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Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., Curitiba, v. 8, n. 2, p. 191-203, abr./jun. 2010 ISSN 0103-989X Licenciado sob uma Licença Creative Commons [T] Proposta de melhoria de aterro de resíduos sólidos urbanos para um pequeno município [I] Proposal for improvement of urban solid waste landll for a small municipality [A] André Franco Guerra [a] , Carlos Magno de Sousa Vidal [b] , Jeanette Beber de Souza [c] [a] Engenheiro ambiental pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected] [b] Biólogo, professor Doutor do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected] [c] Engenheira Civil, professora Doutora do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected] [R] Resumo O objetivo do presente trabalho foi realizar um diagnóstico do aterro de disposição de resíduos do município de Taquarituba, SP, empregando metodologia que avalia o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), levando-se em consideração as características do local, a infraestrutura implantada e as condições operacionais. O resultado obtido para IQR foi de 4,46, o que indicou condições inadequadas para o aterro. Baseado no resultado da avaliação e considerando os escassos recursos nanceiros do município, foram propostas soluções para enquadrar a área como aterro sanitário. Como método de operação, foram propostas grandes trincheiras, com utilização do próprio solo local para recobrimento diário dos resíduos, e impermeabilização das trincheiras. Além disso, foram projetados sistemas de drenagem e recirculação de lixiviados, drenagem de águas pluviais, drenagem de gases através de dutos construídos com pneus inservíveis, e estruturas de controle como cercas e guarita. As medidas propostas apresentaram simplicidade construtiva e operacional com o objetivo de atender à realidade nanceira da prefeitura municipal e concomitantemente proporcionar melhoria da qualidade ambiental. Após a proposta de melhoria, o novo IQR do aterro foi de 9,60, o que enquadrou a área como aterro sanitário e possibilitou aumentar sua vida útil de 4 para 8,8 anos. [P] Palavras-chave: Resíduos sólidos urbanos. Gerenciamento de resíduos sólidos. Aterro sanitário.

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trabalho muito bom de alguem

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  • Rev. Acad., Cinc. Agrr. Ambient., Curitiba, v. 8, n. 2, p. 191-203, abr./jun. 2010

    ISSN 0103-989XLicenciado sob uma Licena Creative Commons

    [T]

    Proposta de melhoria de aterro de resduos slidos urbanos para um pequeno municpio

    [I]

    Proposal for improvement of urban solid waste landfi ll for a small municipality

    [A]Andr Franco Guerra[a], Carlos Magno de Sousa Vidal[b], Jeanette Beber de Souza[c]

    [a] Engenheiro ambiental pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected]

    [b] Bilogo, professor Doutor do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected]

    [c] Engenheira Civil, professora Doutora do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR - Brasil, e-mail: [email protected]

    [R]Resumo

    O objetivo do presente trabalho foi realizar um diagnstico do aterro de disposio de resduos do municpio de Taquarituba, SP, empregando metodologia que avalia o ndice de Qualidade de Aterro de Resduos (IQR), levando-se em considerao as caractersticas do local, a infraestrutura implantada e as condies operacionais. O resultado obtido para IQR foi de 4,46, o que indicou condies inadequadas para o aterro. Baseado no resultado da avaliao e considerando os escassos recursos fi nanceiros do municpio, foram propostas solues para enquadrar a rea como aterro sanitrio. Como mtodo de operao, foram propostas grandes trincheiras, com utilizao do prprio solo local para recobrimento dirio dos resduos, e impermeabilizao das trincheiras. Alm disso, foram projetados sistemas de drenagem e recirculao de lixiviados, drenagem de guas pluviais, drenagem de gases atravs de dutos construdos com pneus inservveis, e estruturas de controle como cercas e guarita. As medidas propostas apresentaram simplicidade construtiva e operacional com o objetivo de atender realidade fi nanceira da prefeitura municipal e concomitantemente proporcionar melhoria da qualidade ambiental. Aps a proposta de melhoria, o novo IQR do aterro foi de 9,60, o que enquadrou a rea como aterro sanitrio e possibilitou aumentar sua vida til de 4 para 8,8 anos.[P]Palavras-chave: Resduos slidos urbanos. Gerenciamento de resduos slidos. Aterro sanitrio.

