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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISÃO DE AUDITORIA 1 AUDITORIA OPERACIONAL RELATÓRIO FINAL Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e Emergências da Rede Pública de Saúde do DF Processo nº 1778/2016-e Brasília, 2017 e-DOC B3CC6575-e Proc 1778/2016 Documento assinado digitalmente. Para verificar as assinaturas, acesse www.tc.df.gov.br/autenticidade e informe o edoc B3CC6575

Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

1

AUDITORIA OPERACIONAL

RELATOacuteRIO FINAL

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas Urgecircncias e

Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Processo nordm 17782016-e

Brasiacutelia 2017

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RESUMO EXECUTIVO

A presente auditoria operacional foi realizada no acircmbito da Secretaria de

Estado da Sauacutede do Distrito Federal tendo como objeto a implementaccedilatildeo do

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco para atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede Distrital

No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia

das unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que esses doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

Nesse contexto a Secretaria de Sauacutede adota o Protocolo Manchester que

consiste na padronizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada um

deles uma das seguintes cores vermelho laranja amarelo verde e azul

respectivamente do mais grave ao menos urgente

Assim o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco consiste na recepccedilatildeo

humanizada do usuaacuterio nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia utilizando uma

ferramenta empregada para priorizar o atendimento nos casos de maior gravidade

O que o Tribunal buscou avaliar

A auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo e a

tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

Para alcanccedilar esse objetivo foram propostas duas questotildees de auditoria

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

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2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

O que o Tribunal encontrou

No tocante agrave primeira questatildeo constatou-se que a SESDF natildeo implementou

integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Diversas unidades

hospitalares do Distrito Federal avaliadas apresentaram percentual reduzido de

pacientes classificados clinicamente intermitecircncia na prestaccedilatildeo do serviccedilo e

inconsistecircncia na inserccedilatildeo dos dados no Sistema informatizado Ademais as

informaccedilotildees prestadas pela SESDF e por alguns hospitais demonstram um

acompanhamento desorganizado e impreciso em relaccedilatildeo agrave demanda e agrave realizaccedilatildeo do

Acolhimento nas portas de Urgecircncia e Emergecircncia do DF Nessa senda verificou-se que

a SESDF e as unidades hospitalares possuem registros inconsistentes e natildeo dispotildeem

de indicadores quantitativos e qualitativos o que impotildee oacutebices agrave adoccedilatildeo de melhorias

na prestaccedilatildeo de serviccedilos

Em relaccedilatildeo agrave segunda questatildeo apurou-se que a tempestividade no

atendimento de acordo com a priorizaccedilatildeo cliacutenica natildeo estaacute adequada e suficiente tendo

sido identificado atraso na realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo de risco com demora acima do

preconizado pelo Protocolo Manchester Aleacutem disso o trabalho demonstrou a natildeo

implantaccedilatildeo pela SESDF da Auditoria Interna requisito necessaacuterio para o sucesso da

implementaccedilatildeo do referido protocolo

Quais foram as proposiccedilotildees formuladas pela equipe de auditoria

Entre as proposiccedilotildees formuladas agrave SES destacam-se

definir a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo incluindo a gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

promovendo a devida atualizaccedilatildeo da Portaria SES nordm 692014

adotar medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim de

que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa da exclusivamente

disponibilidade de horas extras de servidores

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realizar a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador

instituir indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo

da eficaacutecia da poliacutetica puacuteblica

estabelecer um protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

regulamentar a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar hospitalar

Cabe ressaltar que tais proposiccedilotildees ainda carecem de deliberaccedilatildeo do

Plenaacuterio

Quais os benefiacutecios alcanccedilados e esperados com a atuaccedilatildeo do Tribunal

Espera-se com a adoccedilatildeo das medidas propostas pelo Tribunal melhorias no

grau de implementaccedilatildeo e na tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

o conhecimento por parte da SESDF e da sociedade das reais condiccedilotildees de

atendimento das unidades de Urgecircncia e Emergecircncia no Distrito Federal bem como o

emprego perioacutedico e frequente de medidas corretivas com base em indicadores

gerenciais Almeja-se ainda o maacuteximo aproveitamento dos recursos humanos e

materiais disponiacuteveis na SESDF

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Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo 6

11 Apresentaccedilatildeo 6

12 Identificaccedilatildeo do Objeto 6

13 Contextualizaccedilatildeo 11

14 Objetivos 14

141 Objetivo Geral 14

142 Objetivos Especiacuteficos 15

15 Escopo 15

16 Montante Fiscalizado 16

17 Metodologia 16

18 Criteacuterios de auditoria 18

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno 18

2 Resultados da Auditoria 19

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a Portaria 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias 19

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 20

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 31

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo Manchester 36

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco 36

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios 39

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco 46

23 Boas Praacuteticas 49

3 Conclusatildeo 51

4 Proposiccedilotildees 52

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO 55

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1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

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sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 2: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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2

RESUMO EXECUTIVO

A presente auditoria operacional foi realizada no acircmbito da Secretaria de

Estado da Sauacutede do Distrito Federal tendo como objeto a implementaccedilatildeo do

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco para atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede Distrital

No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia

das unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que esses doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

Nesse contexto a Secretaria de Sauacutede adota o Protocolo Manchester que

consiste na padronizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada um

deles uma das seguintes cores vermelho laranja amarelo verde e azul

respectivamente do mais grave ao menos urgente

Assim o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco consiste na recepccedilatildeo

humanizada do usuaacuterio nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia utilizando uma

ferramenta empregada para priorizar o atendimento nos casos de maior gravidade

O que o Tribunal buscou avaliar

A auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo e a

tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

Para alcanccedilar esse objetivo foram propostas duas questotildees de auditoria

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

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3

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

O que o Tribunal encontrou

No tocante agrave primeira questatildeo constatou-se que a SESDF natildeo implementou

integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Diversas unidades

hospitalares do Distrito Federal avaliadas apresentaram percentual reduzido de

pacientes classificados clinicamente intermitecircncia na prestaccedilatildeo do serviccedilo e

inconsistecircncia na inserccedilatildeo dos dados no Sistema informatizado Ademais as

informaccedilotildees prestadas pela SESDF e por alguns hospitais demonstram um

acompanhamento desorganizado e impreciso em relaccedilatildeo agrave demanda e agrave realizaccedilatildeo do

Acolhimento nas portas de Urgecircncia e Emergecircncia do DF Nessa senda verificou-se que

a SESDF e as unidades hospitalares possuem registros inconsistentes e natildeo dispotildeem

de indicadores quantitativos e qualitativos o que impotildee oacutebices agrave adoccedilatildeo de melhorias

na prestaccedilatildeo de serviccedilos

Em relaccedilatildeo agrave segunda questatildeo apurou-se que a tempestividade no

atendimento de acordo com a priorizaccedilatildeo cliacutenica natildeo estaacute adequada e suficiente tendo

sido identificado atraso na realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo de risco com demora acima do

preconizado pelo Protocolo Manchester Aleacutem disso o trabalho demonstrou a natildeo

implantaccedilatildeo pela SESDF da Auditoria Interna requisito necessaacuterio para o sucesso da

implementaccedilatildeo do referido protocolo

Quais foram as proposiccedilotildees formuladas pela equipe de auditoria

Entre as proposiccedilotildees formuladas agrave SES destacam-se

definir a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo incluindo a gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

promovendo a devida atualizaccedilatildeo da Portaria SES nordm 692014

adotar medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim de

que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa da exclusivamente

disponibilidade de horas extras de servidores

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4

realizar a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador

instituir indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo

da eficaacutecia da poliacutetica puacuteblica

estabelecer um protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

regulamentar a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar hospitalar

Cabe ressaltar que tais proposiccedilotildees ainda carecem de deliberaccedilatildeo do

Plenaacuterio

Quais os benefiacutecios alcanccedilados e esperados com a atuaccedilatildeo do Tribunal

Espera-se com a adoccedilatildeo das medidas propostas pelo Tribunal melhorias no

grau de implementaccedilatildeo e na tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

o conhecimento por parte da SESDF e da sociedade das reais condiccedilotildees de

atendimento das unidades de Urgecircncia e Emergecircncia no Distrito Federal bem como o

emprego perioacutedico e frequente de medidas corretivas com base em indicadores

gerenciais Almeja-se ainda o maacuteximo aproveitamento dos recursos humanos e

materiais disponiacuteveis na SESDF

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5

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo 6

11 Apresentaccedilatildeo 6

12 Identificaccedilatildeo do Objeto 6

13 Contextualizaccedilatildeo 11

14 Objetivos 14

141 Objetivo Geral 14

142 Objetivos Especiacuteficos 15

15 Escopo 15

16 Montante Fiscalizado 16

17 Metodologia 16

18 Criteacuterios de auditoria 18

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno 18

2 Resultados da Auditoria 19

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a Portaria 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias 19

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 20

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 31

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo Manchester 36

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco 36

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios 39

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco 46

23 Boas Praacuteticas 49

3 Conclusatildeo 51

4 Proposiccedilotildees 52

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO 55

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6

1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7

7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 3: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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3

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

O que o Tribunal encontrou

No tocante agrave primeira questatildeo constatou-se que a SESDF natildeo implementou

integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Diversas unidades

hospitalares do Distrito Federal avaliadas apresentaram percentual reduzido de

pacientes classificados clinicamente intermitecircncia na prestaccedilatildeo do serviccedilo e

inconsistecircncia na inserccedilatildeo dos dados no Sistema informatizado Ademais as

informaccedilotildees prestadas pela SESDF e por alguns hospitais demonstram um

acompanhamento desorganizado e impreciso em relaccedilatildeo agrave demanda e agrave realizaccedilatildeo do

Acolhimento nas portas de Urgecircncia e Emergecircncia do DF Nessa senda verificou-se que

a SESDF e as unidades hospitalares possuem registros inconsistentes e natildeo dispotildeem

de indicadores quantitativos e qualitativos o que impotildee oacutebices agrave adoccedilatildeo de melhorias

na prestaccedilatildeo de serviccedilos

Em relaccedilatildeo agrave segunda questatildeo apurou-se que a tempestividade no

atendimento de acordo com a priorizaccedilatildeo cliacutenica natildeo estaacute adequada e suficiente tendo

sido identificado atraso na realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo de risco com demora acima do

preconizado pelo Protocolo Manchester Aleacutem disso o trabalho demonstrou a natildeo

implantaccedilatildeo pela SESDF da Auditoria Interna requisito necessaacuterio para o sucesso da

implementaccedilatildeo do referido protocolo

Quais foram as proposiccedilotildees formuladas pela equipe de auditoria

Entre as proposiccedilotildees formuladas agrave SES destacam-se

definir a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo incluindo a gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

promovendo a devida atualizaccedilatildeo da Portaria SES nordm 692014

adotar medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim de

que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa da exclusivamente

disponibilidade de horas extras de servidores

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4

realizar a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador

instituir indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo

da eficaacutecia da poliacutetica puacuteblica

estabelecer um protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

regulamentar a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar hospitalar

Cabe ressaltar que tais proposiccedilotildees ainda carecem de deliberaccedilatildeo do

Plenaacuterio

Quais os benefiacutecios alcanccedilados e esperados com a atuaccedilatildeo do Tribunal

Espera-se com a adoccedilatildeo das medidas propostas pelo Tribunal melhorias no

grau de implementaccedilatildeo e na tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

o conhecimento por parte da SESDF e da sociedade das reais condiccedilotildees de

atendimento das unidades de Urgecircncia e Emergecircncia no Distrito Federal bem como o

emprego perioacutedico e frequente de medidas corretivas com base em indicadores

gerenciais Almeja-se ainda o maacuteximo aproveitamento dos recursos humanos e

materiais disponiacuteveis na SESDF

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5

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo 6

11 Apresentaccedilatildeo 6

12 Identificaccedilatildeo do Objeto 6

13 Contextualizaccedilatildeo 11

14 Objetivos 14

141 Objetivo Geral 14

142 Objetivos Especiacuteficos 15

15 Escopo 15

16 Montante Fiscalizado 16

17 Metodologia 16

18 Criteacuterios de auditoria 18

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno 18

2 Resultados da Auditoria 19

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a Portaria 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias 19

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 20

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 31

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo Manchester 36

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco 36

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios 39

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco 46

23 Boas Praacuteticas 49

3 Conclusatildeo 51

4 Proposiccedilotildees 52

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO 55

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6

1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7

7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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27

Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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28

Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 4: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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realizar a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador

instituir indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo

da eficaacutecia da poliacutetica puacuteblica

estabelecer um protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

regulamentar a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar hospitalar

Cabe ressaltar que tais proposiccedilotildees ainda carecem de deliberaccedilatildeo do

Plenaacuterio

Quais os benefiacutecios alcanccedilados e esperados com a atuaccedilatildeo do Tribunal

Espera-se com a adoccedilatildeo das medidas propostas pelo Tribunal melhorias no

grau de implementaccedilatildeo e na tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

o conhecimento por parte da SESDF e da sociedade das reais condiccedilotildees de

atendimento das unidades de Urgecircncia e Emergecircncia no Distrito Federal bem como o

emprego perioacutedico e frequente de medidas corretivas com base em indicadores

gerenciais Almeja-se ainda o maacuteximo aproveitamento dos recursos humanos e

materiais disponiacuteveis na SESDF

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Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo 6

11 Apresentaccedilatildeo 6

12 Identificaccedilatildeo do Objeto 6

13 Contextualizaccedilatildeo 11

14 Objetivos 14

141 Objetivo Geral 14

142 Objetivos Especiacuteficos 15

15 Escopo 15

16 Montante Fiscalizado 16

17 Metodologia 16

18 Criteacuterios de auditoria 18

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno 18

2 Resultados da Auditoria 19

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a Portaria 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias 19

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 20

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 31

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo Manchester 36

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco 36

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios 39

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco 46

23 Boas Praacuteticas 49

3 Conclusatildeo 51

4 Proposiccedilotildees 52

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO 55

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6

1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7

7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 5: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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5

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo 6

11 Apresentaccedilatildeo 6

12 Identificaccedilatildeo do Objeto 6

13 Contextualizaccedilatildeo 11

14 Objetivos 14

141 Objetivo Geral 14

142 Objetivos Especiacuteficos 15

15 Escopo 15

16 Montante Fiscalizado 16

17 Metodologia 16

18 Criteacuterios de auditoria 18

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno 18

2 Resultados da Auditoria 19

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a Portaria 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias 19

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 20

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester 31

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo Manchester 36

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco 36

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios 39

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco 46

23 Boas Praacuteticas 49

3 Conclusatildeo 51

4 Proposiccedilotildees 52

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO 55

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6

1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7

7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

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Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 6: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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6

1 Introduccedilatildeo

11 Apresentaccedilatildeo

1 Trata-se de auditoria para avaliar o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash

ACCR no atendimento agrave populaccedilatildeo nas unidades de Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal realizada na Secretaria de Estado de Sauacutede do

Distrito Federal (SESDF) conforme determinado na Decisatildeo Plenaacuteria nordm 60622015

(Fiscalizaccedilatildeo 1000916)

