidade traz resultados precisos se for bem

manuseada e analisada, sendo uma ferramenta de gestão à disposição das pessoas que de alguma

forma se relacionam com a empresa.

A análise das demonstrações contábeis é a ferramenta utilizada para calcular vários

índices em relação à empresa, entre eles, os índices de lucratividade que evidenciam a

lucratividade que a empresa vem alcançando através da comparação da sua evolução histórica.

Em conjunto com a análise dos índices de liquidez e rentabilidade, é importante avaliar

também o Ebitda ou Lajirda, este que, demonstra o lucro da entidade antes dos juros, impostos,

depreciação e amortização. Ou seja, ele demonstra se a entidade está sendo operacionalmente

lucrativa. Conforme Iudícibus (2010, p. 247) “O EBITDA é uma medida essencialmente

operacional, desconsidera os efeitos dos resultados financeiros, assim revelando o potencial da

empresa para a geração de caixa operacional”.

Entre alguns aspectos sob o ponto de vista das análises financeiras, nota-se que grandes

incorporadoras como Even, Gafisa e PDG, têm um estoque equivalente a dois anos de vendas,

tanto de imóveis prontos como em construção. Já a construtora Rossi, dispõe de um estoque de

cinquenta meses. Este é um dos motivos pelos quais percebe-se que a recuperação da crise se

dará lentamente. Pressupõe-se que essas grandes incorporadoras não investirão em novas

construções sem antes liquidarem, ao menos, parcialmente seus estoques.

Como já visto anteriormente as construtoras têm um papel importante na economia

brasileira, uma vez que é por elas que se constrói a maioria da infraestrutura do país, e

consequentemente gera emprego e renda à população e arrecada um valor expressivo de

tributos.

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Portanto este trabalho justifica-se pela importância que a análise das demonstrações

Contábeis apresenta, em especial, os índices de rentabilidade, visto que estes índices

determinam qual a renda, lucro que a empresa está gerando com suas atividades.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo expor-se-á o embasamento teórico necessário para a correta compreensão

dos indicadores de liquidez e rentabilidade das empresas selecionadas. Serão abordados

assuntos como a análise das demonstrações contábeis, indicadores de liquidez e rentabilidade e

aspectos econômicos.

2.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS

De acordo com Matarazzo (2010), a análise das demonstrações contábeis é tão antiga

quanto a Contabilidade, apresentando-se mais sólida desde o final do século XIX, quando os

banqueiros americanos passaram a solicitar o Balanço Patrimonial para liberação de empréstimos.

Ainda segundo Matarazzo (2010), em 1919, Alexander Wall apresentou um modelo de

análise de balanços através de índices, demonstrando a importância de outras relações além de

ativo circulante contra passivo circulante.

Hoje, trabalha-se com índices-padrão que para Matarazzo (2010, p. 10) “permitem

adequada avaliação de qualquer índice de determinada empresa e proporcionam ao usuário da

análise informação objetiva do seu desempenho”.

Utilizando-se a análise das demonstrações contábeis através de índices é possível verificar-

se qual a posição econômica e financeira da entidade, visto que para Silva (2010, p. 26) “a análise

financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre

a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a

empresa”.

Para que se possa analisar uma empresa, deve-se conhecer as demonstrações contábeis da

mesma. Afinal, para a análise financeira, o foco é a empresa e não suas demonstrações contábeis.

Segundo Silva (2010, p. 26) “as demonstrações contábeis são apenas canais de informação sobre

a empresa, tendo como objetivo principal subsidiar a tomada de decisão".

A seguir, apresentar-se-á referências bibliográficas em relação às demonstrações contábeis

das quais utiliza-se para a análise de uma entidade.

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2.1.1 Demonstrações Contábeis

Ao final de cada período de reporte, as empresas devem apresentar suas demonstrações

contábeis obrigatórias e por opção, poderão complementá-las com outras demonstrações e

informações. Para que estas demonstrações contábeis tenham caráter de legalidade e exigência

devem atender a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades Anônimas) e a Lei 11.638/2007. As

empresas de capital aberto, como é o caso das empresas que foram analisadas neste estudo,

devem seguir ainda as determinações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a

publicação de suas demonstrações.

Além dos órgãos reguladores citados anteriormente, existem também os CPC (Comitê

de Pronunciamentos Contábeis), que por sua vez, regulamentam normas contábeis, inclusive a

estrutura das demonstrações contábeis, as quais são aprovadas e publicadas pelos órgãos

reguladores (CFC, CVM, entre outros).

A Contabilidade utiliza-se das Demonstrações Contábeis para passar as informações

inerentes à entidade a seus usuários. Segundo FEA/USP (2010, p. 11) “O grande objetivo da

Contabilidade é o de prover seus usuários em geral com o máximo possível de informação sobre

o patrimônio de uma entidade e suas mutações”.

Demonstrações contábeis são relatórios utilizados para obter-se a situação econômica e

financeira de uma entidade, apresentando os atos e fatos que envolvem a empresa em questão.

Há várias demonstrações contábeis as quais poder-se-á aplicar as técnicas de análise das

demonstrações contábeis, entre estas o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado

do Exercício (DRE), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), a

Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), as Demonstrações dos Fluxos de

Caixa (DFC), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e a Demonstração do Resultado

Abrangente (DRA). A seguir abordam-se as demonstrações citadas.

2.1.1.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial, segundo FEA/USP (2010, p. 17) “é uma das mais importantes

demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar a situação patrimonial e financeira

de uma entidade em determinado momento, dentro de certas regras”.

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Já para Marion (2009, p. 56) “o Balanço Patrimonial é o mais importante relatório

gerado pela contabilidade. Através dele pode-se identificar a saúde financeira e econômica da

empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada”.

O Balanço Patrimonial é uma peça contábil que retrata a posição (saldo) das contas

de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido

feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores duvidosos etc.) e

ajustes, bem como após o encerramento das contas de Receita e Despesa também

terem sido executados. (IUDÍCIBUS, 2009, p. 161)

Quando da análise do balanço patrimonial não poder-se-á esquecer que o mesmo já

incorpora algumas estimativas, como os provisionamentos e as depreciações. Uma vez que,

segundo, Iudícibus (2009, p. 163) “o Balanço é uma sombra do passado que se projeta para o

futuro. Os analistas deverão fazer as estimativas necessárias para ajustar o Balanço às mudanças

nas expectativas e transações”.

Divide-se o balanço patrimonial em dois grandes grupos, ativo, para Marion (2009, p.

57) “é o conjunto de bens e direitos controlados pela empresa. São os itens positivos do

patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa”. E passivo, ainda segundo

Marion (2009, p. 58) “significa as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas que

serão cobradas, reclamados a partir da data de seu vencimento”. Juntamente ao passivo,

encontra-se o patrimônio líquido da entidade que, segundo Matarazzo (2010, p. 26) “representa

o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da

empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente”.

O ativo, segundo Iudícibus (2010, p. 32) “está disposto em grupos de contas

homogêneas ou de mesmas características. Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a

liquidez, isto é, de acordo com a rapidez que podem ser convertidos em dinheiro”. O primeiro

grupo, ou seja, de maior liquidez, denomina-se Ativo Circulante e este comporta as contas,

Caixa e Equivalentes de Caixa, Contas a Receber, Estoques, Investimentos Temporários.

• Contas a receber: são valores não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias

ou prestação de serviços a prazo. [...]

• Estoques: são mercadorias a serem revendidas. [...]

• Investimentos Temporários: são aplicações realizadas normalmente no mercado

financeiro com excedente do Caixa. [...]

• Despesas do exercício seguinte: são as despesas contraídas antecipadamente e

ainda não consumidas[...]. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 33)

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Já as contas que se transformam em dinheiro em um maior prazo de tempo, ou seja, os

ativos de menor liquidez, agrupam-se no subgrupo denominado Ativo Não Circulante. Segundo

Iudícibus (2010) o Ativo Não Circulante compõe-se de ativos de baixíssima liquidez, uma vez

que, como característica básica, não são destinados à venda. Logo, o ativo não circulante

compõe-se de:

• Investimentos: as participações (que não se destinam a venda) em outras sociedades

e outras aplicações de característica permanente que não se destinam à manutenção

da atividade operacional da empresa, tais como: terrenos, imóveis alugados a

terceiros (não de uso, mas para renda), obras de arte etc. [...]

• Imobilizado: [...] Entende-se por Ativo Imobilizado todo ativo de natureza

relativamente permanente que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa

e que não se destina à venda. [...]

• Intangível: a legislação diz que devem ser classificados no grupo Intangível os

direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da

companhia ou exercido com esta finalidade, inclusive o fundo de comércio

adquirido [...]. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 34-35)

Como visto anteriormente, o balanço patrimonial é dividido em ativo e passivo. O

passivo, conforme Iudícibus (2010) representa as obrigações que que empresa tem a pagar à

terceiros.

Assim como o ativo, o passivo também é dividido em dois grandes grupos. O passivo

circulante e o passivo não circulante. O passivo circulante, segundo Marion (2009, p. 72)

“evidencia todas as dívidas com terceiros que serão pagas a curto prazo: dívidas com

fornecedores de mercadorias, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos bancários a

pagar, encargos a pagar etc.”

Já as contas exigíveis a longo prazo, são as contas que compõem o passivo não

circulante. Para Marion (2009), as contas exigíveis a terceiros em longo prazo, geralmente, são

provenientes de empréstimos e financiamentos junto à bancos e financeiras.

Além das contas de ativos e passivos, o balanço patrimonial, compõem-se do patrimônio

líquido. Este por sua vez, segundo Marion (2009, p. 72) “demonstra o total de recursos

aplicados pelos proprietários na empresa”.

Iudícibus (2010) define o patrimônio líquido da empresa como o total de recursos dos

acionistas e proprietários da empresa. Tratando-se como Capital a primeira aplicação, e as

demais, tratam-se contabilmente, como acréscimo de capital.

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Além dos investimentos dos sócios ou acionistas das empresas, os lucros também são

uma fonte do patrimônio líquido da empresa. Segundo Matarazzo (2010) o patrimônio líquido

subdivide-se em capital social, reservas de capital, reservas de lucros, e lucros ou prejuízos

acumulados.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

• Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.

Reservas de Capital

• Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias.

• Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.

• Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para

investimentos.

Reserva de Lucros

• Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.

Lucros ou Prejuízos Acumulados

• Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica.

(MATARAZZO, 2010, p. 29)

A seguir, conforme Quadro 1, modelo simplificado do Balanço Patrimonial:

Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante

Disponibilidades

Ativos Financeiros

Créditos a Receber

Tributos a Recuperar

Despesas Antecipadas

Outros Créditos a Receber

Ativo Não Circulante

Realizável a Longo Prazo

Investimentos

Imobilizado

Intangível

Passivo Circulante

Fornecedores a Pagar

Tributos a Pagar

Salários e Remunerações a Pagar

Encargos Sociais a Pagar

Empréstimos e Financiamentos

Outras Contas a Pagar

Passivo Não Circulante

Exigível a Longo Prazo

Patrimônio Líquido

Capital Social

Reservas

Prejuízos Acumulados

Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial

Fonte: próprio autor

2.1.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Ao fim de cada período de reporte as empresas apuram o resultado de seu negócio.

Conforme Marion (2009, p. 84) “Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade

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confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a receita foi maior que a despesa, a empresa

teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve prejuízo”.

Esta apuração de receitas e despesas é apresentada através da Demonstração do

Resultado do Exercícios (DRE).

Segundo Iudícibus (2010) elabora-se a DRE simultaneamente ao Balanço Patrimonial,

apresentando de forma sucinta as operações realizadas pela empresa e tendo como resultado

um dos valores de maior interesse dos investidores, gestores, pessoas interessadas na empresa,

o resultado líquido do período, ou seja, se a empresa obteve lucros ou prejuízos.

A demonstração do resultado do exercício, diferentemente do balanço patrimonial,

demonstra o resultado obtido pela empresa em determinado período e não apenas no momento.

A demonstração do resultado do exercício, conforme o próprio nome sugere,

demonstra o resultado obtido pela empresa em determinado período, isto é, o lucro ou

o prejuízo. É importante notar que, enquanto o balanço patrimonial representa a

posição da empresa em determinado momento, a demonstração do resultado acumula

as receitas, os custos e as despesas relativas a um período de tempo, mostrando o

resultado e possibilitando conhecermos seus componentes principais. (SILVA, 2010,

p. 95)

Não é necessário que todos os componentes da demonstração do resultado do exercício

tenham influência no fluxo monetário da empresa, uma vez que a DRE retrata o fluxo

econômico. Necessitando assim, afetar o patrimônio líquido.

Pode-se afirmar, segundo Matarazzo (2010) que a DRE afeta o patrimônio líquido, visto

que como regra, as receitas causam um aumento do Ativo, consequentemente, um aumento do

Passivo. Já as despesas reduzem o patrimônio líquido, podendo esta redução ocorrem por dois

fatores, ou pela redução do ativo, ou pelo aumento do passivo exigível.

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Apresenta-se a seguir, um modelo de uma Demonstração do Resultado do Exercício.

RECEITA BRUTA DAS VENDAS E SERVIÇOS

(-) Devoluções

(-) Abatimentos

(-) Impostos

(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços

(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas com Vendas

(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras)

(-) Despesas Gerais e Administrativas

(-) Outras Despesas Operacionais

(+) Outras Receitas Operacionais

(=) Lucro ou Prejuízo Operacional

(+) Receitas não Operacionais

(-) Despesas não Operacionais

(+) Saldo da Correção Monetária

(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda

(-) Imposto de Renda e Contribuição Social

(-) Participações de Debêntures

(-) Participação dos Empregados

(-) Participação de Administradores e Partes Beneficiárias

(-) Contribuições para Instituições ou Fundo de Assistência ou Previdência de Empregados

(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

(=) Lucro ou Prejuízo por Ação

Quadro 2 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício

Fonte: MATARAZZO, 2010, p. 31

2.1.1.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

A demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), como o próprio nome já

diz, apresenta as variações do patrimônio líquido ocorridas ao longo do exercício.

Segundo Silva (2010), o objetivo desta demonstração é explicar as variações das contas

ocorridas no patrimônio líquido entre um exercício e outro. O resultado líquido do exercício

fica evidenciado nesta demonstração, comprovando-se a destinação do mesmo, assim como os

seus quantitativos.

Uma vez que as contas de lucros ou prejuízos acumulados compõem o patrimônio

líquido da entidade, a demonstração das mutações do patrimônio líquido substitui a

demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, tendo em vista que Silva (2010, p. 96) afirma

que “para fins de análise, a demonstração das mutações do patrimônio líquido é mais

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32

informativa e mostra as movimentações ocorridas com os lucros e prejuízos acumulados e as

movimentações ocorridas nas demais contas que integram o patrimônio líquido”.

Para a elaboração desta demonstração deve-se considerar uma tabela na qual nas colunas

identificam as contas do Patrimônio Líquido e as linhas as movimentações ocorridas nestas

contas. Segue abaixo a estrutura da DMPL.

Capital

Realizado

Reservas

de Capital

Reserva

Legal

Reservas

de Lucros

Lucros

Acumulados

Ajustes Total

Saldos em 31-12-x0

Correção Monetária

Aumento de Capital com

Lucros e Reservas por

Subscrições Realizadas

Lucro Líquido do Exercício

Destinação do Lucro Líquido

Reserva Legal

Reserva Estatutária

Dividendos

Saldos em 31-12-x1

Quadro 3 – Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Fonte: MATARAZZO, 2010, p. 32

2.1.1.4 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados

Quando se encerra a demonstração do resultado do exercício, o lucro líquido está

apurado. E este lucro líquido apurado é transposto para a demonstração dos lucros e prejuízos

acumulados (DLPA). Este que, segundo Iudícibus (2010) evidencia a distribuição dos lucros da

empresa.

Apenas uma parte dos lucros são distribuídos aos proprietários na forma de dividendos,

o restante, normalmente, a maior parte dos lucros é reinvestida na própria empresa.

A destinação (canalização) do Lucro Líquido para os proprietários (distribuição de

dividendos) ou o reinvestimento na própria empresa serão evidenciados na

Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, antes de serem indicados no

Balanço Patrimonial. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 49)

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Segue, a estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.

DEMONSTRAÇÃO DE LUCRO OU PREJUÍZOS ACUMULADOS EM 31/12/X1

DISCRIMINAÇÃO Valores

Saldo de Lucros Acumulados do Exercício anterior (31/12/x0)

(+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores

(+) Lucro Líquido do Exercício

(=) Lucro Total Disponível

(-) Destinação do Lucro:

a. Reserva Legal

b. Reserva Estatutária

c. Reserva para Contingência

d. Reserva Orçamentária

e. Reserva de Lucros a Realizar

f. Compensação de Prejuízos

(-) Dividendos a Distribuir

Saldo de Lucros Acumulados do Final do Exercício (31/12/x1)

Quadro 4 – Estrutura da Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados

Fonte: adaptado de Franco (1996, p. 151)

2.1.1.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é a ferramenta utilizada pela contabilidade para

demonstrar a movimentação monetária da empresa durante o exercício. Para Matarazzo (2010)

esta demonstração evidencia as fontes e aplicações utilizadas no período, e que tem como

resultado a variação do saldo de caixa.

Segundo Marion (2010, p. 54) “A Demonstração dos Fluxos de Caixa evidencia as

modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa) da

companhia em determinado período, por meio de fluxos de recebimentos e pagamentos”.

Ainda segundo Marion, a demonstração dos fluxos de caixa indica as alterações havidas

no saldo de caixa e equivalentes segregando a demonstração em atividades operacionais,

atividades de financiamento e atividade de investimentos. Desta forma, há duas formas de

apresentação da DFLC, a forma direta, elaborada a partir da movimentação do caixa e

equivalentes de caixa, e a forma indireta, elaborada a partir do lucro/prejuízo do exercício.

O balanço patrimonial não apresenta de forma clara como a empresa alterou sua posição

de investimentos e financiamentos. Para que se tenha um entendimento claro da origem e

aplicação dos recursos, apresenta-se a DFLC. De acordo com o afirmado por Matarazzo (2010,

p. 33) “a DFLC visa permitir a análise do aspecto financeiro da empresa, tanto no que diz

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34

respeito ao movimento de investimentos e financiamentos quanto relativamente à

administração da empresa sob o ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos”.

A seguir, apresenta-se o modelo básico da Demonstração dos Fluxos de Caixa de forma

indireta.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

ATIVIDADE OPERACIONAIS

Lucro Líquido do exercício

Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes

Depreciações e amortizações

Variações monetárias e cambiais

Valor residual do imobilizado baixado

Resultado de equivalência patrimonial

Outros

(Aumento) redução no Ativo Circulante Operacional

Contas a receber

Estoques

Outros

Aumento (redução) no Passivo Circulante Operacional

Fornecedores

Impostos a pagar

Salários e encargos

Outros

Caixa Gerado (absorvido) pelas Atividades Operacionais

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

Títulos e valores mobiliários

Venda de Investimentos/Imobilizado

Dividendos recebidos de controlado e coligada

Aquisição de bens do imobilizado

Caixa Gerado pelas (Utilizado nas) Atividades de Investimento

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio

Captação de empréstimos e financiamentos

Amortização de empréstimos e financiamentos – principal/juros

Caixa Gerado (utilizado) nas Atividades de Financiamento

GERAÇÃO (ABSORÇÃO) LÍQUIDA DE CAIXA

+ SALDO INICIAL DO CAIXA

= SALDO FINAL DO CAIXA

Quadro 5 – Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa – Modelo Indireto

Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010, p. 34)

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35

Conforme colocado anteriormente, há duas formas de elaboração da demonstração dos

fluxos de caixa, a forma indireta, apresentada acima e a forma direta. Esta, por sua vez, elabora-

se a partir da movimentação do caixa e equivalentes de caixa, conforme estrutura a seguir.

a) Operações Receita Recebida

(-) Caixa Despendido nas Compras

(-) Despesas Operacionais Pagas

Vendas

Administrativas

Despesas Antecipadas

Caixa Gerado no Negócio

b) Outras Receitas e Despesas (+) Receitas Financeiras Recebidas

(-) Despesas Financeiras Pagas

Caixa Líquido após as Operações Financeiras

(-) Imposto de Renda Pago

Caixa Líquido após o Imposto de Renda

c) Atividades de Investimento Não houve variação do Imobilizado

Vendas de Ações Coligadas

Recebimento de Ações Coligadas

d) Atividades de Financiamento (+) Novos Financiamentos

(+) Aumento do Capital em Dinheiro

(-) Dividendos

Redução do Caixa no ano

Saldo Inicial do Caixa

Saldo Final do Caixa

Quadro 6 – Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa – Modelo Direto

Fonte: Adaptado de Marion (2010, p. 58)

2.1.1.6 Demonstração do Valor Adicionado

A demonstração do valor adicionado é uma demonstração obrigatória, a partir da Lei

11.638/07, que tem por objetivo apresentar a geração de riqueza da companhia em questão.

Para Silva (2010) a DVA mostra quanto a empresa gerou de valor e distribuiu para

fornecedores, empregados, governo, acionistas e o valor reinvestido na empresa.

Corroborando ao conceito anterior, De Luca (1998) apud Iudíbibus (2010) considera a

DVA um relatório contábil de informações naturalmente econômicas que tem por objetivo

demonstrar o valor de riqueza distribuído entre os elementos que contribuíram para geração

desta riqueza.

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36

São usuários da DVA:

governo: utilizará a DVA para o cálculo do PIB, para saber o impacto das

operações das empresas na criação da riqueza interna e, também, dos

impostos;

empregados: os empregados ou sindicatos têm como principal objetivo

utilizar a DVA para comparar e analisar a remuneração, cargos dos

trabalhadores, em relação aos dos administradores;

gestores: utilizam as informações da DVA como um instrumento de

Contabilidade Gerencial, buscando ser eficaz no cumprimento de suas

responsabilidades para com todos os seus usuários, sejam eles acionistas,

empregados, governo e a sociedade; e

bancos: analisam a DVA para verificar a riqueza gerado e a capacidade de

cumprir os compromissos assumidos. (IUDICIBUS, 2010, p. 200)

Apresenta-se abaixo um modelo da demonstração do valor adicionado.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO PARA OS PERÍODO ENCERRADOS

EM DEZEMBRO DE 20X2 E 20X3

CONTROLADORA CONSOLIDADO

20X3 20X3 20X3 20X2

RECEITAS

(-) Provisão para devedores duvidosos

(-) Resultado não operacional

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

VALOR ADICIONADO BRUTO

RETENÇÕES

(-) Depreciações

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO

(+) Equivalência patrimonial

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR

Remuneração do trabalho

Remuneração do governo

Remuneração dos acionistas

Remuneração de financiamentos

Reinvestimento de lucros

TOTAL DO VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO

Quadro 7 – Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado

Fonte: Adaptado de Silva (2006, p. 102)

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37

2.1.1.7 Demonstração do Resultado Abrangente

Conforme visto anteriormente, ao findar o período de reporte, as empresas demonstram

seus resultados. As receitas e despesas ocorridas no período em questão são apresentadas na

demonstração do resultado do exercício, dando origem ao lucro líquido. A partir deste lucro,

acrescendo-se os resultados abrangentes, chega-se à demonstração do resultado abrangente.

Os resultados abrangentes são compostos dos seguintes componentes:

Variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (NBC TG 27 e NBC

TG 04);

Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido, reconhecidos

conforme a NBC TG 33 – Benefícios a Empregados;

Ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no

exterior (NBC TG 02);

Ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (NBC

TG 38);

Efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de

caixa (NBC TG 38);

Parcela de outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio

do método da equivalência patrimonial.

Quanto à forma de apresentação da demonstração do resultado abrangente, a mesma

poderá ser apresentada por quadro próprio ou em conjunto com a demonstração das mutações

do patrimônio líquido, lembrando-se da necessidade de apresentação dos reflexos tributários.

2.1.2 Técnicas de Análise

Em sequência ao exposto anteriormente, pode-se afirmar que, segundo Matarazzo,

(2010, p. 80) “As demonstrações financeiras compreendem todas as operações efetuadas por

uma empresa, traduzidas em moeda e organizadas segundo as normas contábeis”, sendo

possível desta forma, extrair grande quantidade de informação destas demonstrações.

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Para a extração das informações das demonstrações contábeis, utiliza-se técnicas

específicas, tais como:

Indicadores Financeiros e Econômicos.

Análise Horizontal e Vertical

Análise da Taxa de Retorno sobre Investimentos (Margem de Lucro x Giro do

Ativo).

Análise das Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (Doar), dos

Fluxos de Caixa (DFC) e da Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

(MARION, 2010, p. 11)

A seguir, apresenta-se os indicadores financeiros e econômicos.

2.1.2.1 Indicadores

Indicadores, também conhecidos por índices ou quocientes, para Marion (2010) são o

resultado obtido através da divisão de duas grandezas. Já, Matarazzo (2010, p. 81) define que

“Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa

evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.

A principal finalidade do uso de índices para análise, segundo Iudícibus (2010) é

permitirem a extração de tendências e a comparação com padrões preestabelecidos, afinal, a

finalidade da análise das demonstrações contábeis, mais que analisar o passado é a possibilidade

de inferir sobre o que poderá acontecer futuramente na entidade.

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39

Como característica principal, os índices, segundo Matarazzo (2010) revelam a situação

econômica e/ou financeira da empresa. Apresentando a divisão dos índices em dois grupos. O

grupo que evidencia o aspecto econômico da empresa em análise e o grupo que evidencia o

grupo financeiro. Sendo que este segundo grupo, subdivide-se em estrutura de capitais e de

liquidez, conforme figura a seguir:

Segundo Marion (2010), a análise, através de índices, divide-se em três etapas. A

primeira delas é o cálculo do índice, em seguida, a interpretação, o que tal número calculado

significa, como o mesmo poderá ser descrito. E a terceira etapa, segundo Marion, a mais

importante, a conceituação do índice, saber se o número é bom, razoável ou ruim.

Matarazzo (2010) lista três maneiras de avaliar ou interpretar um índice: pelo seu

significado intrínseco, pela comparação ao longo de vários exercícios ou pela comparação com

índices de outras empresas – índices-padrão.

O significado intrínseco de um índice é a maneira grosseira de interpretação do índice

encontrado. Nesta forma de interpretação dos índices, segundo Matarazzo (2010, p. 118) “a

análise do valor intrínseco de um índice é limitada e só deve ser usada quando não se dispõe de

índices-padrão proporcionados pela análise de um conjunto de empresas”.

Já, o modo de interpretação dos índices utilizando-se a comparação dos índices no

tempo, ainda segundo Matarazzo (2010) considera-se bastante útil, pois demonstra tendências

da empresa.

A terceira maneira, é a interpretação através de índices-padrão, conforme Matarazzo

(2010, p. 119) “A avaliação de um índice e a sua conceituação como ótimo, bom, satisfatório,

PRINCIPAIS ASPECTOS RELEVADOS PELOS ÍNDICES FINANCEIROS

ESTRUTURA

Situação Financeira

LIQUIDEZ

Situação Econômica RENTABILIDADE

sI

Figura 1 – Principais aspectos revelados pelos índices financeiros

Fonte: MATARAZZO, 2010, p. 84

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razoável ou deficiente só pode ser feita através da comparação com padrões. Não existe o bom

ou o deficiente em sentido absoluto. O bem só é bom em relação a outros elementos”.

