A IMPORTÂNCIA DO JINGLE NA CAMPANHA POLÍTICArepositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/1841/2/20366734.… · e curar, os efeitos da música sobre o ser humano são incríveis

CENTRO UNIVERSITAacuteRIO DE BRASIacuteLIA ndash UniCEUB

FACULDADE DE CIEcircNICIAS SOCIAIS APLICADASndash FASA CURSO DE COMUNICACcedilAtildeO SOCIAL HABILITACcedilAtildeO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA DISCIPLINA MONOGRAFIA PROFESSOR ORIENTADOR Marcelo Godoy

A IMPORTAcircNCIA DO JINGLE NA CAMPANHA POLIacuteTICA

Renato Miranda Leal Barbosa Ra 20366734

Brasiacutelia-DF Junho 2008

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ii

RENATO MIRANDA LEAL BARBOSA


Monografia de conclusatildeo do curso de graduaccedilatildeo em Comunicaccedilatildeo Social com Habilitaccedilatildeo em Publicidade e Propaganda da Faculdade de Ciecircncias Sociais Aplicadasndash FASA ndash do Centro Universitaacuterio de Brasiacutelia ndash UniCEUB como requisito parcial para a conclusatildeo de curso

Orientador Marcelo Godoy

BRASIacuteLIA 2008


iii



Banca Examinadora

_____________________________

Prof Marcelo Godoy

Orientador

___________________________

Examinador

___________________________

Examinador

Brasiacutelia ndash DF 2008


iv

AGRADECIMENTOS

Agrave minha famiacutelia por incentivos contiacutenuos e dedicaccedilatildeo para comigo Um grande

agradecimento pelo carinho e amor que soacute uma famiacutelia tatildeo unida e presente pode

oferecer que mesmo durante correrias brigas impaciecircncias e discussotildees souberam

controlar e contornar as dificuldades

Um grande obrigado aos professores e pessoas as quais me deram seu tempo precioso

para poder concluir este trabalho que sem elas natildeo seria possiacutevel

Por uacuteltimo ao professor Marcelo Godoy orientador desta monografia atraveacutes do qual

consegui mais conhecimentos e experiecircncias nas orientaccedilotildees ministradas


v

ldquoAleacutem de relaxar divertir acalmar excitar e ateacute mesmo educar e curar os efeitos da muacutesica sobre o ser humano satildeo incriacuteveis Aliaacutes natildeo soacute em seres humanos mas experiecircncias com plantas e animais tambeacutem mostraram resultados espantosos como alteraccedilotildees no crescimento desenvolvimento e comportamento dos mesmosrdquo

Chris Bueno (Jornalista e Repoacuterter)


vi

RESUMO

Esta Monografia de Graduaccedilatildeo no Curso de Comunicaccedilatildeo Social com Habilitaccedilatildeo em Publicidade e Propaganda constitui uma breve anaacutelise dos jingles nas campanhas poliacuteticas Realizaram-se pesquisas qualitativas para que se pudesse conhecer a aceitaccedilatildeo do poliacutetico utilizando essa ferramenta de marketing A importacircncia do jingle como forma de se investir em uma campanha poliacutetica estaacute confirmado como sendo um instrumento valioso para o candidato Esta afirmativa estaacute relatada neste trabalho a partir de pesquisas bibliograacuteficas e de entrevistas com eleitores e profissionais da aacuterea Assim o objetivo deste trabalho eacute avaliar a eficiecircncia da ferramenta ldquojinglerdquo para o sucesso de campanhas publicitaacuterias dentro da poliacutetica

Palavras ndash Chave jingle eficiecircncia da ferramenta marketing poliacutetico


vii

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO ______________________________________________________8

1 MEIOS DE COMUNICACcedilAtildeO PARA PROPAGACcedilAtildeO DO JINGLE___________10

11 Breve histoacuterico da raacutedio ____________________________________________10

111 Conceitos _____________________________________________________11

12 Breve histoacuterico do cinema __________________________________________13

121 Conceitos _____________________________________________________14

13 Breve Histoacuterico da televisatildeo _________________________________________15

131 Conceitos _____________________________________________________15

2 PROPAGANDA POLIacuteTICA MARKETING POLIacuteTICO ___________________19

21Aspectos histoacutericos ________________________________________________19

22 A Filosofia da Muacutesica _____________________________________________21

3 JINGLES ________________________________________________________26

31 Breve Histoacuterico __________________________________________________26

32 Conceitos _______________________________________________________28

321 O jingle como propaganda_________________________________________29

33 Jingle Poliacutetico____________________________________________________31

4 MEacuteTODOLOGIA _________________________________________________33

41 Tipos de pesquisa _________________________________________________33

42 Instrumento de pesquisa ____________________________________________33

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS_________________________________________35

CONCLUSAtildeO______________________________________________________39

REFEcircRENCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS ____________________________________41


INTRODUCcedilAtildeO

A palavra ldquojinglerdquo originado do inglecircs significa tinir retinir soar Na

linguagem publicitaacuteria entretanto ele eacute definido como uma composiccedilatildeo musical e verbal de

longa (15 a 30 segundos agraves vezes mais contendo as caracteriacutesticas de uma canccedilatildeo) ou curta

duraccedilatildeo (uma frase ou fragmento de frase musical associado a um nome de marca ou de um

slogan1

A anaacutelise geral do trabalho teve embasamento durante a observaccedilatildeo de

campanhas sem sucesso dentro da poliacutetica brasileira Portanto a questatildeo da ferramenta jingle

foi um ponto inicial de onde veio o questionamento os jingles satildeo realmente importantes para

as campanhas poliacuteticas

O trabalho de pesquisa seraacute realizado na aacuterea de Comunicaccedilatildeo onde seraacute

examinada a eficiecircncia da ferramenta ldquojinglerdquo para o sucesso de campanhas publicitaacuterias

dentro da poliacutetica

Os candidatos sozinhos ou na companhia de suas agecircncias de marketing

devem preocupar-se com seu eleitorado pois vatildeo ser estes os ldquoresponsaacuteveisrdquo pelo sucesso ou

derrota de uma campanha eleitoral Os jingles se tornaram parte indispensaacutevel natildeo apenas

para a sobrevivecircncia de empresaacuterios e instituiccedilotildees mas tambeacutem para o indiviacuteduo comum e

assim tambeacutem para a poliacutetica

O problema tem como objetivo geral examinar a influecircncia da ferramenta

jingle como parte integrante do marketing de forma especiacutefica buscando investigar o

impacto do jingle dentro da campanha poliacutetica e avaliar a capacidade desta ferramenta de

influenciar o voto do eleitor

1 Para Rabaccedila (2001 684) frase concisa marcante geralmente incisiva atraente de faacutecil percepccedilatildeo e

memorizaccedilatildeo que apregoa as qualidades e a superioridade de um produto


9

A metodologia aplicada no desenvolvimento da pesquisa seraacute constituiacuteda de

revisatildeo bibliograacutefica e do estudo de caso a partir da base de dados coletada e organizada


10

1 MEIOS DE COMUNICACcedilAtildeO PARA PROPAGACcedilAtildeO DO JINGLE

11 Breve histoacuterico da raacutedio

A procedecircncia das raacutedios no Brasil relaciona-se agraves experiecircncias de alto-

falantes utilizadas como raacutedios do povo natildeo soacute aqui como em outros paiacuteses da Ameacuterica

Latina Uma das experiecircncias mais conhecidas eacute a da Vila El Salvador em Lima (Peru) Em

uma comunidade de 200 mil habitantes estabelecida a partir de um assentamento o sistema

de alto-falantes ajudava ativamente na mobilizaccedilatildeo e na educaccedilatildeo populares Em 1993 o

Centro de Comunicaccedilatildeo Popular local existente desde 1974 jaacute dispunha de uma emissora de

raacutedio e de um canal de televisatildeo Essa experiecircncia inspirou a implantaccedilatildeo de sistemas de alto-

falantes na zona Leste de Satildeo Paulo Tudo comeccedilou em 1983 com o PROCONELndash Projeto

de Comunicaccedilatildeo Natildeo-Escrita da Zona Leste II ndash que em 1985 daria origem ao CEMIndash

Centro de Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo Popular ndash dentro do qual em 1987 constituiu-se uma

coordenaccedilatildeo das chamadas Raacutedios do Povo2 O pioneirismo coube agrave Raacutedio do Povo de Vila

Nossa Senhora Aparecida que foi ao ar em 26 de abril de1984 A partir de entatildeo

desencadeou-se todo um processo que levou ao nuacutemero de 42 unidades jaacute em 1988

A partir da mobilizaccedilatildeo e o crescimento das raacutedios no Brasil ocorreram

mudanccedilas pois na deacutecada de 1990 as raacutedios livres posteriormente chamadas de raacutedios

comunitaacuterias passaram a ser uma iniciativa natildeo mais de jovens amantes da tecnologia restrita

ao eixo Sul e Sudeste do Brasil mas constituiacuteram-se em experiecircncias existentes por todo o

territoacuterio brasileiro envolvendo tambeacutem iniciativas dos movimentos sociais e culturais

populares3

No anos 50 o raacutedio revolucionava a vida brasileira e vivia tambeacutem a sua

lsquoeacutepoca de ourorsquo Os jingles os reclames os noticiosos os programas de auditoacuterio traziam

uma modernidade alicerccedilada na expansatildeo do capital4

2 PERUZZO C M K 1998 Comunicaccedilatildeo nos movimentos populares A participaccedilatildeo na construccedilatildeo da

cidadania Petroacutepolis Vozes 1998 P 161 3 ACIOLI S 2002 Fundaccedilatildeo Casa Grande comunicaccedilatildeo para a educaccedilatildeo Fortaleza Monografia (Graduaccedilatildeo

em Comunicaccedilatildeo Social) Universidade Federal do Cearaacute 2002 p 51 4 SILVA EH ANDRADE RMB O raacutedio dos anos cinquumlenta no Nordeste do Brasil produtores e ouvintes

em perspectiva In IV Encontro Nacional de Histoacuteria da Miacutedia Local Satildeo Luis (Maranhatildeo) Data 30 de