2 A execuccedilatildeo da presente auditoria compreendeu o periacuteodo de janeiro a setembro

de 2016

12 Identificaccedilatildeo do Objeto

3 O objeto da auditoria foi a implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de

Risco ndash ACCR nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede

Puacuteblica de Sauacutede Distrital assim como sua utilizaccedilatildeo e tempestividade

4 No atual cenaacuterio em que se encontram os serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia das

unidades hospitalares distritais ndash caracterizados pela sobrecarregada demanda em

contraposiccedilatildeo agrave oferta insuficiente ndash eacute imprescindiacutevel que a ordem de atendimento

observe a gravidade cliacutenica dos pacientes sendo os casos mais gravosos socorridos

mais precocemente Nesse sentido torna-se essencial um sistema de classificaccedilatildeo de

risco implementado para assegurar que os doentes sejam observados por ordem de

necessidade cliacutenica e natildeo simplesmente por ordem de chegada

5 Nesse contexto surge o Protocolo Manchester uma metodologia de triagem

desenvolvida pelo hospital britacircnico Manchester Royal Infirmary nos anos 1990 ndash na

eacutepoca recomendada para todo o Reino Unido e posteriormente difundida

internacionalmente

6 Em linhas gerais o Protocolo Manchester consiste na adoccedilatildeo de uma

padronizaccedilatildeo na organizaccedilatildeo do fluxo de atendimento dos pacientes atribuindo a cada

paciente que chega agraves portas de atendimento uma das seguintes cores vermelho

laranja amarelo verde e azul respectivamente do mais grave ao menos urgente O

referido protocolo seraacute detalhado mais adiante

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7

7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

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ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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36

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 7: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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7 No Brasil a observacircncia dos sistemas de triagem de pacientes foi estabelecida

pela primeira vez em 2002 na Portaria 2048 do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a

organizaccedilatildeo dos sistemas de urgecircncia Jaacute no acircmbito do Distrito Federal a implantaccedilatildeo

do Protocolo Manchester ocorreu por meio da Portaria 692014 da Secretaria de Estado

de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

8 Para tanto contrato de fornecimento de soluccedilatildeo (denominada TRIUS) foi

celebrado com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO DE PRODUTOS

MEacuteDICOS LTDA para classificaccedilatildeo de risco cliacutenico e organizaccedilatildeo de fluxo de pacientes

O termo ldquosoluccedilatildeordquo no presente contexto refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento

computadorizado com um software instalado cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de

sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

Figura 01 ldquoSoluccedilatildeordquo TRIUS

Fonte Equipe de Auditoria

9 Esta ldquosoluccedilatildeordquo contratada viabilizaria a realizaccedilatildeo de auditorias (tanto interna

quanto externa) uma vez que os dados relativos agrave classificaccedilatildeo de risco satildeo arquivados

e organizados em relatoacuterios na base de dados que compotildee o TRIUS O sistema

informatizado de administraccedilatildeo hospitalar da SES chamado TRAKCARE tambeacutem foi

adaptado para funcionar em conjunto com o TRIUS

10 Com a extinccedilatildeo do contrato com a empresa TOLIFE e diante da falta de

manutenccedilatildeo do TRIUS a auditoria consistiu na anaacutelise de planilhas eletrocircnicas

encaminhadas pela SES obtidas do TRAKCARE com os registros relativos agrave classificaccedilatildeo

de risco efetuados nas unidades hospitalares que constam da amostra

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Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

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Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

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nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 8: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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8

Estrutura da Secretaria de Estado de Sauacutede ndash SESDF

11 A estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

foi reformulada recentemente pelos Decretos Distritais 3691820151 3705720162 e

3758120163

12 O Decreto Distrital 369182015 dispotildee sobre a composiccedilatildeo da Administraccedilatildeo

Central da referida pasta4 Posteriormente este normativo foi alterado pelo Decreto

Distrital 375812016

13 Jaacute o Decreto Distrital 370572016 estabelece no acircmbito da SESDF as

Superintendecircncias de Regiotildees de Sauacutede as Unidades de Referecircncia Assistencial e as

Unidades de Referecircncia Distrital

14 Com base na nova estrutura organizacional traccedilada pelos normativos citados e

tendo em vista o objeto da presente auditoria os trabalhos foram desenvolvidos nas

seguintes unidades Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede (SAIS) Coordenaccedilatildeo de

Redes e Integraccedilatildeo de Serviccedilos (CORIS) Diretoria de Assistecircncia de Enfermagem

(DIENF)5 Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) Diretoria de Urgecircncia e

Emergecircncia (DIURE) bem como as Urgecircncias e Emergecircncias do Hospital de Base do

Distrito Federal (HBDF) dos Hospitais Regionais do Gama (HRG) de Ceilacircndia (HRC)

de Taguatinga (HRT) e de Sobradinho (HRS)

1 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 36918 de 26 de novembro de 2015 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNorma18d4937a92aa49eba6b56ecc14a31b76Decreto_36918_26_11_2015htmlgt Acesso em 19 fev 2017

2 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 03 fev 2016

3 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttp httpwwwtcdfgovbrSINJNormab97397d6d3244459a983412b4e075eb5Decreto_37581_29_08_2016htmlgt Acesso em 08 mar 2016

4 A Administraccedilatildeo Central da SESDF eacute composta pelas seguintes estruturas Gabinete Ouvidoria

Assessoria Juriacutedico-Legislativa Diretoria Executiva do Fundo de Sauacutede do Distrito Federal Corregedoria

da Sauacutede Subsecretaria de Vigilacircncia agrave Sauacutede Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede Subsecretaria

de Planejamento em Sauacutede Subsecretaria de Administraccedilatildeo Geral Subsecretaria de Gestatildeo de Pessoas

e Subsecretaria de Logiacutestica e Infraestrutura da Sauacutede (Anexo I do Decreto Distrital 369182015)

5 A DIENF foi criada pelo Decreto Distrital 37851 de 29082016 A partir desse mesmo normativo a Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) passou a integrar essa Diretoria ndash anteriormente tal Gerecircncia pertencia agrave estrutura da Diretoria de Assistecircncia Multidisciplinar (DIAM)

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 9: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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9

15 Com a supracitada alteraccedilatildeo da estrutura administrativa realizada em 26 de

novembro de 2015 a Coordenaccedilatildeo responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo

ndash e consequentemente pela gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco ndash foi extinta

16 Desse modo a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a

Gerecircncia de Assistecircncia de Enfermagem (GENF) inserida na seguinte estrutura a seguir

representada

Figura 02 Gestatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Decretos Distritais 369182015 e 375812016

17 A seguir satildeo elencados os principais gestores da SESDF vinculados ao objeto da

fiscalizaccedilatildeo

Quadro 1 Principais gestores vinculados ao objeto da fiscalizaccedilatildeo6

Identificaccedilatildeo do Gestor CargoFunccedilatildeo Periacuteodo

Humberto Lucena Pereira da

Fonseca Secretaacuterio de Estado de Sauacutede

02032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Eliene Ancelmo Berg Secretaacuterio Adjunto de Sauacutede 24072015 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

6 Posiccedilatildeo em 07112016

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Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 10: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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10

Daniel Seabra Subsecretaacuterio de Atenccedilatildeo Integral agrave

Sauacutede ndash SAIS

10032016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Martha Gonccedilalves Vieira Coordenador de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos ndash CORIS

29022016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Fernando Henrique de Paula

Uzzuelli

Diretor de Urgecircncia e Emergecircncia ndash

DIURE

29092016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Josete Mendonccedila Mesquita dos

Anjos Diretoria de Enfermagem

30082016 ateacute a data de

conclusatildeo deste trabalho

Legislaccedilatildeo Aplicaacutevel

18 A Portaria SES 6920147 definiu criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e

monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo

de urgecircncia e emergecircncia fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal

19 A seguir satildeo elencados os marcos normativos relacionados ao tema os quais

foram utilizados como paracircmetro ao objeto da fiscalizaccedilatildeo

Quadro 2 Legislaccedilatildeo e Normas Aplicaacuteveis

Norma Objeto

Constituiccedilatildeo Federal Estabelece a sauacutede como direito de todos e dever do Estado

Lei nordm 80801990 Lei Orgacircnica da Sauacutede

Anexo da Portaria GMMS nordm

20482002

Estabelece o Regulamento Teacutecnico dos Sistemas Estaduais de

Urgecircncia e Emergecircncia

Anexo da Portaria GMMS nordm

42792010

Estabelece diretrizes e normas para a organizaccedilatildeo da Rede de

Atenccedilatildeo agrave Sauacutede no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16002011 Reformula a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e institui a

Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 23952011 Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Portaria GMMS nordm 16632012 Dispotildee sobre o Programa SOS Emergecircncias no acircmbito da Rede

7 DISTRITO FEDERAL Portaria 69 de 11 de abril de 2014 Define criteacuterios para implantaccedilatildeo

implementaccedilatildeo e monitoramento do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpsintsetsejusbrdocumentos2014Abr15portaria-no-69-de-11-de-abril-de-2014-definegt Acesso em 03 fev 2016

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

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con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

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20

16

07

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16

09

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11

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20

16

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16

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 11: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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11

de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias (RUE)

Portaria GMMS nordm 33902013

Institui a Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Hospitalar (PNHOSP) no

acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) estabelecendo- se as

diretrizes para a organizaccedilatildeo do componente hospitalar da Rede

de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede (RAS)

Portaria GMMS nordm 3542014 Publica a proposta de Projeto de Resoluccedilatildeo ldquoBoas Praacuteticas para

Organizaccedilatildeo e Funcionamento de Urgecircncia e Emergecircnciardquo

Portaria SESDF nordm 692014

Define criteacuterios para implantaccedilatildeo implementaccedilatildeo e monitoramento

do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de

atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia fixos da Rede de Sauacutede do

Distrito Federal

Fonte Diaacuterio Oficial do Distrito Federal ndash DODF

13 Contextualizaccedilatildeo

20 Os serviccedilos de atendimento agraves Urgecircncias possuem alguns desafios a serem

superados superlotaccedilatildeo processos de trabalho fragmentados conflitos e assimetrias

de poder exclusatildeo dos usuaacuterios na porta de entrada desrespeito ao direito do cidadatildeo

falta de articulaccedilatildeo com os demais serviccedilos da rede entre outros A necessidade de

estabelecer processos que melhorem o acesso da populaccedilatildeo agraves Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias justifica a realizaccedilatildeo deste trabalho

21 Assim em consonacircncia com a Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo do Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS) ndash criada para efetivar os princiacutepios do SUS no cotidiano das praacuteticas de

atenccedilatildeo e gestatildeo almejando a qualificaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil e o incentivo das

trocas solidaacuterias entre gestores trabalhadores e usuaacuterios ndash a estrateacutegia de acolhimento

dos usuaacuterios dos serviccedilos de sauacutede deve ser orientada pela classificaccedilatildeo de risco

Esse procedimento consiste na recepccedilatildeo do usuaacuterio por um profissional habilitado que

deve escutar a queixa os medos as expectativas analisar a situaccedilatildeo de sauacutede do

indiviacuteduo identificar o risco e a vulnerabilidade e assim definir as prioridades e os fluxos

ideais de atendimento8

22 A classificaccedilatildeo de risco eacute uma ferramenta que

organiza a fila de espera

propotildee outra ordem de atendimento que natildeo a de chegada

8 A ausecircncia de definiccedilatildeo de riscos ou de graus de sofrimento aleacutem de possibilitar a piora do quadro cliacutenico

do cidadatildeo pode levar o cidadatildeo a oacutebito

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12

garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 12: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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garante o atendimento imediato do usuaacuterio com grau de risco elevado

informa o paciente que natildeo corre risco imediato

estima um tempo de espera

promove o trabalho em equipe

estimula o comprometimento com a qualidade no cuidado ao paciente

zelando pelo seu bem-estar

aumenta a satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios e

fortalece a pactuaccedilatildeo e a construccedilatildeo de redes internas e externas de

atendimento

23 O ACCR configura-se como uma intervenccedilatildeo decisiva na reorganizaccedilatildeo das

portas de atendimento agraves urgecircncias e emergecircncias extrapolando a gestatildeo hospitalar

local e interferindo no cotidiano das praacuteticas de sauacutede O ACCR foi implementado no

Distrito Federal utilizando o Protocolo Campinas (quatro cores) e posteriormente

substituiacutedo pelo Protocolo Manchester (cinco cores) em 20139

24 O Protocolo Manchester estabelece os processos de tomada de decisatildeo

definindo as prioridades de atendimento nas portas da Urgecircncia e Emergecircncia a

classificaccedilatildeo destas prioridades por cores (azul verde amarelo laranja e vermelho ndash em

ordem crescente de gravidade da enfermidade que acomete o usuaacuterio) e a indicaccedilatildeo dos

tempos maacuteximos de atendimento respectivos para cada cor

9 Relatoacuterio Final de Auditoria - Processo TCDF nordm 18362013

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Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

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con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

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20

16

07

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16

09

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11

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20

16

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16

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 13: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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13

Figura 03 Mapa de Processos ndash Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

25 Conforme dito anteriormente este protocolo tem por objetivo disponibilizar um

atendimento mais ceacutelere aos casos de maior gravidade tendo sido inicialmente

implantado no sistema de sauacutede do Distrito Federal por meio de soluccedilatildeo denominada

TRIUS que consiste na combinaccedilatildeo de um equipamento com um software nele

instalado cujo intuito seria auxiliar o profissional na avaliaccedilatildeo do risco bem como

armazenar os dados da referida classificaccedilatildeo (a serem utilizados em futuras auditorias)

26 Vale destacar que o TRIUS e o TRAKCARE satildeo instrumentos distintos O TRIUS eacute

uma ferramenta completa que consolida hardware software e equipamentos cliacutenicos10

necessaacuterios agrave classificaccedilatildeo de risco Jaacute o TRAKCARE corresponde a um sistema unificado

de informaccedilatildeo utilizado pela Secretaria de Sauacutede onde satildeo registrados os dados dos

serviccedilos meacutedico-hospitalares

10 Equipamento possui acoplado aferidor de pressatildeo e outros paracircmetros cliacutenicos

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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27

Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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28

Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 14: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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14

27 Por se tratar de equipamento locado apoacutes a extinccedilatildeo do contrato (no iniacutecio de

2015) e diante da falta de manutenccedilatildeo do TRIUS os registros passaram a ser feitos

diretamente no TRAKCARE

28 A Secretaria de Estado de Sauacutede por meio da Portaria SES 69 de 11 de abril de

2014 estabeleceu os criteacuterios para implementaccedilatildeo e monitoramento do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco nos pontos de atenccedilatildeo de urgecircncia e emergecircncia

fixos na Rede de Sauacutede do Distrito Federal A seguir transcrevem-se trechos da referida

Portaria

ldquoArt 1ordm Define o Sistema11 Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco no Serviccedilo de Urgecircncia e

Emergecircncia como instrumento de ordenamento da demanda porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo de risco e de gestatildeo de urgecircncia hospitalar

Paraacutegrafo uacutenico Que o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco eacute ferramenta uacutenica de

organizaccedilatildeo dos fluxos de atendimento e manejo cliacutenico de risco priorizando os casos mais

graves em todos os setores de urgecircncia e emergecircncia fixas da rede de sauacutede da Secretaria de

Estado de Sauacutede do Distrito Federal

()

