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GRUPO DE ESTUDO Allan Kardec APOSTILA 06 (DOENÇAS E CURAS) grupoallankardec.blogspot.com

Allan Kardec - .:: Biblioteca Virtual Espírita 06 - Doencas e Curas (Grupo de Estudo... · O Espiritismo não só nos informa sobre a origem espiritual das doenças. Revela-nos,

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GRUPO DE ESTUDO

Allan Kardec

APOSTILA 06 (DOENÇAS E CURAS)

grupoallankardec.blogspot.com

APOSTILAS 6 (doenças e curas)

01- Saúde e doença à luz do Espiritismo 02- Qual a importância do corpo físico? 03- A verdadeira cura é a do Espírito 04- Qual a causa dos nossos sofrimentos? 05- A AIDS na visão espírita 06- O câncer na visão espírita 07- O autismo na visão espírita 08- Os anencéfalos na visão espírita 09- Depressão na visão espírita 10- Síndrome do pânico na visão espírita 11- Síndrome de Down na visão espírita 12- Podemos obter cura pela prece? 13- Por que existem doenças? 14- As doenças são causas ou conseqüências? 15- Os puros de coração são bem aventurados? 16- Somos coitadinhos? 17- O que é a verdadeira desgraça? 18- O passe espírita cura? 19- Curas espirituais 20- Anjo da saúde 21- Estigma na visão espírita 22- Todos desencarnam na hora certa? 23- A melhora da morte 24- Doença é herança dos pais? 25- Querer morrer pode matar? 26- Por que a enfermidade piora a noite? 27- Saber sofrer 28- Dor de cabeça 29- Eutanásia 30- Por que Francisco de Assis sofreu tanto? 31- Irritação pode causa hepatite? 32- Bebida alcoólica é droga? 33- As drogas devem ser liberadas? 34- Advogado ambicioso reencarna com hidrocefalia 35- Por que André Luiz foi considerado um suicida? 36- Saber sofrer 37- Para onde vai o suicida? 38- Suicídio – desgosto da vida 39- Resumo do livro “Memórias de um suicida” 40- Suicida reencarna em corpo mutilado para reprimir novo suicídio 41- Doenças e Doentes 42- Alzheimer uma doença espiritual 43- Devemos sentir pena de nós? 44- Epilepsia na visão espírita 45- Lábios leporinos

01 - SAÚDE E DOENÇA À LUZ DO ESPIRITISMO

"Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os

assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos

exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua

irradiação, o perispírito com eles se confunde."

"Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo

material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o

corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são

permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra

a causa de certas enfermidades." Allan Kardec

A Organização Mundial de Saúde diz que:

- saúde é completo bem estar físico, mental e social;

- doença é a falta ou a perturbação desse estado.

Sem desprezar nem contrariar as afirmativas da Ciência quanto aos fatores por ela conhecidos

que asseguram a saúde ou levam à enfermidade, o Espiritismo levanta o aspecto espiritual da

questão, trazendo esclarecimentos importantes a respeito, tais como.

1. A doença não acontece por acaso, ela tem uma origem espiritual.

De fato, não podemos atribuir ao acaso a doença que nos atinja, pois não existe acaso no

Universo, que é inteiramente regido por leis divinas, naturais, perfeitas e imutáveis.

A origem espiritual da doença explica-se assim:

a) a ação insuficiente ou desequilibrada do espírito (do próprio enfermo ou por influência de

outrem, como na obsessão) poderá prejudicar o perispírito, desarmonizando-o, deixando-o

em carência vibratória;

b) como o perispírito influi sobre o corpo físico, com o qual está em íntima e constante

relação, transmitirá a ele essa desarmonia ou carência vibratória;

c) o corpo, por sua vez, ficando prejudicado, apresentará a doença, ou permitirá a eclosão

daquela que já trazia em estado potencial, ou não conseguirá evitar que se instale a que lhe

vier do exterior.

Portanto, ainda que não tenha causa evidente ou pareça ser somente um problema físico, a

doença sempre tem, basicamente, uma origem espiritual, sendo que a causa poderá ter se dado

na existência atual ou em encarnação anterior.

Jesus afirmava haver relação espírito-corpo nas enfermidades quando, ao curar alguém, lhe

dizia: "os teus pecados estão perdoados." Por "pecados" entendemos "desequilíbrios

espirituais", cujos efeitos Jesus sanava.

2. A doença guarda relação com o estado evolutivo do ser.

É devido ao nosso atual estágio de evolução que:

a) nascemos na Terra, mundo em que a matéria é grosseira e há doenças. Ex.: gripe, catapora,

etc.;

b) aproveitamos para reencarnar em determinada família em que a hereditariedade causa certa

doença ou a ela predispõe, para ressarcir débitos (a não ser que tenhamos condições

espirituais para superá-las, podendo nos tornar auxiliares de nossos familiares). Ex.:

cegueira;

c) trazemos, em nosso perispírito, determinação ou predisposição para alguma doença, como

conseqüência da ação espiritual por nós exercida em vidas anteriores. Ex: quem lesou o

pulmão com o cigarro, estará predisposto a doenças relacionadas com o pulmão, como

asma, bronquite, tuberculose, etc.;

d) habitamos obrigatoriamente determinado meio ambiente, que é favorável ou não a

enfermidades;

e) sabemos ou não como cuidar do corpo, prevenir enfermidades, e a isso nos aplicamos ou

não.

Kardec: "As doenças fazem parte das provas e vicissitudes da vida terrena são inerentes à

grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As

paixões e excessos de toda ordem semeiam em nós gérmens malsãos, às vezes

hereditários."

É, ainda, conforme nossa evolução espiritual que:

a) exercemos efeitos fluídicos bons ou maus sobre o nosso perispírito, que repercutem no

corpo físico;

b) atraímos bons espíritos, que nos influenciam com seus fluidos benéficos, ou espíritos maus,

sofredores, de fluidos maléficos ou enfermiços.

Para nós, espíritos encarnados na Terra, as doenças ainda continuarão a ser fato inevitável,

porque inerentes ao nosso presente estado evolutivo, por enquanto necessárias ao nosso

desenvolvimento intelecto-moral.

O Espiritismo não só nos informa sobre a origem espiritual das doenças.

Revela-nos, também, os meios espirituais de as prevenir, superar ou suportar.

Quando é que a enfermidade tende a aparecer?

Quando nos perturbamos ou desequilibramos física ou espiritualmente, de modo intenso e

demorado (por nós mesmos ou sob influência alheia), pois com o desgaste fluídico ou a

assimilação de fluidos maus (de outros ou do ambiente) a resistência natural é quebrada, ficando

o organismo mais exposto à eclosão de enfermidade ou a contraí-las do exterior.

Como evitar enfermidades

Para nos prevenirmos espiritualmente das enfermidades, além de cuidar do corpo, cultivemos os

bons pensamentos e sentimentos, e pratiquemos somente o bem e nunca o mal.

Se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade aparecer:

a) Encaremo-la como um alerta ou uma advertência quanto à nossa conduta atual, ou, como

conseqüência do passado exigindo reajuste para voltarmos ao equilíbrio;

b) Não compliquemos mais a situação com tristeza e desânimo, revolta ou agressividade;

c) Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alívio possível e, quem sabe, até

mesmo a cura;

"Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em

certos casos, não teria posto ao nosso alcance meios de cura."

"A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é

dever nosso procurar esses meios e aplicá-los."

". . . façamos o que de nós depende para melhorarmos as nossas condições atuais."

d) Procuremos nos conscientizar quanto ao que causou a enfermidade e modifiquemos para

melhor o nosso comportamento (a fim de evitar o prosseguimento do mal e sem instalação

mais profunda); apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação, apesar

das limitações que a enfermidade nos imponha (a fim de compensar o desequilíbrio já

causado, manter o equilíbrio nas áreas não comprometidas e adquirir merecimento para ser

socorrido espiritualmente.

"Não peques mais, para que não te suceda algo pior." - Jesus

A CURA PELA AÇÃO FLUÍDICA

É possível curar pela ação fluídica? Sim, pois são de natureza fluídica tanto o perispírito como o corpo físico e o espírito pode agir

sobre os fluidos.

É por ação fluídica que se dá a "cura espiritual", quer seja obtida por via mediúnica, ou através

de passes, água fluidificada, irradiações ou, mesmo, de uma simples oração.

"A oração da fé salvará o enfermo", diz Tiago (5:15) e Kardec explica:

"A prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito

de uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons Espíritos, mas dirigindo ao

doente uma salutar corrente fluídica."

"Curai os enfermos", dizia Jesus aos discípulos (Mt 10:8), conclamando-os a fazer curar por

ação fluídica. Numerosos são, no Evangelho, os relatos sobre Jesus e seus apóstolos curando

assim. Allan Kardec examina alguns deles no capítulo XV; de "A Gênese", mostrando que Jesus

não fazia milagres, mas curava pela ação fluídica.

O agente da cura pode ser um encarnado ou desencarnado pois todos os espíritos tem no

seu próprio perispírito um reservatório de fluidos (bons ou maus) e os emanam podendo

direcioná-los a outros seres.

Os fluidos bons podem servir como agente terapêutico.

É muito comum a faculdade de curar por influência fluídica e pode desenvolver-se por

meio do exercício.

Quem estiver saudável e equilibrado pode beneficiar fluidicamente os enfermos (com passes,

irradiações, água fluidificada, etc.)

Aprendendo e executando, desenvolverá seu potencial de ação sobre os fluidos.

A mediunidade de cura, porém, bem mais rara, é espontânea e se caracteriza "pela energia

e instantaneidade da ação."

O médium de cura age "pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um

gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento."

O poder curativo estará na razão direta:

1. da pureza dos fluidos produzidos (o que depende das qualidades morais, pureza das

intenções, etc.)

2. da energia da vontade (o desejo ardente de ajudar provoca maior emissão fluídica e dá ao

fluido maior força de penetração)

3. da ação do pensamento (dirigindo os fluidos na sua aplicação).

Para que a cura se dê:

1. o fluido, como matéria terapêutica, tem de atingir a matéria orgânica a fim de repará-la;

2. a corrente fluídica pode ser dirigida para o local enfermo pela vontade do curador (que age

como bomba calcante);

3. ou pode ser atraída pelo desejo ardente e confiança do enfermo (que age como bomba

aspirante);

4. às vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações e, doutras, basta uma só.

A fé é uma força atrativa; quem não a possui, opõe à corrente fluídica uma força repulsiva ou,

pelo menos de inércia, que paralisa ou dificulta a ação fluídica.

Podemos entender, agora, porque Jesus, ao curar alguém, dizia: "Se tiverdes fé" ou "A tua fé te

salvou."

Os efeitos curadores

Na cura por efeitos físicos, a alteração é no corpo, visível de imediato, passível de constatação

pelos sentidos físicos ou aparelhamento material.

Obs.: A produção de efeito físico requer ectoplasma, que só o encarnado emana; ele mesmo o

emprega na cura ou serve de fonte para que um espírito realize o efeito físico curador.

Na ação sobre o perispírito, a cura só poderá ser avaliada depois, pelos efeitos que vierem a

ocorrer no corpo físico, posteriormente.

Obs.: Ectoplasma: é o nome que, em linguagem espírita, se dá a uma substância que se

exterioriza do ser humano. Acredita-se que seja força nervosa (plasma exteriorizado, matéria

neuro-orgânica-etérica). Todos a possuímos (em menor quantidade) e quem a exterioriza

abundantemente é denominado ectoplasta ou médium de efeitos físicos. Sai do corpo do

médium (através dos poros) mas, principalmente, pelos orifícios naturais (boca, narinas,

ouvidos, órgãos genitais) e das extremidades do corpo (alto da cabeça e pontas dos dedos),

sendo mais freqüente da boca (palato, gengivas e bochechas).

A ação fluídica cura qualquer doença?

"Fundada em leis naturais", a faculdade de curar "tem limites traçados pelas mesmas." A ação

fluídica pode: "dar sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um

obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna

um verdadeiro agente terapêutico; mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a

destruição de um órgão."

"Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade

curadora vá livrar a humanidade de todas as suas enfermidades."

Um mesmo médium cura todos os tipos de doenças?

"não há curadores universais", porque: os fluidos refletem as qualidades do médium e os

fluidos de cada médium poderão servir para esta ou aquela afecção orgânica mas não para todas.

Todas as pessoas podem ser curadas?

É lícito buscar a cura. Mas não se pode exigi-la, porque dependerá:

a) das condições de atração e fixação dos fluidos curadores por quem os irá receber (fé,

afinidade fluídica);

b) do merecimento ou necessidade espiritual do enfermo.

Quando uma pessoa tem merecimento, ou sua existência precisa continuar, ou as tarefas a seu

cargo exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em qualquer tempo e lugar e, até , mesmo, sem

intermediários (aparentemente, porque ajuda espiritual sempre terá havido).

Mas, às vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo aquela dor ou limitação que o

reajusta e equilibra espiritualmente; então, pensamos que, nossa prece não foi ouvida; mas a

prece sempre terá produzido algum benefício (alívio, conforto, calma, coragem).

A doença é uma terapêutica da alma, dentro do mecanismo da evolução humana. É a filtragem,

no corpo, dos efeitos prejudiciais dos desequilíbrios espirituais. Funciona, também, como

processo que induz à reflexão e disciplina. Enquanto não produziu seus efeitos benéficos, não

deve ser suprimida.

De todos os enfermos que o procuravam, Jesus curou somente aqueles em quem os efeitos

purificadores da enfermidades já haviam atingido seu objetivo reequilibrante, ou aqueles que já

apresentavam condições para receberem esse auxílio no corpo físico.

Se não formos curados

"Se, porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos (ficar curados), devemos

suportar com resignação os nossos passageiros males." (ESE)

"Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são

remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus." (Emmanuel)

Quando curados, sejamos gratos

Jesus curou um grupo de 10 leprosos e apenas um retornou para agradecer. O Mestre indagou:

- Não foram dez os limpos? Onde estão os outros nove? (Lc 17:17)

Jesus não fazia questão do agradecimento pessoal. Mas quis ensinar:

a) A cura sempre representa uma concessão da misericórdia divina, que permitiu recebêssemos

de outrem recursos para nos refazermos e sairmos da situação dolorosa e prejudicial em que

estávamos.

b) Quem é curado precisa reconhecer isso e ser grato a Deus e a quem se fez intermediário

dessa bênção. Não ser grato pela cura revela que a pessoa não entendeu quanto lhe foi

concedido e, provavelmente, não saberá valorizar nem conservar a bênção recebida. A falta

de gratidão ante a cura física revela que a pessoa ainda não alcançou a cura mais importante

e definitiva: a do espírito.

Para não haver recaída

Encontrando no Templo ao paralítico que havia curado no tanque em Betesda, Jesus lhe diz:

- Olha que já estás curado; não peques mais para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo

5:14).

Restabelecido o equilíbrio fluídico, é preciso que a pessoa o mantenha pelos bons pensamentos,

sentimentos e atos. Senão, poderá gerar novas lesões orgânicas ou predisposição para

enfermidades.

A cura do corpo só se consolidará e terá um caráter mais duradouro se corrigirmos nossas atuais

condições materiais e espirituais, que geraram a enfermidade.

Mesmo assim, será uma cura temporária, porque o corpo não dura para sempre e, um dia, todos

iremos desencarnar.

Cura verdadeira e definitiva é a do espírito

"Curai os enfermos", pedia Jesus aos seus discípulos, mas completava:

"Anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus." (Lc 10:9)

Que não apenas curassem corpos mas orientassem os enfermos para o entendimento e

cumprimento das leis de Deus.

Porque a verdadeira cura, a do espírito, não se dá apenas pela eliminação dos sintomas da

doença física, a qual é tão somente uma conseqüência.

A verdadeira saúde é o equilíbrio e a paz que, em espírito, soubermos manter onde, quando,

como e com quem estivermos. E só depende de nosso ajuste espiritual às leis divinas.

Reforma íntima, esforço para o bem, com o cultivo da fé, do estudo, da oração e da fraternidade,

são o maior preventivo de enfermidades e o melhor fator de segurança para o nosso bem estar.

Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Lembremos, porém, que o Espiritismo

"cura sobretudo as moléstias morais." Não queiramos dar maior importância à cura de corpos

do que ao fim principal do Espiritismo, que é "tornar melhores aqueles que o compreendem"

(RE 1859, pg. 183)

Com a cura física, talvez a pessoa se afirme na fé e desperte para o bem. Às vezes, porém, assim

que se vê curada, se atira de novo ao desregramento, voltando a se prejudicar.

Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente e nisso se empenha, quer alcance

ou não a cura do corpo, encontrará o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manutenção

do equilíbrio em seu espírito, o seu "eu" imortal.

Diz Divaldo P.Franco: "Muitas vezes Jesus aplicou a terapia para diminuir as mazelas

humanas, contudo, sempre dizendo aos recém-curados: vai e não voltes a pecar . . . isto é, não se

comprometa moral e emocionalmente, para que não lhe aconteça algo pior. Só existe doenças

porque há doentes. No instante em que se renove interiormente, o indivíduo não terá mais

doenças. Libertamo-nos de uma doença, sendo acometidos por outra, em virtude dos fenômenos

cármicos, por nossas dívidas. O Espiritismo tem sido mais um consultório para atender corpos

do que uma Doutrina de psicoterapia para libertar almas: não que isso seja negativo, mas não é

fundamental. O médium curador é um indivíduo que possui uma energia típica podendo

trabalhar nas células, fazendo com que a pessoa recupere o equilíbrio momentaneamente

perdido. Poderá atuar no campo da degenerescência celular, contribuir na área psicológica,

psiquiátrica, tendo como fundamento essencial trabalhar o ser como indivíduo integral, para, em

se transformando, não ter necessidade de depurar-se através da dor e, ao contrário de sofrer,

amar. As dívidas que tenha, resgatará pelo bem que realize e, não, pelas lágrimas que verta."

02- QUAL A IMPORTÂNCIA DO CORPO FÍSICO?

O corpo físico é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito nas suas variadas reencarnações. É com ele que o Espírito pratica seus conhecimentos e vive experiências necessárias, melhorando-se dia-a-dia. Assim, devemos ter para com nosso corpo um carinho e uma atenção especial, zelando e ofertando-lhe o que de melhor a natureza pode lhe dar. Daí o necessário repúdio as drogas, desde as mais simples, como o cigarro e a bebida alcoólica, até as mais graves; daí também o cuidado com a higiene; com a alimentação e os sentimentos equilibrados, enfim, com a saúde do corpo. Como disse Joanna de Ângelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.”

03 - A VERDADEIRA CURA É A DO ESPÍRITO No livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz nos mostra uma senhora que chega ao Centro Espírita com o ventre volumoso e semblante dolorido a procura do passe como ajuda. O Espírito Conrado explica para André Luiz e outros Espíritos que ali estavam analisando o caso que, a mulher estava com icterícia complicada, seu fígado estava comprometido, e que nasceu de terrível acesso de cólera, em que ela se envolveu no reduto doméstico. Ela sentiu extrema irritação, e adquiriu hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência. E, segundo Aulus, a cura seria impossível, porque os órgãos e vasos estavam comprometidos, e a mente dela precisaria reanimar. Porque o passe, como explica Aulus, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam. Em outras palavras, sem fé as irradiações magnéticas não penetram o veículo orgânico. Quando Jesus curava ele dizia “a tua fé te curou”, assim, Ele queria dizer que aquela pessoa curou-se porque estava receptiva para a doação de magnetismo. Diz Joanna de Ângelis no livro "Dias Gloriosos": ". . . O Espírito está sempre enviando mensagens de variado teor a todos os setores do corpo físico pelo qual se manifesta. Quando essas emissões são constituídas de idéias otimistas, pacificadoras, alegres, embora não ruidosas, surgem as respostas saudáveis no corpo, que se apresenta dinâmico, jovial, tendo preservados os seus equipamentos. Quando, no entanto, são carregadas de energia deletéria, depressiva, inconformista, perturbadora, os efeitos apresentam-se danosos, agredindo as defesas imunológicas e desarticulando os mecanismos de equilíbrio que respondem pela saúde." Como vemos, o pensamento desempenha uma função importante no conjunto existencial do ser humano, percorrendo todas as células, particularmente as do sistema nervoso, que mantêm perfeito intercâmbio com as do imunológico. Portanto, a cura verdadeira e definitiva é a do espírito. "Curai os enfermos", pedia Jesus aos seus discípulos, mas completava: "Anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus." (Lc 10:9). Jesus pediu que seus discípulos não apenas curasse corpos mas orientassem os enfermos para o entendimento e cumprimento das leis de Deus. Porque a verdadeira cura, a do espírito, não se dá apenas pela supressão dos sintomas da doença física, a qual é tão somente uma conseqüência. A verdadeira saúde é o equilíbrio e a paz que, em espírito, soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos. E só depende de nosso ajuste espiritual às leis divinas. Reforma íntima, esforço para o bem, com o cultivo da fé, do estudo, da oração e da fraternidade, são o maior preventivo de enfermidades e o melhor fator de segurança para o nosso bem estar. Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Lembremos, porém, que o Espiritismo "cura sobretudo as moléstias morais". Não queiramos dar maior importância à cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é "tornar melhores aqueles que o compreendem". Por isso, não nos descuidemos do que pensamos, do que aspiramos, do que falamos e de como agimos. Nossa identificação emocional externará vibrações que se vincularão a outras de igual teor vibratório. Muitas vezes enfrentaremos campos psíquicos minados por cargas viciadas e perigosas, imantadas por seres espirituais perversos e doentios que se utilizam de outras para nos atingir e prejudicar. Somente poderemos nos conduzir nessas batalhas com os recursos morais que provêm das nossas energias psíquicas. Como disse Joanna de Ângelis: "As tuas forças mentais devem ser cuidadas, ampliadas, aplicadas na elaboração de novas condutas para ti e

para o mundo sob a inspiração de Jesus-Cristo, cuja existência na Terra foi sempre vivida em perfeita sintonia com Deus, de Quem auria forças para o desempenho do ministério a que se entregou, e para manter o poder sobre as Entidades do mal, carregadas de energia destrutiva, que Ele muitas vezes enfrentou."