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    GUERRA, A. F.; VIDAL, C. M. de S.; SOUZA, J. B. de.192[B]Abstract

    The objective of this work was to accomplish a diagnosis in the landfi ll about solid waste disposal in Taquarituba, SP, applying a methodology to evaluate the Solids Waste Quality Indicator (IQR), taking into account the local characteristics, the infrastructure and the operational conditions. The result obtained for IQR was 4.46, what showed non-proper conditions for the landfi ll. Based on the evaluation result and considering the low fi nancial resources of the city, solutions were proposed to frame the area as sanitary landfi ll. As an operational method, large trenches were proposed, using the soil itself for covering solid waste daily and waterproofi ng the trenches. Besides, drainage systems and lixiviated recirculation were projected, drainage of pluvial water, drainage of gases through ducts built with useless tires and control structures as fences and watch tower. The proposed steps presented constructive and operational simplicity with the objective of assisting the fi nancial reality of the city hall and concomitantly provide improvement of environmental quality. After the improvement proposal the new IQR was of 9.60, which framed the area as sanitary landfi ll and it facilitated the increase of its useful life from 4 to 8.8 years.[K]Keywords: Urban solid waste. Solid waste management. Sanitary landfi ll.

    Introduo

    Dentre as alternativas mais utilizadas para a disposio dos resduos slidos urbanos (RSU) esto disposio, a cu aberto, o aterro controlado e o sanitrio, sendo este ltimo considerado o mais adequado.

    Na Norma Tcnica Brasileira NBR 8849 (ABNT, 1985) esto fi xadas as condies mnimas exigidas para a apresentao de projetos de aterros controlados de resduos slidos urbanos. Segundo essa norma, a execuo de um aterro controlado adota algumas precaues tecnolgicas, como sistema de drenagem de guas pluviais, recobrimento dos resduos com argila, dispositivo de isolamento da rea e outras medidas que aumentam a segurana do local, mas que no so totalmente ideais.

    Na Norma Tcnica Brasileira NBR 8419 (ABNT, 1992, p. 1) esto fi xadas as condies mnimas exigidas para a apresentao de projetos de aterros sanitrios de resduos slidos urbanos. Segundo essa norma,

    os resduos so dispostos no solo sem causar danos sade pblica, bem como segurana da populao, minimizando os impactos ambientais. O aterro sanitrio utiliza princpios de engenharia para confi nar os resduos slidos menor rea possvel e reduzi-los ao menor volume permissvel, cobrindo-os com uma camada de terra na concluso de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessrio.

    Essa tcnica apresenta dispositivos como: sistema de drenagem perifrica e superfi cial de guas pluviais, sistema de drenagem e tratamento de percolado, e de drenagem de gases produzidos no processo de degradao da matria orgnica, entre outros.

    De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT, 2000), a contnua avaliao das formas de tratamento e disposio fi nal dos resduos de um municpio uma atividade fundamental e de competncia dos rgos pblicos municipais, que, se no for realizada, compromete em maior ou menor grau os compartimen-tos ambientais, muitas vezes tornando em verdadeiros lixes reas originalmente projetadas para servir como aterros sanitrios. Para a defi nio dos procedimentos mais adequados a serem tomados deve-se primeiramente realizar um diagnstico da situao atual do municpio, pois a partir dessa avaliao que se tornam conhecidas as condies favorveis e desfavorveis existentes, o que permite priorizar as medidas eventualmente necessrias.

    Ainda de acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnolgicas/Compromisso Empresarial para Reciclagem (IPT/CEMPRE, 2000, p. 257), a adequao de aterro existente trata-se de um processo que visa o aperfeioamento progressivo de rea de disposio de lixo, habilitando-a condio mais prxima possvel das de um aterro sanitrio, ao longo de toda sua vida til.

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    O aterro de disposio de resduos do municpio de Taquarituba, localizado a 320 km de So Paulo, era classifi cado como controlado e possua Licena de Operao (LO); no entanto, sua incorreta operao acarretou srias presses da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de So Paulo (Cetesb), que exigiu dos gestores pblicos do municpio a adequao em relao forma e ao local de dispo-sio fi nal dos resduos slidos at ento praticada. Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar o diagnstico ambiental do referido aterro e propor medidas de adequao deste.