Art 2ordm sect 7ordm Garantir o atendimento meacutedico dos usuaacuterios classificados como prioridades cliacutenicas

vermelho laranja amarelo verde e azul dentro do tempo-alvo ou tempo-resposta maacuteximo

preconizado pelo Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

()

sect 11ordm Garantir a utilizaccedilatildeo da Soluccedilatildeo de Classificaccedilatildeo de Risco nas salas de classificaccedilatildeo de

risco de forma a assegurar o registro de todos os dados necessaacuterios para realizaccedilatildeo de auditorias

internas e elaboraccedilatildeo fidedigna de relatoacuterios gerenciaisrdquo (grifou-se)

29 Assim a efetividade da implementaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo e ainda o atendimento ao

cidadatildeo dentro do tempo-resposta preconizado no protocolo adotado foram os objetos

desta fiscalizaccedilatildeo

14 Objetivos

141 Objetivo Geral

30 A presente auditoria teve como objetivo geral avaliar a implementaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo

e a tempestividade do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de

Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

11 Nesta Fiscalizaccedilatildeo optou-se por utilizar a expressatildeo ldquoProtocolo Manchesterrdquo para facilitar a

compreensatildeo visto natildeo se tratar de sistema informatizado

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

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Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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36

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 15: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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15

142 Objetivos Especiacuteficos

31 As questotildees de auditoria foram assim definidas

1 A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas

portas de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

2 O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo

Protocolo Manchester

15 Escopo

32 O escopo desta fiscalizaccedilatildeo alcanccedilou as unidades hospitalares da Rede de

Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e os relatoacuterios gerenciais e de controle da

Classificaccedilatildeo de Risco disponibilizados no Sistema TRAKCARE

33 A Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF estaacute constituiacuteda por 16 Hospitais12 tendo sido

selecionadas para visitas e aplicaccedilatildeo de procedimentos de auditoria as seguintes portas

de Urgecircncia e Emergecircncia

Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Hospital Regional de Taguatinga (HRT)

Hospital Regional de Ceilacircndia (HRC)

Hospital Regional do Gama (HRG)

Hospital Regional de Sobradinho (HRS)

34 As referidas unidades hospitalares foram escolhidas em razatildeo de seu grande

porte e de sua representatividade13 no atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias na

Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

12 Hospital de Base do Distrito Federal Hospital Materno-Infantil de Brasiacutelia Hospital Regional da Asa

Norte Hospital Regional de Samambaia Hospital Regional de Santa Maria Hospital Regional do Paranoaacute Hospital Regional de Brazlacircndia Hospital Regional de Ceilacircndia Hospital Regional de Taguatinga Hospital Regional do Gama Hospital Regional de Planaltina Hospital Regional de Sobradinho Hospital Regional do Guaraacute Hospital Satildeo Vicente de Paula Hospital de Apoio de Brasiacutelia e Instituto de Sauacutede Mental

13 Os seis hospitais a serem fiscalizados correspondem a 4427 dos pacientes atendidos em consultas nas atividades de Emergecircncia do Distrito Federal conforme dados retirados do ldquoRelatoacuterio dos Serviccedilos Meacutedico-Hospitalares e Consultasrdquo emitido pela SES referente ao exerciacutecio de 2014 Disponiacutevel em

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

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con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

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20

16

07

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16

09

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11

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20

16

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16

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 16: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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16

16 Montante Fiscalizado

35 O montante empenhado para custeio da contrataccedilatildeo do TRIUS de acordo com o

Sistema Integrado de Gestatildeo Governamental ndash SIGGO consta do Quadro a seguir

Quadro 03 Montante Empenhado

Exerciacutecio NE Valor (R$)

2013

2013NE00042 63347775

2013NE02049 140772832

2013NE09808 85000000

2013NE00025 11025875

2013NE03958 16629939

2013NE10236 6432988

2014

2014NE01805 8238129

2014NE00050 35193208

2014NE02873 13497615

2014NE04321 44787606

2014NE04452 20394636

2014NE07976 74613503

2015 2015NE06993 6710014

Total (R$) 526644120

Fonte SIGGO UO 23901 Consulta em 04022016

36 Aleacutem desses valores a parcela do orccedilamento referente agrave Rede de Urgecircncias e

Emergecircncias que eacute destinada ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR

tambeacutem deveria compor o montante fiscalizado No entanto como a SES natildeo dispotildee de

gerenciamento de custos e consequentemente o valor direcionado ao ACCR eacute

desconhecido fica impossibilitada a definiccedilatildeo exata dos valores que financiam o

funcionamento do presente objeto de auditoria

17 Metodologia

37 A presente auditoria buscou atuar de forma concomitante por meio de

procedimentos de controle efetuados no momento da praacutetica da conduta administrativa

visando fortalecer o caraacuteter preventivo e promover melhorias tempestivamente

38 Assim a metodologia efetivou-se por meio de visitas mensais agraves unidades

hospitalares em conjunto com o exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE

As avaliaccedilotildees tiveram o objetivo de evidenciar a situaccedilatildeo encontrada e informar aos

lthttpwwwsaudedfgovbrimagesDados20EstatisticosRelatorio_dos_Serv_Hosp_e_Consultas_2014pdfgt Acesso em 08 mar2016

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 17: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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17

gestores da SES os resultados da classificaccedilatildeo de risco observados in loco e os

registrados no sistema informatizado da Secretaria para que pudessem adotar medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento da prestaccedilatildeo de serviccedilo agrave populaccedilatildeo

39 Foram realizadas avaliaccedilotildees durante o periacuteodo de 8 (oito) meses Os resultados

foram objeto de anaacutelises bimestrais as quais foram comparadas com os dados obtidos

anteriormente a fim de verificar se houve progressatildeo e melhorias

40 Os resultados de cada uma das avaliaccedilotildees foram formalizados por meio de

Informaccedilotildees14 que foram encaminhadas pelo Plenaacuterio do Tribunal aos gestores e

unidades hospitalares avaliadas cujos resultados encontram-se consolidados no

presente relatoacuterio que inclui a proposiccedilatildeo de medidas para o aperfeiccediloamento da gestatildeo

41 Denominou-se ldquotempo de classificaccedilatildeordquo o periacuteodo transcorrido entre o registro

da presenccedila do paciente na unidade hospitalar realizado na recepccedilatildeo e a classificaccedilatildeo

efetivada na sala de classificaccedilatildeo de risco por um enfermeiro capacitado Conforme o

Protocolo Manchester o intervalo maacuteximo de espera eacute de 10 minutos Este intervalo foi

avaliado mensalmente considerando o horaacuterio de registro do paciente no sistema e o

horaacuterio do registro da ldquocorrdquo proveniente da Classificaccedilatildeo de Risco

42 Para exame da tempestividade na realizaccedilatildeo do atendimento meacutedico foi

considerado o ldquotempo-respostardquo que eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o

primeiro atendimento meacutedico por meio da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no

sistema O ldquotempo-respostardquo foi comparado com o tempo preconizado pelo Protocolo

Manchester de classificaccedilatildeo de risco

Figura 4 - Fluxo de Acolhimento

Tempo de Classificaccedilatildeo (TC) Tempo-Resposta (TR)

Paciente Registro (ficha) Classificaccedilatildeo Atendimento Meacutedico

Fonte Equipe de Auditoria

14 Informaccedilotildees nos 092016-DIAUD2 (e-DOC C8C84C85-e) 142016-DIAUD2 (e-DOC D753D0FB-e) e

232016-DIAUD2 (e-DOC 751DB19B-e)

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 18: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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18

43 Por fim vale mencionar que a versatildeo preacutevia do presente Relatoacuterio de Auditoria foi

encaminhada agrave SES por meio do Despacho Singular nordm 3542016 ndash GCMA e do

Ofiacutecio nordm 114432016-GP de 17112016 (e-DOC 6D70A04D-e Peccedila 175) para

conhecimento e manifestaccedilatildeo conforme dispotildee o Capiacutetulo 6 do Manual de Auditoria do

TCDF

44 O HBDF por meio do Ofiacutecio 20502016 (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) informou que

o fluxo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco permanece em avaliaccedilatildeo interna com

o objetivo de aperfeiccediloar o Sistema

45 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte por meio do Ofiacutecio 702016 (e-DOC

B89AE058-c Peccedila 206) apresentou informaccedilotildees parciais as quais foram reiteradas por meio

do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES 26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) Neste

uacuteltimo tambeacutem com informaccedilotildees parciais a Secretaria de Sauacutede solicitou a prorrogaccedilatildeo

do prazo por 30 (trinta) dias para encaminhamento das manifestaccedilotildees pendentes No

entanto o pedido formulado pela jurisdicionada foi indeferido pela Decisatildeo nordm 392017

de 19012017 em razatildeo da Resoluccedilatildeo TCDF nordm 2712014

46 A SES encaminhou informaccedilotildees complementares a esta Corte de Contas por

meio do Ofiacutecio nordm 2412017 ndash GABSES de 03022017 contendo esclarecimentos

prestados pelas Superintendecircncias das Regiotildees de Sauacutede Oeste Centro-Norte e Leste

18 Criteacuterios de auditoria

47 Os criteacuterios utilizados na presente auditoria foram extraiacutedos da Portaria SES 6914

e das Portarias do Ministeacuterio da Sauacutede mencionadas no Quadro 2

19 Avaliaccedilatildeo de Controle Interno

48 A unidade administrativa responsaacutevel pela gestatildeo da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo ndash

e consequentemente pelo ACCR ndash era a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo15 conforme constatado em consulta ao processo 060007922201216

instaurado no acircmbito da SESDF

15 Na antiga estrutura da Secretaria de Sauacutede a referida Coordenaccedilatildeo estava inscrita no Escritoacuterio de

Projetos Estrateacutegicos do Gabinete da SESDF nos termos da Portaria SES nordm 162012

16 O Processo nordm 060-0079222012 teve como objeto a contrataccedilatildeo de empresa especializada para o

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 19: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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19

49 No entanto com a recente reforma da estrutura administrativa da SES

estabelecida por meio do Decreto Distrital 369182015 ndash posteriormente alterado pelo

Decreto Distrital 375812016 ndash tal unidade coordenadora foi extinta Assim a

competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada para a Diretoria de Enfermagem

(DIENFCORISSAIS) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e

Emergecircncias (DIURECATESSAIS) segundo a Coordenadora de Redes e Integraccedilatildeo

de Serviccedilos (PT_24)

50 Todavia ocorre que ateacute o iniacutecio desta fiscalizaccedilatildeo a atribuiccedilatildeo seria da Gerecircncia

de Assistecircncia de Enfermagem sendo que o cargo de Gerente da GENF natildeo havia sido

ocupado Isso inviabilizou a Avaliaccedilatildeo do Controle Interno na gestatildeo da Poliacutetica de

ACCR e ainda nas unidades hospitalares do Distrito Federal tendo em vista que natildeo

haacute procedimentos de controle interno implementados para serem avaliados diante da

ausecircncia de gestor responsaacutevel

51 Assim a avaliaccedilatildeo do controle interno restou prejudicada pela ausecircncia de gestor

responsaacutevel pelo ACCR no iniacutecio dos trabalhos desta auditoria situaccedilatildeo alterada pelo

Decreto nordm 37581 de 29082016 que cria a Diretoria de Enfermagem e nomeia sua

gestora

2 Resultados da Auditoria

21 QA 1 ndash A SESDF implementou adequadamente conforme a

Portaria SES 692014 o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas portas

de acesso agrave Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias

Natildeo a SES natildeo implementou integralmente o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias do Distrito Federal

natildeo realizando a priorizaccedilatildeo cliacutenica em grande parte de seus pacientes Ademais

quando o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco eacute realizado este natildeo eacute tempestivo

verificando-se ainda deficiecircncias no cumprimento dos prazos de atendimento

estabelecidos pelo Protocolo Manchester

fornecimento de Soluccedilatildeo para Classificaccedilatildeo de Risco realizada nos Pontos de Atenccedilatildeo a Urgecircncia e Emergecircncia da Rede de Sauacutede da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

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20

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07

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20

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09

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11

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20

16

13

08

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15

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Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 20: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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20

211 Achado 1 ndash Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

52 Utilizaccedilatildeo de indicadores para afericcedilatildeo do niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR

Atendimento aos indicadores pactuados no PPA (2012-2015) relativos agrave Classificaccedilatildeo

de Risco Utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester como instrumento de ordenamento da

demanda porta das urgecircncias e emergecircncias Portaria SES 692014

Anaacutelises e Evidecircncias

53 A implementaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de

Risco como instrumento de ordenamento da demanda na porta das urgecircncias e

emergecircncias por priorizaccedilatildeo do risco e de gestatildeo da urgecircncia hospitalar foram

regulamentadas por meio da Portaria SES nordm 69 de 11 de abril de 2014 (PT_20)

54 A licenccedila de uso do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco assim como

a capacitaccedilatildeo dos servidores da SESDF para sua operacionalizaccedilatildeo foi fornecida pelo

ldquoGrupo Brasileiro de Classificaccedilatildeo de Riscordquo (PT_12 - processo GDF nordm 0600084702012)

detentor do direito de exclusividade na utilizaccedilatildeo do Manchester Triage System (MTS)

55 A contrataccedilatildeo resultou no fornecimento de material didaacutetico e capacitaccedilatildeo para

460 (quatrocentos e sessenta) servidores classificadores e 52 (cinquenta e dois)

auditores internos (PT_12 fls 161) Segundo o relatoacuterio final de execuccedilatildeo do contrato

(PT_12 fls 161162) foram aprovados 291 (duzentos e noventa e um) classificadores e 42

(quarenta e dois) auditores internos (meacutedicos e enfermeiros) Os potenciais

multiplicadores validados totalizaram 15 (quinze) profissionais

56 Esta implementaccedilatildeo contava com a utilizaccedilatildeo da ldquoSoluccedilatildeordquo17 para Classificaccedilatildeo

de Risco o Equipamento TRIUS citado anteriormente (sect8ordm) A contrataccedilatildeo celebrada se

deu por meio do contrato com a empresa TOLIFE IMPORTACcedilAtildeO EXPORTACcedilAtildeO E COMEacuteRCIO

DE PRODUTOS MEacuteDICOS LTDA fornecedora do citado equipamento findada em janeiro de

2015 natildeo havendo renovaccedilatildeo ou novo aditivo contratual visando o prosseguimento da

Poliacutetica Puacuteblica

17 Soluccedilatildeo refere-se agrave combinaccedilatildeo de um equipamento computadorizado com um software nele instalado

cuja finalidade eacute auxiliar o profissional de sauacutede na classificaccedilatildeo de risco e no registro de informaccedilotildees

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

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ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 21: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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21

57 Constatou-se a possibilidade de realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo

de Risco ndash ACCR sem a ldquoSoluccedilatildeordquo informatizada embora o intervalo de tempo

necessaacuterio para realizaacute-la seja maior conforme entrevistas com servidores Tal

procedimento depende da utilizaccedilatildeo do Manual impresso (foto abaixo) e de diversos

equipamentos que possam auxiliar no diagnoacutestico e priorizaccedilatildeo cliacutenica18