11

111 Conceitos

Segundo Dilma Teixeira o raacutedio eacute um meio segmentado pelo gosto

musical5 (o horaacuterio nobre das raacutedios eacute entre agraves seis aacutes dez horas da manhatilde) O surgimento e

popularizaccedilatildeo do raacutedio favoreceu a presenccedila ostensiva deste formato sonoro em campanhas

eleitorais tanto nos Estados Unidos onde surgiu o jingle comercial quanto aqui no Brasil

Mas antes mesmo do surgimento do jingle a muacutesica jaacute se mostrava importante na

publicidade e na comunicaccedilatildeo poliacutetica

Para Nahra6 podem-se considerar as raacutedios comunitaacuterias como raacutedios livres

especialmente se atentarmos para o fato de que propiciam um contato mais estreito proacuteximo

iacutentimo entre ouvintes e pessoal da emissora permitindo tambeacutem a participaccedilatildeo direta dos

vizinhos nos programas transmitidos

Afirma Dilma Teixeira7 que ldquoo raacutedio trabalha muito a imaginaccedilatildeordquo a

mesma autora assevera que ldquoo raacutedio pode servir para uma preacute-campanha na televisatildeo

atraindo a atenccedilatildeo e credibilidade das pessoasrdquo entretanto Teixeira diz que a campanha deve

estar coerente Um instrumento de comunicaccedilatildeo assim deve ser considerado com respeito e

profissionalismo em qualquer projeto de construccedilatildeo de imagem de um poliacutetico com um

miacutenimo de discernimento

Nos uacuteltimos anos o raacutedio sofreu alteraccedilotildees em sua programaccedilatildeo e segundo

Patriacutecio ldquohoje (o raacutedio) natildeo eacute mais um meio informativordquo8 Devido agrave concorrecircncia da

televisatildeo a tendecircncia eacute de limitar-se ao aspecto comercial ou seja a muacutesica e a publicidade

Afirma Patriacutecio9 ldquoUm amante do raacutedio diz com ironia que ele eacute uma TV

aprimorada porque natildeo precisa de imagem para exprimir o que querrdquo Pode-se afirmar que o

raacutedio tem sua proacutepria linguagem muito mais direta coloquial e intimista e somente a sintonia

maio a 2 de junho de 2006 Disponiacutevel em httpwwwredealcarjornalismoufscbrcd4sonorar_andradedoc Acesso 29-04-2008

5 TEIXEIRA Dilma Marketing Poliacutetico e Eleitoral uma proposta com eacutetica e eficiecircncia Osasco SP Novo Seacuteculo Editora 2006 p 188

6 NAHRA C M L Raacutedio institucional e raacutedio livre rupturas no modelo comunicacional dominante Florianoacutepolis Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sociologia Poliacutetica) Universidade Federal de Santa Catarina 1988 p 110-111

7 Ibdem 2 p 189 8 PATRIacuteCIO Djalma Joseacute Poder grupos de pressatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo Blumenau Ed da FURB

1998 p 164 9 Ibdem p 165


12

com esta cara pode possibilitar que o tripeacute - diversatildeo informaccedilatildeo e persuasatildeo - seja

efetivamente exercitado no seu uso

Com a televisatildeo utilizando a alta tecnologia o raacutedio teve que se aprimorar

como nota o professor Magli o raacutedio no iniacutecio fazia quase somente transmissotildees locais com

o apoio comercial privado exceto nos paiacuteses totalitaacuterios10

Getuacutelio Vargas (1930-45) usou massivamente o raacutedio como principal meio

de falar ao povo utilizando o poder da propaganda para manipulaccedilatildeo da massa11

De acordo com Teixeira12 ldquomuitas campanhas eleitorais pelo raacutedio nada

mais satildeo que a campanha da televisatildeo apenas ouvidardquo E ainda retruca ldquoTrata-se de um erro

graviacutessimo por parte da equipe do marketing do poliacutetico desprezar o imenso potencial de

comunicaccedilatildeo do raacutediordquo

De acordo com Teixeira assim como a imagem na TV em uma campanha

eleitoral a voz do candidato pode ter grande vantagem de votos se a voz for agradaacutevel ao

ouvinte do raacutedio assim como na televisatildeo a forma importa mais que o conteuacutedo Afirma a

autora ldquoO tom da voz precisa estar impregnado de emoccedilotildees positivas que as pessoas desejam

receber ()13 A autora fala das grandes cidades que geralmente tem a vida noturna intensa

que tecircm trabalhadores pessoas de faixas etaacuterias de 18 a quarenta anos com jornadas de

trabalho que satildeo na maior parte do tempo ouvintes do raacutedio14

10 Id ibdem p 146 11 ALMEIDA Raija Maria Vanderlei de Propaganda Poliacutetica Construindo Imagens para a Legitimaccedilatildeo do

Poder INTERCOM ndash Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicaccedilatildeo XXVI Congresso Brasileiro de Ciecircncias da Comunicaccedilatildeo ndash BHMG ndash 2 a 6 Set 2003 Disponiacutevel em httpwwwsinprorporgbrClipping2003intercompdf Acesso em 29 de abr- 2008


13 Ibdem p 189 14 TEIXEIRA Dilma Marketing Poliacutetico e Eleitoral uma proposta com eacutetica e eficiecircncia Osasco SP Novo

Seacuteculo Editora 2006 p 188


13

12 Breve histoacuterico do cinema

Foi grande o impacto causado pela criaccedilatildeo e difusatildeo do cinema e outros

meios de comunicaccedilatildeo de massa na sociedade do seacuteculo XX O historiador francecircs Marc

Ferro adverte contudo para o desprezo das pessoas do iniacutecio do seacuteculo pelo cinematoacutegrafo

ldquoO uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em termos de

gecircneros Nascia entre eles o musical e algumas comeacutedias E com a junccedilatildeo dos dois surgia a

comeacutedia musicalrdquo15

De acordo com Ferro o filme era considerado como uma espeacutecie de

atraccedilatildeo de feira de cujas imagens natildeo se reconhecia Segundo ele

() a imagem natildeo poderia ser uma companhia para esses grandes personagens que constituem a Sociedade do historiador artigos de leis tratados de comeacutercio declaraccedilotildees ministeriais ordens operacionais discursos Lembrando que vaacuterias deacutecadas se passaram e que hoje todos vatildeo ao cinema Ferro alerta poreacutem para a desconfianccedila que ainda pairava no iniacutecio da deacutecada de 1970 de que realidade o cinema eacute verdadeiramente a imagem16

No Brasil foram realizados dois encontros voltados para a discussatildeo do

cinema como fonte para a histoacuteria O primeiro patrocinado pela Embrafilme Fundaccedilatildeo

Cinemateca Brasileira de Satildeo Paulo e Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de

Janeiro aconteceu em 1979 e destacou sobretudo a importacircncia da documentaccedilatildeo que pode

ser obtida atraveacutes dos filmes Em 1983 realizou-se uma mesa-redonda sob a organizaccedilatildeo da

Casa de Rui Barbosa e da Cinemateca do Museu de Arte Moderna esta mesa redonda

intitulava-se Cinema como fonte de Histoacuteria na qual se discutiu como analisar um filme do

ponto de vista histoacuterico17

15 Disponiacutevel em httpwwwguarulhos2zerocombrpublicacaotexto248 Acesso em 01-mai-2008 16 FERRO Marc O filme uma contra-anaacutelise da sociedade in Histoacuteria novos objetos dir Jacques Le Goff

e Pierre Nora 3ordf ed Rio de Janeiro Francisco Alves 1988 p201 e 202 17 KORNI Mocircnica Almeida Histoacuteria e Cinema um debate metodoloacutegico Estudos Histoacutericos Rio de Janeiro

vol 5 n 10 1992 p 237-250 Disponiacutevel em httpwwwcpdocfgvbrrevistaarq106pdf Acesso em 29 de abr 2008


14

121 Conceitos

De acordo com Korni (1992 p 237-250) o cinema eacute um meio de expressatildeo

artiacutestica mas tambeacutem um instrumento de formaccedilatildeo cultural e de comunicaccedilatildeo social ldquoHoje

no cinema predomina a pratica comercialrdquo18 ldquoSabe-se que o cinema eacute uma induacutestria produz

mercadorias e a manipulaccedilatildeordquo19

De acordo com Silva20 ao abordar o significado de cinema para Adorno o

cinema ganha status de arte quando

A esteacutetica do filme deveraacute antes recorrer a uma forma de experiecircncia subjetiva com a qual se assemelha apesar da sua origem tecnoloacutegica e que perfaz aquilo que ele tem de artiacutestico [] O filme seria arte enquanto reposiccedilatildeo objetivadora dessa espeacutecie de experiecircncia (p 102) o filme emancipado teria de retirar o seu caraacuteter a priori coletivo do contexto de atuaccedilatildeo inconsciente e irracional colocando-o a serviccedilo da intenccedilatildeo iluminista (p 105) A produccedilatildeo cinematograacutefica emancipada natildeo deveria mais [] confiar irrefletidamente na tecnologia do fundamento do meacutetier (p 106) Como seria bonito se na atual situaccedilatildeo fosse possiacutevel afirmar que os filmes seriam tanto mais obras de arte quanto menos eles aparecessem como obras de arte (p 107)

Segundo Adorno e Horkheimer21 o cinema remete a uma induacutestria cultural

maleacutefica massificante e inimiga da independecircncia de pensamento do espectador

Segundo Silva as criacuteticas que Adorno remete ao cinema dizem respeito a

um cinema como produto e constituinte da Induacutestria Cultural nomeadamente os que teve

acesso durante o exiacutelio daqueles nos Estados Unidos nos anos 40 Afirma Silva que