    Materiais e mtodos Caracterizao da rea de estudo

    A disposio dos RSU de Taquarituba realizada em uma propriedade da prefeitura, que conta com rea de 4,43 ha, situada no bairro Queimado, distante cerca de 9 km do centro da cidade. A rea est localizada na zona rural e faz divisa com pequenas chcaras e stios. A regio no possui legislao municipal especfi ca de uso do solo. A bacia de drenagem da localidade no a mesma que a do manancial de abasteci-mento de gua da cidade. O acesso ao local feito pela estrada vicinal Orvalino Marcelino da Costa, que liga Taquarituba a w, com asfalto de boa trafegabilidade.

    Avaliao e diagnstico do aterro de Taquarituba

    Foram realizadas visitas tcnicas rotineiras rea de estudo no ano de 2006 para averiguao da situao in loco, bem como a coleta dos dados referentes ao tipo de solo, profundidade do lenol fretico, dados geotcnicos, distncia de corpos dgua e de conjuntos habitacionais. A coleta dos dados foi feita em documentos com a prefeitura e com outros rgos municipais responsveis (PMT, 2006).

    Para realizao do diagnstico do aterro foi empregada a metodologia proposta pela CETESB (1998), que permite calcular o ndice de Qualidade de Aterros de Resduos (IQR), mediante uso de um roteiro, na forma de checklist, que aborda 41 parmetros de verifi cao pontuados de acordo com uma escala de valores envolvendo as caractersticas do local, a infraestrutura implantada e as condies operacionais. De acordo com a pontuao obtida (que varia de 0 a 10), a condio do local de disposio pode ser avaliada e classifi cada como adequada, controlada ou inadequada.

    Dentre as limitaes da metodologia empregada, pode-se citar o fato de que esta uma ferramenta susceptvel ao julgamento do tcnico avaliador (CETESB, 2006). Alm disso, de acordo com Cunha e Silva (2007), o atual ndice no contempla os instrumentos de avaliao ambiental que incluem a questo dos meca-nismos facilitadores para a viabilizao do aproveitamento do biogs, bem como de mecanismos de gesto ambiental relacionados s normas de srie ISO 14000.

    Para obteno do valor do IQR foi utilizada a equao 1:

    IQR = (SUB1+ SUB2 + SUB3) 13 (1)

    Em que SUB1 a somatria de questes referentes s caractersticas do local; SUB2 o conjunto de questes referentes infraestrutura; e SUB3, s condies operacionais do aterro. Se o IQR for menor que 6 signifi ca que as condies do aterro so inadequadas, se estiver entre 6 e 8 signifi ca que as condies so controladas, e se estiver entre 8 e 10 signifi ca que as condies do aterro so adequadas.

    Aps a avaliao e classifi cao do aterro, identifi caram-se quais aspectos necessitavam ser melho-rados visando a enquadr-lo como aterro sanitrio.

    Para elaborao da proposta de melhoria do aterro adotou-se como referncia os autores Barros, Tavares e Barros (2004), Bidone e Povinelli (1999), Castilhos Jnior (2003) e Jaramillo (1991), bem como o manual do IPT/CEMPRE (2000).

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    Progresso populacional e produo de lixo

    Para estimar o incremento populacional at o ano de 2015 (trmino da vida til do aterro), foram empregadas as formulaes de progresso geomtrica (equaes 2 e 3) apresentadas por Sperling (2005).

    (2)

    Pt = P0 e Kg.(t t0) (3)

    Em que:Kg = coefi cienteP0 = populao urbana no ano de 1991 (populao do antepenltimo censo)P2 = populao urbana no ano de 2004 (populao do ltimo censo)t0 = ano de 1991t2 = ano de 2004

    Os dados referentes ao nmero de habitantes que o municpio de Taquarituba possua nos ltimos censos demogrfi cos do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatstica (IBGE, 2002) foram obtidos em docu-mentos da prefeitura municipal.

    Para avaliao da produo de lixo foram realizadas pesagens consecutivas dos caminhes de coleta de lixo para obteno da mdia produzida diariamente, a qual foi dividida pela populao atual, obtendo-se a quantidade mdia gerada por habitante. Este valor unitrio foi multiplicado pelo nmero de habitantes de cada ano (at 2015) e assim se obteve a produo anual de lixo.

    Resultados e discusso

    Avaliao do aterro do municpio de Taquarituba

    Os resultados da avaliao do aterro so apresentados na Tabela 1.