Figura 05 Livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte PT_19

58 A Coordenaccedilatildeo Central desta Poliacutetica ou o setor que estabeleceria as diretrizes

para implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester sem a utilizaccedilatildeo da referida Soluccedilatildeo seria

a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash CCPNHSESDF

componente do Escritoacuterio de Projetos Estrateacutegicos19 responsaacutevel pela capacitaccedilatildeo dos

servidores pelo relacionamento com os gestores para implantaccedilatildeo e pelo registro de

dados sobre a implementaccedilatildeo

59 Ocorre que com as alteraccedilotildees da estrutura administrativa da SESDF ocorridas

em 2015 e 201620 natildeo foi possiacutevel localizar a unidade que tenha assumido as atribuiccedilotildees

18 Como estetoscoacutepio adulto e infantil esfigmomanocircmetro adulto e infantil otoscoacutepio adulto e infantil

oxiacutemetro de pulso equipamentos para afericcedilatildeo de glicemia capilar entre outros conforme Portaria GMMS nordm 354 de 10 de marccedilo de 2014

19 Portaria SES nordm 69 de 15 de abril de 2014 (PT_20)

20 DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37057 de 14 de janeiro de 2016 Dispotildee sobre a estrutura administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwtcdfgovbrsinjBaixarArquivoNormaaspxid_file=1ffda413-ebdb-3edf-bd6e-87db841389d8gt Acesso em 25 jul 2016

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do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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27

Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 22: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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22

do referido Escritoacuterio Assim a competecircncia para implementar o ACCR foi deslocada

para a Diretoria de Enfermagem (DIENF) com apoio da Diretoria de Assistecircncia agraves

Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) (PT_21 PT_24)

60 Para a realizaccedilatildeo desta fiscalizaccedilatildeo natildeo foi possiacutevel a utilizaccedilatildeo dos relatoacuterios

emitidos pelo TRIUS ou mesmo as auditorias internas perioacutedicas que deveriam ser

efetuadas pelos gestores locais

61 Diante da impossibilidade de obtenccedilatildeo de dados por meio da ldquoSoluccedilatildeo

Informatizadardquo foi solicitado agrave SESDF a elaboraccedilatildeo de uma planilha de dados editaacutevel

constando informaccedilotildees sobre os pacientes registrados nas unidades hospitalares a cor

de sua classificaccedilatildeo a hora de registro (recepccedilatildeo) a hora da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo

de risco e o registro da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente Segue abaixo amostra da

planilha editaacutevel enviada pela SESDF com os dados solicitados (PTs_01 a 08)

Figura 06 Planilha de dados enviada pela SESDF

Fonte SESDF

62 A partir da anaacutelise destes dados foi possiacutevel avaliar o volume de pacientes

classificados a tempestividade da realizaccedilatildeo da classificaccedilatildeo (Tempo de classificaccedilatildeo)

a tempestividade do atendimento cliacutenico (Tempo-Resposta) e a fidedignidade dos dados

inseridos no sistema

63 O graacutefico a seguir demonstra a evoluccedilatildeo no nuacutemero de pacientes classificados

em todas as unidades hospitalares de janeiro a agosto de 2016 periacuteodo de realizaccedilatildeo

desta fiscalizaccedilatildeo

DISTRITO FEDERAL Decreto Distrital 37581 de 29 de agosto de 2016 Dispotildee sobre a estrutura

administrativa da Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal Disponiacutevel em httpwwwsinjdfgovbrsinjBaixarArquivoDiarioaspxid_file=cefe6529-08f2-3966-bfb1-39099e6ccb62gt Acesso em 03 out 2016

Hospital PassagemData

Admissatildeo

Hora

Admissatildeo

Data

Classificacao

Hora

Classificac

ao

ClassificacaoData

Atendimento

Hora

Atendiment

o

Tempo

Registro x

Classificacao

Tempo

Registro x

Atendimento

Medico

Tempo

Classificacao x

Atendimento

Medico

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438935 01022016 006 01022016 045 39

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438939 01022016 011 01022016 013 03 - Amarelo 01022016 013 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438945 01022016 015 01022016 017 02 - Laranja 01022016 017 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438957 01022016 025

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438977 01022016 042 01022016 044 04 - Verde 01022016 044 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438988 01022016 047 01022016 049 02 - Laranja 01022016 049 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16438997 01022016 054 01022016 058 02 - Laranja 01022016 058 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439001 01022016 056 01022016 145 49

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439003 01022016 057 01022016 101 02 - Laranja 01022016 101 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439007 01022016 101 01022016 111 10

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439057 01022016 144

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439075 01022016 201 01022016 203 02 - Laranja 01022016 203 2 2 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439163 01022016 422 01022016 426 02 - Laranja 01022016 426 4 4 0

HBDF-Hospital de Base do Distrito Federal EM-16439203 01022016 522 01022016 525 03 - Amarelo 01022016 525 3 3 0

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

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20

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07

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20

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09

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11

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20

16

13

08

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15

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Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 23: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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23

Graacutefico 01 Evoluccedilatildeo dos Hospitais avaliados

Fonte PT_09

64 Dos seis hospitais objeto da auditoria quatro estatildeo classificando menos da

metade dos usuaacuterios que conseguiam receber atendimento nas unidades hospitalares

o que demonstra de plano um baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do ACCR na rede puacuteblica

de sauacutede conforme impotildee a Portaria SES 692014

65 Destaca-se no graacutefico acima a relevante alteraccedilatildeo do Hospital Regional da Asa

Norte (HRAN) em relaccedilatildeo ao volume de pacientes classificados Partindo de uma

porcentagem inicial de 98 de pacientes classificados atingiu em agosto o percentual

de 8347 de classificaccedilatildeo dos usuaacuterios atendidos pela unidade

Graacutefico 02 Evoluccedilatildeo do Percentual de Pacientes Classificados

Fonte PT_09

66 Esta variaccedilatildeo iniciou-se apoacutes visita da equipe de auditoria acompanhada pelo

Presidente desta casa realizada em 19042016 buscando sensibilizar os gestores da

unidade para a importacircncia de adotar medidas visando a melhoria da prestaccedilatildeo dos

-100

400

900

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF HRAN HRC

98 43 57

166

4174

6875

79238347

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HRAN

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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27

Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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28

Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 24: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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24

serviccedilos

67 Questionada acerca das medidas adotadas para tal realizaccedilatildeo a

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte manifestou-se por meio do Ofiacutecio

nordm 0932016-GABSuperintendecircncia de Sauacutede Centro-Norte (PT_25) elencando tais

providecircncias sintetizadas abaixo

Unificaccedilatildeo da porta de entrada pela Cliacutenica Meacutedica para posterior distribuiccedilatildeo

independente da Cliacutenica demandada

Identificaccedilatildeo de todos os enfermeiros classificadores de toda Regiatildeo de Sauacutede

Centro Norte para formaccedilatildeo de escalas com horas contratuais e horas-extras

68 Assim eacute possiacutevel verificar que a adoccedilatildeo de algumas medidas gerenciais pode

resultar na prestaccedilatildeo de um serviccedilo mais adequado agrave populaccedilatildeo

69 Outra unidade que apresentou melhora no volume de usuaacuterios classificados foi

o Hospital Regional de Sobradinho O HRS apresentou aumento de 1574 pontos

percentuais21 na quantidade de pacientes atendidos priorizados clinicamente

70 De maneira geral nos 6 (seis) hospitais fiscalizados o volume de Classificaccedilatildeo

de Risco aumentou em 1013 pontos percentuais no periacuteodo de realizaccedilatildeo desta

auditoria (PT_11) Em janeiro2016 apenas 378 dos pacientes dos hospitais visitados

eram classificados clinicamente passando para 4793 em agosto2016

Graacutefico 03 Evoluccedilatildeo do volume de pacientes atendidos e classificados

Fonte PT_11

21 Em janeiro2016 o HRAN classificava 240 dos pacientes atendidos na emergecircncia passando para

3974 em agosto2016

378 405 381 383 4181 4513 4513 4793

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s C

lass

ific

ado

s

Mecircs

Meacutedia do volume de Pacientes Classificados nos Hospitais avaliados

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25

71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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26

77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

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Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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nte

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MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 25: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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71 Por outro lado natildeo se pode olvidar que da totalidade da populaccedilatildeo que

procura assistecircncia da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia nas unidades hospitalares 52

natildeo tem acesso agrave classificaccedilatildeo de risco Salienta-se a importacircncia da realizaccedilatildeo do

ACCR (em detrimento do recebimento pela ordem de chegada) tendo em vista que tal

metodologia ao priorizar o atendimento conforme o risco cliacutenico do paciente busca evitar

o agravamento do estado de sauacutede do usuaacuterio

72 O fator mais destacado pelos gestores para a dificuldade de implementaccedilatildeo do

ACCR foi a deficiecircncia de Recursos Humanos capacitados Para suprir tal falha os

servidores que possuem capacitaccedilatildeo satildeo convidados a realizar horas-extras

especificamente para atividades de classificaccedilatildeo de risco

73 No entanto o cumprimento de jornada extra de trabalho na SESDF neste

momento passa por uma situaccedilatildeo delicada uma vez que a Secretaria natildeo efetua

regularmente o pagamento da remuneraccedilatildeo o que dificulta a motivaccedilatildeo dos servidores

para sua realizaccedilatildeo22

74 Nesse contexto segundo a Diretora da DIURE um dos maiores motivos do

sucesso na Implementaccedilatildeo do ACCR no Hospital de Base foi a destinaccedilatildeo de

enfermeiros com horas contratuais para o ACCR pois a realizaccedilatildeo da atividade natildeo

depende da discricionariedade do servidor (PT_21)

75 No mesmo sentido a titular da DIENF reafirma a insuficiecircncia de recursos

humanos e a necessidade de capacitaccedilatildeo dos servidores Informa ainda da sobrecarga

da Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias com ocorrecircncias que poderiam ser

resolvidas pela Atenccedilatildeo Primaacuteria em Sauacutede (PT_21)

76 Cumpre observar que grande parte dos servidores capacitados anteriormente

como Classificadores e Auditores do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

possuiacuteam contrato temporaacuterio no entanto natildeo se encontram mais prestando serviccedilos agrave

Rede de Sauacutede do DF

22 httpwwwpoliticadistritalcombrtaghoras-extras - consultado em 29092016

httpwwwpoliticadistritalcombr20160919atraso-em-pagamento-de-horas-extras-da-saude-revolta-servidores consultado em 29092016

httpwwwsindatedfcombr201605secretaria-de-saude-deve-pagar-horas-extras-nos-proximos-diashtml consultado em 29092016

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

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Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 26: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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77 Com o intuito de averiguar o alcance das metas do PPA (2012-2015)23

relacionadas agrave Classificaccedilatildeo de Risco questionou-se agrave Diretora de Urgecircncia e

Emergecircncia da SESDF (DIURE) e agrave Diretoria de Enfermagem (DIENF) sobre a produccedilatildeo

ou acompanhamento de indicadores que demonstrem o resultado alcanccedilado na

implementaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco Ambas as gestoras desconhecem indicadores

ou instrumentos que acompanhem o percentual de implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester na Rede Puacuteblica de sauacutede do DF24 (PT_21)

78 Assim a falta de indicadores e a deficiecircncia no acompanhamento impossibilitam

que os gestores promovam a avaliaccedilatildeo do alcance dos objetivos propostos no referido

instrumento de planejamento

79 Nessa senda com o objetivo de verificar in loco a realizaccedilatildeo do ACCR foram

efetuadas visitas aos hospitais regionais HRC HRG HRAN HRS e HBDF Conforme os

Relatoacuterios de visitas (PT_22) diversas salas de ACCR estavam inoperantes

Figura 07 Visita realizada ao HRAN Sala de Classificaccedilatildeo de Risco

Fonte Equipe de Auditoria

80 Com a finalidade de verificar a existecircncia de indicadores locais solicitamos aos

gestores os instrumentos gerenciais utilizados para avaliar o niacutevel de implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Todos os gestores afirmaram que natildeo possuiacuteam dados acerca do

niacutevel de implementaccedilatildeo sejam produzidos na unidade hospitalar ou provenientes da

23 Metas do PPA 90 das urgecircncias pediaacutetricas classificadas (Meta 157)40 das urgecircncias da Cliacutenica

Meacutedica Classificada (Meta 1258) 40 dos hospitais regionais e do Hospital de Base com ACCR periacuteodo integral (Meta 1295)

24 A Diretora de Enfermagem afirma que diversas metas satildeo pactuadas com o Ministeacuterio da Sauacutede mas que desconhece alguma especiacutefica para Classificaccedilatildeo de Risco

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Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

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20

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16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

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Min

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Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 27: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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27

Secretaria (PT_23)

81 Verificou-se ainda em razatildeo da recorrente carecircncia de meacutedicos nas Urgecircncias

da Rede Puacuteblica do DF por diversas vezes a impossibilidade de realizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico necessaacuterio Nesta situaccedilatildeo conforme relatado nas visitas os

usuaacuterios que procuram a unidade hospitalar satildeo informados (pelos vigilantes ou

recepcionistas) sobre a incapacidade de atendimento

82 Desse modo o paciente segue migrando para outras unidades sem o devido

registro no sistema25 o que aleacutem de promover deslocamentos ineficazes produz uma

subnotificaccedilatildeo da demanda Destaca-se que uma condiccedilatildeo importante para a construccedilatildeo

e utilizaccedilatildeo de indicadores eacute a obtenccedilatildeo e o registro de informaccedilotildees fidedignas

resultantes da anotaccedilatildeo sistemaacutetica das ocorrecircncias e dos eventos pertinentes o que

permite afirmar que tais dados satildeo essenciais mesmo sem a concretizaccedilatildeo do

atendimento meacutedico

83 A devida regulaccedilatildeo da demanda ou seja o registro do paciente e o

estabelecimento de um protocolo padronizado de medidas a serem adotadas no caso de

impossibilidade de atendimento (ausecircncia de meacutedico ou de profissional de determinada

especialidade) promoveria uma maior eficaacutecia na atenccedilatildeo agrave populaccedilatildeo

84 Para isso eacute necessaacuterio configurar uma rede de accedilotildees e serviccedilos de sauacutede

capazes de garantir o acesso a circulaccedilatildeo e o acompanhamento dos pacientes entre os

diversos niacuteveis de atenccedilatildeo agrave sauacutede (atenccedilatildeo primaacuteria secundaacuteria terciaacuteria26) orientados

por um sistema de referecircncia e contrarreferecircncia27

85 Assim eacute possiacutevel concluir que a implementaccedilatildeo do ACCR natildeo atendeu as

determinaccedilotildees da Portaria SESDF 69 de 11 de abril de 2014 e natildeo haacute dados suficientes

para comprovaccedilatildeo do alcance das metas propostas no PPA

25 Natildeo eacute realizada a emissatildeo da Guia de Atendimento de Emergecircncia (GAE) o que permitiria o

fornecimento de dados mais precisos para controle e planejamento

26 Respectivamente unidades direcionadas agrave prevenccedilatildeo de doenccedilas e da preservaccedilatildeo do bem-estar na comunidade unidades de atendimento especializado ou de meacutedia complexidade e hospitais de grande porte e alta complexidade

27 Referecircncia consiste no encaminhamento do paciente de um niacutevel menos complexo para o mais complexo A contrarreferecircncia seria o retorno do niacutevel mais complexo para o de menor complexidade