Esta negligecircncia parece ter perdurado ateacute o fim da vida de Adorno e seria talvez um aacutelibi pouco convincente atribuiacute-la a uma suposta dificuldade de acesso no exiacutelio americano aos filmes de maior significaccedilatildeo esteacutetica produzidos no mundo (e nos Estados Unidos) ateacute entatildeo Sugiro antes admitirmos a ausecircncia em Adorno do iacutempeto de conhecer bem a histoacuteria do cinema por falta de gosto pela coisa Em decorrecircncia disso seu esquema geral de abordagem do cinema pode ser visto como uma operaccedilatildeo de sineacutedoque aquela figura retoacuterica na qual se toma a parte pelo todo A meu

18Ibdem p158 19Id ibdem p 159 20 SILVA A M Corpo Ciecircncia e Mercado reflexotildees acerca da gestaccedilatildeo de um novo arqueacutetipo da felicidade

Florianoacutepolis EDUFSC 2002 p 121 21ADORNO T W amp HORKHEIMER M Dialeacutetica do esclarecimento fragmentos filosoacuteficos Rio de Janeiro

Jorge Zahar 2002


15

ver Adorno teria tomado desde aqueles textos ateacute os do iniacutecio dos anos 1960 a parte hollyoodiana do cinema pelo seu todo22

Para Adorno e Horkheimer23 o cinema assim como eacute estruturado supera muito o

teatro ilusioniacutestico e provoca um bloqueio patoloacutegico das faculdades criacutetico-reflexivas do

espectador o qual todo preso pelos fatos que passam rapidamente diante dos olhos natildeo

raciocina mais mas se identifica totalmente com o filme

13 Breve Histoacuterico da televisatildeo

Os primeiros aparelhos de televisatildeo eram raacutedios com um dispositivo que

consistia num tubo de neacuteon com um disco giratoacuterio mecacircnico (disco de Nipkow) que produzia

uma imagem vermelha do tamanho de um selo postal O primeiro serviccedilo de alta definiccedilatildeo

apareceu na Alemanha em marccedilo de 1935 mas estava disponiacutevel apenas em 22 salas puacuteblicas

Uma das primeiras grandes transmissotildees de televisatildeo foi a dos Jogos Olimpiacutecos de 1936 em

Berlim O uso da televisatildeo aumentou enormemente depois da Segunda Guerra Mundial

devido aos avanccedilos tecnoloacutegicos surgidos com as necessidades da guerra e agrave renda adicional

disponiacutevel (televisores na deacutecada de 1930 custavam o equivalente a 7000 doacutelares de 2001 e

havia pouca programaccedilatildeo disponiacutevel) 24

O desenvolvimento da televisatildeo como veiacuteculo de comunicaccedilatildeo de massa

trouxe contribuiccedilotildees significativas para as reflexotildees acerca das controveacutersias existentes sobre

os possiacuteveis efeitos da programaccedilatildeo televisiva no cotidiano do puacuteblico

131 Conceitos

A eficiecircncia de persuasatildeo da televisatildeo sobre as pessoas e principalmente a

publicidade nela veio se tornando a cada seacuteculo o meio mais poderoso e que cada dia entra

22 Ibdem 21 p 118 e 119 23 ADORNO T W amp HORKHEIMER M Dialeacutetica do esclarecimento fragmentos filosoacuteficos Rio de

Janeiro Jorge Zahar 1985 p 141 24 Ibdem


16

mais em nossas casas sem pedir licenccedila Seu horaacuterio nobre se encontra no periacuteodo da noite

(contraacuterio ao raacutedio) onde todos se encontram em casa das 1930 ateacute 223025

De acordo com Dilma Teixeira26 entre os geradores de votos a televisatildeo

estaacute em primeiro lugar entre os veiacuteculos

O uso desta ferramenta para poliacuteticos que ainda natildeo satildeo conhecidos ldquoa

melhor saiacuteda eacute adotar o logotipo e jargatildeo bem identificaacuteveis e facilmente memoraacuteveis no

consciente popular embora com poucas chances de vitoacuteriardquo27

Dilma Patriacutecio diz ainda ldquoA TV se tornou uma grande arma do poderrdquo

assim usada apenas para fins comerciais e de transmissotildees controladas ldquoA poliacutetica interna

usa muito a televisatildeo para dar uma imagem superior do proacuteprio paiacutes em relaccedilatildeo aos outrosrdquo28

ldquoDizem que os inventores da TV como de outras invenccedilotildees usadas para

fins natildeo previstos ficaram profundamente desiludidos com o uso feito delardquo Pensavam eles

na fraternidade universal com a comunicaccedilatildeo entre os povos na perfeiccedilatildeo Marshall

McLuhan ceacutelebre autor de The Understanding Media (Os meios de Comunicaccedilatildeo como

Extensotildees do Homem) considerou a televisatildeo como um meio total definitivo da

comunicaccedilatildeo dotada de fascinaccedilatildeo e dizia que natildeo se pode falar de TV boa ou maacute No

entanto 29 existe uma diferenccedila entre a utilizaccedilatildeo do aparelho em diferentes classes sociais

como diz Dilma Teixeira ldquoAs pessoas de classes econocircmicas mais baixas assistem agrave televisatildeo

com muito mais frequumlecircncia do que a de classe mais elevada acima de tudo falta recursos para

gastar em outras opccedilotildees de lazerrdquo30

25 Disponiacutevel em httpwwwunimarbrpostrabalhosarquivose8e819dd3dd27f0c348e7d7241df43d6pdfAcesso em 03-mai-2008 26 TEIXEIRA Dilma Marketing Poliacutetico e Eleitoral uma proposta com eacutetica e eficiecircncia Osasco SP

Novo Seacuteculo Editora 2006 p 181 27Ibdem p 181 28 PATRIacuteCIO Djalma Joseacute Poder grupos de pressatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo Blumenau Ed da FURB

1998 p 173 29 Ibdem p 171 30 TEIXEIRA Dilma Marketing Poliacutetico e Eleitoral uma proposta com eacutetica e eficiecircncia Osasco SP Novo



17

Afirma Dilma Patricio

A televisatildeo eacute uma oacutetima companheira de muitos solitaacuterios() eacute o consolo pelos sonhos natildeo realizados ou a reaccedilatildeo deles pelo imaginaacuterio eacute a desculpa ideal para evitar outras pessoas ateacute famiacutelia Por meio de formas cor movimentos e sons as mensagens televisivas entram nas casas das pessoas e ldquoconversamrdquo com elas dando-lhe companhia de fim de noite31

Em uma campanha eleitoral a TV se torna uma miacutedia poderosa

Corretamente utilizada ou seja saber usar a televisatildeo pode decidir uma campanha eleitoral

por ser uma comunicaccedilatildeo de massa inteligiacutevel ateacute para analfabetos O tempo de uma

campanha televisiva eacute colocado pelos autores Dilma Teixeira e Djalma Patriacutecio como algo

fundamental para ganhar um telespectador ou perdecirc-lo ou seja eacute proporcional aacute

representaccedilatildeo do partido de acordo com sua importacircncialdquoTempos curtos demais inviabilizam

a eleiccedilatildeo e tempos muito longos desgastam mais rapidamente a imagem do candidato

fazendo o efeito inversordquo 32

Dilma ressalta que a funccedilatildeo de fornecer o espetaacuteculo (a diversatildeo) domeacutestico

principalmente nas horas da noite natildeo eacute mais do raacutedio e sim da televisatildeo O autor se refere agrave

qualidade teacutecnica de transmissatildeo como a primeira coisa que o ouvinte exige de uma

emissora Nas raacutedios dentro de suas caracteriacutesticas nas emissotildees de ondas curtas (AM) ateacute

frequumlecircncia modulada (FM) haacute uma divisatildeo de telespectadores O adulto e o jovem Dilma

Teixeira diz que o ouvinte adulto estaacute mais interessado na continuidade da programaccedilatildeo e sua

variaccedilatildeo (AM) O jovem importa-se mais com o tipo de muacutesica e a qualidade superior de

reproduccedilatildeo(FM) 33

Apregoando uma ideologia mercadoloacutegica a TV vai difundindo suas

propostas e tendecircncias influenciando no que consumir como se comportar o que vestir as

giacuterias e tudo que eacute ldquomodardquo eacute perfeitamente aceito por todas as ldquotribosrdquo que na maioria das

vezes nasce atraveacutes das mensagens da televisatildeo porque possui um ldquocarismardquo Por isso vale

dizer que nem todos mas boa parte da sociedade assimila aquilo que a televisatildeo quer que eles

31 Id Ibdem p 180 32 TEIXEIRA Dilma Marketing Poliacutetico e Eleitoral uma proposta com eacutetica e eficiecircncia Osasco SP Novo

Seacuteculo Editora 2006 p 180-182 33 PATRIacuteCIO Djalma Joseacute Poder grupos de pressatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo Blumenau Ed da FURB

1998 p 166


18

pensem Sem contar os padrotildees esteacuteticos que a TV vai impondo atraveacutes de estereoacutetipos ditos

ldquoperfeitosrdquo

De acordo com Leite e Guerra34 atraveacutes de vendas de espaccedilos publicitaacuterios

por um preccedilo calculado de acordo com o tempo da emissatildeo eacute feita a manutenccedilatildeo econocircmica

da televisatildeo A partir da programaccedilatildeo cativa-se de acordo com as preferecircncias da audiecircncia

para veicular a mensagem dos anunciantes Portanto o comprometimento televisivo se faz em

duas pontas em uma estaacute o anunciante em outra o telespectador

De acordo com Rosa Maria Bueno Fischer35 (2001 p 28)

lsquoImagem eacute tudorsquo ndash esse eacute o conselho que ouvimos todos os dias eacute preciso natildeo apenas ser mas lsquoparecer serrsquo e se natildeo pudermos ser que nos esforcemos para parecer e isto ateacute pode bastar porque cultivar a imagem (de si mesmo de um produto de uma ideacuteia) mostra-se como algo tremendamente produtivo Basta lembrar como ocorrem as campanhas poliacuteticas ou as performances puacuteblicas dos governantes especialmente como um paiacutes como os Estados Unidos da Ameacuterica