04 - QUAL A CAUSA DOS SOFRIMENTOS?

Precisamos compreender que, nós não estamos neste planeta estagiando em uma colônia de férias, nem desfrutando de viagem turística. Segundo a definição da Doutrina Espírita, vivemos num Planeta de Expiações e Provas onde os moradores são devedores perante a lei divina e a “DOR” é a representante da Justiça Divina. Ela cobra nossas dívidas do passado e testa aquisições do presente. Kardec comenta longamente no cap. V, nos itens 4 a 10 no O Evangelho segundo o Espiritismo, que as causas dos males que enfrentamos estão na vida atual e na vida passada. Vejamos: CAUSAS ATUAIS: exprimem equívocos do presente. Exemplo: nosso corpo físico é uma incrível máquina de peças vivas de que nos servimos para evoluir. O problema são os maus-tratos a que a submetemos, em vários aspectos: alimentação: quando excessiva ou inadequada, altera a química orgânica, acumula gordura, provoca distúrbios gástricos, digestivos, circulatórios, hormonais; exercício: vida sedentária é caminho da obesidade, da obstrução das artérias, da indisposição física; repouso: déficit de sono traz cansaço, debilita o sistema imunológico, perturba a memória, favorece a evolução de doenças variadas; vícios: fumo, álcool, drogas que causam desarranjos graves, degenerativos, aniquiladores; sentimentos: prepotência, luxúria, pessimismo, ódio, rancor, ressentimento, mágoa, preguiça, desânimo, angústia, revide, inveja, falta de perdão, vingança, egoísmo, orgulho, violência, ganância, etc., que pressionam nosso psiquismo, repercutindo na máquina física como contundentes agressões. Esses fatores complicam a existência. Culpamos o destino, a família, a sociedade, a Vida....há até quem culpe Deus. No entanto, se bem observarmos, a origem está em nós mesmos, no comportamento, na maneira de ser. CAUSAS ANTERIORES: dizem respeito a equívocos do passado, em pretéritas existências, gerando os males presentes, atendendo aos princípios de causa e efeito que nos regem. Limitações físicas congênitas, mortes prematuras, enfermidades graves, família difícil, problemas financeiros, dificuldades profissionais e variadas outras situações, se não justificadas pelo “hoje”, tem sua origem no comportamento desajustado do “ontem”. Atingem, não raro, pessoas caridosas, de bons princípios, que não fazem mal a ninguém. Se não fosse a reencarnação seria difícil acreditar que Deus é justo. Há espíritos evoluidos que pedem resgates difícies para acelerar sua evolução; outros reencarnam para ajudar uma família, um grupo, um país, etc,. No caso de Jesus, ele não tinha débitos, mas encarnou para trazer ensinamentos importante para os habitantes do planeta. Neste caso, ele não sofreu por dever algo à lei divina, mas pela ignorância dos habitantes do planeta. Mas, não devemos esquecer que as cobranças cármicas são sempre compatíveis com nossa capacidade de resgate. "Deus não dá um fardo maior que podemos carregar" (ICo, 10:13). O pagamento é em suaves prestações e não precisa ser através da dor, pode ser através do amor: "o amor cobre multidões de pecados" (I Pedro, 4:8). Mas, o que devemos entender é que, devemos pagar e não adquirir novas dívidas. A medicina do futuro será essencialmente profilática. Antes de receitar medicamentos, que cuidam de efeitos, os médicos deverão identificar as causas no comportamento do paciente. O que faz, o que pensa, o que sente, o que come, como se exercita, como dorme, como trabalha, como se relaciona com as pessoas, os sentimentos que cultiva, etc.

E lhe prescreverão não só medicamentos, mas também atitudes, corrigindo a postura existencial para que a saúde se estabeleça. Joanna de Ângelis disse: “A dor é a ausência do amor.” Ela quis dizer que, enquanto não aprendermos a amar nosso corpo físico, o próximo e a tudo que convivemos neste planeta continuaremos a adoecer e, consequentemente, sofreremos. Se não for nesta encarnação será em outras. Renasceremos quantas vezes forem necessárias para aprendermos a AMAR.

05 - AIDS NA VISÃO ESPÍRITA AIDS É CASTIGO DE DEUS? A Aids não veio para moralizar, como dizem muitos. Ela é resultado da promiscuidade e da negligência, é a colheita, da má sementeira. Ela não tem caráter moral, não é punição divina, como dizem alguns. Nós é que a criamos. É como correr na contra mão à 200km/h no meio da rua. Quando somos acidentados, dizemos que Deus nos castigou. A sífilis aí está com uma incidência terrível. O herpes genital é tão cruel ou pior do que a Aids, e vem se manifestando de forma acelerada. Precisamos compreender que todos nos encontramos na Terra em processo de lapidação. Buscamos a plenitude espiritual, através das ininterruptas jornadas do ir-e-vir, do nascer, morrer e renascer, adquirindo experiências numa área, enquanto, não raro, noutra nos comprometemos. É a dor, ainda, o instrumento que mais nos adverte e que melhor nos lapida as arestas morais, quando deveriam ser o amor e a abnegação a sublimar-nos os sentimentos. Graças a isso, periodicamente a humanidade é visitada por enfermidades ásperas e aparentemente indecifráveis, como foi o caso, no passado, da lepra ou Mal de Hansen, da varíola, da peste bubônica, das enfermidades endêmicas como: tuberculose, câncer, doenças do aparelho respiratório, das alienações mentais e, mais recentemente, da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A Aids é uma manifestação degenerativa do organismo, que tem a sua causa matriz num vírus, hoje identificado, e que apresenta polivalência, já que ele tem a propriedade de sofrer mutações. Em determinado momento, ele modifica a estrutura e passa a ter outras reações, o que vem impedindo a ciência de lograr uma vacina preventiva ou uma terapia de resultados positivos. A Aids é, portanto, um desses recursos de que a Vida se utiliza, para que aqueles que estão incursos nos desequilíbrios morais possam libertar-se dos mesmos. Só se tornam aidéticos: os que se entregam à promiscuidade sexual, a atos contrários à anatomia estabelecida pela natureza; os hemofílicos e aqueles obrigados a receberem transfusões sanguíneas; os usuários de drogas injetáveis; os nascidos de mães contaminadas. Se tomarmos cuidado na atividade sexual, fazendo uso correto de preservativos descartáveis, estaremos resguardados da Aids na área do sexo. Quanto à transfusão de sangue, este deve ser previamente examinado, para determinar se procede ou não de doador contaminado. No caso da aplicação de drogas, as agulhas e seringas devem ser descartáveis. Em relação aos hemofílicos, que são obrigados a receber transfusões de sangue, o problema tem as suas raízes em vida anterior. Nas crianças que nascem infectadas, a problemática também remonta às encarnações passadas, graças às quais o ser retorna à luta terrestre para expungir, através de um fenômeno degenerativo, os delitos praticados, como o suicídio, a promiscuidade do sexo, o desrespeito à vida, que criam no organismo matrizes receptivas para que o vírus se desenvolva com rapidez. Lembremos que a criança é um espírito velho em corpo novo. Sofrer sem dever seria injustiça de Deus. A ciência também detectou que um grande número de infectados não tem facilidade de multiplicar o vírus, embora possa tornar-se contaminador, podendo conviver com ele por muitos anos, sem sofrer, na saúde, qualquer dano, ou seja, a pessoa transmite o vírus, mas não sofre com os sintomas da doença. Os grupos de risco estão estabelecidos predominantemente na área do exercício da promiscuidade a que cada um se coloca. São os chamados homossexuais, mas também, os heterossexuais. O

vírus chamado HIV, quando se instala, ataca o linfócito, célula do sangue, comprometendo as defesas orgânicas, assim gerando um estado de desequilíbrio, em que qualquer enfermidade nos pode destruir a vida. É como se nós tivéssemos dentro de nós soldadinhos que nos ajudam a combater as doenças que possam nos atacar. Quando adquirimos o vírus HIV, ele mata nossos soldadinhos, e nós ficamos sem defesa orgânica. Os que desencarnam com a AIDS, sofrem do mesmo modo que os desencarnados por gripe, por infarto ou por câncer. Por isso, não devemos ter nenhum preconceito contra a Aids, nenhuma atitude negativa contra o aidético, nenhuma segregação contra as pessoas pertencentes aos grupos de risco. São irmãos necessitados de carinho, assistência e compaixão. O aidético, sim, deve ter medo de nós e não, nós, dele, porque nós o contaminamos com doenças para as quais ele não tem resistências orgânicas. O aidético é que deveria usar máscara, luva, etc., pois uma simples gripe pode matá-lo.

06 - CÂNCER NA VISÃO ESPÍRITA O CÂNCER É ENFERMIDADE CÁRMICA? Desde tempos imemoriáveis, a melhor medicina sempre foi a preventiva. O grande alquimista Paracelso insistia: "Não se deve tratar a doença; deve-se tratar a saúde". Podemos dizer que, o melhor meio para não se apanhar uma doença, consiste em se manter saudável. Ou seja, proteger o sistema imunológico, de forma a bloquear qualquer germe ou vírus que tentar invadir nosso organismo. Pode-se pensar que seja fácil atingir tal objetivo, através de uma boa dieta, escolhendo alimentos de baixo valor de colesterol, reduzindo o consumo de carne, abstendo-se de consumir açúcar, realizando exercícios físicos, enfim, submetendo-se a tudo aquilo que uma propaganda insistente nos propõe. Mas como explicar, nesse caso, o elevadíssimo número de pessoas que seguiram rigorosamente tais instruções, julgando estar assim protegidas contra os perigos das doenças para um dia, descobrir que seu organismo estava sendo minado pelo câncer? André Luiz conta, através da psicografia de Chico Xavier que um Espírito ao preparava-se para reencarnar, pediu para seu novo corpo físico uma úlcera que apareceria em sua madureza física e que não deveria encontrar cura até sua desencarnação, para que ele pudesse ressarcir um assassinato que cometeu ao esfaquear um homem (que estava na sua madureza física) na região do estômago. Como vemos, mesmo que este Espírito cuide de sua saúde durante toda sua juventude, não fugirá da úlcera “moral” que “ele pediu”. Observemos um detalhe importante: a doença do corpo pode ser causada por abusarmos da nossa saúde física e também espiritual. ENTÃO, CÂNCER É UMA ENFERMIDADE CÁRMICA? A experiência diz que sim. Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas ações. O CÂNCER SERIA ENTÃO O RESULTADO DE UM COMPORTAMENTO DESAJUSTADO, EM VIDAS ANTERIORES? Nem sempre. A causa pode estar nesta existência. Um exemplo: as estatísticas demonstram grande incidência de câncer no pulmão, em pessoas que fumam. Há elementos cancerígenos nas substâncias que compõem o cigarro. Quem fuma, portanto, é sério candidato a esse mal. Será o seu carma. Há uma charge ilustrativa, em que um cigarro diz para o fumante: "Hoje você me acende. Amanhã eu o apagarei!" Certíssimo! ESTÁ DEMONSTRADO QUE OS FUMANTES PASSIVOS, PESSOAS QUE CONVIVEM COM FUMENTES, TAMBÉM PODEM TER CÂNCER. COMO EXPLICAR ESSA SITUAÇÃO? Não há inocentes na Terra, um planeta de provas e expiações. O fumante passivo que venha a contrair câncer tem comprometimentos do passado que justificam seu problema. Aliás, o simples fato de aqui vivermos significa que merecemos (ou necessitamos) tudo o que aqui possa nos acontecer. Se não merecêssemos, estaríamos morando em mundos mais saudáveis. ISSO ISENTA DE RESPONSABILIDADE O FUMANTE QUE POLUI O AMBIENTE, SITUANDO-O COMO INSTRUMENTO DE RESGATE PARA ALGUÉM? Ao contrário, apenas o compromete mais. Deus não necessita do concurso humano para exercitar a justiça. Além de responder pelos desajustes que provoca em si mesmo, responderá por prejuízos causados ao meio ambiente e às pessoas. A MEDICINA VEM DESENVOLVENDO TÉCNICAS PARA A CURA DO CÂNCER. CONCEBE-SE QUE DENTRO DE ALGUMAS DÉCADAS SERÁ POSSÍVEL A CURA REDICAL EM TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES. COMO FICARÃO AQUELES QUE ESTÃO SE REAJUSTANDO PERANTE AS LEIS DIVINAS A PARTIR DE UM CARCIOMA? A medicina vem fazendo grandes progressos, mas está

longe de erradicar a doença. Males são superados; outros surgem, nos domínios da sexualidade, a sífilis era um flagelo, decorrente da promiscuidade. Hoje é a AIDS. A dor, a grande mestra, que tem na enfermidade um de seus aguilhões, continuará a nos corrigir, até que aprendamos a respeitar as leis divinas. A PESSOA QUE SOFRE BASTANTE, VITIMADA POR UM CÂNCER, RESGATOU SEUS DÉBITOS, HABILITANDO-SE A UM FUTURO FELIZ NA ESPIRITUALIDADE? A doença elimina as sombras do passado, mas não ilumina o futuro. Este depende de nossas ações, da maneira como enfrentamos problemas e enfermidades. Quando o nosso comportamento diante da dor não oprime aqueles que nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um futuro glorioso. COMO FUNCIONA ISSO? Se o paciente tem câncer, suas dores implicarão em sofrimento para a família. Tudo bem. Faz parte das experiências humanas. Mas, dependendo da maneira como enfrentar seu problema, poderá gerar aflições bem maiores para todos, o que acontece com o paciente revoltado, inconformado, agressivo. Se humilde e resignado, a família lidará melhor com a situação. Pacientes assim estão "quitando seu débito".

07 - AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA Certa vez, um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba. A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante. O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico: - A criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala. Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado. - Para mim, trata-se de um caso de AUTISMO – respondeu ele. O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes. - Vamos orar- concluiu. O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estávamos ali mais próximos: - “o AUTISMO”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos... E o Chico falou ao médico: - É preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. É necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permaneceram na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa. Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui. O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se (desencarnar)... Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem. OBSERVAÇÃO DE DIVALDO FRANCO:Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito; etc.

08 - OS ANENCÉFALOS NA VISÃO ESPÍRITA "Por fortíssimas razões não existem bases racionais que justifiquem o aborto dos chamados “anencéfalos”, e os argumentos usados não apresentam consistência científica, legal e muito menos ética. A começar que não existem os “anencéfalos”, porque o termo “anencéfalo” (an + encéfalo) literalmente significa ausência de encéfalo, quando se sabe que em verdade esses fetos possuem alguma estrutura do encéfalo, como o tronco encefálico, o diencéfalo e, em alguns casos, presença de hemisfério cerebral e córtex. O feto denominado equivocadamente de “anencéfalo” possui preservada a parcela mais entranhada do encéfalo, matriz, portanto do controle das funções viscerais, como: batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. Como ainda são obscuros, para nós, os mistérios da relação cérebro-mente, não podemos permitir que nossa ignorância seja a condutora de decisões equivocadas como a do abortamento provocado desse feto." (Marlene Nobre, médica e presidente da AME - Associação Médica Espírita do Brasil) E O DIREITO DA MULHER? O direito da mulher está em escolher ser ou não ser mãe. Este direito ela o exerce, com a ajuda dos recursos que a ciência tem proporcionado. Mas, depois da concepção, este direito passa a ser também, de outro ser, que é o nascituro, que busca o direito a vida. Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por um período. Mas seria importante que inclinasse seu coração à compaixão e à misericórdia, encontrando o real significado da vida. Até porque essas crianças podem ser amamentadas, reagem aos carinhos e, óbvio, criam vínculos com os seus pais . O que a mulher que gera um anencéfalo deve perguntar é: "Por que fui escolhida para gerar um filho anencéfalo?" A mulher não deve esquecer que tem, na maternidade, a dádiva de ser a co-criadora de Deus. Quem não tem estrutura para suportar os imprevistos de uma gestação, não deve engravidar. Diz Divaldo Franco: "(...) o “anencéfalo” tem vida breve ou nenhuma. Assim sendo, por que interromper o processo reparador que a vida impõe ao espírito que se reencarna com essa deficiência? Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante? (...) é torturante para a mãe que carrega no ventre um ser que não viverá, mais trata-se de um sofrimento programado pelas Soberanas Leis da Vida". EM QUE CASO NÃO HÁ UM ESPÍRITO LIGADO AO FETO? Os favoráveis ao aborto do “anencéfalo” alegam que nele não há Espírito destinado à reencarnação conforme explica O Livro dos Espíritos na questão 345. Porém, aos corpos para os quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos fetos que não têm nenhum órgão em funcionamento. Estes casos ocorrem como prova ou expiação aos pais. Mas, os que vivem após o nascimento tem, forçosamente um Espírito encarnado. Portanto, nada disto se aplica ao “anencéfalo”, que constitui-se em um organismo humano vivo, a consciência responde-nos. Exemplo: Em Patrocínio Paulista viveu por um ano e oito meses, uma menina chamada Marcela de Jesus Ferreira, que conseguia ouvir os sons. Ela atendia a voz da mãe, o que surpreendeu a pediatra Márcia Beari. E, em Sobradinho, temos a história de Manuela Teixeira que sobreviveu três anos. Como podemos ver, apesar das suas deficiências são seres humanos providos de alma, necessitadas de extremo afeto! Por fim, nós espíritas,

cremos que mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Pais que se julgam despreparados para superarem determinados testes, passando a agir de maneira irresponsável, fugindo às próprias obrigações para com os mecanismos da lei de causa e efeito, pode ocasionar o agravamento do problema, comprometendo toda a programação reencarnatória, adiando, não raro, para muito longe, a reparação e a retomada do crescimento espiritual. Pois, os pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa. Mas lembremos do mais importante: ELES, ANTES DE SER NOSSOS FILHOS, SÃO FILHOS DE DEUS! E se Ele permitiu que aquela criança se formasse, com ou sem defeito físico, e que vivesse minutos, horas, dias, meses ou anos, algum sentido tem. Como disseram os Espíritos na questão 336 de O Livro dos Espíritos “nada se cria sem que à criação presida um desígnio (plano)”, ou seja, Deus não cria nada, sem que haja um plano para Sua criação. Afinal, Deus não é perfeito? Como vemos, com os ensinamentos dos Espíritos, coletados por Kardec, temos a chance de errarmos menos perante a Lei Divina. Compilação de Rudymara

09 - DEPRESSÃO NA VISÃO ESPÍRITA

A variação de humor ocorre em função de: pressões ambientais, problema de saúde, influências espirituais, o peso do passado e saudades do Além. Vamos explicar cada uma: 1º - Pressões ambientais: é causado por desilusão sentimental, problemas familiares, perda do emprego ou seja, são pessoas plenamente realizadas no terreno afetivo, da saúde, social e profissional que, não obstante, experimenta períodos de angústia. Aqui confunde-se muito tristeza, desilusão, preocupação com depressão. 2º - Problema de saúde: anemia profunda (falta de ferro), causa fraqueza, apatia; pode ser por problemas de hormônios como da tireóides, por exemplo; a falta da vitamina B12; a TPM (tensão pré menstrual), distúrbio hormonal na menopausa, etc. 3º - Influências espirituais: estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam. Popularmente emprega-se o termo “encosto” para esse envolvimento. Por outro lado, os estados de euforia, sem motivo aparente, resultam do contato com benfeitores espirituais que imprimem em nosso psiquismo algo de suas vibrações alentadoras. 4º - Peso do passado: a depressão pode ser herança, não de nossos pais, mas de nós mesmos. O que fizemos no passado determina o que somos no presente. O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, neuroses, fobias, psicoses e demais elementos fragilizadores da consciência é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado. Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis. O remorso é um dos mais avassaladores sentimentos e o Espírito que reencarna nesta condição carreará para o corpo físico todo esse desequilíbrio. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua memória profunda, que vinculou sua personalidade humana. Os transtornos mentais e emocionais, conforme assevera Divaldo Franco, tem raízes no Espírito que delinqüiu. A culpa, consciente ou inconsciente, imprimiu-lhe no perispírito o quadro psicológico que se irá refletir na organização física e mental durante o transcurso da reencarnação. Mas, como disse Joanna de Ângelis: "ocorre a possibilidade de interferências no campo mental, produzidos por entidades infelizes. Quando as duas coisas se juntam - PASSADO E OBSESSÃO - os problemas se avolumam, os sintomas são mais severos e a cura, às vezes, é mais demorada." 5º - Saudades do Além: este aspecto é abordado pelo Espírito François de Genève, no cap. V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “A melancolia” – “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no

espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.” E COMO SUPERAR AS VARIAÇÕES DE HUMOR, MANTENDO A SERENIDADE E A PAZ EM TODAS AS SITUAÇÕES? É evidente que não o faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo. Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento, podemos começar com o esforço por disciplinar nossa mente, não nos permitindo idéias negativas.

Orientação: Procure ajuda médica, mas: - Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora. - Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes idéias infelizes. - Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos, colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano, favorecendo a instalação de desajustes íntimos. COMPILAÇÃO DE RUDYMARA

10 - SÍNDROME DO PÂNICO NA VISÃO ESPÍRITA

Outro distúrbio que tem atingido níveis alarmantes é a síndrome do pânico. Qual a explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno?

Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.

Invariavelmente a psicogênese do ponto de vista espírita encontra-se na consciência de culpa do paciente por atos perturbadores praticados na atual existência ou em existências pretéritas, o que proporciona um comportamento inseguro, desconfiado. Trata-se de alguém que busca esconder-se no corpo para fugir dos problemas que foram praticados anteriormente. Quando irrompe a síndrome do pânico, a sensação é terrível, porque é semelhante à da morte. É eminentemente um distúrbio feminino, embora atinja também, segundo os especialistas, o sexo masculino.

Segundo estou informado, faltando, naturalmente, confirmação científica, a síndrome do pânico nunca matou ninguém durante o surto, entretanto, aquela sensação horrorosa é praticamente igual à de morte.

Que fazer? Orar. Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres. Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese, um psicólogo ou psicanalista. Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.