    Tabela 1 - Resultados da avaliao do aterro e clculo do IQR

    Caractersticas do local infraestrutura implantada condies operacionais

    Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso

    Capacidade de suporte do solo

    Adequada 5 Cercamento da rea

    No 0 Aspecto Geral Ruim 0

    Proximidade de ncleosHabitacionais

    Longe > 500 m

    5 Portaria/Guarita No 0 Ocorrncia de lixo descoberto

    Sim 0

    Proximidade de corpos dgua

    Longe > 200 m

    3 Impermeabiliza-o de base do aterro

    No 0 Recobrimento do lixo

    Inadequado 1

    (continua)

    K gg = t2 t0

    lnP2 lnP0

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    Tabela 1 - Resultados da avaliao do aterro e clculo do IQR

    Caractersticas do local infraestrutura implantada condies operacionais

    Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso

    Profundidade do lenol fretico

    > 3 m 4 Drenagem de chorume

    Inexistente 0 Presena de urubus ou gaivotas

    Sim 0

    Permeabilidade do solo

    Baixa 5 Drenagem de guas pluviais (defi nitiva)

    Inexistente 0 Presena de moscas em grande quantidade

    Sim 0

    Disponibilidade de material para recobrimento

    Sufi ciente 4 Drenagem de guas pluviais (provisria)

    Inexistente 0 Presena de catadores

    No 3

    Qualidade do material para recobrimento

    Boa 2 Trator de esteira ou compatvel

    Permanente 5 Criao de animais (porcos, bois, etc.)

    No 4

    Condies do sistema virio, trnsito e acesso

    Boas 3 Outros equipamentos, trnsito e acesso

    Sim 1 Descarga de resduos de servios de sade

    No 3

    Isolamento visual da vizinhana

    Ruim 0 Sistema de tratamento de chorume

    Insuf./Inexist.

    0 Descarga de resduos industriais

    No/Adeq. 4

    Legalizao da localizao

    Local permitido

    5 Acesso frente de trabalho

    Ruim 0 Funcionamento da drenagem pluvial defi nitiva

    Inexistente 0

    Vigilantes No 0 Funcionamento da drenagem pluvial provisria

    Inexistente 0

    Sistema de drenagem gases

    Inexistente 0 Funcionamento da drenagem de chorume

    Inexistente 0

    Controle do recebimento de cargas

    No 0 Funcionamento do sistema de tratamento de chorume

    Inexistente 0

    Monitorizao de guas subterrneas

    Inexistente 0 Funcionamento do sistema de monitorizao das guas subterrneas

    Inexistente 0

    Atendimento a estipulaes de projeto

    Parcialmente 1 Efi cincia da equipe de vigilncia

    Ruim 0

    (continua)

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    Com a obteno dos subtotais 1, 2 e 3, foi possvel a resoluo da equao 1. O valor determinado para o IQR do aterro de disposio de resduos de Taquarituba foi de 4,46, o que indicou condies inadequadas.

    Em relao s caractersticas do local, foram identifi cados problemas com o isolamento visual da vizinhana. Quanto infraestrutura, observou-se a falta de cercamento da rea com portaria e vigilantes para o controle do recebimento de cargas. Alm disso, o local no possua drenagem e tratamento de chorume, drenagem de gases, drenagem de guas pluviais, impermeabilizao do terreno e monitoramento das guas subterrneas.

    Em relao s condies operacionais, o lixo no recebia recobrimento adequado, conforme pre-conizado pela NBR 8419 (ABNT, 1992), e fi cava descoberto em mdia por uma semana, o que permitia a presena demasiada de insetos e demais vetores.

    Projeto de adequao do aterro

    Na Tabela 2 so apresentados os resultados da progresso populacional at o ano de 2015 e a respec-tiva produo de resduos slidos nesse perodo, levando em considerao que a populao atual do municpio abrangida pela coleta de 21.395 habitantes, e que so recolhidos em mdia 9.400 kg/dia. A cota per capita calculada foi de 0,44 kg/hab./dia.

    Tabela 1 - Resultados da avaliao do aterro e clculo do IQR

    Caractersticas do local infraestrutura implantada condies operacionais

    Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso Subitem Avaliao Peso

    Manuteno dos acessos internos

    Regular 1

    SUB 1 36

    SUB 2 7

    SUB 3 15

    (concluso)

    Tabela 2 - Volume de resduos a ser aterrado anualmente at 2015

    AnoPopulao

    Urbana (hab.)

