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A supervisão para além do supervisor
Carlos da Silva Costa • Governador Évora, 10 de novembro 2016
Conferência do Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia - CEFAGE
2 •
1. Estabilidade financeira e confiança
2. Linhas de defesa da solidez e da estabilidade financeira
3. Qualidade e fiabilidade da informação
4. Supervisão e regulação financeiras
4.1. Antes da crise
4.2. Durante e depois da crise
4.3. Desafios
5. Considerações finais
Estrutura da apresentação
3 •
1. Estabilidade financeira e confiança
― A estabilidade financeira é um bem público
― É crucial assegurar em permanência a confiança dos agentes económicos no
sistema financeiro
CONFIANÇAElemento-chave
ESTABILIDADE DO SISTEMA
SOLIDEZ DAS INSTITUIÇÕES
4 •
2. Linhas de defesa da solidez e da estabilidade financeira
Governação da Instituição Financeira
Adminis-tração e
alta direção
Função financeira,
compliance,controlo do
risco, validação
de modelos,
etc.
Auditoria interna
Auditoria externa
Supervisão
4ª Linha de defesa
1ª 2ª 3ª
Qualidade/fiabilidade da informação
Regras
Supervisão micro
Supervisão macro
Supervisão de conduta
5 •
3. Qualidade e fiabilidade da informação
Produção
Níveis de verificação
Utilização
Informação Estabilidade Financeira
• Informação relativa a uma instituição financeira é decisiva para que se confie nela.
• Para o supervisor, a informação é a “matéria-prima”.
• Supervisor trabalha com base em informação produzida por terceiros.
Não há boa supervisão sem uma boa produção de
informação e sem um funcionamento correto dos órgãos internos de
controlo e dos auditores externos.
Co
nfi
abili
dad
e d
as
Inst
itu
içõ
es
6 •
4. Supervisão e regulação financeiras4.1 - Antes da crise
• Supervisão microprudencialtradicional
(essencialmente off-site, com inspeções pontuais)
• RGICSF (1992)
• Transposição de Basileia II (2007)
P
• Princípio do reconhecimento mútuo, harmonização mínima e controlo pelo país de origem
• Relatório Lamfalussy (2001) –regulação dos mercados financeiros da UE
• Criação dos comités de Nível 3 para os setores de valores mobiliários, segurador e bancário – CESR (2001), CEIOPS (2003) e CEBS (2004)
• Basileia II (2004) - do risco de crédito aos riscos de mercado e operacional -– Diretivas UE (2006)
Até 2008, antes da crise financeira internacional…
Portugal UE
7 •
4. Supervisão e regulação financeiras4.2 - Durante e depois da crise
• Nova abordagem da supervisão prudencial - mais intrusiva, transversal e prospetiva, com articulação micro/macro
― Reforço da supervisão on-site― AQR (SIP (2011), OIP (2012), ETRICC
1 e 2 (2013-2014) );― FCPs trimestrais (2011)― Stress tests periódicos (além do
europeu-2010)• Reforço dos requisitos de solvabilidade• Proteção da liquidez do sistema• Melhoria do quadro regulamentar• BdP designado Autoridade:
― de Resolução (2012) – antecipação da BRRD
― Macroprudencial (2013)• Transposição integral da CRDIV (2014),
da BRRD (2015) e da DGSD (2015)
• Relatório de Laroisière (2009) – futuro
da regulação e supervisão financeiras
• Criação das ESAs – supervisão micro:
EBA, ESMA, EIOPA e Comité conjunto
(2011)
• Criação do ESRB – supervisão macro
(2011)
• Basileia III – CRDIV/CRR (2013/2014)
• União Bancária – três pilares:
― Mecanismo Único de Supervisão -
SSM (4/11/2014)
― Mecanismo Único de Resolução –
SRM (2014): SRB, SRF; BRRD (2014
-2016);
― Garantia de Depósitos – DGSD
(2014); EDIS (proposta CE - 2015)
Portugal UE
A crise financeira internacional e a crise das dívidas soberanas levaram a amplas reformas a nível global…
8 •
4. Supervisão e regulação financeiras 4.3 – Desafios
Os fatores subjacentes são
múltiplos
Governação, valores e cultura das Instituições
Financeiras
Complexidade e diversidade dos grupos financeiros e dos seus modelos de negócio
Práticas irregulares, difíceis de detetar (ex. gestão danosa, fraude)
Atividades exercidas em múltiplas jurisdições
Quadro normativo e lacunas regulamentares
Conglomerados com vertentes financeira/não
financeira
Qualidade, fiabilidade e transparência da
informação
“No supervisory system can catch everything. The main responsibility for identifying andmanaging risk rests with each firm’s management whose risk managers, compliance and internalaudit personnel will always greatly outnumber the resources available to supervisors ”(FSB - Report to the G20 ministers and Governors, November 2012)
Apesar dos progressos, a regulação e a supervisão do sistema financeiro enfrentarãosempre importantes desafios…
9 •
5. Considerações finais
União Bancária
Persistem importantes desafios
• Para os órgãos de gestão, de fiscalização e de auditoria interna das instituições financeiras
• Para os auditores externos• Para as autoridades de supervisão, reguladores e
legisladores
• Trouxe/trará novas exigências• Trouxe/trará novos desafios
Supervisão micro – nível integrado Supervisão macro – nível nacional
Corrigir práticas e incentivos errados nas instituiçõesReforçar o governo interno e as linhas de decisão e de controlo das instituições
Reforçar as competências, independência e responsabilização da 2ª linha de defesaGarantir a disponibilização de informação verdadeira e completa
Reforçar a comunicação entre supervisores e auditoresCompletar a União Bancária, nos seus três pilares
Importa
Carlos da Silva Costa • Governador