Segundo Fischer36 a TV mostra-se como instrumento de comunicaccedilatildeo que

estaacute acima do bem e do mal como se fosse imune a criacuteticas Pode-se aferir que a partir desta

estrateacutegia da TV de se mostrar inquestionaacutevel eacute extremamente eficaz Pois resulta numa

falsa opiniatildeo puacuteblica que na verdade acaba expressando um desejo natildeo mais da sociedade

mas sim do poder concentrado da miacutedia

34 LEITE Adriana GUERRA Lisette Figurino uma experiecircncia na televisatildeo Satildeo Paulo Editora Paz e Terra

2002 35 FISCHER Rosa Maria Bueno Televisatildeo amp Educaccedilatildeo Fruir e Pensar a TV Editora Autecircntica Belo

Horizonte ndash 2001 p 28 36 Ibdem p 18


19

2 PROPAGANDA POLIacuteTICA MARKETING POLIacuteTICO

21Aspectos histoacutericos

Rubens Figueiredo aponta uma ligaccedilatildeo indispensaacutevel do marketing com a

propaganda ldquoNo iniacutecio a propaganda poliacutetica era uma caracteriacutestica dos regimes autoritaacuterios

e totalitaacuterios era algo massacrante natildeo existia alternativardquo (FIGUEIREDO et al 2001)37

Jaacute em 1945 no Brasil no momento em que as pessoas puderam escolher

seus candidatos veio a persuasatildeo Para Figueiredo nos EUA o primeiro candidato a

presidecircncia que recorreu para uma agecircncia fazer sua propaganda foi em 1952 o candidato

Eisenhower o qual foi acusado na eacutepoca pelos adversaacuterios de ldquotentar se vender como

saboneterdquo (FIGUEIREDO et al 2001)

Nos uacuteltimos 18 anos a partir da campanha pelas ldquoDiretas Jaacuterdquo as teacutecnicas de

propaganda poliacutetica ficaram mais abrangentes e inseridas dentro de uma estrutura

profissional que se convencionou denominar marketing poliacutetico Dentro dela e importante

frisar a constante utilizaccedilatildeo dos Jingles nas campanhas como forma de maior aproveitamento

e persuasatildeo dos eleitores (FIGUEIREDO et al 2001)

A anaacutelise global de toda estrateacutegia eleitoral deve ser encarada pelo analista

como a de um cliacutenico geral onde se avalia o que estaacute ocorrendo na poliacutetica na economia na

sociedade Figueiredo diz que ldquonessa fase avalia-se entatildeo o humor dos cidadatildeos qual a

disposiccedilatildeo que eles tecircm para receber novas informaccedilotildees como estatildeo vendo os partidos e

poliacuteticos se estatildeo otimistasrdquo (p 33)38

O trabalho de qualquer profissional eacute a avaliaccedilatildeo por meio do ldquobriefingrdquo

correto assim quando um meacutedico faz uma receita de acordo com o diagnoacutestico e com os

exames (que podem ser consideradas as pesquisas e etc) Assim eacute tambeacutem o analista de

marketing que na poliacutetica iraacute fazer uma avaliaccedilatildeo e pesquisas corretas do que se passa na

sociedade em geral elaborando a estrateacutegia de marketing

37 FIGUEIREDO M ALDEacute A DIAS H amp JORGE V L Estrateacutegias de persuasatildeo em eleiccedilotildees majoritaacuterias Uma proposta metodoloacutegica In FIGUEIREDO R Marketing poliacutetico e persuasatildeo eleitoral Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Konrad 2001 p 23 38 Ibdem p 23)


20

Na Ameacuterica do Norte o marketing desde 1956 tem sido um instrumento

obrigatoacuterio nas campanhas poliacuteticas provando sua eficiecircncia Rubens Figueiredo39 ressalta

que ldquoos republicanos que venceram em 1952 obviamente gostaram da brincadeira eles

reservaram 20 milhotildees de doacutelares aos profissionais da eleiccedilatildeo contra 10 milhotildees pelos

democratasrdquo

A produtora de jingles ARZ5 diz que ldquo um programa mal gravado e mal

editado pode comprometer a imagem de um bom candidatordquo o que salienta a importacircncia do

bom em todas campanhas poliacuteticas feitas

De acordo com Rubens Figueiredo40 no Brasil o marketing poliacutetico eacute

geralmente associado agrave propaganda propriamente dita (horaacuterio gratuito na TV) sendo o

marketing poliacutetico profissional um fenocircmeno recente Devido agraves descontinuidades do regime

democraacutetico a sua utilizaccedilatildeo foi retardada vindo a ser utilizado com maior rigor a partir das

eleiccedilotildees majoritaacuterias de 1982 E para quem pensa que foram Getuacutelio Vargas e Jacircnio Quadros

os pioneiros do marketing poliacutetico no Brasil o autor ressalta

() sempre tiveram sua marca que garantia uma grande identidade com o povo A atuaccedilatildeo de ambos entretanto pouco tinha a ver com o marketing poliacutetico moderno Tratava-se da era da quase preacute-comunicaccedilatildeo de massa E tanto um como outro seguiram muito mais seu feeling pessoal do que o conselho de especialistas ou as indicaccedilotildees das pesquisas

Tomazelli (1994)41 ressalta que eacute preciso diferenciar o marketing comercial

do poliacutetico pois um candidato eacute diferente de um produto o qual natildeo se adapta a determinadas

situaccedilotildees Um candidato eacute um ser humano que pensa age e fala por conta proacutepria

Ainda com Figueiredo (p33)42 se ldquo analisar os fatos depois que eles

aconteceram eacute possiacutevel verificar que toda eleiccedilatildeo tem sua lsquogrande histoacuteriardquo (2001 p 36)43

Isso porque em cada eacutepoca de uma eleiccedilatildeo haacute uma tendecircncia que torna algo factiacutevel para o

ocorrido dos resultados uma explicaccedilatildeo que torna interessante a anaacutelise da derrota ou da

39 FIGUEIREDO Rubens O que eacute marketing poliacutetico Satildeo Paulo Brasiliense 1994 p 24 40Ibdem p 9 e 26-27 41 TOMAZELI Luiz Carlos Curso de formaccedilatildeo poliacutetica marketing poliacutetico Canoas ULBRA sd 42FIGUEIREDO Rubens O que eacute marketing poliacutetico Satildeo Paulo Brasiliense 1994 p 33 43 FIGUEIREDO M ALDEacute A DIAS H amp JORGE V L Estrateacutegias de persuasatildeo em eleiccedilotildees majoritaacuterias Uma proposta metodoloacutegica In FIGUEIREDO R Marketing poliacutetico e persuasatildeo eleitoral Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Konrad 2001 p36


21

vitoacuteria do candidato Assim mostra que independentemente de como estaacute a sociedade e a

economia certos partidos e candidatos jaacute estatildeo preacute-dispostos a ganhar

22 A Filosofia da Muacutesica

Natildeo haacute vestiacutegios de som preacute-histoacuterico Portanto nenhum indiacutecio do homem

criando o som naquela eacutepoca44

Mas havia os sons Era o homem com o seu ambiente Afirma Simone

Lacorte que ldquoHaviam mais sons maus do que bons natildeo eacute difiacutecil supor que o homem preacute-

histoacuterico utilizava os sons da natureza como recurso de comunicaccedilatildeordquo diz Simone Lacorte e

completa ldquoE esses sons repeliam ou atraiacuteam circunstacircncias boas ou maacutesrdquo45

Com a sua evoluccedilatildeo o homem descobriu que com os objetos da natureza

puderam utilizar as batidas como um meio de som mas sem palavras e sem melodias Haacute

3000 mil anos a ldquomuacutesicardquo era ritualiacutestica feita para atrair boas forccedilas ou as maacutes diz Simone

Lacorte46

A muacutesica portanto estaacute dentro de nossas vidas desde que nascemos Para

Moraes eacute o rdquo[] fenocircmeno acuacutestico que consiste na propagaccedilatildeo de ondas sonoras produzidas

por um corpo que vibra em meio material elaacutestico (especialmente o ar)rdquo (MORAES 1983)47

Para outros o som musical eacute aquele proveniente de uma vibraccedilatildeo perioacutedica e que se

caracteriza pela altura pela intensidade pelo timbre e pela duraccedilatildeo Simone Lacorte fala

sobre o som como aquele que estaacute em todo lugar e em riacutetimos constates como a respiraccedilatildeo e

o coraccedilatildeo tornando-se as pulsaccedilotildees baacutesicas da vida ligando-se diretamente aos estados

emocionais atraveacutes da velocidade e da forccedila da pulsaccedilatildeo

44 CD ROOM Percepccedilatildeo e estruturaccedilatildeo musical de aacuteudio e texto 3deg Revisatildeo Parte 1 45 Ibdem 46 Id ibdem 47 MORAES J Jota O que eacute Muacutesica Satildeo Paulo Brasiliense 1983 p 71-72


22

ldquoA pulsaccedilatildeo estaacute presente em toda natureza raacutepidas e lentas como o dia e a

noite um dia de aniversaacuterio que regulam nosso sistema corporalrdquo acredita o Marcus Vassum

professor da (Escola de muacutesica de Brasiacutelia) CEP EMB

Marcus Vassum explica que a pulsaccedilatildeo como natildeo deixaria de ser tambeacutem

estaacute presente na muacutesica por isso consegue influenciar as emoccedilotildees do nosso corpo48