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28

Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

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20

16

05

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20

16

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20

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09

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20

16

11

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20

16

13

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20

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08

20

16

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20

16

21

08

20

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23

08

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25

08

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16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

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20

16

03

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20

16

05

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16

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20

16

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20

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13

08

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20

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Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 28: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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28

Causas

86 Quantidade insuficiente de Recursos Humanos capacitados para aplicaccedilatildeo do

Protocolo Manchester Descontinuidade da Poliacutetica Puacuteblica Falta de planejamento para

a realizaccedilatildeo da ACCR sem a soluccedilatildeo informatizada Ineficaacutecia no estabelecimento de

integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias e a Atenccedilatildeo Primaacuteria

Ausecircncia da coordenaccedilatildeo centralizada da Poliacutetica Puacuteblica

Efeitos

87 Ausecircncia de priorizaccedilatildeo cliacutenica para os usuaacuterios que procuram as unidades de

Urgecircncia e Emergecircncia Risco de oacutebitos evitaacuteveis Referenciamento ineficaz

Superlotaccedilatildeo da RUE Ordem de chegada como criteacuterio de atendimento nas portas de

urgecircncia e emergecircncia

Consideraccedilotildees do Auditado

88 Sobre a capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco a Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash

DIURESAISSES informou por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que haacute dois

processos em tramitaccedilatildeo tratando do tema Processo SES 0600025622015 destinado

agrave compra de livros para novos classificadores e Processo SES 0600031302015

voltado para a aquisiccedilatildeo de capacitaccedilatildeo dos multiplicadores da SESDF e novos

classificadores e auditores Ressaltou no entanto que os processos se encontram em

fase de apresentaccedilatildeo de proposta (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 5)

89 A respeito do estabelecimento de indicadores que permitam o acompanhamento

da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco a DIURE

respondeu que os indicadores jaacute estatildeo estipulados no referido Protocolo quando

realizada a auditoria interna pela Instituiccedilatildeo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 6) Essa

mesma Diretoria complementou ainda que a Secretaria de Sauacutede estaacute tentando

reestruturar a Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo ndash PNH na SES e que a partir disso

seria possiacutevel trabalhar para que as auditorias internas fossem realizadas nas unidades

de Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco Com isso seria possiacutevel avaliar a real

demanda das Urgecircncias e Emergecircncias e traccedilar planos estrateacutegicos para correccedilatildeo e

fortalecimento da Classificaccedilatildeo de Risco

90 Sobre a gestatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES a

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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nte

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

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nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

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20

16

09

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11

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20

16

13

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16

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16

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 29: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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29

Coordenaccedilatildeo de Atenccedilatildeo Especializada agrave Sauacutede ndash CATESSAISSES pontuou que a

PNH estaacute sendo reestruturada e seraacute formalmente contemplada no Regimento Interno

o qual se encontra em fase de elaboraccedilatildeo No que diz respeito agrave unidade responsaacutevel

pela PNH pela gestatildeo do ACCR e pela promoccedilatildeo da Portaria SES 692014 a CATES

ponderou que se trata de pauta afim agrave Subsecretaria de Atenccedilatildeo Integral agrave Sauacutede ndash

SAIS com interface entre a CATES a DIURE a Coordenaccedilatildeo de Redes e Integraccedilatildeo agrave

Sauacutede ndash CORIS e a Diretoria de Enfermagem ndash DIENF Nesse sentido concluiu que os

processos internos sobre o acolhimento e demandas da PNH estatildeo sendo trabalhados

por meio de gestatildeo colegiada

Posicionamento da Equipe de Auditoria

91 Com relaccedilatildeo agrave definiccedilatildeo da unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica

Nacional de Humanizaccedilatildeo natildeo houve pronunciamento da Secretaria A Diretoria de

Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias (DIURE) limitou-se a informar que as medidas

sugeridas natildeo alcanccedilam a competecircncia daquela unidade

92 Em se tratando da capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador

apesar de terem sido informados processos administrativos que tratam do assunto ainda

se encontram inconclusos

93 Quanto aos indicadores que permitam o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco apesar de a DIURE informar que o

proacuteprio Protocolo jaacute os estipula as informaccedilotildees natildeo os especificam nem demonstram o

acompanhamento dos resultados alcanccedilados Segundo a Diretoria quando da realizaccedilatildeo

de auditorias internas seraacute possiacutevel aperfeiccediloar o sistema de classificaccedilatildeo de risco

94 Importante registrar que por meio das Portarias 77 e 78 de 14 de fevereiro de

2017 a SES respectivamente estabeleceu a Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede do

Distrito Federal e disciplinou o processo de conversatildeo da Atenccedilatildeo Primaacuteria ao modelo

da Estrateacutegia da Famiacutelia

95 Segundo o art 1ordm sect 1ordm da Portaria SES 772017

ldquoA Atenccedilatildeo Primaacuteria eacute a porta de entrada e de contato preferencial dos usuaacuterios do

sistema de sauacutede e tem como funccedilotildees principais a resoluccedilatildeo da maioria dos problemas

de sauacutede da populaccedilatildeo a organizaccedilatildeo dos fluxos e contrafluxos entre os diversos

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

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con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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34

115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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35

atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 30: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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30

pontos de atenccedilatildeo agrave sauacutede e a responsabilizaccedilatildeo pela sauacutede dos usuaacuterios em quaisquer

dos pontos de atenccedilatildeo em que se encontremrdquo (grifou-se)

96 O art 10 inciso VI da mencionada norma dispotildee que compete aos

superintendentes e diretores nas Regiotildees de Sauacutede ldquoorganizar os serviccedilos para permitir que

a Atenccedilatildeo Primaacuteria atue como a principal porta de entrada e ordenadora da Rede de Atenccedilatildeo agrave

Sauacutederdquo

97 Por fim o art 51 da Portaria SES 772017 estabelece o prazo maacuteximo de um

ano para a consolidaccedilatildeo do processo de conversatildeo e de adaptaccedilatildeo da nova organizaccedilatildeo

administrativa e de serviccedilos da Poliacutetica de Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede

98 Nesse sentido entende-se desnecessaacuteria a proposiccedilatildeo constante do Relatoacuterio

Preacutevio no sentido de recomendar a integraccedilatildeo das Redes de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede do Distrito

Federal no sentido de priorizar o atendimento nas Unidades Baacutesicas de Sauacutede

desonerando o atendimento nas portas da RUE Isso porque os resultados alcanccedilados

com a nova reestruturaccedilatildeo poderatildeo ser objeto de auditoria especiacutefica em momento

oportuno

99 Com relaccedilatildeo agraves demais conclusotildees da equipe de auditora na fase preliminar

tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se oponham agrave situaccedilatildeo

relatada o achado permanece inalterado na forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de

Auditoria

Proposiccedilotildees

100 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I Determinar agrave SESDF que

a defina a unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014

b realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

c institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da

eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica

II Recomendar agrave SESDF que

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31

a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Page 31: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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a adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a fim

de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores

b adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade

c estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada

Benefiacutecios Esperados

101 Em razatildeo da forma diferenciada desta fiscalizaccedilatildeo com o envio de informaccedilotildees

sobre os indicadores encontrados durante o processo de auditoria foi possiacutevel verificar

alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo como a grande

evoluccedilatildeo no volume de pacientes classificados no Hospital Regional da Asa Norte e

melhoria da atividade em Sobradinho

102 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos indicadores com o objetivo de alcanccedilar

as metas previstas

212 Achado 2 ndash Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados

provenientes da Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester

Criteacuterio

103 Registro adequado de informaccedilotildees que permitam a utilizaccedilatildeo de indicadores

para avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo do ACCR estabelecida na Portaria SES 692014

tratamento das informaccedilotildees e efetiva utilizaccedilatildeo dos indicadores e implementaccedilatildeo de

medidas corretivas conforme os resultados apresentados pelos indicadores

Anaacutelises e Evidecircncias

104 O acompanhamento da implementaccedilatildeo e atendimento ao Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco como dito anteriormente se deu por meio de informaccedilotildees

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extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

egis

tro

s In

con

sist

ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 32: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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32

extraiacutedas do sistema de administraccedilatildeo hospitalar28 da SESDF pela CTINF29 e enviado

mecircs a mecircs a esta Corte em resposta agrave Nota de Auditoria nordm 01_17782016

105 Os marcos temporais considerados para esta anaacutelise foram

O horaacuterio registrado no Trakcare na recepccedilatildeo da unidade

O horaacuterio registrado no Trakcare na inserccedilatildeo da cor indicativa da Classificaccedilatildeo

O horaacuterio do primeiro atendimento meacutedico isto eacute a primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada

106 Durante a anaacutelise dos dados fornecidos pela jurisdicionada pocircde-se verificar

lacunas nos registros isto eacute ausecircncia de informaccedilotildees do horaacuterio na recepccedilatildeo na

classificaccedilatildeo ou na evoluccedilatildeo cliacutenica ou mesmo registro de horaacuterios incompatiacuteveis com

a realidade como a demora de 427 minutos30 para atender um usuaacuterio com classificaccedilatildeo

vermelha31

107 Tais falhas de registro podem ser encontradas em todas as unidades avaliadas

mas o Hospital Regional de Sobradinho se destaca pelo elevado nuacutemero de informaccedilotildees

incorretas ou lacunas conforme demonstrado a seguir

Graacutefico 04 Registros inconsistentes

Fonte PT_10

108 Embora ainda permaneccedila elevado o percentual de inserccedilotildees inconsistentes no

28 Trakcare

29 CTINF Coordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em Sauacutede segundo o Decreto nordm 36918 de 26 de novembro de 2015 anexo I

30 Ocorrido em 13022016 Hospital Regional do Gama

31 A classificaccedilatildeo vermelha prioriza somente pacientes com risco iminente de oacutebito que natildeo suportariam espera dessa magnitude Tal fato demonstra inconsistecircncia do registro

47494435 4477 4570

3694 3474

24392124

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto P

acie

nte

s co

m R

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tro

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con

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ente

s

Mecircs

Pacientes Classificados com registros inconsistentes

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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34

115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 33: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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33

sistema por parte do HRS (2124 em agosto de 2016) observou-se melhora

consideraacutevel em relaccedilatildeo ao primeiro mecircs examinado Tal fato pode ser atribuiacutedo agrave

valorizaccedilatildeo do processo de inserccedilatildeo de dados no acircmbito da unidade em razatildeo das

reiteradas visitas durante a presente fiscalizaccedilatildeo

109 Ainda natildeo eacute demais lembrar que a ausecircncia de informaccedilotildees gerenciais dificulta

o conhecimento do problema e a definiccedilatildeo de medidas para combatecirc-los pois ldquoquem

natildeo mede natildeo gerenciardquo

110 Assim demonstra-se a necessidade de atitudes de gestatildeo que garantam a

obrigatoriedade e fidedignidade dos registros no sistema hospitalar referentes agrave

Classificaccedilatildeo de Risco

Causas

111 Falta de orientaccedilatildeo aos servidores responsaacuteveis pela alimentaccedilatildeo do sistema

Falta de priorizaccedilatildeo das atividades de produccedilatildeo de informaccedilotildees necessaacuterias para o

planejamento organizacional Ausecircncia de rotina de Controle que verifique a

fidedignidade dos dados do sistema informatizado

Efeitos

112 Baixa confiabilidade dos dados Impossibilidade de verificaccedilatildeo do niacutevel de

implementaccedilatildeo do ACCR Impossibilidade de avaliaccedilatildeo e replanejamento

Consideraccedilotildees do Auditado

113 Sobre o registro de dados do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco o Hospital

Regional de Sobradinho ndash HRS destacou que ldquoo horaacuterio de atendimento meacutedico

apresentado no relatoacuterio gerado pelo Sistema TrakCare eacute o horaacuterio em que o profissional

digitou no sistema a anamnese e conduta meacutedica e natildeo a hora de atendimento propriamente

ditardquo conforme informaccedilotildees encaminhadas pelo Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 18)

114 Aleacutem disso o HRS sustentou que haacute casos em que natildeo houve continuidade no

atendimento por uma seacuterie de razotildees entre as quais a mais comum seria a desistecircncia

do atendimento pelo usuaacuterio (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 9) Isso explicaria parte das

lacunas encontradas no sistema ndash no caso a falta de registro da primeira evoluccedilatildeo

cliacutenica

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115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 34: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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34

115 Assim um paciente com risco vermelho pode ter recebido atendimento imediato

mas o sistema pode apresentar inconsistecircncias em razatildeo de constar o horaacuterio de registro

apenas no momento em que o profissional procedeu agrave digitaccedilatildeo dos dados Nesse

sentido a unidade hospitalar afirmou que

ldquo no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha () Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate

e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantados (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207

p 10)

116 Por fim o HRS admitiu que os relatoacuterios obtidos do TrakCare satildeo inconsistentes

(e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacutegs 910)

117 A Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Norte ndash SRSN assim se manifestou

ldquoMais uma vez reforccedila-se que a classificaccedilatildeo foi realizada na iacutentegra o que natildeo ocorreu foi a continuidade do atendimento ou seja o atendimento meacutedico que pode natildeo ter ocorrido por uma seacuterie de questotildees sendo a mais comum a desistecircncia do atendimento pelo usuaacuterio A direccedilatildeo do HRS por meio da Gerecircncia de Enfermagem e da Gerecircncia de Urgecircncia e Emergecircncia sempre se preocupou com a fidedignidade dos dados e realiza atualizaccedilatildeo dos profissionais periodicamente Ressalta-se a dificuldade da Superintendecircncia Regional e dos proacuteprios serviccedilos de Urgecircncia e Emergecircncia em realizar o monitoramento das classificaccedilotildees realizadas em funccedilatildeo da natildeo disponibilizaccedilatildeo de relatoacuterios pelo TrakCare no acircmbito local e regional Os relatoacuterios utilizados para analisar e responder as Informaccedilotildees da DIAUD2 foram gerados pela Diretoria de Sistemas de InformaccedilatildeoCoordenaccedilatildeo Especial de Tecnologia da Informaccedilatildeo em SauacutedeADMC e repassadas a esta Diretoriardquo

118 Em siacutentese a SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas

para a melhoria

Posicionamento da Equipe de Auditoria

119 O TrakCare apresenta de fato as inconsistecircncias apontadas pelo Hospital

Regional de Sobradinho Satildeo problemas que devem ser contornados pela Secretaria de

Sauacutede visto que impossibilitam a produccedilatildeo de relatoacuterios gerenciais que auxiliem o

acompanhamento do serviccedilo e consequentemente a promoccedilatildeo da melhoria do

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35

atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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36

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

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MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

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MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

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Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 35: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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35

atendimento priorizado nos paracircmetros do Protocolo Manchester

120 Nesse contexto vale destacar que cabe agrave SES obter dos servidores que atuam

na ponta do serviccedilo de sauacutede informaccedilotildees acerca das necessidades de melhorias a

serem implementadas no sistema informatizado da SES para que os registros possam

refletir a realidade dos procedimentos de admissatildeo classificaccedilatildeo e atendimento do

paciente

121 Desse modo manteacutem-se o posicionamento da Equipe de Auditoria apresentado

na versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

122 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

a) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas

no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

b) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo

de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

c) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos

dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os

relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

Benefiacutecios Esperados

123 Em razatildeo da metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo com o envio de

informaccedilotildees sobre os indicadores encontrados durante a realizaccedilatildeo dos trabalhos foi

possiacutevel verificar alteraccedilotildees relevantes na situaccedilatildeo encontrada durante o processo

como a reduccedilatildeo no volume de dados inconsistentes registrados em especial no Hospital