11 - SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA Todo efeito tem uma causa. Logo, deduzimos haver uma causa para que esses espíritos vivam tal experiência, causa justa, levando-se em consideração a infinita bondade e justiça de Deus. Todos os obstáculos que não resultem de ações na vida atual procedem de atitudes nas reencarnações passadas. A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem nesta condição, para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a que ficam sujeitos, totalmente impossibilitados de se manifestarem normalmente. Os amigos espirituais alertam: a imensa maioria dos casos de crianças portadoras de deficiência física e/ou mental são aqueles que se voltaram contra si mesmos, buscando o fim de dificuldades, na porta ilusória do suicídio. Ou então, são indivíduos que em encarnação passada abusaram da inteligência, de seu saber, para o mal, para enganar os outros, explorando-lhes a ignorância ou a boa-fé, inventores de engenhos de morte ou os que estragaram seus corpos carnais cultivando o vício. O remorso, aliado aos prejuízos causados pelo ato infeliz, faz que o espírito não disponha de condições nem de méritos para reencarnar num corpo físico isento de quaisquer lesões. Sabemos que o perispírito é um arquivo minucioso e implacável de nossos menores atos bons e maus. Os excepcionais, quando reencarnam, trazem gravados em seus cérebros espirituais o mal que maquinaram contra seu próximo e, pela lei da causa e do efeito, contra si mesmos. Porque, todo mal que praticarmos contra o próximo, somos nós os primeiros lesados. Pois bem, para tirarem essa crosta maléfica que o perispírito deles guardam, só há um meio: "reencarnarem". E o corpo de carne funciona então como um filtro através do qual se escoará aquele lodo moral que ali se formou; esse lodo só deixará a inteligência do excepcional funcionar normalmente depois de se ter escoado por completo, ou seja, limpado o perispírito porque, enquanto houver um resquício desse lodo moral ali depositado, a inteligência não funcionará direito embaraçada por ele. "QUAL A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA DÍVIDA?" Os pais, como em qualquer ambiente doméstico, trazem vínculos profundos com seus filhos, carregando uma parte dos motivos que ocasionaram a queda desses espíritos, e, como tal, devem lutar e sofrer com eles. Por outro lado, podem ser espíritos com grande capacidade de amar que voltaram a Terra, para amparar essas criaturas em tão difícil experiência reparatória. "QUAL A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA EXCEPCIONAL? Não pensemos que a existência como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O espírito sofre não poder manifestar-se, contudo mantém todas as suas faculdades e gradativamente aprenderá a não utilizá-las mal. Crianças excepcionais significam, muitas vezes, o retorno de grandes intelectuais, gênios que caíram no orgulho e no abuso. Os mentores da vida maior elucidaram a Kardec: "A superioridade moral nem sempre guarda proporção com a superioridade intelectual". Sobretudo, quando fora do corpo, tem - de acordo com o grau evolutivo de cada um - percepção da situação e da prova a que estão submetidos. Chico Xavier elucida como se sentem e como são tratadas: "Sentem e ouvem, registram e sabem de que modo são tratadas; elas são profundamente lúcidas na intimidade do próprio ser". E QUANDO HÁ REJEIÇÃO DOS PAIS? Infelizmente, existem pessoas que se julgam despreparadas para superarem determinados testes, passando a agir de maneira

irresponsável, fugindo às próprias obrigações para com os mecanismos da lei de causa e efeito. Semelhante fuga ocasiona o agravamento do problema, comprometendo toda a programação reencarnatória, adiando, não raro, para muito longe, a reparação e a retomada do crescimento espiritual. Quando Deus nos confiar semelhante tarefa, utilizemos o recurso incondicional do Evangelho, a nos preparar e auxiliar em quaisquer testes, superando, desde os menores obstáculos, até as montanhas das grandes provas. Não fujamos dos testes que nos apresentam. Pais espíritas, toda prova no lar é bafejo da confiança que desce dos "Céus", gravando em nossos corações - à custa de lutas e alegrias, sofrimentos e satisfação - a legenda divina do amor e da justiça, da bondade e da misericórdia, que, proferida pelo meigo Rabi da Galiléia, ainda ecoa na acústica de nossas almas: "Todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes". 21 de março Dia Internacional da Síndrome de Down

12 - PODEMOS OBTER CURA APENAS PELA PRECE? Esta pergunta foi feita por Allan Kardec aos Espíritos. E está no Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 176, pergunta nº 8. E a resposta foi a seguinte: "SIM, ÀS VEZES DEUS O PERMITE. MAS TALVEZ O BEM DO DOENTE ESTEJA EM CONTINUAR SOFRENDO E ENTÃO SE PENSA QUE A PRECE NÃO FOI OUVIDA.” E para explicar melhor esta resposta, o Espírito Irmão X, através da psicografia de Chico Xavier conta uma bela história no livro “Luz Acima”: “Ildefonso era filho de D. Malvina Chaves, que há quatro anos encontrava-se semi-acamado; preso à situação difícil, assemelhava-se a um cordeiro. Ele parecia gostar das preces maternas, dedicava-se à leitura edificante e sabia conversar, respeitoso e gentil, encorajando quem o visitava. Malvina o contemplava comovidamente, e pedia através da prece ao Médico Divino, a cura para o filho. As lágrimas do sublime coração materno sufocavam as palavras na garganta, emocionando os amigos espirituais que a assistiam em silêncio. No propósito de obter a concessão celeste, a prestativa senhora comprometeu-se em trabalhar ainda mais em prol do próximo. D. Malvina visitava moribundos, amparava sofredores, protegia crianças abandonadas e arriscava a própria saúde praticando a caridade, conquistando prestigiosos colaboradores no plano invisível. Entidades espirituais intercediam pela mãe virtuosa implorando diariamente pela cura de Ildefonso. E explicavam que na hipótese de o enfermo não merecer a graça, que fosse considerado os méritos da mãe, mulher admirável na fé e no devotamento. Os pedidos se multiplicaram tanto que, um dia, a ordem chegou do Mais Alto, determinando que o jovem fosse reajustado. Os trabalhadores invisíveis, felizes, aguardaram o momento adequado; e quando surgiu um médium notável, no setor da tarefa curativa, a Senhora Chaves foi inspirada a conduzir o filho até ele. A mãezinha estava confiante. Então, o servo da saúde humana, cercado de Espíritos amorosos, agradeceu, orou, impôs as mãos sobre o hemiplégico e transmitiu, vigorosamente, os fluidos regenerativos dos benfeitores desencarnados. Em breves dias, o prodígio estava realizado. Ildefonso recuperou o equilíbrio orgânico, integralmente. E a mãe, feliz, celebrou a bênção, multiplicando serviços de compaixão fraterna e gestos de elevada renovação espiritual. Após um mês, Dona Malvina começou a desiludir-se. Ildefonso, curado, era outro homem. Perdeu o amor pelas coisas sagradas. Pronunciava palavrões de minuto a minuto. Convidado à prece, dizia, indelicado, que a religião era material de enfermarias e asilos e que não era doente nem velho para ocupar-se de semelhante serviço. Trocava o dia pela noite, tamanha era a pressa de ir para as noitadas barulhentas. Suas despesas desordenadas não tinham fim. Se a mãezinha pedia mudança de atitudes, sorria, zombava, declarando a intenção de recuperar o tempo que perdera através de espreguiçadeiras, remédios e injeções. Com 10 meses era um transviado autêntico. Embriagava-se todas as noites, voltava ao lar nos braços de amigos e, chegou a falsificar a assinatura de um tio em escandaloso saque de grande proporções. A generosa mãe não sabia como resolver o problema do filho rebelde e ingrato. Queixas surgiam de toda parte. A abnegada mãe via-se aflita e estonteada, sem saber como reajustar a situação, quando, certa noite, pedindo ao filho embriagado que lhe respeitasse os cabelos brancos, foi por ele agredida a pancadas que lhe provocaram angustiosas feridas no coração. Sem palavras de revolta, D. Malvina, procurou seu quarto, em silêncio, e rogou em prece pelo FUTURO ESPIRITUAL de seu filho. Ela compreendeu os planos sábios e justos de Deus. Então, intensa luminosidade espiritual resplandecia em torno de sua cabeça venerável.

E uma nova bênção desceu do Mais Alto e, com surpresa de todos, no dia imediato, Ildefonso acordou paralítico.” Deus ouve nossos pedidos. Mas talvez O BEM ESTEJA EM CONTINUAR SOFRENDO, como disseram os Espíritos. Como explica Allan Kardec no O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, prefácio da prece 26: “PODEMOS PEDIR A DEUS FAVORES TERRENOS E ELE PODE NOS CONCEDER, QUANDO TENHAM UM FIM ÚTIL E SÉRIO. MAS, COMO A UTILIDADE DAS COISAS SEMPRE A JULGAMOS DO NOSSO PONTO DE VISTA E COMO AS NOSSAS VISTAS SE CIRCUNSCREVEM AO PRESENTE, NEM SEMPRE VEMOS O LADO MAU DO QUE DESEJAMOS, DEUS, QUE VÊ MUITO MELHOR DO QUE NÓS E QUE SÓ O NOSSO BEM QUER, PODE RECUSAR O QUE PEDIMOS, COMO UM PAI NEGA AO FILHO O QUE LHE SEJA PREJUDICIAL. SE NÃO NOS É CONCEDIDO O QUE PEDIMOS, NÃO DEVEMOS POR ISSO ENTREGAR-NOS AO DESÂNIMO; DEVEMOS PENSAR, AO CONTRÁRIO, QUE A PRIVAÇÃO DO QUE DESEJAMOS NOS É IMPOSTA COMO PROVA, OU COMO EXPIAÇÃO, E QUE A NOSSA RECOMPENSA SERÁ PROPORCIONAL À RESIGNAÇÃO COM QUE A HOUVERMOS SUPORTADO.”

13 - POR QUE EXISTEM DOENÇAS? A doença não acontece por acaso, ela tem uma origem espiritual? De fato, não podemos atribuir ao acaso a doença que nos atinja, pois não existe acaso no Universo, que é inteiramente regido por leis divinas, naturais, perfeitas e imutáveis. Ainda que não tenha causa evidente ou pareça ser somente um problema físico, a doença sempre tem, basicamente, uma origem espiritual, sendo que a causa poderá ter se dado na existência atual ou em encarnação anterior. A doença guarda relação com o estado evolutivo do ser? Sim. É devido ao nosso atual estágio de evolução que: Nascemos na Terra, mundo em que a matéria é grosseira e há doenças. Ex.: gripe, catapora, etc.; Aproveitamos para reencarnar em determinada família em que a hereditariedade causa certa doença ou a ela predispõe, para ressarcir débitos (a não ser que tenhamos condições espirituais para superá-las, podendo nos tornar auxiliares de nossos familiares). Ex.: cegueira; Trazemos, em nosso perispírito, determinação ou predisposição para alguma doença, como conseqüência da ação espiritual por nós exercida em vidas anteriores. Ex: quem lesou o seu pulmão com o cigarro, estará predisposto a doenças relacionadas com o pulmão, como asma, bronquite, tuberculose, etc.; Habitamos obrigatoriamente em determinado meio ambiente, que é favorável ou não a enfermidades; Sabemos ou não como cuidar do corpo, prevenir enfermidades, e a isso nos aplicamos ou não. Kardec: "As doenças fazem parte das provas e vicissitudes da vida terrena são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e excessos de toda ordem semeiam em nós gérmens malsãos, às vezes hereditários." É, ainda, conforme nossa evolução espiritual que: Exercemos efeitos fluídicos bons ou maus sobre o nosso perispírito, que repercutem no corpo físico; Atraímos bons espíritos, que nos influenciam com seus fluidos benéficos, ou espíritos maus, sofredores, de fluidos maléficos ou enfermiços. Para nós, espíritos encarnados na Terra, as doenças ainda continuarão a ser fato inevitável, porque inerentes ao nosso presente estado evolutivo, por enquanto necessário ao nosso desenvolvimento intelecto-moral. O Espiritismo não só nos informa sobre a origem espiritual das doenças. Revela-nos, também, os meios espirituais de as prevenir, superar ou suportar. Quando é que a enfermidade tende a aparecer? Quando nos perturbamos ou desequilibramos física ou espiritualmente, de modo intenso e demorado (por nós mesmos ou sob influência alheia), pois com o desgaste fluídico ou a assimilação de fluidos maus (de outros ou do ambiente) a resistência natural é quebrada, ficando o organismo mais exposto à eclosão de enfermidade ou a contraí-las do exterior. Como evitar enfermidades? Para nos prevenirmos espiritualmente das enfermidades, além de cuidar do corpo, cultivemos os bons pensamentos e sentimentos, e pratiquemos somente o bem e nunca o mal. E se, apesar de nossos cuidados, a enfermidade aparecer? Encaremo-la como um alerta ou uma advertência quanto à nossa conduta atual, ou, como conseqüência do passado exigindo reajuste para voltarmos ao equilíbrio; Não compliquemos mais a situação com tristeza e desânimo, revolta ou agressividade; Busquemos na Medicina e nos recursos espirituais o alívio possível e, quem sabe, até mesmo a cura; "Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, não teria posto ao nosso alcance meios de cura."; Procuremos nos

conscientizar quanto ao que causou a enfermidade e modifiquemos para melhor o nosso comportamento (a fim de evitar o prosseguimento do mal e sem instalação mais profunda); apliquemo-nos no bom emprego de nossas possibilidades de ação, apesar das limitações que a enfermidade nos imponha a fim de compensar o desequilíbrio já causado, manter o equilíbrio nas áreas não comprometidas e adquirir merecimento para ser socorrido espiritualmente. "Não peques mais, para que não te suceda algo pior." - Jesus

14 - AS DOENÇAS SÃO CAUSAS OU CONSEQUENCIAS? Geralmente, achamos que determinados males físicos são desgastes do tempo. Achamos que é o peso dos anos ou que o corpo está enferrujando. A velhice tornou-se sinônimo de dores e incômodos. Não é bem assim. Temos uma programação de vida, que gira em torno dos oitenta aos cem anos. Nas proximidades desse período, a “máquina” começa a atingir seus limites. Mas a velhice não precisa ser marcada por doenças e dores. Deveríamos deixar suavemente o corpo, quando atingido o limite de sua utilização. As enfermidades nem sempre representam resgate de vidas passadas. Decorrem muito mais da maneira como vivemos e pensamos, das violências que cometemos contra nosso corpo nesta vida. Exemplo: DE FORA PARA DENTRO: álcool, drogas, fumo, sedentarismo, glutonaria, promiscuidade, etc.; DE DENTRO PARA FORA: mágoa, ódio, revolta, desespero, inconformação, etc.; pode ser de origem carmática: são aquelas que trazemos de outra vida; as que são simples conseqüências de vivermos nos fluidos da Terra, como sarampo, gripe, etc.; as doenças dos espíritos desencarnados são quando sentimos todos os sintomas que eles sentem. Eles se aproximam de nós quando estamos agindo e pensando como eles agiam na Terra. Muitas vezes ficam por muito tempo presos a hábitos e costumes como vícios, fomes, sede, etc. Neste caso, a pessoa vai ao médico e este nada consegue encontrar. A Medicina é a manifestação da misericórdia divina, ajudando-nos a vencer ou amenizar as enfermidades que geramos, para que possamos cumprir o tempo que nos é concedido, ao reencarnar, atendendo aos planos celestes. Claro que há exceções, como por exemplo: OS PROBLEMAS CÁRMICOS, em que o Espírito vem para experiência breve, trazendo uma composição genética que lhe ceifará a existência na infância, na adolescência ou na idade adulta, antes de atingir os limites traçados pela biologia. Portanto, todos nós podemos e devemos desenvolver um comportamento adequado, a fim de aproveitar integralmente as oportunidades de edificação da jornada humana. Evitaremos o vexame de retornar ao mundo espiritual antes do tempo, despejados do corpo, como um inquilino que é obrigado a deixar a casa que desmorona, por não ter cuidado bem dela. Exemplo: OS CUIDADOS FÍSICOS: exercícios metódicos, alimentação adequada, trabalho disciplinado, repouso regular, cuidados de higiene, abstenção de vícios; OS CUIDADOS MENTAIS: otimismo, bom humor, alegria, tolerância, compreensão. André Luiz afirma que “se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimentar paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença.”; OS CUIDADOS ESPIRITUAIS: atividades religiosas, oração, empenho de renovação, prática do Bem. E, sobretudo, AMAR. Pois, costuma-se dizer que quem ama não adoece. O exercício do amor, que em sua aplicação mais legítima é trabalhar pela felicidade do ser amado, nos coloca em sintonia com as fontes da Vida, onde está o divino elixir que sustenta a saúde perfeita. Assim como o contrário poderá nos colocar em sintonia com desencarnados em sofrimento, cuja dor que sentirem, sentiremos. Portanto, usemos e abusemos, a começar pelo amor a nós mesmos. Se nos amarmos de verdade, haveremos de evitar o que nos faça mal, ainda que, em princípio, nos pareça bom. Exemplo: os vícios. Só um impulso passional, que não tem nada a ver com o amor, pode nos induzir a fazer algo

que satisfaz a hora presente, como o cigarro, o álcool, as drogas, sem nos importarmos com a saúde que se deteriora, a existência que se abrevia, o futuro que se complica. Quem se ama quer o bem do próprio corpo. Cultiva a temperança, como o motorista cuidadoso, que trata com carinho de seu automóvel. E, também, o bem da alma, cumprindo as leis divinas, enunciadas com precisão nos ensinamentos de Jesus. Assim, viveremos integralmente o tempo que o Senhor nos concede. E, quando chegar nossa hora, mansamente entregaremos a “máquina”, quilometragem cumprida, sem pontos negativos em nossa “carteira”, habilitando-nos à sonhada conquista de um GLORIOSO FUTURO. Como vemos, a doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente.

15 - OS PUROS DE CORAÇÃO SÃO BEM AVENTURADOS? No capítulo VIII do O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 20 temos a comunicação de um espírito que quando encarnado foi um cura de Ars, ou seja, foi um vigário da cidade chamada Ars. Este vigário realizava curas quando estava encarnado. Esse capítulo nos mostra uma pessoa cega que procurou um (a) médium para evocar Vianney. Vianney atende ao chamado e diz: “Por que me chamaste? Para que eu imponha as mãos sobre esta pobre sofredora que está aqui, e a cure? Ah, que sofrimento, bom Deus! Perdeu a vista e as trevas se fizeram para ela. Pobre criança! Que ore e espere. Todas as curas que obtive, e que conhecem, não atribua senão Àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas aflições, voltai sempre os olhos para o céu, e dizei, do fundo do coração: “Meu Pai, curai-me, mas fazei que a minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes . . .” A primeira observação que fazemos nessa comunicação é que, Vianney deixa claro que as curas que realizava só eram possíveis porque Deus permitia. Pois, muitos não conseguem obter a cura, achando que o curador não presta, que ele é um charlatão, etc. Na verdade, é que Deus não permitiu. Porque Ele sabe o que é melhor para nós. O médium curador é apenas um instrumento de Deus. A segunda observação é que “Não há doença, há doente”, como disse Joanna de Ângelis. A Terra é um planeta que abriga Espíritos rebeldes à lei de Deus, ignorantes e maldosos. Portanto, são Espíritos doentes. Quando curarmos as doenças da alma, ou seja, quando tivermos o coração livre das impurezas, não haverá mais doenças no corpo físico. Como disse Jesus: “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.” Poderíamos definir essa pureza como a ausência de sentimentos inferiores como: a cobiça, a luxuria, a maldade, o ódio, o ressentimento, a ambição, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, os vícios . . . Procurar ser como as crianças, como recomendou Jesus, porque os sentimentos inferiores ainda dormitam em seus corações, nesse período elas são puras e simples, ou seja, a criança não é maliciosa; não vê o mal no comportamento alheio; não se satisfaz com a maledicência; relaciona-se com qualquer pessoa, independente da cor, raça, nacionalidade, religião, posição social; quando brigam, logo perdoam e voltam a brincar; ela não se sente infeliz morando em singela cabana, diverte-se com um cabo de vassoura como se fosse um cavalinho de pau, ao contrário de nós, que estamos sempre insatisfeitos com o que temos. Quanto mais temos, mais queremos. E quanto a “ver” Deus, primeiro precisamos superar a idéia que Ele está sentado no trono celeste comandando os anjos, determinando castigos para os maus e oferecendo aos bons a suprema ventura de contemplá-lo, face a face, por toda a eternidade. Deus é mente criadora, a consciência cósmica que construiu o Universo e sustenta a vida. Estamos mergulhados em seu seio, segundo André Luiz, como peixes num oceano. Tanto mais próximo estaremos Dele quanto maior a nossa capacidade de nos ligarmos aos valores espirituais, aprendendo a amar verdadeiramente toda Sua criação. Nós ainda não sabemos amar. Nós matamos animais por passa tempo; poluímos o ar, os rios, os mares; desmatamos; extinguimos espécies animais; jogamos o nosso lixo no terreno baldio, levando nosso problema para os outros resolverem, pois, o dono do terreno terá que fazer a limpeza, os

vizinhos terão que conviver com os bichos, etc.; numa seleção para um trabalho, ou um concurso público, procuramos sempre o Q.I. (Quem Indica), para tomarmos a frente de outros que muitas vezes estudaram mais, e tem mais capacidade; se o noticiário de TV mostra um jovem que cometeu um delito qualquer, nós pedimos que a lei seja rígida também para os jovens, ou pedimos logo a pena de morte. Mas se esse jovem é de nossa família, nós dizemos que foi um deslize, e assim, sucessivamente. O próximo para nós, ainda é a família consangüínea. Por ex.: Quando o filho ou irmão do vizinho comete um assassinato, dizemos que ele é um bandido, quando o filho ou irmão é nosso, dizemos que ele comete um deslize. Portanto, não estamos fazendo para o outro o que queremos que façam para nós. Nós ainda não amamos Universalmente. Somente quando amarmos a Criação de Deus, sentiremos Sua presença, nós e O veremos em cada detalhe de Sua Criação. Quando isso acontecer, não teremos mais coragem de maltratar, seja lá o que for. A terceira observação é em relação a nossas aflições. Quando uma aflição não é conseqüência dos atos da vida presente, é necessário procurar a sua causa numa vida anterior. Lembrando que a maioria das aflições são causadas na vida presente. Vivemos abusando do nosso livre arbítrio, correndo na contra mão da vida a 200 km por hora, e dizendo que as conseqüências são do passado. Por exemplo: Um dia, um pai chegou a Chico Xavier e disse que o filho havia morrido num acidente de carro, e que ele queria saber se era um "carma" que o rapaz tinha que passar. Chico respondeu que era falta de "calma” nessa vida, o rapaz corria demais com o carro, foi imprudência. Mas a lei ama, deixando ao infrator a oportunidade de reparação. Se alguém é afligido com a perda da visão, provavelmente, a vista foi para ele uma causa de queda, lhe serviu de instrumento para ter maus pensamentos. Talvez também tenha causado a perda da vista de outro; pode ter ficado cego pelo excesso de trabalho que alguém lhe impôs, ou ainda em conseqüência de maus tratos, de falta de cuidados, etc. Ele mesmo, no seu arrependimento, pode ter escolhido esta prova, aplicando a si próprio estas palavras de Jesus: “Se vosso olho for motivo de escândalo (maldade), arrancai-o”. Claro que não podemos tomar as palavras de Jesus ao pé da letra. Ele apenas nos mostra a necessidade de destruirmos de nós as causas de escândalo, ou seja, do mal. Para isso, não precisamos vazar nossos olhos, ou cortar as mãos, basta repararmos através das reencarnações, entrando na vida (encarnando) sem a mão, sem a visão, etc. A quarta observação é sobre pessoas que procuram nos Centros Espíritas o dia de “consulta”. Essas pessoas, geralmente, querem dos Espíritos um milagre, como fez a cega que buscou a médium para evocar Vianney. Elas não buscam “consultar” os livros da Codificação que explicarão o porque das dores e aflições, ou então, “consultar” os Espíritos de Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz, Bezerra de Menezes, etc., através dos livros espíritas, que são orientações baseados no receituário divino que é o Evangelho, trazido pelo médico de nossa alma, que é JESUS. Somente seguindo esse receituário divino curaremos as chagas de nossa alma, para não sofrermos dores e aflições no futuro.