As funccedilotildees da muacutesica na sociedade vecircm sendo estudadas desde meados dos

anos sessenta pelo seu precursor Allan Merrian que foi o primeiro estudioso a utilizar o termo

funccedilatildeo social da muacutesica com suas dez principais funccedilotildees

1-Funccedilatildeo de expressatildeo emocional - Ela refere-se agrave muacutesica como uma expressatildeo da liberaccedilatildeo dos sentimentos 2-Funccedilatildeo do prazer esteacutetico inclui a esteacutetica tanto do ponto de vista do criador quanto do contemplador 3-Funccedilatildeo de divertimento entretenimento presente em todas as sociedades 4- Funccedilatildeo de comunicaccedilatildeo refere-se ao fato da muacutesica comunicar algo 5-Funccedilatildeo de representaccedilatildeo simboacutelica muacutesica como siacutembolo de representaccedilatildeo cumpre essa funccedilatildeo atraveacutes das letras 6-Funccedilatildeo da reaccedilatildeo fiacutesica - Merrian apresenta esta funccedilatildeo com alguma hesitaccedilatildeo pois para ele eacute questionaacutevel se a resposta fiacutesica pode ou deve ser listada no que eacute essencialmente um grupo de funccedilotildees sociais 7-Funccedilatildeo de impor conformidade agraves normas sociais - muacutesica de controle social 8-Funccedilatildeo de validaccedilatildeo das instituiccedilotildees sociais e dos rituais religiosos - eacute bastante semelhante agrave funccedilatildeo de impor conformidade 9-Funccedilatildeo para contribuiccedilatildeo da continuidade e estabilidade da cultura ndash como veiacuteculo da histoacuteria ela aponta a continuidade da cultura controla os membros errantes da sociedade dizendo o que eacute certo e errado 10-Funccedilatildeo de contribuiccedilatildeo para a integraccedilatildeo da sociedade ndash a muacutesica fornece um ponto de convergecircncia no qual os membros da sociedade se reuacutenem para participar de atividades que exigem cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo49

O som para ser produzido precisa de uma fonte sonora ou seja um objeto

ou instrumento que se origina o som por exemplo um violino e um propulsor por exemplo

o arco do violinista O som precisa de um meio de propagaccedilatildeo como o ar e o ouvido eacute o

receptor da propagaccedilatildeo do som

48 PIAZZETTA Clara Maacutercia de Freitas Musicoterapeuta Um Ser Musical Cliacutenico Construccedilotildees A Partir Da Teoria Da Complexidade Disponiacutevel em httpwwwredebrasileiradetransdisciplinaridadenetfilephp1Artigos_dos_membros_da_RedeMusicoterapeuta_um_ser_musical_clinico_-_Clara_Marcia_de_Freitas_Piazzetta_e_Leomara_Craveiro_de_SadocAcesso em 09-mai-2008

49 MERRIAN Allan P The Anthropology of Music Evanston IL Northwestern University Press 1964


23

O que diferencia o som musical do ruiacutedo eacute que os sons musicais podem

definir a sua altura ou seja a sua frequumlecircncia e definir e comparar um som com o outro e com

essas diferenccedilas que diferenciamos as notas musicais50

A diferenccedila dos sons eacute a continuidade que sentimos quando ouvimos

diferentemente do ruiacutedo que eacute um som barulhento e desordenado

Hoje com novas correntes musicais e novas tecnologias de manipulaccedilatildeo de

geraccedilatildeo de sons compositores jaacute utilizam o ruiacutedo e os sons ldquonatildeo musicaisrdquo ordenando-os em

sistemas preacute-determinados a fazer muacutesica

Agraves vezes ao empregar uma forccedila maior no instrumento pode estar querendo

transmitir uma sensaccedilatildeo marcante forte suacutebita o que pode ser determinante ao elaborar

algum jingle que natildeo queira ficar nas paroacutedias petulantes Assim pode-se utilizar do

conhecimento musical e das formas musicais para entreter o puacuteblico e evitar assim algo mal

feito pois quanto mais recurso se tem mais pode-se ter o mesmo fator de mau gosto

ldquoA melodia acompanhada pela harmonia e pelos acordes satildeo fundamentais

em um som popularrdquo51 O som que mais exerce boa sensaccedilotildees aos ouvintes eacute o caracteriacutestico

da muacutesica popular onde se tem a melodia acompanhada da harmonia dando a ambientaccedilatildeo agrave

muacutesica Simone Lacorte assemelha a harmonia e a melodia com quadros que satildeo feitos com

diversas texturas que se juntam solidificando algo novo e extremamente atraente aos olhos

Segundo Adorno a muacutesica comeccedilou a ser vista como forma deprimente e

regredida a partir do momento que a industria cultural viu a muacutesica como um produto com a

finalidade de atingir as massas onde qualquer estilo pode ser vendido52

50 PIAZZETTA Clara Maacutercia de Freitas Musicoterapeuta Um Ser Musical Cliacutenico Construccedilotildees A Partir Da Teoria Da Complexidade Disponiacutevel em httpwwwredebrasileiradetransdisciplinaridadenetfilephp1Artigos_dos_membros_da_RedeMusicoterapeuta_um_ser_musical_clinico_-_Clara_Marcia_de_Freitas_Piazzetta_e_Leomara_Craveiro_de_SadocAcesso em 09-mai-2008 51 CD ROOM Percepccedilatildeo e estruturaccedilatildeo musical de aacuteudio e texto 3deg Revisatildeo Parte 1

52ADORNO Theodor W O fetichismo na muacutesica e a regressatildeo na audiccedilatildeo Coleccedilatildeo ldquoOs Pensadoresrdquo Vol ldquoAdornordquo pp 65-108 Satildeo Paulo Nova Cultural 1996


24

Os artistas tambeacutem satildeo os que mais sofrem com a intervenccedilatildeo da induacutestria

assim fazendo com que eles se exponham demais na miacutedia e natildeo se adaptem agrave rotina pesada

de turnecircs e fama

De certa forma a induacutestria de entretenimento consegue fazer que valores

como de rebeldia e revolucionaacuterio passem a serem vistos como algo consumiacutevel tornando a

filosofia anulada e sem sentido Nem por isso as pessoas se viam dentro deste paracircmetro no

qual segundo Theodor Adorno ldquoa regressatildeo auditiva seria em parte inviabilizada se natildeo

houvesse a padronizaccedilatildeo total de todas as composiccedilotildees veiculaacuteveis por raacutediordquo O que prova

que para se atingir as massas tem que se adequar ao tipo de muacutesica e aos movimentos

culturais que estatildeo presentes nas vidas das pessoas ou entatildeo se consegue absorver algo que eacute

digeriacutevel pela sociedade como algo diferente e inusitado e a induacutestria a transforma em

produto53

Para a muacutesica ter eficiecircncia os produtores e compositores compotildeem ritmo

muacutesica e letra exclusivas e originais para a campanha poliacutetica do candidato A equipe de

produccedilatildeo cria o jingle poliacutetico baseado em uma muacutesica sucesso que jaacute existe

Necessita de Autorizaccedilatildeo do compositor e direitos autorais O que se pode

perceber eacute que a maioria dos jingles eacute feita como paroacutedia de outras muacutesicas que jaacute existem

assim os direitos autorais se baseiam mais nas letras das muacutesicas do que nas composiccedilotildees

Assim fica mais faacutecil a assimilaccedilatildeo de uma muacutesica jaacute existente do que criar uma nova Por

outro lado agrave criaccedilatildeo de uma campanha eleitoral em cima de uma muacutesica que jaacute estaacute na miacutedia

nem sempre eacute uma boa ideacuteia porque essa pode tambeacutem acabar com a campanha do candidato

se natildeo estiver de acordo com a proposta dele (RECOcircVA 2006)54

53Ibdem 54 RECOcircVA Simone Lacorte Aprendizagem do muacutesico popular um processo de percepccedilatildeo atraveacutes dos sentidos Brasiacutelia 2006 Dissertaccedilatildeo de Mestrado da UCB ndashUniversidade Catoacutelica de Brasiacutelia


25

De acordo com Simone Lacorte(2006)55 o retorno esperado dos clientes

antes de se fazer a campanha poliacutetica e o Jingle satildeo

bull Quanto gasta em publicidade

bull Qual a eficaacutecia de uma propaganda simples e sem planejamento

bull Qual o preccedilo do jingle

bull O que estaacute pagando

bull Quanto tempo usaraacute

bull Quanto vai melhorar a compreensatildeo e a assimilaccedilatildeo da propaganda da empresa

55 RECOcircVA Simone Lacorte Aprendizagem do muacutesico popular um processo de percepccedilatildeo atraveacutes dos sentidos Brasiacutelia 2006 Dissertaccedilatildeo de Mestrado da UCB ndashUniversidade Catoacutelica de Brasiacutelia


26

3 JINGLES

31 Breve Histoacuterico

Em 15 de agosto de 2006 O Globo online noticiou que o site de Joseacute Serra

tinha retirado um jingle contra Ciro Gomes A notiacutecia entretanto publicava toda a letra de O

Ciro mente demais uma paroacutedia de Vocecirc eacute doida demais de melodia muito popular e

reconheciacutevel O jingle foi disponibilizado por pouco mais que 24 horas mas ganhou

sobrevida com sua publicaccedilatildeo pela imprensa56

Segundo a Agecircncia Sinapro-(Sindicato das Agecircncias de Propaganda do

Estado da Bahia) o primeiro jingle brasileiro foi gravado em 1935 por Gilberto Martins para

a Colgate-Palmolive ldquoDesde entatildeo a histoacuteria dos jingles conta com importantes nomes de

nossa muacutesica e foi a porta de entrada para muitos artistasrdquo ressalta o artigo57

De acordo com Sinapro Bahia figuras ilustres da MPB como o ministro e

compositor Gilberto Gil tem em seu curriacuteculo a produccedilatildeo de jingles O artigo ressalta que o

compositor que mais criou jingles eacute sem duacutevida Renato Teixeira Renato Teixeiraquando

participou do Programa do Jocirc em 2007 comentou que ldquocomeccedilou a criar os jingles por

diversatildeordquo pois sempre gostou de muacutesica depois trabalhou para marcas como Jeans US Top

nos anos 60 para a marca de sapato infantil Ortopeacute do Rodabaleiro e do Drops Kids