No que se refere à interpretação dos índices econômico-financeiros, Marion (2010)

ressalta que o analista deverá tomar precauções para que não haja interpretação distorcida dos

índices calculados. Por exemplo:

[...] Vamos admitir que o Ativo Circulante da Cia. Imaginativa seja de 100 e seu

Passivo Circulante de 50. Se dividirmos o AC pelo PC, obteremos um índice igual a

2,00. Se, porém, a empresa resolvesse pagar R$ 49,00 de sua dívida, [...] diminuímos

49 no PC, uma vez que houve pagamentos das obrigações e consequentemente

redução da dívida. Para esse pagamento utilizamos 49 de dinheiro do AC e assim

reduzimos o caixa da empresa. Na verdade, não houve melhora na capacidade de

pagamento da empresa em 25 vezes, pois a situação é a mesma. Nesse caso, houve

uma manipulação, não sendo considerada má-fé. (MARION, 2010, p. 24)

Ainda segundo Marion (2010) para que se faça a interpretação correta dos índices, deve-

se sempre, comparar os índices encontradas com os índices de outras empresas, tomando-se o

cuidado de comparar com empresas do mesmo setor econômico ou ramo de atividade. Para que

tal comparação se faça possível, faz-se uso de índices-padrão. Estes índices-padrão, ainda

segundo o mesmo autor, servem como base de comparação entre empresas de um mesmo ramo

de atividade. Para o cálculo dos índices-padrão, divide-se os índices em quartis, que são,

geralmente, nomeados como: deficiente, razoável, satisfatório e bom.

Para Matarazzo (2010), falando-se em índices relativos à estrutura de capital, quanto

menor o valor calculado, melhor. Já para os demais índices, de liquidez e rentabilidade, o

resultado, quanto maior for, melhor.

No próximo subcapítulo deste estudo, apresentam-se os principais índices utilizados

para a análise das demonstrações contábeis.

2.2 ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS

De acordo com o citado anteriormente, calcula-se índices, e a partir destes, poder-se-á

fazer a análise das demonstrações contábeis de qualquer empresa. Neste sentido, têm-se os

índices de liquidez/estrutura e de rentabilidade. Sendo que os índices de liquidez e estrutura

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demonstram o resultado financeiro da entidade e os índices de rentabilidade demonstram o

resultado econômico da empresa.

Para Silva (2006, p. 248) “Os índices financeiros são relações entre contas ou grupos de

contas das demonstrações contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos informações que não

são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demonstrações contábeis”. Desta forma,

apresenta-se a seguir os índices financeiros que retratam a liquidez da empresa.

2.2.1 Índices de Liquidez

Os índices de liquidez, para Matarazzo (2010, p. 98) “mostram a base da situação

financeira da empresa”. Não se pode confundir situação financeira com capacidade de

pagamento, afinal, a capacidade de pagamento é definida pela demonstração dos fluxos de

caixa.

Utiliza-se os índices de liquidez para avaliar a capacidade a capacidade de honrar os

compromissos que a empresa apresenta, segundo Marion (2010), esta capacidade poderá ser

avaliada considerando-se diferentes prazos: longo, curto ou imediato. Há, no entanto, vários

índices de liquidez, os quais são apresentados a seguir.

2.2.1.1 Liquidez Geral

Este índice, segundo Iudícibus (2010, p. 96) “serve para detectar a saúde financeira (no

que se refere à liquidez) de longo prazo do empreendimento”. Ou seja, o índice da liquidez

geral demonstra a capacidade da empresa em pagar suas obrigações a longo prazo.

O índice de liquidez geral, para Matarazzo (2010), tem por objetivo demonstrar quanto,

em reais, a empresa possui em seu ativo circulante e realizável a longo prazo para pagamento

de cada R$ 1,00 que tem de dívida total. Assim sendo, considera-se um resultado satisfatório

para este índice, qualquer número superior a um. Observa-se a seguir, a fórmula utilizada para

calcular o índice de liquidez geral.

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Onde:

LG = Liquidez Geral

AC = Ativo Circulante

RLP = Realizável a Longo Prazo

PC = Passivo Circulante

ELP = Exigível a Longo Prazo

2.2.1.2 Liquidez Corrente

O índice de liquidez corrente, segundo Matarazzo (2010) tem por objetivo, indicar ao

analista quanto, em moeda corrente, a empresa possui em seu ativo circulante para cada R$ 1,00

de seu passivo circulante. Iudícibus (2010, p. 94) afirma que “Este quociente relaciona quantos

reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com

relação às dívidas de curto prazo”.

Ainda segundo Iudícibus, o índice de liquidez corrente é frequentemente tido como o

melhor indicador da situação financeira a qual a empresa se encontra. A interpretação deste

índice, assim como dos demais, dever-se-á realizar-se de forma conjunta para que se tenha uma

boa análise, pois, para se ter um bom resultado de análise devem utilizar-se alguns parâmetros

de comparação.

Sobre a interpretação do índice de liquidez corrente, para Marion (2010, p. 74)

“Isoladamente, os índices de LC superiores a 1,0, de maneira geral, são positivos. Conceituar o

índice, todavia, sem outros parâmetros, é uma atitude bastante arriscada, por isso

desaconselhável”.

AC+RLP

LG = ----------------

PC+ELP

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Para realização do cálculo do índice de liquidez corrente, faz-se uso da seguinte fórmula:

Onde:

LC = Liquidez Corrente

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

2.2.1.3 Liquidez Seca

Este índice, por sua vez, quer saber qual a capacidade pagamento da empresa em relação

ao seu passivo circulante sem fazer uso de seus estoques. Para Marion (2010) este índice

demonstra a chance que a empresa teria caso as atividades fossem interrompidas, caso não

tenham mais vendas ou os estoques tornassem-se obsoletos, de pagar suas dívidas apenas com

os valores disponíveis imediatamente e as duplicatas a receber.

Para Iudícibus (2010, p. 96) “Esta é uma variante muito adequada para se avaliar

conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do

numerador, estamos eliminando uma fonte de incerteza”. Afinal, não se tem a certeza de que

os estoques estão mensurados de forma correta, essencialmente no caso de se estar a analisando

o caso de uma indústria, que tem matéria-prima, produção e produto final.

Já Matarazzo (2010) afirma que o índice de liquidez seca tem por objetivo avaliar

quantos reais a empresa dispõe em seu ativo circulante com exceção de seus estoques para cada

real que tem de obrigação em seu passivo circulante.

AC

LC = ----------

PC

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Como interpretação deste indicador, tem-se ainda, segundo Matarazzo, que quanto

maior se apresentar, melhor. Usa-se, portanto, a seguinte fórmula para cálculo deste indicador:

Onde:

LS = Liquidez Seca

AC = Ativo Circulante

E = Estoques

PC = Passivo Circulante

Conforme colocado anteriormente, para que se tenha um bom resultado de análise é

preciso que se analise os índices em conjunto. A seguir, conforme Quadro 8, pode-se verificar

como os indicadores de liquidez corrente e de liquidez seca comportam-se quando analisadas

conjuntamente.

Liquidez

Nível Alta Baixa

Liquidez

Seca

Alta

Situação

financeira

boa

Situação financeira em princípio

insatisfatória, mas atenuada pela boa

liquidez Seca. Em certos casos pode até ser

considerada razoável

Baixa

Situação financeira em princípio

satisfatória.

A baixa liquidez Seca não indica

necessariamente comprometimento

da situação financeira. Em certos

casos pode ser sintoma de

excessivos estoques “encalhados”

Situação

financeira

insatisfatória

Quadro 8 – Liquidez Seca X Liquidez Corrente

Fonte: MATARAZZO (2010, p. 108)

AC– E

LS = ----------

PC

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2.2.1.4 Liquidez Imediata

O índice de liquidez imediata, segundo Marion (2010) e Iudícibus (2010) demonstra

quanto a empresa tem imediatamente para saldar suas dívidas a curto prazo. Ou seja, este

indicador apresenta qual o valor em moeda corrente que a empresa dispõe para pagamento de

suas obrigações constantes em seu passivo circulante.

Segundo Marion (2010) este é um índice sem muito destaque, uma vez que se relaciona

as disponibilidades com valores que vencerão futuramente, em variadas datas, ainda que em

curto prazo.

Calcula-se este indicador a partir da fórmula a seguir.

Onde:

LI = Liquidez Imediata

D = Disponibilidades

PC = Passivo Circulante

2.2.2 Índices de Rentabilidade

Como visto anteriormente, os resultados financeiros das empresas são analisados a partir

de índices financeiros, os índices de liquidez. Já os resultados econômicos, ou seja, a geração

dos resultados, analisa-se a partir do uso de índices de rentabilidade. O foco de análise dos

índices de rentabilidade, segundo Marion (2010) é a Demonstração do Resultado do Exercício.

Ainda segundo Marion (2010, p. 129) “o objetivo, então, é calcular a taxa de lucro, isto

é, comparar o lucro em valores absolutos com valores que guardam alguma relação com o

D

LI = ----------

PC

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46

mesmo”. Desta forma, a partir da análise dos indicadores econômicos pode-se avaliar o quanto

a empresa conseguiu gerar de lucro por cada real investido e ainda se o investimento do capital

próprio está trazendo rendimento satisfatório ao empresário e/ou acionista.

Segundo Matarazzo (2010) os índices de rentabilidade buscam demonstrar o quanto os

capitais investidos estão rendendo e se, economicamente a empresa está tendo êxito em suas

atividades. A seguir, expor-se-á quatro índices de rentabilidade, o giro do ativo, a margem

líquida, a rentabilidade do ativo e a rentabilidade do patrimônio líquido.

2.2.2.1 Giro do Ativo

Segundo Matarazzo (2010) para que uma empresa tenha sucesso, precisa,

necessariamente ter um volume de vendas adequado em relação ao seu montante de

investimentos. Ainda segundo o mesmo autor, o giro do ativo tem por objetivo demonstrar

quanto a empresa teve de venda líquida para cada R$ 1,00 (um real) de investimento realizado.

A fórmula utilizada para cálculo do Giro do Ativo, é a seguinte:

Onde:

GA = Giro do Ativo

VL = Venda Líquida ou Receita Líquida

ATm = Ativo Total Médio

Calcula-se a Receita Líquida utilizando-se a Receita Bruta deduzida de impostos e dos

custos de venda.

VL

GA = ----------

ATm

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Para Silva (2010) o giro do ativo é um dos índices de atividades mais importantes, por

estabelecer uma relação entre as vendas da empresa e o valor total de investimentos efetuados

pela empresa, sendo que estes investimentos são relacionados no ativo total médio da empresa.

Como interpretação deste índice, tem-se segundo Silva (2010) e Matarazzo (2010) que

quanto maior for o resultado, melhor. Porém, conforme já colocado anteriormente, os índices,

para ter-se plena ciência de seu resultado, devem ser comparados com o índice de outra empresa

do mesmo setor econômico a que se está a analisar.

2.2.2.2 Margem Líquida

A margem líquida, também conhecida por retorno sobre as vendas, da empresa é

calculada a partir do seguinte cálculo:

Onde:

ML = Margem Líquida

LL = Lucro Líquido

VL = Vendas Líquidas

Se multiplicarmos o resultado obtido por 100, segundo Matarazzo (2010) quer-se saber

qual é o lucro obtido pela empresa em relação a cada R$ 100,00 (cem reais) investidos. A

interpretação deste índice, tem-se que, quanto maior, melhor.

Para Marion (2010, p. 156) a margem de lucro líquido “significa quantos centavos de

cada real de venda restaram após a dedução de todas as despesas (inclusive o Imposto de

Renda). Evidente que, quanto maior a margem, melhor”.

LL

ML = ----------

VL

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2.2.2.3 Rentabilidade do Ativo

A rentabilidade do ativo, também conhecida como retorno sobre o ativo, segundo Silva

(2010) indica o lucro da empresa em relação a seus ativos totais médios.

Este índice mede o potencial da empresa em gerar lucro. Para Matarazzo (2010, p. 114),

“Não é exatamente uma medida de rentabilidade de capital, mas uma medida da capacidade da

empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se”. Ainda segundo o mesmo autor,

representa uma medida de desempenho de cunho comparativo ano após ano.

Utiliza-se a seguinte fórmula para calcular a rentabilidade do ativo:

Onde:

RA = Rentabilidade do Ativo

LL = Lucro Líquido

ATm = Ativo Total Médio

Segundo Silva (2010) a interpretação deste índice se dá por, quanto maior, melhor.

Este índice apresenta suma importância no universo de análise das demonstrações

contábeis. Para Iudícibus (2010) “É provavelmente, o mais importante quociente individual de

toda a análise de balanços”.

LL

RA = ----------

ATm

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2.2.2.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Sabe-se que as fontes de financiamentos do Ativo de uma empresa, podem ser capitais

próprio e/ou de terceiros. O índice de rentabilidade do patrimônio líquido, visa, justamente,

demonstrar qual foi o retorno que se obteve a partir do investimento próprio realizado.

Para Silva (2010), define-se o índice de rentabilidade como o prêmio ou recompensa

pelo capital investido, tanto como para sócios quanto para acionistas. Ou seja, trata-se do

prêmio pelo risco do negócio. Usa-se a seguinte fórmula para cálculo do retorno sobre o

patrimônio líquido.

Onde:

RLP = Rentabilidade do Patrimônio Líquido

LL = Lucro Líquido

PLm = Patrimônio Líquido Médio

Considera-se, ainda segundo Silva (2010), o patrimônio líquido médio como:

(Patrimônio Líquido Inicial + Patrimônio Líquido Final – Lucro Líquido) / 2.

Assim como o índice de retorno sobre o ativo, a interpretação deste índice, se dá por

quanto maior, melhor. Porém, como já colocado anteriormente, não se deve analisar um índice

isoladamente.

LL

RPL =------------

PLm

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Matarazzo (2010) considera como rentabilidade do patrimônio líquido o quanto de lucro

a empresa obteve em relação ao valor de capital próprio investido.

O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de

rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com os outros

rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de

Câmbio, Ações, Alugueis, Fundos de Investimentos, etc. Com isso se pode avaliar se

a empresa oferece rentabilidade superior ou inferir a essas opções. (MATARAZZO,

2010, p. 116)

Desta forma, a partir dos índices de rentabilidade apresentados pela empresa, pode-se,

conforme a citação anterior, avaliar se esta é superior ou inferior às demais opções de

rentabilidade do capital. Assim sendo, segundo Figueiredo e Caggiano (2008) a opção rejeitada

para a aplicação do recurso é definida como custo de oportunidade.

Guerreiro (1992) apud Padoveze (2009, p. 338) define que “[...] o custo de oportunidade

corresponde à remuneração mínima exigida pelos acionistas sobre o seu investimento na

empresa”.

Apresenta-se a seguir, quadro de conceitos de custo de oportunidade.

Autor Definição

Glautir e Underdown

Pode ser medido como o valor da próxima melhor alternativa

abandonada, ou o recebimento líquido de caixa perdido como resultado

da escolha de uma alternativa em vez da melhor seguinte.

Dopuch e Birnberg O custo de oportunidade de qualquer ativo for usado em sua próxima

melhor alternativa.

Shillinglaw

Custo diferencial mensurado pela entrada líquida de caixa, que se

perceberá se este for desviado de seu melhor uso alternativo. Esse custo

diferencial é conhecido como o custo de oportunidade.

Matz e Frank Custo de oportunidade é o valor mensurável de uma oportunidade

secundária pela rejeição de um uso alternativo de recurso.

Benke e Edwards É a medida de sacrifício feito no sentido de seguir um curso particular

de ação.

Quadro 9 – Outras definições de Custo de Oportunidade

Fonte: NASCIMENTO; REGINATO (2009, p. 218)

Conforme Matarazzo (2010), como o lucro líquido já incorpora a inflação do período,

torna a taxa de retorno sobre o investimento real. Desta forma, como descrito anteriormente,

para que haja o investimento em determinada empresa, espera-se que o índice de rentabilidade

da mesma, seja de igual teor ou maior, ao rendimento rejeitado.

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2.2.3 Método Du Pont

O método Du Pont, segundo Silva (2010) é uma forma gráfica e analítica usada para

demonstrar o retorno sobre os investimentos realizados, integrando o giro do ativo e a margem

líquida, determinando desta forma, a lucratividade do investimento. A seguir, expõem-se o

modelo diagramado do método Du Pont.

Quadro 10 – Diagrama do Método Du Pont.

Fonte: Adaptado de Silva (2010, p. 237)

Ainda segundo Silva (2010) o índice de retorno sobre o ativo é o produto da margem

líquida e do giro do ativo. Portanto, pode-se melhorar esse índice com o aumento do retorno

sobre as vendas ou margem líquida, ou com a elevação do giro do ativo.

Marion (2010) aponta que o Método Du Pont tem o mérito de unificar a análise do

balanço patrimonial e a análise da demonstração do resultado do exercício. Tornando isto

possível, da seguinte maneira:

Retorno sobre o ativo

Margem líquida

Lucro Líquido

Vendas

Custos + Despesas

Vendas

Giro do ativo

Vendas

Ativo

Circulante

Não Circulante

Rentabilidade: Taxa de Retorno sobre Investimento =

Lucratividade: Margem de Lucro (ganho no preço)

X

Produtividade: Giro do Ativo (ganho na quantidade)

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2.2.4 EBITDA

Earnig Before Interest, Taxes, depreciation and Amortization, chamado EBITDA,

traduzindo-se é o Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, LAJIRDA,

segundo Silva (2010) é uma medida de cunho operacional. Sendo que o objetivo deste indicador

é mostrar se a empresa em questão está sendo operacionalmente rentável.

é uma medida de performance operacional, que considera as receitas operacionais

líquidas, menos os custos e as despesas operacionais, exceto as depreciações e

amortizações. Ou seja, é o lucro operacional I, mais as depreciações. (SILVA, 2010,

p. 194)

Para Iudícibus (2010) o EBITDA é um indicador operacional uma vez que desconsidera

os efeitos ocasionados pelos resultados financeiros, revelando, desta forma, o potencial de

geração de caixa operacional da empresa.

O cálculo do EBITDA se dá da seguinte maneira:

Sendo:

RB = Receita Bruta

DRB = Deduções da Receita Bruta

CMV = Custo da Mercadoria Vendida / Produto Vendido / Serviço Prestado

DO = Despesas Operacionais

Matarazzo (2010) afirma que as empresas publicam comumente a evolução de seu

EBITDA ao longo do tempo afim de demonstrar seu crescimento conforme o lucro líquido.

Porém, ainda para o mesmo autor, o conceito de lucro líquido, tanto profissionais quanto leigos

tem entendimento, já o EBITDA é obscuro e indefinido.

EBITDA = RB – DRB – CMV – DO

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2.3 MACROECONOMIA

Neste capítulo se abordará os aspectos da macroeconomia relacionados diretamente aos

resultados das empresas analisadas. Segundo a Equipe de Professores da USP (2004, p. 261)

“O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os preços e as

quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia”.

Há duas grandes fontes da teoria econômica, sendo elas: a Teoria Clássica e a Teoria

Keynesiana. A primeira, clássica, segundo Rossetti (2010) difunde a ideia de que a oferta cria

sua própria demanda, tendo como crença a automaticidade do pleno emprego. Os pressupostos

desta teoria não resistiram ao decorrer do tempo.

A segunda teoria apontada, teoria Keynesiana, surge com a publicação do livro General

theory, de John Maynard Keynes, em 1930. Apresentando o pressuposto que

ao maior número de variáveis que interferem nas condições de equilíbrio corresponde,

porém, maior número de instrumentos de ação que as autoridades econômicas podem

empregar para induzir a movimentos de expansão (quando o nível de emprego é

baixo) ou de contratação (quando ocorrem pressões inflacionárias). As variáveis

autônomas nessas variáveis podem, assim, ser ajustadas por movimentos induzidos,

tanto no setor real, como no monetário. Como a moeda no modelo keynesiano, não é

neutra, suas variações podem também afetar o nível real do produto e do emprego. E,

além da moeda, os orçamentos públicos são meios eficazes de ajustamento.

(ROSSETTI, 2010, p. 831-832)

Conforme os pressupostos da teoria Keynisiana, há vários fatores que interferem na

economia como um todo. Estes fatores, tais como: o crescimento de alguns países em termos

de renda, a estagnação de outros na pobreza, taxas de inflação, o modo pelo qual as políticas

governamentais interferem na economia são estudados pela macroeconomia. (Mankiw, 2011)

A Macroecomia trata da evolução da economia como um todo, analisando a

determinação e o comportamento dos grandes agregados, como renda e produtos

nacionais, investimento, poupança e consumo agregados, nível geral de preços,

emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e

taxa de câmbio. (VASCONCELLOS, 2002, p. 189)

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De acordo com o exposto, às políticas governamentais têm influência na economia como

um todo. Apresentam-se a seguir, alguns programas governamentais e fatores políticos que se

acreditam ter interferência nos resultados das empresas das indústrias da construção civil.

2.3.1 Programa de Aceleração do Crescimento - PAC

O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, foi criado em 2007, no segundo

mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o intuito de retomar o planejamento

de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, de forma

acelerada e sustentável.

Segundo informações no sítio do PAC (2016), este contribui decisivamente para o

aumento da oferta de emprego e consequente geração de renda, elevando também o

investimento público e privado em obras fundamentais. O PAC teve ainda importância durante

a crise mundial de 2008 e 2009, justamente por garantir emprego e renda aos brasileiros,

mantendo desta forma, a economia ativa, reduzindo os impactos da crise.

Iniciou-se em 2011 a segunda fase da PAC, com maior número de parcerias com estados

e municípios, tendo como objetivo principal melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Em

2015 destaca-se como um programa consolidado, apresentando cerca de trinta e sete mil

empreendimentos.

Ainda no PAC 2 é instituída a LEI Nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que tange

sobre a desoneração da folha de pagamento dos empregados. Dentre outras instituições, esta lei

prevê a desoneração de 20% da contribuição previdenciária patronal das empresas da

construção civil.

De acordo com as informações publicadas no site do PAC (2016), os investimentos

realizados pelo programa já somam R$ 1,9 trilhões e destes, R$ 1,4 trilhões são

empreendimentos concluídos até 2015, distribuídos nas diversas áreas abrangidas pelo

programa, atingindo desta forma, a totalidade do território brasileiro.

Conforme anteriormente colocado, o PAC contempla os investimentos em infraestrutura

social e urbana, sendo que um dos programas criados a partir do PAC foi o Minha Casa Minha

Vida, o qual descreve-se a seguir.

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2.3.2 Minha Casa Minha Vida - MCMV

O programa Minha Casa Minha Vida, criado em 2009 pelo Governo Federal tem por

objetivo facilitar a conquista da casa própria para as famílias de baixa renda. É considerado a

maior iniciativa governamental de acesso à casa própria na história do Brasil. O MCMV prevê

diversas formas de obtenção dos financiamentos, considerando a localização do imóvel, a renda

familiar e o valor da unidade habitacional.

O acesso a este programa, é dividido em quatro modalidades, conforme informações no

site do programa Minha Casa Minha Vida (2016). A Faixa 1 corresponde às unidades

habitacionais destinadas às famílias com renda bruta de até R$ 1.800,00, sendo que o valor dos

imóveis é variável de acordo com a localização dos mesmos. Nesta modalidade pode-se

financiar até 90% do valor total do imóvel. As famílias que fazem parte desta modalidade

podem ser contempladas pelo programa por duas formas, sendo que a primeira delas é

cadastrar-se em um empreendimento na sua cidade e aguardar o sorteio, e a segunda forma é a

obtenção de subsídio junto às instituições financeiras, Banco do Brasil ou Caixa Econômica

Federal. Ainda segundo a mesma fonte, o subsídio oferecido pelo MCMV como financiamento

junto às instituições bancárias tem por objetivo reduzir o valor das parcelas contratadas.

A modalidade Faixa 1,5 é constituído pelas mesmas características da Faixa 1 com

exceção da renda bruta familiar, que nesta Faixa, de acordo com o MCMV (2016) é de até R$

2.350,00, oferecendo imóveis de R$ 45.000,00 até R$ 135.000,00 de acordo com a localização

dos mesmos.

A terceira modalidade de acesso ao programa é a Faixa 2, no sítio do MCMV não há a

informação de inscrição ao programa para aguardo de sorteio, entende-se desta forma que as

famílias que fazem parte desta modalidade têm acesso ao MCMV apenas por meio do subsídio

oferecido na forma de financiamento juntos às instituições financeiras. Esta modalidade é

destinada às famílias com renda mensal bruta entre R$ 2.351,00 e R$ 3.600,00.

Assim como a Faixa 2, a modalidade de Faixa 3, segundo o MCMV (2016), tem como

acesso, a obtenção de financiamento do subsídio junto às instituições financeiras. Fazem parte

da Faixa 3 as famílias com renda bruta mensal de R$ 3.601,00 até o limite de R$ 6.500,00 e, a

família não pode estar recebendo outro benefício público, como o pagamento de parte do

aluguel ou alguma redução especial de juros. Nesta modalidade, os requerentes do subsídio

podem fazer uso do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e tem taxas de juros

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especiais de até 8,16% a.a., reduzidas em relação às praticadas pelo mercado imobiliário.

Importante salientar ainda que, os imóveis financiados têm limite de valor de acordo com sua

localização.

Ainda de acordo com o MCMV (2016) quando tratar-se de trabalhadores rurais ou

agricultores familiares a renda familiar anual não poderá ultrapassar a R$ 78.000,00. Observam-

se ainda algumas exigências para acessar ao programa: o requerente não pode ser dono de

imóvel residencial ou já ter algum financiamento para este fim, assim como também não pode

ter recebido algum outro benefício de programa habitacional do governo federal, não pode ter

cadastro no Sistema Integrado de Administração de Carteiras Imobiliárias e/ou Cadastro

Nacional de Mutuários além de não poder ter débitos com o governo federal.

De acordo com o PAC (2016) no que diz respeito a este programa, foram contratados

4,1 milhões em unidades habitacionais e destas, 2,5 milhões já foram entregues, proporcionando

a realização dos sonhos de grande parte dos brasileiros de possuir a casa própria. Ainda segundo

a mesma fonte, além de oportunizar a casa própria, este programa ainda impulsiona as

economias locais e cumpre importantes funções como a distribuição de renda e a inclusão

social.

2.3.3 Plano Brasil Maior

Conforme anteriormente visto, o PAC é um programa do governo federal que engloba

vários programas e/ou planos, ações e medidas tomadas pelo governo. Partindo disto, em 2011,

no governo Dilma, foi criado o Plano Brasil Maior, sendo este uma política industrial,

tecnológica e de comércio exterior, que tem por objetivo “a inovação e o adensamento

produtivo do parque industrial brasileiro, objetivando ganhos sustentados da produtividade”

(Brasil Maior, 2016). Tendo como principais desafios a sustentação do crescimento econômico

em um contexto adverso e sair da crise internacional em posição mais favorável da que entrou.