    Cota per capita

    (kg/hab./dia)

    Volumede resduo(m/dia)

    Material decobertura

    (%)

    Volumeaterrado/ano (m)

    Somatriaocupao

    (m)

    2006 21.395 0,44 13,45 20 5890,35 0

    2007 22.100 0,44 13,89 20 6084,44 6084,44

    2008 22.828 0,44 14,35 20 6284,87 12369,32

    2009 23.580 0,44 14,82 20 6491,91 18861,23

    2010 24.356 0,44 15,31 20 6705,55 25566,78

    2011 25.158 0,44 15,81 20 6926,35 32493,14

    2012 25.987 0,44 16,33 20 7154,59 39647,73

    (continua)

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    Mtodo de operao e dimensionamento das trincheiras

    Pelo fato do terreno ser levemente inclinado e pela produo diria de lixo ser menor que 10 tonela-das, adotou-se o mtodo de grandes trincheiras (BIDONE; POVINELLI, 1999). Dessa forma, o caminho de lixo pode ingressar no interior das trincheiras e depositar os resduos contra as paredes da destas, ou da clula anterior, recebendo compactao e recobrimento dirio com o prprio material de escavao.

    As dimenses das trincheiras foram estabelecidas acompanhando as caractersticas do terreno. Foi adotado um formato trapezoidal de taludes 1:1, com Profundidade (P) de 4 m, que o mximo recomendado por Bidone e Povinelli (1999). A segurana em adotar profundidade de 4 m levou em considerao a profun-didade do lenol fretico em relao superfcie do terreno, que neste caso de 8 m.

    Estabeleceu-se a Largura do Topo da Trincheira (LT) de 48 m, a Largura da Base (LB) de 40 m, e como o terreno possui irregularidades, os comprimentos (CT e CB) apresentaram-se variados. O esquema proposto para as trincheiras est representado na Figura 1.

    (concluso)Tabela 2 - Volume de resduos a ser aterrado anualmente at 2015

    AnoPopulao

    Urbana (hab.)

    Cota per capita

    (kg/hab./dia)

    Volumede resduo(m/dia)

    Material decobertura

    (%)

    Volumeaterrado/ano (m)

    Somatriaocupao

    (m)

    2013 26.842 0,44 16,87 20 7389,98 47037,72

    2014 27.726 0,44 17,43 20 7633,36 54671,08

    2015 28.639 0,44 18 20 7884,72 62555,81

    LT

    captao pluvialcobertura da trincheira

    talude 1:1

    N.A

    drenagem de chorume

    R.S.U.A A

    LB

    CB PCT

    Figura 1 - Trincheira em planta em corte A-A

    A determinao da capacidade volumtrica da trincheira depende da densidade dos resduos, que por sua vez varia de acordo com a tcnica de compactao destes. Quando a compactao realizada de forma manual, a densidade dos resduos recm-compactados varia de 400 a 500 kg/m (JARAMILLO,

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    GUERRA, A. F.; VIDAL, C. M. de S.; SOUZA, J. B. de.198

    1991). Neste caso, foi adotada compactao mecanizada, portanto, a densidade considerada foi de 700 kg/m (BIDONE; POVINELLI, 1999).

    Alm disso, recomendado o recobrimento dirio dos resduos com 10 cm a 20 cm de solo local, o que corresponde a aproximadamente 20% do volume de resduos aterrados (BIDONE; POVINELLI,1999). Com esses dados, foi calculado o volume da ocupao anual do aterro, bem como a somatria desta ocupao (Tabela 2).

    A partir dos clculos, oito trincheiras foram distribudas no terreno, sendo que ao total as mesmas possuem capacidade para receber 61.852 m de resduos. Com o incio da operao ocorrido em janeiro de 2007, esta perpetuar praticamente at o fi nal de 2015. Assim, a vida til do aterro est prevista para aproxi-madamente 8,8 anos.

    Vale ressaltar que as medidas propostas no presente trabalho tiveram o objetivo de projetar um aterro sanitrio de forma que atendesse legislao estadual e realidade fi nanceira municipal. Os resultados da avaliao do aterro permitiram a identifi cao dos pontos positivos e dos pontos a melhorar. Portanto, a tima localizao do terreno, o tipo de solo e a profundidade do lenol fretico induziram a proposio de medidas para adequar o aterro existente, sem, no entanto, alterar sua localizao.

    Sistema de impermeabilizao

    A necessidade de impermeabilizao do fundo e das laterais das trincheiras depende da profundidade do lenol fretico e da condutividade hidrulica do solo, ou seja, da potencialidade de infi ltrao de lquidos no solo. Para Castilhos Junior (2003), solos com baixa condutividade hidrulica (< 10-4 cm/s) apresentam maior potencial de serem utilizados como camadas de impermeabilizao.