Regional de Sobradinho

124 Assim espera-se que a Secretaria de Estado da Sauacutede conheccedila as reais

condiccedilotildees da implementaccedilatildeo do ACCR nas diferentes unidades hospitalares permitindo

o registro adequado das informaccedilotildees a utilizaccedilatildeo acompanhamento e adequaccedilatildeo dos

indicadores com o objetivo de alcanccedilar as metas previstas

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22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

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acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

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20

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11

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20

16

13

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20

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 36: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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36

22 QA 2 ndash O tempo decorrido entre a Classificaccedilatildeo de Risco e o atendimento

meacutedico nas Emergecircncias estaacute de acordo com o preconizado pelo Protocolo

Manchester

Natildeo O Acolhimento na Rede de Atenccedilatildeo agraves Urgecircncias e Emergecircncias natildeo atende

tempestivamente a populaccedilatildeo tanto na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco quanto no

atendimento meacutedico Aleacutem disso a natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Internas e Externas no

protocolo Manchester compromete a validade da Classificaccedilatildeo

221 Achado 3 Intempestividade na realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

125 O atendimento agrave populaccedilatildeo que procura assistecircncia na Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias deve ser realizado dentro dos paracircmetros estipulados pelo

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (tempo maacuteximo para classificaccedilatildeo de

10 minutos) Portaria SES 692014 art 2ordm I sect 7ordm

Anaacutelises e Evidecircncias

126 O tempo ideal entre a admissatildeo e a classificaccedilatildeo do paciente eacute estabelecido em

10 (dez minutos) conforme o livro Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco (PT_19

fl 90)

127 Nesse sentido foram extraiacutedos do Sistema eletrocircnico Trackcare os dados

relativos ao intervalo entre os registros de entrada na unidade hospitalar e de

classificaccedilatildeo do paciente (Tempo de Classificaccedilatildeo) Segue abaixo o graacutefico

demonstrativo dos resultados

Graacutefico 05 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo ateacute 10 minutos

Fonte PT_13

7085 701655 6768

7056 7169 76867853

200

300

400

500

600

700

800

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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39

Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 37: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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37

128 Pode-se aferir do graacutefico acima que o HBDF foi o uacutenico hospital que permaneceu

durante os oito meses de fiscalizaccedilatildeo classificando aproximadamente 70 de seus

pacientes dentro do periacuteodo de 10 minutos No restante dos hospitais fiscalizados o

tempo meacutedio para realizaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Risco encontra-se acima do ideal

embora o Hospital Regional de Sobradinho tenha apresentado melhora significativa32

(PT_13)

129 Para avaliar a demora apresentada pelas unidades na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco o tempo de espera foi separado em trecircs intervalos Ateacute 10 min

(Graacutefico 04) entre 10 e 20 minutos e acima de 30 minutos (Graacutefico 05) Segue abaixo o

resultado apresentado para tempo de espera superior a 30 minutos para ser avaliado

quanto ao risco cliacutenico

Graacutefico 06 Atendimento ao Protocolo ndash Tempo de Classificaccedilatildeo acima de 30 minutos

Fonte PT_13

130 O Hospital Regional de Taguatinga se destaca negativamente classificando

425 de seus usuaacuterios apoacutes 30 minutos de espera (agosto2016) Embora os

percentuais apresentados pelas outras unidades natildeo pareccedilam tatildeo elevados deve-se

levar em consideraccedilatildeo que a demora na classificaccedilatildeo pode agravar os eventos nocivos

agrave sauacutede levando a oacutebitos potencialmente evitaacuteveis Importante tambeacutem ressaltar que

conforme registrado no Achado 1 apenas 48 dos pacientes satildeo classificados

clinicamente ou seja os dados acima contemplam apenas metade dos usuaacuterios que

procuram a rede de urgecircncia e emergecircncia

32 A classificaccedilatildeo dos pacientes em ateacute 10 minutos passou de 4970 (janeiro2016) para 7351

(agosto2016)

201 182

371398 412

378428 425

00

100

200

300

400

500

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

MecircsHBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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38

Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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39

Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 38: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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Causas

131 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Elevada quantidade de usuaacuterios que procuram a RUE por natildeo serem

atendidos na Atenccedilatildeo Primaacuteria

Efeitos

132 Intensificaccedilatildeo dos agravos de sauacutede da populaccedilatildeo Possiacutevel aumento do nuacutemero

de oacutebitos evitaacuteveis aumento do risco de violecircncia por parte da populaccedilatildeo desassistida

nas portas da RUE Atendimento sem priorizaccedilatildeo cliacutenica (ordem de chegada)

Consideraccedilotildees do Auditado

133 Sobre o presente achado a SES apresentou consideraccedilotildees resumidas no

Quadro a seguir (Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c paacuteg 5 Peccedila 215)

Quadro 04 Siacutentese das Informaccedilotildees da SESDF Unidade Siacutentese das Informaccedilotildees

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste (HRC)

Haacute carecircncia de profissionais para a realizaccedilatildeo de classificaccedilatildeo de risco Em alguns setores do hospital a classificaccedilatildeo de risco somente ocorre por meio de carga horaacuteria extra dos servidores Apesar do deacuteficit de profissionais e do atraso no pagamento de horas extras o Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco estaacute implementado em todas as portas de entrada de urgecircncia e emergecircncia A manutenccedilatildeo do ACCR segue prejudicada e descontinuada devido ao deacuteficit de recursos humanos tanto de enfermeiros capacitados quanto de servidores administrativos A avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente A importacircncia da inserccedilatildeo dos dados no sistema e a coleta de informaccedilotildees do paciente natildeo pode ser mais relevante que o atendimento Foi solicitado agrave Diretoria de Enfermagem da SESDF cursos de capacitaccedilatildeo no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Centro-Norte

Foram identificados todos os Enfermeiros Classificadores elaboradas escalas com horas contratuais e horas extras para atendimento na Classificaccedilatildeo de Risco ininterruptamente

Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Leste

O ACCR foi implantado e funciona exclusivamente por meio de horas extras O serviccedilo natildeo funciona quando ocorre desistecircncia do servidor na realizaccedilatildeo de hora extra Natildeo haacute sistema informatizado especiacutefico para o ACCR Haacute dificuldade de capacitaccedilatildeo de servidores A extinccedilatildeo da Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo na estrutura da SESDF dificultou o adequado acompanhamento do serviccedilo de ACCR Atualmente natildeo haacute equipe de Auditoria Interna Em novembro de 2016 foi reativado o Colegiado de Emergecircncia com o intuito de discutir e encaminhar melhorias no atendimento de Urgecircncias e Emergecircncias

Fonte e-DOC 969A7028-c Peccedila 215

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39

Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 39: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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39

Posicionamento da Equipe de Auditoria

134 Observe-se que as justificativas apresentadas no Quadro corroboram as

evidecircncias apontadas nos trabalhos de fiscalizaccedilatildeo Haacute carecircncia de recursos humanos

inclusive capacitados para a realizaccedilatildeo dos trabalhos de classificaccedilatildeo de risco

135 No que tange agrave afirmaccedilatildeo de que a inserccedilatildeo dos dados natildeo pode ser mais

relevante que o atendimento importante consignar que a correta gestatildeo dos dados eacute

que permitiraacute identificar pontos fracos e adotar medidas corretivas para a adequada

prestaccedilatildeo de serviccedilos agrave populaccedilatildeo

136 Ante o exposto tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que

se oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

137 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que realize capacitaccedilatildeo de recursos humanos para o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor

Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa da disponibilidade de servidores em realizar horas extras

III recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede que em conjunto com as

Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para acolhimento e

classificaccedilatildeo dos pacientes buscando adotar medidas que visem melhorar a

eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014

Benefiacutecios Esperados

138 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

realizaccedilatildeo do ACCR em ateacute 10 minutos da chegada do paciente na unidade reduccedilatildeo do

risco de oacutebitos evitaacuteveis e do agravamento de situaccedilotildees de sauacutede

222 Achado 4 ndash Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Criteacuterio

139 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

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20

16

31

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20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

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Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 40: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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40

proporcionando um atendimento tempestivo agrave populaccedilatildeo dentro dos paracircmetros

estipulados Vermelho ndash atendimento imediato Laranja ndash maacutex 10 min Amarelo ndash maacutex

60 min Verde ndash maacutex 120 min Azul ndash maacutex 240 min Portaria SES 692014 art 2ordm I

sect 7deg

Anaacutelises e Evidecircncias

140 Visando avaliar a adequaccedilatildeo entre o tempo-resposta33 (TR) ideal preconizado

no Protocolo Manchester e o efetivamente realizado nas unidades hospitalares da SES

foram aferidos o desempenho consolidado dos seis nosococircmios objeto da fiscalizaccedilatildeo

A presente avaliaccedilatildeo teve foco nas classificaccedilotildees Vermelho (atendimento imediato)

Laranja (10 minutos) e Amarelo (60 minutos)

Pacientes classificados como risco ldquovermelhordquo

141 O atendimento de usuaacuterios classificados com risco vermelho isto eacute risco

iminente de oacutebito deve ser imediato conforme estabelece o Protocolo Manchester

Assim considerou-se nesta avaliaccedilatildeo o primeiro minuto apoacutes a realizaccedilatildeo do ACCR e o

registro da cor no sistema informatizado

142 A situaccedilatildeo encontrada por meio dos dados obtidos demonstrou ineficaacutecia da

rede no atendimento ao Protocolo Manchester na atenccedilatildeo aos usuaacuterios classificados

ldquovermelhordquo conforme o graacutefico abaixo

Graacutefico 06 Descumprimento do Protocolo Vermelho ndash Todas as unidades

Fonte PT_15

33 Tempo-resposta eacute o intervalo entre a classificaccedilatildeo de risco e o primeiro atendimento meacutedico por meio

da primeira evoluccedilatildeo cliacutenica registrada no sistema

6888

5286

97149219 9677 9593 9635 9648

00

200

400

600

800

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

d

e P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Vermelho (Tempo Resposta)

Situaccedilatildeo Geral

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 41: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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41

143 Assim com base nos dados enviados pela SESDF pode-se concluir que em

meacutedia 87 dos hospitais avaliados natildeo atendem seus pacientes classificados como

ldquovermelhordquo dentro do tempo preconizado

144 Durante a realizaccedilatildeo das visitas os gestores locais questionaram o indicador34

alegando que a evoluccedilatildeo cliacutenica de um paciente desta gravidade soacute se realizaraacute apoacutes a

estabilizaccedilatildeo do quadro cliacutenico sendo a prioridade naquele momento a manutenccedilatildeo da

vida do usuaacuterio

145 Em resposta agraves informaccedilotildees enviadas agraves unidades hospitalares bimestralmente

(PT_16 PT_17 e PT_18) o Hospital Regional de Sobradinho manifestou-se por meio do

Ofiacutecio nordm 1192016-DHRS-SRS (e-DOC 068EAD28-c Peccedila108) afirmando a impossibilidade

utilizar-se o criteacuterio de evoluccedilatildeo cliacutenica no sistema para os pacientes classificados na cor

vermelha conforme segue

ldquo O atendimento do paciente se inicia com a sua chegada ao Pronto-Socorro Muitas vezes antes mesmo de sua identificaccedilatildeo natildeo passa pela classificaccedilatildeo de risco pelo imediatismo da assistecircncia e dessa forma natildeo haacute entrada de dados de classificaccedilatildeo no Trakcare apesar de todas as providecircncias necessaacuterias agrave preservaccedilatildeo de sua vida a serem adotadasrdquo

146 Afastando eventual juiacutezo de valor acerca da adequaccedilatildeo do indicador utilizado

pela equipe de auditoria o fato eacute que o Protocolo Manchester impotildee um prazo para

atendimento dos pacientes classificados como risco vermelho portanto deve a

Secretaria dispor de indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos

casos em que haacute risco iminente de vida

147 Natildeo recomendaacutevel eacute o paciente ser atendido na unidade sem a devida coleta de

informaccedilotildees e sem o registro no sistema informatizado em razatildeo da gravidade do seu

estado cliacutenico o que resultaria um dado insatisfatoacuterio prejudicando a gestatildeo da

atividade

148 Assim importante destacar a necessidade de criaccedilatildeo pela SESDF de

indicadores que demonstrem a tempestividade no atendimento dos casos em que haacute

risco iminente de vida e onde se necessita de maior celeridade de modo a permitir a

afericcedilatildeo do cumprimento do Protocolo estabelecido pela Portaria SES 692014

34 O indicador foi criado pela equipe de auditoria por natildeo haver um indicador padronizado pela SESDF

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Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

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Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 42: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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42

Pacientes classificados como risco ldquolaranjardquo

149 O atendimento aos usuaacuterios classificados na cor laranja (Tempo resposta de ateacute

10 minutos) foram registrados durante os oitos meses de fiscalizaccedilatildeo Os dados

consolidados estatildeo apresentados no graacutefico a seguir

Graacutefico 07 Descumprimento do Protocolo Laranja ndash Todas as unidades

Fonte PT_14

150 A anaacutelise do graacutefico permite concluir que haacute evidecircncias de atendimento

intempestivo a grande parte dos usuaacuterios classificados como ldquolaranjardquo No Hospital

Regional de Sobradinho 70 dos pacientes natildeo satildeo atendidos dentro do prazo

estabelecido pelo Protocolo Manchester No Hospital Regional de Ceilacircndia o

atendimento eacute intempestivo a 41 dos pacientes

151 Agrava essa situaccedilatildeo o fato de que os dados acima alcanccedilam apenas os

usuaacuterios que passam pela classificaccedilatildeo de risco ou seja 3974 no HRS e 2487 no

HRC conforme apresentado no Achado 1

152 A tiacutetulo de exemplificaccedilatildeo segue o graacutefico de cumprimento do protocolo Laranja

para o Hospital Regional de Sobradinho e o Hospital Regional de Ceilacircndia

4020

5530

4471

37244171

33333732

4131

8808

72926784

77058017 7792

7070 7055

00

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo Descumprimento do Protocolo Laranja (Tempo Resposta)

HBDF HRAN HRC HRG HRS HRT

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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51

a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 43: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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43

Graacutefico 08 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRS

Fonte PT_08

Graacutefico 09 Cumprimento do protocolo Laranja ndash Agosto2016 - HRC

Fonte PT_08

153 Analisando o Tempo-Resposta dos Hospitais HRS e HRC eacute possiacutevel aferir que

as meacutedias diaacuterias se encontram acima do paracircmetro estabelecido pelo protocolo

Manchester

154 Desse modo considerando-se os dados encaminhados pela CETINFSES

pode-se concluir que grande parte dos usuaacuterios classificados como risco ldquoLaranjardquo natildeo

satildeo atendidos tempestivamente na Rede Puacuteblica de Sauacutede do DF

Pacientes classificados como risco ldquoamarelordquo

155 Em relaccedilatildeo aos pacientes classificados como risco ldquoAmarelordquo cujo tempo-

resposta previsto no Protocolo Manchester eacute de 60 minutos eacute importante destacar que

grande parte dos hospitais avaliados cumpre o estabelecido Segue abaixo o percentual