Hortelatilde58

Segundo o site da Jovem Pan um dos primeiros jingles da Coca-Cola criado

para o puacuteblico brasileiro nos ano 50 tinha um estilo carnavalesco e alegre que dizia ldquoNoacutes

queremos Coca-Cola mas os jingles jaacute vieram antes disso59

Obviamente como toda ideacuteia que daacute certo havia diversas controveacutersias na

eacutepoca Alguns tentaram proibir o uso de jingles usando o argumento de que esta era uma

forma eficaz ateacute demais de vender produtos onde a muacutesica facilitava a fixaccedilatildeo do produto na

cabeccedila e as vezes nem dava a oportunidade do consumidor decidir se queria ou natildeo compraacute-

lo Mas natildeo foi possiacutevel fazer com que acabasse a utilizaccedilatildeo dos jingles que cada vez foram 56 Disponiacutevel em httpdoxaiuperjbrartigosaldeborges2004BRASAdoc Acesso em 22- abr -2008 57 Disponiacutevel em httpwwwsinaprobahiacombrdetalhe_noticiacfmnoticia_id=96 Acesso em 22- abr -2008 58Disponiacutevel em httpwwwsinaprobahiacombrdetalhe_noticiacfmnoticia_id=96 Acesso em 22- abr -2008 59 Disponiacutevel em httpjovempanuolcombrjpamnewopiniaoconsultoresconsultores_allphpid=14amplast_id=5182ampact=sim Em 30-01-2006 Acesso em 22- abr -2008


27

ganhando mais espaccedilo e que hoje em dia se encontra totalmente vinculado agraves propagandas

Disse o comentarista Cacircndido Malta60 do site Jovem Pan

Antigamente os jingles eram mais artiacutesticos feitos realmente para a

longevidade

A histoacuteria dos jingles no Brasil conta com nomes importantes de nossa

muacutesica e foi a porta de entrada para muitos artistas O atual ministro da Cultura e compositor

Gilberto Gil tem em seu curriacuteculo a produccedilatildeo de jingles O cantor comeccedilou a compor e tocar

em gravaccedilotildees de jingles em 1962 para o estuacutedio JS trabalho que realizou em Salvador ateacute

1964

De acordo com artigo da Folha de S Paulo o surgimento do jingle poliacutetico

apareceu na campanha de 191461

O presidente da Repuacuteblica era o marechal Hermes da Fonsecardquo a muacutesica

era a marchinha ldquoAi Filomenardquo (composta por Carvalho de Bulhotildees sobre a melodia italiana

Viva Garibaldi)

Agraves veacutesperas das eleiccedilotildees o Rio foi tomado pela marchinha Ai Filomena (composta por Carvalho de Bulhotildees sobre a melodia italiana Viva Garibaldi) cujo estribilho passaria a ser repetido por todo o paiacutes Ai Filomena se eu fosse como tuTirava a urucubaca da careca do Dudu O jingle virou sucesso no Carnaval mas revelou-se um fracasso nas urnas Ao contraacuterio de promover poliacuteticos como acontece hoje o objetivo da maioria dos jingles daquela eacutepoca era destruir reputaccedilotildees O presidente Artur Bernardes por exemplo natildeo hesitava em mandar para a cadeia quem ousasse ironizaacute-lo com quadrinhas musicais como aconteceu com o escritor mineiro Djalma Andrade autor de um jingle que fazia insinuaccedilotildees sobre a sexualidade do presidente (MORAIS apud COUTO E PANKE 2005 p 04)62

60 Disponiacutevel em httpjovempanuolcombrjpamnewopiniaoconsultoresconsultores_allphpid=14amplast_id=5182ampact=sim Em 30-01-2006 Acesso em 22- abr -2008 61 Disponiacutevel em httpwww1folhauolcombrfolhabrasilult96u38289shtml publicado em 22-09-2002 Acesso em 22- abr -2008 62 COUTO Evandro PANKE Luciana O Jingle na Publicidade e Propaganda Acessado em 07052008 In http64233169104searchq=cacherSwqdXq9T2AJwwwdavidbragacombrpt_brartigos3FIDArtigo3D50+jingle+lula+lC3A1amphl=pt-BRampct=clnkampcd=1


28

Mas as primeiras ferramentas de Marketing introduzidas oficialmente na

poliacutetica foram nos anos 60 com o advento do populismo (Diaacuterio de natal 2006)

No Rio Grande do Norte o aluisismo causou uma verdadeira revoluccedilatildeo no

marketing poliacutetico introduziu vaacuterios siacutembolos de campanha dentre eles a

muacutesica que embalava as cruzadas da esperanccedila arrebanhando multidotildees63

32 Conceitos

Os jingles satildeo partes integrantes do Marketing Poliacutetico que se caracterizam

por canccedilotildees simples e letras de faacutecil assimilaccedilatildeo

De acordo com a Folha UOL

O jingle eacute uma peccedila musical que serve para embalar o pensamento direcionado do eventual eleitor ao candidato que pode ser quem for A ideacuteia eacute fazer o eleitor prender na memoacuteria o nome do candidato e nele votar Eacute coisa que data dos anos 20 mas que ganhou forma nos anos 50 com Getuacutelio pela segunda vez no poder Getuacutelio adorava um jinglesinho e marchinhas que falassem bem ou mal dele Ele via nesse caminho o do jingle e o da muacutesica que se misturam o caminho para se perpetuar na histoacuteria Jingle bom provoca polecircmica O velho Adhemar de Barros sabia dessas coisas como ningueacutem 64

O Jingle eacute uma peccedila publicitaacuteria que possui caracteriacutesticas da Propaganda

De forma geral a Propaganda tem por escopo determinar a convicccedilatildeo de consumir

relacionando sentimentos a ideacuteias estimulando o desejo de garantir valores almejados pelo

seu puacuteblico-alvo Para Sampaio

As pessoas ouvem (o Jingle) e natildeo esquecem Eacute aquilo que a sabedoria popular denomina de ldquochiclete de orelhardquo A vantagem dos jingles em razatildeo do formato eacute que essas peccedilas musicais conteacutem aleacutem da mensagem o clima a emoccedilatildeo objetivada e um expressivo poder de ldquorecallrdquo O jingle eacute algo que fica uma vez que as pessoas guardam o tema consigo e muitos anos depois ainda satildeo lembradas pelos

63Jornal Diaacuterio de Natal Disponiacutevel em httpwwwgrupoanayacombrE-mail-marketing Acesso em 22-abr-2008 64 Disponiacutevel em httpwww1folhauolcombrfolhapensatault514u85shtml Acesso em 22-abr-2008


29

consumidores Devido ao poder de memorizaccedilatildeo que a muacutesica tem o jingle eacute uma alternativa de comunicaccedilatildeo muito poderosa65

321 O jingle como propaganda

Lula Vieira comenta os jingles que se tornaram verdadeiros ldquochicletes de

ouvidosrdquo e a criaccedilatildeo dos jingles poliacuteticos natildeo eacute diferente Para a sua utilizaccedilatildeo poliacutetica a

produtora de jingles ARZ5 salienta que a elaboraccedilatildeo de um jingle poliacutetico precisa formular

toda a campanha poliacutetica em um sentido para que a estrateacutegia possa entrar em accedilatildeo Para isso

a assessoria tem como etapas de produccedilatildeo

bull Treinamento para pesquisa abordagem e panfletagem logiacutestica oratoacuteria criaccedilatildeo de

banners faixas logos folhetos e santinhos

bull Pesquisas qualitativa e quantitativa consultoria investimento X desempenho Miacutedias

bull Publicidade criaccedilatildeo slogans logos Faixas cartazes

bull Criaccedilatildeo de sites de Internet e divulgaccedilatildeo eletrocircnica

bull Estrateacutegias marketing poliacutetico - programas - discursos ndash diretrizes

bull Diagnoacutestico

bull Como analisar o cenaacuterio poliacutetico versus pesquisas

Leitura de pesquisa

bull Planejamento estrateacutegico(Como fazer um planejamento de campanha)

bull Como montar uma equipe de campanha

bull Modelo gerencial - Os profissionais - Os salaacuterios

bull Como ser diferente em uma campanha

Colocando a criatividade para funcionar

bull Raacutedio - Jingle - Material graacutefico ndash TV

bull Logiacutestica

65 SAMPAIO R Propaganda de A a Z como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso 3 ed Rio de Janeiro Campus 2003 p 79


30

Como a muacutesica a propaganda desperta no homem emoccedilotildees e mexe no seu

lado racional levando-o a misturar esses dois extremos para ser convencido de algo mesmo

que seja positivo ou negativo (LOUREIRO 2001)66

Afirma Sampaio67 A propaganda age sobre os consumidores informando

argumentando comparando Tanto de forma loacutegica e racional como subjetiva e emocional

Para ser lembrado e mexer com as emoccedilotildees as emissoras precisam

ofererecer um anuacutencio agressivo raacutepido persuasivo e objetivo Tem que prender as pessoas

pela emoccedilatildeo uacutenico jeito de conseguir tudo isso em tatildeo pouco tempo (SANTANNA 1981)68

A muacutesica pode ser tanto o meio quanto a proacutepria mensagem o que torna o

processo comunicativo mais raacutepido eficaz e certeiro Na propaganda o tempo eacute o maior

desafio para o anunciante pois a quantidade e a velocidade da informaccedilatildeo eacute grande assim o

ideal eacute saber como aproveitar o momento para a mensagem ser assimilada Nesse caso a

muacutesica eacute uma ferramenta de raacutepida assimilaccedilatildeo principalmente quando se estaacute inserida na

proacutepria mensagem (LOUREIRO 2001)69

O impacto que a propaganda pode causar tem uma grande importacircncia no

sentido de parar o consumidor para prestar atenccedilatildeo na mensagem e se sentir atraiacutedo e

impressionado com ela Segundo SantAnna o uso da muacutesica e da sonoplastia reforccedila efeito

da palavra dando maior impacto aos textos publicitaacuterios70 Este efeito eacute uma estrateacutegia para

assumir o lugar em sua mente

Eacute fato incontestaacutevel que todos os integrantes das modernas sociedades de

consumo satildeo influenciaacuteveis pela propaganda Natildeo haacute como escapar de sua influecircncia