Desta forma, o Plano Brasil Maior busca a estabilidade da moeda brasileira, a retomada

dos investimentos e do crescimento, a recuperação dos empregos, o ganho real dos salários e a

redução da pobreza, itens estes que, criam condições favoráveis ao estágio de desenvolvimento

superior, mobilizando as forças produtivas do país para inovar, competir e crescer (Brasil

Maior, 2016).

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De acordo com a ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (2016) o

Plano Brasil Maior estabeleceu um conjunto de medidas iniciais, destacando-se, entre outras, a

desoneração dos investimentos e das exportações. Anteriormente, apresentou-se a desoneração

da folha de pagamento como uma iniciativa tributária advinda do PAC 2, porém, a mesma foi

apresentada como uma das principais medidas do Plano Brasil Maior, como uma forma de

reduzir ou desonerar os investimentos, desta forma, reduzindo os custos com a folha de

pagamento das empresas.

2.3.4 Copa do Mundo de Futebol 2014 e Olimpíadas Mundiais 2016

A Copa do Mundo de Futebol 2014 e as Olimpíadas Mundiais 2016 são dois fatores

importantes para o setor da construção civil como um todo, pelo alto valor de investimento

realizado no setor. Conforme visto anteriormente, o PAC engloba várias ações do Governo

Federal, os investimentos de infraestrutura realizados em decorrência da Copa do Mundo de

Futebol 2014 e das Olimpíadas Mundiais 2016 são resultantes do PAC 2.

Segundo o sítio da Copa do Mundo (2016), foram investidos R$ 25,6 bilhões, apenas

nas cidades-sede dos jogos. Sendo, este valor distribuído em mobilidade urbana, aeroportos,

financiamento para a modernização de estádios, segurança, telecomunicações e turismo. Além

de políticas públicas potencializadas pela Copa, de energia, qualificação pelo Pronatec e

hotelaria.

A preparação para sediar a Copa do Mundo de Futebol, ainda segundo o sitio da Copa

do Mundo (2016), entre empregos fixos e temporários em todas as áreas de atuação, gerou mais

de 710 mil empregos.

Já as Olimpíadas por sua vez, de acordo com o sitio dos Jogos Olímpicos (2016),

deverão utilizar o valor aproximado de R$ 36,7 bilhões em sua preparação, entre obras de

infraestrutura e realização.

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A seguir, destacam-se os investimentos realizados pelo PAC 2 nas 12 cidades sedes da

Copa do Mundo de Futebol 2014 extraídos do site do PAC.

Cidade-Sede Investimentos Realizados e/ou a Realizar

Manaus (AM)

Destaque são obras de contenção em encostas e drenagem de córregos e rios, que reduzem riscos e

problemas à população. Outra importante obra é a linha e a conclusão de linhas de transmissão

como a de Tucuruí-Macapá-Manaus garantem mais energia para os grandes centros consumidores

de todo o país.

Fortaleza (CE)

Cerca de R$ 20 bilhões de investimentos, principalmente em obras de mobilidade urbana, como as

linhas Sul e Leste do Metrô de Fortaleza, em andamento (quase R$ 3 bilhões em recursos) A Linha

Sul já foi entregue.

Natal (RN) A elaboração de projetos e implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES), num total de R$

3 bilhões em recursos.

Recife (PE)

A capital pernambucana contou com quase R$ 13 milhões para ampliar o atendimento da rede

pública de saúde por meio da construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) - estão previstas 18 na

cidade. Obras de contenção de encostas também já foram concluídas.

Salvador (BA)

O primeiro trecho do tão aguardado metrô de Salvador entrou em operação nesta quarta-feira

(10/6), atendendo prioritariamente áreas mais pobres da capital. Outras obras de mobilidade urbana

na cidade, além de projetos de contenção de encostas, saneamento e energia contam com quase R$

10 bilhões.

Cuiabá (MT) Obras de mobilidade urbana, com a implementação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) de Várzea

Grande, e construção de linhas transmissão de energia elétrica são destaque nesta cidade.

Brasília (DF)

São quase R$ 13 bilhões para construção de quadras esportivas, saneamento, energia, creches e pré-

escolas, além de mobilidade urbana (como o novíssimo BRT Eixo Sul) e para urbanização de

assentamentos precários.

Belo Horizonte (MG)

Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) do Morro Redondo, na capital mineira, e a

implantação de adutoras e interligações, além de melhorias de reservatórios estão previstos nesse

projeto. As obras do PAC2 em Belo Horizonte somam R$ 14,3 bilhões.

Rio de Janeiro (RJ)

R$ 767,8 milhões são investidos em obras de drenagem para combater enchentes na Baixada

Fluminense, e outros R$ 421 milhões são destinados para conter encostas e prevenir deslizamentos

na região e também na capital. Em mobilidade urbana, destaca-se o BRT Transcarioca. O total de

investimento previsto na região é de R$ 48,2 bilhões.

São Paulo (SP)

A capital paulista recebeu milhões do PAC para obras de habitação do programa de Minha Casa,

Minha Vida, mobilidade urbana (corredores de ônibus), metrô de São Paulo, Rodoanel, unidades

básicas de saúde e creches e pré-escolas.

Curitiba (PR)

Estão previstos R$ 7 bilhões em investimentos, que estão mudando a cara da cidade, principalmente

na questão de mobilidade urbana. Há obras em execução e concluídas importantes como a extensão

da Linha Verde (importante via de ligação), a reforma da Rodoferroviária e a implantação de um

sistema de controle e monitoramento do tráfego, além de novos viadutos e revitalização de várias

ruas.

Porto Alegre (RS)

A capital gaúcha tem R$ 10,2 bilhões de investimentos do PAC, de obras de drenagem de córregos e

riachos à construção do Aeromóvel e construção de UPAs e UBS. O maior sistema de saneamento do

PAC, o SES Ponta da Cadeia, em Porto Alegre, foi concluído em abril e já está em operação.

Quadro 11 – Investimentos Realizados e/ou a Realizar

Fonte: próprio autor com base no site PAC (2016)

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2.3.5 Operação LAVA-JATO

A operação LAVA-JATO é uma operação do Polícia Federal que procura investigar os

casos de corrupção da maior estatal brasileira, a Petrobras. Nestes casos de corrupção da

Petrobras, as protagonistas foram as empreiteiras. Segundo o sítio do Ministério Público

Federal (2016), o esquema envolvendo as empreiteiras, acontecia da seguinte forma:

Em um cenário normal, empreiteiras concorreriam entre si, em licitações, para

conseguir os contratos da Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse

fazer a obra pelo menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um

“clube” para substituir uma concorrência real por uma concorrência aparente. Os

preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em reuniões secretas nas

quais se definia quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício

privado e em prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que

simulava regras de um campeonato de futebol, para definir como as obras seriam

distribuídas. Para disfarçar o crime, o registro escrito da distribuição de obras era feito,

por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de um bingo.

Ao contrário das políticas públicas apresentadas anteriormente, que visam a melhora da

economia, a operação LAVA-JATO vem apresentando-se como um fator importante na crise

política e econômica pela qual o Brasil está passando.

Segundo estudo da FGV, a diminuição das atividades da Petrobras por causa da Lava

Jato poderia tirar R$ 87 bilhões da economia, levar à perda de mais de 1 milhão de

vagas e à queda de R$ 5,7 bilhões na arrecadação de impostos por União, Estados e

municípios em 2015. (UOL, 2016)

De acordo com UOL (2016) há ainda outras empresas de consultoria, tais como a

Tendências Consultoria e a GO Associados, citados na referência acima, que afirmam a relação

da operação LAVA JATO com a crise política e econômica brasileira, uma vez que esta segunda

empresa de consultoria acredita que haverá 2 milhões de desempregados num período de 2

anos, em decorrência da queda de investimentos da Petrobras e das empreiteiras.

Há indícios que a LAVA JATO tem relação com atual cenário econômico da construção

civil, setor do qual fazem parte as empresas analisadas por este trabalho. A seguir, verificam-

se três diferentes notícias que comprovam estes indícios.

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Figura 3 – Notícia Lava Jato 2

Fonte: www.globo.com

Figura 2 – Notícia Lava Jato 1

Fonte: www.exame.com.br

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Figura 4 – Notícia Lava Jato 3

Fonte: www.valor.com.br

Em novembro de 2015, segundo O GLOBO (2016), Júlio Marcelo de Oliveira,

procurador de contas do Tribunal de Contas da União, requisitou ao órgão que oito grandes

empreiteiras, em decorrência da operação LAVA JATO fossem declaradas inidôneas, o que

quer dizer que estas empresas não poderiam mais firmar contratos com o setor público pelo

prazo de cinco anos.

Por outro lado, segundo UOL (2016), especialistas afirmam que o acordo de leniência

seria mais apropriado que proibir a participação destas empresas em novas licitações e possíveis

contratações. O acordo de leniência ocorre quando as empresas envolvidas assumem a culpa, e

por esta culpa, pagam uma multa, demitem as pessoas envolvidas e assumem o compromisso

de tomar medidas preventivas à corrupção, recebendo em troca, a oportunidade de poder fechar

novos contratos com o setor público.

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62

Em concordância ao acordo de leniência, a Advocacia Geral da União, afirma, ainda

segundo UOL (2016) que "preservar a atividade econômica não é incompatível com combater

a corrupção".

As obras da construção civil pesada contratadas em razão dos Jogos Olímpicos 2016,

pela cidade do Rio de Janeiro e pelo Governo Federal, tem como contratados para a execução

várias empresas investigadas pela operação LAVA JATO. Do total de contratadas, segundo

Pública (2016), 90% são empresas investigadas pela LAVA JATO.

Ocorre que, de acordo com O GLOBO (2016) estas empresas utilizam-se de capital de

terceiros, geralmente empréstimos e financiamentos de alto valor para a realização das obras, e

como garantia, apresentam os contratos, uma vez que a maioria destas empreiteiras não

possuem um valor alto de patrimônio, o qual poderia ser dado como garantia. Visto que as

instituições financeiras são órgãos conservadores, e que o andamento da LAVA JATO assim

como o tempo de a crise econômica brasileira serem uma incógnita, as empresas teriam

dificuldade em obter recursos financeiros suficientes para conclusão dos contratos.

De acordo com uma notícia publicada em 03/2015 no site da UOL (2016), conforme

observa-se na figura abaixo, a operação LAVA JATO teve influência significantemente

negativa em relação aos empregos no setor da construção civil.

Figura 5 – Notícia Lava Jato 4

Fonte: www.uol.com.br

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Ainda de acordo com UOL (2016), segundo informações extraídas do Caged, a maior

redução de estoque de empregos com carteira assinada do período entre todos os setores

econômicos foi da construção civil, este que reduziu em 10% nos últimos meses. É importante

ressaltar que esta operação da polícia federal está em constante alterações, desta forma,

apresentou-se neste subcapítulo o conteúdo até então disponibilizado.

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3 MÉTODO

Conforme Barros e Lehfeld (1990) a pesquisa metodológica é aquela que se volta ao

estudo de meios ou de questões metodológicas. Neste capítulo, serão descritos os

procedimentos utilizados ao longo deste estudo.

A Metodologia Científica preconiza uma série de regras através das quais o

conhecimento deve ser obtido. Essas regras contribuem à produção científica um alto

grau de confiabilidade na medida em que permitem apresentar a comprovação daquilo

que afirmam. Não são, portanto, conjecturas, suposições, mas conclusões baseadas

em dados da realidade. (PRODANOV; FREITAS, 2009, p. 19).

A partir deste conceito, pode-se dizer que a metodologia científica auxilia na construção

do conhecimento. Através de dados e pesquisas busca-se o entendimento e comprovação deste

conhecimento evidenciando, a confiabilidade ao trabalho científico.

3.1 TIPO DE PESQUISA À NATUREZA

O tipo de pesquisa quanto à natureza é definido pelo enfoque que o autor dará à pesquisa,

podendo ser divido por dois tipos:

a. Pesquisa básica pura ou fundamental. É aquela que procura o progresso

científico, a ampliação de conhecimentos teóricos, sem a preocupação de utilizá-

los na prática. É a pesquisa formal, tendo em vista generalizações, princípios, leis.

Tem por meta o conhecimento pelo conhecimento.

b. Pesquisa aplicada. Como o próprio nome indica, caracteriza-se por seu interesse

prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na

solução de problemas que ocorrem na realidade. (ANDER-EGG, 1978, p. 33

apud MARCONI E LAKATOS, 2010, p. 6)

Os autores Prodanov e Freitas (2009, p. 62) definem da seguinte forma os tipos de

pesquisa quanto à natureza:

Pesquisa básica – objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência

sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. Pesquisa

aplicada – objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de

problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

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65

Seguindo as descrições anteriormente expostas sobre o tipo de pesquisa quanto à

natureza, pode-se afirmar que este trabalho se caracteriza como uma pesquisa aplicada.

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS

Quanto aos objetivos, a pesquisa poderá ser exploratória, descritiva ou explicativa.

Exploratória – quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, tem como

finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar,

possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema

da pesquisa [...] (PRODANOV; FREITAS, 2009, p. 62).

Para Gil (2010, p. 27, grifo do autor), “as pesquisas exploratórias têm como propósito

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo mais explícito ou a

construir hipóteses”.

A pesquisa de cunho exploratório preocupa-se em transmitir conhecimento ao

pesquisador, enquanto que a pesquisa explicativa, além de transmitir conhecimento, procura

relacionar os fatores determinantes dos fatos pesquisados.

A pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais complexa, pois, além de registrar,

analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seus

fatores determinantes. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar o

conhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas e por esse motivo

está mais sujeita a erros. (ANDRADE, 2002, p. 20 apud BEUREN, 2009, p. 82)

Segundo Gil (2010) o tipo de pesquisa de maior complexidade trata-se da pesquisa

explicativa.

As pesquisas explicativas têm como propósito identificar fatores que determinam ou

contribuem para a ocorrência de fenômenos. Estas pesquisas são as que mais

aprofundam o conhecimento da realidade, pois têm como finalidade explicar a razão,

o porquê das coisas. (GIL, 2010, p. 28)

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Prodanov e Freitas (2009) descrevem de forma sucinta que a pesquisa explicativa

procura explicar os porquês das coisas e suas causas.

Já a pesquisa descritiva, segundo Beuren (2009, p. 81) é “um estudo intermediário entre

a pesquisa exploratória e a explicativa”. Isso por não ser tão básica quanto a exploratória nem

tão avançada quanto a explicativa.

As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de

determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar

possíveis relações entre variáveis. (GIL, 2010, p. 27)

Silva (2006, p. 59) afirma a citação anterior quando descreve que a pesquisa descritiva

“tem como objetivo principal a descrição das características de determinar população e

fenômeno, estabelecendo relação entre as variáveis”.

Nas pesquisas descritivas, os fatos são observados, registrados, analisados,

classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre elas, ou seja, os

fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo

pesquisador. (PRODANOV e FREITAS, 2009, p. 63)

Sob as observações anteriormente colocadas, a fase inicial, colocada como Referencial

Teórico do trabalho classifica-se como pesquisa exploratória. Já, a parte de análise de dados,

classifica-se como pesquisa descritiva, uma vez que busca analisar e comparar as variações dos

índices de liquidez e rentabilidade apresentados a partir das demonstrações contábeis das

empresas escolhidas. Avaliaram-se fatos já ocorridos, não havendo manipulação das variáveis

pela pesquisadora.

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM

Em relação ao tipo de pesquisa quanto à abordagem, pode-se classificar em dois tipos,

sendo estes o qualitativo e o quantitativo.

Segundo Beuren (2009, p. 92) “a principal diferença entre uma abordagem qualitativa e

quantitativa reside no fato de a abordagem qualitativa não empregar um instrumento estatístico

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como base do processo de análise do problema”. Ressaltando ainda que na pesquisa qualitativa

não se tem a intenção de numerar ou medir unidades.

Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao

fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar

características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a

superficialidade deste último. (BEUREN, 2009, p. 92)

Para Prodanov e Freitas (2009, p. 80), “[...] a pesquisa quantitativa considera que tudo por

ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classifica-las e

analisa-las”.

A abordagem quantitativa

caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de

informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as

mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como

coeficiente de correlação, análise de regressão etc. (RICHARDSON, 1999, p. 70 apud

BEUREN, 2009, p. 92)

Analisando-se os conceitos sobre o tipo de pesquisa quanto à abordagem do problema,

observa-se que esta pesquisa se classifica como qualitativa e quantitativa. Qualitativa pela pesquisa

bibliográfica do referencial teórico e quantitativa pela análise da variação dos indicadores de

liquidez e rentabilidade das empresas de capital aberto do setor de construção civil.

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3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS

Quanto aos meios, foram utilizados: a pesquisa bibliográfica e documental. Neste sentido,

a pesquisa bibliográfica abrange todo um referencial já tornado público. Trata-se de ser parte

obrigatória do trabalho científico, pois através desta pesquisa, toma-se conhecimento sobre a

produção científica existente.

A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado.

Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros,

revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Todavia, em virtude

da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir

outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material

disponibilizado pela Internet. (GIL, 2010, p. 29)

Segundo Beuren (2006, p. 87),

[...] por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática

pesquisada. Com base nisso é que se pode elaborar o trabalho monográfico, seja ele

em uma perspectiva histórica ou com o intuito de reunir diversas publicações isoladas

e atribuir-lhes uma nova leitura.

Gil (2010, p. 30) afirma que “a pesquisa documental é utilizada em praticamente todas as

ciências sociais e constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da História e da

Economia”.

A pesquisa documental pode ser confundida com a bibliográfica, porém, trata-se de uma

pesquisa em materiais autênticos que ainda não foram analisados ou que, de acordo com os

objetivos da pesquisa, podem ser reelaborados.

O objetivo da pesquisa documental é recolher, analisar e interpretar as contribuições

teóricas já existentes sobre determinado fato, assunto ou ideia. Engloba todos os

materiais escritos ou não, podem servir como fonte de informação para a pesquisa

científica. (PRODANOV E FREITAS, 2009, p. 64)

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3.5 COLETA DOS DADOS

Por meio da pesquisa bibliográfica, foi obtido o conhecimento sobre o tema pesquisado.

Foram pesquisados livros, jornais, revistas, monografias, pesquisas, através de sites, entre outros.

Esta pesquisa enquadra-se em bibliográfica, pois foram feitas pesquisas em busca do

conhecimento sobre diversas teorias em que abrange o assunto do trabalho.

Beuren (2006), afirma que:

Por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática pesquisada.

Com base nisso é que se pode elaborar o trabalho monográfico, seja ele em uma

perspectiva histórica ou com o intuito de reunir diversas publicações isoladas e

atribuir-lhe uma nova leitura. (BEUREN, 2009, p. 87).

Para Gil (2010, p. 30), “a pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos,

elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação etc. [...]

seja considerada fonte documental quando o material consultado é interno à organização [...]”.

Quanto à pesquisa documental, foram analisados os Balanços Patrimoniais e as

Demonstrações do Resultado do Exercício, das empresas de capital aberto selecionadas do

segmento da construção civil entre os anos de 2006 e 2015. Os dados necessários para a elaboração

dos cálculos e análise, foram obtidos por meio eletrônico, no sítio da BM&FBovespa.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Como colocado anteriormente fez-se uso dos balanços patrimoniais e das

demonstrações do resultado do exercício para o cálculo de índice e posterior análise. Para a

elaboração dos cálculos e gráficos, utilizou-se o aplicativo Microsoft Excel®.

Ressalta-se que as planilhas e as tabelas dos índices localizam-se no apêndice deste

trabalho e os gráficos elaborados foram colocados no decorrer da análise dos dados.

Calculou-se todos os índices com base no que foi exposto no referencial teórico e,

conforme preveem as técnicas de análise já expostas, após o cálculo do índice deve-se

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prosseguir com a interpretação dos mesmos para que posteriormente, consiga-se realizar a

conceituação do índice, podendo assim, avaliar se este é ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

Analisando os resultados obtidos na apuração dos índices das empresas apresentadas,

foi possível realizar a análise, assim como comparativos com relação aos eventos

macroeconômicos ocorridos, avaliando, se estes eventos tiveram alguma influência nos

resultados das empresas as quais foram analisadas.

No próximo capítulo deste trabalho, apresentam-se os resultados obtidos através do

cálculo dos índices, seguidos da análise dos mesmos.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo se apresentará os resultados obtidos através do estudo realizado em oito

empresas de capital aberto do segmento da construção civil nos últimos dez anos, ou seja, 2006 a

2010.

4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez, conforme apresentado no referencial teórico deste trabalho,

representam a capacidade que a empresa tem em honrar suas obrigações com terceiros, há curto,

médio e longo prazo. Assim, representam a saúde financeira da empresa.

Para que um índice de liquidez geral e corrente seja considerado satisfatório,

bibliograficamente o mesmo deverá ser maior que 1, logo, para cada R$ 1,00 de obrigações que a

empresa tem a pagar, deverá ter, no mínimo, R$ 1,00 para liquidar. Já, os índices de liquidez seca e

imediata não têm padrão definido, devendo-se comparar o resultado obtido ao de outra empresa,

preferencialmente da mesma atividade econômica para saber se o índice é satisfatório ou não. De

modo geral, os índices de liquidez apresentados pelas empresas analisadas são, em sua maioria,

satisfatórios.

Apresentar-se-ão em seguida, os índices de liquidez geral, corrente, seca e imediata, fazendo-

se primeiramente a análise de cada índice de modo geral, para em sequência, apresentar a relação dos

índices por empresa.

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4.1.1 Liquidez Geral

A liquidez geral tem por objetivo apresentar a capacidade que a empresa tem em honrar

seus compromissos a curto e longo prazo, utilizando-se, desta forma, de seus ativos realizáveis

a curto e a longo prazo. Apresenta-se a seguir, uma tabela comparativa dos índices calculados

para as empresas objetos de estudo deste trabalho.

Tabela 1 – Liquidez Geral

Fonte: próprio autor

Conforme a tabela apresentada, nota-se que as empresas, de modo geral, apresentam-se

financeiramente saudáveis, não havendo grande disparidade entre os resultados das empresas,

mas apresentando declínio significativo em alguns casos.

No primeiro ano analisado, 2006, a empresa que apresentou melhor liquidez geral foi a

Cyrela Brazil, assim como também em 2015. E, a empresa que apresentou o pior resultado em

2006, porém, ainda satisfatório foi a MRV, que nos quatro anos seguintes apresentou o melhor

resultado em comparação às demais empresas.

Em 2007, o menor índice de liquidez geral apresentado foi da empresa Gafisa, assim

como também em 2009 e em 2011, não deixando de ser satisfatório nestes três períodos. Já em

2008, o índice menor, porém não insatisfatório foi da Brookfield, mantendo-se satisfatório em

todo o período analisado.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 2,64 3,74 2,19 1,33 1,89 1,53 3,56 1,36

2007 3,37 2,45 1,84 3,61 2,03 3,33 1,95 3,09

2008 1,46 2,18 1,53 2,49 1,79 2,30 1,74 2,32

2009 1,67 2,10 1,40 2,34 1,82 1,67 1,82 1,73

2010 1,46 1,60 1,62 1,75 1,52 1,42 1,61 1,59

2011 1,40 1,53 1,36 1,61 1,49 1,49 1,36 1,68

2012 1,42 1,61 1,38 1,54 1,37 1,73 1,37 1,48

2013 1,50 1,64 1,39 1,62 1,33 1,74 1,20 1,36

2014 1,10 1,77 1,47 1,60 1,32 1,78 1,04 1,41

2015 1,39 1,94 1,55 1,65 1,18 1,90 0,97 1,41

Legenda: Maior Menor

EmpresaAno

Liquidez Geral

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A empresa Rodobens, em comparação com as demais empresas, apresentou o menor

índice de liquidez geral no ano de 2010, ainda que satisfatório. Em contrapartida, de 2012 a

2015 foi a empresa que teve o melhor índice em relação às demais.

No ano de 2011, a empresa Tecnisa apresentou melhor índice de liquidez geral. Sendo

que possui em seu ativo R$ 1,68 para cada R$ 1,00 de obrigações de seu passivo circulante e

exigível a longo prazo.

Observa-se ainda que, em 2012, há duas empresas com o menor índice, PDG e ROSSI,

sendo que a segunda apresentou o menor índice também em 2013, 2014 e 2015, apesar de

apenas no último ano o índice apresentar-se insatisfatório, ou seja, menor que 1. Há de se

observar ainda que, dentre todas as empresas e períodos analisados, o índice de liquidez geral

apresentado pela empresa ROSSI em 2015, foi o único índice insatisfatório.

A seguir apresenta-se graficamente a média de liquidez geral apresentada pelas

empresas em cada período. Notadamente, o ano em que as empresas apresentaram melhor

índice de liquidez geral foi em 2007, com uma média de R$ 2,71 de ativos para cada R$ 1,00

de passivos. Houve, no entanto uma melhora na média de liquidez geral de 2006 para 2007. O

que não se verifica nos demais anos. De 2008 a 2014 houve pequena variação negativa na média

dos índices apresentados. E, em 2015 a média deste índice mostrou pequena variação positiva,

passando de 1,44 em 2014 para 1,5 em 2015.

Gráfico 1 – Média de Liquidez Geral

Fonte: próprio autor

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4.1.2 Liquidez Corrente

Como visto anteriormente, o índice de liquidez corrente apresenta quanto, em reais, a

empresa possui em seu ativo circulante para cada R$ 1,00 que possui de obrigações em seu

passivo circulante. A seguir, apresenta-se uma tabela com os índices de liquidez corrente

calculados para cada empresa nos períodos de 2006 a 2015.

Tabela 2 – Liquidez Corrente

Fonte: próprio autor

Os índices de liquidez corrente apresentados pelas empresas analisadas, são díspares,

não havendo, desta forma, uma tendência de resultados entre as empresas e nem entre períodos.

A empresa com melhor índice de liquidez corrente em 2006 foi a Gafisa, assim como também

em 2010 e em 2012, já em 2011, foi a empresa com menor índice apresentado, porém, ainda

sendo um resultado satisfatório.

A empresa com menor capacidade de pagamento de suas obrigações a curto prazo,

utilizando-se da totalidade de seu ativo circulante, em 2006, foi a MRV, mesma esta, que

apresentou o melhor índice de liquidez corrente em 2008 e 2009.

Em 2007 e 2008, a empresa com menor índice de liquidez corrente apresentado foi a

Cyrela Brazil. Entretanto, em 2015, foi a empresa que apresentou o melhor resultado em

comparação às demais analisadas.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 2,69 3,36 3,99 1,45 2,64 2,13 3,78 1,89

2007 4,30 1,65 2,99 3,42 3,68 4,40 2,90 3,31

2008 2,35 1,73 2,84 3,54 2,23 2,71 3,02 3,28

2009 2,77 1,77 2,42 2,99 2,28 1,70 2,35 2,54

2010 1,65 2,09 3,40 2,52 2,51 1,81 2,41 2,22

2011 2,00 2,00 1,52 2,26 2,52 3,23 2,39 2,51

2012 1,46 2,27 2,51 1,88 2,33 2,41 2,16 1,93

2013 1,69 2,24 2,12 2,29 2,05 2,57 1,29 2,03

2014 1,31 2,13 2,07 2,07 1,53 2,42 1,02 1,70

2015 1,95 2,78 2,11 2,24 0,74 2,44 0,70 1,67

Legenda: Maior Menor

Liquidez Corrente

EmpresaAno

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Já em 2009, o menor índice apresentado, ainda que satisfatório, foi da empresa

Rodobens. Esta que nos anos de 2007, 2011, 2013 e 2014 obteve o melhor índice de liquidez

corrente. Nos períodos de 2010 e 2012, o menor índice registrado dentre as empresas analisadas,

foi da empresa Brookfield.