O remédio desse receituário, as vezes é amargo, por isso muitos fogem, querendo um “milagre” que não precise fazer o sacrifício de engolir o remédio. As pessoas não querem entender as propostas de Jesus, não querem fazer a reforma íntima, enfim, só querem receber, mas não querem doar. Evidentemente, não é fácil. Cada encarnação é como um filme, mudam os cenários, mas o enredo é sempre o mesmo: começamos a vida como “mocinhos”, dispostos a mudar o mundo e, geralmente, terminamos como “bandidos”, comprometidos por vícios e mazelas (fraquezas). Como diz André Luiz: “contra a pálida réstia de luz do presente, simbolizada pelo desejo de melhorar, há montanhas de trevas do passado.” Nossa vontade de melhorar é tão pequena, perto da montanha de erros do passado. Pedimos tanto para Deus, e damos tão pouco daquilo que Ele nos pede. Queremos tanto que Ele escute nossos pedidos, mas nós nos fazemos de surdos para os pedidos Dele para nós. Queremos que Ele faça a nossa vontade, mas nós pouco fazemos a vontade Dele. Assim mesmo, Ele nos dá meios para ressarcir os tropeços, nos dizendo, através de Jesus que: “O amor cobre a multidão dos pecados”, ou seja, todo o Bem que praticarmos, diminuiremos a multidão de erros que fizemos no passado. Perseverando, é claro, para não contrairmos novos débitos. Por exemplo, se teríamos de passar pela aflição da cegueira, passaremos a sofrer com a visão limitada. Então, se trazemos um carma muito pesado, o Bem que fizermos diminuirá este peso, porque Deus não é cobrador de impostos, Deus é amor, e na Sua lei o que vigora é o Bem. E aqueles que não alcançarem o desejado, lembrem-se que Deus enxerga além de nós, e sabe que ainda não chegou o momento oportuno de nos conceder o pedido, Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. Ele sabe que muitas vezes a cura, ou o seja lá qual for o pedido, poderá comprometer a nossa encarnação. Como a história de Humberto de Campos, no livro “Luz Acima”: “Malvina, mãe virtuosa de Idelfonso, que preso ao leito, parecia um cordeiro. Quando, porém, curado e com liberdade de movimentos transformou-se num delinqüente. Malvina compreendeu então, que a doença era uma bênção para o filho.” Por isso, lembremos sempre de incluir em nossas preces a frase: “Seja feita a Vossa vontade.” Portanto, façamos a nossa parte e deixemos o restante nas mãos do Pai.

16 - SOMOS COITADINHOS? Diz Emmanuel no livro O Consolador: "dentre os mundos inferiores, a Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque ainda existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias. A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.” Diante de tal explicação, concluímos que não nascemos para ser completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e tristeza se revezam. Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de alegria, ora de tristeza. Estes são ensinamentos básicos na Doutrina Espírita, mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo isso, quando passamos por um momento difícil, sentimos pena de nós mesmos. Basta encontrarmos com um conhecido para desabafarmos nossas amarguras nos colocando na condição de “coitadinho” ou “vítima” de uma situação. Quando na verdade somos “vitimas” de nós mesmos. E no evangelho diz: “a cada um segundo suas obras” (Lucas XII, 47-48), ou seja, cada um de nós irá resgatar segundo o que tenhamos feito. Estes esclarecimentos nos faz pensar e agir de maneira diferente. Passamos a aceitar melhor as tribulações da vida. Uma das mais belas virtudes que enfeitam a alma humana é a resignação, a expressar-se na aceitação dos males da existência. A auto-piedade é um alimento venenoso, uma espécie de erva daninha que intoxica o espírito, dificulta as relações e promove medo, desconfiança, solidão e melancolia. É filha do egoísmo e da lamentação, afilhada do orgulho e irmã da necessidade de aprovação e de atenção especial. Lembramos aqui a história do médium Jerônimo Mendonça. Um exemplo de superação de limites. Ele foi totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, foi cego há mais de vinte anos, com artrite reumatóide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas por todo o Brasil a fora para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado “O Gigante Deitado” pelos amigos e pela imprensa. Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou com hemorragia acentuada, das vias urinárias. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar. Os amigos, resolveram levá-lo até Uberaba, para despedir-se de Chico Xavier. Pois eles eram muitos

amigos. O lençol que o cobria era branco. Quando chegaram a Uberaba, estava vermelho, tinto de sangue. Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue Chico disse: “OLHA SÓ QUEM ESTÁ NOS VISITANDO! O JERÔNIMO! ESTÁ PARECENDO UMA ROSA VERMELHA! VAMOS TODOS DAR UM BEIJO NESSA ROSA, MAS COM MUITO CUIDADO PARA

ELA NÃO DESPETALAR.” Um a um os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome, permanecendo assim por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou. Ele que, fraco, havia ido ali se despedir, para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica, a pedido de Chico, e em seguida vem a explicação: “VOCÊ SABE PORQUÊ DESTA HEMORRAGIA,

JERÔNIMO?” Jerônimo respondeu: “NÃO, CHICO.” Chico, então, explicou: “FOI PORQUE VOCÊ ACEITOU O “COITADINHO”. COITADINHO DO JERÔNIMO, COITADINHO... VOCÊ DESENVOLVEU A AUTOPIEDADE. COMEÇOU A TER DÓ DE VOCÊ MESMO. ISSO GEROU UM PROCESSO DESTRUTIVO. O SEU PENSAMENTO NEGATIVO FLUIDICAMENTE INTERFERIU NO SEU CORPO FÍSICO, GERANDO A LESÃO. DORAVANTE, JERÔNIMO, VENÇA O COITADINHO. TENHA BOM ÂNIMO, ALEGRE-SE, CANTE, BRINQUE, PARA QUE OS OUTROS NÃO SINTAM

PIEDADE DE VOCÊ.” Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras, ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios. Sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia “fatal”. Venceu o “coitadinho”. Que essa história nos seja um exemplo, para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento.

17 - O QUE É A VERDADEIRA DESGRAÇA? Tentaremos explicar usando esta história: “Joel era um verdadeiro cristão, sempre empenhado em ajudar o semelhante, tanto na atividade profissional, como no lar, na organização assistencial, no Centro Espírita. Mas o Céu tinha outros planos para ele. Joel retornou à Espiritualidade, vitimado por um acidente de trânsito. Foi um rude golpe para o movimento espírita local, e particularmente para Sara, sua esposa, que não conseguia aceitar a separação. Questionava ela: "HÁ TANTOS CRIMINOSOS, TANTOS INCONSEQUENTES EGOÍSTAS, CUJA MORTE SERIA UM BENEFÍCIO PARA A HUMANIDADE, PORQUE LOGO MEU MARIDO, UM HOMEM DIGNO E NOBRE, TÃO ÚTIL A TANTA GENTE?” Mergulhada na depressão, recusava-se a retornar à normalidade, alimentando a perigosa idéia de que seria preferível morrer. Até que certa noite, na reunião mediúnica da qual participava, um generoso benfeitor espiritual disse-lhe: "SARA, SUA INCONFORMAÇÃO É INCOMPATIVEL COM SEUS CONHECIMENTOS. VOCÊ SABE QUE NADA OCORRE POR ACASO.” Angustiada argumentou: "SEI QUE EXISTEM PROBLEMAS CÁRMICOS ENVOLVENDO SITUAÇÕES DESSA NATUREZA, MAS TENHO APRENDIDO QUE O BEM QUE EXERCITAMOS HOJE NEUTRALIZA O MAL QUE PRATICAMOS ONTEM. E, CONSIDERANDO QUE JOEL ERA PRECIOSO INSTRUMENTO DA ESPIRITUALIDADE NA TERRA, PORQUE NÃO LHE FOI PRESERVADA A VIDA? NÃO SERIA JUSTO DEIXÁ-LO RESGATAR SEUS DÉBITOS COM O ESFORÇO DA CARIDADE, EM QUE PONTIFICOU COMO DEVOTO SERVIDOR DO CRISTO?” O mentor aguardou por alguns instantes, até que fossem menos abundantes as lágrimas, e explicou sereno: "SEU ARGUMENTO É PONDERÁVEL, MAS EQUIVOCADO, PORQUE VOCÊ DESCONHECE A EXTENSÃO DOS COMPROMISSOS DE JOEL. SEU DESENCARNE, MUITO MAIS QUE O CUMPRIMENTO DA JUSTIÇA, FOI UM ATO DE MISERICÓRDIA QUE BENEFICIOU NÃO APENAS ELE, MAS SOBRETUDO, VOCÊ.” Sara disse: "NÃO ESTOU ENTENDENDO.” O mentor, então, explicou: “SEGUNDO COMPROMISSOS QUE AMBOS ASSUMIRAM NO PASSADO, JOEL DEVERIA SOFRER DERRAME CEREBRAL QUE O SUJEITARIA A UMA VIDA VEGETATIVA, PRISIONEIRO DE UM CORPO INERTE, INCOMUNICÁVEL. VOCÊ CUIDARIA DELE POR APROXIMADAMENTE 10 ANOS. TENDO EM VISTA OS MÉRITOS DE SEU MARIDO, FOI-LHE POUPADA A DOLOROSA EXPERIÊNCIA E ELE RETORNOU À ESPIRITUALIDADE, DE ONDE CONTINUA A AJUDÁ-LA NOS ENCARGOS QUE LHE COMPETEM, CONFORME SUA PROGRAMAÇÃO DE VIDA. ELE PEDE-LHE QUE SUPERE O PESADELO DA SEPARAÇÃO COM O SONHO DE GLORIOSO REENCONTRO NA IMORTALIDADE.” A partir desse dia Sara readquiriu a disposição de viver, enfrentando com serenidade e coragem seus compromissos, lembrando sempre que ela e o marido haviam recebido uma grande dádiva do Céu.” CONCLUSÃO: “Muitas pessoas questionam os acontecimentos difíceis e dolorosos, enveredando por caminhos de rebeldia e desalentos que lhes multiplicam os sofrimentos. As pessoas vêem a desgraça na miséria, na lareira sem fogo, nas lágrimas, no féretro (caixão de defunto) que se acompanha com o coração partido, na angústia da traição, na privação do orgulhoso que desejava vestir-se de púrpura e esconde sua nudez nos farrapos da vaidade. Tudo isso, e muitas outras coisas, chamam de desgraça, na linguagem humana. Sim, realmente é a desgraça, para aqueles que nada vêem além do presente. A tempestade, que despedaça as árvores, é visto como desgraça. No entanto, ela purifica a atmosfera, dissipando os miasmas insalubres que poderiam causar a morte. Para julgar uma coisa, é necessário, portanto, ver-lhe as

conseqüências. É assim que, para julgar o que é realmente felicidade ou desgraça para o homem, é necessário transportar-se para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se manifestam. Aos olhos materialistas, o que é desgraça no presente, é compensação na vida futura. Tenham esperança, vocês que choram!” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 24, escrito pelo Espírito Delphine de Girardin) Esta história e texto demonstram que o Espiritismo é esclarecedor, consolador e comprovador de que Deus é justo, bom e perfeito. E que as obras básicas são complementadas por depoimentos e ensinamentos de Espíritos desencarnados que voltam para contar suas vivências através da psicografia. Cabe a nós observar a experiência deles para tomarmos como exemplo e para não errarmos no mesmo ponto.

18 - O PASSE ESPÍRITA CURA? Sim. Quando ministrado e recebido com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros prodígios. Ele têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual. Mas é preciso esclarecer que a cura não acontece em todos os casos. Ás vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo. Por isso devemos explicar, segundo a visão espírita, porque ficamos doentes, porque uns conseguem curar-se e outros não, etc. Para que os que não alcançarem a cura, não saiam decepcionados achando que o Espiritismo é uma religião de charlatães. André Luiz em Opinião Espírita, cap. 55 explica que: “(...) OS CENTROS ESPÍRITAS PRECISAM, AO LADO DO TRABALHO DE PASSE, PROPICIAR OS MEIOS PARA QUE FREQUENTADORES CONHEÇAM A DOUTRINA E SE EXERCITEM NUM TRABALHO ÍNTIMO DE EVANGELIZAÇÃO, PARA A CONQUISTA DA SAÚDE DEFINITIVA.” Porque com a cura física, muitas pessoas se atiram de novo ao desregramento, voltando a se prejudicarem. Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente na prática do Bem e nisso se empenha, quer alcance ou não a cura do corpo, encontrará o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manutenção do equilíbrio em seu espírito imortal. Portanto, empenhemo-nos em curar males físicos, se possível. Mas lembremos, porém, que o Espiritismo “cura sobretudo as moléstias morais”. Não queiramos dar maior importância à cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é “tornar melhores aqueles que o compreendem.” CADA CENTRO ESPÍRITA TEM UM MÉTODO DE APLICAR O PASSE? Alguns sim, mas o movimento espírita, como todo movimento é conduzido por humanos, cada qual num grau de evolução, conseqüentemente, a interpretação será conforme seu entendimento. Mas, José Herculano Pires no livro “Obsessão, O Passe e a Doutrinação” explica que: “o passe espírita não comporta as encenações e gesticulações que hoje envolvem alguns teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Os espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas à prece e a imposição das mãos.” MAS, ANDRÉ LUIZ NARRA EM VÁRIOS LIVROS, COMO POR EXEMPLO “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE” CAP. 17, A APLICAÇÃO DE PASSES LONGITUDINAIS. POR QUE NÃO FAZER O MESMO? Precisamos compreender que o ângulo de observação de André Luiz é do plano espiritual. Quando ele se refere a outro tipo de passe, os “passistas” são sempre espíritos desencarnados, que podem ver o funcionamento de nossos órgãos, o que para nós, encarnados, não é possível. Além do mais, como disse J. Herculano Pires:“a técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante.” Por exemplo: quando tomamos um comprimido para dor de cabeça, este não precisa ir para a cabeça para agir. Assim é o PASSE, que é aplicado no alto da cabeça (coronário), e os espíritos se encarregam em levar os fluidos ao local do corpo necessitado. O PASSE ESPÍRITA UTILIZA MACA? Não. Este método é utilizado na terapia holística chamada Reiki. Os adeptos desta terapia acham as filas de espera do passe espírita muito impessoal. Por isso, utilizam maca, onde o paciente recebe energia com hora marcada, música relaxante e essências aromáticas. O PASSE REIKI TAMBÉM CURA? Sim, também faz os doentes saírem física e mentalmente recuperados. Deus não beneficia só os espíritas ou os freqüentadores da casa espírita. Cabe a nós, espíritas, respeitarmos as mais diversas modalidades e

formas de cura. São meios úteis de minimizar o sofrimento alheio. SE É BOM, POR QUE O ESPIRITISMO NÃO ADOTA TAL MÉTODO? Porque o passe espírita também é bom e para ser bom aprendemos que não precisa de recursos materiais. Os espíritas precisam ajudar a renovação das idéias religiosas e não conseguirão isso, se ocultar o que já conhecem e se cederem sempre aos atuais costumes ou novidades. Além do que, o espírita tem o dever de não ficar preso às fórmulas religiosas que nada mais lhe significam como: maca, lâmpadas coloridas, etc., que fazem função de amuletos. Divaldo numa entrevista dada ao Correio Espírita disse: “deve-se evitar, quanto possível, a exposição de lâmpadas coloridas, no pressuposto de realizar-se ação cromoterapêutica.” Vejamos o que disse José Herculano Pires, no mesmo livro acima citado: “Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de atividades materiais. O passista consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde compreende que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais, e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa, limite-se à função mediúnica de intermediário. Muitas vezes os Espíritos recomendam que não façam movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os passes.” Ultimamente estamos encontrando muitas novidades no meio espírita. Há, por exemplo, quem acredite que a desobsessão e o passe espírita pararam no tempo, conseqüentemente, precisam de ajuda. Perguntemos: ALLAN KARDEC ESTÁ ULTRAPASSADO? J. Herculano Pires responde: “O Kardec superado, dos espíritas pretensiosos dos nossos dias está sempre na dianteira das conquistas atuais. O Espiritismo é a Ciência e acima de tudo a Ciência que antecipou e deu nascimento a todas as Ciências do Paranormal, desde as mais esquecidas tentativas científicas do passado até a Metapsíquica de Richet e a Parapsicologia atual de Rhine e McDougal. Qualquer descoberta nova e válida dessas Ciências tem as suas raízes no O Livro dos Espíritos. Todos os acessórios ligados à prática tradicional do passe devem ser banidos dos Centros Espíritas sérios. O que nos cabe fazer nessa hora de transição da Civilização Terrena não é inventar novidades doutrinárias, mas penetrar no conhecimento real da doutrina, com o devido respeito ao homem (Kardec) de ciências e cientista eminente que a elaborou, na mais perfeita sintonia com o pensamento dos Espíritos Superiores.”). Então, queremos esclarecer, que não somos contra métodos, técnicas, rituais, etc., adotados por outras seitas, religiões, terapias holísticas ou alternativas. A Doutrina nunca diz ser “contra” alguma coisa, no máximo “não é favorável”. Ela nunca diz “não pode”, no máximo diz “não deve”. Pregamos o livre arbítrio, portanto, temos obrigação de exercê-lo. Mas, não é por respeitarmos que as adotaremos. Não queremos impor aquilo que acreditamos a ninguém, mas não queremos que nos imponham o que não aceitamos. Não gostaríamos de ver implantado na Casa Espírita o que não pertence a ela. Mas aquele que acredita ser certo o que pratica, não deve se melindrar com opinião contrária, “a cada um segundo sua consciência”. Portanto, gostaríamos que todos compreendessem que não escrevemos para criticar, ofender, brigar, até porque este não é o intuito da Doutrina Espírita. Escrever textos espíritas e omitir o que o “Espiritismo” prega para não desagradar este ou aquele, seria covardia da nossa parte e falta de caridade com o Espiritismo. Apenas utilizamos este meio de comunicação para tirarmos dúvidas e divulgarmos a Doutrina dos Espíritos como ela é aos espíritas, não-espíritas, simpatizantes e até não-simpatizantes. “A maior caridade

que podemos fazer ao Espiritismo é sua divulgação”, disse Emmanuel. Portanto, a pratiquemos com respeito e responsabilidade.

19 - CURAS ESPIRITUAIS André Luiz, conta no livro “Missionários na Luz”, cap. 12, a história de um Espírito que, em sua última encarnação, cometeu revoltante crime, assassinando um pobre homem a facadas na região do estômago. Este ato impensado levou este Espírito a grandes aflições, porque a vítima desencarnada o obsedou dia a dia até sua desencarnação. E após sua desencarnação, além do remorso natural, foi para regiões umbralinas, sofrendo ali grandes aflições também. Depois de muito tempo, quando estava consciente do erro que cometeu, ajudou sua vítima "diminuindo" assim seu débito. Então, para reparar de vez o crime, ele pediu que, na sua nova encarnação, desencadeasse nele, uma úlcera de importância que começaria a incomodá-lo logo que chegasse à maioridade física. Carregaria a própria ferida, conquistando, dia a dia, a necessária renovação. Sofreria e lutaria incessantemente, desde a eclosão da úlcera até sua desencarnação. Imaginemos então, este Espírito já encarnado. Devido ao esquecimento ao reencarnar, provavelmente, procurará a cura para sua doença na medicina e não encontrará. Então, certamente dirá: “Estes médicos, não sabem nada, porque são todos mercenários!” Ele talvez, procurará fazer promessas na Igreja Católica, e nada . . . Talvez fará oferta no templo protestante, e nada . . . Talvez tomará passes na Casa Espírita, e nada também. Se for adepto da saúde, não fumando, não bebendo, ingerindo alimentos saudáveis, fazendo exercícios físicos, etc., alguém dirá: "Tá vendo! O que adiantou cuidar da saúde? Por isso, fumo, bebo, como de tudo . . ." Esta atitude é comum, para quem não vê além da matéria. Muitas vezes, o Centro Espírita mal orientado se dedica quase que inteiramente à tentativa das curas físicas pela ação mediúnica, sem considerar que: as enfermidades não acontecem por acaso; elas refletem condições espirituais; guardam relação com o estado evolutivo do ser; revelam carências, lesões, perturbações espirituais com origem nesta ou em existências anteriores; serve de freio ou de prova para evoluir mais rápido e, portanto, nem todos os doentes poderão ser curados. Se não explicarmos estes detalhes aos que procuram a cura nas Casas Espíritas, corremos o risco de sermos chamados de charlatães, por aqueles que não alcançarem o almejado. A Casa Espírita existe não para tratar de corpos mas de almas, porque o Espiritismo cura, sobretudo, os males morais. Quando Joanna de Ângelis diz que "não há doenças, há doentes", ela quis dizer que a doença só aparece porque somos doente da alma. Porque ainda abrigamos ódio, rancor, mágoa, revide, abusamos da alimentação, das bebidas alcoólicas, etc. E estas transgressões, refletem no corpo físico através de doenças. Divaldo Pereira Franco, no Livro “Diretrizes de Segurança”, recomenda que: “Não devemos trazer para o Espiritismo o que pertence aos outros ramos do conhecimento. A missão de curar é do médico. O espiritismo não veio competir com a ciência médica. Não devemos pretender transformar a casa espírita em nosso consultório médico.” Mas afinal, porque há Centro Espírita que tem trabalho de cura espiritual e outro não ? Na verdade, todo Centro Espírita possui um trabalho de cura muito bem montada através da FLUIDOTERAPIA, que são os passes e a água fluidificada.