(SANTANNA ARMANDO 1981)71 Nem querendo a propaganda seduz nosso sentidos

mexe com nossos desejos nossas emoccedilotildees resolve nossas aspiraccedilotildees fala com nosso 66 LOUREIRO Aliacutecia Maria Almeida O Ensino Da Muacutesica Na Escola Fundamental Um Estudo Exploratoacuterio Belo Horizonte Mestrado em Educaccedilatildeo da PUCMinas 2001 Disponivel em httpwwwbibliotecapucminasbrtesesEducacao_LoureiroAM_1pdf Acesso em 09-mai-2008 67 SAMPAIO R Propaganda de A a Z como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso 3 ed Rio de Janeiro Campus 2003 p 38 68 SANTrsquoANNA Armando Propaganda Teoria Teacutecnica e Praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1981 p 283 69 LOUREIRO Aliacutecia Maria Almeida O Ensino Da Muacutesica Na Escola Fundamental Um Estudo Exploratoacuterio Belo Horizonte Mestrado em Educaccedilatildeo da PUCMinas 2001 Disponivel em httpwwwbibliotecapucminasbrtesesEducacao_LoureiroAM_1pdf Acesso em 09-mai-2008 70 Ibdem p 217 71 SANTrsquoANNA Armando Propaganda Teoria Teacutecnica e Praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1981 p 283


31

inconsciente nos propotildee novas experiecircncias novas atitudes e novas accedilotildees (LOUREIRO

2001)72

Por mais defesas que possamos construir por mais barreiras que

levantemos sempre haacute o anuacutencio que fura o cerco o comercial que ultrapassa os muros a

ideacuteia que interfere em nossa vontade Apesar de buscarmos a racionalidade do ceticismo de

incentivarmos a defesa da indiferenccedila sempre haacute uma mensagem publicitaacuteria que interessa e

convence (SAMPAIO 2003)73

Apesar de ser um instrumento muito poderoso a propaganda tambeacutem traz

em si o grande perigo de ser mal empregada Mesmo que seu mecanismo pareccedila simples e

inabalaacutevel a qualquer tipo de ataque a propaganda atualmente eacute bastante complexa e conta

com alta tecnologia experiecircncia acumulada e requer talentos especiacuteficos para manipulaacute-la de

forma convincente E com a evoluccedilatildeo da propaganda evoluem tambeacutem as barreiras

levantadas pelos consumidores (SAMPAIO 2003)74

33 Jingle Poliacutetico

A histoacuteria do Jingle Poliacutetico inicia-se anteriormente na campanha de 1914

do entatildeo presidente da Repuacuteblica Marechal Hermes das Fonseca ndash conhecido popularmente

como ldquoseu Dudurdquo

ldquoAgraves veacutesperas das eleiccedilotildees o Rio foi tomado pela marchinha Ai Filomena

(composta por Carvalho de Bulhotildees sobre a melodia italiana Viva Garibaldi) cujo

estribilho passaria a ser repetido por todo o paiacutes Ai Filomena se eu fosse como tuTirava a

urucubaca da careca do Dudu O jingle virou sucesso no Carnaval mas revelou-se um

fracasso nas urnas O presidente Artur Bernardes por exemplo natildeo hesitava em mandar para

a cadeia quem ousasse ironizaacute-lo com quadrinhas musicais como aconteceu com o escritor

72 LOUREIRO Aliacutecia Maria Almeida O Ensino Da Muacutesica Na Escola Fundamental Um Estudo Exploratoacuterio Belo Horizonte Mestrado em Educaccedilatildeo da PUCMinas 2001 Disponivel em httpwwwbibliotecapucminasbrtesesEducacao_LoureiroAM_1pdf Acesso em 09-mai-2008 73 SAMPAIO R Propaganda de A a Z como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso 3 ed Rio de Janeiro Campus 2003 p 23 74 Ibdem


32

mineiro Djalma Andrade autor de um jingle que fazia insinuaccedilotildees sobre a sexualidade do

presidente (MORAIS apud COUTO E PANKE 2005)75

De acordo com Altenmuumlller e Gruhn (apud PEDERIVA e TRISTAtildeO

2006)76 a audiccedilatildeo de uma muacutesica eacute algo muito difiacutecil que junta diferentes padrotildees emoccedilotildees

associaccedilotildees expectativas entre outras caracteriacutesticas Isso acaba envolvendo um conjunto de

operaccedilotildees cognitivas e perceptivas que de forma independente ou integrada satildeo ligadas a

experiecircncias preacutevias da memoacuteria fazendo com que a experiecircncia musical acabe adquirindo

um significado

A muacutesica que apoacuteia frequumlentemente a palavra na peccedila radiofocircnica aleacutem de

incrementar os efeitos que resultam da palavra ou do ruiacutedo na conformaccedilatildeo desta imagem

sonora pode ser explorada menos como meio de ilustraccedilatildeo e mais como interpretaccedilatildeo

comentaacuterio e tipificaccedilatildeo isto eacute com funccedilotildees criacuteticas A fim de diferenciar a muacutesica que faz

parte dos programas em geral da utilizada numa peccedila radiofocircnica propriamente dita (um

drama uma vinheta ou um spot publicitaacuterio) com diferentes objetivos e funccedilotildees Satildeo esses

objetivos e funccedilotildees que fazem com que os marketeiros (como satildeo chamados os profissionais

que atuam na aacuterea de Marketing) e as agecircncias de propaganda faccedilam a opccedilatildeo pelo uso do

jingle nas campanhas eleitorais77

Pode-se perceber que dos primeiros registros sonoros que datam da eacutepoca

do Brasil Impeacuterio agrave utilizaccedilatildeo dos jingles em campanhas publicitaacuteria entende-se o destaque

que esta peccedila sonora apresenta na construccedilatildeo do sucesso em campanhas poliacuteticas

75 COUTO Evandro PANKE Luciana O Jingle na Publicidade e Propaganda 2005 p 04 Acessado em 07052008 In http64233169104searchq=cacherSwqdXq9T2AJwwwdavidbragacombrpt_brartigos3FIDArtigoD50+jingle+lula+lC3A1amphl=pt-BRampct=clnkampcd=1 76 PEDERIVA Patriacutecia Lima Martins TRISTAtildeO Rosana Maria Muacutesica e Cogniccedilatildeo Ciecircncias amp Cogniccedilatildeo Brasiacutelia v09 n03 p83-90 nov 2006 p 85 77 POLI Silvia Thais A Funccedilatildeo Sinesteacutesica do Jingle Poliacutetico Trabalho apresentado no II Congresso da Associaccedilatildeo Brasileira de Pesquisadores em Comunicaccedilatildeo e Poliacutetica ndash Compolitica Disponiacutevel em httpwwwfafichufmgbrcompoliticaanais2007sc_epp-thaispdf Acesso em 03-mai-2008


33

4 MEacuteTODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria por um estudo de

caso A amostra envolveu pessoas que passavam nas ruas por meio de entrevista verbal e por

Internet A coleta de dados foi feita por ajuda de um gravador de matildeo onde fica mais faacutecil

passar as respostas das pessoas para o papel Foram colocados portanto apenas os resultados

obtidos das respostas

41 Tipos de pesquisa

Conforme Castro (1977)78 ldquoa metodologia especula atraveacutes da ciecircncia

interesses sobre problemas praacuteticosrdquo Como com quecirc onde seraacute feito o estudo tanto do ponto

de vista teoacuterico como praacutetico

Bauer e Gaskell (2002)79 apontam que os meacutetodos e os procedimentos satildeo

uma forma de o cientista prestar contas agrave sociedade de suas pesquisas Contudo o puacuteblico natildeo

eacute o alvo o mais relevante eacute a pesquisa em si suas questotildees suas evidecircncias

Pensando na importacircncia do ato de pesquisar e de mostrar resultados eacute que a

metodologia desse trabalho foi escolhida a anaacutelise qualitativa pois eacute mais viaacutevel interpretar a

realidade

42 Instrumento de pesquisa

Foi aplicado como instrumento de pesquisa uma entrevista A pesquisa

qualitativa feita em Brasiacutelia-DF por perguntas agraves pessoas que passavam nas ruas por meio de

entrevista verbal e Internet

Via Internet tambeacutem por ser uma maneira mais praacutetica para a coleta dos

dados e o resultado do diagnoacutestico identificando causas e consequumlecircncias presentes e

relacionadas ao tema da presente pesquisa

78 CASTRO CM A praacutetica da pesquisa McGraw Hill Satildeo Paulo 1977 p 36 79 BAUER Martin W GASKELL George (org) Pesquisa qualitativa com texto imagem e som um manual praacutetico Petroacutepolis Vozes 2002


34

As perguntas se apresentaram da seguinte forma

1- O que vocecirc mais levou em conta na hora de votar (em relaccedilatildeo ao

candidato)

2- Vocecirc acha que os jingles te influenciaram de alguma forma

3- Esses jingles realmente ldquogrudamrdquo na cabeccedila

A pesquisa qualitativa

As pesquisas foram feitas pelo aluno nos seguintes locais

1 Edifiacutecio Athenas 702 Sul dia 05112007

2 Alameda Shopping no dia 01042008

3 Cnb5 (Avenida Comercial Norte Taguatinga) dia 02042008

4 Super Maia (Lago Norte) dia 03042008

5 Rodoferroviaacuteria dia 08042008

6 Deck Norte dia 22042008


35

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

Foram entrevistadas 60 pessoas do DF e Brasiacutelia

O preacute-requisito para a entrevista era ser eleitor podendo ser pessoa de

qualquer classe social O questionaacuterio qualitativo se dispocircs de 3 (trecircs) perguntas curtas e

diretas (citadas agrave cima) onde se pocircde ter uma visatildeo melhor de como a sociedade estaacute

enxergando os jingles poliacuteticos

10 das pessoas demonstraram desinteresse sobre o assunto Entre os 60

entrevistados 70 disseram que os jingles tiveram influecircncia na hora do voto 20 disseram

que natildeo tiveram eficiecircncia para a escolha do candidato e 10 natildeo souberam opinar