E, nos demais períodos, 2013, 2014 e 2015, os menores índices apresentados, foram da

ROSSI. Observando-se que em 2013 e 2014 o resultado manteve-se satisfatório, porém, em

2015, além de ser o menor resultado dentre as demais empresas, o índice passou a ser

insatisfatório, assim como também o índice da empresa PDG neste mesmo período.

Conforme o Gráfico 2 apresenta, a média de liquidez corrente verificada em 2007 é

superior aos demais anos. Sendo que houve variação positiva de 2006 para 2007, todavia esta

variação não se manteve nos próximos períodos. Em 2008 houve considerável redução da média

dos índices de liquidez corrente, assim como também em 2009 com relação à 2008. Em 2009,

2010 e 2011, a média manteve-se estável, voltando a decair de 2012 a 2014. Já em 2015,

verifica-se uma melhora. É importante ressaltar que em nenhum momento a média tornou-se

insatisfatória.

Gráfico 2 – Média de Liquidez Corrente

Fonte: próprio autor

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4.1.3 Liquidez Seca

O objetivo que o analista tem ao calcular o índice de liquidez seca é saber quantos reais

a empresa tem em seu ativo circulante com exceção de seus estoques, para cada R$ 1,00 que

possui de obrigações a curto prazo. Assim sendo, apresentam-se a seguir, os índices de liquidez

seca calculados a partir das demonstrações contábeis.

Tabela 3 – Liquidez Seca

Fonte: próprio autor

Os índices de liquidez seca apresentados pelas empresas analisadas, não são, em sua

totalidade, insatisfatórios. Não se pode afirmar que quando o índice de liquidez seca apresenta-

se menor que 1, seja insatisfatório, porém, fazendo-se a análise de várias empresas, de um

mesmo segmento de atuação, e período, espera-se que os resultados sejam, em sua maioria,

parecidos.

Notadamente a empresa Rodobens apresentou maior índice de liquidez seca nos anos

de 2007, 2008, 2011, 2012, 2013, 2014 e em 2015. Nos anos de 2006 e 2010 a empresa com

maior índice de liquidez seca foi a Gafisa, mesma esta que em 2011 teve o menor índice. E, em

2009, quem teve maior índice foi a MRV. Mesma esta que em 2006 teve o menor índice de

liquidez seca.

Durante três anos consecutivos, 2007, 2008 e 2009, a empresa com menor índice de

liquidez seca foi a Cyrela Brazil. Nos anos de 2010 e 2012, o menor índice foi da empresa

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 2,21 1,84 2,70 0,48 1,28 1,52 2,05 0,76

2007 2,97 0,97 1,67 1,93 2,41 3,08 1,22 1,69

2008 1,09 0,95 1,57 1,70 1,26 1,80 1,68 1,55

2009 1,31 1,22 1,76 2,10 1,52 1,24 1,77 1,83

2010 1,02 1,30 2,55 1,77 1,79 1,40 1,73 1,53

2011 1,30 1,31 1,09 1,56 1,78 2,64 1,69 1,79

2012 1,00 1,57 1,77 1,35 1,88 1,93 1,64 1,27

2013 1,18 1,61 1,58 1,61 1,53 2,16 0,91 1,42

2014 0,93 1,38 1,32 1,37 1,16 1,99 0,67 1,09

2015 0,84 1,73 1,19 1,34 0,48 2,05 0,45 0,80

Legenda: Maior Menor

Liquidez Seca

EmpresasAno

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Brookfield, que apesar de ser o menor índice, o resultado não deixou de ser satisfatório. Apesar

dos resultados de índice de liquidez seca da Cyrela Brazil em 2007 e 2008, e também da Rossi

que apresenta os menores índices de liquidez seca de 2013, 2014 e 2015, apresentarem-se

menores que 1 não quer dizer que os mesmos sejam insatisfatórios.

As demais empresas vêm se mantendo estáveis com leves oscilações, tanto positivas

quanto negativas, de seus índices de liquidez seca.

De acordo com o Gráfico 3, o melhor desempenho da média de liquidez seca se deu em

2007, quando para cada R$ 1,00 de passivo circulante as empresas possuíam em média R$ 1,99

de ativos circulantes sem considerar seus estoques. Verifica-se que houve aumento da média

em 2007 com relação a 2006. O que já não se verifica em 2008, pois a média apresentou declínio

neste período. De 2009 a 2011, as médias de liquidez seca apresentaram leve melhora,

mantendo a estabilidade. E, nos próximos anos, de 2012 até 2015, observa-se que a média dos

índices está em declínio, porém, ainda se manteve estável.

Gráfico 3 – Média de Liquidez Seca

Fonte: próprio autor

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4.1.4 Liquidez Imediata

Calculando-se a liquidez imediata, é possível saber quanto que a empresa tem de

capacidade de pagamento utilizando-se apenas de suas disponibilidades imediatas, ou seja, de

seus caixas e equivalentes de caixa. A seguir, apresenta-se, em formato de tabela, os índices de

liquidez imediata das empresas analisadas.

Tabela 4 – Liquidez Imediata

Fonte: próprio autor

Como já colocado, este índice apresenta o quanto a empresa tem condições de pagar de

seu passivo circulante utilizando-se apenas de suas disponibilidades, devendo ser um valor

positivo para ser considerado satisfatório.

Desta forma, um resultado bom, pode não ser àquele muito alto. Pois este, poderá

representar falta de investimento, uma vez que o dinheiro estaria parado enquanto que poderia

estar gerando receitas para a empresa. Portanto, conforme o exposto no referencial teórico, há

necessidade de comparabilidade entre os resultados de outras empresas.

Nos dois primeiros anos analisados, 2006 e 2007, a Brookfield apresentou maior índice

de liquidez imediata; porém, em 2009 e 2012, os índices por ela apresentados foram os menores.

Nos períodos de 2007 e 2010, o menor índice apresentado foi da empresa Cyrela Brazil. Já a

empresa Gafisa, apresentou o menor índice em 2011, 2013, 2014 e 2014. Exatamente os

mesmos períodos em que a Rodobens apresentou o maior índice.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 1,76 0,64 0,78 0,05 0,27 0,31 1,13 0,10

2007 2,06 0,32 0,78 1,41 1,53 2,05 0,53 0,36

2008 0,25 0,28 0,46 0,28 0,35 0,19 0,58 0,27

2009 0,06 0,41 0,70 0,67 0,65 0,16 0,41 0,71

2010 0,11 0,06 0,13 0,47 0,37 0,10 0,25 0,32

2011 0,28 0,06 0,03 0,35 0,32 0,53 0,29 0,39

2012 0,02 0,29 0,22 0,42 0,39 0,37 0,29 0,13

2013 0,29 0,34 0,08 0,56 0,28 0,73 0,12 0,21

2014 0,16 0,23 0,05 0,41 0,20 0,68 0,09 0,14

2015 0,13 0,27 0,04 0,52 0,09 0,61 0,05 0,08

Legenda: Maior Menor

Liquidez Imediata

EmpresaAno

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A MRV apresentou o maior índice em 2010 e em 2012, apesar de em 2006 ter

apresentado o menor índice entre as empresas analisadas. Já, a Rodobens apresentou o menor

índice em 2008, período este em que a Rossi apresentou o melhor índice. E, em 2009 a empresa

que apresentou o maior índice de liquidez imediata foi a Tecnisa.

O Gráfico 4, acima exposto, demonstra a média dos índices de liquidez imediata das

empresas analisadas. Assim como as médias dos demais índices de liquidez verificadas, a média

de liquidez imediata também se demonstrou alta no ano de 2007, quando para cada R$ 1,00 de

passivo circulante, em média, as empresas possuíam R$ 1,33 de disponibilidade. Este foi o

único período em que se verificou o índice de liquidez imediata maior que 1.

Porém, de forma alguma, pode-se afirmar que nos demais anos o índice apresentou-se

insatisfatório. Afinal, este índice verifica o potencial de pagamento que a empresa tem em

relação a vencimentos futuros, logo, a mesma não necessita ter este valor disponível, sendo de

maior valia, ter o valor investido, para que o mesmo possa gerar receitas à empresa.

Verifica-se que em 2007 houve uma disparidade do índice em relação a 2006. Nos

demais anos, o índice se manteve estável com leves alterações de um ano para o outro, não

alterando a média de liquidez imediata de forma significativa.

Gráfico 4 – Média de Liquidez Imediata

Fonte: próprio autor

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4.1.5 Liquidez por Empresa

Neste subtítulo se busca analisar a liquidez de forma conjunta, por empresa. Para tanto

apresentar-se-á graficamente, os resultados obtidos.

Conforme o gráfico exposto, os índices de liquidez da Brookfield são mais elevados em

razão dos altos valores de disponibilidades e estoques nos dois primeiros anos. Nos próximos

seis anos, apenas a liquidez imediata apresenta um índice inferior aos demais, já os demais

índices têm declínio de 2007 para 2008; porém, mantiveram-se estáveis nos próximos anos. E,

nos últimos dois anos a liquidez seca também passou a sofrer queda, o que quer dizer que a

empresa não consegue liquidar suas obrigações sem fazer uso de seus estoques. A liquidez geral

e a liquidez corrente mantiveram-se estáveis.

Gráfico 5 – Índices de Liquidez – Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

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O índice de liquidez geral apresentado pela Cyrela Brazil, conforme gráfico a seguir,

apresentou queda durante os primeiros seis anos, retornando a evoluir positivamente a partir de

2012, mantendo-se satisfatório na totalidade do período calculado. Em relação à liquidez

corrente, a mesma teve uma queda de 2006 para 2007, e manteve-se estável com leve melhora

nos demais períodos.

Nos anos de 2007 e 2008 a liquidez seca da empresa apresentou-se menor que 1, porém,

não se pode afirmar que este resultado seja insatisfatório. Já nos demais anos apresentou-se

maior que 1, com leves alterações entre os períodos. A liquidez imediata da empresa foi menor

que 1 em todos os anos calculados, sendo que nos anos de 2010 e 2011 apresentou queda em

relação aos anos anteriores e voltando a evoluir nos anos seguintes; porém, não se pode afirmar

que este resultado seja completamente insatisfatório.

Analisando-se o gráfico a seguir, verifica-se que a liquidez corrente da Gafisa se

manteve superior às demais durante todo o período analisado. Verifica-se ainda, que a liquidez

seca acompanhou a mesma curva da liquidez corrente, ainda que em valores menores.

Gráfico 6 – Índices de Liquidez – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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A liquidez geral da empresa manteve-se estável na totalidade do período analisado.

Nota-se que todos os índices de liquidez geral, corrente e seca se apresentaram satisfatórios,

durante todo o período, sendo que nos anos de 2006 e 2010 tiveram os melhores resultados.

Já os índices de liquidez imediata mantiveram-se estáveis de 2006 a 2009, diminuindo

em 2010 e 2011, melhorando levemente em 2012 e voltando a cair em 2013, 2014 e 2015,

mantendo-se próximo a zero. O que de maneira geral, não significa que estes índices sejam

insatisfatórios.

Gráfico 7 – Índices de Liquidez – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 8 – Índices de Liquidez – MRV Engenharia e Participações S.A.

Fonte: próprio autor

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Os índices de liquidez apresentados pela MRV Engenharia, conforme o gráfico anterior,

tiveram pequena melhora em 2007 e mantiveram-se estáveis nos próximos períodos. A liquidez

seca se apresentou reduzida apenas em 2006. Considerando-se que a liquidez imediata

representa quanto de seu passivo circulante a empresa tem condições de liquidar utilizando-se

apenas as disponibilidades, os índices apresentados pela MRV são satisfatórios, uma vez que

durante os anos de 2008 a 2015 este índice manteve-se próximo a 0,5, ou seja, a empresa

conseguiria liquidar aproximadamente 50% de suas obrigações com suas disponibilidades.

Excetuando-se o ano de 2006 quando o índice apresentado foi 0,05 e em 2007 quando o índice

foi 1,41, o que quer dizer que pagaria todo seu passivo circulante e ainda teria sobras. Com

relação aos índices de liquidez geral e corrente, apresentaram-se satisfatórios durante todo o

período.

Nota-se, em análise ao gráfico dos índices de liquidez da PDG que a liquidez corrente,

seca e imediata acompanham a mesma curva. Sendo que a liquidez corrente e a liquidez seca

são satisfatórias em todos os períodos, exceto em 2015. Já a liquidez imediata, apenas é muito

elevada em 2007, quando o índice apresentado é 1,53. O que não quer dizer que nos demais

anos o índice seja satisfatório, conforme já explicado em análises anteriores. Em relação ao

índice de liquidez geral, vem diminuindo gradativamente ano após ano, porém, mantendo-se

acima de 1, que é o resultado mínimo esperado.

Confirma-se a partir do Gráfico 10 que a empresa Rodobens, de maneira geral, apresenta

os melhores índices de liquidez dentre as empresas analisadas, exceto entre os anos de 2008 e

Gráfico 9 – Índices de Liquidez – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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2010. A liquidez geral teve uma elevação em 2007 com relação à 2006, porém nos anos de

2008, 2009 e 2010 apresentou declínio e, a partir de 2011 manteve-se estável com leve melhora,

ano após ano. Os índices de liquidez corrente e liquidez seca seguem a mesma curva, sendo que

em 2007 apresentaram acentuado crescimento, seguido por queda nos próximos dois anos,

mantendo estabilidade de 2009 para 2010, apresentaram ainda outro acentuado crescimento em

2011 seguido por um declínio em 2012 e, mantiveram-se estáveis durante os últimos três anos

analisados.

No que tange a liquidez imediata, foi muito elevada apenas em 2007 quando a empresa

apresentava R$ 2,05 para cada R$ 1,00 que tinha de obrigações em seu passivo circulante. O

que não quer dizer que os demais índices sejam insatisfatórios. Analisando-se

comparativamente entre as empresas, a Rodobens, apresentou o melhor índice de liquidez

imediata dos últimos três anos. Logo, tendo como base o segmento da construção civil, pode-

se afirmar que os índices de liquidez imediata apresentados pela Rodobens são satisfatórios.

Gráfico 10 – Índices de Liquidez – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

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A seguir, verificam-se os índices de liquidez da Rossi Residencial.

Os índices de liquidez da Rossi Residencial são em sua maioria, satisfatórios, porém,

vêm diminuindo ano após ano, sendo que a liquidez geral, corrente e seca desta empresa, em

comparação com as demais empresas analisadas foram os menores índices em 2013, 2014 e

2015. A liquidez seca passou a declinar a partir de 2013. Já em 2015, os índices de liquidez

geral e corrente passaram a ser insatisfatórios, ou seja, menores que 1.

A empresa Tecnisa, apresentou resultados estáveis durante os períodos e também com

relação às demais empresas analisadas, conforme demonstra o Gráfico 12, exposto

Gráfico 11 – Índices de Liquidez – Rossi Residencial S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 12 – Índices de Liquidez – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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anteriormente. A liquidez geral da empresa teve acentuada melhora em 2007 em comparação à

2006 e, nos demais anos foi diminuindo gradativamente, porém, mantendo-se satisfatórios. A

liquidez corrente e a liquidez seca, mantiveram-se satisfatoriamente estáveis, com leves

alterações durante os períodos apresentados. Já a liquidez imediata, apesar de ser menor que 1

em todos os períodos, apresenta-se na média em relação às demais empresas analisadas, desta

forma, considera-se que os índices são satisfatórios.

4.2 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Neste subcapítulo, apresentar-se-á os índices de rentabilidade encontrados a partir da

aplicação das técnicas de análise das demonstrações contábeis. A partir destes índices, verifica-

se qual a rentabilidade dos ativos investidos e tão logo, se os resultados obtidos pelas empresas

são economicamente favoráveis.

4.2.1 Giro do Ativo

Calculando o giro do ativo busca-se verificar quantos reais a empresa aufere de retorno

para cada R$ 1,00 de investimento.

Tabela 5 – Giro do Ativo

Fonte: próprio autor

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 0,23 0,37 0,44 0,24 0,22 0,26 0,28 0,16

2007 0,27 0,51 0,54 0,35 0,36 0,27 0,43 0,41

2008 0,27 0,46 0,41 0,49 0,42 0,45 0,50 0,38

2009 0,37 0,45 0,46 0,47 0,42 0,37 0,40 0,38

2010 0,50 0,43 0,41 0,54 0,49 0,39 0,51 0,53

2011 0,45 0,48 0,32 0,50 0,42 0,36 0,46 0,45

2012 0,29 0,42 0,43 0,39 0,26 0,42 0,35 0,33

2013 0,32 0,38 0,29 0,38 0,32 0,39 0,27 0,41

2014 0,24 0,42 0,28 0,40 0,26 0,35 0,21 0,34

2015 0,16 0,33 0,33 0,43 0,14 0,30 0,20 0,30

Legenda: Maior Menor

Giro do Ativo

EmpresaAno

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A Tabela 5 demonstra os índices de giro do ativo das empresas calculados a partir das

demonstrações contábeis. Em 2006 a empresa com menor giro do ativo foi a Tecnisa, porém,

em 2013, apresentou o melhor resultado. O melhor resultado de giro do ativo em 2006 foi da

Gafisa, assim como em 2007 e em 2012, no entanto em 2011 apresentou o menor giro do ativo

dentre as empresas analisadas. Em 2007 o menor resultado de giro do ativo foi apresentado por

duas empresas, a Brookfield que além de apresentar o menor resultado em 2007, apresentou

também o menor resultado em 2008 e 2009, e a outra empresa com menor giro do ativo em

2007 foi a Rodobens assim como também em 2010.

Em 2008, a empresa com melhor índice de giro do ativo foi a Rossi, porém em 2013 e

2014 esta mesma empresa apresentou os menores índices em relação as demais. Em 2009, o

melhor índice foi da MRV assim como também em 2010, 2011 e em 2015. Nos anos de 2012

e 2015 a empresa que apresentou menor giro do ativo foi a PDG. E, o melhor resultado atingido

de 2014 foi da Cyrela Brazil.

A seguir, apresenta-se a média de giro do ativo atingida pelas empresas entre 2006 e

2015.

Conforme o gráfico apresentado, a melhor média de giro do ativo foi atingida em 2010,

representado 0,47. Entre os anos de 2006 a 2008 nota-se crescimento do giro do ativo das

empresas, e em 2009 há uma leve queda, seguida por aclive em 2010, onde a média do giro do

ativo alcança seu pico. Já de 2011 a 2015 o giro do ativo apresenta queda considerável, de 0,47

em 2010 chegando em 0,27 em 2015.

Gráfico 13 – Média do Giro do Ativo

Fonte: próprio autor

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Segue-se a análise apresentando graficamente os índices de giro do ativo de cada

empresa individualmente, demonstrando também, suas variações entre 2006 e 2015.

Como interpretação deste índice, tem-se que quanto maior, no entanto, para avaliar se o

índice está bom ou não, analisa-se em comparabilidade com outras empresas do mesmo ramo

de atividade. No caso da empresa Brookfield, como demonstra o gráfico 14, o giro do ativo

manteve-se estável entre 2006 e 2008, melhorando significativamente em 2009 e apresentando

seu melhor resultado em 2010. No entanto em 2011 e 2012 apresentou elevado declínio em

relação a 2010. Em 2013 observa-se pequena melhora, seguida em declínio significativo em

2014 e 2015.

O giro do ativo apresentado pela Cyrela Brazil tem maior estabilidade em comparação

com a empresa Brookfield. Apresenta-se melhora de 2006 a 2007, ano em que apresentou seu

melhor resultado. Entre 2008 e 2012 manteve-se estável com leves alterações, seguido de

pequeno declínio em 2013. Em 2014 verifica-se leve melhora, porém em 2015 o índice volta a

decair, chegando a 0,33. Isto quer dizer que para R$ 1,00 de investimento realizado pela

empresa, ela teve R$ 0,33 de venda líquida.

Gráfico 14 – Giro do Ativo – Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

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Abaixo, giro do ativo da Cyrela Brazil nos últimos dez anos.

Já a empresa Gafisa, conforme demonstra o gráfico a seguir, não teve a mesma

estabilidade em seu giro do ativo. Em 2006, seu giro do ativo era de 0,44, passando em 2007

para 0,54, este que foi seu pico de giro do ativo no período analisado. Em 2008 houve

significativo declínio, seguido por leve melhora em 2009. Porém em 2010, o índice voltou a

decair assim como também em 2011. No ano de 2012 o índice cresceu significativos 0,10 em

relação ao ano anterior, no entanto em 2013 teve uma queda de 0,14 em seu giro do ativo. Entre

2013 e 2015 o índice manteve-se estável, próximo a 0,30.

Gráfico 15 – Giro do Ativo – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e

Participações

Fonte: próprio autor

Gráfico 16 – Giro do Ativo – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

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A seguir, gráfico do giro do ativo apresentado pela MRV Engenharia. Conforme

demonstrado, em 2006 o giro do ativo da MRV era de 0,24, aumentando em 2007 para 0,35 e

para 0,49 em 2008. Em 2009 apresentou leve diminuição em relação a 2008, e em 2010

apresenta seu pico do giro do ativo, atingindo um índice de 0,54, que por sinal, foi o maior

índice dentre as empresas em todos os anos analisados. Em 2011, apesar de ter atingido o

novamente o maior índice dentre as empresas, houve um declínio em relação à 2010. Seguido

por declínio também em 2012 e 2013, voltando a evoluir positivamente em 2014 e em 2015.

Gráfico 17 – Giro do Ativo – MRV Engenharia e Participações S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 18 – Giro do Ativo – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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O Gráfico 18 demonstra os resultados de giro do ativo obtidos pela empresa PDG, os

quais, apresentam-se dinâmicos. Em 2006, o giro do ativo da PDG era de 0,22, evoluiu

positivamente chegando a 0,49 em 2010, quando atingiu seu melhor resultado. Em 2011 e 2012

apresentou queda significativa. Melhorou em 2013, porém, voltou a cair, chegando a 0,14 em

2015, pode-se afirmar que este é um resultado insatisfatório, uma vez que a média geral atingida

foi de 0,27 em 2015.

A empresa Rodobens apresenta índices de giro do ativo razoavelmente estáveis. Em

2006 e 2007 apresentou os índices 0,26 e 0,27 respectivamente. Atingiu seu maior índice em

2008 representando 0,45. Em 2009 apresentou queda, mantando-se estável em 2010 e 2011.

Em 2012 teve leve melhora e em 2013 voltou a decair, chegando ao índice de 0,30 em 2015

que, em relação à média geral das empresas, é um bom resultado.

Gráfico 19 – Giro do Ativo – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

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Conforme gráfico a seguir, os índices de giro do ativo da Rossi Residencial não

apresentam estabilidade. Em 2006, o índice era é 0,28, chegando a 0,50 em 2008. Em 2009,

apresentou queda, seguida de crescimento em 2010, quando obteve seu melhor índice. Porém,

a partir de 2011, o giro do ativo da Rossi vem apresentando considerável queda, chegando a

0,20 em 2015, uma vez que a média geral atingida pelas empresas é de 0,27, considera-se este

resultado insatisfatório.

Assim como os índices de giro do ativo da Rossi, os índices da Tecnisa também

apresentam dinamismo, conforme é possível verificar no Gráfico 21 a seguir exposto. Em 2007

houve um aumento considerável em relação à 2006. Em 2008 e 2009 os resultados mantiveram-

se estáveis e em 2010 o índice evoluiu positivamente, mancando o melhor resultado da Tecnisa,

0,53. Em 2011 e 2012 houve diminuição do índice, voltando a aumentar em 2013. Porém em

2014 e em 2015 o giro do ativo desta empresa voltou a apresentar queda, entretanto, apesar da

Gráfico 20 – Giro do Ativo – Rossi Residencial S.A.

Fonte: próprio autor

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queda, 2015 fechou com um resultado de giro do ativo acima da média geral das empresas

analisadas.

4.2.2 Margem Líquida

A margem líquida da empresa representa quantos por cento a empresa obteve de lucro

em relação às suas vendas líquidas. Por óbvio, considerados os custos e as despesas do período.

Apresenta-se, na sequência, uma tabela contendo as margens líquidas atingidas pelas empresas

durante os anos analisados, 2006 a 2015.

As margens líquidas apresentadas pelas empresas analisadas são bastante distintas. Em

2006, a empresa que obteve a maior margem foi a Cyrela Brazil, e a menor margem foi da

Rodobens. Em 2007 o melhor resultado foi da Brookfield, e que em 2013 e 2014 apresentou os

piores resultados, inclusive negativos. O menor resultado de 2007 foi da MRV, mesma empresa

que apresentou os melhores resultados em 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e em 2014. O menor

resultado atingido em 2008 foi da empresa Gafisa, assim como também em 2010 e 2011, porém,

em 2013 apresentou a melhor margem líquida dentre as empresas analisadas.

Nos anos de 2009 e 2010, a Rossi Residencial apresentou as menores margens líquidas,

porém, ainda positivas. Já em 2012 e 2015 a empresa PDG apresentou os piores resultados

dentre as empresas, além de serem os piores resultados, ainda apresentou margens negativas.

Gráfico 21 – Giro do Ativo – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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94

Em 2015, a Tecnisa foi a empresa, dentre as analisadas, que apresentou a melhor margem

líquida, conforme pode-se verificar na tabela abaixo.

Tabela 6 – Margem Líquida

Fonte: próprio autor

Conforme demonstra o gráfico a seguir, a média de margem líquida das empresas

manteve-se estável no período de 2006 a 2010 e em 2011 apresentou queda, marcando 5% de

margem líquida como média. Já em 2012, teve-se uma média de margem negativa em 6% o que

representa prejuízo para a empresa. Em 2013, a média torna-se novamente positiva, sendo de

9%, porém em 2014 e 2015, os resultados apresentam queda brusca, sendo a média destes dois

anos negativas em 7% e 30% respectivamente.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 11% 22% 7% 14% 18% 5% 11% 12%

2007 31% 19% 8% 6% 13% 25% 10% 10%

2008 13% 10% 6% 21% 15% 21% 10% 15%

2009 11% 18% 7% 23% 17% 6% 1% 16%

2010 11% 14% 8% 22% 15% 10% 8% 14%

2011 9% 10% -31% 20% 10% 8% 3% 9%

2012 -14% 13% -2% 15% -50% 11% -8% -13%

2013 -23% 17% 35% 12% -3% 17% 3% 16%

2014 -59% 14% -2% 18% -11% 11% -40% 13%

2015 -94% 14% 3% 12% -156% 2% -45% 23%

Legenda: Maior Menor

Margem Líquida

EmpresaAno

Gráfico 22 – Média de Margem Líquida

Fonte: próprio autor

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95

Apresentar-se-á graficamente, em sequência, as margens líquidas apresentadas pelas

empresas entre 2006 e 2015.