O magnetismo tem poder de cura, o próprio Allan Kardec nos fala na Revista Espírita e nas obras da codificação. Antes de estudar fenômenos espíritas, ele estudou magnetismo por mais de 30 anos. O Espiritismo não faz milagres; unicamente descobriu algumas leis que regem os fluidos e as aplica em benefício da humanidade sofredora. Os médiuns curadores irradiam fluidos de alto poder magnético, dos quais os espíritos curadores se utilizam para a produção das curas e manipulação dos remédios fluídicos. Os que estão recebendo o passe deverão ligar seu pensamento ao alto, para ajudar a receptividade. De pensamento elevado, o magnetismo penetra mais facilmente. E de pensamento negativo, dificulta a penetração dos fluidos. Os doentes incuráveis (sabemos que nem todos receberão a cura) encontrarão profundo alívio no passe e na água magnetizada. Vejamos o que diz Marlene Nobre, médica e presidente da AME-Brasil e do jornal Folha Espírita, dirigente do centro espírita Cairbar Schutel-S.P sobre cirurgias espirituais dentro das casas espíritas: “Nos centros espíritas que verdadeiramente estudam Kardec as pessoas não tem o aparato das cirurgias espirituais, elas tem, com certeza, assistência gratuita de todos os serviços e a mesma cura, quando são “merecedoras” disso. Pelo que se tem visto, é preferível os trabalhos de FLUIDOTERAPIA dos centros espíritas. Quanto às cirurgias espirituais executadas com cortes e introdução de objetos, não são aceitas pela AME (Associação Médica Espírita), acredita-se que a intervenção (a cura) pode se dar sem esses objetos.” Quanto às terapias alternativas (cromoterapia, cristalterapia, fitoterapia, acupuntura, aromaterapia, florais de Bach e outros), podem ter alguns pontos concordantes com o conhecimento espírita, caberá à ciência definir; não são, porém, atividade própria do centro espírita, porque, além de curar corpos não ser o objetivo primordial do Espiritismo, essas terapias requerem profissionais habilitados e locais apropriados e, no centro espírita, estariam desviando finalidades. Existiu uma época que houve curas espirituais que tinham a função de atrair e convencer os descrentes da existência de um mundo espiritual. Mas agora o ser humano despertou a consciência para essa vida espiritual.

20 - ANJO DA SAÚDE Um homem enfermo invocou a Proteção do Cristo. De joelhos e braços abertos, o peregrino soluçava, contemplando o firmamento e dizia:

- Senhor, ampara-me o coração desalentado que sofre no círculo das provas! Está se esgotando os recursos para a resistência . . . Não durmo, sinto muita dor. Compadece-te, Senhor meu! Desce um raio de tua divina luz que me restaure a força física e me reerga o coração humilhado! Estou desiludido de todos os processos de cura, mobilizados na Terra. Por isso, volto-me para o céu, esperando-te a inesgotável misericórdia! Ajuda-me, Pastor do Bem! Vê os meus sofrimentos e auxilia-me ! . . . Jesus ouviu a oração e enviou-lhe o Anjo da Saúde, que desceu, bondoso e prestativo, e surgiu aos olhos deslumbrados do infeliz enfermo. Em êxtase, o doente fitou o mensageiro e suplicou:

- Emissário do Médico Divino, lava-me as feridas dolorosas, levanta-me o espírito abatido! Socorre-me, por piedade, caridoso emissário do Céu! O Anjo afagou-lhe a cabeça, e exclamou:

- Meu amigo, põe a consciência nos lábios em oração e responde-me! Tens vivido de acordo com a Vontade de Deus, fugindo aos caprichos do coração? Viveste, até agora, amando o Senhor Supremo, acima de todas as coisas, e querendo ao próximo como a ti mesmo? Dedicaste teu corpo e tuas faculdades à execução das divinas leis? Estarás disposto a esquecer, de imediato, o passado criminoso? Desculparás, fraternalmente, sem qualquer sombra de hesitação , todos aqueles que te desejam o mal? Auxiliarás o inimigo? Perdoarás sempre, esquecendo ingratidões, injúrias e pedradas? Não emitirás pensamentos desarmônicos ante a felicidade do próximo? Partilharás a alegria do vizinho e a prosperidade do amigo, como se te pertencessem também? Etc., etc., . . . O homem enfermo, respondeu em tom angustiado:

- Ainda não consigo seguir esse caminho! O Anjo envolveu o infeliz num olhar de compaixão infinita e acrescentou:

- Oh! Meu amigo, ainda é cedo para receberes o socorro dos mensageiros da saúde! Se ainda não sabes viver, de acordo com a Vontade de Altíssimo, ainda lutarás com a enfermidade, por muito tempo. Por enquanto, não peças vantagens que não saberias receber! Roga ao Senhor te conceda a energia necessária para que te afeiçoes à lei do equilíbrio e às exigências da reflexão! Em seguida o Anjo endereçou-lhe carinhoso gesto de adeus. O infeliz, entretanto, buscando retê-lo, exclamou em soluços: - Oh! Enviado do Céu, confiarei em Jesus! O Anjo contemplou-o, bondoso, e respondeu:

- Sim, eu sei. Isto, porém, não basta. É necessário que Jesus também possa confiar em ti . . . E o emissário afastou-se, para dar conta de sua missão, nas esferas mais altas. Irmão X – psicografia de Chico Xavier – do livro Lázaro Redivivo OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Pedimos tanto para Deus, e damos tão pouco daquilo que Ele nos pede. Queremos tanto que Ele escute nossos pedidos, mas nos fazemos de

surdos aos pedidos Dele para nós. Queremos que Ele faça a nossa vontade, mas nós pouco fazemos a vontade Dele. Mesmo assim, Ele nos dá meios para ressarcirmos nossos tropeços, nos mandando dizer através de Jesus que: “O amor cobre a multidão dos pecados”, ou seja, todo o Bem que praticarmos, diminuiremos a multidão de erros que praticamos no passado e no presente, dessa e da outra encarnação.

21 - ESTIGMA NA VISÃO ESPÍRITA

A grande maioria dos casos de estigma da paixão da cruz, onde o encarnado apresenta no corpo as cicatrizes ou as feridas provocadas pelos cravos e espinhos, usados na crucificação, são espíritos que, de alguma forma, exploraram ou cometeram crimes em nome do Cristo. Reencarnados, com o subconsciente carregado de um profundo sentimento de culpa, passam a se auto-punir, impondo a si, o sofrimento daquele de quem se consideram traidores. Muitas das pessoas que sofrem ou sofreram, o estigma, foram ou são, consideradas, indevidamente, como paranormais ou místicas, talvez, por não existir uma explicação científica para o fenômeno. Muitas vezes, envolvidos pela ignorância, pelo fanatismo do povo e pelos espíritos que se comprazem com o seu sofrimento, acreditam-se missionários da redenção humana.

Fonte: Livro "Perdão, o caminho da felicidade" , de Nelson

Moraes.

22 – TODOS DESENCARNAM NA HORA CERTA? Costumamos ouvir algumas frase como: “Só peru morre de véspera!”; "Chegou sua hora, Deus o levou!” "Puxou a ficha, vai mesmo." São frases populares fazendo referência ao fato de que ninguém desencarna antes que chegue seu dia. Piedosa mentira! Na realidade ocorre o contrário. Poucos cumprem integralmente o tempo que lhes foi concedido, ou seja, a maioria desencarna antes da hora. Com raras exceções, o homem terrestre atravessa a existência abusando da máquina física, comprometendo sua estabilidade. Segundo André Luiz, raros os que atingem a condição de “completistas”, isto é, que aproveitam, integralmente, as experiências humanas, estagiando na carne pelo tempo que lhes foi concedido. DESTRUÍMOS O CORPO FÍSICO DE FORA PARA DENTRO, com vícios, a intemperança, a indisciplina, o álcool, o fumo, o tóxico, os excessos alimentares, tanto quanto a ausência de exercícios, de cuidados de higiene e de repouso adequado, minam a resistência orgânica ao longo dos anos, abreviando a vida física. DESTRUÍMOS O CORPO FÍSICO DE DENTRO PARA FORA com o cultivo de pensamentos negativos, idéias infelizes, sentimentos desequilibrados, envolvendo ciúme, inveja, pessimismo, ódio, rancor, revolta. Há indivíduos tão habilitados a reagir com irritação e agressividade, sempre que contrariados, que um dia “implodem” o coração em enfarte fulminante. Outros “afogam” o sistema imunológico num dilúvio de mágoas e ressentimentos, depressões e angústias, favorecendo a evolução de tumores cancerígenos. Tais circunstâncias fatalmente implicarão em problemas de adaptação, como ocorre com os suicidas. Embora a situação dos que desencarnam prematuramente em virtude de intemperança mental e física, seja menos constrangedora, já que não pretendiam a morte, ainda assim responderão pelos prejuízos causados à máquina física, que repercutirão no futuro reencarnatório, impondo-lhes penosas impressões, dando origem a deficiências e males variados que atuarão por indispensáveis recursos de reajuste. Não somos proprietários de nosso corpo físico. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo roteiro, percurso, duração, manutenção. Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom ânimo, fatalmente nos veremos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso. No futuro, em nova “viagem”, provavelmente teremos um “calhambeque” com limitações variadas, a exigir maior soma de cuidados, impondo-nos benéficas disciplinas. Richard Simonetti

23 – A MELHORA DA MORTE (...) Quando os familiares não aceitam a perspectiva da separação (desencarnação) formando a indesejável teia vibratória, os técnicos da Espiritualidade promovem, com recursos magnéticos, uma recuperação artificial do paciente que, "mais prá lá do que prá cá", surpreendentemente começa a melhorar, recobrando a lucidez e ensaiando algumas palavras... Geralmente tal providência é desenvolvida na madrugada. Exaustos, mas aliviados, os "retentores" vão repousar, proclamando: "Graças a Deus! O Senhor ouviu nossas preces!" Aproveitando a trégua na vigília de retenção os benfeitores espirituais aceleram o processo desencarnatório e iniciam o desligamento. A morte vem colher mais um passageiro para o Além. Raros os que consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante transição. Por isso é freqüente a utilização desse recurso da Espiritualidade, afastando aqueles que, além de não ajudar, atrapalham. Existe até um ditado popular a respeito do assunto: "Foi a melhora da morte! Melhorou para morrer!”

24 – DOENÇA É HERANÇA DOS PAIS? No passado, culturas materialistas, como a de Esparta, eliminavam deficientes físicos no nascedouro, pretendendo sustentar uma raça de guerreiros impecavelmente fortes e saudáveis. Essa eugenia amoral está presente hoje nos modernos centros médicos, onde sofisticados exames, durante a gestação, determinam, quanto à conveniência de eliminar embriões "defeituosos", como se fossem peças de uma fábrica rejeitadas nos testes de qualidade. O Espiritismo tem uma contribuição a nos oferecer, neste particular, demonstrando que crianças com problemas mentais e físicos são Espíritos em provação, enfrentando situações compatíveis com suas necessidades evolutivas e seus débitos cármicos. Os pais, por sua vez, situam-se, geralmente, por parceiros ou mentores de seus delitos. Tem, por isso, o intransferível compromisso de ajudá-los nessas penosas jornadas de reabilitação. O problema, portanto, não pode ser reduzido a simples acidente biológico. Embora as leis de genética estejam presentes no ato reencarnatório, não funcionam de forma casual. O mecanismo é causal. Não é o acaso que promove a combinação de elementos hereditários. A causa está nas vivências anteriores do reencarnante, que determinam a natureza de seu corpo, com as facilidades ou dificuldades que enfrentará. Há casos em que os pais abortaram o feto que nasceria com problemas mentais, e numa nova tentativa o feto formou-se sem problemas, mas depois de alguns anos, contraiu meningite que deixou seqüelas mentais. Daí, os pais não tiveram coragem de descartá-lo, porque já aprenderam a amá-lo. É a lei perfeita de Deus agindo a nosso favor. ENTÃO, DOENÇA NÃO É HERANÇA GENÉTICA? A fatalidade hereditária funciona na composição da cor dos cabelos, da pele, dos olhos, da estrutura física, da morfologia. Quanto às questões envolvendo saúde, inteligência, vitalidade, o reencarnante tenderá a aproveitar os elementos genéticos compatíveis com suas necessidades e compromissos. Recebemos de nossos genitores (pais) o material (genes) para uma nova moradia (corpo) e este será construído conforme a história que escrevemos em nosso passado, ou seja, nossa estrutura orgânica será compatível com nossas necessidades evolutivas. Nosso corpo será a colheita do nosso plantio. Um indivíduo violento, sempre pronto a resolver "no braço" suas pendências, terá corpo frágil que inibirá seus impulsos agressivos. Ainda que reencarne em família de gente forte e saudável, ressurgirá na carne com educativas deficiências. Geralmente, quem nasce cego dentro de uma família de cegos, é porque este espírito está aproveitando a herança genética daquela família para resgatar, coletivamente, débitos do passado. E OS QUE NASCEM SAUDÁVEIS EM FAMÍLIA COM SÉRIOS PROBLEMAS GENÉTICOS? Neste caso chamamos de missão. É quando um Espírito reencarna com importante missão no seio de uma família que tende a gerar deficientes físicos, por exemplo, em virtude de problemas genéticos. Mas, pela natureza de suas tarefas, ele deve ter corpo saudável. Assim, técnicos da Espiritualidade atuando com segurança, selecionam o óvulo mais promissor, o espermatozóide mais adequado e promovem a fecundação, aproveitando da melhor forma possível os caracteres hereditários, favorecendo o reencarnante. Então, missionário ou reeducando, tarefeiro ou aprendiz, teremos sempre o corpo, a saúde compatível com nossos compromissos, de acordo com os sábios desígnios de Deus, presentes até mesmo na folha que cai de uma árvore, como ensinava Jesus.

25 – QUERER MORRER PODE MATAR?

No livro "Obreiros da Vida Eterna", cap. XIV, Fabriciano contou para André Luiz a história de uma jovem e respeitável senhora, atuante no campo da benemerência social, que deparou-se com pequenas brigas com o esposo, e tendo conhecimento da imortalidade da vida além do sepulcro, desejou ardentemente morrer. Todas as leviandades do marido bastaram para que maldissesse o mundo e a Humanidade. Não soube quebrar a concha do personalismo inferior e colocar-se a caminho da vida maior. Pela cólera, pela intemperança mental, criou a idéia fixa de libertar-se do corpo de qualquer maneira, sem utilizar o suicídio direto. Não dava ouvidos aos conselhos e advertências fraternas dos amigos espirituais a que se uniu pelo trabalho de caridade. E tanto pediu a morte, insistindo por ela, entre a mágoa e a irritação persistentes, que veio a desencarnar em manifestação de icterícia complicada com simples surto gripal. Tratava-se de verdadeiro suicídio inconsciente, mas a senhora, no fundo, era extraordinariamente caridosa e ingênua. Apesar disso, não foi concedido qualquer autorização para que ela recebesse descanso e muito menos auxílio especial em sua desencarnação. Mas, o diretor da comissão de serviço, a que ela se afiliou, recolheu-a, por compaixão, já que não achou aconselhável entregá-la a própria sorte, em face das virtudes potenciais de que era portadora. Apesar de eficiente intercessão em benefício da infeliz, somente puderam afastá-la das vísceras cadavéricas, em condições impressionantes e tristes. Para finalizar, Fabriciano explicou: - Não frutifica a paz legítima sem a semeadura necessária. Alguém para gozar o descanso, precisa, antes de tudo, merecê-lo. As almas inquietas entregam-se facilmente ao desespero, gerando causas de sofrimento cruel. OBSERVAÇÃO: Nesta história podemos tirar quatro advertências: 1ª) Há um suicídio lento e silencioso, que chamamos de SUICÍDIO INDIRETO OU INCONSCIENTE. Este é o que mais mata. Este tipo de suicídio acontece quando aniquilamos lentamente nosso corpo físico com vários tipos de abusos; 2º) O sofrimento da suicida após a desencarnação só foi amenizado graças a caridade que estendeu quando estava encarnada; 3º) Tomemos cuidado com nossos pensamentos. Diz o espírito Scheilla: "A saúde do corpo, muitas vezes, começa no pensamento sadio. Não dê guarida a mágoas e rancores. Entregue ao tempo toda ofensa. Se você já é capaz de escolher o alimento de que seu corpo necessita, também pode selecionar os pensamentos que nutrem seu espírito." ; 4º) Allan Kardec no livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" , capítulo V, diz que: "A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio (...)" E Joanna de Ângelis completa dizendo: "Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecerem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia."

26 – POR QUE A ENFERMIDADE PIORA A NOITE? André Luiz conta no livro "Missionários da Luz" que conheceu o Irmão Francisco, chefe de uma das inumeráveis turmas de socorro que colaboram na Crosta terrestre.

Para cada grupo há tarefas especializadas e a de Francisco destina-se ao reconforto de doentes graves e agonizantes. Explicou ele para André Luiz:

“De modo geral, as condições de luta para os enfermos são mais difíceis à noite. Os raios solares, nas horas diurnas, destroem grande parte das criações mentais inferiores dos doentes em estado melindroso, não acontecendo o mesmo à noite, quando o magnetismo lunar favorece as criações de qualquer espécie, boas e más (...)”

27 – SABER SOFRER Na extensa fila de recém-desencarnados, à espera de uma definição quanto ao seu futuro, dois Espíritos conversavam sobre suas experiências. -Fui casado, deixei esposa e dois filhos. -Interessante, eu também. -Tive câncer no estômago. -É muita coincidência. Foi o mal que me matou. -Então sabe como é sofrido esse final de existência. -Nem me fale! -Lutei por três anos contra a doença, submetendo-me a tratamentos diversos. -Sei bem o que é isso. Também penei por três anos. -Desencarnei relativamente novo, com apenas 63 anos. -Parece brincadeira! É o cúmulo da coincidência, porquanto também estou retornando nessa idade. -Incrível! Duas biografias idênticas! -Verdade. Não sei para onde vamos, mas certamente estagiaremos, no mesmo lugar, que há de ser bom. Jesus ensinava que os sofredores estão destinados ao céu. -Deus o ouça! A fila andou. Viram-se os gêmeos nas dores, diante de São Pedro, na portaria do Além. Após examinar detidamente a ficha do primeiro, o porteiro celeste o convidou a tomar o elevador sideral e subir para o Céu. O segundo, animado, preparou-se para idêntico destino. Para sua surpresa o santo determinou: -O elevador irá para baixo, levando-o ao purgatório. O condenado logo reclamou: -Creio haver um engano. Meu companheiro tem ficha absolutamente idêntica à minha. Sofreu o mesmo que eu e foi para o Céu. São Pedro, imperturbável informou: -Sim, mas há um detalhe. Ele nunca reclamou. Esta pequena alegoria ilustra a afirmativa do Espírito Lacordaire, no cap. V, item 18, de O Evangelho segundo o Espiritismo:

“Quando Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o Reino dos Céus”, não se referia aos sofredores em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam num trono ou na miséria, mas ah!, poucos sofrem bem, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus...”

O mentor espiritual está dizendo com todas as letras que não basta sofrer para habilitar-se a futuro feliz. É preciso sofrer com “finesse”, sem murmúrios, sem queixas, sem revolta nem desespero. Imaginemos o paciente revoltado, neurótico, conturbando o relacionamento familiar, criando confusão, e teremos uma idéia sobre o assunto. Não está resgatando dívidas. Apenas as amplia, infernizando os familiares. Há enfermidades que guardam função de “depurativos da alma”, servem de válvulas de escoamento de impurezas espirituais. Põem para fora os desajustes que provocamos com comprometimentos morais em existências anteriores. Para que nos recuperemos sem delongas, é fundamental evitarmos sentimentos negativos, expressões de revolta e inconformação, que recrudesce o mal sem reduzir o desajuste. Geram dores que não redimem. Apenas prolongam nossos padecimentos.

28 – DOR DE CABEÇA Era uma sexta-feira. Muita gente aglomerava-se em volta de Chico. Ele, de pé, abraçava um, dirigia a palavra a outro. Quando aproximou-se dele uma jovem senhora, reclamando de forte dor de cabeça. Chico a ouviu atentamente e convidou-a a sentar-se na assistência para participar do encontro. A palestra transcorreu normalmente. Depois da meia-noite, termina a reunião, a senhora que reclamara da dor de cabeça achegou-se ao médium, com a fisionomia radiante e feliz. A dor de cabeça cessara nos primeiros minutos das tarefas. Chico sorriu docemente, despedindo-se dela com carinho. Instantes depois, explicou: - Emmanuel me disse que aquela senhora teve uma discussão muito forte com o marido, chegando quase a ser agredida fisicamente. O marido desejou dar-lhe uma bofetada e não o fez por recato natural. Contudo, agrediu-a vibracionalmente, provocando uma concentração de fluidos deletérios que lhe invadiram o aparelho auditivo, causando a dor de cabeça. Tão logo começou a reunião, Dr. Bezerra colocou a mão sobre sua cabeça e vi sair de dentro de seu ouvido um cordão fluídico escuro, negro, que produzia a dor. Eu estava psicografando mas, orientado por Emmanuel, pude acompanhar todo o fenômeno. “O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.” – Néio Lúcio, psicografia de Chico Xavier “Quando haja de reclamar isso ou aquilo, espere que as emoções se mostrem pacificadas, um grito de cólera, muitas vezes, tem a força de um punhal.” - André Luiz, psicografia de Chico Xavier

29 – EUTANÁSIA Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava. O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:

- Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável? Chico respondeu:

- Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quando mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.