    Foram realizados estudos geolgico-geotcnicos, com sondagens percusso no solo da rea de infl uncia do aterro (PMT, 2006), e os resultados constataram que a formao geolgica local era de natureza predominantemente argilosa, Formao Teresina, do Grupo Passa Dois, Permiano Superior, constituindo solo/latossolo de cor marrom avermelhado intenso e de textura compacta. O estudo determinou a conduti-vidade hidrulica entre 1,8x10-6 a 2,4x10-6 cm . s-1 e ausncia de gua at a profundidade de 8 m em relao superfcie do terreno.

    Portanto, no foi proposto para as trincheiras impermeabilizao de fundo e de laterais com mem-branas sintticas ou outros materiais, pois as caractersticas geolgicas do solo local atenderam ao requisito mnimo citado por Castilhos Junior (2003), em conformidade com os aspectos legais e normativos. impor-tante salientar a prvia compactao mecanizada da rea de alocao das trincheiras.

    Sistema de cobertura dos RSU

    O sistema de cobertura dos resduos tem as funes de eliminar a proliferao de vetores, diminuir a taxa de formao de lixiviados, reduzir a exalao de odores e impedir a sada descontrolada do biogs (CASTILHOS Jr., 2003). Pela razo da boa qualidade do solo local, o solo da prpria escavao da trin-cheira dever ser depositado e compactado mecanicamente ao fi m de cada jornada de trabalho com uma cobertura de cerca de 10 cm a 20 cm de solo, e para o fechamento da trincheira, devero ser empregados 60 cm de solo.

    Sistema de drenagem superfi cial

    O sistema de drenagem superfi cial tem a funo de evitar a entrada descontrolada de gua nas trin-cheiras, pois a gua pluvial, alm de aumentar o volume de lixiviados, gera eroso, que pode causar a destruio da camada de cobertura e dos taludes.

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    Proposta de melhoria de aterro de resduos slidos urbanos para um pequeno municpio 199

    No dimensionamento dos canais, foram adotadas as recomendaes propostas por Jaramillo (1991). Na Figura 2 est representado o desenho esquemtico do sistema de drenagem de gua pluvial, que apresenta formato trapezoidal, sem revestimento interno, e que tem por objetivo afastar a gua de chuva das trincheiras. O NA representa o nvel da gua.

    Sistema de captao e tratamento de chorume

    Segundo Bidone e Povinelli (1999), o processo de decomposio da matria orgnica que ocorre em aterros sanitrios, predominantemente anaerbio, gera como subproduto da atividade bacteriana o chorume, lquido negro, cido, e malcheiroso. Como este resduo possui elevada carga de demanda bioqumica de oxi-gnio (DBO), necessrio realizar sua coleta e tratamento para evitar a poluio.

    Castilhos Junior (2003), Jaramillo (1991) e Monteiro et al. (2001) apresentam que o formato mais adequado para o sistema de drenagem de chorume do tipo espinha de peixe. Seguindo outras recomen-daes dos mesmos autores, projetou-se a alocao de tubos de concreto no fundo das trincheiras, com formato meia cana de 0,2 m de dimetro. Estes drenos devero ser preenchidos com brita n. 3 e, para que no ocorra colmatao, devero ser cobertos com capim seco.

    Todo o lixiviado coletado ser destinado para uma caixa de acumulao, ou seja, um poo cons-trudo em concreto, cujas dimenses so de 1,5 m de dimetro e 6 m de profundidade. Quando a caixa de acumulao estiver com sua capacidade quase que totalizada, ela dever ser esgotada com auxlio de um caminho limpa fossa e, em seguida, dever ser realizada a recirculao do lixiviado sobre a massa de lixo a ser aterrada.

    A recirculao do chorume um sistema de tratamento alternativo que, segundo Castilhos Junior (2003), possibilita a reduo da carga orgnica e a acelerao da estabilizao do aterro sanitrio. Mas o autor ressalta que este mtodo depende das caractersticas de cada projeto e no pode ser generalizado. Neste caso, a deciso em recircular o lixiviado levou em conta o pequeno volume a ser gerado, bem como as caractersticas de permeabilidade do solo e de profundidade do lenol fretico, o que tecnicamente possibilitou a escolha desse mtodo alternativo e aboliu a instalao de um sistema para tratamento dos lixiviados. Aliado a isso, o fator econmico e operacional das alternativas de tratamento propostas foram relevantes.