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

020406080

100120140160180

01

08

20

16

03

08

20

16

05

08

20

16

07

08

20

16

09

08

20

16

11

08

20

16

13

08

20

16

15

08

20

16

17

08

20

16

19

08

20

16

21

08

20

16

23

08

20

16

25

08

20

16

27

08

20

16

29

08

20

16

31

08

20

16

Min

uto

s

Data

Meacutedia de TempoProtocolo

Meacutedia de TempoClassificacao xAtendimento Medico

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44

de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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de cumprimento do Protocolo Amarelo para o mecircs de agosto

Graacutefico 10 Cumprimento do Protocolo Amarelo ndash Agosto2016

Fonte PT_08

156 Ressalta-se que em que pese a demonstraccedilatildeo do cumprimento do tempo para

atendimento estipulado pelo Protocolo Manchester para pacientes classificados

ldquoAmarelordquo deve-se levar em conta o baixo volume de pacientes classificados na Rede

Puacuteblica do DF conforme tratado anteriormente no Achado 1 deste Relatoacuterio

157 Por fim impende observar que as cores Verde e Azul natildeo participaram da

presente anaacutelise em virtude do menor risco que representam agrave sauacutede da populaccedilatildeo e

do dilatado periacuteodo de espera recomendado pelo Protocolo Manchester (de 120 a 240

minutos)

Causas

158 Insuficiecircncia de Recursos Humanos Baixa disponibilidade de profissionais

capacitados Sobrecarga da RUE Ausecircncia de uma poliacutetica de implementaccedilatildeo do

ACCR

Efeitos

159 Elevaccedilatildeo do risco de oacutebitos evitaacuteveis Ineficaacutecia na implementaccedilatildeo do ACCR

000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

HBDF

HRAN

HRC

HRG

HRS

HRT

8844

9331

9418

9289

8734

9730

1156

669

582

711

1266

270

Pacientes

Ho

spit

ais

Percentual de Cumprimento do Protocolo Risco Amarelo - Agosto2016

Cumpre o Protocolo Descumpre o Protocolo

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Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 45: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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45

Consideraccedilotildees do Auditado

160 Com relaccedilatildeo aos pacientes com classificaccedilatildeo de risco vermelho o HRS assim

se posicionou conforme informado no Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES

ldquoNo achado 4 - Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios p 34 sect11 no relatoacuterio haacute relato da manifestaccedilatildeo do HRS no que diz respeito aos pacientes que chegam ao Pronto Socorro em situaccedilatildeo de risco iminente de morte normalmente transportados pelo SAMU Corpo de Bombeiros ou ambulacircncias com classificaccedilatildeo vermelha Haacute que ressaltar que apesar dos pacientes serem atendidos imediatamente sem o registro e a classificaccedilatildeo de risco apoacutes o devido atendimento os profissionais fazem os registros exigidos que acabam por apresentar tempos inaceitaacuteveis para seguir as normas de atendimento definidas no Protocolo O que se questiona eacute a utilizaccedilatildeo do horaacuterio da inserccedilatildeo da evoluccedilatildeo meacutedica para o caacutelculo do tempo resposta Para ser fidedigno o sistema deve ofertar alternativas para a inserccedilatildeo do horaacuterio real relacionado ao tempo de classificaccedilatildeoatendimento meacutedico

A SRSN e a DHRS vecircm sistematicamente buscando alternativas para a melhoria do acesso e da prestaccedilatildeo da atenccedilatildeo agrave sauacutede nos serviccedilos de urgecircncia e emergecircncia dentro do seu espaccedilo de governabilidade apesar de todas as dificuldades enfrentadas Entende a importacircncia de auditorias no sentido de levantar problemas e propiciar o debate e a correccedilatildeo de rumos de projetos e programas implantadosrdquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 10)

161 Quanto agrave evidecircncia de descumprimento do protocolo quanto aos pacientes

classificados com risco laranja e amarelo o HRS justificou que

ldquoo nuacutemero reduzido de meacutedicos para atendimento que realizam aleacutem do atendimento externo tambeacutem o acompanhamento dos pacientes em observaccedilatildeo que envolve amnese exame cliacutenico avaliaccedilatildeo de exames diagnoacutesticos realizados e a prescriccedilatildeo muitas vezes prioriza-se somente os pacientes classificados com risco vermelhordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 13)

162 Concluiu o HRS da necessidade de reciclagem dos enfermeiros classificadores

de treinamento de novos enfermeiros para a classificaccedilatildeo sensibilizaccedilatildeo dos meacutedicos

plantonistas para a melhoria do tempo preconizado para o atendimento e a retomada da

auditoria interna

163 No mesmo sentido com relaccedilatildeo aos pacientes classificados com risco vermelho

houve posicionamento da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede Oeste que por meio

do HRC afirmou que a avaliaccedilatildeo da tempestividade do tempo resposta dos pacientes

classificados como risco vermelho estaacute prejudicada em vista da prioridade na adoccedilatildeo de

procedimentos para estabilizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da vida do paciente (e-DOC 969A7028-c

Peccedila 215)

164 Quanto agrave adoccedilatildeo de indicadores a Gerecircncia de Enfermagem do HRC informou

por meio do Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES que

ldquoA identificaccedilatildeo de uma unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) e de uma gestatildeo central do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco seria fundamental na conduccedilatildeo orientaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos dados a serem coletados para a construccedilatildeo dos indicadores que mapeassem o atendimento dos paracircmetros estabelecidos no

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 46: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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46

Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo especialmente neste momento de reestruturaccedilatildeo da equipe da Coordenaccedilatildeo da Classificaccedilatildeo de Riscordquo (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207 paacuteg 31)

Posicionamento da Equipe de Auditoria

165 Constatou-se que as informaccedilotildees prestadas corroboram as evidecircncias da

fiscalizaccedilatildeo Nesse sentido as proposiccedilotildees a serem apresentadas tem o objetivo de

determinar agrave SESDF a adoccedilatildeo de medidas com vistas a mitigar as causas da

intempestividade no atendimento aos usuaacuterios

Proposiccedilotildees

166 Sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio ao menos as seguintes proposiccedilotildees

I determinar agrave SESDF que adote indicadores que permitam acompanhar a

tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha

II recomendar agrave SESDF que adote medidas com vistas a adequar a estrutura de

recursos humanos para que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo

dependa exclusivamente da disponibilidade dos servidores em realizar horas

extras

Benefiacutecios Esperados

167 Tempestividade no atendimento agrave populaccedilatildeo de acordo com o preconizado no

referido Protocolo Reduccedilatildeo nos riscos agrave sauacutede da populaccedilatildeo em razatildeo da

tempestividade na assistecircncia

223 Achado 5 ndash Natildeo realizaccedilatildeo de Auditorias Interna e Externa no Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

Criteacuterio

168 Realizaccedilatildeo de auditorias internas Implementaccedilatildeo de medidas corretivas

conforme os resultados apresentados pelos indicadores Adoccedilatildeo de procedimentos para

viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias externas Portaria SESDF nordm 692014 art 2ordm sect13 e

art 3ordm Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Capiacutetulo 8 itens 2 e 3

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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49

Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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50

ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 47: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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47

Anaacutelises e Evidecircncias

169 O procedimento de Auditoria Interna eacute obrigatoacuterio na aplicaccedilatildeo do Protocolo

Manchester e visa garantir a reprodutibilidade e normalizaccedilatildeo dos procedimentos entre

os profissionais serviccedilos e instituiccedilatildeo de sauacutede (PT_19)

170 Segundo o livro ldquoSistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Riscordquo ndash SMCR (PT_19

paacuteg 100)

ldquoO objetivo eacute conseguir uma avaliaccedilatildeo individual dos profissionais envolvidos na classificaccedilatildeo de risco bem como efetuar uma auditoria global do serviccedilo de urgecircncia nessa aacuterea Para esse fim estabeleceu-se como meta uma afericcedilatildeo igual ou superior a 80 para o serviccedilo como um todo e por profissional que realiza a classificaccedilatildeo de risco Eacute desejaacutevel mas natildeo obrigatoacuterio que o sistema seja informatizadordquo

171 A ausecircncia de procedimentos de Auditoria Interna impossibilita

a avaliaccedilatildeo de desempenho individualizado de cada classificador

a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica do serviccedilo a fim de verificar se a meta de 80 foi atingida

a qualificaccedilatildeo desta classificaccedilatildeo isto eacute se os usuaacuterios classificados como vermelho ou laranja realmente representavam esse niacutevel de priorizaccedilatildeo

172 Outro fator relevante no trecho destacado eacute a ecircnfase na possibilidade de

realizaccedilatildeo de auditoria interna mesmo sem o sistema informatizado situaccedilatildeo encontrada

neste momento na Rede de Urgecircncias e Emergecircncias da SESDF

173 Assim embora obrigatoacuterias as auditorias internas natildeo satildeo realizadas pela

SESDF (PT_21) o que traz consequecircncias para a implementaccedilatildeo do Protocolo

Manchester para a qualidade do serviccedilo prestado agrave populaccedilatildeo e para a avaliaccedilatildeo dos

profissionais envolvidos no Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

174 A Portaria SES nordm 692014 tambeacutem prevecirc a realizaccedilatildeo de auditoria interna bem

como estabelece prazos e periodicidade de realizaccedilatildeo conforme abaixo transcrito No

entanto tal atividade natildeo vem sendo realizada

Art 3ordm instituir a equipe de auditoria interna composta por servidor meacutedico(s) e enfermeiro(s) credenciado(s) por oacutergatildeo competente sect 1ordm caberaacute agrave equipe de auditoria interna da unidade Inciso I Realizar mensalmente auditorias em suas unidades apontando conformidades e natildeo conformidades frente agrave utilizaccedilatildeo do Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco Inciso II Elaborar e apresentar proposta de plano de intervenccedilatildeo para as natildeo conformidades ao grupo gestor local visando melhorias no processo de trabalho Inciso III Encaminhar as auditorias agrave CCPNHSESDF ateacute o 7ordm dia uacutetil do mecircs subsequumlente possibilitando o acompanhamento do grupo gestor central bem como o envio de tais documentaccedilotildees ao oacutergatildeo competente (grifou-se)

175 Aleacutem da Auditoria Interna o SMCR conta ainda com um processo de Auditoria

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48

Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Externa que acompanha a operacionalizaccedilatildeo dos seus pressupostos e controla o

proacuteprio sistema (PT_19 paacuteg 102) Esta define-se pela anaacutelise perioacutedica e independente

realizada por auditores externos com o objetivo de avaliar as atividades e resultados

relativos ao SMCR em relaccedilatildeo aos requisitos e agrave implementaccedilatildeo

176 De maneira semelhante ao ocorrido com a Auditoria Interna as gestoras da

DIURE e da DIENF afirmaram a impossibilidade de realizaccedilatildeo em razatildeo da baixa

confiabilidade dos dados e da insuficiecircncia de recursos humanos (PT_21)

177 Nas visitas realizadas nas unidades hospitalares os entrevistados afirmaram

natildeo possuiacuterem conhecimento sobre a realizaccedilatildeo de nenhum dos dois procedimentos

(PT_23)

Causas

178 Falta de planejamento para operacionalizar a Auditoria Interna Falta de gestatildeo

da poliacutetica puacuteblica Insuficiecircncia de auditores treinados em auditoria interna

Efeitos

179 Aumento de ocorrecircncias de Classificaccedilotildees de Risco incorretas Impossibilidade

de controle na aplicaccedilatildeo do protocolo Possiacutevel risco agrave sauacutede da populaccedilatildeo

Consideraccedilotildees do Auditado

180 Por meio da Diretoria de Assistecircncia agraves Urgecircncias e Emergecircncias ndash DIURE do

Hospital Regional de Sobradinho ndash HRS e da Superintendecircncia da Regiatildeo de Sauacutede

Leste ndash SRSL a SES confirmou que as auditorias internas nos serviccedilos de Classificaccedilatildeo

de Risco natildeo vecircm sendo realizadas na rede (Ofiacutecio nordm 29452016 ndash GABSES e-DOC 7651C1F0-

c Peccedila 207 pp 6 13 e 19 Ofiacutecio nordm 2412017 GABSES e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 p15)

181 Os gestores do Hospital da Regiatildeo Leste ndash HRL se manifestaram sobre a

auditoria interna nos termos do transcrito a seguir (e-DOC 969A7028-c Peccedila 215 paacuteg15)

A equipe de auditoria interna do serviccedilo de ACR foi criada quando a Coordenaccedilatildeo Central da Poliacutetica de Humanizaccedilatildeo da SES acompanhava [a Classificaccedilatildeo de Risco] Apoacutes sua extinccedilatildeo a equipe local tambeacutem foi desfeita natildeo havendo auditoria interna atualmente Cientes desta necessidade a partir de janeiro de 2017 pretendemos operacionalizar a auditoria interna do serviccedilo (grifou-se)

182 Por fim foram relatadas medidas com vistas ao restabelecimento de auditorias

internas no ACCR A Secretaacuteria de Sauacutede informou que no momento encontra-se em

fase de reestruturaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo no acircmbito da SES

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Posicionamento da Equipe de Auditoria