De acordo com a representação do Gráfico 23, em 2006 a margem líquida da empresa

Brookfield foi de 11%. Em 2007 nota-se considerável aumento, chegando a 31%, sendo a

melhor margem da empresa durante o período analisado; porém, em 2008 observa-se declínio,

permanecendo estável, em torno de 11% até 2011. Em 2012, a margem líquida passou a ser

negativa e vem diminuindo ano após ano, sendo que em 2015, a margem líquida da Brookfield

foi de -94%.

Gráfico 23 – Margem Líquida – Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 24 – Margem Líquida – Cyrela Brazil Realty S.A. Emp. e Part.

Fonte: próprio autor

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A empresa Cyrela Brazil manteve sua margem de contribuição estável durante todo o

período conforme demonstra o gráfico anteriormente exposto. O melhor resultado apresentado

foi em 2006, de 22% e o menor resultado foi apresentado em 2008 e em 2011, quando chegou

a marca de 10%. A partir de 2011 os resultados da Cyrela Brazil são significativamente

melhores à média geral, de acordo com o Gráfico 24.

Em análise à margem líquida da empresa Gafisa apresentada no gráfico acima, nota-se

que durante os primeiros 5 anos, manteve-se estável. Já em 2011, o resultado decaiu

significativamente, a ponto de ser negativo em 31%. Em 2012, o resultado apesar de ter

melhorado ainda continuou negativo em 2%. Já em 2013, a Gafisa apresentou sua melhor

margem líquida, 35%. Porém, em 2014 voltou a marcar 2% negativos, seguido por um leve

aumento em 2015, onde a margem foi de 3% positivos.

A margem líquida da MRV Engenharia manteve-se positiva em todos os períodos

analisados, de acordo com o Gráfico 26. Em 2006 a margem líquida da empresa foi de 14%,

decaindo para 6% em 2007, que foi o pior resultado registrado. Em 2008 evoluiu para 21%

mantendo-se estável até 2011 e em 2012 decaiu para 15%, continuando a decrescer em 2013

quando apresentou margem de contribuição de 12%, voltando a crescer em 2014, porém em

2015 diminuiu novamente para 12%.

Gráfico 25 – Margem Líquida – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

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97

É importante ressaltar que de acordo com as médias apresentadas, a MRV mante-se

acima das mesmas entre os anos de 2008 e 2015.

Ao contrário da empresa MRV, a PDG apresenta bastante instabilidade em relação a sua

margem líquida. Em 2006 a margem líquida da empresa foi de 18%, decaindo para 13% em

2007, no ano de 2008 evoluiu levemente e permaneceu estável em 2009 e 2010. Em 2011

apresentou moderada queda, marcando 10%. Continuou em queda no ano de 2012 quando a

margem líquida apresentada pela empresa foi de -50%. Em 2013 e 2014 os resultados em

relação a margem líquida melhorar, porém permaneceram negativos em 3% e 11%. A pior

margem líquida apresentada dentre as empresas e entre os períodos foi a obtida pela PDG em

2015, sendo esta de -156%.

Gráfico 26 – Margem Líquida – MRV Engenharia e Participações S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 27 – Margem Líquida – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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98

Apresenta-se a seguir, as margens líquidas calculadas da empresa Rodobens.

De acordo com o gráfico, a margem líquida apresentada pela Rodobens, manteve-se

positiva durante o período analisado. Em 2006 foi de 5%, aumentando 20% em 2007, passando

a 21% em 2008 e decaindo de forma significativa em 2009 para 6%. Entre 2010 e 2012

manteve-se estável e em 2013 apresentou 6% de melhora em relação a 2012. No ano de 2014 a

margem líquida da empresa passou novamente a 11% e em 2015 obteve a menor margem

líquida do período, de 2%. Apesar da margem líquida de 2015 desta empresa ser próxima a

zero, em comparação com a média geral das empresas, ainda pode-se considerar um bom

resultado.

Gráfico 28 – Margem Líquida – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 29 – Margem Líquida – Rossi Residencial S.A.

Fonte: próprio autor

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99

Em relação às demais empresas, a Rossi Residencial foi a que teve menor margem

líquida em todos os períodos, considerando-se as médias apresentadas pelo Gráfico 22. Em

2006 a Rossi apresentou uma margem líquida de 11%, manteve-se estável em 2007 e 2008. Já

em 2009, a margem líquida reduziu-se a 1% e em 2010 evoluiu, marcando 8%. No ano de 2011

a margem líquida da Rossi diminuiu para 3%, continuando a diminuir, chegou a 8% negativos

em 2012. Em 2013, voltou a ser de 3%; porém, em 2014 e 2015 a margem líquida da Rossi

apresentou queda brusca, obtendo como resultado -40% e -45% respectivamente.

Em relação ao gráfico seguinte, a empresa Tecnisa apresentou margem líquida estável

de 2006 a 2011, apenas com leves aumentos ou reduções. No ano de 2012 a empresa obteve

um resultado negativo como margem líquida, -13%. Mas, em 2013 voltou a apresentar resultado

positivo de 16%, seguida de uma pequena redução em 2014, e após uma considerável alteração

positiva, encerrando 2015 com a margem líquida de 23%, esta, por sinal, acima da média geral

apresentada anteriormente.

Gráfico 30 – Margem Líquida – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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100

4.2.3 Rentabilidade do Ativo

A rentabilidade do ativo, conforme descrito no referencial teórico é a maneira pela qual

se mede a capacidade que a empresa tem em gerar lucro. Desta forma, apresentam-se os

resultados obtidos através da análise das demonstrações contábeis.

Tabela 7 – Rentabilidade do Ativo

Fonte: próprio autor

Assim como o giro do ativo e a margem líquida, para a rentabilidade do ativo não há

uma regra que diga quando o resultado é satisfatório ou não. Para definir o que representa o

resultado obtido, faz uso de comparações com outras empresas do mesmo setor.

Em relação a tabela de rentabilidade do ativo, no ano de 2006 a empresa que obteve o

melhor resultado foi a Cyrela Brazil, bem como em 2007 e 2012. E, o menor resultado em 2006,

foi obtido pela empresa Rodobens. Em 2007, o pior resultado foi da MRV, porém em 2008,

2009, 2010, 2011, 2012 e 2014 apresentou o melhor resultado dentre as empresas analisadas.

O melhor resultado de 2013 foi obtido pela Gafisa, que em 2008, 2010 e 2011 obteve o menor

resultado. No ano de 2008 a empresa Brookfield obteve o menor resultado juntamente com a

Gafisa, porém, apresentou o pior índice também em 2013 e 2014. A Rossi Residencial

apresentou 0% como resultado da rentabilidade de seu ativo em 2009, sendo o pior resultado

dentre as empresas neste ano. Em 2012 e em 2015 a PDG apresentou os menores índices e, o

melhor resultado no ano de 2015 foi obtido pela Tecnisa.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 2% 8% 3% 3% 4% 1% 3% 2%

2007 9% 10% 4% 2% 5% 7% 4% 4%

2008 3% 5% 3% 10% 6% 9% 5% 6%

2009 4% 8% 3% 11% 7% 2% 0% 6%

2010 6% 6% 3% 12% 7% 4% 4% 7%

2011 4% 5% -10% 10% 4% 3% 1% 4%

2012 -4% 6% -1% 6% -13% 4% -3% -4%

2013 -7% 6% 10% 4% -1% 7% 1% 6%

2014 -14% 6% -1% 7% -3% 4% -8% 4%

2015 -15% 5% 1% 5% -21% 1% -9% 7%

Legenda: Maior Menor

Rentabilidade do Ativo

EmpresaAno

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101

De acordo com o gráfico abaixo, a média de rentabilidade do ativo apresenta-se

dinâmica, com significativas alterações entre cada ano. Em 2006, a média de rentabilidade

apresentada pelas empresas foi de 3,4%, aumentando para 5,5% em 2007 e para 5,9% em 2008.

Em 2009 a média de rentabilidade do ativo reduziu para 5,2%, e aumentou para 6,3% em 2010

e, no ano de 2011 reduziu para 2,7%. Conforme demonstrado pelo gráfico, em 2012 a média

reduziu ao ponto de tornar-se negativa em 1,1%, no ano seguinte apresentou crescimento e

voltou a ser positivo em 3,3%, porém, em 2014 e 2015 reduziu novamente chegando a -0,6% e

-3,3% respectivamente.

Como visto anteriormente, a rentabilidade do ativo é a razão entre o lucro líquido da

empresa e seu ativo total médio. Desta forma, apresentam-se a seguir, os resultados de

rentabilidade do ativo obtidos pelas empresas analisadas entre os anos de 2006 e 2015.

O melhor índice de rentabilidade do ativo apresentado pela Brookfield foi em 2007,

quando representou 9%, em relação a 2006 houve notável melhora. O que não ocorreu em 2008,

onde verifica-se queda do índice. Entre 2009 e 2011 manteve-se estável. A partir de 2012 o

índice de rentabilidade do ativo passou a ser negativo, diminuindo ainda mais a cada ano,

chegando a -15% em 2015.

Gráfico 31 – Média de Rentabilidade do Ativo

Fonte: próprio autor

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102

Abaixo, rentabilidade do ativo da empresa Brookfield, conforme anteriormente descrito.

Ao contrário da instabilidade apresentada pelos índices de retorno do ativo da empresa

Brookfield, os índices da Cyrela Brazil mantiveram-se estáveis com pequenas alterações em

todo o período, sendo que o maior índice apresentado foi de 10% em 2007, seguido de 8% nos

anos de 2006 e 2009 e, o menor índice apresentado por esta empresa foi de 5% nos anos de

2008, 2011 e 2015, nos demais anos, a empresa apresentou 6% como índice de rentabilidade de

seu ativo, conforme o gráfico a seguir apresentado.

Gráfico 32 – Rentabilidade do Ativo – Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 33 – Rentabilidade do Ativo – Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos

e Participações

Fonte: próprio autor

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103

A rentabilidade do ativo da empresa Gafisa S.A., conforme gráfico abaixo apresentado,

manteve-se estável entre 2006 e 2010. Porém reduziu de forma significativa em 2011, passando

a ser 10% negativos. Em 2012 o índice apresenta melhora em relação ao ano anterior, mas ainda

permanece negativo em 1%. No ano de 2013 a Gafisa obteve 10% de retorno sobre seu ativo

total médio, mas, em 2014 seu resultado reduziu novamente representando -1%. Já em 2015,

observa-se 1% como rentabilidade sobre o ativo total médio da empresa.

Em comparação à média de índice de rentabilidade do ativo, a empresa MRV

Engenharia, exceto em 2006 e 2007, apresentou índices de rentabilidade superiores à média.

Gráfico 34 – Rentabilidade do Ativo – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 35 – Rentabilidade do Ativo – MRV Engenharia e Participações S.A.

Fonte: próprio autor

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104

Em 2008 a MRV apresentou notável melhora em relação à 2006 e 2007, mantendo-se

estável durante 2009, 2010 e 2011. No ano de 2012 o índice de rentabilidade do ativo reduziu-

se de 10% para 6%, permanecendo em declínio no ano de 2013, seguido de um aumento de 3%

em 2014 com relação a 2013 e, em 2015 representou 5%. Visando que a média calculada para

o índice de rentabilidade do ativo no ano de 2015 foi de -3,3%, pode-se afirmar que a MRV

apresentou um ótimo resultado.

Com as análises já apresentadas, nota-se que há disparidade entre os resultados das

empresas. A MRV, conforme já visto, apresentou apenas índices positivos e praticamente

estáveis, sem estrondosas alterações de um ano para o outro. O que não ocorre na PDG, como

pode-se verificar no gráfico a seguir.

Os índices de rentabilidade do ativo da PDG mantiveram-se estáveis entre 2006 e 2011.

No ano de 2012, em decorrência da queda de lucratividade, a rentabilidade da empresa foi

afetada, passando a ser -13%, houve melhora em 2013 comparado a 2012 assim como também

em 2014, apesar do índice ainda apresentar-se negativo, -1% em 2013 e -3% em 2014. Mas, o

pior índice de rentabilidade do ativo dentre todas as empresas analisadas, foi obtido pela PDG

em 2015, sendo de -21%, resultado este, decorrente da péssima lucratividade que a empresa

apresentou no referido ano.

Gráfico 36 – Rentabilidade do Ativo – PDG Realty S.A. Empreendimentos e

Participações

Fonte: próprio autor

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105

Diferentemente da PDG, a Rodobens apresentou rentabilidade sobre o ativo positiva em

todos os períodos analisados, sem demonstrar nenhuma alteração brusca de um ano para o outro.

No ano de 2006, o índice de rentabilidade do ativo atingido pela Rodobens foi de 1%, elevando-

se para 7% em 2007 e em 2008 elevou-se para 9%. No ano de 2009 apresentou declínio,

apresentando 2%, mantendo estabilidade entre 2010 e 2012. Em decorrência da melhora da

produtividade e da lucratividade, apresentou-se uma leve melhora em 2013, o que não se

verifica em 2014 e 2015 em que os índices são 4% e 1% respectivamente. Os resultados obtidos

em 2014 e em 2015 como rentabilidade do ativo advêm da redução da lucratividade destes

períodos.

Os índices de rentabilidade do ativo obtidos pela Rossi Residencial são, em sua maioria,

menores que a média geral apresentada anteriormente. No primeiro ano analisado, a empresa

apresentou 3% como índice de rentabilidade do ativo, crescendo 1% no ano seguinte e, mais

1% em 2008. Já em 2009, como pode-se verificar, a rentabilidade apresentou-se nula. Em 2010

passou para 4% e em 2011 reduziu para 1%. Como a empresa obteve margem líquida negativa

no ano de 2012, da mesma forma comportou-se a rentabilidade sobre o ativo, sendo de -3% no

referido período. Apresentou-se melhor em 2013; porém, em 2014 e 2015, o índice novamente

passou a ser negativo em decorrência da lucratividade da empresa, obtendo desta forma -8% e

-9% como índice de rentabilidade do ativo.

Gráfico 37 – Rentabilidade do Ativo – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

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106

Abaixo, índices de rentabilidade do ativo obtidos pela empresa Rossi Residencial.

A empresa Tecnisa apresentou índices positivos e quase que estáveis em todos os

períodos, excetuando-se apenas o ano de 2012, quando pela lucratividade afetada, apresentou

índice de rentabilidade de -4%. Em 2006, a rentabilidade da Tecnisa foi de 2%, passando para

4% em 2007 e para 6% em 2008, que se manteve em 2009 e em 2010 aumentou para 7%. Em

2011 apresentou-se leve queda na rentabilidade do ativo, seguindo com queda em 2012, porém,

recuperando-se em 2013. No ano de 2014 a empresa apresentou leve diminuição, mas em 2015

tornou a aumentar, obtendo um índice de rentabilidade do ativo de 7%, que por sinal foi o

melhor índice auferido dentre as empresas neste ano.

Gráfico 38 – Rentabilidade do Ativo – Rossi Residencial S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 39 – Rentabilidade do Ativo – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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107

Conforme visto na revisão bibliográfica, há apenas duas formas para melhorar o índice

de rentabilidade do ativo. A primeira delas é a melhora da produtividade, ou seja, do giro do

ativo e, a segunda maneira é a melhorar a lucratividade, ou seja, a margem líquida. Porém, de

acordo com as análises realizadas, o giro do ativo não apresenta problema significativo

considerando como base a média calculada, já a margem líquida de algumas empresas, precisa

ser ajustada. Logo, a medida em que as empresas ajustarem sua margem líquida, a rentabilidade

do ativo ajustar-se-á automaticamente.

A rentabilidade do ativo pode ser medida também pelo Método Du Pont, conforme

apresenta o gráfico a seguir.

O Método Du Pont propõe medir-se a taxa de retorno sobre investimentos (TRI) pela

multiplicação da margem líquida pelo giro do ativo. O Gráfico 40 apresenta a média de giro do

ativo e margem líquida obtida pelas empresas analisadas entre os anos de 2006 e 2015.

Multiplicando-se estas médias se obtém a média de rentabilidade do ativo de cada empresa.

Como pode-se notar, as empresas Cyrela Brazil e MRV apresentaram as melhores taxas de

retorno sobre investimentos em relação aos seus ativos, seguidas pela Tecnisa, Rodobens e

Gafisa. As empresas Brookfield, PDG e Rossi tiveram as menores médias de taxas de retorno,

inclusive negativas.

Considera-se que o resultado do Método Du Pont é o retorno sobre os investimentos que

a empresa obteve em relação aos seus ativos, ou seja, em relação aos investimentos da própria

Gráfico 40 – Método DuPont

Fonte: próprio autor

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108

empresa. No entanto, quando tratar-se de retorno aos sócios ou investidores da empresa,

calcula-se a TRI em relação ao patrimônio líquido, conforme verifica-se adiante.

4.2.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

A rentabilidade do patrimônio líquido, conforme visto no referencial teórico deste

estudo, evidencia demonstrar qual o retorno que a empresa obteve em relação ao seu patrimônio

líquido, ou seja, em razão de seu capital próprio investido. A seguir, observa-se a rentabilidade

do patrimônio líquido que as empresas analisadas apresentaram nos últimos dez anos.

Tabela 8 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Fonte: próprio autor

Bem como a rentabilidade do ativo, não se tem uma definição do que representa um

bom resultado ou não. Logo, a comparação com outras empresas do mesmo segmento é o meio

pelo qual analisa-se estas informações. Conforme a tabela apresentada, em geral a MRV é a

empresa com os maiores, e então melhores taxas de retorno apresentadas, sendo obteve a maior

rentabilidade do patrimônio líquido nos anos de 2006, 2008, 2010, 2011, 2012 e 2014, apesar

de ter apresentado a menor rentabilidade em 2007.

Em 2007 a empresa Cyrela Brazil apresentou a melhor taxa de retorno sobre o

patrimônio líquido assim como também em 2009 e em 2012. Já no ano de 2013, o melhor

resultado apresentado foi da empresa Gafisa e em 2015 a Tecnisa obteve a melhor taxa.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 4% 12% 6% 13% 8% 4% 4% 7%

2007 14% 22% 8% 3% 9% 11% 7% 7%

2008 8% 15% 7% 17% 14% 16% 11% 10%

2009 11% 28% 11% 20% 17% 5% 1% 14%

2010 15% 17% 10% 28% 20% 12% 10% 21%

2011 12% 13% -25% 28% 12% 9% 4% 11%

2012 -12% 16% -3% 16% -32% 12% -9% -11%

2013 -24% 17% 34% 11% -3% 16% 3% 21%

2014 -46% 14% -1% 18% -9% 9% -25% 14%

2015 -44% 10% 2% 13% -55% 1% -30% 19%

Legenda: Maior Menor

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

AnoEmpresa

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109

No ano de 2006, as empresas Brookfield e Rodobens apresentaram o menor resultados

dentre as demais. A Brookfield além de obtido a menor taxa em 2006, também a obteve em

2013 e 2014. Apesar da Gafisa ter apresentado a maior taxa de retorno em 2013, nos anos de

2008, 2010 e 2011 apresentou as taxas mais baixas e em 2009 e 2010 a empresa com os menores

resultados foi a Rossi Residencial. E, em 2012 e 2015 a PDG foi quem apresentou a menor taxa

de retorno sobre o patrimônio líquido.

A seguir, demonstra-se um gráfico com as médias de rentabilidade do patrimônio

líquido obtido pelas empresas entre os anos de 2006 e 2015.

Observa-se no Gráfico 41 que houve uma média crescente de rentabilidade do

patrimônio líquido das empresas nos cinco primeiros anos analisados, passando de 7% em 2006

para 17% em 2010. Nos próximos períodos nota-se instabilidade nos resultados. Em 2011, a

média reduziu 9% em relação ao ano anterior, e em 2012 a redução foi de 11%, tornando desta

forma a média negativa.

No ano de 2013 a média de rentabilidade do patrimônio líquido apresentou-se maior,

9% positivos. Em 2014 a média passou novamente a ser negativa em 3% e no ano de 2015,

conforme o gráfico, decresceu ainda mais, chegando a -11%. Adiante, apresenta-se

graficamente a evolução da rentabilidade do patrimônio líquido em cada uma das empresas.

Gráfico 41 – Média de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Fonte: próprio autor

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110

Se iniciará a analisar a evolução das taxas de retorno sobre o patrimônio líquido pela

empresa Brookfield, que conforme o gráfico a seguir, apresentou-se dinâmica. No ano de 2007

auferiu uma taxa consideravelmente superior a 2006, sendo que este aumento foi de 10% em

relação ao ano anterior. Durante os anos de 2008 a 2011 as taxas da Brookfield mantiveram-se

estáveis, sem consideráveis alterações. O que não é verificado em 2012, quando há uma redução

de 24%, tornando assim, a taxa negativa em 12%. A redução que se verifica em 2012, continua

em 2013, quando reduz mais 12%, quando a taxa de retorno passa a ser -24%. No ano de 2014,

a taxa permanece em queda, apresentando-se em -46%. Em 2015 houve pequena melhora, de

2%, o que não é o suficiente para tornar a taxa satisfatória, uma vez que a taxa obtida foi de -

44%.

Gráfico 42 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

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111

A instabilidade verificada na empresa Brookfield não se verifica na Cyrela Brazil, como

pode ser visualizado no gráfico abaixo.

Conforme o Gráfico 43 apresenta, em 2006 a Cyrela Brazil obteve 12% de rentabilidade

do patrimônio líquido, crescendo 10% em 2007, quando obteve 22%. No ano de 2008 a taxa

auferida diminuiu, passando a ser 15%, mas, em 2009 recuperou-se bem, uma vez que

apresentou o melhor resultado do período analisado, 28%. Em 2010 observa-se queda da taxa,

assim como também em 2011, quando a taxa obtida foi de 13%, mantendo-se relativamente

estável até 2015 quando a rentabilidade do patrimônio líquido foi de 10%.

Gráfico 43 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Cyrela Brazil Realty S.A.

Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

Gráfico 44 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

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112

Na página anterior, apresentaram-se as taxas de retorno sobre o patrimônio líquido

atingidas pela Gafisa entre os anos 2006 e 2015. Como pode-se observar, nos anos de 2006 a

2010 as taxas mantiveram-se estáveis, com pequenas alterações. Mas, no ano de 2011, houve

uma queda de 35%, tornando a taxa 25% negativa em decorrência do prejuízo obtido pela

empresa neste período. Em 2012 a Gafisa ainda apresentou prejuízo uma vez a taxa de retorno

sobre o patrimônio líquido foi de -3%. Já em 2013 a empresa apresentou seu melhor resultado

do período, 34%. No ano de 2014, houve nova queda, deixando a taxa novamente negativa em

1% e, em 2015 a empresa obteve lucro, porém, a taxa de retorno não foi expressiva em relação

ao patrimônio líquido, apresentando-se em 2%.

Diferentemente da Gafisa, como pode-se observar no gráfico a seguir, a empresa MRV

não apresentou resultado negativo, ou seja, não teve prejuízo em nenhum dos períodos

analisados.

No primeiro período observado, 2006, a MRV teve uma taxa de retorno sobre o

patrimônio líquido de 13%, caindo 10% no próximo ano, quando apresentou seu menor

resultado, além de ser também o menor resultado dentre todas as empresas analisadas, conforme

visto anteriormente. Nos anos de 2008, 2009 e 2010, as taxas obtidas pela MRV foram

crescentes entre os anos e em 2011 manteve o resultado de 2010, 28%. Em 2012 houve queda

de 12%, e em 2013 nota-se queda de 5% em relação à 2012, desta forma observando-se

rentabilidade de 11% no referido período.

Gráfico 45 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – MRV Engenharia e

Participações S.A.

Fonte: próprio autor

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A rentabilidade do patrimônio líquido da MRV voltou a crescer em 2014, quando

apresentou-se em 18%, mas não se manteve em 2015, onde observa-se queda de 5%, reduzindo

a taxa desta forma, à 13%, estes que, em comparação com as demais empresas, é um bom

resultado.

No gráfico a seguir demonstram-se as taxas de retorno sobre o patrimônio líquido

obtidas pela PDG, que ao contrário da MRV, apresentou resultados negativos nos últimos

períodos analisados.

Como pode ser visualizado no Gráfico 46, a rentabilidade do patrimônio líquido da PDG

vinha em onda crescente, uma vez que se apresentava em 8% no ano de 2006 e em 2010 estava

em 20%. Mas, em 2011 esta onda inverteu-se, passando a ser decrescente, sendo que a queda

de 2011 foi de 8% em relação ao ano anterior, porém, no segundo ano de queda, a taxa reduziu-

se a -32%. Apesar dos resultados obtidos em 2013 e 2014 serem melhores que em 2012, ainda

foram negativos, -3% e -9% respectivamente. No ano de 2015, a PDG apresentou seu pior

resultado, assim como também o pior resultado obtido dentre as empresas analisadas.

Assim como a MRV Engenharia, a Rodobens também não apresentou nenhum resultado

negativo durante o período analisado, ou seja, obteve lucro em todos os períodos. No primeiro

ano de análise, 2006, a empresa em questão apresentou uma taxa de retorno sobre o patrimônio

líquido de 4%, aumentando em 2007 assim como em 2008 quando obteve taxa de 16%. Este

crescimento não se manteve, como pode-se verificar, em 2009 houve uma queda de 11%,

Gráfico 46 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – PDG Realty S.A.

Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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114

deixando a taxa em 5%. No ano seguinte, observa-se novo crescimento uma vez que a taxa

apresentada foi de 12%.

No ano de 2011 nota-se amena diminuição em relação a 2010, mas o índice volta a ser

12% em 2012, prosseguindo o crescimento também em 2013, quando há um aumento de 4%

em relação ao ano anterior. Em 2014 e 2015 a rentabilidade do patrimônio líquido da Rodobens

volta a decair, passando a 9% e 1%, respectivamente. Observa-se, em análise às demonstrações

contábeis da Rodobens que nos últimos três anos, 2013, 2014 e 2015, o patrimônio líquido

manteve-se estável, logo, a queda das taxas apresentadas em 2014 e 2015 advém da redução do

lucro líquido obtido pela empresa.

Gráfico 47 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Rodobens Negócios

Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 48 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Rossi Residencial S.A.

Fonte: próprio autor

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115

Conforme pode-se verificar no Gráfico 48, anteriormente exposto, durante o período

analisado, as taxas de retorno sobre o patrimônio líquido obtidas pela Rossi Residencial foram

instáveis. Apresentando-se em 4% em 2006, 7% em 2007 e 11% em 2008. O mesmo

crescimento verificado nos três primeiros anos não se manteve em 2009, quando a taxa caiu

para 1%. Mas, em 2010 a taxa voltou a crescer, passando para 10% e torna a reduzir em 2011

e reduz ainda mais em 2012, onde passou a ser negativa em 9%. No ano de 2013 apresentou-se

melhora, uma vez que a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido voltou a ser positiva, 3%.