    Figura 2 - Detalhe da seo transversal do canal trapezoidal

    grama

    N.A.

    15 cm 15 cm20 cm

    20 c

    m

  • Rev. Acad., Cinc. Agrr. Ambient., Curitiba, v. 8, n. 2, p. 191-203, abr./jun. 2010

    GUERRA, A. F.; VIDAL, C. M. de S.; SOUZA, J. B. de.200

    Sistema de captao de gases

    Os gases, principalmente metano e dixido de carbono, so formados dentro das trincheiras pela degradao da matria orgnica. Embora a gerao desses gases seja relativamente baixa em pequenos siste-mas de aterramento de resduos, sua drenagem deve ser realizada. Esta medida se faz necessria para evitar bolses de gs dentro das trincheiras, que podem causar incndios locais, alm de ocupar rea dos resduos.

    Bidone e Povinelli (1999) propem que a drenagem vertical dos gases seja realizada pela superposio de tubos de concreto, com dimetro variando de 0,20 m a 1,00 m, e revestidos com brita n. 2.

    A observao da grande quantidade de pneus descartados no aterro, que muitas vezes eram queima-dos no local, alm do conhecimento a respeito dos escassos recursos fi nanceiros da prefeitura do municpio, permitiu a proposio de uma soluo alternativa que fosse tcnica, econmica e ambientalmente adequada para o sistema de drenagem dos gases gerados e para o descarte inadequado de pneus no aterro.

    A alternativa proposta utiliza pneus de caminho perfurados e sobrepostos uns aos outros de forma a constituir uma rede vertical de drenagem de gases. Os pneus devero ser preenchidos com brita n. 2 (Figura 3). A distncia recomendada por Bidone e Povinelli (1999) entre um dreno e outro varia de 30 m a 50 m; dessa forma, dimensionou-se um dreno para cada trincheira.

    Pneus perfurados Pedra britan. 2

    Vista frontal Vista superior

    Figura 3 - Sistema de drenagem de gases

    Estruturas de controle

    Para que um aterro sanitrio mantenha um bom padro de funcionamento, preciso haver estruturas de controle e proteo. Com o intuito de impedir a entrada de pessoas e animais na zona do aterro, como tambm evitar que papis, plsticos e outros detritos sejam carregados pelo vento, recomendou-se a instalao de cercas de postes de concreto de 2,20 m de altura com 12 fi os de arame farpado e um porto de entrada.

    Projetou-se tambm uma portaria, com a guarita em uma parte e, ao lado, mas no mesmo prdio, a garagem para o maquinrio e as ferramentas utilizadas na operao. Segundo Bidone e Povinelli (1999), esta estrutura de suma importncia, pois controla a entrada e sada de veculos na rea do aterro, bem como o tipo de material que est sendo aterrado, evitando prejuzos ao andamento das obras.

    Para melhor isolamento visual e de odores desagradveis, recomendou-se barreira vegetal em paralelo com as cercas de postes. Mudas de rvores nativas da regio devero ser plantadas com espaamento de 3 m entre si e intercaladas por arbustos.

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    Proposta de melhoria de aterro de resduos slidos urbanos para um pequeno municpio 201

    Implantao e operao

    A implantao e a operao do aterro de disposio fi nal de resduos slidos urbanos do municpio de Taquarituba devem, at o fi m de sua vida til, seguir as seguintes recomendaes:

    as trincheiras devero ser abertas com retroescavadeira, com armazenamento do solo da escavao nas laterais delas;

    dever ser utilizado rolo compactador corrugado (tambm conhecido como rolo p de carneiro) ou trator de esteira (a depender da disponibilidade do municpio) para a compactao do fundo da trincheira, visando a diminuir a capacidade de infi ltrao do solo;

    dever ser alocada toda a rede de drenagem de chorume e de guas pluviais, enquanto que a rede de drenagem de gases dever ser montada em etapas, ou seja, no decorrer da ocupao da trincheira;

    os resduos devero ser descarregados com o ingresso dos veculos coletores no interior das trin-cheiras, sendo que, ao fi m da jornada de trabalho de um dia, os resduos devem ser compactados com trator de esteira ou rolo corrugado com trs a cinco passadas (BIDONE; POVINELLI, 1999) e recobertos com 10 cm a 20 cm de solo local (retirado da prpria escavao por ocasio da abertura das trincheiras). A camada de cobertura fi nal da clula deve ter aproximadamente 60 cm de solo, sobre a qual se prope a semeadura de gramneas (CASTILHOS Jr., 2003).