- E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico. - O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a violência. - respondeu

Chico Xavier Diante da dor e do sofrimento, ouvimos pessoas dizendo: “Eu não acho justo tanto sofrimento!” Quem afirma isto, está achando indiretamente, que Deus é injusto. São Luiz, no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 28 diz: “Quem nos dá o direito de prejudicar os planos de Deus? (Se aquela pessoa sofre, é porque está ressarcindo no corpo, os débitos e liberta-se dos erros do passado). Será que Deus não pode deixar uma pessoa chegar à beira da morte, para depois curá-la, com a finalidade de fazer com que aquela pessoa examine a si mesmo lhe dando a chance de modificar seu modo de pensar e agir? Ninguém pode dizer que uma pessoa moribunda está perto do fim, porque a ciência, comete erros nas suas previsões. Sabemos que há casos que podemos considerar, desesperador. Mas se não há nenhuma esperança possível, lembremos que há doente que se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes. Essa hora é concedida por Deus, e pode ser de grande importância, porque o Espírito pode ter um súbito clarão de arrependimento que poupam muitos tormentos. Um minuto apenas pode poupar muitas lágrimas no futuro.” Portanto: Matar nunca! Nossa encarnação é planejada minuciosamente. Nós formamos corpos físicos, quem dá vida ao corpo físico é Deus. Por isso, não temos o direito de destruí-la. Seja através do aborto, do suicídio, da pena de morte, eutanásia . . . "Que os conhecimentos médicos vigentes possam ajudar os que se acham à beira da desencarnação, facilitando-lhe um tranqüilo retorno ao Invisível sem comprometimento negativo de médicos, enfermagem ou familiares." - Raul Teixeira

30 – POR QUE FRANCISCO DE ASSIS SOFREU TANTO?

Qual seria a explicação para o sofrimento de Francisco de Assis, que teve os olhos cauterizados já quase no final de sua experiência reencarnatória, no século XIII, na Itália? Sendo considerado o discípulo amado, por sua bondade, já ao tempo de Jesus, por que teve que passar por essa rude prova? Raul Teixeira: A saga missionária de Francisco de Assis faz parte desse rol de lidas luminosas atribuídas a Espíritos de alto coturno evolutivo, quando de sua vinda aos mundos inferiores. Espíritos assim, não tendo as necessidades provacionais nem expiatórias da massa social comum, dotados de profundo sentido de renúncia em favor dos seus semelhantes, prestam-se como sublimes voluntários para que, na Obra do Cristo, possam vivenciar dificuldades humanas, desafios sociais em variados níveis, dor e morte, para que os humanos comuns consigam entender os ensinamentos do Celeste Guia, que é Jesus. Não nos olvidemos (esqueçamos) de que ouvimos de Jesus: “No mundo só tereis aflições...”; “Aquele que perseverar até o fim se salvará”; “Se alguém te agredir numa face, oferece também a outra...”; “Não temais os que podem matar o corpo, mas nada podem contra a alma”; “O verdadeiro amigo é aquele que dá a sua vida pela do amigo...”, e outros tantas orientações e advertências para que bem consigamos atravessar os caminhos terrenos. Pois bem, esses vexilários (porta-bandeiras) da coragem, do amor e do trabalho feliz vêm à Terra para nos ensinar a vivenciar essas lições do Mestre. Ele mesmo foi o exemplo maior que esteve no seio dos humanos. Dizem e mostram-nos como se pode lidar com as variadas tipificações humanas e com tudo que elas impõem aos que desafiam a visão limitada do mundo e que desejam escalar mais altas montanhas de progressos, assim como anseiam por buscar mais altos céus em sua rota evolutiva. Entrevista concedida especialmente a revista O Consolador em 29 de junho de 2011.

31 – IRRITAÇÃO PODE CAUSAR HEPATITE? No livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz nos mostra uma senhora que chega ao Centro Espírita com o ventre volumoso e semblante dolorido a procura do passe como ajuda. O Espírito Conrado explica para André Luiz e outros Espíritos que ali estavam analisando o caso que: A mulher estava com icterícia complicada, seu fígado estava comprometido, e que nasceu de terrível acesso de cólera, em que ela se envolveu no reduto doméstico. Ela sentiu extrema irritação, e adquiriu hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência. E, segundo Aulus, a cura seria impossível, porque os órgãos e vasos estavam comprometidos, e a mente dela precisaria reanimar. Porque o passe, como explica Aulus, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam. Em outras palavras, sem fé as irradiações magnéticas não penetram o veículo orgânico. Quando Jesus curava ele dizia “a tua fé te curou”, assim, Ele queria dizer que aquela pessoa curou-se porque estava receptiva para a doação de magnetismo. “O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.” – Néio Lúcio, psicografia de Chico Xavier

“Quando haja de reclamar isso ou aquilo, espere que as emoções se

mostrem pacificadas, um grito de cólera, muitas vezes, tem a força de

um punhal.” - André Luiz, psicografia de Chico Xavier

“Se você acredita que franqueza rude pode ajudar a alguém, observe o

que ocorre com a planta a que você atire água fervente.” – André Luiz,

psicografia de Chico Xavier

32 - BEBIDA ALCOÓLICA É DROGA? Sim. Esta droga liberada (este veneno) produz sérias conseqüências à saúde física como: irritação na mucosa gástrica e duodenal, levando o paciente à úlcera; no fígado as células se enchem de gordura, porta aberta para a cirrose hepática; o pâncreas, 25% dos pacientes acometidos de alcoolismo agudo exibem evidências reais de pancreatite, ou seja, de lesões no pâncreas inflamado; o álcool também determina depósitos de gordura nas artérias, ocasionando a terrível arteriosclerose, que leva o paciente à angina de peito, uma dor insuportável produzida pela diminuição da circulação sangüínea no miocárdio, o músculo nobre do coração; ele atinge o aparelho digestivo: o indivíduo perde o apetite, o estômago se inflama e a ulceração da sua mucosa logo se manifesta. Na esfera do sistema nervoso o álcool ocasiona derrames cerebrais, paralisias, alterações do comportamento, até mesmo a loucura mais completa. O álcool reduz a resistência física, diminui o tempo de vida e, por isso, o seu praticante é considerado um SUICIDA. A bebida alcoólica, já por si é altamente prejudicial, mas às vezes, ela se torna mais prejudicial, porque é criminosamente adulterada. Nos uísques falsificados, aguardentes precocemente envelhecidas e cervejas mal pasteurizadas, os exames químicos denunciam substâncias estranhas diversas: iodo, óxido de ferro, arsênico, chumbo, corantes nocivos, sódio e potássio. Há também uma questão esquecida: cada garrafa de bebida que adquirimos ajuda a sustentar a indústria que mata mais gente e destrói mais lares do que uma guerra. Um seareiro de Jesus não deveria compactuar com isso. E, temos também, um agravante invisível. O bebedor inveterado geralmente (senão sempre), é assediado por terríveis obsessores que lhes compartilham a mesa do lar, do bar elegante ou o balcão da tosca imunda. Porque a embriagues, infelizmente, é um hábito que se observa em todas as camadas sociais. Estes companheiros invisíveis vem saciar, a seu modo, sua sede pelo álcool através do alcoólatra desprevenido. Assim, inicia-se um doloroso processo de vampirismo espiritual, de conseqüências imprevisíveis. Hipnoticamente, estes obsessores, exercem sua influência, conduzindo, por sugestão, o indivíduo à ingestão de álcool. Por isso, quando ouvimos um espírita dizendo: "UMA CERVEJINHA NÃO FAZ MAL" ou "EU BEBO SOCIALMENTE", que estes relembrem a recomendação de Jesus: "A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ COBRADO”, cuidado ao enganarem-se. No mínimo devemos lembrar a importância do nosso corpo físico antes de fazer uso de algo que nos prejudique. É ele que nos ajuda a evoluir. Somos apenas inquilinos dele. Como disse Joanna de Ângelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.”´ Há também uma questão esquecida: cada garrafa de bebida que adquirimos ajuda a sustentar a indústria que mata mais gente e destrói mais lares do que uma guerra. Um seareiro de Jesus não deveria compactuar com isso. O alcoolismo deve ser encarado, nos casos profundos, como uma doença orgânica. Há indivíduos que começam com pequenos goles, buscando na bebida um estado de liberação das suas tensões e, muitas vezes, encontram mais tarde, uma dependência com dores e aflições. Pois o alcoólatra, não destrói somente a si mesmo. Destrói também a família. Arrasa o pobre coração materno. Dilacera os laços conjugais. Estraçalha as esperanças dos filhos. O seu lar é de desarmonia, de desassossego, numa instabilidade emocional constante. O alcoólatra, muitas vezes, é alvo de violência, é causador ou indutor de crimes (no lar, no trânsito, no bar, etc.), o qual poderá ter como conseqüência a prisão, o manicômio ou mesmo o túmulo precocemente, às vezes por obsessão. Quantos males seriam evitados! Quantas dores não aconteceriam! Quantos problemas seriam resolvidos se o alcoolismo das conversas vazias de fim de expediente, de fúteis reuniões sociais, de preguiçosos fins de semana fosse substituído pela visita ao enfermo, pelo atendimento ao necessitado, pelo estudo edificante, pela participação na atividade religiosa.

Os que assim agem não precisam de drinques para experimentar alguma descontração ou passageira euforia, porque há neles aquela vida abundante a que se referia Jesus. Aquela força divina que vibra em nossas veias quando nossa mente se povoa de ideais e nosso coração pulsa ao ritmo abençoado do serviço no campo do Bem. O movimento “Alcoólicos Anônimos” adota um lema muito expressivo: "SE VOCÊ QUER BEBER, O PROBLEMA É SEU; MAS SE VOCÊ QUER PARAR DE BEBER, O PROBLEMA É NOSSO.” Que recorram, pois, aos ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, todos aqueles que sinceramente desejarem libertar-se do domínio do álcool. Em Taubaté sua sede fica na Rua José Vicente de Barros, 336, Vila das Graças. Sigamos o conselho do apóstolo Paulo: "NÃO SEJAM INSENSATOS; AO CONTRÁRIO, PROCUREM COMPREENDER A VONTADE DO SENHOR. NÃO SE EMBRIAGUEM, QUE LEVA PARA A LIBERTINAGEM, MAS BUSQUEM A PLENITUDE DO ESPÍRITO.” (Efésios 5:18)

33 - AS DROGAS DEVEM SER LIBERADAS? Quando falamos em suicídio, logo imaginamos alguém colocando fim a sua vida física através de envenenamento, tiro na cabeça ou na boca, corte nos pulsos, enforcamento, etc., é o que chamamos de SUICÍDIO DIRETO OU CONSCIENTE. Mas nos esquecemos que, há um suicídio lento e silencioso, que chamamos de SUICÍDIO INDIRETO OU INCONSCIENTE. Este, é o que mais mata. O suicídio indireto, é quando aniquilamos lentamente nosso corpo físico, através: DA IRRITAÇÃO (causadora de distúrbio circulatório, como entupimento de veias do coração); CALMANTES (a busca da tranqüilidade artificial); ALUCINÓGENOS (a busca da euforia ilusória através da maconha, cocaína, bebidas alcoólicas, etc.); O VÍCIO MENTAL COMO OS HIPOCONDRÍACOS (que de tanto imaginar doença, ficam doentes); OS MELANCÓLICOS (adoecem porque a parte psicológica está em baixa); OS MALEDICENTES (se envenenam com o mal que julgam identificar nos outros); OS REBELDES (os eternos inconformados com a vida); OS APEGADOS A FAMÍLIA E BENS TERRENOS (passam a vida preocupados em ter, em cuidar, em não perder, em não deixar ninguém lhe passar a perna); OS EXCESSOS (à alimentação, ao cigarro, ao sexo desregrado, à bebida alcoólica). Como vemos, as formas de suicídio são grande. André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto. E conta também, no livro "Nosso Lar", seu sofrimento ao desencarnar, porque foi um suicida indireto. Sua desencarnação ocorreu porque todo aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. E a sífilis devorou-lhe energias essenciais para a recuperação pós operatória. E, no tempo atual, infelizmente, observamos o aumento da auto aniquilação pelas drogas como: maconha, cocaína, heroína, crack, bebidas alcoólicas (esta já é liberada), etc. Há muitos problemas causados pelo uso de drogas, e muitos são os tipos de morte, a mais conhecida é a overdose, porque o organismo se adapta aos efeitos da droga implicando a necessidade de aumentar a dose para continuar obtendo resultados semelhantes. Muitos defendem a droga dizendo: "Não estou prejudicando ninguém. A vida é minha e eu faço o que quero com ela." Este discurso egoísta, mostra total ignorância no assunto. O dependente de drogas, geralmente, envolve a família, a sociedade e torna-se envolvido com a criminalidade, pois quando este fica sem condições financeiras para adquiri-la, a consegue com o traficante, através do sistema de comissão nas vendas; sem contar pequenos e grandes furtos, assaltos, muitas vezes, seguidos de mortes, etc. Chegam a matar familiares para obter algo que possam vender e sustentar seu vício. E com isso, traficantes se fortalecem, matando vidas de maneira direta ou indireta, desagregando famílias e desequilibrando a sociedade. Muitos acreditam também, que o usuário não deve ser punido. Mas é o usuário

que fortalece o traficante e, consequentemente, ambos fortalecem a criminalidade. Se não houvesse usuário, não haveria traficante. O usuário deveria ser encaminhado, obrigatoriamente, a um centro de recuperação, antes de tornar-se violento, perigoso a sociedade. E os que já estão cometendo delitos também. Hoje, o Governo deveria construir centros de recuperação como constrói presídio. Se todos acreditassem na reencarnação, saberiam que a vida não começa no berço, não acaba no túmulo e que a lei é de Causa e Efeito, consequentemente, abusariam menos da lei divina. Então, quando maltratamos nosso corpo físico, geralmente, ressarciremos a mal causado através de doenças, assim como desfrutaremos da saúde se dela cuidarmos. Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação. Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc. Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando. Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo: Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável? Como dissemos, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado: "O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória". Portanto, as drogas não devem ser liberadas, somos nós que devemos nos libertar delas.

34 - ADVOGADO AMBICIOSO REENCARNA COM HIDROCEFALIA O Dr. Abelardo Tourinho era, indiscutivelmente, verdadeira águia de inteligência.

Advogado de renome, não conhecia derrotas. Sua palavra sugestiva, nos grandes

processos, tocava-se de maravilhosa expressão de magnetismo pessoal. Seus pareceres

denunciavam apurada cultura. Abelardo se mantinha, horas e horas, no gabinete

particular, surpreendendo as colisões das leis humanas entre si. Mas, seu talento

privilegiado caracterizava-se por um traço lamentável. Não vacilava na defesa do mal,

diante do dinheiro. Se o cliente prometia pagamento farto, o advogado torturava

decretos, ladeava artigos, forçava interpretações e acabava em triunfo espetacular.

Chamavam-lhe “grande cabeça” nos círculos de convivência comum. Era temido pelos

colegas de carreira. Os assistentes se atropelavam a fim de atendê-lo no que desejasse.

Muita vez, foi convidado a atuar, em posição destacada, nas esferas político-

administrativas; entretanto, esquivava-se, porque as gratificações dum deputado eram

singelas, perto dos honorários que recebia. Seus clientes degradantes eram sempre

numerosos. Sua banca era freqüentada por avarentos transformados em sanguessugas do

povo, por negociantes inescrupulosos ou por criminosos da vida econômica, detentores

de importante ficha bancária. Abelardo nunca foi visto lutando em causa humilde,

defendendo os fracos contra os poderosos, amparando infortunados contra os

favorecidos da sorte. Afirmava não se interessar por questões pequenas.

Mas, havia alguém que o acompanhava, sem tecer elogios precipitados. Era sua mãe,

nobre velhinha cristã, que o alertava, de quando em quando, com sinceridade e amor.

Dizia ela:

- Abelardo, não te descuides na missão do Direito. Não admitas que a idéia de

ganho te avassale as cogitações. Creio que a tarefa da justiça terrestre é muito

delicada, além de profundamente complexa. Ser advogado ou juiz é difícil

ministério da consciência. Por vezes, observo-te as inquietações na defesa dos

clientes ricos e fico preocupada. Não te impressiones pelo dinheiro, meu filho!

Repara, sobretudo, o dever cristão e o bem a praticar. Sinto falta dos humildes, em

derredor de teu nome. Ouço os aplausos de teus colegas e conheço a estima que

desfrutas, no seio das classes abastadas, mas ainda não vi, em teu circulo, os

amigos apagados de que Jesus se cercava sempre. Nunca pensaste, Abelardo, que o

Mestre Divino foi advogado da mulher infeliz e que, na própria cruz, foi ardoroso

defensor dum ladrão arrependido? Creio que o teu apostolado é também santo... O eminente advogado balançava a cabeça, em sinal de desacordo, e respondia:

- Mãezinha, os tempos são outros. Devo preservar as conquistas efetuadas. Não

posso, por isso, satisfazer-lhe as sugestões. Compreende a senhora que o advogado

de renome necessita cliente à altura. Alias, não desprezo os mais fracos. Tenho

meu gabinete vasto, onde dou serviço a companheiros iniciantes, junto aos quais os

menos favorecidos do campo social encontram os recursos que necessitam...

- Oh! Meu filho! Estimaria tanto ver-te a sementeira evangélica!... O advogado interrompia-lhe as observações, sentenciando:

- A senhora, porém, necessita compreender que não sou ministro religioso. Não

devo ligar-me a preceituação estranha ao Direito. E é tão escasso o tempo para a

leitura e analise dos códigos que me não sobra ensejo para estudos do Evangelho.

Além do mais – e fazia um gesto irônico -, que seria de meus filhos e de mim mesmo

se apenas me rodeasse de pobretões? Seria o fim da carreira e a bancarrota geral. A genitora discutia amorosa, fazendo-lhe sentir a beleza dos ensinamentos cristãos, mas

Abelardo, que se habituara aos conceitos religiosos de toda gente, não se curvava às

advertências maternas, conservando mordaz sorriso ao canto da boca.

A experiência terrestre foi passando devagar, como quem não sentia pressa em revelar a

eternidade da vida infinita.

A Senhora Tourinho regressou à espiritualidade, muito antes do filho.

Abelardo, todavia, jamais cedeu aos seus pedidos.

E foi assim que a morte o recolheu, envolvido em extensa rede de compromissos (com a

lei divina). Compreendeu, tarde demais, as tortuosidades perigosas que traçara para si

mesmo. Muito sofreu (no umbral) e chorou nos caminhos novos. Não conseguia

levantar-se, achava-se caído, na expressão literal. Crescera-lhe a cabeça enormemente,

retirando-lhe a posição de equilíbrio normal. Colara-se à terra, entontecido e

freqüentemente atormentado pelas vitimas ignorantes e sofredoras (pessoas que ele

prejudicou quando os fez perder a causa tornaram-se obsessores).

A devotada mãezinha visitou-o por anos, sem alcançar resultados animadores.

Ele prosseguia na mesma situação de imobilidade, deformação e sofrimento.

A mãe, reparando na ineficácia de seus carinhos, trouxe um elevado orientador de almas

à paisagem escura (umbral).

Pretendia um parecer, a fim de traçar diretrizes de ação.

O prestimoso amigo examinou o paciente, registrou-lhe as pesadas vibrações mentais,

pensou, pensou e dirigiu-se à abnegada mãe, compadecido:

- Minha irmã, o nosso amigo padece de inchação da inteligência pelos crimes

cometidos com as armas intelectuais. Seus órgãos da ideia foram atacados pela

hipertrofia de amor-próprio. Ao que vejo, a única medida capaz de lhe apressar a

cura é a hidrocefalia no corpo terrestre. A nobre genitora chorou amargurada, mas não havia remédio se não conformar-se.

E, daí a algum tempo, pela inesgotável bondade do Cristo, Abelardo Tourinho

reencarnou e podia ser identificado por amigos espirituais numa desventurada criança

do mundo, colada a triste carrinho de rodas, apresentando um crânio terrivelmente

disforme, para curar os desvarios da “grande cabeça”.

Escrito pelo espírito: Irmão X (Humberto de Campos)

Psicografia de: Chico Xavier

Livro: Pontos e Contos

Tema: Grande Cabeça

Observação de Rudymara: Se todos acreditassem na reencarnação, pensariam duas

vezes antes de transgredir as leis de Deus. Saberiam que a lei é a de causa e efeito (o

que causarmos de bom e de ruim a tudo que conviva conosco neste planeta, seja uma

pessoa, um animal, a Natureza e a nós mesmos sofreremos as consequências);

colheremos aquilo que plantarmos; seja nessa ou em outra encarnação, ninguém

sofre a toa e, consequentemente, Deus é justo.

35 – POR QUE ANDRÉ LUIZ FOI CONSIDERADO UM SUICIDA?

André Luiz conta seu sofrimento, após sua desencarnação, através da mediunidade de Chico Xavier, no livro "NOSSO LAR", ao ser chamado de suicida por companheiros da zona umbralina. Até que Clarêncio, o mensageiro da luz, o resgatou após 8 anos e explicou que ele era mesmo um suicida. Que todo seu aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. E a sífilis (conseqüência de algumas leviandades) devorou energias essenciais para sua recuperação corporal pós-operatória. Hoje, as propagandas levam multidões a buscar a maneira mais agradável de diminuir as defesas orgânicas com bebidas alcoólicas, cigarros ou excessos à mesa. Há aqueles que buscam a tranqüilidade artificial tomando calmantes, ou em busca da euforia ilusória tomam alucinógenos (maconha, cocaína, etc). Há também os vícios mentais, como os hipocondríacos (que de tanto imaginar doença, ficam doentes); os melancólicos (adoecem porque a parte psicológica está em baixa); os maledicentes (se envenenem com o mal que julgam identificar nos outros); os rebeldes (os eternos inconformados com a vida); os apegados à família a bens terrenos (passam a vida sobrecarregando o corpo carnal com preocupações injustificáveis, sofrem antes da hora); os irritados (por falta de compreensão, favorecem o distúrbio circulatório, entupindo veias coronárias). Como vemos, muitos são os meios de nos auto-aniquilar lentamente. Portanto, a roupagem carnal é um presente divino (uma criação de Deus) que nos permite abençoado aprendizado nas asperezas do Mundo, por isso temos que preservá-la.