Porém, nos anos de 2014 e 2015 nota-se queda brusca na taxa de retorno apresentada pela Rossi,

-25% e -30%, respectivamente.

O Gráfico 49 demonstra a rentabilidade do patrimônio líquida obtida pela Tecnisa S.A.

entre 2006 e 2015. Como pode-se observar, em 2006 e 2007 a taxa de retorno da empresa foi

de 7%, aumentando para 10% em 2008, 14% em 2009 para 21% em 2010. Este crescimento

verificado nos primeiros anos da análise não se repete em 2011 e 2012, quando a taxa obtida

sofre queda de 10% e 22%, respectivamente. Desta forma, apresentando-se em 11% em 2011 e

-11% em 2012. No ano de 2013 houve melhora e a rentabilidade passou a ser novamente

positiva, 21%. Em 2014 a rentabilidade apresentada pela Tecnisa mostra-se pouco inferior à

2013 e torna a crescer em 2015 quando passa a 19%.

Conforme colocado anteriormente, esta taxa representa o quanto a empresa obteve de

lucro líquido em relação ao seu capital próprio, ou seja, em relação ao patrimônio líquido.

Assim, encerra-se a demonstração de rentabilidade do patrimônio líquido obtida pelas empresas

Gráfico 49 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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116

nos últimos dez anos, bem como encerra-se a análise dos índices de rentabilidade como um

todo, atingindo desta forma, um objetivo específico ao qual se propusera neste trabalho.

4.3 EBITDA

Analisar-se-á o EBITDA apresentado pelas empresas durante os anos de 2006 a 2015.

Este indicador evidencia o resultado operacional da empresa, conforme descrito no referencial

teórico deste trabalho. Primeiramente demonstrar-se-á uma tabela com os resultados obtidos

pelas empresas.

Tabela 9 – EBITDA

Fonte: próprio autor

Em análise à tabela exposta, verifica-se notadamente, que o melhor EBITDA auferido

foi da empresa Cyrela Brazil, apresentando o melhor resultado dentre as empresas nos anos de

2006, 2007, 2009, 2012, 2013, 2014 e 2015. Em 2008, a MRV teve melhor resultado

operacional segundo o EBITDA apresentado. A empresa PDG demonstrou um resultado de

EBITDA superior às demais empresas nos anos de 2010 e 2011; porém, nos anos de 2012 e

2015 esta mesma empresa apresentou o menor EBITDA dentre as demais.

Nos anos de 2006, 2007, 2008 e 2010, o menor resultado obtido foi da empresa

Rodobens. A Rossi Residencial obteve o menor EBITDA no ano de 2009. Em 2011 a empresa

que apresentou o menor resultado foi a Gafisa. E, em 2013 e 2014 a Brookfield auferiu o menor

indicador EBITDA, ou seja, operacionalmente foi menos eficaz em relação às demais empresas.

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 62.322R$ 217.665R$ 56.382R$ 13.341R$ 25.216R$ 4.164R$ 45.805R$ 13.278R$

2007 167.090R$ 426.900R$ 166.754R$ 47.523R$ 110.189R$ 27.972R$ 97.043R$ 83.761R$

2008 145.001R$ 284.844R$ 262.686R$ 287.924R$ 250.486R$ 99.419R$ 125.019R$ 106.629R$

2009 337.548R$ 764.541R$ 414.516R$ 368.409R$ 404.657R$ 50.566R$ 3.155-R$ 169.635R$

2010 596.034R$ 757.649R$ 426.545R$ 656.206R$ 886.854R$ 108.892R$ 189.121R$ 225.848R$

2011 625.937R$ 870.808R$ 519.496-R$ 874.178R$ 944.555R$ 126.195R$ 116.290R$ 143.265R$

2012 217.567-R$ 1.045.563R$ 259.389R$ 597.261R$ 1.670.947-R$ 132.279R$ 29.053-R$ 151.304-R$

2013 526.100-R$ 1.098.024R$ 464.885R$ 432.971R$ 315.862R$ 169.059R$ 175.531R$ 335.093R$

2014 899.941-R$ 1.044.613R$ 59.719R$ 667.323R$ 221.590R$ 93.380R$ 443.487-R$ 195.967R$

2015 1.018.891-R$ 748.760R$ 163.706R$ 661.567R$ 1.716.426-R$ 17.859R$ 349.509-R$ 256.699R$

Legenda: Maior Menor

EmpresaAno

EBITDA

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117

O gráfico abaixo apresentado tem por objetivo evidenciar a média de EBITDA atingida

em cada período pelas empresas selecionadas. Nos anos de 2007 a 2010 a média foi crescente

em relação ao ano anterior. Em 2011 nota-se queda do indicador em relação à 2010, assim como

também se nota queda brusca no ano de 2012 em comparação à 2011. No ano de 2013 a média

de EBITDA demonstra evolução, porém, volta a cair em 2014 e em 2015 que se apresenta em

–R$ 137.359,33.

Nos dois períodos em que o EBITDA apresenta-se negativo, 2012 e 2015, interpreta-se

que a empresa não obteve valor suficiente nem para cobrir seus custos e despesas decorrentes

da atividade operacional. Ou seja, a empresa foi operacionalmente deficiente. Nos gráficos

seguintes, pode-se observar o comportamento do EBITDA durante o período analisado em cada

uma das empresas.

A primeira empresa a qual se apresenta o EBITDA é a Brookfield. Conforme o

demonstrado no gráfico a seguir exposto, esta empresa manteve EBITDA estável nos primeiros

anos, até 2011, inclusive, excetuando-se 2008, manteve-se acima da média anteriormente

analisada. Apresentou-se crescente de 2008 a 2011, porém em 2012 os resultados decaíram de

modo a passarem a ser negativos, reduzindo ainda mais nos anos seguintes, chegando em 2015

a –R$ 1.018.891,00. Como anteriormente descrito, um resultado como este apresentado pela

Brookfield é considerado um atestado de deficiência operacional da empresa.

Gráfico 50 – Média de EBITDA

Fonte: próprio autor

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A seguir, visualiza-se os resultados de EBITDA atingidos pela Brookfield.

O EBITDA apresentado pela Cyrela Brazil foi superior à média anteriormente analisada

em todos os períodos analisados. Diferentemente da Brookfield, a Cyrela tem apresentado

resultados crescentes ao passar da maioria dos anos. Em 2007, conforme o gráfico, há leve

aumento em relação a 2006 e para 2008 há uma leve queda. No ano de 2009 houve um aumento

significativo, mantendo a estabilidade em 2010. Entre 2011 e 2013 verifica-se crescimento de

um período para o outro, mantendo-se estável em 2014 e em 2015 apresenta redução. A média

do EBITDA em 2015 foi de 137 mil negativos e, a Cyrela, apesar de ter apresentado queda de

2014 em relação a 2015, obteve o resultado de 748.760 positivos como EBITDA. Desta forma,

pode-se afirmar que a Cyrela Brazil apresentou ótima eficiência operacional no referido ano.

Gráfico 51 – EBITDA - Brookfield Incorporações S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 52 – EBITDA - Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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Observa-se que o EBITDA apresentado pelas empresas no decorrer dos anos não têm

uniformidade entre as mesmas. A seguir, demonstra-se o gráfico da empresa Gafisa, que por

sinal, apresenta uma curva bastante distinta em relação aos gráficos anteriormente apresentados

A Gafisa apresenta resultados crescentes do ano de 2006 ao ano de 2010. Em 2011 o EBITDA

da Gafisa passa a ser negativo, evoluindo de forma positiva em 2012 e 2013. No ano de 2014

se observa queda, porém o resultado permanece positivo e aumentou em 2015.

A seguir, EBITDA atingido pela MRV.

Gráfico 53 – EBITDA – Gafisa S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 54 – EBITDA – MRV Engenharia e Participações S.A.

Fonte: próprio autor

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120

O resultado de EBITDA apresentado pela MRV Engenharia mostra-se satisfatório se

comparado à média geral das empresas analisadas por este estudo. Conforme demonstrado pelo

Gráfico 53, houve crescimento significativo do EBITDA da MRV de um ano para o outro

durante 2006 e 2011. Em 2012 nota-se uma redução considerável, assim como também em

2013. Porém, em 2014 a empresa conseguiu apresentar um resultado superior ao de 2013,

mantendo-se, aproximadamente com este mesmo resultado em 2015.

O próximo gráfico demonstra os resultados de EBITDA obtidos pela empresa PDG.

Esta empresa, dentre as demais analisadas, apresentou os menores resultados em dois dos dez

períodos analisados. As margens de EBITDA atingidas pela empresa durante 2006 e 2011

foram positivos e consideravelmente evolutivos; porém, no ano de 2012 apresentou queda

brusca em seu resultado, chegando a -1.670.947. Este resultado obtido pela empresa em 2012

evidencia que a mesma não conseguiu trabalhar seus custos, uma vez que neste período, de

acordo com as demonstrações contábeis apresentadas, o resultado bruto (antes das despesas)

apresentou-se negativo.

No ano de 2013, o EBITDA da PDG voltou a ser positivo, e assim manteve-se também

em 2014, já em 2015, a empresa apresentou outro pico negativo, porém neste ano, além dos

custos apresentarem-se superiores à receita líquida de venda, como o ocorrido em 2012, a

receita líquida obtida foi menor em mais de 40% em relação à 2012, 2013 e 2014 e ainda, as

despesas operacionais foram superiores a 100% se comparado aos três anos anteriores.

O próximo gráfico a se analisar, encontra-se a seguir, demonstra o EBITDA da empresa

Rodobens. Desconsiderando os resultados negativos obtidos por algumas empresas, a

Gráfico 55 – EBITDA – PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações

Fonte: próprio autor

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121

Rodobens apresentou os menores resultados. Isso não quer dizer que isso seja ruim, afinal, o

que determina se o resultado é bom ou ruim é a relação que o EBITDA tem com a receita que

a empresa obteve em determinado período.

Apesar da empresa Rodobens não apresentar os melhores números em relação às

demais, nota-se que os resultados por ela obtidos foram positivos em todos os anos.

Demonstrando crescimento em 2007 e 2008 bem como em 2010, 2011, 2012 e 2013. Nos anos

em que os resultados reduziram em relação ao ano anterior, 2009, 2014 e 2015, apesar de

reduzirem de forma considerável, o resultado permaneceu positivo.

Gráfico 56 – EBITDA – Rodobens Negócios Imobiliários S.A.

Fonte: próprio autor

Gráfico 57 – EBITDA – Rossi Residencial

Fonte: próprio autor

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122

O Gráfico 57, exposto na página anterior, tem por objetivo demonstrar os resultados de

EBITDA obtidos pela empresa Rossi Residencial. Pode-se dizer que a empresa evoluiu bem

entre 2006 e 2008, mas em 2009 apresentou o primeiro EBITDA negativo dentre as empresas

analisadas, recuperou-se um pouco em 2010, porém, no ano seguinte diminuiu novamente seu

resultado assim como também em 2012, quando o resultado novamente passou a ser negativo.

No ano de 2013 o EBITDA da Rossi aumentou consideravelmente voltando a apresentar-se

positivo, o que não aconteceu em 2014 e 2015, quando mais uma vez o resultado apresentado

pela empresa passou a ser negativo.

De acordo com o que demonstra o gráfico acima, a empresa Tecnisa apresentou

resultados crescentes entre 2006 e 2010, em 2011 nota-se redução em relação ao período

anterior, seguido de queda também em 2012 quando o EBITDA apresentado passou a ser

negativo, representando deficiência operacional da empresa neste período. No ano de 2013,

teve um aumento em relação à 2012, voltando a apresentar um EBITDA positivo. No ano

seguinte apresenta redução e em 2015 manteve-se estável com leve melhora em relação à 2014.

4.3.1 EBITDA em relação à Receita

É importante analisar o EBITDA em valor, porém, tratando-se de análise comparativa,

é mais importante saber qual a relação do EBITDA com a receita líquida auferida pela empresa.

Gráfico 58 – EBITDA – Tecnisa S.A.

Fonte: próprio autor

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123

Pois, a empresa XX pode apresentar um EBITDA muito superior à empresa YY, mas, quando

relacionado à receita líquida, ou seja, quando se calcula o percentual que o EBITDA representa

da receita líquida, a empresa YY poderá apresentar um resultado maior que a empresa XX.

Analisa-se a seguir o percentual de EBITDA em relação à receita atingido pela empresa

analisados por este estudo.

Tabela 10 – % EBITDA em Relação a Receita Operacional Líquida

Fonte: próprio autor

A tabela acima exposta demonstra as porcentagens de EBITDA em relação à receita

obtidas pelas empresas durante os últimos dez anos. Como pode-se ver, no primeiro ano, 2006,

a empresa PDG obteve o melhor resultado e nos anos de 2012 e 2015 demonstrou os piores

percentuais de EBITDA. No ano de 2007, o melhor percentual foi apresentado pela Brookfield,

porém, nos anos de 2013 e 2014 apresentou o pior resultado. A MRV Engenharia apresentou o

pior resultado em 2007, mas, nos anos de 2008, 2010 e 2011 obteve o melhor percentual de

EBITDA em relação a sua receita líquida.

Confirmando o que foi anteriormente escrito, o melhor EBITDA (em valor) não

apresenta o melhor resultado de EBITDA em relação à receita líquida. A empresa Cyrela Brazil

apresentou o melhor EBITDA (valor) em sete dos dez anos analisados; porém, fazendo-se a

relação deste valor com receita, apresentou melhor resultados apenas em 2012 e 2014. E em

2008 apresentou o menor percentual em relação às demais empresas.

No ano de 2006, as empresas Gafisa e Rodobens apresentaram os menores percentuais.

Sendo que a primeira demonstrou o menor resultado também em 2011 e a segunda apresentou

Brookfield Cyrela Brazil Gafisa MRV PDG Rodobens Rossi Tecnisa

2006 16% 19% 8% 14% 22% 8% 11% 17%

2007 36% 21% 14% 12% 20% 22% 13% 25%

2008 18% 10% 15% 26% 20% 25% 10% 22%

2009 19% 19% 14% 22% 20% 11% 0% 24%

2010 18% 15% 13% 22% 17% 15% 8% 16%

2011 17% 14% -18% 22% 14% 17% 4% 9%

2012 -8% 18% 7% 16% -38% 17% -1% -11%

2013 -18% 20% 19% 11% 6% 22% 8% 18%

2014 -43% 18% 3% 16% 5% 13% -29% 12%

2015 -87% 17% 7% 14% -94% 3% -29% 20%

Legenda: Maior Menor

% EBITDA em Relação a Receita Operacional Líquida

EmpresaAno

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124

o melhor percentual em 2013. Em 2008, 2009 e 2010 a empresa Rossi Residencial obteve os

menores percentuais de EBITDA em relação à receita líquida e a empresa Tecnisa demonstrou

os melhores resultados nos anos de 2009 e 2015.

No gráfico a seguir apresenta-se a média do percentual que o EBITDA das empresas

representou em relação à receita líquida auferida pelas mesmas durante os anos de 2006 a 2015.

Verifica-se no gráfico acima exposto que a média cresceu em 2007 com relação à 2006.

Porém, este crescimento não é verificado nos anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012, uma vez

que a média caiu de 20% em 2007 para 0% em 2012. No ano de 2013 nota-se que houve um

aumento do percentual, mas em 2014 houve nova queda, deixando-o negativo em 1%.

Uma vez que o EBITDA busca demonstrar a capacidade operacional da empresa,

quando o resultado se apresenta negativo quer dizer que a empresa não foi operacionalmente

eficiente. No ano de 2015 o percentual continuou em queda e apresentou-se em -19%, isto

representa que em média, as empresas tiveram 19% a mais de custos e despesas operacionais

do que obtiveram de receita operacional líquida. Apresenta-se a seguir um gráfico que visa

demonstrar os extremos de percentual de EBITDA em relação à receita obtidos pelas empresas.

Gráfico 59 – Média da % de EBITDA em relação à receita líquida

Fonte: próprio autor

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125

De acordo com o gráfico as empresas Brookfield e PDG apresentam os maiores

extremos, sendo que os extremos apresentados pela Brookfield foram o melhor resultado dentre

os demais e o segundo pior. A PDG apresentou o pior resultado dentre as empresas analisadas.

Ambas tiveram uma variação superior a 100% durante os anos analisados.

A empresa que se apresenta mais estável é a Cyrella Brazil que variou apenas 11,36%

entre o período analisado, seguida pela MRV e Rodobens. Estas três empresas foram as únicas

que não obtiveram % de EBITDA negativo em relação à receita operacional. Isto quer dizer

que apenas estas empresas, obtiveram um resultado positivo antes do resultado financeiro, ou

seja, tiveram eficiência operacional. As empresas Gafisa, Rossi e Tecnisa, apesar de

apresentarem extremidade “pior” negativa, não obtiveram variações grotescas como verificou-

se na Brookfield e na PDG.

4.4 EVENTOS MACROECONÔMICOS

Relacionou-se os eventos macroeconômicos que se acreditava terem maior correlação

aos resultados obtidos pelas empresas analisadas. O primeiro evento relacionado foi o Programa

Gráfico 60 – % EBITDA em relação à receita líquida

Fonte: próprio autor

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126

de Aceleração do Crescimento – PAC, o qual foi criado em 2007, conforme visto anteriormente.

Neste mesmo ano, verificou-se que as empresas apresentaram a melhor média dos índices de

liquidez geral, corrente, seca e imediata, sendo que se observou um aumento dos índices de

cinco empresas, dentre as oito analisadas, no referido ano.

Além dos índices de liquidez, no ano de 2007 as empresas obtiveram também a melhor

média de margem líquida e a melhor média de percentual de EBITDA em relação à receita

líquida. Ressalta-se que a melhor de EBITDA foi atingida em 2010, porém, quando calculado

em relação à receita líquida obtida pelas empresas, obteve-se a melhor média em 2007, apesar

das empresas analisados por este estudo não apresentarem relação direta ao PAC em 2007, uma

vez que o PAC deu início a grandes obras de infraestrutura e nenhuma das oito empresas têm

estas obras como atividade em seu portfólio.

Em 2009 o Governo Federal deu início ao Programa Habitacional Minha Casa Minha

Vida, por intermédio do PAC. Duas das empresas analisadas, MRV e Rossi Residencial

voltaram seus esforços ao lançamento de empreendimentos com as diretrizes do MCMV. Na

empresa MRV nota-se que em relação às demais empresas, a partir de 2009, melhores

resultados. Já na Rossi Residencial não há resultados expressivamente melhores neste período,

pelo contrário, apresentou resultados menores.

Nota-se que a MRV tem seu foco muito bem definido: empreendimentos residenciais

populares e que a Rossi, apesar de criar a linha de imóveis Rossi Ideal para o lançamento de

projetos populares, ainda manteve os empreendimentos de médio e alto padrão, não sendo seu

foco voltado ao MCMV. Portanto, acredita-se que este programa tenha influenciado

positivamente apenas a MRV que soube trabalhar estrategicamente as diretrizes impostas pelo

mesmo.

Não se relacionou nenhum evento macroeconômico no ano de 2010, além do início das

preparações para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Porém, neste ano as empresas

analisadas, considerando-se a média, apresentaram melhor índice de giro do ativo, retorno do

ativo, retorno do patrimônio líquido e EBITDA. As oito empresas analisadas não tiveram

relação direta aos preparativos para a Copa, porém, acredita-se que os resultados obtidos neste

ano, foram influenciados por este evento uma vez que os “olhos do mundo” se voltaram para o

Brasil, incentivando desta forma, inclusive os empreendimentos de médio/alto padrão aos quais

as empresas analisadas propuseram-se lançar.

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No PAC 2 em 2011, conforme visto anteriormente, foi criado o Plano Brasil Maior,

onde, dentre outras medidas, adotou-se a desoneração da folha de pagamento como medida de

incentivo à contratação formal. Porém, de acordo com a Lei 12.546/2011 desonera-se os 20%

de contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento em troca de 2% de

contribuição previdenciária sobre o faturamento de acordo com a atividade da empresa. Nota-

se que as empresas analisadas não apresentaram resultados melhores em 2012, quando a Lei

entrou em vigor com relação a 2011. Acredita-se que esta medida possa ter influenciado

negativamente os resultados das empresas, afinal, passou-se a tributar o faturamento das

mesmas.

Ainda de acordo com a mesma Lei, a desoneração foi obrigatória de 2012 a novembro

de 2015 quando passou a ser opcional. Mas, além de passar a ser opcional, houve um aumento

da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, de 2 para 4%. Desta forma, tornando-se

uma desoneração da folha de pagamento e oneração de tributos sobre a receita bruta.

Atualmente, ainda em andamento, tem-se a Operação Lava-Jato, operação da Policia

Federal, que procura desvendar grandes fraudes ocorridas na Petrobras, tendo as empreiteiras

como protagonistas destas fraudes. Esta operação teve início em 2009, porém vem mostrando

o envolvimento das empreiteiras apenas nos últimos dois anos, 2014 e 2015. Até o momento,

nenhuma das empresas analisados foi citada pela operação Lava Jato como envolvida no

esquema das fraudes.

Apesar das empresas analisadas, a princípio, não participarem da operação Lava Jato,

nota-se que os índices apresentados por 7 dentre as 8 empresas analisadas tiveram queda no

último ano. De acordo com os noticiários, expostos no referencial teórico, esta operação

acrescida da crise política enfrentada pelo país, afeta não somente o ramo da construção civil,

mas, a economia brasileira como um todo, ou seja, todos os segmentos.

Acredita-se que outra influência negativa aos resultados das empresas analisadas, são a

instabilidade política e econômica enfrentada pelo país, em decorrência da Lava Jato, onde

grandes investidores, brasileiros ou não, não visualizam credibilidade em investir no Brasil,

acarretando desta forma uma retração de investimentos. E ainda, em decorrência da crise

econômica, observou-se aumento das taxas de juros além de redução da liberação de crédito

para empréstimos e financiamentos para habitação.

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128

Portanto, verifica-se que os eventos macroeconômicos citados têm relação aos

resultados obtidos pelas empresas, porém, não se pode afirmar o quanto estes eventos

influenciaram nos índices calculados.

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129

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme visto no decorrer deste trabalho, a construção civil tem grande participação

no desenvolvimento econômico brasileiro. Primeiro, pelos altos valores investidos, depois pela

quantidade de pessoas que emprega diretamente além dos vários empregos que são gerados

indiretamente. Uma vez reconhecida a importância deste setor, elaborou-se este trabalho com a

expectativa de demonstrar os índices de liquidez e rentabilidade das empresas deste segmento,

além de apresentar a revisão bibliográfica sobre a análise das demonstrações contábeis.

No entanto, pela quantidade de empresas listadas na Bovespa, fez-se uma seleção das

empresas, sendo realizada aleatoriamente pela autora. Para que a apuração dos índices fosse

possível, extraíram-se os balanços patrimoniais e as demonstrações do resultado do exercício,

ambos consolidados, do site da Bovespa, uma vez que todas as empresas têm obrigação legal

de exporem estas informações. Posterior à coleta, os dados extraídos foram selecionados e

agrupados em planilhas do aplicativo Microsoft Excel®, e desta forma analisados e

transportados aos gráficos expostos.

Apuraram-se os índices de liquidez, rentabilidade e EBITDA das empresas selecionadas

a partir das informações coletadas nas demonstrações contábeis destas empresas. No que diz

respeito ao índice de liquidez geral, todos os índices apresentados no decorrer dos dez anos,

pelas oito empresas analisadas, foram satisfatórios, exceto o índice apresentado pela Rossi

Residencial no ano de 2015, o qual foi de 0,97. Assim como o índice de liquidez geral, para que

seja considerado satisfatório, o índice de liquidez corrente deve ser maior que 1, e este também

foi satisfatório para todas as empresas entre os anos de 2006 e 2015, exceto para a Rossi

Residencial e para PDG em 2015, quando o resultado obtido pelas mesmas foi de 0,70 e 0,74,

respectivamente.

Já, os índices de liquidez seca e imediata não apresentam um padrão, no entanto, dentre

as empresas analisadas, verificou-se uma disparidade nos índices de liquidez seca apresentados

pela empresa Rodobens, os quais são superiores significativamente às demais empresas em

quase todos os anos analisados. Em relação aos índices de liquidez imediata apurados e

analisados, notou-se que a empresa Brookfield obteve disparadamente o maior resultado nos

anos de 2006 e 2007, porém, acredita-se, com base na análise realizada, que os índices por ela

obtidos não estejam demonstrando um bom resultado, e sim, talvez evidenciem falta de

investimento, em razão da sobra de disponibilidades nos ativos.

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130

Com a apuração dos índices de rentabilidade, foi possível verificar que em relação ao

giro do ativo, as oito empresas analisadas apresentaram resultados regulares entre as mesmas,

não havendo grandes disparidades, sendo que os melhores índices foram alcançados em 2010

pela maioria das empresas. Porém, em relação a margem líquida, os resultados não foram tão

regulares quanto do giro do ativo, sendo que a margem líquida de cinco empresas, dentre as

oito analisadas, foi negativa ao menos em um período. Destacam-se as margens amplamente

negativas obtidas pela Brookfield e PDG no ano de 2015, -94% e -156%, respectivamente.

Como a rentabilidade do ativo é representada pelo produto do giro do ativo e da margem

líquida, demonstra-se a disparidade da rentabilidade do ativo apresentada pela Brookfield e pela

PDG em 2015. Notou-se que estas empresas são produtivas, considerando-se o giro do ativo,

porém, não são lucrativas, avaliando-se a margem líquida. Logo, apresentam-se deficitárias em

relação à rentabilidade não somente do ativo, mas também do patrimônio líquido, conforme as

análises apresentadas anteriormente.

A disparidade verificada nos índices de rentabilidade verificou-se também nos

resultados de EBITDA, principalmente na Brookfield e na PDG, no qual novamente os valores

apresentados por estas duas empresas foram significativamente inferiores às demais. E,

relacionando-se o EBITDA com a receita líquida auferida pelas empresas, a PDG apresentou

um resultado de -94% em 2015, o que significa que a empresa não está conseguindo se manter

saudável operacionalmente.

Além de apurar e analisar os índices, buscou-se relacionar os resultados obtidos pelas

empresas aos eventos macroeconômicos nacionais, como também programas governamentais,

estabelecendo se houve alguma influência relevante. Com os resultados analisados se conseguiu

afirmar uma relação dos mesmos com os eventos descritos. Uma vez que, considerando-se a

média dos índices de liquidez, a média da margem líquida e a melhor média de percentual do

EBITDA em relação à receita líquida, o melhor resultado se deu em 2007, quando iniciaram as

grandes obras de infraestrutura do PAC, e consequentemente incentivando os investimentos no

Brasil. E, no ano de 2010, quando se iniciaram os preparativos para a Copa do Mundo de

Futebol de 2014, as empresas analisadas obtiveram, considerando-se a média, os melhores

resultados dos índices de giro do ativo, rentabilidade do ativo, rentabilidade do patrimônio

líquido e a melhor média em valor do EBITDA.