Os resultados a seguir mostram qual a influecircncia dos jingles nas campanhas poliacuteticas em

percentual

1- O que vocecirc mais levou em conta na hora de votar em relaccedilatildeo ao jingle poliacutetico

(53 ) Melodia ( 45) A letra da muacutesica ( 2)Nenhuma influecircncia

O que vocecirc mais levou em conta em relaccedilatildeo ao jingle politico

4502

53Melodia

Influecircncia damuacutesicaNenhumainfluecircnciaOutros


36

De acordo com os resultados 53 dos respondentes afirmaram que o que

levava em conta em relaccedilatildeo ao jingle era a melodia enquanto 45 afirmaram que era a

influecircncia da muacutesica e 2 afirmaram natildeo ter nenhuma influecircncia


(70 ) Sim bastante ( 20 ) Sim um pouco ( 10 )Nenhuma influecircncia

Vocecirc acha que os jingles te influenciaram de alguma coisa

200

10

70 Sim bastante

Sim um pouco

Nenhuma influecircncia

Outros

De acordo com as respostas 70 afirmaram que os jingles os influenciaram

bastante 20 afirmaram que um pouco e 10 afirmaram natildeo sofrer nenhuma

influecircncia

3- Os jingles realmente ldquogrudamrdquo na cabeccedila

( 80 ) Sempre ( 15 ) Quase sempre ( 5 ) Natildeo


37

Os jingles realmente grudam na cabeccedila

1505

80

Sempre

Quase sempre

Natildeo

Outros

Ao serem questionados com relaccedilatildeo agrave fixaccedilatildeo dos jingles na cabeccedila 80 dos

respondentes afirmaram que sempre 15 afirmaram que quase sempre e 5 afirmaram que

natildeo


38


39

CONCLUSAtildeO

O objetivo deste trabalho era apresentar uma fundamentaccedilatildeo teoacuterica capaz

de avaliar a eficiecircncia da ferramenta ldquojinglerdquo para o sucesso de campanhas publicitaacuterias


Portanto a partir de tudo o que foi esclarecido sobre o tema abordado pode-

se concluir que a muacutesica transmite emoccedilatildeo porque ela eacute captada atraveacutes dos sentidos

Portanto o jingle ajuda a estabelecer um clima de inter-relaccedilatildeo amistoso entre candidato e

ouvintes

Pelas consideraccedilotildees acima expostas no presente trabalho o aluno entende

que eacute de grande importacircncia que os envolvidos em marketing poliacutetico observem os fatores

relevantes tais como o jingle por si soacute natildeo faz ganhar voto mas ajuda bastante na campanha

do candidato pois facilita a fixaccedilatildeo do conteuacutedo enfatiza a mensagem persuade e trabalha o

inconsciente do ouvinte tudo por um preccedilo acessiacutevel Assim sendo o jingle eacute visto como uma

ferramenta de marketing poderosa por sua facilidade de interagir e comunicar com grupos de

pessoas por seu conteuacutedo de faacutecil assimilaccedilatildeo

Por tudo isso o aluno entende que o jingle poliacutetico por ser uma peccedila

musical composta por letras e melodias simples tornou-se um instrumento indispensaacutevel nas

campanhas poliacuteticas porque ele age sobre o estiacutemulo auditivo atingindo o emocional do

indiviacuteduo induzindo-o agrave accedilatildeo Uma peccedila musical como essa pode contribuir para a

construccedilatildeo de grandes mudanccedilas na histoacuteria poliacutetica de uma naccedilatildeo

Considera-se portanto que um trabalho dessa natureza em funccedilatildeo das

pesquisas realizadas foi muito enriquecedor em todos os aspectos desde as pesquisas

bibliograacuteficas ateacute o niacutevel de significacircncia das conclusotildees obtidas para explicar a importacircncia


40

de se abordar a influecircncia da ferramenta ldquojinglerdquo para o sucesso de campanhas publicitaacuterias



41

REFEcircRENCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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FIGUEIREDO M ALDEacute A DIAS H amp JORGE V L Estrateacutegias de persuasatildeo em eleiccedilotildees majoritaacuterias Uma proposta metodoloacutegica In FIGUEIREDO R Marketing poliacutetico e persuasatildeo eleitoral Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Konrad 2001 p 23


42

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NAHRA C M L Raacutedio Institucional e Raacutedio Livre rupturas no modelo comunicacional dominante Florianoacutepolis Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sociologia Poliacutetica) Universidade Federal de Santa Catarina 1988

PATRIacuteCIO Djalma Joseacute Poder grupos de pressatildeo e os meios de comunicaccedilatildeo Blumenau Ed da FURB 1998

PEDERIVA Patriacutecia Lima Martins TRISTAtildeO Rosana Maria Muacutesica e Cogniccedilatildeo Ciecircncias amp Cogniccedilatildeo Brasiacutelia v09 n03 p83-90 nov 2006

PERUZZO C M K 1998 Comunicaccedilatildeo nos movimentos populares A participaccedilatildeo na construccedilatildeo da cidadania Petroacutepolis Vozes 1998

PIAZZETTA Clara Maacutercia de Freitas Musicoterapeuta Um Ser Musical Cliacutenico Construccedilotildees A Partir Da Teoria Da Complexidade Disponiacutevel em httpwwwredebrasileiradetransdisciplinaridadenetfilephp1Artigos_dos_membros_da_RedeMusicoterapeuta_um_ser_musical_clinico__Clara_Marcia_de_Freitas_Piazzetta_e_Leomara_Craveiro_de_SadocAcesso em 09-mai-2008

POLI Silvia Thais A Funccedilatildeo Sinesteacutesica do Jingle Poliacutetico Trabalho apresentado no II Congresso da Associaccedilatildeo Brasileira de Pesquisadores em Comunicaccedilatildeo e Poliacutetica ndash Compolitica Disponiacutevel em httpwwwfafichufmgbrcompoliticaanais2007sc_epp-thaispdf Acesso em 03-mai-2008

RECOcircVA Simone Lacorte Aprendizagem do muacutesico popular um processo de percepccedilatildeo atraveacutes dos sentidos Brasiacutelia 2006 Dissertaccedilatildeo de Mestrado da UCB ndashUniversidade Catoacutelica de Brasiacutelia

SAMPAIO R Propaganda de A a Z como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso 3 ed Rio de Janeiro Campus 2003

SANTrsquoANNA Armando Propaganda Teoria Teacutecnica e Praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1981


43

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SILVA A M Corpo Ciecircncia e Mercado reflexotildees acerca da gestaccedilatildeo de um novo arqueacutetipo da felicidade Florianoacutepolis EDUFSC 2002

TOMAZELI Luiz Carlos Curso de formaccedilatildeo poliacutetica marketing poliacutetico Canoas ULBRA sd

INTERNET

Disponiacutevel em httpdoxaiuperjbrartigosaldeborges2004BRASAdoc Acesso em 22- abr -2008

Disponiacutevel em httpwwwsinaprobahiacombrdetalhe_noticiacfmnoticia_id=96 Acesso em 22- abr -2008


Disponiacutevel emhttpjovempanuolcombrjpamnewopiniaoconsultoresconsultores_allphpid=14amplast_id=5182ampact=sim Em 30-01-2006 Acesso em 22- abr -2008

Disponiacutevel em httpwww1folhauolcombrfolhabrasilult96u38289shtml publicado em 22-09-2002 Acesso em 22- abr -2008

Jornal Diaacuterio de Natal Disponiacutevel em httpwwwgrupoanayacombrE-mail-marketing Acesso em 22-abr-2008

Disponiacutevel em httpwww1folhauolcombrfolhapensatault514u85shtml Acesso em 22-abr-2008

OUTRAS FONTES CD ROOM Percepccedilatildeo e estruturaccedilatildeo musical de aacuteudio e texto 3deg Revisatildeo


ii



Monografia de conclusatildeo do curso de graduaccedilatildeo em Comunicaccedilatildeo Social com Habilitaccedilatildeo em Publicidade e Propaganda da Faculdade de Ciecircncias Sociais Aplicadasndash FASA ndash do Centro Universitaacuterio de Brasiacutelia ndash UniCEUB como requisito parcial para a conclusatildeo de curso

Orientador Marcelo Godoy

BRASIacuteLIA 2008


iii



Banca Examinadora

_____________________________

Prof Marcelo Godoy

Orientador

___________________________

Examinador

___________________________

Examinador



iv

AGRADECIMENTOS










v




vi

RESUMO




vii

SUMAacuteRIO




111 Conceitos _____________________________________________________11


121 Conceitos _____________________________________________________14


131 Conceitos _____________________________________________________15




3 JINGLES ________________________________________________________26


32 Conceitos _______________________________________________________28







CONCLUSAtildeO______________________________________________________39








slogan1




















9




10





















populares3









11

111 Conceitos



























1998 p 164 9 Ibdem p 165


12

























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121 Conceitos
















Jorge Zahar 2002


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ldquoperfeitosrdquo

















19




























20





democratasrdquo




















21













Lacorte46











22

















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24












produto53













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3 JINGLES

















Hortelatilde58










27




longevidade





1964





Viva Garibaldi)




28






32 Conceitos












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Leitura de pesquisa







bull Logiacutestica



30

























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2001)72
























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um significado















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4 MEacuteTODOLOGIA















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candidato)












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4502

53Melodia



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200

10

70 Sim bastante

Sim um pouco


Outros



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37


1505

80

Sempre

Quase sempre

Natildeo

Outros



natildeo


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CONCLUSAtildeO







ouvintes

















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INTERNET










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Banca Examinadora

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Prof Marcelo Godoy

Orientador

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Examinador

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Examinador



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AGRADECIMENTOS










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RESUMO




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SUMAacuteRIO




111 Conceitos _____________________________________________________11


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A IMPORTÂNCIA DO JINGLE NA CAMPANHA POLÍTICArepositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/1841/2/20366734.… · e curar, os efeitos da música sobre o ser humano são incríveis