36- SABER SOFRER

O Espírito Lacordaire, no cap. V, item 18, de O Evangelho segundo o Espiritismo disse:

“Poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus.”

O mentor espiritual está dizendo com todas as letras que não basta sofrer para habilitar-se a futuro feliz. É preciso sofrer com “finesse”, sem murmúrios, sem queixas, sem revolta nem desespero. O paciente revoltado, neurótico, que conturba o relacionamento familiar, cria confusão, não está resgatando dívidas. Apenas as amplia, infernizando os familiares. Há enfermidades que guardam função de “depurativos da alma”, servem de válvulas de escoamento de impurezas espirituais. Põem para fora os desajustes que provocamos com comprometimentos morais em existências anteriores. Para que nos recuperemos sem delongas, é fundamental evitarmos sentimentos negativos, expressões de revolta e inconformação, que recrudesce o mal sem reduzir o desajuste. Geram dores que não redimem. Apenas prolongam nossos padecimentos

37 PARA ONDE VAI O SUICIDA?

Cada espírito é uma história. Alguns suicidas sentem-se presos ao corpo de tal modo que, leva-

os a ver e sentir os efeitos da decomposição; outros vão para as regiões umbralinas (região

destinada a esgotamento de resíduos mentais); outros ainda, como conta no livro “Memórias de

um suicida”, tornam-se presas de obsessores, que as vezes, também foram suicidas, entidades

perversas e criminosas, que sentem prazer na prática de vilezas, e que continuam vivendo na

Terra ao lado dos homens, contaminando a sociedade, os lares terrenos que não lhes oferecem

resistências através da vigilância dos bons pensamentos e prudentes ações. Esses infelizes

unem-se, geralmente, em locais pavorosos e sinistros da Terra, afinados com seus estados

mentais como: florestas tenebrosas, catacumbas abandonadas dos cemitérios, cavernas solitárias

de montanhas muitas vezes desconhecidas dos homens e até antros sombrios de rochedos

marinhos e crateras de vulcões extintos. Eles aprisionam, torturam por todas as formas, desde

maus tratos físicos e da obscenidade, até a criação da loucura para mentes já torturadas por

sofrimentos que já lhes são pessoais, etc.

QUANTO TEMPO OS SUICIDAS FICAM PRESOS AO CORPO FÍSICO? Não há previsão para o

tempo que os suicidas ficam presos ao corpo vendo sua decomposição, vagando nas regiões

umbralinas, prisioneiros de obsessores, etc. Isso varia de espírito para espírito. É o tempo que

levam para harmonizar sua mente e entenderem o apoio que está sendo dado a ele. Pois, há

grupos de socorro para os Espíritos que sofrem. No Vale dos Suicidas, por exemplo, o grupo de

trabalhadores é chamado de: Legião dos Servos de Maria, pois o Vale é chefiado pelo grande

Espírito de Maria de Nazaré.

TODO SUICIDA VAI PARA O VALE DOS SUICIDAS? A médium Yvonne Pereira, em seu livro

“Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Entretanto, há notícias de outros suicidas

que não foram para o referido Vale. O próprio Camilo (personagem principal do livro) diz que

não sabe como acontece os trabalhos de correção para suicidas nos demais núcleos ou colônias

espirituais.

COMO REENCARNA UM SUICIDA? Geralmente renascem com defeito ou deficiência no órgão

afetado. E o resgate também não é igual para todos. Por exemplo: Jerônimo, personagem do

livro “Memórias de um suicida”, que se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu,

deixando esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não

formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína financeira novamente,

para ter que lutar com coragem. Seria um teste para ele; Camilo, personagem principal do livro

referido, tornou-se grande trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50 anos reencarnou para

cegar aos 40 anos e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos deram um tiro no ouvido,

mas o resgate foi diferente.

É ERRADO MATAR-SE PARA ENCONTRAR COM O ENTE QUERIDO? Além de ser errado adiará

ainda mais o reencontro.

É ERRADO MATAR-SE PARA SALVAR UMA VIDA? Sacrificar sua vida para salvar outra, só sem

intenção de morrer. Exemplo: bombeiro. Suicídio, nunca! Portanto, deixemos claro que, só

Deus tem o direito de retirar a vida. Deus não castiga o suicida, é o próprio suicida quem se

castiga, através de sua consciência pesada. O tribunal do suicida (e de todos nós) é a sua própria

consciência. Se o ato do suicida é covarde ou corajoso, não podemos precisar, porque há casos

de loucura, onde o suicida, por estar em estado de demência, não pode avaliar o crime que está

cometendo. No caso de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, diz Emmanuel, que ele não foi

considerado como suicida, uma vez que evitou uma guerra civil com sua morte. Como vemos,

cada caso é um caso. Por isso, aprendamos a não julgar pela aparência. Pois, não sabemos se já

fomos ou estamos sendo suicidas indiretos, ou seja, aquele que se mata devagarzinho, todos os

dias através de vícios, excesso alimentar, sexo desregrado, etc. Nossos sentidos são primários e

não temos direito de julgar. Só há um juiz, perfeito e infalível: DEUS. Para nós cabe a caridade

da prece à esses irmãos.

KARDEC COMETEU SUICIDO? Devemos esclarecer aos que desconhecem sua biografia ou

conhecem e tentam denegrir sua imagem que, Kardec não cometeu suicídio, ele desencarnou

aos 64 anos, entre 11 e 12 horas no dia 31 de março 1869, devido ao rompimento de um

aneurisma, cumprindo, e muito bem, sua missão. Portanto, enquanto não acreditarem na

reencarnação, na vida eterna do espírito, na lei de causa e efeito, infelizmente, continuaremos

recebendo notícias, quase que diariamente, sobre pessoas que cometeram suicídio. Lembremos

que: “Deus não nos dá um fardo maior que podemos carregar.” E pelo caminho

encontramos muitos Sirineus para nos ajudar a carregá-lo.

38- SUICÍDIO – DESGOSTO DA VIDA Na questão 943, de O Livro dos Espíritos, Kardec indagava qual seria a causa do desgosto pela vida que se apoderava de certas pessoas sem causa aparente. Ao que os Espíritos responderam: “Efeito da ociosidade, da falta de fé, e, às vezes, da saciedade (...).” Analisemos individualmente cada item: OCIOSIDADE: começa pela atitude mental invigilante, uma vez que, ao mantermos a mente vazia de pensamentos nobres, estaremos oferecendo vasto campo a expressões mentais intrusas de baixo teor, mormente aquelas que sinalizam para o desprezo pelo maravilhoso dom da vida. Ociosidade no campo mental que se transforma facilmente em inércia física, tornando a vida um campo infértil tomado por ervas daninhas como os obsessores. Eis a razão pela qual as estatísticas demonstram que a incidência do suicídio é maior entre pessoas desempregadas ou voluntariamente entregues a inação (falta de ação, de trabalho, é a inércia). Joanna de Ângelis nos recomenda que: “Tomemos cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade. Cabeça ociosa é perigo a vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . . O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso. Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, nas tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz. Hora Vazia, nunca!” FALTA DE FÉ: A fé é perseverante, remove montanhas de dificuldades, estimula esperança, calma, paciência, sabe esperar porque apóia na inteligência e na compreensão das coisas; e a falta dela produz incerteza, hesitação, revolta, enfraquece diante dos adversários e obstáculos; sem ela a pessoa nem procura os meios de vencer os obstáculos, porque não crê na possibilidade de vitória, na continuidade da vida após a desencarnação e nem na infalibilidade das leis divinas. Na Suíça, o suicídio assistido foi legalizado, que consiste no seguinte: alguém que sofre de um mal irreversível qualquer solicita o auxílio de um médico, que, então, lhe prescreve determinado medicamento, em expressiva dosagem, que lhe permita desencarnar “suavemente” em alguns poucos minutos. A única condição que a lei impõe para esse tipo de suicídio é que o próprio paciente ministre em si mesmo o medicamento letal. Ou seja, o médico deve se limitar a assistir passivamente a morte lenta e gradual daquele cuja vida ele deveria preservar. Dados estatísticos demonstram que, em dez anos dessa prática vergonhosa, o número de suicídios simplesmente triplicou naquele país, já que pessoas de nações vizinhas têm se deslocado até a Suiça para se matarem em “grande estilo”. SACIEDADE: A ONU publicou recentemente um documento em que situou a Suécia (seguida da Noruega e da Finlândia) como o país que oferece a melhor qualidade de vida da Terra, já que, por lá, questões como desemprego, fome e miséria são praticamente inexistentes. Contudo, aqueles três países registram, na ordem referida, os maiores índices de suicídio do planeta. MAS, POR QUE RAZÃO? Vejamos: A revista

Isto É, edição de 28/01/2004, publicou uma reportagem bastante interessante sobre uma norueguesa de nome Clara Karoliussem que, após viver por mais de cinco anos em Santos (SP), preparava-se para retornar ao seu país de origem, curiosamente, contra sua vontade, pois afirmava que, no Brasil, ela comemorava cada vitória, fruto de muito trabalho, o que não ocorria em seu país de origem, onde, em suas palavras, tudo vêm de mãos beijadas, razão pela qual não existe a satisfação íntima da conquista. Pode-se dizer, então, que as altas taxas de suicídio verificadas naquele país decorrem da saciedade mal vivenciada de alguém que, tendo conquistado tudo que a vida pode lhe oferecer, no sentido material, passa a sentir um desconcertante vazio, decorrente da falta de perspectivas para o futuro. De fato, a saciedade material, destituída de um certo respaldo espiritual, é uma das grandes causas do desgosto pela vida. Ressalte-se que o Brasil, com tantas mazelas sociais, surge no cenário mundial das estatísticas do suicídio apenas na 71ª (septuagésima primeira) posição, certamente em decorrência do profundo sentimento de religiosidade dos brasileiros. Então, podemos dizer que, o vínculo com uma religião é importante para desenvolvermos o respeito pela vida do próximo e pela nossa também. E a Doutrina Espírita, na condição de Consolador Prometido por Jesus, nos alerta sobre as gravíssimas conseqüências do suicídio, no plano espiritual e nas vidas sucessivas, auxiliando-nos a repelir sugestões infelizes, tão logo se apresentem em nossa tela mental. Oferece-nos, ainda, depoimentos mediúnicos dos próprios suicidas, que nos atestam a grande frustração pela qual passaram ao se defrontarem, no além, com uma realidade muito mais terrível do que aquela que vivenciavam na Terra, justamente por terem cometido o grande engano de julgar que, ao darem fim às suas vidas carnais, estariam, também, eliminando a inextinguível essência divina que somos todos nós. Portanto, não se mate, você não morre.

39 - RESUMO DO LIVRO "MEMÓRIAS DE UM SUICIDA"

A história do livro (Memórias de um Suicida) começa no século XVII, quando nasce um jovem em terras portuguesas numa família pobre, mas que sonhava ser rico, culto e poderoso. Este jovem procurou um pároco e contou seu sonho. O pároco então, passou a ensinar-lhe quanto sabia. Diante das suas ambições, o jovem despertou a vontade de ser um sacerdote. Mas o pároco, disse que o rapaz não tinha vocação para o sacerdócio, e aconselhou-lhe que exercesse o sublime sacerdócio construindo um lar, com respeito, justiça e amando sempre o próximo. O conselho do pároco calou fundo, e os planos foram adiados. O jovem então, apaixonou-se por Maria Magda com fervor. Ambos faziam planos matrimoniais, quando Magda conhece um outro rapaz, Jacinto de Ornelas y Ruiz, apaixona-se, casa-se e muda-se para Madrid. O jovem sentiu-se humilhado, cheio de ódio, rancor, despeitado e jurou vingança. Diante do desgosto, ele reativou a idéia de ser sacerdote e a realizou. Serviu às leis de Inquisição. Perseguia, denunciava, caluniava, fazia intriga, mentia, condenava, torturava e matava. Quinze anos depois do casamento de sua amada Maria Magda, o sacerdote vai para Madrid a mando da Igreja. O acaso então, os colocou novamente frente a frente, trazendo muito ódio à lembrança, mas sentindo que ainda a amava. Tentou cativa-la, mas não conseguiu. Ela resistiu com dignidade. Jacinto, percebeu o assédio do sacerdote à sua esposa. Preparou-se para deixar Madrid, buscando refúgio no estrangeiro para si próprio como para a família. Pois, o medo do oficial do Santo-Ofício era grande. Mas, o sacerdote descobriu, denunciou Jacinto de Ornelas ao tribunal, com muitas acusações. Jacinto foi preso, processado e entregue ao sacerdote, por ordem dos seus superiores. Jacinto foi levado à masmorra infecta, onde passou martirizantes privações e torturas: arrancaram-lhe as unhas e os dentes, fraturaram os dedos, deslocaram os pulsos, queimaram a sola dos pés. Maria Magda, sofria pensando o que poderia estar acontecendo ao marido. Por isso, procurou o sacerdote entre lágrimas, suplicou trégua e compaixão. Ele então, prometeu o marido de volta com uma condição, de que ela se entregasse à ele. Ela relutou, mas acabou aceitando. Pois sabia que se não fizesse o acordo, seu marido seria morto. Dias depois do pacto, Magda vai à sala de torturas, contempla o marido, desespera-se, e não consegue ocultar o ódio pelo sacerdote. Ele notou o desprezo, sentiu-se cansado em lutar por um bem inatingível, pois não conseguia entender aquele sublime amor que cobria as mãos de Jacinto com beijos e lágrimas. E por não conseguir o amor de Magda, a inveja, o despeito, o ciúme, tomou-lhe o coração. As tendências maléficas do passado, vieram-lhe na lembrança, quando no ano 33 gritou junto ao povo para condenar Jesus de Nazaré em favor da liberdade do bandoleiro Barrabás. Ele então, vazou os olhos de Jacinto perfurando-os com pontas de ferro incandescido. Jacinto inconformado com a situação, não querendo tornar-se estorvo à querida companheira, suicidou-se dois meses depois de obter a liberdade. Magda voltou para a terra natal com os filhos, desolada e infeliz. Nunca mais viu o sacerdote ou obteve notícias. O arrependimento não tardou iniciar ao mesquinho ser do sacerdote. Não dormia com tranqüilidade, vivia nervoso e a imagem de Jacinto o atordoava. Ele passou a evitar cumprir as tenebrosas ordens de seus superiores, até que mais tarde foi levado ao cárcere perpétuo. Da Segunda metade do século XVII até o século XIX, ele começou a expiar, na Terra como homem e na erraticidade como Espírito, os crimes e perversidades cometidos sob a tutela do Santo-Ofício.

Na Segunda metade do século XIX, reencarnou em Portugal, como escritor famoso, Camilo Castelo Branco, para a última fase das expiações inalienáveis: a cegueira. O mesmo horror que Jacinto de Ornelas sentiu pela cegueira, ele também sentiu. Diante da inconformidade, imitou a gesto, deu um tiro no ouvido, tornando-se em 1890, suicida como Jacinto o fora em meado do século XVII. A cegueira era uma expiação, mas o suicídio não. O suicídio foi uma escolha dele, que perdeu a oportunidade que Deus estava dando para que ele reparasse sua falta do passado. Ele fez mal uso do livre arbítrio. Camilo Castelo Branco lança neste livro, através da médium Yvonne A . Pereira (que também foi uma suicida na sua encarnação passada) um alerta para aqueles que pensam que a vida termina no túmulo. Camilo conta a experiência dele e de outros suicidas como: Jerônimo que deu um tiro no ouvido porque era rico e não suportou a ruína dos negócios comerciais; Mario Sobral perdeu-se nos instintos inferiores, influenciado pela beleza física, a vaidade, a sedução, que pediam cada vez mais prazeres. Quando percebeu que estava perdendo sua esposa para outro, tentou encontrar-se e reconduzir sua vida, mas não conseguiu. Sua esposa não o aceitou. Ele então, à matou estrangulada e logo após enforcou-se; Belarmino era um professor conceituado, diante de uma tuberculose, resolveu acabar com o sofrimento, cortando os pulsos; João era viciado em jogo, perdeu tudo, inclusive a honra e a própria vida, envenenou-se. Uma observação importante: O resgate não é igual para todos. Por exemplo: Jerônimo, o amigo de Camilo, que se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu, deixando esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína financeira novamente, para ter que lutar com coragem; Camilo tornou-se grande trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50 anos reencarnou para cegar aos 40 anos e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos deram um tiro no ouvido, mas o resgate foi diferente.

(Resumo feito por Rudymara de Paula) - O livro “Memórias de um Suicida”, buscou

ajudar aqueles que, em desespero, tentaram ou pensam tentar contra a própria vida,

comprometendo severamente a evolução espiritual que todos buscamos. Este livro foi

escrito pela psicografia da médium Yvonne Pereira - ditado pelo espírito Camilo

Castelo Branco, extraordinário romancista e poeta português, que contou sua lamentável

atitude (em vidas passadas), disparando um tiro de revólver na cabeça e consequências.

40 - SUICIDA REENCARNA COM CORPO MUTILADO PARA REPRIMIR NOVO SUICÍDIO - Chico Xavier Uma criança foi levada ao Chico Xavier porque os médicos tinham indicado a amputação das pernas. A mãe perguntou: - Chico, o que é que eu faço? E o Chico disse: - Siga a orientação dos médicos. Os amigos que acompanharam aquele atendimento perguntaram: - Mas, Chico, como é que pode uma criança ter as pernas amputadas? Ela já não tem braços, é cega, muda e surda. Qual a vantagem dessa encarnação? - O Chico explicou: - Os espíritos amigos me disseram que a mãe deveria seguir as orientações médicas porque o espírito que habita este corpo mutilado, nas últimas 10 encarnações, se suicidou. E antes de encarnar, ele rogou a misericórdia divina para que impedisse por todos os modos que ele cometesse o suicídio novamente. Embora ele não tenha os braços, não ouça, não fale e não enxergue, ele está pensando em ir caminhando procurar uma ponte para se jogar. A gangrena veio como a misericórdia divina para que na próxima encarnação ele viesse com menos débito e começasse a caminhar para a recuperação espiritual. OBSERVAÇÃO: Como disse Emmanuel: “A sagrada oportunidade de uma nova experiência concedida por Deus, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei.” Então, o perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais preconizam em verdade não é de fácil execução. Requer muito boa-vontade. Demanda esforço - esforço continuado, persistente. Reclama perseverança. Pede tenacidade. ENTÃO, DEUS NÃO PERDOA? Quem não perdoa é a LEI de Deus, porque perdoar seria anular o mal que foi feito. E na verdade, a lei ama, deixando ao infrator a oportunidade de reparação, ou seja, Deus dá meios para ressarcirmos erros. Aos espíritas não existe penas eternas. Aqueles que se acham renovados pelo processo da renovação moral, aqueles que conseguiram romper as amarras do passado, pelo Bem que fizeram, naturalmente minimizaram as conseqüências do Mal que realizaram, e muitas vezes são poupados, estão excluídos do débito pelo Bem que fizeram. Exemplo: aquele que reencarna para ficar cego, com o Bem que praticar diminuirá sua dívida com a lei divina. Ele poderá ficar com a visão precisando apenas de óculos. “O amor cobre multidões de pecados.” – disse Jesus.

41 - DOENÇAS E DOENTES

Desde que o mundo é mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais variadas. Quando consegue controlar uma delas, outras surgem, mais cruéis e ameaçadoras. Tem-se lutado com ardor para extirpar as doenças da face da Terra. Mas por que não se consegue, já que a ciência moderna tem recursos fantásticos? A resposta é simples: tem-se buscado curar os efeitos e não as causas. Ou seja, temos envidado esforços para curar os corpos, esquecidos de que o enfermo é o Espírito imortal e não o corpo que perece. O corpo é como um mata-borrão, que absorve e exterioriza as chagas que trazemos na alma. A mente elabora os conflitos, os ressentimentos, os ódios que desatrelam as células dos seus automatismos, degenerando-as e possibilitando a origem de tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride. A sede de vingança volta-se contra o organismo físico e mental daquele que a acalenta, facilitando a instalação de úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas que empurram o ser para estados desoladores. As angústias cultivadas podem ocasionar as crises nervosas, as enxaquecas, entre outros males. A inveja, a cólera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite, hipertensão, entre outros distúrbios. O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade, favorecem os cânceres de mama, na mulher, e de próstata, no homem, além das disfunções cardíacas, dos infartos brutais e outras doenças. A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas,os desejos insaciáveis dão ocasião aos derrames cerebrais, aos estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc. Como podemos perceber, a ação do pensamento sobre o corpo é poderosa. O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-as em harmonia. O contrário ocorre com o pensamento desequilibrado. O homem é o que acalenta em seu íntimo. O que surge no corpo é a exteriorização dos males que cultiva na alma. Não é outro o motivo pelo qual Jesus alertava àqueles a quem curava dizendo: Vá, e não tornes a pecar para que mal maior não te aconteça. O que quer dizer que a saúde está condicionada ao modo de vida de cada criatura. E que não há doenças, mas doentes, que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós. Jesus, que foi o exemplo máximo do Amor, jamais adoeceu, porque era são em Espírito, o que proporcionava saúde ao corpo. Desta forma, se quisermos a saúde efetiva, enquanto buscamos a cura do corpo, tratemos também o verdadeiro enfermo, que é o Espírito. Redação do Momento Espírita Livro: Autodescobrimento – uma busca interior Pelo: Espírito Joanna de Ângelis Psicografia de: Divaldo Pereira Franco

42 - Alzheimer uma doença espiritual

Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos. Nasceu

em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978.

Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de

São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados

por um médico: Dr. Eduardo Monteiro.

Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que

lhe informou: Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do

espírito.

Importante também analisar o problema dos cuidadores do doente (família). Além de

trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento

atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão

confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças

com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50

ou até menos?

Alerta - É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam

alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de

Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico,

distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem

garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará

antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com

Alzheimer?

Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer

- Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:

Costumam ser muito focadas em si mesmas - Vivem em função das suas necessidades e

das pessoas com as quais criam um processo de codependência e até de simbiose - Seus

objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução) - São de poucos amigos-

Gostam de viver isoladas - Não ousam mudar - Conservadoras até o limite - Sua dieta é

sempre a mesma - Criam para si uma rotina de 'ratinho de laboratório' - São muito

metódicas - Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes

da doença se caracterizar - Cultivam manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo

compulsivo) com freqüência - Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar - Leitura

os enfastia.

o) Não são chegadas em ajudar o próximo - Avessas á prática de atividades físicas -

Facilmente entram em depressão - Agressivas contidas - Lidam mal com as frustrações

que sempre tentam camuflar - Não se engajam - Apresentam distúrbios da sexualidade

como impotência precoce e frigidez - Bloqueadas na afetividade e na sexualidade.

Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um

afago requer um esforço sobre-humano.

Alzheimer e mediunidade - No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com

pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os

desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.

Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas

(bem mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como

se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o

que 'fizemos' juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui

uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas

durante processos febris.

Obsessão - É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo

arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito

adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às

vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se

em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou

a família?

Alzheimer - o umbral para os ainda encarnados - O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada

agradáveis. Os 'cuidadores' desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos

depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.

O espírito volta para a vitrine - Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância

nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse

tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da

personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.

Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os

profissionais da saúde?

Como médica, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva

com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia

um 'docinho de coco', com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e

manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois

do nada agredia os outros internos - na decisão de consenso optou-se por manter as

tradicionais 'camisas de força' (remédios que todos conhecem).

Os cuidadores - Mesmo com medo de ter que 'cuidar de uma antiga criança mal educada' como se

tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de

desenvolvermos qualidades espirituais a 'toque de caixa'. Feliz de quem encara essa

tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de

suportar tal tarefa com calma - Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o

que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O

que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida...Quantos cuidadores se

tornarão doentes? - Alerta: 'Cuidadores' costumam não aprender nada e, repetem a lição

para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.

O que é possível aprender como cuidador? Paciência, tolerância, aceitação, dedicação

incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de

decidir por si e pelo outro. Amor.

Para o 'cuidador' é diferente o Alzheimer rico do pobre? - O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por

terceiros. Quem ganha o que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente

de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos 'cuidados'?

Cuidador ou responsável? - Tal e qual na infância temos pais ou responsáveis, neste

caso vale a mesma analogia.

O que o cuidador ganha ou perde? - Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para

cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado? - Quem ou

o que dita os valores? Quem ganha ou perde o que? Em qual condições? - Na dúvida

chame Jesus, Ele explica tudo muito bem...

O problema da obsessão - Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é

preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de

honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as

relações familiares, como as coisas ocorreram.

Não foi possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença,

avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de mediunidade': você fez isso ou

aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode

estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.

A dieta influencia - Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação

centrada em carboidratos e alimentos industrializados. Descuidam-se no uso de frutas,

verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega 6, devem

consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite

de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim). Estudos recentes mostram que até

os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.

Remédios resolvem? - Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse -

pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.

Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar

terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os

efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.

Qual a vacina? - Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva. O ato de nos vacinarmos contra

a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e

comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos. A melhor e mais

eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática

da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:

'Amai-vos e instruí-vos'.

Quer evitar tornar-se um Alzheimer? Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço

e inteligência. Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema

evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente, além das dúvidas que

levantamos esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.

Artigo: Alzheimer - Enviado por Celso machado, sócio colaborador e Conselheiro da

Corrente do Bem - Site Jornal dos Espíritos - É Possível Evitar Por: Dr. Américo

Marques Canhoto (Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação,

Santarém, Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em

São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o

Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro.

Depois descobriu que esse médico era um espírito. .

- Roberio Cordeiro da Silva

43 - DEVEMOS SENTIR PENA DE NÓS MESMOS?

Diz Emmanuel no livro O Consolador: "dentre os mundos inferiores, a

Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque ainda

existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma

vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus

habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias. A

provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a

estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena

imposta ao malfeitor que comete um crime.”

Diante de tal explicação, concluímos que não nascemos para ser

completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e tristeza se revezam.

Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de alegria, ora de

tristeza. Ora somos testados na riqueza, ora na pobreza. Família e

familiares difíceis são reencontros, muitas vezes, com inimigos do

passado. Família é uma escola onde somos testados para desenvolvermos a

paciência, a tolerância, o perdão, a reconciliação, etc. Se o exemplo dos

membros da família for bom, copiemos, se for ruim mudemos o rumo e

façamos melhor. Se são pessoas difíceis em nossa vida, somos também,

muitas vezes, pessoas difíceis na vida deles. Doenças podem ser: desgaste

físico natural com o avanço da idade, resgates do passado, abuso do

presente, um pedido de prova para acelerar a evolução ou um pedido nosso

para que nos sirva de freio para que não nos precipitemos nos erros de

outra encarnação ou que atrapalhe a realização de um trabalho social que

nos comprometemos realizar. Desencarnação é algo natural onde cada um

de nós, hora ou outra terá que enfrentar. Cada um nasce com uma

estimativa de vida. Uns mais, outros menos, depende das necessidades do

Espírito reencarnante. Dependendo da vida que levarmos podemos

antecipar ou adiar esta desencarnação. Estes são ensinamentos básicos na

Doutrina Espírita, mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo

isso, quando passamos por um momento difícil, sentimos pena de nós

mesmos. Basta encontrarmos com um conhecido para desabafarmos nossas

amarguras nos colocando na condição de “coitadinho” ou “vítima” de uma

situação. Temos também o hábito de responsabilizar os outros pela nossa

dor. Há quem responsabilize: um amigo(a), um espírito, a macumba, os

pais, a inveja, o olho gordo, a herança genética, etc. Quando na verdade

somos vítimas de nós mesmos. O plantio é livre, mas a colheita obrigatória.

Portanto, estamos colhendo o que plantamos, nesta vida ou na anterior. Se

queremos uma vida melhor, devemos nos esforçar para sermos melhores.

Não adianta buscar amuletos, rezas milagrosas, escapulários, sal grosso,

arruda, etc. Esta é a saída fácil que muitos buscam. Pendurar um amuleto

no pescoço é mais fácil que modificar nossas atitudes, pensamentos e

palavras. A solução está em nós e não nas coisas externas. Chega de nos

enganarmos. Chega de auto-piedade, tomemos uma atitude. Portanto, não

somos coitadinhos.

Rudymara

44 - EPILEPSIA NA VISÃO ESPÍRITA A epilepsia é uma das enfermidades mais antigas da humanidade. Na antiga Babilônia, eram feitas restrições ao casamento de pessoas epilépticas, com o argumento de que eram possuídas pelo demônio. Já na Idade Média, a epilepsia era considerada uma doença mental e contagiosa, visão que persiste nos tempos atuais nas pessoas desinformadas. Na Bíblia, encontramos a passagem do “menino epiléptico”, narrada por Mateus (17: 14 a 19), na qual Jesus, “tendo ameaçado o demônio, fez com que ele saísse da criança, que foi curada no mesmo instante”. No livro A Gênese, Allan Kardec explica que a “imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os espíritos imperfeitos, chamados então de demônios, que lhe bastava ordenar que se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção”. Para nós, espíritos em aprendizado, fazer uma desobsessão é mais complexo. Precisamos ter uma ajuda espiritual e muito carinho com nossos semelhantes, pois o verdugo de hoje foi vítima ontem. Para sabermos se o problema é um processo obsessivo ou carma, devemos analisar os tipos de reencarnação: expiação, provação e missão. A expiação é o resgate, por meio da dor, de erros cometidos em outras existências. Pela provação, temos provas voluntariamente solicitadas pelo espírito, as quais, se bem suportadas, resultarão em seu progresso espiritual. A missão é a realização de qualquer tarefa, de pequena ou grande relevância. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas. A medicina descreve uma crise epiléptica como uma desordem cerebral, causada por descarga elétrica anormal, excessiva e transitória das células nervosas, decorrente de correntes elétricas que são fruto da movimentação iônica através da membrana celular. Existem diversos tipos de crises, como parciais, parciais e completas, generalizadas e tônico-clônicas. Causas da epilepsia As causas da epilepsia podem ser desde uma lesão na cabeça como um parto à fórceps. O uso abusivo de álcool e drogas, além de outras doenças neurológicas, também podem gerar a doença. Na maioria dos casos, entretanto, desconhece-se as causas que lhe dão origem. Muitas vezes, o paciente tem as convulsões e os exames realizados dão resultados normais. Divaldo Pereira Franco, no livro Grilhões Partidos, afirma que “mesmo nesses casos, temos que levar em conta os fatores cármicos incidentes para imporem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nós”. Vale ressaltar que a medicina terrestre evoluiu, não só porque conta com a cirurgia, que é usada quando o resultado da medicação não foi satisfatório e o médico avalia as possibilidades de sucesso cirúrgico, mas por que os médicos têm se preocupado em adaptar o paciente à vida social e familiar, além da reabilitação aos estudos. Muitas vezes, envolvem vários profissionais de diversas áreas, como psicólogos, terapeutas etc., elucidando o paciente e sua família sobre a importância do uso dos remédios e o apoio dos pais nesta caminhada. Estes, inclusive, com receio das crises epilépticas, acabam dando uma superproteção ao filho, temendo que ele se machuque. Essa proteção é

normal, mas deixa o epiléptico dependente dos genitores, tornando-o uma criança isolada e fechada. Algumas pessoas, sem o devido estudo, alegam que a epilepsia é uma mediunidade que deve se desenvolver. Porém, conforme afirma Divaldo Pereira Franco em Grilhões Partidos, vale ressaltar que “não desconhecemos que toda enfermidade procede do espírito endividado, sendo a terapêutica espiritista de relevante valia. Porém, convém considerar que, antes de qualquer esforço externo, há que se predispor o paciente à renovação íntima intransferível, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito, dando início ao tratamento que melhor lhe convém, partindo de dentro para fora. Posteriormente e só então, far-se-á lícito que participe dos labores significativos do ministério mediúnico, na qualidade de observador, cooperador e instrumento, se for o caso”. Existem processos perniciosos de obsessão que fazem lembrar um ataque epiléptico devido à igualdade da manifestação. Também com uma gravidade séria, ainda conforme as palavras de Divaldo, “ocorrência mais comum se dá quando o epiléptico sofre a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade, então com caráter misto”. Independentemente do fato do epiléptico estar sob um processo obsessivo ou não, é importante a freqüência ao centro espírita para a reforma íntima e para receber aplicação de passes, que é uma transfusão de energias físio-psíquicas. Porém, mesmo com o tratamento espiritual, o epiléptico deve manter controle com a medicina terrestre, com a aplicação de anticonvulsivos, pois cada caso é um caso. Reforma íntima Pode-se fazer um tratamento de desobsessão e o inimigo do passado ser doutrinado, mas a dívida persistirá enquanto não for regularizada, como explica Divaldo no livro. “Considerando-se que o devedor se dispõe à renovação, com real propósito de reajustamento íntimo, modificando as paisagens mentais a esforço de leitura salutar, oração e reflexão com trabalho edificante em favor do próximo e de si mesmo, mudam-se-lhe os quadros provacionais e providências relevantes são tomadas pelos mensageiros encarregados de sua reencarnação, alterando-lhe a ficha cármica. Como vê, o homem é o que lhe compraz, o que cultiva”, descreve. Gostaria de terminar dizendo para as pessoas que têm epilepsia e seus familiares que jamais desanimem, em momento algum, sobretudo nos momentos mais difíceis, onde a doença parece incontrolável. Os pais são o alicerce para o filho epiléptico e este só poderá obter a cura total ou parcial com o apoio dos familiares e muita fé em Deus. Ao terminar de ler esta matéria, não se preocupe em ficar remoendo na mente sobre os atos que poderia ter feito no pretérito que lhe fizessem voltar com essa enfermidade. Cuide de sua reforma íntima e espiritual, para que, posteriormente, venha a trabalhar em prol dos mais necessitados. Dessa forma, além de se ajudar a evoluir espiritualmente, ajudará também muitas pessoas que virão ao seu socorro. Marco Tulio Michalick

ALGUNS CASOS DE EPÍLEPSIA Caso 1: Livro Grilhões Partidos, de Manoel P de Miranda Caso Ester: moça, de 15 anos, previamente “normal”. Quadro súbito de contratura generalizada, palidez cutânea, sudorese abundante. Segue-se atitude agressiva do pai, a quem sempre tratou com carinho, seguida de palavras duras, gritos e agitação. Após a medicação injetável, ocorre sonolência intercalada por convulsões. Diagnóstico espiritual: “Disritmia cerebral secundária a ligação obsessiva, com manifestação do obsessor através de psicofonia atormentada, após a convulsão. O Eletroencefalograma [ECG] era normal antes e após a convulsão. Se não forem evitados os ataques de subjugação, aparecerá lesão cerebral, que já existe no perispírito”. Ester era espírito com grave débito no passado, com lesão perispiritual na região cerebral. Utilizou sua inteligência para causar prejuízo grave à vida de vários semelhantes. Observar que após a convulsão seguia-se a fala do obsessor (fala lógica e inteligente), dirigida contra o pai de Ester. O diagnóstico médico seria crise convulsiva generalizada tônico-clônica seguida de estado crepuscular como a ocorrência de confusão mental, inquietação motora, automatismos, distúrbios da fala, do conhecimento e da ação, após a crise convulsiva. Esse caso mostra a ocorrência da convulsão são e ressalta a importância da terapia desobsessiva na prevenção de lesão do corpo físico. Bezerra de Menezes indica o tratamento: “A terapia há de ser múltipla, acadêmica e espírita”, mostrando a importância de usar medicação apesar de ser processo de origem espiritual. Caso 2: Livro: Nos Domínios da Mediunidade, cap 9. Caso Pedro: Paciente com doença mental. Visão espiritual: Observa-se o obsessor ligando-se a Pedro, seguindo-se convulsão generalizada tônico-clônica, com relaxamento de esfíncteres. O mentor Aulus afirma ser possessão completa ou epilepsia essencial e analisa que, no setor físico, Pedro está inconsciente, não terá lembrança do ocorrido, mas está atento em espírito, arquivando a ocorrência e enriquecendo-se. Passado espiritual semelhante aos demais pacientes analisados, com obsessão na espiritualidade antes da atual reencarnação. Após a prece e o passe dos demais encarnados, ocorre o desligamento do desencarnado, termina a convulsão e Pedro entra em sono profundo. O mentor Aulus o classifica como médium, mas desaconselha a procura de desenvolvimento mediúnico, até que Pedro desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste, com o estudo e reforma íntima, e explica: “Com a terapia desobsessiva exitosa, será possível terminar com os ataques de “possessão”, mas Pedro sofrerá os reflexos do desequilíbrio em que se envolveu, a se expressarem nos fenômenos mais leves da epilepsia secundária que emergirão por algum tempo, ante recordações mais fortes da luta atual até o reajuste integral do perispírito (reflexo condicionado)”. Esse caso mostra que, apesar de tratar-se de obsessão, não ocorreu a manifestação do obsessor (estado crepuscular) após a convulsão,

provavelmente devido ao passe aplicado durante a convulsão, que produziu o desligamento do espírito desencarnado. Fato semelhante ocorreu no caso retirado do Evangelho, onde no texto de Marcos (9: 14-30) observa-se que o jovem apresenta a convulsão e após a interferência de Jesus ele fica “como morto”. Outro ensinamento desse caso é quanto ao prognóstico de cura após o tratamento desobsessivo, analisado pelo mentor Aulus, surgindo a epilepsia secundária a reflexo condicionado. CONCLUSÃO Os quadros de epilepsia podem ser provocados por obsessão, mas existem casos sem ação de desencarnados e casos mistos. Independentemente do caso, com ou sem envolvimento obsessivo, há necessidade de uso de medicação da medicina acadêmica. Segundo Bezerra de Menezes, a presença do estado crepuscular é diagnóstico de ação obsessiva. A terapia desobsessiva é altamente eficaz, devendo ser usada como preconiza a obra kardequiana. O estudo dos casos clínicos sugere que a maioria dos quadros de epilepsia representa processo obsessivo atual ou passado, e que todo paciente epiléptico deve ser abordado com processo terapêutico nesse sentido. As exceções seriam os casos de lesão cerebral no passado ou na vida atual, como nos casos de suicídio. O quadro secundário a processo obsessivo, se não socorrido em tempo hábil, pode levar à lesão física. Existe uma seqüência evolutiva do processo de cura: obsessão com lesão física -> obsessão sem lesão física -> epilepsia por reflexo condicionado -> estado convalesceste (com crises dependendo do comportamento do paciente) -> cura. “Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porquanto, não sabeis quando será o tempo.” Jesus - Mc. 13 - 33. (Extraído da revista Cristã de Espiritismo 23, páginas 12-14)

45 - LÁBIO LEPORINO

Divaldo, conta que viu sua irmã suicida em desespero, após vinte anos do suicídio, dizendo estar impregnada pelo veneno que havia ingerido. Divaldo começou a pensar no que poderia fazer para atenuar o sofrimento da irmã, tão querida ao seu coração. Ele orava muito pela irmã, mas desejava fazer mais por ela. Osvaldo, irmão de Divaldo, exercia na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia, o cargo de Delegado de Polícia. Divaldo, certa vez, perguntou ao irmão qual o fato que mais o impressionara em sua árdua carreira. Osvaldo contou-lhe que o quadro mais triste que havia presenciado era a situação das mulheres nos lupanares ou zona de meretrício como eram chamados naquela época. Aquelas mulheres entregavam-se ao comércio carnal, despreparadas para a vida e completamente sem proteção. Contou-lhe que sua equipe policial, numa das “batidas” naquelas casas, verificou que as pobres mulheres colocavam os filhinhos sob a cama, cobrindo-os com lençóis e os obrigavam a ficar quietos para poderem atender os clientes sobre a cama. Divaldo foi com o irmão até a zona de meretrício daquela cidade e reunindo as mulheres mais decadentes, já com o organismo corroído pela sífilis e outras doenças, indagou-lhes o que ele poderia fazer-lhes para atenuar a dor e a miséria em que viviam. A grande maioria disse que gostaria de encontrar alguém que salvasse seus filhos, principalmente as filhas de seguir tal “profissão”. Uma outra moça implorou chorando: - Seria tão bom se eu pudesse encontrar uma pessoa com misericórdia que nos salvasse desta desgraça. Divaldo, enternecido, prometeu que iria cuidar dessas pobres crianças e de suas mães em homenagem à sua tão querida irmã Nair. Pediu forças a Deus para poder levar à Mansão do Caminho todas aquelas crianças. Eram catorze. Chegaram a ter trinta e seis crianças através do tempo, filhas dessas pobres mulheres equivocadas. Algumas delas conseguiram mudar de vida, ter uma profissão digna, graças à orientação de Divaldo. E os anos foram passando plenos de trabalho no ideal da caridade e fraternidade. Quando dona Ana Franco, mãe de Divaldo, desencarnou em 1972, a irmã de Divaldo estava ao lado dela. E naquele momento, Nair agradeceu à Divaldo por tudo que ele havia feito pelas mães e filhos desamparados em seu nome. Essa homenagem fez muito bem ao Espírito de Nair que passou a se preparar para uma futura reencarnação. Hoje ela já está reencarnada. Nasceu com lábios leporinos, resultado do veneno que havia ingerido.

Nasceu debaixo de uma árvore, de uma mulher que não tinha marido. Joanna disse para Divaldo: - Veja Divaldo, através do mesmo mecanismo que você à homenageou, ela veio (reencarnou) para agradecer. Mas . . . o mais importante é que lhe foi concedida, pela misericórdia de Deus uma nova oportunidade na Escola da vida. Vale a pena viver e amar como nos ensina o Espírito Joanna de Ângelis. Vale a pena preencher com a fraternidade, a solidariedade, que são frutos amadurecidos de amor, todos os momentos da vida. Então, se perdemos nossos entes queridos, vamos seguir este exemplo de nosso Divaldo e amar com infinita ternura todos os tristes e desamparados do caminho, tratando-os como pais, mães e irmãos queridos.

“Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam

de estados vibratórios da mente em desequilíbrio.” - Emmanuel

No trato com nossas doenças, além dos cuidados médicos indispensáveis à

nossa cura, não nos esqueçamos também de que sempre, a origem de toda

enfermidade principia nos recessos do espírito.

A doença, quando se manifesta no corpo físico, já está em sua fase conclusiva,

em seu ciclo derradeiro. Ela teve início há muito tempo, provavelmente,

naqueles períodos em que nos descontrolamos emocionalmente, contagiados

que fomos por diversos vírus potentes e conhecidos como raiva, medo, tristeza,

inveja, mágoa, ódio e culpa.

Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o

encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.

Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas. Renovar-se

é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é escolher novas

respostas para velhas questões até hoje não resolvidas. O momento da doença

é o momento do enfrentamento de nós próprios, é o momento de tirarmos o lixo

que jogamos debaixo do tapete, é o ensejo de encararmos nossas paredes

rachadas.

O Evangelho nos propõe tapar as trincas com a argamassa do amor e do

perdão. Nada de martírios e culpas pelo tempo em que deixamos a casa

descuidada.

O momento pede responsabilidade de não mais se viver de forma tão

desequilibrada. Quem ama e perdoa vive em paz, vive sem conflitos, vive sem

culpa.

Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa mente vibra nas

melhores frequências de equilíbrio e da felicidade, fazendo com que a saúde

do espírito se derrame por todo o corpo.

Vamos começar agora mesmo o nosso tratamento?

( Texto extraído do livro Minutos com Chico Xavier do José Carlos De Lucca )