Somando-se o fim dos investimentos para a realização do Copa do Mundo de Futebol

que ocorreu em 2014, com a estagnação de investimentos do PAC na construção de

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infraestrutura além da limitação de crédito, tanto para fins imobiliários quanto para fins de

investimentos e, ainda, a divulgação das maiores empreiteiras brasileiras como protagonistas

do caso de corrupção investigado pela operação Lava-Jato, demonstrou-se como resultado que

todos os índices calculados, exceto a liquidez geral e a liquidez corrente apresentaram o pior

índice no ano de 2015, considerando-se a média geral das oito empresas analisadas. E, os

índices de liquidez geral e corrente apresentaram as piores médias em 2014.

Em relação ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida, notou-se alteração

positiva dos resultados apenas da MRV Engenharia, a qual, conforme colocado anteriormente,

voltou seu foco aos empreendimentos residenciais populares justamente para atingir as

diretrizes propostas pelo programa. Já a Rossi Residencial não apresentou alterações

significativas mesmo com a criação da linha de imóveis Rossi Ideal que tinha por objetivo o

MCMV.

A desoneração da folha de pagamento, adveio para estimular o setor produtivo como

um todo e incentivar o emprego formal. Porém, conforme anteriormente colocado, acredita-se

que esta medida governamental teve influência negativa sobre as empresas analisadas, uma vez

que se passou a tributar a receita bruta auferida pelas empresas em troca da contribuição

previdenciária patronal sobre a folha de pagamento. Sendo que a execução dos

empreendimentos é realizada por terceiros, acredita-se que a tributação sobre a receita é

superior à contribuição sobre a folha de pagamento. Observa-se que no ano de 2012 as médias

de todos os índices calculados, sem exceção, foi menor que em 2011, comprovando a correlação

entre a desoneração da folha de pagamento aos resultados apresentados pelas empresas.

A partir dos apontamentos realizados, pode-se afirmar que tanto os eventos econômicos

quanto as políticas governamentais influenciaram de forma significativa os resultados dos

índices de liquidez, rentabilidade e EBITDA aos quais se propôs analisar neste estudo.

De acordo com o exposto, conseguiu-se atingir o objetivo geral proposto por este

trabalho, o qual propusera identificar e analisar qual a variação que os índices de liquidez e

rentabilidade das empresas de capital aberto do segmento da construção civil apresentaram

entre os anos de 2006 e 2015, com base nas suas demonstrações contábeis. Assim como atingiu-

se o objetivo geral do trabalho, alcançaram-se também, os objetivos específicos propostos, já

apresentados anteriormente.

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5.1 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

As seguintes limitações de estudo foram levantadas no decorrer do trabalho:

Foram analisadas apenas oito, das dezenove empresas deste segmento listadas

na Bovespa;

Fez-se apenas a análise dos índices de liquidez, rentabilidade e EBITDA, não

sendo considerados os índices de endividamento ou estrutura de capitais e os

índices de atividade das empresas;

Listaram-se apenas os eventos macroeconômicos que se acreditava ter maior

relação aos resultados e não se levantou a totalidade dos mesmos.

5.2 PESQUISAS FUTURAS

Para pesquisas futuras sobre a continuidade do assunto abordado, sugerem-se:

Analisar todas as empresas deste segmento;

Analisar todos os índices econômicos, financeiros e de capital, criando índices-

padrão para os mesmos; além de realizar a análise horizontal e vertical.

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sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) à indústria automotiva;

altera a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas que

menciona; altera as Leis no 11.774, de 17 de setembro de 2008, no 11.033, de 21 de

dezembro de 2004, no 11.196, de 21 de novembro de 2005, no 10.865, de 30 de abril de

2004, no 11.508, de 20 de julho de 2007, no 7.291, de 19 de dezembro de 1984, no 11.491,

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134

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1996, e a Medida Provisória no 2.199-14, de 24 de agosto de 2001; revoga o art. 1o da Lei

no 11.529, de 22 de outubro de 2007, e o art. 6o do Decreto-Lei no 1.593, de 21 de dezembro

de 1977, nos termos que especifica; e dá outras providências. Diário Oficial da República

Federativa do Brasil. Brasília, DF, 14 dez. 2011. Disponível em:

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139

APÊNDICE 1 – DADOS DA EMPRESA BROOKFIELD

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 999.744 701.637 371.778 273.797 2,64

2007 974.483 675.245 226.872 262.605 3,37

2008 2.343.571 1.700.702 997.299 1.779.590 1,46

2009 3.160.360 2.148.189 1.139.585 2.044.809 1,67

2010 3.556.638 3.338.187 2.155.017 2.579.062 1,46

2011 4.129.112 4.301.232 2.067.431 3.963.564 1,40

2012 4.532.119 4.299.314 3.104.606 3.104.606 1,42

2013 4.529.731 3.547.893 2.685.259 2.685.259 1,50

2014 4.378.325 3.002.053 3.345.156 3.345.156 1,10

2015 4.323.898 1.869.497 2.220.714 2.220.714 1,39

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 999.744 179.783 371.778 2,21 2006 654.151 371.778 1,76

2007 974.483 301.470 226.872 2,97 2007 466.554 226.872 2,06

2008 2.343.571 1.255.518 997.299 1,09 2008 247.547 997.299 0,25

2009 3.160.360 1.665.749 1.139.585 1,31 2009 63.277 1.139.585 0,06

2010 3.556.638 1.362.818 2.155.017 1,02 2010 232.077 2.155.017 0,11

2011 4.129.112 1.443.544 2.067.431 1,30 2011 581.891 2.067.431 0,28

2012 4.532.119 1.421.715 3.104.606 1,00 2012 63.277 3.104.606 0,02

2013 4.529.731 1.357.423 2.685.259 1,18 2013 788.604 2.685.259 0,29

2014 4.378.325 1.261.182 3.345.156 0,93 2014 535.810 3.345.156 0,16

2015 4.323.898 2.450.963 2.220.714 0,84 2015 285.787 2.220.714 0,13

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 2,64 2,69 2,21 1,76 2006 999.744 371.778 2,69

2007 3,37 4,30 2,97 2,06 2007 974.483 226.872 4,30

2008 1,46 2,35 1,09 0,25 2008 2.343.571 997.299 2,35

2009 1,67 2,77 1,31 0,06 2009 3.160.360 1.139.585 2,77

2010 1,46 1,65 1,02 0,11 2010 3.556.638 2.155.017 1,65

2011 1,40 2,00 1,30 0,28 2011 4.129.112 2.067.431 2,00

2012 1,42 1,46 1,00 0,02 2012 4.532.119 3.104.606 1,46

2013 1,50 1,69 1,18 0,29 2013 4.529.731 2.685.259 1,69

2014 1,10 1,31 0,93 0,16 2014 4.378.325 3.345.156 1,31

2015 1,39 1,95 0,84 0,13 2015 4.323.898 2.220.714 1,95

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.712.234 1.667.080 4.291.669 5.601.650 7.435.973 9.048.749 9.838.865 9.023.516 8.047.386 6.796.482

1.712.234 3.379.314 5.958.749 9.893.319 13.037.623 16.484.722 18.887.614 18.862.381 17.070.902 14.843.868

1.712.234 1.689.657 2.979.375 4.946.660 6.518.812 8.242.361 9.443.807 9.431.191 8.535.451 7.421.934

Líquidez Geral

Liquidez Corrente

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez

ATIVO TOTAL MÉDIO

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140

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 393.695 1.712.234 0,23 2006 41.970 393.695 11%

2007 462.493 1.689.657 0,27 2007 145.261 462.493 31%

2008 792.323 2.979.375 0,27 2008 102.837 792.323 13%

2009 1.812.012 4.946.660 0,37 2009 201.887 1.812.012 11%

2010 3.284.129 6.518.812 0,50 2010 363.669 3.284.129 11%

2011 3.727.273 8.242.361 0,45 2011 326.831 3.727.273 9%

2012 2.736.489 9.443.807 0,29 2012 -388.004 2.736.489 -14%

2013 2.997.923 9.431.191 0,32 2013 -686.393 2.997.923 -23%

2014 2.068.984 8.535.451 0,24 2014 -1.230.130 2.068.984 -59%

2015 1.167.933 7.421.934 0,16 2015 -1.097.901 1.167.933 -94%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,23 11% 0,02 2006 41.970 1.712.234 2%

2007 0,27 31% 0,09 2007 145.261 1.689.657 9%

2008 0,27 13% 0,03 2008 102.837 2.979.375 3%

2009 0,37 11% 0,04 2009 201.887 4.946.660 4%

2010 0,50 11% 0,06 2010 363.669 6.518.812 6%

2011 0,45 9% 0,04 2011 326.831 8.242.361 4%

2012 0,29 -14% -0,04 2012 -388.004 9.443.807 -4%

2013 0,32 -23% -0,07 2013 -686.393 9.431.191 -7%

2014 0,24 -59% -0,14 2014 -1.230.130 8.535.451 -14%

2015 0,16 -94% -0,15 2015 -1.097.901 7.421.934 -15%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.066.659 1.177.603 1.514.780 2.417.256 2.701.894 3.017.754 2.853.739 2.183.678 1.933.721 1.908.218 Final

0 1.066.659 1.177.603 1.514.780 2.417.256 2.701.894 3.017.754 2.853.739 2.183.678 1.933.721 Inicial

0 145.261 102.837 201.887 363.669 326.831 -388.004 -686.393 -1.230.130 -1.097.901 LL

1.066.659 1.049.501 1.294.773 1.865.075 2.377.741 2.696.409 3.129.749 2.861.905 2.673.765 2.469.920 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/ receita

2006 41.970 1.066.659 4% 2006 60.717 -1.605 62.322 393.695 16%

2007 145.261 1.049.501 14% 2007 165.889 -1.201 167.090 462.493 36%

2008 102.837 1.294.773 8% 2008 143.029 -1.972 145.001 792.323 18%

2009 201.887 1.865.075 11% 2009 335.551 -1.997 337.548 1.812.012 19%

2010 363.669 2.377.741 15% 2010 587.858 -8.176 596.034 3.284.129 18%

2011 326.831 2.696.409 12% 2011 611.969 -13.968 625.937 3.727.273 17%

2012 -388.004 3.129.749 -12% 2012 -217.567 0 -217.567 2.736.489 -8%

2013 -686.393 2.861.905 -24% 2013 -526.100 0 -526.100 2.997.923 -18%

2014 -1.230.130 2.673.765 -46% 2014 -899.941 0 -899.941 2.068.984 -43%

2015 -1.097.901 2.469.920 -44% 2015 -1.018.891 0 -1.018.891 1.167.933 -87%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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141

APÊNDICE 2 – DADOS DA EMPRESA CYRELA BRAZIL

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 2.159.160 671.093 643.543 112.329 3,74

2007 2.591.924 1.922.738 1.569.235 274.772 2,45

2008 5.061.543 2.090.626 2.929.240 350.091 2,18

2009 6.747.892 3.549.271 3.822.157 1.090.654 2,10

2010 8.189.985 3.586.984 3.921.657 3.438.967 1,60

2011 8.781.415 4.570.633 4.383.469 4.338.442 1,53

2012 9.737.751 3.822.166 4.290.025 4.146.564 1,61

2013 8.689.340 4.742.486 3.886.979 4.306.072 1,64

2014 8.643.734 3.810.054 4.059.614 2.993.153 1,77

2015 8.438.709 3.320.277 3.037.540 3.013.161 1,94

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 2.159.160 976.182 643.543 1,84 2006 414.768 643.543 0,64

2007 2.591.924 1.073.307 1.569.235 0,97 2007 506.203 1.569.235 0,32

2008 5.061.543 2.274.240 2.929.240 0,95 2008 824.002 2.929.240 0,28

2009 6.747.892 2.080.663 3.822.157 1,22 2009 1.561.965 3.822.157 0,41

2010 8.189.985 3.076.564 3.921.657 1,30 2010 242.556 3.921.657 0,06

2011 8.781.415 3.023.701 4.383.469 1,31 2011 265.494 4.383.469 0,06

2012 9.737.751 2.984.464 4.290.025 1,57 2012 1.244.492 4.290.025 0,29

2013 8.689.340 2.421.633 3.886.979 1,61 2013 1.330.136 3.886.979 0,34

2014 8.643.734 3.031.736 4.059.614 1,38 2014 919.160 4.059.614 0,23

2015 8.438.709 3.169.305 3.037.540 1,73 2015 828.512 3.037.540 0,27

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 3,74 3,36 1,84 0,64 2006 2.159.160 643.543 3,36

2007 2,45 1,65 0,97 0,32 2007 2.591.924 1.569.235 1,65

2008 2,18 1,73 0,95 0,28 2008 5.061.543 2.929.240 1,73

2009 2,10 1,77 1,22 0,41 2009 6.747.892 3.822.157 1,77

2010 1,60 2,09 1,30 0,06 2010 8.189.985 3.921.657 2,09

2011 1,53 2,00 1,31 0,06 2011 8.781.415 4.383.469 2,00

2012 1,61 2,27 1,57 0,29 2012 9.737.751 4.290.025 2,27

2013 1,64 2,24 1,61 0,34 2013 8.689.340 3.886.979 2,24

2014 1,77 2,13 1,38 0,23 2014 8.643.734 4.059.614 2,13

2015 1,94 2,78 1,73 0,27 2015 8.438.709 3.037.540 2,78

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

3.042.486 4.781.705 7.557.503 10.550.690 12.042.561 13.644.677 13.829.895 14.387.099 13.420.612 12.729.588

3.042.486 7.824.191 12.339.208 18.108.193 22.593.251 25.687.238 27.474.572 28.216.994 27.807.711 26.150.200

3.042.486 3.912.096 6.169.604 9.054.097 11.296.626 12.843.619 13.737.286 14.108.497 13.903.856 13.075.100

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

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142

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 1.116.681 3.042.486 0,37 2006 242.283 1.116.681 22%

2007 1.998.542 3.912.096 0,51 2007 386.761 1.998.542 19%

2008 2.847.441 6.169.604 0,46 2008 277.708 2.847.441 10%

2009 4.087.825 9.054.097 0,45 2009 729.349 4.087.825 18%

2010 4.890.105 11.296.626 0,43 2010 685.066 4.890.105 14%

2011 6.126.781 12.843.619 0,48 2011 592.186 6.126.781 10%

2012 5.837.953 13.737.286 0,42 2012 778.719 5.837.953 13%

2013 5.371.882 14.108.497 0,38 2013 893.999 5.371.882 17%

2014 5.817.927 13.903.856 0,42 2014 831.386 5.817.927 14%

2015 4.341.184 13.075.100 0,33 2015 593.153 4.341.184 14%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,37 22% 0,08 2006 242.283 3.042.486 8%

2007 0,51 19% 0,10 2007 386.761 3.912.096 10%

2008 0,46 10% 0,05 2008 277.708 6.169.604 5%

2009 0,45 18% 0,08 2009 729.349 9.054.097 8%

2010 0,43 14% 0,06 2010 685.066 11.296.626 6%

2011 0,48 10% 0,05 2011 592.186 12.843.619 5%

2012 0,42 13% 0,06 2012 778.719 13.737.286 6%

2013 0,38 17% 0,06 2013 893.999 14.108.497 6%

2014 0,42 14% 0,06 2014 831.386 13.903.856 6%

2015 0,33 14% 0,05 2015 593.153 13.075.100 5%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.948.550 1.888.965 2.120.949 3.852.804 4.681.937 4.922.766 5.393.306 6.194.048 6.367.845 6.678.887 Final

0 1.948.550 1.888.965 2.120.949 3.852.804 4.681.937 4.922.766 5.393.306 6.194.048 6.367.845 Inicial

0 386.761 277.708 729.349 685.066 592.186 778.719 893.999 831.386 593.153 LL

1.948.550 1.725.377 1.866.103 2.622.202 3.924.838 4.506.259 4.768.677 5.346.678 5.865.254 6.226.790 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/ receita

2006 242.283 1.948.550 12% 2006 214.101 3.564 217.665 1.116.681 19%

2007 386.761 1.725.377 22% 2007 425.149 1.751 426.900 1.998.542 21%

2008 277.708 1.866.103 15% 2008 280.033 4.811 284.844 2.847.441 10%

2009 729.349 2.622.202 28% 2009 758.023 6.518 764.541 4.087.825 19%

2010 685.066 3.924.838 17% 2010 748.764 8.885 757.649 4.890.105 15%

2011 592.186 4.506.259 13% 2011 730.779 140.029 870.808 6.126.781 14%

2012 778.719 4.768.677 16% 2012 921.483 124.080 1.045.563 5.837.953 18%

2013 893.999 5.346.678 17% 2013 1.002.012 96.012 1.098.024 5.371.882 20%

2014 831.386 5.865.254 14% 2014 960.263 84.350 1.044.613 5.817.927 18%

2015 593.153 6.226.790 10% 2015 672.807 75.953 748.760 4.341.184 17%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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143

APÊNDICE 3 – DADOS DA EMPRESA GAFISA

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 1.359.573 123.954 340.744 337.089 2,19

2007 1.976.035 768.850 660.629 832.447 1,84

2008 3.776.701 1.498.654 1.328.395 2.126.641 1,53

2009 4.892.448 2.534.713 2.020.602 3.283.540 1,40

2010 6.813.270 1.936.715 2.004.933 3.403.686 1,62

2011 7.314.358 1.909.989 4.815.939 1.943.591 1,36

2012 7.218.690 1.575.371 2.879.590 3.499.037 1,38

2013 5.679.907 1.240.322 2.683.023 2.285.524 1,39

2014 4.691.211 1.420.654 2.270.869 1.876.580 1,47

2015 4.316.764 1.349.404 2.048.969 1.614.127 1,55

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 1.359.573 440.989 340.744 2,70 2006 266.159 340.744 0,78

2007 1.976.035 872.876 660.629 1,67 2007 517.420 660.629 0,78

2008 3.776.701 1.695.130 1.328.395 1,57 2008 605.502 1.328.395 0,46

2009 4.892.448 1.332.374 2.020.602 1,76 2009 1.424.053 2.020.602 0,70

2010 6.813.270 1.707.892 2.004.933 2,55 2010 256.382 2.004.933 0,13

2011 7.314.358 2.049.084 4.815.939 1,09 2011 137.598 4.815.939 0,03

2012 7.218.690 2.130.195 2.879.590 1,77 2012 627.137 2.879.590 0,22

2013 5.679.907 1.442.019 2.683.023 1,58 2013 215.194 2.683.023 0,08

2014 4.691.211 1.695.817 2.270.869 1,32 2014 109.895 2.270.869 0,05

2015 4.316.764 1.880.377 2.048.969 1,19 2015 82.640 2.048.969 0,04

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 2,19 3,99 2,70 0,78 2006 1.359.573 340.744 3,99

2007 1,84 2,99 1,67 0,78 2007 1.976.035 660.629 2,99

2008 1,53 2,84 1,57 0,46 2008 3.776.701 1.328.395 2,84

2009 1,40 2,42 1,76 0,70 2009 4.892.448 2.020.602 2,42

2010 1,62 3,40 2,55 0,13 2010 6.813.270 2.004.933 3,40

2011 1,36 1,52 1,09 0,03 2011 7.314.358 4.815.939 1,52

2012 1,38 2,51 1,77 0,22 2012 7.218.690 2.879.590 2,51

2013 1,39 2,12 1,58 0,08 2013 5.679.907 2.683.023 2,12

2014 1,47 2,07 1,32 0,05 2014 4.691.211 2.270.869 2,07

2015 1,55 2,11 1,19 0,04 2015 4.316.764 2.048.969 2,11

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.494.217 3.004.785 5.538.858 7.688.323 9.040.791 9.506.624 9.070.994 8.183.030 7.205.852 6.760.332

1.494.217 4.499.002 8.543.643 13.227.181 16.729.114 18.547.415 18.577.618 17.254.024 15.388.882 13.966.184

1.494.217 2.249.501 4.271.822 6.613.591 8.364.557 9.273.708 9.288.809 8.627.012 7.694.441 6.983.092

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

Page 145: ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E …faculdadenovapetropolis.cnec.br/wp-content/uploads/sites/121/2017/... · Through the analysis carried out it was found that the macroeconomic

144

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 663.847 1.494.217 0,44 2006 46.056 663.847 7%

2007 1.204.287 2.249.501 0,54 2007 91.640 1.204.287 8%

2008 1.740.404 4.271.822 0,41 2008 109.921 1.740.404 6%

2009 3.022.346 6.613.591 0,46 2009 213.540 3.022.346 7%

2010 3.403.050 8.364.557 0,41 2010 288.484 3.403.050 8%

2011 2.940.506 9.273.708 0,32 2011 -905.189 2.940.506 -31%

2012 3.953.282 9.288.809 0,43 2012 -76.363 3.953.282 -2%

2013 2.481.211 8.627.012 0,29 2013 867.678 2.481.211 35%

2014 2.150.998 7.694.441 0,28 2014 -43.725 2.150.998 -2%

2015 2.294.319 6.983.092 0,33 2015 70.979 2.294.319 3%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,44 7% 0,03 2006 46.056 1.494.217 3%

2007 0,54 8% 0,04 2007 91.640 2.249.501 4%

2008 0,41 6% 0,03 2008 109.921 4.271.822 3%

2009 0,46 7% 0,03 2009 213.540 6.613.591 3%

2010 0,41 8% 0,03 2010 288.484 8.364.557 3%

2011 0,32 -31% -0,10 2011 -905.189 9.273.708 -10%

2012 0,43 -2% -0,01 2012 -76.363 9.288.809 -1%

2013 0,29 35% 0,10 2013 867.678 8.627.012 10%

2014 0,28 -2% -0,01 2014 -43.725 7.694.441 -1%

2015 0,33 3% 0,01 2015 70.979 6.983.092 1%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

814.087 1.498.728 1.612.419 2.325.634 3.632.172 2.747.094 2.692.367 3.214.483 3.058.403 3.097.236 Final

0 814.087 1.498.728 1.612.419 2.325.634 3.632.172 2.747.094 2.692.367 3.214.483 3.058.403 Inicial

0 91.640 109.921 213.540 288.484 -905.189 -76.363 867.678 -43.725 70.979 LL

814.087 1.110.588 1.500.613 1.862.257 2.834.661 3.642.228 2.757.912 2.519.586 3.158.306 3.042.330 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 46.056 814.087 6% 2006 52.080 -4.302 56.382 663.847 8%

2007 91.640 1.110.588 8% 2007 128.058 -38.696 166.754 1.204.287 14%

2008 109.921 1.500.613 7% 2008 210.051 -52.635 262.686 1.740.404 15%

2009 213.540 1.862.257 11% 2009 380.346 -34.170 414.516 3.022.346 14%

2010 288.484 2.834.661 10% 2010 392.729 -33.816 426.545 3.403.050 13%

2011 -905.189 3.642.228 -25% 2011 -602.924 -83.428 -519.496 2.940.506 -18%

2012 -76.363 2.757.912 -3% 2012 171.805 -87.584 259.389 3.953.282 7%

2013 867.678 2.519.586 34% 2013 401.871 -63.014 464.885 2.481.211 19%

2014 -43.725 3.158.306 -1% 2014 -19.532 -79.251 59.719 2.150.998 3%

2015 70.979 3.042.330 2% 2015 116.286 -47.420 163.706 2.294.319 7%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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145

APÊNDICE 4 – DADOS DA EMPRESA MRV

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 262.932 121.907 180.803 109.165 1,33

2007 1.469.077 409.721 429.480 91.613 3,61

2008 1.896.160 712.616 535.383 511.910 2,49

2009 3.167.665 1.121.947 1.059.822 777.163 2,34

2010 4.585.296 1.969.709 1.822.378 1.916.210 1,75

2011 5.998.840 2.826.895 2.648.575 2.841.982 1,61

2012 6.179.521 3.479.636 3.286.108 2.966.124 1,54

2013 5.870.596 3.568.245 2.560.666 3.272.383 1,62

2014 6.232.331 3.598.483 3.006.092 3.138.165 1,60

2015 6.819.612 3.643.131 3.050.474 3.291.962 1,65

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 262.932 176.745 180.803 0,48 2006 9.372 180.803 0,05

2007 1.469.077 640.989 429.480 1,93 2007 604.196 429.480 1,41

2008 1.896.160 985.649 535.383 1,70 2008 148.988 535.383 0,28

2009 3.167.665 946.613 1.059.822 2,10 2009 713.368 1.059.822 0,67

2010 4.585.296 1.360.889 1.822.378 1,77 2010 864.936 1.822.378 0,47

2011 5.998.840 1.855.548 2.648.575 1,56 2011 930.496 2.648.575 0,35

2012 6.179.521 1.734.394 3.286.108 1,35 2012 1.385.307 3.286.108 0,42

2013 5.870.596 1.735.429 2.560.666 1,61 2013 1.422.595 2.560.666 0,56

2014 6.232.331 2.125.001 3.006.092 1,37 2014 1.217.497 3.006.092 0,41

2015 6.819.612 2.726.289 3.050.474 1,34 2015 1.595.814 3.050.474 0,52

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 1,33 1,45 0,48 0,05 2006 262.932 180.803 1,45

2007 3,61 3,42 1,93 1,41 2007 1.469.077 429.480 3,42

2008 2,49 3,54 1,70 0,28 2008 1.896.160 535.383 3,54

2009 2,34 2,99 2,10 0,67 2009 3.167.665 1.059.822 2,99

2010 1,75 2,52 1,77 0,47 2010 4.585.296 1.822.378 2,52

2011 1,61 2,26 1,56 0,35 2011 5.998.840 2.648.575 2,26

2012 1,54 1,88 1,35 0,42 2012 6.179.521 3.286.108 1,88

2013 1,62 2,29 1,61 0,56 2013 5.870.596 2.560.666 2,29

2014 1,60 2,07 1,37 0,41 2014 6.232.331 3.006.092 2,07

2015 1,65 2,24 1,34 0,52 2015 6.819.612 3.050.474 2,24

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

386.947 1.897.184 2.682.420 4.360.259 6.791.338 9.160.646 10.340.205 10.198.449 10.817.175 11.392.309

386.947 2.284.131 4.579.604 7.042.679 11.151.597 15.951.984 19.500.851 20.538.654 21.015.624 22.209.484

386.947 1.142.066 2.289.802 3.521.340 5.575.799 7.975.992 9.750.426 10.269.327 10.507.812 11.104.742

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

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146

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 92.479 386.947 0,24 2006 12.913 92.479 14%

2007 399.564 1.142.066 0,35 2007 22.272 399.564 6%

2008 1.110.748 2.289.802 0,49 2008 231.030 1.110.748 21%

2009 1.647.580 3.521.340 0,47 2009 374.066 1.647.580 23%

2010 3.020.951 5.575.799 0,54 2010 675.199 3.020.951 22%

2011 4.015.063 7.975.992 0,50 2011 816.291 4.015.063 20%

2012 3.803.808 9.750.426 0,39 2012 574.837 3.803.808 15%

2013 3.870.608 10.269.327 0,38 2013 450.195 3.870.608 12%

2014 4.186.185 10.507.812 0,40 2014 751.400 4.186.185 18%

2015 4.763.038 11.104.742 0,43 2015 595.354 4.763.038 12%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,24 14% 0,03 2006 12.913 386.947 3%