183 A realizaccedilatildeo da auditoria interna eacute obrigatoacuteria nos termos do item 2 do Capiacutetulo

8 do Protocolo Manchester e do art 3ordm da Portaria SES 692014 Jaacute a auditoria externa

eacute facultativa sendo realizada por profissionais externos agrave instituiccedilatildeo Assim o auditor

externo natildeo pode exercer funccedilotildees nos hospitais que fiscaliza

184 As evidecircncias e justificativas demonstram a necessidade de monitoramento e

avaliaccedilatildeo dos procedimentos de ACCR para permitir o aperfeiccediloamento e a continuidade

da metodologia implementada Nesse sentido destaca-se a importacircncia das disposiccedilotildees

constantes do item 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

no que se refere agrave funccedilatildeo de Auditor Externo Segundo o Protocolo haacute a possibilidade

de realizaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo por profissionais externos agrave SES da implementaccedilatildeo do

sistema quando demandados externamente ou julgado pertinente pela direccedilatildeo do

sistema de sauacutede

185 No mais tendo em vista que natildeo foram apresentados fatos ou razotildees que se

oponham agraves conclusotildees da equipe de auditoria o achado permanece inalterado na

forma da versatildeo preacutevia do Relatoacuterio de Auditoria

Proposiccedilotildees

186 Ante o exposto sugere-se ao Egreacutegio Plenaacuterio a seguinte proposiccedilatildeo

I Determinar agrave SESDF que adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a

realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de

Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES

692014

Benefiacutecios Esperados

187 Implementaccedilatildeo adequada do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

priorizaccedilatildeo cliacutenica realizada com seguranccedila efetividade no atendimento agrave sauacutede da

populaccedilatildeo

23 Boas Praacuteticas

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (ACCR) no HBDF

188 Durante a fiscalizaccedilatildeo foi possiacutevel verificar o elevado grau de implementaccedilatildeo do

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 50: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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ACCR na Emergecircncia do Hospital de Base do Distrito Federal O desempenho do

hospital em relaccedilatildeo agrave classificaccedilatildeo dos pacientes indica elevado grau de maturidade no

processo que deve ser utilizado como paradigma para as demais unidades hospitalares

do Distrito Federal

189 Nesse sentido foi identificada a realizaccedilatildeo de reuniotildees na Gerecircncia de

Emergecircncia para discussatildeo das informaccedilotildees enviadas durante esta fiscalizaccedilatildeo

inclusive procurando os auditores para esclarecimentos A postura da equipe do HBDF

demonstra o comprometimento com o serviccedilo puacuteblico assim como com a Classificaccedilatildeo

de Risco o atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias e especialmente com a

populaccedilatildeo

190 A seguir graacutefico indicativo demonstrando o volume de pacientes atendidos no

HBDF que realizaram a devida priorizaccedilatildeo cliacutenica Os dados apontam que quase 90

dos pacientes satildeo submetidos ao procedimento de classificaccedilatildeo

Graacutefico 11 Paciente classificados no HBDF

Fonte PT_11

191 As accedilotildees desenvolvidas pelo HBDF constituem boa praacutetica principalmente na

medida em que englobam as atividades de planejamento monitoramento e avaliaccedilatildeo

operacionais contribuindo assim para o aprimoramento dos serviccedilos de atendimento aos

pacientes na Classificaccedilatildeo de Risco

192 Nesse contexto entende-se que a SES pode-se utilizar das boas praacuteticas

adotadas pelo HBDF como apoio agraves medidas a serem adotadas em toda a rede de

sauacutede Para tanto apresentam-se as seguintes proposiccedilotildees

I Recomendar agrave SESDF que

862

846

873881 8821

8561

8771 8792

Janeiro Fevereiro Marccedilo Abril Maio Junho Julho Agosto

P

acie

nte

s

Mecircs

Evoluccedilatildeo de Pacientes Classificados

HBDF

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 51: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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a) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco

do Hospital de Base do DF

b) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeo

do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de

atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo por base as

medidas adotadas pelo HRAN

3 Conclusatildeo

193 A presente auditoria teve como objetivo avaliar a implementaccedilatildeo do Acolhimento

com Classificaccedilatildeo de Risco nas unidades de Atendimento agraves Urgecircncias e Emergecircncias

na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

194 A metodologia adotada nesta fiscalizaccedilatildeo concentrou-se na atuaccedilatildeo

concomitante por meio de visitas mensais agraves unidades hospitalares em conjunto com o

exame de relatoacuterios emitidos pelo sistema TRAKCARE Esse procedimento de fiscalizaccedilatildeo

permitiu que a SES implementasse medidas no decorrer da realizaccedilatildeo dos trabalhos o

que resultou em melhorias nos resultados observados em algumas unidades

hospitalares

195 Durante a fiscalizaccedilatildeo foram obtidas evidecircncias para os seguintes achados

Baixo niacutevel de implementaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo

Manchester Ausecircncia de controle e baixa confiabilidade dos dados provenientes da

Classificaccedilatildeo de Risco pelo Protocolo Manchester Intempestividade na realizaccedilatildeo da

Classificaccedilatildeo de Risco Intempestividade no atendimento aos usuaacuterios e Natildeo realizaccedilatildeo

de Auditorias Interna e Externa no Sistema Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco

196 Em resposta ao Relatoacuterio Preacutevio da Auditoria a SES enviou informaccedilotildees

parciais e solicitou prorrogaccedilatildeo de prazo cujo pedido foi indeferido por meio da Decisatildeo

nordm 392017 As informaccedilotildees parciais encaminhadas foram insuficientes para desconstituir

os achados da auditoria

197 Os exames demonstraram que a SES ainda natildeo implementou integralmente o

Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco no atendimento da Rede de Atenccedilatildeo agraves

Urgecircncias e Emergecircncias Os prazos para atendimento previstos no Protocolo

Manchester ainda natildeo estatildeo sendo cumpridos Aleacutem disso as informaccedilotildees obtidas nos

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sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

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e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

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unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

Documento assinado digitalmente Para verificar as assinaturas acesse wwwtcdfgovbrautenticidade e informe o edoc B3CC6575

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Page 52: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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52

sistemas informatizados da Secretaria natildeo satildeo confiaacuteveis devido tanto a restriccedilotildees do

software quanto a falhas ou intempestividade na alimentaccedilatildeo das informaccedilotildees Por fim

o Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco necessita ser submetido a auditorias

interna e externa para possibilitar o seu contiacutenuo aperfeiccediloamento

198 Apesar das boas praacuteticas implementadas no decorrer da fiscalizaccedilatildeo por

algumas unidades hospitalares da SES entende-se necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas

com vistas ao aperfeiccediloamento do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco de modo a

atender o Protocolo Manchester em toda a Rede Puacuteblica de Sauacutede

4 Proposiccedilotildees

199 Ante o exposto sugere-se ao Plenaacuterio

I tomar conhecimento do presente Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios

20502016 GABHBDFSESDF (e-DOC A81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash

SRSNOSESDF (e-DOC B89AE058-c Peccedila 206) 29452016 ndash GABSES

26122016 (e-DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSES de 03022017

(e-DOC 969Aa7028-c Peccedila 215)

II determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da

Portaria SES 692014 (Achado 1)

b) realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com

Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e

Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 1 e 3)

c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do

Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a

avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1)

d) adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no

atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester

de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo

amarela laranja e vermelha (Achado 4)

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

53

e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias

interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco

conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo

Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014

(Achado 5)

III recomendar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que

a) adote medidas com vistas a adequar a estrutura de recursos humanos a

fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco natildeo dependa

exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados

1 3 e 4)

b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia e

emergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de

dados para controle e planejamento da atividade (Achado1)

c) estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo

possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 1)

d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de

Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e

fidedignas no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE

(Achado 2)

e) implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos

usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes

ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de

recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico

(Achado 2)

f) oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva

dos dados no sistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE

inclusive os relativos ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco

(Achado 2)

g) adote medidas a fim de disseminar na Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito

Federal as Boas Praacuteticas implementadas nos procedimentos de

Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do DF (Boas Praacuteticas)

h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na

realizaccedilatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

55

ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 54: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE AUDITORIA SEGUNDA DIVISAtildeO DE AUDITORIA

54

unidades de atendimento da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia do DF tendo

por base as medidas adotadas pelo HRAN (Boas Praacuteticas)

IV recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF que em

conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada para

acolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que

visem melhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a

Portaria SES 692014 (Achado 3)

V determinar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede que no prazo de 90 dias elabore e

encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildees

constantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo

do item ldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de

procedimentos que seratildeo executados constando prazo e a unidadesetor

responsaacutevel pela implementaccedilatildeo conforme modelo apresentado no Anexo I do

presente Relatoacuterio de Auditoria

VI encaminhar coacutepias do Relatoacuterio de Auditoria do RelatoacuterioVoto do Relator e da

Decisatildeo que vier agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF

e agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo de medidas

VII autorizar o retorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Brasiacutelia (DF) 20 de fevereiro de 2017

Tarsila Firmino ETramontin Batista

Renata Yuco Kanemoto

Auditora de Controle Externo ndash 1445-7

Auditora de Controle Externo ndash 1625-6

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

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Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Page 55: Acolhimento com Classificação de Risco nas Urgências e ... · Classificação de Risco nas funções de: Classificador, Auditor Interno e Multiplicador; instituir indicadores que

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ANEXO I - PLANO DE ACcedilAtildeO

Determinaccedilotildees e Recomendaccedilotildees do TCDF (Itens da Decisatildeo)

Medidas a serem adotadas para

cumprimento das proposiccedilotildees

(Accedilotildees)

Data prevista para a

implementaccedilatildeo (ddmmaaaa)

UnidadeSetor responsaacutevel

pela implementaccedilatildeo

Defina unidade administrativa responsaacutevel pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 01)

1)

2)

Realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nas funccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES 692014 (Achados 01 e 03)

1)

2)

Institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeo do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 01)

1)

2)

Adote indicadores que permitam acompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeo amarela laranja e vermelha (Achado 04)

1)

2)

Adote procedimentos com o objetivo de viabilizar a realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeo de Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco e art 3ordm da Portaria SES nordm 692014 (Achado 05)

1)

2)

Estabeleccedila protocolo padratildeo para o referenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado 01)

1)

2)

Regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia e Emergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistema informatizado de administraccedilatildeo hospitalar (Achado 02)

1)

2)

Implemente procedimentos de verificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante a informaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais como horaacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 02)

1)

2)

Campos a serem preenchidos pelo jurisdicionado

e-DOC B3CC6575-eProc 17782016

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SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

Documento assinado digitalmente Para verificar as assinaturas acesse wwwtcdfgovbrautenticidade e informe o edoc 3A2FEBBE

Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

SALA DAS SESSOtildeES 04 de Abril de 2017

Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DAS SESSOtildeES

Sessatildeo Ordinaacuteria Nordm 4942 de 04042017

TCDFSecretaria das SessotildeesFolhaProcesso 17782016-eRubrica

PROCESSO Nordm 17782016-e

RELATOR CONSELHEIRO MANOEL PAULO DE ANDRADE NETO

EMENTA Auditoria Operacional realizada para avaliar a implementaccedilatildeo utilizaccedilatildeo etempestividade do acolhimento com classificaccedilatildeo de risco nas Unidades de Atendimento agravesUrgecircncias e Emergecircncias da Rede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal

DECISAtildeO Nordm 14962017

O Tribunal por unanimidade de acordo com o voto do Relator decidiu I ndash tomarconhecimento do Relatoacuterio de Auditoria e dos Ofiacutecios 20502016 GABHBDFSESDF (e-DOCA81C1155-c Peccedila 204) 702016 ndash SRSNOSESDF (e DOC B89AE058-c Peccedila 206)29452016 ndash GABSES 26122016 (e DOC 7651C1F0-c Peccedila 207) e 2412017 ndash GABSESde 03022017 (e DOC 969Aa7028-c Peccedila 215) II ndash determinar agrave Secretaria de Estado deSauacutede do Distrito Federal que a) defina unidade administrativa responsaacutevel pela PoliacuteticaNacional de Humanizaccedilatildeo em especial no tocante agrave gestatildeo do Acolhimento comClassificaccedilatildeo de Risco promovendo a atualizaccedilatildeo da Portaria SES 692014 (Achado 1) b)realize capacitaccedilatildeo dos recursos humanos para o Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco nasfunccedilotildees de Classificador Auditor Interno e Multiplicador conforme dispotildee a Portaria SES692014 (Achados 1 e 3) c) institua indicadores para o acompanhamento da implementaccedilatildeodo Protocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco de modo a permitir a avaliaccedilatildeo daeficaacutecia de implementaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica (Achado 1) d) adote indicadores que permitamacompanhar a tempestividade no atendimento aos usuaacuterios classificados por meio doProtocolo Manchester de Classificaccedilatildeo de Risco em especial aqueles com classificaccedilatildeoamarela laranja e vermelha (Achado 4) e) adote procedimentos com o objetivo de viabilizara realizaccedilatildeo de auditorias interna e externa na implementaccedilatildeo do Sistema de Classificaccedilatildeode Risco conforme preconizado nos itens 2 e 3 do Capiacutetulo 8 do Protocolo Manchester deClassificaccedilatildeo de Risco e no art 3ordm da Portaria SES 692014 (Achado 5) III ndash recomendar agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que a) adote medidas com vistas aadequar a estrutura de recursos humanos a fim de que o Acolhimento com Classificaccedilatildeo deRisco natildeo dependa exclusivamente da disponibilidade de horas extras de servidores (Achados1 3 e 4) b) adote medidas para que os pacientes que procuram a rede de urgecircncia eemergecircncia sejam efetivamente registrados permitindo o fornecimento de dados paracontrole e planejamento da atividade (Achado1) c) estabeleccedila protocolo padratildeo para oreferenciamento de pacientes que natildeo possam ser atendidos na unidade demandada (Achado1) d) regulamente a sistemaacutetica de inserccedilatildeo de dados dos usuaacuterios da Rede de Urgecircncia eEmergecircncia de modo a garantir informaccedilotildees completas e fidedignas no sistemainformatizado de gestatildeo hospitalar - TRAKCARE (Achado 2) e) implemente procedimentos deverificaccedilatildeo da adequaccedilatildeo dos registros dos usuaacuterios atendidos particularmente no tocante ainformaccedilotildees referentes ao Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco ndash ACCR tais comohoraacuterio de recepccedilatildeo de classificaccedilatildeo do paciente e de atendimento meacutedico (Achado 2) f)oriente os servidores sobre a necessidade de inserccedilatildeo correta e tempestiva dos dados nosistema informatizado de gestatildeo hospitalar ndash TRAKCARE inclusive os relativos aoAcolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco (Achado 2) g) adote medidas a fim de disseminar naRede Puacuteblica de Sauacutede do Distrito Federal as Boas Praacuteticas implementadas nosprocedimentos de Classificaccedilatildeo de Risco do Hospital de Base do Distrito Federal (Boas

e-DOC 3A2FEBBE-eProc 17782016-e

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

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Joseacute Valfrido da SilvaSecretaacuterio das Sessotildees

Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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Praacuteticas) h) promova estudos para levantamento de oportunidades de melhoria na realizaccedilatildeodo Acolhimento com Classificaccedilatildeo de Risco em todas as unidades de atendimento da Rede deUrgecircncia e Emergecircncia do Distrito Federal tendo por base as medidas adotadas pelo HRAN(Boas Praacuteticas) IV ndash recomendar agraves Superintendecircncias Regionais de Sauacutede da SESDF queem conjunto com as Diretorias Hospitalares revejam a sistemaacutetica implantada paraacolhimento e classificaccedilatildeo de risco dos pacientes buscando adotar medidas que visemmelhorar a eficaacutecia da atividade bem como atender a Portaria SES 692014 (Achado 3) V ndashdeterminar agrave Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal que no prazo de 90 diaselabore e encaminhe ao Tribunal plano de accedilatildeo para implementaccedilatildeo das determinaccedilotildeesconstantes do item ldquoIIrdquo e das recomendaccedilotildees constantes das aliacuteneas ldquocrdquo ldquodrdquo e ldquoerdquo do itemldquoIIIrdquo contendo cronograma completo de accedilotildees bem como a sequecircncia de procedimentos queseratildeo executados constando prazo e a unidadesetor responsaacutevel pela implementaccedilatildeoconforme modelo apresentado no Anexo I do Relatoacuterio de Auditoria em exame VI ndashencaminhar coacutepia do Relatoacuterio de Auditoria do relatoacuteriovoto do Relator e desta decisatildeo agraveSecretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal ndash SESDF e agraves SuperintendecircnciasRegionais de Sauacutede da SESDF para adoccedilatildeo das medidas decorrentes VII ndash autorizar oretorno dos autos agrave SEAUD para as demais providecircncias

Presidiu a sessatildeo a Presidente Conselheira ANILCEacuteIA MACHADO Votaram os ConselheirosMANOEL DE ANDRADE INAacuteCIO MAGALHAtildeES FILHO PAULO TADEU PAIVA MARTINS eMAacuteRCIO MICHEL Participou a representante do MPjTCDF Procuradora MAacuteRCIAFERREIRA CUNHA FARIAS Ausente o Conselheiro RENATO RAINHA

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Anilceacuteia Luzia MachadoPresidente

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