    Vale destacar que, no presente trabalho, no foi realizado estudo para a especifi cao do uso futuro da rea aps encerramento das atividades de disposio dos resduos slidos urbanos de Taquarituba. Entretanto, de acordo com o IPT/CEMPRE (2000), o uso futuro dever preferencialmente se harmonizar com a ocupao nos entornos, sendo uma opo a utilizao do local como rea de recreao comunitria (parque ou campo para prticas esportivas). Tal utilizao somente dever ser implementada, no entanto, se os riscos de colapsos do solo, produo de biogs e demais fatores restritivos estiverem defi nitivamente reduzidos a nveis aceitveis, defi nio essa que dever ser avaliada cuidadosamente por ocasio da nova utilizao da rea.

    Na Figura 4 apresentada a rea total do aterro, em planta, sendo que o polgono com hachura representa as clulas fi nalizadas pela operao anterior ao presente projeto, e em seu entorno esto localizadas as oito trincheiras com suas respectivas estruturas.

    Concluses

    A metodologia de avaliao e classifi cao dos sistemas de disposio de RSU uma importante ferramenta para identifi cao dos pontos que necessitam ser melhorados para enquadrar o aterro con-forme as exigncias ambientais. Portanto, este mtodo pode ser adotado como um guia para elaborao do projeto almejado.

    Com a proposta de adequao do aterro apresentado no presente trabalho, conclui-se que se as modifi caes estruturais e operacionais descritas no projeto forem realizadas, o novo valor de IQR poder ser de 9,60, enquadrando o aterro de Taquarituba como aterro sanitrio.

    A vida til prevista para o aterro antes da proposta de melhoria era de menos de quatro anos, graas forma de operao que vinha sendo realizada. A nova proposta, se adotada, acarretar considervel aumento, previsto em 8,8 anos, em virtude do melhor aproveitamento da rea.

    A utilizao de resduos para construo de estruturas componentes do aterro, como proposto para o dreno de gases, bem como a possibilidade de no utilizao de mantas plsticas na impermeabilizao das laterais e do fundo do aterro, so fatores que reduzem os custos de implantao e que atendem realidade fi nanceira da prefeitura, porm, sem representar prejuzo aos compartimentos ambientais envolvidos e em conformidade com a legislao ambiental vigente, uma vez que toda a proposta foi baseada em procedimentos cientfi cos constantes na literatura tcnica da rea.

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    GUERRA, A. F.; VIDAL, C. M. de S.; SOUZA, J. B. de.202

    Contudo, o principal benefcio da proposta de melhoria do aterro de disposio de resduos do municpio de Taquarituba ser para a populao, pois a confi nao dos resduos de forma segura previne a poluio ambiental. Alm disso, evita-se o dispndio de recursos pblicos em multas e permite o contnuo funcionamento dos servios, visto que a incorreta operao do aterro pode acarretar na interdio da rea.

    60 60

    Bairro dos Costas

    Dreno de guaspluviais

    Poo dechorume

    Taqu

    aritub

    a

    Tejup

    Entrada

    Guarita

    Trincheira

    Dreno de gases

    Aterro sanitrio desativado

    Barreiravegetal

    Resduos de capinao e poda Entulho

    Cerca

    Dreno dechorume

    Clulas finalizadas

    N

    Figura 4 - Visualizao esquemtica do aterro com suas respectivas melhorias

    Referncias

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 8849: apresentao de projetos de aterros contro-lados de resduos slidos urbanos. Rio de Janeiro, 1985.

    . NBR 8419: apresentao de projetos de aterros sanitrios de resduos slidos urbanos. Rio de Janeiro, 1992.

  • Rev. Acad., Cinc. Agrr. Ambient., Curitiba, v. 8, n. 2, p. 191-203, abr./jun. 2010

    Proposta de melhoria de aterro de resduos slidos urbanos para um pequeno municpio 203

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    COMPANHIA DE TECNOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE SO PAULO CETESB. Inventrio estadual de resduos slidos domiciliares: relatrio de 2005. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2006.

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    Recebido: 28/04/2009Received: 04/28/2009

    Aprovado: 26/03/2010Approved: 03/26/2010