2007 0,35 6% 0,02 2007 22.272 1.142.066 2%

2008 0,49 21% 0,10 2008 231.030 2.289.802 10%

2009 0,47 23% 0,11 2009 374.066 3.521.340 11%

2010 0,54 22% 0,12 2010 675.199 5.575.799 12%

2011 0,50 20% 0,10 2011 816.291 7.975.992 10%

2012 0,39 15% 0,06 2012 574.837 9.750.426 6%

2013 0,38 12% 0,04 2013 450.195 10.269.327 4%

2014 0,40 18% 0,07 2014 751.400 10.507.812 7%

2015 0,43 12% 0,05 2015 595.354 11.104.742 5%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

96.979 1.367.773 1.551.761 2.523.274 3.052.750 3.670.089 4.087.973 4.365.400 4.672.918 5.049.873 Final

0 96.979 1.367.773 1.551.761 2.523.274 3.052.750 3.670.089 4.087.973 4.365.400 4.672.918 Inicial

0 22.272 231.030 374.066 675.199 816.291 574.837 450.195 751.400 595.354 LL

96.979 721.240 1.344.252 1.850.485 2.450.413 2.953.274 3.591.613 4.001.589 4.143.459 4.563.719 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 12.913 96.979 13% 2006 13.341 0 13.341 92.479 14%

2007 22.272 721.240 3% 2007 48.375 852 47.523 399.564 12%

2008 231.030 1.344.252 17% 2008 298.798 10.874 287.924 1.110.748 26%

2009 374.066 1.850.485 20% 2009 383.137 14.728 368.409 1.647.580 22%

2010 675.199 2.450.413 28% 2010 669.873 13.667 656.206 3.020.951 22%

2011 816.291 2.953.274 28% 2011 893.023 18.845 874.178 4.015.063 22%

2012 574.837 3.591.613 16% 2012 620.702 23.441 597.261 3.803.808 16%

2013 450.195 4.001.589 11% 2013 468.818 35.847 432.971 3.870.608 11%

2014 751.400 4.143.459 18% 2014 703.676 36.353 667.323 4.186.185 16%

2015 595.354 4.563.719 13% 2015 698.596 37.029 661.567 4.763.038 14%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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147

APÊNDICE 5 – DADOS DA EMPRESA PDG

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 368.643 117.075 139.505 118.114 1,89

2007 1.726.768 619.962 468.773 689.945 2,03

2008 1.608.690 1.264.921 722.370 879.310 1,79

2009 3.842.395 1.866.223 1.687.471 1.454.048 1,82

2010 11.520.847 2.776.561 4.586.234 4.835.328 1,52

2011 12.657.018 3.508.075 5.023.540 5.792.653 1,49

2012 10.381.233 4.701.236 4.458.262 6.545.797 1,37

2013 9.734.097 5.509.380 4.750.813 6.717.989 1,33

2014 7.976.535 6.326.604 5.221.883 5.640.593 1,32

2015 4.850.657 5.251.302 6.567.223 2.006.257 1,18

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 368.643 190.232 139.505 1,28 2006 37.935 139.505 0,27

2007 1.726.768 598.412 468.773 2,41 2007 716.381 468.773 1,53

2008 1.608.690 698.541 722.370 1,26 2008 256.428 722.370 0,35

2009 3.842.395 1.273.657 1.687.471 1,52 2009 1.099.356 1.687.471 0,65

2010 11.520.847 3.316.805 4.586.234 1,79 2010 1.716.557 4.586.234 0,37

2011 12.657.018 3.706.220 5.023.540 1,78 2011 1.629.877 5.023.540 0,32

2012 10.381.233 1.994.168 4.458.262 1,88 2012 1.752.161 4.458.262 0,39

2013 9.734.097 2.486.329 4.750.813 1,53 2013 1.309.457 4.750.813 0,28

2014 7.976.535 1.927.392 5.221.883 1,16 2014 1.044.265 5.221.883 0,20

2015 4.850.657 1.722.545 6.567.223 0,48 2015 604.093 6.567.223 0,09

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 1,89 2,64 1,28 0,27 2006 368.643 139.505 2,64

2007 2,03 3,68 2,41 1,53 2007 1.726.768 468.773 3,68

2008 1,79 2,23 1,26 0,35 2008 1.608.690 722.370 2,23

2009 1,82 2,28 1,52 0,65 2009 3.842.395 1.687.471 2,28

2010 1,52 2,51 1,79 0,37 2010 11.520.847 4.586.234 2,51

2011 1,49 2,52 1,78 0,32 2011 12.657.018 5.023.540 2,52

2012 1,37 2,33 1,88 0,39 2012 10.381.233 4.458.262 2,33

2013 1,33 2,05 1,53 0,28 2013 9.734.097 4.750.813 2,05

2014 1,32 1,53 1,16 0,20 2014 7.976.535 5.221.883 1,53

2015 1,18 0,74 0,48 0,09 2015 4.850.657 6.567.223 0,74

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

519.043 2.563.046 3.246.747 6.102.517 15.386.410 17.253.079 16.034.172 16.798.855 15.924.225 10.958.045

519.043 3.082.089 5.809.793 9.349.264 21.488.927 32.639.489 33.287.251 32.833.027 32.723.080 26.882.270

519.043 1.541.045 2.904.897 4.674.632 10.744.464 16.319.745 16.643.626 16.416.514 16.361.540 13.441.135

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

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148

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 116.416 519.043 0,22 2006 20.950 116.416 18%

2007 552.018 1.541.045 0,36 2007 71.157 552.018 13%

2008 1.231.159 2.904.897 0,42 2008 182.463 1.231.159 15%

2009 1.983.819 4.674.632 0,42 2009 338.132 1.983.819 17%

2010 5.229.815 10.744.464 0,49 2010 800.848 5.229.815 15%

2011 6.877.380 16.319.745 0,42 2011 704.439 6.877.380 10%

2012 4.358.499 16.643.626 0,26 2012 -2.172.855 4.358.499 -50%

2013 5.316.929 16.416.514 0,32 2013 -153.257 5.316.929 -3%

2014 4.256.603 16.361.540 0,26 2014 -475.414 4.256.603 -11%

2015 1.824.301 13.441.135 0,14 2015 -2.842.482 1.824.301 -156%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,22 18% 0,04 2006 20.950 519.043 4%

2007 0,36 13% 0,05 2007 71.157 1.541.045 5%

2008 0,42 15% 0,06 2008 182.463 2.904.897 6%

2009 0,42 17% 0,07 2009 338.132 4.674.632 7%

2010 0,49 15% 0,07 2010 800.848 10.744.464 7%

2011 0,42 10% 0,04 2011 704.439 16.319.745 4%

2012 0,26 -50% -0,13 2012 -2.172.855 16.643.626 -13%

2013 0,32 -3% -0,01 2013 -153.257 16.416.514 -1%

2014 0,26 -11% -0,03 2014 -475.414 16.361.540 -3%

2015 0,14 -156% -0,21 2015 -2.842.482 13.441.135 -21%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

256.972 1.349.666 1.476.437 2.940.820 5.964.848 6.436.886 5.030.113 5.330.053 5.061.749 2.384.565 Final

0 256.972 1.349.666 1.476.437 2.940.820 5.964.848 6.436.886 5.030.113 5.330.053 5.061.749 Inicial

0 71.157 182.463 338.132 800.848 704.439 -2.172.855 -153.257 -475.414 -2.842.482 LL

256.972 767.741 1.321.820 2.039.563 4.052.410 5.848.648 6.819.927 5.256.712 5.433.608 5.144.398 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 20.950 256.972 8% 2006 24.834 382 25.216 116.416 22%

2007 71.157 767.741 9% 2007 110.189 0 110.189 552.018 20%

2008 182.463 1.321.820 14% 2008 245.061 5.425 250.486 1.231.159 20%

2009 338.132 2.039.563 17% 2009 399.719 4.938 404.657 1.983.819 20%

2010 800.848 4.052.410 20% 2010 861.899 -24.955 886.854 5.229.815 17%

2011 704.439 5.848.648 12% 2011 907.401 -37.154 944.555 6.877.380 14%

2012 -2.172.855 6.819.927 -32% 2012 -1.846.090 -175.143 -1.670.947 4.358.499 -38%

2013 -153.257 5.256.712 -3% 2013 242.010 -73.852 315.862 5.316.929 6%

2014 -475.414 5.433.608 -9% 2014 164.211 -57.379 221.590 4.256.603 5%

2015 -2.842.482 5.144.398 -55% 2015 -2.128.620 -412.194 -1.716.426 1.824.301 -94%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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149

APÊNDICE 6 – DADOS DA EMPRESA RODOBENS

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 124.803 54.268 58.509 58.602 1,53

2007 652.803 84.250 148.269 73.307 3,33

2008 781.221 220.242 288.233 146.434 2,30

2009 1.118.853 288.050 659.738 181.689 1,67

2010 1.752.197 370.530 968.494 525.422 1,42

2011 1.684.108 285.668 521.776 796.443 1,49

2012 1.331.156 338.181 552.613 413.944 1,73

2013 1.651.185 427.205 643.345 554.242 1,74

2014 1.391.138 487.212 574.361 482.888 1,78

2015 1.142.891 482.087 467.720 385.550 1,90

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 124.803 35.672 58.509 1,52 2006 18.085 58.509 0,31

2007 652.803 196.669 148.269 3,08 2007 304.651 148.269 2,05

2008 781.221 263.012 288.233 1,80 2008 56.138 288.233 0,19

2009 1.118.853 301.729 659.738 1,24 2009 105.422 659.738 0,16

2010 1.752.197 398.964 968.494 1,40 2010 94.997 968.494 0,10

2011 1.684.108 308.748 521.776 2,64 2011 274.822 521.776 0,53

2012 1.331.156 265.714 552.613 1,93 2012 204.583 552.613 0,37

2013 1.651.185 259.848 643.345 2,16 2013 468.393 643.345 0,73

2014 1.391.138 251.015 574.361 1,99 2014 392.510 574.361 0,68

2015 1.142.891 184.789 467.720 2,05 2015 284.919 467.720 0,61

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 1,53 2,13 1,52 0,31 2006 124.803 58.509 2,13

2007 3,33 4,40 3,08 2,05 2007 652.803 148.269 4,40

2008 2,30 2,71 1,80 0,19 2008 781.221 288.233 2,71

2009 1,67 1,70 1,24 0,16 2009 1.118.853 659.738 1,70

2010 1,42 1,81 1,40 0,10 2010 1.752.197 968.494 1,81

2011 1,49 3,23 2,64 0,53 2011 1.684.108 521.776 3,23

2012 1,73 2,41 1,93 0,37 2012 1.331.156 552.613 2,41

2013 1,74 2,57 2,16 0,73 2013 1.651.185 643.345 2,57

2014 1,78 2,42 1,99 0,68 2014 1.391.138 574.361 2,42

2015 1,90 2,44 2,05 0,61 2015 1.142.891 467.720 2,44

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

181.354 756.817 1.035.461 1.464.260 2.171.424 2.031.159 1.743.154 2.156.964 1.975.190 1.705.574

181.354 938.171 1.792.278 2.499.721 3.635.684 4.202.583 3.774.313 3.900.118 4.132.154 3.680.764

181.354 469.085 896.139 1.249.861 1.817.842 2.101.292 1.887.157 1.950.059 2.066.077 1.840.382

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

Page 151: ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E …faculdadenovapetropolis.cnec.br/wp-content/uploads/sites/121/2017/... · Through the analysis carried out it was found that the macroeconomic

150

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 47.009 181.354 0,26 2006 2.365 47.009 5%

2007 124.986 469.085 0,27 2007 31.387 124.986 25%

2008 403.782 896.139 0,45 2008 82.818 403.782 21%

2009 466.337 1.249.861 0,37 2009 27.770 466.337 6%

2010 705.124 1.817.842 0,39 2010 71.631 705.124 10%

2011 746.684 2.101.292 0,36 2011 57.892 746.684 8%

2012 798.696 1.887.157 0,42 2012 84.357 798.696 11%

2013 753.544 1.950.059 0,39 2013 129.787 753.544 17%

2014 714.750 2.066.077 0,35 2014 77.487 714.750 11%

2015 557.327 1.840.382 0,30 2015 10.030 557.327 2%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,26 5% 0,01 2006 2.365 181.354 1%

2007 0,27 25% 0,07 2007 31.387 469.085 7%

2008 0,45 21% 0,09 2008 82.818 896.139 9%

2009 0,37 6% 0,02 2009 27.770 1.249.861 2%

2010 0,39 10% 0,04 2010 71.631 1.817.842 4%

2011 0,36 8% 0,03 2011 57.892 2.101.292 3%

2012 0,42 11% 0,04 2012 84.357 1.887.157 4%

2013 0,39 17% 0,07 2013 129.787 1.950.059 7%

2014 0,35 11% 0,04 2014 77.487 2.066.077 4%

2015 0,30 2% 0,01 2015 10.030 1.840.382 1%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

64.242 535.227 600.717 622.814 677.508 712.940 776.597 959.377 917.941 852.304 Final

0 64.242 535.227 600.717 622.814 677.508 712.940 776.597 959.377 917.941 Inicial

0 31.387 82.818 27.770 71.631 57.892 84.357 129.787 77.487 10.030 LL

64.242 284.041 526.563 597.881 614.346 666.278 702.590 803.094 899.916 880.108 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 2.365 64.242 4% 2006 3.934 229 4.164 47.009 9%

2007 31.387 284.041 11% 2007 27.560 412 27.972 124.986 22%

2008 82.818 526.563 16% 2008 98.233 1.186 99.419 403.782 25%

2009 27.770 597.881 5% 2009 44.036 6.530 50.566 466.337 11%

2010 71.631 614.346 12% 2010 103.034 5.858 108.892 705.124 15%

2011 57.892 666.278 9% 2011 119.911 6.284 126.195 746.684 17%

2012 84.357 702.590 12% 2012 124.733 7.546 132.279 798.696 17%

2013 129.787 803.094 16% 2013 158.087 10.972 169.059 753.544 22%

2014 77.487 899.916 9% 2014 79.979 13.401 93.380 714.750 13%

2015 10.030 880.108 1% 2015 6.870 10.989 17.859 557.327 3%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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151

APÊNDICE 7 – DADOS DA EMPRESA ROSSI

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 1.092.316 371.269 288.912 121.777 3,56

2007 1.392.701 634.087 480.267 561.406 1,95

2008 1.561.252 1.264.542 517.776 1.109.391 1,74

2009 3.264.089 813.244 1.389.316 845.421 1,82

2010 3.726.955 1.327.590 1.545.490 1.584.309 1,61

2011 5.507.609 1.480.923 2.304.749 2.844.891 1,36

2012 6.428.450 1.680.605 2.975.295 2.958.556 1,37

2013 3.991.995 2.170.081 3.088.884 2.039.239 1,20

2014 3.208.483 1.920.811 3.155.345 1.793.912 1,04

2015 2.118.695 1.762.604 3.020.281 971.713 0,97

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 1.092.316 498.659 288.912 2,05 2006 327.047 288.912 1,13

2007 1.392.701 805.946 480.267 1,22 2007 254.711 480.267 0,53

2008 1.561.252 689.090 517.776 1,68 2008 302.068 517.776 0,58

2009 3.264.089 809.471 1.389.316 1,77 2009 573.223 1.389.316 0,41

2010 3.726.955 1.049.771 1.545.490 1,73 2010 381.479 1.545.490 0,25

2011 5.507.609 1.606.008 2.304.749 1,69 2011 663.787 2.304.749 0,29

2012 6.428.450 1.552.486 2.975.295 1,64 2012 876.327 2.975.295 0,29

2013 3.991.995 1.182.302 3.088.884 0,91 2013 367.149 3.088.884 0,12

2014 3.208.483 1.109.363 3.155.345 0,67 2014 278.709 3.155.345 0,09

2015 2.118.695 773.788 3.020.281 0,45 2015 146.220 3.020.281 0,05

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 3,56 3,78 2,05 1,13 2006 1.092.316 288.912 3,78

2007 1,95 2,90 1,22 0,53 2007 1.392.701 480.267 2,90

2008 1,74 3,02 1,68 0,58 2008 1.561.252 517.776 3,02

2009 1,82 2,35 1,77 0,41 2009 3.264.089 1.389.316 2,35

2010 1,61 2,41 1,73 0,25 2010 3.726.955 1.545.490 2,41

2011 1,36 2,39 1,69 0,29 2011 5.507.609 2.304.749 2,39

2012 1,37 2,16 1,64 0,29 2012 6.428.450 2.975.295 2,16

2013 1,20 1,29 0,91 0,12 2013 3.991.995 3.088.884 1,29

2014 1,04 1,02 0,67 0,09 2014 3.208.483 3.155.345 1,02

2015 0,97 0,70 0,45 0,05 2015 2.118.695 3.020.281 0,70

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.490.366 2.039.415 2.865.539 4.110.383 5.113.503 7.134.342 8.231.963 7.592.893 6.791.026 5.260.789

1.490.366 3.529.781 4.904.954 6.975.922 9.223.886 12.247.845 15.366.305 15.824.856 14.383.919 12.051.815

1.490.366 1.764.891 2.452.477 3.487.961 4.611.943 6.123.923 7.683.153 7.912.428 7.191.960 6.025.908

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

Page 153: ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ E …faculdadenovapetropolis.cnec.br/wp-content/uploads/sites/121/2017/... · Through the analysis carried out it was found that the macroeconomic

152

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 411.258 1.490.366 0,28 2006 43.701 411.258 11%

2007 755.903 1.764.891 0,43 2007 73.499 755.903 10%

2008 1.233.133 2.452.477 0,50 2008 118.638 1.233.133 10%

2009 1.381.252 3.487.961 0,40 2009 12.665 1.381.252 1%

2010 2.349.499 4.611.943 0,51 2010 188.090 2.349.499 8%

2011 2.837.138 6.123.923 0,46 2011 78.677 2.837.138 3%

2012 2.714.588 7.683.153 0,35 2012 -205.718 2.714.588 -8%

2013 2.132.780 7.912.428 0,27 2013 60.559 2.132.780 3%

2014 1.537.823 7.191.960 0,21 2014 -608.812 1.537.823 -40%

2015 1.226.141 6.025.908 0,20 2015 -551.171 1.226.141 -45%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,28 11% 0,03 2006 43.701 1.490.366 3%

2007 0,43 10% 0,04 2007 73.499 1.764.891 4%

2008 0,50 10% 0,05 2008 118.638 2.452.477 5%

2009 0,40 1% 0,00 2009 12.665 3.487.961 0%

2010 0,51 8% 0,04 2010 188.090 4.611.943 4%

2011 0,46 3% 0,01 2011 78.677 6.123.923 1%

2012 0,35 -8% -0,03 2012 -205.718 7.683.153 -3%

2013 0,27 3% 0,01 2013 60.559 7.912.428 1%

2014 0,21 -40% -0,08 2014 -608.812 7.191.960 -8%

2015 0,20 -45% -0,09 2015 -551.171 6.025.908 -9%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1.079.677 997.742 1.238.372 1.875.646 1.983.704 1.984.702 2.298.112 2.464.770 1.841.769 1.268.795 Final

0 1.079.677 997.742 1.238.372 1.875.646 1.983.704 1.984.702 2.298.112 2.464.770 1.841.769 Inicial

0 73.499 118.638 12.665 188.090 78.677 -205.718 60.559 -608.812 -551.171 LL

1.079.677 1.001.960 1.058.738 1.550.677 1.835.630 1.944.865 2.244.266 2.351.162 2.457.676 1.830.868 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 43.701 1.079.677 4% 2006 45.805 0 45.805 411.258 11%

2007 73.499 1.001.960 7% 2007 100.185 3.142 97.043 755.903 13%

2008 118.638 1.058.738 11% 2008 135.308 10.289 125.019 1.233.133 10%

2009 12.665 1.550.677 1% 2009 19.022 22.177 -3.155 1.381.252 0%

2010 188.090 1.835.630 10% 2010 208.846 19.725 189.121 2.349.499 8%

2011 78.677 1.944.865 4% 2011 145.697 29.407 116.290 2.837.138 4%

2012 -205.718 2.244.266 -9% 2012 6.749 35.802 -29.053 2.714.588 -1%

2013 60.559 2.351.162 3% 2013 194.936 19.405 175.531 2.132.780 8%

2014 -608.812 2.457.676 -25% 2014 -433.431 10.056 -443.487 1.537.823 -29%

2015 -551.171 1.830.868 -30% 2015 -333.285 16.224 -349.509 1.226.141 -29%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA

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153

APÊNDICE 8 – DADOS DA EMPRESA TECNISA

Ano AC RLP PC ELP Índice

2006 388.217 92.729 205.824 148.527 1,36

2007 646.579 408.748 195.271 146.330 3,09

2008 850.623 527.837 259.228 333.736 2,32

2009 1.504.268 687.295 592.866 672.458 1,73

2010 1.901.013 1.176.363 856.221 1.083.465 1,59

2011 2.681.117 1.192.334 1.066.987 1.244.460 1,68

2012 2.710.386 1.341.200 1.407.416 1.327.277 1,48

2013 3.288.973 952.327 1.620.124 1.490.924 1,36

2014 3.123.812 1.239.526 1.833.577 1.264.484 1,41

2015 2.107.312 706.814 1.258.696 742.103 1,41

Ano AC Estoques PC Índice Ano Caixa e Eq. PC Índice

2006 388.217 232.184 205.824 0,76 2006 19.998 205.824 0,10

2007 646.579 315.730 195.271 1,69 2007 71.051 195.271 0,36

2008 850.623 449.521 259.228 1,55 2008 71.062 259.228 0,27

2009 1.504.268 417.587 592.866 1,83 2009 419.917 592.866 0,71

2010 1.901.013 587.430 856.221 1,53 2010 278.124 856.221 0,32

2011 2.681.117 773.274 1.066.987 1,79 2011 414.467 1.066.987 0,39

2012 2.710.386 918.088 1.407.416 1,27 2012 178.042 1.407.416 0,13

2013 3.288.973 995.216 1.620.124 1,42 2013 335.134 1.620.124 0,21

2014 3.123.812 1.123.302 1.833.577 1,09 2014 251.831 1.833.577 0,14

2015 2.107.312 1.102.404 1.258.696 0,80 2015 99.026 1.258.696 0,08

Ano Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata Ano AC PC Índice

2006 1,36 1,89 0,76 0,10 2006 388.217 205.824 1,89

2007 3,09 3,31 1,69 0,36 2007 646.579 195.271 3,31

2008 2,32 3,28 1,55 0,27 2008 850.623 259.228 3,28

2009 1,73 2,54 1,83 0,71 2009 1.504.268 592.866 2,54

2010 1,59 2,22 1,53 0,32 2010 1.901.013 856.221 2,22

2011 1,68 2,51 1,79 0,39 2011 2.681.117 1.066.987 2,51

2012 1,48 1,93 1,27 0,13 2012 2.710.386 1.407.416 1,93

2013 1,36 2,03 1,42 0,21 2013 3.288.973 1.620.124 2,03

2014 1,41 1,70 1,09 0,14 2014 3.123.812 1.833.577 1,70

2015 1,41 1,67 0,80 0,08 2015 2.107.312 1.258.696 1,67

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

508.955 1.121.938 1.455.345 2.248.435 3.135.070 3.943.761 4.167.991 4.690.095 4.798.379 3.712.812

508.955 1.630.893 2.577.283 3.703.780 5.383.505 7.078.831 8.111.752 8.858.086 9.488.474 8.511.191

508.955 815.447 1.288.642 1.851.890 2.691.753 3.539.416 4.055.876 4.429.043 4.744.237 4.255.596

Líquidez Geral

Liquidez Seca Liquidez Imediata

Índices de Liquidez Liquidez Corrente

ATIVO TOTAL MÉDIO

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154

Ano VL ATM Índice Ano LL VL Índice

2006 79.832 508.955 0,16 2006 9.668 79.832 12%

2007 338.201 815.447 0,41 2007 32.509 338.201 10%

2008 493.213 1.288.642 0,38 2008 75.276 493.213 15%

2009 710.708 1.851.890 0,38 2009 110.536 710.708 16%

2010 1.415.218 2.691.753 0,53 2010 200.048 1.415.218 14%

2011 1.596.145 3.539.416 0,45 2011 144.411 1.596.145 9%

2012 1.355.405 4.055.876 0,33 2012 -170.948 1.355.405 -13%

2013 1.832.249 4.429.043 0,41 2013 285.449 1.832.249 16%

2014 1.612.505 4.744.237 0,34 2014 211.790 1.612.505 13%

2015 1.271.749 4.255.596 0,30 2015 292.905 1.271.749 23%

Ano GA ML Índice Ano LL ATM Índice

2006 0,16 12% 0,02 2006 9.668 508.955 2%

2007 0,41 10% 0,04 2007 32.509 815.447 4%

2008 0,38 15% 0,06 2008 75.276 1.288.642 6%

2009 0,38 16% 0,06 2009 110.536 1.851.890 6%

2010 0,53 14% 0,07 2010 200.048 2.691.753 7%

2011 0,45 9% 0,04 2011 144.411 3.539.416 4%

2012 0,33 -13% -0,04 2012 -170.948 4.055.876 -4%

2013 0,41 16% 0,06 2013 285.449 4.429.043 6%

2014 0,34 13% 0,04 2014 211.790 4.744.237 4%

2015 0,30 23% 0,07 2015 292.905 4.255.596 7%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

145.201 760.641 794.827 880.475 1.195.384 1.632.314 1.433.298 1.579.047 1.700.318 1.712.013 Final

0 145.201 760.641 794.827 880.475 1.195.384 1.632.314 1.433.298 1.579.047 1.700.318 Inicial

0 32.509 75.276 110.536 200.048 144.411 -170.948 285.449 211.790 292.905 LL

145.201 436.667 740.096 782.383 937.906 1.341.644 1.618.280 1.363.448 1.533.788 1.559.713 PLM

Ano LL PLM Índice Ano Resultado O. Depreciação EBITDA R. O. Líquida %S/receita

2006 9.668 145.201 7% 2006 12.974 304 13.278 79.832 17%

2007 32.509 436.667 7% 2007 83.213 548 83.761 338.201 25%

2008 75.276 740.096 10% 2008 102.164 4.465 106.629 493.213 22%

2009 110.536 782.383 14% 2009 154.798 14.837 169.635 710.708 24%

2010 200.048 937.906 21% 2010 213.029 12.819 225.848 1.415.218 16%

2011 144.411 1.341.644 11% 2011 129.795 13.470 143.265 1.596.145 9%

2012 -170.948 1.618.280 -11% 2012 -165.385 14.081 -151.304 1.355.405 -11%

2013 285.449 1.363.448 21% 2013 322.059 13.034 335.093 1.832.249 18%

2014 211.790 1.533.788 14% 2014 183.173 12.794 195.967 1.612.505 12%

2015 292.905 1.559.713 19% 2015 249.923 6.776 256.699 1.271.749 20%

Giro do Ativo Margem Líquida

Rentabilidade do Ativo pelo Método Dupont Rentabilidade do Ativo

Patrimônio Líquido Médio

Rentabilidade do Patrimônio Líquido EBITDA